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UNIDADE 1

ERGONOMIA E
SEGURANÇA DO
TRABALHO

LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA

AUTOR

Marcelo de Jesus Rodrigues da Nóbrega


APRESENTAÇÃO

Olá aluno (a), seja bem vindo!

Ao longo desta Unidade de Aprendizagem, será abordado o conceito de


Segurança no Trabalho e compreender sua regulamentação.

Inicialmente, é importante destacar que a lei que regulamenta as atividades da


Segurança do Trabalho é a Portaria GM nº 3.214, de 08 de junho de 1978, do
Ministério do Trabalho. Ela estabelece as Normas Regulamentadoras, também
conhecidas como NR’s.

São as NR’s que normatizam as atividades da Segurança do Trabalho nas


empresas e são obrigatórias tanto para organizações privadas, quanto públicas. O
cumprimento dessas normas irão prevenir eventuais acidentes e danos, ou seja,
tornarão o ambiente de trabalho um local mais seguro.

Ademais, a lei atinge também os órgãos públicos da administração direta e


indireta, o poder legislativo e judiciário que sejam regidos pela Consolidação das
Leis do Trabalho – CLT.

01
CONHEÇA O
CONTEUDISTA
Marcelo de Jesus Rodrigues da Nóbrega
Sou Marcelo de Jesus Rodrigues da Nóbrega sou Pós-Doutor Sênior e Júnior em Engenharia pela
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ, 2013 e 2019), Doutor em Engenharia Mecânica pela
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio, 2010), Mestre em Tecnologia na Área de
Processos Tecnológicos pelo Centro Federal de Educação Tecnológica - Celso Suckow da Fonseca
(CEFET-RJ, 2004), Engenheiro Mecânico pelo CEFET-RJ (2002), Tecnólogo em Mecânica também pelo
CEFET-RJ (2001), Licenciado em Física pela Universidade Cândido Mendes (UCAM, 2006), Licenciado
em Matemática e Engenheiro Civil ambos pela Sociedade Augusto Motta (UNISUAM, 2002),
Licenciado em Pedagogia (UniBF, 2022). ESPECIALIZAÇÃO NA ÁREA TECNOLÓGICA: Especialista em
Engenharia de Segurança do Trabalho (FSS, 2005), MBA em Negócios Imobiliários (UniBF, 2020),
Especialista em Trânsito (UniBF, 2020), Especialista em Engenharia e Gerenciamento de Manutenção
(UniBF, 2020), Especialista em Engenharia de Avaliações e Perícias (UniBF, 2020), Especialista em
Higiene Ocupacional (CESDA, 2020), Especialista em Engenharia Elétrica Ênfase em Instalações
Residenciais (UCAM, 2020) e Especialista em Engenharia Civil: Sistemas Construtivos em Edificações
(FASOUZA, 2020). ESPECIALIZAÇÃO NA ÁREA DE MEIO AMBIENTE: Especialista em Engenharia de
Meio Ambiente (UNIG, 2010), Especialista em Auditoria e Perícia Ambiental (FUNIP, 2020),
Especialista em Saneamento (FAVENI, 2020) e Especialista em Gestão Ambiental (UCAM, 2019)
ESPECIALIZAÇÃO NA ÁREA EDUCACIONAL: Especialista em Gestão de Sistemas Educacionais (UniBF,
2022), Especialista em Gestão Escolar (Administração, Inspeção, Orientação e Supervisão) (FAVENI,
2020), Especialista em Docência do Ensino Superior pela Faculdade São Judas Tadeu (FSJT, 2002),
Especialista em Metodologias Ativas e Prática Docente (UniBF, 2021), Especialista em Educação a
Distância (UniBF, 2020), Especialista em Ciências Sociais (UniBF, 2021), Especialista em Ciências da
Religião (UniBF, 2020). EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL/TECNOLÓGICA: Possui experiência de mais de
18 anos nas áreas de Engenharia de Segurança do Trabalho e de Meio Ambiente, especialmente nas
áreas de Licenciamento Ambiental (atividades Industriais, de Geração e Cogeração de Energia,
Subestações de Energia Elétrica, Helipontos e Estações Rádio-Base e Avaliação e Análise de Riscos
Industriais) e gestão de Unidades de Conservação Ambiental. Possui mais de 250 trabalhos técnicos
nas áreas de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente, além de ser Perito Judicial nomeado em mais
de 200 processos (TJRJ, TRT-1 e JF). EXPERIÊNCIA ACADÊMICA/GESTÃO: Possui mais de 20 anos de
experiência Docente no Ensino Superior e Técnico atuando principalmente nos seguintes temas:
Ergonomia e Segurança do Trabalho, Perícia Judicial em Engenharia, Resistência dos Materiais,
Desenho Técnico, Desenho de Engenharia e Arquitetura, Técnicas de Construção Civil, Tópicos
Especiais em Engenharia Civil, Tópicos Especiais em Engenharia Mecânica, Tópicos Especiais em
Engenharia Elétrica, Mecânica Aplicada, Fabricação de Componentes Mecânicos, Métodos
Numéricos e Comportamento Mecânico dos Materiais. Além disso, possui experiência docente e na
coordenação de diferentes cursos na área das Engenharias (Engenharia Civil, Engenharia Mecânica,
Engenharia de Produção, Engenharia Elétrica, Engenharia Ambiental e Sanitária e Engenharia de
Petróleo) e como Tutor/Orientador na Universidade Aberta do Brasil (2020). Tem ainda experiência
como Editor de Revistas Científicas e avaliador do MEC /INEP/ENADE, também atuando como
Avaliador de Cursos de Graduação pelo INEP/MEC. Por fim, participou como orientador e/ou
avaliador de mais de 200 Trabalhos de Conclusão de Curso em diferentes níveis (Doutorado,
Mestrado, Especialização e Graduação).

