A Fúria de Démeter

Por Willian Classen

Retropunk Publicações
Créditos
„ Autor: Willian Classen
„ Diagramação: Fernando "del Angeles" Pires
„ Revisão de texto: Nina Bichara
„ Artes: Pinnacle Entertainment Group
„ Revisão de Diagramação: G. Moraes
„ Editor: Fernando "del Angeles" Pires
„ Editor Geral: G. Moraes

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catarse.me/punkverso
Dezembro/2020

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 A Fúria de Deméter
Introdução
A Fúria de Deméter é uma aventura de
ação e exploração para Savage Worlds Edição
Aventura. Ela se passa em uma versão
homérica e fantástica da Grécia antiga, onde
os deuses do olimpo interferem na vida dos
mortais, monstros mitológicos vivem nos
limites da civilização e semideuses e sacer-
dotes dotados de poderes sobrenaturais
caminham entre os mortais embarcando em
grandes aventuras.
A aventura assume que os persona-
gens são heróis, talvez semideuses, e faz
diversas referências à mitologia grega.
Um conhecimento profundo da mitologia
não é necessário para narrar ou jogar essa
aventura, mas pode melhorar a experiên-
cia do grupo.
Essa aventura é desafiadora e envolve
combates difíceis, personagens Novatos
podem concluir a aventura com sorte e
estratégia, mas a aventura é recomendada
para personagens Experientes (com pelo
menos três Progressos).
Regras de Ambientação
Recomendadas
Nasce um Herói, Alta Aventura, Heróis
sem Armadura.
Antecedentes
Aspyria é uma cidade-estado que, apesar
de seu tamanho diminuto, teve muitos
anos de prosperidade. A família real guiou
a cidade por várias gerações, sempre hon-
rando os deuses e mantendo seus cidadãos
longe da guerra.
Mas a prosperidade e a liderança da
cidade quase foram ameaçadas quando
seu atual governante, o rei Skiron, pare-
cia incapaz de gerar um herdeiro. Após
muitas tentativas, o príncipe Daphis final-
mente nasceu, dando à cidade um novo
sucessor ao trono.
Infelizmente, a rainha Agarista morreu
durante o parto da criança e, poucos anos
depois, o próprio príncipe apresentava
sinais de fraqueza, vomitando qualquer
comida ou bebida que tentasse ingerir.
Em seu desespero, o rei Skiron não mediu
esforços para tentar curar seu filho, cha-
mando por curandeiros de toda a região e
organizando grandes festivais para conquis-
tar o favor dos deuses, primeiro a Apolo,
depois Zeus, Hera, e assim sucessivamente,
mas nenhum dos deuses parecia atender
a suas preces, e a saúde do garoto ficava
cada vez pior.
3
 Os rituais continuaram, embora Skiron
tivesse cada vez menos opções e menos
esperança, até o dia em que Hades, o deus
mais improvável de todos, atendeu a
suas preces.
Hades disse que mostraria a Skiron
um jeito de salvar seu filho, desde que
o mesmo lhe fizesse um favor: a deusa
Perséfone, esposa de Hades, estava sen-
tindo falta de uma companheira no
A FÚRIA DE DEMÉTER
mundo dos mortos, e em troca de uma
chance de salvar seu filho, o rei Skiron
deveria ir até os jardins sagrados de sua
cidade, dedicados a Deméter, e capturar
a dríade Kyntha.
Desesperado, o rei realizou o pedido do
deus do submundo sem pensar duas vezes,
chamando alguns de seus homens mais
confiáveis para amarrar a dríade arrancá-la
da terra. À meia-noite, Skiron se encontrou
mais uma vez com Hades que, antes de
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voltar para o submundo com a dríade, deu a
Skiron uma capa que o tornaria imortal por
uma noite, lhe dando uma chance de ascen-
der o monte olimpo e roubar o Néctar e a
Ambrosia dos deuses para salvar seu filho.
Anos se passaram, e o príncipe Daphis,
agora com dez anos, não apenas cresceu
com saúde como também obteve força,
beleza e inteligência acima do que todos
esperavam.
Entretanto, uma ameaça paira sobre
Aspyria: pelo desaparecimento de uma das
dríades de seu jardim sagrado e pelo roubo
da Ambrosia e do Néctar, a deusa Deméter
abandonou as terras de Aspyria, condenan-
do-as à uma grande seca onde nenhuma
planta irá sobreviver.
Enquanto seus súditos morrem de fome
e apenas seu filho tem o que comer. Skiron

