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Prevenção e Combate a Incêndios

Maurício Gomes da Fonseca

Curso Técnico em Segurança do Trabalho


Educação a Distância
2017
EXPEDIENTE

Professor Autor
Maurício Gomes da Fonseca

Design Instrucional
Deyvid Souza Nascimento
Maria de Fátima Duarte Angeiras
Renata Marques de Otero
Terezinha Mônica Sinício Beltrão

Revisão de Língua Portuguesa


Eliane Azevedo

Diagramação
Klébia Carvalho

Coordenação
Manoel Vanderley dos Santos Neto

Coordenação Executiva
George Bento Catunda

Coordenação Geral
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra

Conteúdo produzido para os Cursos Técnicos da Secretaria Executiva de Educação


Profissional de Pernambuco, em convênio com o Ministério da Educação
(Rede e-Tec Brasil).

Agosto, 2017
Catalogação na fonte
Bibliotecário Hugo Carlos Cavalcanti, CRB4-2129

F676p
Fonseca, Maurício Gomes da.
Prevenção e Combate a Incêndios: Curso Técnico em
Segurança do Trabalho: Educação a distância / Maurício
Gomes da Fonseca. – Recife: Secretaria Executiva de
Educação Profissional de Pernambuco, 2017.
47 p.: il.

Inclui referências bibliográficas.

1. Prevenção contra incêndio. 2. Efeitos de fogo. 3.


Primeiros socorros. I. Fonseca, Maurício Gomes da. II. Título.

CDU – 630.43
Sumário
Introdução ........................................................................................................................................ 5

1. Competência 01 | Compreender a Diferença entre Fogo e Incêndio Bem como as Funções dos
Aparelhos Extintores de Princípios de Incêndios na Execução para a Extinção do Incêndio no Período
Inicial................................................................................................................................................. 6

1.1 Teoria do fogo ...................................................................................................................................... 6

1.1 1 Conceito de fogo................................................................................................................................ 6

1. 1.2 Triângulo do fogo .............................................................................................................................. 7

1.1.3 Tetraedro do fogo .............................................................................................................................. 8

1.1.4 Proporcionalidade ............................................................................................................................10

1.1.5 Volatilidade de combustíveis ............................................................................................................11

1.1.6 Pontos de fulgor, combustão e ignição .............................................................................................11

1.1.7 Classificação da combustão ..............................................................................................................12

1.1.8 Fatores que determinam a velocidade das combustões ....................................................................12

1.1.9 Métodos de transmissão de calor .....................................................................................................13

1.1.10 Métodos de extinção de incêndios ..................................................................................................14

1.2 Classes de incêndios ............................................................................................................................14

1. 3 Produtos tóxicos emanados pelo incêndio ..........................................................................................18

1.4 Extintores de princípios de incêndios ...................................................................................................19

1.4.1 Tipos de extintores ...........................................................................................................................20

1.4.1.1 Água: NBR 11715/2003 ..................................................................................................................20

1. 4.1.2 Pó Químico Seco (Conhecido como PQS): NBR 10721 ....................................................................20

1. 4.1.3 Dióxido de Carbono (CO2): NBR 11716 ..........................................................................................23

1.4.1.4 Espuma ..........................................................................................................................................23

1. 4.2 Instalação dos extintores .................................................................................................................25

1.4.3 Discos de sinalização.........................................................................................................................25

1.4.4 Manutenção dos extintores ..............................................................................................................25


1.4.5 Manejo dos extintores: .....................................................................................................................26

1.5. Métodos de extinção do fogo .............................................................................................................27

1.5.1 Retirada do material .........................................................................................................................28

1.5.2 Resfriamento ....................................................................................................................................28

1.5.3 Abafamento......................................................................................................................................29

1.5.4 Quebra da reação em cadeia ............................................................................................................30

2. Competência 02 | Entender as Formas de Propagação do Calor, as Especificidades de Cada


Agente Extintor, Bem Como as Características de Incêndios em Área Verde, Finalizando Com o
Estudo acerca dos Gases Liquefeitos de Petróleo (GLP) ................................................................... 32

2.1 Incêndio em mata ................................................................................................................................32

2.1.1 Partes do incêndio ............................................................................................................................33

2.1.2 Tipos de combustíveis na mata .........................................................................................................35

2.1.3 Fatores de propagação de incêndios em área verde ..........................................................................35

2.1.4 Classificação dos incêndios em mata .................................................................................................36

2.1.5 Métodos de combate a incêndios em áreas verdes ...........................................................................37

2.1.6 Rescaldo ...........................................................................................................................................40

2.2 Aparelhos / Agentes extintores ............................................................................................................40

2.3 GLP ......................................................................................................................................................42

Considerações Finais ....................................................................................................................... 44

Referências ..................................................................................................................................... 45

Minicurrículo do Professor .............................................................................................................. 47


Introdução

Caro cursista,

Seja bem-vindo à disciplina “Combate a Incêndios”!

Antes de tudo, vamos começar com algumas perguntas: Você já parou para pensar quanto uma
empresa gasta com encargos, multas e outras despesas quando ela coloca em segundo plano a
segurança? Quanto não se gasta quando um funcionário se envolve em um acidente dentro da
empresa?

Pois bem, você já deve saber que a melhor maneira de minimizar os custos de uma empresa é
investir na prevenção de acidentes, em especial, na prevenção contra incêndios, pois o acidente
leva a encargos com advogados, perdas de tempo e materiais na produção. Já houve inclusive casos
de empresas que tiveram que fechar suas portas devido à indenização por acidentes de trabalho.

Diante disso, esta disciplina busca fazer com que você, futuro técnico em Segurança do Trabalho,
identifique uma série de variáveis que possibilitarão evitar acidentes com incêndio, pois o mesmo
só ocorrerá se a ação preventiva não for eficaz.

Portanto, na primeira semana, iremos compreender a diferença entre fogo e incêndio, além de
estudar as funções dos aparelhos extintores de princípios de incêndios. Na segunda semana,
entenderemos as formas de propagação do calor, as especificidades de cada agente extintor, bem
como as características de incêndios em área verde, etc. Ao final, então, você será capaz de
executar ações de combate a incêndio!

Sendo assim, mãos à obra!

5
Competência 01

1. Competência 01 | Compreender a Diferença entre Fogo e Incêndio


Bem como as Funções dos Aparelhos Extintores de Princípios de
Incêndios na Execução para a Extinção do Incêndio no Período Inicial

Caro cursista,

Creio que você já venha entendendo os princípios dos nossos estudos desde o encontro presencial.
Deve lembrar-se que de algumas palavras como fogo ou incêndio já podem ter surgido. Acostume-
se com esses termos, a partir de agora, pois eles farão parte da rotina do técnico em segurança do
trabalho.

Vamos lá!

É comum vermos em algumas ocasiões do cotidiano alguém acendendo uma fogueira, acendendo
uma vela ou queimando o mato depois de um corte de uma determinada área.

Pois bem, são ações corriqueiras que presenciamos, mas você, na verdade, sabe o que de fato é
o fogo e como ele se origina?

Nesta primeira semana, aprenderemos mais sobre ele.

1.1 Teoria do fogo

1.1 1 Conceito de fogo

Fogo é o resultado de uma reação química exotérmica (liberação de calor) denominada combustão,
também caracterizada pela presença de luz. Para que se processe esta reação, é necessária a
presença de três elementos: combustível, comburente e fonte de ignição. A essa combinação
chamamos de Triângulo do Fogo.