02
UNIDADE 1
Introdução

Para atuar com segurança, deve-se respeitar a legislação. Portanto, será analisada
a relação entre esses dois tópicos, que andam lado a lado, realizando uma
abordagem sobre o desenvolvimento da segurança do trabalho e posteriormente
relacionando-a com a legislação pertinente.

Ao abordar a Legislação, determina-se leis e artigos voltados a segurança e a


saúde do trabalhador, como também regras e condições para a execução do
serviço e a ligação entre a legislação trabalhista brasileira com as regras de
segurança e higiene do trabalho. Além dessas definições, essa unidade de
aprendizagem também irá apresentar uma breve definição das normas
regulamentadoras.

Segurança do Trabalho: história e conceito.

A história da Segurança do Trabalho está ligada aos anos de 1700, ao longo do


livro “As Doenças dos Trabalhadores”, o autor Bernardino Ramazzini já indicava
uma grande preocupação com as doenças ocupacionais. Um dos capítulos foi
dedicado exclusivamente às doenças que acometiam os judeus, que atuavam na
recuperação e comercialização de tecidos usados e velhos, foi observado que
esse povo estava submetido à frequentes problemas respiratórios, oculares e
cutâneos - problemas nos quais estavam relacionados a sua atividade
ocupacional. Assim, Ramazzini é conhecido como o “pai da medicina do trabalho”,
uma vez que foi o primeiro a relacionar o trabalho como influenciador na saúde
do trabalhador.

Afinal, o que se entende por Segurança do Trabalho?

Pela definição, é o conjunto de normas, medidas, ações e atividades que visam


prevenir acidentes e doenças ocupacionais, assim como promover qualidade de
vida, saúde e segurança ao trabalhador. A figura a seguir representa a relação de
importância entre Segurança do Trabalho e o ambiente onde serão realizadas as
atividades.
Figura 01 - Segurança no ambiente de trabalho

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ERGONOMIA E SEGURANÇA DO TRABALHO

Vale ressaltar que no Brasil, a segurança do trabalho é regida por Normas


Regulamentadoras - conhecidas como NRs -, decretos e portarias que servem
como base para o trabalho e exercício de atividades. Em sua obra, Stumm (2020)
afirma que um ambiente de trabalho saudável e seguro é responsabilidade do
empregador em conjunto com sua equipe de segurança do trabalho, que devem
seguir as normas regulamentadoras. Quando uma empresa preza por um bom
controle de segurança, a redução de custos e a produtividade são alcançados -
pois ações preventivas são essenciais para evitar gastos com tratamento de
funcionários acidentados ou até mesmo processos judiciais.

