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Historicamente, a Segurança como sinónimo de Prevenção de Acidentes evoluiu de uma forma crescente, englobando
um número cada vez maior de fatores e atividades, desde as primeiras ações de reparação de danos (lesões) até um
conceito mais amplo onde se buscou a prevenção de todas as situações geradoras de efeitos indesejados para o
trabalho. (…)
A segurança dos locais de trabalho constituiu a primeira preocupação social que impulsionou a criação de legislação
laboral.
Esta preocupação começou, todavia, por se centrar na proteção de terceiros (vizinhança) contra riscos derivados da
instalação e funcionamento de estabelecimentos industriais.
A focagem da Prevenção do ponto de vista de proteção dos trabalhadores, da sua vida e integridade física e moral foi
muito posterior.(…)”
.
In: Manual de Higiene e Segurança do Trabalho , Alberto Sérgio S.R. Miguel, 11º Edição, pagina 16
A palavra moral deriva do termo latim moralis. A moral trata da obrigação, do dever ser.
Diz respeito aos deveres profissionais, incluídos normalmente num Código Deontológico.
grupo de homens".
Moral é um conjunto de regras, valores, proibições
e tabus, impostos de fora (pela política, costumes
sociais, religião e as ideologias);
21
Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho 2019/2020
Acordo de Segurança, Higiene e Saúde no
Trabalho - 1991
Em 30 de Julho de 1991, o Governo e os parceiros sociais sindicais e patronais subscreveram, no
âmbito do Conselho Permanente de Concertação Social, um acordo de segurança, higiene e saúde
do trabalho, cujos objetivos fulcrais foram os da estruturação de um sistema nacional de
prevenção de riscos profissionais e da dinamização de políticas de segurança e saúde no trabalho.
(…)
Categoria
Número
– Cada categoria tem numeração anual própria
Data [de publicação]
Exemplo:
Decreto-lei n.º 31/88 de 3 de
Fevereiro
Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho 28
Legislação de caráter
específico
28
Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho
Lei n.º 7/2009 de 12 de Fevereiro
1 - O regime relativo a acidentes de trabalho e doenças profissionais, previsto nos artigos 283º e 284º do
Código do Trabalho, com as necessárias adaptações, aplica-se igualmente:
b)A administrador, diretor, gerente ou equiparado, sem contrato de trabalho, que seja remunerado por essa
atividade;
c)A prestador de trabalho, sem subordinação jurídica, que desenvolve a sua atividade na dependência
económica, nos termos do artigo 10º do Código do Trabalho.
2 - O trabalhador que exerça atividade por conta própria deve efetuar um seguro que garanta o pagamento
das prestações previstas nos artigos indicados no número anterior e respetiva legislação regulamentar.
1- A trabalhadora grávida, puérpera ou lactante tem direito a especiais condições de segurança e saúde
nos locais de trabalho, de modo a evitar a exposição a riscos para a sua segurança e saúde, nos termos
dos números seguintes.
• c) Se as medidas referidas nas alíneas anteriores não forem viáveis, dispensar a trabalhadora de prestar
trabalho durante o período necessário.
• 4 - Sem prejuízo dos direitos de informação e consulta previstos em legislação especial, a trabalhadora
grávida, puérpera ou lactante tem direito a ser informada, por escrito, dos resultados da avaliação referida
no n.º 2 e das medidas de proteção adotadas.
8- Constitui contraordenação muito grave a violação do disposto nos n.os 1, 2, 3 ou 5 e constitui contra-
ordenação grave a violação do disposto no n.º 4.
1 - Sem prejuízo das obrigações estabelecidas em disposições especiais, o empregador deve submeter o
menor a exames de saúde, nomeadamente:
a)Exame de saúde que certifique a adequação da sua capacidade física e psíquica ao exercício das funções,
a realizar antes do início da prestação do trabalho, ou nos 15 dias subsequentes à admissão se esta for
urgente e com o consentimento dos representantes legais do menor;
b)Exame de saúde anual, para que do exercício da atividade profissional não resulte prejuízo para a sua
saúde e para o seu desenvolvimento físico e psíquico.
2- Os trabalhos que, pela sua natureza ou pelas condições em que são prestados, sejam prejudiciais ao
desenvolvimento físico, psíquico e moral dos menores são proibidos ou condicionados por legislação
específica.