6
Competência 01

1. 1.2 Triângulo do fogo

Figura 01– Triângulo do Fogo


Fonte: www.areaseg.com/fogo (2012)
Descrição: triângulo com bordas na cor vermelha, tendo do lado esquerdo a
palavra “comburente”; à direita, a palavra “combustível”; e, na parte de baixo, a
palavra “calor”. No interior do triângulo, existe uma vela acesa.

O triângulo do fogo é uma versão mais primitiva em relação ao tetraedro do fogo, que veremos logo
a seguir, entretanto, bastante defendida por estudiosos, em especial, os bombeiros.

O Triângulo do fogo possui como componentes, apenas o CALOR ou FONTE DE IGNIÇÃO,


COMBURENTE (Oxigênio) e o COMBUSTÍVEL, ou seja, a Reação em Cadeia faz parte do processo,
mas não aparece ostensivamente como no caso do Tetraedro do Fogo. Em ambas as
nomenclaturas, a extinção da combustão se dará se um desses elementos deixar de existir, ou
mesmo se existir, que permaneça com uma proporção abaixo da ideal para alimentar a combustão.

Veja um exemplo: no ar, temos cerca de 21% de oxigênio, o que é ideal para
termos a combustão, entretanto, se baixarmos essa porcentagem, continuaremos
a ter o comburente, mas o fogo tenderá a se eliminar, por falta de quantidade
suficiente de oxigênio.
Acesse o link e veja o experimento com a vela:
http://www.agracadaquimica.com.br/index.php?acao=quimica/ms2&i=22&id=271.

Percentual de O2 na atmosfera é igual a 21% (ao nível do mar); sendo menor que 16%,
não haverá a combustão.

7
Competência 01

1.1.3 Tetraedro do fogo

Figura 02– Tetraedro do Fogo


Fonte: Manual de Fundamentos Básicos de Bombeiros/SP (1996)
Descrição: Tetraedro do Fogo: pirâmide à esquerda contendo em suas faces as palavras
“comburente”, “combustível”, “calor” e “reação química”. No centro, a mesma pirâmide,
vista de cima, com os mesmos nomes citados anteriormente.

O Tetraedro do Fogo, conhecido também como “Quadrilátero do Fogo”, apresenta como parte
ostensiva do sistema a “Reação química em Cadeia”, que nada mais é do que uma reação química
que faz perdurar as chamas durante o processo de combustão. Entendido? Assista à videoaula para
compreender isso melhor!

Lembra-se de que no início do capítulo apresentamos três elementos para que houvesse fogo? Pois
bem, vejamos como conceituá-los. Além deles, apresentamos um do quarto elemento presente em
um dos vértices do tetraedro do fogo:

 Combustível: É toda matéria suscetível de queima, como por exemplo: madeira, papel,
carvão, fibras vegetais, gasolina, álcool, éter, óleo diesel, metano, propano, butano etc.
 Comburente: É todo agente químico que conserva a combustão. Os comburentes mais
conhecidos são: o oxigênio e, sob determinadas condições, o cloro.
 Temperatura de Ignição: É a temperatura em que os combustíveis começam a soltar
vapores ou gases e, em contato com o ar, entram, se mantém em combustão e incentivam a
sua propagação.

8
Competência 01

 Reação química em Cadeia: Torna a queima autossustentável. O calor irradiado das chamas
atinge o combustível e este é decomposto em partículas menores, que se combina com o
oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando um ciclo
constante.

Agora você já sabe diferenciar fogo de incêndio. Mas já pensou que um incêndio poderá ser
gerado por uma desatenção sua?

As causas de um incêndio podem ser as mais diversas. Entre elas, podemos destacar as descargas elétricas,
atmosféricas, sobrecarga nas instalações elétricas dos edifícios, falhas humanas (por descuido,
desconhecimento ou irresponsabilidade), etc.

Classificações das Causas de Incêndio:


1. Causas Naturais: são aquelas que provocam incêndios sem a intervenção do homem.
Exemplo: Vulcões, terremotos, raios, etc.
2. Causas Acidentais: São inúmeras. Exemplo: eletricidade, chama exposta, etc.
3. Causas Criminosas: são os incêndios propositais ou criminosos, são inúmeros e variáveis.
Exemplo: pode ser por inveja, vingança, para receber seguros, loucura, etc.

Causas Mais Comuns de Incêndios:


 Improvisações nas instalações elétricas;-Vazamento de gás
 Crianças brincando com fogo;
 Fósforos e pontas de cigarros atirados a esmo;
 Falta de conservação dos motores elétricos;
 Estopas ou trapos, envolvidos em óleo ou graxa, abandonados em locais inadequados.

Muitos incêndios são ocasionados, principalmente em residências, por conta da utilização de vários
equipamentos elétricos em um mesmo ponto, havendo desta forma uma sobrecarga, acúmulo de
energia, aquecimento por conta da lei de Joule e, consequentemente, dependendo do material
utilizado, a chama pode se converter em um posterior incêndio. Na imagem abaixo, vemos um
exemplo típico de utilização de vários equipamentos elétricos em um mesmo ponto.

9
Competência 01

Figura 03- Risco de Incêndio em Razão de Superaquecimento


Fonte: www.medplan.com.br (2008)
Descrição: seis cabos sendo conectados em dois adaptadores, na cor branca, em uma
mesma tomada.

Mas como se dá a evolução de um incêndio?

É importante dizer que a evolução do incêndio em um local pode ser representada por um ciclo com
três fases características:

1. Fase inicial de elevação progressiva da temperatura (ignição);


2. Fase de aquecimento;
3. Fase de resfriamento e extinção.

1.1.4 Proporcionalidade

Ocorre quando os três elementos se combinam em partes proporcionais, ocorrendo o que


chamamos de mistura ideal. Como se classificam, então, as misturas?

As misturas classificam-se em:

 Mistura Pobre: quando o OXIGÊNIO se apresenta acima da dosagem necessária à


combustão.
 Mistura Rica: quando o COMBUSTÍVEL se apresenta acima da dosagem necessária.
 Mistura Ideal: é quando os três elementos se encontram na mesma dosagem.

10
Competência 01

Antes de continuar, faça uma pesquisa sobre o que significa “volatilidade”, quando falamos em
incêndio!

Agora, observe:

1.1.5 Volatilidade de combustíveis

Os combustíveis podem ser:

 Combustível Volátil: ocorre quando, à temperatura ambiente, o combustível emana vapores


capazes de se inflamarem.
Ex.: gasolina, nafta, éter, hexano, tolueno, benzeno, etc.

 Combustível Não-Volátil: ocorre quando, à temperatura ambiente, o combustível não


emana vapores capazes de se inflamarem. Ex.: óleo combustível, óleo lubrificante, óleo
diesel, querosene, etc.

1.1.6 Pontos de fulgor, combustão e ignição

O que seriam esses três elementos?

