Traduzido do Inglês para o Português - www.onlinedoctranslator.

com

CARTA •ACESSO LIVRE você pode gostar

- Adaptando-se a taxas versus quantidades de mudanças
Ameaças sem precedentes às cidades devido ao aumento do nível do mar climáticas: um caso de adaptação às aumento do nível do
mar

em vários séculos Soheil Shayegh, Juan Moreno-Cruz e Ken

Caldeira

- Quão eficaz é a modificação do albedo

Para citar este artigo: Benjamin H Strausse outros2021Ambiente. Res. Deixe16114015 (geoengenharia de gestão da radiação solar) na
prevenção do aumento do nível do mar devido ao
Manto de gelo da Groenlândia?
Patrick J. Applegate e Klaus Keller

- Custos de danos causados por inundações sob o aumento do

Veja oartigo on-line para atualizações e melhorias. nível do mar com aquecimento de 1,5 °C e 2 °C

S Jevrejeva, LP Jackson, A Grinsted et al.

Este conteúdo foi baixado do endereço IP 179.193.137.40 em 23/08/2023 às 14:38

 Ambiente. Res. Deixe16(2021) 114015 https://doi.org/10.1088/1748-9326/ac2e6b

CARTA

Ameaças sem precedentes às cidades devido ao aumento do nível do mar em vários séculos
ACESSO LIVRE

Benjamin H. Strauss1,∗-, Scott A Kulp1, DJ Rasmussen2e Anders Levermann3,4,5-

RECEBIDO
17 de junho de 2021
REVISADO
19 de setembro de 2021
ACEITO PARA PUBLICAÇÃO
11 de outubro de 2021
PUBLICADOS
1
Climate Central, Princeton, NJ 08542, Estados Unidos da América Princeton
2
University, Princeton, NJ, Estados Unidos da América Potsdam Institute for
3
Climate Impact Research, Potsdam 14412, Alemanha
4
Observatório Terrestre Lamont-Doherty, Universidade de Columbia, Nova York, NY 10964, Instituto de Física dos Estados Unidos da
5
América, Universidade de Potsdam, Potsdam 14476, Alemanha
∗Autor a quem toda correspondência deve ser endereçada. E-

22 de outubro de 2021
mail:bstrauss@climatecentral.org

Palavras-chave:aumento do nível do mar, impactos climáticos, mudança

Conteúdo original de
climática Material suplementar para este artigo está disponívelon-line
esta obra pode ser
utilizada nos termos do
Creative Commons
Licença de atribuição 4.0.

Qualquer distribuição posterior

deste trabalho deve
manter a atribuição ao(s)
autor(es) e o título do
trabalho, revista
citação e DOI.
Abstrato
Uma parte das emissões de dióxido de carbono causadas pelo homem permanecerá na atmosfera durante centenas de
anos, aumentando as temperaturas e o nível do mar a nível global. As políticas e acções de redução de emissões da
maioria das nações não parecem reflectir esta ameaça a longo prazo, uma vez que colectivamente apontam para uma
inundação permanente generalizada de muitas áreas desenvolvidas. Usando novos dados de elevação global e população
de última geração, mostramos aqui que, em cenários de altas emissões que levam a 4◦C e uma média projetada de 8,9 m
de aumento médio global do nível do mar dentro de um envelope de aproximadamente 200 a 2.000 anos, pelo menos 50
grandes cidades, principalmente na Ásia, precisariam se defender contra níveis de exposição globalmente sem
precedentes, se possível, ou enfrentam perdas parciais a quase totais de área existente. Nacionalmente, China, Índia,
Indonésia e Vietnã, líderes globais na construção recente de usinas de carvão, têm as maiores populações contemporâneas
ocupando terras abaixo das linhas de maré alta projetadas, ao lado de Bangladesh. Empregamos essa métrica baseada na
população como um índice aproximado para a exposição potencial do ambiente construído em grande parte imóvel,
incorporando culturas e economias como existem hoje. Com base nas projeções do nível médio do mar, pelo menos uma
grande nação em todos os continentes, exceto a Austrália e a Antártica, enfrentaria uma exposição excepcionalmente alta:
terra que abriga pelo menos um décimo e até dois terços da população atual abaixo da linha da maré. Muitas pequenas
nações insulares estão ameaçadas de perda quase total. A linha da maré alta pode invadir terras ocupadas por até 15% da
população global atual (cerca de um bilhão de pessoas). Por outro lado, atingir as metas mais ambiciosas do Acordo
Climático de Paris provavelmente reduzirá a exposição pela metade e poderá evitar requisitos de defesa sem precedentes
em todo o mundo para qualquer megacidade costeira que exceda uma população contemporânea de 10 milhões.

