Bem-Vindos ao Extremo Norte
O norte da Espinha do Mundo e o oeste da imponente Geleira Reghed
é uma extensão frígida pouco ousada em ser explorada, isolada sem
habitantes. Essa terra gélida de tundra ventosa recentemente ficou
confinada num inverno obscuro e perpétuo sem trégua. Auril a
Donzela Gélida, a incorporação divina da fúria do inverno, retirou-se a
esse canto frio do mundo para viver entre os mortais. Além disso, ela
conjurou uma terrível magia sobre o Vale do Vento Gélido, em
detrimento de muitos dos seus habitantes.
A cada noite antes da meia-noite, Auril se dirige aos céus nas costas de
um roc branco e tece a magia dela, a qual se manifesta como uma
cortina cintilante de luz – uma bela aurora que ilumina o céu noturno
e se esvai antes do amanhecer. Essa mágica poderosa impede o sol do
próximo dia de se elevar acima do horizonte, transformando o meio-
dia num crepúsculo e prendendo o Vale do Vento Gélido no abraço
obscuro do inverno, sem nenhuma luz solar ou calor para derreter a
neve e o gelo. Cada conjuração da magia deixa a Donzela Gélida
enfraquecida, com apenas o bastante de poder divino restante para
barrar a passagem das montanhas com nevascas e agitar o Mar do Gelo
em Movimento com ventos severos. Tais medidas desencorajam os
viajantes de se aproximarem ou deixarem o Vale do Vento Gélido, além
de isolar a região. O Vale do Vento Gélido assim tem estado preso numa
realidade diferente do resto do mundo, pois embora o sol nunca se
eleve pelo vale, ele continua a se elevar em todos os outros lugares.
As pessoas do Vale do Vento Gélido conhecem a ira de Auril quando
eles a sentem, e eles têm um nome para o inverno interminável que ela
os aflige. Eles o chamam de Geada Eterna. Ninguém compreende por
que a Donzela Gélida impôs sua vontade dessa forma ou por que os
outros deuses se recusam a desafiá-la. Esse inverno prolongado, o qual
perdura há mais de dois anos, ameaça a condenar não apenas as luzes
tremeluzentes de civilização conhecidas como as Dez Cidades, mas
também a flora e fauna indígena que precisa da luz solar e da mudança
de estações para sobreviver.
Nem todas as criaturas estão desencorajadas pelo que aconteceu ao
norte da Espinha do Mundo. As noites longas e os dias sem sol são uma
bênção para Xardorok Sunblight, um duergar que há muito criou um
domínio para si mesmo na superfície e escravizou as pessoas das Dez
Cidades no processo. Ele já se aproveitou da mágica de Auril e ergueu
uma fortaleza em meio às sombras obscuras das montanhas. De lá,
seus lacaios saem pela tundra em busca do chardalyn – uma substância
cristalina conhecida por existir apenas no Vale do Vento Gélido. Assim
que ele reunir o bastante dela, Xardorok planeja construir um dragão
de chardalyn e liberá-lo sobre as Dez Cidades.
Apesar das nevascas e outras intimidações de Auril, os visitantes ainda
vem e vão. Dentre os recém-chegados estão quatro magos da
Irmandade Arcana, uma sociedade poderosa de conjuradores sediada
em Luskan. Eles vieram atrás dos rumores de uma cidade perdida
enterrada sobre a Geleira Reghed – um fragmento do há muito
desaparecido Império de Netheril, cujos magos portavam mágicas que
aterrorizavam os deuses. A mágica netherense tem um modo de atrair
magos com sede de poder, como frequentemente o são os membros da
Irmandade Arcana. As cidades de Netheril flutuavam dentre as nuvens,
fazendo delas quase impenetráveis à invasão por séculos. Então, há
aproximadamente duzentos anos, essa cidade flutuante despedaçou-
se durante a queda do império, e ninguém a encontrou ou explorou
desde então. Ela é, alegadamente, o maior segredo do Vale do Vento
Gélido – uma necrópole de magos netherenses e a mágica que eles
deixaram para trás. O que sobreviveu da quebra é a dúvida de
qualquer um, mas nós estamos prestes a descobrir!
Sobre Este Livro
Vale do Vento Gélido: Geada da Donzela Gélida é uma aventura de
Dungeons & Dragons otimizada para quatro a seis personagens. Os
personagens dos jogadores são os heróis da história; esse livro
descreve os vilões e monstros que os heróis devem superar e os locais
que eles devem explorar para trazer a aventura a uma conclusão bem-
sucedida.
Esse livro apresenta o Vale do Vento Gélido como um cenário de
campanha contido em si no qual você pode basear aventuras próprias.
Todos os detalhes pertinentes sobre o cenários estão abrangidos aqui,
com espaço deixado para adicionar novos locais e violões do seu
próprio projeto.
Dezenas e Cômputo dos Vales
No cenário dos Reinos Esquecidos, uma semana tem dez dias e é
referida como uma dezena. Há três dezenas por mês e doze meses num
ano. Para mais informações sobre o calendário dos Reinos Esquecidos,
veja o quadro lateral “O Calendário de Harptos” no Guia do Mestre.
O Cômputo dos Vales (CV) é a medida do ano mais comum. Essa
aventura se presume como sendo ambientada no inverno de 1.489 CV
ou posterior. A data exata não é importante. Os acontecimentos nesse
livro ocorrem a mais de um século após os eventos narrados no
romance de R.A. Salvatore A Estilha de Cristal, o qual introduziu o herói
drow Drizzt Do’Urden ao povo destemido do Vale do Vento Gélido.
Sumário da Aventura
Um déspota duergar forjando um dragão de chardalyn. Uma cidade
perdida de magia sepultada numa geleira. Uma agrestia gélida presa
ao controle de Auril. Esses três elementos da trama, entrelaçados,
formam essa aventura.
O Déspota Duergar
Os nômades Reghed que vagueiam pela tundra e os habitantes das Dez
Cidades que mantêm a civilização viva estão tão preocupados com a
sobrevivência do dia-a-dia que eles tipicamente prestam pouca
atenção às forças do mal se reunindo nos arredores do Vale do Vento
Gélido. Os aventureiros são bem melhor equipados para lidarem com
tais ameaças, particularmente em pleno inverno.
Um recém-chegado na área é Xardorok Sunblight, um bruxo duergar
originalmente do Subterrâneo. Sua patrona, Duerra das Profundezas,
incitou Xardorok a satisfazer seu destino e se tornar o primeiro
duergar a governar um reino na superfície. O Vale do Vento Gélido é
frio, escuro, e impiedosamente cruel – o reino perfeito para Xardorok
reivindicar como déspota. Sem Xardorok saber, no entanto, não é
Duerra das Profundezas que guia suas ações, mas sim o arquidiabo
Asmodeus no disfarce de Duerra das Profundezas. Em Xardorok, o
Lorde dos Nove Infernos encontrou um tirano subalterno e ávido.
Para alcançar o objetivo dele, Xardorok está ocupando a terra em
busca de chardalyn, o qual ele está forjando num dragão que ele vai
enviar para destruir as Dez Cidades. Os filhos dele, Durth e Nildar,
lideram equipes de duergar em missões para trazer mais desse cristal
enegrecido para o pai despótico e ávido.
Chardalyn
Há mais de cem anos antes dessa aventura, um mago chamado Akar
Kessel encontrou um artefato impregnado de magia demoníaca
chamado Crenshinibon (mais conhecido como a Estilha de Cristal) e o
usou para emergir uma grande torre negra no Vale do Vento Gélido.
Quando essa torre foi destruída, a magia usada para cria-la se fundiu
com o gelo ao redor para formar o que é hoje conhecido como
chardalyn: uma substância cristalina e não-mágica tão forte quanto o
metal, embora consideravelmente mais fácil de se trabalhar do que o
aço. Com o passar dos anos, mais depósitos de chardalyn foram
encontrados pelo Vale do Vento Gélido. Tal como a Estilha de Cristal,
esses depósitos tendem a estar impregnados de magia demoníaca.
Contato prolongado com chardalyn que estiver impregnado com
