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Materiais e Revestimentos

para Ambientes
Luciana Carneiro

Curso Técnico em
Design de Interiores
Materiais e Revestimentos
para Ambientes
Luciana Carneiro

Curso Técnico em
Design de Interiores

Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa

Educação a Distância

Recife

2.ed. | março 2023


Professor Autor Catalogação e Normalização
Luciana Carneiro Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129)

Revisão Diagramação
Luciana Carneiro Jailson Miranda
Danyelle de Holanda Beltrão
Coordenação Executiva
Coordenação de Curso George Bento Catunda
Danyelle de Holanda Beltrão Renata Marques de Otero
Arnaldo Luiz da Silva Junior
Coordenação Design Educacional
Deisiane Gomes Bazante Coordenação Geral
Maria de Araújo Medeiros Souza
Design Educacional Maria de Lourdes Cordeiro Marques
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger
Helisangela Maria Andrade Ferreira Secretaria Executiva de
Izabela Pereira Cavalcanti Educação Integral e Profissional
Jailson Miranda
Roberto de Freitas Morais Sobrinho Escola Técnica Estadual
Professor Antônio Carlos Gomes da Costa
Revisão descrição de imagens
Sunnye Rose Carlos Gomes Gerência de Educação a distância
Sumário
Introdução ................................................................................................................................... 6

1.Competência 01 | Reconhecer Tipos de Materiais e Acabamentos Existentes no Mercado ......... 7

1.1 Revestimento de Pisos ................................................................................................................................9


1.2 Revestimento de Paredes ........................................................................................................................ 11
1.3 Revestimentos para o Teto ...................................................................................................................... 12
1.4 Metal ........................................................................................................................................................ 13
1.5 Madeira e Derivados ................................................................................................................................ 15
1.6 Cerâmicas e Porcelanatos ........................................................................................................................ 19
1.7 Polímeros ................................................................................................................................................. 21
1.8 Pedras Naturais ........................................................................................................................................ 23
1.9 Pinturas .................................................................................................................................................... 25
1.10 Materiais Compósitos ............................................................................................................................ 27
2.Competência 02 | Identificar e Conhecer Características Gerais, Propriedades, Principais Tipos e
Aplicações dos Materiais e Acabamentos, Considerando o Equilíbrio na Composição do Ambiente
.................................................................................................................................................. 30

2.1 Metal ........................................................................................................................................................ 30


2.1.1 Aço inoxidável ....................................................................................................................................... 31
2.1.2 Aço Corten............................................................................................................................................. 31
2.1.3 Alumínio ................................................................................................................................................ 32
2.1.4 Cobre ..................................................................................................................................................... 33
2.2 Madeiras .................................................................................................................................................. 33
2.2.1 Tacos ..................................................................................................................................................... 34
2.2.2 Parquet .................................................................................................................................................. 35
2.2.3 Tábua corrida ........................................................................................................................................ 35
2.2.4 Carpete de madeira .............................................................................................................................. 36
2.2.5 Lambri de madeira ................................................................................................................................ 36
2.2.6 Painéis de aglomerado – MDF, HDF...................................................................................................... 37
2.2.7 Chapas de compensado ........................................................................................................................ 37
2.2.8 Laminados de madeira .......................................................................................................................... 38
2.3 Cerâmica e Porcelanato ........................................................................................................................... 38
2.4 Pedras Naturais ........................................................................................................................................ 42
2.4.1 Granito .................................................................................................................................................. 43
2.4.2 Mármore ............................................................................................................................................... 44
2.4.3 Marmoglass ........................................................................................................................................... 46
2.4.4 Limestone .............................................................................................................................................. 46
2.4.5 Quartz-Stone ......................................................................................................................................... 47
2.5 Pisos Vinílicos ........................................................................................................................................... 48
2.6 Laminado Melamínico .............................................................................................................................. 48
2.7 Superfície Sólida - Corian® ....................................................................................................................... 49
2.8 Acrílico...................................................................................................................................................... 50
2.9 Pinturas .................................................................................................................................................... 51
2.10 Revestimentos Cimentícios .................................................................................................................... 52
2.10.1 Ladrilho hidráulico .............................................................................................................................. 52
2.10.2 Cimento queimado.............................................................................................................................. 53
2.10.3 Placas cimentícias ............................................................................................................................... 54
2.11 Pastilhas de Revestimentos ................................................................................................................... 54
2.11.1 Pastilha cerâmica ................................................................................................................................ 54
2.11.2 Pastilha de vidro .................................................................................................................................. 55
2.11.3 Pastilhas autoadesivas ........................................................................................................................ 56
2.12 Vidros ..................................................................................................................................................... 56
2.13 Espelhos ................................................................................................................................................. 57
2.14 Gesso ...................................................................................................................................................... 58
2.15 Papel de Parede ..................................................................................................................................... 61
2.16 Tecidos ................................................................................................................................................... 62
2.17 Revestimentos 3D .................................................................................................................................. 63
Conclusão................................................................................................................................... 65

Referências ................................................................................................................................ 66

Minicurrículo do Professor ......................................................................................................... 67


Introdução
Prezado (a) estudante,
Seja muito bem-vindo (a) à disciplina de Materiais e Revestimentos para Ambientes!
Nessa disciplina você irá conhecer os tipos de materiais e revestimentos mais utilizados
pelos designers de interiores em seus projetos. Irá compreender as características e qualidades
técnicas de cada um deles (variabilidade, dimensões, resistências, desempenho, durabilidade).
Perceberá que esses materiais são de extrema importância para o sucesso de um projeto, pois,
garantem funcionalidade, segurança, qualidade estética e sustentabilidade nas suas execuções.
Apresento muitas ilustrações, alguns vídeos e curiosidades sobre o tema. Acredito que
aguçará sua curiosidade e fará você querer conhecer pessoalmente alguns dos exemplos que serão
mostrados.
Nossa disciplina conterá duas competências, serão duas semanas juntos e imersos nesse
assunto que é essencial para você, o nosso futuro Técnico em Designer de Interiores. Essas duas
etapas serão:
1. Reconhecer tipos de materiais e acabamentos existentes no mercado;
2. Identificar e conhecer características gerais, propriedades, principais tipos e aplicações
dos materiais e acabamentos, considerando o equilíbrio na composição do ambiente.
Todo esse conteúdo foi feito com muito cuidado, são exibidos materiais e revestimentos
atuais no mercado, as tendências. Mas, é importante que você sempre se atualize, pois, essa área de
materiais e de revestimentos ganham muitas adaptações e inovações.
Desejo que você curta bastante essa disciplina e consiga fazer desse conhecimento sua
fonte de inspiração e de destaque no futuro mercado, pois, saber usar esses materiais, fazer
ambientes diversificados, funcionais e inovadores será um diferencial para sua carreira.
Ótimos estudos!

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1.Competência 01 | Reconhecer Tipos de Materiais e Acabamentos
Existentes no Mercado
Caro (a) estudante.
Estamos começando nossa primeira competência, nela você vai compreender e
reconhecer, de modo geral, os tipos de materiais e acabamentos que existem no mercado e que todo
designer de interiores deve conhecer para ser destaque no mercado e para poder projetar ambientes
que satisfaçam seus clientes.

Convido você a escutar o nosso Podcast, nele terá a contextualização do que


será visto nessa primeira competência do e-book. Será mostrado, de modo
geral, os tipos de materiais e revestimentos para ambientes, sua importância e
seus critérios de utilização.

É sempre bom lembrar que o projeto deve seguir as necessidades e desejos de seus
clientes, e não a sua. Seu papel será transformar o sonho do cliente em realidade, por isso, é
fundamental você ter conhecimentos técnicos, principalmente nos assuntos que serão abordados a
partir de agora.

Vou te dar uma dica, antes de começar um projeto e desenhar os ambientes é


importante você fazer uma coleta de dados e informações sobre o cliente e de
quem mora com ele. Podemos chamar isso de Briefing. Você já escutou esse termo?
Ele é muito usado pelos designers de interiores. Vamos assistir agora um vídeo que
explica o que é, sua importância e como pode ser feito.
Segue o link: https://youtu.be/GvGPNlqp_Z8

Agora vou te mostrar, porquê é preciso estudar os materiais de revestimentos e


acabamentos:
1- Para poder especificar melhor de acordo com cada tipo de ambiente;

2- Para conhecer suas vantagens, desvantagens, propriedades, limitações;

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3- Para escolher os de melhor qualidade de acordo com sua solidez, durabilidade,
praticidade, custo, nível de acabamento e fatores estéticos.

Viu, o quanto esse conhecimento é necessário para você!

Fique alerta para tudo que vai estudar, pois o desconhecimento desses materiais acarreta
muitos prejuízos, podendo até manchar sua imagem e reputação no mercado.

É preciso entender que o Design de Interiores é responsável pela interface entre o usuário
e a edificação, ou seja, trata da maneira como os moradores de uma casa ou os funcionários de um
escritório interagem e vivenciam o ambiente construído.
Nesse sentido, os materiais utilizados nesses projetos são responsáveis por considerável
parcela da percepção do espaço habitado e podem ser divididos em duas categorias básicas: os
materiais construtivos e os materiais de acabamento. Os primeiros formam a base sobre a qual os
segundos serão, ou não, aplicados. Portanto, mesmo que uma parede seja coberta por um
revestimento, seus componentes construtivos devem ter qualidade suficiente para permanecerem
consistentes ao longo dos anos.
As tendências estéticas estimulam o avanço constante no Design de Interiores, e os
clientes são incitados a renovar seus espaços — residenciais e comerciais — em busca de identificação
com o mundo contemporâneo. Os acabamentos se converteram em elementos fundamentais para a
criação dos novos ambientes e são sinônimos de bom gosto e qualidade, impulsionando
constantemente a indústria do setor. A vasta gama de materiais disponíveis, bem como, suas
especificidades técnicas, condiciona-nos a fazer seleções criteriosas, baseadas em requisitos
estéticos, funcionais, econômicos e técnicos.
Os materiais de acabamento e revestimento devem ser especificados a partir do contexto
arquitetônico ou do partido do projeto, levando em consideração os fatores funcionais, estéticos e
econômicos. Devemos atentar para o fato de que, junto ao mobiliário, os materiais de acabamento
desempenham um papel essencial na linguagem do espaço interior. Quanto aos fatores envolvidos
na escolha dos revestimentos, destacam-se os que você confere no quadro a seguir:
Segurança e conforto, durabilidade para o
período de uso previsto, facilidade de
Critérios Funcionais manutenção, limpeza e reparo, grau
necessário de resistência ao fogo,
propriedades acústicas adequadas.

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Critérios Estéticos Cor (natural ou aplicada), textura, padrão.
Custo inicial da aquisição e instalação, custo
Critérios Econômicos ao longo da vida útil (limpeza, manutenção,
reparos e substituição).
Quadro 1: Critérios para escolha de revestimentos.
Fonte: própria autora, 2021.
Dos três critérios mencionados, certamente o critério estético é o mais subjetivo, pois não
pode ser objetivamente mensurado ou determinado. É especialmente nesse universo que atua o
designer: a concepção de espaços agradáveis é resultante de criatividade, conhecimento das
propriedades dos materiais de acabamento e de muita sensibilidade do projetista.
É importante salientar que os espaços são percebidos por meio dos sentidos, e as imagens
remetem ao universo dos sons, tatos, cheiros e gostos. Por isso, entendemos quando uma
determinada cor transmite a sensação de frio ou quente, por exemplo. Essa conjunção de sentidos é
denominada como sinestesia e está associada a uma boa estética ou ao bom gosto.
Dentre os principais materiais utilizados nos projetos de interiores, são destacados o
metal, a madeira, a cerâmica, o porcelanato, os polímeros, os materiais compósitos, as rochas
ornamentais, as pinturas, e outros materiais diversos (tecidos, papel de parede, vidros, espelhos,
gesso). Suas particularidades conduzem nossas escolhas, evitando que sejam tomadas decisões
exclusivamente estéticas, que podem prejudicar a funcionalidade do ambiente a ser projetado. A
seguir, será exposto de modo geral sobre os revestimentos para piso, parede e teto, e em seguida,
serão descritos os materiais e acabamentos.