procura desesperadamente por heróis que
possam ajudá-lo a resolver essa crise.
Parte 1 - Encontro
com Skiron
Um jardineiro
em perigo
A aventura começa com o os PJs a cami-
nho do palácio do rei Skiron, em Aspyria.
Antes uma grandiosa cidade famosa por
seus templos e jardins, a cidade foi reduzida
a uma carcaça de seu esplendor original
devido a anos de seca e colheitas fracas.
Árvores mortas e folhas e galhos secos são
visíveis no meio das ruas e as construções
da cidade apresentam manchas cinzas de
sujeira e abandono.
Conforme o grupo se aproxima do palácio
de Skiron, é possível ouvir os gritos de dor e
desespero de alguém.
A origem dos gritos é o jardineiro Polía-
das, que limpava as folhas secas do pátio do
palácio quando uma árvore desabou sobre
ele, além dos Personagens, um jovem garoto
se aproxima dos gritos, vindo da direção do
palácio. O garoto está bem vestido e parece
forte e belo. Este garoto é ninguém menos
do que o príncipe Daphis.
Daphis tenta levantar a árvore para ajudar
o jardineiro, e é visível para os Personagens
que ele é muito mais forte do que um garoto
normal de sua idade, mesmo assim, Daphis
é incapaz de levantar a árvore sozinho. Um
sucesso em um teste de Força -2 é necessário
para levantar a árvore e salvar Políadas.
Caso o grupo ajude, Daphis os agra-
dece antes de ajudar Políadas a se levantar
e apoiá-lo enquanto os dois procuram
um curandeiro. Caso seja salvo, Políadas
agradece o grupo profusamente. Caso o
grupo falhe no teste de Força, Daphis sai
correndo para buscar ajuda e volta instan-
tes depois com um grupo de fazendeiros
fortes, o grupo consegue levantar a árvore,
PUNKVERSO - DEEMBRO 2020
mas Políadas está desacordado e grave-
mente ferido.
O palácio de Skiron
Chegando no palácio, o grupo é recebido
por uma mulher de meia-idade portando
armadura e escudo, que se apresenta como
Nymphodora, uma das capitãs do exército
de Aspyria. Após conferir as intenções do
grupo, Nymphodora os leva até o rei Skiron.
Skiron aguarda os personagens em um
grande salão que parece estranhamente
desprovido de decoração ou luxos, uma
refeição simples aguarda os Personagens,
servida em potes simples de cerâmica. Caso
um dos Personagens questione a situação
atual, Nymphodora prontamente explica
que o rei trocou muitas das decorações do
palácio por gado e comida para alimen-
tar a cidade.
O rei Skiron se apresenta aos Personagens
e explica brevemente a situação, contando
sobre a seca que amaldiçoa Aspyria e
dizendo que suspeita que isso seja a mal-
dição de algum deus. Skiron não lhes conta
sobre o pacto que fez com Hades ou sobre a
dríade sequestrada.
Após explicar a situação e responder
quaisquer perguntas do grupo, o rei sugere
que os Personagens sigam para Delfos e
tentem consultar a Oráculo para descobrir
uma forma de curar a maldição que aflige
o solo de Aspyria, caso o grupo aceite, o
rei lhes entrega presentes destinados à
Oráculo. Nymphodora também lhes conta
que seu superior, o general Erxandrus, saiu
com alguns homens para uma patrulha dias
atrás e já deveria ter voltado. Nymphodora
teme o pior, e pede aos Personagens que
fiquem atentos para quaisquer sinais das
tropas desaparecidas.
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 Parte 2 - Oráculo
de Delfos
Emboscada na Floresta
Uma semana atrás, Erxandrus e seus
homens foram enviados por Skiron para
A FÚRIA DE DEMÉTER
consultar o oráculo de Delfos e descobrir
uma solução para a seca. Erxandrus, entre-
tanto, tem outros planos.
Enquanto a maioria das tropas de Aspyria
são homens comuns que tomam armas
para defender a cidade quando necessário,
Erxandrus é um guerreiro por profissão,
consumido pela sede de sangue de Ares,
e acredita que Aspyria deve resolver seu
problema de falta de comida atacando e
pilhando outras cidades.
Sabendo que o rei pretende enviar heróis
para Delfos, Erxandrus e seus homens mon-
taram uma emboscada na trilha no meio do
caminho, esperando que o desaparecimento
dos heróis convença Skiron a entrar em
guerra com outras cidades.
Delfos fica a três dias de viagem de
Aspyria, durante esse tempo, um Perso-
nagem que faça teste de Sobrevivência
descobre rastros recentes, indicando que um
grupo de criaturas percorreu esse mesmo
caminho a no máximo 24 horas atrás. Uma
ampliação nesse teste revela que vários
homens passaram por esse caminho.
Na metade do segundo dia, enquanto a
trilha atravessa um bosque, os Personagens
chegam ao local da emboscada, um Perso-
nagem que passe em um teste de Perceber
pode ouvir movimentação na mata em
torno do grupo. Uma ampliação revela que
pessoas estão escondidas entre as árvores
e mostra ao Personagem a posição de cada
pessoa. Caso o grupo tenha obtido sucesso
no teste de Sobrevivência anterior, eles rece-
bem +1 no teste de Perceber.
Nesse instante, Erxandrus e seus homens
saem de seus esconderijos e atacam o grupo.
Os Personagens imediatamente percebem a
6
semelhança entre a armadura de Erxandrus
e a armadura de Nymphodora. Erxandrus
luta até a morte e não escuta os Personagens
de modo algum, o resto dos guerreiros foge
ou se rende caso o general seja morto.
Soldados de Aspyria (dois por Persona-
gem): Use a ficha de Soldado Savage Worlds
Edição Aventura, os soldados estão equipa-
dos com uma Espada Curta (For+d6), uma
Javelin (3/6/12, For+d6) e um Escudo Médio
(+2 Aparar, -2 Cobertura)
Erxandrus: Erxandros é como os demais
soldados de Aspyria, mas também usa uma
armadura completa de couro (torso, cabeça,
braços e pernas) que lhe dá +3 de armadura,
e possui a habilidade “Resiliente”
A Oráculo de Delfos
Chegando a Delfos, os Personagens pre-
cisam passar pelos rituais de preparação
necessários antes de consultarem a Pytha,
a alta sacerdotisa que age como oráculo de
Apolo, o ritual envolve a doação de presen-
tes ao templo, uma entrevista a respeito de
suas perguntas, uma procissão até o templo
e o sacrifício de um filhote de cabra. Deta-
lhar os rituais com fidelidade histórica
vai além do escopo dessa aventura, mas o
Mestre é encorajado a retratar o processo
com mais detalhes caso ache interessante.
De qualquer forma, quando o grupo
finalmente se encontra com a Pytha, os Per-
sonagens ouvem a seguinte profecia:
“Sito chora a perda de sua
companheira
E abandona as terras uma
vez sagradas
Mas seu sangue é o sangue da
cobra e do grão
Que presos no abismo, não tem
mais poder
Seus grãos esquecidos no meio do mar
Na prisão de Cymyras, protegida
dos tritões
Siga o caminho de Helios
durante o dia
 PUNKVERSO - DEEMBRO 2020
E o escudo de Orion durante a noite
Além do mar jônico, uma ilha verá
Dois gigantes encontrará, um guar-
dião e um pária
E no templo esquecido do tempo
encontrará as sementes da salvação
Terá de tomar uma grande decisão
Pois aquele que é puro, e aquele
que é nobre
São manchados pelo desespero e
pela criação”

Desvendando a Profecia
Após ouvir a profecia, falta a questão de
interpretá-la. Cada Personagem pode fazer
um teste de Astúcia para receber uma dica a
respeito da profecia, mas é improvável que
eles saibam o que fazer em seguida.
Quando os Personagens voltam a Aspyria,
o Rei Skiron sugere que eles consultem
Nikomedes, o sábio e filósofo da cidade.

Parte 3 - Viagem
Nikomedes é um velho de corpo frágil e
entusiasmo forte, e fica empolgado para

ouvir a profecia recebida pelos Persona-
gens e ajudar a interpretar seu significado.
Alguns dos pontos importantes que podem
ser apontados pelo sábio ou descobertos
com os testes de Astúcia são:
• Sito é outro nome para a deusa
Deméter
• A cobra e o grão são símbolos de
Cronos, titã da colheita e pai de
Deméter
• O abismo se refere ao Tártaro, prisão
de Cronos
• O caminho de Helios provavelmente se
refere à direção oeste, onde o sol se põe
• O mar jônico é o mar a oeste de Aspyria
Essas pistas devem ser suficientes para
que o grupo conclua que deve navegar
para oeste e procurar a ilha de Cymyras,
mas caso isso não aconteça, eventualmente
Nikomedes sugere essa interpretação da
profecia ao grupo.
de barco
Quando Skiron fica sabendo sobre a
profecia e a viagem, o rei agradece aos Per-
sonagens e os recompensa com um saco de
moedas de prata e ouro que totalizam $500.
Skiron então diz que gostaria que os
Personagens fossem até a ilha de Cymyras
recuperar as ditas “sementes da salvação”, e
que uma recompensa muito maior que essa
os aguarda caso o façam.
Nymphodora começa a organizar uma
expedição imediatamente, procurando
navios e suprimentos para a viagem, e pede
aos Personagens que estejam no porto da
cidade em dois dias.
O grupo pode usar esses dois dias para
descansar, conhecer a cidade, comprar equi-
pamentos ou se preparar de outras formas,
o rei Skiron lhes oferece moradia em seu
palácio durante esse tempo.
7
 Quando o grupo chega ao porto na manhã
da viagem, as últimas caixas de suprimen-
tos estão sendo carregadas no Perípetes, um
enorme navio bireme modificado para com-
portar menos remadores em troca de mais
espaço para carga e aposentos para alguns
tripulantes.
Alguns rostos familiares também estão
no porto, esperando para embarcar, entre
A FÚRIA DE DEMÉTER
eles Nymphodora, que está visivelmente
exausta com os preparativos mas continua
inspecionando tudo mais uma vez; Nikome-
des, que carrega uma bolsa enorme cheia de
livros e bugigangas e parece prestes a cair
com o peso; e o príncipe Daphis, que está no
meio de uma discussão acalorada com seu
pai, o rei Skiron.
Mesmo de longe é possível ver que Daphis
carrega uma bolsa e parece ter se preparado
para fazer parte da viagem, e caso os Perso-
nagens se aproximem, podem ouvir Daphis
e Skiron discutindo a respeito disso: o rei
argumenta que o garoto ainda não passa
de uma criança e que a viagem será muito
perigosa, enquanto Daphis argumenta que
se a expedição falhar todos em Aspyria mor-
rerão pela fome ou sede de qualquer forma,
que é responsabilidade dele como príncipe
ajudar seu povo, e que estar num navio
com heróis e com os melhores homens de
Aspyria provavelmente é mais seguro do
que ficar na cidade.
Caso os Personagens não intervenham,
o rei eventualmente é convencido pelas
palavras de Daphis e o garoto sobe a bordo.
Caso contrário, os personagens podem
tentar convencer Daphis a permanecer na
cidade com um teste de Persuadir. O resto
da aventura assume que Daphis faz parte da
viagem e possui algumas cenas a respeito
disso, mas a presença dele não é necessária
para que a aventura seja concluída.
Alguns minutos depois, todos os supri-
mentos estão carregados e o Perípetes
está pronto para partir. Além de alguns
guerreiros de confiança trazidos por Nym-
phodora, a tripulação do navio é composta
por quase duzentos marinheiros, em sua
maioria remadores, que dormem em turnos
8
alternados de forma a manter o barco em
constante movimento.
Se Daphis faz parte da viagem, há um
leve atraso antes que o grupo possa zarpar.
O rei Skiron sussurra algo no ouvido de
Nikomedes, que desce do navio com outros
dois homens e parece seguir na direção do
palácio. Skiron então se dirige aos Persona-
gens, agradecendo mais uma vez pela ajuda
e pedindo que cuidem de Daphis. Nikome-
des volta minutos depois, os dois homens
carregando um pequeno barril cada, esses
barris não são deixados com o resto dos
suprimentos, e sim levados aos aposentos
de Nikomedes, o que parece deixar Nym-
phodora confusa.
Os dois barris são o que resta do Néctar
e Ambrosia roubados por Skiron dez
anos atrás.
A Viagem
O Primeiro Dia:
O primeiro dia de viagem é calmo, e até
mesmo empolgante. Os marujos conversam
entre si, animados, perguntando que tipos
de criaturas fantásticas irão encontrar pelo
caminho e se perguntando se sua aventura
será tão grandiosa quanto as viagens de
Herakles ou Jasão. Apenas Nymphodora e
o capitão do navio, Crethon, parecem preo-
cupados com a viagem; Nikomedes fica
enjoado assim que pisa no navio, e passa o
dia em seu quarto, ocasionalmente os Perso-
nagens veem um marujo jogando um balde
de vômito no mar. Já Daphis imediatamente
se põe a ajudar os marinheiros, e mais uma
vez é evidente para todos que sua força e
porte atlético são muito maiores do que o
esperado para um garoto de sua idade.
Curiosamente, Daphis também não almoça
ou janta com os marinheiros, ao invés disso
dizendo que vai levar comida para Nikome-
des e ver como o velho está se sentindo.
O primeiro dia não oferece nenhum
desafio ao grupo, mas pode ser usado para
conhecer melhor os tripulantes.

