Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
para Ambientes
Luciana Carneiro
Curso Técnico em
Design de Interiores
Materiais e Revestimentos
para Ambientes
Luciana Carneiro
Curso Técnico em
Design de Interiores
Educação a Distância
Recife
Revisão Diagramação
Luciana Carneiro Jailson Miranda
Danyelle de Holanda Beltrão
Coordenação Executiva
Coordenação de Curso George Bento Catunda
Danyelle de Holanda Beltrão Renata Marques de Otero
Arnaldo Luiz da Silva Junior
Coordenação Design Educacional
Deisiane Gomes Bazante Coordenação Geral
Maria de Araújo Medeiros Souza
Design Educacional Maria de Lourdes Cordeiro Marques
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger
Helisangela Maria Andrade Ferreira Secretaria Executiva de
Izabela Pereira Cavalcanti Educação Integral e Profissional
Jailson Miranda
Roberto de Freitas Morais Sobrinho Escola Técnica Estadual
Professor Antônio Carlos Gomes da Costa
Revisão descrição de imagens
Sunnye Rose Carlos Gomes Gerência de Educação a distância
Sumário
Introdução ................................................................................................................................... 6
Referências ................................................................................................................................ 66
6
1.Competência 01 | Reconhecer Tipos de Materiais e Acabamentos
Existentes no Mercado
Caro (a) estudante.
Estamos começando nossa primeira competência, nela você vai compreender e
reconhecer, de modo geral, os tipos de materiais e acabamentos que existem no mercado e que todo
designer de interiores deve conhecer para ser destaque no mercado e para poder projetar ambientes
que satisfaçam seus clientes.
É sempre bom lembrar que o projeto deve seguir as necessidades e desejos de seus
clientes, e não a sua. Seu papel será transformar o sonho do cliente em realidade, por isso, é
fundamental você ter conhecimentos técnicos, principalmente nos assuntos que serão abordados a
partir de agora.
7
3- Para escolher os de melhor qualidade de acordo com sua solidez, durabilidade,
praticidade, custo, nível de acabamento e fatores estéticos.
Fique alerta para tudo que vai estudar, pois o desconhecimento desses materiais acarreta
muitos prejuízos, podendo até manchar sua imagem e reputação no mercado.
É preciso entender que o Design de Interiores é responsável pela interface entre o usuário
e a edificação, ou seja, trata da maneira como os moradores de uma casa ou os funcionários de um
escritório interagem e vivenciam o ambiente construído.
Nesse sentido, os materiais utilizados nesses projetos são responsáveis por considerável
parcela da percepção do espaço habitado e podem ser divididos em duas categorias básicas: os
materiais construtivos e os materiais de acabamento. Os primeiros formam a base sobre a qual os
segundos serão, ou não, aplicados. Portanto, mesmo que uma parede seja coberta por um
revestimento, seus componentes construtivos devem ter qualidade suficiente para permanecerem
consistentes ao longo dos anos.
As tendências estéticas estimulam o avanço constante no Design de Interiores, e os
clientes são incitados a renovar seus espaços — residenciais e comerciais — em busca de identificação
com o mundo contemporâneo. Os acabamentos se converteram em elementos fundamentais para a
criação dos novos ambientes e são sinônimos de bom gosto e qualidade, impulsionando
constantemente a indústria do setor. A vasta gama de materiais disponíveis, bem como, suas
especificidades técnicas, condiciona-nos a fazer seleções criteriosas, baseadas em requisitos
estéticos, funcionais, econômicos e técnicos.
Os materiais de acabamento e revestimento devem ser especificados a partir do contexto
arquitetônico ou do partido do projeto, levando em consideração os fatores funcionais, estéticos e
econômicos. Devemos atentar para o fato de que, junto ao mobiliário, os materiais de acabamento
desempenham um papel essencial na linguagem do espaço interior. Quanto aos fatores envolvidos
na escolha dos revestimentos, destacam-se os que você confere no quadro a seguir:
Segurança e conforto, durabilidade para o
período de uso previsto, facilidade de
Critérios Funcionais manutenção, limpeza e reparo, grau
necessário de resistência ao fogo,
propriedades acústicas adequadas.
8
Critérios Estéticos Cor (natural ou aplicada), textura, padrão.
Custo inicial da aquisição e instalação, custo
Critérios Econômicos ao longo da vida útil (limpeza, manutenção,
reparos e substituição).
Quadro 1: Critérios para escolha de revestimentos.
Fonte: própria autora, 2021.
Dos três critérios mencionados, certamente o critério estético é o mais subjetivo, pois não
pode ser objetivamente mensurado ou determinado. É especialmente nesse universo que atua o
designer: a concepção de espaços agradáveis é resultante de criatividade, conhecimento das
propriedades dos materiais de acabamento e de muita sensibilidade do projetista.
É importante salientar que os espaços são percebidos por meio dos sentidos, e as imagens
remetem ao universo dos sons, tatos, cheiros e gostos. Por isso, entendemos quando uma
determinada cor transmite a sensação de frio ou quente, por exemplo. Essa conjunção de sentidos é
denominada como sinestesia e está associada a uma boa estética ou ao bom gosto.
Dentre os principais materiais utilizados nos projetos de interiores, são destacados o
metal, a madeira, a cerâmica, o porcelanato, os polímeros, os materiais compósitos, as rochas
ornamentais, as pinturas, e outros materiais diversos (tecidos, papel de parede, vidros, espelhos,
gesso). Suas particularidades conduzem nossas escolhas, evitando que sejam tomadas decisões
exclusivamente estéticas, que podem prejudicar a funcionalidade do ambiente a ser projetado. A
seguir, será exposto de modo geral sobre os revestimentos para piso, parede e teto, e em seguida,
serão descritos os materiais e acabamentos.
O piso tem uma grande importância dentro de um ambiente, onde é preciso ter muito
cuidado com a escolha de cada tipo de material, já que suas características variam de ambiente para
ambiente. Existem pisos que ficam melhor na sala, outros nas áreas íntimas, e outros nas áreas
molhadas como cozinha e banheiro.
9
Uma dica necessária é que para o revestimento dos pisos é preciso fazer o
contrapiso, que é uma camada de argamassa, com cerca de 2 a 5 cm de
espessura que tem como função corrigir as imperfeições na superfície, e
também serve como preparação do piso para colocar o revestimento.
As lojas oferecem diversos tipos de revestimentos para os pisos, entre eles, são
destacados: o porcelanato, a cerâmica, as pedras naturais (Figura 1), o piso de madeira, os laminados,
o cimento queimado, e os ladrilhos hidráulicos.
10
Entre os principais pisos com atributos antiderrapantes — e que oferecem uma certa
facilidade de manutenção —, destacam-se os porcelanatos e pisos de cerâmica, as placas cimentícias
(cuja forma mais comum é o cimento queimado), as pedras brutas naturais, os emborrachados e os
ripados (MAPA DA OBRA, 2019).
Em relação ao conforto térmico, os pisos cerâmicos oferecem essa propriedade,
especialmente para edificações localizadas em regiões mais quentes do Brasil, porque dificilmente
absorvem calor. Os pisos de madeiras também proporcionam esse tipo de conforto, tanto para quem
mora nas regiões frias ou quentes do país. Quanto ao conforto acústico, os pisos de madeira e vinílicos
são muito recomendados.
As variedades para revestimento de paredes são inúmeras. Tenho certeza que você já
reparou isso! Para fazer a escolha, primeiramente, você deve definir a linguagem que pretende
oferecer ao ambiente e conhecer o material estrutural das paredes: se ela foi levantada em alvenaria
convencional, gesso acartonado ou madeira.
O revestimento aplicado deve ser compatível com a base da parede, de modo que não se
pode azulejar uma parede de madeira ou revestir com papel ou tecido uma parede de tijolos à vista.