1.1 Revestimento de Pisos

O piso tem uma grande importância dentro de um ambiente, onde é preciso ter muito
cuidado com a escolha de cada tipo de material, já que suas características variam de ambiente para
ambiente. Existem pisos que ficam melhor na sala, outros nas áreas íntimas, e outros nas áreas
molhadas como cozinha e banheiro.

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Uma dica necessária é que para o revestimento dos pisos é preciso fazer o
contrapiso, que é uma camada de argamassa, com cerca de 2 a 5 cm de
espessura que tem como função corrigir as imperfeições na superfície, e
também serve como preparação do piso para colocar o revestimento.

As lojas oferecem diversos tipos de revestimentos para os pisos, entre eles, são
destacados: o porcelanato, a cerâmica, as pedras naturais (Figura 1), o piso de madeira, os laminados,
o cimento queimado, e os ladrilhos hidráulicos.

Figura 1: Piso em pedra natural.


Fonte: https://casaeconstrucao.org/revestimentos/piso-de-pedra/
Descrição da imagem: apresenta espaço interior de uma residência um piso em pedra natural na cor clara, há um
corredor onde esse piso tem destaque, há paredes nas cores brancas, um piso de madeira com um jardim, plantas e
tronco de uma árvore.

Além dos requisitos de durabilidade e integridade do material, evidenciam-se três


importantes fatores para a escolha dos revestimentos de pisos: a segurança, o conforto térmico e o
conforto acústico. Os quesitos de segurança, dizem respeito principalmente aos materiais com
superfícies duras, lisas e escorregadias, especialmente proibitivas para usos em superfícies suscetíveis
a umidade (áreas molhadas, como cozinhas, banheiros e áreas externas). Nessas áreas, recomenda-
se a especificação de pisos antiderrapantes.

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Entre os principais pisos com atributos antiderrapantes — e que oferecem uma certa
facilidade de manutenção —, destacam-se os porcelanatos e pisos de cerâmica, as placas cimentícias
(cuja forma mais comum é o cimento queimado), as pedras brutas naturais, os emborrachados e os
ripados (MAPA DA OBRA, 2019).
Em relação ao conforto térmico, os pisos cerâmicos oferecem essa propriedade,
especialmente para edificações localizadas em regiões mais quentes do Brasil, porque dificilmente
absorvem calor. Os pisos de madeiras também proporcionam esse tipo de conforto, tanto para quem
mora nas regiões frias ou quentes do país. Quanto ao conforto acústico, os pisos de madeira e vinílicos
são muito recomendados.

1.2 Revestimento de Paredes

As variedades para revestimento de paredes são inúmeras. Tenho certeza que você já
reparou isso! Para fazer a escolha, primeiramente, você deve definir a linguagem que pretende
oferecer ao ambiente e conhecer o material estrutural das paredes: se ela foi levantada em alvenaria
convencional, gesso acartonado ou madeira.
O revestimento aplicado deve ser compatível com a base da parede, de modo que não se
pode azulejar uma parede de madeira ou revestir com papel ou tecido uma parede de tijolos à vista.
Além disso, há alguns aspectos técnicos que devem ser observados, como o apoio necessário para a
aplicação do material de revestimento, a facilidade de manutenção do acabamento, o grau necessário
de absorção de sons, a refletância da luz e a resistência ao fogo (MANCUSO, 2004). Os principais tipos
de acabamentos e materiais aplicados ao revestimento de paredes (ou divisórias) são: as tintas, as
placas de gesso, os painéis de madeira (Figura 2), os revestimentos cerâmicos, os acabamentos
flexíveis (como papel de parede ou tecido), os revestimentos 3D, e as pedras naturais.

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Figura 2: Painel de madeira em parede de sala de estar e tv.
Fonte: https://finger.ind.br/blog/painel-de-madeira-para-parede/
Descrição da imagem: sala de tv com painéis de madeira na parede onde está a tv pendurada, ao lado direito espelhos
refletindo a sala de estar.

1.3 Revestimentos para o Teto

A variedade de revestimento e acabamento para os tetos é semelhante às paredes,


porém, os sistemas aplicados aos tetos são, normalmente, estruturas suspensas, o que inviabiliza a
adoção de elementos muito pesados. Foram selecionados quatro tipos de revestimentos para tetos
mais frequentes em ambientes interiores: os painéis de gesso, as placas de PVC, os elementos de
madeira (ou similares), e os elementos metálicos com vedação em vidro.
Os conhecidos tetos (ou forros de gesso) proporcionam superfícies contínuas que podem
receber acabamento liso e texturizado. As vantagens do acabamento em gesso para os tetos são a
camuflagem dos sistemas elétricos das luminárias de teto, o isolamento térmico e as infinitas
possibilidades estéticas (Figura 3). Os elementos de madeira no teto proporcionam também uma
grande qualidade plástica aos ambientes, bem como, contribuem para o conforto acústico.

Figura 3: Forro de gesso em uma sala de estar e jantar.


Fonte: https://www.decoracaoweb.com.br/dicas-e-reformas/forro-de-gesso-tudo-o-que-precisa-saber/
Descrição da imagem: sala de estar e jantar com forro em gesso com formas circulares e onduladas iluminação
embutida.

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Os tetos que se estruturam com metal podem ser abertos diretamente para o exterior e
receber vedação em vidro (ou demais materiais translúcidos) ou acabamento de chapas metálicas
perfuradas, por exemplo. No caso das coberturas em vidro, o ambiente interno é banhado por luz
natural, um ganho estético ímpar.
Para casos específicos, como espaços comerciais, de saúde ou institucionais, recomenda-
se a adoção de sistemas modulares de teto suspenso, utilizado para integrar e proporcionar
flexibilidade à instalação de luminárias e saídas de distribuição de ar-condicionado. Também existem
placas acústicas integradas aos sistemas modulares. Com diversos tipos de acabamentos, as chapas
acústicas são classificadas quanto à resistência ao fogo ou a altos níveis de umidade.
Preparados para conhecer mais profundamente as características e tipologias dos
materiais que podemos usar para revestimentos? Vamos nessa! Saiba que todo esse conhecimento
será essencial para seu dia a dia como profissional de designer de interiores.

1.4 Metal

Os metais são compostos a partir da interação de um ou mais átomos, que possuem um


campo elétrico dentro do qual os elétrons livres se movimentam e, por isso, conduzem bem a
eletricidade e refletem a luz. Os metais são materiais duros, rígidos, fortes, pesados, dúcteis e fáceis
de usinar, podendo ser utilizados e unidos de diversas maneiras. O metal é um dos principais
componentes das estruturas dos edifícios. As ligas metálicas são utilizadas tanto isoladamente, na
forma de pilares e vigas de aço, quanto como parte das estruturas de concreto armado.
Os materiais metálicos se dividem em duas classes, a dos metais ferrosos e a dos não-
ferrosos:
• Metais ferrosos: estão susceptíveis à ação da ferrugem, quando não há a conservação
adequada do material. Exemplo: ferro e aço;
• Metais não-ferrosos: a oxidação e o uso desse material jamais vão implicar em
ferrugem. Exemplo: alumínio, bronze, cobre, latão.
Do ponto de vista ambiental, é importante ressaltar que todo metal pode ser reciclado,
desde que, no caso dos metais ferrosos, a ferrugem ainda não tenha acontecido. Já com relação às
propriedades dos metais, temos:

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• Condutor térmico e elétrico;
• Maleabilidade;
• Elevada resistência;
• Peso e custo moderados.
Esses materiais oferecem muitas possibilidades no Design de Interiores, porém deve-se
ter cuidado para a excessiva condução de eletricidade, abrasão e arranhões e para o ofuscamento
devido aos altos níveis de refletância. Além de servirem como material estrutural, os elementos
metálicos podem ser utilizados como parte de móveis e divisórias, permitindo que aproveite sua
esbeltez para lograr efeitos estéticos interessantes. Alguns dos metais usados são: o aço corten, o aço
inox, o alumínio, o cobre polido.
No quadro abaixo, você pode identificar melhor os tipos de metais e suas aplicações em
Design de Interiores.
Tipo de metal Aplicação no Design
Pastilha de aço inox polido Paredes
Chapa de aço corten Mobiliário, revestimentos de paredes,
objetos.
Chapa de aço inox Mobiliário, equipamentos, revestimentos de
paredes, bojos de pia.
Aço inox colorido, polido e escovado Mobiliário, equipamentos, revestimentos de
paredes, bojos de pia.
Tela metálica Mobiliário, revestimentos de paredes.
Chapa de alumínio polido Mobiliário, equipamentos, revestimentos de
paredes.
Chapa de alumínio texturizado Mobiliário, equipamentos, revestimentos de
paredes e pisos.
Chapa de cobre polido Mobiliário, revestimentos de paredes.
Quadro 2: Relação de tipos de metais e seus usos em ambientes.
Fonte: própria autora, 2021.

Para você conhecer mais um pouco do uso dos metais no Design de Interiores, acesse
o link abaixo, onde irá mostrar algumas dicas e exemplos de seus usos. Quanto mais
exemplos você tiver, mais conhecimento vai adquirir para desenvolver seus projetos.
Link: https://dicasdearquitetura.com.br/metais-na-decoracao-efeitos-e-exemplos/

Abaixo, seguem alguns exemplos de móveis que demonstram o uso de metais na


decoração de interiores:

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Figura 4: Exemplo de estante utilizando metal.
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/revista/moveis-de-ferro/
Descrição da imagem: estante com estrutura em ferro.

Figura 5: Exemplo de móvel de cozinha utilizando metal.


Fonte: https://www.vivadecora.com.br/revista/moveis-de-ferro/
Descrição da imagem: cozinha onde é utilizado o metal nos móveis.

1.5 Madeira e Derivados

A madeira é um material natural proveniente da extração de árvores e amplamente


utilizado na produção de estruturas e móveis desde tempos imemoráveis devido à sua alta resistência
estrutural e à facilidade de manejo. Atualmente, a madeira é raramente utilizada em estado natural;

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na maioria dos casos, são utilizados aglomerados como MDF e MDP ou laminados, como os
compensados.
Os revestimentos e acabamentos em madeira podem ser aplicados tanto nos pisos,
quanto nas paredes e nos tetos, de acordo com as características técnicas dos materiais utilizados. A
busca por ambientes com aspecto conectado à natureza evidencia a utilização da madeira (e seus
derivados) no acabamento de paredes e divisórias.
A tendência de trazer os elementos naturais para o interior confere à madeira o
protagonismo na concepção de espaços sofisticados, despojados e aconchegantes. Em ambientes
reduzidos, a orientação é utilizar tons mais claros, ao passo que, em ambientes amplos, os tons mais
escuros atribuem sobriedade. Além disso, cabe destacar as excelentes propriedades térmicas e
acústicas das paredes em madeira, incomparáveis com os demais materiais de acabamento. Sua única
desvantagem, porém, não exclusiva, é a alta combustão e absorção de água.
Os pisos de madeira são reconhecidos por seu calor, aparência natural e combinação
entre conforto, elasticidade e durabilidade. Sua manutenção é relativamente fácil, sob uso
moderado, e, quando danificados, esses pisos podem ser substituídos. Mancuso (2004) observa que
os pisos de madeira possuem retração elástica aos esforços mecânicos, condutibilidade térmica,
isolamento e condicionamento acústico.
A madeira não possui reflexibilidade e, dependendo do tratamento de sua superfície,
pode ser mais brilhosa e refletir a luz em graus diferentes. É especialmente indicada para áreas secas
e que demandam conforto, como quartos, salas de TV, ambientes de estar e halls. Os tipos de piso
de madeira mais aplicados aos interiores são o assoalho de madeira, os tacos e parquets e o carpete
de madeira.
O assoalho de madeira é um dos pisos mais nobres e mais caros — a madeira “maciça” é
aplicada em peças lineares, sendo tratada apenas para essa finalidade. É um piso espesso e durável,
porém, risca com facilidade. Os tacos de madeira foram largamente utilizados em décadas passadas
e retornaram nos últimos tempos — sua identidade garante uma ambientação Vintage aos espaços.
As pequenas peças de madeira são aplicadas sobre o contrapiso nivelado e têm a vantagem de que
podem ser lixadas e receber nova camada de verniz impermeabilizante, retornando a seu aspecto
original. A Figura 6, apresenta um piso em assoalho de madeira aplicado em uma sala de estar.

