Você está na página 1de 69

Legislação Aplicada à Saúde

Ocupacional
Druzila M. L. da Cunha
Silvana Silva dos Santos
Obs.: Se for mais de um autor, a coordenação do curso deve escolher a ordem de citação dos mesmos.
A entrada de autoria na catalogação é pelo primeiro autor citado na folha de rosto, seguindo dos demais
em remissiva.

Curso Técnico em Segurança do Trabalho


Educação a Distância
2020
Legislação Aplicada à Saúde
Ocupacional
Druzila M. L. da Cunha
Silvana Silva dos Santos

Curso Técnico em Segurança do Trabalho

Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa

Educação a Distância

Recife

Fevereiro | 2020
Professor(es) Autor(es) Catalogação e Normalização
Druzila M L da Cunha Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129)
Silvana Silva dos Santos
Diagramação
Revisão Jailson Miranda
Druzila M L da Cunha
Silvana Silva dos Santos Coordenação Executiva
Flavia Vilar George Bento Catunda
Renata Marques de Otero
Coordenação de Curso Manoel Vanderley dos Santos Neto
Raísa Rení Lima Andrade
Coordenação Geral
Coordenação Design Educacional Maria de Araújo Medeiros Souza
Deisiane Gomes Bazante Maria de Lourdes Cordeiro Marques

Design Educacional Secretaria Executiva de


Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger Educação Integral e Profissional
Helisangela Maria Andrade Ferreira
Izabela Pereira Cavalcanti Escola Técnica Estadual
Jailson Miranda Professor Antônio Carlos Gomes da Costa
Roberto de Freitas Morais Sobrinho
Gerência de Educação a distância
Descrição de imagens
Sunnye Rose Carlos Gomes Fevereiro, 2020

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISDB

C972l
Cunha, Druzila M. L. da.
Legislação Aplicada à Saúde Ocupacional: Curso Técnico em Segurança do Trabalho:
Educação a distância / Druzila M. L. da Cunha, Silvana Silva dos Santos. – Recife: Escola Técnica
Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa, 2020.
69p.: il.

Inclui referências bibliográficas.


Caderno eletrônico produzido em fevereiro de 2020 pela Escola Técnica Estadual Professor
Antônio Carlos Gomes da Costa.

1. Saúde ocupacional. 2. Legislação sanitária. I. Título.


CDU – 331:316.776

Elaborado por Hugo Carlos Cavalcanti | CRB-4 2129


Sumário
Introdução .............................................................................................................................................. 6

1.Competência 01 | Legislação Relativa à Saúde Ocupacional .............................................................. 8

1.1 Constituição Federal do Brasil – CFB – 88 .................................................................................................. 8

1.2 Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT ................................................................................................... 9

1.3 Responsabilidade do empregado e empregador – NR-1.......................................................................... 10

1.4 Acidente do trabalho – Lei nº 8213 .......................................................................................................... 13

1.4.1 Considera-se acidente do trabalho – Art. 20 da Lei nº 8.213 ................................................................ 15

1.4.2 Não é considerado como doença do trabalho – Art. 20, § 1º da Lei nº 8.213 ...................................... 17

1.4.3 Equiparam-se ao acidente do trabalho – Art. 21 da Lei nº 8.213 ......................................................... 18

1.4.4 Comunicação do acidente - CAT – Art. 22 da Lei nº 8.213 .................................................................... 19

1.4.5 Dia do acidente – Art. 23 da Lei nº 8.213 .............................................................................................. 22

1.5 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO – NR-7 ................................................. 23

1.5.1 Exames médicos obrigatórios para as empresas ................................................................................... 23

1.5.2 Das Diretrizes e responsabilidades ........................................................................................................ 27

1.5.2.1 Compete ao empregador .................................................................................................................... 27

1.5.3 Do relatório ........................................................................................................................................... 28

1.6 Prevenção ao tabagismo no ambiente do trabalho ................................................................................. 29

2.Competência 02 | Legislação Relativa à Prevenção de Riscos Ambientais ...................................... 33

2.1 Artigos da CFB e CLT relativos aos riscos ambientais ............................................................................... 33

2.2 Conceito e tipos de riscos ambientais ...................................................................................................... 36

2.2.1 Conceito ................................................................................................................................................. 36

2.2.2 Tipos de riscos ........................................................................................................................................ 37

2.3 Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos – NR-09 e o
Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) - NR -01 ................................................................................. 38

2.3.1 Identificação das Exposições Ocupacionais aos Agentes Físicos, Químicos e Biológicos..................... 39
2.3.2 Avaliação das Exposições Ocupacionais aos Agentes Físicos, Químicos e Biológicos .......................... 39

2.3.3 Medidas de Prevenção e Controle das Exposições Ocupacionais aos Agentes Físicos, Químicos e
Biológicos ........................................................................................................................................................ 40

3.Competência 03 | Legislação Relativa à Periculosidade e Insalubridade ......................................... 42

3.1 Periculosidade ........................................................................................................................................... 42

3.2 Insalubridade ............................................................................................................................................ 45

3.3 Condições de Recebimento de Adicional de Periculosidade e Insalubridade .......................................... 46

3.4 Cessação do Adicional de Periculosidade e Insalubridade ....................................................................... 47

3.5 Cálculo de Periculosidade e Insalubridade ............................................................................................... 48

4.Competência 04 | Legislação Relativa à Ergonomia ......................................................................... 50

4.1 Conceito e caracterização de ambiente ergonômico ............................................................................... 50

4.2 Artigos da CFB e CLT relativos à ergonomia ............................................................................................. 51

4.3 NR-17 – Ergonomia ................................................................................................................................... 52

4.3.1 Transporte manual de cargas ................................................................................................................ 54

4.3.2 Mobiliários do ambiente de trabalho .................................................................................................... 55

4.3.3 Equipamentos dos postos de trabalho .................................................................................................. 56

4.3.4 Condições ambientais de Trabalho........................................................................................................ 57

4.3.4.1 Iluminação ambiental ......................................................................................................................... 58

4.3.5 Organização do Trabalho ....................................................................................................................... 59

4.4 Descumprimento da norma regulamentadora ......................................................................................... 61

Conclusão ............................................................................................................................................. 64

Referências ........................................................................................................................................... 65

Minicurrículo do Professor ................................................................................................................... 68

Druzila Maria Lustosa da Cunha ..................................................................................................................... 68

Silvana Silva dos Santos .................................................................................................................................. 68


Introdução
É com enorme satisfação que será apresentado o ebook da disciplina Legislação Aplicada
à Saúde Ocupacional, no qual será abordado os principais tópicos de segurança do trabalho para os
futuros profissionais que atuarão na área de Saúde e Segurança do Trabalho (SST).
Aqui serão abordados conteúdos voltados à compreensão da legislação pertinente e
atualizada no que diz respeito à saúde ocupacional, aos riscos ambientais, à insalubridade, à
periculosidade e à ergonomia existentes no ambiente laboral. Desse modo, a cada competência, o
estudante é estimulado a construir seu conhecimento, participando dos Fóruns, comentando nos
destaques e testando seus conhecimentos nas atividades semanais e ao final da disciplina.
Nossa legislação traz em seu texto obrigações que devem ser cumpridas, tanto para os
Trabalhadores como para os Empregadores, com o intuito de garantir o bem-estar e a segurança do
trabalhador no desenvolvimento de suas atividades, com o objetivo de evitar acidentes e redução da
capacidade produtiva, tanto para o trabalhador como para os que adentram no ambiente laboral.
A legislação aplicada à Saúde Ocupacional é composta por um conjunto de leis, de
portarias, instruções normativas, normas regulamentadoras etc., que dizem respeito às relações de
trabalho, saúde e segurança. Assim, a Saúde Ocupacional cuida não só das condições mínimas no
ambiente de trabalho, mas também do próprio trabalhador para que este possa atuar exercendo sua
atividade produtiva num ambiente saudável.
Portanto, atualmente em nosso país, estamos presenciando uma intensa atividade, com
alteração e revogação de normas, tanto na Constituição Federal Brasileira de 1988 (CFB/88), como
no Direito do Trabalho e no Direito Previdenciário, a fim de adequar-se à realidade da dinâmica das
relações de trabalho.
Você sabia que as Normas Regulamentadoras(NRs) são as regras mais usadas na
Segurança e Medicina do Trabalho e, como o nome mesmo diz, regulamentam, apresentam
parâmetros e fornecem instruções sobre como preservar a saúde do trabalhador e garantir a
segurança no ambiente laboral? O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) já editou 37 NRs,
elaboradas por comissão formada por profissionais que representam tanto o governo, como
empregadores e empregados, tendo 02 Normas Regulamentadoras revogadas, a NR 2 e a NR 27.
As leis determinam as regras e limites de tolerância (LT) para cada tipo de risco ou perigo
existente no ambiente laboral e quando podem vir a causar danos à saúde dos trabalhadores. Além

6
do que, abordam também sobre a responsabilidade do empregador em respeitar esses limites, no
sentido de preservar a integridade física e mental de seus funcionários, clientes e visitantes no âmbito
da Empresa.
Então aqui, serão abordados na 1ª Competência: o texto da CFB/88 que fala sobre a
segurança e medicina do trabalho, passando pela CLT, a Lei nº 8213, que diz respeito a acidentes do
trabalho, a Norma Regulamentadora 7 (NR-7) – que trata do Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional (PCMSO).
Em seguida, será estudado na 2ª Competência: a Legislação sobre Riscos Ambientais, seu
conceito e caracterização e a Norma Regulamentadora 9 (NR-9), que diz respeito a Avaliação e
Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos.
Na 3ª Competência, será abordado o conteúdo da legislação relativa à Insalubridade e à
Periculosidade. Será conceituado e caracterizado, trazendo o estudo das Normas Regulamentadoras
15 e 16 que tratam das Atividades e Operações Insalubres e Perigosas, respectivamente.
E por último, será estudado s na 4ª Competência: a Ergonomia, seus conceitos e
aplicações, fazendo um estudo da Norma Regulamentadora 17 (NR-17) – Ergonomia e as exigências
para um ambiente laboral saudável.
Convido-o então, a dar início a 1ª competência, para alcançar mais um passo em seu
objetivo nesse curso, que é se formar-se como Técnico em Segurança do Trabalho (TST).

7
Competência 01

1.Competência 01 | Legislação Relativa à Saúde Ocupacional

1.1 Constituição Federal do Brasil – CFB – 88

Você sabia que a Constituição Federal (CF/1988), preocupa-se com a saúde e a dignidade
do trabalhador?
No Brasil, os direitos básicos de emprego estão previstos na Constituição Federal de 1988,
que estabelece direitos e condições contratuais mínimas que devem ser observadas nas relações de
trabalho.
Os direitos previstos na Constituição Federal são codificados por leis federais e em sua
grande maioria na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), promulgadas em 1943. A Constituição
Federal também estabelece provisões para direitos de associação sindical e direito de greve.
Além da CLT, regulamentos específicos são estabelecidos nas leis federais para
determinados profissionais (engenheiros, médicos, advogados etc.) e também existem regulamentos
relacionados à saúde e segurança no trabalho, disponibilizados pela Secretaria de
Trabalho. Recentemente o Ministério do Trabalho foi extinto, tendo suas atribuições divididas entre
o Ministério da Economia, Ministério da Cidadania e Ministério da justiça e Segurança Pública.
A CLT também regula todo o sistema processual do Tribunal do Trabalho, onde não há
julgamento por júri, uma vez que uma reclamação trabalhista deve ser apresentada a um tribunal do
trabalho. As ações entre empregadores e funcionários podem ser individuais ou de classe (múltiplos
autores); no entanto, existem tribunais que não aceitam ações coletivas. Portanto, as ações são
geralmente individuais. Por outro lado, ações coletivas podem ser movidas contra o empregador pelo
sindicato que representa os empregados ou pelo próprio Ministério Público do Trabalho, de modo a
defender os interesses dos empregados.
Dessa forma, as relações de trabalho no Brasil são regidas pelas leis trabalhistas
consolidadas e por inúmeras leis e regulamentos complementares. A constituição de 1988 contém
várias disposições trabalhistas. Entre outras coisas, legaliza os sindicatos, as negociações coletivas e
o direito de greve nos setores público e privado.
Portanto, foi a partir da CF/1988 que sugiram instrumentos como as “leis” (CLT), os
decretos, regulamentos, regimentos internos, portarias, instruções, resoluções e as importantes
Normas Regulamentadoras (NRs), todos voltados para a área de Segurança do Trabalho. No entanto,

8
Competência 01

para conhecer melhor essa área, e se tornar um Técnico de Segurança do Trabalho, é necessário ter
o conhecimento básico de toda a legislação. Para isso, será iniciado pela CF/1988.

Leia o capítulo II (Dos Direitos Sociais), art. 7º, XXIII, XXVIII e XXXIII, que dispõe,
especificamente, sobre Segurança e Saúde dos Trabalhadores
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

1.2 Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT

Tendo em vista que o objetivo desta disciplina, é expor as principais normas que regem a
Segurança do Trabalho, será abordado agora a Consolidação das Leis Trabalhistas.
A CLT veio para detalhar de forma mais especifica o que propõe a nossa CF/88.
Então, vamos lá!
Você encontrará os artigos de 154 a 223 no Capítulo V – Da Segurança e da Medicina do
Trabalho, na CLT.