Além disso, há alguns aspectos técnicos que devem ser observados, como o apoio necessário para a
aplicação do material de revestimento, a facilidade de manutenção do acabamento, o grau necessário
de absorção de sons, a refletância da luz e a resistência ao fogo (MANCUSO, 2004). Os principais tipos
de acabamentos e materiais aplicados ao revestimento de paredes (ou divisórias) são: as tintas, as
placas de gesso, os painéis de madeira (Figura 2), os revestimentos cerâmicos, os acabamentos
flexíveis (como papel de parede ou tecido), os revestimentos 3D, e as pedras naturais.
11
Figura 2: Painel de madeira em parede de sala de estar e tv.
Fonte: https://finger.ind.br/blog/painel-de-madeira-para-parede/
Descrição da imagem: sala de tv com painéis de madeira na parede onde está a tv pendurada, ao lado direito espelhos
refletindo a sala de estar.
12
Os tetos que se estruturam com metal podem ser abertos diretamente para o exterior e
receber vedação em vidro (ou demais materiais translúcidos) ou acabamento de chapas metálicas
perfuradas, por exemplo. No caso das coberturas em vidro, o ambiente interno é banhado por luz
natural, um ganho estético ímpar.
Para casos específicos, como espaços comerciais, de saúde ou institucionais, recomenda-
se a adoção de sistemas modulares de teto suspenso, utilizado para integrar e proporcionar
flexibilidade à instalação de luminárias e saídas de distribuição de ar-condicionado. Também existem
placas acústicas integradas aos sistemas modulares. Com diversos tipos de acabamentos, as chapas
acústicas são classificadas quanto à resistência ao fogo ou a altos níveis de umidade.
Preparados para conhecer mais profundamente as características e tipologias dos
materiais que podemos usar para revestimentos? Vamos nessa! Saiba que todo esse conhecimento
será essencial para seu dia a dia como profissional de designer de interiores.
1.4 Metal
13
• Condutor térmico e elétrico;
• Maleabilidade;
• Elevada resistência;
• Peso e custo moderados.
Esses materiais oferecem muitas possibilidades no Design de Interiores, porém deve-se
ter cuidado para a excessiva condução de eletricidade, abrasão e arranhões e para o ofuscamento
devido aos altos níveis de refletância. Além de servirem como material estrutural, os elementos
metálicos podem ser utilizados como parte de móveis e divisórias, permitindo que aproveite sua
esbeltez para lograr efeitos estéticos interessantes. Alguns dos metais usados são: o aço corten, o aço
inox, o alumínio, o cobre polido.
No quadro abaixo, você pode identificar melhor os tipos de metais e suas aplicações em
Design de Interiores.
Tipo de metal Aplicação no Design
Pastilha de aço inox polido Paredes
Chapa de aço corten Mobiliário, revestimentos de paredes,
objetos.
Chapa de aço inox Mobiliário, equipamentos, revestimentos de
paredes, bojos de pia.
Aço inox colorido, polido e escovado Mobiliário, equipamentos, revestimentos de
paredes, bojos de pia.
Tela metálica Mobiliário, revestimentos de paredes.
Chapa de alumínio polido Mobiliário, equipamentos, revestimentos de
paredes.
Chapa de alumínio texturizado Mobiliário, equipamentos, revestimentos de
paredes e pisos.
Chapa de cobre polido Mobiliário, revestimentos de paredes.
Quadro 2: Relação de tipos de metais e seus usos em ambientes.
Fonte: própria autora, 2021.
Para você conhecer mais um pouco do uso dos metais no Design de Interiores, acesse
o link abaixo, onde irá mostrar algumas dicas e exemplos de seus usos. Quanto mais
exemplos você tiver, mais conhecimento vai adquirir para desenvolver seus projetos.
Link: https://dicasdearquitetura.com.br/metais-na-decoracao-efeitos-e-exemplos/
14
Figura 4: Exemplo de estante utilizando metal.
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/revista/moveis-de-ferro/
Descrição da imagem: estante com estrutura em ferro.
15
na maioria dos casos, são utilizados aglomerados como MDF e MDP ou laminados, como os
compensados.
Os revestimentos e acabamentos em madeira podem ser aplicados tanto nos pisos,
quanto nas paredes e nos tetos, de acordo com as características técnicas dos materiais utilizados. A
busca por ambientes com aspecto conectado à natureza evidencia a utilização da madeira (e seus
derivados) no acabamento de paredes e divisórias.
A tendência de trazer os elementos naturais para o interior confere à madeira o
protagonismo na concepção de espaços sofisticados, despojados e aconchegantes. Em ambientes
reduzidos, a orientação é utilizar tons mais claros, ao passo que, em ambientes amplos, os tons mais
escuros atribuem sobriedade. Além disso, cabe destacar as excelentes propriedades térmicas e
acústicas das paredes em madeira, incomparáveis com os demais materiais de acabamento. Sua única
desvantagem, porém, não exclusiva, é a alta combustão e absorção de água.
Os pisos de madeira são reconhecidos por seu calor, aparência natural e combinação
entre conforto, elasticidade e durabilidade. Sua manutenção é relativamente fácil, sob uso
moderado, e, quando danificados, esses pisos podem ser substituídos. Mancuso (2004) observa que
os pisos de madeira possuem retração elástica aos esforços mecânicos, condutibilidade térmica,
isolamento e condicionamento acústico.
A madeira não possui reflexibilidade e, dependendo do tratamento de sua superfície,
pode ser mais brilhosa e refletir a luz em graus diferentes. É especialmente indicada para áreas secas
e que demandam conforto, como quartos, salas de TV, ambientes de estar e halls. Os tipos de piso
de madeira mais aplicados aos interiores são o assoalho de madeira, os tacos e parquets e o carpete
de madeira.
O assoalho de madeira é um dos pisos mais nobres e mais caros — a madeira “maciça” é
aplicada em peças lineares, sendo tratada apenas para essa finalidade. É um piso espesso e durável,
porém, risca com facilidade. Os tacos de madeira foram largamente utilizados em décadas passadas
e retornaram nos últimos tempos — sua identidade garante uma ambientação Vintage aos espaços.
As pequenas peças de madeira são aplicadas sobre o contrapiso nivelado e têm a vantagem de que
podem ser lixadas e receber nova camada de verniz impermeabilizante, retornando a seu aspecto
original. A Figura 6, apresenta um piso em assoalho de madeira aplicado em uma sala de estar.
16
Figura 6: Assoalho de madeira.
Fonte: https://www.resinaecologica.com.br/assoalhos-madeira.php
Descrição da imagem: sala de jantar e circulação com piso em assoalho de madeira.
O parquet também é composto por pequenas peças de madeira, porém, sua combinação
forma desenhos geométricos. O efeito final é plasticamente interessante, contudo, sua execução é
mais demorada. O carpete de madeira é um revestimento aplicado sobre o contrapiso, não é colado
ou parafusado à base, mas as peças são encaixadas umas às outras. Por sua fina espessura e sistema
de execução, pode dar a impressão de estar solto ou “oco”, podendo, inclusive, produzir ruídos
(MANCUSO, 2004; MAPA DA OBRA, 2019). As sensações estéticas-psicológicas a que estão associados
os revestimentos de madeira são: calor, aconchego e acolhimento. Remetem-nos a um ambiente
mais familiar e tradicional.
A madeira é o material adequado para executar as soluções práticas e funcionais de dividir
os ambientes sem erguer uma parede. Divisórias leves e plasticamente interessantes podem garantir
a intimidade necessária sem isolar completamente os espaços. As versáteis estruturas de madeira
promovem a integração dos ambientes, aproveitando o máximo do espaço existente, ideal para
pequenas dimensões tanto residenciais quanto comerciais. Os painéis ripados são os mais comuns,
porém, é possível ousar com divisórias em madeira com função de jardim vertical e molduras vazadas
pintada.