magia demoníaca pode deformar a mente de uma criatura, causando
loucura que usualmente se esvai uma vez que o contato for quebrado.
Chardalyn é frio ao toque e prontamente aceita encantamento mágico,
tornando-o uma substância ideal para varinhas, cajados, e outros itens
mágicos. Um objeto de chardalyn impregnado com a magia dos Planos
Superiores é considerado um objeto consagrado, enquanto que um
objeto de chardalyn impregnado com a magia dos Planos Inferiores é
considerado um objeto profanado; ambos podem ser identificados
como tal usando uma magia detectar o mal e o bem ou mágica similar.
Muito antes de Akar Kessel deixar sua marca no Vale do Vento Gélido,
os magos netherenses criaram seu próprio chardalyn. Muitos itens
feitos desse cristal escuro podem ser encontrados nas ruinas dos
antigos enclaves netherenses.
Necrópole Netherense
Os magos da finda Netheril portavam magia que capaz de remoldar o
mundo. Eles usaram tal magia para construir cidades nos céus. A
cidade de Ythryn foi uma dessas maravilhas. Ela se partiu há muito
tempo, mas ainda existe, enterrada sob a Geleira Reghed na borda leste
do Vale do Vento Gélido.
Essa necrópole gélida abriga os restos de alguns dos mais poderosos
conjuradores da história dos Reinos, incluindo um demilich
netherense. Ela também contém um mythallar (descrito no Apêndice
D), um item mágico que pode construir uma cidade inteira no ar e
alterar o clima num raio de 75km. Os personagens podem usar esse
dispositivo para neutralizar a magia de Auril e libertar o Vale do Vento
Gélido da Geada Eterna dela.
Quatro membros da Irmandade Arcana (uma cabala de magos que
agem como pistoleiros do Faroeste) vieram ao Vale do Vento Gélido
em busca do enclave netherense perdido, na esperança de desenterrar
seus segredos. Se os personagens vão escolher ajudar ou se opor a
esses magos, isso cabe a eles, mas uma coisa é certa: a Irmandade
Arcana não vai deixar um bando de aventureiros se colocarem entre
eles e a magia que espera para ser encontrada na ruina sepulcral e
perdida.
A Geada Eterna de Auril
A decisão de Auril de viver entre os mortais é explicada no apêndice C.
O que os personagens descobrem no curso da aventura é que ela está
infeliz e almeja o isolamento. A missão noturna dela de manter o sol
longe vem de uma necessidade de preservar a beleza das coisas ao
congelá-las. Não há nenhuma maneira de ponderar com um ser tão
desolado de compaixão quanto Auril, mas em seu estado enfraquecido,
ela pode ser derrotada ou forçada a avaliar sua cruel indiferença
perante a vida.
Qualquer um que espere chegar à cidade netherense enterrada no gelo
deve antes visitar a ilha de Auril e obter O Codicilo Branco, um livro
compilado pelos seguidores mais ardentes da Donzela Gélida. O tomo
contém um encantamento mágico escrito como um poema. Esse
poema tem o poder de quebrar a Geleira Reghed, abrindo um caminho
da superfície à cidade netherense enterrada de Ythryn.
Outras Missões
Os capítulos 1 e 2 são estruturados em torno de missões, algumas das
quais tocam os arcos maiores da história da aventura, enquanto as
outras meramente demonstram outros aspectos interessantes do
cenário.
No capítulo 1, os aventureiros empreendem missões que os levam de
um assentamento nas Dez Cidades a um outro. Cada cidade tem um
problema, e os aventureiros recebem recompensas pela ajuda.
No capítulo 2, rumores incitam os aventureiros a deixarem o conforto
frio das Dez Cidades para explorarem a periferia do Vale do Vento
Gélido, onde o perigo se encontra.
Rodando a Aventura
Para rodar a aventura, você precisa dos livros principais da quinta
edição (Livro do Jogador, Guia do Mestre, e Manual dos Monstros).
O texto que aparece numa caixa como essa é para ser lido em voz
alta ou parafraseado para os jogadores quando os personagens
deles chegarem pela primeira vez num local ou sob uma
circunstância específica, conforme descrito no texto.
O Manual dos Monstros contém as fichas para muitas das criaturas
encontradas nessa aventura. As demais podem ser encontradas no
apêndice C.
Quando o nome de uma criatura aparecer no tipo negrito, isso é uma
dica visual lhe apontando para a ficha dela, como uma maneira de
dizer “Ei, DM, é melhor você pegar a ficha da criatura. Você vai precisar
dela”. Se a ficha aparecer no apêndice C dessa aventura, o texto vai lhe
dizer; do contrário, você pode encontrar a ficha no Manual dos
Monstros.
Magias e equipamentos mencionados na aventura estão descritos no
Livro do Jogador. Itens mágicos estão descritos no Guia do Mestre, a
menos que o texto da aventura o direcione à descrição de um item no
apêndice D.
Usando os Mapas
Esse livro contém um número de mapas de interior e um mapa poster
desdobrável dupla-face. Esses elementos são melhor descritos abaixo.
Mapas de Interior
Os mapas que aparecem nesse livro são para os olhos do DM apenas.
Conforme os personagens exploram os locais de um dado mapa, você
pode redesenhar porções do mapa no papel gráfico, numa quadro
apagável, ou noutra superfície para ajudar os seus jogadores a
visualizarem os locais que possam ter formatos e características
incomuns. Seus mapas desenhados a mão não precisam ser fidedignos
aos originais, e você pode alterar as características de um mapa
conforme achar adequado. Tampouco seus mapas precisam ser
meticulosamente representados. Você pode omitir detalhes que não
são prontamente visíveis (como portas secretas e outras
características ocultas) até os personagens estarem aptos a detectar
ou interagir com elas.
Declives e Escadarias. Em todos os mapas de interior, uma seta num
declive ou escadaria sempre aponta na direção de subida.
Mapa Poster
O mapa poster dupla-face é para ser compartilhado com os jogadores.
Um lado do mapa poster mostra Vale do Vento Gélido, incluindo as Dez
Cidades e outros pontos e características da região que são de
conhecimento comum. O lado reverso possui mapas amistosos aos
jogadores dos dez assentamentos que compõem as Dez Cidades, com
locais proeminentes mais à mostra em cada cidade para o benefício
dos jogadores.
Horror no Extremo Norte
Partes dessa aventura simula cenas de um filme de terror. Como DM,
você precisa manejar a responsabilidade do horror. Embora os
eventos da aventura devam fazer os personagens se sentirem
estressados e ansiosos, seus jogadores devem estar relaxados e se
divertindo. Antes de rodar a aventura, tenha uma conversa sincera
fora do jogo com os seus jogadores sobre os limites duros e leves em
que tópicos podem ser abordados em jogo. Seus jogadores podem ter
fobias e gatilhos que você pode não estar ciente. Qualquer tópico ou
tema que faça um jogador se sentir inseguro deve ser evitado. Se um
tópico ou tema deixar um ou mais jogadores nervosos, mas eles lhe
derem o consentimento de inclui-lo no jogo, incorpore-os com
cuidado. Esteja pronto para seguir adiante desses tópicos e temas o
mais rápido, no entanto.
Os Reinos Esquecidos
O mundo dos Reinos Esquecidos é um de alta fantasia, povoado por
elfos, anões, halflings, humanos, e outros povos. Nos Reinos, os
cavaleiros ousam procurar por criptas dos reis anões caídos de
Delzoun, em busca de glória e tesouro. Ladinos rondam os becos
obscuros de cidades grandes como Inverno Remoto e Portão de
Baldur. Os clérigos portam maça e magia a serviço de seus deuses, se
envolvendo em missões contra poderes aterrorizantes que ameaçam
a terra. Os magos pilham as ruinas do império netherense caído,
explorando os segredos obscuros demais para a luz do dia. Os bardos
