Apostila Planejamento de Carreira

KARINE MONTEIRO SILVA BRASIL ALMEIDA - karinebrasil37@gmail.com - CPF: 866.803.
071-04
Cronograma:
Módulo 1
- Aula 1 Me encontrando na psicologia
- Aula 2 Áreas de atuação do psicólogo
- Aula 3 CRP (passo a passo para solicitar o número de registro, importância do
registro)
- Aula 4 Currículo (Vitae e Lattes)
- Aula 5 Desenvolvimento Contínuo e Capacitação
Módulo 2
- Aula 6 Como me destacar na psicologia?
- Aula 7 Construindo o caminho na psicologia
- Aula 8 Psicologia e mídias sociais
- Aula 9 Como se destacar nas redes sociais
- Aula 10 Primeiros passos para empreender
- Aula 11 Você não é perfeito, pare de se cobrar tanto!
Módulo 3
- Aula 12 Possibilidades de trabalho na psicologia?
- Aula 13 Psicologia Clínica
- Aula 14 - Psicologia Clínica - Como escolher onde/como trabalhar?
- Aula 15 - Psicologia Clínica - Remuneração (convênio X particular)
- Aula 16 - Psicologia Clínica - PJ ou PF
Módulo 3
- Aula 17 - Gestão empresarial e financeira
- Aula 18 - Relação com o dinheiro
- Aula 19 - Nem tudo o que você recebe vai para o seu bolso
- Aula 20 - Controle e Organização Financeira
- Aula 21 - Como calcular o valor da hora?
Módulo 4
- Aula 22 - Planejamento de carreira
- Aula 23 - Análise SWOT
- Aula 24 - Metas SMART
KARINE MONTEIRO SILVA BRASIL ALMEIDA - karinebrasil37@gmail.com - CPF: 866.803.071-04

- Aula 1 Me encontrando na psicologia
Após cinco anos de muita dedicação, responsabilidade, escolhas e noites em

claro estudando, finalmente conseguimos o famoso canudo e nos graduamos em
psicologia. Porém, muitos psicólogos recém-formados têm dificuldade em escolher
uma área de atuação quando terminam a graduação e entram no mercado de
trabalho. Muitas vezes começamos a trabalhar onde conseguimos uma
oportunidade, nem sempre é uma boa oportunidade, mas tendemos a acreditar que
não podemos recusar.
“Primeiro trabalhe para ganhar dinheiro, depois trabalhe para ser feliz.”
Arrisco a dizer que muitos de vocês já ouviram essa regrinha “se você tiver
dinheiro, então poderá fazer o que te faz feliz”. Regras dizem como devemos nos
comportar para que determinada consequência ocorra. No entanto, nem sempre o
que está descrito na regra de fato acontecerá. Outro ponto delicado de ter o
comportamento controlado por regras é que os comportamentos ficam pouco
sensíveis às mudanças que ocorrem nas contingências. Ou seja, quando o
comportamento é controlado pela regra “Primeiro trabalhe para ganhar dinheiro,
depois trabalhe para ser feliz.” mesmo que a pessoa não esteja sendo bem
remunerada ou que ela tenha a oportunidade de fazer o que gosta e ser bem
remunerada por isso, dificilmente ela se comporta de modo diferente ao descrito na
regra. Por outro lado, pessoas que não têm seus comportamentos governados por
tais regras provavelmente estarão mais disponíveis a correr riscos em busca da
realização profissional.
Vamos ver ao longo desse curso algumas variáveis que podem proporcionar
segurança e realização dentro da psicologia. E para isso te convido a refletir sobre o
que é segurança profissional para você? O que é realização profissional para você?
A partir das suas respostas (aqui não tem certo e errado) observe se elas seguem o
mesmo caminho ou rotas diferentes. Lembre-se: segurança e realização profissional
para você não precisa ser definida da mesma forma que é para os outros. Aqui
começamos o nosso caminho de autoconhecimento dentro da psicologia para
fazermos nossas escolhas e jornada profissional.
Na busca de uma vida com mais qualidade, a ferramenta IKIGAI nos ajuda a
identificar os pontos de interseção da nossa vida pessoal e profissional, de modo
que possamos encontrar equilíbrio e bem estar no nosso trabalho e desfrutar da
vida. Em outras palavras, o IKIGAI nos ajuda a trabalhar com o que gostamos ou
aprender a desenvolver nosso trabalho de forma mais agradável.
“Trabalhe com o que gosta e nunca mais trabalhará.”

Essa regrinha também é muito presente em nossas vidas né?! Mas não se
engane, trabalhar com o que gostamos não significa estar feliz o tempo todo
enquanto trabalha e nem acordar motivado todos os dias para trabalhar. Porém,
quando trabalhamos com o que gostamos, quando o trabalho está alinhado aos
nossos valores pessoais, nos comportamos de modo favorável a realizar nossos
objetivos. Trabalhar com o que se gosta faz com que o trabalho do dia a dia tenha
sentido e significado, sendo possível identificar as pequenas conquistas enquanto se
almeja algo a longo prazo, o que nos ajuda a ser persistente e resiliente.
O IKIGAI é composto por quatro perguntas simples e poderosas!

Simples pois são perguntas que até já fizemos para outras pessoas ou
escutamos em cursos e palestras, mas nem sempre paramos para refletir sobre
como nos percebemos frente a elas e, o mais importante, para respondê-las. Então,
nesse momento, te convido a pegar uma folha de papel branca, caneta(s) e
responder as perguntas a seguir. Sim, tente escrever as respostas, pois assim
conseguimos organizar e estruturar melhor o pensamento, além de visualizarmos as
respostas. Lembre-se, este é um exercício de autoconhecimento.
1 - O que amo fazer?

Anote aqui tudo aquilo que você ama fazer, ou seja, que você sente prazer
ao realizar (tem alto valor reforçador para você). Pense em atividades que você
desenvolveria caso não precisasse de dinheiro.
2 - O que posso fazer bem?

Aqui vamos identificar as habilidades. Anote o que você faz bem!
Provavelmente vão ser as atividades que você realiza e é elogiado por quem está
próximo a você. No que você é bom, quais são seus pontos fortes, o que sabe fazer
e faz bem feito, o que as pessoas valorizam em você?
3 - O que posso ser pago para fazer?

Agora que você já identificou o que você ama e as habilidades que possui é
hora de descobrir em quais locais/áreas que você pode trabalhar. Com base nas
respostas anteriores descreva em quais áreas da psicologia você pode atuar, de
modo que se sinta motivado, valorizado e realizado. Se você não conhece todas as
áreas de atuação dentro da psicologia não se preocupe, vamos abordar esse tema
nas próximas aulas.
O que você pode fazer que as pessoas estão dispostas a pagar?

4 - O que o mundo precisa?
De que forma você pode atuar dentro da psicologia para ajudar outras
pessoas? Aqui vamos falar de responsabilidade e valor social. Qual é a sua missão
enquanto psicólogo para ajudar a sociedade a ser melhor.
Atenção! Não estou aqui falando para você abraçar o mundo e querer
resolver todos os problemas da terra. Também não estou falando que você precisa
ajudar as pessoas sem cobrar um valor justo pelo seu trabalho. Não é isso! Nesse
passo vamos identificar a missão, dentro de todas as possibilidades existentes no
campo da psicologia, qual é aquela que mais faz sentido para você.
Agora que você já tem todas as ferramentas (respostas) necessárias, você
pode traçar seu percurso profissional. Lembre-se! Colocar no papel é um passo para
planejar e organizar a sua carreira, mas é preciso continuar emitindo
comportamentos favoráveis para que as metas e objetivos sejam alcançados.
HORA DE COLOCAR A MÃO NA MASSA E TORNAR TUDO REAL!
- Aula 2 Áreas de atuação do psicólogo
No início da graduação normalmente tem aquele professor que gosta de

perguntar "Por que você escolheu psicologia?” Você lembra o que respondeu?
Na época eu respondi que queria ser psicóloga hospitalar. Eu tinha muita
vontade de trabalhar em hospital, mas não queria a “responsabilidade do médico”.
Foi aí que cometi meu primeiro “erro”. Eu não tinha muita noção de qual era o papel
do psicólogo hospitalar e sua importância para a recuperação do paciente, como
também dos cuidados com seus familiares. Eu também não tinha conhecimento de
que nós psicólogos também podemos trabalhar em hospitais nas áreas
organizacionais (recrutamento e seleção, clima organizacional, departamento de
pessoal, etc) e de treinamento e desenvolvimento de pessoal.
Ao longo da minha graduação eu tive a oportunidade de trabalhar em
hospital e me encantar pela área de treinamento e desenvolvimento de pessoal.
Nessa área eu pude conhecer diversas áreas do hospital, saber qual a importância
delas dentro do sistema hospitalar, como ela se comunica com outras áreas e tive
contato com colaboradores das mais diversas áreas e níveis hierárquicos. Por outro
lado, quando tive a oportunidade de fazer estágio em psicologia hospitalar, por
questões pessoais, não me vi preparada para assumir aquele papel. Lembre-se! É
fundamental reconhecer e respeitar seus limites.

Além do estágio no hospital, também tive a oportunidade de estagiar em uma
empresa de consultoria também na área organizacional. Nesse estágio trabalhei
com recrutamento e seleção e departamento pessoal. Foi uma excelente
oportunidade, pois pude conhecer outras atividades dentro da psicologia
organizacional e perceber dentre elas quais eu não gostava.
Também tive a oportunidade de estagiar como psicóloga do esporte
acompanhando uma equipe de natação. Naquela época poucos clubes tinham
acompanhamento de psicólogos para os atletas e com certeza esse era um grande
diferencial dessa equipe de natação. Como estagiária, eu era responsável pelo
suporte emocional de alguns atletas, como também por acompanhar os objetivos e
metas que eles tinham ao longo dos treinos e campeonatos. Buscávamos identificar
quais variáveis influenciavam o rendimento deles, de modo a traçar estratégias em
busca da melhor performance.
Embora tenha transitado por algumas áreas da psicologia, a área que
ganhou meu coração foi a clínica. No ambiente clínico também tenho contato com
diferentes pessoas e consigo atuar de acordo com a demanda apresentada por ela.
Embora muitas vezes pareça um trabalho solitário e às vezes de fato é,também é
muito dinâmico. Mas meu encanto pelo treinamento não foi apagado e venho
desenvolvendo cada vez mais minhas habilidades para conduzir projetos
relacionados a área educacional e de desenvolvimento de psicólogos.
E você, já se encontrou neste universo da psicologia? Então, com o intuito de
te ajudar a fazer melhores escolhas para você, nesta aula vamos falar sobre os
diversos campos de atuação da psicologia e o que cada um deles faz na prática.
Áreas de atuação do psicólogo - CRP
Psicologia Escolar
Autoconhecimento! Sem dúvidas esse é um dos resultados alcançados no
processo terapêutico. No entanto, engana-se quem acredita que o
autoconhecimento só é possível dentro do contexto clínico. Autoconhecimento
significa conhecer a si mesmo, logo o autoconhecimento pode ser desenvolvido em
diferentes ambientes, sendo o meio escolar bem propício para desenvolvermos esse
autoconhecimento.
Há 10 anos a psicologia escolar não era tão reconhecida ou valorizada,

poucas eram as escolas que tinham psicólogos compondo a rede de profissionais da
instituição e muitas estranhavam ou apresentavam resistência quando recebiam

visita do psicólogo clínico para conversar sobre o desempenho e o comportamento
de algum aluno. Mas essa realidade mudou bastante nos últimos anos! A psicologia
escolar vem ganhando cada dia mais visibilidade e reconhecimento dentro do
ambiente escolar e familiar.
Principais atribuições do psicólogo escolar:
- Acompanhamento de pais e alunos: trabalha as relações familiares buscando

fortalecer o vínculo escola, família e aluno de modo a favorecer a aprendizagem e
desenvolvimento do aluno.
- Orientação e aconselhamento familiar: orienta a família acerca dos
comportamentos e dificuldades apresentados pelo aluno e aconselha sobre as
formas de enfrentamento/mudança de comportamento.
- Busca por melhorias em questões educacionais: observar os alunos e
sinalizar questões que precisam ser aprimoradas de modo a proporcionar melhor
aprendizagem e desenvolvimento dos alunos. Além de estudar métodos
educacionais que podem melhorar o desempenho da escola.
- Ações preventivas no ambiente educacional: realização de projetos voltados
para temas que precisam ser abordados (ex: drogas, bullying, transtorno alimentar,
sexualidade, ansiedade, depressão, etc). São realizadas ações de modo a instruir e
envolver os estudantes, favorecendo também as relações interpessoais entre
alunos, famílias e colaboradores da escola.
- Instrui e orienta alunos e professores acerca de temas que precisam ser
desenvolvidos no contexto educacional.
- Orientação, aconselhamento profissional e vocacional: orienta o aluno a
identificar suas habilidades e vocações no momento de tomar decisões e fazer
escolhas relacionadas ao vestibular.
- Identificar as necessidades socioemocionais dos alunos: escutar e acolher o
aluno direcionando para o acompanhamento psicológico clínico quando for
necessário.
- Estimular as habilidades socioemocionais dos alunos: o ambiente escolar
muitas vezes é o primeiro ambiente social no qual o aluno é inserido para além do
ambiente familiar. Dessa forma, muitas vezes será também o local no qual terá seus
comportamentos e habilidades moldados.
- Intervenções relacionadas aos comportamentos dos alunos.
- Desenvolve ações com os colaboradores da escola de modo a favorecer as
relações interpessoais.

