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MARINA VERGUEIRO
ARTE
Drika Prates
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EXPOSTA
Autora: Marina Vergueiro
Arte e diagramação: Drika Prates
Revisão de texto: Lila Sá Moreira de Oliveira
Editora: Conecta Brasil
Impressão: Gráfica Bartira
Edição número 1
São Paulo, SP - Brasil - 2019
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À mamãe.
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_
Exposta
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Não sou puta, não sou santa
Falo o que me entope a garganta
É o respeito que me dá tesão.
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8
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Mana
De mamas
De bolas
De tramas
E dramas
De camas
De lamas
E gramas
Mana que inflama
De tretas
E trecos
De trampos
E tratos
De pratos
De fatos
E atos
Hiato
Mana de fato
De prantos
E cantos
E cacos
De abraços
E laços
E traços
Mana de carne e aço
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Que pega no compasso
Mana decisiva
Meio concisa
Meio indecisa
Altas brisas
Monalisa
Poetisa
Mana
Com xana, sem xana
Hermana, nem pensa
Me chama!
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_
´
Saindo do armario
Atrevida!
A gorda acordou se sentindo linda
Diante do espelho sorriu
Gostou do que viu
Ficara bem com o biquíni vermelho.
Gulosa!
Chupou até o caroço da manga-rosa
Não contou calorias no desjejum
Se somasse um quilo, seria só mais um
Criara carinho por suas estrias.
Despudorada!
Vestiu o bronzeador e tirou a bata
Banhou-se de sol e mar
Sob o “fogo amigo” de um olhar
Que emanava nojo, raiva e colesterol.
Debemcomavida!
Seu corpo é casa e não ferida
Desfilou toda fofa pela areia
Cantou e brincou de ser sereia
Não escutou quando lhe cuspiram: balofa!
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Bela!
Nunca se guiou pela novela
Pediu refrigerante e queijo coalho
Em seu sangue corre sal grosso e alho
Pecado, falam, é ser gorda e contente.
Sem vergonha!
Não foi à praia de fronha
Portava traje de banho e nenhum recato
Ela passava e a indignação era abundante, no ato
Dizem imoral ir à praia deste tamanho.
Marota!
Ao sair do mar foi motivo de chacota
Mas sente-se feliz e bonita como é
Ser gorda não a faz menos mulher
Ela dá de ombros a quem lhe torce o nariz.
Saciada!
Flertou e levou uma cantada
Só queria ir à praia e esquecer os problemas
Não entendeu quando lhe meteram as algemas
E foi fichada de revolucionária!
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Capripeixes
Prazer, eu
Metade pedra metade água
Capripeixes ralada
Alada
Melada
Bronzeada.
Co a gu la da.
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Pedra dura
Tanto bate
Até que fura
Pedra dura
Água mole
Tanto bloqueia
Que engole
E os musgos grudados nas pedras
Regadas pelo calor molhado de Iemanjá.
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Todos moram aqui
Lotação máxima, perigo de acidente
Se não guenta o tranco, nem tente
Espalhe esta corrente:
Aqui é 8 ou 80
Excesso de amor
Beaucoup de treta
Um bocado de paz interior
E
todo
o
Sol
do
planeta!
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Saudade
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Ela
Penso nesta
E me sai aquela
E nos versos dela
Me vem a outra
E meu sentimento vai a planar
Sem saber se cá ou se lá
O que é real?
O que é fantasia?
O quão concreta é essa
Ou aquela poesia?
Se rimo deste ou daquele lado?
Se rimo alternado?
Se não rimo e me calo
E mato a poesia.
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_
18
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Mordida
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_
Maria,
Você não merece ser estuprada!
Por ninguém, nenhum motivo, nunca nem nada
Simplesmente porque não
Por nenhuma razão
Nem fisicamente
Nem psicologicamente
Quando te penetram à força na mente
Quando te mentem, te subjugam
Te podam
Te drenam na ponta do dedo
E você
Submersa no medo
Não merece ser estuprada
Nem pelo estuprador do parque
Nem pelo namorado
Nem pelo estudante de medicina homofóbico e mimado
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Nem pelo policial fardado
Ou pelo empresário corrupto
Fervorosos praticantes de estupro
Maria não merece ser estuprada pelo Estado!