Curioso (a) para saber o que tratam esses artigos?

Esses artigos trazem sérias obrigatoriedades tanto para a empresa como para o
trabalhador. Para a empresa, ter serviços especializados em segurança e medicina do trabalho e o
cumprimento das normas pertinentes. Já para os trabalhadores, a colaborarem com a empresa no
cumprimento das normas e recomendações como, por exemplo, a obrigatoriedade de usar os
Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) fornecidos pelo empregador.

Mas você sabe o porquê de tudo isso?

Muito simples! Para reduzir os riscos ambientais do trabalho e prevenir acidentes, através
de medidas jurídicas que obrigam empresas e trabalhadores a tomarem atitudes comportamentais e
apresentarem condições ambientais seguras.

9
Competência 01

Leia o Capítulo V da CLT – Da Segurança e da Medicina do Trabalho


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm

1.3 Responsabilidade do empregado e empregador – NR-1

Você sabe o que são Normas Regulamentadoras (NRs) e como elas sugiram?
Elas foram criadas pela Portaria nº 3214, de 08 de junho de 1978, com a finalidade de
detalhar de forma mais específica, o que propõe o Capítulo V, Título II, da CLT. São normas de grande
importância na prevenção de acidentes do trabalho, nos diversos segmentos organizacionais. Devido
a sua importância elas são constantemente atualizadas, e hoje temos 37 NRs, mas a NR 2 e a NR 27
foram REVOGADAS pela PORTARIA SEPRT n.º 915, de 30 de julho de 2019, publicada no DOU de
31/07/2019 e pela PORTARIA n.º 262, de 29 de maio de 2008, publicada no DOU de 30/05/2008,
respectivamente.

Fique atento às atualizações das NRs acessando o link:


https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-saude-no-
trabalho/sst-menu/sst-normatizacao/sst-nr-portugues?view=default

Retornando a nossa leitura,


Você sabe, o que trata a NR 1? E quando ela foi alterada?
Ela foi alterada em 12 de março de 2020, pela Portaria SEPRT n.º 6.730. Portanto, bem
recente! Sendo a primeira Norma Regulamentadora, ela introduz as normas regulamentadoras e
estabelece os requisitos para o gerenciamento de riscos ocupacionais no cenário relativo à Segurança
e Saúde no Trabalho (SST) . Ela traz obrigações, competências, direitos e deveres aos principais
responsáveis em SST, como empregados, empregadores, Secretaria de Trabalho (STRAB) e
Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), além da elaboração do Programa de Gerenciamento de
Risco (PGR).

10
Competência 01

As informações descritas nesta competência foi reformulada levando em


consideração a NR 01 disponibilizada no dia 12/03/2020 que entrará em vigor
um ano após sua publicação, ou seja, no dia 12/03/2021. Portanto, é importante
o conhecimento prévio das novas informações para melhor desempenho
profissional.

Vamos agora conhecer mais um pouco a NR-1?

No item 1.4 dessa norma são apontados os direitos e deveres do empregador e do


empregado.
Cabe ao Empregador:
a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no
trabalho;
b) informar aos trabalhadores:
I. os riscos ocupacionais existentes nos locais de trabalho; II. as medidas de controle adotadas pela
empresa para reduzir ou eliminar tais riscos; III. Os resultados dos exames médicos e de exames
complementares de diagnóstico, aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos; IV. os
resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho;
c) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos trabalhadores;
d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e
regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho;
e) determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou doença relacionada
ao trabalho, incluindo a análise de suas causas;
f) disponibilizar à Inspeção do Trabalho todas as informações relativas à segurança e saúde no
trabalho;
g) implementar medidas de prevenção, ouvidos os trabalhadores, de acordo com a seguinte ordem
de prioridade: I. eliminação dos fatores de risco; II. minimização e controle dos fatores de risco, com
a adoção de medidas de proteção coletiva; III. Minimização e controle dos fatores de risco, com a
adoção de medidas administrativas ou de organização do trabalho; e IV. adoção de medidas de
proteção individual.

11
Competência 01

Cabe ao trabalhador:
a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho, inclusive as
ordens de serviço expedidas pelo empregador;
b) submeter-se aos exames médicos previstos nas NRs;
c) colaborar com a organização na aplicação das NRs;
d) usar o equipamento de proteção individual fornecido pelo empregador.
Também é de responsabilidade do empregador a elaboração do Gerenciamento de Riscos
Ocupacionais (GRO), onde será implantado o Programa de Gerenciamento de Risco (PGR) que
substituirá o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) constante na NR 09, a ser abordado
na competência 02.
De acordo com a nova NR 01, as empresas deverão se organizar e elaborar o Gerenciamento
de Riscos Ocupacionais em suas atividades, onde dentro desse GRO constará o PGR, que consiste em
identificar, avaliar e apresentar medidas e ações para prevenir os trabalhadores de doenças e
acidentes, provocados pelos agentes ambientais presentes no ambiente de trabalho. Quando
encontrados agentes físicos, químicos e biológicos no ambiente laboral, deve-se observar, em
conjunto a NR 09, os requisitos para avalição da exposição a esses agentes, que serão descritos no
PGR, além das disposições conforme indicado nas normas regulamentadoras 07 (PCMSO) e 17
(Ergonomia).
Quanto ao Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) o empregador deve:
a) evitar os riscos ocupacionais que possam ser originados no trabalho;
b) identificar os perigos e possíveis lesões ou agravos à saúde;
c) avaliar os riscos ocupacionais indicando o nível de risco;
d) classificar os riscos ocupacionais para determinar a necessidade de adoção de medidas de
prevenção;
e) implementar medidas de prevenção, de acordo com a classificação de risco e na ordem de
prioridade estabelecida na alínea “g” do subitem 1.4.1 da NR 01; e
f) acompanhar o controle dos riscos ocupacionais.
E ainda informar aos trabalhadores sobre a existência de riscos presentes no ambiente de
trabalho e as suas medidas preventivas presentes no plano de ação.
O GRO deve conter o Programa de Gerenciamento de Risco (PGR) com os seguintes requisitos:

12
Competência 01

1. Levantamento Preliminar de Perigo;


2. Identificação de Perigo;
3. Avaliação de Riscos Ocupacionais (com a NR 09);
4. Controle dos Riscos com medidas preventivas, plano de ação, implementação e
acompanhamento das medidas de prevenção, acompanhamento da saúde ocupacional dos
trabalhadores, análise de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho;
5. Preparação para emergências;
6. Documentação.
Estudante, você sabia que o não-cumprimento das disposições legais e regulamentares
sobre segurança e saúde no trabalho acarretará a aplicação das penalidades previstas na legislação
pertinente?

Para saber mais sobre isso, leia os art. 338 ao 344 do Decreto nº 3.048/99.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048compilado.htm

1.4 Acidente do trabalho – Lei nº 8213

Após conhecer um pouco da CF/88, a CLT, bem como a nova NR 1, em relação as questões
de SST, agora você conhecerá sobre o que é Acidente do Trabalho.
No Art. 19 da Lei nº 8213 - Acidente do trabalho – “É o que ocorre pelo exercício do
trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos
segurados previdenciários, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte
ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”.

13
Competência 01

ATENÇÃO!
Obs. 1: houve a inclusão do empregador doméstico na nova redação, o que não
existia na anterior;
Obs. 2: é necessário que o acidente tenha relação com o trabalho, quer seja no
local de trabalho (na empresa) quer seja em qualquer outro local e, neste caso, que
o trabalhador esteja a serviço da empresa;
Obs. 3: essa nova redação, não mudou os elementos que caracterizam o
acidente de trabalho, quais sejam:
- que ocorra a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho;
- que causem a morte, a perda ou a redução de membros, sentidos ou função;
- que estes fatores atuem de forma permanente ou temporária na capacidade
para o trabalho.

Veja a um exemplo prático:


Imagine um trabalhador que faz sua refeição no local de trabalho e sofre um acidente.
Ou, ainda, quando ele vai fazer necessidades fisiológicas e sofre uma lesão. Esse dano sofrido é
considerado como acidente do trabalho?
Percebe-se nesse caso, elementos que caracterizam um Acidente de Trabalho, ou seja, o
acidente ocorreu no local e no horário do trabalho (acidente típico) e a lesão aconteceu no período
destinado à refeição ou por ocasião de necessidades fisiológicas.
• Acidente do Trabalho Típico - é aquele acidente que ocorre com o trabalhador no local
e horário de trabalho, em razão do serviço executado.
Supondo que o acidente ocorreu no restaurante que fica ao lado da empresa, no horário
destinado à refeição e ao descanso, entre um expediente e outro, também será configurado como
Acidente do Trabalho?
A lei não entende isso como acidente do trabalho.
Observe a resposta de acordo com o que a Lei diz.

14
Competência 01

1.4.1 Considera-se acidente do trabalho – Art. 20 da Lei nº 8.213

Segundo a lei, são considerados acidente do trabalho:


I - Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do
trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo
Ministério do Trabalho e da Previdência Social, ou seja, são doenças que decorrem necessariamente
do exercício de uma profissão;

ATENÇÃO!
Obs. 4: precisa que a doença seja atestada por um médico;
Obs. 5: consiste no rol de doenças profissionais afixadas pela Previdência Social;
Obs. 6: decorra dos riscos ambientais (físicos, químicos e biológicos) e pode ocorrer
quando as condições de trabalho que a determinam extrapolam os limites
toleráveis do corpo humano. Ex. bissinose (algodão, linho e cânhamo), siderose
(limalhas e partículas de ferro), silicose (pó de sílica) e asbestose (amianto ou
asbesto).

A B

Figura 1 – Doença Profissional


Fonte: https://sinditex.org.br/campanha_silicose1/
Descrição: Imagem A: pulmões saudáveis, comprovado pelo raio x; imagem B: pulmão com doença profissional
chamada silicose provocada pela sílica, comprovado pelo raio x.

15
Competência 01

Quer saber mais sobre a silicose que também é conhecida como pulmão de
pedra: https://www.youtube.com/watch?v=H9wYj6SRvdE

SAIBA MAIS
Asbestose:
http://www.ufrgs.br/textecc/pneumopatias/files/corpusdivulgacao/pdf/PneumO
c%2014.pdf
Amianto:
https://www.inca.gov.br/exposicao-no-trabalho-e-no-ambiente/amianto
Siderose:
https://opas.org.br/siderose-superficial-pulmonar-e-hepatica-e-seus-
tratamentos/
Bissinose:
http://www.ufrgs.br/textecc/pneumopatias/files/corpusdivulgacao/pdf/PneumO
c%2010.pdf

II - Doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de


condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da
relação mencionada no item anterior. Diferente da doença profissional, a doença de trabalho não
está vinculada à função desempenhada pelo trabalhador, mas ao local onde este trabalhador
trabalha.

16
Competência 01

Figura 2 – Doença do trabalho


Fonte: http://www.cerestprudente.com.br/noticias/dia-internacional-de-combate-as-ler-dort.html
Descrição: As imagens mostram a doença do trabalho Ler /Dort que provoca dores nas mãos, lombar, ombros, pescoço,
joelhos, cotovelos e costas, devido ao esforço repetitivo

ATENÇÃO!
Obs. 7: é necessária relação direta com as condições especiais em que o
trabalho é realizado;
Obs. 8: deve constar na respectiva relação elaborada pelo Ministério da
Previdência Social;
Obs. 9: ex. LER (Lesão por Esforço Repetitivo), Desacusia Ocupacional ou PAIR
(Perda Auditiva Induzida por Ruído Ocupacional), Stress etc.

Saiba Mais
https://www.altoastral.com.br/doencas-no-ambiente-de-trabalho/

1.4.2 Não é considerado como doença do trabalho – Art. 20, § 1º da Lei nº 8.213

a) Doença Degenerativa - As que provocam algum tipo de alteração no funcionamento


do órgão, tecido ou célula do corpo humano, podendo aparecer por infecção, tumor, inflamação.
Ex. câncer, glaucoma, esclerose, doenças cardíacas.
b) Doença do Grupo Etário - As que afetam a determinados grupos conforme sua faixa
etária, os que são considerados idosos (doenças do trato geriátrico), adulto ou crianças (doenças de
trato pediátrico) provocam algum tipo de alteração no funcionamento no corpo humano e típico
daquele segmento etário.
Ex.: doença de Parkinson e doença de Alzheimer (idosos, algumas podem também ser
degenerativas), icterícia e caxumba (crianças).
c) Doença que não Produza Incapacidade Laborativa - As que não chegam a afastar o
trabalhador de suas atividades laborais, não provocam algum tipo de alteração significativa no
funcionamento do corpo humano.