Psicologia Organizacional e do trabalho
A psicologia organizacional é a área de atuação do psicólogo que estuda as
relações existentes entre os colaboradores e a empresa. A psicologia organizacional
tem como finalidade proporcionar bem-estar aos colaboradores e,
consequentemente, alcançar melhores resultados para a empresa. Entre os diversos
benefícios de se ter um psicólogo organizacional é possível observar o constante
crescimento e desenvolvimento da organização.
Compete ao psicólogo organizacional atuar tanto na gestão como nos
comportamentos apresentados pela equipe. A gestão estratégica das empresas é
fundamental para a prevenção e correção de possíveis conflitos internos. Os
conhecimentos do psicólogo organizacional acerca de gestão, de comportamentos e
de relações interpessoais são de extrema importância nos momentos de tomada de
decisão em relação aos colaboradores, retenção de talentos e clima organizacional.
Colaboradores que não se sentem valorizados, reconhecidos, motivados ou
que apresentam dificuldade em relações interpessoais tendem a apresentar baixa
produtividade e influenciar nos resultados alcançados pela área.
Entre as atividades realizadas por psicólogo organizacionais estão:
- Treinamento;
- Desenvolvimento pessoal;
- Avaliação de desempenho dos colaboradores;
- Aplicação de teste;
- Recrutamento e seleção, entre outros.
Orientação profissional
O principal objetivo da orientação vocacional é identificar as habilidades

pessoais de uma pessoa e como tais habilidades e características pessoais podem
contribuir positivamente no desempenho e realização profissional.
Dessa forma, compete ao orientador vocacional utilizar ferramentas que vão

estimular e direcionar o orientando na tomada de decisão e escolha profissional. O
orientador vocacional pode trabalhar com adolescentes que precisam fazer uma
escolha no momento de prestar vestibular, com adultos que apresentam interesse
em migrar de área de atuação, como também com profissionais que buscam
aperfeiçoar suas habilidades para crescer profissionalmente.
Neuropsicologia

A neuropsicologia é a especialidade da psicologia que faz interface com a
neurologia (especialidade médica). Para atuar nesta área é preciso formar em
psicologia e fazer pós-graduação ou especialização em neuropsicologia, sendo
possível ter o título de neuropsicólogo validado pelo Conselho Federal de Psicologia.
O trabalho do neuropsicólogo consiste em avaliar, investigar e desenvolver
hipóteses diagnósticas, como também, desenvolver um plano de tratamento para o
paciente. No processo de investigação o neuropsicólogo vai analisar as funções
cognitivas como memória, atenção, linguagem e função executiva. Podem ser
solicitados exames de imagem que vão complementar os dados coletados por meio
de aplicação de testes e escalas, observação e entrevista com o paciente e seus
familiares. No final o neuropsicólogo elabora um relatório do perfil neuropsicológico
do paciente e o plano de tratamento que pode ser conduzido pelo próprio
neuropsicólogo juntamente com outros profissionais de acordo com a necessidade
de cada caso.
Avaliação diagnóstica
A avaliação psicológica é um procedimento clínico composto por referenciais
teóricos, metodológicos e técnicas de investigação. A coleta de dados ocorre por
meio de entrevistas com o paciente e familiares, observações clínicas, testes
psicológicos, técnicas projetivas e outros procedimentos lúdicos como jogos,
desenhos, contar histórias, brincar etc.
O psicólogo escolhe quais ferramentas usar para a avaliação diagnóstica
tendo como base seu referencial teórico e o objetivo da própria avaliação (clínico,
profissional, educacional, forense etc.), como também, sua finalidade (diagnóstico,
indicação de tratamento e/ou prevenção). A flexibilidade de escolha de instrumentos
é influenciada pela abordagem e experiência do psicólogo que faz a avaliação. O
ambiente (clínica, hospital, escola, judicial, etc) e a demanda descrita no pedido de
avaliação também podem exercer influência na estratégia adotada.
Psicopedagogia
A psicopedagogia é responsável por estudar a relação entre a aprendizagem e a
parte cognitiva das pessoas. Assim, o psicopedagogo investiga quais variáveis influenciam
a aprendizagem e busca intervir de modo a melhorar os processos de assimilação do
conhecimento. O psicopedagogo pode atuar em escolas, clínicas especializadas,
instituições de saúde ou socioeducativas, setor público, entre outros locais.

Compete ao psicopedagogo investigar o que pode estar ocasionando atraso ou
déficit de aprendizagem e, a partir do diagnóstico, definir como deve ser o tratamento e
intervenção de acordo com a demanda identificada. O psicopedagogo pode realizar o
acompanhamento sozinho ou em parceria com outros profissionais, tanto no
desenvolvimento de aprendizagem como em casos de reabilitação.
A psicopedagogia pode ser indicada para crianças em casos de:
- dificuldade de aprendizagem ou atenção;

- dificuldade na interação com colegas;
- ausência ou pouco interesse na aprendizagem.
A psicopedagogia pode ser indicada para adultos em casos de:
- baixo desempenho no ambiente de estudo ou de trabalho;

- ausência ou baixo interesse para desenvolver novas habilidades
- dificuldade na compreensão e interpretação de informações;
- dificuldade com raciocínio lógico;
- dificuldade para manter atenção e foco.
Psicologia jurídica
A psicologia jurídica é responsável por estudar, avaliar, realizar prevenção,
acompanhar e tratar fenômenos psicológicos que podem desencadear condutas
inadequadas de uma pessoa (infração de leis). O psicólogo jurídico pode trabalhar
em parceria com advogados, de modo a realizar assessoria e contribuir em
processos judiciais. Compete ao psicólogo estudar os comportamentos, enquanto o
advogado estuda as leis que regulamentam as condutas (formas de se comportar).
O psicólogo jurídico vai atuar quando houver desvio de conduta de origens
psicológicas. Nessas situações o psicólogo jurídico será responsável por atestar,
justificar ou explicar, a partir de questões psicológicas, os motivos que levaram a
pessoa investigada a agir de determinada maneira. A participação do psicólogo
jurídico pode ser decisiva para a resolução de alguns casos.
O psicólogo jurídico pode atuar com:
- Psicologia penitenciária
- Psicologia da delinquência
- Psicologia policial
- Psicologia do menor e da família

Psicólogos jurídicos também podem atuar em programa de prevenção, de
reabilitação e de reintegração à sociedade, seja na comunidade ou no sistema
penitenciário. Além de poder desenvolver projetos e campanhas de prevenção de crimes,
como também prestar suporte psicológico às vítimas.
Também são áreas de atuação da psicologia:

Psicologia clínica
Comportamento do consumidor (orienta o mkt a promover publicidade da
empresa)
Psicologia do trânsito
Psicomotricidade
Psicologia social
Psicologia hospitalar e da saúde
Psicologia do esporte
Áreas de especialidade reconhecidas pelo CFP

Segundo a Resolução CFP nº 13/2007, as especialidades concedidas atualmente são as
seguintes:
- Psicologia Escolar/Educacional;
- Psicologia Organizacional e do Trabalho;
- Psicologia de Trânsito;
- Psicologia Jurídica;
- Psicologia do Esporte;
- Psicologia Clínica;
- Psicologia Hospitalar;
- Psicopedagogia;
- Psicomotricidade;
- Psicologia Social;
- Neuropsicologia;
- Psicologia da Saúde.

Sarah, fiz pós graduação em psicologia escolar, então posso falar que sou Psicóloga
escolar?
Não necessariamente. Para usar o título de Psicóloga Escolar você precisa validar
no conselho.
Posso atuar na clínica sem ter o título? SIM
É possível obter o Título de Especialista reconhecido pelo Conselho Federal de Psicologia

das seguintes formas:
- Aprovação em concurso de provas e títulos e comprovação de dois anos de

experiência profissional;
- Conclusão de cursos de especialização credenciados pelo CFP, e
- Conclusão de cursos de especialização credenciados pelo MEC. (curso com o
mínimo de 360 horas/aula)
- Aula 3 CRP (passo a passo para solicitar o número de registro, importância do

registro)
CRP
Chegou aquele tão sonhado momento, diploma na mão e a vontade de
começar a atuar como psicólogo(a). E agora, como solicitar o tão desejado número
de registro profissional de psicólogo (CRP)? Na aula de hoje vamos conversar sobre
o passo a passo para solicitar o número de registro, a importância do registro e o e-
psi).
No site do Conselho de Psicologia do seu estado, você encontrará todas as
informações. Estou disponibilizando para você o link do Conselho Regional de
Psicologia - CRP 01 (Brasília) e do próprio Conselho Federal de Psicologia (CFP).
Neles vocês podem encontrar bastante informações sobre a psicologia, como
também as novidades relacionadas à profissão.
https://www.crp-01.org.br/page_3802/Inscri%C3%A7%C3%A3o%20-
%20Pessoa%20F%C3%ADsica
https://site.cfp.org.br/

Devido a pandemia e os cuidados que ainda hoje são necessários, as inscrições de
pessoa física e de pessoa jurídica poderão ser efetuadas de forma online, enquanto
durarem as restrições de quarentena e isolamento, seguindo a resolução do CFP
n°05/2020.
Requerimento do número de registro profissional de psicólogo - Pessoa Física
Para solicitar o seu número de registro no CRP, enviando o formulário de

requerimento de inscrição de pessoa física junto com a digitalização, em formato pdf, dos
seguintes documentos:
● Diploma de psicóloga(o), devidamente registrado, ou certidão de colação de grau de

curso autorizado pelo órgão ministerial competente;
● Cédula de identidade ou CNH (documento válido, legível e atualizado);
● CPF;
● Certidão de casamento ou de união estável, se for o caso;
● Comprovantes de votação da última eleição ou justificativa(s);
● Comprovante de endereço com CEP;
● Termo de declaração de veracidade das informações prestadas assinada a próprio
punho.
Os documentos e formulário devem ser encaminhados por email (verifique o email do

CRP no qual você fará inscrição) com o assunto INSCRIÇÃO PF e inclua seus dados de
contato no corpo do e-mail).
Você receberá os boletos referentes às taxas administrativas e o proporcional da

anuidade após o lançamento dos seus dados no sistema. O prazo de homologação do
processo pode ser de até 45 dias corridos, sendo este contado a partir da data de pagamento
da primeira parcela do boleto.
Você terá o prazo de até 60 dias corridos após o retorno dos atendimentos presenciais
para apresentar as documentações originais e suas referidas cópias, juntamente com uma
foto 3x4 para que seja confeccionada sua carteira de identidade profissional (CIP).
Requerimento do número de registro profissional de psicólogo - Pessoa Jurídica
Para solicitar o seu número de registro no CRP, enviando o formulário de

requerimento de inscrição de pessoa física junto com a digitalização, em formato pdf, dos
seguintes documentos:

● Requerimento de registro (baixe aqui e preencha);
● Termo de responsabilidade técnica (baixe aqui e preencha);
● Contrato Social devidamente registrado na Junta Comercial ou Estatuto
devidamente publicado no Diário Oficial (Pessoa Jurídica de Direito Público);
● Relação das psicólogas e psicólogos que trabalham na empresa, com os respectivos
números de inscrição no Conselho Regional de Psicologia;
● CNPJ;
● Documento de Identificação Fiscal (DIF);
● Alvará de funcionamento ou RLE;
● Contrato de prestação de serviço ou carteira assinada da(o) responsável técnica(o);
● Termo de declaração de veracidade das informações prestadas assinada a próprio
punho (baixe aqui e preencha).
Os documentos e formulário devem ser encaminhados por email (verifique o email do

CRP no qual você fará inscrição), utilize o assunto REGISTRO PJ e inclua seus dados de
contato no corpo do e-mail.
A Comissão de Orientação e Fiscalização entrará em contato após o recebimento dos

documentos.
Atenção! Psicólogos que desejam solicitar o registro como pessoa jurídica também
precisam do registro de pessoa física.
Atendimento online
Você sabia que para realizar atendimento online não basta apenas ter registro
no CRP? Psicólogos que têm interesse em realizar atendimento online precisam fazer um
registro no e-psi. O e-psi lista todos os profissionais que estão aptos a realizar os serviços
psicológicos online seguindo as diretrizes do Sistema de Conselhos de Psicologia. Caso o
profissional não esteja na lista, ele não está autorizado a prestar esse tipo de serviço.
E-psi - cadastro para fazer atendimento online https://e-psi.cfp.org.br/
- Aula 4 Currículo (Vitae e Lattes)
Hoje em dia pouco se fala sobre a importância do currículo ou mesmo sobre

como confeccionar um currículo. Mas não se engane, mesmo com as interações por

redes sociais a apresentação do currículo ainda é fundamental em muitos processos
seletivos.
Currículo - qual a importância dele?