1. Introdução descongelando o permafrost [6]. Devido à resposta estendida das

Prevê-se que as emissões cumulativas de carbono provenientes
da atividade humana sustentem as temperaturas globais perto
do seu pico de aumento durante milénios, mesmo que a
economia global atinja emissões líquidas zero no final deste
século ou no próximo [1–3]. As razões incluem a longa meia-vida
do dióxido de carbono na atmosfera [4]; o lento movimento do
calor entre o oceano e a atmosfera [1–3]; e feedbacks que
amplificam e prolongam o aquecimento, como a perda de
albedo [5] e liberação de metano de
camadas de gelo ao aquecimento, o aumento do nível do mar (SLR)
exibirá uma inércia ainda maior [7–9].
O total de emissões cumulativas moldado pela actividade
económica global ao longo das próximas décadas pode, assim,
trazer consequências profundas a longo prazo ao nível do mar
para as cidades baixas e outras características imóveis
construídas que incorporam as culturas e economias das nações
costeiras e insulares actuais [10,11]. Uma melhor compreensão
destes diferentes legados potenciais do nível do mar pode
informar e motivar as alterações climáticas

© 2021 O(s) autor(es). Publicado por IOP Publishing Ltd

Ambiente. Res. Deixe16(2021) 114015
políticas e metas para uma ampla gama de atores, incluindo
governos nacionais e coalizões internacionais. Aqui
utilizamos relações publicadas entre emissões cumulativas
de carbono, aquecimento e SNM de longo prazo para uma
avaliação global abrangente das ameaças do nível do mar
às cidades numa escala de tempo de vários séculos a
multimilenar sob diferentes cenários de emissões e
aquecimento. Empregando novos conjuntos de dados de
alta resolução e alta precisão para elevação costeira e
densidade populacional, também avaliamos exposições em
nível nacional e global. Finalmente, para contexto,
avaliamos a exposição em 2100 em cenários semelhantes.
1.1. Projeções de aumento do nível do mar
Processos dinâmicos e termodinâmicos complexos dominarão a
evolução temporal do nível do mar neste século [12]. A resposta
de equilíbrio ao aquecimento à escala milenar, no entanto, é
determinada pelos equilíbrios para a expansão dos oceanos e
para o gelo sustentado num mundo mais quente. Ambos
podem ser estimados sem o conhecimento preciso dos estados
transitórios e taxas de emissões, aquecimento ou SNM e,
portanto, também sem especificar quando o equilíbrio SNM será
alcançado (ver, por exemplo, [7]).
Estimativas da resposta de equilíbrio do nível do mar a
longo prazo a uma certa quantidade de aquecimento são
comumente chamadas de compromisso do nível do mar,
porque as emissões de curto prazo parecem moldar
irreversivelmente o nível do mar no futuro distante [7,8,10,
11,13] - são menos exigentes a esse respeito do que as
projeções tradicionais dependentes do tempo. As
estimativas de equilíbrio provaram ser relativamente
robustas. O compromisso do nível do mar relatado pelo
IPCC [7,13] (doravante 'IPCC13') baseou-se na modelagem
física da expansão térmica oceânica, modelagem
termodinâmica de geleiras e calotas polares e modelagem
dinâmica do gelo da Groenlândia e da Antártica. Esses
fatores combinados produzem cerca de 2,3 m de SLR de
longo prazo por 1◦C aquecimento global, consistente com
uma ampla gama de registros paleo [8,14,15], projeções de
longo prazo a partir de modelos físicos dos componentes [
16–19] e a mais recente avaliação do IPCC [20].
O componente dominante do nível do mar vem da
Antártica. A simulação física correspondente foi
realizada com o modelo PennState-3D [17] e foi testado
contra dados paleo [14]. A estimativa resultante de
aproximadamente 1,2 m de contribuição antártica de
longo prazo por 1◦C se aproxima das simulações com o
modelo de manto de gelo paralelo muito diferente [21]