3 - Constitui contraordenação grave a violação do disposto no n.º 1.
Artigo 281º
Princípios gerais em matéria de segurança e saúde no
trabalho
44
Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho
9- A responsabilidade pelo pagamento da reparação dos danos
emergentes de doença profissional prevista no número anterior é da
segurança social, nos termos legalmente previstos, ficando esta sub-
rogada nos direitos do trabalhador, na medida dos pagamentos
efetuados, acrescidos de juros de mora vincendos.
10- O empregador deve assegurar a trabalhador afetado de lesão
provocada por acidente de trabalho ou doença profissional que reduza
a sua capacidade de trabalho ou de ganho a ocupação em funções
compatíveis.
46
Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho
Normas vinculativas e normas
de recomendação
Para alcançar os objetivos estabelecidos nos Tratados, a UE adota diferentes tipos de atos legislativos.
Alguns desses atos são vinculativos outros não. Alguns são aplicáveis a todos os países da UE, outros
apenas a alguns deles. (…)
Uma «recomendação» não é vinculativa. Assim, a adoção pela Comissão de uma recomendação para que
as autoridades judiciais dos países da UE intensificassem o recurso à videoconferência para reforçar a
ação dos serviços judiciais além fronteiras, não teve qualquer consequência jurídica. Uma recomendação
permite às instituições dar a conhecer os seus pontos de vista e sugerir uma linha de conduta sem todavia
impor uma obrigação legal aos seus destinatários.
In: https://europa.eu/european-union/eu-law/legal-acts_pt
Quadro normativo da prevenção de riscos
profissionais relativo à gestão de um
sistema de prevenção na empresa
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Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho 2019/2020
Lei n.º 102/2009, de 10 de
Setembro
a)Promoção da segurança e da saúde no trabalho, incluindo a prevenção, de acordo com o previsto no artigo 284.º do
Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro;
b)Proteção de trabalhadora grávida, puérpera ou lactante em caso de atividades suscetíveis de apresentar risco
específico de exposição a agentes, processos ou condições de trabalho, de acordo com o previsto no n.º 6 do artigo 62.º
do Código do Trabalho;
c)Proteção de menor em caso de trabalhos que, pela sua natureza ou pelas condições em que são prestados, sejam
prejudiciais ao seu desenvolvimento físico, psíquico e moral, de acordo com o previsto no n.º 2 do artigo 72.º do Código
do Trabalho.
75
Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho
Organização e funcionamento
dos serviços de segurança,
higiene e saúde no trabalho
UMA ACTUAÇÃO
PREVENTIVA:
–PROMOVE A SEGURANÇA
E A SAÚDE NO TRABALHO
– REDUZ O ABSENTIMO E A
OCORRÊNCIA DE ACIDENTES
DE TRABALHO E DOENÇAS
PROFISSIONAIS
– CONTRIBUI PARA O
AUMENTO DA
PRODUTIVIDADE!
Em 2017 morreram em Portugal 115 pessoas e 315 ficaram feridas com gravidade em acidentes de
trabalho, de acordo com dados registados pela Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT).
Entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2017, foram registadas 115 vítimas mortais, menos 23 do que em
igual período de 2016, e 315 feridos graves, mais 51 do que em 2016.
Nos últimos quatro anos (entre 2014 e 2017), a ACT registou mais de 500 vítimas mortais e 1304 feridos
graves.
Disposições gerais
Segurança e
Higiene do Saúde do Trabalho
Trabalho
Serviço Nacional
Interno Comum Externo Interno Comum Externo
de Saúde
a) Serviço interno;
b) Serviço comum;
Desenvolvido por entidade que, mediante contrato com o empregador, realiza atividade de SST;
O contrato entre o empregador e a entidade prestadora de serviços externos é celebrado por escrito;
Os serviços externos encontram-se obrigados a autorização prévia, a qual compete, quer ao organismo
competente para a promoção da segurança e saúde no trabalho do ministério responsável pela área laboral,
quer ao organismo competente do ministério responsável pela área da saúde;
A prestação dos serviços externos deve obedecer a um conjunto de requisitos previstos na Lei.