O currículo profissional é um resumo de quem você é como profissional. O
objetivo do currículo é garantir uma entrevista para que nela você consiga se
apresentar e “se vender”, mostrando que você é a pessoa qualificada para aquela
oportunidade. O momento da entrevista é onde você vai mostrar mais sobre você,
falar das suas experiências e aumentar as chances de ser contratado.
Lembre-se: Você é o seu maior cartão de visitas!
Vestimenta adequada para o ambiente de trabalho e segurança na fala são
essenciais. Treine em casa, simule uma entrevista de emprego. Esteja preparado!
Atenção! Seu currículo NÃO pode conter erros de gramática e deve ter uma
formatação simples. Seja objetivo nas informações (passar informações de forma
clara, ser direto).
Como montar um currículo

Dados pessoais
Nome
Contato
Endereço
Objetivo profissional
Escreva em até três frases qual o tipo de oportunidade você está buscando. Seja
claro e objetivo, mas cuidado para não escrever uma frase muito generalista.
Palavras chave que você pode usar “crescimento, aprendizado, desenvolvimento”
Formação
Diplomas
Cursos
Intercâmbio
Experiência
Campo onde você vai relatar suas experiências profissionais. Tudo aquilo que
agregou experiência profissional, não precisa ser apenas trabalho formal. Ex:
trabalho voluntário, atuação durante a graduação, estágios, empresas juniores. O
que você fez e trouxe algum resultado.

Inicie sempre pela mais recente.
Outras atividades
Experiências que te agregaram de alguma forma mas que não se encaixam nos
outros campos do currículo. Ex: vivências internacionais, prêmios e destaque
acadêmico. Seja sucinto. Não é um item obrigatório no currículo.
Habilidades
Use esse campo para destacar habilidades em ferramentas importantes para o
trabalho que você está concorrendo.
Ex: inglês fluente
Referências
Um ou mais contatos que possam confirmar suas capacidades profissionais.
Lembre-se de avisar a pessoa.
Cuidado: o currículo é uma “carta de apresentação” ele não deve ser extenso. O
ideal é que o currículo tenha 1 ou 2 páginas.
Currículo Lattes - CNPQ
O que é?
Documento online que detalha todas suas experiências com ênfase em produção
acadêmica.
Segue os padrões da plataforma LATTES que é um sistema de currículos virtual
gerenciado pelo CNPQ.
As informações são validadas pelo CNPQ por meio de diplomas e certificados.
Para que serve?

Indispensável para quem quer seguir carreira acadêmica.
Como fazer?
Fazer o cadastro na plataforma (colar link do cnpq) http://lattes.cnpq.br/
Quais os benefícios
Pode ser um diferencial em processos seletivos

- Aula 5 - Desenvolvimento Contínuo e Capacitação
“Não vejo a hora de me formar e não precisar estudar mais!”
Já ouviu ou já falou essa frase? Ela é muito mais comum do que

imaginamos. Mas se você ainda acredita nessa regra que depois de formado não
precisará mais estudar, que sua vida será trabalhar, ganhar dinheiro e curtir, sinto te
informar que essa não é a realidade. O mundo ao nosso redor está em constante
mudança e para acompanharmos essas mudanças precisamos continuar estudando,
seja para aprimorar nosso conhecimento, seja para atualizar o que já sabemos.
É comum que ao terminar a graduação o estudante tenha a sensação de
etapa vencida. E de fato a conclusão da graduação é mais uma etapa vencida e,
dessa forma, deve ser celebrada. Mas vencer uma etapa é diferente de achar que
não virão outras fases e que as próximas fases não serão mais difíceis ou mais
desafiadoras. Lembra do vídeo - game? A fase seguinte exige mais do jogador até
que ele chegue no chefão. Mas quando ele vence o chefão, o que acontece? O
jogador vai para o próximo nível do jogo. Percebe a semelhança com a nossa vida?
Lembro de jogar Jogo da Vida com meus irmãos e primos, uma das primeiras
escolhas que fazíamos era se iríamos estudar (ter a chance de ter uma profissão e
ganhar mais) ou se iríamos começar a trabalhar. Também lembro do Banco
Imobiliário, no qual, assim como no Jogo da Vida, tínhamos contato com dinheiro e
precisávamos escolher como gastar aquele dinheiro. Claro que tínhamos contas
para pagar, mas também podíamos fazer investimentos que a curto/médio/longo
prazo trariam retorno. O que quero dizer para vocês revivendo a minha infância? A
vida é feita de escolhas! E toda escolha tem consequência.
Para você que deseja ser um psicólogo valorizado e seguro da sua atuação
no mercado é preciso estar sempre atualizado. Seja pelo avanço tecnológico, seja
pelo mercado de trabalho (procura e concorrência), seja para aumentar a
remuneração, é preciso enfrentar os desafios com técnica e criatividade. E aqui eu
não falo apenas de conhecimento voltado para psicologia, como veremos a seguir, é
preciso aprendermos a empreender. Ou seja, busque especializações constantes
em áreas de seu interesse, mantenha-se atento às áreas em potencial (áreas
defasadas) e também busque conhecimento em áreas que vão te ajudar no
crescimento e desenvolvimento pessoal e profissional.
Confira então algumas razões para que você continue se desenvolvendo:
1 - Esteja preparado para as mudanças!

À medida que o mundo muda, as necessidades e exigências de quem busca
pelos nossos serviços também mudam. Hoje em dia todos têm fácil acesso a
informação, mas é preciso filtrar a qualidade dessas informações. Isso vale para nós
profissionais, como também para as pessoas que nos procuram se auto
diagnosticando. Também precisamos ficar atentos às mudanças do DSM, quais são
as doenças, sintomas e melhores formas de tratamento.
2 - Desenvolva habilidades!
Por meio do desenvolvimento contínuo; cursos de especialização, grupos de
estudos, supervisões, etc, você poderá adquirir novos conhecimentos, como
também atualizar (reciclar) conteúdos que você já tinha contato. Ao aprimorar o
conhecimento e desenvolver habilidades, você se sentirá mais seguro e qualificado
para atuar na área de sua escolha e estipular um valor justo pelo seu trabalho. Seu
conhecimento técnico e prático te proporcionarão subir de nível na carreira,
aumentando a probabilidade de tornar-se referência e autoridade em determinada
área.
3 - Amplie suas possibilidades!
Cursos de especialização ou pós-graduação vão ampliar seu leque de
trabalho, além de possibilitar que você conheça outras áreas, aprofunde em temas
específicos e diversifique o seu campo de atuação. Em outras palavras, você ganha
segurança e autonomia profissional.
4 - Valorize seu currículo!
Currículos que transmitem conhecimento técnico e prático, proatividade,
disposição a mudanças/atualizações atraem mais pessoas interessadas. Hoje em
dia utilizamos diferentes tipos de currículos (vitae, lattes), inclusive em redes sociais
(linkedin).
5 - Tenha prioridades!
Muitas pessoas justificam a pausa nos estudos com a “falta de tempo”. Sim,
vivemos em uma sociedade que valoriza rotinas tumultuadas e romantizam o “faça
sempre mais”, como se estivéssemos em uma corrida para ver quem tem mais
cursos ou mais seguidores. Falta de tempo realmente é uma variável que deve ser
considerada, assim como a falta de dinheiro (ainda mais com a nossa inflação). O
segredo aqui está nas prioridades! O quanto investir em um curso hoje pode te
ajudar a melhorar sua qualidade de vida? Talvez esse retorno financeiro ou mesmo
de tempo e reconhecimento não seja imediato, mas à medida que vamos nos
especializando a tendência é que a gente escolha onde trabalhar e qual o valor
cobrar. Não é preciso e nem saudável fazer inúmeros cursos de uma vez, selecione
aquele que você percebe que faz mais sentido para sua vida e trajetória profissional.

Dedique-se ao curso e coloque em prática os ensinamentos dele. Pois de nada
adianta um currículo cheio de cursos se você não tiver experiência. Estipular
prioridades também pode te ajudar a falar NÃO para algumas situações que podem
ser tentadoras, mas que podem te afastar do seu objetivo.
6 - Amplie sua rede de contatos!
Cursos são excelentes ambientes para fazer network, conhecer outros
profissionais, formar parcerias e/ou desenvolver projetos, trocar experiências, etc.
Conversar com um profissional que já está inserido na área que você almeja te
possibilita conhecer a realidade daquela área. Essas trocas também podem abrir
novas oportunidades, como convite ou indicação para trabalhos.
Aula 6 - Como me destacar na psicologia
A cada dia vemos mais como a psicologia está crescendo e ganhando

visibilidade, não é atoa que a psicologia está entre as profissões do futuro. Seja na
área da educação, com a psicologia escolar mais presente nas escolas; seja na
psicologia jurídica que acompanha, por exemplo, processos de divórcio e guarda
compartilhada; seja no psicodiagnóstico que estimula e auxilia no desenvolvimento;
seja na psicologia do esporte, como vimos nas olimpíadas, com o suporte aos
atletas; seja na clínica com o aumento de adoecimento emocional como vivenciado
na pandemia, etc. Além de ser uma carreira promissora, a psicologia é essencial
para a saúde da população.
Mas como se destacar na psicologia? Uma coisa é fato, com o fácil acesso à
informação as pessoas estão cada vez mais exigentes com o serviço que buscam.
Ninguém quer mais do mesmo! Isso não significa que você precisa inovar e inventar
uma nova psicologia. Mas isso quer dizer que você precisa ser criativo para atrair
pessoas, precisa ter uma boa apresentação e comunicação verbal e corporal para
que as pessoas queiram comprar o seu serviço e precisa ter domínio técnico e
experiência para que as pessoas permaneçam, voltem e/ou encaminhem outras
pessoas para você.
1 - O primeiro passo é cursar psicologia: Aproveite esse momento para adquirir

conhecimento e experimentar as áreas e abordagens existentes na psicologia. Mas
não se engane, os estudos não param na graduação.
2 - Se identificou com alguma área? Busque mais informações sobre ela, entenda
como é a realidade dessa área, qual a demanda dela no mercado, de que maneira

você pode atuar e se desenvolver nessa área. Qual o potencial de crescimento
dessa área?
3 - Faça cursos de especialização, pós-graduação, capacitação, mestrado, etc.
Pense no seu objetivo dentro da psicologia, que tipo de psicólogo você deseja ser?
Responder essa pergunta pode te ajudar a tomar decisões sobre quais passos dar
após a formatura.
4 - Busque inovações no seu campo de atuação. De que forma você pode tornar o
seu trabalho mais atrativo para as pessoas? Qual o seu diferencial? Para isso você
pode estudar o mercado de trabalho, buscar tendências ou demandas que ainda não
foram exploradas e também observar como os outros psicólogos estão trabalhando.
5 - Utilize a tecnologia a seu favor. Muitas vezes podemos tornar uma atividade mais
interessante pelo simples fato de proporcionar interação. Um exemplo são os óculos
de realidade virtual que podem ser usados em casos de fobia de avião, por exemplo.
A tecnologia também pode ser usada para divulgar o trabalho, para aproximar os
psicólogos das pessoas que precisam do seu serviço ou mesmo para compartilhar
conhecimento.
6 - Desenvolva suas habilidades sociais. Lembre-se de manter uma comunicação
clara e objetiva no seu meio de trabalho. Treine também sua oratória e lembre-se
que a sua vestimenta e postura corporal também passam informações a seu
respeito.
7 - Rede de contatos. Muitos psicólogos ainda não perceberam a importância de
manter o contato com outros psicólogos, como também com outros profissionais que
atuam em áreas que conversam com a psicologia. A psicologia não é e não precisa
ser uma profissão solitária, desde que você esteja aberto para manter essas
relações. Um bom network pode te proporcionar oportunidades de trabalho, trocas
de experiências, parcerias, conhecimentos e relações para além do ambiente de
trabalho.
Aula 7 - Construindo o caminho na psicologia
“Você é a média das cinco pessoas mais próximas a você!”
Já ouviu essa frase? É bem provável que você já tenha escutado algo assim.
Fazendo essa “matemática”, quais são as cinco pessoas mais próximas de você?
De acordo com a sua resposta e de como você descreve essas pessoas,
quem/como você é?