 Ponto de Fulgor: Temperatura mínima em que os elementos combustíveis começam a


DESPRENDER VAPORES, que podem se incendiar em contato com uma FONTE EXTERNA DE
CALOR. A combustão se interrompe quando se afasta a fonte externa de calor.
 Ponto de Combustão: Temperatura mínima em que os GASES DESPRENDIDOS entram em
combustão em contato com uma fonte externa de calor, e continuam queimando, ao se
afastar da fonte de calor.
 Ponto de Ignição: Temperatura mínima em que os gases desprendidos entram em
combustão apenas pelo contato com o oxigênio do ar, independentemente de qualquer
fonte de calor.

11
Competência 01

Observe como um vapor combustível pode causar explosão...


Veja este vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=mONyCmtDc_g

1.1.7 Classificação da combustão

Como se classificam as combustões?

 Lentas: não há produção de chama ou qualquer outro fenômeno luminoso. Temperatura


baixa (inferior a 500º C). Exemplo: oxidações produzindo a ferrugem.
 Viva: produção de calor e produção da chama (chamas e a incandescência).
 Muito Viva: elevada velocidade, em torno de 300 m/s. Produção do calor e da chama.
Queima da pólvora química ou negra das munições.
 Instantânea: velocidade superior a 300 m/s, e atinge de forma súbita, toda a massa do
combustível (explosão ou detonação).

1.1.8 Fatores que determinam a velocidade das combustões

 Natureza do Material Combustível: Se o combustível é bom ou mal, se queima com


facilidade ou com dificuldade.
 Relação Superfície / Massa do Material Combustível: Quanto maior a superfície ocupada pela
unidade de massa, maior será a velocidade de reação. Ex.: Em um livro fechado, as páginas
estão tão unidas que formam uma espécie de bloco, aumentando-se a espessura da área a ser
queimada e dificultando-se dessa forma que a temperatura se espalhe rapidamente de forma a
atingir todas as folhas daquela área, por estarem muito compactadas. Entretanto, quando se
tem um livro aberto com as folhas com um espaçamento bem maior entre as páginas, ocorrerá
uma maior penetração do oxigênio entre as folhas. Isso porque as páginas não estão
compactadas o que facilita a queima entre elas.

12
Competência 01

Maiores detalhes serão apresentados na vídeo aula. Veja lá e tire as suas


dúvidas.

 Concentração ou Estagnação do Calor: Quanto maior a quantidade de calor no ambiente,


ou na massa do combustível, maior será a velocidade de reação.
 Presença de Substâncias Catalisadoras: É a presença de bons ou maus combustíveis, que
possam acelerar ou retardar a reação.

Veja a seguir como se dão os Métodos de Transmissão de Calor.

1.1.9 Métodos de transmissão de calor

Como são classificados os métodos de transmissão de calor?

 Irradiação: Ondas caloríficas que atravessam o ar, irradiadas do corpo em chamas.


 Condução: De um elemento a outro, agito de moléculas, contato entre moléculas.
 Convecção: É a forma de transmissão de calor através da circulação de um meio transmissor
gasoso ou líquido.

Acesse o link abaixo.


Perceba no vídeo um incêndio e verifique quais dos métodos de transmissão de
calor foram evidenciados. Veja a existência e os efeitos dos gases:
https://www.youtube.com/watch?v=4Zctv6kbpms

A seguir veja os Métodos de Extinção de Incêndios.

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Competência 01

1.1.10 Métodos de extinção de incêndios

Como são classificados os métodos de Extinção do calor?

 Abafamento: Consiste em impossibilitar a chegada de oxigênio (comburente) à combustão,


diminuindo seu percentual necessário a queima, extinguindo-a.
 Resfriamento: Consiste em diminuir a temperatura de queima, até o limite em que a
temperatura de ignição do combustível não seja proporcional para que ocorra a combustão.
 Retirada do Material Combustível: Consiste em retirar do local da queima o combustível,
que poderá ser total ou parcial, diminuindo o tempo de combustão ou extinguindo-o,
conforme o caso.

Vejamos agora...

Os incêndios são classificados de acordo com as características dos seus combustíveis somente com
o conhecimento da natureza do material que está se queimando, podendo-se descobrir método
para uma extinção rápida e segura.

Vejamos, então, as classes de incêndio:

1.2 Classes de incêndios

Incêndios Classe A: Combustíveis Sólidos

 Queimam em superfície e queimam em profundidade.


 Deixam resíduos.

Incêndios Classe B: Combustíveis Líquidos

 Queimam apenas na superfície.


 Não deixam resíduos.

14
Competência 01

Incêndio Classe C: Equipamentos Elétricos Energizados

 Pode ser transformado em Classe A, a partir do momento em que a fonte de energia saia do
sistema.
 Incêndio Classe D: Ligas Metálicas Combustíveis (ligas de Magnésio, Alumínio fragmentado,
Zircônio, Urânio, Potássio, Sódio, etc.).

Assista ao vídeo seguinte e determine qual a classificação do incêndio


https://www.youtube.com/watch?v=z3s5wzMktkk

Agora, pare um pouco a analise a imagem abaixo, consultando o COSCIP ou qualquer outra fonte
técnica.

Acesse o link abaixo e reflita sobre tal imagem.


http://pt.scribd.com/doc/69738102/COSCIP-PE-Codigo-de-Seguranca-Contra-
Incendio-e-panico

Figura 04 – Acessibilidade aos Extintores de Princípios de Incêndios


Fonte: o autor (2012)
Descrição: duas imagens que mostram bicicletas penduradas em paredes onde estão presos
extintores de incêndio.

15
Competência 01

O que poderíamos concluir a respeito dessa imagem? Será que as bicicletas estão colocadas de
modo correto? Por quê?

Veja, agora, as principais causas de incêndio. Este é classificado como: criminoso, natural ou
acidental.

Uma pessoa que ateia fogo em um ônibus, por exemplo, a fim de chamar atenção da imprensa ou
para mostrar força num embate social está cometendo crime de dano ao patrimônio de forma
intencional. Esse fogo, após perder o controle, será denominado incêndio e se descobrindo a causa
através de uma perícia técnica, este será classificado como incêndio criminoso.

Figura 05 – Incêndio com Causa Criminoso


Fonte: http://pedrovilelafotografia.blogspot.com.br/2010/11/blog-post.html (2010)
Descrição: imagem escura, mostrando bombeiro apagando incêndio em um coletivo. A
mangueira está acima da cabeça do profissional.

Em alguns casos, a depender das condições da vegetação, da umidade relativa do ar, das condições
do vento, uma simples ponta de cigarro atirada a esmo poderá gerar um foco de incêndio que irá se
proporcionar rapidamente. Neste caso, houve a intenção ou imprudência por parte do agente, mas
quando esse “start” é dado através de um raio ou da própria vegetação que libera umas seivas
(resinas) inflamáveis, como no caso das árvores perenifólias, temos incêndio com causa natural,
conforme a figura abaixo.

16
Competência 01

Exemplos de árvores perenifólias: Cipreste-do-Arizona (Cupressus arizonica), Cedro-dos-


Himalaias (Cedrus deodora), o eucalipto (Eucalyptus spp.) e o Cupressus forbesiio. Por
possuírem substâncias voláteis em sua folhagem essas plantas originam incêndioos

Figura 06 – Incêndio com Causa Natural


Fonte: www.gstatic.com (2010)
Descrição: árvores em uma floresta, com o incêndio iniciando pelos seus caules.