cantam sobre reis, rainhas, tiranos, e heróis que morreram há muito
tempo.
Nas estradas e rios dos Reinos viajam menestréis e mascates,
mercadores e guardas, soldados e velejadores. Aventureiros sem
compaixão das fazendas do interior e vilas dormentes seguem contos
que os levam a lugares distantes, gloriosos e estranhos. Bons mapas e
trilhas abertas podem conduzir até mesmo um jovem inexperiente aos
sonhos de glória nos confins do mundo, mas esses caminhos nunca são
seguros. Magia caída e monstros mortais estão entre os perigos que
eles encaram ao viajar nos Reinos. Mesmo as fazendas e as
propriedades livres a um dia de caminhada de uma cidade podem ser
atacadas por monstros, e nenhum lugar é seguro da ira repentina de
um dragão.
O Vale do Vento Gélido, que aparece nessa aventura, está localizado
numa região chamada de Extremo Norte, a qual é dominada pela
Espinha do Mundo, uma extensão de picos altos e cobertos de neve.
Eles se estendem em direção à Costa da Espada, a qual forma a borda
oeste do grande continente de Faerûn e se estende a sul por milhares
de quilômetros. Navios e estradas conduzem os viajantes ao sul para
um número de cidades portuárias movimentadas ao longo da Costa da
Espada, incluindo as seguintes fortalezas de civilização:
• Luskan, a Cidade das Velas, é o lar de piratas, bem como da Torre
Hospedeira dos Arcanos (a sede da Irmandade Arcana, a qual é
descrita no apêndice C).
• Inverno Remoto, a Cidade das Mãos Habilidosas, está sendo
lentamente reconstruída após ela ter sido quase totalmente destruída
pela erupção do Monte Hotenow.
• Águas Profundas, a Cidade dos Esplendores, é uma metrópole
costeira onde as pessoas de todos os estilos de vida se reúnem dentro
das altas muralhas.
Fluxo da Aventura
O fluxograma de acompanhamento da aventura visualiza o fluxo da
narrativa da aventura, o qual inclui capítulos que focam nos pontos de
interesse (capítulos 1 e 2) e capítulos que focam na trama (capítulos
de 3 a 7).
O capítulo 1 introduz missões que incitam os personagens a
explorarem as Dez Cidades, com uma missão adicional esperando por
eles em cada cidade que visitarem. Essas missões levam cada uma não
mais que uma ou duas sessões de jogo para serem completadas.
O capítulo 2 descreve vários locais de interesse nos arredores do Vale
do Vento Gélido, incluindo algumas ameaças futuras às Dez Cidades.
Os personagens são atraídos a esses locais por rumores ou missões.
Esses locais são auxiliares à história principal, mas ajudam a trazer a
terra severa do Vale do Vento Gélido à vida.
A aventura se inicia de fato com o capítulo 3, conforme os personagens
tentam desafiar Xardorok Sunblight em seu covil. O capítulo 3
descreve a fortaleza do duergar. Infelizmente, os personagens chegam
tarde demais para pará-lo na liberação de um dragão feito de
chardalyn. Os personagens encaram uma difícil escolha: continuar
atormentando a fortaleza do Xardorok ou retornar às Dez Cidades
para lutar contra o dragão.
A batalha contra o dragão do Xardorok forma o ponto crucial do
capítulo 4. Uma vez que o dragão é uma ameaça móvel, os personagens
podem ter de encará-lo mais de uma vez à medida em que ele devasta
um assentamento após o outro. As Dez Cidades não têm esperanças de
derrotar o dragão por conta própria, então aqui está uma chance para
os personagens se tornarem verdadeiros heróis do Vale do Vento
Gélido. Conforme eles batalham com o dragão, os personagens são
ajudados por uma necromante chamada Vellynne Harpell, que os
auxilia a guia-los em direção à descoberta de um enclave netherense
perdido e sepultado na Geleira Reghed.
No capítulo 5, Vellynne pede aos personagens para acompanha-la à
ilha de Auril no Mar do Gelo em Movimento a fim de recuperar dois
itens: um orbe roubado por um rival e um livro intitulado O Codicilo
Branco. O orbe tem propriedades mágicas úteis, enquanto que o livro
contém um poema mágico que pode criar uma passagem pela Geleira
Reghed.
O capítulo 6 descreve as Cavernas da Fome, uma rede de túneis e
cavernas de gelo no interior da própria Geleira Reghed. Os
personagens devem navegar nessas passagens traiçoeiras para
chegarem à cidade netherense congelada, a qual é descrita no capítulo
7. A exploração do grupo é interrompida por um vilão tiefling albino
que quer todos os segredos mágicos da cidade para si.
Fluxograma da Aventura
Capítulo 1: Dez Cidades
Para personagens de nível 1 a 4
As missões da aventura incitam nossos intrépidos heróis a visitarem
muitos assentamentos das Dez Cidades e darem uma mãozinha.
Capítulo 2: Vale do Vento Gélido
Para personagens de nível 4 ou maior
Altos contos levam os personagens a se aventurarem em locais nos
arredores do Vale do Vento Gélido.
Capítulo 3: Sunblight
Para personagens de nível 4 ou 5
Um tirano duergar está construindo um dragão de chardalyn para
destruir as Dez Cidades. Os personagens descobrem sobre esse plano
e tentam frustrá-lo.
Capítulo 4: Luz da Destruição
Para personagens de nível 6
Após Xardorok Sunblight liberar seu dragão, os personagens devem
pará-lo antes de ele destruir as Dez Cidades.
Capítulo 5: A Morada de Auril
Para personagens de nível 7
Os personagens viajam à ilha frígida do Solstício em busca de um orbe
perdido, um livro, e talvez a própria Donzela Gélida.
Capítulo 6: Cavernas da Fome
Para personagens de nível 8
Munidos da “Geada da Donzela Gélida”, os personagens quebram a
Geleira Reghed, abrindo uma masmorra de gelo.
Capítulo 7: Perdição de Ythryn
Para personagens de nível 9 ou maior
Após sobreviverem às Cavernas da Fome, os personagens entram na
necrópole de Ythryn em busca da antiga magia netherense.
Dissecando a Aventura
Você pode dissecar essa aventura e usar pedaços dela em vez da coisa
toda. Nada nessa aventura é sagrado demais para ser adulterado e
redirecionado para servir às suas próprias necessidades.
Muitos dos locais descritos nesse livro podem ser usados como pontos
de aventura isolados. Com um pouco de esforço e um pouco de
mudanças de nomes, você pode levar os locais dessa aventura para
fora do Vale do Vento Gélido e transplantá-los em outros mundos de
campanha, incluindo o seu próprio.
Pegue a fortaleza duergar do capítulo 3, por exemplo. Você poderia
ambientar a fortaleza nas Montanhas Yatil de Oerth, nas Montanhas da
Raiz de Ferro de Khorvaire, nos Alpes Flotket de Wildemount, ou
alguma outra extensão de montanha desde que preservando os
elementos da trama. Você pode também retirar a história sobre um
duergar maligno construindo um constructo dragão e colocar o
duergar fazendo alguma outra coisa no lugar. Alternativamente, você
poderia se livrar de tudo exceto o mapa da fortaleza, povoando-o com
novas criaturas que melhor se adequarem à sua campanha. Às vezes
um bom mapa é tudo o que um DM precisa!
Rodando NPCs Membros do Grupo
Personagens que não são dos jogadores (NPCs) são normalmente
controlados pelo DM. No entanto, há momentos nessa aventura em
que um NPC amistoso pode se juntar ao grupo por uma ou mais
sessões de jogo. Se a interpretação desse NPC se tornar uma
sobrecarga a você, veja se um dos seus jogadores está disposto a rodar
o NPC como um personagem secundário.
Se um jogador concordar em assumir o controle de um NPC amistoso,
dê a esse jogador uma cópia da ficha do NPC, junto de quaisquer notas
de interpretação que você considere importante, e alerte o jogador que
você pode reaver a custódia do NPC em algum ponto futuro. Conforme
a aventura progride, pode se tornar aparente que o jogador é inapto a