1- Considera-se serviço externo aquele que é desenvolvido por entidade que, mediante contrato com o empregador, realiza atividades de segurança ou de
saúde no trabalho, desde que não seja serviço comum.
a)Associativos - prestados por associações com personalidade jurídica sem fins lucrativos, cujo fim estatutário compreenda a atividade de prestação de
serviços de segurança e saúde no trabalho;
b) Cooperativos - prestados por cooperativas cujo objeto estatutário compreenda a atividade de prestação de serviços de segurança e saúde no
trabalho;
c)Privados - prestados por sociedades cujo objeto social compreenda a atividade de prestação de serviços de segurança e de saúde no trabalho ou por
pessoa singular que detenha as qualificações legalmente exigidas para o exercício da atividade;
d)Convencionados - prestados por qualquer entidade da administração pública central, regional ou local, instituto público ou instituição integrada no
Serviço Nacional de Saúde.
3 - (Revogado.)
4 - O contrato entre o empregador e a entidade prestadora de serviços externos é celebrado por escrito .
Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho 91
Artigo 100.º
Atividades técnicas
1- A atividade dos serviços de segurança deve ser assegurada regularmente no próprio estabelecimento
durante o tempo necessário.
2- A afetação dos técnicos superiores ou técnicos às atividades de segurança no trabalho, por empresa, é
estabelecida nos seguintes termos:
a)Em estabelecimento industrial - até 50 trabalhadores, um técnico, e, acima de 50, dois técnicos, por cada
1500 trabalhadores abrangidos ou fração, sendo pelo menos um deles técnico superior;
Médico do trabalho
Enfermeiro do trabalho
1- O médico do trabalho deve prestar atividade durante o número de horas necessário à realização dos atos médicos, de
rotina ou de emergência e outros trabalhos que deva coordenar.
2- O médico do trabalho deve conhecer os componentes materiais do trabalho com influência sobre a saúde dos
trabalhadores, desenvolvendo para este efeito a atividade no estabelecimento nos seguintes termos:
a)Em estabelecimento industrial ou estabelecimento de outra natureza com risco elevado, pelo menos uma hora por
mês por cada grupo de 10 trabalhadores ou fração;
b) Nos restantes estabelecimentos, pelo menos uma hora por mês por cada grupo de 20 trabalhadores ou fração.
Segurança e Higiene do
Trabalho Saúde do Trabalho
Estabelecimento industrial ou
Restantes estabelecimentos,
com risco elevado, MT
Estabelecimentos industriais Restantes estabelecimentos, MT desenvolve actividade no
desenvolve actividade no
com n.º trabalhadores até 50 com n.º de trabalhadores até estabelecimento no mínimo 1
estabelecimento no mínimo
► 1 Técnico de SH 50 ► 1 Técnico de SHT h / mês / 20 trabalhadores ou
1 h / mês / 10 trabalhadores
fracção
ou fracção
Trabalho hiperbárico;
Atividades que envolvam contacto com correntes elétricas de média e alta tensão;
101
Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho
Planear a prevenção;
Avaliar os riscos;
Elaborar o plano de prevenção e proteção de riscos profissionais;
Participar na elaboração do plano de emergência interno; plano de
combate a incêndio; plano de evacuação e plano de primeiros socorros;
Colaborar na conceção de locais, métodos e organização do trabalho;
Colaborar na seleção e na manutenção de equipamentos de trabalho;
Gerir o controlo de equipamentos de proteção individual e de sinalização
de segurança;
Diagnóstico de
Conhecimento
s
113
Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho
Legislação relativa à elaboração de planos detalhados
de prevenção e proteção
114
Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho
Os perigos são fontes potenciais de acidentes. O controlo dos riscos, dentro dos limites aceitáveis, é
o objetivo a atingir, já que a sua eliminação só muito raramente é possível.
Existem fundamentalmente, quatro processos para o fazer:
1.
P H
Limitar/eliminar o perigo
2.
P H
Envolver o perigo
Afastar o homem
4.
P H
Proteger o Homem
No terceiro caso temos as medidas organizacionais, que atuam no sistema Homem – Máquina –
Ambiente. Ex. Rotação periódica de trabalhadores.
No ultimo surgem medidas individuais ou de proteção individual, que atuam no Homem. Ex. utilização
de protetores auditivos.
Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro - (Procede à primeira alteração ao Decreto -Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, que
aprova o regime jurídico da segurança contra incêndio em edifícios)
Portaria nº 1532/2008, de 29 de dezembro - (Aprova o regulamento técnico de segurança contra incêndios em edifícios)
Decreto-Lei n.º 112/96, de 5 de Agosto –Regras de segurança e de saúde relativas aos aparelhos e sistemas de proteção destinados
a ser utilizados em atmosferas potencialmente explosivas;
Decreto-Lei n.º 236/2003, de 30 de Setembro – Prescrições mínimas de SST dos trabalhadores expostos a atmosferas explosivas;
A utilização de uma
Sinalização de
sinalização adequada
segurança é aquela
ajuda-nos a prevenir
que, relacionada com
os riscos, mas apenas
um objeto, atividade
como um
ou situação
complemento das
determinada, fornece
medidas de segurança
uma indicação ou uma
adotadas, dado que a
obrigação relativa à
sinalização, por si só,
segurança ou à saúde
não elimina o risco
no trabalho.
existente.
124
Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho
Legislação de
âmbito sectorial
São todos aqueles destinados à
implantação de postos de
Locais de Trabalho trabalho associados
desempenho de atividades
ao
administrativas.
Administrativos
Todas as que apresentem um
contexto mais sedentário, atividades
de comércio, escritório e de serviços,
com ou sem atendimento ao
ACTIVIDADES público, bem como todas aquelas,
REFERENCIADAS de apoio e complementares a outras
atividades, industriais, hospitalares,
etc., na qual se desenvolvam tarefas
administrativas.
Distensões e entorses;
Queimaduras e abrasões;
Lei nº 35/2014, de 20 de junho, que aprova a Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, no
seu art. 71º, nº 1, alíneas g), h) e i) estabelece que o empregador público tem o dever de
proporcionar boas condições de trabalho e prevenir riscos e doenças profissionais, atendendo
à proteção da segurança e saúde do trabalhador, adotando para tal, medidas baseadas em
prescrições legais vigentes, e que deve ainda fornecer informação e formação adequadas à
prevenção de riscos de acidente e doença.
Sanitários e Vestiários.
Refeitórios, Zonas de Descanso e locais de 1os Socorros
As Escadas de tesoura, devem estar bem colocadas para evitar que os seus
elementos se abram.
A homeotermia é assegurada quando o fluxo de calor produzido pelo corpo é igual ao fluxo cedido ao
ambiente.
O ambiente térmico pode ser definido como o conjunto das variáveis térmicas do posto de trabalho que
influenciam o organismo do trabalhador, sendo assim um fator importante que intervém, de forma direta
ou indireta na saúde e bem estar do mesmo, e na realização das tarefas que lhe estão atribuídas.
Quando existe a perceção psicológica desse equilíbrio, pode-se falar de conforto térmico, que é
definido pela ISO 7730 como:
um estado de espírito que expressa satisfação com o ambiente que envolve uma pessoa (nem
quente nem frio).
• Também segundo a legislação em vigor, a temperatura dos locais de trabalho deve, na medida do
possível, oscilar entre 18 ºC e 22 ºC, salvo em determinadas condições climatéricas, em que poderá
atingir os 25 ºC. A humidade da atmosfera de trabalho deverá oscilar entre 50% e 70%;
Administrativo 18 21 24 40 50 70 0.1
Ligeiro em pé 17 18 23 40 50 70 0.2
Pesado 15 17 21 30 50 70 0.4
• Dores de cabeça;
• Náuseas;
• Vertigens;
• Sudação;
• Fadiga cardíaca;
• Patologias respiratórias.
PLANO PSICOLÓGICO
• Incomodidade; irritabilidade; ansiedade e agressividade;
• Redução da capacidade de atenção e de concentração;
• Perturbações do sono e descanso difícil;
• Depressão.
O empregador deve implementar um conjunto de medidas preventivas e de boas
práticas para prevenir os efeitos nocivos sobre a segurança e a saúde decorrentes da
existência de ambientes de trabalho ruidosos.
166
Artigo 11º do Código do Trabalho
Noção de contrato de trabalho
Empregador
Idade:
escolaridade obrigatória
174
Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho
Contrato de trabalho sem termo
Contrato de trabalho a termo:
- a termo certo
- a termo incerto
O contrato de trabalho a termo só pode ser
celebrado para a satisfação de necessidades
temporárias da empresa e pelo período estritamente
necessário á satisfação dessa necessidade.
O contrato de trabalho a termo certo pode ser renovado até três vezes.
renovação.
do termo.