Querendo saber mais detalhes sobre vegetações que liberam à temperatura ambiente
vapores inflamáveis, pode consultar o link abaixo e aprender um pouco mais sobre tais
árvores.
http://www.ehow.com.br/lista-plantas-arvores-arbustos-inflamaveis-info_340347/

Os incêndios podem ocorrer sem necessariamente haver a intenção do agente, basta que haja os
elementos essenciais para ocorrer a combustão e uma centelha gerada pelo impacto de dois
materiais que dê início ao incêndio, como por exemplo, uma colisão entre um carro e um poste de
alta tensão ou algum problema no sistema de arrefecimento de um carro, que por não ter, na
ocasião, uma ventilação satisfatória para evitar a chama, dar-se início ao incêndio, conforme
imagem bem representada na figura abaixo.

17
Competência 01

Figura 07 – Incêndio com Causa Acidental


Fonte: www.blogspot.com (2010)
Descrição: carro vermelho com incêndio já apagado e parte da lataria conservada (a
frontal foi consumida pelo fogo). Dois bombeiros na parte traseira, com um deles
segurando a mangueira de incêndio.

Ficou claro? Elabore uma síntese! Isso vai ajudar bastante

1. 3 Produtos tóxicos emanados pelo incêndio

Quando há um incêndio, muitos gases são emanados no ambiente, em especial o monóxido de


carbono, que é um gás incolor e inodoro proveniente da combustão incompleta de combustíveis
fósseis (carvão mineral, petróleo e gás natural) a qual apresenta um ponto de fusão de -205,07 °C e
um ponto de ebulição de -191,55 °C. Por isso, é extremamente letal: se inalado em altas
concentrações (acima de 400 partículas por milhão) pode matar por asfixia, pois ao ser ao ser
inspirado, o monóxido de carbono é capaz de estabelecer ligações químicas altamente estáveis com
a hemoglobina das hemácias, formando a carboxihemoglobina (HbC), o que as impossibilita de
transportar oxigênio em todo o processo de respiração.

Portanto, esse óxido foi muito utilizado na Segunda Guerra Mundial pelos nazistas para extermínio
dos judeus nas câmaras de gás. Entretanto, se inalado em pequenas doses, em geral, pode causar

18
Competência 01

dores de cabeça, vertigens, tontura, fraqueza, irritação aos olhos, distúrbios de visão e perda da
aptidão manual.

Curiosidade: a morte de uma pessoa em um incêndio é geralmente


provocada pela fumaça ou pelo calor, ao contrário de que muita gente
pensa. Veja na tabela 1 a seguir em estudo desenvolvido por Roger Plank,
publicado em seu livro “Fire Engineering of Steel Structures” da University
of Sheffiel na England, em 1996.

Os gases narcóticos (asfixiantes) causam incapacitação principalmente por efeitos no sistema


nervoso central e no sistema cardiovascular. Os efeitos nas vítimas pelos gases narcóticos
apresentam sinais similares aos efeitos da intoxicação por álcool, como letargia ou euforia, fraca
coordenação motora seguida de rápida inconsciência e morte pela continuidade da exposição.

Veja algumas curiosidades nos textos abaixo:


http://www. siemens.com.br/ templates/coluna1.aspx?channel =7225
http://www.kr. com.br/manuais/cartilha_incendio.asp
http://portal. prefeitura.sp.gov.br/secretarias/ controleurbano/ contru/0002
http://www. trabalharcom seguranca.com. br

Vamos realizar uma atividade?


Proponho que você faça duas pesquisas:
1.Encontre quais são os dois maiores gases narcóticos do fogo;
2.Investigue quais são os países que mais possuem relação de morte com produtos
tóxicos

1.4 Extintores de princípios de incêndios

No combate a um princípio de incêndio, a rapidez e agilidade são essenciais, pois podem determinar o
sucesso da extinção do fogo. Para isso, os extintores são um importante recurso, que veremos a partir daqui.

19
Competência 01

1.4. 1 Tipos de extintores

Existem no mercado diversos tipos de extintores para funções diferenciadas, em caso de sinistro. Veja alguns
desses modelos e suas funções a seguir.

1.4.1.1 Água: NBR 11715/2003

Água Pressurizada (Conhecido como AP)

a) Pressão direta ou interna.


b) Possui manômetro.
c) Possui mangueira com requinte.
d) Possui gatilho, trava e alça de transporte.
e) Pressurização por nitrogênio.
f) Melhor atuação em incêndio classes “A” e “B”.

Água-Gás (Conhecido água de pressurização indireta)

a) Pressão indireta ou externa.


b) Não possui manômetro.
c) Possui mangueira com requinte.
d) Possui ampola externa de pressurização com nitrogênio.
e) Possui alça de transporte.

1. 4.1.2 Pó Químico Seco (Conhecido como PQS): NBR 10721

Como já vimos, o PQS é formado por elementos químicos a base de Bicarbonato de Sódio e Sulfato
de Alumínio e estes sais, quebram a reação química em cadeia através do abafamento, ou seja,
retiram o oxigênio da combustão.

20
Competência 01

Acesse o link abaixo e veja a ação


https://www.youtube.com/watch?v=NO2tYbJA0hI

Figura 08 – Extintor de PQS


Fonte: www.gstatic.com (2010)
Descrição: rótulo de extintor com a escrita: Pó Químico Seco, para uso em
foto de classes B C. B: líquidos inflamáveis; C: equipamentos elétricos.

PQS de Pressão Direta

a) Pressão direta.
b) Pressão direta ou interna.
c) Possui manômetro.
d) Possui mangueira com requinte.
e) Possui gatilho, trava e alça de transporte.
f) Pressurização por nitrogênio.
g) Melhor atuação em incêndio classes “A”, “B” e “C”. (No A desde que seja no início)

21
Competência 01

Figura 09 – Extintor de Pressão Direta


Fonte: www.tipsal.pt (2012)
Descrição: extintor de pressão direta, na cor vermelha.

PQS de Pressão Indireta

a) Pressão indireta ou externa.


b) Não possui manômetro
c) Mangueira com requinte.
d) Possui ampola externa de pressurização (N2).
e) Possui alça de transporte.
f) Melhor atuação em incêndio classes “A”, “B” e “C”.(No A desde que seja no início)

Figura 10 – Extintor de Pressurização Indireta


Fonte: www.blogspot.com (2012)
Descrição: extintor de pressurização indireta, na cor vermelha.

22
Competência 01

1. 4.1.3 Dióxido de Carbono (CO2): NBR 11716

a) Pressão direta ou interna.


b) Não possui manômetro.
c) Possui difusor com punho.
d) Melhor atuação em incêndio classes “A”, “B” e “C”.

Figura 11 – Extintor de CO2


Fonte: www.br.all.biz (2012)
Descrição: extintor de CO2

1.4.1.4 Espuma

Os extintores de espuma são classificados da seguinte maneira:

Espuma Química : NBR 11863

 Não possui pressurização.


 Não possui mangueira, só requinte.
 Deve ter sua posição invertida para funcionamento.
 Melhor atuação em incêndio classes “A” e “B”.

23
Competência 01

Figura 12– Extintor de Espuma Química


Fonte: www.ufrrj.br (2012)
Descrição: extintor com líquido azul e marcas; ao lado, palavras indicando o
que compõe a mistura: água, bicarbonato de sódio, alcaçuz, água e sulfato
de alumínio.