manejar o NPC efetivamente, ou você pode precisar de mais influência
sobre as ações e comportamento do NPC. Qualquer cenário justifica
você reassumir o controle do NPC.
Sobrevivência no Meio Selvagem
As regras a seguir vêm à tona à medida em que os personagens
exploram as Dez Cidades e embarcam em aventuras nos limites
infernalmente frios, ventosos e gélidos do Vale do Vento Gélido.
Avalanches
As seguintes regras podem ser usadas para deslizamentos de rocha,
bem como avalanches.
Uma avalanche é uma massa de neve e detritos caindo rapidamente da
encosta de uma montanha. Uma avalanche típica tem 90m de largura,
45m de comprimento, e 9m de espessura. Criaturas no caminho de
uma avalanche podem evita-la ou escapar dela se estiverem próximas
à borda dela, mas ultrapassar uma é quase impossível.
Quando uma avalanche ocorrer, todas as criaturas próximas devem
rolar a iniciativa. Duas vezes em cada rodada, na contagem de
iniciativa 10 e 0, a avalanche percorre 90m até ela não poder mais
percorrer. Quando uma avalanche se mover, qualquer criatura no
espaço dela se move junto com ela e fica caída, e a criatura deve fazer
um TR For CD 15, sofrendo 1d10 dano contusivo numa falha, ou
metade desse dano num sucesso.
Quando uma avalanche parar, a neve se assenta e enterra as criaturas
nela. Uma criatura enterrada dessa forma fica cega e impedida e tem
cobertura total. A criatura ganha um nível de exaustão a cada 5
minutos que ficar enterrada na neve. Ela pode tentar cavar para se
libertar com uma ação, rompendo a superfície e encerrando as
condições cego e impedido em si com um teste bem-sucedido de Força
(Atletismo) CD 15. Uma criatura que falhar nesse teste três vezes não
pode tentar cavar para se retirar novamente.
Uma criatura que não estiver impedida ou incapacitada pode gastar 1
minuto libertando uma outra criatura enterrada na neve. Uma vez
livre, essa criatura não está mais cega ou impedida pela avalanche.
Nevascas
As nevascas que devastam o Vale do Vento Gélido e atormentam os
viajantes na passagem da montanha são reflexos do isolamento
autoimposto de Auril. Uma nevasca no Vale do Vento Gélido
tipicamente dura 2d4 horas, e sempre que os personagens forem
pegos numa, as seguintes regras se aplicam até ela terminar.
O vento uivante de uma nevasca limita a audição a um alcance de 30m
e impõe desvantagem nas rolagens de ataque armado ranged. Ela
também impõe desvantagem nos testes de Sabedoria (Percepção) que
contarem com a audição. O vento extingue chamas expostas, dispersa
névoa, apaga rastros na neve, e torna o voo por meios não-mágicos
quase impossível. Uma criatura cai no final do turno dela se estiver
voando por meios não-mágicos e não puder planar.
A visibilidade numa nevasca é reduzida a 9m. Criaturas sem óculos ou
outra proteção para os olhos têm desvantagem nos testes de Sabedoria
(Percepção) que contarem com a visão devido à neve soprando.
Qualquer criatura que estiver se concentrando numa magia em uma
nevasca deve passar num TR Cons CD 10 ao final do turno dela ou
perde a concentração dela na magia, a menos que a criatura esteja
abrigada contra os elementos (por exemplo, num iglu).
Desviando do Curso. É fácil desviar para fora do curso enquanto se
viaja por uma nevasca, e é também fácil de os membros do grupos se
separarem uns dos outros, sendo o curso de ação mais sábio ficar
parado e esperar passar a nevasca.
Se os personagens viajarem durante uma nevasca, faça os jogadores
designarem um membro do grupo como o navegador. Ao final de cada
hora de viagem através da nevasca, o DM faz um teste de Sabedoria
(Sobrevivência) CD 15 em nome do navegador. Num sucesso, o grupo
continua no curso. Numa falha, o grupo vaga para fora do curso,
colocando seus membros mais longe do destino deles do que eles
estavam no começo dessa hora. Se o teste falhar por 5 ou mais e os
membros do grupo não estiverem amarrados juntos, um membro do
grupo determinado aleatoriamente fica perdido na nevasca e separado
dos outros. Se o grupo tentar se reunir com o membro deles perdido,
peça aos membros do grupo (incluindo o perdido) para fazerem um
teste em grupo de Sabedoria (Percepção) CD 15 ao final de cada hora.
Se esse teste em grupo tiver sucesso, o membro perdido do grupo é
encontrado, mas nenhum progresso é feito em direção ao destino
pretendido do grupo nessa hora. O teste do grupo pode ser repetido
após cada hora gasta procurando pelo membro perdido do grupo.
Frio Extremo Método de Viagem Distância por Hora
Trenó puxado por cachorros 1,5km
As regras para o frio extremo aparecem no Guia do Mestre, mas estão
A pé, com sapatos de neve 0,7km
repetidas aqui para a sua conveniência.
A pé, sem sapatos de neve 0,3km
Uma criatura exposta ao frio deve passar num TR Cons CD 10 ao final
de cada hora ou ganha um nível de exaustão. Criaturas com resistência
Viagem na Montanha
ou imunidade a dano de frio automaticamente passam no TR, assim
como criaturas vestindo roupas de frio (casacos espessos, luvas, e Navegar a Espinha do Mundo ou os declives do Marco do Kelvin é
semelhantes) e criaturas naturalmente adaptadas a climas frios, tais particularmente árduo em função do terreno montanhoso implacável.
como renas e ursos-corujas da neve. Ao final de cada hora, o personagem ou NPC guiando a expedição deve
fazer um teste de Sabedoria (Sobrevivência) CD 15. Num sucesso, a
Temperaturas. Durante o inverno eterno de Auril, a temperatura
hora da jornada não foi atrapalhada pelo clima ou terreno. Numa falha,
média no Vale do Vento Gélido é de -45 graus Célsius. O vento frio pode
o grupo chega a um obstáculo e deve dar a volta, o que custa uma hora
baixar essas temperaturas em 80 graus.
extra de viagem. Se o teste falhar por 5 ou mais, o grupo é pego numa
avalanche à medida em que retornam. A avalanche começa 2d6 x 30m
Pescar a Truta da Cabeça Achatada
acima dos personagens (veja “Avalanches”).
Para caçar a truta de cabeça achatada nos lagos do Vale do Vento
A tabela abaixo mostra o quão rápido os personagens podem se mover
Gélido, um personagem precisa do kit de pesca e de um barco a remo.
pelas montanhas a pé ou em trenós puxados por cachorros. Mesmo
O primeiro custa 4po (de acordo com o Livro do Jogador), enquanto o
nos melhores casos, uma jornada na montanha demora duas vezes em
último pode ser comprado por 50po ou alugado a 2po por dia. Um
relação a uma com a mesma distância pela tundra.
personagem pode pescar no gelo em vez de num barco, caso no qual
uma serra ou ferramenta similar é necessária para cortar um buraco
Método de Viagem Distância por Hora
de pesca pelo gelo.
Trenó puxado por cachorros 0,7km
Ao final de cada hora gasta pescando no largo, o personagem deve A pé, com sapatos de neve 0,3km
fazer um teste de Sabedoria (Sobrevivência) CD 15. Uma falha indica A pé, sem sapatos de neve 0,1km
que nenhum peixe foi pego durante essa hora. Se o teste tiver sucesso,
o personagem engancha uma truta da cabeça achatada (veja apêndice
C) e deve fazer um teste de Força (Atletismo) disputado pelo teste de
Força do peixe para puxá-la para fora da água. A truta tem vantagem
no teste dela. Se o personagem falhar no teste, a truta escapa. Um
personagem que falhar no teste por 5 ou mais deve passar num TR Des
CD 10 ou é puxado para dentro da água frígida (veja “Água Frígida”
abaixo). Um personagem que for puxado para fora da água fica ainda
molhando e pingando, e continua sofrendo os efeitos da água frígida
até as roupas molhadas serem retiradas e substituídas por outras
secas.