17
Competência 01

Ex.: sinusite, gripe, resfriado.


d) Doença Endêmica – As adquiridas por segurado habitante de região em que ela se
desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela
natureza do trabalho.
Exemplo: a malária pode ser adquirida pelo trabalhador na própria região onde ele habita,
pois é uma doença endêmica. Para que seja considerada doença do trabalho, faz-se necessária
comprovação médica determinando causa e efeito com o ambiente laboral.

Figura 3: Pessoa com olho amarelo


Fonte: https://www.vix.com/pt/saude/542100/olhos-amarelados-podem-ser-sintoma-de-cancer-malaria-e-outras-5-
doencas-graves
Descrição: A imagem mostra o olho de uma pessoa amarelado que é um dos sintomas da malária

1.4.3 Equiparam-se ao acidente do trabalho – Art. 21 da Lei nº 8.213

a) Acidente Ligado ao Trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o
trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação.
Ex.: O Trabalhador sofreu um acidente que provocou um corte profundo no braço, foi
socorrido e levado ao hospital em tempo hábil de reabilitar o membro, contudo passados 30 dias de
recuperação, retornou ao hospital e teve seu braço amputado por uma infecção adquirida no
ambiente laboral.
b) O Acidente Sofrido pelo Segurado no LOCAL E NO HORÁRIO DO TRABALHO, em
consequência de:
• Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de
trabalho;

18
Competência 01

• Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao


trabalho.
• Ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro
de trabalho;
• Ato de pessoa privada do uso da razão (doido ou incapaz totalmente);
• Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força
maior.

Obs. 10: caracteriza acidente do trabalho por ser no horário e local de trabalho
e cometido contra o trabalhador.

c) A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua


atividade.
d) Acidente sofrido pelo segurado, ainda que FORA DO LOCAL E HORÁRIO DE
TRABALHO:
• Na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa.
Ex.: Trabalhador realiza serviço de instalação de antena de recepção e transmissão de
dados na residência de um cliente a favor da empresa em local diverso e vem a sofrer um acidente.
• A prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou
proporcionar proveito.
Ex.: Trabalhador realiza serviço sem determinação da Empresa ou ordem de seu superior,
para evitar prejuízo à empresa ou para fazer com que ela venha a ter lucro, vem a sofrer acidente.
• Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta
dentro de seus planos para melhorar capacitação da mão de obra, independentemente do meio de
locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado.

1.4.4 Comunicação do acidente - CAT – Art. 22 da Lei nº 8.213

Será abordado agora a comunicação de acidente do trabalho (CAT), um importante


documento para o trabalhador, para o empregador, bem como para o governo.

19
Competência 01

Veja o que diz a lei:

Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do


trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em
caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável
entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente
aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social (BRASIL,
1991).

Lei 8.213 art. 22


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm

Você sabe como fazer a CAT?


O registro pode ser feito on-line ou em uma agência do INSS.
Esse registro é emitido em 04 (quatro) vias, sendo:
1ª via – INSS;
2ª via – Segurado ou dependente;
3ª via – Sindicato de classe do trabalhador;
4ª via – Empresa;

ATENÇÃO!
Obs. 11: a empresa ou o empregador doméstico deve comunicar o acidente do
trabalho à Previdência Social até o 1º dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso
de morte, de imediato, à autoridade competente;
Obs. 12: caso a empresa ou o empregador doméstico não façam a CAT, sofrerá
pena de multa, aumentada se ela for reincidente;
Obs. 13: o acidentado ou seu dependente deverá receber da Empresa cópia fiel da
CAT, assim como o sindicato da sua categoria.

Mas você deve estar curioso! Só a empresa deve formalizar a CAT?

20
Competência 01

Podem também formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, o sindicato da


classe do acidentado, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo o
prazo previsto de um dia. A empresa não se exime de sua responsabilidade pela CAT, quando ela é
feita pelos acima citados.
Porém, a responsabilidade da comunicação de acidentes é do setor de pessoal da
empresa, mas algumas delas deixam sob a responsabilidade do setor de segurança e medicina do
trabalho.

Quer aprender a preencher uma CAT?


Então consulte os sites a baixos.
• Registro da CAT on-line:
https://www.inss.gov.br/servicos-do-inss/comunicacao-de-acidente-de-trabalho-
cat/
• Agência do INSS:
https://meu.inss.gov.br/central/index.html?app=localizador#/
• Formulário da CAT:
http://www.previdencia.gov.br/forms/formularios/form001.html

Sobre o formulário, veja algumas dicas:


Dica 1: O Formulário apresenta três campos distintos:
I – Emitente: contém dados da Empresa, do Trabalhador (segurado) e do acidente.
Deve ser preenchido pela Empresa ou, na omissão desta, pelo Sindicato, Autoridade
Pública, Segurado ou Dependente.
II – Atestado Médico: preenchido pelo médico, contém dados da lesão com sua
caracterização.
III – INSS: informações próprias do INSS, a quem cabe preencher.

Dica 2: No campo I você preencherá, os demais são de responsabilidade de


profissionais específicos ou Órgão próprio;

Dica 3: Os itens desse campo, que vão do item 01 ao 53, são de fácil entendimento.
Contudo, entendemos que o item 26 – CBO - possa gerar dúvida. CBO1 é a
Classificação Brasileira de Ocupações. Assim, para o seu preenchimento, deve ser
consultada a tabela para encontrar o código da ocupação do trabalhador
acidentado.

21
Competência 01

1.4.5 Dia do acidente – Art. 23 da Lei nº 8.213

Finalizando esse tópico, veja o que diz a lei sobre o dia do acidente.

Qual data devo considerar como dia do acidente?

“Art. 23. Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do


trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, o dia
da segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o
que ocorrer primeiro.”

Consulte a lei 8.213


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm

ATENÇÃO!
Obs. 14: observe que a lei considera, alternativamente, ou seja, pode ser um
ou outro, o dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho;

Obs. 15: data do início da incapacidade laborativa para o exercício da


atividade habitual é a data em que efetivamente e indiscutivelmente o
trabalhador sofreu o acidente que o impossibilita, pelas características, de
exercer suas atividades, isto é, a que foi atestado pela Comunicação de
Acidente do Trabalho (CAT);

Obs. 16: o dia da segregação compulsória é a data em que o trabalhador, sem


que quisesse a ocorrência do fato, é impedido de trabalhar;

Obs. 17: o dia em que for realizado o diagnóstico é a data em que a doença
foi efetivamente comprovada, diagnosticada, por exame indiscutível e
específico.

22
Competência 01

1.5 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO – NR-7

Pronto para adquirir mais conhecimento? Então vamos nessa!


Conheça agora um dos programas mais importantes para a preservação e promoção da
saúde e da vida do trabalhador.
O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) tem por objetivo
principal de proteger e preservar a saúde dos trabalhadores em relação aos riscos ocupacionais,
conforme avaliação de riscos do Programa de Gerenciamento de Risco (PGR) da organização,
constantes na NR 01.
Nesta altura, o (a) estudante do curso técnico em segurança do trabalho, intuitivamente
sabe que este programa, como todos os demais, tem a característica de prevenção de rastreamento
e detecção antecipada de fatores que prejudicam a saúde do trabalhador, inclusive sua exposição
excessiva a agentes nocivos ocupacionais e análise epidemiológicas, além de subsidiar a implantação
e o monitoramento da eficácia das medidas de prevenção adotadas pelas empresas.

Vale salientar também que, no PCMSO serão encontrados exames que são obrigatórios
aos empregados, sob os cuidados do empregador.

1.5.1 Exames médicos obrigatórios para as empresas

Você saberia dizer quais as finalidades dos Exames Ocupacionais? Observe com
atenção!

Para o empregador:
• Promoção e preservação da saúde dos trabalhadores;
• Redução da ausência motivado por doenças;
• Diminuição de acidentes potencialmente graves;
• Garantia de empregados aptos à função para um melhor desempenho;
• Evitar as implicações legais pela falta de atendimento à sua obrigatoriedade.

23
Competência 01

Para os empregados:
• Garantia da manutenção das condições de saúde para o desempenho da função;
• Minimizar a chance de arbitrariedades em caso de doença ou acidente.

Lembre-se de que:
as condições e procedimentos deverão ser realizados de acordo com as
disposições contidas na NR – 7.

A obrigatoriedade dos exames médicos ocupacionais estão previstos no Programa de


Saúde Médico Ocupacional - PCMSO -, compreendendo exames clínicos e complementares o qual
prevê os seguintes tipos de exames:

1) Admissional - a serem realizados antes que o trabalhador assuma suas atividades.


2) Periódico: a serem realizados de acordo com os intervalos mínimos de tempo abaixo
discriminados:
● Exames Anuais ou intervalos menores: para funcionários expostos a riscos
ocupacionais identificados e classificados no PGR e portadores de doenças crônicas que
aumentem a susceptibilidade a tais riscos ;
● Periodicidade específica (anexo IV): para funcionários expostos a riscos ocupacionais
identificados e classificados no PGR e portadores de doenças crônicas que aumentem a
susceptibilidade a tais riscos, relativo a empregados expostos a condições hiperbáricas;
● Exames Bienais: para os funcionários que não se enquadram nos requisitos acima.
3) De retorno ao trabalho: o exame médico de retorno ao trabalho deverá ser feito
quando o trabalhador retorna às suas atividades depois de um período de afastamento que seja igual
ou superior a 30 dias, com avaliação médica definindo a necessidade de retorno gradativo ao
trabalho. O motivo do afastamento poderá ser por doença, por acidente, que poderá ser de natureza
ocupacional (relacionado ao seu trabalho) ou não.

24
Competência 01

4) De mudança de riscos ocupacionais: deve ser realizado, obrigatoriamente, antes da


data da mudança, adequando-se o controle médico aos novos riscos.
5) Demissional: conforme disposto no art. 168, II da CLT o exame demissional é obrigatório e visa
garantir e comprovar que o trabalhador está saindo da empresa do mesmo modo quando entrou
nela. Serve ainda, como prova para a empresa se defender do trabalhador, caso venha alegar
problemas de saúde adquiridos durante o período que exerceu suas atividades na empresa. Por isso,
é necessário que após o término do contrato, o mesmo realize o exame clínico em até 10 (dez) dias,
portanto, caso o trabalhador já tenha realizado o exame há menos de 135 (centro e trinta e cinco) o
mesmo poderá ser dispensado aos profissionais que realizam suas atividades pertencentes ao grau
de risco 1 e 2, e há menos de 90 (noventa) dias, para as atividades do grau de risco 3 e 4.
Segundo a NR 01 no item 1.4.4 todo trabalhador, ao ser admitido ou quando mudar de
função que implique em alteração de risco, deve receber informações sobre:
a) os riscos ocupacionais que existam ou possam originar-se nos locais de trabalho;
b) os meios para prevenir e controlar tais riscos;
c) as medidas adotadas pela organização;
d) os procedimentos a serem adotados em situação de emergência; e
e) os procedimentos a serem adotados, em conformidade com os subitens 1.4.3 e 1.4.3.1.
Todas as informações a serem transmitidas aos trabalhadores podem ser realizadas
durante os treinamentos e por meio de diálogos de segurança, documento físico ou eletrônico.
Após a realização de cada exame clínico ocupacional, o médico emitirá Atestado de
Saúde Ocupacional – ASO -, que deverá ser disponibilizado ao empregado e fornecido em meio físico
quando solicitado.

Neste momento, dê uma pausa, respire um pouco e tente refletir no que você
leu acima.
Tente memorizar os tipos de exames médicos ocupacionais e rabisque numa
folha como forma de exercício de fixação!

25
Competência 01

Recapitulando!
Entre os exames obrigatórios estabelecidos pela NR 7, estão:
• Exame admissional, para novas contratações.
• Exames periódicos, que dependem do tipo de atividade.
• Exames de retorno ao trabalho, para funcionários que estavam em período de
licença.
• Exame de mudança de riscos ocupacionais.
• Exame demissional.

O que aconteceria se a empresa não elaborasse e implantasse o PCMSO? Reflita?!

Agora que você memorizou e anotou as informações apresentadas, vá ao fórum


de discussões discutir com os colegas sobre o impacto que os trabalhadores e a
empresa sofreriam sem a elaboração do PCMSO.

Anualmente a empresa deve apresentar um relatório do PCMSO, elaborado pelo médico


responsável, com informações sobre o número e tipo de exames clínicos e complementares
realizados, estatísticas de resultados anormais, análise comparativa em relação ao relatório anterior,
incidência e prevalência de doenças e a natureza deles, de acordo com os setores da empresa.
Portanto, saber o que é PCMSO e por que deve ser realizado é muito importante para que
as empresas ajam dentro da legalidade e se destaquem no mercado pela sua preocupação com os
funcionários. Além disso, por ser obrigatório, é preciso atentar cuidadosamente para que todas as
exigências do PCMSO sejam realizadas nos prazos estabelecidos, evitando a ocorrência de passivos
trabalhistas e multas, em decorrência da irresponsabilidade com a saúde dos funcionários. Por isso,
invista em conhecer todas as exigências do programa!

Passivos trabalhistas é o conjunto das cobranças realizadas em caso de


reclamações trabalhistas, fiscalizações do INSS, do Ministério do Trabalho e
Emprego ou do Ministério Público do Trabalho.