Longe da Terra:
Na noite do primeiro dia o navio se afasta
completamente da costa e, embora o capi-
tão Crethon e sua tripulação sejam marujos
experientes, nenhum deles está acostumado
a navegar para longe da costa, onde apenas
água é visível em todas as direções.
Por conta disso, apenas Nikomedes é
capaz de ler as estrelas e traçar o curso
apropriado até a ilha de Cymyras. Infeliz-
mente para o grupo, Nikomedes também
é um marujo de primeira viagem, e ainda
está enjoado.
Os Personagens podem tentar ajudar
Nikomedes a se recuperar (Curar), ou
podem tentar assumir a tarefa de ler as
estrelas e encontrar o caminho (Ciência ou
Sobrevivência).
Em caso de sucesso, a viagem continua
sem complicações. Caso contrário, os navios
ficam à deriva, aguardando pela melhora do
velho, atrasando a viagem, e consumindo
suprimentos.
A Tempestade:
O segundo dia começa com ventos fortes
que parecem querer arrastar o navio de
volta a Aspyria, e com o céu escuro que
promete uma tempestade forte. Segundos
depois, antes que os marujos possam se
preparar para a intempérie, a chuva chega,
encharcando todos os tripulantes. Relâmpa-
gos rasgam o céu e trovões fazem o deque
tremer, ondas gigantes arremessam o navio
de um lado para o outro como se fosse um
brinquedo.
Enquanto isso, os marinheiros trabalham
desesperadamente para manter o navio no
curso certo e os suprimentos em segurança.
Peça para que os Personagens descre-
vam o que pretendem fazer durante a
tempestade. Em teoria, nenhum deles tem
a obrigação de ajudar a tripulação, seu tra-
balho é apenas recuperar as sementes da
salvação em Cymyras. Mas a tripulação cer-
tamente precisa de ajuda nesse momento.
Caso decidam por ajudar, pergunte a
eles como pretendem auxiliar a tripulação,
e então peça por um teste de Característica
PUNKVERSO - DEEMBRO 2020
apropriado. Os Personagens podem ajudar
de quaisquer formas que pareçam relevan-
tes com a situação. Alguns exemplos seriam
trabalho braçal (Força), cuidar da saúde dos
tripulantes (Curar) ou fazer outras tare-
fas nos navios (Navegar). Todos os testes
são feitos com -1 devido à severidade da
tempestade.
Caso os Personagens falhem em seus
testes ou se neguem a ajudar a tripulação,
a tempestade tem consequências desas-
trosas, causando graves danos ao navio,
estragando suprimentos e jogando mari-
nheiros no mar.
Em seguida, todos os Personagens que
decidiram ajudar precisam fazer um teste
de Vigor, aqueles que falharem recebem um
nível de Fadiga.
A tempestade se estende por toda a
manhã, tarde, e parte da noite, cada uma
dessas etapas do dia exige um novo teste
de Característica dos Personagens caso eles
decidam continuar ajudando, simplesmente
repita os passos anteriores mais duas vezes,
descrevendo como os sucessos ou falhas
dos Personagens alteram o destino do
navio. Personagens que optem por descan-
sar durante uma etapa ao invés de ajudar a
tripulação recuperam um nível de Fadiga.
Ao final da terceira etapa, a tripulação
está exausta e marinheiros desmaiam de
cansaço no meio do convés, mas a tempes-
tade foi vencida! Nymphodora e Crethon
fazem uma inspeção.
Se os Personagens ajudaram a tripulação
e obtiveram pelo menos seis sucessos, a tri-
pulação teve poucas baixas, pouca carga foi
perdida, o navio sofreu poucos danos, e a
moral dos tripulantes no geral é positiva,
muitos deles estão até mesmo empolgados
pela vitória contra a tempestade!
No entanto se os Personagens se recusa-
ram a ajudar ou falharam em seus testes,
a tripulação, a carga e o navio estão em
frangalhos. A atitude geral da tripulação é
negativa, e muitos deles culpam os Perso-
nagens por isso.
De uma forma ou de outra, a viagem pre-
cisa continuar, mas os tripulantes exaustos
9
 precisam de descanso, e Crethon anuncia
que a viagem irá continuar no amanhecer,
dando tempo suficiente para que todos se
alimentem e recuperem o fôlego. Enquanto
todos descansam, Daphis desce para confe-
rir se Nikomedes está bem, e os marinheiros
se viram para os Personagens, curiosos
sobre suas vidas e seus feitos. Esse é um
bom momento para um Interlúdio.
A FÚRIA DE DEMÉTER
Se Daphis está no navio e desceu para
checar Nikomedes, logo após o Interlúdio,
Nikomedes sai de seus aposentos e caminha
pelo convés, examinando as estrelas. Com
uma gargalhada, ele declara que a tempes-
tade foi um ato dos deuses, que a viagem
ainda está no rumo certo, e que os ventos
e as ondas empurraram os navios para
mais perto de Cymyras. Nikomedes não
parece enjoado ou indisposto, mesmo após
a tempestade. Um Personagem que obtenha
sucesso em um teste de Curar ou Perceber
também nota que a postura e o caminhar
do velho parecem mais firmes e confian-
tes da primeira vez que os Personagens o
viram, em terra.
A verdade é que ao descer para conferir o
estado de Nikomedes, Daphis o encontrou
inconsciente e em um estado deplorável,
completamente desidratado pelo enjoo
e com vários machucados de ser jogado
10
de um lado para o outro pelo navio cha-
coalhando na tempestade. Achando que
Nikomedes estava prestes a morrer, Daphis
fez o velho comer um pouco de Ambrosia e
Nectar, que melhoraram instantaneamente
a saúde de Nikomedes, fazendo-o se sentir
muito mais jovem e forte.
Caso Daphis e os barris de Ambrosia e
Nectar não esteja no navio. Nymphodora
desce para checar Nikomedes e chama os
Personagens logo em seguida. O sábio está
em péssima condição e precisa de descanso
e cuidados. Como na primeira noite, os Per-
sonagens podem tentar cuidar de sua saúde
ou ler as estrelas por si próprios. Caso não
seja tratado, Nikomedes não consegue auxi-
liar o grupo pelo resto da viagem, e pode
até mesmo morrer no futuro caso nada seja
feito. Por sorte, ele deixou em seus aposen-
tos uma série de instrumentos, anotações
e mapas astrais, que permitem a um Per-
sonagem fazer um teste de Ciência para
encontrar o curso certo, mesmo que des-
treinado, e conferem +2 em quaisquer testes
de navegação para encontrar o caminho até
Cymyras e de volta para Aspyria.
Ataque dos Tritões:
O vento volta a soprar favoravelmente
no terceiro dia, e os céus parecem limpos,