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Figura 6: Assoalho de madeira.
Fonte: https://www.resinaecologica.com.br/assoalhos-madeira.php
Descrição da imagem: sala de jantar e circulação com piso em assoalho de madeira.

O parquet também é composto por pequenas peças de madeira, porém, sua combinação
forma desenhos geométricos. O efeito final é plasticamente interessante, contudo, sua execução é
mais demorada. O carpete de madeira é um revestimento aplicado sobre o contrapiso, não é colado
ou parafusado à base, mas as peças são encaixadas umas às outras. Por sua fina espessura e sistema
de execução, pode dar a impressão de estar solto ou “oco”, podendo, inclusive, produzir ruídos
(MANCUSO, 2004; MAPA DA OBRA, 2019). As sensações estéticas-psicológicas a que estão associados
os revestimentos de madeira são: calor, aconchego e acolhimento. Remetem-nos a um ambiente
mais familiar e tradicional.
A madeira é o material adequado para executar as soluções práticas e funcionais de dividir
os ambientes sem erguer uma parede. Divisórias leves e plasticamente interessantes podem garantir
a intimidade necessária sem isolar completamente os espaços. As versáteis estruturas de madeira
promovem a integração dos ambientes, aproveitando o máximo do espaço existente, ideal para
pequenas dimensões tanto residenciais quanto comerciais. Os painéis ripados são os mais comuns,
porém, é possível ousar com divisórias em madeira com função de jardim vertical e molduras vazadas
pintada.
A seguir, na Figura 7, tem-se uma demonstração de alguns tipos de madeiras vendidas no
mercado:

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Figura 7: Alguns tipos de madeiras.
Fonte: https://www.pinterest.co.kr/amp/pin/502503270897873323/
Descrição da imagem: diversos tipos de madeiras, em distintas tonalidades.

Na Figura 8, abaixo, é visto um ambiente onde os móveis usados são de madeiras,


passando uma sensação de rusticidade.

Figura 8: Exemplo de móvel de cozinha utilizando madeira.


Fonte: https://www.vivadecora.com.br/revista/moveis-de-madeira-de-demolicao-modelos/
Descrição da imagem: Cozinha com todos os móveis em madeira, mesa, estante, móveis superiores e inferiores da
bancada da cozinha.

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Atualmente, existe uma preocupação com a madeira e seu uso sustentável. Criar
produtos que não agridam o meio ambiente é uma tendência. Estou trazendo um
exemplo de empresa que trabalha o design com a madeira extraída de forma legal e
sustentável.
Segue o link: https://youtu.be/Ch7sWWv-F4I

1.6 Cerâmicas e Porcelanatos

Os revestimentos cerâmicos têm uma trajetória milenar na arte de edificar. São


produzidos a partir de uma mistura de argila e outras matérias-primas inorgânicas que são queimadas
em altas temperaturas. Enquadram-se como cerâmicos os materiais argilosos, cimento e vidro, todos
eles considerados isolantes térmicos e elétricos por não possuírem elétrons livres em sua ligação
química, o que evita a condução de eletricidade e calor (ASHBY; JOHNSON, 2011).
Os pisos cerâmicos oferecem durabilidade e conforto térmico, especialmente para
edificações localizadas em regiões mais quentes do Brasil, porque dificilmente absorvem calor. As
placas cerâmicas são constituídas, em geral, de três camadas: a primeira é o suporte ou biscoito; a
segunda é o engobe, que tem função impermeabilizante e garante a aderência da terceira camada, o
esmalte, uma camada vitrificada que também impermeabiliza, além de decorar a face superior do
revestimento cerâmico (PORTOBELLO, 2016).
Mais resistentes às altas temperaturas e à abrasão do que os materiais metálicos e
polímeros, apresentam dureza elevada proporcional à alta fragilidade, bem como, alto grau de
reciclabilidade. As peças de cerâmica são oferecidas em versões naturais e esmaltadas. Elas podem
ser classificadas em dois grandes grupos: tradicional e avançado.
A cerâmica tradicional é aproveitada em diversos revestimentos, desde azulejos até vasos
para cultivar plantas e flores. Os tijolos também são produzidos assim, como qualquer outro objeto
que não exige muita sofisticação. A cerâmica avançada é obtida a partir da matéria-prima mais
purificada, que pode ser a mesma que dá origem à cerâmica tradicional, mas que está em um estado
maior de pureza. É o caso do porcelanato (PORTOBELLO, 2016). Os porcelanatos e pisos cerâmicos
são os mais utilizados atualmente no Brasil, em grande parte devido a sua técnica de fabricação, que

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permite a criação com grande diversidade de formas, texturas, padrões e cores, podendo atender os
mais distintos critérios funcionais e estéticos.
As cerâmicas são extremamente versáteis, podendo ser usadas em pisos, paredes, teto,
móveis, objetos decorativos. Elas permitem grande versatilidade na decoração. Pode-se ter
tamanhos, estampas, acabamentos e cores variadas, sendo encontradas de vários tamanhos (desde
20×30cm, 40×40cm, 60×60cm, 80×80cm, 100×100cm, entre outros).
Um grande diferencial do porcelanato está no fato dele permitir juntas muito finas (2mm
ou até “junta seca” – 0mm), criando um visual plano e contínuo, atribuindo bastante neutralidade ao
ambiente. As placas são oferecidas em tamanhos como 30x180cm, 90×90cm, 20×120cm, 20X180cm,
60×120cm, 60x180cm, 80x160cm, 120×120cm, 120x240cm, 120x250cm e 300X100cm.
Quanto as principais diferenças entre cerâmica e porcelanato, o quadro a seguir,
apresenta essas diferenças, e as Figuras 9 e 10, mostram o exemplo de cada um desses revestimentos:
Cerâmica Porcelanato
Composta de argila. Composta de argila; feldspato; quartzo.
Sua queima durante o processo de Sua queima durante o processo de produção
produção pode chegar a 900°C. pode chegar a 1.200°C.
Mais porosa. Menos poroso.
Menor resistente. Maior resistência.
Menos homogênea. Mais homogênea.
Geralmente mais barata. Geralmente mais caro.
Quadro 3: Diferença entre cerâmica e porcelanato.
Fonte: própria autora, 2021.

Você tem curiosidade de saber como é feito o porcelanato? Então, vamos assistir
um vídeo e conhecer todo o seu processo de fabricação.
Segue o link: https://www.youtube.com/watch?v=DngLAWj7iws

20
Figura 9: Sala com piso em revestimento cerâmico.
Fonte: http://monterre.com.br/app/uploads/2017/05/Porcelanato-e-Ceramica.jpg
Descrição da imagem: sala de estar e tv com piso com revestimento cerâmico na cor branca.

Figura 10: Sala com piso em porcelanato.


Fonte: http://monterre.com.br/app/uploads/2017/05/Porcelanato-e-Ceramica.jpg
Descrição da imagem: Sala de estar e tv com piso em porcelanato na cor bege.

1.7 Polímeros

Os polímeros possuem uma estrutura molecular que consiste na repetição de pequenas


unidades chamadas “meros” — por isso “polímeros”. Dividem-se em naturais (madeiras, lã e couro)
e sintéticos (plásticos). Os polímeros sintéticos são subdivididos em termoplástico, termofixo e
elastômero, sendo os termoplásticos aqueles que amolecem quando aquecidos, endurecendo
quando resfriados.
Polímeros termoplásticos: plásticos que não passam pelo processo de cura, ou seja, são
os plásticos que quando aquecidos amolecem e podem ser moldados em qualquer formato, pois são
fundidos com o calor e endurecidos novamente com o resfriamento à temperatura ambiente. Com
isso, podem ser reprocessados várias vezes, pois essa propriedade permite que os plásticos dessa

21
classe sejam reciclados, o que do ponto de vista ambiental é bastante positivo. Como exemplo temos:
o acrílico, policarbonato, polietileno, polipropileno, poliéster, poliamida (nylon), PVC (vinílicos).

Figura 11: Forro em PVC em uma sala (polímero termoplástico).


Fonte: https://www.plasbil.com.br/produtos/86/forros-relevo-pvc
Descrição da imagem: a figura mostra uma sala de estar e jantar com forro na cor branca.

Polímeros termofixos: são as resinas que endurecem através do processo de cura, são
rígidos, resistentes e duráveis, como a fórmica (laminado melamínico) e as tintas.

Figura 12: Instalação em ambiente com o piso laminado (polímero termofixo).


Fonte: https://decorandocasas.com.br/2016/11/07/piso-laminado-preco-m2-colocado/
Descrição da imagem: a figura apresenta uma pessoa instalando piso em madeira próximo aos rodapés de cor branca.

Polímero elastômero: possuem como principal característica a elasticidade, são as


chamadas borrachas. Tais materiais se dividem em dois grupos: borrachas naturais e borrachas
sintéticas A borracha natural é o produto primário da coagulação do látex da seringueira. Hoje, a
borracha sintética, concorrente do elastômero natural em algumas aplicações e complementar em

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outras, é produzida a partir de derivados de petróleo. Um exemplo de polímero elastômero aplicado
ao Design de Interiores é um tipo de borracha, o EVA.

Figura 13: Piso de academia em EVA (polímero elastômero).


Fonte: https://www.playgrama.com.br/blog/pisos-blog/tatame-de-eva-para-academias-e-pilates/
Descrição da imagem: academia de ginastica com piso quadriculado nas cores verde e azul e alguns equipamentos em
cima.

1.8 Pedras Naturais

Os produtos em pedra natural são nobres, duráveis e, assim como, as madeiras, são os
mais antigos materiais de construção e acabamento utilizados pelas civilizações. As pedras naturais
são reconhecidas por sua imponência e elevado desempenho estético, o que se soma à qualidade e
à durabilidade do material.
No Design de Interiores, são frequentemente utilizadas como revestimento de pisos,
paredes e divisórias e mobiliário fixo. As pedras podem ser polidas ou rústicas — estas últimas são
indicadas para revestimento de pisos antiderrapantes.
As pedras naturais (Figura 14) são materiais geológicos provenientes de rochas e que,
após sua extração, são submetidas a aperfeiçoamento por meio de tratamentos superficiais.
Inúmeras pedras podem ser utilizadas como acabamento, mas as pedras com aplicações mais
frequentes em revestimentos e mobiliário interiores são o mármore e o granito.
Os mármores (Figura 15) são pedras calcárias e menos resistentes do que os granitos, que
são pedras rochosas compostas de quartzo, feldspato e mica, com índice de dureza superior. Os dois
materiais naturais apresentam variações na tonalidade, granulometria e textura. As chapas de

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mármore e granito possuem espessura padrão de 2cm e 3cm, havendo também placas menores,
conhecidas como lajotas (MANCUSO, 2004).

Você saberia dizer como é feito o granito que você tem em sua casa, ou no seu local
de trabalho ou estudo? Vamos ver agora, no vídeo indicado.
Segue o link: https://youtu.be/aWQxynF1q1s

Estudante, agora, veja no quadro abaixo as principais diferenças entre o granito e o


mármore:
Características Granito Mármore
Absorção de líquidos Baixa. Média-alta.
Resistência (desgastes, Alta. Baixa.
riscos)
Resistência a impactos Alta. Baixa.
Porosidade Baixa. Alta.
Facilidade para manchar Baixa. Alta.
Aplicação Ambientes internos e Ambientes internos (exceto
externos. áreas úmidas de cozinhas) e
externos de baixo tráfego.
Efeito visual Comum, mais popular. Mais refinado e elegante.
Custo Mais baixo. Mais alto.
Quadro 4: Diferenças entre granito e mármore.
Fonte: Própria autora, 2021.

Figura 14: Parede de escritório revestida em pedra natural.


Fonte: https://www.vivadecora.com.br/revista/parede-de-pedra/
Descrição da imagem: escritório com parede revestida em pedra natural com tons de marrom.

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Figura 15: Piso de sala em mármore Carrara.
Fonte: https://tecnoartengenharia.com.br/marmore-carrara/
Descrição da imagem: sala de estar e jantar com todo o piso em mármore na cor branca com manchas na cor preta.

