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Ninguém mais no leste se lembra da origem da feiticeira hoje conhecida como a

Maléfica Encantadora do Leste, o Dragão Rodeado por Espinhos. Em um dia como outro
qualquer, um príncipe mercante da Guilda estava passando pela sua rota usual quando se
deparou com um castelo cercado por grandes vinhas espinhentas. Aquele castelo não estava
ali em sua ida. Como um bom Príncipe Mercante ele foi até ela fazer contato, mas se esqueceu
de levar um presente para o senhor do castelo. Uma semana depois seu corpo foi retornado
para Nexus, cravejado com espinhos de diamante negro, e com o coração faltando. O príncipe
foi entregue por um demônio que enunciou a seguinte frase: “Um presente da minha mestra
agradecendo a falta de etiqueta dos mestres do comercio. Ela aprecia muito o gesto de vocês
para não cair sobre ela a deselegância de recusar o convite de fazer uma aliança comercial com
vocês. Tenham um dia repleto e
prospero”.

A Guilda tentou fazer contato


outras vezes, mas todas elas foram
recusadas, cada vez de maneira mais
impressionante. Na segunda vez seu
Príncipe Mercante retornou na forma
de uma estatua de esmeralda, na
terceira o peso do mensageiro foi
devolvido em moedas de prata, com
seu nome escrito no verso de cada uma
delas. Durante anos os cofres da Guilda
e a fama da feiticeira aumentaram.
Eventualmente ela parou de responder
aos chamados da Guilda, devolvendo
somente criaturas deformadas e
multiladas eram devolvidas. Aqueles
que tentavam expressar o que viam
vomitavam lacraias e musgo.
Insatisfeitos com a sua recente perda
de lucro, e com sua reputação
diminuindo a cada tentativa de contato, a
Guilda decidiu que era hora de terminar o
relacionamento, de maneira permanente.
Contratando uma tropa mercenária com três
feiticeiros, incluindo um Outcaste, a Guilda
enviou seus homens para adentrar a floresta de
espinhos e trazer a cabeça da feiticeira rebelde.

O exército inteiro foi destruído, somente


o flautista voltou para contar a historia do que
aconteceu. Seu corpo havia sido alterado de
forma grotesca para se assemelhar ao de um
corvo. O resultado final parecia incompleto. Em
seu relato, ele disse que a batalha seguia como
o esperado, mesmo com a floresta tomando
vida para destruí-los e diversos servos diabólicos
e elementais atacando sem perdão, eles
pareciam ter a vantagem. Quando eles
conseguiram passar pela primeira onda de
ciclopes arbóreos a guerra começou a piorar. A
feiticeira apareceu no topo de sua torre e
adereçou o exercito. A eles ela disse que a
batalha já havia consumido o numero de
recursos que ela estava disposta a perder pela arrogância de seus atos, mas que se caso eles
decidissem voltar nesse momento, ela os perdoaria pelas suas transgressões. O exercito não
aceitou, e seus próprios feiticeiros a ameaçaram, dizendo que eles estavam em vantagem
numérica absoluta. Decidindo seguir com o combate, ela se transformou em um terrível
dragão negro, e começou a destruir sistematicamente as tropas dos invasores, enquanto seus
exércitos mantinham os inimigos ocupados. Juntos, os feiticeiros se prepararam para destruí-
la, mas ela obteve a ajuda de outros feiticeiros que eles não contavam com. Aparentemente
ela fazia parte de uma Irmandade de feiticeiras.

Depois desse evento catastrófico, a Guilda a deixou em paz, assim como grande parte
da Província dos Rios, embora sempre existem aqueles aventureiros que estão dispostos a se
arriscar por fama e fortuna, já que dizem que as riquezas escondidas em seu palácio são
imensuráveis. Existem aqueles que a perturbam por conhecimento, e dizem que esses jamais
retornam, sendo transformados em arbusto em seus jardins.

Hoje em dia, a atividade da feiticeira, muitas vezes chamada de Rainha dos Espinhos,
diminuiu. Algumas poucas vezes uma ou outra historia surge dando credito a ela por algum
feito, e normalmente ela contam histórias desconexas e aparentemente sem correlação. Suas
últimas aparições foram grandiosas.

Na primeira ela apareceu na cidade de Great Forks e assassinou um de seus mais


notórios e ilustres cidadãos, roubando-lhe algum item de muita importância. Embora um
grupo mercenário foi contratado para trazê-la a justiça, eles logo desistiram ao se encontrarem
de frente com a sua floresta de espinhos e seus ciclopes de
vinhas. A segunda aparição foi ainda mais terrível, onde
ela surgiu liderando um exército de monstros para
avassalar uma vila que ousou desafiá-la. Hoje o local se
transformou em uma cidade fantasma, tomada pelas
mesmas vinhas espinhosas que são encontradas em sua
floresta.

Quando encontrada ela sempre se apresenta da


mesma maneira, com seus mantos negros que parecem
ser feitos de fumaça, dois grandes chifres adornando sua
cabeça, e carregando um cetro. Ao seu lado se encontra
uma Sombra de Aço, muitas vezes reduzida por meios
mágicos a um tamanho de um corvo, para poder adentrar
em espaços mais confinados. Como guarda costas ela se
utiliza de elementais da Madeira, ou de demônios
conhecidos como Erymanthoi, ou Primatas Sanguinários,
embora ela prefira o primeiro tipo.

Os poucos que a viram em combate dizem que ela luta disparando fogo esmeralda
contra seus oponentes. Se a batalha parece de fato complicada demais para ser vencida com
sua forma mortal, ela adota a forma de um gigantesco dragão negro. Ela também nunca
parece lutar sozinha, enviando seus lacaios para lutar em seu lugar, principalmente sua
Sombra de Aço. Alguns relatos dizem que ela possui uma guerreira dragão que comanda as
suas tropas, mas isso nunca foi de fato comprovado.
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A Rainha de Espinhos possui uma única fraqueza, uma jovem de cabelos dourados
como o sol, que alguns dizem viver em seu castelo enquanto outros dizem que sua
morada é em Great Forks, no palacete de um príncipe Filho do Caos.
A feiticeira em si não é o dragão, mas na verdade sua amante. Dentro do castelo
diversos frutos dessa união profana germinaram uma raça terrível de homens dragões tão
horrendos que a mera visão de um deles poderia enlouquecer um homem.
Na verdade sua habilidade de se transformar em um dragão é oriunda de um
artefato, uma impressionante coroa de chifres feita completamente em Jade Negro que
aprisiona o espírito de um dragão Elemental.
Dizem as más línguas que os motivos dessa feiticeira não são tão obscuros quanto
alguns acreditam. Ela vive em isolamento devido a um coração partido, fruto de uma
terrível rejeição pelo seu antigo amante.
O tesouro mais precioso guardado pela feiticeira são sapatos feitos de Jade
Vermelho e Metal Estelar, que além de protegerem o usuário de leitura de destino, eles
também permitem que o usuário possa caminhar sobre qualquer superfície, inclusive no
ar, e tem tanto sua distancia de salto assim como sua velocidade dobradas.
Seu grande tesouro é na verdade um cetro de Orichalcum e Jade Verde, que
permite que ela controle e crie suas florestas de espinhos.
Alguns relatos antigos narram a história de uma figura muito semelhante a Rainha
de Espinhos, que amaldiçoou um personagem descrito como príncipe da lua em uma
forma horrenda. Hoje ela vive enclausurada e rodeada por sua floresta de espinhos
somente para se proteger da retaliação desse inimigo do passado. Nesse texto, eles a
atribuem o nome de Maleva.
De acordo com as lendas, essa irmandade de bruxas aprendeu diretamente com o
Deus Proibido Escuridão de Cinco Dias, e é do pacto que elas firmaram com ele que elas
retiram o seu poder tão superior ao dos outros feiticeiros.
O Rei em Verde é uma personalidade que
difere completamente diferente do que a Maligna
Encantadora do Oeste representa. Assim como ela,
ele também é um feiticeiro de poder imensurável,
mas contrariamente a ela, ele não se isola do
mundo em um território impenetrável.

O Rei em Verde, como seu nome indica, é


o soberano de um prospero reino, que embora
distante, mantém relacionamento diplomático
com a Província dos Rios, embora proíba a Guilda
de montar um ponto de venda em seu território,
ele negocia com ela em pequenas doses. Reinos
como Lookshy e Grey Falls se preocupam
diariamente com o crescimento de seu domínio, já
que ele possui uma forte orientação militar, e uma
agenda expansionista ainda mais alarmante.
Embora ele assegure a Província dos Rios que ele
não tem a intenção de confrontá-las, e que suas tropas e seu enfoque são voltados para
rechaçar os bárbaros homens-fera que ocasionalmente invadem seus domínios, esse
sentimento de confiança não vem com facilidade, e a relação entre as partes ainda é muito
cuidadosa.

A história do Rei em Verde também é carregada de mistérios, e poucos sabem como


esse reino veio a ser. Antes da chegada do monarca, aquele local era dominado por um
civilização que beirava o barbarismo. O povo ali viva em precárias cabanas de madeira e palha,
e embora fossem capazes de agricultura e pecuária, eles trabalhavam o metal com
pouquíssima perícia. Anualmente eles sofriam pilhagens nas mãos de tribo maiores. Com a
chegada do Mago Mascarado, as coisas mudaram. Como uma figura messiânica ele ensinou o
povo ali a fazer trabalhos refinados e especializados. Em menos de dois invernos, ele já tinha
uma potencia capaz de enfrentar as antigas tribos bárbaras que oprimiam seu povo. Em mais
três anos ele foi capaz de erradicar essas tribos ou escravizá-las.

Em seguida dois novos obstáculos surgiram a sua frente, o Trapaceiro Ma-Ha-Suchi e o


General Cathak Kitono. Ambos oponentes encontraram a derrota ao enfrentar o Rei em Verde
de frente. Os homens-bode de Ma-Ha-Suchi tentaram demolir sua cidade e massacrar seus
exércitos, mas o Karma foi cruel com eles. Não só eles encontraram uma horda de demônios e
fantasmas para defender a cidade, como a poderosa feitiçaria do Mago Mascarado. Quando,
em desespero, o líder de guerra de Ma-Ha-Suchi desafiou o monarca para um combate
singular, todos acreditaram que ele negaria o desafio, contudo ele aceitou. Não sobrou restos
do bárbaro para se carregar de volta para o Lar Sem Nome de Ma-Ha-Suchi.

A batalha contra as legiões do Império Escarlate foi completamente diferente,


contudo. Enfrentar qualquer tropa imperial em combate aberto é loucura. Por mais que a
vitória possa ser alcançada, as perdas são sempre altas, e o Monarca Envolto em Mistério não
tinha a quantidade suficiente de homens para enfrentá-los. Para isso, seu plano teve que ser
muito mais ambicioso e elaborado. Usando sua feitiçaria e alianças obscuras com elementais
da floresta, ele criava bloqueios e obstáculos à frente das tropas, fazendo com que eles
ficassem muito mais fatigados do que o necessário. Ele mesmo se infiltrou no exército para
espioná-lo e manipulá-lo enquanto os direcionava para sua tragédia. Com as obstruções
certas, ele conseguiu direcionar a tropa diretamente até o território dos homens-primatas da
Rainhas das Presas. Quando as tropas foram completamente dizimadas, o Rei em Verde se
revelou e salvou o comandante, e o teletransportou em segurança para Grey Falls. Ali ele o
alertou sobre os perigos de enfrentá-lo novamente, com as seguintes palavras: - Ninguém
pode derrotar o Destino fora a minha pessoa. Tente novamente, e eu te mostrarei o quão
cruel pode ser o Fado.

Depois das suas vitórias seguidas, o Rei em Verde recebeu um novo título: Lorde Fado,
o Mestre do Destino. Seu povo o começou a adorar como um deus, não somente mais como
um monarca.

Com a paz oriunda desses embates, ele começou a se focar no seu domínio.
Estruturando o reino de Latversa, ele construiu a sua capital, a cidade esmeralda de Carcoia.
No centro dela, ele ergueu sua mansão fortaleza, com a ajuda de demônios e elementais,
enquanto seu povo precisava se preocupar somente com o progresso de Latversa. Demoraram
anos para sua obra ser completada, mas hoje clamam que suas terras protegidas por
montanhas são as mais belas que se pode esperar encontrar na criação, embora viajantes
clamem que elas sejam um tanto quanto austeras demais.