Espuma Mecânica: NBR 15808/NBR 15809/NBR 11751


a) Possui pressurização.
b) Possui mangueira e requinte especial com orifícios que favoreçam a entrada de ar pelo
princípio de Venturi.
c) Possui uma pré mistura em seu interior.

Figura 13 – Extintor de Espuma Mecânica


Fonte: www.extintordeincendio.net (2012)
Descrição: extintor de espuma mecânica, na cor vermelha

24
Competência 01

1. 4. 2 Instalação dos extintores

Figura 14 – Disposição dos Extintores no Pilar


Fonte: COSCIP (2012)
Descrição: instalação de extintores: 1,60m de altura do chão. Sinalização à direita, no alto, com disco indicando
CB 193 (Corpo de bombeiros 193), seta à direita indicando a palavra “água”.

a) Em locais de circulação, próximo a portas (nunca atrás), fora de escadas, nunca no interior
de salas.
b) Em locais de fácil acesso, visíveis e sinalizados.
c) De forma adequada à extinção do tipo de princípio de incêndio a proteger.
d) Parte superior, no máximo a 1,60m de altura do piso, nunca diretamente nele.

1.4.3 Discos de sinalização

a) Branco: água e espuma.


b) Azul: pó químico.
c) Amarelo: CO2.

1.4.4 Manutenção dos extintores

a) Verificar o acesso ao extintor.

25
Competência 01

b) Verificar a altura de Instalação (Altura máxima: 1,60m segundo o COSCIP).


c) Verificar o lacre e o pino de segurança.
d) Verificar se o extintor está carregado (manômetro/peso).
e) Verificar se o requinte está desobstruído.
f) Efetuar a nova recarga e pressurização anualmente.
g) Efetuar o teste hidrostático a cada cinco anos.

a) COSCIP;
b) NR 23;
c) EB.142-ABNT: extintores de água e espuma
d) EB.148-ABNT: extintores de pó químico seco
e) EB.160-ABNT: extintor de CO2

1.4.5 Manejo dos extintores:

Aparelho de Água e Pó Químico (PRESSURIZAÇÃO DIRETA)

a) Retirar o aparelho do suporte e transportá-lo até as proximidades do fogo, pela alça de


transporte.
b) Soltar a trava de segurança.
c) Apontar o requinte para a base do fogo ou anteparo, conforme o caso.
d) Apertar o gatilho.
e) Efetuar movimentos circulares a medida que se aproxima do fogo.

Aparelho de Água e Pó Químico (PRESSURIZAÇÃO INDIRETA)

a) Retirar o aparelho do suporte e transportá-lo até as proximidades do fogo, pela alça de


transporte.
b) Soltar a trava de segurança.
c) Apontar o requinte para a base do fogo ou anteparo, conforme o caso.
d) Abrir a ampola de pressurização.
e) Apertar o gatilho.

26
Competência 01

f) Efetuar movimentos circulares à medida que se aproxima do fogo.

Aparelho de CO2

a) Retirar o aparelho do suporte e transportá-lo até as proximidades do fogo, pela alça de


transporte.
b) Soltar a trava de segurança.
c) Segurar no punho e apontar o difusor para a base do fogo ou anteparo, conforme o caso.
d) Apertar o gatilho.
e) Efetuar movimentos circulares à medida que se aproxima do fogo.

Aparelho de Espuma Química

a) Retirar o aparelho do suporte e transportá-lo até as proximidades do fogo, pela alça de


transporte, sem invertê-lo de posição.
h) No local do fogo, invertê-lo de posição, direcionando o jato de espuma para base do fogo ou
anteparo.

Veja mais sobre extintores nos links:


http://www. bauru.unesp.br/ curso_cipa/5_ incendios/1_ conceitos.htm
http://www.pos.demc.ufmg.br/ Defesa/kariana/Disserta%E7%E3oKarina2 007.pdf
http://www.portaldoscondominios.com.br/gestao Incendio.asp;
http://www.cienciamao.if.usp.br/tudo/exibir.php?midia=t2k&cod=_quimica _q18d

Conhecemos o fogo e o incêndio. Agora vamos saber como extingui-lo, utilizando as técnicas
necessárias e compreendendo o porquê de sua extinção. Você verá quantas curiosidades!

1.5. Métodos de extinção do fogo

Os métodos de extinção do fogo são baseados na eliminação de um ou mais dos elementos


anteriormente descritos no Tetraedro do Fogo que já estudamos. Os métodos são eles:

27
Competência 01

1.5.1 Retirada do material

Figura 15– Retirada do Material Combustível


Fonte: http://sirinoseg.blogspot.com.br/2011/08/metodos-de-extincao-de-
incendios.html(2012)
Descrição: pirâmide com o tetraedro do fogo, contendo os seguintes nomes:
oxigênio, calor, combustível e reação em cadeia.

Baseia-se na retirada do material combustível, ainda não atingido, da área de propagação do fogo,
interrompendo a alimentação da combustão. Este método também é conhecido como corte ou
remoção do suprimento do combustível. Como por exemplo, podemos citar: o fechamento de
válvula ou interrupção de vazamento de combustível líquido ou gasoso.

1.5.2 Resfriamento

Figura 16– Utilização da Água


Fonte: http://www.brasilescola.com/quimica/como-combater-um-incendio.htm (2014)
Descrição: bombeiros com roupas laranjas posicionando a mangueira contra um incêndio,
fazendo o resfriamento.

É o método mais utilizado principalmente pelo Corpo de Bombeiros. Consiste em diminuir a


temperatura do material combustível que está queimando, diminuindo, consequentemente, a

28
Competência 01

liberação de gases ou vapores inflamáveis. A água é o agente extintor mais usado, por ter grande
capacidade de absorver calor e ser facilmente encontrada na natureza.

A redução da temperatura está ligada à quantidade e à forma de aplicação da água (jatos), de modo
que ela absorva mais calor que o incêndio é capaz de produzir.

É inútil o emprego de água onde queimam combustíveis com baixo ponto de combustão (menos de
20ºC), pois a água resfria até a temperatura ambiente e o material continuará produzindo gases
combustíveis.

1.5.3 Abafamento

Figura 17 – Utilizando os Abafadores


Fonte: www.bvnews.com.br (2012)
Descrição: profissionais usando calças verdes, camisas de proteção e bonés amarelos, com
abafadores nas mãos, ajudando a contenção de chamas em uma vegetação
aparentemente seca.

O Abafamento consiste em diminuir ou impedir o contato do oxigênio com o material combustível.


Não havendo comburente para reagir com o combustível, não haverá fogo. Como exceções, estão
os materiais que têm oxigênio em sua composição e queimam sem necessidade do oxigênio do ar,
como os peróxidos orgânicos e o fósforo branco.

Conforme já vimos anteriormente, a diminuição do oxigênio em contato com o combustível vai


tornando a combustão mais lenta, até a concentração de oxigênio chegar próxima de 8%, onde não
haverá mais combustão. Colocar uma tampa sobre um recipiente contendo álcool em chamas, ou

29
Competência 01

colocar um copo voltado de boca para baixo sobre uma vela acesa são duas experiências práticas
que mostram que o fogo se apagará tão logo se esgote o oxigênio em contato com o combustível.

Pode-se abafar o fogo com uso de materiais diversos, como areia, terra, cobertores, vapor d’água,
espumas, pós, gases especiais, etc.