Água Gelada

As regras para água gelada aparecem no Guia do Mestre, mas estão

repetidas aqui para a sua conveniência.

Uma criatura pode ser imersa na água gelada por um número de

minutos igual ao valor de Constituição dela antes de sofrer quaisquer
efeitos nocivos. Cada minuto adicional gasto na água gelada requer à
criatura passar num TR Cons CD 10 ou ganha um nível de exaustão.
Criaturas com resistência ou imunidade a dano de frio
automaticamente passar no TR, assim como criaturas que sejam
naturalmente adaptadas a viver na água gelada.

Iluminação

Contanto que a Geada Eterna persista, a luz natural no Vale do Vento

Gélido nunca é mais intensa que a luz fraca. Em condições normais
(sem nevasca), o crepúsculo se estende de 10h às 14h. Do contrário, o
Vale do Vento Gélido fica escuro até a aurora de Auril ou a lua cheia
aparecer no céu noturno.

Viagem por Terra

A maneira mais rápida de viajar pela tundra é por trenó puxado por
cachorros (veja “Andando pelas Dez Cidades”). Mas os cachorros são
caros e requerem comida, água, e abrigo. A menos que eles tenham
mais equipamentos do que conseguem carregar, os aventureiros
fazem bem em viajar a pé.

O deslocamento que os personagens conseguem viajar pela tundra

nevada e áspera do Vale do Vento Gélido é dada na tabela abaixo. A
viagem é menos demorada nas estradas e trilhas nevadas que
conectam os assentamentos das Dez Cidades, conforme abordado no
capítulo 1.