A seguir, na Figura 7, tem-se uma demonstração de alguns tipos de madeiras vendidas no
mercado:
17
Figura 7: Alguns tipos de madeiras.
Fonte: https://www.pinterest.co.kr/amp/pin/502503270897873323/
Descrição da imagem: diversos tipos de madeiras, em distintas tonalidades.
18
Atualmente, existe uma preocupação com a madeira e seu uso sustentável. Criar
produtos que não agridam o meio ambiente é uma tendência. Estou trazendo um
exemplo de empresa que trabalha o design com a madeira extraída de forma legal e
sustentável.
Segue o link: https://youtu.be/Ch7sWWv-F4I
19
permite a criação com grande diversidade de formas, texturas, padrões e cores, podendo atender os
mais distintos critérios funcionais e estéticos.
As cerâmicas são extremamente versáteis, podendo ser usadas em pisos, paredes, teto,
móveis, objetos decorativos. Elas permitem grande versatilidade na decoração. Pode-se ter
tamanhos, estampas, acabamentos e cores variadas, sendo encontradas de vários tamanhos (desde
20×30cm, 40×40cm, 60×60cm, 80×80cm, 100×100cm, entre outros).
Um grande diferencial do porcelanato está no fato dele permitir juntas muito finas (2mm
ou até “junta seca” – 0mm), criando um visual plano e contínuo, atribuindo bastante neutralidade ao
ambiente. As placas são oferecidas em tamanhos como 30x180cm, 90×90cm, 20×120cm, 20X180cm,
60×120cm, 60x180cm, 80x160cm, 120×120cm, 120x240cm, 120x250cm e 300X100cm.
Quanto as principais diferenças entre cerâmica e porcelanato, o quadro a seguir,
apresenta essas diferenças, e as Figuras 9 e 10, mostram o exemplo de cada um desses revestimentos:
Cerâmica Porcelanato
Composta de argila. Composta de argila; feldspato; quartzo.
Sua queima durante o processo de Sua queima durante o processo de produção
produção pode chegar a 900°C. pode chegar a 1.200°C.
Mais porosa. Menos poroso.
Menor resistente. Maior resistência.
Menos homogênea. Mais homogênea.
Geralmente mais barata. Geralmente mais caro.
Quadro 3: Diferença entre cerâmica e porcelanato.
Fonte: própria autora, 2021.
Você tem curiosidade de saber como é feito o porcelanato? Então, vamos assistir
um vídeo e conhecer todo o seu processo de fabricação.
Segue o link: https://www.youtube.com/watch?v=DngLAWj7iws
20
Figura 9: Sala com piso em revestimento cerâmico.
Fonte: http://monterre.com.br/app/uploads/2017/05/Porcelanato-e-Ceramica.jpg
Descrição da imagem: sala de estar e tv com piso com revestimento cerâmico na cor branca.
1.7 Polímeros
21
classe sejam reciclados, o que do ponto de vista ambiental é bastante positivo. Como exemplo temos:
o acrílico, policarbonato, polietileno, polipropileno, poliéster, poliamida (nylon), PVC (vinílicos).
Polímeros termofixos: são as resinas que endurecem através do processo de cura, são
rígidos, resistentes e duráveis, como a fórmica (laminado melamínico) e as tintas.
22
outras, é produzida a partir de derivados de petróleo. Um exemplo de polímero elastômero aplicado
ao Design de Interiores é um tipo de borracha, o EVA.
Os produtos em pedra natural são nobres, duráveis e, assim como, as madeiras, são os
mais antigos materiais de construção e acabamento utilizados pelas civilizações. As pedras naturais
são reconhecidas por sua imponência e elevado desempenho estético, o que se soma à qualidade e
à durabilidade do material.
No Design de Interiores, são frequentemente utilizadas como revestimento de pisos,
paredes e divisórias e mobiliário fixo. As pedras podem ser polidas ou rústicas — estas últimas são
indicadas para revestimento de pisos antiderrapantes.
As pedras naturais (Figura 14) são materiais geológicos provenientes de rochas e que,
após sua extração, são submetidas a aperfeiçoamento por meio de tratamentos superficiais.
Inúmeras pedras podem ser utilizadas como acabamento, mas as pedras com aplicações mais
frequentes em revestimentos e mobiliário interiores são o mármore e o granito.
Os mármores (Figura 15) são pedras calcárias e menos resistentes do que os granitos, que
são pedras rochosas compostas de quartzo, feldspato e mica, com índice de dureza superior. Os dois
materiais naturais apresentam variações na tonalidade, granulometria e textura. As chapas de
23
mármore e granito possuem espessura padrão de 2cm e 3cm, havendo também placas menores,
conhecidas como lajotas (MANCUSO, 2004).
Você saberia dizer como é feito o granito que você tem em sua casa, ou no seu local
de trabalho ou estudo? Vamos ver agora, no vídeo indicado.
Segue o link: https://youtu.be/aWQxynF1q1s
24
Figura 15: Piso de sala em mármore Carrara.
Fonte: https://tecnoartengenharia.com.br/marmore-carrara/
Descrição da imagem: sala de estar e jantar com todo o piso em mármore na cor branca com manchas na cor preta.
1.9 Pinturas
A forma mais comum de revestimento das paredes é a pintura, que pode ser do tipo PVA,
acrílica, esmalte ou cal. No Brasil, as mais utilizadas são a acrílica e a PVA, ambas solúveis em água. A
acrílica é indicada para ambientes que fiquem em contato com umidade, enquanto a tinta PVA é
recomendada para espaços secos.
Quanto à aparência, as tintas são classificadas em fosca, acetinada e semibrilho de acordo
com a quantidade de brilho que os elementos pintados apresentam após a secagem. As tintas foscas,
como o próprio nome já indica, não apresentam brilho, enquanto a semibrilho é a mais brilhante das
tintas; as acetinadas, por sua vez, constituem uma alternativa intermediária.
Podemos destacar que as funções das pinturas são: fazer a proteção do interior das
edificações, servir como impermeabilização de lajes e servir para a questão estética, sendo usada nas
decorações. Hoje em dia encontram-se variedades de cores proporcionando ambientes diferenciados
e com conforto visual (Figura 16).
Algumas dicas são necessárias para fazer a pintura dos ambientes, como: escolher a tinta
adequada para o local, fechar os buracos das paredes e as imperfeições, verificar o tamanho dos
ambientes, usar materiais de qualidade, proteger o chão e o rodapé, escolher bem as cores para cada
tipo de ambiente.
25
Agora, assista o vídeo e você verá como as cores podem interferir nos ambientes,
como provocam sensações psicológicas diferentes, instigando sentidos, habilidades
de comunicação ou mesmo favorecendo um humor mais calmo ou agressivo. Segue
o link: https://youtu.be/6B6OF3ikqsA
26
Fonte: https://www.arabescoacabamentos.com.br/uma-superdica-pra-voce-alterar-a-percepcao-de-um-ambiente-com-
a-pintura/
Descrição da imagem: apresenta nove formas de combinações de cores em um ambiente que dão sensações diferentes,
como: ampliar, destacar, reduzir, entre outras.
Os compósitos são aqueles materiais caracterizados pela união de dois ou mais materiais
distintos, aglutinando propriedades e criando novas propriedades não existentes nos componentes
individuais. São constituídos de uma matriz (o material de liga, como, por exemplo, a resina) e uma
parte dispersa em forma de partículas ou fibras.
Na figura 18, você pode visualizar como é feita essa sua composição, perceba que ele
pode ser a união de materiais que já foram falados anteriormente
Estudante, que tal assistir um vídeo e aumentar seus conhecimentos? Vamos nessa?