e é consistente com outras simulações [22–24].
O IPCC13 estimou aumentos de equilíbrio do nível do mar que
ocorrem em algum momento dentro de um envelope de 2.000 anos
em resposta a diferentes níveis sustentados de aquecimento. Aqui
aplicamos projeções do nível do mar de Strausse outros 2015 [11]
(doravante 'S15'), que estende o IPCC13 principalmente ao fazer uma
ligação direta com as emissões cumulativas de carbono. As
estimativas medianas do SLR médio global variam de 2,9 m de
elevação em algum momento após
2
BH Strausse outros
1,5◦C de aquecimento por 8,9 m após 4◦C (para mais detalhes,
consulte a tabela1cabeçalhos ou consulte a tabela S1 de S15).
Enfatizamos que estas projeções não prevêem o que os níveis
do mar poderão evoluir neste século, nem fornecem
cronogramas ou intervalos de tempo de aumento. No entanto,
as caudas altas das projeções do nível do mar em outros
estudos, ao contrário de S15, abordando especificamente o ano
2300 - abrangem [25–27] ou quase abrange [12,28] as projeções
centrais aqui avaliadas, sugerindo a possibilidade de atingir
esses níveis de forma relativamente rápida. A última avaliação
do IPCC [20] argumenta que um SLR médio global de mais de 3
m é possível até o ano 2300, mesmo se o limite de aquecimento
de dois graus for atingido (cenário SSP-2.6). Para mudanças
climáticas contínuas consistentes com 4◦C (SSP-8.5), até 7 m de
SNM foram considerados dentro dos resultados prováveis no
mesmo ano, e SNM de até 15 m não podem ser descartados,
enquanto S15 projeta até 11 m para cenários semelhantes, mas
em um momento não especificado dentro de 2.000 anos.
Juntamente com o S15, então, estes estudos indicam que os
principais níveis do mar considerados na presente análise
podem ser realizados entre 200 e 2000 anos a partir de agora,
um período de tempo que designaremos como “plurianual” ou,
mais genericamente, como “longo prazo”. '
Uma advertência importante é que os estudos de compromisso
do nível do mar omitem a consideração de tecnologias de emissões
negativas que, implementadas em grandes escalas, poderiam reduzir
plausivelmente o aquecimento ao longo do tempo [29–31]. Dado que
isto pode, por sua vez, reduzir o equilíbrio do nível do mar a longo
prazo, geralmente evitamos aqui o termo “compromisso”. No
entanto, as tecnologias de emissões negativas são relativamente
subdesenvolvidas, caras e não comprovadas [31–33]. Além disso,
grandes SLR podem se tornar inevitáveis uma vez que o
aquecimento destrua as configurações de gelo, impedindo que
diferentes geleiras e sistemas de camadas de gelo deslizem para o
mar - mesmo que as intervenções possam reverter o aquecimento
posteriormente [9,34–37].
1.2. Exposição da população e do ambiente construído
Poucas avaliações da exposição da população global a SLR e
inundações costeiras se estendem além do século 21 (ver, por
exemplo, revisão em [38]). Até onde sabemos, nenhum desses
estudos de longo prazo avalia sistematicamente as cidades, as
maiores concentrações de ambiente construído na área
costeira; e todos dependem de conjuntos de dados de elevação
global subjacentes com viés de multímetro e/ou consistência e
precisão muito baixas (consulte [39]).
Definimos exposição como a população atual (2010)
que vive em terras abaixo das linhas de maré alta
projetadas. Não consideramos a população futura
projectada devido ao intervalo de tempo muito amplo nas
nossas projecções do nível do mar e devido à enorme
incerteza que residiria em quaisquer projecções
populacionais plurianuais. Os cenários de projeção de
população espacial do Caminho Socioeconômico
Compartilhado amplamente usados para projeções de
exposição costeira estendem-se apenas até 2100 [40,41].
Ambiente. Res. Deixe16(2021) 114015 BH Strausse outros