As Dez Cidades
Assim como o famoso drow Drizzt Do’Urden, muitas pessoas que vêm
as Dez Cidades são exilados, fugitivos ou párias em busca de um lugar
em que possam ser toleradas, senão aceitas. Alguns vieram para cá
determinados a fazer suas fortunas. Outros vieram pela solidão ou
para escapar de vista e ficar fora do alcance da lei das cidades
sulistas. Hoje, quatrocentos anos após a formação das Dez Cidades, a
maioria das pessoas está aqui porque nasceram, cresceram e
esperam morrer aqui. São pescadores, madeireiros, mineiros,
caçadores, armadilheiros, peleiros e comerciantes acostumados ao
clima rigoroso, às viagens lentas, e ao isolamento. Como os líquens
resistentes e as renas destemidas da tundra, os residentes suportam
e fazem o que for necessário para sobreviver.
O Vale do Vento Gélido tem poucas árvores, de modo que a madeira é
extraída das escarpas da Espinha do Mundo ou no interior de Bosque
Só. A pedra das colinas e vales ao redor do Sepulcro de Kelvin
suplementam a madeira como material de construção nas Dez
Cidades. As casas possuem telhados inclinados abruptamente para
impedir que a neve se acumule neles.
As pessoas das Dez Cidades vestem camadas de roupas de lã muitas
vezes cobertas com mantos de pele. Sob essas roupas e mantos
pesados, os residentes se vestem muito parecidos entre si. Em
ambientes abertos, é difícil de distinguir as pessoas das Dez Cidades –
e fácil para monstros espertos se camuflarem em meio a elas.
Rodando Esse Capítulo
Começar com o pé direito é importante. Se você seguir esses passos,
você deve ter tudo sob controle:
• Antes de iniciar a aventura, leia o resto dessa seção e a “Visão Geral
das Dez Cidades” que o segue. Uma descrição de cada cidade aparece
no final desse capítulo, mas você não precisa memorizar todos os dez
assentamentos antes de rodar essa parte da aventura.
• Determine a cidade em que a aventura começa (veja “Cidade Inicial”
abaixo) e leia a descrição desse cidade.
• Assim que os jogadores tiverem seus personagens, antecedentes e
segredos definidos, inicie a aventura ao ler o texto em caixa na seção
“Abertura Fria”.
• Dê aos jogadores uma missão inicial (“Assassino Frio” ou “Espíritos
da Natureza”), ou use a missão que estiver atrelada à cidade de início
da aventura (conforme mostrado na tabela abaixo).
• Sempre que os personagens chegarem numa outra cidade pela
primeira vez, reveja a descrição resumida desse cidade e dê aos
personagens a missão atrelada a esse assentamento (conforme
mostrado na tabela abaixo).
Cidade Inicial
Escolha uma das Dez Cidades como ponto de partida para a aventura.
Não importa qual, selecione a sua favorita ou role aleatoriamente
usando a tabela acima. Se você não conseguir se decidir e não quiser
deixar isso ao acaso, escolha Bryn Shander; é o assentamento mais
cosmopolita no Vale do Vento Gélido, e ele tem todas as amenidades
que um grupo novato de aventureiros poderia esperar.
As Missões das Dez Cidades
Esse capítulo apresenta duas missões iniciais (“Assassino Frio” e
“Espíritos da Natureza”) que os personagens podem ter no início da
aventura, não importando qual cidade vai servir de ponto de partida
deles. Cada cidade tem sua própria missão também, conforme
descrito na tabela acima. Assim que você escolher uma missão inicial,
a outra se inutiliza. “Assassino Frio” tem potencial para o combate,
enquanto que os “Espíritos da Natureza” apresenta uma missão
divertida sem perigo.
As missões nesse capítulo são projetadas para os personagens
explorarem as Dez Cidades e o meio selvagem nas proximidades,
enquanto as missões que os levam nos limites mais longínquos do
Vale do Vento Gélido são reservadas para o capítulo 2. Cabe aos
jogadores completar uma missão em particular ou não; a aventura
não assume que eles tenham completado todas elas, mas completar
ao menos cinco dessas missões avança os personagens para o nível 4.
d10 | Cidade. Missão Inicial da Cidade.
1 | Bremen. “Monstro do Lago”, na qual os personagens caçam um
monstro que está aterrorizando os pescadores de Bremen.
2 | Bryn Shander. “Canecas Espumantes”, na qual os personagens
buscam por um suprimento de lingotes de ferro desaparecido.
3 | Cidadela Dineval. “Espadas Negras”, na qual os personagens
confrontam cultistas adoradores do diabo num castelo ao topo do
penhasco.
4 | Cidadela Konig. “Os Invisíveis”, na qual os personagens
solucionam o mistério por trás de um número de ladrões
pequenos.
5 | Toca do Dougan. “Metendo-se na Toca”, na qual os
personagens cruzam os caminhos de um par de lobos invernais e
resgatam dois jovens desaparecidos.
6 | Angraleste. “Trabalho Pesado e Problemas”, na qual os
personagens buscam pelos pescadores desaparecidos no covil de
uma bruxa.
7 | Bom Prado. “O Hidromel deve Fluir”, na qual os personagens
recuperam vários barris roubados de hidromel.
8 | Bosque Só. “O Alce Branco”, na qual os personagens caçam um
alce branco maligno que está aterrorizando os caçadores e
madeireiros locais.
9 | Targos. “Escalada de Montanha”, na qual os personagens
buscam por uma expedição que ficou desaparecida nas escarpas
em Sepulcro do Kelvin.
10 | Termalaine. “Uma Bela Mina”, na qual os personagens vão
procurar por problemas numa mina de gemas das proximidades.
Reputação nas Dez Cidades
Assim que os personagens completarem as missões desse capítulo, a
reputação deles nas Dez Cidades começa a se espalhar. Bem ou mal,
eles se tornam conhecidos perante as pessoas das Dez Cidades –
algumas das quais os tratam como salvadores, enquanto outras
temem sua ousadia, invejam seu poder ou cobiçam a riqueza que eles
acumularam. A fama no Vale do Vento Gélido é sempre uma lâmina
de dois gumes.
A reputação do grupo de aventura nas Dez Cidades aumenta
conforme os personagens ganham níveis, com os seguintes
resultados:
• Quando os personagens alcançarem o nível 3, eles começam a
conquistar uma medida saudável de respeito dos moradores das Dez
Cidades que souberem de suas façanhas.
• Quando os personagens alcançarem o nível 4, eles recebem as boas-
vindas de um herói nas cidades que eles ajudaram, mas são friamente
recepcionados nas cidades que eles ignoraram. Eles também
descobrem novas oportunidades de aventura fora das Dez Cidades,
conforme descritas no capítulo 2.
Rumores das Dez Cidades
Se os personagens completarem a missão de uma cidade e não
estiverem cientes do que vem depois, informe aos jogadores que seus
personagens ouviram rumores de problemas numa cidade vizinha, e
então role na tabela abaixo para determinar o que eles ouviram. Role
novamente se os personagens já tiverem completado a missão
associada a esse cidade.
d10 | Rumor.
1 | Em Bremen, os pescadores estão sendo aterrorizados por um
monstro que vive em Maer Dualdon. Estranho que nenhuma das
outras cidades nesse lago tenha sido abordada pelo monstro.
2 | Em Bryn Shander, alguns anões vão pagar um bom dinheiro a
qualquer um que puder encontrar uma remessa perdida por eles.
3 | Em Cidadela Dineval, ninguém tem visto o orador do cidade
por um bom tempo. Os moradores locais dizem que o Orador
Crannoc ficou doente, mas figuras sinistras foram vistas entrando
e saindo do castelo em horários estranhos.
4 | Em Cidadela Konig, os estabelecimentos locais são assaltados
por vândalos e ladrões que se escondem a ponto de não serem
vistos. O orador do cidade, um draconato chamado Trovus,
realmente precisa de uma ajuda para pegar os intrusos.
5 | Em Toca do Dougan, as pessoas vivem com medo dos lobos
invernais que assombram as cercanias do cidade. Tão grandes
quanto cavalos, eles são mais espertos que os lobos normais.
6 | Em Angraleste, eles pegaram um mago maligno que matou
alguns aventureiros. A milícia local planeja incendiar o mago
numa estaca. Eu ouvi que o capitão da guarda está procurando
aventureiros para ajudar com uma outra tarefa que pode ou não
estar relacionada.
7 | Em Bom Prado, o orador da cidade foi recentemente morto por
um gigante com 2,7m de altura. Há rumores de que o gigante
roubou uma remessa de hidromel, sem a qual um punhado de
tavernas nas Dez Cidades podem secar!
8 | Em Bosque Só, cuidado com o alce branco terrível! Ele ataca
madeireiros e armadilheiros à vista, e os melhores caçadores da
cidade parecem não conseguir pegar ou matar a besta. Eles
podem estar provavelmente precisando de uma ajuda.
9 | Em Targos, um bando de aventureiros está planejando uma
expedição ao lado do Sepulcro de Kelvin, na esperança de
encontrar Oyaminartok, um licantropo golias que pode se
transformar num urso polar. Se vocês forem rápidos, vocês
podem se juntar à expedição!
10 | Em Termalaine, o Orador Masthew fechou uma das minas de
gemas mais lucrativas do cidade. Aparentemente, uma gangue de
kobolds se enfiou na mina e colocaram em apuros alguns
mineiros. Qualquer um que limpar a mina pode esperar uma boa
recompensa.
Avanço dos Personagens
Nesse capítulo, o avanço de nível é manejado da seguinte forma:
• Os personagens avançam ao nível 2 após completar a primeira
missão deles desse capítulo.
• Eles avançam ao nível 3 após completar três missões desse capítulo
e avançam ao nível 4 após completarem cinco missões desse capítulo.
Assim que os personagens chegarem no nível 4, eles não ganham
mais níveis ao completar as missões desse capítulo. Mesmo assim,
completar mais que o número requerido de missões pode aprimorar
a posição deles nas Dez Cidades (veja “Reputação nas Dez Cidades”),
além de coletarem outras recompensas.
Visão Geral das Dez Cidades
As Dez Cidades não brotaram da noite pro dia. Isso teve um começo
modesto há quatrocentos anos. Imigrantes de toda a Faerûn vieram
para cá em busca de fugir ou se aventurar e construir um simples
posto de comércio no topo da colina onde Bryn Shander agora se
situa. Um a um, os assentamentos surgiram nas costas do Maer
Dualdon, do Lac Dinneshere e de Aguarrubra. As ameaças sempre
presentes de orcs e outros monstros compeliram as cidades
precariamente defendidas na borda dos lagos a transformarem Bryn