Ele vai te ajudar a entender um pouco mais das características sobre os compósitos.
Link: www.youtube.com/watch?v=h04u8lugoqg
27
compensados. Também se classificam no grupo dos compósitos os materiais cimentícios, como o
tijolo de concreto, o ladrilho hidráulico e a fibra de vidro. Esses materiais podem ser usados em
mobiliários, revestimentos de paredes e de pisos. Nas figuras 19 e 20, são apresentados alguns
exemplos desses materiais aplicados nos ambientes.
Figura 19: Parede de cozinha revestida com o ladrilho hidráulico, um tipo de material compósito.
Fonte: http://cerlemrevestimentos.com.br/ladrilhos-hidraulicos/
Descrição da imagem: cozinha com parede, acima da bancada, revestida com ladrilho hidráulico.
28
Figura 21: Vasos de fibra de vidro, são tendências em decoração.
Fonte: https://ultimasdecoracao.blogspot.com/2019/12/vasos-de-fibra-de-vidro-para-decoracao.html
Descrição da imagem: vasos de fibra de vidro, na cor preta com plantas.
Chegamos ao fim do nosso primeiro módulo, você pode conhecer alguns tipos de
materiais de acordo com suas classificações. Com esse conhecimento, você já consegue reconhecê-
los mais facilmente e saber diferenciá-los.
Estudante, não esqueça que é muito importante você revisar esse conteúdo, fazer as
atividades e visualizar os vídeos e materiais sugeridos.
29
2.Competência 02 | Identificar e Conhecer Características Gerais,
Propriedades, Principais Tipos e Aplicações dos Materiais e Acabamentos,
Considerando o Equilíbrio na Composição do Ambiente
Caro (a) estudante.
Essa semana estamos começando a segunda competência, agora você vai ver uma
quantidade ainda maior de conhecimentos em relação aos tipos de materiais, as suas aplicações,
conhecer detalhadamente as suas características e como eles podem ser aplicados nos ambientes.
Para entender mais um pouco do que você vai estudar essa semana, escuta o nosso
segundo Podcast, você vai ter uma visão geral do conteúdo e tenho certeza que vai
facilitar sua leitura
Você pode estar se perguntando o porquê de tanta informação e para que irão servir
tantos detalhes. Entenda que a escolha dos materiais e acabamentos não é nada muito fácil. Já deu
para perceber que existem diversas opções como: tintas, pastilhas, cerâmicas, porcelanatos, rocha
ornamentais, entre tantos outros.
Outro fator importante é a questão estética, quais deles irão combinar com os ambientes
e com os anseios dos clientes. E além de tudo isso, você ainda deve pensar no custo-benefício, pois o
quesito preço pode variar muito e isso também será sua responsabilidade de estar verificando.
Escolher revestimento demanda experiência, conhecimento, responsabilidade e atenção.
2.1 Metal
30
Estudante, vamos conhecer características e propriedades de alguns tipos de metais mais
utilizados no Design de Interiores?
Aço patinável, que contém produtos que melhoram suas qualidades anticorrosivas. Sua
cor é alaranjada. O diferencial estético deste tipo de aço é justamente a camada de pátina que se
31
forma na superfície, ficando áspera, alaranjada, de aspecto rústico e moderno. Serve para uso
interno, estrutura de escadas, móveis e objetos decorativos (Figura 23).
2.1.3 Alumínio
Metal encontrado em grande quantidade na natureza, que pode ser empregado para uso
na indústria, no design, na decoração. Praticamente não sofre oxidação, tem resistência mecânica
menor que a do aço, é um material de baixo peso. Seu custo é menor que o do aço inox. Apresenta-
se em chapas lisas e texturizadas e em perfis. O alumínio é prateado, o que remete a uma linguagem
moderna. Podem ser usados em móveis (Figura 24), luminárias, portas, portões, janelas, esquadrias
em geral. Não pode ter contato com substâncias alcalinas: cimento, derivados de argamassa.
Precisando ser protegido.
32
Descrição da imagem: cadeiras e mesas em alumínio.
2.1.4 Cobre
2.2 Madeiras
Esse com certeza é um material que você conhece bastante e praticamente está em todos
os ambientes. A madeira é um polímero natural composto por fibras e celulose. Mesmo com o avanço
tecnológico e o surgimento de novos materiais, a madeira é bastante especificada nos projetos, tendo
a função tanto pelo efeito estético quanto pelas características funcionais.
Os revestimentos e acabamentos em madeira podem ser aplicados nos pisos, nas paredes
e nos tetos, de acordo com as características técnicas dos materiais utilizados. Também podem ser
33
usados na produção de móveis e peças decorativas. Elas temem umidade, portanto necessitam de
impermeabilizantes ou vernizes. Os produtos de madeira maciça podem ser produzidos a partir de
madeiras autoclavadas: como pinus ou eucalipto. Para uso em piso, as madeiras indicadas são ipê,
jatobá, maçaranduba, sucupira, grápia e cumaru, por serem espécies de alta massa específica e
dureza, que proporcionam maior resistência a impactos, não deixando marcas na madeira.
Você já percebeu o quanto temos de opções para usarmos a madeira nos ambientes?
Vamos detalhar ainda mais os tipos e suas características, acredito que assim você ficará ainda mais
experiente no assunto.
2.2.1 Tacos
Pequena tábua maciça e retilínea de madeira usada no assoalho (Figura 26), ora disposta
regularmente com peças retangulares que se encaixam, ora com tabuinhas de formatos e cores
diferentes, produzindo decorativas figuras geométricas. São assentados com argamassa de cimento
e areia.
34
2.2.2 Parquet
Placa formada por um conjunto de tacos unidos, de madeira resistente. As placas são pré-
montadas, unidas por papel no verso, assim, têm desenhos pré-estabelecidos, formando quadrados
(Figura 27). Seu assentamento é feito com cola específica.
Tábua de madeira, de maior ou menor largura, e resistente. Podendo ser instalada sobre
barrotes, pregadas ou coladas direto no contrapiso (Figura 28). Atualmente, também se tem usado
tábua corrida para revestimento de fachadas e paredes internas. As tábuas corridas sempre foram
associadas a residências e a estabelecimentos, em geral, mais nobres. Conferem elegância quando a
superfície está lixada e envernizada com brilho. Tem vida útil de cerca de 70 anos em função da
umidade.
35
Figura 28: Piso em tábua corrida com verniz.
Fonte: https://fotos.habitissimo.com.br/foto/tabua-corrida-semi-brilho_132876
Descrição da imagem: piso todo em tábuas de madeira.
Trata-se de um revestimento formado por chapas de madeira com base em MDF ou HDF
e com capa de madeira natural (por isso diferenciam-se dos “laminados de madeira”). Eles recebem
uma camada de filme protetor (verniz resistente), em sua face superior. Os carpetes podem ser
colados direto ao contrapiso ou encaixados no sistema macho - fêmea sobre manta poliuretana. São
mais frágeis do que a tábua corrida, devido à fina película de madeira da superfície, gerando mais
arranhões e marcas. Não é resistente à água, com isso, sua limpeza deve ser feita somente com pano
úmido bem torcido. São pisos que geram ruídos na caminhada.
O forro de lambri é uma régua de madeira que serve para revestir o teto (Figura 29). O
forro é ótimo para todos os cômodos e possui um grande diferencial, tem leveza e rapidez na hora
da instalação. São encaixados no sistema macho-fêmea. As réguas de madeira criam linhas que
precisam ser consideradas na estética do ambiente.
36
2.2.6 Painéis de aglomerado – MDF, HDF
Tenho certeza que você já ouviu falar sobre esse nome MDF. Esses painéis são chapas
compostas por partículas de madeira, com adição de cola e submetidas a processo de prensa.