1.9 Pinturas

A forma mais comum de revestimento das paredes é a pintura, que pode ser do tipo PVA,
acrílica, esmalte ou cal. No Brasil, as mais utilizadas são a acrílica e a PVA, ambas solúveis em água. A
acrílica é indicada para ambientes que fiquem em contato com umidade, enquanto a tinta PVA é
recomendada para espaços secos.
Quanto à aparência, as tintas são classificadas em fosca, acetinada e semibrilho de acordo
com a quantidade de brilho que os elementos pintados apresentam após a secagem. As tintas foscas,
como o próprio nome já indica, não apresentam brilho, enquanto a semibrilho é a mais brilhante das
tintas; as acetinadas, por sua vez, constituem uma alternativa intermediária.
Podemos destacar que as funções das pinturas são: fazer a proteção do interior das
edificações, servir como impermeabilização de lajes e servir para a questão estética, sendo usada nas
decorações. Hoje em dia encontram-se variedades de cores proporcionando ambientes diferenciados
e com conforto visual (Figura 16).
Algumas dicas são necessárias para fazer a pintura dos ambientes, como: escolher a tinta
adequada para o local, fechar os buracos das paredes e as imperfeições, verificar o tamanho dos
ambientes, usar materiais de qualidade, proteger o chão e o rodapé, escolher bem as cores para cada
tipo de ambiente.

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Agora, assista o vídeo e você verá como as cores podem interferir nos ambientes,
como provocam sensações psicológicas diferentes, instigando sentidos, habilidades
de comunicação ou mesmo favorecendo um humor mais calmo ou agressivo. Segue
o link: https://youtu.be/6B6OF3ikqsA

Figura 16: Pinturas geométricas nas paredes.


Fonte: http://blog.usare.com.br/pintura-geometrica-na-parede/
Descrição da imagem: sala de estar e jantar com pintura geométrica em uma das paredes, nas cores cinza, amarelo e
branca.

As distribuições das cores, na pintura de um cômodo, mudam a sensação de espaço. A


combinação é a grande jogada e se revela em um truque bem bacana. Abaixo, na Figura 17, veja como
ficam os ambientes com essas combinações.

Figura 17: Combinações de cores que modificam as sensações dos ambientes.

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Fonte: https://www.arabescoacabamentos.com.br/uma-superdica-pra-voce-alterar-a-percepcao-de-um-ambiente-com-
a-pintura/
Descrição da imagem: apresenta nove formas de combinações de cores em um ambiente que dão sensações diferentes,
como: ampliar, destacar, reduzir, entre outras.

1.10 Materiais Compósitos

Os compósitos são aqueles materiais caracterizados pela união de dois ou mais materiais
distintos, aglutinando propriedades e criando novas propriedades não existentes nos componentes
individuais. São constituídos de uma matriz (o material de liga, como, por exemplo, a resina) e uma
parte dispersa em forma de partículas ou fibras.
Na figura 18, você pode visualizar como é feita essa sua composição, perceba que ele
pode ser a união de materiais que já foram falados anteriormente

Figura 18: Esquema de composição dos materiais compósitos.


Fonte: https://www.ctborracha.com/materiais-de-engenharia/
Descrição da imagem: esquema com sete círculos coloridos nas cores da esquerda para direita: vermelho, cinza,
amarelo, azul, rosa e verde, onde seis apontam para o círculo central.
Descrição de texto: metas, borracha, cerâmica, vidro, plástico, madeira e compósito (no círculo central).

Estudante, que tal assistir um vídeo e aumentar seus conhecimentos? Vamos nessa?
Ele vai te ajudar a entender um pouco mais das características sobre os compósitos.
Link: www.youtube.com/watch?v=h04u8lugoqg

Frequentemente, os compósitos são inspirados em produtos naturais, como o MDF, que


é o resultado da aglutinação de fibras de madeira com resina sintética; os aglomerados e

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compensados. Também se classificam no grupo dos compósitos os materiais cimentícios, como o
tijolo de concreto, o ladrilho hidráulico e a fibra de vidro. Esses materiais podem ser usados em
mobiliários, revestimentos de paredes e de pisos. Nas figuras 19 e 20, são apresentados alguns
exemplos desses materiais aplicados nos ambientes.

Figura 19: Parede de cozinha revestida com o ladrilho hidráulico, um tipo de material compósito.
Fonte: http://cerlemrevestimentos.com.br/ladrilhos-hidraulicos/
Descrição da imagem: cozinha com parede, acima da bancada, revestida com ladrilho hidráulico.

Figura 20: Casa feita de tijolo de concreto.


Fonte: https://projetos.habitissimo.com.br/projeto/casas-economicas-construcoes-de-casas-com-materiais-baratos
Descrição da imagem: sala de estar com paredes em tijolos de concreto.

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Figura 21: Vasos de fibra de vidro, são tendências em decoração.
Fonte: https://ultimasdecoracao.blogspot.com/2019/12/vasos-de-fibra-de-vidro-para-decoracao.html
Descrição da imagem: vasos de fibra de vidro, na cor preta com plantas.

Agora que você já conheceu a classificação de alguns materiais, vamos trabalhar na


nossa videoaula, alguns erros cometidos na fase de acabamento das obras e das
escolhas desses materiais de revestimentos que prejudicam de algum modo o
ambiente. Prepara a caneta, e o caderno para anotar as dicas.

Chegamos ao fim do nosso primeiro módulo, você pode conhecer alguns tipos de
materiais de acordo com suas classificações. Com esse conhecimento, você já consegue reconhecê-
los mais facilmente e saber diferenciá-los.
Estudante, não esqueça que é muito importante você revisar esse conteúdo, fazer as
atividades e visualizar os vídeos e materiais sugeridos.

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2.Competência 02 | Identificar e Conhecer Características Gerais,
Propriedades, Principais Tipos e Aplicações dos Materiais e Acabamentos,
Considerando o Equilíbrio na Composição do Ambiente
Caro (a) estudante.
Essa semana estamos começando a segunda competência, agora você vai ver uma
quantidade ainda maior de conhecimentos em relação aos tipos de materiais, as suas aplicações,
conhecer detalhadamente as suas características e como eles podem ser aplicados nos ambientes.

Para entender mais um pouco do que você vai estudar essa semana, escuta o nosso
segundo Podcast, você vai ter uma visão geral do conteúdo e tenho certeza que vai
facilitar sua leitura

Você pode estar se perguntando o porquê de tanta informação e para que irão servir
tantos detalhes. Entenda que a escolha dos materiais e acabamentos não é nada muito fácil. Já deu
para perceber que existem diversas opções como: tintas, pastilhas, cerâmicas, porcelanatos, rocha
ornamentais, entre tantos outros.
Outro fator importante é a questão estética, quais deles irão combinar com os ambientes
e com os anseios dos clientes. E além de tudo isso, você ainda deve pensar no custo-benefício, pois o
quesito preço pode variar muito e isso também será sua responsabilidade de estar verificando.
Escolher revestimento demanda experiência, conhecimento, responsabilidade e atenção.

2.1 Metal

Os metais podem aparecer de várias formas na decoração, proporcionando um ar de


sofisticação e personalidade aos ambientes. Eles podem ser encontrados de diferentes formas, em
objetos, móveis e revestimentos de pisos e paredes. As escolhas de como e qual metal encaixar na
decoração vai depender do resultado esperado para o ambiente, seja um estilo mais clássico, mais
despojado e moderno. Como em toda escolha para uma decoração harmônica, é preciso ter cuidado
para dosar o uso do metal para não ficar exagerado no ambiente.

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Estudante, vamos conhecer características e propriedades de alguns tipos de metais mais
utilizados no Design de Interiores?

2.1.1 Aço inoxidável

Composto de liga metálica de aço, com elevada quantidade de cromo (aproximadamente


12%). Esse metal pode ser pintado. Suporta altas e baixas temperaturas, por isso, pode ser colocado
em cantoneiras de lareira, por exemplo. Ele tem alta resistência mecânica e baixa resistência ao risco.
Não sofre oxidação, devido à camada de cromo que o reveste, porém, teme materiais abrasivos.
O aço inox pode ser usado na decoração, de inúmeras formas (Figura 22). Desde a
produção de objetos decorativos, até o uso de chapas e perfis, revestindo paredes, móveis e criando
mobiliário utilitário com design bem inovador. O aço inox nos remete a uma linguagem moderna,
podendo até ter características futuristas, principalmente quando associada com iluminação de
tecnologia de ponta. A superfície polida fica marcada pelo contato com as mãos e precisa de uma
mão de obra específica para seu manuseio.

Figura 22: Cozinha como móveis em aço inoxidável.


Fonte: https://construindodecor.com.br/aco-inox-na-decoracao-residencial/
Descrição da imagem: cozinha com móveis, eletrodomésticos e bancada tudo em aço inoxidável.

2.1.2 Aço Corten

Aço patinável, que contém produtos que melhoram suas qualidades anticorrosivas. Sua
cor é alaranjada. O diferencial estético deste tipo de aço é justamente a camada de pátina que se

31
forma na superfície, ficando áspera, alaranjada, de aspecto rústico e moderno. Serve para uso
interno, estrutura de escadas, móveis e objetos decorativos (Figura 23).

Figura 23: Parede de quarto de casal com revestimento em aço corten.


Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/curiosidades/o-que-e-aco-corten/
Descrição da imagem: quarto de casal com parede de fundo revestida com aço Corten.

2.1.3 Alumínio

Metal encontrado em grande quantidade na natureza, que pode ser empregado para uso
na indústria, no design, na decoração. Praticamente não sofre oxidação, tem resistência mecânica
menor que a do aço, é um material de baixo peso. Seu custo é menor que o do aço inox. Apresenta-
se em chapas lisas e texturizadas e em perfis. O alumínio é prateado, o que remete a uma linguagem
moderna. Podem ser usados em móveis (Figura 24), luminárias, portas, portões, janelas, esquadrias
em geral. Não pode ter contato com substâncias alcalinas: cimento, derivados de argamassa.
Precisando ser protegido.

Figura 24: Móveis em alumínio.


Fonte: https://casavogue.globo.com/Design/Moveis/noticia/2014/07/elegancia-e-rigidez-do-aluminio.html

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Descrição da imagem: cadeiras e mesas em alumínio.

2.1.4 Cobre

Classificado como metal de transição, é um dos metais mais importantes industrialmente.


É um material dúctil, maleável e bom condutor de eletricidade. Tem boa resistência à corrosão, sendo
razoável à resistência mecânica.
O cobre confere um aspecto estético sofisticado quando polido. De cor levemente
avermelhada, é usado com singular propriedade no design de peças ornamentais (Figura 25),
equipamentos e utensílios domésticos, bem como, em esculturas.

Figura 25: Luminárias em cobre.


Fonte: https://www.tuacasa.com.br/cobre-na-decoracao/
Descrição da imagem: sala de jantar com luminárias em cobre penduradas acima da mesa de jantar.

2.2 Madeiras

Esse com certeza é um material que você conhece bastante e praticamente está em todos
os ambientes. A madeira é um polímero natural composto por fibras e celulose. Mesmo com o avanço
tecnológico e o surgimento de novos materiais, a madeira é bastante especificada nos projetos, tendo
a função tanto pelo efeito estético quanto pelas características funcionais.
Os revestimentos e acabamentos em madeira podem ser aplicados nos pisos, nas paredes
e nos tetos, de acordo com as características técnicas dos materiais utilizados. Também podem ser

33
usados na produção de móveis e peças decorativas. Elas temem umidade, portanto necessitam de
impermeabilizantes ou vernizes. Os produtos de madeira maciça podem ser produzidos a partir de
madeiras autoclavadas: como pinus ou eucalipto. Para uso em piso, as madeiras indicadas são ipê,
jatobá, maçaranduba, sucupira, grápia e cumaru, por serem espécies de alta massa específica e
dureza, que proporcionam maior resistência a impactos, não deixando marcas na madeira.
Você já percebeu o quanto temos de opções para usarmos a madeira nos ambientes?
Vamos detalhar ainda mais os tipos e suas características, acredito que assim você ficará ainda mais
experiente no assunto.