Aqueles que encontram o Rei em Verde sempre o descrevem da mesma maneira: Um


homem grande, que traja uma armadura completa que parece estalar com poder arcano,
coberto por um manto e uma capa verde. Ele nunca parece carregar nenhuma arma, embora
alguns astutos observadores conseguiram reparar nos padrões de energia de sua armadura
para saber que ela não possui somente a função de proteger o corpo de seu mestre. Outros
ainda mais perceptivos, ou agraciados, conseguiram ver um gigantesco cão de pelos cinza
azulados que caminha em silêncio e pelas sombras de sua sala. Alguns às vezes encontram a
figura de uma mulher vestida sempre em escarlate ao seu lado, e a tomam como a sua rainha,
embora não se pode ter certeza do que ela significa para ele.

Quando o Mago Mascarado está visitando outras terras em missões diplomáticas, ou


recebendo visitas em seu castelo, ele é sempre cortês e hospitaleiro. Mesmo dentro de sua
armadura, que ele não parece retirar jamais, pode-se observar certa graça em seus
movimentos e gestos. Por mais que o visitante seja um inimigo jurado do rei, se ele estiver
protegido pela bandeira de trégua, o rei não irá levantar um dedo contra ele, e o tratará da
melhor maneira possível, ate o momento em que ele pedirá para o visitante se retirar de suas
terras. Quando a fronteira for cruzada, será sábio da parte do visitante olhar suas costas, pois
nada mais irá parar a mão do Rei em Verde se ele ainda o quiser morto.

Em combate, o Rei em Verde


se utiliza de todo o arsenal que ele
tem a sua disposição, desde a sua
guarda de autômatos de ferro assim
como os canhões de Essência que ele
possui em seus cofres, embora
normalmente ele dependa mais do seu
incrível poder arcano. De acordo com
o que foi observado contra o Senhor
de Guerra dos Homens-Bode, o Rei em
Verde é um lutador capaz, e
perfeitamente hábil em destruir seus
inimigos com seus próprios punhos.

Hoje o arsenal bélico dele


parece quase se equiparar ao de
Lookshy, em suas devidas proporções.
Ele possui dez unidades de
Warstriders protegendo suas
muralhas, uma tropa inteira de
autômatos de ferro, e uma outra tropa
de super-soldados alterados
alquimicamente. Contudo, ele prefere
se utilizar de demônios e fantasmas
quando o combate parece mais
complicado, para assim não diminuir a
população de seu grandioso território.
Mesmo assim, quando necessário, seus súditos vão para o combate extremamente bem
armados e protegidos. Todas as suas tropas utilizam uniformes bem marcados e trabalhados, a
fim de evitar confusão no meio do combate. Se
anter eles começaram como aldeões
entusiasmados, hoje eles foram treinados
suficientemente bem para serem uma tropa
coordenada.

Aqueles que conheciam Latversa antes


e a veem agora, não conseguem acreditar em
seus olhos. As mudanças são muitas para tão
pouco tempo. Sua Cidade Esmeralda, embora
não feita inteiramente da gema preciosa, é
inteiramente construída em pedra, possuindo
ruas largas de paralelepípedo e um sistema de
esgoto. Ela é toda murada, e no alto de uma
colina se encontra o palácio fortaleza do Rei
em Verde. As plantações são aradas por
homens e elementais, e funcionam com a
precisão de uma máquina. Um ou outro
construto ajudam na obtenção de matérias
primas, que são levadas para as fabricas situadas abaixo do castelo. O Rei em Verde
supervisiona todos os trabalhos feitos em suas fábricas, enquanto ele mesmo trabalha em
projetos próprios. Agora ele trabalha em uma formula alquímica para substituir o Firedust, e
poder armar seus homens com armas de disparo alquímico. Ele parece bem próximo de
conseguir. O segundo projeto no qual o Monarca está engajado, o de construir uma frota
aérea para enfrentar possíveis ataques de reinos mais populosos, não parece estar nem de
perto pronto de ser concluído.

&

O Rei em Verde é um fugitivo, embora ninguém saiba de quem ou o que, mas se


algo é capaz de intimidá-lo, todos deveriam temer.
Latversa só chegou a sua forma atual, pois o Rei em Verde se utilizou do Olho de
Autochthon. Mesmo obtendo sucesso em utilizar o artefato, ele foi deformado para
sempre, e agora se esconde atrás de sua pesada armadura.
O Mago é na verdade a Imperatriz Escarlate disfarçada, e a criação desse reino é o
seu plano para conquistar as Terras do Carniceiro.
O Lorde Fado é na verdade o amante da Imperatriz Escarlate, enquanto ela é a
mulher em vermelho vista no seu Salão de vez em quando.
O Monarca misterioso é na verdade um Dinasta foragido pelos crimes que ele
cometeu no Império, e na verdade seus feitos são truques realizados por ele e outros
Sangue de Dragão, para aumentar sua fama e os boatos sobre eles.
Mestre do Destino é na verdade um Anathema escondido da Caçada da Wyld.
A situação no leste parece se
complicar cada vez mais, e não importa
o quanto os Dinastas neguem, eles
nunca se viram em uma situação pior.
Agora com o surgimento do Rei em
Verde e do Chefe Bárbaro Chelob de
Muitas Patas, a Dinastia Escarlate teve
que se posicionar, e isso veio sob a
forma de Cathak Ukagi.

Diversos portentos
inauspíciosos marcaram a vida de Ukagi,
mas nenhum tão formidável e
significativo como a sua Exaltação.
Como um filho da Casa de Cathak, era
esperado que ele exaltasse como um
Aspecto do Fogo, mas ao dar o seu
segundo sopro, ele foi abraçado por ondas rubras, para piorar, essas ondas eram feitas de
sangue. Por mais cruel que tenha sido o abraço dos Dragões Elementais, Ukagi ainda era um
Dinasta, e qualquer toque dos dragões é melhor que nenhum, então como tal, ele foi inserido
na Escola Secundaria Militar mais prestigiosa do Império, a Casa dos Sinos.

Como é esperado de todos os filhos da Dinastia, ele triunfou. Sem muitas delongas, e
como é comum a Casa de Cathak, o jovem Ukagi logo adentrou as fileiras das Legiões
Imperiais. Embora sua subida dentro das Legiões tenha sido constante, ela não foi
especialmente rápida, e anos se passaram até a missão que marcaria a sua vida, e a Criação
para sempre.

Junto de alguns outros Sangue de Dragão, Cathak Ukagi foi colocado a serviço de
Thorns para auxiliar a satrápia imperial nas batalhas contra a Província dos Rios. Ele o fez da
melhor maneira que pode, sendo inclusive responsável pelo aleijamento de uma grande parte
das forças da Sétima Legião e da Confederação dos Rios no Vau de Deren. Assim foi até a
Batalha de Mishaka, e depois da derrota sem paralelo, ele estava certo que voltaria para o
Império para sofrer o escárnio dos seus primos dinastas. Até mesmo sua esposa se recusou a
responder suas cartas e pedidos de auxílio. Reconhecendo sua situação precária ele decidiu
ficar e ajudar a reerguer Thorns militarmente, e quem sabe, conseguir alguma grande batalha
que limpasse seu nome. Lá ele permaneceu por mais dez anos, e quando a Mascara dos
Invernos atacou Thorns, ele estava lá para defendê-la.
A batalha não foi bela, nem vitoriosa, mas serviu ao seu propósito. Ao invés de ficar na
cidade e defender o povo até sua última gota de sangue, ao perceber que a batalha estava
perdida, o que era bem óbvio com a chegada do behemoth Juggernaut, ele escolheu fugir e
escoltar com ele todos os filhos da dinastia que certamente seriam mortos sem a sua ajuda.

A fuga de Thorns também não foi tranquila. Enquanto eles embarcavam para fugir, um
anathema carregando as marcas da morte, algo nunca visto antes, atacou seu navio. Ninguém
sabe ao certo como Ukagi o sobrepujou, mas até hoje ele carrega a Grand Grimcleaver do
monstro como um atestado da sua proeza.

Essa luta lhe rendeu fama sem preço, mas foi essa simples manobra que realmente
importou, já que lhe garantiu diversos aliados das mais diferentes Casas dentro da Dinastia, o
que lhe possibilitou chegar a novos patamares que antes lhe seriam impossíveis.

A sua chegada na Cidade Imperial foi marcada com uma grande gala em nome de sua
bravura, e diversas honrarias lhe foram dadas, inclusive a restituição do posto de Lorde Dragão
que antes ele ocupava, e a promessa de que logo ele seria elevado ao posto de General. Meses
depois ele se casou com uma nova esposa, logo após a infortuna morte da sua primeira
mulher.

Seria simples para um homem em sua atual posição se conformar com a vida na cidade
e simplesmente coletar os frutos de seus feitos no Leste, mas algo dentro de Cathak Ukagi não
consegue se conformar com esse tipo de simplicidade. Seu sangue clama pelo campo de
batalha, e é um chamado que ele é incapaz de resistir. Devido a essa sede, ele percebeu a
situação atual no qual a satrápia de Grey Falls se encontra, e ainda mais importante, a posição
instável na qual seu primo, o General Cathak Kitono está. Talvez essa seja a chance que ele
precisava para se tornar um Lorde de Legião.
A sua chegada em Grey Falls muda muito o ambiente político da cidade e da Província
dos Rios, já que diversas cidades rivais conhecem a fama de Ukagi. Embora seja certo temer a
proeza em combate de um assassino de anathemas, o mais temível em Ukagi é a sua brilhante
mente estrategista, e sua completa capacidade de seguir com seus planos independentemente
dos custos ou consequências. De acordo com os seus superiores não há nada que Cathak Ukagi
não faria para conquistar uma vitória, e ele também é tido pelos mesmos como um dos mais
brutais e inescrupulosos comandantes de todo o Império. Curiosamente, ele não é visto como
desonrado, mas somente maquiavélico e pragmático a um nível preocupante. Para os seus
inimigos ele tende a sempre oferecer uma chance de trégua, principalmente se isso for evitar a
perda desnecessária de seus homens, mas essas negociações de paz sempre oferecem termos
completamente desleais para seus oponentes, quase como se ele desejasse que o combate
acontecesse. A partir do momento em que uma batalha começa, ele geralmente se entrega ao
calor do combate e massacra o maior número de inimigos possíveis. Entre o povo das Terras
do Carniceiro ele é conhecido como o Açougueiro Sanguinário.

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Ukagi não é um Sangue de Dragão normal ligado aos elementos da Criação, mas
sim um Sangue de Dragão nascido no Submundo, emulando assim seus elementos. Essa
teoria é amplamente reconhecida pela Casa de Ledaal.
Ele não venceu o anathema que o atacou, na verdade ele fez um pacto com o
mesmo, e hoje serve ao Máscara dos Invernos como um de seus espiões.
O Lordedragão matou sua mulher para conseguir um casamento melhor. Caso
isso seja verdade, e levado a tona, ele provavelmente será punido com a morte.
Nem todo o jovem Sangue de
Dragão nasce com a vocação para o que a
sua Casa deseja dele. Alguns poucos
nascem sem qualquer vocação, e por
algum motivo desconhecido os Dragões
Elementais o agraciam com o Segundo
Sopro. Todos esses casos são aceitáveis
para a Casa do jovem Terrestre, desde que
ele saiba se comportar como um Dinasta
sem envergonhar sua família. Infelizmente,
existem casos raros de jovens insociáveis
que de tudo fazem para se rebelar contra o
amoroso abraço do Império.

Esse é o caso de Sesus Saigono.

Mesmo para um membro da feroz Casa de Sesus, Saigono era extremo. Quando jovem
ele confrontava fisicamente todos os jovens ao seu redor, para depois humilhá-los quando eles
se encontravam caídos. Seus desejos sádicos não se limitavam somente aos jovens, ele
confrontava seus superiores e seus mentores mortais. O caso mais grave cometido por ele, e o
que levou a sua família a mandá-lo para o Palácio da Tempestade Domada, foi ter engravidado
a irmã de um jovem Sangue de Dragão de uma outra Casa depois de ter perdido uma luta que
ele mesmo provocou. Não satisfeito, ele ainda revelou o caso, sem se preocupar com a sua
reputação. Quando o irmão o humilhou em uma festa, ele o castrou no meio de um ataque de
fúria.