embora o sol também pareça anormalmente
quente e todos os marinheiros estejam pin-
gando suor. Durante as primeiras horas
do dia nada de anormal acontece, e esse é
um bom momento para descrever como os
eventos dos dias anteriores estão afetando
a atitude dos tripulantes. Se Nikomedes
comeu da ambrosia e tomou o néctar, o velho
é visto saltitando de alegria pelo convés.
A viagem continua sem maiores com-
plicações até o pôr do sol, quando o navio
para bruscamente, como se tivesse batido
em algo, a inércia jogando os tripulantes
desavisados para frente. Um dos marinhei-
ros grita e aponta para o mar abaixo da
embarcação, e os Personagens podem ver
um turbilhão se formando na água abaixo
e puxando o navio para o centro.
No instante seguinte, vários tritões
começam a escalar o casco do navio. Os
Personagens têm dois turnos até que os tri-
tões terminem de escalar e subir no convés,
nesse momento o barco está preso, incapaz
de se mover devido ao turbilhão, e uma
horda de tritões está a bordo.
Um dos tritões, que veste uma arma-
dura de conchas e carrega um escudo feito
com a casca de uma tartaruga, aponta o
seu tridente para os personagens e grita:
“Vocês navegaram para longe demais, mor-
tais, voltem para a sua terra ou sofram a
nossa fúria!”
Os tritões são os guardiões da ilha Cymy-
ras, e não irão aceitar nenhuma alternativa
que não seja o grupo desistindo da viagem e
voltando para suas terras, de modo que um
combate é inevitável.
Durante esse combate, os Personagens
enfrentam o líder dos tritões e mais dois
tritões por personagem, enquanto a tripu-
lação enfrenta o resto como pano de fundo.
A tripulação possui alguns guerreiros trei-
nados, mas a maioria dos marinheiros são
apenas remadores cansados e desarma-
dos, de forma que cabe aos Personagens
fazer a diferença nesse combate. Ao final
de cada rodada, se o líder dos tritões esti-
ver vivo, cada Personagem rola um d4, em
PUNKVERSO - DEEMBRO 2020
um resultado 1, mais um tritão se junta
ao combate.
Derrotar o líder dos tritões faz com que
o turbilhão se dissipe, a alteração no movi-
mento da água é imediatamente sentida
por todos a bordo, a tripulação percebe
que está vencendo e luta com esforço redo-
brado, enquanto os tritões sabem que seu
líder foi morto e começam a vacilar. Novos
tritões param de se juntar à luta com os
Personagens.
O combate acaba quando os Personagens
conseguirem derrotar todos os tritões que
estão enfrentando. Nesse momento, todos
os tritões que não foram derrotados per-
cebem que não têm chances de vitória e se
jogam no mar, nadando para longe.
„ TRITÕES: Usa a ficha do Soldado do
Savage Worlds Edição Aventura, mas
os Tritões possuem Visão no Escuro,
são Aquáticos e tem Nadar d10. Os
Tritões estão armados com Tridentes
(For+d6, Alcance 1, Aparar +1 se usada
com 2 mãos)
„ TRITÃO LÍDER: Igual aos Tritões
acima, mas usa uma armadura de
conchas (torso, pernas, Armadura +2)
e um Escudo Grande (+3 Aparar, -4
Cobertura).
Terra à vista!
Na tarde do quinto dia o grupo finalmente
avista um pequeno pedaço de terra no hori-
zonte. Conforme as horas se passam, a ilha
de Cymyras vai crescendo no horizonte, e
os Personagens podem ver uma ilha mon-
tanhosa e coberta por árvores. A tripulação
navega em torno da ilha, procurando um
local bom para desembarcar, até que encon-
tram uma praia no canto sul de Cymyras.
Atracar o navio, entretanto, se prova mais
difícil do que parece, Cymyras é cercada por
correntezas fortes, ondas anormalmente
grandes e um recife de corais traiçoeiros.
Os Personagens devem realizar uma Tarefa
Dramática Difícil, fazendo testes de Perce-
ber, Sobrevivência ou Navegar para auxiliar
a tripulação.
11
 Caso o grupo ajude e obtenha os seis
sucessos necessários, o Perípetes atraca
seguramente na praia, sofrendo apenas
danos menores. Já no caso de falhas ou ina-
tividade dos Personagens, o navio se choca
com recifes de corais e ondas gigantes arras-
tam tripulantes para fora do convés. Se o
Perípetes sofreu danos graves tanto na tem-
pestade quanto agora, ele afunda perto da
praia, sem salvação, e os Personagens serão
A FÚRIA DE DEMÉTER
forçados a encontrar outra forma de voltar
para casa.
Explorando a Ilha
Embora o Tártaro seja a prisão mais
segura usada pelos deuses Olimpianos para
conter seus inimigos e ameaças ao mundo,
ele não é a única. Guardada pelos seus
tritões encontrados pelo grupo, a ilha de
Cymyras é o local de exílio de várias criatu-
ras subjugadas por deuses e heróis ao longo
das eras. Com o tempo, os animais e plantas
nativos da ilha se adaptaram à presença dos
monstros em seu meio, se tornando maiores
e mais formidáveis.
Animais como coelhos, veados, doninhas
e raposas podem ser vistos ocasionalmente
pela ilha, esses animais são maiores do que
o normal e seus pelos parecem maiores,
desgrenhados e espetados. Esses animais
estranham quaisquer humanos e fogem
imediatamente, mas em caso de combate,
use as estatísticas dos animais no livro base,
adicionando um ou dois pontos ao tamanho
das criaturas e aumentando sua Força em 1.
Cymyras é uma ilha de beleza incrível e
aparência paradisíaca, com uma praia de
águas claras e areia fina e macia, e uma
montanha coberta por grandes carvalhos.
Apesar da beleza, a ilha é claramente um
lugar selvagem e perigoso que resiste a
qualquer tentativa de imposição de ordem.
A tripulação permanece na praia, mon-
tando acampamento, fazendo reparos
nos navios, e formando pequenos grupos
de busca para conseguir suprimentos.
Enquanto isso, os personagens estão
livres para explorar a ilha e procurar pelas
sementes de Cronos. Se os Personagens
12
foram bem-sucedidos em seus testes tanto
na tempestade quanto na praia da ilha,
Nymphodora manda alguns de seus solda-
dos (um para cada dois Personagem) para
ajudar o grupo em sua busca. Esses solda-
dos usam a mesma ficha e equipamento que
os soldados de Erxandrus.
A Ilha
Cymyras é uma ilha de quase quinhen-
tos quilômetros quadrados de distância,
dividida em cinco áreas, conforme o mapa.
Se movimentar do centro de uma área até
o centro de outra em ritmo de caminhada
normal leva aproximadamente duas horas.
Do centro de cada área é possível ver parte
de todas as áreas adjacentes.
Os Pássaros de
Estinfália
Aves sagradas de Ares, o deus da guerra,
os Pássaros de Estinfália são aves de rapina
com bico, asas e penas de bronze, capazes
de atirar suas penas nas vítimas como uma
chuva de dardos afiados. Além de predado-
res formidáveis, os Pássaros de Estinfália
também são uma grande praga, que devas-
tam árvores e colheitas ao se alimentarem
e deixam excrementos que acabam com a
fertilidade das terras.
Após serem expulsas de Arcádia por Hér-
cules durante seu sexto trabalho, muitas
dessas aves vieram para Cymyras, onde
rapidamente se estabeleceram e começam a
se reproduzir em números alarmantes.
O primeiro alvo da devastação dessas
aves foi a região oeste da ilha, onde ante-
riormente uma grande floresta repleta de
animais crescia. Em questão de poucos
meses, toda a parte norte (região D) dessa
floresta foi completamente destruída, e o
que sobra agora é apenas um solo seco e
infértil sem flora ou fauna.
Triphena
Embora a função primária da ilha de
Cymyras seja agir como uma espécie de
 PUNKVERSO - DEEMBRO 2020
exílio para monstros e titãs menores, sua
fauna grande e selvagem e sua localização
remota faz com que deuses aventurosos
por vezes venham até a ilha caçar com seus
seguidores. A própria deusa da caça, Árte-
mis, faz visitas ocasionais à ilha para caçar
seus animais gigantescos.
Triphena é uma oréade, uma ninfa das
montanhas, que cuida da ilha a serviço
de Ártemis e acompanha a deusa em suas
caças. Triphena tem a aparência de uma
estátua viva, sua pele feita de mármore
manchado pela terra.
Uma gruta na base da montanha fazia as
vezes de lar da ninfa, próxima a parte norte
da floresta, e viu de perto a destruição cau-
sada pelos Pássaros de Estinfália. Ela agora
vaga pela ilha, caçando as aves com seu arco
e tentando, sem sucesso, manter sua popu-
lação sob controle.
Quando um navio atraca na praia da ilha,
muito. Se os Personagens passarem um dia
a Oreade percebe seus tripulantes como
longe da praia, é possível que eles vejam
uma oportunidade de ajuda, e segue fur-
cadáveres de animais selvagens gigantes
tivamente os Personagens enquanto eles
na areia ao voltarem, e talvez tripulantes de
exploram a ilha, observando suas ações.
luto por companheiros perdidos em batalha.
Um Personagem que passe em um teste de
Perceber tem a impressão de estar sendo Evento - Ambrosia e Néctar:
observado, mas descobre a presença da
ninfa apenas com uma Ampliação. Se Daphi integrou a viagem com o grupo,
esse evento pode ser usado da primeira vez
Se os Personagens parecerem confiáveis e
que os personagens retornam à praia após
competentes, a oréade vai até eles, pedindo
explorar a ilha.
ajuda contra os Pássaros e revelando a loca-
lização de seu ninho. A ninfa também pode Os personagens escutam uma grande
aparecer para salvar os Personagens caso discussão vindo da tenda central do acam-
note que eles estão em grande perigo, e em pamento. Caso entrem, podem ver Crethon,
troca pedir que a ajudem com os Pássaros. Daphis, Nikomedes e Nymphodora discu-
tindo, enquanto dois barris pequenos estão
Triphena também pode contar aos
perto deles, com as tampas parcialmente
personagens sobre o ciclope Praxiteles
abertas, revelando comida e bebida que
e sua tentativa de reconstruir a floresta
(ver área D). parecem ser feitos de ouro e brilham contra
o sol. Os Personagens imediatamente

