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Professor Autor
Zilmara Peixoto Nakai
Design Instrucional
Deyvid Souza Nascimento
Renata Marques de Otero
Terezinha Mônica Sinício Beltrão
Diagramação
Klébia Carvalho
Coordenação
Manoel Vanderley dos Santos Neto
Coordenação Executiva
George Bento Catunda
Coordenação Geral
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra
Setembro, 2017
Catalogação na fonte
Bibliotecário Hugo Carlos Cavalcanti, CRB4-2129
N163l
Nakai, Zilmara Peixoto.
Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e
Segurança do Trabalho: Curso Técnico em Segurança do
Trabalho: Educação a distância / Zilmara Peixoto Nakai. –
Recife: Secretaria Executiva de Educação Profissional de
Pernambuco, 2017.
48 p.: il.
CDU – 34:331.4(81)(094)
Sumário
Introdução ...................................................................................................................................... 5
1.2 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT .................. 9
1.3.2 Alojamento........................................................................................................................................ 15
3.6 Os conveses.......................................................................................................................................... 40
Conclusão ...................................................................................................................................... 46
Referências ................................................................................................................................... 47
Nesta disciplina, você estudará o que temos descrito nas Normas Regulamentadoras do Ministério
do Trabalho e Emprego sobre as ocupações citadas; afinal, em todos os locais de trabalho devem ser
cumpridas as Leis peculiares à natureza da atividade.
Dessa forma, na 1ª semana, estudaremos o que diz a NR nº 18, do MTE referente ao conforto, riscos
e prevenção de acidentes na construção civil. Na 2ª semana, vamos ao meio rural visualizar os riscos
do trabalhador do campo (da silvicultura, piscicultura e atividades afins). Além disso, estudaremos a
NR nº31, do MTE e abordaremos questões referentes aos exames médicos, prevenção de acidentes
com animais peçonhentos, transporte de pessoas e outras situações comuns no meio rural.
Por fim, teremos na 3ª semana o estudo da NR nº 29, do MTE que aborda os requisitos mínimos de
saúde e segurança para o trabalhador portuário.
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Competência 01
Nesta semana, você vai estudar a Norma Regulamentadora (NR) 18, que é a Legislação que trata das
CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO.
Observe que a NR trata de condições e meio ambiente de trabalho. Quando pensamos em condições,
pensamos nas condições mínimas de saúde e segurança para os trabalhos de construção.
Muitas pessoas restringem o significado da indústria da construção apenas a edificações, mas nesse
universo temos a pavimentação das estradas, construção de edifícios, trabalhos de reformas etc.
Neste caderno, iremos abordar, de forma sucinta, os principais pontos da NR 18, que tratam
justamente dessas questões. Mas, para isso, observe o que temos mais adiante...
Você já ouviu falar em RTP? Não? A partir de agora, leia com atenção todas as Recomendações
Técnicas de Procedimentos (RTP) abaixo e, em particular, a RTP 01.
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Competência 01
Você lembra que no encontro presencial havia um texto sobre queda de trabalhador de altura?
Aproveite para analisar mais uma vez o acidente após a leitura da RTP.
Esses pontos abordam questões que vão desde a elaboração das documentações obrigatórias na área
de saúde e segurança até os requisitos mínimos exigidos em cada etapa da obra com o fim de prevenir
os acidentes do trabalho e assegurar o cumprimento da legislação específica.
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Competência 01
Você sabia que uma das suas responsabilidades, como Técnico de Segurança, é providenciar a
comunicação prévia?
Como o nome já diz, é uma comunicação que deve ser encaminhada ao Ministério do Trabalho, antes
do início das atividades de construção.
Mas como essas informações devem estar dispostas nesse documento? É imprescindível que você
saiba como elaborar esse documento, pois isso faz parte da rotina do técnico em segurança do
trabalho na área da Construção Civil.