Nessa época ele era um dos Sangue de Dragão mais desprezados de todo o Império,
em nenhuma gala ou reunião ele era bem vindo, até mesmo a Casa de Sesus já estava
preparando uma aventura na Fronteira para acabar com a sua vida. Essa teria sido o fim de sua
história se não fosse por Sesus Chenow.

Se interessando no garoto, por vê-lo como uma alma gêmea, Chenow o colocou
debaixo de suas asas. Ele enviou o garoto para o Palácio da Tempestade Domada, para o
jovem aprender a disciplina, caso ele conseguisse sair e ainda manter seu brilho,ele
continuaria seus ensinamentos. Foi exatamente isso que aconteceu.

Saigono aprendeu a abaixar a cabeça e fingir obediência. Na Ilha ele nunca poderia ser
quem ele de fato é, então Chenow lhe mostrou as maravilhas da Fronteira. Como seu
temperamento era explosivo como nenhum outro, ele não poderia se casar com uma mulher
de boa família, pois isso certamente acarretaria em um conflito com a Casa da esposa, então
Chenow o casou com uma patrícia rica. Dessa forma ele teria todo o dinheiro que poderia
necessitar para suas campanhas na Fronteira.
Para poder sustentar seu
meio de vida extremo, Chenow sabia
que o garoto teria que aprender a
lutar, mais que isso, lutar bem. Ele
mesmo ensinou ao garoto os seus
truques mais sujos, e as técnicas mais
brutais que um Sangue de Dragão
poderia saber. Diferente de Chenow,
contudo, Saigono só se preocupava
em vencer. Seu espírito predatório
não possuía amores pelo calor da
batalha, então para se manter seguro
enquanto oprimia seus oponentes,
ele aprendeu a aplicar as técnicas de
Chenow em seus golpes à distância.

Quando seu treinamento foi


dado como completo, Chenow o
presenteou com suas armas
assinaturas, e o levou para a
Fronteira, onde ele teria sua última
batalha antes de se aposentar. Para
Chenow, só havia uma maneira de
saber se ele estava preparado. No
campo de batalha.

Foi durante esta campanha que ele encontrou os Sangue de Dragão que formariam a
sua Irmandade. Dentre eles, ele se apaixonou perdidamente pela poesia mórbida que era
Cathak Ukagi. Embora Ukagi o achasse selvagem demais, ele não poderia negar a amizade
genuína que surgiu no coração de Saigono. Parte dele até se identificou com o fato dele ser um
proscrito na sociedade Dinasta, e logo percebeu as vantagens que possuiria ao ter esta criatura
como Irmão Juramentado. Ela era um monstro? Sim, mas ele seria seu monstro.

Nos anos seguintes Saigono visitou os quatro cantos da Criação para experimentar
tudo que eles tinham a oferecer. No Norte ele mostrou quão terrível o calor pode ser, ele
saboreou o gosto particular dos Varajtul, e ele experimentou da carne de homens e mulheres
da Baía dos Escravos. No Oeste ele se deliciou com as Sacerdotisas Sexuais dos deuses dos
Vulcões, extorquiu piratas, e se esbaldou no banquete de Siakal. O Sul e sua selvageria se
tornaram seu lugar favorito, e ali ele assassinou diversos Delzhan em seus duelos por
dominância, para depois tomar suas mulheres. Nada para ele era proibido.

Contudo, esse estilo de vida estava fadado a acabar. Uma guerra explodiu no Leste e
ele fora convocado por seu Irmão Juramentado para fazer parte de seu exercito, mais do que
isso, Ukagi parecia necessitar dele.
Saigono participou junto dele de todos os massacres que culminaram na queda de
Thorns, mas ele não enfrentou junto de seu irmão os terrores internos da cidade,
principalmente o Cavaleiro da Morte que veio em seu encalço. Quando a poeira sob Thorns
havia baixado, Saigono retornou para a Fronteira, mas dessa vez ele foi para o Sul, longe dos
perigos anathemas encontrados tanto no Norte quanto no Leste. Ele voltou a fazer aquilo que
sabia fazer de melhor.

Por anos ele massacrou tribos bárbaras, vivendo de pilhagens intermináveis. De seus
inúmeros estupros, diversos resultaram em filhos. Aqueles que ele encontrava por sorte ou
azar no seu caminho de volta, ele levava com ele e entregava ao Império Escarlate. Uma tipo
de suborno, para ter sua maneira de vida aceita. Para sua Casa ele trazia riquezas roubadas de
suas vítimas. Poucos Terrestres na Dinastia tem o estomago para aguentar tanto tempo na
Fronteira. Por isso ele era tolerado.

A vida dele mudou quando recebeu uma mensagem de seu Irmão Juramentado. Ele
tinha um plano em mente. Ele tentaria tomar as Terras do Carniceiro.

As promessas de batalhas intermináveis e massacres glorioso permearam a cabeça de


Saigono. Ele sempre sonhou em retornar ao Leste e acertar algumas dividas que possuía
naquelas terras malditas. Ele logo espalharia a sua fama pela Província do Rio. Sua arma já era
temida em todo o Sul, agora o Leste temeria seus gritos de combate.

Saigono sabia que essa não era a primeira vez que um Sangue de Dragão havia tentado
plano tão megalomaníaco. As Terras do Carniceiro só possuía um mestre, e dele vinha seu
nome. Terrestres mais velhos tinham sido massacrados por menos, até a própria Imperatriz
Escarlate havia tentado e falhado. Se eles falassem isso em voz alta era capaz de desistirem. Se
fosse qualquer outro falando isso, Saigono jamais embarcaria nessa aventura, mesmo que
fosse outro de sua Irmandade. Contudo, era Ukagi que lhe dizia isso.

As pressas ele montou uma caravana e seguiu rumo ao Leste, a cidade de Grey Falls. Lá
ele se uniu com sua Irmandade, e Ukagi explicou seu plano. Somente uma coisa passou pela
cabeça de Saigono quando ele ouviu o plano de Ukagi: Ele poderia ser feito!

&

Saigono é afligido por uma doença mental oriunda do Malfeas, e por isso ele é tão
perturbado. Caso ele seja curado, ele pode se transformar em um valioso aliado, ou ao
menos em uma pessoa normal.
Quando criança ele presenciou algo tão terrível que o fez se desligar da realidade,
e por isso ele age de maneira tão extrema. Essas memórias embora enterradas
profundamente em sua mente, podem ser trazidas à tona por magia, e caso isso
aconteça, ele ficará incapacitado.
Durante seu sono ele sempre possui pesadelos e chama pelo nome “Lilum”
desesperadamente.
O Sangue de Dragão contraiu uma terrível doença ao longo de suas viagens, e às
vezes é tomado por surtos de tremedeiras.
Saigono é um covarde, qualquer ferimento sério irá fazer com que ele deixe o
campo de batalha.
Saigono sabe aonde está a Imperatriz e por causa desse conhecimento, ele vive
sua vida da maneira mais intensa o possível.
Diferente do que as pessoas pensam, Saigono é um bastardo, sua mãe teve
relações com demônios, e ele é o fruto dessa união.
Como um viciado em emoções, Saigono nunca nega uma aposta.
Uma única palavra pode definir o jovem Yori: Prodígio.

Escolhido e Exaltado por Hesiesh aos nove


anos ele foi registrado como o mais novo sangue de
dragão de toda a história recente do Império.

Marcado fortemente pelo aspecto do Fogo,


o jovem trouxe grandes honrarias para sua família,
tanto que sua mãe se recusou a permitir que ele
cursasse uma escola primária, preferindo ensiná-lo
pessoalmente e aproveitar essa vantagem de alguns
anos para colocá-lo a frente de todos aqueles da
sua geração. Aquilo que ela não fosse capaz de
instruí-lo corretamente, ela escolheria a dedo os
seus tutores para esses assuntos. Seu plano pagou,
e aos treze anos, ele já é superior a muitos Sangue
de Dragão que saíram de uma Escola Secundária.

O jovem Yori aprendeu por completo o Estilo do Dragão do Fogo, e o Estilo dos Cinco-
Dragões, contra a expectativa de todos que o rodeavam. Por sua incrível competência e
iluminação espiritual, ele está sendo fortemente pressionado pela Ordem Imaculada para
atender ao Claustro da Sabedoria, e futuramente se transformar em um Monge Imaculado.
Sua família, contudo, acredita que isso seria um grande desperdício de seu sangue, sem falar
de suas habilidades para Casa Sesus, e por isso, pretendem fazer sua inscrição na Casa dos
Sinos quando ele completar seus 15 anos. Sua mãe tem a ambição de torná-lo um Magistrado
Imperial e um General da Casa de Sesus.
Até a data atual, sua mãe o manteve sobre
um regime de treinamento altamente
controlado, mas o destino escolheu um
outro caminho para o jovem.

Depois da conquista de Great Forks


pelas mãos de Cathak Ukagi e seu irmão
juramentado Sesus Saigono, a posição de
sátrapa foi oferecida ao jovem Kajak Yori,
como um treinamento para o seu futuro, e
ao mesmo tempo, como uma grande honra
para ficar marcada em seu renome, já que
ele seria o mais jovem sátrapa imperial.
Contra a vontade de sua mãe, ele aceitou o
posto. Sua Casa o apoiou na decisão, já que
a satrapia deveria ir para Cathak, então era
uma oferta que não deveria ser negada de
forma alguma.

Sesus Kajak Yori ainda tem muito para aprender sobre a administração de uma
satrapia, e como ele não cursou uma Escola Primária, a ele falta diversas habilidades sociais
comuns aos filhos da dinastia. Fora isso, a exaltação em uma idade tão tenra o deixou
arrogante até mesmo para os padrões imperiais, e afetou pesadamente a sua personalidade,
tornando extremamente difícil para ele controlar o fogo que queima em sua alma. Mais de um
servo pagou com a sua vida por algum erro trivial.

Se não fosse o suficiente, devido ao seu ensinamento nas Artes Marciais Imaculadas
por um monge, ele se transformou em um verdadeiro crente nos Preceitos e Dogmas
Imaculados. Como um seguidor quase fanático, ele acredita na superioridade dos Sangue de
Dragão sobre todos os seres da Criação, e ele procura o fim de todos aqueles que se opõe aos
seus ideais.

No Império ainda se perguntam por que Cathak Ukagi escolheu o prodígio Yori para
esse posto, quando ele poderia simplesmente ter colocado Sesus Saigono na posição de
sátrapa. Não só Yori é jovem demais e com pouquíssima experiência, ele também não possui
nenhuma habilidade diplomática. Contudo, eles acreditam que com qualquer sinal de
problema, Ukagi ou Saigono irão interferir, já que nenhum dinasta seria louco o suficiente para
apostar uma satrapia tão rica quanto Great Forks.

Diferente de sua Casa, tutores, superiores e parentes, Yori olha para essa
oportunidade com olhos completamente diferentes. Para ele essa é uma oportunidade de
solidificar sua maestria sobre o mundo ao seu redor, e demonstrar o favor que os Dragões
Imaculados e os Dragões Elementais claramente jogaram sobre ele. Ele anseia pelo combate
com deuses rebeldes, lunares e solares. Ele até mesmo deseja colocar os Sangue de Dragão da
Sétima Legião no seu devido lugar.
&

Yori é fruto de um experimento que utiliza tecnologia de biogenesis dos solares


da Primeira Era, e por isso seu sangue é tão potente.
Não é sem motivo os poderes quase lendários de Sesus Kajak Yori: o jovem
sangue de dragão não é nada menos que a própria reencarnação de Hesiesh.
O garoto é na verdade um sangue de dragão que lutou na Usurpação, mas devido
a um acidente ele foi congelado em uma forma infantil. Assim que ele despertou de seu
sono induzido, ele tomou o lugar da criança conhecida como Yori, assassinando-a.
Como um verdadeiro paladino de Hesiesh, ele irá conservar suas energias até o
momento em que encontrar uma batalha digna, quando ele então irá se jogar de cabeça
no confronto, sem se render ou hesitar.
Devido a sua arrogância e crença na religião dos Dragões Imaculados, Yori nunca
irá acreditar que pode perder para mortais, em qualquer situação que seja. Contudo, ele
sabe que os anathemas fogem da ordem natural das coisas, então ele irá duvidar de tudo
que tenha origem anathema. Isso inclui criações, artefatos e servos.
Sesus Chenow era conhecido por
ser o Sangue de Dragão mais sádico gerado
pela Dinastia Escarlate, mas ele era
sociável. Ela sabia quando suas paixões o
colocariam em problema, e ele sabia como
ser diplomático e fugir das reprimendas,
tanto, que quando a pressão sobre ele ficou
insuportável, ele decidiu se aposentar e ir
morar na Fronteira, distante de seus irmãos
Sangue de Dragão. Sua filha, Irina, não é tão
razoável.