2.2.1 Tacos

Pequena tábua maciça e retilínea de madeira usada no assoalho (Figura 26), ora disposta
regularmente com peças retangulares que se encaixam, ora com tabuinhas de formatos e cores
diferentes, produzindo decorativas figuras geométricas. São assentados com argamassa de cimento
e areia.

Figura 26: Piso em taco de madeira, na diagonal.


Fonte: https://www.arquidicas.com.br/o-que-fazer-para-deixar-o-piso-de-madeira-novo/
Descrição da imagem: piso todo em taco de madeira, assentado na forma diagonal.

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2.2.2 Parquet

Placa formada por um conjunto de tacos unidos, de madeira resistente. As placas são pré-
montadas, unidas por papel no verso, assim, têm desenhos pré-estabelecidos, formando quadrados
(Figura 27). Seu assentamento é feito com cola específica.

Figura 27: Piso em parquet.


Fonte: https://lemonadelanguages.wordpress.com/2012/01/14/voce-sabe-o-que-significa-parquet/
Descrição da imagem: piso todo em parquet, assentado com formas geométricas.

2.2.3 Tábua corrida

Tábua de madeira, de maior ou menor largura, e resistente. Podendo ser instalada sobre
barrotes, pregadas ou coladas direto no contrapiso (Figura 28). Atualmente, também se tem usado
tábua corrida para revestimento de fachadas e paredes internas. As tábuas corridas sempre foram
associadas a residências e a estabelecimentos, em geral, mais nobres. Conferem elegância quando a
superfície está lixada e envernizada com brilho. Tem vida útil de cerca de 70 anos em função da
umidade.

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Figura 28: Piso em tábua corrida com verniz.
Fonte: https://fotos.habitissimo.com.br/foto/tabua-corrida-semi-brilho_132876
Descrição da imagem: piso todo em tábuas de madeira.

2.2.4 Carpete de madeira

Trata-se de um revestimento formado por chapas de madeira com base em MDF ou HDF
e com capa de madeira natural (por isso diferenciam-se dos “laminados de madeira”). Eles recebem
uma camada de filme protetor (verniz resistente), em sua face superior. Os carpetes podem ser
colados direto ao contrapiso ou encaixados no sistema macho - fêmea sobre manta poliuretana. São
mais frágeis do que a tábua corrida, devido à fina película de madeira da superfície, gerando mais
arranhões e marcas. Não é resistente à água, com isso, sua limpeza deve ser feita somente com pano
úmido bem torcido. São pisos que geram ruídos na caminhada.

2.2.5 Lambri de madeira

O forro de lambri é uma régua de madeira que serve para revestir o teto (Figura 29). O
forro é ótimo para todos os cômodos e possui um grande diferencial, tem leveza e rapidez na hora
da instalação. São encaixados no sistema macho-fêmea. As réguas de madeira criam linhas que
precisam ser consideradas na estética do ambiente.

Figura 29: Residência com forro de lambri.


Fonte: https://allmadloja.com.br/o-que-e-lambri-de-madeira/
Descrição da imagem: forro de lambri, imitando a madeira, no interior de uma residência.

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2.2.6 Painéis de aglomerado – MDF, HDF

Tenho certeza que você já ouviu falar sobre esse nome MDF. Esses painéis são chapas
compostas por partículas de madeira, com adição de cola e submetidas a processo de prensa.
Dependendo do processo de fabricação e do tamanho das partículas de madeira, as chapas
aglomeradas podem ter diferentes níveis de resistência.
O nome MDF, vem de Medium Density Fiberboard, ou seja, placa de fibra de média
densidade feita com um material derivado da madeira. Já o HDF, vem de High Density Fiberboard,
que é a placa de fibra de alta densidade. A maioria de seus parâmetros físicos de resistência são
superiores aos da madeira compensada. O MDF e HDF aceitam acabamentos como verniz, pinturas
em geral, revestimentos com papéis decorativos, lâminas de madeira, laminado melamínico.
Geralmente são matérias-primas para confecção de móveis (Figura 30) e painéis que ainda serão
revestidos, e como todo produto derivado da madeira, teme umidade.

Figura 30: Armários da cozinha em MDF.


Fonte: https://www.vivadecora.com.br/foto/124570/sala-de-estar-com-painel-de-mdf
Descrição da imagem: cozinha com os armários superiores e inferiores a bancada em MDF na cor branca.

2.2.7 Chapas de compensado

As placas de compensado são feitas de três ou mais camadas de placas de madeira


natural. As fibras de cada camada correm sempre em direções alternadas, “compensando” os
esforços de dilatação e retração que a madeira, às vezes, tem e servindo para evitar o empenamento.

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As placas de compensado são definidas pelo acabamento que receberá: laminagem de madeira,
laminado melamínico, pintura, papel de parede, tecido, etc. Podem se apresentar de diversas formas,
finas e mais grossas.

Agora você verá como é o processo de fabricação dessas placas de compensado.


Acesse o link para acompanhar: https://youtu.be/d1ptFj_wqQg

2.2.8 Laminados de madeira

São lâminas de madeiras, muito fina (Figura 31), que servem para revestir chapas de
compensados, MDF e aglomerados. Essa lâmina adquire desenhos e texturas naturais da espécie
vegetal de que é feita. Podem ser encontradas de forma natural, que é proveniente da própria árvore,
ou de forma processada, que são as lâminas industrializadas, produzidas a partir de resíduos ou de
outras lâminas de madeira natural.

Figura 31: Exemplos de lâminas de madeira.


Fonte: http://tecnicasdemarcenaria.blogspot.com/2019/03/lamina-de-madeira.html
Descrição da imagem: a figura apresenta alguns exemplos de lâminas (folhas) de madeira em diversos tons.

O efeito estético dependerá dos desenhos formados, podendo ter desenhos orgânicos
bem dinâmicos e variados, ou em paralelo. O tipo de acabamento, de verniz, de brilho e do tom da
madeira também interfere na sua caracterização.

2.3 Cerâmica e Porcelanato

Chegou a vez de falarmos dos pisos mais utilizados atualmente no Brasil. Você pode nesse
momento estar em um ambiente com esse tipo de revestimento, tanto no piso como na parede.

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Geralmente, ele é muito usado devido a sua técnica de fabricação, que permite a criação com grande
diversidade de formas, texturas, padrões e cores, podendo atender os mais distintos critérios
funcionais e estéticos. A matéria básica para a fabricação dos produtos cerâmicos é a argila.
Uma dúvida comum entre as pessoas se refere à escolha e à especificação de
porcelanatos e pisos cerâmicos. A principal diferença entre os dois materiais consiste no processo de
fabricação: a cerâmica é composta por 30% de pedra e 70% de argila, enquanto o porcelanato é
composto por 30% de argila e 70% de pedras. As variações conferem qualidades distintas aos
materiais; entretanto, ambos podem ser aproveitados em ambientes diferentes.
Tanto o porcelanato quanto os pisos cerâmicos oferecem durabilidade e conforto
térmico, especialmente para edificações localizadas em regiões mais quentes do Brasil, porque
dificilmente absorvem calor. Os pisos cerâmicos são versáteis, oferecendo muitas variações de
modelos e permitindo paginações mais artísticas e cores naturais, remetendo a suavidade e
aconchego. Os revestimentos cerâmicos para pisos devem ter critérios para o coeficiente de atrito e
de resistência à abrasão.
Quanto aos índices aceitáveis à abrasão, o instituto denominado de PEI (Porcelain Enamel
Institute), regulamentou as normas para a classificação da resistência à abrasão superficial. No Brasil,
a NBR ISO 13006 (ABNT, 2020) também determina o PEI (índices aceitáveis à abrasão das peças
cerâmicas). O PEI classifica a superfície da cerâmica com relação à quantidade de tráfego que ela está
apta a receber, mantendo a integridade do revestimento. No quadro abaixo, você pode verificar os
índices, seu grau de resistência e os locais apropriados para serem utilizados esses pisos.
RESISTÊNCIA À ABRASÃO RESISTÊNCIA AO DESGASTE LOCAL
(PEI) POR ABRASÃO
0 Baixíssima. Paredes
1 Baixa. Banheiros e quartos.
2 Média. Ambientes sem ligação com
área externa.
3 Média/alta. Todos os ambientes
residenciais (cozinha,
corredores, halls, quintal).
4 Alta. Locais abertos ao público
com trânsito médio.
5 Muito alta. Locais abertos ao público
com trânsito intenso.
Quadro 5: Índice de resistência à abrasão.
Fonte: própria autora, 2021.

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Quanto à questão dos atritos, a norma técnica NBR 16919 (ABNT, 2020) determina as
especificações do coeficiente de atrito em placas cerâmicas. De acordo com o documento, são
consideradas antiderrapantes as placas de cerâmica que apresentam coeficiente de atrito maior ou
igual a 0,4, bem como, materiais rústicos ou brutos não polidos. Veja no quadro abaixo as
classificações dos coeficientes de atritos:
CLASSE COEFICIENTE DE ATRITO USO
1 Inferior a 0,4. Satisfatório para instalações
normais.
2 Igual ou superior a 0,4 e Recomendado para uso
menor que 0,75. onde se requer resistência
ao escorregamento.
3 Igual ou superior a 0,75. Recomendado para áreas
externas com aclive ou
declive.
Quadro 6: Coeficientes de atritos em revestimentos cerâmicos.
Fonte: própria autora, 2021.

Outra característica técnica que deve ser levada em consideração é a questão da absorção
da água, essa determina em relação a porosidade da base cerâmica. Quanto menor a quantidade de
poros na base, menor é a absorção de água. Quando a cerâmica absorve água e incha, fica com um
aspecto de rachaduras.
Estudante! Agora vamos falar um pouco sobre o porcelanato, pois ele tem algumas
características diferenciadas da cerâmica, que são importante e devem ser entendidas.
O porcelanato é classificado como um produto cerâmico, pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), com elevada resistência mecânica, ao risco e ao ataque químico. Sua
aparência é ditada pela textura escolhida, podendo ser impressa superficialmente ou moldada na
massa da peça.
Os porcelanatos são divididos em duas categorias quanto à sua absorção de água, sendo
classificado como esmaltado ou técnico (polido ou não), sendo que para o esmaltado admite-se uma
absorção de água até 0,5%. Porém, para o porcelanato técnico esta absorção deve ser menor ou igual
a 0,1%.
Devido a essas características, os porcelanatos são, atualmente, uma das escolhas mais
comuns para revestimento das chamadas áreas molhadas, como banheiros e cozinhas, nos quais
existe constante presença de umidade e agentes que causam manchas. Algumas vezes, no entanto,

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esse material é utilizado em outras áreas, possibilitando acabamentos diferenciados devido à grande
disponibilidade de texturas.
O porcelanato técnico não possui aplicação de esmalte em sua superfície. Todo
porcelanato técnico é retificado, o que significa que o acabamento de suas bordas é totalmente reto,
reduzindo a aparência de rejunte entre as placas. O segundo tipo é o porcelanato esmaltado, que
recebe uma camada de esmalte sobre a peça, esse seu processo de fabricação o torna mais resistente
a manchas e sujeiras do dia a dia. Na Figura 32, você pode conhecer ainda as suas diferenças:

Figura 32: Sala com porcelanato técnico (À esquerda) e sala com porcelanato esmaltado (À direita).
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/curiosidades/porcelanato/
Descrição da imagem: duas figuras. A primeira, mostra uma sala de estar e jantar com porcelanato técnico na cor
branca. A segunda, uma sala de estar com todo o piso em porcelanato esmaltado na cor bege.

Os dois tipos de porcelanato possuem classificação por local de uso e podem apresentar
três distintos acabamentos: polido (técnico), natural (acetinado) e externo.
O porcelanato polido é extremamente brilhante, já que, após a finalização da massa, as
peças recebem polimento e uma camada de impermeabilizante. É melhor indicado para as áreas
secas, como salas, corredores e quartos.
O porcelanato natural é um produto sem brilho, com acabamento acetinado e pouco
escorregadio. Esse tipo de porcelanato não recebe nenhum acabamento ao final da sua produção —
nem esmalte e nem impermeabilizante — resultando em superfícies foscas, o que contribui para a
sensação de aconchego aos ambientes. Embora possa ser aplicado em qualquer ambiente comercial
ou residencial, as principais recomendações de aplicação são para as áreas molhadas, como cozinhas
e banheiros.