26
Competência 01

Agora pense comigo...


Pode-se afirmar que é suficiente o serviço médico para elaborar o PCMSO e implantá-lo
de maneira efetiva?
A resposta seria NÃO, pois o serviço médico nem sempre é suficiente, muito menos a
simples elaboração do PCMSO para tornar efetivo um programa de prevenção à saúde do trabalhador
numa empresa sem, contudo, implantá-lo e garantir sua efetividade. Um programa da importância
do PCMSO, às vezes, exige a participação de outros profissionais, de acordo com a complexidade do
processo de produção e a planta industrial.

Consulte a NR 7:
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-07-
atualizada-2020.pdf

1.5.2 Das Diretrizes e responsabilidades

O PCMSO faz parte de um conjunto de iniciativas da corporação em matéria da saúde de


seus empregados, devendo estar aliados com o descrito nas demais NRs. Este deve ser estruturado
de acordo com os riscos ocupacionais identificados e classificados pelo PGR, descrito na NR 01. Este
requisito visa promover e preservar a saúde dos trabalhadores, além de identificar casos de doenças
ocupacionais. É utilizado para indicar os danos que ocorrem devido aos riscos de cada operação ou a
qualquer outro assunto relacionado a esse ambiente. Também tem o objetivo de auxiliar na
identificação da efetividade das ações de segurança por meio de acompanhamentos e exames
médicos.
Será abordado mais sobre esse programa, explicando quais requisitos devem ser
atendidos, qual é a sua importância, entre outros aspectos. Continue lendo e confira!

1.5.2.1 Compete ao empregador

• Garantir a elaboração e efetiva implantação do PCMSO;


• Custear sem ônus para o empregado todos os procedimentos relacionados ao PCMSO;

27
Competência 01

• Indicar médico do trabalho responsável pelo PCMSO.


O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) é também uma
ferramenta de gestão em saúde, pois permite identificar possíveis situações de risco envolvendo
doenças, ocupacionais ou não ocupacionais. O PCMSO deve ser atualizado anualmente pela Gestão
de Saúde Ocupacional, a qual deve considerar o perfil epidemiológico identificado nos resultados dos
exames periódicos de saúde dos funcionários e nos estudos das causas das ausências por licença
médica.
Portanto, constatada a ocorrência ou agravamento de doença relacionada ao trabalho ou
disfunção orgânica devido aos exames complementares, caberá a empresa, após comunicação do
médico responsável pela elaboração do PCMSO, emitir a Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT;
afastar o empregado da situação, ou do trabalho, quando necessário; encaminhar o empregado à
Previdência Social, quando houver afastamento do trabalho superior a 15 (quinze) dias, para
avaliação de incapacidade e definição da conduta previdenciária; reavaliar os riscos ocupacionais e
as medidas de prevenção pertinentes no PGR.
Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames
complementares, as conclusões e as medidas aplicadas deverão ser registradas em prontuário clínico
individual. Os registros deverão ser mantidos por período mínimo de 20 (vinte) anos após o
desligamento do trabalhador.

1.5.3 Do relatório

A respeito deste tópico, a obrigação de elaborar o Relatório Analítico do PCMSO está


estabelecida no item 7.6 da NR -7 e em seus subitens. Os mais importantes são:

7.6.3 A organização deve garantir que o médico responsável pelo PCMSO


considere, na elaboração do relatório analítico, os dados dos prontuários médicos
a ele transferidos, se for o caso.
7.6.5 O relatório analítico deve ser apresentado e discutido com os responsáveis
por segurança e saúde no trabalho da organização, incluindo a CIPA, quando
existente, para que as medidas de prevenção necessárias sejam adotadas na
organização.

28
Competência 01

Neste momento você, querido estudante pode estar se perguntando: Mas por que
esse relatório é tão importante?

Entre outros motivos, o que torna o Relatório Analítico tão importante é a previsão da
discriminação dos resultados anormais dos exames, por setores da empresa. É também um excelente
indício para detectar a insuficiência de medidas de controle e para PRIORIZAR AÇÕES A SEREM
ADOTADAS.

1.6 Prevenção ao tabagismo no ambiente do trabalho

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), prevenção é o conjunto de ações que visam
assegurar uma melhor qualidade de vida para a população, ou seja, é um preparo prévio para evitar
que algum mal aconteça no futuro. No entanto, como o tabagismo apresentar-se como o maior fator
de risco evitável de adoecimento e morte no mundo é que existe diversas campanhas para evitar o
seu consumo, e consequentemente, as doenças que ele proporciona, daí a importância do seu
estudo.
Foi pensando nisso, que foi criada em 1996 a Lei 9.294, regulamentada pelo Decreto 2.018/96,
proibindo a utilização de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou algum outro tipo de fumígeno,
ou seja, produtos que produzem fumaça ou derivados do tabaco, em ambiente de trabalho coletivo
fechado, privado ou público, salvo exceções.
Dentre os locais mencionados nas disposições desta lei estão:
• as repartições públicas, os hospitais e postos de saúde;
• as salas de aula e as bibliotecas;
• os recintos de trabalho coletivo e as salas de teatro e cinema;
• nas aeronaves e demais veículos de transporte coletivo.
Do mesmo modo que a lei 9.294/96, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
estabelecida pela Norma Regulamentadora NR-5, que tem como finalidade a prevenção de doenças
e acidentes do trabalho, tem como responsabilidade a divulgação de programas e campanhas
educativas relacionadas com a segurança do trabalho, informando seus efeitos prejudiciais à saúde
relacionado ao tabagismo e outras doenças danosas a saúde.

29
Competência 01

Pensando nisso e com o intuito de diminuir os casos de doenças em pessoas com casos de
fumo passivos, em 2014 o decreto 8.262 regulamentou a Lei Antifumo nº 12.546/2011, que proibiu
dentro das empresas os fumódromos. Portanto, quando a empresa determinar restrições quanto ao
uso do cigarro no ambiente de trabalho em espaço coletivo e/ou fechado, ele está cumprindo com
que está definido em lei e não com sentimento de preconceito ou discriminação.

E consulte a Lei 9.294


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d2018.htm

Você deve estar pensando...E os trabalhadores que fumam?


A empresa pode manter um espaço próprio para os trabalhadores fumantes, portanto, que
este espaço seja em áreas livres e totalmente abertas. No entanto, em situações em que o
trabalhador descumprir com as normas da empresa e/ou determinadas em lei, a empresa fica sujeita
a multa e a cassação da licença dependendo do grau de infração.

Saiba mais sobre o tabagismo com o Médico Alexandre Kawassaki do


Instituto do Câncer de São Paulo
https://www.youtube.com/watch?v=i6kYaib6_Pg&feature=emb_logo

Mas, por que tanta preocupação com o tabagismo e como ele pode atrapalhar o desempenho
do trabalhador?
Segundo o INCA, o tabagismo é considerado uma doença crônica adquirida através do
consumo do tabaco ou fumo, cuja a nicotina, seu produto ativo, está presente em cigarros, charutos,
cigarrilhas etc. causando dependência aos que os consomem, levando aos fumantes adoecerem duas
vezes mais que uma pessoa não fumante, possuírem menor resistência física, menos fôlego e baixo
desempenho nos esportes.
Além disso, o INCA e a Organização Mundial de Saúde (OMS) advertem que, a nicotina
presente no cigarro tem relação com aproximadamente 50 enfermidade, entre elas estão vários tipos
de câncer, doenças do aparelho respiratório e cardiovasculares, e, ainda, podem provocar infartos,

30
Competência 01

derrames e obstrução de artérias, o que causa a cada ano, aproximadamente 200 mil mortes, apenas
no Brasil.
Além de enfermidades, a dependência da nicotina proporciona atraso na produtividade e um
alto custo para empresas que contratam trabalhadores fumantes, pois os mesmos param
constantemente para fumar, vão regularmente ao médico, realizam exames e cirurgias devido ao
tabagismo. Por esses e outros motivos que as empresas preferem trabalhadores que não têm o vício,
pois precisam de trabalhadores produtivos, que gastem menos tempo, tenham menos faltas e
proporcionem baixos custos, por isso, em caso de desempate para contratação, a empresa vai preferir
trabalhadores não fumantes.
Segundo Evelen Spila, especialista em oncologia clínica, ao realizar um trabalho onde
contabilizou o tempo que um funcionário perde de trabalho ao sair para fumar, confirma que o
trabalhador que fuma, gasta em média quatro vezes mais com assistência de saúde, além de
contabilizar 34 faltas a mais por motivos de saúde do que os outros trabalhadores. E se calcularmos
que ele pare suas atividades, pelo menos, duas pausas por 10 minutos para fumar, perceberemos
que o mesmo perdeu duas semanas de trabalho.
Agora imagine comigo!!!
Se contabilizarmos um ano de trabalho, notaremos uma grande deficiência na sua
produtividade e no seu desempenho profissional, o que causará prejuízo para a empresa e para sua
saúde.

Você observou como pode ser prejudicial fumar no ambiente de trabalho!?

Mas existe alguma forma de amparar esse trabalhador fumante durante o expediente de
trabalho sem prejudicar a sua saúde e a empresa?
Uma maneira de amparar o trabalhador sem prejudicar a empresa é organizar um
ambiente ao ar livre para que ele possa fumar sem prejudicar os demais colaboradores e adotar
regras para pausas. Nessas pausas, o próprio trabalhador pode substituir o cigarro por frutas, balas,
chicletes, hortaliças cruas como cenoura e pepino, água, chá, sucos entre outros.
Essas medidas adotadas pelas empresas e pelo próprio trabalhador garantirá que a
empresa continue com o trabalhador e o mesmo poderá melhorar sua saúde e até mesmo deixar a

31
Competência 01

dependência pelo cigarro. Por isso, é muito importante manter na empresa campanhas de prevenção
e cuidados com a saúde, dessa forma, todos saem ganhando.

Termina agora o conteúdo desta competência. Portanto, vá assistir agora à


videoaula e responda com atenção a atividade semanal.

Até a próxima competência!

32
Competência 02

2.Competência 02 | Legislação Relativa à Prevenção de Riscos Ambientais


Olá estudante, agora você vai conhecer e identificar os aspectos legais para a Prevenção
de Riscos Ambientais.
Como futuro técnico na área de Segurança do Trabalho, você deve estar se perguntando,
o que são riscos ambientais? Onde os encontrar?
Pois então, primeiramente entenda o que é “ambiente”. Em nosso contexto, é o local
onde se desenvolvem as atividades produtivas e todo o seu entorno que sofre influência e, por sua
vez, influencia cada processo, ou seja, é o ambiente onde está inserido o trabalhador.
Entendido isso, conheça o que diz a lei sobre os riscos presentes no ambiente de trabalho.

2.1 Artigos da CFB e CLT relativos aos riscos ambientais

Veja o que diz a CFB/88.


No Art. 200, dois importantes incisos se destacam, são eles:
“II - Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde
do trabalhador;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.”

Acesse o ART 200 da CFB/88


https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_14.12.2017/art_200_.as
p

Obs. 1: Compete ao Sistema Único de saúde (SUS), além de outras atribuições,


propor ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as ações de
saúde do trabalhador, além disso, colaborar com a proteção do meio ambiente
incluindo o ambiente laboral.

Já em seu Art. 225, no inciso V do §1º, diz:


“§1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
(...)

33
Competência 02

V - Controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e


substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;”(BRASIL,
1988).”

Acesse o ART 225 da CFB/88


https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_06.06.2017/art_
225_.asp

Obs. 2: A CFB/88 assegura a todos o direito ao meio ambiente ecologicamente


equilibrado, essencial a qualidade de vida, garantindo assim, proteção jurídica
ao meio ambiente do trabalho.

Percebe-se que a saúde do trabalhador e o meio ambiente laboral, em nossa Constituição,


são levados à condição de direito social, de natureza constitucional, face ao que dispõem os arts. 6º
e 7º inciso XXII, assim como os arts. 196 a 200 e o art. 225, §1º, inc. V da CFB/88.

Saiba mais acessando:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/ConstituicaoCompilado.htm

Até agora foi estudado apenas da CFB/88, veja agora o que diz a CLT relativos a riscos
ambientais.
A CLT (arts. 154 a 201) e as respectivas NRs, impõem ao Empregador o cumprimento
dessas normas jurídicas, no entanto, cabe ao Poder Público exigir e fiscalizar o que determina a lei.

