Você está na página 1de 31

Higiene e Segurança

do Trabalho
Alcione Moraes de Melo
Ericka Patrícia Lima de Brito

1
Professor(es) Autor(es)
Alcione Moraes de Melo Catalogação e Normalização
Ericka Patrícia Lima de Brito Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129)

Revisão Diagramação
Melina Silva Malvezzi Jailson Miranda

Coordenação de Curso Coordenação Executiva


Melina Silva Malvezzi George Bento Catunda
Renata Marques de Otero
Coordenação Design Educacional Manoel Vanderley dos Santos Neto
Deisiane Gomes Bazante
Coordenação Geral
Design Educacional Maria de Araújo Medeiros Souza
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger Maria de Lourdes Cordeiro Marques
Helisangela Maria Andrade Ferreira
Izabela Pereira Cavalcanti Secretaria Executiva de
Jailson Miranda Educação Integral e Profissional
Roberto de Freitas Morais Sobrinho
Escola Técnica Estadual
Professor Antônio Carlos Gomes da Costa

Gerência de Educação a distância

2
Sumário
Introdução .............................................................................................................................................. 4

1. Competência 01 - Compreender conceitos de higiene e segurança do trabalho, assim como da


legislação vigente ................................................................................................................................... 5

1.1 História da segurança e medicina do trabalho ...........................................................................................5

1.2 Normas Regulamentadoras ........................................................................................................................7

1.3 Acidentes do trabalho: conceitos e classificação ........................................................................................9

1.4 Definição e etapas da higiene ocupacional.............................................................................................. 13

1.5 Legislação em Higiene Ocupacional: Norma Regulamentadora nº 15 .................................................... 15

1.6 Normas de Higiene Ocupacional (NHO) ................................................................................................... 17

2. Competência 02 - Conhecer equipamentos e procedimentos relacionados à segurança e à higiene


do trabalho. .......................................................................................................................................... 19

2.1 Gerenciamento de Riscos Ocupacionais .................................................................................................. 19

2.2 Prevenção e Controle de Riscos ............................................................................................................... 21

2.3 Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC ............................................................................................... 23

2.4 Equipamentos de Proteção Individual ..................................................................................................... 25

Conclusão ....................................................................................................................................................... 29

Referências Bibliográficas .............................................................................................................................. 30

Mini Currículo do Professor ........................................................................................................................... 31

3
Introdução
Prezado (a) professor (a) e estudante, seja muito bem-vindo (a) a disciplina de Higiene e
Segurança do Trabalho. Nesta disciplina iremos abordar conhecimentos importantes para você e para
a sociedade relacionados à Higiene Ocupacional. Apesar de ser uma temática de ampla gama de
informações, iremos abordar conteúdos introdutórios, fundamentais e conceituais sobre a Higiene
Ocupacional.
Em termos práticos, poderemos ver a importância do conhecimento da Higiene
Ocupacional na proteção do trabalhador, bem como as legislações e sistemas as quais as empresas
precisam seguir, visando estar de acordo com as medidas legais impostas.
Na segunda competência conheceremos um pouco mais sobre a importância da
realização do gerenciamento de riscos ambientais, bem como algumas medidas de proteção para o
trabalhador.

Bons Estudos!

4
1. Competência 01 - Compreender conceitos de higiene e segurança do
trabalho, assim como da legislação vigente
Como será que iniciou a preocupação com a prevenção de acidentes do trabalho? Quais
foram as primeiras legislações? São tantas perguntas, mas nessa competência vamos tentar
responder essas e outras perguntas referentes ao tema. Então vamos lá começar nossos estudos
sobre Segurança e Saúde no trabalho - SST?
Com o advento da industrialização, os acidentes do trabalho começaram a surgir de forma
crescente em todos os países. O Brasil no início dos anos 1970 apresentou dados superiores aos
demais países, sendo considerado como o campeão de acidentes do trabalho. O ano de 1975
apresentou números alarmantes, com uma média de 1,5 milhão de acidentes. Segundo a Organização
Internacional do Trabalho - OIT, atualmente o país ainda ocupa a quarta posição do ranking mundial
de acidentes do trabalho, atrás apenas de países como a China, Índia e Indonésia.
Em virtude desses números cada vez mais crescentes, houve a necessidade de uma
legislação que evidenciasse a prevenção desses acidentes. Assim, vamos nesta competência estudar
um pouco mais sobre algumas Normas e Legislações Brasileiras Específicas a Segurança do Trabalho.