Dependendo do processo de fabricação e do tamanho das partículas de madeira, as chapas
aglomeradas podem ter diferentes níveis de resistência.
O nome MDF, vem de Medium Density Fiberboard, ou seja, placa de fibra de média
densidade feita com um material derivado da madeira. Já o HDF, vem de High Density Fiberboard,
que é a placa de fibra de alta densidade. A maioria de seus parâmetros físicos de resistência são
superiores aos da madeira compensada. O MDF e HDF aceitam acabamentos como verniz, pinturas
em geral, revestimentos com papéis decorativos, lâminas de madeira, laminado melamínico.
Geralmente são matérias-primas para confecção de móveis (Figura 30) e painéis que ainda serão
revestidos, e como todo produto derivado da madeira, teme umidade.
37
As placas de compensado são definidas pelo acabamento que receberá: laminagem de madeira,
laminado melamínico, pintura, papel de parede, tecido, etc. Podem se apresentar de diversas formas,
finas e mais grossas.
São lâminas de madeiras, muito fina (Figura 31), que servem para revestir chapas de
compensados, MDF e aglomerados. Essa lâmina adquire desenhos e texturas naturais da espécie
vegetal de que é feita. Podem ser encontradas de forma natural, que é proveniente da própria árvore,
ou de forma processada, que são as lâminas industrializadas, produzidas a partir de resíduos ou de
outras lâminas de madeira natural.
O efeito estético dependerá dos desenhos formados, podendo ter desenhos orgânicos
bem dinâmicos e variados, ou em paralelo. O tipo de acabamento, de verniz, de brilho e do tom da
madeira também interfere na sua caracterização.
Chegou a vez de falarmos dos pisos mais utilizados atualmente no Brasil. Você pode nesse
momento estar em um ambiente com esse tipo de revestimento, tanto no piso como na parede.
38
Geralmente, ele é muito usado devido a sua técnica de fabricação, que permite a criação com grande
diversidade de formas, texturas, padrões e cores, podendo atender os mais distintos critérios
funcionais e estéticos. A matéria básica para a fabricação dos produtos cerâmicos é a argila.
Uma dúvida comum entre as pessoas se refere à escolha e à especificação de
porcelanatos e pisos cerâmicos. A principal diferença entre os dois materiais consiste no processo de
fabricação: a cerâmica é composta por 30% de pedra e 70% de argila, enquanto o porcelanato é
composto por 30% de argila e 70% de pedras. As variações conferem qualidades distintas aos
materiais; entretanto, ambos podem ser aproveitados em ambientes diferentes.
Tanto o porcelanato quanto os pisos cerâmicos oferecem durabilidade e conforto
térmico, especialmente para edificações localizadas em regiões mais quentes do Brasil, porque
dificilmente absorvem calor. Os pisos cerâmicos são versáteis, oferecendo muitas variações de
modelos e permitindo paginações mais artísticas e cores naturais, remetendo a suavidade e
aconchego. Os revestimentos cerâmicos para pisos devem ter critérios para o coeficiente de atrito e
de resistência à abrasão.
Quanto aos índices aceitáveis à abrasão, o instituto denominado de PEI (Porcelain Enamel
Institute), regulamentou as normas para a classificação da resistência à abrasão superficial. No Brasil,
a NBR ISO 13006 (ABNT, 2020) também determina o PEI (índices aceitáveis à abrasão das peças
cerâmicas). O PEI classifica a superfície da cerâmica com relação à quantidade de tráfego que ela está
apta a receber, mantendo a integridade do revestimento. No quadro abaixo, você pode verificar os
índices, seu grau de resistência e os locais apropriados para serem utilizados esses pisos.
RESISTÊNCIA À ABRASÃO RESISTÊNCIA AO DESGASTE LOCAL
(PEI) POR ABRASÃO
0 Baixíssima. Paredes
1 Baixa. Banheiros e quartos.
2 Média. Ambientes sem ligação com
área externa.
3 Média/alta. Todos os ambientes
residenciais (cozinha,
corredores, halls, quintal).
4 Alta. Locais abertos ao público
com trânsito médio.
5 Muito alta. Locais abertos ao público
com trânsito intenso.
Quadro 5: Índice de resistência à abrasão.
Fonte: própria autora, 2021.
39
Quanto à questão dos atritos, a norma técnica NBR 16919 (ABNT, 2020) determina as
especificações do coeficiente de atrito em placas cerâmicas. De acordo com o documento, são
consideradas antiderrapantes as placas de cerâmica que apresentam coeficiente de atrito maior ou
igual a 0,4, bem como, materiais rústicos ou brutos não polidos. Veja no quadro abaixo as
classificações dos coeficientes de atritos:
CLASSE COEFICIENTE DE ATRITO USO
1 Inferior a 0,4. Satisfatório para instalações
normais.
2 Igual ou superior a 0,4 e Recomendado para uso
menor que 0,75. onde se requer resistência
ao escorregamento.
3 Igual ou superior a 0,75. Recomendado para áreas
externas com aclive ou
declive.
Quadro 6: Coeficientes de atritos em revestimentos cerâmicos.
Fonte: própria autora, 2021.
Outra característica técnica que deve ser levada em consideração é a questão da absorção
da água, essa determina em relação a porosidade da base cerâmica. Quanto menor a quantidade de
poros na base, menor é a absorção de água. Quando a cerâmica absorve água e incha, fica com um
aspecto de rachaduras.
Estudante! Agora vamos falar um pouco sobre o porcelanato, pois ele tem algumas
características diferenciadas da cerâmica, que são importante e devem ser entendidas.
O porcelanato é classificado como um produto cerâmico, pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), com elevada resistência mecânica, ao risco e ao ataque químico. Sua
aparência é ditada pela textura escolhida, podendo ser impressa superficialmente ou moldada na
massa da peça.
Os porcelanatos são divididos em duas categorias quanto à sua absorção de água, sendo
classificado como esmaltado ou técnico (polido ou não), sendo que para o esmaltado admite-se uma
absorção de água até 0,5%. Porém, para o porcelanato técnico esta absorção deve ser menor ou igual
a 0,1%.
Devido a essas características, os porcelanatos são, atualmente, uma das escolhas mais
comuns para revestimento das chamadas áreas molhadas, como banheiros e cozinhas, nos quais
existe constante presença de umidade e agentes que causam manchas. Algumas vezes, no entanto,
40
esse material é utilizado em outras áreas, possibilitando acabamentos diferenciados devido à grande
disponibilidade de texturas.
O porcelanato técnico não possui aplicação de esmalte em sua superfície. Todo
porcelanato técnico é retificado, o que significa que o acabamento de suas bordas é totalmente reto,
reduzindo a aparência de rejunte entre as placas. O segundo tipo é o porcelanato esmaltado, que
recebe uma camada de esmalte sobre a peça, esse seu processo de fabricação o torna mais resistente
a manchas e sujeiras do dia a dia. Na Figura 32, você pode conhecer ainda as suas diferenças:
Figura 32: Sala com porcelanato técnico (À esquerda) e sala com porcelanato esmaltado (À direita).
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/curiosidades/porcelanato/
Descrição da imagem: duas figuras. A primeira, mostra uma sala de estar e jantar com porcelanato técnico na cor
branca. A segunda, uma sala de estar com todo o piso em porcelanato esmaltado na cor bege.
Os dois tipos de porcelanato possuem classificação por local de uso e podem apresentar
três distintos acabamentos: polido (técnico), natural (acetinado) e externo.
O porcelanato polido é extremamente brilhante, já que, após a finalização da massa, as
peças recebem polimento e uma camada de impermeabilizante. É melhor indicado para as áreas
secas, como salas, corredores e quartos.