Mas você já se perguntou por qual motivo somos “a média das cinco pessoas
mais próximas?” Nossos comportamentos são selecionados a partir de variáveis
genéticas, culturais e pela nossa história de vida (vivências e experiências). Além
dos nossos comportamentos serem influenciados por diferentes variáveis, eles
também vão ser mantidos, punidos ou extintos a partir das consequências desses
mesmos comportamentos.
Em outras palavras, cada vez que interagimos com outra pessoa estamos
apresentando diferentes comportamentos, essa pessoa com a qual estamos
mantendo uma troca (interação) é quem vai emitir consequências para os meus
comportamentos. Por outro lado, eu também vou apresentar consequências dos
comportamentos dela. Um exemplo bem simples é quando em um diálogo uma
pessoa escuta e demonstra prestar atenção ao que a outra fala, podendo o papel de
ouvinte e falante ser alternado entre elas.
Um comportamento que é reforçado tem maior probabilidade de ocorrer
novamente no futuro, enquanto comportamentos que são extintos ou punidos têm
menor probabilidade de ocorrer em situações similares no futuro.
Vamos fazer um exercício!
- Observe quem está ao seu lado na maior parte do tempo;
- O que essas pessoas costumam falar?
- Como essas pessoas influenciam os seus comportamentos?
- Como as pessoas reagem quando você fala dos seus sonhos?
- Quais pessoas te incentivam a se comportar de modo a realizar seus
sonhos e objetivos?
- Em quais situações você costuma ouvir críticas a seu respeito?
- Em quais situações você costuma ouvir elogios a seu respeito?
- Como você se sente ao ser elogiada?
- Como você se sente ao ser criticada?
E agora, após esse exercício, como está a sua média? As pessoas que estão
próximas de você te aproximam ou te afastam dos seus sonhos e objetivos? Se você
observou que as pessoas que estão próximas a você te aproximam dos seus objetivos,
cuide dessas relações! Se você observou que as pessoas que estão perto de você não te
influenciam de forma positiva para que você alcance os seus objetivos, talvez esteja na hora
de reavaliar essas relações. Calma! Nem tudo está perdido! Você não precisa deletar essa
pessoa da sua vida, mas provavelmente você precisará mudar alguns comportamentos
nessa relação.
Esteja aberto a reavaliar suas escolhas. Mude de ideia, de opinião, de caminho
quantas vezes for preciso. O que fazia sentido para você antes, pode não fazer mais. Se for

preciso, dê dois passos para trás para então poder caminhar quatro passos para frente.
Busque pessoas que te inspirem a ser um profissional melhor, mas evite se comparar com
outros profissionais. Você não conhece 100% a história deles.
Esteja pronto para aprender com quem sabe mais, como também para aprender
algo novo. Esteja pronto para errar! A aprendizagem e o aperfeiçoamento também
acontecem na prática, nas tentativas de acerto e erro.
Estude! Aprenda! Arrisque! Movimente-se!
Aula 8 - Psicologia e mídias sociais
Há dez anos, quando me formei, não tínhamos as mesmas redes sociais que
temos hoje. O nosso trabalho era divulgado por meio de cartões de visita, no boca a
boca ou compartilhando textos em colunas de blogs e jornais. Você consegue
imaginar um psicólogo que ainda utilize apenas essas estratégias de divulgação do
trabalho hoje em dia?
Você pode até falar que seus professores e outros psicólogos mais velhos
(ou não) ainda têm cartões físicos (hoje em dia até os cartões são virtuais), ainda
publicam textos em blogs e jornais. Sim, essas ferramentas não foram extintas. Mas
arrisco a dizer para você que esses psicólogos provavelmente também utilizam
redes sociais como, instagram/facebook/youtube/linkedin para divulgarem seu
trabalho.
Um passo de cada vez!
Hoje em dia as plataformas de rede social conversam entre si. O que você
publica no instagram você também consegue publicar no facebook, por exemplo.
Isso facilita bastante o nosso trabalho, como também otimiza o nosso tempo. Mas
não se engane, utilizar redes sociais para promover o nosso trabalho demanda
tempo e nos traz responsabilidades! Ao contrário do que muitos pensam, a internet
NÃO é terra de ninguém! Existem regrinhas e políticas que devem ser seguidas e
respeitadas. O que você escreve, fala e publica nas redes sociais é de sua
responsabilidade!
Mas então, qual a importância das mídias digitais para a psicologia? Como
mencionei anteriormente, não podemos negar a influência que o mundo digital tem
nas nossas vidas e como pode ser um forte aliado para propagar nossa profissão,
desde que usada de forma ética.
O psicólogo que optar por usar alguma rede social como forma de divulgação
do seu trabalho deve informar em suas redes seu nome completo, registro
profissional (CRP), atividades e recursos que são regulamentados pelo Conselho de

Psicologia, como também usar apenas títulos ou qualificações profissionais que
possua. Pesquisas e estudos realizados pelo profissional podem ser divulgados,
desde que sejam mantidos o sigilo e anonimato dos participantes.
O que é vedado ao psicólogo nas redes sociais?
O psicólogo NÃO pode realizar promoções ou utilizar o preço de seus
serviços como propaganda. Também não é permitido ao psicólogo comparar o seu
trabalho ao de outros profissionais. É vedado ao psicólogo produzir e compartilhar
conteúdos sensacionalistas, realizar diagnósticos ou compartilhar procedimentos e
seus resultados em meios de comunicação. Também é vedado ao psicólogo induzir
convicções religiosas, políticas, filosóficas, morais, ideológicas, de orientação sexual
ou qualquer outro tipo de preconceito.
É permitido compartilhar informações publicadas por outros profissionais,
desde que sejam citadas as referências e dados os devidos créditos ao autor.
Lembre-se que cópias podem ser enquadradas como plágio, o que não é permitido.
Caso o psicólogo não siga as orientações para utilização das mídias digitais,
esse pode ser penalizado pelo Conselho de Psicologia. Entre as penalidades por
violação das normas e condutas descritas no código de ética do psicólogo estão:
advertência, multa, censura pública, suspensão ou cassação do exercício
profissional.
Estudantes de psicologia que porventura utilizarem as redes sociais para
falar de psicologia devem sinalizar que são ESTUDANTES e não profissionais.
Também é vedado ao estudante atuar como psicólogo (realizar atendimento, por
exemplo), podendo neste caso ser enquadrado como exercício ilegal da profissão
(art. 47 da Lei das Contravenções Penais, Decreto-Lei 3.688/1941).
Aula 9 - Como se destacar nas redes sociais
Quanto tempo do seu dia você dedica às redes sociais? Desse tempo, o
quanto você interage com outras pessoas e perfis?
O principal objetivo das redes sociais é promover a interação de pessoas em
diferentes locais. As redes sociais não nasceram para te fazer vender mais, essa
ferramenta foi sendo desenvolvida quando os donos dessas plataformas observaram
a quantidade de pessoas que estavam passando horas e horas do dia conectadas,
interagindo com outras pessoas. Pessoas se conectam com pessoas! Mantenha-se
ativo nas redes e busque interagir frequentemente com outros perfis.
Se você escolheu utilizar as redes sociais como uma ferramenta para
divulgar e desenvolver o seu negócio (se posicionar como psicóloga para captar

clientes, por exemplo), então está na hora de começar a se comportar de maneira
adequada para colher frutos desse trabalho e investimento. Sim! Você vai investir
tempo (e talvez dinheiro) nas redes sociais para se promover. Dessa forma, a rede
social não terá mais aquela função de distração do seu dia, agora ela será parte do
seu trabalho e deve ser vista como ferramenta de trabalho.
As pessoas precisam te conhecer e conhecer o trabalho que você
desenvolve. Dificilmente as pessoas irão te procurar ou te indicar se você não se
expor nas redes. A exposição é fundamental para que você desenvolva habilidades
e para que as pessoas saibam quem você é.
Utilize a sua rede social profissional para publicar conteúdos criados por você
e por outros profissionais (dê créditos ao autor) que se relacionam com o seu campo
de atuação e que podem ser relevantes para o seu público-alvo. Dessa forma, você
irá gerar credibilidade e se tornará autoridade.
Como se destacar nas redes sociais e falar de psicologia:
- Publique conteúdos interessante para o seu público;
- Estude o assunto e escreva textos (post) que passem confiança para
o seu público;
- Dedique-se! Gerar credibilidade e autoridade não é um passe de
mágica!;
- Mostre para o seu público os benefícios que a psicologia (focando no
seu campo de atuação) pode proporcionar;
- Compartilhe um pouco da sua vida pessoal e profissional (como
esses dois campos da sua vida conversam entre si);
- Crie um vínculo com o seu público!
- Responsabilize-se pelo conteúdo que você posta e compartilha.
Quando usadas de forma correta as redes sociais são uma forte aliada na
divulgação do trabalho de psicólogos.
Perfil das redes sociais

- Use uma foto sua (não precisa ser séria/formal, mas que passe
segurança e profissionalismo)
- Faça vídeos e/ou posts que contem a sua trajetória dentro da
psicologia, essa é uma forma das pessoas irem te conhecendo. Use e
abuse da sua criatividade.
- Peça ajuda aos seus seguidores. Por meio de perguntas e enquetes
eles podem te ajudar a direcionar o seu conteúdo.

- Construa uma relação com seus seguidores (lembre-se que toda
relação tem limite e respeito para funcionar)
- Você é responsável pelo que posta e fala! Responsabilize-se e
assuma as consequências
- Responda comentários e directs
- Busque interagir com os seus seguidores
- Separe um dia para preparar os conteúdos da semana/mês
- Faça stories diariamente (compartilhe rotina, ensine algo)
- Post pelo menos 3 vezes na semana, diversifique seus posts (foto,
texto, reels, vídeo, etc) observe o que está em alta no momento
- Desperte o interesse das pessoas
- relate uma dor que tenha relação com o seu trabalho
- memes também rendem bons posts
- compartilhe conteúdo relacionado ao problema (possível
solução)
- compartilhe coisas práticas
- compartilhe depoimentos dos seus serviços (com autorização
e mantendo os devidos cuidados para não expor a pessoa)
- fale sobre os benefícios do seu serviço
- trabalhe a psicoeducação
Lembre-se que pessoas buscam se relacionar com pessoas, mas isso não significa
atender as expectativas de todos. Como também não significa que todos vão gostar de
você. Respeite os seus limites e os limites da sua atuação nas redes sociais. As pessoas
que seguem perfis de psicólogos buscam profissionais capacitados para ajudá-las e não
amigos para aconselhá-las. A sua experiência pessoal, o que você fez para superar uma
dificuldade, por exemplo, não será necessariamente o que a outra pessoa precisa.
Por fim, se você está decidido a usar as redes sociais como ferramenta de trabalho
e estratégia de crescimento, elabore uma estratégia de crescimento. Tenha conhecimento
que a rede social, como outras ferramentas, estão em constante mudança e são um
caminho contínuo. Esteja preparado para testar e validar o que e como vai funcionar para
seu empreendimento na psicologia, isso inclui os acertos e erros. Aprenda a fazer análise
de dados e gestão da ferramenta. Empreender é trabalho e muitas vezes vai ser mais um
dos inúmeros papéis que você desenvolve todos os dias.
Aula 10 - Primeiros passos para empreender
“Se você é psicólogo, então deve trabalhar por amor e não por dinheiro!”

Quem nunca ouviu algo assim?
Essa fala é um exemplo de regras (se…então) que muitas vezes exercem controle
sobre os nossos comportamentos. Dizer que o dinheiro não é importante seria negar um
fato. Precisamos do dinheiro para pagar os boletos, cursos e capacitações, assim como
também precisamos do dinheiro para realizarmos nossos sonhos e termos mais qualidade
de vida. Aqui não estou falando de quanto você precisa ganhar para ser um psicólogo de
sucesso ou realizado, pois como já vimos em outras aulas, as definições de sucesso e
realização podem mudar de pessoa para pessoa.
O primeiro passo para você que deseja empreender na psicologia é deixar de se
enxergar como psicólogo e começar a se reconhecer como empreendedor. Nesta aula
vamos começar a trabalhar os pontos importantes para os psicólogos que desejam começar
a empreender na psicologia mas ainda não sabem por onde ou como começar.
Comece “imaginando”
- Faça um quadro dos sonhos
- Projete no papel onde você quer chegar
- Como se vê em 6 meses, 1 ano, 5 anos, 10 anos
Se você fez a atividade proposta, minimamente, você já sabe que tipo de
profissional você quer ser e onde quer estar daqui alguns anos. Agora defina pequenas
metas e objetivos que irão te levar onde você deseja chegar.
Exemplo: Maria deseja ser uma psicóloga hospitalar e incentivar outros psicólogos a
se tornarem psicólogos hospitalares. Então, Maria pesquisou quais eram as residências de
psicologia hospitalar de sua cidade, como também a data e as etapas do processo seletivo.
Enquanto isso, Maria começou a produzir conteúdo nas redes (linkedin, instagram,
facebook, site e jornais) que abordavam a importância da psicologia hospitalar, o dia a dia
do psicólogo hospitalar, o campo de atuação do psicólogo hospitalar, os principais desafios
do psicólogo hospitalar, as principais demandas do psicólogo hospitalar, etc. Maria
observou que enquanto escrevia esses conteúdos ela se sentia cada vez mais motivada
para estudar e falar sobre a psicologia hospitalar. Maria foi conhecendo outros psicólogos
que também tinham interesse na área e juntos montaram um grupo de estudos. Aos poucos
Maria também começou a receber convites de faculdades para falar sobre psicologia
hospitalar. Depois Maria começou a fazer acompanhamento psicológico para demandas
relacionadas ao suporte emocional de familiares de pessoas hospitalizadas. Durante a
residência Maria continuou os estudos e começou a colocar o que já sabia em prática no
ambiente hospitalar, além de realizar pesquisas na área. Após a residência Maria foi
contratada por uma rede de hospitais reconhecida da cidade e chefiou a área de psicólogos
hospitalares. Também foi convidada para dar aulas em curso de pós-graduação.