Para esta competência, é importante que você estudante estude


detalhadamente a Lei 8.213/1991.
Acesse:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm

1.1 História da segurança e medicina do trabalho

Na Antiguidade, os primeiros registros da associação entre o trabalho e o processo saúde-


doença foram encontrados em papiros egípcios e em textos da civilização greco-romana. Estes
registros eram direcionados principalmente a acidentes em queimaduras, tendo em vista que o uso
do fogo era uma das ferramentas de trabalho do homem pré-histórico.

5
No final do século XVIII, inicia-se a Revolução Industrial no continente europeu. O
desenvolvimento de máquinas com novas tecnologias altera o ambiente de trabalho, o que acomete
em maiores acidentes. Esse quadro direcionava sobre a necessidade de uma cultura prevencionista,
visando priorizar a saúde no ambiente de trabalho.

Figura 1. Papiro Egípcio


Fonte: https://antigoegito.org/wp-content/uploads/2017/11/inkfromancie-e1510393087841.jpg
Descrição da imagem: A imagem representa um papiro egípcios

No Brasil, em 1943, a criação da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, apresenta um


capítulo referente a saúde e segurança do trabalho, sendo este um marco no país no que tange a
prevenção de acidentes do trabalho. Porém, nos anos 70, o Brasil era campeão mundial de acidentes
do trabalho, com a estatística apontando que 17% da população economicamente ativa já teria
sofrido algum tipo de acidente do trabalho, o que representava mais de 1 milhão de acidentados.
Assim, a partir de 1972, são desenvolvidas novas ações visando a prevenção de acidentes no país,
com destaque a consolidação da área de Engenharia de Segurança do Trabalho através da Portaria
3.237/72, com a criação do SESMT – Serviço Especializado em Engenharia e Medicina do Trabalho e
a Portaria 3.214/78, que dispõe das Normas Regulamentadoras em Segurança do Trabalho.

6
Acesse o link https://www.youtube.com/watch?v=t4JcQPDQ7bM e
conheça mais sobre a história da segurança do trabalho

Então vamos agora conhecer um pouco mais sobre as Normas Regulamentadoras?

1.2 Normas Regulamentadoras

As normas regulamentadoras foram criadas pela Portaria 3.214/78 visando


complementar o Capítulo V (Da Segurança e da Medicina do Trabalho) do Título II da Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT), com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Essas
normas consistem em direcionar os empregadores e trabalhadores no que concerne a prevenção de
acidentes no ambiente de trabalho. Atualmente, existem 37 normas regulamentadoras em vigor, são
elas:
NORMAS REGULAMENTADORAS
Número Título da Norma
1 Disposições Gerais
2 Inspeção Prévia (Revogada)
3 Embargo ou Interdição
4 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
6 Equipamento de Proteção Individual – EPI
7 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
8 Edificações
9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
10 Segurança em instalações e serviços em eletricidade

7
11 Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais
12 Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos
13 Caldeiras, vasos de pressão e tubulações e tanques metálicos de armazenamento
14 Fornos
15 Atividades e operações insalubres
16 Atividades e operações perigosas
17 Ergonomia
18 Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção
19 Explosivos
20 Segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis
21 Trabalhos a céu aberto
22 Segurança e saúde ocupacional na mineração
23 Proteção contra incêndios
24 Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho
25 Resíduos industriais
26 Sinalização de segurança
27 Registro profissional do técnico de segurança do trabalho (revogada)
28 Fiscalização e penalidades
29 Norma regulamentadora de segurança e saúde no trabalho portuário
30 Segurança e saúde no trabalho aquaviário
31 Segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária silvicultura, exploração
florestal e aquicultura
32 Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde
33 Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados
34 Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção, reparação e
desmonte naval
35 Trabalho em altura
36 Segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e processamento de carnes
e derivados
37 Segurança e saúde em plataformas de petróleo
Quadro 1. Normas Regulamentadoras em vigor

8
Fonte: Adaptado de https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-
nrs/normas-regulamentadoras-nrs

Acesse o site
https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-
no-trabalho/ctpp-nrs/normas-regulamentadoras-nrs
e conheça mais sobre cada uma das Normas Regulamentadoras

1.3 Acidentes do trabalho: conceitos e classificação

Neste tópico vamos conhecer mais sobre acidentes do trabalho. Sabemos que, o acidente
é qualquer fato inesperado, que poderá causar dano a quem sofre a ação, bem como interromper o
andamento de uma determinada atividade em virtude desta situação. No âmbito da Segurança do
Trabalho, o conceito de Acidente do Trabalho pode ser visto através do conceito legal e do conceito
prevencionista.
Mas afinal de contas, qual a diferença entre o conceito legal e o conceito prevencionista?
O Conceito prevencionista é abordado segundo a NBR 14.280 da ABNT, e define acidente
do trabalho como a ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o
exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão pessoal.