Tabela 1.Porcentagem da população atualmente ocupando terras abaixo das linhas de maré alta sob projeções de vários séculos com base em diferentes cenários
de aquecimento de equilíbrio – para os 20 grandes países mais afetados (população total de pelo menos 25 milhões) e globalmente. As projeções médias globais
de aumento do nível do mar (SLR) de vários séculos são indicadas entre parênteses ao lado de seus cabeçalhos de cenário de aquecimento correspondentes.
'Presente' denota projeções de vários séculos com base em emissões cumulativas até 2020 apenas, assumindo que não haverá mais emissões líquidas. Os países
são classificados por vulnerabilidade nos 4◦coluna C. Os intervalos de confiança de 66% estão entre parênteses.

País 4◦C (8,9 m SLR) 3◦C (6,4m) 2◦C (4,7m) 1,5◦C (2,9m) Presente (1,9m)

Global 14 (12–15) 12 (10–13) 10 (7,4–12) 7,6 (3,2–11) 5,3 (1,8–9,6)

Bangladesh 67 (60–73) 59 (49–66) 50 (35–60) 37 (14–51) 25 (6,8–46)
Vietnã 64 (62–66) 61 (56–64) 57 (49–61) 49 (33–57) 42 (24–55)
Egito 39 (34–42) 33 (24–38) 27 (11–35) 12 (5,8–28) 7.1 (4.4–23)
tailândia 36 (35–37) 34 (32–36) 32 (28–34) 29 (17–32) 25 (5,7–31)
Malásia 35 (32–38) 31 (25–35) 26 (17–31) 18 (5,7–26) 11 (2,7–23)
Filipinas 34 (32–37) 31 (24–34) 24 (18–31) 18 (7,8–24) 12 (4,8–22)
Japão 34 (31–36) 30 (27–33) 27 (20–31) 20 (5,0–28) 10 (2,8–26)
Mianmar 31 (28–32) 28 (23–30) 24 (14–28) 14 (3,8–24) 7,5 (2,5–21)
Indonésia 24 (22–26) 21 (18–23) 18 (14–21) 14 (5,1–18) 10 (2,5–17)
China 17 (16–18) 16 (14–17) 14 (11–16) 11 (4,5–14) 8,3 (2,0–13)
Iraque 17 (16–18) 15 (14–17) 15 (13–16) 14 (10–15) 12 (7,8–14)
Coreia do Sul 15 (13–18) 12 (9,4–15) 9,7 (6,6–12) 6,7 (1,9–9,8) 3,8 (0,86–8,7)
Arábia Saudita 13 (12–14) 11 (9,1–13) 9,6 (5,9–12) 6.3 (2.1–9.9) 3,9 (0,83–8,9)
Reino Unido 13 (11–15) 11 (9,0–13) 10 (6,9–12) 7,5 (2,5–10) 5.1 (1.2–9.5)
Argentina 12 (10–14) 9,5 (7,6–12) 7,8 (3,9–9,8) 4,6 (0,29–8,1) 0,72 (0,08–7,1)
Estados Unidos 9,9 (8,0–11) 7,9 (5,2–9,8) 5,9 (2,4–8,4) 2,8 (0,44–6,1) 1,2 (0,18–5,0)
Brasil 9,9 (8,4–11) 7,9 (5,6–9,5) 5,9 (2,8–8,1) 3,0 (0,54–6,1) 1,3 (0,30–4,9)
Espanha 9,8 (8,2–11) 8,3 (6,0–9,9) 6,8 (3,2–8,8) 3,7 (0,59–7,1) 1,6 (0,22–6,1)
Índia 8,9 (8,0–9,7) 7,8 (6,4–8,7) 6,6 (4,8–7,9) 4,9 (2,6–6,7) 3,7 (1,6–6,1)
Itália 8,9 (7,4–10) 7,4 (5,2–8,9) 6,0 (1,8–7,9) 2,3 (0,60–6,3) 0,95 (0,45–5,3)