34
Competência 02

Saiba mais acessando:


http://www.cltlivre.com.br/capitulos_clt/capitulo-v-da-seguranca-e-da-medicina-do-
trabalho

Além, disso, o governo, ratificou diversas Convenções Internacionais relativas à proteção


do trabalhador, que estabelecem a obrigatoriedade de adoção de uma política nacional, voltada à
segurança e à saúde do trabalhador e do meio ambiente laboral, visando prevenir acidentes e danos
à saúde, decorrentes do exercício do trabalho, buscando minimizar os riscos ambientais inerentes à
atividade laboral.
Essas convenções recomendam a implantação e inclusão, a nível nacional, de questões
de segurança, higiene e meio ambiente de trabalho, em todos os níveis de ensino e treinamento.
Obrigam os empregadores a adotar todas as medidas garantidoras, para manter o local
de trabalho higiênico e seguro, bem como garantir a segurança na operação do maquinário e
equipamentos utilizados ou sob sua supervisão.
O art. 200, inciso VII da CFB/88, fala da proteção à saúde que se estende ao meio
ambiente de trabalho. Vejamos:
“Art. 200. Ao Sistema Único de Saúde compete, além de outras atribuições, nos termos
da lei:
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.”
O não cumprimento das normas supracitadas, caracteriza assim o descaso com o meio
ambiente de trabalho, pode implicar em uma infração penal, conforme os arts. 14 e 15 da Lei
6.938/81 e arts. 14 a 17 da Lei 7.802/89.

Saiba mais acessando:


http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/Leis/L6938.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7802.htm

35
Competência 02

Obs. 3: O não cumprimento das obrigações constitucionais de proteção do meio


ambiente laboral, pode resultar em responsabilidade penal e o empregador,
pode receber punição penal (prisão, detenção, multa).

Então, conclui-se que o não cumprimento das normas trabalhistas de medicina e


segurança no trabalho representa um dano ao meio ambiente de trabalho, por outro lado, a redução
dos riscos ambientais, utilizando-se de normas de saúde, higiene e segurança, caracteriza o respeito
e a garantia do direito social dos trabalhadores urbanos e rurais, em consonância com o descrito no
inciso XXII do art. 7° da Magna Carta e obrigação do empregador face aos art. 154 e seguintes da CLT.
Portanto, os profissionais da área de SST lidam com inúmeras leis, normas, instruções,
orientações, ordem de serviço etc. Por isso a necessidade de conhecer a legislação básica em SST e
procurar estar sempre atualizado.

Convido-os a participar do nosso fórum. Acesse o AVA e dê sua contribuição no


fórum, sobre trabalho escravo ainda recorrente em nosso país, para isso, assista
ao vídeo https://www.youtube.com/watch?v=inJ1KVmeEPE

Agora, será abordado um dos temas mais importantes da área de SST.

2.2 Conceito e tipos de riscos ambientais

2.2.1 Conceito

Na nossa legislação, são avaliados e controlados os riscos ambientais através do Programa


de Gerenciamento de Riscos (PGR), descritos na NR 01 e pela Avaliação e Controle das Exposições
Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos, mencionados na NR 09. Segundo a NR 1 e 9,
são considerados riscos ambientais, os agentes físicos, químicos e biológicos, que possam trazer ou
ocasionar danos à saúde do trabalhador nos ambientes de trabalho. Já os riscos ocupacionais são a
combinação da probabilidade de ocorrer lesão ou agravo à saúde causados por um evento perigoso,

36
Competência 02

exposição a agente nocivo ou exigência da atividade de trabalho e da severidade dessa lesão ou


agravo à saúde.
A avaliação de riscos ambientais nem sempre realizada seguindo a NR 01, mas
precisamente o PGR, que trata de um programa de avaliação de riscos que substituirá o antigo PPRA
(Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) estruturado na NR 09, que a partir de 2021 será
chamada de “Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e
Biológicos”, que tem como finalidade definir os requisitos para avaliar os agentes ocupacionais
existentes no ambiente de trabalho, em conjunto ao PGR e PCMSO.
Portanto, a NR 09 será abordada com as atuais modificações prescritas pela portaria n.º
6.735 em conjunto ao que couber, com a NR 01 e a NR 07.

Assista ao vídeo sobre a mudança das normas, disponível no link:


https://www.youtube.com/watch?v=cZvKh5E8tlY

Quais são esses agentes? Você sabe?

2.2.2 Tipos de riscos

No anexo da NR 1, consideram-se:
Riscos Físicos são qualquer forma de energia que, em função de sua natureza, intensidade
e exposição, é capaz de causar lesão ou agravo à saúde do trabalhador. Exemplos: ruído, vibrações,
pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes.
Riscos Químicos são substâncias químicas, por si só ou em misturas, quer seja em seu
estado natural, quer seja produzida, utilizada ou gerada no processo de trabalho, que em função de
sua natureza, concentração e exposição, é capaz de causar lesão ou agravo à saúde do trabalhador.
Exemplos: fumos de cádmio, poeira mineral contendo sílica cristalina, vapores de tolueno, névoas de
ácido sulfúrico.
Riscos Biológicos são aqueles microrganismos, parasitas ou materiais originados de
organismos que, em função da sua natureza e do tipo de exposição, são capazes de acarretar lesão

37
Competência 02

ou agravo à saúde do trabalhador. Exemplos: bactéria Bacillus anthracis, vírus linfotrópico da célula
T humana, príon agente de doença de Creutzfeldt-Jakob, fungo Coccidioides immitis.
Observa-se, que os riscos de natureza Ergonômica e o de natureza Mecânica/Acidentes,
não são objetos de estudo dessa norma (NR 9). Eles são tratados na NR 17 (Riscos Ergonômicos) e os
riscos de natureza Mecânica/Acidentes estão presentes em todas as NRs. Mas serão definidos para
melhor entendimento sobre os riscos a que o trabalhador poderá está exposto.
Os riscos de natureza Ergonômicos são os relacionados ao conforto ambiental, às
condições de ergonomia, determinantes da adaptabilidade que os ambientes de trabalho devem
manter em relação ao homem, oferecendo-lhe bem-estar físico e psicológico. Seus principais agentes
são a monotonia, as posturas incorretas, o ritmo de trabalho intenso, a fadiga, a preocupação
anômala, os trabalhos físicos pesados e os esforços repetitivos.
Já os riscos de natureza Mecânica/Acidentes são aqueles que ocorrem em função das
condições físicas (do ambiente físico de trabalho) e tecnológicas impróprias, capazes de colocar em
perigo a integridade física do trabalhador. Seus principais agentes são o arranjo físico inadequado,
máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação
inadequada, eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado,
animais peçonhentos e ausência de sinalização.

2.3 Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e


Biológicos – NR-09 e o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) - NR -01

Agora que você conheceu os riscos e já sabe como identificá-los, veja como previní-los.
Preparados??
A Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e
Biológicos, foi regulamentado pela NR 9. Tornou-se obrigatória nas empresas, aplicando as medidas
de prevenção onde houver exposições ocupacionais aos agentes físicos, químicos e biológicos,
prevendo sua articulação com outros programas, o Programa de Controle Médico e Saúde
Ocupacional (PCMSO), previsto na NR 7 e o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), descrito na
NR 1.
Seu principal objetivo é estabelecer uma metodologia de ação que garanta a preservação
da saúde e integridade dos trabalhadores frente aos riscos dos ambientes de trabalho, através da

38
Competência 02

identificação, avaliação, exposição, medidas de prevenção e controle das exposições ocupacionais


aos agentes físicos, químicos e biológicos, quando identificados no PGR, descrito na NR 01, e subsidiá-
lo quanto às medidas de prevenção para os riscos ocupacionais.

Saiba mais acessando:


https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-09-atualizada-
2020.pdf

Ao implementar o gerenciamento de risco ocupacional nas atividades dos trabalhadores


constituído pelo Programa de Gerenciamento de Risco (PGR), deve ser levado em consideração para
avaliação dos agentes ocupacionais as seguintes avaliações, de acordo com a NR 09 apenas onde
houver exposições ocupacionais aos agentes físicos, químicos e biológicos.
2.3.1 Identificação das Exposições Ocupacionais aos Agentes Físicos, Químicos e Biológicos

De acordo com o item 9.3.1 da NR 9 para identificação das exposições ocupacionais aos
agentes ocupacionais deverá ser considerado:
a) descrição das atividades;
b) identificação do agente e formas de exposição;
c) possíveis lesões ou agravos à saúde relacionados às exposições identificadas;
d) fatores determinantes da exposição;
e) medidas de prevenção já existentes; e
f) identificação dos grupos de trabalhadores expostos.
O processo de identificação de perigos e avaliação de riscos ocupacionais pode ser realizado
por unidade operacional setor ou atividade, devendo observar as informações descritas nas Normas
Regulamentadoras e demais exigências legais de segurança e saúde no trabalho.

2.3.2 Avaliação das Exposições Ocupacionais aos Agentes Físicos, Químicos e Biológicos

De acordo com o item 9.4.1 da NR 09, as empresas que detectarem agentes ocupacionais
expostos nas atividades dos trabalhadores, devem realizar uma análise preliminar no ambiente de

39
Competência 02

trabalho, assim como, analisar os dados anteriores relacionados aos agentes ocupacionais, com o
objetivo de avaliar a necessidade de aplicação imediata de medidas preventivas ou da realização de
avaliações quantitativas, devendo ser representativa da exposição ocupacional, abrangendo aspectos
organizacionais e condições ambientais que envolvam o trabalhador no exercício das suas atividades,
ou qualitativas, quando necessária.
A avaliação quantitativa das exposições ocupacionais aos agentes físicos, químicos e
biológicos, quando necessária, deverá ser realizada para:
a) comprovar o controle da exposição ocupacional aos agentes identificados;
b) dimensionar a exposição ocupacional dos grupos de trabalhadores;
c) subsidiar o equacionamento das medidas de prevenção.
As avaliações e os resultados das exposições ocupacionais devem ser registrados pela
organização e incorporadas ao inventário de riscos do PGR.

2.3.3 Medidas de Prevenção e Controle das Exposições Ocupacionais aos Agentes Físicos,
Químicos e Biológicos

As medidas de prevenção e controle das exposições ocupacionais devem ser adotadas


objetivando a eliminação ou controle das exposições a esses agentes, devendo estar em concordância
com o PGR e incorporadas ao Plano de Ação, prescritos na NR 01. Onde o PGR contendo o investário
de riscos e o plano de ação e sua atualizações devem ser mantidos por um período mínimo de 20
(vinte) anos ou pelo período estabelecido em normatização específica. E todos os documentos devem
estar sempre disponíveis aos trabalhadores interessados ou seus representantes e à Inspeção do
Trabalho.

Você deve estar se perguntando quem pode elaborar a Avaliação e Controle das
Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos ?

A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação e Controle das Exposições


Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos, poderão ser feitos pelo Serviço Especializado
em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho ( SESMT) ou por pessoa ou equipe de
pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto da NR 9.

40
Competência 02

Então qual é a participação ou a responsabilidade do técnico de segurança do trabalho


na Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e
Biológicos ?

Você como TST, não só participará, como também terá a responsabilidade de identificar
os riscos ambientais e assim contribuir com a elaboração.
Caberá ao empregador o dever de estabelecer estratégias e metodologias a serem
utilizadas no desenvolvimento das ações, assim como a forma de registro, manutenção e divulgação
dos dados obtidos no desenvolvimento das avaliações.

Agora, assista à videoaula e dedique bastante atenção à atividade semanal e à


aula-atividade.

Continue estudando!

41
Competência 03

3.Competência 03 | Legislação Relativa à Periculosidade e Insalubridade

Agora que você já aprendeu sobre a Legislação relativa a Prevenção de Riscos Ambientais
e a Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos –
Norma Regulamentadora 9 (NR 9), você estudará agora a Legislação relativa à Periculosidade e
Insalubridade, bem como as atividades relacionadas a cada condição de risco.
Você deve estar se perguntando por que estudar periculosidade e insalubridade, não é
mesmo? Como você pode observar no artigo 7º, inciso XXIII da Constituição Federal (CF/1988) é
garantido tanto ao trabalhador urbano, quanto ao trabalhador rural um adicional monetário ao
salário, para trabalhadores que exercem atividades penosas, insalubres ou perigosas.

Capitulo II – Dos Direitos Sociais - Art. 7º, inciso XXIII, da CF/88:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

Entenda agora como esse processo funciona.


Vamos lá?

3.1 Periculosidade

De acordo com o art. 193 da CLT, atividades ou operações perigosas, são aquelas que, por
sua natureza ou métodos de trabalho, provoquem risco acentuado devido à exposição permanente
do trabalhador a agentes inflamáveis, explosivos, energia elétrica (Lei n º 7.369/85), roubos ou outras
espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial, e, ainda,
atividades de trabalhadores que utilizam motocicleta.
Por outro lado, a norma regulamentadora 16 (NR 16) considera, além das citadas pela
CLT, atividades e operações perigosas aquelas relacionadas com explosivos que vai desde o seu
armazenamento até o seu manuseio; com inflamáveis, incluindo sua produção e abastecimento em
bombas e as atividades com energia elétrica que envolve desde operações de instalação até
atividades de inspeção de material elétrico. Além das atividades desenvolvidas com radiações
ionizantes ou substâncias radioativas (Portaria nº 3.393 de 17/12/83).