Vamos fixar melhor esta informação?

Figura 2. Resumo do conceito de Acidente do Trabalho segundo a NBR 14.280


Fonte: As autoras, adaptado da NBR 14.280

9
Descrição da imagem: fluxograma em formato de setas coloridas, onde cada seta descreve o conceito prevencionista na
seguinte sequência: ocorrência imprevista e indesejável; instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho;
e, resulte ou possa resultar lesão pessoal.

No ano de 1991, foi promulgada a Lei nº 8.213, que dispõe sobre os planos de benefícios
da previdência social e dá outras providências. Assim, temos nesta legislação o conceito legal de
acidente do trabalho, evidenciado através do artigo 19, ou seja, acidente do trabalho é o que ocorre
pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do
trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho.
A Figura abaixo apresenta os três principais tópicos abordados pela definição de acidente do
trabalho segundo o conceito legal.

Figura 3. Resumo do conceito de Acidente do Trabalho segundo a lei 8.213/91


Fonte: As autoras, adaptado da Lei 8.213/91
Descrição da imagem: três engrenagens, cada uma de uma cor, descrevendo de modo resumido o conceito legal de
acidente do trabalho. Primeira engrenagem tem a seguinte frase: cause a morte ou perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho. Na segunda engrenagem: Provocando lesão corporal ou perturbação
funcional. Terceira: ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou do empregador doméstico ou pelo
exercício do trabalho dos segurados.

10
O artigo 20 da lei 8.213/91, apresenta dois conceitos importantes atribuídas a acidente do trabalho:
I - Doença profissional: é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a
determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da
Previdência Social;
II - Doença do trabalho: é aquela adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em
que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente.

Destaca-se ainda que, segundo a Lei 8.213/1991, não são consideradas como doença do trabalho:
a. A doença degenerativa;
b. A inerente a grupo etário;
c. A que não produza incapacidade laborativa;
d. A doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva,
salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela
natureza do trabalho.
Mas segundo o conceito legal, quais situações são consideradas acidentes de trabalho?

A Lei 8.213/1991 apresenta ainda quatro diferentes tipos de acidentes que se equiparam ao acidente
do trabalho:

Acidente ligado ao trabalho

O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de alguns


aspectos

A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade

O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho

Figura 4. Acidente do Trabalho segundo a lei 8.213/91


Fonte: As autoras, adaptado da Lei 8.213/91
Descrição da imagem: Os quatro diferentes tipos de acidentes que se equiparam ao acidente do trabalho:
acidente ligado ao trabalho; o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário de trabalho, em consequência de
alguns aspectos; a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; o
acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho.

11
No caso de acidente do trabalho, seja típico, trajeto ou doença ocupacional deverá ser
emitido documento de Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT. A emissão da CAT, é
fundamental para garantir ao trabalhador os seus direitos relacionados aos benefícios previdenciários
e trabalhistas.
De acordo com o Art. 22 da Lei de nº 8.213/91:
A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do
trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência
e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de
multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de
contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e
cobrada pela Previdência Social (BRASIL, 1991, Art. 22).
Caso a empresa não realize o registro da CAT, estará passível de multa. Podem formalizar
também a comunicação: o próprio acidentado, seus dependentes, sindicato da categoria, médico que
realizou o atendimento, ou qualquer autoridade pública. Nesse caso não terá a exigência do prazo
previsto no Art. 22.

Figura 5: Funcionários socorrendo vítima de acidente do trabalho


Fonte: https://msamorim.com.br/noticia/direito-trabalhista/sofreu-acidente-de-trabalho-saiba-como-emitir-seu-
comunicacao-de-acidente-de-trabalho-cat
Descrição da imagem: Funcionários transportando vítima de acidente do trabalho para atendimento médico na
empresa e já pensando no próximo passo que será a emissão da CAT.

O registro da CAT pode ser realizado on-line ou na agência do Instituto Nacional do Seguro
Social - INSS. O acidentado ou seus dependentes, como também o sindicato da categoria que o
acidentado faça parte deverá receber a cópia dessa comunicação. Portanto, essa comunicação deve
ser emitida em 04 (quatro) vias, sendo:

12
 1ª via – INSS;
 2ª via – Segurado ou dependente;
 3ª via – Sindicato de classe do trabalhador;
 4ª via – Empresa.