Muito menos pela boca de um pseudodeputado!
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_
Eu já devia saber
Que ele tava chegando
Senão, por que me espremer neste canto
Como se espaço pra ele eu estivesse guardando?
Borrifando perfume de lavanda no lençol
Já respeitando as fronteiras, de bruços ou de lado
Com a persiana fechada para não o incomodar com o sol
Com o corpo nu e já posicionado
Pronto para ser fisgado sem anzol
Eu já devia pressentir
Que ele tava vindo
Sem pressa, estampando um sorriso lindo
Doido de vontade de me sentir
Tramando desde Guarulhos
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Um jeito diferente de ocupar esta cama
Bagunçando ao som dos nossos barulhos
Somente interrompidos pra dizer que me ama.
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Com a mão direita segurando os meus seios.
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Encontros
Desencontros
Energias cruzadas
A tua indecisão
Me ataca no calcanhar
Não me convém continuar
Assim tão exposta
Verdade ou desafio?
Você amarela na resposta
A verdade, você não sabe
O desafio deixa pra mais tarde.
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Amante da madrugada
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Dama misteriosa que chega do nada
E ri da cara de quem quer dormir
Ela ignora a luz apagada
E se joga em mim sem forças medir.
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Às vezes serena, outras selvagem
Ela é meu culto, minha adoração
Eu a desejo em alta voltagem.
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_
s
Revolucao
s
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Me valorizo, me levanto, me mantenho
Em pé, mostro tudo que tenho
Sentindo um pouco pelo que há de faltar.
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Consolo?
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Entre-coisas
Quando a vida se estreita
E os dias somam ao revés
E os olhos se fundem às paredes
E a razão caminha só
E os outros engolem seco
E as palavras não encontram mais ouvidos
E o que foi é tudo o que é
E o barulho do silêncio perfura
E os dentes se desgarram da vida
E os outros respiram fundo
E as mãos tremem no vazio
E as pernas perderam a função
E a cabeça implora por sim
E o corpo todo diz não
E os outros contam até dez
E a solidão passa o café e faz a cama
E os desejos, lado a lado, se mutilam
E os adeus são cada minuto
E os quadros se borram de lágrimas
E os outros atiram o telefone no gancho
E os anéis e livros são os vestígios
E os lamentos são toda a existência
E a alegria deixou de habitar
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E os abraços são anestesias voláteis
E os outros gritam para calar
Quando já não há como nem quando
Nem por quê nem onde nem nada
Quando viver já é teimosia
A morte é uma aspiração de vida
E a vida é uma inspiração de morte.
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Vazio
Por amar demais
Preferi não me mover
Desconsiderar as possibilidades
E permanecer
Por temer tanto
Evitei até pensar
Socar as angústias
E continuar
Por desejar em excesso
Desviei o olhar
Neguei minhas urgências
Para ficar.
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v
Ciclo de sesquece
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Maintenant
Poucos anos passaram
Passaram como passa o instante imediato
De antes e depois do útero
Durante o primeiro suspiro desesperado
Passaram... E se foram...
E tudo continuou
Como tudo sempre continua
No cerne de mentes atormentadas
Foram poucos os anos
Voláteis como os efeitos de uma droga
Mas poucas não foram as semanas
Em maior quantidade se impuseram
Os dias e a insistência das horas
Os minutos pesaram cheios de segundos...
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Peculiares significados
Vão se somando aos já passados
Sem que tenham a leveza
E a efemeridade que possuem
De fato, simples segundos
Porque em certas vidas incertas
O tempo é pesado em quilos
E pesa como toneladas
Sobre ombros frágeis e vulneráveis
Cheios de culpas
Vazios de significados...
Segundos que esperam
O segundo seguinte
O clímax, o insight
Que acontece somente
De um segundo para o outro
Segundos que esperam
São segundos que passam
Cheios de expectativas
Vazios de significados...