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Figura 33: Porcelanato polido (À esquerda) e porcelanato natural (À direita).
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/curiosidades/porcelanato/
Descrição da imagem: duas figuras. A primeira, mostra um piso em frente a uma escada em porcelanato polido na cor
branca. A segunda, mostra um piso em porcelanato natural em tons de cinza.

2.4 Pedras Naturais

No Design de Interiores, são frequentemente utilizadas como revestimento de pisos,


paredes, divisórias e mobiliário fixo. As pedras podem ser polidas ou rústicas, estas últimas são
indicadas para revestimento de pisos antiderrapantes.
Essas pedras são encontradas de várias composições minerais, retiradas da natureza para
comercialização. Alguns tipos: ardósia, basalto, arenito, miracema, quartzito, pedra ferro, São Tomé
(Figura 34). Podem ser cortadas em diferentes formatos: placas (quadradas ou retangulares),
paralelepípedos, filetes (também conhecido como corte canjiquinha – retângulos finos e de
comprimento e profundidade com pequenas variações.
Apresentam grande variedade de texturas e cores, conforme o tipo de rocha. Há rochas
em vários tons de cinzas, beges, marrons, amareladas, rosadas, alaranjadas (cor de ferrugem), pretas,
com superfícies manchadas ou mais homogêneas. O uso pode ser interno e externo, considerando o
tipo de pedra. O que vai determinar o uso é o quanto uma pedra pode acumular sujeira.

Figura 34: Parede em filete de São Tomé Bege Rústico.


Fonte: https://www.decorpedras.com.br/produtos/filete-de-sao-tome-bege-rustico/
Descrição da imagem: parede no interior de uma edificação em filete de São Tomé, na cor bege rústico.

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Inúmeras pedras podem ser utilizadas como acabamento, mas as pedras com aplicações
mais frequentes em revestimentos e mobiliários interiores são o granito e o mármore, que a partir
de agora vamos conhecer mais detalhes deles.

2.4.1 Granito

O granito é uma rocha não-calcária e magmática, ou seja, são rochas originadas no interior
da terra e não formadas por acúmulos de resíduos de outras rochas (como a argila). É constituída
basicamente por três minerais: feldspato, mica e sílica na forma de quartzo. Tem resistência ao
impacto e à abrasão. Ele pode receber corte e polimento. O granito é utilizado como rocha
ornamental e na construção civil.
O granito pode ter diversas variações de cores e desenhos pontilhados, isso sendo
resultantes das várias composições desses minerais e da gramatura dos mesmos, a qual pode ser fina,
média ou grossa. Podemos encontrar centenas de tipos de granito, e diversas cores: cinza, verde,
lilás, azul, brancos, entre outros.
Usado para áreas externas e internas, servindo como revestimento de pisos ou de
paredes, também podendo ser utilizado em bancadas para balcões de cozinha e lavatórios, em
divisórias de banheiros, peças de mobiliário, estantes, prateleiras, entre outros usos (Figura 35).
Quanto mais brilhoso, mais sofisticado. Os desenhos elaborados também acentuam o caráter de
sofisticação do produto final. Se for apicoado ou fosco, terá característica de mais rústico, mais
visualmente agressivo.

Figura 35: Banheiro com bancada, piso e parede em granito.


Fonte: https://www.homify.com.br/livros_de_ideias/5927443/40-cores-de-granito-para-cozinha-e-banheiro-dicas-
nomes-e-informacoes
Descrição da imagem: banheiro com bancada do lavabo, piso e parte da parede em granito.

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Alguns cuidados devem ser tomados em relação ao granito, como: ter a preocupação com
as infiltrações de água, pois pode manchá-lo, em degraus de escadas e bordas de piscinas deve fazer
ranhuras para tornar-se antiderrapante, se for colocá-lo no piso é necessário impermeabilizar o
contrapiso e usar cimento branco para não interferir na cor da rocha.
Os principais tipos são: Granito Preto São Gabriel, Cinza Corumbá, Preto Indiano, Amarelo
Santa Cecília, Café Imperial, Branco Ceará, Preto Absoluto, Verde Ubatuba e Branco Itaúna. Abaixo,
seguem alguns exemplos:

Figura 36: Tipos de granitos.


Fonte: https://pedreirao.com.br/diferenca-entre-granito-e-marmore-passo-a-passo-aprenda-agora/
Descrição da imagem: 12 tipos de granitos, dentre eles: verde Ubatuba, bege dunas.

2.4.2 Mármore

O mármore é uma rocha metamórfica, originada do calcário que sofre temperaturas e


pressões extremamente elevadas durante o processo de formação. Tem baixa resistência ao impacto,
à abrasão e à compressão. Por ter alta porosidade absorve líquidos. Devido a essas características, o
mármore é mais frágil e mais suscetível a manchas do que o granito.

Geralmente é encontrado comercialmente em placas de espessura variável de 8 a 20 mm.


Existem mármores de inúmeras cores: preto, branco, bege, amarelo, laranja, rosa, verde, azul,
marrom. Adequado para áreas internas, especialmente em painéis e bancadas secas. Ideal para

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revestimento de paredes em que a opção for rochas, pois é um pouco mais leve que o granito. Pode
ser usado em pisos internos, mas evitar em locais de tráfego intenso, podendo ter um desgaste maior.
Da mesma forma, pode ser usado em banheiros e lavabos, como apresentado na Figura 37.

Figura 37: Banheiro com tampo e piso em mármore.


Fonte: https://www.limaonagua.com.br/inspiracoes/25-banheiros-com-marmore-para-voce-se-inspirar/
Descrição da imagem: a figura mostra um banheiro com bancada e piso em mármore na cor branca com linhas pretas.

A maioria dos mármores possui muitos veios (linhas claras), podendo combinar com a maioria
dos ambientes (Figura 38). Em cozinhas seu uso deve ser evitado, pois pode ser danificado por ação
de gorduras e ácidos de vinagre, limão ou materiais de limpeza agressivos. Como o mármore pode
manchar com infiltração de água, é necessário que as juntas sejam bem vedadas quando o material
for instalado.

Figura 38: Tipos de mármores.


Fonte: https://pedreirao.com.br/diferenca-entre-granito-e-marmore-passo-a-passo-aprenda-agora/

45
Descrição da imagem: 12 tipos de mármores, dentre eles: bege Bahia, crema marfil.

2.4.3 Marmoglass

É uma pedra industrializado, desenvolvida na China, que possui superfície e cor uniforme,
brilho intenso, grande resistência e dureza, é durável, tem absorção nula, é resistente à abrasão e a
produtos ácidos. É desenvolvido através de um processo de microcristalização de pó de mármore e
cristais de vidro. Pode ser utilizado em revestimentos de paredes, pisos e bancadas. A superfície lisa
do marmoglass torna a limpeza muito fácil. Veja abaixo na Figura 39, um banheiro com uma pegada
mais sofisticada, clean e elegante, utilizando o marmoglass.

Figura 39: Marmoglass usado na bancada do banheiro.


Fonte: https://www.tudoconstrucao.com/marmoglass/
Descrição da imagem: bancada de banheiro toda em Marmoglass na cor branca.

2.4.4 Limestone

É uma pedra natural calcária, composta de calcite mineral, porções de argila, areia e óxido
de ferro. Essa composição proporciona o toque aveludado e pouco brilho e a aparência de rusticidade
natural. Serve para revestimentos de paredes, pisos (Figura 40), bancadas e cubas sem emendas.
Porém deve ter muito cuidado com os riscos e manchas, precisando de boa impermeabilização.

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Figura 40: Piso em pedra Limestone.
Fonte: https://www.poliquimicabrasil.com.br/limestone/
Descrição da imagem: piso em pedra Limestone, em tom bege, no interior de uma edificação.

2.4.5 Quartz-Stone

É um produto industrializado com tecnologia de ponta, apresenta absorção nula à água e


possui ação antibacteriana. É composto em grande parte pelo elemento quartzo, este sendo o
segundo mineral mais abundante da Terra, tendo muita dureza e durabilidade. Possui desenhos
modernos (Figura 41) e grande variedade de cores, oferecendo elegância, alta resistência e fácil
manutenção. Muitas pessoas confundem e acreditam que quartzo e Silestone são materiais
diferentes, mas na realidade são a mesma coisa. A diferença entre eles é que o Silestone é uma marca
europeia de quartzo, que também é vendida no Brasil para projetos de Design de Interiores.

Figura 41: Cozinha com bancada em Silestone.


Fonte: https://www.silestone.com/br/
Descrição da imagem cozinha americana com a bancada toda em Silestone na cor preta, com linhas orgânicas na cor
branca.

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2.5 Pisos Vinílicos

Os pisos vinílicos são compostos por camadas de PVC. É um tipo de material que oferece
facilidade de limpeza e manutenção, conforto térmico e acústico, atributos antiderrapantes,
instalação rápida e baixo acúmulo de sujeira, ideal para crianças e pessoas alérgicas (MANCUSO,
2004). Abaixo, na Figura 42, você pode ver como se apresenta um piso vinílico, este podendo ser
instalado à base de cola, autoadesivos e click (encaixe).

Figura 42: Instalação de piso vinílico.


Fonte: http://anisiorevestimentos.com.br/blog/como-evitar-erros-na-instalacao-do-piso-vinilico/
Descrição da imagem: mãos de uma pessoa instalando um piso vinílico imitando uma madeira natural.

2.6 Laminado Melamínico

Material desenvolvido pela combinação de folhas de celulose e resinas fenólicas,


submetidas à altíssima pressão e temperatura, resultando em material resistente, utilizado
principalmente em revestimentos de paredes, pisos, móveis e painéis. Na sua superfície são
adicionadas texturas e diferentes padrões de acabamento, fazendo a simulação de madeiras,
granitos, mármores, metais e entre outros.

Esse material é conhecido pelo nome de um dos fabricantes deste tipo de produto: a
Fórmica®. Acredito que você já deve ter escutado esse nome! Essa é a marca
registrada da empresa. Segue o site da empresa, para você conhecer mais sobre ela:
Link: https://www.formica.com.br/

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O laminado melamínico tem as seguintes características: antiderrapante, isolante
térmico, impermeável, antialérgico e não retém sujeira. Resistente ao impacto, à luz solar e à altas
temperaturas. As chapas de laminado costumam ser coladas sobre as superfícies a revestir com cola
de contato.

Figura 43: Armário de cozinha revestido com Fórmica®.


Fonte: https://www.formica.com.br/
Descrição da imagem: armário inferior de bancada de cozinha revestido com Fórmica® na cor amarela, com 4 gavetas.

2.7 Superfície Sólida - Corian®

Obtido a partir de minerais triturados (alumina – cerca de 65%), resina acrílica (35%) e
agentes corantes. É um material sólido, sem porosidade e homogêneo, composto por 2/3 de alumina
(mineral natural), 1/3 de metacrilato de metila (acrílico PMA) e pigmentos. Ele é feito em matéria
compacta, em toda sua espessura e pode ser fabricado com emendas quase imperceptíveis e seus
cantos podem ser arredondados, fazendo da sua superfície bastante higiênica. Ele é moldável,
resistente a manchas, atóxico e não retém odores, nem gorduras. É sete vezes mais leve que o
granito. Apresenta-se em diversas texturas e cores (com acabamento opaco, semibrilho ou brilhante),
tendo em suas versões lisas, um aspecto vanguardista e sofisticado.
Pode ser usado em cubas, balcões para cozinha (Figura 44), lavatórios e revestimento para
banheiros, móveis e luminárias. É também amplamente utilizado como superfície asséptica no
revestimento de paredes e bancadas, em hospitais, laboratórios, hotéis, cafés e restaurantes. Tem
sito muito utilizado na criação de peças com design inovador, tendo em vista sua versatilidade para
moldagem, permitindo formas e curvas inusitadas.

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Figura 44: Balcão revestido em material Corian®.
Fonte: http://www.studiovitty.com.br/corian/
Descrição da imagem: balcão todo revestido em Corian®, na cor branca.