O porcelanato natural é um produto sem brilho, com acabamento acetinado e pouco
escorregadio. Esse tipo de porcelanato não recebe nenhum acabamento ao final da sua produção —
nem esmalte e nem impermeabilizante — resultando em superfícies foscas, o que contribui para a
sensação de aconchego aos ambientes. Embora possa ser aplicado em qualquer ambiente comercial
ou residencial, as principais recomendações de aplicação são para as áreas molhadas, como cozinhas
e banheiros.
41
Figura 33: Porcelanato polido (À esquerda) e porcelanato natural (À direita).
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/curiosidades/porcelanato/
Descrição da imagem: duas figuras. A primeira, mostra um piso em frente a uma escada em porcelanato polido na cor
branca. A segunda, mostra um piso em porcelanato natural em tons de cinza.
42
Inúmeras pedras podem ser utilizadas como acabamento, mas as pedras com aplicações
mais frequentes em revestimentos e mobiliários interiores são o granito e o mármore, que a partir
de agora vamos conhecer mais detalhes deles.
2.4.1 Granito
O granito é uma rocha não-calcária e magmática, ou seja, são rochas originadas no interior
da terra e não formadas por acúmulos de resíduos de outras rochas (como a argila). É constituída
basicamente por três minerais: feldspato, mica e sílica na forma de quartzo. Tem resistência ao
impacto e à abrasão. Ele pode receber corte e polimento. O granito é utilizado como rocha
ornamental e na construção civil.
O granito pode ter diversas variações de cores e desenhos pontilhados, isso sendo
resultantes das várias composições desses minerais e da gramatura dos mesmos, a qual pode ser fina,
média ou grossa. Podemos encontrar centenas de tipos de granito, e diversas cores: cinza, verde,
lilás, azul, brancos, entre outros.
Usado para áreas externas e internas, servindo como revestimento de pisos ou de
paredes, também podendo ser utilizado em bancadas para balcões de cozinha e lavatórios, em
divisórias de banheiros, peças de mobiliário, estantes, prateleiras, entre outros usos (Figura 35).
Quanto mais brilhoso, mais sofisticado. Os desenhos elaborados também acentuam o caráter de
sofisticação do produto final. Se for apicoado ou fosco, terá característica de mais rústico, mais
visualmente agressivo.
43
Alguns cuidados devem ser tomados em relação ao granito, como: ter a preocupação com
as infiltrações de água, pois pode manchá-lo, em degraus de escadas e bordas de piscinas deve fazer
ranhuras para tornar-se antiderrapante, se for colocá-lo no piso é necessário impermeabilizar o
contrapiso e usar cimento branco para não interferir na cor da rocha.
Os principais tipos são: Granito Preto São Gabriel, Cinza Corumbá, Preto Indiano, Amarelo
Santa Cecília, Café Imperial, Branco Ceará, Preto Absoluto, Verde Ubatuba e Branco Itaúna. Abaixo,
seguem alguns exemplos:
2.4.2 Mármore
44
revestimento de paredes em que a opção for rochas, pois é um pouco mais leve que o granito. Pode
ser usado em pisos internos, mas evitar em locais de tráfego intenso, podendo ter um desgaste maior.
Da mesma forma, pode ser usado em banheiros e lavabos, como apresentado na Figura 37.
A maioria dos mármores possui muitos veios (linhas claras), podendo combinar com a maioria
dos ambientes (Figura 38). Em cozinhas seu uso deve ser evitado, pois pode ser danificado por ação
de gorduras e ácidos de vinagre, limão ou materiais de limpeza agressivos. Como o mármore pode
manchar com infiltração de água, é necessário que as juntas sejam bem vedadas quando o material
for instalado.
45
Descrição da imagem: 12 tipos de mármores, dentre eles: bege Bahia, crema marfil.
2.4.3 Marmoglass
É uma pedra industrializado, desenvolvida na China, que possui superfície e cor uniforme,
brilho intenso, grande resistência e dureza, é durável, tem absorção nula, é resistente à abrasão e a
produtos ácidos. É desenvolvido através de um processo de microcristalização de pó de mármore e
cristais de vidro. Pode ser utilizado em revestimentos de paredes, pisos e bancadas. A superfície lisa
do marmoglass torna a limpeza muito fácil. Veja abaixo na Figura 39, um banheiro com uma pegada
mais sofisticada, clean e elegante, utilizando o marmoglass.
2.4.4 Limestone
É uma pedra natural calcária, composta de calcite mineral, porções de argila, areia e óxido
de ferro. Essa composição proporciona o toque aveludado e pouco brilho e a aparência de rusticidade
natural. Serve para revestimentos de paredes, pisos (Figura 40), bancadas e cubas sem emendas.
Porém deve ter muito cuidado com os riscos e manchas, precisando de boa impermeabilização.
46
Figura 40: Piso em pedra Limestone.
Fonte: https://www.poliquimicabrasil.com.br/limestone/
Descrição da imagem: piso em pedra Limestone, em tom bege, no interior de uma edificação.
2.4.5 Quartz-Stone
47
2.5 Pisos Vinílicos
Os pisos vinílicos são compostos por camadas de PVC. É um tipo de material que oferece
facilidade de limpeza e manutenção, conforto térmico e acústico, atributos antiderrapantes,
instalação rápida e baixo acúmulo de sujeira, ideal para crianças e pessoas alérgicas (MANCUSO,
2004). Abaixo, na Figura 42, você pode ver como se apresenta um piso vinílico, este podendo ser
instalado à base de cola, autoadesivos e click (encaixe).
Esse material é conhecido pelo nome de um dos fabricantes deste tipo de produto: a
Fórmica®. Acredito que você já deve ter escutado esse nome! Essa é a marca
registrada da empresa. Segue o site da empresa, para você conhecer mais sobre ela:
Link: https://www.formica.com.br/
48
O laminado melamínico tem as seguintes características: antiderrapante, isolante
térmico, impermeável, antialérgico e não retém sujeira. Resistente ao impacto, à luz solar e à altas
temperaturas. As chapas de laminado costumam ser coladas sobre as superfícies a revestir com cola
de contato.
Obtido a partir de minerais triturados (alumina – cerca de 65%), resina acrílica (35%) e
agentes corantes. É um material sólido, sem porosidade e homogêneo, composto por 2/3 de alumina
(mineral natural), 1/3 de metacrilato de metila (acrílico PMA) e pigmentos. Ele é feito em matéria
compacta, em toda sua espessura e pode ser fabricado com emendas quase imperceptíveis e seus
cantos podem ser arredondados, fazendo da sua superfície bastante higiênica. Ele é moldável,
resistente a manchas, atóxico e não retém odores, nem gorduras. É sete vezes mais leve que o
granito. Apresenta-se em diversas texturas e cores (com acabamento opaco, semibrilho ou brilhante),
tendo em suas versões lisas, um aspecto vanguardista e sofisticado.
Pode ser usado em cubas, balcões para cozinha (Figura 44), lavatórios e revestimento para
banheiros, móveis e luminárias. É também amplamente utilizado como superfície asséptica no
revestimento de paredes e bancadas, em hospitais, laboratórios, hotéis, cafés e restaurantes. Tem
sito muito utilizado na criação de peças com design inovador, tendo em vista sua versatilidade para
moldagem, permitindo formas e curvas inusitadas.
49
Figura 44: Balcão revestido em material Corian®.
Fonte: http://www.studiovitty.com.br/corian/
Descrição da imagem: balcão todo revestido em Corian®, na cor branca.
2.8 Acrílico
50
2.9 Pinturas
As tintas são os acabamentos de paredes mais comuns nas construções. Porém, você
como designer pode explorar as potencialidades das tintas do ponto de vista das tendências de cores
e composições.