Acesse os link’s abaixo e conheça o formulário da CAT e as instruções de


preenchimento para cada item.
http://www.previdencia.gov.br/forms/formularios/form001.html
http://www.previdencia.gov.br/forms/formularios/form002_instrucoes.html
https://www.youtube.com/watch?v=Y4ocTDbm14I

1.4 Definição e etapas da higiene ocupacional

Dentro da Segurança do Trabalho temos uma ciência que visa estudar os riscos
ocupacionais existentes no ambiente de trabalho que poderão afetar a saúde do trabalhador: a
Higiene Ocupacional.
Mas, o que são riscos?
Os riscos são considerados potenciais de ocorrência de consequências indesejáveis
decorrentes da realização de uma atividade. Esses riscos podem ser físicos, químicos, biológicos,
ergonômicos ou de acidentes. A Figura 1 apresenta os agentes que podem ocasionar cada um
desses riscos.

13
Físicos Químicos Biológicos Ergonômicos Acidentes
•Ruídos •Poeiras •Bactérias •Esforo Físico •Arranjo físico
•Vibrações •Névoas •Fungos intenso inadequado
•Pressoes •Neblinas •Bacilos •Levantamento •Armazenament
Anormais •Gases •Parasitas manual de peso o inadequado
•Temperaturas •Vapores •Protozoários •Trabalhos em •Ferramentas
Extremas turno e noturno com defeito
•Entre outros
•Radiações •Outras •Outras
Ionizantes situações de situações que
•Radiações não estresse físico possam
ionizantes ou psíquico contribuir ara a
ocorrencia de
•Infrassom
acidentes
•Ultrassom

Figura 6. Riscos Ocupacionais


Fonte: adapatado http://www.trabalhoseguro.com/Portarias/port_25_1994_mapa_de_risco.html
Descrição da imagem: A imagem apresenta os diferentes tipos de riscos ocupacionais, cada um representado com suas
respectivas cores (Riscos Físicos – verde; Riscos Químicos – vermelho; Riscos Biológicos – marrom; Riscos Ergonômicos –
amarelo; Riscos de Acidentes: - azul) e os agentes causadores desses riscos.

Agora que aprendemos um pouco mais sobre os riscos ocupacionais, vamos conhecer as
etapas da Higiene Ocupacional?

A Higiene Ocupacional está dividida em quatro principais etapas, são elas:

•Nesta etapa, antes de iniciado qualquer processo faz-se


Antecipação necessário avaliar os potenciais riscos, para que se possa
tomar medidas preventivas.

•Quando da existencia dos riscos, deve-se realizar um estudo


Reconhecimento identificando os possíveis agentes presentes no abiente de
trabalho

• Nesta etapa são realizadas avaliações quantitativas,


Medição e Avaliação considerando os limites de tolerancia estabelecidos pela
NR-15

• Na etapa de controle são adotadas medidas importantes


Controle para a eliminação, minimização ou controle dos riscos
ocupacionais

Figura 7. Etapas da Higiene Ocupacional

14
Fonte: https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-
regulamentadoras/nr-09-atualizada-2019.pdf
Descrição da imagem: A imagem apresenta duas colunas, onde na primeira são identificadas as diferentes etapas da
Higiene Ocupacional e na segunda quais atividades são realizadas em cada etapa.

1.5 Legislação em Higiene Ocupacional: Norma Regulamentadora nº 15

Dentre as diversas normas regulamentadoras, a NR-15 é direcionada as atividades insalubres


que colocam em risco a saúde do trabalhador. Esta NR regulamenta o artigo 189 da CLT que diz:

Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que,


por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os
empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância
fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de
exposição aos seus efeitos.

O que seriam esses limites de tolerância?


Segundo a norma, entende-se como "Limite de Tolerância” a concentração ou
intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que
não causará danos à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.
De acordo com a NR-15, considera-se atividade ou operação insalubre as:
 Desenvolvidas acima do limite de tolerância previstas nos anexos n.º: 1 (ruído contínuo ou
intermitente), 2 (ruídos de impacto), 3 (para exposição ao calor), 5 (radiações ionizantes), 11
(agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de tolerância e inspeção no
local de trabalho) e 12 (poeiras minerais);
 Nas atividades mencionadas nos Anexos n.º 6 (Trabalho sob condições hiperbáricas), 13
(agentes químicos) e 14 (agentes biológicos);
 Que podem ser comprovadas através de laudo de inspeção de trabalho Anexos n.º 7
(radiações não-ionizantes), 8 (vibração), 9 (frio) e 10 (umidade).
A norma possui atualmente 13 anexos em vigor, visto que em 1990 foi revogado o anexo
4. Cada um desses anexos apresenta determinações referentes a exposição do trabalhador aos

15
diferentes agentes, sejam eles físicos, químicos ou biológicos. Em cada anexo, são apresentados os
conceitos relacionados a cada anexo bem como os respectivos limites de tolerância.