181
Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho
Trabalho
de Grupo
Apresentaçã
o dos
trabalhos de
grupo
• Legislação relativa à segurança e
saúde de grupos particularmente
vulneráveis
• Legislação relativa à prevenção
de acidentes graves
Legislação relativa à segurança e saúde de grupos particularmente vulneráveis
Lei nº 7/2009, de 12 de fevereiro - Código do Trabalho – Artigo 62º - (Prevê um regime de proteção especial de
segurança e saúde no trabalho às trabalhadoras grávidas, puérperas e lactantes)
Lei nº 102/2009, de 10 de setembro - Artigos 50º a 60º - (Regulamenta as atividades proibidas / atividades
condicionadas a trabalhadoras grávidas, puérperas e lactantes, previstas no artigos 62º da Lei nº 7/2009, de 12 de
fevereiro)
Lei nº 7/2009, de 12 de fevereiro - Código do Trabalho - Artº 66º - (Prevê um regime de proteção especial de segurança
e saúde no trabalho para os trabalhadores menores)
Lei nº 102/2009, de 10 de setembro - Artº 61º a 72º - Regulamenta as atividades proibidas / atividades condicionadas a
trabalhadores menores)
Direitos exclusivos da trabalhadora grávida ,
puérpera e lactante
O regime de proteção na parentalidade é aplicável desde que a entidade
empregadora tenha conhecimento da situação ou do facto relevante.
igualdade e não
preside; um/a representante do - A igualdade e a não
ministério com atribuições na área da
discriminação igualdade; um/a representante do discriminação entre
ministério com atribuições na área da
entre
homens e mulheres no Administração Pública;um/a mulheres e homens
trabalho, no emprego
representante
atribuições
do
ministério
na área da solidariedade
com e da
no mundo laboral;
segurança social; dois/duas
e
na formação representantes de uma das - A proteção na
profissional. associações sindicais com assento na
cada
Comissão Permanente de Concertação parentalidade;
Social (2 da CGTP-IN e 2 da UGT) e
cite.gov.pt um/uma representante de cada uma das - A conciliação da
associações patronais com assento na
Comissão Permanente de Concertação vida profissional,
Social (1 da CCP, 1 da CIP, 1 da CAP e 1 da
CTP).
familiar e pessoal.
Avaliar os riscos profissionais antes de o menor começar a trabalhar e sempre que se verifique
qualquer alteração importante nas condições de trabalho; o Informar o trabalhador menor e os
respetivos representantes legais dos riscos identificados e das medidas tomadas para a prevenção
dos mesmos;
Submeter o trabalhador menor à realização de exames de saúde iniciais, antes do início de funções
ou excecionalmente até 15 dias depois em caso de admissão urgente e mediante consentimento
dos representantes legais do menor, e a exames de saúde periódicos, anuais.
O período de trabalho diário do trabalhador menor deve ser interrompido por um intervalo de duração
entre uma e duas horas, de forma que não preste mais de 4 horas de trabalho consecutivo se tiver menos
de 16 anos, ou 4 horas e 30 minutos, se tiver idade igual ou superior a 16 anos
O horário de trabalho do trabalhador menor deve assegurar um descanso diário mínimo de 14 horas
consecutivas entre os períodos de trabalho de dois dias sucessivos, tratando-se de menores com idade
inferior a 16 anos, ou de 12 horas, no caso de menores com idade igual ou superior a 16 anos.
O trabalhador menor tem direito a dois dias de descanso consecutivos em cada período de sete dias.
•No local de trabalho e fora deste, quando no exercício do direito de reunião ou de atividade
de representante dos trabalhadores, nos termos previstos no Código do Trabalho;
•No local de trabalho, quando em frequência de curso de formação profissional ou, fora do
local de trabalho, quando exista autorização expressa do empregador para tal frequência;
•No local onde o trabalhador deva receber qualquer forma de assistência ou tratamento
em virtude de anterior acidente e enquanto aí permanecer para esse efeito;
•Em atividade de procura de emprego durante o crédito de horas para tal concedido por
lei aos trabalhadores com processo de cessação do contrato de trabalho em curso;
Contoso
Ltd.
Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho 209
Diagnóstico de
Conhecimento
s
209
Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho 2018/2019
Afirmações V F
É necessário que a trabalhadora grávida, puérpera ou lactante informe a entidade patronal comprovando o seu
estado para puder usufruir do regime especial.