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Desculpas
Desculpa pra sim
Desculpa pra não
Desculpa mesmo assim
Esfarrapada, cheia de culpa
Desculpa pra beber
Desculpa pra comer
Desculpa pra fazer
Mas acima de sempre
Desculpa pra não fazer
Desculpa da menstruação
Do anticoncepcional
Desculpa excepcional
Do medo da gestação
Desculpa da lateral
Da zaga, do meio de campo
Desculpa matriarcal
Ancestral, social
Econômica e cultural
Desculpa tanto e tanto
Desculpa pelo pranto
Desculpa depressiva
Desculpa pesada, massiva
Desculpa pra estar viva
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Não ativa
De cabeç’ativa
Desculpa por enlouquecer
Desculpa em ação e em pensamento
Desculpa pelo processo lento
Pesando na minha, na sua
Na de todos
Daqui até a lua...
Desculpa a infantilidade
De verdade!
Desculpas constantemente
Diariamente
Frequentemente
Insistentemente
Compulsivamente
Mente. Mente. Mente.
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Teimosia
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Só pra ver a cicatriz
Puxo a manga e escondo o bis
De repente, um sopro é sobrevivente
Do desabamento do pensar
Ele inspira, expira, suspira
Fica esperando, crente
Que alguém vá o salvar
Mas eu lhe passo a perna e passo reto
Aperto o passo e me estrepo
Eu tropeço
Dou de cara com o teimoso
Que me dá um tapa na cabeça
“Um e um não são cem!
Pare com isso, meu bem!
Sente e reconheça!
Deixa que a felicidade cresça!”
Atrevido, malcriado... Petulante!
Lhe cuspo o rosto!
Que audácia! Que ultraje!
Imaginar que logo eu, tão arrogante
Iria viver pra lhe dar qualquer gosto!
Esmago o infeliz
Com o entulho do pensamento
Vou botando tudo pra dentro
Pra abafar o que ele diz
Jogo pedra e cimento
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Mas ele ainda vive
Soterrado nos escombros
Dou de ombros, ignoro
Me torturo porque adoro!
(Dá uma pitada no meu drama)
Mas o danado não desiste
Quase morto, esmagado, ainda insiste
Sem pressa, sem prazo, sem carga
Vai cavando, lentamente
Sua vinda à superfície
Me olha no olho e sorri
Como quem diz
“Essa eu venci”
Não esfrega na cara
Nem ri da minha cara
Me toca de leve e me pede uma chance
Não menciona o paraíso
Pois sabe que eu não quero isso
Diz que a felicidade dá medo
Mas está ao alcance
Não quero que seja tarde
Então eu logo cedo.
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Mimada
Já! Já! Já!
Quero prazer imediato!
Pago em dinheiro, no ato
Com o divã, depois eu trato
Traz a breja e o tempero
E me deixa repetir o prato!
Rápido!!!
Preciso de prazer a jato
Compro ressaca e brigadeiro
Culpa, Coca-Cola e mato
O hemograma que vá pro isqueiro
Nem tente cortar meu barato
Com seu papo careta e chato
De almofadinha nato
Quero prazer imediato!
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Madrugadas
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La matutina
Já é dia
E antes do despertador tocar
Ele me faz tocá-lo
E aperta minha mão
Pra que eu sinta
A consistência de sua excitação
Suponhamos que eu minta
E finja que não me dá tesão
Quanto tempo será que eu resisto
À tentação, assim, servida na mão?
Eu assusto e ele resiste
Eu afrouxo, ele insiste
Ele aperta de novo a minha mão
Busca meus olhos
E me diz bom dia
E dá um sorriso de alegria
Num movimento rápido e preciso
Do jeito que é preciso
Ele me coloca por cima
E somos duas forças sexuais
Que se atraem como ímãs
Eu tô pronta e quero mais
Ele tá pronto e quer mais
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Com ou sem camisinha
Tanto faz
Que a decisão não seja minha
(A covardia me satisfaz)
Mas eu não tô nessa sozinha
E ele vai pelo que é de paz
Veste a borracha
O uniforme de bom rapaz
Desses que cê não acha
Perdido em qualquer lugar
Nem errando de bar em bar
Bom rapaz, pero tarado
Já puxou a minha calcinha de lado
E se enche de satisfação
Ao me tatear e sentir o molhado
Com um dos meus seios na mão
Ele nota o meu querer ouriçado
Pede pra eu virar de lado
E me invade quase de supetão
Já são quase oito
E o alarme-coito
Já soou neste colchão!