Então, para que você se aproprie da forma como esse documento é elaborado, assista à
videoaulaàso eà Co u i açãoàP via ,àpoisàout asài fo aç esài po ta tesàse ãoà
acrescentadas. Fique atento!
Então, para que você se aproprie da forma como esse documento é elaborado, assista à videoaula
so eà Co u i açãoà P via ,à poisà out asà i fo aç esà i po ta tesà se ãoà a es e tadas.à Fi ueà
atento!
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Competência 01
Será que essa recomendação da NR 18 é respeitada? Se ela não for respeitada, como o técnico em
Segurança deverá proceder?
Além da comunicação prévia, existe outro documento obrigatório exigido na NR 18, que é o PCMAT,
desenvolvido a seguir.
O PCMAT é um documento também obrigatório, assim como a comunicação prévia, que deve ser
elaborado quando houver previsão de se contratar mais de 20 trabalhadores no canteiro de obras.
Mas, se no canteiro de obras, não houver previsão de se contratar mais de 20 trabalhadores, então
em vez de fazer o PCMAT, será preciso elaborar o PPRA (Programa de Prevenção dos Riscos
Ambientais). você pode verificar na NR 09, acessando o link:
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr18.htm
Fique calmo! Não se preocupe! Nesse momento precisamos apenas dar ênfase à elaboração do
PCMAT.
Vamos lá!
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Competência 01
Diante de tanta informação, você deve ter percebido que o PCMAT é um documento muito
importante. Devido a isso, a não elaboração dele resultará em multas, em caso de fiscalização do
Ministério do Trabalho.
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Competência 01
Depois que você viu esses modelos de PCMAT, deve estar se perguntando: quem pode elaborar o
PCMAT? Alguns dos modelos apresentados são complexos e envolvem a participação de profissionais
especializados.
Com base nas informações de que você já dispõe, assista à videoaula e participe do fórum
Que àela o aàoàPCMáT? .àEsseàt pi oàesta à oà F u àPe a e teàdeàDúvidasàeà
Dis uss es .
Você já viu até aqui a importância da elaboração da Comunicação Prévia e do PCMAT. Deste
ponto em diante, observe os requisitos de segurança em cada etapa da obra, conforme o PCMAT.
Vamos lá?
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Competência 01
Você percebe várias etapas da obra e alguns espaços em comum? Esses espaços são chamados de
área de vivência. Vamos estudá-los nas próximas páginas.
Você sabia que nem toda obra possui alojamento, lavanderia e área de lazer? Por que será?
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Competência 01
Existem muitos trabalhadores que moram em áreas distantes, por isso precisam dormir no local de
trabalho, sendo-lhes necessário alojamento, lavanderia e área de lazer. Observe que esses itens não
são opcionais, são itens obrigatórios por lei.
Essas áreas citadas devem ser limpas e organizadas para tornar o ambiente agradável para os
trabalhadores.
Essas áreas de vivência podem ser construídas de alvenaria ou tábuas de boa qualidade, que não
apresentem nós ou rachaduras, mas também podem ser utilizados contêineres. Veja mais abaixo um
exemplo:
Os contêineres são permitidos em obras e são muito comuns em pavimentação de estradas, pois o
local de área de vivência se desloca à medida que a obra evolui.
No entanto, os contêineres ou instalações móveis devem atender aos seguintes parâmetros em cada
módulo:
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Competência 01
Ter área de ventilação de, no mínimo, 15% da área do piso com, pelo menos, duas aberturas
que permitam a passagem e circulação do ar no seu interior.
Possuir aterramento elétrico e estar protegido contra os choques elétricos.
Possuir camas em alojamento tipo contêiner: as mesmas podem formar beliche, mas a altura
de uma cama para outra deverá ser de, no mínimo 0,90m. Essa dimensão é válida somente
para instalações móveis, conforme o item 18.4.1.3.1.
Conter um laudo técnico das condições do contêiner em relação à ausência de riscos físicos,
químicos e biológicos.