1.5.4 Quebra da reação em cadeia

Figura 18– Utilizando Produto Químico para Quebrar a Reação em Cadeia


Fonte: www.imguol.com (2012)
Descrição: avião despejando produto químico na cor vermelha, em cima de árvores. Na foto
observam-se telhados de casas próximos à floresta.

Certos agentes extintores, quando lançados sobre o fogo, sofrem ação do calor, reagindo sobre a
área das chamas, interrompendo assim a “reação em cadeia” (extinção química). Isso ocorre porque
o oxigênio comburente deixa de reagir com os gases combustíveis. Essa reação só ocorre quando há
chamas visíveis.

http://www. brasilescola.com/ fisica/processo-propagacao-calor.htm


http://www. bombeiros emergencia.com.br /incendio.htm
http://www. geocities.com/ g_anjos/comb incendiospg1. htm;
http://www. geocities.com/ Athens/Troy/8084/ fogo_pre.htm.l

30
Competência 01

Então, vamos assistir a essa animação para melhor fortalecer os


conhecimentos:
https://www.youtube.com/watch?v=cix_PgOgZag

Estamos concluindo neste momento esta primeira semana da disciplina de prevenção e combate a
incêndios. Agora, você já sabe o que é fogo, a diferença entre fogo e incêndio, como eles se
originam e suas causas e consequências.

Agora vá ao AVA e continue assistindo à videoaula desta semana! Vamos ensinar outras
curiosidades que com certeza irão fornecer maior segurança no aprendizado fazendo com que a
aula fique cada vez mais interessante!

31
Competência 02

2. Competência 02 | Entender as Formas de Propagação do Calor, as


Especificidades de Cada Agente Extintor, Bem Como as Características de
Incêndios em Área Verde, Finalizando Com o Estudo acerca dos Gases
Liquefeitos de Petróleo (GLP)

Caro cursista,

Como vimos, só ocorre incêndio se houver fogo. Além disso, sabemos também das características
dos materiais combustíveis e quais as demais influências que farão com que o fogo chegue a altas
proporções.

Nesta segunda semana, veremos como um fogo em vegetação, quando em descontrole, poderá se
transformar em incêndio florestal e apresentará características bem específicas. Abordaremos
também, nesta semana, ações e características dos agentes extintores, bem como ações
preventivas com GLP e apresentação de um dispositivo tecnológico muito utilizado na prevenção
contra incêndios.

2.1 Incêndio em mata

Outra área bastante estudada na área de prevenção e combate a incêndios é o incêndio em mata.
Este tipo geralmente se difere dos incêndios urbanos pelas próprias características específicas,
visualizadas na figura abaixo: difícil acesso de pessoas e de veículos de combate a incêndios,
aglomeração de quantidade considerável de diversos materiais combustíveis, temperatura altíssima
e velocidade de propagação. Além disso, algumas dificuldades apresentadas pelo terreno, como
declividade, entre outros, formam um cenário que, na maioria das vezes, torna o evento bem mais
difícil de ser controlado, podendo, em alguns casos, chegar a muitas horas, dias e meses para serem
extintos.

32
Competência 02

Figura 19– Incêndio em Área Verde


Fonte: http://www.juruaonline.com.br (2012)
Descrição: homem trajado com camisa de proteção amarela e calças verdes,
contendo incêndio em área verde, com chamas ao fundo.

Viu como é fácil? Está com alguma dúvida? Vamos ver as partes de um incêndio florestal.

Continue sua leitura com o vídeo seguinte:


https://www.youtube.com/watch?v=ZT3Xw8KDX5o

2.1.1 Partes do incêndio

 Perímetro: É a borda do fogo. Extensão do sinistro.


 Cabeça: Parte que se propaga com maior rapidez. Caminha no sentido do vento. Seu
controle é o sucesso da operação.
 Dedo: Faixa longa e estreita que se propaga rapidamente a partir do foco principal. Se não
controlado, origina nova cabeça.
 Costas ou Retaguarda: Parte oposta à cabeça. Queima com pouca intensidade. Pode se
propagar contra o vento ou em declives.
 Flancos: As duas laterais do fogo que separam a cabeça da retaguarda. Formam-se os dedos.
Podem se transformar em uma nova cabeça, pela mudança do vento.
 Bolsa: área não queimada do perímetro, localizada entre os dedos.

33
Competência 02

 Ilha: pequena área, não queimada, dentro do perímetro.


 Focos Secundários: Provocados por fagulhas (levados pelo vento ou que rolam em declives).

A falta de chuva, a intensificação dos ventos, a redução da umidade do ar e o hábito de o agricultor


queimar a terra para preparar o solo ou promover a reforma das pastagens são fatores que mais
contribuem para o aumento da incidência de incêndios florestais, num determinado período do
ano, a depender da região.

Quando ocorrem tais incêndios, além do ponto principal, surgem outros pontos que são oriundos
de brasas transportadas por conta do vento, vindo a causar outros focos em locais diferentes do
principal, sendo esses denominados de focos secundários.

Figura 20 – Partes de um Incêndio em Área Verde


Fonte: Manual de Fundamentos Básico de Bombeiros/SP (1996)
Descrição: imagem de um incêndio e suas partes, em área verde. O vento se desloca
para a parte esquerda, em cima, onde estão a cabeça do incêndio e o ponto do foco.
Outras partes são: dedo, flanco direito, flanco esquerdo, retaguarda. O formato lembra
uma mão.

34
Competência 02

2.1.2 Tipos de combustíveis na mata

 Combustíveis Leves ou de Queima Rápida: queimam com maior facilidade; permitem


propagação rápida do fogo. Grama seca, folhas mortas, arbustos e gravetos.
 Combustíveis Pesados ou de Queima Lenta: queimam lentamente pelo volume e umidade;
difíceis de entrarem em combustão, porém, queimam por longo período. Troncos e galhos.
 Combustíveis Verdes: vegetação em crescimento; de difícil combustão, porém, produzem
grande volume de fogo. Eucalipto, pinheiro e cedro.

2.1.3 Fatores de propagação de incêndios em área verde

Algumas ações naturais são definidoras da propagação do incêndio. Vejamos:

Condições Meteorológicas:

a) Vento

 Vento forte: rápida propagação do incêndio, pelo suprimento adicional de oxigênio.


 Pode também levar fagulhas, e iniciar focos secundários.
 Provoca mudanças de direção do fogo rápida e inadvertidamente, colocando em risco a
segurança do efetivo e o controle do incêndio.
 Durante o dia (com sol), o ar sobe pelos vales e aclives. À noite (o solo fresco), o vento
inverte, descendo os vales e declives.
 Seca os combustíveis, queimando melhor e mais rapidamente.

b) Temperatura

 Combustíveis pré-aquecidos pelo sol queimam com maior rapidez.


 A temperatura do solo influi na movimentação do ar.
 A temperatura ambiente desgasta os bombeiros.

35
Competência 02

c) Umidade

 Menor umidade do ar, maior velocidade de queima dos combustíveis.


 Os combustíveis leves umedecem mais rápidos e não produzem calor suficiente para
incendiar os combustíveis pesados.

Topografia do Terreno

a) Aclive

 Fogo queima com mais rapidez para cima, pela maior quantidade de combustível e dos
gases quentes.

b) Declive

 Fogo lento porque pelo sentido oposto aos combustíveis.


 Em declives íngremes, troncos incandescentes podem rolar.