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Crua
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s
Atencao
s
Não me atice!
Não me atice, nobre senhore!
Sou mulher e sou primata
Não me presenteie com expectativas
Pra depois sair pela culatra.
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49
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50
_
s
Premonicao?
s
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Wannabe
Se fingir de homem
Vestir roupa de homem
Ter cheiro de homem
Ter gosto de homem
Ter marra de homem
Não faz de você um homem.
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Exorcismo
Dedicado ao patriarcado
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Pedindo perdão por cada pecado
Sabe o que eu quero?
É torturar você com o mais puro esmero
Furando seus olhos com palitos de dente
Lentamente
Estapeando o seu rosto
Enquanto eu reitero
O quanto eu desprezo você
De maneira tão pungente
O quanto eu prefiro morrer
Do que ser tocada por você novamente
Em seguida
Antes de acabar com a sua vida
Vou explodir seus tímpanos
Ao pé do ouvido
Sem antes deixar de lembrá-lo, claro
Tudo o que fez comigo
A sua língua...
Vou cortar com um facão
E jogar no chão
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Observando sorridente
Eu vou gritar: “Vai, mente!”
O teu sexo, o tal diamante
Vou cortar rente
Eu quero te ver em estado agonizante
E logo, com um pedaço de pau
Vou golpear com força entre as suas pernas
Vai
Faz agora aquela sua cara de mau
Com a qual
Você dizia que mulheres têm que ser subalternas
Você, que drenou a vida que eu tinha
Vai morrer na ponta de uma faca de cozinha
Com ela vou finalizar minha vingança
Rasgando devagarinho a sua pança
Revirando suas tripas
Até que me cause ânsia
E por fim, sem perder a elegância
Vomitar sobre seu corpo
Morto.
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_
Tchau tchau
Se meu luto te incomoda
E minha dor e minha saudade
Pra você é “andar pra trás”
Abra a porta e vá embora
Se apresse pra não voltar jamais.
56
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Migalhas
Amar em vão...
Amar ou não?
Devo abrir mão?
Ou seguir catando migalhas pelo chão?
Amar em vão
É exercitar o coração?
Ou simplesmente negar a condição
De reciprocidade inexistente?
Amar em vão
O que é então?
Trocar o sim
Pelo não?
Mesmo a dois
Amargar na solidão?
Amar em vão...
É viver enclausurada
Numa esperança eterna
Que corrói a razão
E te joga na merda.
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C’est fini
Do amor?
Ficou a raiva cega
Aquela negação que entrega
Mas que se entrega às lembranças do ardor.
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_
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Infarto
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Entre DRs e sermões
Enfeitiçada pelo teu encanto
No entanto
O que a gente se completa no quarto
Fora dele é tipo AVC e infarto
Há uma semana
Exatamente
Eu estava crente
Que poderia haver paz entre a gente...
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E se...
x=()
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Na real
Quer saber a verdade?
Cansei de sentir saudade
E de ter que implorar pra te encher de beijinhos
Sua mania de negar meus carinhos
Já está beirando a maldade
E se o que você quer é ficar sozinhe
Vá embora com vontade
Desobstrua meus caminhos
E desapareça sem fazer alarde.
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_
Amor natimorto
Amor natimorto
Que eu carrego incrustado em mim
Tão simples seria fazer um aborto
E expelir este parasita, enfim
Amor que era lindo, alegre e leve
Durante o período de gestação
Transformou-se num meticuloso verme
Que se alimenta dos meus sorrisos
Desde que fez um banquete da rejeição.
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Até o fim do meu viver...
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Se mexe
Sai deste muro
Dá um passo pra frente
Dá um passo pra trás
Corre, dá um pulo
Especificamente
Me diz se quer mais
Sai do quarto escuro
Age racionalmente
Se entrega
E não olha pra trás.