Shander de um modesto posto de comércio no topo da colina numa
cidade murada capaz de defender todos os moradores das Dez
Cidades, se e quando o pior viesse.
Muitas das cidades contêm evidências de culturas imigrantes que as
fundaram. Essa evidência está esculpida em casas, estátuas e outros
objetos. Por exemplo, as esculturas de dinossauro nas construções
antigas de Bom Prado relembram o povo de que muitos dos seus
colonos originais eram chultanos.
Residentes das Dez Cidades tendem a permanecer em ambientes
fechados quando não estão trabalhando, posto que é extremamente
frio do lado de fora, o que dá a cada assentamento um aspecto
lúgubre. Muitas pessoas que se aventuram em ambientes abertos
ficam empacotadas em tanta roupa de frio que são pouco
reconhecíveis, e elas não ficam tempo demais suportando o vento
frio.
A magia de inverno da Auril tem diminuído a população das Dez
Cidades e aumentado rivalidades que fervilham por anos, colocando
as cidades vizinhas umas contra as outras à medida em que a
competição por recursos fica gradativamente intensa. A aliança das
Dez Cidades não vai se sustentar se o tribalismo crescente continuar
a ameaçar o bem comum.
Vida Fora dos Lagos
A maioria das Dez Cidades, exceto Bryn Shander, foi construída nas
bordas de três grandes lagos. A maior população de trutas de cabeça
chata está em Maer Dualdon, o mais fundo dos lagos. Aguarrubra, o
lago mais raso, congela quase inteiramente no inverno, tornando a
pesca lá difícil. O Lac Dinneshere pega o pior dos ventos soprando
para fora da Geleira Reghed a leste e por isso tem as águas mais
severas. As pequenas ventilações térmicas no fundo desses lagos os
impedem de congelar por completo, mesmo nos invernos mais frios.
Os barcos de pesca das Dez Cidades são um tema simples. Os
menores são barcos a remo e esquifes de mastro único que requerem
manejo cuidadoso para evitar a capotagem. Os maiores, barcos de
pesca de dois mastros e barcos a vela com deques únicos, lidam com
o vento e as ondas melhor. Esses barcos brandam bandeiras de suas
cidades e fornecem peixe para toda a comunidade, não apenas para o
pescador individual.
Quando o gelo espesso cobre os lagos, muitos pescadores ficam no
abrigo de suas casas e lareiras, mas a maioria dedicada ou
desesperada corta buracos no gelo e lança suas linhas nos buracos na
tentativa de atrair uma truta faminta.
Equipamento de Sobrevivência ao Inverno
Qualquer item listado no capítulo de equipamento do Livro do
Jogador pode ser trazido para as Dez Cidades, incluindo o kit de pesca
e trenós. Quanto maior for a cidade, maior a probabilidade de ela ter
o item.
A tabela abaixo fornece os custos para as roupas de frio, grampos de
ferro, e botas de neve, os quais podem ser adicionados à lista de
coisas que os personagens podem comprar nas Dez Cidades.
Item Custo Peso
Roupa de frio 10po 2,5kg
Grampos de ferro (2) 2po 0,1kg
Botas de neve 2po 2kg
Roupa de Frio. Esse conjunto consiste de um casaco ou manto
pesado de pele sobre camadas de roupa de lã, bem como um chapéu
ou capuz forrado com pele, óculos e botas e luvas de couro forrado
com pele.
Contanto que as roupas de frio permaneçam secas, seu portador
automaticamente passa nos TRs contra os efeitos do frio extremo.
Grampos de Ferro. O grampo de ferro é uma placa de metal com
cravos que é pregada na sola de uma bota. Uma criatura vestindo os
grampos não cai enquanto estiver se movendo pelo gelo
escorregadio.
Botas de Neve. As botas de neve reduzem a probabilidade de seu
portador ficar entalado na neve profunda.
Andando pelas Dez Cidades
A maioria dos moradores das Dez Cidades viaja de uma cidade a
outra a pé. Aqueles que precisam transportar mais mercadorias do
que conseguem carregar usam trenós de madeira puxados por cães
ou bicos-de-machado domesticados como animais de carga. Tais
veículos podem ser comprados e vendidos em qualquer um dos
assentamentos das Dez Cidades.
Trenós. Um trenó vazio custa 20po, pesa 150kg, e tem lugar na
traseira para um condutor. Um cão de trenó (use a ficha de lobo)
custa 50po e pode puxar 180kg.
Cães de trenó devem fazer um descanso curto após puxar o trenó por
1 hora; do contrário, eles ganham um nível de exaustão.
Bicos-de-Machado. Os dedos espaçados de um bico-de-machado o
permite correr pela neve, e ele pode carregar tanto peso quanto uma
mula. Um bico-de-machado domesticado pode ser comprado nas Dez
Cidades por 50po. Use a ficha de bico-de-machado.
Magia nas Dez Cidades
Os personagens à procura de itens mágicos poderosos ou serviços de
um conjurador de nível alto nas Dez Cidades estão sem sorte. Na
melhor das hipóteses, eles podem encontrar itens mágicos comuns à
venda, ou um druida, sacerdote, ou mago amistoso que pode conjurar
magias em favor deles. Para cada cem pessoas numa cidade, há um
desses indivíduos vivendo entre eles.
Itens mágicos e serviços mágicos disponíveis nas Dez Cidades estão
resumidos abaixo. Se um item ou magia não estiver previsto aqui,
assuma que não há NPC amistoso que possa vende-lo ou conjura-la.
Itens mágicos comuns custam 100po cada, onde eles estiverem
disponíveis, exceto poções comuns (como as poções de cura), que
podem ser obtidas por 50po.
Um conjurador amistoso vai cobrar 25po por uma magia nível 1,
50po por uma magia nível 2 ou 150po por uma magia nível 3, além
do custo de quaisquer componentes materiais gastos.
Avaliação por Flocos de Neve
Esse capítulo usa um sistema de avaliação de até três flocos de neve
para ajudá-lo a rapidamente diferenciar os assentamentos das Dez
Cidades. Cada cidade é avaliada em relação à sua cordialidade, aos
seus serviços oferecidos e ao seu conforto. Quanto mais flocos de
neve, maior é a avaliação.
Cordialidade. Os residentes numa cidade com três flocos de neve são
no geral amistosos e prestativos. Já uma cidade com um floco de neve
é cheia de pessoas antipáticas e imprestáveis. Uma cidade com dois
flocos de neve tem um pouco de ambos.
Serviços. Uma cidade com três flocos de neve é onde os personagens
têm mais chances de encontrar os serviços que precisam. Uma cidade
com dois flocos de neve tem uma seleção bem menor. Os
personagens vão ter problemas em conseguir algum tipo de serviço
numa cidade com um floco de neve.
Conforto. Os personagens podem encontrar comida e bebida
decente, bem como camas quentes, numa cidade com três flocos de
neve. Uma cidade com dois flocos de neve pode ter uma pequena
taverna e uma estalagem com quartos frios para alugar. Uma cidade
com um floco de neve pode ter uma cabana ou sótão frio onde os
personagens podem ficar pela noite e nada mais.
Sacrifícios a Auril
As pessoas desesperadas das Dez Cidades, na esperança de agradar
Auril para que o verão possa retornar ao Vale do Vento Gélido, fazem
sacrifícios à Donzela Gélida nas noites de lua nova. Essa é uma prática
que começou há pouco menos de um ano, quando ficou claro que
Auril estava zangada e o verão não retornaria mais em curto prazo.
Os oradores das cidades (veja “Conselho dos Oradores”)
concordaram unanimemente em apoiar essas práticas, as quais eles
consideram males necessários, mas as terminariam numa batida de
coração se Auril estivesse apaziguada ou fosse detida de alguma
outra maneira. A natureza dos sacrifícios varia de cidade a cidade,
mas normalmente assume uma das três formas:
Humanoide. Angraleste, Bryn Shander, e Targos fazem loterias no
entardecer anterior à lua nova. A pessoa azarenta cujo nome é
sorteado é sacrificada no cair da noite. A alma malfadada é despida e
amarrada a um poste ou deixada em meio à tundra para morrer.
Acusações de loterias manipuladas são comuns, mas normalmente
não têm efeito sobre o resultado.
Comida. Cidades menores que não podem arcar com a perda de
pessoas retiram a comida delas ao invés. A pesca de um dia de truta
de cabeça chata é amarrada em cremalheiras de madeira a 1,5 km
para fora do cidade, a fim de ser reclamada por um yeti e outras
criaturas que incorporam a fúria de Auril.
Aquecimento. Cidades que não podem se ver abrindo mão de seu
povo ou da sua comida abandonam o aquecimento por uma noite.
Nenhuma fogueira é acesa entre o crepúsculo e o amanhecer,
forçando os moradores locais a compartilharem o calor do corpo
para se aquecerem. Qualquer um que ousar acender um fogo é
selvagemente espancado.
Conselho dos Oradores
Cada cidade é um assentamento independente que elege um líder, ou
orador, para representar os interesses delas em reuniões do
Conselho dos Oradores, os quais são pouco frequentes e acontecem
no Salão de Conselhos em Bryn Shander. Esses encontros são
convocados para discutir assuntos de interesse compartilhado e para
resolver disputas entre os cidades.
Abastecimentos
O povo das Dez Cidades não tem muitas opções quando se trata de se
manter aquecido. As pessoas de Bom Prado, Bosque Só e Termalaine
queimam madeira selvagem das florestas próximas para aquecerem
suas casas. Nas outras cidades do Vale do Vento Gélido, a madeira é
preciosa demais para se queimar, então o óleo de baleia é usado em
lamparinas e em pequenos fogões ao redor dos quais as pessoas da
cidade se aglomeram para se aquecerem.
Os moradores das Dez Cidades compram o óleo de baleia dos
baleeiros que vivem no litoral do Mar do Gelo em Movimento. Caçar
baleias é portanto um negócio lucrativo (embora inerentemente
perigoso) no Vale do Vento Gélido.
Golias das Montanhas. Os golias que vêm da Espinha do Mundo
sabem dos dois assentamentos rivais de golias nas montanhas, o
Abrigo da Torre Alta e o Rochedo do Dragão (ambos descritos no
capítulo 2). Um personagem golias que vier de um desses
assentamentos é familiar aos habitantes dele, bem como em relação à
contenda de longa-data dos golias com o assentamento rival.
Anões do Vale. Anões do escudo e outros personagens que vierem
do Vale dos Anões aos pés do Sepulcro de Kelvin sabem que esse vale
contém minas de ferro espalhadas e complexos cavernosos habitados
por anões do escudo do clã Battlehammer e seus aliados.

