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Conversa sobre carreira

Frequentemente me deparo com pessoas que me perguntam sobre os planos da carreira.


Sejam os alunos que buscam ingressar no mercado de trabalho (e querem acertar na
primeira escolha), ou mesmo, pessoas que buscam uma transição ou avanço na carreira.
É fato que, pessoas diferentes possuem motivações e aspirações diferentes, logo, não há
uma receita de bolo, que eu poderia revelar. Ao mesmo tempo, muitas das coisas que
nos movem foram descobertas ao longo do tempo, e precisamos entender e respeitar o
processo de autoconhecimento e autodescoberta.
Dito isto, eu gostaria de levantar três pontos básicos que devem fazer parte de uma
reflexão no momento da escolha de uma profissão ou carreira.
1.Conhecimento: e aqui me refiro as habilidades (técnicas ou interpessoais) que
possibilitam exercer aquela função da melhor forma possível. Existem habilidades que
podemos aprender ou lapidar ao longo do tempo. Resume-se na pergunta: Eu sei fazer
ou eu posso aprender?
2.Satisfação: de um modo simples, seria aquilo que te move a prosseguir, que
proporcione a motivação para você levantar para ir trabalhar mesmo diante dos dias
complicados (pois eles existirão). Pois um trabalho que conflite com seus princípios ou
que gere desconforto terá um impacto emocional negativo. E aqui se insere a pergunta:
Terei satisfação ao fazer isso ou eu me vejo fazendo isso?
3.Remuneração: são os recursos recebidos, sejam eles financeiros ou não. Sim, este item
é relevante e não tenha vergonha de pensar ou falar sobre este aspecto.
Consequentemente surge a pergunta: Me trará a remuneração suficiente?
Esses três pontos básicos estão intimamente interligados.
Pois quando observo uma atividade que me traga apenas conhecimento e satisfação,
contudo, não me remunere, eu estou pensando em um hobby. E entenda bem, essa
atividade não precisa ser eliminada da vida, entretanto, talvez ela não seja uma profissão
ou carreira.
Ao mesmo passo se eu pensar em uma atividade que me proporciona satisfação e
remuneração, contudo, não possuo conhecimento (habilidades) para exercê-la (e não
posso aprender), estou diante de uma utopia (imaginário). E, se me permite uma pitada
de humor, eu adoraria ser um grande jogador de futebol ou um piloto de fórmula 1,
entendo que me traria satisfação e remuneração, contudo não possuo o conhecimento
para isso.
Espero que esta breve conversa tenha proporcionado a você boas reflexões. E
certamente teremos próximas conversas. Sucesso em suas escolhas!

Ricardo de Souza é mestre em Administração, autor de livros e idealizador da


DêValor (plataforma de ensino de Gestão & Dinheiro) - rsouzaadm@hotmail.com

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