Agora vamos observar como algumas instalações devem estar dispostas na área de vivência.
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Competência 01
Além das instalações sanitárias, temos o alojamento que também deve conter algumas especificações
legais.
1.3.2 Alojamento
A NR 18 preconiza que só será necessário alojamento nas obras onde houver trabalhadores que
dormem no próprio local de trabalho. Sendo assim, a água potável fornecida a eles, por exemplo,
deve ser oferecida por meio de bebedouros de jato inclinado na proporção de um bebedouro para
cada grupo de 25 trabalhadores ou fração.
Outro aspecto relevante a ser citado é a proibição da permanência de pessoas com doença
infectocontagiosa no alojamento ou em qualquer outro espaço da obra.
Neste espaço, os trabalhadores se reúnem para realizar as refeições, sendo disponibilizado local
específico para o aquecimento das mesmas. De igual modo, a água potável deve estar disponível,
sendo proibido o uso de copos coletivos.
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Competência 01
Figura 03 - Refeitório
Fonte: http://www.sintraconstrio.org.br/portal/index.php/component/k2/item/246-
brookfield-inaugura-refeitorio-de -obra-apos-fiscalizacao-do-sindicato
Descrição: nessa imagem você vê umrefeitório com alguns trabalhadores em horário de
refeição. O espaço é grandeo suficiente para caber todos os trabalhadores sem gerar
tumulto. O ambiente é amplo, limpo, com ventilação artificial por meio de ar
condicionado e com iluminação artificial também, por meio de lâmpadas fluorescentes
Algumas obras possuem, além do local de refeições, uma cozinha para o preparo do alimento.
1.3.4 Cozinha
A cozinha deve ficar adjacente ao local das refeições para facilitar o trânsito dos trabalhadores na
obra. O GLP (Gás Liquefeito do Petróleo ou gás de cozinha), utilizado para a preparação dos alimentos,
deve ser acondicionado na área externa, sendo esta concebida para ser permanentemente ventilada
e coberta.
Agora que estamos estudando as áreas de apoio ou áreas de vivência, vamos ver os principais
cuidados com a segurança do trabalho em cada uma das etapas da obra! Começaremos pela
etapa da demolição.
1.4 Demolição
Antes de se iniciar a demolição, deve haver o desligamento, retirada ou proteção das fiações elétricas,
canalizações de água, canalizações de líquidos e gasosos liquefeitos, canalizações de esgoto etc. Além
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Competência 01
disso, as construções que se encontram no entorno da área a ser demolida devem ser previamente
avaliadas e examinadas a fim de evitar acidentes com as mesmas.
Essa etapa nem sempre é necessária, mas a etapa seguinte, de escavação, é comum em várias obras.
Vamos lá!
Uma das etapas da obra é o momento de escavações, fundações e desmonte de rochas. Neste
momento devem ser seguidas importantes normas de segurança, como: manter a limpeza da área de
trabalho a fim de evitar acidentes; escoramento dos muros vizinhos; ter o acompanhamento de um
responsável técnico legalmente habilitado; certificar-se do desligamento de possíveis cabos elétricos
e fazer a proteção dos taludes (terreno escavado em 45 graus em relação ao nível do solo) em
escavações com profundidade superior a 1,25m (um metro e vinte e cinco centímetros).
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Competência 01
O item 18.6.8 cita que os ateriais retirados da escavação deve ser depositados a u a distância
superior à etade da profu didade .
Você acha que esse item é obedecido? Qual a importância dessa recomendação? Na videoaula
sobre I speção de “egura ça do Trabalho e u Ca teiro de Obras , tratare os desse ite .
Essa importante medida de segurança evita acidentes em caso de chuva repentina que ofereça risco
de queda dos blocos de rochas ou de argila retirados da área escavada. O escoramento retém esse
material com segurança.