A história de Maria é um caso hipotético para ilustrar o caminho de uma psicóloga de
sucesso. Nesse exemplo não foi detalhado quanto tempo Maria estudou e trabalhou até
sentir-se realizada profissionalmente e esse não era o objetivo. Provavelmente Maria’s da
vida real escutam muitos “nãos” e têm vários dificultadores pelo caminho. Mas observe no
exemplo relato as possibilidades que a Maria encontrou pelo caminho, a forma como ela se
comportou de modo a alcançar o degrau que ela tinha colocado como objetivo.
Teoria + Prática = Habilidade e Segurança!
Não se engane, se você dedica todo o seu tempo aos estudos, mas não os coloca
em prática, dificilmente você se sentirá seguro. Da mesma forma que se você pratica a
psicologia no seu trabalho, mas não estuda e não busca atualizar ou enriquecer seu
conhecimento, dificilmente você conseguirá se destacar e ser um bom profissional.
Como investir em estudos quando se está começando a empreender?
Comece por conteúdos grátis e disponíveis na internet; comece pelos livros e artigos
que você teve contato na graduação, busque por artigos de temas do seu interesse, busque
cursos de boa qualidade e preço acessível, convide outros psicólogos para fazer grupos de
estudo. Seja proativo!
- Formule suas próprias regras - por mais que seja tentador fazer o que outro
psicólogo disse que fez e deu certo, lembre-se que a sua trajetória é
diferente da dele. Também é importante lembrar que quando o
comportamento está sob controle de regras ele fica menos sensível às
mudanças nas contingências. Ou seja, se você se comporta apenas de
acordo com o que viu no curso X e o mundo mudou (porque ele muda o
tempo todo), provavelmente você continuará se comportando da mesma
forma de antes(não vai mudar os comportamentos conforme as mudanças do
ambiente).
- Enfrente seus medos - medos são aprendidos ao longo da nossa história de
vida. Identifique qual o seu medo, em quais situações ele está presente.
Busque na sua história de vida situações nas quais esse medo também era
apresentado, como você e as pessoas ao redor se comportavam? Agora é o
momento de enfrentar esse medo, se for preciso busque ajuda.
- Se exponha - as pessoas precisam saber quais são os serviços que você
oferece. Também é por meio da exposição que você vai desenvolver
habilidades, sentir-se seguro e enfrentar seus medos.
- Aprenda a lidar com julgamentos e críticas - estamos em um ambiente que
muitas vezes reforça o comportamento de julgar e criticar o outro, esteja
preparado para desagradar algumas pessoas.

- Erre e continue em frente! - estamos falando de tentativas de acertos e erros.
Ninguém acerta em todas tentativas, não espere que você seja a primeira
pessoa a acertar sempre.
- Diminua a autocobrança - aceite que você não é perfeito, que você não vai
agradar todas as pessoas e que você não vai salvar o mundo. Também
aceitar que empreender é um trabalho árduo que requer tempo, persistência,
resiliência entre outras características e que se cobrar além da conta não vai
otimizar os resultados, mas pode gerar sobrecarga e exaustão.
- Valide suas conquistas - reconheça seu caminho e trajetória, cada degrau
alcançado deve ser comemorado.
- Desenvolva um bom relacionamento com o dinheiro - o sucesso não está
diretamente ligado ao dinheiro, mas se você busca crescer profissionalmente
e ter dinheiro para reinvestir e para desfrutar a vida, então será preciso ver o
papel do dinheiro no empreendimento. Diversificar a fonte de renda também
é uma opção.
- Aprenda a se perceber como empreendedor a e gerir seu empreendimento -
muitos psicólogos começam a empreender sozinho e com poucos recursos
financeiros. Ser psicólogo, RH, e MKT, financeiro, contador, secretário, etc
do seu empreendimento requer tempo, dedicação e estudo para gerir o
negócio.
- Busque parcerias - você não precisa ficar sozinho e desenvolver o seu
negócio sozinho. Faça parceria com outros psicólogos, outros profissionais
ou mesmo outras áreas que de alguma forma se relacione com a sua.
- Busque inspiração ao invés de comparação! - o que você vê e sabe do outro
é apenas parte do todo que ele escolheu te mostrar.
Aula 11 - Você não é perfeito, pare de se cobrar tanto!
O curioso episódio das pessoas que vivem dizendo que ninguém é perfeito e
mesmo assim continuam se comportando e se cobrando um nível de excelência que
beira a perfeição. Se você se identificou, saiba que você não está sozinho e que
essa autocobrança é bastante comum nos dias de hoje, tendo em vista a sociedade
na qual estamos inseridos e que valoriza o cenário do “faça sempre mais”.
Onde o perfeccionismo te levou? Provavelmente esse padrão de
perfeccionismo já te trouxe muitos ganhos ou mesmo te ajudou a evitar situações
desagradáveis. Mais uma vez te convido a olhar para sua história de vida. Quando

você era pequeno e fazia uma avaliação na escola, quais eram os comentários que
você ouvia em casa? Em quais situações você era elogiado?
Muitos adultos que apresentam o padrão comportamental de perfeccionismo
têm em seu histórico uma busca por validação ou aprovação. Muitos desses adultos
ouviam falas do tipo “não fez mais que sua obrigação” ou “porque não tirou 10?”.
Esses adultos podem apresentar dificuldade para fazerem escolhas, tomarem
decisões ou correrem riscos, pois muitas vezes ainda se preocupam com o que o
outro vai dizer ou pensar sobre ele. São adultos que não tiveram a oportunidade de
errar e aprender com os erros. Muitos desses adultos eram penalizados quando
cometiam qualquer tipo de deslize. Por outro lado, quando se comportavam de
maneira exemplar (perfeita como o esperado) eram elogiados.
Qual o preço de tentar ser perfeito?
Como você se sente ao falhar?
Muitas vezes o preço dessa perfeição é o adoecimento. Isso porque à
medida que nos cobramos a fazer sempre mais e melhor, deixamos de reconhecer e
validar as nossas conquistas, nossos limites e dificultadores. Facilmente
conseguimos comprovar essa fala, basta observar o aumento no número de
adoecimento relacionado ao ambiente de trabalho (burnout), como também o
aumento de casos relacionados à exaustão e estresse nos mais diversos campos da
vida. Não se engane, a autocobrança e exaustão não está presente apenas no
ambiente profissional, muitas vezes ela também está presente no ambiente familiar,
pessoal e educacional.
Seja compreensivo com você mesmo. Provavelmente no seu primeiro dia de
trabalho (ou estágio) você não desempenhou o seu papel tão bem ou com a mesma
segurança e facilidade que desempenha hoje. Você não precisa provar nada para
ninguém e nem agradar todos ao seu redor. Comece com o que você tem, invista
em você e busque melhorar aos poucos.
Aula 12 - Possibilidades de trabalho na psicologia
Nos módulos anteriores abordamos as diferentes áreas da psicologia, a

importância do desenvolvimento contínuo, a importância das parcerias e mídias
sociais na atuação do psicólogo. Mas e a atuação na prática? Onde é possível ter
uma boa remuneração?
Muitas pessoas acreditam que a segurança e estabilidade financeira existem
apenas quando somos servidores públicos (a falsa sensação de estabilidade) ou
quando trabalhamos em uma empresa privada (a segurança de saber quanto vamos

receber no quinto dia útil do mês). Serviço público e empresa privada são duas
formas de atuar com a psicologia nas suas mais diversas áreas, mas não são as
únicas formas. Também é possível empreender ou trabalhar de forma autônoma, até
mesmo conciliando diferentes modelos de trabalho, como por exemplo, trabalhar
24h no hospital e 10h na clínica, ou conciliar as aulas e o consultório. Você não
precisa colocar todos os seus ovos em uma única cesta, diversifique a sua fonte de
renda, mas cuidado para não ter conflito de interesses.
Empreendedorismo - substantivo masculino

Disposição ou capacidade de idealizar, coordenar e realizar projetos, serviços e
negócios. Iniciativa de implementar novos negócios ou mudanças de modo inovador em
empresas já existentes. (Dicionário: Oxford Languages)
Autônomo - adjetivo
Dotado da faculdade de determinar as próprias normas de conduta, sem imposições
de outrem (diz-se de indivíduo, instituição etc.). (Dicionário: Oxford Languages)
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, autônomo e empreendedor não

são sinônimos. Você pode ser empreendedor e autônomo, como pode ser autônomo
e não ser empreendedor. Ou mesmo ser servidor público e empreendedor ou até
empregado de uma empresa e autônomo. Perceba como atuar em uma modalidade
não exclui as outras. Nas próximas aulas vamos aprofundar mais no
empreendedorismo e no trabalho autônomo de psicólogos, tendo em vista que
muitas vezes são esses dois formatos que geram mais insegurança nos
profissionais.
Aula 13 - Psicologia Clínica
“Psicologia não dá dinheiro”

“Você só ganha se trabalhar”
“O que você ganha, você pode gastar”
“Psicologia é muito instável, um mês você tem dinheiro e no outro não”
Essas são algumas frases que costumamos ouvir quando falamos que
somos psicólogos, muitas delas são regrinhas que vão controlar nossos
comportamentos. Essas regrinhas podem até ditar algumas contingências, mas
como já vimos em outras aulas, nem sempre as contingências apresentadas nas
regras vão condizer com o que realmente acontece.

Essa aula é para você que escolheu a Psicologia Clínica, mas ainda não tem
muito conhecimento sobre como desenvolver seu trabalho de modo seguro, para
não ficar tão dependente de variáveis que não se pode controlar, como por exemplo,
se o terapeutizando vai na consulta agendada ou se ele vai interromper o processo
terapêutico.
Primeiro passo, muitas vezes ignorado, é definir qual público você quer
atender (criança, adolescente, adulto, idoso, casal, grupo, etc). Além do público você
pode escolher o tipo de serviço que desejar desenvolver, psicoterapia, grupo
terapêutico, orientação a pais, orientação vocacional, avaliação diagnóstica,
aconselhamento psicológico, etc. Quando você define qual público e serviço quer
atender você pode começar a apresentar comportamentos adequados para atrair
esse público. Atrair o público certo não te ajuda apenas quando você tem um
consultório ou clínica próprios, mas também te ajuda na oportunidade de atuar em
outras clínicas, pois você vai buscar oportunidades de acordo com os seus
interesses.
Segundo passo, definir quantas horas semanais ou diárias você pretende
dedicar aos seus atendimentos. Esse passo também é muito importante, pois ele vai
estar relacionado à remuneração que você vai receber. Lembre-se que o trabalho do
psicólogo clínico não é apenas sentar e escutar o que o outro tem a dizer. É preciso
continuar estudando a parte teórica, é preciso atualizar os prontuários, escolher
estratégias de intervenção de acordo com a demanda apresentada, captar novos
atendimentos, gerir as finanças, etc. Aqui também é importante levar em
consideração o cansaço físico e mental dos atendimentos. Você pode trabalhar
44h/semanais em uma empresa, na qual você vai organizando a demanda e o
tempo para realizar as atividades, mas dificilmente você conseguirá realizar 44 ou
mais atendimentos semanais mantendo a qualidade no atendimento e a qualidade
da sua vida.
Terceiro passo, local de atendimento. Atualmente é possível realizar os
atendimentos no formato online ou presencial. Para atender online é importante que
você organize o seu ambiente para que ele tenha a função terapêutica, assim como
é esperado do ambiente presencial. Mesmo que de forma remota é importante
proporcionar um ambiente acolhedor, fique atento à organização do ambiente, ao
plano de fundo, à qualidade da sua internet, microfone e câmera, à iluminação e à
ausência de interrupções. Nos atendimentos presenciais você também precisa levar
em consideração a limpeza e organização do espaço, a atenuação de ruídos, a luz e
a ausência de interrupções. O atendimento remoto ou online pode ser realizado na
sua própria casa ou no consultório. Já os atendimentos presenciais você vai realizar

em uma sala/consultório, podendo ser um consultório próprio, consultório
compartilhado (sublocação) ou clínica (própria ou parceira).
Aula 14 - Psicologia Clínica - Como escolher onde/como trabalhar?
Na aula passada falamos sobre três passos importantes para psicólogos que
optaram por atuar na área clínica. Uma pergunta que recebo com bastante
frequência é “Como saber se é melhor trabalhar em uma clínica já consolidada ou
abrir a minha própria?”
A verdade é que não existe resposta certa! Você vai precisar fazer escolhas
e para cada escolha você vai encontrar prós e contras. Cabe a você visualizar esses
prós e contras e tomar uma decisão. O quadro a seguir busca exemplificar de forma
breve algumas características que precisam ser levadas em consideração quando
você for escolher onde/como trabalhar.
Clínica Consultório Sublocação
PJ PJ PJ
Porcentagem PF PF
Ausência de gastos Gastos fixos e variáveis Pagamento por hora/turno
Pouco investimento
Clínica:
Você pode abrir a sua clínica, para isso será necessário que você abra uma
empresa (CNPJ). Além dos trâmites envolvidos na abertura da empresa você
também precisará captar pessoas para atender, desenvolver o MKT da sua clínica e
cuidar de toda parte burocrática e administrativa. A abertura de clínicas também
requer maior investimento financeiro.
Outra opção é trabalhar em uma clínica, que não seja sua, como prestadora de
serviço. Assim, você não precisará investir dinheiro e nem se responsabilizar pela
captação de clientes ou mesmo pela burocracia da empresa. Por outro lado, você
receberá um valor fixo pelo seu trabalho ou uma porcentagem dos atendimentos
realizados.
Consultório:

Você pode realizar os seus atendimentos no seu próprio consultório (presencial ou
virtual). Aqui você tem a opção de desenvolver um trabalho como autônomo ou
como empreendedor, de acordo com o seu objetivo profissional. Para atender em
consultório você não precisa necessariamente abrir uma empresa, você pode
realizar os seus atendimentos como autônomo (PF), mas se optar por empreender
em algum momento será interessante ter um CNPJ. O investimento financeiro do
consultório pode ser menor que o investimento de uma clínica, mas no consultório
você precisa levar em consideração os custos fixos e variáveis para sua
manutenção. A captação dos atendimentos também ficarão por sua conta, assim
como a gestão do consultório.
Sublocação:
Na sublocação o seu trabalho será bem parecido com o trabalho desenvolvido no
consultório próprio. Os benefícios da sublocação estão no mínimo investimento
necessário, tendo em vista que você vai pagar por hora ou turno de atendimento.
Embora você seja responsável por manter e zelar pelos bens do espaço físico, você
não precisará fazer o investimento financeiro para montar e manter o espaço.
Aula 15 - Psicologia Clínica - Remuneração (convênio X particular)
Acredito que essa seja uma das aulas mais esperadas do curso! Nesta aula
vamos falar sobre a remuneração do psicólogo clínico. Será que é possível ter uma
boa remuneração trabalhando na clínica? Apenas psicólogos que não atendem
convênio são bem remunerados? Como migrar dos atendimentos por plano de
saúde para os atendimentos particulares?
Muitos psicólogos começam seus atendimentos em clínicas credenciadas em
planos de saúde e recebem uma porcentagem dos atendimentos realizados. As clínicas e
os planos de saúde NÃO são e não precisam ser vistos como “bicho papão”. Na verdade,
muitas vezes, essas clínicas e os atendimentos por planos de saúde vão ajudar os
psicólogos iniciantes a iniciarem seus trabalhos como psicólogos clínicos. Imagine um
psicólogo que não tem experiência com atendimentos clínicos, o quão seguro ele se sente
para realizar os atendimentos? Como esse psicólogo vai captar pessoas para atender?
Qual valor ele vai cobrar? O quanto ele está preparado para investir e para gerir a profissão
dele? As clínicas, por sua vez, já estão prontas. Elas possuem uma clientela, um caixa, uma
equipe de trabalho, um espaço físico, planos de saúde credenciados, etc. Ah, Sarah, mas
todo mundo sabe que plano de saúde não paga bem. Sim, mas você já pensou que o plano
de saúde pode ser um degrau na sua jornada profissional dentro da psicologia.

O atendimento em clínicas por meio de plano de saúde pode ser a sua porta de
entrada e não permanência eterna na psicologia. A clínica muitas vezes vai fazer a
mediação entre o profissional e o plano de saúde, tendo em vista que não é tão fácil assim
se credenciar em um plano de saúde. Também será por meio da clínica que você vai captar
seus primeiros atendimentos e, dessa forma, desenvolver suas habilidades e sentir-se mais
seguro para atender. É provável que no início você precise atender um maior número de
pessoas para ter uma boa remuneração, mas à medida que sua demanda for aumentando
você pode ir migrando do atendimento por plano de saúde para o atendimento particular.
Como estipular o valor do seu atendimento? O CFP apresenta uma tabela de
honorários para os serviços prestados pelos psicólogos como forma de orientar os
profissionais acerca dos valores praticados. Você também pode analisar o valor que outros
psicólogos da sua região estão cobrando, como está a sua oferta e procura, como também
analisar o seu currículo (cursos e capacitação) juntamente com a sua experiência clínica.
Quanto mais tempo você tem de clínica (experiência), quanto mais você é conhecido e
reconhecido (autoridade), quanto você domina do seu nicho e público alvo, qual a procura
que você tem (captação de atendimento), todas essas variáveis vão te ajudar a estipular o
valor da sua seção.
Tenha um bom planejamento e estratégia de crescimento profissional! Resultados
rápidos nem sempre são o melhor caminho. Você precisa manter os resultados e
permanecer em movimento proporcionando o seu crescimento profissional. Agenda cheia
não é sinônimo de qualidade no atendimento.
Honorários do psicólogo - tabela do CRP01

https://www.crp-
01.org.br/page_3812/Valores%20de%20refer%C3%AAncia%20de%20honor%C3%A1rios
Aula 16 - Psicologia Clínica - PJ ou PF
Decidi abrir meu consultório e agora? Por onde começar?

Para você que atua como psicólogo na área clínica em algum momento
essas perguntas devem passar pela sua cabeça. Mas você sabia que pode atuar na
clínica tanto como pessoa física como pessoa jurídica? Nesta aula vamos conversar
sobre essas duas possibilidades e os principais pontos que devem ser levados em
consideração no momento da sua escolha.
Para abrir um consultório, o psicólogo deve fazer sua inscrição junto ao
Instituto de Seguridade Social (INSS) de sua cidade. Também é preciso fazer a
inscrição como prestador de serviço autônomo (ISS) na prefeitura. Com esses dois

documentos e com o CRP ativo, o psicólogo poderá prestar seus serviços e emitir
recibos dos serviços oferecidos para declaração de Imposto de Renda. Tais
inscrições são exigências da legislação brasileira. Em 2002 também foi estipulada a
necessidade do cadastro do espaço físico junto a Vigilância Sanitária para todos os
profissionais de saúde que não realizam procedimentos invasivos.
Atenção! Para emissão de recibos simples o psicólogo deve informar o valor
do serviço prestado, a descrição do serviço, o nome completo e o cpf do
cliente/paciente, como também seu nome completo, cpf e crp. Para que o psicólogo
fique de acordo com a legislação, a cada mês será preciso emitir um carnê leão para
o recolhimento dos impostos devidos de acordo com os recibos emitidos no mês
anterior. O valor dos impostos a serem pagos são calculados a partir da tabela
apresentada pela Receita Federal.
Outra opção para os psicólogos é abrir uma empresa (CNPJ). Esta opção
pode ser levada em consideração quando você tem um espaço físico próprio,
quando deseja ampliar os seus serviços e contratar outras pessoas para
trabalharem com você, caso você deseje credenciar junto aos planos de saúde ou
mesmo quando a porcentagem dos seus impostos estão elevadas e não é mais
vantajoso continuar trabalhando como autônomo.
Nesse caso o psicólogo precisará abrir Firma (Pessoa Jurídica), para tal fim
será preciso elaborar um contrato social cumprindo as exigências da Junta
Comercial. Após o registro do contrato social é possível solicitar a inscrição do CNPJ
junto à Receita Federal, a inscrição municipal na prefeitura da cidade e a solicitação
do Alvará de Funcionamento da empresa. Para a abertura da empresa (pessoa
jurídica), o psicólogo deverá contratar um contador que efetuará os procedimentos

junto aos órgãos públicos citados. Com a empresa aberta pode ser aconselhável
que o contador continue oferecendo seus serviços a mesma. Em posse do CNPJ o
psicólogo pode solicitar o registro da empresa junto ao CRP, dessa forma o
psicólogo terá um registro como pessoa física e um como pessoa jurídica.
Aula 17 - Gestão empresarial e financeira
Mais de 25% das empresas fecham nos primeiros anos por má

administração. Entre as variáveis que levam uma empresa a fechar estão a má
administração, dificuldade com o fluxo de caixa e pouco entendimento da rotina da
empresa. Dessa forma, é possível notar como a gestão empresarial e financeira são
essenciais para que o empreendimento cresça de forma saudável.
A gestão empresarial é pautada pelo planejamento e estratégias que devem
ser adotadas no empreendimento de modo a alcançar os melhores resultados.
Assim, são realizadas ações para diagnosticar os pontos fracos, corrigir as falhas e
medir números. Essa gestão pode ser aplicada nos processos, nas finanças, nos
planejamento estratégico e nos recursos humanos da organização. Ou seja, a
gestão empresarial está presente em todas as áreas do empreendimento, desde a
mais simples à mais complexa.
Já a gestão financeira são as ações e procedimentos administrativos
relacionados com o planejamento, a execução, a análise e o controle das atividades
financeiras do empreendimento. O primeiro passo para uma boa gestão financeira é
a separação do dinheiro da empresa e dos gastos particulares ou pessoais. O que
muitas vezes acontece é a mistura das contas de PF e PJ, como se todo o dinheiro
pudesse ser usado para todas as contas de forma indiscriminada. Além da
separação do dinheiro entre a vida pessoal e a empresa, também é necessário
entender a gestão do caixa, a gestão de investimentos e a gestão de crises.
De modo geral, a gestão do caixa está relacionada à administração das
entradas e saídas dos recursos financeiros. De forma bem simples tem-se: Receitas
- Custos - Despesas - Impostos = Resultado (lucro ou prejuízo). A gestão de
investimentos está relacionada à expansão da empresa. Já a gestão de crises
envolve renegociação de prazos e tomada de decisões em tempos difíceis.
Para que seu empreendimento tenha sucesso, o princípio básico é: a receita
do empreendimento deve ser maior que as despesas! Isso é possível de se garantir
quando se tem uma visão clara e objetiva das entradas e saídas financeiras. Mas
não se engane, não basta você verificar quanto entrou e saiu da conta naquele mês,

pois também é necessário que o empreendimento tenha dinheiro em caixa de modo
a possibilitar o crescimento ou mesmo enfrentar tempos difíceis.
O dinheiro em caixa também é importante para que o empreendimento não
fique dependente das entradas para efetuar os pagamentos. Pensando no
empreendimento de psicólogos, o dinheiro em caixa vai permitir ao psicólogo que ele
pague as contas e retire o pró labore sem depender do pagamento de seus
terapeutizados/clientes/pacientes.
Você também pode dividir a gestão financeira da sua empresa entre
operacional e estratégica. A gestão financeira operacional é a responsável por
certificar e manter as contas em dia, fechando o mês com saldo positivo. Já a gestão
financeira estratégica envolve o planejamento e o acompanhamento de indicadores
de metas e objetivos.
No início é comum que o psicólogo seja também responsável por essa
gestão empresarial e gestão financeira do próprio negócio, mas isso não significa
que será sempre assim. À medida que o empreendimento vai crescendo é esperado
que o psicólogo contrate novas pessoas para fazer os serviços que ele não domina.
Isso significa que você não precisa virar um especialista em contabilidade, finanças
e gestão, mas precisa entender pelo menos o básico desses procedimentos. Até
chegar o momento de contratar outros profissionais, caso seja você o responsável
por gerir o seu negócio, será fundamental que você desenvolva essas funções da
melhor forma possível. Caso contrário, existe o risco de o seu negócio entrar para a
estatística de empreendimentos que não deram certo e nós não queremos isso.
Dessa forma, para você psicólogo que escolheu empreender lembre-se que
a gestão financeira empresarial envolve os processos relacionados ao planejamento,
administração, acompanhamento e análise das finanças dos serviços de psicologia
que você irá fornecer aos clientes. Em resumo, são as ferramentas que te auxiliarão
a identificar quanto dinheiro seu negócio tem ou planeja ter. Como também, te
auxilia a identificar e escolher estratégias adequadas para realizar as suas metas.
Além dos pontos mencionados anteriormente, você também precisa ter
conhecimento de quanto dinheiro você precisa para manter a sua empresa (custos
fixos e variáveis) e aqui você deve incluir o seu pró labore, pois ele também é um
gasto da sua empresa. Lembre-se que você deve separar o dinheiro pessoal do
dinheiro do seu negócio, então você precisa estipular um valor de retirada para que
você consiga se sustentar (vida pessoal). Caso contrário você correrá o risco de que
o seu empreendimento não se sustente por muito tempo.
Também é preciso identificar qual demanda seu negócio comporta, por
exemplo, se apenas você realiza os atendimentos quantas pessoas por dia e por