Nos anexos da NR-15 têm descrito as metodologias para avaliação


ambiental dos riscos ocupacionais. Nos casos de ausência, por parte
da NR-15, dessas metodologias deve-se recorrer as metodologias da
ACGIH (normas internacionais) e das NHO’s.

Desta forma, caracterizado que o trabalhador vem exercendo suas atividades em


condições insalubres, é assegurado ao trabalhador a percepção de adicional incidente sobre o salário
mínimo da região da seguinte forma:

40% 20% 10%


(quarenta por cento) (vinte por cento) (dez por cento)
• Para insalubridade de • Para insalubridade de • Para insalubridade de
grau máximo grau médio grau mínimo

Figura 8. Percentuais para adicional de insalubridade


Fonte: Adaptado de Norma Regulamentadora - 15
Descrição da imagem: A imagem apresenta três blocos, com os diferentes percentuais de insalubridade que poderá ser
recebido pelo trabalhador.

É importante ressaltar que, a eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a


cessação do pagamento do adicional respectivo.

Acesse o site:
https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normas-regulamentadoras/nr-15.pdf/view

E conheça um pouco mais sobre a NR-15

16
1.6 Normas de Higiene Ocupacional (NHO)

Em 1980, a Coordenação de Higiene do Trabalho da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de


Segurança e Medicina do Trabalho - Fundacentro publicou, uma série de Normas Técnicas chamadas
de Normas de Higiene Ocupacional – NHO, tendo como objetivos principais a prevenção e o controle
de riscos. Essas Normas estabelecem critérios e procedimentos para avaliação de exposição
ocupacional de forma quantitativa. Confira abaixo a lista NHO’s existentes:

NORMAS DE HIGIENE OCUPACIONAL


Número Título da Norma
NHO 01 Procedimento Técnico - Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído;
NHO 02 Método de Ensaio - análise qualitativa da fração volátil (vapores orgânicos) em
colas, tintas e vernizes por cromatografia gasosa / detector de ionização de
chama (EM REVISÃO);
NHO 03 Método de Ensaio: Análise Gravimétrica de Aerodispersóides Sólidos Coletados
Sobre Filtros e Membrana;
NHO 04 Método de Ensaio: Método de Coleta e a Análise de Fibras Em Locais de Trabalho;
NHO 05 Procedimento Técnico - Avaliação da Exposição Ocupacional aos Raios X nos
Serviços de Radiologia;
NHO 06 Avaliação da Exposição Ocupacional ao Calor;
NHO 07 Calibração de Bombas de Amostragem Individual pelo Método da Bolha de Sabão;
NHO 08 Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de Ambientes de Trabalho;
NHO 09 Procedimento Técnico - Avaliação da Exposição Ocupacional a Vibração de Corpo
Inteiro;
NHO 10 Procedimento Técnico - Avaliação da Exposição Ocupacional a Vibração em Mãos
e Braços;
NHO 11 Avaliação dos níveis de iluminamento em ambientes internos de trabalho.
Quadro 2. Normas de Higiene Ocupacional
Fonte: Adaptado de http://antigo.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-ocupacional

Conforme Decreto nº 4.882/2003, para fins de aposentadoria especial, obrigatoriamente,


devem ser utilizadas as metodologias citadas nas NHO’s para avaliações ambientais de riscos
ocupacionais.

17
“As avaliações ambientais deverão considerar a classificação dos agentes
nocivos e os limites de tolerância estabelecidos pela legislação
trabalhista, bem como a metodologia e os procedimentos de avaliação
estabelecidos pela FUNDACENTRO." (§ 11 Decreto 4.882/2003).

Portanto estudante, podemos entender através do parágrafo acima que quando cita
sobre legislação trabalhista refere-se a NR-15, logo deve ser respeitada, mas que devemos utilizar das
metodologias das NHO’S também. Por isso, como futuros profissionais de Segurança do Trabalho
devemos sempre unir essas metodologias para maior avaliação e controle dos riscos.

Conheça mais sobre o tema acessando o link:


https://alextinoco.com/higiene-ocupacional/normas-fundacentro/

Veja agora a Videoaula da competência 1, que preparamos para


você.

18
2. Competência 02 - Conhecer equipamentos e procedimentos
relacionados à segurança e à higiene do trabalho.