Entretanto, cabe ao colaborador seguir integralmente as medidas de segurança, a


fim de preservar sua integridade física e mental. Certas atividades requerem
treinamento especial, que possuem como objetivo preparar profissionais com um
conhecimento sólido para a atividade em questão, como por exemplo: uma das
condições para que o funcionário desenvolva trabalhos em altura é o curso de
NR-35, esse que sintoniza o trabalhador com as normas técnicas, de segurança e
com as devidas medidas de proteção para esse tipo de serviço.

Cada empresa possui um objetivo específico, esse que depende do segmento do


negócio, porém alguns objetivos são comuns:

Redução de acidentes e doenças ocupacionais;


Eliminação de condições de trabalho que gerem riscos para a empresa e
funcionários;

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ERGONOMIA E SEGURANÇA DO TRABALHO

Certificação do uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) e se esses se


encontram em boas condições;
Realização de cursos e palestras para a conscientização acerca da prevenção;
Participação de comissões técnicas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT);
Seguir a Legislação e seus requisitos;
Promover saúde física, mental e social de cada colaborador.
Gráfico 01 - Histórico da segurança do trabalho no Brasil.

A partir da análise do gráfico, observa-se que o Brasil possui uma carência no


setor preventivo. É notório que há falta de controle de segurança nos
estabelecimentos, assim como aponta a necessidade de um maior incentivo do
poder público para o cumprimento das leis e normas que visam a segurança do
profissional e da empresa.

Legislação aplicada à segurança e saúde ocupacional.

A saúde e segurança dos trabalhadores são preservadas por uma legislação


específica que estabelece algumas diretrizes a serem seguidas.

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ERGONOMIA E SEGURANÇA DO TRABALHO

De acordo com a Lei Federal n. 6.514 de 22 de dezembro de 1977, que atende


a Segurança e Medicina do Trabalho como também faz parte da Consolidação das
Leis Trabalhistas (CLT), as empresas devem seguir todas as disposições da lei, em
todos ambientes de trabalho, cumprindo as normas de saúde e segurança do
trabalho, promover a educação de funcionários quanto à prevenção de acidentes
e doenças do trabalho, adotar as devidas medidas de segurança e facilitar a
fiscalização.

Em sequência, segundo a Lei n. 8.213/1991, artigo 19, o acidente de trabalho


(sob o ponto de vista jurídico) é aquele que ocorre em função do exercício a
serviço da empresa, que provoque lesão corporal ou perturbação funcional que
tenha causado morte, perda ou até a redução - permanente ou temporária - da
capacidade de trabalho. Porém, em 2 de junho de 2015 foi regulamentada a
Emenda Constitucional 72 de 2013, a sanção de uma lei que concede aos
trabalhadores domésticos o direito ao seguro-desemprego, salário-família,
auxílio-creche e ao seguro contra acidentes de trabalho.

Ou seja, a Lei Complementar n. 150 de 2015 alterou o artigo 19 da Lei n.


8.213/1991. Agora, o acidente de trabalho é aquele que ocorre em função da
empresa ou empregador doméstico, que provoque lesão corporal ou
perturbação funcional que tenha causado morte, perda ou até a redução -
permanente ou temporária - da capacidade de trabalho. Acerca das
responsabilidades legais, é fundamental compreender o papel da empresa,
empregador e empregados. A empresa corresponde à estrutura da organização e
seus respectivos gestores, sendo essa a maior responsável pelas ações
preventivas em saúde e segurança do trabalho. O apoio da diretoria é
imprescindível para que os profissionais de Segurança e Saúde do Trabalhado
tenham motivação e autonomia para instruir os demais colaboradores e
resguardar a empresa de eventuais riscos.

A seguir, irão ser definidas as responsabilidades legais de cada fração: empresas,


empregadores e empregados.

Artigo 157 - Cabe às empresas:


Cumprir e cobrar o cumprimento das normas de segurança e medicina do
trabalho;
Instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a
tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;
Adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional
competente;
Facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.