2.1.4 Classificação dos incêndios em mata

 Incêndio Subterrâneo: quando há queima de combustíveis abaixo do solo, tais como húmus,
raízes e turfa. Este tipo de incêndio é normalmente de combustão lenta e sem chamas,
porém, de difícil extinção.
 Incêndio Rasteiro: quando há queima de combustíveis de baixa estatura, tais como:
vegetação rasteira, folhas e troncos caídos, arbustos, etc. Este é o tipo de incêndio que
ocorre com maior frequência e é conhecido também por incêndio de superfície.
 Incêndio Aéreo: quando há queima de combustíveis que estão acima do solo, tais como
galhos, folhas, musgos, etc. Este tipo de incêndio ocorre geralmente em dias de muito vento
e baixa umidade relativa do ar e é conhecido também por incêndio de copas.
 Incêndio Total: quando temos todas as formas de incêndio acima descritas.

36
Competência 02

Figura 21 – Tipos de Combustíveis


Fonte: Manual de Fundamentos Básicos de Bombeiros/SP (1996)
Descrição: de cima para baixo, a imagem mostra Combustível Aérwo (galhos, musgo e nó de
madeira), Combustível Rasteiro (vegetação rasteira, folhas, grama, tronco), Combustível
Subterrâneo (húmus, raízes, solo).

2.1.5 Métodos de combate a incêndios em áreas verdes

Diferentemente dos incêndios urbanos, onde se tem água em abundância e equipamentos e


viaturas de apoio, além de pessoas que poderão dar o devido apoio, como forças amigas (Exército,
Marinha, Aeronáutica, Companhias de Abastecimentos de água, etc.), nas ações de combate a
incêndios na mata, deve-se muitas vezes racionar a água, através das bombas costais,
equipamentos melhor observados na figura 20.

Ademais, é importante utilizar abafadores, improvisados com galhos de matos, foices, enxadas,
para a criação de aceiros, etc. Logo, são ações que exigem atenção e força, e tornam todo o grupo
muito cansado durante toda a operação. Diante disso, veremos diversas técnicas de combate a
incêndios, específicas para esse tipo de situação.

37
Competência 02

Ataque Direto:

 Combate diretamente as chamas no perímetro do incêndio, com uso de equipamentos


(ferramentas, abafador, bomba costal), viaturas e aeronave.
 Deve ser usado quando o fogo não é muito violento, com a aproximação dos bombeiros.

Ataque Indireto:

 Combate do fogo a distância do perímetro, quando o fogo é de grande intensidade ou está


se movendo rapidamente.
 Executar o aceiro ou utilizar barreira natural (estradas), fazendo o fogo de encontro.
 Área raspada do aceiro: remoção da vegetação.
 Área tombada do aceiro: derrubar a vegetação em direção ao fogo para diminuir o tamanho
das chamas.

Fogo de Encontro:

 Utilizada após a execução do aceiro.


 É ateado fogo na área tombada em direção ao incêndio, para alargar o aceiro, tendo cuidado
para não ultrapassar o aceiro.

Cuidados a serem tomados:

 Nunca atear fogo em área maior do que seja possível controlar.


 Atear fogo na direção do incêndio e contra o vento.
 Ficar atento aos focos de incêndio que possam surgir dentro da área protegida.
 Nunca deixar o fogo de encontro se espalhar pelas extremidades do aceiro.
 Ter pessoal para controlar o fogo de encontro.
 Onde for possível, usar o fogo de encontro a partir de uma barreira natural.

38
Competência 02

Figura 22 – Ataque Direto


Fonte: Manual de Fundamentos Básico de Bombeiros/SP (1996)
Descrição: bombeiros fazendo ataque direto ao fogo.

Figura 23– Ataque Indireto


Fonte: Manual de Fundamentos Básicos de Bombeiros/SP (1996)
Descrição: desenho que mostra ataque indireto ao fogo. Na imagem, vê-se uma
seta em curva do centro para a esquerda, contornando a direção do fogo. No
início da seta, está escrito “linha de controle planejada”, à direita, e, à esquerda,
a palavra “aceiros” (parte inferior da imagem).

39
Competência 02

2.1.6 Rescaldo

Para eliminar todos os riscos de reignição do incêndio.

Procedimentos para o Rescaldo:

 Caminhar por todo o perímetro onde se deu o incêndio e ter certeza de que foi extinto.
 Eliminar toda fonte de calor do perímetro do incêndio.
 Se o rescaldo for trabalhoso, permitir que o combustível queime sob controle.
 Ter certeza de que o aceiro está limpo.
 Cortar ou apagar com água, troncos que possam soltar faíscas além do aceiro.
 Extinguir focos esparsos.
 Espalhar todo o material incandescente que não puder ser extinto com água ou terra para
dentro do perímetro (se for o caso, enterrá-lo).
 Colocar todo o combustível roliço em posição que não possa rolar e ultrapassar o aceiro.

2.2 Aparelhos / Agentes extintores

O Extintor de Água Pressurizada possui pressurização direta e agente extintor à base de água
potável. Fabricado em aço carbono com acabamento em pintura vermelha eletrostática e está
disponível no mercado nas versões portátil e sobre rodas. Além disso, é indicado para combater as
classes de incêndio tipo A, ou seja, em combustíveis sólidos como papel, madeira, tecidos.

Leia mais:

Os extintores de Água pressurizada, conhecidos comercialmente por extintores tipo AP,


possui como unidade extintora (U.E) uma capacidade mínima de 10 litros d’água, ou
seja, se para uma determinada situação nós precisamos colocar 3 U.E, significa que
precisaremos de 30 litros d’água, com isso, para o Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco, não
se pode utilizar em hipótese alguma uma quantidade menor que 01 U.

40
Competência 02

Entendeu o que é uma Unidade Extintora?

Essa U.E serve para qualquer tipo de aparelho extintor de princípio de incêndio, inclusive, as
seguradoras só darão a devida cobertura, em caso de sinistros, caso a prevenção tenha sido feito,
dimensionado, obedecendo-se a quantidade mínima de U.E empregada. Só por questão de
curiosidade, os extintores de princípio de incêndios sobre rodas, conhecidos também como carretas,
de água pressurizada, sua U.E é de 50 litros. Tais medidas de U.E se replicam aos extintores de
espuma, tanto os portáteis como o sobre rodas.

O Extintor de Pó Químico Seco possui pressurização direta e agente extintor à base de Bicarbonato
de Sódio e Sulfato de Alumínio. Tanto neste, como no anterior, os extintores são pressurizados à
base do gás Nitrogênio, ou seja, nos vasos (cilindros) há em seu interior o Agente Extintor, mas sem
o gás que serve para pressurizar e fazer com que o manômetro indique a pressurização, nada feito.
Nos aparelhos extintores portáteis, segundo o COSCIP-PE, a U.E é de 4 Kg, ficando a U.E para o
aparelho sobre rodas com uma capacidade mínima de 20 Kg.

Tais aparelhos servem para serem usados nas classes B e C, mas podem ser usados na classe A, caso
seja non seu início da combustão.

Conhecidos comercialmente como extintores de PQS, podem ser usados em princípios de incêndios
em classe D, os extintores de PQS especiais que são à base de Grafite, que é um excelente agente
extintor para metais pirofóricos.