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Competência 01
1.6 Carpintaria
Nesse espaço você tem disponíveis as formas de madeira e o processo de serragem das madeiras que
servirão para moldar as estruturas de concreto como as vigas, lajes e colunas de sustentação da obra.
Nas atividades de carpintaria, é imprescindível o uso da serra circular. A utilização desse equipamento
deve observar as normas de segurança descritas na NR 18. Co e teà oà f u à Re uisitosà deà
“egu a çaà aàCa pi ta ia àasàp i ipaisà e o e daç esàpa aàsuaàutilização segura.
Como você viu, na carpintaria utiliza-se madeira que servirá de escora para vigas, lajes e colunas que,
por sua vez, possuem armações de aço como elementos de sustentação em seu interior.
Uma atividade diária no canteiro de obra é a armação de aço, utilizada para dar sustentação a vigas
e colunas. Nessa atividade, devemos orientar os trabalhadores a não dobrar o aço no piso irregular
ou em local impróprio como área de circulação de pessoas, pois a dobragem e o corte de vergalhões
devem ser feitos sobre bancadas ou plataformas apropriadas e estáveis.
A área destinada à bancada das armações de aço deve ter cobertura resistente, lâmpadas protegidas
contra impactos de partículas ou vergalhões. Geralmente, usa-se uma proteção de aço chamada de
arandela.
Não são permitidas pontas de vergalhões sem proteção apropriada, assim como não é permitido que
a área destinada para armações de aço seja de livre acesso a todo e qualquer trabalhador ou visitante
do canteiro. Neste caso, é importante isolar a área, delimitando-a por meio de guarda-corpo, por
exemplo. Além disso, é necessário sinalizar com cartaz indicativo de área restrita apenas a
trabalhadores autorizados.
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Competência 01
Essas ferragens serão cobertas por concreto numa etapa chamada de concretagem. Na concretagem
é muito comum o uso de vibradores de imersão. Você consegue visualizar os riscos de acidentes no
manuseio desses vibradores?
18.9.11 - os vibradores de imersão e de placas devem ter dupla isolação e os cabos de ligação devem
ser protegidos contra os choques mecânicos e cortes pela ferragem, devendo ser inspecionados antes
e durante a utilização.
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Competência 01
Quais os riscos que você visualiza nessa etapa? Já imaginou ou já visualizou o momento da
concretagem?
Na concretagem você tem vibrador de imersão com uso de eletricidade, água, cimento e ferragens.
Logo, você tem um ambiente muito propício ao acidente do trabalho e a inspeção detalhada é
imprescindível.
A madeira utilizada não poderá apresentar nós e rachaduras que comprometam sua resistência, nem
poderá ser pintada, pois este ato pode encobrir imperfeições capazes de gerar acidentes do trabalho.
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Competência 01
Essa madeira também é utilizada na proteção contra queda de altura, como confecção de guarda-
corpos e fechamento das aberturas provisórias do piso.
Vamos começar protegendo o trabalhador de queda pelas aberturas no piso que deve possuir
fechamento provisório resistente e, caso essa abertura seja utilizada para subida e descida de
materiais, a mesma deverá possuir guarda-corpo com altura mínima de 1,20m (um metro e vinte
centímetros) em toda a sua extremidade.
O guarda-corpo deve ser construído com altura mínima de 1,20m (um metro e vinte
centímetros) para o travessão superior e 0,70m (setenta centímetros) para o travessão
intermediário, com rodapé de 0,20m (vinte centímetros).
Os edifícios com mais de 4 (quatro) pavimentos de altura devem possuir uma plataforma principal
de proteção de altura da primeira laje. A partir dessa plataforma principal, a cada 3 (três) lajes
deverá ser instalada uma plataforma secundária um pouco menor em extensão horizontal que a
plataforma principal.
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Competência 01
Então, prezado estudante, conseguiu compreender tudo até aqui? Lembre-se de que algumas dúvidas
podem ser solucionadas no chat e nos diversos fóruns presentes na disciplina. Fique atento!