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ERGONOMIA E SEGURANÇA DO TRABALHO

Cabe ao empregador:

Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre


segurança e medicina do trabalho;
Elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando
ciência aos empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos;
Informar aos trabalhadores:
Os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;
Os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela
empresa;
Os resultados dos exames médicos e de exames complementares de
diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos.
Os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.
Permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização
dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do
trabalho;
Determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou
doença relacionada ao trabalho.

Artigo 158 - Cabe aos empregados:

Observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as


instruções de que trata o item II do artigo anterior (art. 157);
Colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos.
1.8 - Cabe ao empregado;
cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde do
trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador;
Usar o EPI fornecido pelo empregador;
Submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras
(NRs);
Colaborar na aplicação das Normas Regulamentadoras (NRs).
1.8.1 - Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao
comprimento do item anterior;
1.9 - O não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre
segurança e medicina do trabalho acarretará ao empregador a aplicação das
penalidades previstas na legislação pertinente.

No que tange os aspectos de responsabilidade civil e penal, é necessário


compreender as seguintes regras:

O Ministério Público deve tomar a frente de todos processos de acidente de


trabalho que possam ser enquadrados como parte da esfera civil e criminal.

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ERGONOMIA E SEGURANÇA DO TRABALHO

A contratação de profissionais terceirizados (jardinagem, construção civil,


limpeza) exige que a empresa seja responsável por:
Exigir que as normas de higiene e segurança sejam cumpridas;
Autorizar somente pessoas capacitadas para a execução do serviço;
Manter o chefe da equipe sempre presente nas atividades, assim como
mantê-lo informado;
O gestor do contrato deve ser informado sobre qualquer desobediência das
regras de segurança.

Vale ressaltar que para que seja válida a determinação da responsabilidade legal
sobre o acidente ou enfermidade, é preciso que tais acontecimentos sejam
considerados crime e que também cause algum prejuízo pessoal, como perda da
capacidade de trabalhar ou até mesmo uma suspensão temporária.

Ademais, caso o encarregado não impeça a realização de um ato inseguro, será


considerado - junto com a empresa - um crime de ação ou omissão do agente. Ou
seja, um líder deve se atentar às seguintes condições antes de autorizar à equipe
a realização de uma tarefa:

1. A tarefa é possível?
2. Os empregados estão aptos a realizar tal atividade?
3. As condições de segurança são ideais?

A seguir irão ser definidos os dois tipos de responsabilidades ditas anteriormente,


penal e civil.

Responsabilidade penal

Quando há casos de morte por acidente de trabalho, seja a culpa da chefia,


colega de trabalho ou qualquer outro preposto, por conta de imprudência, falta
de capacitação ou negligência, entra em vigor o Código Penal brasileiro, artigo
121, parágrafo 3°. Trata-se de homicídio culposo, logo, quando não há intenção
de fazê-lo. Independente do tipo de contribuição para a morte da vítima, mesmo
que também tenha sido culpa da mesma, haverá atribuição de responsabilidades
ao profissional, seja por:

contratação de um profissional sem a devida qualificação;


falta de fiscalização;
ato imprudente;
omissão, ou seja, por não ter impedido o acidente;
falta de atenção e cuidado na hora da execução do serviço.

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ERGONOMIA E SEGURANÇA DO TRABALHO

Responsabilidade civil

De acordo com o artigo 927 do Código Civil brasileiro:

Aquele que, por ato ilícito (ação ou omissão, negligência ou imprudência), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a
atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua
natureza, risco para os direitos de outrem.

Legislação Trabalhista Brasileira

De acordo com Rossete (2015), a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),


sancionada pelo presidente Getúlio Vargas em 1943, uniu toda a legislação
trabalhista do Brasil. Nela conta com proteções e garantias ao trabalhador, como:
duração da jornada de trabalho, férias remuneradas, salário mínimo, adicionais
de insalubridade, aposentadoria, etc.

No capítulo V da CLT, são tratadas a segurança e a higiene do trabalho. Nela inclui


a obrigatoriedade do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), conforto
térmico, medicina preventiva, instalações elétricas, máquinas, atividades
perigosas e/ou insalubres, penalidades, etc.