As pessoas vivas hoje claramente não experimentarão
SLR em prazos de vários séculos. Preferimos confiar na
distribuição da população contemporânea como um proxy
aproximado para o ambiente construído existente e em
grande parte imóvel que o aumento do nível do mar
poderia ameaçar a longo prazo. A relação entre população e
desenvolvimento varia amplamente entre regiões e nações
de acordo com sua riqueza e outros fatores.42], por isso
enfatizamos opercentagemda população exposta nas
cidades e nações como um indicador de ameaça.
Embora utilizemos principalmente a exposição da
população contemporânea como um proxy para a exposição do
ambiente construído e do património cultural que ele incorpora,
as implicações humanas diretas desta exposição também são
críticas, especialmente à luz do crescimento populacional
contínuo e projetado nas zonas costeiras [43]. Os níveis do mar
projectados implicam que muitos milhões de pessoas terão de
ser defendidas por novas infra-estruturas ou deslocadas.
1.3. Contabilização das defesas costeiras
A principal advertência para as nossas avaliações de exposição
plurianuais é que as defesas costeiras actuais e especialmente
as futuras oferecerão algum grau de protecção. Nichollse outros
[44] estimou que um quarto do litoral do mundo está
atualmente protegido por diques, enquanto [45] descobriu que
cerca de 100 milhões de pessoas vivem em terra abaixo da linha
da maré alta hoje, presumivelmente atrás de defesas. Olhando
para o futuro, uma investigação considerável à escala regional e
global explorou o potencial de defesa contra os aumentos do
nível do mar que poderiam ser esperados neste século,
geralmente na ordem
de 1 m ou menos (por exemplo [44,46–49]). No entanto,
quase não houve investigação relacionada ao provável
aumento do multímetro após este século ([50], e consulte a
seção4).
Devido à falta de dados globais espacialmente explícitos sobre
as defesas costeiras existentes (até onde sabemos), o período de
tempo longo e incerto deste estudo e a especulação necessária para
projetar a adaptação em um futuro distante, não consideramos
diretamente as proteções costeiras. No entanto, como as cidades
provavelmente serão defendidas (ver, por exemplo, [48]),
enquadramos a nossa análise neste contexto. Definimos um 'limiar
de exposição crítica' que dobra a maior exposição da população ao
nível do mar enfrentada em qualquer cidade global hoje. Em seguida,
identificamos cidades projetadas para exceder esse nível de
exposição sem precedentes devido ao SLR de longo prazo,
implicando na necessidade de defesas sem precedentes,
acomodação profunda ou abandono.
2. Método
2.1. Projeções do nível do mar
O IPCC13 modela estados de equilíbrio para a expansão térmica
dos oceanos, derretimento de geleiras e calotas polares, perda
de massa dos mantos de gelo da Groenlândia e perda de massa
dos mantos de gelo da Antártica. Os valores dos parâmetros
para cada um desses quatro submodelos são amostrados
independentemente e combinados para desenvolver
estimativas centrais e intervalos de confiança de 66% (CIs) de
SLR global comprometido sob diferentes cenários de
aquecimento fixo (1,5◦C–4◦C). Para localizar essas projeções, S15
aplica gravidade espacialmente variável, rotacional e