A. Praia reconhecem o conteúdo dos barris como

A parte sul da ilha é o único lugar com
uma praia apropriada para o desembarque
dos navios, visto que o resto das margens
da ilha são paredões rochosos. É aqui onde
a tripulação permanece enquanto os Perso-
nagens exploram a ilha. A praia é um pouco
mais segura do que o resto da ilha, mas não
Ambrosia e Néctar.
Crethon e Nymphodora parecem furio-
sos, enquanto Daphis e Nikomedes tentam
explicar a situação. O capitão e a soldada
argumentam, indignados, que Daphis
comia a comida dos deuses enquanto o resto
do reino passava fome, e que todos os pro-
blemas de Cymyras são culpa deles. Nesse
13
 momento, Nikomedes explica para todos a
história de como o rei Skiron fez um acordo
com Hades para salvar a vida de seu filho.
Essa revelação abala a confiança de Nym-
phodora e Crethon no rei, mas Nikomedes
insiste que Skiron foi enganado por Hades,
e que o rei sempre quis o melhor para seu
povo. Daphis, que também não conhecia a
história toda, se sente envergonhado e cul-
pado, mas implora aos Personagens que
A FÚRIA DE DEMÉTER
tentem salvar o reino mesmo assim, e até
mesmo se prontifica a ajudá-los.
A ambrosia e néctar restantes são suficien-
tes para dez refeições. Um personagem que
faça uma refeição imediatamente recupera
todos os seus ferimentos e níveis de fadiga,
e também se recupera de qualquer doença,
veneno ou ferimento, exceto aqueles prove-
nientes de uma complicação.
Os quatro NPCs presentes possuem opi-
niões diferentes sobre como o restante da
ambrosia e néctar devem ser usados: Nym-
phodora encoraja os Personagens a usarem
a comida divina como um recurso para
garantir o sucesso de sua missão. Crethon
acredita que a comida deve ser distribuída
para os marinheiros, especialmente os que
ficaram feridos ou doentes com a viagem.
Nikomedes insiste que Daphis deve con-
tinuar se alimentando até que o estoque
acabe, caso contrário, diz ele, é possível que
o príncipe volte a ficar doente e todo o sacri-
fício do reino seja em vão. Daphis, por fim,
acredita que a ambrosia e néctar devem ser
guardados e devolvidos aos deuses. A deci-
são final fica com os Personagens.
Caso Daphis não esteja no navio, é possí-
vel que Nikomedes decida contar a verdade
para os personagens mesmo assim, em pri-
vado, nesse caso, ele provavelmente espera
até que o grupo já tenha as sementes de
Cronos. Caso Nikomedes esteja morto,
é possível que Nymphodora ou Crethon
encontrem anotações a respeito do passado
nos pertences do sábio.
Obstáculo - Escalada
Subir ou descer as montanhas pela praia
é uma tarefa difícil, visto que nesse ponto
a montanha é um paredão íngreme. A
14
escalada do paredão é dividida em três
seções de 3 metros, cada uma exigindo um
teste de Atletismo-2. Os Personagens podem
seguir para a floresta (área B) a partir de
qualquer uma dessas seções, sem precisar
subir ou descer todo o paredão caso desis-
tam da escalada no meio do caminho.
B. Floresta
Seguindo para oeste a partir da praia, os
Personagens avistam uma enorme floresta
de carvalhos gigantes. O chão da floresta é
de terra preta e úmida, coberta por folhas
secas avermelhadas, galhos mortos e bolo-
tas. Enquanto se movem pela floresta, os
Personagens constantemente escutam o
movimentos de folhas, bem como sons de
pássaros e animais que são familiares aos
que eles conhecem, mas estranhamente
diferentes. Os Personagens também notam
em vários pontos um grande rastro, como
se alguma coisa grande e pesada tivesse
sido arrastada pela terra, com um sucesso
em um teste de Sobrevivência, os persona-
gens também encontram pedaços de pele
com escamas gigantes, do tamanho de um
punho, perdidos entre as folhas na terra.
Com uma ampliação, os personagens sabem
que se trata da pele de uma cobra, exceto
que essa cobra deve ser gigantesca.
Encontro - A Diofídia
Esse encontro acontece na primeira vez
que os Personagens exploram a floresta.
Depois de uma hora andando, os Persona-
gens escutam passos pesados e veem um
enorme urso marrom correndo e rugindo na
sua direção. Inicialmente o urso parece estar
vindo até eles, mas então os Personagens
percebem que ele não está furioso, e sim
apavorado. O urso passa correndo por eles
e, no instante seguinte, duas cabeças gigan-
tescas de cobra aparecem entre as árvores,
sibilando e exibindo presas que pingam
veneno. Finalmente, os personagens perce-
bem que não se trata de duas cobras, e sim
de uma única criatura de duas cabeças!