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Beijos calientes
Abraços fogosos
Mão naquilo
Aquilo na mão
Mas pelamor
Sexo não!
Línguas al dente
Sussurros gostosos
Aquilo na mão
Por favor
Sem penetração!
Carinhos rentes
Corpos calorosos
Mão naquilo
Aquilo na mão
Vem logo amor
A gente faz com proteção!
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Mãe de família, trava, empresário
O HIV se lixa se você tá no armário!
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Amar é simplesmente amar
E nos faz mais fortes!
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Pelo amor da buceta
(Mãe de cada um de nós).
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PositHIVa
20 de maio de 2012
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Minha vida já não é encher linguiça
Nem passar argamassa nos hiatos
Terá dias que irei à missa
Só para agradecer à Deusa pela vida
Não é papo de bitolada, crente ou gente indecente
Nem de padre, pastora, sheik ou rabino
Mas de quem o corpo padeceu doente
E um vírus mudou seu destino
Hoje transbordo gratidão à Deusa e àqueles
Por poder levantar e seguir em frente
Agarrada na família
E aos amigos mais rentes
Passo batido pelas amenidades
Foda-se o que regurgitou o presidente
Para não ficar sozinha na ilha
Vou esquivando as tais verdades
Mirando sempre a paz e a realidade
Como mulher, amiga, irmã, como filha
Cravei na minha vida os meus dentes
E àqueles poucos não quero deixar saudade
Ao menos não por enquanto
Quero-os bem do meu lado
Quase grudados
Sem espaço para correr o pranto
Porque o amor é a única verdade
E não me cansa idolatrá-lo tanto!
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v
Imunodeficiencia
Maldito covarde
Me dominou sem alarde
Covarde maldito
Calou meu grito!
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Abandono
Dentro de todo
E qualquer sofrimento
Há rancor e há lamento
Há dor e há lodo
Mas há sobretudo
Amor e crescimento
Quando a dor que
Deu o sustento
É regada com a secura
E o abandono do tempo
Não há flor que floresça
Não é falta de amor
Nem puro e simples rancor
É como arrancar do solo a flor
E impedir que o amor cresça.
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Mea culpa
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Precisa de algo? Lexotan? Biovir?
Qualquer coisa é só gritar
Eu tô sempre do teu lado
Nossa amizade tem grande significado
E você tem meu Face, Twitter e celular.
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Viva
Comunicativa
Impulsiva
Expressiva
Hiperativa
Positiva
Negativa
Reflexiva
Sativa
Explosiva
Sensitiva
Passiva
Ativa
Criativa
Expectativa
Explicativa
Autoexplicativa
Obsessiva
Incisiva
Possessiva
Destrutiva
Agressiva
Flagelativa.
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Justica
s
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Paranoia
A paranoia é sedutora
E envolvente
É pele
É areia movediça
É caliente
Ela te iça
Ela mordisca
Ela atiça
E te iça
Te iça
Ela te iça pelos dentes
E enfeitiça
Se alastra rapidamente
Numa sinopse virológica
Da ponta da unha
Ao fio da retórica
Ela é simbólica
Sufocante e paranoica
Ela é brusca
E ilustra sua natureza contagiosa
Invadindo repartição por repartição
Pública, moderada ou sigilosa
Num estupro consentido
(sem sentido)
Da razão.
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_
´
Crise AERea
90
Já exausto e com Alzheimer
Levo malas que não perdem o rumo
Sob direção de um passageiro extraviado.
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Boludez
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Vlw Flw
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Tento ser
Sustentável no mundo
Calma!
Trago boas novas
Viver é risco de vida
Amar é risco de morte!
Eu opto pela boa sorte
Pela responsabilidade emocional
Pelo tamo junto
Seja qual for o assunto.
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Acorda pra vida
Minha filha, acorda pra vida!
Você tá esperando o bonde passar
Tá dormindo até o corpo fatigar
Acorda, filha querida
Veja o sol da sua janela
Levanta da cama
Joga uma água na cara.