O Extintor de Dióxido de Carbono possui pressurização direta ocasionada pelo próprio CO2
existente no interior do cilindro, logo, não se faz presente a necessidade de outro gás ejetor.

Conhecido comercialmente como extintor de CO2 é de extrema utilidade em princípios de incêndios


em classe C, muito embora é de extrema importância verificar a distância de segurança em casos de
incêndios em rede de alta tensão. Sua U.E é de 6Kg para os extintores portáteis e para o sobre rodas
a capacidade de 30 Kg

41
Competência 02

Como vocês já sabem, os extintores são utilizados em princípios de incêndio, embora se perceba as
pessoas, erroneamente, falando extintores de incêndio.

(Adaptado. Disponível em: http://goodwaycomercial.com.br/index.php/produtos-goodway/extintores-goodway)

Para melhor ilustrar uma reação química que provoca quando se mistura a água com
um metal pirofórico e para vermos o que acontece, que tal assistirmos a este vídeo?
https://www.youtube.com/watch?v=pQ3viLoHe0E

2.3 GLP

O GLP que é uma sigla e significa Gás Liquefeito de Petróleo, é um subproduto do petróleo à base
de Hidrocarbonetos, em geral, Butano, podendo em alguns casos, ser de Propano. É um gás
asfixiante, inodoro e 1,5 mais denso que o ar.

Você pode estar pensando agora: Oxente! O gás de lá de casa tem cheiro!
Assista à videoaula e você terá maiores informações
acerca do GLP

http://www copagaz.com.br/ representantes/o_que_e_glp.asp;


http://www. brasilescola.com/quimica/gas-glp.htm;
http://www. fergas.com.br/index.php/gas.

Entendeu? Agora, veja mais sobre os Sprinklers...

Os Sprinklers são equipamentos de Prevenção, pertencentes ao sistema fixo de proteção contra


incêndios (NBR 10897) e se diferem um do outro por várias razões. Na imagem abaixo, damos
alguns dos exemplos, tais como a cor da ampola e as diferentes temperaturas associadas para cada
cor.

42
Competência 02

Veja mais diferenças entre eles acessando os links sugeridos abaixo:


http://www. hidrofire.com.br/sprinklers_contra_incendio.htm;
http://www. youtube.com/watch?v=2FkOF8dM-KQ;
http://www.abnt.org.br/m3.asp?cod_pagina=1185;
http://pt.scribd .com/doc/37079515/NBR-10897-1990-Protecao-Contra-Incendio-por-
Chuveiro-Automatico

Figura 24- Sprinklers


Fonte: www.blogspot.com (2012)
Descrição: chuveiros sprinklers. Da esquerda para a direita são sete: laranja (57 graus Celsius),
vermelho (68 graus Celsius), amarelo (79 graus Celsius), verde (93 graus Celsius), azul (141 graus
Celsius), lilás (182 graus Celsius), preto (204 graus Celsius).

Então, tudo certo até aqui?

Com isso, encerramos a segunda semana da disciplina “Combate a incêndios”, na qual discutimos
questões acerca dos incêndios em vegetação, utilização de tecnologia para a prevenção, tal como a
utilização de sprinklers e cuidados quanto ao uso do gás liquefeito de petróleo. Essas informações
são muito importantes para o técnico de segurança do trabalho, pois elas serão
costumeiramente discutidas nas CIPA’S, conforme a NR 5. Certamente, são temas que, quando bem
explorados no interior das empresas, poderão torná-lo um profissional diferenciado.

Mas, para finalizarmos, gostaria de deixar um vídeo para que


você investigue mais acerca de incêndios:
https://www.youtube.com/watch?v=EuSF1tnM28I

43
Considerações Finais

Bem, caro cursista, estamos concluindo esta disciplina, que como as outras, tem seu grau de
importância neste Curso de Segurança do Trabalho. Trabalhamos diversas áreas de atuação,
inclusive a de incêndios em áreas verdes, pois, há muitas fábricas, empresas, indústrias, que ficam
próximas a matas e, por conseguinte, estão susceptíveis ao emprego da brigada de emergência.

Vimos a importância do GLP, suas características, as ações preventivas quanto às intervenções em


acidentes com tal gás; vimos também os agentes extintores, bem como os aparelhos extintores e
suas diferenças.

Enfim, com essa disciplina, você como profissional da área de segurança do trabalho, terá plenas
condições de liderar ações de CIPA, oferecer palestras sobre extintores e hidrantes e demais
acessórios de prevenção contra incêndios, bem como ter capacidade de elaborar relatórios de
acompanhamento de manutenção dos equipamentos de prevenção contra incêndio,
proporcionando uma maior segurança a sua empresa e principalmente ao trabalhador.

Espero que você tenha gostado de ter concluído mais esta etapa.

Daqui pra frente, mãos à obra! É com você!

44
Referências

ATLAS, Manual de legislação, segurança e medicina do trabalho. Ed. Atlas. 63ª Edição, São Paulo,
2009.

BERTO, Antonio Fernando. Segurança contra incêndio no projeto arquitetônico de edifícios.


Revista Arquitetura e Urbanismo, São Paulo, 1989.

BERTO, A.F. Medidas de proteção contra incêndio: aspectos fundamentais a serem considerados
no projeto arquitetônico dos edifícios. São Paulo, 1991. Dissertação (mestrado) – Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo.

BRENTANO,Telmo. Instalações hidráulicas de combate a incêndio nas edificações, 4ª Edição, Porto


Alegre, 2011,p.77-89

BUCHANAN, A. H. Structural design for fire safety. EUA: John Wiley & Sons, LTDA, 2001.

CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DE SÃO PAULO. INSTRUÇÃO TÉCNICA NO 02/01. Conceitos


básicos de proteção contra incêndio. 2001.

CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DE SÃO PAULO, Manual de fundamentos de bombeiros. 1ª


Edição, Livro 01 – Comportamento do Fogo,1996, p. 3-18.

CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DE SÃO PAULO, Manual de fundamentos de bombeiros. 1ª


Edição, Livro 02- Extintores Portáteis – 1996, p. 3-20.

CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DE SÃO PAULO, Manual de fundamentos de bombeiros. 1ª


Edição, Livro 10- Chuveiros Automáticos – 1996, p. 3-11.

CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DE SÃO PAULO, Manual de fundamentos de bombeiros. 1ª


Edição, Livro 14- Técnicas de Extinção de Incêndios – 1996, p. 3-17.

45
COSCIP. Código de segurança contra incêndio e pânico para o Estado do Pernambuco, Recife,
1997.

DUARTE, D. Notas de aulas de engenharia de incêndios. Universidade Federal de Pernambuco,


Recife, 2001.

FUNDACENTRO. Manual básico de proteção contra incêndios. São Paulo, 1987.

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Minicurrículo do Professor

Sou Maurício Gomes da Fonseca, Engenheiro Florestal (UFRPE), Engenheiro de Segurança do


Trabalho (UPE), licenciado em Ciências Agrícolas (UFRPE) e pós-graduado em vários cursos da área
de Segurança, especialmente em operações contra incêndios. Além disso, atuo como docente do
curso de agente e papiloscopista da Polícia Civil, de Formação de Bombeiros (CFSD, CFC, CFS, CFOA,
CFO) e de outras instituições de ensino do Estado. Meus contatos são: E-mail:
cursomaurimat@gmail.com/ Home Page: www.cursomaurimat.com.

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