42
Competência 03

Também são consideradas atividades ou operações perigosas, segundo a NR 16, as


executadas com explosivos sujeitos à degradação química ou autocatalítica e à ação de agentes
exteriores, tais como, calor, umidade, faíscas, fogo, fenômenos sísmicos, choque e atritos.
As operações de transporte de inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos, em quaisquer
vasilhames e a granel, são consideradas condições de periculosidade, exceto para o transporte em
pequenas quantidades: até o limite de 200 (duzentos) litros para os inflamáveis líquidos e 135 (cento
e trinta e cinco) quilos para os inflamáveis gasosos liquefeitos.
Trabalhadores que realizam suas atividades nessas condições de risco, têm direito de
receber adicional monetário de 30% no salário, não incluindo as gratificações, prêmios ou
participações nos lucros da empresa.
No entanto, eletricistas que tinham firmado contrato de trabalho antes de dezembro de
2012, devem receber o adicional de 30% sobre o total das parcelas de natureza salarial, nos termos
da Lei nº 7.369/85. Porém a Lei nº 12.740, igualou o recebimento do adicional para todos os
trabalhadores, ou seja, a partir de 2012 todos os trabalhadores receberão 30% de periculosidade
sobre o salário base. No entanto, essa nova alteração gerou conflitos de entendimento dentro da
jurisprudência, o que levou a Resolução 214/2016 alterar a Súmula nº 191 incluindo essa exceção no
recebimento desse adicional.
Atualmente, em regra geral, o cálculo do adicional de periculosidade será realizado sobre
o salário básico, de todos os trabalhadores, com exceção dos eletricitários que já tinham contratos
de trabalho antes da nova edição da Lei 12.740/12.
Além desses, a Súmula nº 364 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), proporciona
também o direito ao adicional de periculosidade aos trabalhadores expostos permanentemente ou
intermitente as condições de risco. Tornando-se indevido o seu recebimento, apenas, quando o
contato ocorre eventualmente, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por
tempo extremamente reduzido.

É bom saber!
Os adicionais de insalubridade e periculosidade não se incorporam aos proventos
de aposentadoria e ao exercício do cargo em atividades insalubres ou perigosas;
também não reduzem o tempo de serviço para a aposentadoria.

43
Competência 03

Você deve estar pensando: Então, esse adicional também é ofertado para
trabalhadores que não realizam suas atividades diretamente com o risco?

Sim, não precisa ser eletricista para receber o adicional, por exemplo. Um trabalhador
que estiver na mesma área de risco, mesmo que não seja eletricista, já tem o direito de receber o
adicional de periculosidade.

O empregador poderá pagar o percentual de acordo com o tempo de exposição?

Não! Uma vez constatado que as condições do ambiente de trabalho proporcionem


perigo para o trabalhador, este adicional dever ser pago integralmente.

Norma Regulamentadora 16:


https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-16-atualizada-
2019.pdf
Artigo 193 da CLT:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452compilado.htm

E os policiais militares?

Entre os anos de 2015 e 2019, foram apresentados três projetos de lei para assegurar o
direito de adicional de periculosidade e insalubridade em atividades relacionadas à segurança pública
bem como, aos agentes penitenciários, aos policiais legislativos federais, aos agentes
socioeducativos, aos agentes de trânsito e aos guardas municipais, o reconhecimento do exercício de
atividades exclusivas de Estado e a percepção de indenização por Atividade de Risco Policial e
Bombeiro Militar.
Os projetos de lei nº 193/2015 e nº 5492/2016 foram analisados e arquivados, ou seja,
não foram aprovadas para liberação do adicional aos trabalhadores da segurança pública. Por outro
lado, o projeto de lei nº 1305/2019 está sendo analisado e aguardando a designação de relator na
Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP).

44
Competência 03

Caso deseje saber sobre a tramitação da provação do adicional de periculosidade e


insalubridade aos trabalhadores da segurança pública, é só acessar o link abaixo onde você vai
encontrar as informações sobre o projeto de lei nº 1305/19 diretamente da Câmara dos Deputados.

Para mais informação sobre a aprovação do adicional aos policiais:


https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2
193497

Saiba Mais! Súmula nº 191


https://juslaboris.tst.jus.br/bitstream/handle/20.500.12178/98142/2016_res02
14.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Caro estudante, antes de passar para o próximo tópico, dê uma pausa.


Convido-o a acessar o Destaque da competência, para ficar atualizado com novas
mudanças publicada pelo governo sobre a periculosidade.

3.2 Insalubridade

Atividades ou operações insalubres, de acordo com o art. 189 da CLT, são aquelas que,
por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, submetem os trabalhadores a agentes
prejudiciais à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em lei, em razão da natureza, da
intensidade do agente e do tempo que estão expostos aos seus efeitos.
No entanto, a Norma Regulamentadora 15 (NR 15), considera atividades ou operações
insalubres as que se desenvolvem acima dos limites de tolerância previstos nesta norma, com
exposição a Ruído contínuo e intermitente; Ruído de impacto; Exposição ao calor; Radiações
ionizantes; Agentes químicos (limite de tolerância) e Poeiras minerais. Além dessas, também estão
inclusas as atividades em Condições hiperbáricas; com Agentes químicos e Agentes biológicos.

45
Competência 03

A avaliação dessa exposição compreende que o Limite de Tolerância é a concentração ou


intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição à fonte de risco,
que não causará danos à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.
Portanto, caso o trabalhador realize suas atividades em ambiente insalubre, ou seja,
acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho e pela NR15, fica garantido
ao trabalhador, segundo o art. 192 da CLT e NR 15, um adicional sobre o salário mínimo da região de
um percentual de 40% (quarenta por cento) para atividades e exposição ao grau de risco máximo,
20% (vinte por cento) para atividades e exposição ao grau de risco médio e 10% (dez por cento)para
atividades e exposição ao grau de risco mínimo.

É bom saber!
Ocorrendo mais de uma exposição a ambientes insalubres, para efeito de
acréscimo salarial, será considerado para cálculo o grau de risco mais elevado,
sendo proibido o recebimento acumulativo dos riscos.

Saiba mais:
• NR 15
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-
atualizada-2019.pdf
• Artigo 189 e 192 da CLT:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6514.htm#art192

3.3 Condições de Recebimento de Adicional de Periculosidade e Insalubridade

Para o recebimento do adicional de periculosidade e insalubridade é necessária a


realização de uma perícia, com elaboração de um laudo técnico emitido pelo Engenheiro de
Segurança do Trabalho ou Médico do Trabalho, que comprove o risco que o trabalhador se encontra
ao realizar suas atividades. Comprovada as condições de risco, seja ela perigosa ou insalubre, a
autoridade regional competente determinará adicional devido ao trabalhador quando não for
possível sua eliminação ou neutralização.

46
Competência 03

É bom saber!
Ocorrendo exposição a atividades e operações perigosas e insalubres (ao mesmo
tempo), o trabalhador poderá optar pelo adicional que achar devido, sendo
proibido o recebimento dos dois adicionais.

E quando começa a validar o recebimento do adicional?

Para ambas as situações, o recebimento iniciará a partir da data de inclusão das atividades
descritas nos quadros aprovados pelo Ministério do Trabalho, NR 15 e NR 16.

3.4 Cessação do Adicional de Periculosidade e Insalubridade

O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com


a eliminação ou neutralização do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos das normas e
legislações vigentes. Essa eliminação ou neutralização deverá ser comprovada através de avaliação
pericial que comprove que não há risco à saúde do trabalhador.

Como pode ser feita essa eliminação ou neutralização?

Muito simples! Através da aplicação de medidas que mantenham o ambiente de trabalho


dentro dos limites de tolerância aplicáveis e através da adequada utilização dos equipamentos de
proteção individual (EPI), que diminuam a intensidade do agente aos limites de tolerância.

É bom saber!
Comprovada a insalubridade, é de responsabilidade da Delegacia Regional do
Trabalho (DRT), comunicar a empresa, estipulando prazos para sua eliminação ou
neutralização.

47
Competência 03

3.5 Cálculo de Periculosidade e Insalubridade

Mas, como o cálculo é feito?


Muito simples!

Veja abaixo dois (02) exemplos de cálculo de periculosidade.

Exemplo1: Mário trabalha como motoboy em uma farmácia. O salário-base de Paulo é de


R$ 1.500. Como ele está enquadrado na categoria que utilizam motocicleta, tem direito ao adicional
de periculosidade.
Assim temos:
Salário base: R$ 1.500
Percentual de periculosidade: 30%

Cálculo:
Periculosidade: 1.500 x (30/100) = 450
Total do valor do salário a ser recebido: 1.500 + 450 = R$ 1.950

Exemplo2: Nesse momento veremos um trabalhador que recebe benefícios (bônus) da


empresa onde atua.
Um eletricista recebe o salário base de R$ 4.000, mas é oferecido para ele um bônus
mensal de R$500,00.
Assim temos:
Salário base: R$4.000
Percentual de periculosidade: 30%
Bônus mensal: R$500,00

Cálculo:
Periculosidade: 4.000 x (30/100) = 1.200
Total do valor do salário a ser recebido: 4.000 + 1.200 + 500 = R$5.700

Nesse caso, esse trabalhador terá no salário um acréscimo de R$1.200 para cada mês de
trabalho e R$ 500 de bônus que é oferecido pela empresa.

Veja agora dois (02) exemplo de cálculo de insalubridade.

48
Competência 03

Exemplo 1: Um operário de uma empresa que trabalha em uma obra muito barulhenta,
mas sem as devidas proteções, exercendo uma atividade insalubre em grau médio.
Assim temos:
Salário mínimo da região: R$ 937
Salário do funcionário: R$ 937
Percentual de insalubridade: 20% (grau médio)

Cálculo:
Insalubridade: 937 x (20/100) = R$ 187,40
Total do valor do salário a ser recebido: 937,00 + 187,40 = R$ 1.124,40.

Exemplo 2: Bruno trabalha com Raio X, mas sem as devidas proteções, exercendo uma
atividade insalubre em grau máximo.
Assim temos:
Salário do funcionário: R$ 2600
Salário mínimo: R$ 1000
Percentual de insalubridade: 40% (grau máximo)

Cálculo:
Insalubridade: 1000 x (40/100) = R$ 400
Total do valor do salário a ser recebido: 2600,00 + 400,00 = R$ 3.000,00.

Terminou mais uma semana de estudos sobre legislação aplicada à saúde ocupacional.
Agora você já sabe o que é periculosidade e insalubridade, quem tem direito de receber os adicionais
e como calculá-los.

Agora vá ao AVA e assista à vídeo aula dessa semana e mantenha muita


atenção nas atividades e novidades do curso.

Bons estudos!

49
Competência 04

4.Competência 04 | Legislação Relativa à Ergonomia


Conheça agora um pouco mais sobre os agentes de riscos Ergonômicos, tratados na
competência 2.
Os riscos Ergonômicos são responsáveis por várias doenças ergonômicas, tais como, a
bursites, mialgias, hérnia de disco e dor nas costas, muito associadas à repetição por um longo
período de tempo do mesmo movimento, como digitar no teclado, por exemplo. Por isso, você como
futuro técnico em SST, deverá estar atento aos problemas que o trabalhador poderá desenvolver no
ambiente de trabalho em função desses riscos, para preservar e promover a saúde e a vida do
trabalhador.

4.1 Conceito e caracterização de ambiente ergonômico

A Ergonomia é a ciência que estuda a adaptação do ambiente às medidas do corpo


humano, considerando assim a interação perfeita entre os trabalhadores e o seu ambiente de
trabalho, como luz, calor, ruídos, odores e os equipamentos e ferramentas utilizados.
Essa ciência veio contribuir para a promoção da segurança e bem-estar dos trabalhadores
e, consequentemente, a eficácia dos sistemas nos quais eles se encontram envolvidos.

Figura 4 - Dimensões de bancada fixa.


Fonte:https://www.bing.com/images/search?view=de-
tailV2&id=6AF14C582778454AFCE6404328A3E7D81CE1B977&thid=OIP.tv9gUZ7AW10GfbXr9P_F7gHaEM&medi-
aurl=https%3A%2F%2Fqualitaocupacional.com.br%2Fwpcontent%2Fuploads%2F2016%2F02%2FEdicao372.png&exph=4
14&expw=730&q=ambiente+ergonomicamente+correto+imagens&selectedindex=75&ajaxhist=0&vt=0&eim=0,1,3,4,6,
8,10
Descrição: trabalhador posicionado em três bancadas de trabalho proporcionais as suas alturas.

50
Competência 04

4.2 Artigos da CFB e CLT relativos à ergonomia

Na CF/88, mais precisamente no capítulo II Dos Direitos Sociais em seu artigo 7º, há a
preocupação quanto à saúde do trabalhador em seu ambiente laboral. Vejamos os incisos abaixo:

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho;
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento,
salvo negociação coletiva;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal; (BRASIL, 1988)

Percebe-se a intenção de proporcionar ao trabalhador um trabalho ergonomicamente


correto, onde constam a duração do trabalho, a jornada de trabalho, o repouso e férias anuais
(respectivamente), fatores que, se não observados criteriosamente pelo Empregador, podem levar o
trabalhador a várias doenças ergonômicas, tais como, o stress, fadiga, etc.
Também encontra-se na CLT a preocupação com a saúde do trabalhador quanto à doença
ergonômica, na prevenção da fadiga em seus artigos 198 e 199, determinando o peso máximo que
um empregado pode remover individualmente, a colocação de assentos apropriados para a correta
postura do trabalhador em seu posto de trabalho, bem como colocar à disposição do trabalhador,
que exerça sua atividade em pé, assentos para serem utilizados nas pausas que o serviço permitir.