Acorda pra vida
Você é uma pessoa de sorte
Que finalmente está sabendo lidar com a morte
Ano novo. Vida nova
Isso é clichê demais pra você?
Simplesmente seja você!
Olhe pra mim, você não me vê feliz assim?!
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100
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102
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Baires
Tiene Buenos Aires que se´ yo. – Sanz, Alejandro
Parti apressada
E guardei as expectativas
Numa mala extraviada
Me recusei a olhar pra trás
Nem vislumbro o porvir.
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Ao ato de fato
Tenho um assunto pendente, amigo
Cujas palavras desertam em diáspora
E me deixam só e abandonada
Aqui no raio do meu umbigo
Solitária, triste e culpada
Pela impossibilidade de me abrir contigo
Mas o alarme soou
E foi dada a largada
Se não for a hora
Já foi!
Pois é agora que revelo quem sou
Por onde estive
O porquê da demora
E que bicho me picou
Que me deixou assim tão arisca
Que mesmo em brasa
Soltando faísca
Me enclausuro e me escondo
Te abro a porta da minha casa
Te acarinho sob minhas asas
E te ofereço um NÃO bem redondo!
Não entendes?
Pra quê tanta crueldade consciente?
104
Pois meu respeito não é papo
E se queres consumar o fato
Preciso que estejas pronto
E saibas que não sou fada
Nem minha vida é um conto!
E se hoje te conto
É porque antes de mais nada
Quero ser respeitada
E ponto!
Na minha caminhada
Não tem espaço pra mané
Sou feita de amor, família e amigos
Cabe a ti decidir o que queres comigo
Queres ser o meu amigo de fé?
Queres que teu corpo seja meu abrigo?
Ou preferes a marcha à ré?
Como único conselho eu digo
Não te imobilizes com teu preconceito!
Estar vivo já é estar em perigo
E pra amar há sempre um jeito
O prazer é só nosso se nos acolhemos no peito
Mas se não tens disposição
Para me amar e caminhar comigo
Me avise logo, caro amigo
E até mais, muito prazer, satisfação!
105
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Escorpiana
Mulher
Você é Lacan
Na mesa do bar, no café da manhã
Na tarde de sexo
Você sempre Lacan!
No escritório ou em Itapuã
Simplesmente Lacan!
106
Que brigo à toa, que grito
Mas que meu sofá é irresistível!
Eu ponho Zaz
E você pede mais
Entre gemidos e ais
Você manda um Lacan
Enquanto morde a maçã
E se arruma pra trabalhar
Eu te miro com afã
E você não volta jamais.
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Dela
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Sorvendo teu gosto
Te acariciando o rosto.
109
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Amor de classes
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E pros meus crimes de paixão
Preciso que aceite fiança
Em moeda de arrependimento e perdão.
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Fica?!
112
Não mais
Desejo a mais pura amizade
Apesar das diferenças todas e da idade
E que você me considere uma amiga
Antes que uma amante
Desejo que você cante e encante
A si mesma, sempre e antes
Que você se fortaleça
E seja sua própria fortaleza
Que você seja leve
E se leve leve
E se a vida cogitar nos levar
Que nos leve leve
No toque de nosso olhar
Você sabe exatamente
Quando eu quero te beijar
Ainda assim eu disfarço
Olho pro lado
Suspiro profundo
Te daria o mundo
Mas não seria bom para nós testemunharmos eu me perder
Pois eu não conheço pequenas doses
Vivi infindas dores
No quesito amores
Não busco nota máxima
Desejo tempo e beijos
113
Muchos besos
Pero tengo miedos
De repetir erros do passado
Ainda assim
Quero estar ao seu lado
Não busco nós
Busco laços
Só não sei como faço!
Me dá um abraço?
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_
´
ocio improdutivo
115
Tentando entender, explicar
Me explicar
Eu converso com as pessoas
Conto para os amigos
E os amigos deles
E seus amigos
Coisas de mim, comigo
E me contam, me falam
Me confrontam, me encaram
Me explicam
Me sussuram,
Me apontam
Me exemplificam
Me gritam
Me confundem
Eu escuto tudo
Com meu olhar mudo
Eu me explico
Me complico
E não fecho o bico
Amplifico
E fico
Com o que sinto
Atolado no esgoto do pensamento,
O zigoto do sofrimento,
Bem onde se fecunda
o embrião da superação!