As paixões do pai se ascenderam


cedo na garota. Desde pequena ela possuía
uma estranha fixação pelo fogo, e em toda
a ocasião permitida pela Ordem Imaculada, ela sacrificava algum animal ou objeto no fogo
para os seus deuses. Todos os adultos viam aquilo como devoção, mas seu pai reconhecia
aquele brilho no olhar da criança.

O primeiro escândalo envolvendo Irina ocorreu durante os seus anos finais na sua
escola primária. Um professor tentou reprimi-la por uma conduta insubordinada em sua aula.
Infelizmente para ele, ele era um mortal e ela uma Sangue de Dragão. A aula terminou
previamente com o professor carbonizado. Sua família pagou uma soma alta para a escola e
família do professor para manter o problema contido, mas esse não foi o ultimo evento no
qual ela foi envolvida. Um jovem patrício tentou conquistar sua mão e seu leito, ela o avisou
de que somente um dragão do fogo pode se deitar com outro, mas ele ignorou seu alerta e
continuou com seus avanços. Os pais do garoto só encontraram cinzas na manhã seguinte, e
não conseguiram nem mesmo separar o que era o jovem e o que era a cama, do que antes
fora o local de encontro para o coito.

Irina não foi a primeira dinasta a dar problema para sua Casa e família, diversos casos
como ela surgem de tempos em tempos no Império. Sua Casa tentou diversas maneiras para
acalmar seus ânimos, de viagens com seu pai até a Froteira, até ameaças de deserdá-la foram
feitas, mas nenhuma pareceu funcionar. Sem nenhum tipo de indicação que ela pretendesse
parar com seus excessos, Irina foi enviada para a escola de incorrigíveis, O Palácio da
Tempestade Domada.

Seus superiores imaginavam que isso seria suficiente para domá-la ou destruí-la, mas
eles estavam severamente enganados.

O Palácio só trouxe a tona o que ela tinha de pior. Mais próxima de uma prisão que de
uma escola, ali Irina aprendeu a esconder seus desejos de seus superiores, e se comportar
como uma Dinasta normal, mas quando ela ia para os dormitórios, ela logo começou sua
jornada para chegar ao topo da cadeia alimentar. Mais de cinco alunos morreram por suas
chamas, dois foram deformados pelo resto de sua vida, e um foi castrado. O ápice do seu
sucesso foi o assassinato de um
professor que tentou colocá-la em
seu lugar. Quando ela finalmente
terminou seu tempo no Palácio, ela
foi liberada com louvores pelos seus
professores.

Os anos que se seguiram


foram relativamente calmos para
Irina. Ela sabia que seu estilo de vida
não seria sustentável no Império, e
logo partiu para a Fronteira para se
encontrar com seu pai. Ali ela formou
uma tropa mercenária, e começou a
proteger príncipes mercantes e
ditadores tirânicos em troca de prata
e jade.

Com o tempo ela se casou


com um filho da Casa Cynis Belar, que
dividia o mesmo gosto pelo excesso
que ela. Ironicamente, este pode ser
um dos poucos casamentos do
Imperio que foi feito por amor.

Junto de seu marido ela


começou a comercializar escravos
que ela capturava na Fronteira. Isso aumentou a sua riqueza pessoal em níveis que ela não
tinha sonhado até então. Quando ela cansou de seu estilo de vida, ela ingressou nas legiões
imperiais, pois dificilmente ela encontraria tanta ação quanto lá.

No seu tempo como legionária, ela chegou até o posto de Coronel, embora ela não
liderasse um dragão, mas sim, uma Presa de Warstriders, ou em alguns casos, uma pequena
força especial de Guerreiros Dragões. Foi quando sua tropa enfrentou um exercito liderado por
um anathema que ela sofreu uma epifania e resolveu ir atrás de animais maiores. Logo que ela
retornou para a Ilha, ela se alistou nas fileiras da Caçada Selvagem.

O treinamento que ela recebeu para poder caçar anathemas, afiou ainda mais suas
habilidades, e para ela, somente isso já teria valido a pena. Sob a tutela de monges e feiticeiros
ela aprendeu as suas artes, e num piscar de olhos ela foi mandada de volta para a Fronteira
para realizar o seu trabalho.

O primeiro anathema que ela matou foi um jovem solar que havia acabado de exaltar.
Isso a fez perder o medo dos mesmos, mas a melhor parte para ela eram os colaterais. Os
anathemas são como uma doença, eles infectam a tudo que tocam, e Irina é o fogo, e como
tal, ela queima todas as impurezas, todas. Seus métodos podem ser extremos, mas ninguém
nega que eles possuem resultados rápidos. Não há amor nem devoção suficiente que Irina não
consiga sobrepujar através do medo absoluto.

Uma de suas missões mais famosas foi quando ela incinerou completamente uma tribo
bárbara por ser liderada por um lunar, inclusive, todos aqueles que eles escravizaram, apesar
dos protesto de seus aliados. Ali ficou bem claro que com ela não há diálogo, nem
razoabilidade.

Hoje Irina volta seus olhos para as terras férteis das Províncias dos Rios, e o caos que
ali está se instaurando. O que as lendas dirão sobre os seus feitos...?

&

Irina utiliza em combate o próprio Warstrider da Imperatriz Escarlate.


O jovem que Irina castrou no Palácio da Tempestade Domada hoje a segue como
o seu maior servo.
Irina possui uma filha ilegítima, fruto de um estupro quando ela ainda era jovem,
ela é a única coisa que ela ama nesta vida.
Um de seus companheiros de turma que foi deformado por ela, se transformou
em um dos maiores feiticeiros do Império, e busca vingança a qualquer preço. Para
esconder as queimaduras, ele se esconde atrás de uma máscara demoníaca.
Irina, procura um parceiro que possa aguentar suas chamas, e com ele ter um
filho digno.
Somente em uma cidade como
Great Forks um jovem como o Sonhador
em Sedas e Veludos poderia ter existido.
Fruto de uma união entre um Raksha e
uma mortal, teria sido motivo para sua
exterminação imediata em qualquer tribo
bárbara ou civilização cautelosa, mas em
Great Forks, ele era uma oportunidade. A
consumação ocorrera durante seu sono
por três noites consecutivas. Na primeira,
a mulher sonhou com o cortejo da
criatura. Ele a levava para passear em
belos bosques e paisagens inconcebíveis,
para depois acompanhá-la a um
belíssimo baile em um palácio de flores e
véus esvoaçantes, onde todos os animais
tomavam corpos humanos e faziam
reverencia a convidada de honra. Na
segunda noite, o Kshatriya invadiu os
seus pesadelos e a caçou por bosques
escuros e paisagens agonizantes,
enquanto a aterrorizava a cada curva
com promessas de abusos intermináveis.
Quando ela estava prestes a ser
consumida de todas as maneiras
possíveis, o pesadelo acabou. Na terceira
e última noite, ele a visitou em seu leito,
enquanto ela estava paralisada pelo
terror noturno que a tomara, presa entre
sonhos e realidade, incapaz de se mover,
mas perfeitamente consciente. Nesse
estado impotente o estupro aconteceu.

O Filho do Caos nunca conheceu


o seu pai, mas sabia de sua herança
desde jovem já que seus poderes
despertaram em uma idade bastante
tenra. Atraído por lendas e feitos de
bravura, o garoto andava sempre na
companhia de soldados e viajantes. Um
dia ele encontrou um como nenhum
outro. O andarilho conhecia mais
histórias de batalha que qualquer outro,
e mais importante ainda, ele conhecia o caminho da espada como ninguém que a Carne
Sonhada havia visto antes. O jovem Sangue de Fada fez de tudo para convencer o andarilho a
ensinar seus caminhos, e no fim das contas, ele conseguiu.

Anos se passaram, e de duelo a duelo, o garoto ganhou a alcunha de Valete de


Espadas, sendo considerado hoje o maior espadachim de toda a Província dos Rios, e há quem
diga da Criação, mas como ele não viajou por todos os confins do mundo para conquistar esse
título, ele se deixa satisfazer com o atual.

Seu feito mais conhecido foi a vitória sobre o anathema Cassus Olhos Dourados.
Quando o anathema trouxe seus exércitos para conquistar a cidade de Great Forks, a cidade
estava completamente desprotegida, pois tinha acabado de perder seus exércitos na Batalha
de Mishaka. A cidade não tinha chance de resistir ao ataque, então ele desafiou o anathema
para combate singular. Caso ele vencesse, o exercito deixaria sua cidade pacificamente, caso
ele perdesse a cidade não ofereceria resistência, e ele A batalha durou muito mais do que o
esperado, e no fim ele saiu vitorioso. Depois do duelo ele entregou os olhos de seu oponente
como oferenda a deusa Sunipa, para que ela fizesse honrar a promessa de ambos. O exército
debandou naquela tarde.

Hoje o Sonhador em Sedas e Veludos trabalha como um guarda costas mercenário,


protegendo príncipes mercantes e deuses de Great Forks. Devido a sua perícia ele consegue
cobrar preços altíssimos pelos seus serviços, e assim viver uma vida mais que confortável,
sempre vestindo as melhores roupas, comendo as melhores comidas, bebendo as melhores
bebidas e usando as melhores drogas. Ele é constantemente cercado de admiradores e
amantes, e tido como um dos cidadãos mais adorados da cidade de Great Forks. Todas as
noites ele festeja nas mais diversas festas e festivais da cidade, sua atividade favorita quando
não está duelando. É muito comum que ele entre em duelos em diversas dessas ocasiões,
devido a sua personalidade.

Mesmo com todo o luxo, sua vida é incompleta. A única coisa que o satisfaz
verdadeiramente é a glória. Por isso de tempos em tempos ele anda pelo leste em busca de
um oponente digno, e nunca passa a oportunidade de um bom duelo. Nunca.

&

Todas as lutas do Valete de Espadas são armadas, e ele na verdade promete a


seus oponentes uma noite de prazer extremo em seu leito. Para manter sua fama ele vive
contratando atores para lutar contra ele e perderem de maneira espetacular.
Dizem que ele não liga para ser bom na espada, desejando somente a fama, dessa
forma, ele sempre permite que seus inimigos saiam ilesos desde que façam um bom
teatro.
Ele é na verdade um Exaltado único, que recebeu seu Segundo Sopro do Deus dos
Espadachins, e daí vem sua verdadeira perícia.
Seu poder é oriundo de sua espada, que é na verdade um Demônio preso no
formato da arma.
Seu poder é sim oriundo da arma, mas ela é um artefato e não um espírito.
Ninguém saiu tão mudado da
Usurpação quanto o lunar antes conhecido
como o Lobo com as Rosas Vermelhas. Antes
um sedutor sem igual, patrono das artes e
celebrado anfitrião de festas, hoje o que
restou dele não poderia ser considerado mais
distante.

Durante a Primeira Era, seu grande


objetivo em vida era se deitar com todos os
Exaltados Celestes da Criação, um feito que
ele quase conseguiu atingir, se não fosse por
indivíduos como um Sideral que se recusava
de encontrá-lo a qualquer custa e até mesmo
seu próprio parceiro solar, que mesmo sendo
mais velho e mais poderoso, temia o dia em que se encontrasse no mesmo quarto que seu
parceiro. Dessa forma, o Lobo com as Rosas Vermelhas, pode ser talvez o único lunar que em
momento algum se encontrou a sós com seu esposo solar.