Caso os personagens não tomem medi-
das para se esconder, a Diofídia ataca
imediatamente.
„ DIOFÍDIA: Ver Apêndice.
C. Monte Cymyras
A montanha que dá o nome à ilha, o Monte
Cymyras é uma montanha de 400 metros em
seu ponto mais alto. Seu lado oeste é coberto
por floresta, enquanto seu lado leste é mais
rochoso e tem menos vegetação.
A montanha possui diversas trilhas natu-
rais formadas pela passagem frequente de
animais, a maioria desses trilhas contornam
a montanha pelo lado Oeste, de onde os Per-
sonagens têm uma visão privilegiada da
Floresta e da misteriosa Floresta de Pedras.
Subir a montanha até o topo é uma tarefa
um pouco mais desafiadora, e requer um
teste de Atletismo por parte dos persona-
gens. Em uma falha, o personagem recebe
um nível de Fadiga e não consegue chegar
ao topo, em uma falha crítica, o personagem
PUNKVERSO - DEEMBRO 2020
também se machuca durante a viagem,
recebendo 2d6 + 2 de dano. Do topo da
montanha, os Personagens têm visão privi-
legiada de toda a ilha, podendo ver todas
as suas áreas. Os Personagens também
podem ver um complexo de morros meno-
res e rochosos ao norte da ilha, e com um
sucesso em um teste de Perceber, podem
avistar algo que claramente se parece com
as ruínas de um grande templo.
Encontro - Pássaros de Estinfália
Os Pássaros de Estinfália fazem seu ninho
nas montanhas, e são extremamente terri-
toriais. Sempre que os Personagens passam
pela montanha, eles são atacados por um
bando de dois Pássaros de Estinfália por
Personagem.
Os Personagens podem fazer um teste de
Sobrevivência para encontrar o ninho dos
Pássaros, que fica em uma das cavernas no
lado leste do Monte.
„ PÁSSAROS DE ESTINFÁLIA: Ver
Apêndice.
15
 Ninho dos Pássaros
Caso os Personagens rastreiem o ninho
dos Pássaros de Estinfália, ou recebam sua
localização de Triphena ou Praxiteles, eles
se deparam com uma pequena caverna na
parte leste da montanha.
O caminho até a caverna é marcado por
fragmentos de bronze, que se tornam mais
frequentes até que centenas de penas de
A FÚRIA DE DEMÉTER
bronze cobrem o chão, grudadas umas às
outras pelas fezes solidificadas das aves. A
caverna inteira fede.
Um grupo de dois Pássaros para cada Per-
sonagem guarda o ninho, enquanto o resto
dos Pássaros está fora, caçando. Quando
metade dos Pássaros forem derrotados, um
dos bandos retorna de uma caça, e mais um
Pássaro por personagem se junta à batalha.
Derrotar os Pássaros do ninho é suficiente
para que as aves pensem duas vezes antes
de atacar os Personagens, e o grupo pode
passar pelas montanhas sem ser atacado
por elas. Apesar disso, as aves continuam
sendo um problema na região, e não deve
demorar muito até que se multipliquem de
novo e continuem destruindo a ilha. O único
jeito de expulsar os Pássaros de vez é tocar
o gongo de bronze, feito por Praxiteles, no
topo da montanha, o que faz todas as aves
da ilha enlouquecerem e voarem para longe.
„ PÁSSAROS DE ESTINFÁLIA: Ver
Apêndice.
Obstáculo - Escalada
Subir ou descer a montanha em direção ao
norte (área E) é uma tarefa difícil por conta
do terreno íngreme e traiçoeiro. A escalada
do terreno é dividida em três seções de 6
metros, cada uma exigindo um teste de Atle-
tismo-2. Os Personagens podem seguir para
as áreas B ou D de qualquer uma dessas
seções, sem precisar subir descer todo o
paredão caso desistam da escalada no meio
do caminho.
D. Floresta de Pedra
O solo dessa região parece morto e seco,
galhos e raízes secos e esbranquiçados estão
16
espalhados pelo chão, e um leve cheiro
adocicado de podridão pode ser sentido.
Diversas pedras estão espalhadas pelo local,
empilhadas umas em cima das outras.
Quando os Pássaros de Estinfália migra-
ram para Cymyras, essa foi a primeira
região destruída por eles, de modo que
nenhuma planta cresce e nenhum animal
vive por aqui.
Encontro - Praxíteles
As pedras empilhadas são o trabalho do
ciclope Praxíteles. Fraco e desastrado se
comparado a outros ciclopes, Praxíteles foi
exilado em Cymyras por Zeus após forjar
um raio “defeituoso” para o deus. Apesar
de sua aparência monstruosa, Praxíteles é
pacífico, e até mesmo gentil, e tem uma rela-
ção amistosa com a oreade Triphena.
Praxíteles originalmente vivia nessa
região da ilha, e assim como Triphena,
acompanhou de perto a destruição cau-
sada pelos Pássaros de Estinfália. Agora, o
ciclope passa os dias deprimido, tentando
reconstruir o bosque fazendo árvores de
pedra. Assim que entram nessa área, os
Personagens podem ouvir o barulho alto de
pedras batendo em pedras, e podem ver de
longe o gigante solitário trabalhando.
Praxíteles está completamente focado em
sua tarefa e não percebe os Personagens,
além disso, ele é gigantesco e não conhece
a própria força. Personagens que se apro-
ximem do ciclope correm o risco de ser
pisoteados por acidente ou atingidos por
um fragmento de pedra enquanto o gigante
trabalha, e precisam fazer um teste de Agili-
dade-2 ou receber 1d10 + 1 de dano.
Caso os Personagens consigam se aproxi-
mar e chamar atenção do ciclope, ele encara
os visitantes com curiosidade e está dis-
posto a conversar, Praxiteles pode contá-los
sobre a história da ilha, sua própria história,
e muitos outros assuntos.
Se os Personagens se mostrarem ami-
gáveis durante a conversa, Praxiteles lhes
conta que descobriu onde fica o ninho dos
Pássaros de Estinfália e que tem um plano
para mandá-los embora da ilha, mas para