3
Ambiente. Res. Deixe16(2021) 114015
efeitos deformacionais ao nível do mar causados pela perda de
massa da Groenlândia e da Antártida. O S15 modela cenários
adicionais com base nas emissões cumulativas até o presente
ou em diferentes caminhos de concentração representativos
(RCPs) rastreados ao longo do tempo. Estes modelos empregam
uma distribuição de valores para a resposta climática transitória
às emissões de carbono, uma relação aproximadamente linear
entre as emissões cumulativas e o aquecimento numa escala
centenária a milenar. Para cenários baseados em emissões, os
IC de 66% para SLR comprometida influenciam a distribuição de
respostas climáticas transitórias, bem como a incerteza dos
submodelos do IPCC13. Aqui empregamos projeções S15
localizadas para ambos os cenários baseados em temperatura
(por exemplo, 2◦aquecimento C) e baseados em emissões (por
exemplo, emissões cumulativas sob RCP 8.5 durante um
determinado ano futuro).
Para contextualizar nossa análise principal e enfatizar a
importância do período de tempo considerado, também
avaliamos a exposição sob as projeções do nível do mar do
final do século de Rasmussene outros [51] ('R18' doravante).
Estas são projeções probabilísticas localizadas com
cobertura global baseadas em diferentes cenários de
aquecimento até 2100. Enquanto R18 inclui apenas 1,5◦C, 2◦
C, e 2,5◦C em 2100, adicionamos aqui projeções para 3◦C e 4◦
C para o mesmo ano e com base na mesma metodologia.
Os cenários mais frios provavelmente se aproximarão dos
níveis de aquecimento que permanecerão bastante estáveis
após 2100, mas os cenários mais quentes provavelmente
não o farão, porque as emissões continuarão por mais
tempo nesses cenários. O R18 incorpora fatores climáticos e
não climáticos, estes últimos incluindo o ajuste isostático
glacial e a subsidência induzida pelo homem. As projeções
do nível do mar para vários séculos no IPCC13 e S15 não
incorporam fatores não climáticos.
Tabela suplementar 1 (disponível online em
stacks.iop.org/ERL/16/114015/mmedia) fornece projeções
globais e locais selecionadas do nível do mar a partir de
diferentes cenários, modelos e prazos, conforme usados
na análise atual. Todas as projecções utilizam o ano 2000
como ano de referência para o nível do mar.
2.2. Análise de exposição
Na última década, a maioria das análises da exposição
global a SLR [38,52] confiaram em dados de elevação da
Shuttle Radar Topography Mission da NASA (SRTM [53]), que
sofre de um viés vertical positivo médio multímetro em
áreas costeiras [39]. Mais recentemente, alguns esforços
(por exemplo [54–56]) empregaram o conjunto de dados
derivado de SRTM MERIT DEM [57], mas o MERIT DEM
produz subestimações da exposição da população costeira
muito semelhantes àquelas baseadas no SRTM, uma vez
que nenhum deles leva em conta a média do SRTM de
telhados com elevações do solo em ambientes urbanos [45].
Aqui, usamos CoastalDEM versão 1.1 [58] com resolução
horizontal de 30 m, recentemente
4
BH Strausse outros
desenvolvido usando uma rede neural artificial aplicada
ao SRTM e projetada para reduzir o viés e a dispersão,
inclusive em áreas desenvolvidas. As avaliações de erro
mostraram que nos EUA e na Austrália, onde dados de
elevação de terra nua baseados em lidar de alta
qualidade estão amplamente disponíveis, a correlação
entre a densidade populacional e o erro vertical
presente no SRTM foi nivelado no CoastalDEM ([58],
figura 2 nele). O CoastalDEM produz estimativas da
exposição da população costeira substancialmente mais