Você deve estar se perguntando, qual é o peso máximo? Esse peso é adequado para
mulheres e para menor de idade?

Pois então, para os homens é de 60 kg. Para as mulheres e para o menor há disposição
específica que limita a atividade de remoção de cargas.
Para saber mais sobre o trabalho da mulher, consulte a CLT, que tem um capítulo
dedicado exclusivamente a elas (Capítulo III), dispondo de normas especiais sobre duração e
condições de trabalho.

51
Competência 04

Saiba mais consultando a CLT


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm

PESQUISE MAIS EM:


https://portogente.com.br/portopedia/73862-ergonomia
http://www.cltlivre.com.br/capitulos_clt/capitulo-v-da-seguranca-e-da-
medicina-do-trabalho/40
www.webartigos.com/artigos/o-trabalho-do-menor/2979/

4.3 NR-17 – Ergonomia

A ergonomia é regulamentada pela NR 17, que encontra respaldo jurídico na CLT, nos
artigos 198 e 199, que estudamos no tópico anterior.
Essa Norma Regulamentadora 17, visa estabelecer parâmetros que permitam a
adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo
a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente de todos.

Obs. 1: As condições de trabalho a que se refere essa norma, estão relacionadas


ao:
I – levantamento, transporte e descarga de materiais;
II – mobiliários;
III- equipamentos;
IV- condições ambientais do posto de trabalho;
V- organização do trabalho.

Você deve estar se perguntando o que são características psicofisiológicas dos


trabalhadores?

52
Competência 04

Pesquise o termo psicofisiologia em:


https://www.dicio.com.br/psicofisiologia/

Dentro do nosso contexto, a Ergonomia, leva em consideração não apenas a parte


fisiológica, mas também a parte psicológica do trabalhador, com relação as questões de atenção,
stress e pressão por resultados no ambiente de trabalho.
Para atender as condições mínimas de trabalho, conforme estabelecido na legislação, a
NR 17, exige do empregador, em seu item 17.1.2, realizar a Análise Ergonômica do Trabalho (AET),
para avaliar se a adaptação das condições de trabalho está em conformidade com as características
psicofisiológicas dos trabalhadores. Por ser um documento obrigatório, assim como tantos outros, o
Empregador deve mantê-lo na Empresa e disponível à fiscalização, por parte dos Auditores Fiscais do
Trabalho.
Quais são etapas da AET?
A análise ergonômica do trabalho deve conter as seguintes etapas de execução:
• explicitação da demanda do estudo;
• análise das tarefas, atividades e situações de trabalho;
• discussão e restituição dos resultados aos trabalhadores envolvidos;
• recomendações ergonômicas específicas para os postos avaliados;
• avaliação e revisão das intervenções efetuadas com a participação dos trabalhadores,
supervisores e gerentes;
• avaliação da eficiência das recomendações.
Agora, você deve estar querendo saber quem pode realizar a AET.
A NR 17 não estabelece quem pode realizá-la, ou seja, qualquer profissional que tenha
conhecimento técnico-cientifico suficiente para identificar e avaliar questões que envolvem
biomecânica, anatomia, antropometria, fisiologia e psicologia na relação entre o empregado e seu
trabalho, pode fazer a AET, portanto cabe ao contratante, no caso, o empregador e o auditor fiscal
do trabalho avaliar se foi uma análise ergonômica bem feita ou não.

53
Competência 04

SAIBA MAIS
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-17.pdf
file:///C:/Users/aead/AppData/Local/Microsoft/Windows/INetCache/IE/VWX11
6H0/analise-ergonomica-do-trabalho.pdf

4.3.1 Transporte manual de cargas

Veja nesse tópico alguns pontos importantes do item 17.2 sobre o transporte manual de
cargas.

PARA DESCONTRAIR ASSISTA AO VÍDEO ABAIXO:


Episódio 01 Alivie a carga
https://www.napofilm.net/pt/napos-films/napo-lighten-load/start
Episódio 03 Divide e organiza
https://www.napofilm.net/pt/napos-films/napo-lighten-load/divide-and-rule

Entende-se como transporte manual de cargas, conforme item 17.2.1.1, todo aquele em
que o peso é totalmente suportado por um só trabalhador, desde o levantamento até a deposição do
mesmo, sendo considerado regular esse transporte, se ele for realizado de forma contínua ou
descontínua.
Considera-se como trabalho infantil (jovem), toda forma de trabalho realizado por
trabalhador menor de 18 (dezoito) anos e maior de 14 (quatorze) anos.
Quando forem designados para o transporte manual de cargas, mulheres e trabalhadores
jovens, o peso máximo dessas cargas deverá ser inferior àquele admitido para os homens, para que
não comprometa a sua saúde ou a sua segurança.
A fim de salvaguardar a saúde e prevenir acidentes, a norma estabelece que todo
trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas exceto as leves, deve receber
treinamento ou instruções quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar.

54
Competência 04

SAIBA MAIS
http://www.cltlivre.com.br/artigos_clt/artigo-390

4.3.2 Mobiliários do ambiente de trabalho

Além do transporte manual de cargas, a norma regulamentadora 17, preocupa-se com os


mobiliários do ambiente de trabalho, determinando que ele deve ser adaptado não só às
características antropométricas da população, mas também à natureza do trabalho, ou seja, às
exigências da tarefa.

Você sabe o que a NR recomenda, tanto para trabalho manual sentado quanto para o que
tenha de ser feito em pé?

As bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador


condições de boa postura, visualização e operação. A partir da AET poderá ser exigido suporte para
os pés, que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador.

E se o trabalho tiver de ser realizado com os pés? O que diz a NR?

Para esse tipo de trabalho, além dos requisitos mínimos citados na norma, os pedais e
demais comandos para acionamento devem ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil
alcance.
Quanto as atividades em que os trabalhos realizam de pé, tanto a CLT em seu art. 199,
quanto a NR 17 em seu item 17.3.5, a questão dos assentos está prevista, permitindo a colocação de
assentos, para descanso, devendo ser confortáveis e adequados, ajustáveis à estatura do trabalhador
e o encosto deve proteger a região lombar.

55
Competência 04

Para descontrair assista ao vídeo abaixo:


Episódio 04- Ergonomia radical
https://www.napofilm.net/pt/napos-films/napo-lighten-load/radical-ergonomics

4.3.3 Equipamentos dos postos de trabalho

Você como futuro técnico em SST, estará lidando com diversos profissionais, executando
as mais variadas atividades em seus postos de trabalho. Nesse tópico dê atenção aos equipamentos
dos postos de trabalho.
A NR 17, estabelece em seu item 17.4.1, que todos os equipamentos que compõem um
posto de trabalho devem estar adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à
natureza do trabalho a ser executado.
Ao lidar com atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia
ou mecanografia, muito presente no dia a dia do Digitador, por exemplo, a NR recomenda que seja:
• fornecido suporte adequado, ajustável para documentos e que proporcione boa postura,
visualização e operação, evitando movimentação frequente do pescoço e fadiga visual;
• utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível. Não é permitido o uso de papel
brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento.

Mas, o que diz a NR sobre o principal equipamento do Digitador?

Veja o que um TST atento as questões ergonômicas nos postos de trabalho devem
observar junto com o trabalhador:
• condições de mobilidade suficientes que permitam o ajuste da tela do computador à
iluminação do ambiente, evitando contra reflexos e proporcionando ângulos de visibilidade
adequados ao trabalhador;
• o teclado deve ser independente e ter mobilidade, possibilitando ao empregado ajustá-lo de
acordo com as tarefas a serem executadas;

56
Competência 04

• a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser postos de maneira que as distâncias
olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejam mais ou menos iguais;
• serem posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável.
Fique atento, porque a norma, também dispensa as exigências acima citadas, quando o
trabalhador utilizar eventualmente os equipamentos de processamento eletrônico de dados com
terminais de vídeo, sendo observada a natureza da tarefa executada e levando-se em conta a análise
ergonômica do trabalho (AET).

4.3.4 Condições ambientais de Trabalho

Nesse item, você vai estudar as condições ambientais de conforto no local de trabalho,
nas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constante, como por exemplo, nas salas
de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros,
recomendadas na NR 17.
Quer saber o que é condição ambiental de conforto ou conforto ambiental?
E como isso se relaciona com ergonomia?

Leia o texto e saiba mais sobre conforto ambiental:


http://grunstudio.com.br/voce-sabe-o-que-e-conforto-ambiental/

Percebe-se que a ergonomia está presente nas condições de conforto de realização de


uma tarefa (atividade) no ambiente de trabalho, como um dos requisitos físicos ligados ao conforto
térmico, acústico, visual e qualidade do ar.
Segundo os itens 17.5.1 e 17.5.2 da NR 17 recomenda que:
• As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características
psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado;
• Níveis de ruído de acordo com o estabelecido na norma ABNT NBR 10152;
• Índice de temperatura efetiva entre 20 e 23ºC;

57
Competência 04

• Velocidade do ar inferior a 0,75 m/s;


• Umidade relativa ao ar superior a 40%.

SAIBA MAIS:

CONFORTO HIGROTÉRMICO (TÉRMICO) NR 15-Anexo 3; NBR 15220; ISO 7730; ASHRAE 55:2013
CONFORTO ACÚSTICO NBR 10152; NBR 12179
CONFORTO VISUAL NBR ISO/CIE 8995-1; NHO 11
QUALIDADE DO AR Resolução RE nº9
ERGONOMIA NBR 9050

4.3.4.1 Iluminação ambiental

Você deve estar curioso em saber como tratar a segurança do trabalhador no quesito
iluminação.

Como a legislação poderá beneficiar o trabalhador?

Para efeito de fiscalização pelo Ministério do Trabalho, prevalece o disposto na Norma


Regulamentadora NR 17.
Como um dos requisitos físicos ligados ao conforto ambiental, a iluminação em todos os
locais de trabalho, deve ser adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à
natureza da atividade, distribuída uniformemente e difusa.
A fim de salvaguardar a saúde e prevenir acidentes, a iluminação geral ou suplementar
deve ser projetada e instalada de forma a não ofuscar, não provocar reflexos incômodos, sombras e
contrastes excessivos.
O item 17.5.3.3 da norma, estabelece que os níveis mínimos de iluminamento a serem
observados nos locais de trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidos na NHO 11
proporcionando assim uma harmonização em relação aos níveis mínimos de iluminamento a serem
observados nos ambientes internos de trabalho.

58
Competência 04

A NHO 11 traz especificações e níveis de iluminamento para diversos ramos de atividade


que vão desde áreas de edificação até locais para celebração de cultos religiosos, bem como auxilia
os usuários na análise preliminar dos ambientes de trabalho e verificação de inconsistências no
sistema de iluminação, por meio de um exemplo prático de aplicação da norma.

Você sabe o porquê dessas revisões e atualizações no quesito iluminação?

• atender as atuais mudanças no mercado de iluminação,


• oferecer mais segurança ao trabalhador.

Como a NHO 11 pode beneficiar o trabalhador?

Através de seus anexos, que trazem os aspectos a serem verificados na análise preliminar
e que são importantes em relação ao sistema de iluminação para as questões relacionadas à
segurança dos trabalhadores e que podem influir no desempenho de suas atividades, como por
exemplo, apresenta quadros voltados à identificação e verificação de inconsistências no sistema de
iluminação, com a proposição de recomendações para sanar os problemas identificados.

SAIBA MAIS:
http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-
ocupacional/publicacao/detalhe/2018/8/nho-11-avaliacao-dos-niveis-de-
iluminamento-em-ambientes-internos-de-trabalho
http://paginapessoal.utfpr.edu.br/vilmair/instalacoes-prediais-1/normas-e-
tabelas-de-dimensionamento/NBRISO_CIE8995-1.pdf/view

4.3.5 Organização do Trabalho

Para atender a NR 17, com o objetivo de prevenir as doenças ergonômicas e os acidentes


no ambiente de trabalho, a organização do trabalho deve levar em consideração:
• As normas de produção;

59
Competência 04

• O modo operatório;
• A exigência de tempo;
• A determinação do conteúdo de tempo;
• O ritmo de trabalho;
• O conteúdo das tarefas.
Essa organização pode variar de acordo com cada tipo de atividade. Vejamos algumas e o
que determina a norma:
a) Atividades que exijam sobrecarga muscular.
Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros,
dorso, membros superiores e inferiores, e a partir da AET, devem ser observados dentre outros:
a.1) pausas para descanso,
a.2) se o trabalhador, por algum motivo, ficar afastado por período igual ou superior a 15
dias, a exigência de produção, quanto ele voltar ao trabalho, deverá permitir um retorno gradativo
aos níveis de produção que tinha antes do afastamento.
b) Atividades de processamento eletrônico de dados.
Nas atividades de processamento eletrônico de dados, devem ser observados dentre
outros:
b.1) o tempo efetivo de trabalho não deve exceder o limite máximo de 5 horas, sendo
que, no período de tempo restante da jornada, o trabalhador poderá exercer outras atividades, desde
que não exijam movimentos repetitivos, nem esforço visual;
b.2) nas atividades de entrada de dados, deve haver, no mínimo, uma pausa de 10
minutos para cada 50 minutos trabalhados, e não podem ser descontados da jornada normal de
trabalho;
b.3) o número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser superior a
8.000 por hora trabalhada, sendo considerado toque real cada movimento de pressão sobre o
teclado.