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_
Modus operandi
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Sobrevivendo à agenda
Aparando as emendas.
Passando momentos, ideias, poesias
Passam-se os dias
Escorrem motivos, metas, intenções.
A pressa não passa de
Um emaranhado de decisões
A pressa me passa
Apertando o passo
Do meu passo apressado
Meu passo passado
Meu passo parado
Equilibrando-se
Entre os lados.
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DNA
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Batendo ponto
Esofagite erosiva
Associada a úlcera esofágica
Hérnia hiatal redutível
Esofagite crônica
Inespecífica ulcerada.
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_
s
Adesao
Ranitidina, fluoxetina
Omeprazol, tilenol, gelol
Vitamina C e D
Rayataz, tenofovir
Prozac, ritanovir
AAS
Bactrim
Meticorten, amato, topiramato
Dermodex, valtrex, tylex, cystex
Floratil, rivotril, tylenol
Esomeprazol
Bepantol, floconazol
Cataflam, citalopram, lexotan
Neosaldina, metformina
Feldene, cicatrene
Predinisona, simeticona
Dipirona, domperidona, bupropiona
Zetron, omcilon, naldecon, daflon
Motilium, centrum, pyridium
Cloridrato de sertralina
Lamivudina
Dolutegravir
O que mais
Há de vir?
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122
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123
Razão
Não foi por falta de querer
Não foi por falta de tentar
Mas não sou páreo para uma ariana tão desapegada
Sou carne dura, porém fraca
Com sentimentos contraditórios sobre contos de fada
Movida a conchinha e olho no olho
E toda vez que você me acordava com café e bolo
Olha só o que eu imaginava
Que talvez eu não fosse só mais um rolo
E que te tocasse profundamente
A nossa história, o nosso lance
Que eu chamo de romance!
Porque me apaixonei
É, isso mesmo
Eu fiz exatamente a única coisa que você me avisou para não fazer
Pois não sou dessas que troca fluídos a esmo
Não mesmo!
Meu carinho tem alvo, propósito e direção
Sou capricórnio com ascendente em peixes
Eu não brinco com assuntos do coração!
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_
´
imuno-logica
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De que “Aids? Não, não comigo”
Não passa de mito
Ilusão
Pura viagem!
Trepou sem proteção, meu bem?!
Não adianta ficar aflite
Entrar em pânico ou enlouquecer
Fugir da verdade
Fugir do teste
Não é atitude que preste
Encare de frente tua responsabilidade
Teu tesão, tua ignorância
Cria coragem!
Se testa e vai saber
Se carrega esse vírus com você
Se for o caso,
Inicie logo tratamento
Evite o sofrimento
Não deixe ao acaso.
Que acaso não cura lamentos.
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_
v
cambio desligo
Nem desligado
Nem no vibra
Nem no mudo
O celular fica lá n’outro mundo
Conexão somente com a mente
Profundamente
Cê me entende?
Foco na ação
Momentaneamente
Fuck wifi aberta
Comunicação hoje só internamente
Que horas são não importa, não
Se eu tô errada
Ou tô certa
Não vou publicar
Nem compartilhar
É assunto particular
Minha vida
Meu corpo
Meu lar doce lar.
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128
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indice
6_____________________Exposta
9__________________Sororidade
11______________Saindo do Armário
13_________________Capripeixes
16____________________Saudade
17________________________Ela
18__________________Ansiedade
19____________Não tenho uma causa
19____________________Mordida
2 0 _ _ _ Vo c ê n ã o m e r e c e s e r e s t u p r a d a !
22___________O Lado Dele da Cama
25____________Energias Cruzadas
26___________Amante da Madrugada
29__________________Revolução
31__________________Consolo
32_______________Entre-Coisas
3 4 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Va z i o
35______________Ciclo de Sesquecê
36___________________Maintenant
38_________________Desculpas
4 0 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Te i m o s i a
43_____________________Mimada
44__________________Madrugadas
45_____________________Matutina
47________________________Crua
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48______________________Atenção
50______________B oy L ixo Uniss ex
51__________________Premonição?