2.8 Acrílico

O acrílico ou polimetil-metacrilato (PMMA) é uma substância sintética, polimorfa (assume


diversas formas) e transparente (acima de 90%). Também pode ser chamado de vidro acrílico. Tem
resistência mecânica inferior à do policarbonato e superior à do vidro. O acrílico é um material muito
usado nos dias de hoje para composição de peças decorativas como cadeiras, lustres, vasos, mesas
laterais, portas, gavetas, armários, painéis, entre outros. As peças podem ter características clássica,
moderna, retrô e futurista.
Os móveis de acrílico ganharam espaço, conquistando o mais variado tipo de público. Esse
material, muito explorado no contexto da decoração, trouxe resultados criativos e surpreendentes.
Como visto na Figura 45, temos um aparador em acrílico que proporciona um ar inovador e beneficia
a sensação de amplitude no espaço.

Figura 45: Aparador em acrílico.


Fonte: http://fattoacrilico.com.br/decoracao-em-acrilico/
Descrição da imagem: aparador em acrílico com diversos objetos em cima e abaixo.

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2.9 Pinturas

As tintas são os acabamentos de paredes mais comuns nas construções. Porém, você
como designer pode explorar as potencialidades das tintas do ponto de vista das tendências de cores
e composições.
Vejamos como no mercado, podemos encontrar essas tintas e seus tipos:
Acrílica: Feita à base de água, é encontrada em três tipos de acabamento: fosco,
semibrilho e acetinada. É considerada de melhor qualidade do que a látex, conferindo a ela maior
durabilidade e resistência. Ela pode ser lavada (Figura 46).
Látex ou PVA: Também à base de água, é encontrada somente no acabamento fosco.
Como ela é solúvel em água não deve ser usada em exteriores, como fachadas, áreas molhadas ou
que peguem chuva.
Óleo: Possui um composto de ligamento do tipo oleoso, que pode dar acabamento fosco
ou brilhante, e é impermeável e indicada para pintura de móveis, portas e janelas
Esmalte: Pode ser à base de solvente ou à base de água, é bastante resistente à ação da
chuva e do sol e encontrado nos acabamentos fosco, alto brilho ou acetinado, além de indicado para
superfícies de madeira ou metal, principalmente em áreas externas.
Massa corrida: PVA ou acrílica, podendo ser indicada para uniformizar, nivelar e corrigir
pequenas imperfeições em ambientes internos e externos de alvenaria, concreto e paredes em geral.
Confere melhor aspecto às paredes.
Revestimento texturizado: Revestimento composto por emulsão acrílica de elevada
consistência e resistência. Permite disfarçar as imperfeições da superfície, bem como, obter efeitos
decorativos diversos em alto e baixo relevo. Dispensa o uso de massa corrida na sua aplicação (Figura
47).
As embalagens das tintas podem ser vendidas da seguinte forma: Lata (lt) = 18 litros;
Galão (gl) = 3,6 litros; Quarto de galão (ou apenas um quarto) = 0,9 litro. Normalmente utilizam-se de
2 a 3 demãos de tinta em uma pintura. Hoje tem-se uma diversidade de cores, essas podendo ser
personalizadas ou escolhidas conforme um catálogo. As indústrias proporcionam diversos efeitos
decorativos com as tintas e um sistema especial de aplicação das mesmas, simulando texturas e
materiais diversos, entre eles: pátina, madeira, mármore, metais, concretos, entre outros.

51
Figura 46: Parede pintada com tinta acrílica. Figura 47: Tipos de texturas para paredes.
Fonte: https://construindodecor.com.br/ Fonte: https://www.totalconstrucao.com.br/
Descrição da imagem: sala de estar com Descrição da imagem: a figura mostra alguns
parede pintada com tinta acrílica na cor rosa. tipos de texturas para paredes.

2.10 Revestimentos Cimentícios

2.10.1 Ladrilho hidráulico

É um revestimento cimentício de fabricação artesanal. É feito através de fôrmas de ferro,


onde são colocados os moldes dos desenhos a serem reproduzidos. Dentro destes moldes é
despejada uma mistura composta por pó de mármore, cimento branco e óxido de ferro, sendo que é
este último quem determina as cores da peça. Tem aspecto de rusticidade proporcionado pelo
próprio cimento. Podem ser aplicados junto a outros materiais como: granito, cimento queimado,
madeira. Podem revestir pisos e paredes, além disso, podem ser usados como detalhe decorativo de
móveis (mesas, painéis, bancadas) (Figura 48).

Figura 48: Churrasqueira revestida com ladrilho hidráulico.


Fonte: https://www.homify.com.br/livros_de_ideias/6568870/o-que-e-ladrilho-hidraulico-26-ideias-de-como-usar-em-
casa
Descrição da imagem: a figura exibe uma churrasqueira revestida com ladrilho na cor cinza e branco.

52
Vamos conhecer mais um pouco sobre o processo de fabricação desse ladrilho
hidráulico?
Acesse o link https://www.mosaicosamazonas.com.br/dica/por-que-se-chama-
ladrilho-hidraulico

2.10.2 Cimento queimado

É uma solução econômica, prática e rápida para revestimentos. Apresenta alta resistência
mecânica, porém, deve ser uma das últimas etapas da obra a ser realizada. É preparado em obra,
apesar de algumas empresas já venderem a mistura pronta.
Essa mistura é composta por: cimento em pó, pó de mármore, aditivos e água. Tem o
nome “queimado” porque é “alisado/desempenado”. Pode apresentar algumas fissuras bem finas, o
que lhe confere ainda mais naturalidade e rusticidade. É recomendável utilização de “juntas de
dilatação” a cada área de 1,50 x 1,50 m para evitar trincas no piso.
Através da figura 49, podemos destacar que o tradicional cinza e outras cores neutras
transmitem sobriedade e um grau de elegância aos ambientes.

Figura 49: Sala com parede revestida em cimento queimado.


Fonte: https://finger.ind.br/blog/cimento-queimado/
Descrição da imagem: sala de estar com paredes toda revestida em cimento queimado.

53
2.10.3 Placas cimentícias

Placas compostas basicamente por cimento, além de outros componentes aglomerantes


e pigmentos para dar colorido. Os revestimentos cimentícios podem simular alguns materiais, tais
como, assoalho de madeira e madeira de demolição, e também podem ter o aspecto mais natural do
cimento, como um cimento queimado. São comercializadas em peças prontas: placas ou réguas. Tem
uso interno e externo, e são adequadas para paredes, pisos (Figura 50), decks e piscinas.

Figura 50: Piso de cozinha com placa cimentícia.


Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/placas-cimenticias/
Descrição da imagem: cozinha com piso em placa cimentícia.

2.11 Pastilhas de Revestimentos

As pastilhas são bastante versáteis: podem ser usadas em paredes, pisos, bancadas, no
teto, em móveis e até na criação de objetos decorativos. O mercado possui vários tipos de pastilhas,
como: mármores, granitos, madeira, porcelanato, Madre pérola, casca de cocô, de lascas de
sementes, aço inoxidável. As características técnicas de cada material devem ser avaliadas de acordo
com a resistência natural dos mesmos. Vamos conhecer um pouco mais de algumas mais usadas pelos
designers. Tenho certeza de que você irá usar bastante esses revestimentos em seus projetos.

2.11.1 Pastilha cerâmica

Pequena peça de revestimento, quadrada ou hexagonal, feita de cerâmica. Possui


medidas individuais a partir de 2,5 x 2,5 cm, e são unidas por papel ou pontos de cola de PVC,

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formando placas com aproximadamente 30 x 30 cm de superfície (Figura 51). Elas podem ter texturas
diferenciadas, sendo lisas, rugosas, ásperas e picotadas. As cores são diversas.

Figura 51: Parede de banheiro revestida em pastilha cerâmica.


Fonte: https://www.artglassrevestimentos.com.br/pastilhas-banheiro-comprar
Descrição da imagem: parede de banheiro toda revestida em pastilha cerâmica em tons branco, preto e cinza.

2.11.2 Pastilha de vidro

São pequenas peças de revestimento constituídas por vidro e areia. Em formato


quadrado, retangular ou hexagonal, são resistentes a produtos químicos, como ácidos e substâncias
alcalinas. Elas não retêm sujeira e apresentam boa resistência ao choque térmico e tem bom
isolamento térmico. Apresentam diversas cores e tonalidades (Figura 52). Ao colocá-la, recomenda-
se a argamassa de cor branca para evitar alterações na tonalidade das pastilhas.

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Figura 52: Parede revestida com pastilha de vidro.
Fonte: https://www.casinhabonita.com.br/blog/argamassas-para-pastilhas-de-vidro-e-inox-guia-atualizado
Descrição da imagem: parede revestida com pastilha de vidro em formato tijolinho.

2.11.3 Pastilhas autoadesivas

As pastilhas adesivas são uma das tendências do momento, são mais práticas de instalar
e de fácil manutenção. Por serem adesivas, elas dispensam o auxílio de argamassas ou colas para
pastilha, podendo ser facilmente fixadas somente com pressão e a resistência do adesivo. Essas
pastilhas adesivas são protegidas com uma capa de resina que protegem da umidade e dos raios
solares. São encontradas em peças de 30 x 30 cm, assim como, as pastilhas de vidro.

Clica no link a seguir, e assiste como é prático a instalação dessa pastilha.


Link: https://youtu.be/_BA4R4Cy1BE

2.12 Vidros

O vidro é uma substância inorgânica, homogênea e amorfa, obtida através do


resfriamento de uma massa em fusão. O uso do vidro na construção civil cresceu rapidamente,
principalmente pela sua transparência, que proporciona luz e sol no interior das habitações e locais
de trabalho, bem como, visão para o exterior, decoração, divisões internas, entre outros. O vidro
apresenta uma grande variedade de tipos: comuns ou de qualidade superior, incolores ou coloridos,
com desenhos ou padrões de superfície, termorrefletores (reduz a energia radiante transmitida pelo
sol) ou espelhados. Vamos entender um pouco mais sobre os tipos de vidros:

56
O vidro temperado é submetido à alta temperatura e brusco resfriamento, o que implica
em um aumento de resistência e de segurança no caso de fragmentação; resiste a altas temperaturas.
Muito indicado para box, portas, mesas.
O vidro laminado é composto por duas ou mais chapas de vidro, intercaladas por uma ou
mais películas plásticas, oferecendo segurança ao usuário, proteção ao ambiente e é um isolante
termoacústico. Bem utilizado em fachadas, guarda-corpos, pisos, escadas (Figura 53) e claraboias.
O vidro aramado possui uma malha de metal no interior do vidro, o que implica em
segurança no caso de fragmentação, sendo ainda antichamas. É considerado um vidro de segurança.
É usado, por exemplo, em guarda-corpos, fachadas, coberturas, fechamentos de claraboias, peitoris,
tampos de balcões e como composição de móveis.

Saiba mais
Que tal você entender mais um pouco sobre os tipos de vidros? Acesse esse link e
você verá dicas muito legais.
Link: https://dicasdearquitetura.com.br/tipos-de-vidro/

Figura 53: Escada com degraus de vidro laminado.


Fonte: https://vidroimpresso.com.br/noticia-setor-vidreiro/-vidro-laminado
Descrição da imagem: escada toda em vidro, piso e lateral.

2.13 Espelhos

Vamos falar do queridinho da decoração, os espelhos! Eles são objetos coringas nos
ambientes. Eles são usualmente inseridos nos lugares e contém diversas funções, entre elas: servindo
para ampliar a luminosidade e os ambientes.

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O espelho é uma superfície de vidro comum ou vidro cristal, com uma das faces que
recebe pintura metalizada para fins de refletir a imagem projetada. Os espelhos podem ser usados
na forma de chapas em bancadas, tampos de mesas, divisórias ou móveis. Também são encontrados
em revestimento de paredes e tetos, frente de gavetas, objetos decorativos. Como os espelhos
temem umidade, ao ser colocado em banheiros devem ter um distanciamento da parede com peças
metálicas.

Você sabia que o espelho pode dar a sensação de ampliar os espaços? Pois é, é isso
mesmo que você acabou de ler. Esse é um dos truques mais comuns para projetar
em ambientes pequenos. Um espelho grande pode fazer com que uma sala
pequena pareça muito maior do que é, principalmente se o espelho engloba uma
parede inteira, é colocado em um local central ou mesmo com a forma de uma
janela para criar a ilusão de abertura.