É uma contra- ordenação muito grave, imputável ao empregador, o exercício de atividades com exposição a
agentes e condições de trabalho proibidos nos termos da lei 102/2009 de 10 de setembro.
O período normal de trabalho de um trabalhador menor não pode ser superior a 8 horas diárias e a 40 horas
semanais, ainda que em regime de adaptabilidade, ou no caso de trabalhador menor com idade inferior a 16
anos que só pode executar trabalhos leves a 7 horas diárias e a 35 horas semanais
Afirmações V F
Acidente de Trabalho é todo e qualquer acidente que se verifique no local e no tempo de trabalho.
Não é a entidade patronal que tem de suportar a reparação se o acidente resultar da privação
permanente ou acidental do uso da razão do sinistrado e o empregador ou o seu representante,
conhecendo o estado do sinistrado, consentir na prestação.
O empregador deve comunicar à Autoridade das Condições do Trabalho os acidentes mortais ou que
evidenciem uma situação particularmente grave, nas quarenta e oito horas seguintes à ocorrência.
Considerou-se essencial criar um novo quadro jurídico para o setor da indústria, que facilite a captação de novos
investidores e a geração de novos projetos para as empresas já estabelecidas, baseado numa mudança de
paradigma em que o Estado, reduz o controlo prévio e reforça os mecanismos de controlo à posteriori,
acompanhados de maior responsabilização dos industriais e das demais entidades intervenientes no
procedimento.
O Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de agosto, vem, assim aprovar o Sistema da Indústria Responsável (SIR). O SIR
consagra um conjunto de medidas que vêm proporcionar claros avanços e melhorias no desenvolvimento
sustentável da economia nacional e revoga o anterior diploma que aprova o Regime do Exercício da Atividade
Industrial – REAI (Decreto-Lei n.º 209/2008, de 29 de outubro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 24/2010, de 25 de
março).
Tipo 1 – estabelecimentos cujos projetos de instalações industriais se encontrem abrangidos por, pelo menos, um dos seguintes regimes jurídicos: AIA
(Avaliação de Impacte Ambiental), PCIP (Prevenção e Controlo Integrados da Poluição) e PAG (Prevenção de Acidentes Graves envolvendo substâncias
perigosas);
Tipo 2 – estabelecimentos não incluídos no Tipo 1, desde que abrangidos por pelo menos um dos seguintes regimes jurídicos ou circunstâncias:
e)Implementar sistemas de gestão ambiental, sistemas de segurança contra incêndio em edifícios e sistemas
de segurança e saúde no trabalho adequados ao tipo de atividade e riscos inerentes, incluindo a elaboração de
plano de emergência do estabelecimento e elaboração das medidas de autoproteção, quando aplicáveis;
h)Adotar as medidas necessárias para evitar riscos em matéria de segurança e poluição, de modo que o
local de exploração seja colocado em estado satisfatório, na altura da desativação definitiva do
estabelecimento industrial.
Cumpre ao industrial, desde a fase de projeto, às fases exploração e desativação, assegurar a prevenção
dos riscos e inconvenientes resultantes da exploração do seu estabelecimento industrial em todas as
vertentes abrangidas pelo SIR, nomeadamente ordenamento do território, segurança e saúde no
trabalho, saúde pública, segurança industrial, proteção do ambiente e segurança alimentar, se aplicável.
Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho 226
Reparação de Acidentes e Doenças Profissionais
Apesar da evolução alcançada em
matéria de prevenção e inspeção
das normas de segurança e Em ambos os casos, o
higiene no trabalho, continuam a trabalhador está amparado pelo
Lei n.º 98/2009, de 4 de seguro de acidentes de trabalho
setembro, que regulamenta o registar-se mais de 250.000
contratado pela empresa,
regime de reparação de acidentes de trabalho por ano no devendo esta responder
acidentes de trabalho e de nosso país. solidariamente pelo pagamento
doenças profissionais, da indemnização prevista na Lei
incluindo a reabilitação e que regulamenta a reparação de
reintegração profissionais, nos Acidentes de Trabalho e
termos do artigo 284.º do De um ponto de vista jurídico, os Doenças Profissionais n.º
Código do Trabalho, aprovado acidentes de trabalho não são 98/2009 de 4 de setembro. Isto
pela Lei n.º 7/2009, de 12 de todos iguais. O sinistro pode não impede que a companhia de
seguros exerça posteriormente
fevereiro dever-se a circunstâncias fortuitas o seu direito de regresso sobre o
e imprevisíveis ou ser ocasionado responsável pelo acidente.
por falta de medidas de segurança
e higiene no trabalho (atuação
culposa do empregador).