60
Competência 04

SAIBA MAIS:
A NR-17 traz dois anexos importantíssimos com orientações sobre sistema de
autosserviço e checkout, a exemplo de supermercados e comércio atacadista,
bem como recomendações para os serviços de teleatendimento ou
telemarketing, recomendo a leitura após o estudo dos tópicos até aqui
estudados.

4.4 Descumprimento da norma regulamentadora

Curioso em saber o que acontece em caso de descumprimento da norma?


Você como futuro TST, após conhecer as obrigações a serem observadas pelo Empregador
na NR-17, deve saber que o descumprimento das regras pode acarretar multas, indenizações e outras
punições a empesa.
No caso do descumprimento do item 5.7. (Do anexo II) “com o fim de permitir a satisfação
das necessidades fisiológicas, as empresas devem permitir que os operadores saiam de seus postos
de trabalho a qualquer momento da jornada, sem repercussões sobre suas avaliações e
remunerações”, por exemplo, o empregador poderá pagar indenização por danos morais, pelo fato
do trabalhador ter sido tratado com rigor excessivo, além dessa restrição ser extremamente
prejudicial à sua saúde.
Em se tratando de doença profissional (ocupacional), como LER (Lesões por Esforços
Repetitivos), hoje denominadas DORT (Doença Osteomuscular Relacionada ao Trabalho), caso o
trabalhador venha adquirir, em consequência do exercício da sua função, é dever da empresa e
direito do trabalhador comunicar à Previdência Social o acidente de trabalho, através da CAT. O INSS
deverá conceder o benefício adequado ao caso, que pode ser a aposentadoria por invalidez, quando
estiver total e definitivamente incapaz para o trabalho, o benefício de auxílio-doença, quando a
incapacidade for suscetível de recuperação, ou o benefício de auxílio-acidente, quando a lesão for
parcial e definitiva.
A lei, em qualquer dos casos, também garante ao trabalhador o direito à estabilidade de
12 meses (1 ano) contra demissão sem justa causa.
A empresa também deverá arcar com os danos materiais, que são aqueles que podem ser
contabilizados, como despesas para tratamento, dias sem trabalhar, perda de oportunidade de
crescimento na carreira, dentre outros, bem como com os danos morais, que são aqueles impossíveis

61
Competência 04

de serem contabilizados, como abalo moral, dor ou decorrentes de lesões subjetivas e de caráter
psicológico, se a mesma, tiver contribuído de alguma forma para a ocorrência da doença ocupacional.

Saiu no TST (Tribunal Superior do Trabalho)

Passadeira de uniformes militares será indenizada por doença profissional, por


associação não atender às normas de ergonomia do mobiliário.
http://www.tst.jus.br/noticias/-/asset_publisher/89Dk/content/passadeira-de-
uniformes-militares-sera-indenizada-por-doenca-
profissional?inheritRedirect=false

Mas, você já parou para pensar como o TST (técnico de segurança do trabalho) pode
contribuir para evitar que a empresa sofra com multas, indenizações e outras punições.
A função prioritária do técnico de segurança é atuar na prevenção para evitar doenças e
acidentes. Este deve ser seu grande objetivo.
Conheça algumas das principais atribuições como profissional na área de segurança do
trabalho deve estar envolvido:
I- Orientar e coordenar o sistema de Segurança do Trabalho, investigando riscos e causas de
acidentes, analisando política de prevenção;
II- Inspecionar locais, instalações e equipamentos da empresa e determinar fatores de riscos e
acidentes;
III- Propor normas e dispositivos de segurança, sugerindo eventuais modificações nos
equipamentos e instalações e verificando sua observância para prevenir acidentes;
IV- Registrar em documento próprio a ocorrência do acidente de trabalho;
V- Manter contato junto aos serviços médico e social da instituição para o atendimento
necessário aos acidentados;
VI- Orientar os funcionários no que se refere à observância das normas de segurança;
VII- Promover e ministrar treinamentos sobre segurança e qualidade de vida no trabalho;
VIII- Investigar acidentes ocorridos, examinar as condições, identificar suas causas e propor
providências cabíveis.

62
Competência 04

Conheça a legislação específica para o TST:


• Portaria nº 3.237/MET, de 27/07/1972;
• NR 27/Portaria 3.214 – Registro Profissional do Técnico de Segurança do
Trabalho no Ministério do Trabalho (revogada pela Portaria 262/MTE);
• NR 4/ Portaria 3.214/ MTE – Serviço Especializado em engenharia de
Segurança e Medicina do Trabalho;
• Lei 7.410, de 27/11/1985;
• Portaria 3.275/MTE, de 21/09/1989;
• Decreto nº 92.530, de 09/04/1986. Dispõe sobre formação do Técnico de
Segurança do Trabalho;
• Portaria 262/MET de 29/05/2008.

Enfim, chegou o final da quarta competência, deixando um gostinho de quero mais, pois
o assunto é extenso e muito importante para quem vai atuar na área de segurança do trabalho.
O objetivo de estudo foi atingido e vocês estão atualizados com as novas alterações
realizadas nas normas e na Legislação aplicada à saúde ocupacional.

Por isso, convido-os agora a assistir à videoaula, façam as atividades propostas,


com bastante atenção, consultando o e-book e outras referências bibliográficas
sempre que acharem necessário.

Vá em frente e sucesso a todos!

63
Conclusão
A disciplina de Legislação Aplicada à Saúde e Higiene Ocupacional, do Módulo de Saúde e
Higiene Ocupacional, chegou ao fim. Espera-se que ela tenha contribuído para sua formação como
Técnico de Segurança do Trabalho (TST).
Ao longo da disciplina percebe-se, que todos os trabalhadores brasileiros sejam eles
urbanos ou rurais, têm assegurado pela legislação, seja pela CFB, pela CLT ou pelas normas de saúde,
higiene e segurança o direito à eliminação ou redução dos riscos ambientais em seu local de trabalho,
através das obrigações previstas tanto para o trabalhador como para os empregadores.
O descaso às normas de medicina e segurança no trabalho pode acarretar penalidades na
área civil, penal e trabalhista.
Foi abordado na primeira competência os aspectos legais e normativos que envolvem a
proteção da saúde do trabalhador. Nela você descobriu que quando as recomendações falham
surgem as consequências em forma de acidentes de trabalho, causadores estes de enormes prejuízos
não só para o trabalhador como também para a empresa e para a sociedade.
Na segunda competência foi discutida a legislação sobre os programas preventivos
obrigatórios nas empresas como o PCMSO e a Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a
Agentes Físicos, Químicos e Biológicos .
Na terceira competência observou-se o que é adicional de insalubridade e de
periculosidade, e como calculá-los, pois, são adicionais que majoram o salário do trabalhador,
portanto variam conforme a natureza da ocupação e a forma de incidência.
Na quarta e última competência você viu a Ergonomia do trabalho, tema de grande
importância para a segurança dos trabalhadores, com norma regulamentadora própria (NR 17), pois
a maioria das doenças do trabalho e das doenças profissionais decorre não só da inobservância e
inadequação dos programas preventivos obrigatórios, mas, principalmente, da falta de observação à
NR-17.
Portanto, estimado estudante, foi relacionado aqui de forma objetiva e contextualizada
os assuntos relevantes para o profissional da área de STS.

64
Referências

AYRES, N. Sexo, finanças pessoais e emprego também são prejudicados pelo cigarro. Fumar afeta o
desempenho sexual, o rendimento no trabalho e tira um bom dinheiro do seu bolso. Disponível em:
https://www.minhavida.com.br/bem-estar/galerias/16612-sexo-financas-pessoais-e-emprego-tambem-sao-
prejudicados-pelo-cigarro. Acesso em: 31 de março de 2020.

BARSANO, P. R. Segurança do trabalho para concursos. Edit. Saraiva, 2ª Edição. 2017.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 1988. Disponível em:


https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 4 de dezembro
de 2019.

BRASIL. Lei nº 8213, de 24 de julho de 1943. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência
Social e dá outras providências. 1943. Disponível em: http://www.planal-
to.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm. Acesso em: 4 de dezembro de 2019.

BRASIL. Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho.
1943. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm. Acesso em: 30
de out. de 2019.

BRASIL. Súmula nº 364 do TST Adicional de Periculosidade. Exposição eventual, permanente e inter-
mitente. Tribunal Superior do Trabalho. Disponível em:
http://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_351_400.html. Acesso
em: 04 de nov. de 2019.

BRASIL. Norma Regulamentadora 01- Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais. Escola
Nacional de Inspeção do Trabalho. Disponível em:
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-01-atualizada-2020.pdf. Acesso em: 10
de fev. de 2020.

BRASIL. Norma Regulamentadora 4- Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e


Medicina do Trabalho. Escola Nacional de Inspeção do Trabalho. 1978. Disponível em:

65
https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-menu/sst-norma-
tizacao/sst-nr-portugues?view=default. Acesso em: 30 de out. de 2019.

BRASIL. Norma Regulamentadora 7- Programa de Controle Médico Ocupacional. Escola Nacional de


Inspeção do Trabalho. 1978a. Disponível em:
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-07-atualizada-2020.pdf.
Acesso em: 02 de março de 2020.

BRASIL. Norma Regulamentadora 9- Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes


Físicos, Químicos e Biológicos. Escola Nacional de Inspeção do Trabalho. 1978b. Disponível em:
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-09-atualizada-2020.pdf.
Acesso em: 05 de março de 2020.

BRASIL. Norma Regulamentadora 15- Atividade e Operações Insalubres. Escola Nacional de


Inspeção do Trabalho. 1978. Disponível em: https://enit.traba-
lho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15.pdf. Acesso em 15 de abr. De 2020.

BRASIL. Norma Regulamentadora 16- Atividade e Operações Perigosas. Escola Nacional de Inspeção
do Trabalho. 1978. Disponível em: https://enit.traba-
lho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-16.pdf. Acesso em: 16 de abr. de 2020.

BRASIL. Norma Regulamentadora 17- Ergonomia. Escola Nacional de Inspeção do Trabalho. Dispo-
nível em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-
menu/sst-normatizacao/sst-nr-portugues?view=default. Acesso em: 30 de out. de 2019.

BRASIL. Súmula nº 214 do TST. Alteração da redação da Súmula no 191. Disponível em:
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/Resolucao-tst-214-2016.htm. Acesso em 31 de out. de
2019.

BRASIL. Súmula nº 191 do TST. Adicional de Periculosidade. Disponível em:


http://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_151_200.html#SUM-191.

FONSECA, M.P.A. Do adicional de periculosidade proporcional. Lex Editora, Belo Horizonte, 2019.

66
Disponível em: http://www.lexedito-
ra.com.br/doutrina_25692022_DO_ADICIONAL_DE_PERICULOSIDADE_PROPORCIONAL.aspx.
Acesso em: 29 de out. de 2019.

INCA- Instituto Nacional de Câncer. Quais são as doenças causadas pelo uso do cigarro e outros produtos
derivados de tabaco? Disponível em: https://www.inca.gov.br/en/node/1726. Acesso em: 17 de março de
2020.

MACHADO, T.A. O cigarro no ambiente de trabalho. Disponível em:


https://www.einstein.br/noticias/noticia/cigarro-no-ambiente-trabalho. Acesso em: 10 de abr. de 2020.

PANTALEÃO, S.F. Uso do cigarro no ambiente de trabalho- é proibido?. Disponível em:


http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/cigarro.htm. Acesso em: 30 de março de 2020.

67
Minicurrículo do Professor

Druzila Maria Lustosa da Cunha

Sou Druzila Maria Lustosa da Cunha, Graduada em Engenharia Civil pela UFPA e
Licenciada em Física pela UFRPE, Especialista em Educação a Distância pelo SENAC/PE, em Engenharia
do Meio Ambiente pela UFRJ, em Engenharia de Segurança do Trabalho pela UPE. Atualmente atuo
como professora EAD do curso Técnico em Segurança do Trabalho na Escola Técnica Estadual
Professor Antônio Carlos Gomes da Costa (ETEPAC) pela Secretaria de Educação de Pernambuco.

Silvana Silva dos Santos

Sou Silvana Silva dos Santos, graduada em Engenharia Agronômica e Mestre em Ciências
Florestais pela UFRPE, Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho pela UPE e Técnica em
Segurança do Trabalho pelo IFPE. Atualmente atuo como professora EAD do curso Técnico em
Segurança do Trabalho na Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa (ETEPAC)
pela Secretaria de Educação de Pernambuco.

68

Você também pode gostar