Fora essa peculiaridade do lunar, sua vida era seguida com olhos atentos, e suas
escapadas sexuais eram comentadas por todos em Meru. Ele talvez tenha sido um dos mais
notórios “procurados” do Reino. Diversos solares e lunares desejavam sua cabeça por ter se
deitado com seus parceiros, ou arruinado a vida de um filho ou um amante. Alguns dos casos e
peripécias do Lobo podem ser encontrados até hoje em livros pornográficos que sobreviveram
a Usurpação. Muitos deles são utilizados por alguns campeões da Dinastia para seduzir e
impressionar seus rivais. Um
desses feitos narra como ele
seduziu um casal lunar, e os
colocou um contra o outro para
poder chamar a atenção de um dos
seus rivais, e menosprezá-lo,
simplesmente para assim seduzir a
sua esposa que com ele estava
descontente. Para conseguir
chamar a atenção do casal,
primeiramente ele teve que se
deitar com toda a sua Gens de
Terrestres e destruir uma geração
inteira por macula-los com a sua
Essência. Outro famoso conto, diz
como ele acabou com a pureza e
inocência da filha de dois solares,
que eles estavam preparando para
entregar ao culto do Sol
Inconquistável, como noiva sacrifício.
Dizem que quando os Dragões Reis
lhe arrancaram o coração no topo de
seu santuário o céu ficou negro com a
reprovação do Celestino, e pelo resto
do ano inteiro ele se recusou a
brilhar, como um lembrete de sua
desaprovação. Aqueles que
conseguem, também se lembram que
uma vez, logo depois de uma das
grandes batalhas que assolaram a
Primeira Era e diversos celestes
morreram, assim que eles exaltaram,
o Lobo com as Rosas Vermelhas
ofereceu um grande baile para
homenagea-los em sua mansão na
Fronteira, o Salão Provocador, bem
longe dos olhos julgadores dos
anciões. Desnecessário dizer que o
baile terminou em um grande
bacanal, e dele, alguns foram
escolhidos como seus discípulos,
outros como seus eternos escravos, e é claro, uma geração inteira de Celestes foram
corrompidos logo no inicio de suas longas vidas.

Quando a Usurpação chegou, Ma-Ha-Suchi se encontrava na sua mansão, longe da


festa que foi dada aos celestes. Alguns se perguntam como logo ele não se encontrava
presente neste evento, e a verdade é bem simples, mas nunca fora revelada. Por isso, ele foi
um dos primeiros lunares a ir se refugiar na Wyld, e também um dos primeiros a sofrer as
consequências desse ato. Quando os Terrestres vieram de encontro ao seu parceiro, ele ao
invés de ficar e lutar escolheu fugir e viver. As ultimas frases enunciadas por ele naquele
instante se mantém gravada até hoje nos registros de Yu-Shan e na memória da exaltação de
seu parceiro: Perdoe-me meu querido, mas o sacrifício heroico simplesmente não me veste
bem. Quem diria que seria assim que eu te foderia, meu amado...

Anos depois, quando Raksi finalmente chegou até ele, já era tarde demais. Pouco
restava do charmoso Lobo com as Rosas Vermelhas. O Lua Crescente que havia lhe tomado
sua flor estava completamente mudado, tanto em forma quanto em espírito. Antes de Raksi
prendê-lo em suas tatuagens, os lunares que a acompanhavam, já se perguntavam se ele não
havia se transformado em uma quimera. A verdade é que não haveria nenhuma viva alma que
olhasse para o Lobo, babando e esperneando, e não se perguntasse se já era tarde demais.

As tatuagens pareceram acalmar seus espíritos, mas logo que ele viu sua forma
humana, se é que ela poderia ser chamada assim, ele entrou em uma fúria assassina, e matou
todos os acompanhantes de Raksi, pois ela própria fugiu para evitar suas garras.
Ninguém sabe o que ele fez nos anos em que se seguiu, entre o momento em que ele
vestiu sua nova casta e chegou até sua antiga morada. Tudo que é sabido, é que ele destruiu
por completo a sua antiga toca, o Salão Provocador, e ali ele começou a montar seu exército.

A criação de suas tropas pode ser considerada uma obra de artes por muitas mentes
doentias. Indo até os reinos vizinhos, ele raptou, algumas vezes por meio da sedução em sua
forma animal, e outras vezes simplesmente abduzindo com sua forma de guerra, todos
aqueles que ele considerava uma vitima digna. Pessoas narcisistas, predadores sociais, até
mesmo aqueles que usavam de sua aparência para subir na vida e enganar, fosse a simples
camponesa que mostrava um pouco mais de decote para poder trabalhar menos devido ao
auxilio veloz de todos os homens que viviam ao seu lado, ou o jovem belo rapaz que se casava
com uma velha rica para lhe roubar o dinheiro. Todos esses foram tomados pelo Ma-Ha-Suchi.

Suas vítimas ele carregava para o lugar que antes fora seus estábulos, e agora foi
renomeado de Curral do Cio. Ali ele procriou com todos os mortais que viviam sem a mínima
comodidade ou humanidade. Seus primeiros filhos homens besta ele forçou sobre os mesmos
mortais, enquanto ele os tomava a força também. O que se sucedeu foram duas gerações de
orgia intermináveis, resultando na morte da maioria dos raptados iniciais. O que foi feito dos
que sobreviveram ninguém sabe.

Diversos ataques à civilização se sucederam, mas muitos sem importância. Ma-Ha-


Suchi somente se tornou uma ameaça digna de nota para a civilização da Criação como um
todo quando ele fez seu pacto com o deus Amoth Destruidor de Cidades.
Quando o deus das Ruínas viu o trabalho que o lunar andava fazendo, ele encontrou
em sua possível aliança uma oportunidade de expandir o seu domínio. Embora ele só possua o
domínio sobre ruínas, e não o de arruinar cidades, nesses tempos poucos conseguem censurá-
lo em Yu-Shan, ou incriminá-lo pela sua conduta corrupta e criminosa em relação à burocracia
celeste. Aqueles que tentaram foram destruídos pelo próprio Lunar Ancião, e a ele nenhum
deus pode censurar.

Com o deus Amoth ao seu lado, nenhum deus da cidade consegue opor Ma-Ha-Suchi
eficazmente, e logo uma das maiores vantagens das cidades são retiradas, e
consequentemente, da civilização. Alguns dizem que antes de Ma-Ha-Suchi atacar, as defesas
da cidade começam a erodir em uma velocidade sobrenatural, suas muralhas começam a se
esfarelar e perder tijolos, as madeiras dos portões começam a apodrecer, e as cordas das
armas de cerco a puir. Quando o combate finalmente chega, alguns sobreviventes dizem que é
capaz de ver os dois deuses se enfrentando nos céus da cidade.

Essa relação simbiótica traz frutos rápidos para os dois lados. A cada cidade que Ma-
Ha-Suchi toma, a força de Amoth Destruidor de Cidades cresce, e conforme o poder dele
cresce, mais rápido Ma-Ha-Suchi pode tomar outras cidades.

Fora sua política


guerreira, a posição de Ma-Ha-
Suchi no Pacto Prateado é
pouco sentida. Embora ele não
seja um recluso como
Leviathan, ele certamente não
possui tolerância para todo o
jovem lunar que vem
procurando sua ajuda.
Primeiramente, Ma-Ha-Suchi
somente aceita como discípulo,
e só se dispõe a conversar com
lunares que são de origem
bárbara, ou abandonaram por
completo a civilização. Um lunar
que possua em seu espírito os
valores da civilização é
prontamente espancado,
algumas vezes até a morte, pelo
lobo-bode. Sua vítima mais
conhecida foi um jovem lunar
que tentou convencê-lo dos
erros do seu extremismo. Sua
cabeça acabou esmagada nos
degraus de pedra pelo seu
casco caprino.
Por anos Ma-Ha-Suchi batalhou contra a Vigésima Terceira Legião Imperial, sem muito
vigor, pois ele tinha outras preocupações em mente, e poucos aliados para de fato completar
os seus planos. Agora, contudo, com a ameaça de Cathak Ukagi e a vulnerabilidade das Terras
do Carniceiro, Ma-Ha-Suchi conseguiu tudo o que precisava para concluir com seus planos de
ruína.

Hoje, com um exército e um propósito, a civilização treme no prospecto do que ele


pode fazer.

&

Ma-Ha-Suchi é tão atormentado por sua forma que se revertido a ela, ou


confrontado por seu reflexo, ele é automaticamente rendido pelos seus traumas.
Embora ele pregue a destruição de tudo aquilo que é civilizado, no fundo, Ma-Ha-
Suchi anseia por ser normal novamente, sendo no fundo um hipócrita. Caso ele seja
“curado” de sua forma atual, ele irá renegar tudo aquilo que hoje ele defende, podendo
inclusive retornar a sua personalidade anterior.
Embora o poder do Lua Mutável seja vasto, o verdadeiro poder de sua horda vem
do deus Amoth, e sem ele, sua tropa nunca teria chance de triunfar.
Ma-Ha-Suchi não precisa ser retornado a sua forma original para ficar dócil, ele
somente precisa ser convencido de que é lindo e amado, e caso isso seja feito, ele fará de
tudo para defender a fonte desse amor.
O Lobo com as Rosas Vermelhas era genuinamente apaixonado por seu parceiro
solar, e por isso ele nunca se deitou com ele, um tipo de masoquismo. Hoje, Ma-Ha-Suchi,
teme seu retorno, por acreditar que aqueles sentimentos podem retornar e junto com
eles, a pessoa patética e pequena que ele era.
O Lua Mutável conhece pessoalmente todos os Senhores da Morte, tendo se
deitado com todos eles na Primeira Era, e com eles ele fez um pacto para juntos
derrubarem todas as cidades da Criação, embora ele planeje traí-los antes de entregar a
Criação aos Nunca Nascidos.
Os primeiros reféns de Ma-Ha-Suchi ainda se encontram vivos, e assim que ele foi
capaz de criar gerações e gerações de homens besta, ele levou esses sobreviventes para a
Wyld e começou a brincar com suas formas, e atormentar ainda mais seu espírito. Com
eles, ele fez um tropa de mutantes da Wyld. Caso eles sejam descobertos, seus
seguidores bárbaros podem abandoná-lo no mesmo instante.
A verdade sobre a sua primeira seleção de reféns não reside em suas habilidades
sociais, mas sim em sua linhagem. Todos eles eram descendentes dos Sangue de Dragão e
dos Siderais que o traíram. Devido a isso, hoje ele possui uma tropa especial de homens
lobo-bode com a benção dos dragões e com o poder remanescente de sua própria
Essência. Ele guarda essa tropa para utilizar como o golpe final contra os Campeões dos
Dragões, principalmente os da Sétima Legião.
O Império Escarlate não atrai tanto a raiva de Ma-Ha-Suchi quanto Lookshy,
simplesmente porque ele vê a Sétima Legião como a continuação do Shogunato, aqueles
que trouxeram sua desgraça.
Há pouco tempo atrás, o
nome Chelob pouco significava
para o Leste e para as Terras do
Carniceiro, mas com o caos deixado
pela Batalha de Mishaka ele
conseguiu o espaço que precisava
para prosperar, e junto dele vieram
outros.

A tribo de Chelob não tinha


nenhuma significância antes de sua
exaltação. Ele mesmo era somente
um aprendiz de xamã, e já havia
ficado velho para qualquer outra
coisa, e esperava somente a morte
de seu mentor para poder assumir
seu lugar. Um dia buscando ervas
na floresta ele foi picado por uma
aranha mutante. O veneno lhe
causou diversas alucinações e
sonhos febris, sua tribo acreditava
que ele morreria logo, mas ele
resistiu. Mesmo louco e débil ele se
recusava a se entregar. Durante
esse período, sua tribo foi atacada,
ele lutou junto deles, sem se
entregar. Como um homem
condenado, um morto que
caminhava, ele podia fazer o que nenhum outro poderia. Sozinho ele adentrava no campo
inimigo, bravamente ele lidava com espíritos selvagens para implorar por seu auxilio. Quando
sua tribo sobreviveu, ele se encontrou pronto para ir de cabeça erguida, mas não foi o toque
de Saturno que veio até ele, em seu lugar veio o beijo doce de Luna.

Dentro do Pacto Prateado ele foi marcado como um Sem Lua, e sua Forma Espiritual
tomou a forma da aranha que lhe retirou a sua vida antiga e abriu caminho para a nova. Por
anos ele se manteve distante, aprimorando seus poderes e conhecimentos, mas depois da
queda de Thorns e da Batalha de Mishaka, ele sabia que deveria agir.