isso precisa de vários dos bicos de bronze
dos Pássaros, e infelizmente as criatu-
ras sempre voam para longe quando ele
se aproxima.
Praxiteles nunca pede ajuda diretamente
aos Personagens, mas, caso eles resolvam
ajudar, podem atacar o ninho das aves e
trazer seus bicos para o ciclope. Praxíteles
usa os bicos para forjar um gongo de bronze,
que se tocado no topo do Monte Cymyras,
pode expulsar os Pássaros da ilha.
Se os Personagens conseguirem expulsar
definitivamente os Pássaros de Estinfália
da ilha, o ciclope fica extremamente grato
e oferece seus serviços ao grupo. Apesar
de ser um artesão desastrado e um ferreiro
medíocre se comparado a outros ciclopes,
Praxíteles ainda é muito mais talentoso do
que qualquer humano, e pode temperar as
armas dos Personagens com o bronze dos
Pássaros de Estinfália, lhes dando um bônus
de +1 em dano.
Além disso, Praxíteles ainda carrega
um de seus raios “defeituosos” e não se
importa em deixá-lo nas mãos do grupo. O
raio, ainda que seja uma falha na visão dos
deuses, é uma arma extremamente pode-
rosa para mortais.
O raio defeituoso pode ser atirado usando
a perícia Arremessar, e tem as seguintes
estatísticas: Distância 50/100/200, Dano 5d6,
PA 3, e ignora a Defesa de armaduras e escu-
dos. Uma vez atirado, o raio é perdido.
Por fim, se o navio dos Personagens foi
destruído na praia, Praxíteles pode tirar
seus fragmentos da água, reparar, e até
mesmo melhorar, a embarcação. Esse é um
processo demorado e trabalhoso, e nesse
caso o ciclope não tem tempo para temperar
as armas dos Personagens.
E. Templo de Cronos
A região norte da ilha é rochosa e com-
posta por diversos morros e depressões, o
local é estranhamente silencioso, e animais
parecem evitar essa parte da ilha.
Personagens que obtenham um sucesso
em um teste de Perceber ou Sobrevivência
PUNKVERSO - DEEMBRO 2020
logo notam que um conjunto de pedras
parece ser as ruínas de algum templo
antigo, e ao se aproximar podem ver uma
grande caverna, cuja entrada é bloqueada
por destroços de colunas destruídas e uma
gigantesca estátua em pedaços.
Remover os destroços exige cinco suces-
sos em testes de Força, sendo que cada
Ampliação conta como um sucesso adicio-
nal e cada falha causa um nível de Fadiga.
A caverna leva os Personagens a um
templo subterrâneo antigo, construído para
criaturas muito maiores do que humanos.
Feito em uma época onde civilização e arte
estavam em seu princípio, o templo em si
não possui nenhum detalhe notável exceto
por seu tamanho, mas orifícios no chão
exalam uma estranha névoa fina e esbran-
quiçada, que não tem cheiro e não é nociva.
Após alguns minutos de caminhada os
Personagens se veem diante de um altar de
pedra primitivo com uma ânfora de barro,
que contém um punhado de sementes do
tamanho de nozes, as sementes da salvação
descritas na profecia. Na frente do altar, os
Personagens veem um gigante, que ataca
imediatamente.
Encontro - Decamanos
Primo distante dos titãs Hecatonquiros,
Decamanos é um gigante de seis metros com
dez braços e cinco cabeças exilado por Zeus
em Cymyras. Ataques comuns têm pouca
chance de funcionar contra o Decamanos,
que é gigante e extremamente resistente. O
melhor meio de derrotar o gigante é atin-
gindo todas as suas cinco cabeças, cada
uma responsável pelo controle de dois dos
seus braços.
Personagens com armas de longa dis-
tância podem mirar e atacar as cabeças do
Decamanos utilizando as regras de ataques
localizados.
Personagens com armas de curta distân-
cia precisam escalar o corpo do Decamanos
até se aproximarem de uma das cabeças
antes de poderem realizar um ataque contra
as mesmas (esse ataque não recebe a pena-
lidade de ataque localizado). Felizmente, o
17
 corpo de Decamanos é coberto de pelos que
podem facilitar a escalada, concedendo +1
nos testes de Atletismo. As cabeças estão a
seis metros do chão e suficientemente pró-
ximas umas das outras que não é necessário
gastar um turno se movendo entre elas.
„ DECAMANOS: Ver Apêndice.
Intervenção Divina
A FÚRIA DE DEMÉTER
Antes que possam sair do templo com as
sementes de Cronos, o grupo é interrom-
pido pela névoa esbranquiçada, que começa
a jorrar dos buracos na caverna e assume
a forma de uma mulher, que dá um passo
à frente e exige que os Personagens aban-
donem sua missão, dizendo que Aspyria
merece pagar por seus crimes. A mulher é
ninguém menos que Deméter, se manifes-
tando no mundo mortal à partir da névoa.
18
A névoa não é sólida e portanto não pode
interagir com o mundo físico, de modo que
os Personagens podem simplesmente igno-
rar a deusa e seguir de volta para a praia
sem nenhuma consequência imediata.
Apesar disso, deuses são vingativos, e o
curso de ação mais sábio é que os persona-
gens tentem negociar com Deméter.
A deusa está cega de raiva pelo seques-
tro de sua dríade Kyntha e pelo roubo do
Néctar e Ambrosia e deseja duas coisas: que
alguém pague pelo que foi feito e que ela
receba alguma compensação pela ofensa.
A negociação não possui uma solução pré-
-definida, e os personagens podem tentar
convencer a deusa de muitas maneiras,
desde que tenham argumentos convincen-
tes ou estejam dispostos a realizar favores.
Os exemplos abaixo são apenas sugestões,
e não as únicas formas de aplacar a deusa:
• Ambrosia e Néctar: Devolver a
Ambrosia e o Néctar roubados não
são o suficiente para aplacar com-
pletamente a deusa, mas o gesto é
suficiente para melhorar sua disposi-
ção. Os Personagens podem receber
bônus em testes durante a negociação
e, caso não tenham ideia do que fazer,
a própria deusa pode sugerir solu-
ções. Mesmo se a negociação falhar,
o gesto exime os Personagens de uma
vingança futura da deusa, e Deméter
volta sua fúria inteiramente para a
cidade de Aspyria.
• Culpar Hades: Os Personagens
podem convencer Deméter de que
a culpa pelo sequestro da dríade é
de Hades, e que ao manter a seca
em Aspyria, ela está indiretamente
enviando mais almas para o deus da
morte e ajudando-o.
• Culpar Skiron: Os Personagens
podem argumentar que a culpa pelo
sequestro é inteiramente de Skiron, e
que ele deveria ser punido sozinho.
Nesse caso Deméter exige que os
Personagens matem o rei, o que pro-
vavelmente leva a uma batalha final
contra Nymphodora e outros guardas
tentando proteger o rei.