Vejamos como no mercado, podemos encontrar essas tintas e seus tipos:
Acrílica: Feita à base de água, é encontrada em três tipos de acabamento: fosco,
semibrilho e acetinada. É considerada de melhor qualidade do que a látex, conferindo a ela maior
durabilidade e resistência. Ela pode ser lavada (Figura 46).
Látex ou PVA: Também à base de água, é encontrada somente no acabamento fosco.
Como ela é solúvel em água não deve ser usada em exteriores, como fachadas, áreas molhadas ou
que peguem chuva.
Óleo: Possui um composto de ligamento do tipo oleoso, que pode dar acabamento fosco
ou brilhante, e é impermeável e indicada para pintura de móveis, portas e janelas
Esmalte: Pode ser à base de solvente ou à base de água, é bastante resistente à ação da
chuva e do sol e encontrado nos acabamentos fosco, alto brilho ou acetinado, além de indicado para
superfícies de madeira ou metal, principalmente em áreas externas.
Massa corrida: PVA ou acrílica, podendo ser indicada para uniformizar, nivelar e corrigir
pequenas imperfeições em ambientes internos e externos de alvenaria, concreto e paredes em geral.
Confere melhor aspecto às paredes.
Revestimento texturizado: Revestimento composto por emulsão acrílica de elevada
consistência e resistência. Permite disfarçar as imperfeições da superfície, bem como, obter efeitos
decorativos diversos em alto e baixo relevo. Dispensa o uso de massa corrida na sua aplicação (Figura
47).
As embalagens das tintas podem ser vendidas da seguinte forma: Lata (lt) = 18 litros;
Galão (gl) = 3,6 litros; Quarto de galão (ou apenas um quarto) = 0,9 litro. Normalmente utilizam-se de
2 a 3 demãos de tinta em uma pintura. Hoje tem-se uma diversidade de cores, essas podendo ser
personalizadas ou escolhidas conforme um catálogo. As indústrias proporcionam diversos efeitos
decorativos com as tintas e um sistema especial de aplicação das mesmas, simulando texturas e
materiais diversos, entre eles: pátina, madeira, mármore, metais, concretos, entre outros.
51
Figura 46: Parede pintada com tinta acrílica. Figura 47: Tipos de texturas para paredes.
Fonte: https://construindodecor.com.br/ Fonte: https://www.totalconstrucao.com.br/
Descrição da imagem: sala de estar com Descrição da imagem: a figura mostra alguns
parede pintada com tinta acrílica na cor rosa. tipos de texturas para paredes.
52
Vamos conhecer mais um pouco sobre o processo de fabricação desse ladrilho
hidráulico?
Acesse o link https://www.mosaicosamazonas.com.br/dica/por-que-se-chama-
ladrilho-hidraulico
É uma solução econômica, prática e rápida para revestimentos. Apresenta alta resistência
mecânica, porém, deve ser uma das últimas etapas da obra a ser realizada. É preparado em obra,
apesar de algumas empresas já venderem a mistura pronta.
Essa mistura é composta por: cimento em pó, pó de mármore, aditivos e água. Tem o
nome “queimado” porque é “alisado/desempenado”. Pode apresentar algumas fissuras bem finas, o
que lhe confere ainda mais naturalidade e rusticidade. É recomendável utilização de “juntas de
dilatação” a cada área de 1,50 x 1,50 m para evitar trincas no piso.
Através da figura 49, podemos destacar que o tradicional cinza e outras cores neutras
transmitem sobriedade e um grau de elegância aos ambientes.
53
2.10.3 Placas cimentícias
As pastilhas são bastante versáteis: podem ser usadas em paredes, pisos, bancadas, no
teto, em móveis e até na criação de objetos decorativos. O mercado possui vários tipos de pastilhas,
como: mármores, granitos, madeira, porcelanato, Madre pérola, casca de cocô, de lascas de
sementes, aço inoxidável. As características técnicas de cada material devem ser avaliadas de acordo
com a resistência natural dos mesmos. Vamos conhecer um pouco mais de algumas mais usadas pelos
designers. Tenho certeza de que você irá usar bastante esses revestimentos em seus projetos.
54
formando placas com aproximadamente 30 x 30 cm de superfície (Figura 51). Elas podem ter texturas
diferenciadas, sendo lisas, rugosas, ásperas e picotadas. As cores são diversas.
55
Figura 52: Parede revestida com pastilha de vidro.
Fonte: https://www.casinhabonita.com.br/blog/argamassas-para-pastilhas-de-vidro-e-inox-guia-atualizado
Descrição da imagem: parede revestida com pastilha de vidro em formato tijolinho.
As pastilhas adesivas são uma das tendências do momento, são mais práticas de instalar
e de fácil manutenção. Por serem adesivas, elas dispensam o auxílio de argamassas ou colas para
pastilha, podendo ser facilmente fixadas somente com pressão e a resistência do adesivo. Essas
pastilhas adesivas são protegidas com uma capa de resina que protegem da umidade e dos raios
solares. São encontradas em peças de 30 x 30 cm, assim como, as pastilhas de vidro.
2.12 Vidros
56
O vidro temperado é submetido à alta temperatura e brusco resfriamento, o que implica
em um aumento de resistência e de segurança no caso de fragmentação; resiste a altas temperaturas.
Muito indicado para box, portas, mesas.
O vidro laminado é composto por duas ou mais chapas de vidro, intercaladas por uma ou
mais películas plásticas, oferecendo segurança ao usuário, proteção ao ambiente e é um isolante
termoacústico. Bem utilizado em fachadas, guarda-corpos, pisos, escadas (Figura 53) e claraboias.
O vidro aramado possui uma malha de metal no interior do vidro, o que implica em
segurança no caso de fragmentação, sendo ainda antichamas. É considerado um vidro de segurança.
É usado, por exemplo, em guarda-corpos, fachadas, coberturas, fechamentos de claraboias, peitoris,
tampos de balcões e como composição de móveis.
Saiba mais
Que tal você entender mais um pouco sobre os tipos de vidros? Acesse esse link e
você verá dicas muito legais.
Link: https://dicasdearquitetura.com.br/tipos-de-vidro/
2.13 Espelhos
Vamos falar do queridinho da decoração, os espelhos! Eles são objetos coringas nos
ambientes. Eles são usualmente inseridos nos lugares e contém diversas funções, entre elas: servindo
para ampliar a luminosidade e os ambientes.
57
O espelho é uma superfície de vidro comum ou vidro cristal, com uma das faces que
recebe pintura metalizada para fins de refletir a imagem projetada. Os espelhos podem ser usados
na forma de chapas em bancadas, tampos de mesas, divisórias ou móveis. Também são encontrados
em revestimento de paredes e tetos, frente de gavetas, objetos decorativos. Como os espelhos
temem umidade, ao ser colocado em banheiros devem ter um distanciamento da parede com peças
metálicas.
Você sabia que o espelho pode dar a sensação de ampliar os espaços? Pois é, é isso
mesmo que você acabou de ler. Esse é um dos truques mais comuns para projetar
em ambientes pequenos. Um espelho grande pode fazer com que uma sala
pequena pareça muito maior do que é, principalmente se o espelho engloba uma
parede inteira, é colocado em um local central ou mesmo com a forma de uma
janela para criar a ilusão de abertura.
Veja na Figura 54, como os ambientes tornaram-se mais amplos e iluminados com a
instalação dos espelhos. Os tamanhos deles também interferiram na sensação de amplitude, vindo
desde o piso até o teto.
Figura 54: Quarto com espelho nas portas do guarda-roupa, proporcionando ampliação do ambiente.
Fonte: https://viminas.com.br/blog/dicas-para-ampliar-e-valorizar-os-ambientes-com-espelhos
Descrição da imagem: quarto de solteiro com portas do guarda-roupa todo em espelho.