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Competência 02
Assim como na construção civil, também na área da agroindústria é preciso tomar as precauções de
segurança para evitar acidentes do trabalho, por isso, nesta semana, nós iremos discutir a legislação
de saúde e segurança do trabalho hoje utilizada que é a Norma Regulamentadora nº 31 (Segurança e
Saúde no Trabalho na Agroindústria, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura).
Essa legislação entrou em vigor em 03/03/2005 e, até essa data, os profissionais de saúde e segurança
do trabalho faziam uso de Normas Regulamentadoras Rurais (NRRs) que eram em número de 05.
Porém, hoje, essas NRRs estão extintas.
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Competência 02
Essas recomendações devem ficar bem claras por meio de treinamentos e palestras realizados pelos
profissionais de saúde e segurança do trabalho.
Você acabou de estudar os deveres dos empregados, vamos agora falar dos direitos dos mesmos!
Se por um lado existem os direitos do empregador rural, por outro lado, existem os direitos do
trabalhador rural como, por exemplo:
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Competência 02
Na imagem, você vê uma plantação atingida por chuva de granizo. Diante dessa situação, o
trabalhador deve ter assegurado o direito à paralisação da atividade a fim de evitar acidentes do
trabalho.
A atividade agroindustrial depende de uma boa gestão de Segurança, Saúde e Meio Ambiente. Vamos
conhecer os fundamentos dessa gestão?
A gestão contempla ações de segurança e saúde que devem atender os seguintes aspectos:
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Competência 02
A assistência médica faz parte da gestão, pois deve-se deixar claro que o trabalhador rural tem direito
a consultas médicas e realização do exame admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de
mudança de função e demissional.
Além de direito à assistência médica, ele deverá ter em seu local de trabalho todo o material
necessário aos primeiros socorros e, em caso de urgência, deverá ser removido sem despesa
nenhuma, sendo essa remoção responsabilidade do empregador rural.
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Competência 02
Os casos de urgência incluem intoxicação por agrotóxicos, acidentes graves e acidentes com animais
peçonhentos.
E diante desse acidente caberá ao empregador rural, através de laudo médico ou atestado médico,
tomar as seguintes atitudes:
Todos esses procedimentos de segurança devem ser defendidos pelos profissionais de saúde e
segurança do trabalho através de serviço especializado.
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Competência 02
O dono do empreendimento rural pode escolher a modalidade de SESTR que desejar. Os tipos de
SESTR são:
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Competência 02
Caso o empregador rural não opte por manter vínculo empregatício com o Técnico em Segurança do
Trabalho, poderá optar pelo SESTR Externo, ou seja, pela contratação de consultoria externa.
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Competência 02
Além do SESTR, o trabalhador rural pode contar com o apoio da CIPATR que é uma modalidade de
CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes).
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Competência 02
A CIPATR é uma variação da CIPA regida pela NR 05. As duas têm em comum apenas seus objetivos,
pois a forma de gestão e o dimensionamento são completamente diferentes.
Na CIPATR não existe a denominação Presidente e Vice-Presidente, como na CIPA regida pela N 05.
Na CIPATR, a denominação é de coordenador (escolhido pelo empregador no primeiro ano de
mandato, e pelos trabalhadores no segundo ano de mandato, dentre seus membros) e de
vicecoordenador.
Sendo assim, o mandato dos membros da CIPATR terá duração de dois anos, sendo permitida uma
recondução.
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Competência 02
Caro estudante, já vimos como o SESTR e a CIPATR atuam junto ao empregado rural, mas quais os
cuidados em relação à saúde e ao bem-estar do trabalhador?
Como o SESTR e a CIPATR podem prevenir acidentes com agrotóxicos, por exemplo?