próximas das avaliações de 'verdade' baseadas em lidar
do que SRTM ou MERIT DEM [45], provavelmente
refletindo esse desempenho aprimorado em áreas de
alta densidade. Figura1ilustra a topografia do
CoastalDEM, descrevendo terrenos vulneráveis a
cenários selecionados em várias grandes áreas
metropolitanas. Como o SRTM, o CoastalDEM é limitado
a latitudes entre 60◦N e 56◦S. No entanto, cerca de 99,7%
da população humana vive nesta zona [45], tomamos a
liberdade de chamar nossa análise de global. Para
desenvolver estimativas de exposição para qualquer
cenário, empregamos um método de banheira
modificado conforme descrito em [45] para identificar
terrenos abaixo da linha de maré alta local projetada -
um termo que usamos para denotar SLR local projetado
adicionado à maré alta média local contemporânea, um
nível de maré definido. A exposição é ainda restrita a
terras hidrologicamente ligadas ao oceano ao nível
projectado. Em seguida, tabulamos a população que
habita essa terra nos níveis local, nacional e global,
empregando o conjunto de dados de densidade
populacional de alta precisão WorldPop [59,60[61]
dentro de cada nação. Para aglomerações urbanas
(UAs), utilizamos diretamente os limites definidos pelo
conjunto de dados Natural Earth populatedarea-
boundaries [62]. O método da banheira não captura as
superfícies inclinadas da água típicas durante as
inundações costeiras [63,64], mas é aplicado aqui
apenas para representar o efeito da SLR.
3. Resultados
Salvo indicação em contrário, apresentamos todos os resultados
como estimativas medianas emparelhadas com ICs de 66%.
Quantificamos esses intervalos exclusivamente com base na
incerteza nas projeções do nível do mar.
3.1. Exposição global
Mesmo num cenário hipotético sem emissões globais
líquidas após 2020 (com emissões cumulativas
aproximadas de 620 GtC com base em valores históricos
e previsões sob RCP 8.5 [65,66]), o carbono já existente
na atmosfera poderia sustentar um aquecimento
suficiente para que o nível médio global do mar subisse
1,9 (0–3,8) metros nos próximos séculos. Nossa análise
Ambiente. Res. Deixe16(2021) 114015
Figura 1.Superfícies de inundação dadas projeções centrais para o nível do mar em 2100 (4◦Cenário de aquecimento C) e ao longo de um período de tempo
de vários séculos (2◦C e 4◦cenários C).
indica que cerca de 5,3% (1,8%–9,6%) da população global, ou
360 (120–650) milhões de pessoas, vivem atualmente em terras
abaixo das novas linhas correspondentes da maré alta. SLR de
vários séculos de cortes de carbono que mantêm o aquecimento
no limite superior proposto do Acordo Climático de Paris, 2◦C,
levaria a um aumento médio global médio de 4,7 milhões e
ameaçaria a terra que hoje abriga cerca de duas vezes mais
pessoas, enquanto um limite superior de confiança de 10,8
milhões de SLR média global após 4◦C de aquecimento
sustentado—possível sob as atuais tendências de emissões [67,
68]—pode afetar a terra agora
BH Strausse outros
lar de até um bilhão de pessoas, ou 15% da população
global atual, e todo o ambiente imóvel construído e o
patrimônio cultural que isso implica (veja as linhas
superiores da tabela1e tabela suplementar 2 para mais
cenários). Em comparação, 2,5% a 3,0% das pessoas (170 a
200 milhões) vivem atualmente em terras globais que
deverão cair abaixo da linha da maré alta em 2100, após
medianas de 0,48 a 0,73 m da SNM média global estimada
em 1,5.◦C a 4◦C aquecimento por R18 (consulte as linhas
superiores das tabelas complementares 3 e 4 para obter
mais detalhes).