2.14 Gesso
58
Para explicar melhor como é sua extração, vale a pena você acessar esse vídeo e
verificar todo o passo a passo de como o gesso chegar até nossa casa.
Link: https://youtu.be/6RLXAhpwua4
59
E quando falamos de forro de gesso, muitos já falam da sanca. Acredito que você já
escutou esta palavra em algum momento de sua vida, ou já até deve ter visto uma. Vamos agora
conhecer os tipos de sancas existentes, em algum momento você poderá inseri-las em seus projetos.
As sancas são bastante utilizadas para proporcionar resultado estético e atrativo em qualquer tipo de
ambiente. Existem diversos tipos de sancas de gesso, cada um com suas características específicas de
aplicação e de uso. Através do quadro abaixo, vamos identificar quais são.
Tipo de Sanca Características
Sanca Aberta Tem um acabamento na lateral, deixando
um espaço aberto na parte central. Este
modelo permite uma iluminação indireta.
Sanca Fechada A sanca fechada não possui um tipo de
abertura. Portanto, a iluminação só pode
ser feita diretamente, através de pontos
de luz como os spots.
Sanca Invertida A sanca invertida tem características
semelhantes com a sanca aberta. A
diferença é que a abertura é invertida.
Quadro 7: Tipos de sancas.
Fonte: própria autora, 2021.
Vejamos nas Figuras 56, 57 e 58, os ambientes decorados com esses três tipos de sancas:
60
Figura 58: Sanca invertida.
Fonte: https://www.homify.com.br/projetos/532335/drywall
Descrição da imagem: a figura apresenta uma sanca invertida com iluminação embutida.
Ambientes internos também podem ser revestidos com papéis de parede explorando a
criatividade e, na possibilidade de inovar nas estampas, materiais e texturas, podemos criar espaços
marcantes para residências e estabelecimentos comerciais e de modo geral, que apostam em um
visual mais marcante.
Tendências em alta de papéis de parede apontam para as simulações 3D, visual Vintage e
retrô e composições geométricas. Existem os papéis que são apenas impermeabilizados na sua parte
aparente, sendo menos resistentes e não suportando pano úmido em limpeza. E há os papéis
totalmente vinilizados, mais resistentes, suportando bem a limpeza com pano úmido, ideais para
quartos infantis, e locais de muito manuseio.
Fica a dica:
Utilize o papel de parede nos ambientes secos e em paredes internas, pois as
paredes que fazem limite com o exterior geralmente retêm mais umidade. Podem
ser aplicados a paredes, tetos ou móveis.
Lopes (2016) classifica seis tipos de papéis de parede: o de celulose; tradicional, com a
textura do papel comum; o vinílico, feito de PVC e lavável; o TNT (tecido não tecido), produzido com
fibras naturais e sintéticas, que também leva celulose em sua composição; o EVA, que possui uma
61
camada de EVA em sua superfície; o alto-relevo, que tem desenhos com pequenos enxertos; e o
veludo, que passa uma sensação de requinte, ideal para decorações no estilo clássico (Figura 59).
2.16 Tecidos
Eles estão presentes nos estofados, almofadas, cortinas, lençóis, colchas, toalhas de
mesa, toalhas de banho, tapetes, entre outros. Podendo também ser usado como substitutos do
papel de parede, sendo uma opção mais barata. Eles têm grande variedade de opções por conta de
sua composição: fibras, fios e tramas.
Os tecidos indicados para a decoração das paredes seriam os tecidos de tapeçaria ou
tecidos tricoline, sendo necessário que os tecidos tenham tramas grossas e bem unidas. Abaixo, na
Figura 60, segue um exemplo de tecido usado para revestir a parede, proporcionando uma
diferenciação na decoração e dando destaque na parede.
62
Figura 60: Quarto infantil com tecido no revestimento da parede.
Fonte: https://www.transformesuacasa.com.br/7-dicas-de-como-usar-tecidos-para-decoracao-de-paredes/
Descrição da imagem: quarto infantil de menina com parede de fundo revestido com tecido quadriculado.
2.17 Revestimentos 3D
63
Na nossa segunda videoaula vamos falar de dicas, a respeito de alguns desses
materiais que foram apresentados no decorrer de todo e-book. Essas dicas irão te
ajudar quando for projetar os ambientes. Vamos lá!
Estou indicando alguns sites de empresas bem conhecidas, para auxiliar ainda mais
você, e que sempre estão com novidades e tendências. O bom é que em alguns deles
você pode simular os ambientes.
https://www.eliane.com/
https://www.portobello.com.br/
https://www.ceramicaportinari.com.br/
https://www.coral.com.br/
https://www.suvinil.com.br/
Estamos terminando nossa segunda competência, sei que tivemos muitas informações,
mas foi necessário para sua melhor compreensão. Gostaria de enfatizar o quanto é importante você
estar atualizando seus conhecimentos sobre os tipos de revestimentos e materiais existentes no
mercado. Novidades teremos sempre. Então, fique atento.
64
Conclusão
Querido (a) estudante, chegamos ao fim de mais uma disciplina. Espero que você tenha
conseguido assimilar o conteúdo, assim como, assistido as videoaulas, acessado os link e vídeos
sugeridos ao longo do e-book e realizado as atividades propostas.
Você deve ter percebido o quanto os materiais e revestimentos são peças-chaves que
ajudam no quesito estética e proteção dos ambientes. Recomendo muito equilíbrio nas
especificações desses materiais, pois tudo em exagero pode prejudicar a harmonia do espaço e ter
uma certa “poluição” visual.
Foi visto, no decorrer das duas competências, que existem no mercado uma variedade de
opções desses tipos de revestimentos, cada um com características bem diferenciadas e específicas
para cada tipo de uso e espaço. Quando você for fazer a decoração e a escolha desses materiais,
preste muita atenção ao desejo do cliente, mas também concilie com todo seu aprendizado e
conhecimento adquirido. Se errar na escolha de revestimentos, o seu projeto pode ter algum tipo de
problema.
Ah, e como dica, não esqueça de estar sempre buscando a atualização de informações,
pois os revestimentos e os materiais estão em constantes mudanças. Torne-se um profissional
Técnico em Design de Interiores atualizado nas novidades do mercado, pois isso tornará você
diferente dos demais concorrentes.
65
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 16919: Placas cerâmicas - Determinação
do coeficiente de atrito. Rio de Janeiro: ABNT, 2020.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR NM 293: Terminologia de vidros planos
e dos componentes acessórios a sua aplicação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISSO 13006: Placas cerâmicas –
Definições, classificação, características e marcação. Rio de Janeiro: ABNT, 2020.
ASHBY, Michael; JOHNSON, Kara. Materiais e design: arte e ciência da seleção de materiais no design
de produto. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
LOPES, Vanessa José Pereira. Acabamentos interiores em edifícios de habitação: tinta, papel de
parede, ladrilho cerâmico e pedra natural. 2016. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) -
Universidade da Madeira, Funchal, 2016. Disponível em:
https://digituma.uma.pt/bitstream/10400.13/1629/1/MestradoVanessaLopes.pdf. Acesso em: 13
mai. 2021.
MANCUSO, Clarice. Arquitetura de interiores e decoração. Porto Alegre: Editora Sulina, 2004.
MAPA DA OBRA. Descubra como escolher pisos antiderrapantes. 2019. Disponível em:
https://www.mapadaobra.com.br/capacitacao/pisos-antiderrapantes/. Acesso em: 07 mai. 2021.
PORTOBELLO. Tudo sobre revestimento cerâmico. Blog Archtrends Portobello, 2016. Disponível em:
https://archtrends.com/blog/tudo-sobre-revestimento-ceramico/. Acesso em: 04 mai. 2021.
66
Minicurrículo do Professor
Luciana Carneiro
67