Todo trabalhador que se expõe diretamente aos agrotóxicos deve ser treinado com curso de
capacitação com carga horária mínima de 20 (vinte) horas, com o seguinte conteúdo mínimo:
Na sua aula atividade, você precisa observar na NR 31 os cuidados quanto à aplicação dos agrotóxicos
e as proibições.
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Competência 02
Finalizamos aqui a segunda semana. Espero que tenha sido de grande valia para você! Na próxima
semana, você irá estudar a legislação brasileira específica do trabalho portuário. Até lá!
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Competência 03
Assim como existem normas de segurança a serem cumpridas na construção civil e no meio rural,
existem também normas na atividade portuária.
Na imagem acima você visualiza a zona primária que é uma área destinada à movimentação e
armazenagem de cargas.
Quais os riscos que você visualiza? Em caso de acidente é preciso ter um plano de emergência
previamente elaborado e estudado.
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Competência 03
Em caso de emergência, é importante saber o procedimento seguro a ser adotado. Para isso, é
necessário seguir as orientações do PCE – Plano de Controle de Emergência, e do PAM – Plano de
Ajuda Mútua. Esses planos devem prever recursos necessários para as seguintes situações:
Incêndio ou explosão.
Vazamento de produtos perigosos.
Queda de homem ao mar.
Condições adversas de tempo que afetem a segurança das operações portuárias.
Poluição ou acidente ambiental.
Socorro aos acidentados.
No PCE e PAM deve constar a periodicidade de treinamento, cabendo aos trabalhadores indicados
comporem as equipes e efetivarem a participação de todos.
Enfim, o que significa o plano de emergência? Para que os procedimentos de segurança sejam
seguidos, é importante que o trabalhador portuário conte com o apoio dos profissionais de saúde e
segurança do trabalho que compõem o SESTP. Você vai estudar isso a partir de agora!
Todo porto deve possuir o SESSTP, que deve ser mantido pelo OGMO (Órgão Gestor de Mão de Obra).
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Competência 03
Você lembra que na construção civil e no trabalho portuário existiam serviços de saúde e segurança
específicos? No trabalho portuário também existe e obedece a um dimensionamento propício para
o risco existente na atividade.
Além do SESSTP, o trabalhador portuário conta com o apoio da CPATR. Mas, como você já leu sobre
a CIPA e estudou sobre a CIPATR, na segunda semana, fica mais fácil compreender a CPATP. Vamos
lá?
Além do SESSTP, é necessário que todo porto ou instalação portuária possua a Comissão de
Prevenção de Acidentes no Trabalho Portuário – CPATP.
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Competência 03
Vamos revisar? Lembre que estudamos a CIPATR e você já leu a NR 05 que trata da CIPA, então
compare essas modalidades dessas comissões de prevenção de acidentes e analise as diferenças
entre elas. Uma dica: essa análise será muito importante para sua atividade semanal!
O que significa dizer que a CPATP é constituída paritariamente? Quanto dura uma gestão da
CPATP? Qual o critério para o dimensionamento? Observe esse aspecto na videoaula
á o dage àaoà“E““TPàeàCIPáTP !
Agora que você já estudou sobre a importância do SESSTP e CPATP na promoção da saúde e
segurança, vamos ver a prevenção de acidentes durante as manobras das embarcações.
Você lembra que na aula atividade você leu um texto sobre colisão de navio durante a atracação?
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Competência 03
Esse momento requer atenção redobrada, pois nas manobras de atracação e de desatracação das
embarcações existe o risco de esmagamento de trabalhador junto ao cais ou queda de homem ao
mar. Sendo assim, devem ser adotadas medidas de prevenção de acidentes, com cuidados especiais
aos riscos de prensagem, batidas contra e esforços excessivos dos trabalhadores.
Uma das medidas é a obrigatoriedade de comunicação via rádio entre o prático e condutor da
embarcação; outra medida é o uso obrigatório de coletes salva-vidas, classe IV, aprovados pela
Diretoria de Portos e Costas – DPC.