Veja na Figura 54, como os ambientes tornaram-se mais amplos e iluminados com a
instalação dos espelhos. Os tamanhos deles também interferiram na sensação de amplitude, vindo
desde o piso até o teto.

Figura 54: Quarto com espelho nas portas do guarda-roupa, proporcionando ampliação do ambiente.
Fonte: https://viminas.com.br/blog/dicas-para-ampliar-e-valorizar-os-ambientes-com-espelhos
Descrição da imagem: quarto de solteiro com portas do guarda-roupa todo em espelho.

2.14 Gesso

O gesso é um aglomerado mineral muito usado na construção civil e no Design de


Interiores. Quanto a sua composição química é caracterizada como sulfato de cálcio hemi-hidratado.
O gesso é normalmente obtido pela calcinação da Gipsita (pedra do gesso).

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Para explicar melhor como é sua extração, vale a pena você acessar esse vídeo e
verificar todo o passo a passo de como o gesso chegar até nossa casa.
Link: https://youtu.be/6RLXAhpwua4

É um processo de revestimento de lajes e telhados tem como finalidade rebaixar o pé-


direito criando um espaço para passagem de fios, embutimento de luminárias e para criar efeitos
estéticos.
Os gessos em placas têm o encaixe macho-fêmea, sendo unidas por uma pasta de gesso.
O gesso auxilia no isolamento térmico, é resistente ao fogo, tem baixa resistência mecânica e
geralmente é vendido em m². Pode ser pintado, sendo a tinta acrílica a recomendada. Para que não
ocorra trinco no gesso é preciso deixar um espaço entre a placa e a parede de 2 cm.
Outro tipo de forro é o drywall este é formado por grandes placas de gesso revestidas por
papel acartonado, ou seja, papel cartão, que são parafusadas em uma estrutura metálica. Com
espessura fina, permite que ganhe mais área útil, além de que pode ser utilizado em ambientes de
qualquer dimensão. Evita sujeira e resíduos, sendo de fácil instalação. Por conta de sua composição
diferenciada é mais caro, porém seu custo-benefício é muito maior que os de placas de gesso normal.
Perceba abaixo na Figura 55, a forma de instalação desses forros:

Figura 55: Placas de gesso (À esquerda) e montagem de um forro drywall (À direita).


Fonte: https://plantasdecasas.com/forro-de-gesso-tipos-e-vantagens/
Descrição da imagem: duas figuras. A primeira, a montagem de forro com placas de gesso. A segunda, a montagem de
forro drywall.

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E quando falamos de forro de gesso, muitos já falam da sanca. Acredito que você já
escutou esta palavra em algum momento de sua vida, ou já até deve ter visto uma. Vamos agora
conhecer os tipos de sancas existentes, em algum momento você poderá inseri-las em seus projetos.
As sancas são bastante utilizadas para proporcionar resultado estético e atrativo em qualquer tipo de
ambiente. Existem diversos tipos de sancas de gesso, cada um com suas características específicas de
aplicação e de uso. Através do quadro abaixo, vamos identificar quais são.
Tipo de Sanca Características
Sanca Aberta Tem um acabamento na lateral, deixando
um espaço aberto na parte central. Este
modelo permite uma iluminação indireta.
Sanca Fechada A sanca fechada não possui um tipo de
abertura. Portanto, a iluminação só pode
ser feita diretamente, através de pontos
de luz como os spots.
Sanca Invertida A sanca invertida tem características
semelhantes com a sanca aberta. A
diferença é que a abertura é invertida.
Quadro 7: Tipos de sancas.
Fonte: própria autora, 2021.

Vejamos nas Figuras 56, 57 e 58, os ambientes decorados com esses três tipos de sancas:

Figura 56: Sanca aberta. Figura 57: Sanca fechada.


Fonte: https://fotos.habitissimo.com.br/ Fonte: https://www.grupoemdesign.com.br/
Descrição da imagem: a figura mostra sanca Descrição da Imagem: a figura exibe uma saca fechada
aberta com lustre. com luminária.

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Figura 58: Sanca invertida.
Fonte: https://www.homify.com.br/projetos/532335/drywall
Descrição da imagem: a figura apresenta uma sanca invertida com iluminação embutida.

2.15 Papel de Parede

Ambientes internos também podem ser revestidos com papéis de parede explorando a
criatividade e, na possibilidade de inovar nas estampas, materiais e texturas, podemos criar espaços
marcantes para residências e estabelecimentos comerciais e de modo geral, que apostam em um
visual mais marcante.
Tendências em alta de papéis de parede apontam para as simulações 3D, visual Vintage e
retrô e composições geométricas. Existem os papéis que são apenas impermeabilizados na sua parte
aparente, sendo menos resistentes e não suportando pano úmido em limpeza. E há os papéis
totalmente vinilizados, mais resistentes, suportando bem a limpeza com pano úmido, ideais para
quartos infantis, e locais de muito manuseio.

Fica a dica:
Utilize o papel de parede nos ambientes secos e em paredes internas, pois as
paredes que fazem limite com o exterior geralmente retêm mais umidade. Podem
ser aplicados a paredes, tetos ou móveis.

Lopes (2016) classifica seis tipos de papéis de parede: o de celulose; tradicional, com a
textura do papel comum; o vinílico, feito de PVC e lavável; o TNT (tecido não tecido), produzido com
fibras naturais e sintéticas, que também leva celulose em sua composição; o EVA, que possui uma

61
camada de EVA em sua superfície; o alto-relevo, que tem desenhos com pequenos enxertos; e o
veludo, que passa uma sensação de requinte, ideal para decorações no estilo clássico (Figura 59).

Figura 59: Papel de parede na sala de jantar.


Fonte: https://casavogue.globo.com/Interiores/Ambientes/noticia/2017/07/top-10-ambientes-com-papel-de-
parede.html
Descrição da imagem: sala de estar com parede de fundo revestida com papel de parede em tons de verde.

2.16 Tecidos

Eles estão presentes nos estofados, almofadas, cortinas, lençóis, colchas, toalhas de
mesa, toalhas de banho, tapetes, entre outros. Podendo também ser usado como substitutos do
papel de parede, sendo uma opção mais barata. Eles têm grande variedade de opções por conta de
sua composição: fibras, fios e tramas.
Os tecidos indicados para a decoração das paredes seriam os tecidos de tapeçaria ou
tecidos tricoline, sendo necessário que os tecidos tenham tramas grossas e bem unidas. Abaixo, na
Figura 60, segue um exemplo de tecido usado para revestir a parede, proporcionando uma
diferenciação na decoração e dando destaque na parede.

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Figura 60: Quarto infantil com tecido no revestimento da parede.
Fonte: https://www.transformesuacasa.com.br/7-dicas-de-como-usar-tecidos-para-decoracao-de-paredes/
Descrição da imagem: quarto infantil de menina com parede de fundo revestido com tecido quadriculado.

2.17 Revestimentos 3D

Os revestimentos 3D estão em alta, é a grande tendência do mercado. Tenho certeza que


você já se deparou com alguns deles por aí. Eles podem ser aplicados em vários cômodos, traz uma
proposta moderna e inovadora, tornando o ambiente ainda mais dinâmico e diferenciado.
Eles podem ser instalados em áreas secas e molhadas, porém deve ter cuidado com o tipo
de material mais apropriado para cada lugar. Os revestimentos 3D podem ser de gesso, de pvc, de
cerâmica, de alumínio, entre outros materiais, não sendo indicados para áreas molhadas.
Existem no mercado placas de revestimentos 3D autoadesivas, onde torna a mão de obra
bem mais prática e rápida. Na Figura 59, você pode perceber que a parede tem uma ideia de
movimento e ganha destaque no ambiente.

Figura 59: Banheiro com revestimento 3D em uma de suas paredes.


Fonte: https://www.ideiasdecor.com/revestimento-3d/
Descrição da imagem: parede de fundo de um banheiro com revestimento em 3D.

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Na nossa segunda videoaula vamos falar de dicas, a respeito de alguns desses
materiais que foram apresentados no decorrer de todo e-book. Essas dicas irão te
ajudar quando for projetar os ambientes. Vamos lá!

Estou indicando alguns sites de empresas bem conhecidas, para auxiliar ainda mais
você, e que sempre estão com novidades e tendências. O bom é que em alguns deles
você pode simular os ambientes.

https://www.eliane.com/
https://www.portobello.com.br/
https://www.ceramicaportinari.com.br/
https://www.coral.com.br/
https://www.suvinil.com.br/

Estamos terminando nossa segunda competência, sei que tivemos muitas informações,
mas foi necessário para sua melhor compreensão. Gostaria de enfatizar o quanto é importante você
estar atualizando seus conhecimentos sobre os tipos de revestimentos e materiais existentes no
mercado. Novidades teremos sempre. Então, fique atento.

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Conclusão
Querido (a) estudante, chegamos ao fim de mais uma disciplina. Espero que você tenha
conseguido assimilar o conteúdo, assim como, assistido as videoaulas, acessado os link e vídeos
sugeridos ao longo do e-book e realizado as atividades propostas.
Você deve ter percebido o quanto os materiais e revestimentos são peças-chaves que
ajudam no quesito estética e proteção dos ambientes. Recomendo muito equilíbrio nas
especificações desses materiais, pois tudo em exagero pode prejudicar a harmonia do espaço e ter
uma certa “poluição” visual.
Foi visto, no decorrer das duas competências, que existem no mercado uma variedade de
opções desses tipos de revestimentos, cada um com características bem diferenciadas e específicas
para cada tipo de uso e espaço. Quando você for fazer a decoração e a escolha desses materiais,
preste muita atenção ao desejo do cliente, mas também concilie com todo seu aprendizado e
conhecimento adquirido. Se errar na escolha de revestimentos, o seu projeto pode ter algum tipo de
problema.
Ah, e como dica, não esqueça de estar sempre buscando a atualização de informações,
pois os revestimentos e os materiais estão em constantes mudanças. Torne-se um profissional
Técnico em Design de Interiores atualizado nas novidades do mercado, pois isso tornará você
diferente dos demais concorrentes.

Bons estudos e até a próxima!

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Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 16919: Placas cerâmicas - Determinação
do coeficiente de atrito. Rio de Janeiro: ABNT, 2020.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR NM 293: Terminologia de vidros planos
e dos componentes acessórios a sua aplicação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISSO 13006: Placas cerâmicas –
Definições, classificação, características e marcação. Rio de Janeiro: ABNT, 2020.

ASHBY, Michael; JOHNSON, Kara. Materiais e design: arte e ciência da seleção de materiais no design
de produto. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.

LOPES, Vanessa José Pereira. Acabamentos interiores em edifícios de habitação: tinta, papel de
parede, ladrilho cerâmico e pedra natural. 2016. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) -
Universidade da Madeira, Funchal, 2016. Disponível em:
https://digituma.uma.pt/bitstream/10400.13/1629/1/MestradoVanessaLopes.pdf. Acesso em: 13
mai. 2021.

MANCUSO, Clarice. Arquitetura de interiores e decoração. Porto Alegre: Editora Sulina, 2004.

MAPA DA OBRA. Descubra como escolher pisos antiderrapantes. 2019. Disponível em:
https://www.mapadaobra.com.br/capacitacao/pisos-antiderrapantes/. Acesso em: 07 mai. 2021.

PORTOBELLO. Tudo sobre revestimento cerâmico. Blog Archtrends Portobello, 2016. Disponível em:
https://archtrends.com/blog/tudo-sobre-revestimento-ceramico/. Acesso em: 04 mai. 2021.

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Minicurrículo do Professor

Luciana Carneiro

Formação no Curso de Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e


Urbanismo de Pernambuco (FAUPE) e uma segunda Licenciatura em Formação Pedagógica, em
Pedagogia pela Faculdade UNIBF, com Curso de Pós-Graduação em Sustentabilidade Urbana, pela
Faculdade ESUDA e MBA em Gestão de Projetos pela Faculdade Estácio/FIR.
Sou professora de nível superior, atuando nas áreas de Engenharia, Administração,
Turismo. Possuo experiência como arquiteta, em projetos residenciais e de ambientação. Além de
atuar como palestrante e fazer treinamentos.

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