Contoso
Ltd.
Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho
As indemnizações decorrentes de acidentes de trabalho
ou doenças profissionais têm por base um fator A incapacidade temporária pode ser:
essencial: o grau de incapacidade para o trabalho. ABSOLUTA – nos primeiros 12 meses, o sinistrado tem
De acordo com a legislação vigente, consideram-se dois direito a uma indemnização diária igual a 70% da sua
tipos de incapacidades para o trabalho: retribuição e de 75% após esse período;
Contoso
Ltd.
Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho 229
A incapacidade transforma-se em permanente, absoluta A incapacidade permanente pode ser:
(IPA) ou parcial (IPP), se do acidente resultar alguma
PARCIAL: a limitação, em termos funcionais, é parcial,
sequela que afetará definitivamente a capacidade de
podendo o sinistrado continuar a desempenhar a sua
ganho ou de trabalho do sinistrado.
profissão. No entanto e uma vez que essa lesão afetou a
b) Incapacidade Permanente sua capacidade produtiva, o sinistrado tem direito a uma
compensação/indemnização: IPP = ou > 30%
Entende-se por incapacidade permanente os danos
irreversíveis – sequelas ou disfunções – que afetam a Pensão = 70% Rendimento x IPP x Fator de Ponderação
capacidade de ganho do sinistrado. + Subsídio reabilitação (se aplicável)
Dando-se a impossibilidade de restituir ao sinistrado os Sempre que a IPP é igual ou inferior a 30%, há remição
danos causados, este deve receber uma indemnização do capital (a indemnização é paga de uma só vez),
pelos danos patrimoniais futuros, ou seja, a perda de sempre e quando o correspondente à pensão anual não
capacidade de ganho que deriva do acidente. seja superior a seis vezes o valor da retribuição mínima
mensal garantida (RMM).
Contoso
Ltd.
Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho 230
ABSOLUTA: - TRABALHO HABITUAL (IPATH) – o valor da IPATH
deve ser fixado entre os 50% e os 70% do
Existem dois tipos de incapacidades absolutas, em
rendimento. Este valor é ponderado de acordo com a
função do grau de limitação funcional para o
maior ou menor capacidade funcional residual para
trabalho:
exercer outras profissões e grau de readaptação
– TODO E QUALQUER TRABALHO (IPATQT) – o exigido ao sinistrado para desempenho da nova
sinistrado tem direito a uma pensão anual vitalícia atividade.
correspondente a 80% do seu rendimento, acrescido
Em ambos os casos, o sinistrado deverá receber uma
em 10% por cada pessoa a seu cargo, até um máximo
indemnização, que poderá ser parcialmente paga de
de 100%, bem como aos subsídios de elevada
uma só vez (remissão do capital) ou como pensão
incapacidade, readaptação de habitação e assistência
anual vitalícia
de 3ª pessoa.
.
Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho 233
O Fundo de Acidentes de Trabalho é um organismo público de cariz essencialmente social e que atua como garante dos direitos
constitucionais dos trabalhadores.
Este Fundo veio substituir os anteriores Fundo de Garantia e Atualização de Pensões (FGAP) e o Fundo de Atualização de Pensões de
Acidentes de Trabalho (FUNDAP).
–Intervir subsidiariamente em substituição das entidades responsáveis sempre que estas não possam assumir o pagamento das
prestações em que foram condenadas, por insolvência, incapacidade económica, ausência, desaparecimento ou impossibilidade de
identificação da mesma;
–Garantir o pagamento das atualizações das pensões e das prestações de assistência por terceira pessoa e do duodécimo adicional das
pensões para todos os acidentes anteriores a 31/12/1999;
–Assumir o pagamento dos prémios de seguro de acidentes de trabalho das empresas que se encontrem em processo de recuperação
e, por conseguinte, impossibilitadas de o fazer de per si;
234
Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho
Normas
e
Procedi
mentos
NORMAS E PROCEDIMENTOS DE
TRABALHO
Procedimento:
Leis de SHST
Decretos de SHST
Directivas UE
Regulamentos Técnicos
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Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho
Obrigada pela atenção!
FIM