Na imagem, você vê um navio atracado e sua fixação por meio de cordas ao cais. Se essa corda ficar
muito folgada existe o risco de prensagem contra o cais? Pense nisso!
Todo o navio possui meios de acessos ao mesmo, seja por rampas, escadas ou passarelas. Vamos
estudar os requisitos de segurança para o acesso seguro às embarcações?
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Competência 03
As escadas de acesso ao navio devem ter largura segura e garantir a circulação de pessoas em um
único sentido, possuindo também uma rede protetora a fim de que, em caso de queda, o trabalhador
não venha a bater contra a embarcação.
A escada principal é chamada de escada de portaló e não pode ser muito íngreme para não
representar risco de queda aos trabalhadores portuários.
Em toda a extensão do convés, é preciso haver boias salva-vidas em quantidade suficiente, bem como
equipamentos de resgate de vítimas que caiam na água, lembrando que, nos trabalhos noturnos, as
boias devem possuir dispositivo de iluminação automática aprovado pela DPC (Diretoria de Portos e
Costas).
3.6 Os conveses
Você já visitou um navio ou já observou o convés nos filmes como o do Titanic, por exemplo?
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Competência 03
amarelo. Esse piso hexagonal é verde o todo o piso do convés é vermelho. Esse
piso é o heliponto e a letra H faz referência aà helipo to à ue é um ponto de
pouso e descolagem de helicópteros.
Na imagem, você visualiza o convés da embarcação com heliponto. Agora você percebe como um
convés pode ser extenso?
A Norma Regulamentadora deixa claro que os conveses devem estar limpos, seguros e sem objetos
que impeçam o trânsito seguro dos trabalhadores.
Caso existam cargas dispostas no convés, as mesmas deverão estar presas, ou seja, peadas e
escoradas para evitar tombamento sobre o trabalhador. Deve-se também observar se as aberturas
no piso possuem fechamento provisório resistente e se o piso é antiderrapante. Essas aberturas dão
acesso aos porões que também devem estar seguros.
3.7 Os porões
Nos porões das embarcações existe um dinamismo muito grande, pois há cargas armazenadas e
movimentação das mesmas, inclusive através de empilhadeiras.
Você acha que as empilhadeiras representam risco de acidente nos porões? Quais seriam esses
riscos?
Se nos porões existem aberturas de acesso, essas aberturas devem possuir tampas com travas de
segurança; e se possuírem escada de acesso ao porão, a mesma deve ter guarda-corpo ou cabo de
aço paralelo para fixação do trava-quedas acoplado ao cinto de segurança.
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Competência 03
A entrada para o porão tem fechamento, em sua maioria, de madeiras transversais. Esse fechamento
é chamado de quartel de porão. Já os quartéis devem permanecer fechados, mas, quando em uso, a
área deve ser sinalizada.
Muitas vezes são utilizados equipamentos de içar para movimentar as cargas oriundas do porão.
Vamos verificar as recomendações de segurança para esses equipamentos?
Como você viu no filme, todo equipamento de içar deve apresentar de forma legível a carga máxima
permitida e seu peso bruto; não deverão ser utilizados dois equipamentos de içar para transporte de
única carga a fim de compensar o peso da mesma, só com o prévio consentimento do SESSTP.
Esses equipamentos são muito importantes para reduzir o transporte manual de cargas dos
trabalhadores e controlar o risco ergonômico e o surgimento de Lesão por Esforço Repetitivo.
Algumas embarcações transportam pescados e produtos congelados e, por isso, existe um risco a
mais que seria a exposição do trabalhador ao agente físico frio. Vamos estudar esse risco a seguir!
Nos locais frigorificados, é proibido o uso de máquinas e equipamentos movidos à combustão interna
como, por exemplo, empilhadeira a gás, pois o gás desprendido do equipamento torna a atmosfera
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Competência 03
local altamente inflamável. Nessas câmaras frias, existe o risco de insalubridade, caso a exposição do
trabalhador exceda os limites permitidos por lei. Observe a tabela que segue e veja os limites
permitidos para cada faixa de temperatura.