Chelob pode não ser tão feroz como o Ma-Ha-Suchi, nem tão poderoso como Raksi,
mas ele utiliza sua juventude ao seu favor. Por saber que ele seria incapaz de enfrentar todas
as ameaças do mundo sozinho, ele decidiu conseguir aliados e seguidores. A primeira coisa
que Chelob fez foi reconstruir sua tribo a sua imagem. Durante a primeira noite de Calibração,
logo após ter decapitado o líder da tribo, ele visitou todas as mulheres da aldeia na sua forma
de aranha gigante e as fecundou com sua semente. Três meses depois, todas elas foram
devoradas por suas múltiplas crias. Os homens ele transformou em guerreiros e lhes deu um
simples comando: se eles desejavam mulheres, eles teriam de tomá-las a força. Assim
começou a campanha expansionista de Chelob.

Depois de unificar diversas


tribos menores, Chelob instituiu
seu primeiro ritual. Durante cada
uma das noites da Calibração, ele
tomaria uma nova noiva para
presentear sua tribo com novos
homens fera, para assim a tribo
continuar forte, e a conquista
continuar, e de fato ela continuou.
Durante os anos seguintes, Chelob
enfrentou diversas tropas dos
povos civilizados, saqueou
milhares de vilas e enfrentou
diversas ameaças a Criação. Em
suas costas, ele carrega a prova de
todas as suas vitórias, sob a forma
das armas de seus inimigos caídos.
Em sua Forma de Guerra ele toma
a forma de uma criatura aracnídea
de múltiplos braços e olhos.
Aqueles que o veem em combate
dizem que ele parece ter saído de
um pesadelo. É ainda mais
assustador quando ele conjura
suas feitiçarias nessa forma.

Eventualmente Chelob se esbarrou com outros lunares, exatamente como ele


desejava. Esses ele anexou aos seus números como ele podia. Na maioria dos casos, através de
Dívidas de Sangue. Alguns lunares se provaram extremamente difíceis de submeterem ao seu
domínio, esses ele deixava ir, mas sabendo que algum dia ele voltaria para coletar sua dívida.
Sua postura honrada e ativa lhe rendeu grande renome no Pacto Prateado, adquirindo o posto
de Murr-Ya, enquanto sua figura misteriosa e ferocidade no campo de batalha lhe tornaram
uma figura infame para o povo civilizado.

A primeira tribo governada por um lunar conquistada por Chelob foi a Tribo do
Rinoceronte de Pedra. O lunar Rocha Firme havia criado ela, e hoje a usava para pilhar diversas
cidades menores, embora Chelob tinha total certeza de que eles cairiam para a primeira tropa
imperial que enfrentassem. Rocha Firme em sua arrogância de Lua Brilhante recentemente
exaltado desafiou o Sem Lua para um duelo. Chelob aceitou e venceu sem muita dificuldade.
Depois do combate, ele tomou Rocha Firme como seu aprendiz, e o moldou para ser seu aríete
contra a civilização. Se ele era somente um guerreiro bárbaro quando começou, hoje ele é
uma máquina de destruição. Ele sozinho destruiu as muralhas de uma cidade e a invadiu junto
de seus montadores de rinoceronte para tomá-la em uma única noite. As cidades da província
dos rios sabem que quando ele é utilizado pela Horda da Teia de Prata, poucas coisas irão ficar
em seu caminho.

Em combate, ele brande um grande machado feito de madeira viva e moonsilver. Sua
figura de quase três metros de altura, composta de puro músculo é capaz de intimidar
qualquer mortal que ouse ficar a sua frente. Em sua forma de guerra, ele se transforma em um
homem rinoceronte com chifres de moonsilver e couro de pedra medindo quase quatro
metros. Embora ele tenha desprezo por armaduras e armas, ele as utiliza por comando de seu
mentor. Em combate em massa, sua tribo é conhecida por duas unidades em especial, os
montadores de rinocerontes, que compõe sua “cavalaria”, e os homens rinocerontes que são
sua infantaria pesada. Embora ainda existam humanos em sua tribo, Rocha Firme os despreza
por sua falta de força. Para manter seu número de homens fera, ele possui um harém com
dezenas de fêmeas, que só aumentam conforme ele conquista mais cidades em nome de seu
mestre. Pelo que se sabe, ele não se deita com homens, nem com mulheres fera.

Dentro do Pacto Prateado, depois da tutelagem de Chelob, Rocha Firme ficou


conhecido como um dos lunares mais devotos à guerra, mesmo que ele ainda seja somente
um Uf-Ya. Para os povos civilizados, contudo, ele é um monstro que precisa ser abatido a
qualquer custo, e pelo que as lendas dizem, ele até agora nunca foi vencido por um homem
civilizado, ou como os bárbaros gostam de dizer, uma “Não Pessoa”.

O segundo lunar que Chelob


encontrou não liderava nenhuma
tribo. A jovem que toma a forma de
serpente conhecida como Xina de
Muitas Escamas, conheceu o Senhor
de Guerra em uma reunião do Pacto
Prateado do Leste. Ali ele passou uma
noite inteira cortejando a jovem para
que ela entrasse para o seu bando.
Embora ela tenha começado
reticente ao aceitar o acordo, o
Reverenciado a prometeu armar com
o que pudesse, e lhe dar a liberdade
que ela necessitasse, desde que
atendesse seu chamado quando fosse
preciso. Sob esses termos ela aceitou.

Se Rocha Firme é seu aríate,


Xina é sua adaga invisível. Não existe
nenhuma cidade na qual ela não
possa penetrar, um castelo no qual
ela não consiga adentrar, e nenhum
leito no qual ela não pode se deitar.
Tomando a forma de animais ou
pessoas, ela consegue chegar aonde desejar, e devido a essa habilidade ela conseguiu acabar
com guerras antes mesmo que elas começassem. Em combate corpo a corpo, ela é uma
guerreira ágil e perigosa. Um corte de sua lâmina pode significar a morte certa de seu
oponente por envenenamento. Sua forma de guerra nunca deixou um expectador vivo, e ela
só a utiliza nas situações mais complicadas.

Como um pedido pessoal de Chelob, ela preencheu suas fileiras com homens fera que
tomam a forma de serpentes. Esses são os guerreiros mais bem treinados de toda a Horda da
Teia Prateada, e funcionam como os infiltradores assassinos de Chelob.

Devido ao acordo com o Lorde da Horda, Xina recebeu dele diversos artefatos, dentre
eles duas Baneclaws de moonsilver, uma breastplate do mesmo material, um amuleto, e um
bracelete para suas hearthstones. Quando é necessário, ele também lhe ensina um encanto ou
outro. De todos eles, ela é a única artista marcial.

O último seguidor de Chelob, foi um


lunar perdido que ele resgatou dos abraços
sedentos do Povo Belo. Conhecido como
Deleite de Muitos Adormeceres,pelos seus
sequestradores, ele era o escravo favorito
deles pela sua tremenda resistência, e a
qualidade de seus pesadelos. Toda a noite ele
tentava fugir, e seus carcereiros deixavam só
pelo prazer de caça-lo novamente. Um dia foi
diferente, na milésima primeira noite, ele foi
visitado por Luna, e ela lhe deu o poder para
ele fugir, e pela primeira vez ele não o fez,
como recompensa por sua rebeldia e bravura,
ele se viu abraçado por sua luz. Ela também
sabia que ele não poderia enfrentar seus
sequestradores sozinho, e por isso lhe enviou
Chelob e seu bando.

Daquele dia em diante ele se adotou o


nome de Radu, e recebeu a alcunha de “O
Belo”. O tempo na mão do Povo Belo, e sua
fuga não foram sem custo, e em seu corpo ele
carrega as marcas de suas violações.

Diferente de seus companheiros de


Bando, Radu escolheu não adotar uma Casta e
aproveitar as bênçãos de Luna em todas as
suas formas. Essa sua decisão só é tolerada
devido as provações do jovem e sua amizade
tão próxima de um renomado Sem Lua. Até
hoje ele tem se provado bastante consciente
em suas mudanças de forma, mantendo sua chance de se transformar em um quimera ainda
em um nível baixo.

Sua forma de guerra demonstra perfeitamente a criatura que ele é, tomando a forma
de um ave de rapina misturada com um reptil. Até mesmo sua forma humana carrega as
características desses animais, marcada com pernas de águia e o couro duro e escamoso de
um grande lagarto. Adornando seu corpo, ele possui fragmentos de uma armadura de
combate da Primeira Era, que ele deseja completar a qualquer custo.

De todos os seguidores de Chelob, ele é considerado o mais selvagem, e alguns


acreditam que o mais perigoso devido a sua adaptabilidade. Embora ele não seja uma grande
ferramenta no combate em massa, e ele é um grande herói singular, e já derrotou milhares de
oponentes em combate singular, sejam eles exaltados celestes, terrestres, ou simplesmente
Rakshas, o seu tipo favorito de presa.

&

Chelob possuiu diversas daiklaives que ele roubou de seus inimigos caídos, todas
elas com veias de moonsilver, que permitem a adaptação do seu material mágico a anima
lunar. Aquele que o derrotar receberia um grande bônus no que se refere a armamentos
mágicos.
Rocha Firme é obcecado com sua fama de valentão, e nunca será capaz de negar
qualquer tipo de desafio físico, seu ego fraco não permitiria.
Chelob é amante de Radu, e esse é o único motivo pelo qual ele permite que o
lunar se mantenha sem uma casta.
Chelob é amante de Xina, e por isso o favoritismo que ele tem com ela, sempre
lhe dando os melhores artefatos. Devido a isso, todos os outros membros do bando
guardam rancor dela.
Rocha Firme é apaixonado por Radu, e mesmo seus sentimentos sendo
correspondidos, ele não aceita ser visto como um homem que se deita com homens por
poder acreditarem que ele é o passivo da relação.
Chelob é na verdade um Senescal dos Reis do Sol, e tudo o que ele faz é para
conquistar a Criação e prepará-la para o seu parceiro Solar.Caso isso seja descoberto por
outros lunares, ele irá sofrer serias consequências.
Radu estava perdido antes de ser encontrado. Ele é um agente duplo do Povo
Belo, e esse é o motivo dele não aceitar as tatuagens, ele anseia pelo dia em que ele
sentirá novamente o toque da Wyld em seu corpo e mente.
Os fragmentos de armadura que Radu usa, são de uma armadura de Batalha
Celestial, o tipo mais poderoso de armadura encontrada na Primeira Era. Caso ele consiga
completá-la, a civilização terá uma grande dificuldade de vencê-lo. O mesmo vale para
qualquer lunar que o faça.
Antes da neve vermelha tomar conta das terras
das Sete Presas Caídas, o jovem que viria a se tornar Sete
Presas, era pela sua tribo desprezado. Pequeno e sem os
atributos valorizados pela tribo do lobo, esse garoto só foi
mantido vivo devido ao favor do xamã de sua aldeia.
Contudo, quando a neve vermelha caiu, foi ele que se
levantou contra as presas famintas dos homens fera de
Futhark. Naquela batalha Luna o escolheu, e as Presas de
Mela nunca mais foram as mesmas.

Nos anos que se sucederam, o jovem Sete Presas


abandonou o seu lar e se direcionou para as terras mais quentes do Sul. Ali ele procurou os
grandes nomes do Pacto Prateado como seus mentores. Ele foi tutelado por Ma-Ha-Suchi, nas
maneiras do barbarismo, com Raksi ele aprendeu sobre a Feitiçaria, e com Tamuz ele foi
instruído na Arte da Guerra. Quando ele finalmente retornou ao norte, ele viu sua terra sendo
assolada pelo caos e pela ruína. Das Sete Presas Caídas, outros três lunares se levantaram, e
começaram a clamar suas respectivas tribos como deles. Sete Presas não se opôs. Isso lhe
custou seu maior aliado, o antigo e poderoso Meia-Casta conhecido como Futhark. Mesmo
assim ele se manteve firme em sua decisão.

Levaram anos para ele conseguir reestabelecer sua tribo e eleva-la a um status
completamente novo, mas ele conseguiu. Diferente de seus irmão lunares, Sete Presas buscava
por antigos conhecimentos para erguer sua tribo da lama que era a Segunda Era dos Homens.

Quando as tropas de Tepet levantaram suas bandeiras nas terras geladas do Branco
Eterno, ele atendeu o chamado de seu irmão bárbaro, assim como muitas tribos. Muito renome
ele ganhou no Pacto Prateado por lavar a terra com o sangue dos dragões, e mais ainda por
defender aqueles que viviam sob a proteção do Pacto, mas ao retornar ao seu lar, mais uma
vez ele o viu tomado pelo caos.