5 2 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Wa n n a b e
53____________________Exorcismo
5 6 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Tc h a u Tc h a u
57_____________________Migalhas
5 8 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ C ’e s t F i n i
59________________De nada, amor
60______________________Infarto
62_________A gente não se entende
63________________________E se...
63________________________x = ( )
64______________________Na Real
65_______________Amor Natimorto
6 8 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Vo c ê e s t á d i s p o s t a ?
69______________________Se mexe
70_______________Beijos calientes
71_______Eu tive Aids por 2 meses
7 6 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ P o s i t H I Va
79______________Imunodeficiência
80_______Este vírus não tem cheiro
81____________________Abandono
82____________________Mea Culpa
84________________________Viva
87______________________Justiça
88____________________Dia de alta
89_____________________Paranoia
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90___________________Crise Aérea
92______________________Boludez
93_____________Me proteja de mim
94___________A aorta ainda lateja
9 6 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ V LW F LW
9 8 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Ac ord a pr a Vi d a
9 9 _ _ _ _ _ _ _ _ Va m o s d i v i d i r a s m á g o a s
100____Quem fica em cima da rima
101____Às vezes viro grão de areia
1 0 2 _ _ _ _ _ _ Vo u c o n s t r u i r u m a g a i o l a
103______________________Baires
104_______________Ao ato de fato
106__________________Escorpiana
108_______________________Dela
110______________Amor de classes
112______________________Fica?!
115____________Ócio Improdutivo
117_____________Modus Operandi
119_______________________DNA
120_______________Batendo Ponto
121_____________________Adesão
122________Does the carapuça fits?
1 2 3 _ _ Hoje eu te encontrei inesperadamente
125________________Imuno-Lógica
127_______________Câmbio Desligo
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agradecimento
A gratidão é transformadora. Ela nos fortalece e nos dá a humil-
dade suficiente para continuarmos passo a passo a nossa revolução
humana íntima e pessoal, a única capaz de transformar verdadei-
ramente o mundo em um lugar mais afetuoso e empático.
Eu só tenho a agradecer a todas as pessoas que me inspiraram,
acolheram, incentivaram e, principalmente, me amaram durante
estes 20 anos de poesia e outros tantos mais de vida.
Mã, π, meu DNA, amo vocês do zigoto!
Meus irmãos, Cã, Lú, vocês inspiraram minha primeira poesia e
isso mudou a minha vida!
Timílda, que me alimenta o corpo e a alma para que eu esteja
saudável e forte.
Pabli, gracias a la vida que me ha dado vos!
Tatá, ter certeza de que sempre caminharemos juntas me enche de
confiança e inspiração.
Drika Prates, mana de xana e artista plástica que me inspirou e me
apoiou ao longo do processo de gestação desta obra e que traduziu
em imagens de maneira tão delicada as ideias tão confusas dentro
de mim, porém tão belas nos traços de sua aquarela.
Mariana Castilho, amiga amada e produtora que sempre me in-
centivou a vencer meus medos e inseguranças para colocar minha
criação artística no mundo e poder me sentir realmente livre. Um
novo capítulo começa agora. Seguimos juntas!
Marianne Schaeffer, parceira das criações audiovisuais e amiga
que tanto admiro, inclusive por topar se aventurar nas minhas
loucuras e, apesar da dificuldade de traduzi-las em vídeo, sempre
supera minhas expectativas!
João Galera, artista plástico e priminho lindo, acompanhar sua
carreira de maneira tão próxima me fez acreditar que era possível
ter a arte e a expressão pessoal como fio condutor da minha vida.
Luís Feltrin, sua sensibilidade artística me inunda de inspiração!
Nossas conversas foram imprescindíveis para que este livro nas-
cesse e eu pudesse finalmente sair do armário do estigma que me
aprisionava.
E todas as outras pessoas com quem compartilho amor e afeto que
participaram desta jornada. Vocês sabem quem são!
A todes vocês, minha eterna gratidão!
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