Uma das formas de obedecer ao tempo de exposição indicado no quadro que você acabou de ver, é
instalar dispositivos sonoros e luminosos que alertem os trabalhadores quanto ao momento de saída
dos ambientes frios.
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Competência 03
Além de transporte de pescados, algumas embarcações transportam cargas perigosas para o meio
ambiente e para o trabalhador. Mas o que seria uma carga perigosa?
As cargas tidas como perigosas são todas aquelas que podem causar riscos aos trabalhadores e ao
ambiente, devendo ser sinalizadas conforme sua classe. Essas cargas são sinalizadas conforme a sua
classe, a saber:
Classe 1: Explosivos
Classe 2 e 3: Gases e Líquidos inflamáveis
Classe 4: Sólidos e outras substâncias inflamáveis
Classe 5: Óxidos e Peróxidos Orgânicos
Classe 6: Substâncias Tóxicas e Infectantes
Classe 7: Materiais radioativos
Classe 8: Substâncias corrosivas
Classe 9: Substâncias perigosas diversas
Logo, se a carga possui uma das características das classes citadas, trata-se de uma carga perigosa!
Essas cargas devem permanecer o tempo mínimo necessário nas áreas de operação de carga e
descarga.
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Competência 03
A administração portuária, em conjunto com o SESSTP, deve fixar em cada porto, a quantidade
máxima total por classe e subclasse de substâncias a serem armazenadas na zona portuária
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Conclusão
Como você percebeu, as atividades do técnico em segurança são muito parecidas nas três áreas
citadas, pois o foco é a prevenção de acidentes, doenças decorrentes do trabalho e,
consequentemente, o cumprimento da Legislação de Segurança do Trabalho que consta nas Normas
Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego.
Nas três modalidades de trabalho, você viu riscos inerentes à natureza da atividade e que precisam
de um tratamento especial, por isso, existem Normas de Segurança específicas para cada atividade.
No entanto, quer seja na construção civil, ou na agroindústria, ou no meio rural, será preciso ter um
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, uma Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes e o controle de riscos por meio do Gerenciamento de Riscos presentes
nos mais variados locais de trabalho.
Até a próxima!
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Referências
FUNDACENTRO. Manuais de Legislação de Segurança e Medicina do Trabalho. Ed. 69ª Atlas, 2012.
FUNDACENTRO. Ruído nas Obras da Construção Civil e o Risco de Surdez Ocupacional. Fundacentro,
2008.
FUNDACENTRO. Medidas de Proteção Contra Quedas de Altura. RTP nº 01, Fundacentro, 2001.
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Minicurrículo do Professor
Olá! Eu sou Zilmara Peixoto Nakai, tenho 35 anos, sou Especialista em Educação Ambiental, pela
Fafire, Licenciada em Biologia pela UFPE e Técnica em Segurança do Trabalho, pelo CEFET/PE.
Faz 16 anos que atuo como Técnica em Segurança do Trabalho e, nessa caminhada, já trabalhei em
empresa de montagem industrial, em construção civil, em consultoria de segurança do trabalho, em
hospital e hoje trabalho no Grupo Pão de Açúcar.
Ao mesmo tempo, tenho desenvolvido atividades de docência em biologia e nas diversas disciplinas
do curso técnico de segurança do trabalho. Já lecionei no Centro de Ciências do Nordeste (CECINE da
UFPE), na Escola de Enfermagem Irmã Dulce, na Escola Técnica Regional e no Colégio e Curso Especial.
Hoje, leciono na Escola Almirante Soares Dutra e na Educação a Distância.
É isso! Espero compartilhar com você o que tenho estudado e praticado nessa profissão.
Um grande abraço!
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