Seus irmãos lunares que haviam recentemente levantado de suas Sete Presas Caídas,
criaram mal suas tribos, e logo elas derramaram o sangue dos filhos do Lobo. Dessa vez ele não
poderia mais tolerar. Ao confrontar seus irmãos, eles o responderam com insolência e
ingratidão. A neve vermelha mais uma vez caiu nas Presas de Mela, e junto dela as Presas do
Tigre e do Urso, pois a Coruja era sabia, e logo abaixou a cabeça.

Um tempo de paz se seguiu. O Lobo do Trovão tomou esposas e filhos, montou sua
toca perto de uma ruína esquecida e ali ele prosperou. Contudo, não foi somente de felicidade
que Sete Presas viveu, pois ele provou o pesar ao enfrentar os Devoradores de Lágrimas, e
sentiu dor ao liberar as Bestas de Fen’Gal. Hoje seu focinho novamente capta no ar o odor
escarlate dos ventos de Marte, e suas orelhas se ouriçam ao ouvir os uivos prateados que vem
do sul, pois a guerra está novamente sobre nós.

-Assim disse Awu, o Pequeno, da Tribo do Lince.


Ninguém sabe ao certo da vida do Lunar Sete Presas, o que se conhece é um apanhado
de lendas e contos envolvendo sua figura. É sabido que em sua juventude ele aprendeu com os
lunares sobreviventes da Primeira Era, e que ele derrotou o antigo senhor de sua terra.

Durante a Guerra do Sangue Fútil ele levou diversos sangue de dragão até a sua morte,
espalhou o terror no coração das legiões imperiais, cujos sobreviventes ainda molham as suas
camas ao ouvirem uivos na noite. Grande parte dos seus feitos são encontrados nos registros
de Ledaal Aisu sobre a queda das legiões de Tepet. Nelas ele fala das táticas de guerrilha de
Sete Presas, e do efeito que elas tinham sobre os homens.

Em diversas passagens na Língua das Garras, atribuem a eles diversas esposas, mas
duas são mais conhecidas que qualquer outra, as filhas dos deuses da Guerra do Norte. Sua
tribo sabe que elas são mais problema que uma ajuda em sua vida, e se perguntam por que ele
as mantém. Poucas pessoas sabem da ligação que ele possui com a Dama da Morte, a Amante
Coberta por Regalias de Lágrimas, e os que sabem temem que um dia ele vá sucumbir aos seus
encantos.

Um de seus feitos mais conhecidos foi a libertação das Bestas de Fen’Gal, criaturas
horrendas que ele só utiliza nas situações mais extremas. Como seu líder e matriarca, se
encontra C’thun. Antes ela era somente uma das criaturas, mas com a adoração da tribo, ela
se transformou em uma deusa, e agora possui poderes que vão muito além do imaginado.

O evento das Bestas de Fen’Gal foi tão significante na sua tribo, que o jovem lunar que
nela exaltou, tomou para si a forma de uma dessas criaturas, hoje ele é o discípulo de Sete
Presas.

Embora recluso,
sempre buscando por algo
perdido em seus sonhos, Sete
Presas não é um ermitão, e ele
sabe muito bem que a guerra já
bate na porta de seu domínio.
Ele reconhece que as loucuras
de Ma-Ha-Suchi podem
rapidamente influenciá-lo, ele
sabe que a tribo dos
Devoradores de Lágrimas,
liderados pela esposa de sua
vida passada também estão se
preparando para atacar, e isso
tudo somado a constante
ameaça de Futhark e dos
desertores da tribo da Presa
Branca, hoje todos mutantes da
Wyld.
&

Sete Presas é apaixonado por sua esposa, e fará de tudo para salvá-la.
A pessoa mais importante na vida do Lunar é uma jovem de cabelos negros que
vive em seu domínio. Alguns dizem que ela é sua filha, outros que é de sua esposa.
Existem até mesmo aqueles que garantem que ela é o receptáculo para a alma exaltada
de sua parceira.
Sete Presas sempre tem cinco esposas durante a sua vida, cada uma para uma
fase da lua: Cheia, Nova, Meia, Crescente e Minguante.
O Lobo do Norte possui três esposas e não cinco, cada uma respectiva a uma das
castas lunares: Brilhante, Sem e Mutável.
O maior inimigo de Sete Presas é um cavaleiro da morte que exaltou na tribo dos
Devoradores de Lágrimas, e que também carrega a exaltação de sua mulher.
C’thun é apaixonada pelo seu senhor, por isso ela começa a tomar a forma
humana, e deseja a qualquer custo usurpar o lugar de suas esposas.
As Bestas de Fen’Gal são criaturas da Wyld, por isso ele não as permitem andar
livres pelo seu território. Caso isso se prove verdade, ele pode sofrer algumas punições no
Pacto Prateado.
Os Deuses da Guerra do Norte abençoaram o
maior de seus Jarls da atualidade com um presente
que poderia ser facilmente considerado uma faca de
dois gumes. Samara foi um desses presentes.

A bela jovem, que alguns dizem ser a mais


bela jovem do norte, cresceu rápido e demonstrando
todos os atributos favorecidos por seu verdadeiro
pai. Embora ela não tenha descoberto sua identidade
até a idade adulta, ela sempre defendeu a honra de
seu pai adotivo, e até hoje o faz, quando o chamam
pelos seus apelidos pejorativos, sendo os mais
comuns dentre eles: Harvar, o Manso; o Jarl do
Corno Celestial; Harvar dos Dois Chifres. Durante sua
infância essas provocações despertavam nela uma ira
sem igual, que era seguida diretamente por algum
tipo de combate. Diversas vezes ela voltava para casa
machucada por causa desses confrontos, mas ela
nunca abaixou a cabeça. Quando ela cresceu, as
derrotas se tornaram cada vez menos frequentes, até
o ponto em que elas ficaram inexistentes. Sua raiva
também se fora, assim como as provocações na sua
frente.

Fora as lutas contínuas devido aos insultos ao seu pai, sua infância também não fora
fácil. Seus impulsos a obrigavam a ser mais que uma simples mulher. Ela andava em meio aos
guerreiros, e treinava com eles, mesmo não sendo bem vinda a princípio. Sua única verdadeira
amizade foi com sua irmã gêmea, que embora tivesse a personalidade oposta a sua, nunca
deixou de confortá-la e de entendê-la nos assuntos mais importantes de sua vida.

Quando ela atingiu a idade adulta, ela era melhor que todos ali. Ela era mais forte,
mais rápida e mais resistente. Seu ritual de passagem para ser considerada uma guerreira foi
igualmente grandioso a sua pessoa: Ela teve de caçar e matar um Vazio de Gelo. Até hoje ela
carrega uma adaga feita com uma de suas presas. Quando ela terminou de assassinar sua
presa, ela foi visitada por seu pai.

Devido a sua performance em seu ritual, e em reconhecimento as suas habilidades, o


Falcão da Glória, lhe presenteou com braceletes mágicos feitos dos cinco materiais mágicos e
carregando todos os seus poderes, o seu maior presente contudo, foi um elmo feito de Metal
Estelar que aumenta sua capacidade em combate. Seu retorno não poderia ter sido mais doce.

Nos anos que se seguiram, contudo, o destino lhe guardava algumas provações com a
invasão do Norte pelas tropas Imperiais. Das muitas batalhas que aconteceram até a Batalha
do Sangue Fútil, uma delas se deu nas terras de seu pai. Como um povo forte e orgulhoso de
origens bárbaras, Harvar e seus homens batalharam com todas as forças para resistir o avanço
Imperial, mas todos sabiam que seria impossível pará-los. Embora isso não significava que ela
não iria tentar. No meio da batalha ela já se encontrava em uma situação precária, e seu
sangue já estava pintando a neve de vermelho. No fundo do seu ser ela sabia que seu pai não
intercederia a seu favor, dessa forma salvando a sua vida. Contudo, outro deus veio ao seu
socorro.

Junto com as invencíveis Bestas de Fen’Gal, e com seus lobos espirituais, o Rei Lobo
Feiticeiro do Norte desceu sobre seus inimigos, com a precisão de um relâmpago e a fúria de
uma tempestade. Samara fez o que nenhuma outra mulher teve coragem de fazer, ela lutara
ao seu lado. Todos os homens fera logo descobriram que não deveriam entrar na sua frente.

Toda vez que ela se encontrava em uma situação ruim ele vinha ao seu auxilio. Quando
um inimigo finalmente conseguia chegar até a sua pessoa ferida, ela via a figura banhada em
prata do Deus Lunar sobre ela. Protegendo-a abaixo de sua capa, ele acabava com todos
aqueles ao seu redor. Se ela estava para ser acertada por uma flecha, logo a flecha desviava do
seu curso por magia. Se seu corpo se encontrava ferido, ele logo o restaurava a sua plenitude.
Quando a batalha havia terminado ele a ajudou a ficar de pé. No final ele ainda perguntou se
ela estava bem.

Pela primeira vez em toda


sua vida ela se sentiu protegida, e
o sentimento fora estranhamente
terno.

Após a batalha ele fora


convidado pelo Jarl Harvar para
se sentar a sua mesa na posição
de destaque. Relutantemente ele
aceitou, mas dispensou seus
monstros, os deixando a cargo da
gigantesca Fera de Fen’Gal que o
seguia. A ele foi oferecido o
melhor quarto e um banho em
água perfumada. Quando ele
chegou no salão, O Lobo de Um
Só Olho veio vestindo uma túnica
de veludos azuis, também
presente de seu pai. Ela nunca
vira um homem tão atraente.
Durante toda a noite ele foi
cortes, embora sempre um pouco
distante. Em um determinado
momento ela viu ele se
distanciando da multidão e saindo
do grande salão, sem pensar duas
vezes ela foi atrás dele. Eles
conversaram por longas horas, e daquele
momento em diante ela decidiu que o
teria para si, que ela seria sua esposa
guerreira, e não aquela que eles
chamavam de Kamira.

Naquela mesma noite elas já


começaram a se estranhar, e no raiar da
aurora ela anunciou suas intenções. A
briga se sucedeu em alguns instantes
depois.

Hoje Samara vive em meio à


tribo da Presa Branca, como uma das
maiores guerreiras. Nenhum homem
fera consegue se equiparar ao seu poder
bruto, e muitos já tentaram desafiá-la. A
única criatura em toda a tribo que
conseguiu derrotá-la foi C’thun.

Sua maior ambição, contudo,


não se baseia em conseguir glória no
campo de batalha, mas sim em
presentear seu marido com um filho.

&

Samara tem uma péssima relação com as outras esposas de Sete Presas, e mais
de uma vez ela teve confrontos a níveis físicos com as outras mulheres.
Samara usurpou o posto de Noiva da Lua Cheia de uma antiga mulher de Sete
Presas, e ele ainda a recente por isso.
A noiva da Lua Cheia suspeita que Sete Presas seja estéril, e esse pode ser um
motivo forte o suficiente para ela ter um filho com um outro homem, ou confrontar seu
marido.
No destino da Filha do Falcão da Glória está escrito que ela enfrentará em um
combate mortal sua irmã gêmea, e as opiniões diferem se ela anseia ou teme por esse
dia.
Ciumenta ao extremo, Samara irá desafiar qualquer noiva que tente tomar a mão
de seu marido, e mais de uma vez ela assassinou candidatas em potencial, para a fúria
eterna de seu esposo.
A segunda filha do Jarl Harvar é
completamente diferente de sua irmã
gêmea. As armas de sua irmã são seus
punhos e seus encantos, enquanto as de
Haruna, dizem alguns, são muito mais
perigosas, sendo ela uma feiticeira capaz
de dobrar qualquer homem com suas
palavras e quebrar qualquer reino com
seus planos.

Quando elas eram crianças,


enquanto sua irmã corria pelos pátios e
observava os homens lutando, Haruna
observava o que outros observavam. Ele
via como eles olhavam para sua irmã e
para ela, mesmo em idade tão jovem,
eles já mediam as duas, mas não por
medidas iguais. Sabendo que ela nunca
seria tão forte quanto sua irmã, ela logo
aprendeu um grupo inteiramente novo de habilidades. Ela aprendeu a brincar com as emoções
dos homens, encontrar suas fraquezas, mas acima de tudo ela aprendeu a pensar.