2.1 Gerenciamento de Riscos Ocupacionais

O Governo Federal vem promovendo atualizações significadas nas Normas


Regulamentadoras – NR’s, em busca de moderniza-las. Essas alterações acarretarão mudanças
importantes para todos, tanto para os empregadores, como para os empregados. Nesse contexto,
vamos falar da NR-1, que é uma das Normas que vem passando por grandes transformações. Dentre
as novidades dessa Norma, a maior entre todas foi a incorporação de temas como: Gerenciamento
de Riscos Ocupacionais - GRO e do Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR.
O objetivo da nova NR-1, item 1.1.1, é:
Estabelecer as disposições gerais, o campo de aplicação, os termos e as
definições comuns às Normas Regulamentadoras - NR relativas a segurança e
saúde no trabalho e as diretrizes e os requisitos para o gerenciamento de
riscos ocupacionais e as medidas de prevenção em Segurança e Saúde no
Trabalho – SST.

O que deve conter no


gerenciamento de riscos?

19
Figura 7 - Ícone Saiba mais
Fonte: https://stock.adobe.com/pt/
Descrição da imagem: Ícone de uma mulher vestida de amarelo, cabelos pretos, cinto marrom, saindo da tela de um
smartphone com caixas de textos azuis ao lado.

Seguindo o que fala o novo texto da NR-1, o GRO precisa compor um PGR. Na qual ficará
a critério da organização a forma que será organizado, seja por unidade operacional, setor ou
atividade. Lembrando que, o PGR deve integrar com demais programas e documentos referentes a
legislação de SST.

Você sabia que as diretrizes e requisitos descritos, no novo texto da


NR-1, sobre o GRO estão em sintonia com outras normas
internacionais. Pois é, especialmente com a ISO 45001, que trata
sobre Sistema de Gestão em Saúde e Segurança do Trabalho.

Dentre as diretrizes descritas no novo texto, a NR-1 cita que a organização deve:
a) Evitar os riscos ocupacionais que possam ser originados no trabalho;
b) Identificar os perigos e possíveis lesões ou agravos à saúde;
c) Avaliar os riscos ocupacionais indicando o nível de risco;
d) Classificar os riscos ocupacionais para determinar a necessidade de adoção de medidas de
prevenção;
e) Implementar medidas de prevenção; e
f) Acompanhar o controle dos riscos ocupacionais.

Organização: pessoa ou grupo de pessoas com suas próprias funções com


responsabilidades, autoridades e relações para alcançar seus objetivos.
Inclui, mas não é limitado a empregador, a tomador de serviços, a
empresa, a empreendedor individual, produtor rural, companhia, seja
incorporada ou não, pública ou privada (Adaptado NR-1).

No PGR deve conter, no mínimo, esses documentos: inventário de riscos e plano de ação.

20
Acesse o link abaixo e conheça a NR-01
https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01-atualizada-2020.pdf

2.2 Prevenção e Controle de Riscos

As empresas estão cada vez mais buscando desenvolver uma cultura de segurança do
trabalho nas suas instalações. Pois, os acidentes de trabalho provocam prejuízos para todos, como
podemos ver abaixo:

 Trabalhador: poderá ter lesões/danos a sua saúde, afastamentos temporários ou


permanentes do trabalho, diminuição de rendimento, estresse, etc.
 Empregador: Custos com causas trabalhistas, perda de mão de obra, custos médicos,
contração de novo empregado caso seja necessário, diminuição de produtividade, marketing
negativo, entre outros.
O prejuízo com os acidentes de trabalho afeta também a nação. Por isso, todos têm a
ganhar com o trabalho seguro, sendo essa prática de prevenção imprescindível para qualquer
ambiente laboral.

Prevenção: conjunto das disposições ou medidas tomadas ou


previstas em todas as fases da atividade da organização, visando
evitar, eliminar, minimizar ou controlar os riscos ocupacionais
(Adaptado NR-1).

São inúmeras medidas de segurança que podem ser realizadas no ambiente de trabalho
afim de torna-lo mais seguro. Mas é necessário respeitarmos uma hierarquia para adotarmos as
medidas de prevenção e controle de riscos.

21
No novo texto da NR-1, subitem1.4.1, alínea “g”, encontramos sobre as diretrizes e
deveres do empregador referente a implementação de medidas de prevenção, que deve respeitar a
seguinte ordem de prioridade:
I. eliminação dos fatores de risco;
II. minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas de
proteção coletiva;
III. minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas
administrativas ou de organização do trabalho; e
IV. adoção de medidas de proteção individual.