O artigo 157 da CLT cita a criação de Delegacias Regionais do Trabalho, como um


órgão fiscalizador das normas de segurança e medicina do trabalho, adotando as
devidas medidas, apontando a necessidade de obras e reparos nas instalações e
aplicando penalidades pelo não cumprimento das regras.

Além da CLT, a segurança do trabalho também é amparada pela Constituição


Federal Brasileira. No capítulo II, artigo 7° é citado os direitos de todos os
trabalhadores:

XXII- redução dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
XXIII- adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou
perigosas;
XXVIII- seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador, sem
excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou
culpa;
XXXIII- proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de
dezoito anos e qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na
condição de aprendiz, a partir de quatorze anos.

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ERGONOMIA E SEGURANÇA DO TRABALHO

Quais são as normas regulamentadoras?

De acordo com os assuntos supracitados, as normas possuem papel fundamental


na garantia de segurança e saúde aos colaboradores. Ao decorrer do capítulo V
da CLT, são citadas Normas Regulamentadoras - aprovadas pela Portaria n. 3.214,
de 8 de junho de 1978 - que são geradas por comissões que contam com a
presença de membros do governo, empregadores e empregados. No total, são 36
normas e cada uma aborda um assunto específico.
Portanto, a seguir irá ocorrer uma breve apresentação do principal objetivo de
cada uma das NRs:

Tabela 01: Apresentação das NRs

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ERGONOMIA E SEGURANÇA DO TRABALHO

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ERGONOMIA E SEGURANÇA DO TRABALHO

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ERGONOMIA E SEGURANÇA DO TRABALHO

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ERGONOMIA E SEGURANÇA DO TRABALHO

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ERGONOMIA E SEGURANÇA DO TRABALHO

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CONCLUINDO A
UNIDADE

Ao longo desta primeira Unidade de Aprendizagem foram abordados diversos


tópicos que são fundamentais para que seja desenvolvido um ambiente de
trabalho saudável e seguro.

Entretanto, é imprescindível que o profissional tenha em mente o principal


objetivo da Segurança e Saúde do Trabalho, assim com o sempre estar amparado
pela legislação. Abaixo seguem os princípios chaves:

1. Visar a redução de acidentes e promover saúde e bem-estar;


2. Criar um ambiente de trabalho livre de riscos;
3. Obrigar o uso de EPI e se certificar que os mesmos se encontram em
condições ideais de uso;
4. Conscientizar os operários sobre medidas preventivas;
5. Estar em contato e atualizado sobre as Normas Regulamentadoras;
6. Sempre seguir a Legislação.

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DICA DO
PROFESSOR

Caro aluno, indico que assista o vídeo abaixo - disponível na plataforma de


streaming “Youtube” - que irá apresentar de forma sucinta e descontraída o que
foi abordado ao longo desta unidade. Assim como fornece conceitos sobre quais
são os tipos de riscos que existem e a diferença entre equipamentos de proteção
individual e coletiva.

Acidentes de trabalho: como evitá-los

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EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

1. Ao abordar a Segurança e Saúde no Trabalho, a Constituição da República


Federativa do Brasil o faz de maneira que
A são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais a redução dos riscos
inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança, e a
proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a
partir de quatorze anos.
B os trabalhadores têm direito a seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do
empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando
incorrer em dolo ou culpa e a eleição de delegado sindical em segurança e saúde
no trabalho, que terá a incumbência de estabelecer a comunicação continuada
entre a CIPA do estabelecimento e o sindicato representativo da categoria.
C entre os acréscimos salariais, aos quais o trabalhador tem direito, consta o
adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas,
na forma da lei, que estabelecerá o percentual devido em função de avaliação a
ser realizada pelo serviço competente das unidades descentralizadas do
Ministério do Trabalho.
D cabe aos trabalhadores fiscalizar, em conjunto com a CIPA, onde houver, ou
com o designado pelo empregador para tal, o atendimento das cláusulas
pertinentes à segurança e saúde do trabalhador presentes em Acordos ou
Convenções Coletivas de Trabalho.
E o trabalhador tem o direito de se recusar a fazer ou interromper suas
atividades, comunicando o fato e o motivo de imediato a sua chefia ou ao
responsável pela segurança do trabalho no estabelecimento, sempre que
entender, por motivos razoáveis, que o trabalho que realiza implica risco grave e
iminente para sua integridade física.