Diferente de sua irmã, ela descobriu desde jovem o motivo das provocações contra seu
pai e o motivo delas serem tão diferentes. Com esse conhecimento, ela logo soube que os
maiores poderes se encontravam perdidos nos mistérios da Essência. Para alcança-los, ela logo
começou a comungar com deuses, espíritos e demônios. Nada para ela parecia ser proibido.
Ela pagou caro por essas alianças, mas ela em momento algum se arrepende.

Quando chegou a uma idade apropriada para ser tomada como esposa, seu pai reuniu
os maiores reis e seus herdeiros para ver quem seria digno de ter a sua mão. Até mesmo um
sangue de dragão da Casa de Ferem compareceu ao evento. Diferente do que era esperado,
Haruna insistiu que ela seria a jovem ao fazer os desafios para os aspirantes a sua mão, e não
seu pai. Nenhum deles conseguiram passar em seu teste.

Nessa noite ela foi visitada por seu pai, que lhe alertou que aquela atitude iria trazer
uma guerra para seu reino. Ela não se incomodou. Diferente do pai de sua irmã que lhe encheu
de presentes, o Corvo da Batalha não lhe trouxe nada, pois ele já havia a agraciado com tudo
que ela precisava em sua nascença.

Como previsto pelo seu pai, logo a guerra caiu sobre o seu domínio. Sua irmã logo se
animou pelas glórias que viriam dela, mas Haruna só pensou na desgraça para seu povo.
Então, com isso em mente, ela escolheu um marido, e ninguém ousou atacá-la.

Haruna hoje vive junto de sua irmã, mas a vida em meio ao barbarismo extremo não a
agrada, e Sete Presas sabe disso. Quando ele tem que visitar terras distantes, principalmente
no mundo civilizado, ela insiste que seu
marido a leve junto, e mesmo quando ela
não vai, ela insiste para que ele traga algo
para ela. Diferente de sua irmã que se
adaptou bem a viver em meio a homens
fera, Haruna os despreza, e constantemente
entra em atrito com os mesmos. Para os
membros da Presa Branca, Samara é uma
heroína, e como tal é amada e adorada,
Haruna é uma estranha, mas não é
desprezada, ela é temida.

Devido aos seus poderes arcanos,


poucos homens fera sequer lidam com ela,
preferindo ignorá-la e fugir de sua presença,
o único que tentou confrontá-la uma vez,
hoje vive nas florestas, completamente
enlouquecido pelo resultado do embate. Até
mesmo o antigo líder da Presa Branca,
Futhark pagou um preço alto ao desafia-la.
Nem mesmo a deusa C’thun ousa encará-la de frente. A única vez em que a tribo viu uma
outra face de Haruna, foi quando ela protegeu os filhotes da vila de uma invasão dos
Devoradores de Lágrimas enquanto seu marido e irmã se encontravam distantes.

Para viajantes de terras distantes, Haruna mostra uma outra face, sendo hospitaleira e
entretendo seus convidados da melhor maneira possível. Esse é um jeito que ela encontrou de
ficar em contato com o mundo longe das Sete Presas caídas.

&

Haruna foi quem deixou Sete Presas estéril, quando descobriu de uma
infidelidade do marido.
O que atraiu Sete Presas foi Haruna ter se defendido de uma tentativa de estupro
no dia em que nenhum dos príncipes e reis conseguiram passar de seu desafio. Ela
supostamente arrancou o membro viril do mesmo com a boca.
Assim como ela fez com todos os seus pretendentes, ela também testou Sete
Presas, embora ninguém consiga imaginar qual foi o teste.
Muitos assumem que o marido que ela tomou como esposo para acabar com a
guerra que caiu sobre seu reino foi o próprio Lobo Feiticeiro do Norte, mas na verdade foi
uma outra criatura, uma completamente diferente.
Baiaku é um dos deuses mais influentes
da Província do Rio, sendo o deus do maior rio ali
existente, o Rio Yanaze. Sua carreira na
Burocracia Celestial começou como a de um deus
menor do comércio. Diferente da maioria das
divindades celestiais que desprezam as
divindades terrestres, Baiaku percebeu uma
oportunidade única ali. Com a queda dos solares
e a falta total de controle sobre os crimes de
corrupção na Burocracia Celestial, ele viu que
tinha muito mais a ganhar na Criação como um
baixo Deus Terrestre do que como mais um dos
deuses menores Celestes. O local que mais lhe
chamou a atenção foram as Terras do Carniceiro.

Diferente de todo o resto da Criação, ou ao menos de sua parte civilizada, era a


Província do Rio a área menos tocada pela Ordem Imaculada e suas regulamentações sobre
tributos divinos e adorações. Ali existiam grandes cidades que adoravam os deuses infringindo
as leis de Yu-Shan sem qualquer pudor; as maiores delas eram Nexus e Great Forks. Em Nexus
a Guilda empregava deuses e seus filhos para fazer o trabalho que mortais não eram capazes,
eles também pagavam altas somas em adoração para um trabalho excluso aqui e ali,
oportunidades ideais para um deus corrupto; pequenas transgressões sem muita chance de
descoberta por deuses maiores, e um grande lucro a se receber. Em Great Forks deuses
governavam como mortais e recebiam adoração diariamente, e quanto mais eles cooperassem
para o bem estar da cidade, mais eles recebiam festivais em sua homenagem. Claro que ele
poderia tentar usurpar o lugar de um deus do vulcão no Oeste, mas aquelas terras eram muito
distantes e selvagens para o seu gosto, e sua ambição era maior que isso.
Assim, ele entrou como uma petição para investigar o fluxo de capital e o comércio no
Rio Yanaze. Sem muitas delongas e em com uma manobra ardilosa, ele começou a plantar
falsas evidencias aqui, tentar o deus do rio ali, e pronto, um grande esquema de corrupção foi
montado e exposto por ele. Com uma proposta para os agentes do Bureau do Destino, ele
conseguiu passar o direito de “minar” o deus para se obter starmetal; uma proposta que eles
não puderam recusar. Com isso, ele entrou com um último pedido oficial, anexar ao seu
Alcance o Rio Yanaze, e com isso alocá-lo como o novo deus do Rio Yanaze e também como o
deus da Troca e Comércio no Rio.

Com sua nova posição, a primeira coisa que ele fez foi brincar de difícil de conquistar
com os povos mortais. Durante os primeiros anos de sua administração, ele mandava
relatórios perfeitos para seus superiores, e vivia em níveis quase miseráveis para um deus,
principalmente para um ex-deus celeste. Contudo, ele sabia que o tempo de vacas magras
estava para terminar. Durante esses anos, ele procurava uma grande divergência, algum deus
para o qual ele poderia colocar os holofotes sobre e assim criar uma cortina de fumaça para
suas atividades ilícitas. Ele encontrou seu rival na forma do deus da Pirataria sobre Águas
Marrons. Sem muito esforço ele conseguiu manchar a imagem de seu alvo como o deus mais
corrupto das Terras do Carniceiro, mas de forma alguma ele conseguiu produzir uma única
prova firme contra ele. Tudo isso era parte do plano. Enquanto ele é investigado, junto de
alguns Deuses Proibidos, mas um sabor adicionado por Baiaku, ele é livre para perseguir com
seus planos de corrupção e enriquecimento.
Depois de estar livre dos olhos atentos de Yu-Shan, o Rei das Águas Marrons começou
sua grande negociação com os povos mortais. Nexus e ele firmaram um tratado de aceleração
de navegação em suas águas, e também um acordo de não agressão por meio das criaturas do
rio. Qualquer outro tipo de ameaça seria tratada individualmente, como no caso de atrasar
barcos de comerciantes rivais, e auxilio contra ameaças piratas. Com Lookshy ele não fez
nenhum acordo formal, devido a proximidade que eles possuem com a Ordem Imaculada. Com
Great Forks por sua vez, ele prometeu excelente pesca e águas calmas para festivais, desde
que recebesse adoração mensal, e um grande festival anual sobre as suas águas. Claro, que um
templo teria que ser construído em sua homenagem no bairro central da cidade.

Hoje ele atua como um gangster, criando a oferta e a demanda para todas as pessoas
indefesas de seu poder, e evitando seus grandes adoradores, para mantê-los sempre
satisfeitos. Para poder manter sua fachada e não ser perseguido pelos agentes do Bureau do
Destino, ele adotou como “laranja”, a filha de seu mais notório rival. Juntos, eles montaram
um grande esquema de propina que funciona para ambos os lados.

A jovem Sangue de Deus conhecida como Ruiva Bonie, ou Ruiva Ossuda, é uma pirata
feroz, que trabalha para e contra a Guilda, dependendo do interesse e do bolso de diversos
príncipes mercantes. Seu empregador mais frequente, de acordo com os registros oficiais,
apenas para serviços de proteção, é claro, é ninguém menos que o Príncipe Mercante Luminar
Esmeralda. Ela é tida como uma excelente piloto de navios e uma feroz saqueadora. Sua beleza
é também lendária.

Ele oferece para ela proteção em suas águas quando ela estiver praticando seu
passatempo favorito, a pirataria, e ao mesmo tempo ele fornece um salário fixo a ela, e a arma
com as melhores armas que possuir. Enquanto isso, ela recebe a adoração indevida que ele
tanto almeja, mas que ela não sabe como trabalha-la corretamente, e por ser meio mortal, ela
tem o direito de interferir diretamente na Criação, sem levantar grandes perguntas sobre o seu
empregador, principalmente porque todos irão suspeitar que ele de seu pai, antes de Baiaku.
Anos e anos de adoração indevida, tornaram Baiaku uma criatura perigosa. Ele
controla muito mais poder do que seu status divino lhe permite, e intimida diversos deuses
menores a fazerem seu trabalho sujo, principalmente os deuses de rio menores que o Yanaze.
A seu serviço ele possui diversos elementais, filhos de entidades espirituais, e todos os animais
que vivem em seu domínio. Hoje em dia poucos heróis tem a coragem de enfrentar Baiaku, de
qualquer forma que seja, por medo da retaliação.

O único defeito conhecido do Rei das Águas Marrons é o seu apetite insaciável por
poder. Sua maior ambição atual é na verdade fruto de um efeito colateral que ele não havia
previsto de suas manobras políticas. Ao transformar o deus da Pirataria Fluvial do Leste em seu
principal rival, e principal suspeito do esquema de corrupção que ali surge, ele aumentou o
poder e a fama do mesmo. Ele logo percebeu quão rentável e útil era o seu domínio, e agora
ele o cobiça para si. Infelizmente, ele não sabe como tomar o seu lugar sem colocar em risco
toda a sua operação.

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Baiaku é na verdade algo muito pior que um deus corrupto, ele é na verdade um
Deus Proibido que deseja instituir seu domínio sobre todo o Leste.
A riqueza do Rei das Águas Marrons é muito conhecida, mas se suspeita que ela é
muito maior do que ele demonstra, possuindo diversos itens e artefatos da Primeira Era
que ficaram no fundo do rio depois da morte de seus donos.
Baiaku e Ruiva Bonie são mais que parceiros, eles são amantes. Ele deseja a todo
custo que ela assuma o lugar de seu pai como deusa da Pirataria sobre as Águas Marrons.
Baiaku em todo o seu cuidado de não deixar rastros de sua corrupção, cometeu
um único erro. Ele se deitou com uma concubina charlatã que roubou sua semente e
engravidou dele. Hoje ele é atormentado pela ideia de ter uma cria divina andando pela
Criação, que pode a qualquer momento colocar seus planos em risco.
Baiaku possui sim um filho mortal, mas ao invés de temê-lo, ele o mantém em
segredo por puro amor, sendo essa criança seu grande ponto fraco.
Mesmo sabendo dos riscos, o Deus do Rio Yanaze foi o primeiro Deus a entrar em
acordo com Thorns, permitindo em adianto a navegação dos barcos necróticos em suas
águas. Ninguém sabe o que ele retiraria desse acordo.
O Rei teria tido um motivo muito mais mundano para abandonar seu posto de
deus celeste. Baiaku é viciado nos prazeres da carne, e esse seria o caminho mais fácil de
se conseguir seus favores. Sejam drogas, homens, mulheres, bebidas ou comidas.

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