Observe que a implementação do Equipamento de Proteção Individual – EPI deve ser


implementado em última instância. Na figura abaixo conseguimos visualizar melhor essa hierarquia
nas medidas de prevenção:

Figura 8 – Hierarquia no controle de riscos


Fonte: https://www.bfamedicinadotrabalho.com.br/novo/hierarquia-no-controle-de-riscos/
Descrição da imagem: Foto de uma pirâmide invertida que é descrita a hierarquia de controle dos riscos, das medidas
mais efetivas às menos efetivas. Segue-se a seguinte ondem: eliminação, substituição, controles de engenharia,
controles administrativos e EPI.

22
Acesse o link abaixo e conheça mais sobre medidas de controle
https://www.prometalepis.com.br/blog/medidas-de-controle-do-
risco/

Acesse o link abaixo e conheça mais sobre medidas de controle


https://www.youtube.com/watch?v=EMhZGsKvNBo

2.3 Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC

Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC são destinados a proteger mais de uma pessoa ao
mesmo tempo, como o nome já diz, o coletivo, sendo assim uma medida de segurança coletiva, usada
para evitar e/ou minimizar os riscos presentes no ambiente de trabalho que podem acarretar
acidentes de trabalho e doenças profissionais e do trabalho.

Tipos de EPC’s
 Capela Química;
 Corrimãos de escada, rampa, guarda corpos e redes de proteção;
 Exaustores, sistemas de ventilação e controle de temperatura;
 Isolação acústica.
 Lava-Olhos, chuveiros de emergência, etc;
 Proteção de partes móveis de maquinas e equipamentos;
 Sinalizações de segurança como: cones, cavaletes, placas de aviso, sinalização de saída de
emergência, etc;

23
Figura 17 – Tipos de EPC
Fonte: http://aesambiental.eco.br/projetos-de-seguranca-do-trabalho/levantamento-de-epi-e-epc/
Descrição da imagem: Imagens de Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC, tais como: corrente, placas de sinalizações
com frases de “Perigo”, “Afaste-se”, “Cuidado, piscina em manutenção, “cuidado em manutenção”, “Perigo, afaste-se”,
fita zebrada e cones.

Segue abaixo algumas Normas regulamentadoras que falam sobre EPC:

 NR-4, item 4.12, alínea “a” – “Compete aos profissionais integrantes dos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT: aplicar os
conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do trabalho ao ambiente de
trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas e equipamentos, de modo a
reduzir até eliminar os riscos ali existentes à saúde do trabalhador”.
 NR-10, item 10.2.8.1 – “Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser
previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante
procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e a
saúde dos trabalhadores”.
 NR-12, item 12.1.8 – “São consideradas medidas de proteção, a ser adotadas nessa ordem de
prioridade: a) medidas de proteção coletiva; b) medidas administrativas ou de organização do
trabalho; e c) medidas de proteção individual”.

24
Figura 17 – Proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos, em atendimento a NR-12
Fonte: https://uniaoengenharia.eng.br/nr-12-18/
Descrição da imagem: Imagem de uma grade amarela protegendo partes móveis de uma máquina e/ou equipamento

Conheça alguns EPC’s e finalidades utilizados no desenvolvimento


de serviços em instalações elétricas, em atendimento a NR-10:
https://www.youtube.com/watch?v=jJTcaXntl18

2.4 Equipamentos de Proteção Individual

Agora, vamos falar sobre os Equipamentos de Proteção Individual – EPI e como esses
exercem papel tão importante na segurança e saúde no trabalho, na proteção do trabalhador, no
desempenho das suas atividades, de modo a minimizar a exposição dos riscos de acidentes e doenças
que possam serem originados no ambiente laboral.
De acordo com a NR-06, que trata sobre o tema, considera-se EPI, todo dispositivo ou
produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de
ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

25
Estudante, o EPI só poderá ser posto à venda e utilizado caso conste o Certificado de
Aprovação - CA, que deverá ser expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança
e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.

Você sabia que o EPI deve ser entregue gratuitamente para o


empregado, em perfeito estado de conservação e apropriado ao
risco. E, de acordo com a CLT, o empregado que recursar utilizar o EPI
sem justificativa constitui ato faltoso.

Mas, em qual situação o empregador deve fornecer o EPI para os empregados?

a. Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b. Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,
c. Para atender a situações de emergência.