SEU GABARITO

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EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

2. Conforme dispõe o Art. 19 da Lei nº 8.213/91, "acidente de trabalho é o que


ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do
trabalho dos segurados referidos no Art. 11, inciso VII, desta Lei, provocando
lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho". Ainda de
acordo com seu conceito legal, são considerados acidentes de trabalho os que
ocorrem nas seguintes situações, exceto:

A Ao realizar outros serviços sob o mando do empregador.


B Nos períodos de descanso, no local de trabalho.
C No período de férias do empregado.
D Em viagem a serviço da empresa.
E No percurso da residência para o local de trabalho.

SEU GABARITO

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EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

3. Os adicionais de insalubridade e de periculosidade são direitos garantidos pela


Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Assinale a opção que apresenta a
situação que confere uma condição de periculosidade.

A Calor excessivo.
B Proximidade a inflamáveis.
C Umidade excessiva.
D Condição hiperbárica.
E Ruído contínuo.

SEU GABARITO

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EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

4. Os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, estabelecidos na Constituição


Federal de 1988, visam à melhoria de suas condições de trabalho como direito

A econômico.
B social.
C civil.
D financeiro.

SEU GABARITO

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EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO

5. Não constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao cumprimento


do seguinte dispositivo:

A usar o equipamento de proteção individual – EPI – fornecido pelo empregador.


B submeter-se aos exames médicos previstos nas normas regulamentadoras –
NR.
C colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras – NR.
D cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre
segurança e medicina do trabalho.

SEU GABARITO

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ANOTAÇÕES

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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Ramazzini B. As doenças dos trabalhadores. 4ª ed. São Paulo: Fundacentro; 2016.
LEI Nº 6.514, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1977. Altera o Capítulo V do Título II da
Consolidação das Leis do Trabalho, relativo a segurança e medicina do trabalho e dá
outras providências. Disponível em: L6514
LEI COMPLEMENTAR Nº 150, DE 1º DE JUNHO DE 2015. Dispõe sobre o contrato de
trabalho doméstico; altera as Leis no 8.212, de 24 de julho de 1991, no 8.213, de 24 de
julho de 1991, e no 11.196, de 21 de novembro de 2005; revoga o inciso I do art. 3o da Lei
no 8.009, de 29 de março de 1990, o art. 36 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, a Lei
no 5.859, de 11 de dezembro de 1972, e o inciso VII do art. 12 da Lei no 9.250, de 26 de
dezembro 1995; e dá outras providências. Disponível em: Lcp 150
LEI Nº 6.514, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1977. Altera o Capítulo V do Título II da
Consolidação das Leis do Trabalho, relativo a segurança e medicina do trabalho e dá
outras providências. Disponível em: L6514
LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Disponível em: L10406compilada
LEI Nº 6.514, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1977. Altera o Capítulo V do Título II da
Consolidação das Leis do Trabalho, relativo a segurança e medicina do trabalho e dá
outras providências. Disponível em: L6514
Stumm, Silvana Bastos. Segurança do Trabalho e Ergonomia. Curitiba: Contentus, 2020.
14-19p.
Rossete, Celso Augusto. Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional. São Paulo: Pearson
Education, 2015. 65-78p.

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GABARITOS

1- GABARITO: A. O conceito está de acordo com a Constituição Federal, artigo 7.

2- Gabarito: C. Só pode ser classificado como acidente de trabalho aqueles que tenham
ligação com o serviço e à empresa. Durante as férias a empresa não pode ser
responsabilizada, uma vez que o colaborador não está a sua disposição.

3- Gabarito: B. A condição de periculosidade pode ser definida como qualquer atividade


que possa tirar a vida de um operário, nesse caso, permanecer em um ambiente com alto
risco de incêndio é uma condição.

4- Gabarito: B. A Constituição Federal reúne os direitos sociais que garantem o bem-estar


dos cidadãos. Entre vários direitos que por ela são garantidos, vale ressaltar o direito ao
trabalho, saúde, segurança e previdência social.

5- Gabarito: D. O papel de cumprir e fazer cumprir cabe exclusivamente ao empregador, ao


empregado cabe seguir as ordens.

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