semana você consegue atender? Se você respondeu que pode atender 10 pessoas
por dia eu te convido a refletir um pouquinho mais. Como você imagina que ficará a
sua saúde e a qualidade dos seus atendimentos se você dedicar 10 horas de cada
dia aos seus atendimentos. Em qual momento do seu dia você fará a atualização
dos prontuários, realizará o contato com os possíveis clientes, fará divulgação do
seu negócio, estudará os casos e fará a gestão do negócio? Percebe como o
trabalho do psicólogo empreendedor não é apenas o atendimento em si. Da mesma
forma, o dinheiro que você vai retirar também não deve ser definido apenas com
base no número de atendimentos. Falaremos mais a respeito nas próximas aulas.
Agora que você já sabe o que é e a importância da gestão financeira
empresarial, comece aplicando os 4 passos para implementá-la:
1 - Separe sua conta pessoal da conta da empresa.
2 - Faça um planejamento estratégico: tenha uma visão clara de onde você
quer que sua empresa chegue e como chegar lá.
3 - Seja organizado. Lance todos os valores (entradas e saídas) em uma
planilha de controle financeiro.
4 - Aprenda a controlar os custos. Avalie os custos da empresa, quais
realmente são necessários, quais podem ser negociados ou mesmo cortados.
Aula 18 - Relação com o dinheiro
A nossa forma de lidar com o dinheiro é influenciada pela nossa vivência,

pela forma como nossa família se relaciona com o dinheiro, pela cultura na qual
estamos inseridos. Embora os nossos comportamentos sejam influenciados por
diferentes variáveis, não temos o costume de parar e refletir acerca do impacto de
tais influências em nossas vidas. Outro ponto que considero importante de abordar
nesta aula é o fato de as conversas sobre dinheiro serem pouco frequentes na
nossa cultura.
Quem nunca julgou a renda que o outro deve ter a partir do modelo de
celular ou de carro dele? Quem não saiu (ou pensou em sair) da casa dos pais
porque a sociedade coloca que adultos precisam morar sozinhos e serem
independentes? Quem nunca fez uma viagem dividindo em várias vezes porque não
queria deixar de viver o momento? Quem nunca comprou uma roupa nova para um
evento, mesmo que não tivesse dinheiro “sobrando”? Quem nunca se preocupou
com o que os outros iam pensar ou falar?
Todas essas reflexões estão relacionadas a forma como nos relacionamos
com o dinheiro, relação essa que foi aprendida e desenvolvida a partir dos diferentes

níveis de seleção do comportamento. Também é importante lembrar que os nossos
comportamentos são mantidos pelas consequências desses mesmos
comportamentos (reforço, punição e extinção).
Ou seja, somos influenciados pelo ambiente no qual estamos inseridos. A
forma como nossos pais lidam com dinheiro pode servir de modelo a seguir (ou
não). A educação financeira não era tão frequente nas escolas e nem nas famílias.
Tendemos a nos comparar com outras pessoas com base em bens materiais.
Agora te convido a refletir por um momento acerca da sua relação com o
dinheiro. Responda as perguntas a seguir em um papel e depois volte para analisar
o que você escreveu.
1 - Como você lembra que era a relação dos seus responsáveis com o dinheiro?
Como eles se comportavam quando tinham/não tinham dinheiro?
2 - Quais as semelhanças e diferenças dos seus comportamentos com o dinheiro e
os comportamentos dos seus responsáveis? Quais padrões você reproduz?
3 - Para você, a forma como você se relaciona com o dinheiro proporciona
abundância ou é uma fuga da escassez?
O próximo passo é ter uma conversa com você mesmo. Responda as

questões a seguir com sinceridade. Lembre-se que quanto mais você se conhecer,
melhor serão suas escolhas.
1 - Como você descreve a sua relação com o dinheiro?
2 - Seus objetivos são SEUS ou de outras pessoas (comunidade, família)?
3 - De 0 a 10 qual a importância que você dá para o que os outros pensam sobre
você?
4 - O que é importante para você? O que dá sentido à sua vida?
5 - Qual o seu objetivo com o dinheiro? Porque você trabalha?
6 - O que você busca conquistar na sua vida profissional?
7 - Como você se imagina daqui 10 anos?
Aula 19 - Nem tudo o que você recebe vai para o seu bolso
Para onde vai o dinheiro da sua empresa? Muitos psicólogos têm dificuldade
em responder essa pergunta. Talvez por terem a sensação de que a empresa não
fatura muito, talvez por não terem um controle financeiro, talvez por não terem o
hábito de separar o que é dinheiro da empresa e o que é dinheiro pessoal. Se você
se identificou com alguma dessas respostas, nesta aula eu te convido a refletir sobre
os seus comportamentos relacionados ao faturamento da sua empresa. Você e sua

empresa não são um só, isso significa que nem tudo o que você recebe dos serviços
prestados vai para o seu bolso para você pagar seus boletos.
Existe diferença entre faturamento e caixa. Entende-se como faturamento
todo dinheiro que entra em determinado período (por exemplo, tudo o que entrou em
junho). Já o caixa se refere ao valor (dinheiro) que está no caixa da empresa.
Como podemos calcular o faturamento bruto do mês? Para calcular o
faturamento bruto do mês é bem simples, basta você multiplicar o valor do seu
serviço pelo número de serviços prestados naquele mês. Por exemplo, se o seu
serviço é a consulta de psicologia e o valor da consulta é R$180,00, você deve
multiplicar este valor pelo número de consultas realizadas no mês
(180x20x4=14400). Nesse exemplo eu considerei um psicólogo que cobra 180 reais
por consulta e realiza 20 atendimentos por semana, também foi considerado um
mês com quatro semanas. De acordo com as contas, esse psicólogo faturou com
seus atendimentos R$14.400,00. Mas não se engane, esse valor não vai para o
“bolso” do psicólogo e já vou te explicar o motivo.
Todo empreendimento ou empresa tem custos ao longo do mês. Dessa
forma, além de identificar o valor faturado ao longo do mês, também é preciso
discriminar os custos fixos e os custos variáveis. O valor que você vai retirar (seu
salário) também deve entrar nos custos. Assim, FATURAMENTO - CUSTOS =
LUCRO/PREJUÍZO. Também é possível chamar o faturamento de receita bruta e o
lucro de receita líquida, ao considerarmos que a receita líquida é o valor que entrou
menos as deduções dos gastos.
Muitos psicólogos começam a empreender sem muito dinheiro para investir
no próprio negócio e isso não é um problema, desde que haja um bom planejamento
estratégico e financeiro. Identifique qual o valor mínimo para manter seu negócio
(entradas - custos). Leve em consideração o valor que você vai retirar, afinal de
contas todos temos boletos para pagar e uma vida para viver.
Agora que você já identificou o valor necessário para o seu negócio,
estabeleça suas metas e objetivos. Qual o seu objetivo? Quanto você quer faturar?
Qual a renda que você quer ter? Como você pode se comportar para realizar os
seus objetivos?
Mas não pare por aí! Você também pode estipular um valor mensal para ir
juntando de modo a formar um caixa para o seu negócio, como também uma
reserva de emergência. Dessa forma, você não ficará dependente das entradas para
realizar os pagamentos do mês, assim como o seu pagamento. E também estará
preparado para lidar com os meses de crise ou baixa de faturamento, tendo em vista
que terá dinheiro em caixa e até mesmo uma reserva de emergência.

Aula 20 - Controle e Organização Financeira
Organização financeira não se refere apenas a manter as contas em dia,
como também não significa apenas acumular dinheiro. Até porque dinheiro foi feito
para nos proporcionar qualidade de vida e realizar sonhos. Uma boa organização
financeira nos permite viver o presente, estar preparado para o futuro e correr riscos
investindo cada vez mais no nosso negócio. Em outras palavras, com organização
financeira é possível ter crescimento, segurança e realização profissional e pessoal.
Atenção! Não confunda organização financeira com liberdade financeira.
Enquanto a organização financeira está relacionada à organização e conhecimento
do quanto entra e sai da conta, é possível fazer escolhas de como investir e não
ficar sem capital financeiro. A liberdade financeira se refere àquela etapa da vida na
qual não precisamos mais nos preocupar com o quanto vamos receber, pois o
dinheiro que possuímos (contando todas as fontes de renda) são mais que
suficientes para o nosso sustento por um longo tempo e podemos escolher como
gastar o dinheiro.
Conquistar a liberdade financeira não é algo tão simples e muitos menos
rápido, vai requerer muita dedicação e muitos "não" para desejos de curto prazo,
pois a liberdade é alcançada a longo prazo. No entanto, quanto antes você iniciar
esse planejamento, mais fácil ficará depois.
Uma opção para te ajudar a aumentar a sua renda é diversifica-lá. Ou seja,
você não precisa ter a renda apenas dos seus atendimentos clínicos, você pode
desenvolver outros projetos, como por exemplo, dar supervisão. Também é possível
ter rendas mais pontuais (renda extra que vai complementar o orçamento) como
rendas constantes, aquelas que entram todos os meses e que fazem parte do seu
orçamento.
Para que você tenha maior controle e conhecimento de quanto dinheiro
possui é importante que saiba quanto entra e quanto sai, como também é importante
administrar o dinheiro de modo a formar um caixa e/ou capital de giro do seu
empreendimento. Uma ferramenta simples que pode te ajudar a organizar as
finanças são as planilhas. Através das planilhas você consegue ter controle das
notas fiscais/recibos emitidos, do seu faturamento bruto, da sua renda líquida, dos
pagamentos realizados, dos seus atendimentos e repasses.
As planilhas são funcionais para psicólogos que têm empresa, para
psicólogos que trabalham de forma autônoma e para psicólogos que trabalham em
alguma clínica, pois elas vão ajudar o psicólogo a ter uma melhor organização e
controle tanto dos atendimentos realizados, como também das finanças. Elabore a

sua planilha de acordo com a sua necessidade. A seguir apresentarei alguns
modelos de planilhas que vocês podem utilizar como modelo.
Controle de atendimento
Terapeutizando Convênio Mês Data Frequência Terapeuta Tipo Valor Mês

atendimento Pagamento pagamento
Thaís Amil 03 01.03.20 P Sarah 1 18,20 04

cons
Thiago Cassi 03 01.03.20 F Sarah Sess 15,00 04

ão
Rafaela Caixa 03 01.03.20 P Sarah Sess 27,99 04

ão
Controle de recibos
RECIBO DATA VALOR NOME CPF DESCRIÇÃO
01/20 03.01.20 500 Maria 123.345.543.78 Pacote mensal de psicoterapia
02/20 06.01.20 180 Cristina 678.897.678.90 1 consulta de psicoterapia
03/20 07.01.20 360 Amélia 098.789.345.76 2 sessões de psicoterapia
Controle de entradas e saídas
Lançamento de Entradas
Data Cliente Valor Profissional
01/06/2022 João R$ 180 João
01/06/2022 Maria R$ 650 João
02/06/2022 Cristina R$ 650 João
03/06/2022 Amélia R$ 180 João

03/06/2022 Cristina R$ 180 João
Lançamento de Saídas
Data Valor Situação
Contador 10/06/2022 R$ 350 Pg

Imposto 10/06/2022 R$ 293,11 Pg
Pró labore 10/06/2022 R$ -

INSS 10/06/2022 R$ 396,00 Pg
Aula 21 - Como calcular o valor da hora?
O que você responderia se te perguntarem quanto vale a sua hora? Muitos

psicólogos tendem a responder o valor de uma consulta. E se eu te disser que o
valor da sua consulta não é necessariamente o valor da sua hora?
É isso mesmo que você leu. O valor que você cobra por uma consulta
psicológica não é o valor da sua hora, pois nesse valor também está o valor que
será deduzido dos impostos, o valor da sublocação, energia, internet, água, etc. E
também é preciso levar em consideração o tempo que você trabalha e que não está
atendendo, como por exemplo, quando faz estudo dos casos, evolução de
prontuário, post para as redes sociais, organização da agenda, atualização das
planilhas financeiras, etc.
Quando falamos do valor da nossa hora precisamos calcular o nosso “custo
100”. Ou seja, precisamos fazer as contas para ver quantas horas precisamos
trabalhar para ganharmos 100 reais. Esse cálculo também pode ajudar na hora de
gastar dinheiro, tendo em vista que você conseguirá discriminar o quanto trabalhou
de fato para ganhar aquele valor que está prestes a gastar. Assim é possível fazer
escolhas com maior discernimento e se responsabilizar pelas próprias escolhas.
Afinal de contas o que é caro e barato é bastante relativo. Quanto menor for o seu
custo 100, melhor será.
Para exemplificar vamos relembrar aquele psicólogo das aulas anteriores, o
qual chamaremos de José. José tem um faturamento (renda bruta) de R$14.400,00
e sua renda líquida (após pagar as contas) é de R$10.000,00. Considerando o
tempo de atendimento (20h/semanais) e os outros serviços que realiza para
empreender (15h/semanais), José observou que trabalha em média 7h/dia.