Conheça um pouco mais sobre as responsabilidades do


empregador sobre o EPI e também os equipamentos mais
utilizados nas empresas, através do site:
https://www.youtube.com/watch?v=ZqtUEcWvLqQ

Na figura abaixo, ao analisarmos o perfil dos casos nas notificações de CAT, em 2018,
podemos observar lesões registradas em diversas partes do corpo, tais como: cabeça, olho, mão, pé,
entre outros. Daí percebemos o quanto é importante a implementação de programas de segurança
e saúde no trabalho, com gerenciamento da utilização do EPI adequado ao risco, a substituição do
equipamento danificado, a realização de treinamentos para uso correto, dentre outras medidas para
proteger o trabalhador e assim diminuir as estatísticas de acidentes de trabalho.

26
Figura 17 – Estatísticas do EPI
Fonte: https://onsafety.com.br/seguranca-do-trabalho-depende-do-epi/
Descrição da imagem: Desenho de um homem utilizando EPI, ao redor desse homem tem figuras de EPI com a
descrição das estatísticas do perfil dos casos de notificações das CAT. Desenho de Capacete – mensagem “3%
registraram acidentes na cabeça; desenho de óculos – mensagem “3% registraram acidentes no olho”; desenho de
vestimenta de segurança e bota – mensagem “24% sofreram acidentes no pé, tornozelo, joelho e perna”; desenho de
protetor auricular – mensagem “70% das lesões registraram perda auditiva ou corte, laceração, ferida no ouvido”;
desenho de respirador – mensagem “38% das lesões decorrentes do envenenamento sistêmico; desenho de colete –
mensagem “6% sofreram acidentes no ombro e dorso”; desenho de luvas – mensagem “40% sofreram acidentes no
dedo, mão, punho, antebraço e braço”.

Tipos de EPI
São diversos tipos de EPI existentes que variam conforme os riscos contra os quais se quer
proteger e a parte do corpo a ser protegida. Conforme NR-6, anexo 1, os EPI’s podem ser para
proteção:

 Da cabeça: Capacete, capuz, etc;


 Olhos e face: Óculos, protetor facial e máscaras;
 Auditiva: Protetor auditivo, abafadores auditivos, etc;
 Respiratória: Respirador purificador de ar não motorizado, - Respirador purificador de ar
motorizado, Respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido, Respirador de adução
de ar tipo máscara autônoma;

27
 Do tronco: Vestimentas, Coletes e aventais;
 Das mãos e dos braços: Luvas, braçadeiras e mangotes;
 Dos pés e das pernas: Sapatos, botas e coturnos;
 Contra quedas: Cintos de segurança e sistemas anti-quedas.
O controle e entrega do EPI ao trabalhador deve ser registrado pelo empregador. Esse
registro pode ser em livro, ficha ou sistema eletrônico. Bem estudante, aprendemos neste tópico
como o uso adequado do EPI pode proteger o trabalhador dos acidentes de trabalho, doenças
profissional e do trabalho

Acesse o link abaixo e conheça a NR-06


https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-
no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-06.pdf

Veja agora a Videoaula da competência 2, que preparamos para


você.

28
Conclusão

Caro estudante,
Encerramos aqui a disciplina de Higiene e Segurança do Trabalho! Diante do exposto,
pudemos nos aprofundar em diversos conteúdos relacionados às questões de NR’s, acidentes de
trabalho, medidas de prevenção e controle dos riscos, entre outros. Certamente, o conhecimento
adquirido ajudará no desenvolvimento das suas atividades como futuro técnico de segurança do
trabalho.
Esperamos que você tenha aprendido bastante sobre este tema de grande relevância em
âmbito nacional e internacional.

29
Referências Bibliográficas

BRASIL. Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, aprova Consolidação das Leis do Trabalho.
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452compilado.htm>. Acesso
em 02 ago. 2021.

BRASIL. Normas Regulamentadoras. Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978. Disponível em:
<https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/normas-
regulamentadoras-nrs>. Acesso em: 02 ago. 2021.

BRASIL. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência
Social e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm>. Acesso em 02 ago. 2021.

BRASIL. Decreto nº 4.882, de 18 de novembro de 2003. Altera dispositivos do Regulamento da


Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/d4882.htm>. Acesso em 02 ago. 2021.

30
Mini Currículo do Professor

Alcione Moraes de Melo

Mestre em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal Rural de Pernambuco


(UFRPE), especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho pela POLI/UPE, Engenheira Agrícola e
Ambiental pela UFRPE, Técnico em Segurança do Trabalho pelo Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia de Pernambuco - IFPE.

Ericka Patrícia Lima de Brito

Doutoranda em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE),


Mestre em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Especialista em
Engenharia de Segurança do Trabalho pela PUC/Minas, Engenheira Química pela UFPE, Gestora
Ambiental pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco - IFPE.

31

Você também pode gostar