• Resgatar Kyntha: Deméter está dis-
posta a esquecer qualquer ofensa caso
os Personagens consigam a resgatar
Kyntha de Hades. Fazer isso é uma
tarefa difícil, e envolve uma viagem
épica ao mundo dos mortos que vai
além do escopo dessa aventura.
• Troca de Reféns: Os Personagens
podem oferecer alguém para servir
Deméter no lugar de Kyntha. Deméter
aceita qualquer um dos Personagens
como um substituto apropriado, ou o
príncipe Daphis, que aceita a ideia de
bom grado para salvar sua cidade. O
substituto escolhido deve ser deixado
na ilha até que Deméter envie um de
seus agentes para buscá-lo, e então deve
servir a deusa pelo resto de sua vida.
Conclusão
A volta para Aspyria pode ser uma
viagem tranquila ou conter perigos adicio-
nais, a critério do Mestre.
Caso os Personagens tenham uma nego-
ciação bem-sucedida com Deméter, eles
voltam para ver uma Aspyria otimista e com
plantações promissoras.
Caso tenham ignorado os deuses e trazido
as sementes do templo de Cronos, as sementes
são plantadas e começam a dar frutos meses
depois, as plantas provenientes dessas semen-
tes são grotescas, gigantescas, e repletas de
espinhos, seus frutos são amargos, azedos ou
salgados em excesso, mas nutritivos.
É possível que em algumas gerações a
introdução dessas plantas titânicas tenha
consequências inesperadas para Aspyria,
e da mesma forma, embora os deuses este-
jam silenciosos no momento, é possível que
busquem retribuição contra a cidade e os
personagens no futuro.
Independente do método utilizado, o rei
Skiron agradece profusamente os persona-
gens e lhes recompensa com ouro e prata
no valor de $5000. O rei também promete
que, quando a cidade voltar a prosperar,
mandará artesãos produzirem obras dos
Personagens e de suas aventuras.
PUNKVERSO - DEEMBRO 2020
Apêndice
Personagens e
Monstros
W  Decamanos
„ Atributos: Agilidade d4, Astúcia d4,
Espírito d4, Força d12, Vigor d12
„ Perícias: Atletismo d8, Lutar d6,
Perceber d12
„ Aparar: 5; Movimentação: 7;
Resistência: 8
„ Habilidades Especiais:
„ Arremesso de Pedra: For+d8
Cinco Cabeças: O Decamanos é
„
ser com cinco cabeças sencientes
dividindo o mesmo o corpo, cada
cabeça controla dois dos braços da
criatura e possui vida e consciência
própria. Cada cabeça saca uma
carta própria durante a iniciativa e
toma seu turno independentemente
das demais. Cabeças individuais
podem ficar Abaladas e Morrem
ao receber um ferimento. Quando
todas as cabeças morrem, o corpo do
Decamanos para de se mover.
„ Pancada: For+d6
„ Resistência Titânica: Com exceção
de suas cabeças, o corpo de
Decamanos é virtualmente imune
a dano, possuindo Resistência 20.
Se um ataque contra o corpo deixar
Decamanos Abalado, todas as
cabeças ficam Abaladas. O corpo
pode receber três ferimentos antes
de morrer, as penalidades por
ferimentos são aplicadas às ações de
todas as cabeças.
„ Sacudir: Decamanos pode se
sacudir, forçando todos Personagens
escalando seu corpo a fazerem um
teste de Força:
Sucesso: o personagem consegue se
segurar no corpo de Decamanos.
19
 Ampliação: o personagem usa o
movimento de Decamanos para
impulsionar a própria escalada, rece-
bendo +1 no seu próximo teste de
Atletismo para escalar.
Falha: o personagem está Abalado. Se
o personagem já está abalado, ele cai
de Decamanos.
Falha crítica: o personagem cai!
A FÚRIA DE DEMÉTER
Diofídia
„ Atributos: Agilidade d6, Astúcia d4 (A),
Espírito d6, Força d10, Vigor d6
„ Perícias: Atletismo d6, Lutar d6,
Perceber d12, Furtividade d4
„ Aparar: 5; Movimentação: 8;
Resistência: 7
„ Habilidades Especiais:
„ Camuflagem: A cobra recebe +1 em
testes de Furtividade em florestas.
„ Duas Cabeças: A Diofídia possui
duas cabeças. Cada cabeça pode
fazer um ataque durante uma rodada
sem receber penalidades por Ações
Múltiplas. Cada cabeça pode receber
um ferimento e então é destruída.
Dano causado às cabeças não afeta
a Diofídia, mas ela morre ambas
cabeças forem destruídas.
„ Mordida: For+d6
20
„ Tamanho +3 (Grande): A cobra
gigante de duas cabeças possui três
metros de comprimento e pesa meia
tonelada.
„ Veneno: Paralisante.
Pássaros de Estinfália
„ Atributos: Agilidade d8, Astúcia d4 (A),
Espírito d6, Força d4-2, Vigor d6
„ Perícias: Atirar d10, Atletismo d8,
Lutar d6, Perceber d10, Furtividade d8
„ Aparar: 5; Movimentação: 3;
Resistência: 5 (3)
„ Habilidades Especiais:
„ Armadura +3: Asas e penas de
bronze.
„ Mordida/Garras: For+d6
„ Penas Afiadas: Uma vez por dia, os
Pássaros de Estinfália podem atirar
suas penas como se fossem uma
chuva de dardos afiados. Esse é um
ataque com Alcance 12/24/48 e Dano
2d6.
„ Tamanho -3 (Muito Pequeno):
Pássaros de Estinfália têm o tamanho
aproximado de uma garça e são
ligeiramente mais pesados.
„ Voo: Os pássaros têm uma
Movimentação de Voo de 48
quadros.
NOME Sícletes, o caçador CENÁRIO Fúria de Deméter

DESCRIÇÃO: Esguio e baixo, Sícletes usa calças e uma camisa de couro de an-
-1

<FERIMENTOS
imais, assim como algumas peles nos braços e pernas. Tem olhos de um verde
escuro profundo como o mar, cabelos escuros e selvagens como folhas na altura
do ombro e pele negra como a noite. -2
AGILIDADE ATRIBUTOS DERIV. -3
ATIRAR APARAR RESISTÊNCIA
INCAPACITADO
ATLETISMO (*) 4 5

FADIGA>
CAVALGAR -2
DIRIGIR
-1
MOVIMENTAÇÃO BENE
FURTIVIDADE (*)
LADINAGEM
6 3
LUTAR COMPLICAÇÕES
NAVEGAR
PILOTAR
BACKGROUND Forasteiro (Maior),
Analfabeto (menor),

ASTÚCIA
Cauteloso (menor)
Filho bastardo de uma escrava
com um nobre local, sua mãe
ACADEMICISMO
VANTAGENS
fugira temendo pela vida de seu
BATALHA filho. Seu pai, Odilon, jurara
CIÊNCIA que mataria a criança assim
CIÊNCIA ESTRANHA que nascesse pois não veria seu Antecedente Arcano (DOM-
CONHEC. GERAL (*) sangue poluído pelo sangue de
Amigo das feras), senhor das
CONJURAR escravos. Nasceu nas sombras
feras, Mateiro
CONSERTAR da floresta em uma noite de
CURAR luar, sua mãe morreu logo após
o parto, mas Artêmis compa-
ELETRÔNICA
HACKEAR
decida com a pobre criança e ATAQUES
com as preces da mãe abençoou
IDIOMAS o menino. Siclétes se tornaria Desarmado (Natural , For),
JOGAR um guardião do natural e da Lança (Força+d6),
OCULTISMO vida selvagem e seria um de Arco (2d6)
PERCEBER (*) seus campões. Criado por lobos
PESQUISAR ursos, árvores e rios, ele apren-
PROVOCAR deu a ser uno com o ambiente,
PSIÔNICOS extremamente ágil e silencioso
SOBREVIVÊNCIA passou a proteger as florestas e EQUIPAMENTO
todos aqueles que procuravam

ESPÍRITO abrigo ou passagem nelas.

Aprendeu a linguagem dos
Companheiro animal (tamanho
ENTRETER homens em sonhos enviados 0), sacola, faca de caça, cantil
FÉ pela deusa e com viajantes e arco e lança
FOCO eremitas. Artêmis o guia e tem
INTIMIDAR grande estima por ele, e oca-
PERSUADIR (*) sionalmente lhe envia missões
em sonhos.

FORÇA

VIGOR