Dessa forma, considerando que José recebe líquido 10 mil reais para
trabalhar aproximadamente 140h/mês, o valor da hora de José é R$71,42. Logo,
para José ganhar 100 reais ele precisa trabalhar 84 minutos (aproximadamente 1
hora e meia).
Caso você tenha um salário ou pró labore definido você pode fazer as contas
conforme o exemplo para descobrir o seu custo 100. Mas se você não possui um
valor de retirada definido, ainda trabalha de forma autônoma ou liberal, leve em
consideração pelo menos os últimos três meses de recebimentos e faça uma média
do valor.
Aula 22 - Planejamento de carreira
Para que você possa chegar onde sempre sonhou é preciso que você planeje o
futuro. Dificilmente você será o psicólogo que deseja contando apenas com a sorte
ou “seguindo o fluxo”. Planejar sua carreira dentro da psicologia é direcionar o seu
crescimento, atingindo metas e objetivos.
Um planejamento bem estruturado pode te ajudar a realizar sonhos; a
identificar habilidades (habilidades que você apresenta como também aquelas que
precisam ser desenvolvidas); a identificar quanto tempo precisará para chegar onde
deseja; a economizar tempo e dinheiro, tendo em vista que você fará investimentos
relacionados ao seu crescimento profissional e a tirar projetos do papel.
“Se você não sabe onde quer chegar, qualquer caminho serve!”
Nessa aula vamos abordar alguns passos que te ajudarão a elaborar um
plano de carreira dentro da psicologia.
- Desenvolva seu autoconhecimento e identifique suas preferências
É fundamental que você saiba onde quer chegar, como você se imagina no
futuro, pois é essa visualização do psicólogo que você deseja ser no futuro
que te ajudará a dar os próximos passos e percorrer por este caminho. Como
vimos ao longo do curso, a psicologia apresenta mais de 10 áreas de
atuação. Saber em qual área você deseja atuar, quais são seus interesses
dentro da psicologia, como você quer ser reconhecido(a), qual nível
hierárquico você almeja alcançar e até mesmo o ambiente e as pessoas com
quem você deseja trabalhar podem te ajudar a identificar suas preferências
dentro da psicologia. Uma vez que você identifica suas preferências e como
você se imagina no futuro poderá começar investir em qualificação e adquirir
mais conhecimento.
- Desenvolva suas habilidades

Uma vez que você tem metas e objetivos definidos e identifica seus pontos
fortes e fracos (veremos nas aulas a seguir) você identifica também quais
habilidades precisa desenvolver. Psicólogos capacitados possuem maiores
chances de realizarem seus objetivos e serem reconhecidos
profissionalmente.
- Defina o que fazer / como agir em curto e longo prazo
Para quem planeja e não coloca em prática pouca coisa muda,
comportamentos diferentes podem gerar consequências diferentes. Separe
ações que você pode colocar em prática como se fossem degraus que você
vai subindo até chegar no topo da escada. Descreva quais comportamentos
você vai emitir e suas prováveis consequências. Por exemplo, se o seu
objetivo é captar novos atendimentos, o que você vai fazer para que mais
pessoas conheçam o seu trabalho? Como essas pessoas vão entrar em
contato com você? Como você responde às pessoas que te procuram? Se
você deseja dar aulas, você pode pensar em mestrado ou doutorado que irão
te preparar para a docência.
- Busque se especializar
A graduação nos fornece a base que precisamos para atuar como
psicólogos, mas muitas vezes não nos sentimos preparados e nem seguros
para atuar. O mercado de trabalho também está cada vez mais exigente.
Dessa forma, é importante que você busque se especializar! À medida que
vamos trabalhando em determinada área é natural que a gente vá se
especializando naquela área, a nossa experiência nos especializa, mas não
pare por aí. Para que você seja o psicólogo que deseja ser é importante que
você busque cursos mais específicos para sua área, como MBA, pós-
graduação, especialização, residência, mestrado etc.
- Busque desenvolvimento contínuo
Quanto mais você aprende, mais você percebe que precisa aprender. Não
chegamos ao nível de saber tudo e o mundo está constantemente mudando.
Então se você deseja atuar dentro da psicologia você precisa acompanhar
essas mudanças, tanto as mudanças relacionadas diretamente à psicologia,
como as que podem influenciar sua carreira de forma indireta. Também é
importante que você recicle o seu conhecimento e busque se atualizar. Como
já mencionei em outras aulas, o desenvolvimento contínuo é essencial e não
paramos de estudar quando nos formamos.
- Esteja pronto para mudar e se adaptar

O plano de carreira não te aponta um futuro certo, mas quando colocado em
prática ele torna mais provável um caminho de sucesso. Precisamos lembrar
que não temos controle de todas as variáveis e por mais que a gente se
comporte de forma favorável não é possível ter garantias das consequências.
Pode ser que no meio do caminho você vivencie uma pandemia (estamos
vivendo essa realidade desde 2020), pode ser que você seja demitido, como
também podem ocorrer questões na sua vida pessoal ou mesmo mudanças
de prioridade e interesses. Esteja aberto a repensar o seu plano de acordo
com o que faz sentido para você e com as suas possibilidades, trabalhe a
resiliência, adapte-se e siga em frente.
- Autoavaliação
O plano de carreira não foi feito para ser concluído em um curto espaço de
tempo. Quando você faz um plano de carreira é importante que você
identifique a sua realidade atual e a realidade que você busca. A partir daí
identifique qual “a distância” entre essas duas realidades e o quanto você
precisa se desenvolver e se comportar para alcançá-la. Vá observando quais
comportamentos têm dado bons resultados, quais comportamentos não têm
dado resultados, o que precisa ser modificado, etc. A autoavaliação vai te
ajudar a identificar os pequenos resultados alcançados ao longo do caminho,
mas também pode te ajudar a discriminar o que não está dando certo,
tornando possível que você repense e faça as alterações necessárias.
Aula 23 - Análise SWOT
A análise SWOT é uma ferramenta utilizada para realizar análise de cenários, tendo
como objetivo identificar oportunidades e ameaças dentro do ambiente externo do
empreendimento/negócio, como também analisar os pontos fortes e fracos. Essa
ferramenta é usada como indicador para demonstrar a realidade organizacional e
desenvolver ações de melhorias.
Também são objetivos da análise SWOT:
● Análises internas e externas;

● Propor e estabelecer prioridades de atuação para a gestão empresarial;
● Propor opções estratégicas: Riscos/Problemas a resolver.
● Realizar o diagnóstico do empreendimento.
● Fortalecer os pontos positivos, indicar quais os pontos devem melhorar, sinalizar
as chances de crescimento, aumentar as oportunidades e alertar sobre os riscos.

FORÇAS FRAQUEZAS
Pontos fortes, diferencial Pontos que precisa

desenvolver
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
Externo Externo
Potencializar sua Riscos
vantagem
Ambiente interno - forças e fraquezas

Valorizar os pontos positivos
Desenvolver os pontos fracos
Ambiente externo - oportunidades e ameaças
Antecipação do futuro
Estratégias para construir oportunidades
Forças e Oportunidades
Valorizar os pontos fortes e aproveitar as oportunidades
Forças e Ameaças
Valorizar os pontos fortes e minimizar o efeito das ameaças
Fraquezas e Oportunidades
Desenvolver estratégias que minimizem os pontos fracos de modo a aproveitar as
oportunidades
Fraquezas e Ameaças
Estratégias que minimizem os pontos fracos e as ameaças
Aula 24 - Metas SMART
Provavelmente você já ouviu frases como “Se você deseja ter sucesso é preciso
definir metas claras e objetivas”. A ferramenta SMART é um processo simples e
eficaz que te orientará a estabelecer suas metas e objetivos. Dessa forma, você

conseguirá validar objetivos pessoais e profissionais. Nessa aula abordaremos as
metas SMART, uma estratégia inteligente para definir metas que também te ajuda a
economizar tempo e energia.
(imagem retirada do google. Por favor refazê-la)
Sua meta precisa ser:

ESPECÍFICA - O que você deseja alcançar? Quais as condições? Porque
você quer atingir essa meta?
MENSURÁVEL - Como será possível analisar o desempenho? Qual o
resultado esperado? Quanto tempo levará para alcançar esse resultado?
ATINGÍVEL - A meta precisa ser realista e condizente com o seu estilo de
vida. Essa meta faz sentido para você? Quais os recursos que você possui para
realizar essa meta?
RELEVANTE - Qual a utilidade dessa meta? Porque você deseja realizá-la?
É o momento certo? Essa meta é compatível com os seus objetivos?
TEMPORAL - Defina prazos para realizar suas metas!

Referências:
Livro - IKIGAI
Livro - Princípios básicos da análise do comportamento
Livro - Me poupe
https://ibac.com.br/organizacao-financeira-faz-parte-do-nosso-trabalho/
https://ibac.com.br/atuar-na-psicologia-clinica-tambem-e-empreender/
https://horadafacul.vestibulares.com.br/mercado-de-trabalho/o-que-faz-um-psicologo-
escolar/#:~:text=O%20psic%C3%B3logo%20escolar,-
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as%20rela%C3%A7%C3%B5es%20interpessoais.
https://blog.flashapp.com.br/psicologia-organizacional-o-que-e-e-como-ajuda-sua-
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https://www.scielo.br/j/psoc/a/yMxwVBg7f3qvCdksBFmQ4CQ/?lang=pt
https://pt.wikipedia.org/wiki/Orienta%C3%A7%C3%A3o_vocacional
https://blog.vindi.com.br/psicologia-do-
consumidor/#:~:text=A%20psicologia%20do%20consumidor%20%C3%A9,diferenciar%20seu%20
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https://www.vittude.com/blog/fala-psico/neuropsicologo-o-que-faz-e-quando-procura-lo/

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36872007000200008#:~:text=A%20avalia%C3%A7%C3%A3o%20psicol%C3%B3gica%20%C3%
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Como fazer a gestão financeira do pequeno negócio - Sebrae
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https://www.unibh.br/blog/7-passos-para-elaborar-um-plano-de-carreira-eficiente/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_carreira

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O IKIGAI é composto por quatro perguntas simples e poderosas!

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- Aula 2 Áreas de atuação do psicólogo

No início da graduação normalmente tem aquele professor que gosta de

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Áreas de atuação do psicólogo - CRP

Há 10 anos a psicologia escolar não era tão reconhecida ou valorizada,

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Principais atribuições do psicólogo escolar:

- Acompanhamento de pais e alunos: trabalha as relações familiares buscando

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O principal objetivo da orientação vocacional é identificar as habilidades

Dessa forma, compete ao orientador vocacional utilizar ferramentas que vão

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A psicopedagogia pode ser indicada para crianças em casos de:

- dificuldade de aprendizagem ou atenção;

A psicopedagogia pode ser indicada para adultos em casos de:

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Também são áreas de atuação da psicologia:

Áreas de especialidade reconhecidas pelo CFP

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É possível obter o Título de Especialista reconhecido pelo Conselho Federal de Psicologia

- Aprovação em concurso de provas e títulos e comprovação de dois anos de

- Aula 3 CRP (passo a passo para solicitar o número de registro, importância do

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Requerimento do número de registro profissional de psicólogo - Pessoa Física

Para solicitar o seu número de registro no CRP, enviando o formulário de

● Diploma de psicóloga(o), devidamente registrado, ou certidão de colação de grau de

Os documentos e formulário devem ser encaminhados por email (verifique o email do

Você receberá os boletos referentes às taxas administrativas e o proporcional da

Requerimento do número de registro profissional de psicólogo - Pessoa Jurídica

Para solicitar o seu número de registro no CRP, enviando o formulário de

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Os documentos e formulário devem ser encaminhados por email (verifique o email do

A Comissão de Orientação e Fiscalização entrará em contato após o recebimento dos

E-psi - cadastro para fazer atendimento online https://e-psi.cfp.org.br/

- Aula 4 Currículo (Vitae e Lattes)

Hoje em dia pouco se fala sobre a importância do currículo ou mesmo sobre

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Currículo - qual a importância dele?

Como montar um currículo

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Currículo Lattes - CNPQ

Para que serve?

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“Não vejo a hora de me formar e não precisar estudar mais!”

Já ouviu ou já falou essa frase? Ela é muito mais comum do que

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Aula 6 - Como me destacar na psicologia

A cada dia vemos mais como a psicologia está crescendo e ganhando

1 - O primeiro passo é cursar psicologia: Aproveite esse momento para adquirir

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Aula 7 - Construindo o caminho na psicologia