Abertura Fria
Antes de começar a aventura, dê aos seus jogadores a chance de
decidir como os personagens deles vão parar no Vale do Vento
Gélido, qual o relacionamento deles uns com os outros, e quais as
circunstâncias que os uniram. Assim que os jogadores estiverem
prontos para seguirem, use o texto abaixo para resumir a situação:

O Vale do Vento Gélido está preso num inverno perpétuo. Nevascas

ferozes tornam a passagem pela montanha na Espinha do Mundo
excessivamente traiçoeira, e essa terra não sente o calor do sol há
mais de dois anos. De fato, o sol não aparece mais sobre as
montanhas, nem mesmo ao que deveria ser o pleno verão. Nessa
tundra congelada, a escuridão e o frio cruel reinam como rei e
rainha. Muitos residentes do vale colocam a culpa em Auril a
Donzela Gélida, a deusa da fúria invernal. A aurora cintilante que
tece os céus a cada noite é dito ser obra dela – uma magia potente
que mantém o sol longe.

O povo do vale vive em assentamentos espalhados conhecidos como

as Dez Cidades. O declínio no número de caravanas vindas do sul e
de viagem entre os assentamentos nesse inverno interminável tem
deixado todo mundo se sentindo isolado. Embora cada cidade
tenha resolvido agradar a Donzela Gélida com sacrifícios de um
tipo ou de outro, nenhuma trégua da fúria invernal parece
próxima. Para aventureiros como vocês, as Dez Cidades é um lugar
para testar a coragem de alguém e, no espírito dos heróis que
vieram aqui antes, para deixar a marca de alguém nessa terra
praguejada e frígida.

Tendo definido o cenário, você pode agora descrever a cidade inicial

da aventura usando a informação presente mais adiante nesse
capítulo, e o mapa-poster inclui um mapa da cidade inicial que você
pode compartilhar com os jogadores. Os personagens vão estar
cientes da disposição geral e das características chaves da cidade.

Conhecimento do Vale do Vento Gélido

Assuma que o seu grupo de aventureiros é familiar com a geografia e
os pontos de referência do Vale do Vento Gélido, conforme mostrado
no mapa-poster, bem como com os nomes e locais dos assentamentos
que compreendem as Dez Cidades. Os personagens do Vale do Vento
Gélido sabem as seguintes informações adicionais, dependendo de
onde eles cresceram:

Dez Cidades. Os personagens que passaram algum tempo nas Dez

Cidades sabem o nome dos residentes importantes, como o orador de
cada cidade, bem como a informação na descrição resumida de cada
cidade (conforme apresentado mais adiante nesse capítulo). Eles
também sabem o nome das quatro tribos dos nômades Reghed
descritas no apêndice C.

Nômades Reghed. Quaisquer personagens crescidos em meio aos

nômades Reghed reconhecem os membros de sua própria tribo, bem
como o nome e a reputação dos membros proeminentes de outras
tribos (veja o apêndice C).

Missão Inicial: Assassino Frio
“Assassino Frio” é uma das duas missões projetadas para dar o
pontapé na aventura. Os personagens podem obter essa missão não
importando qual cidade é o ponto de partida da aventura.
Os personagens recebem essa missão de Hlin Trollbane, uma
caçadora de recompensas aposentada que tem perseguido um serial
killer desde quando ela encontrou uma conexão entre três
assassinatos e uma pequena companhia de comércio chamada Torg’s.
Hlin contrata os aventureiros para apreenderem o suspeito dela e
aplicar uma justiça rápida e fria ao depô-lo silenciosamente se eles
acreditarem que ele é culpado. Essa missão não é um mistério de
assassinato; é uma caça.
Obtendo a Missão
Para começar essa missão, leia o texto seguinte aos jogadores:
Apenas mais um dia horrível nas Dez Cidades: ventos uivantes, frio
implacável, temperamento ruim, e montes de neve grandes o
bastante para enterrar uma manada de alces. Mas hoje a taverna
local está alvoroçada com a notícia sobre uma série de
assassinatos recentes. Antes dos assassinos, a única pergunta na
mente de todo mundo era: “O verão vai voltar ao Vale do Vento
Gélido?” Agora a pergunta é: “Eu vou ser a próxima vítima do
assassino?”. Nada gera mais medo e paranoia do que um assassino
sem face.
Três assassinatos a sangue frio foram cometidos no último mês: um
armadilheiro halfling em Angraleste, um construtor de navios
humano em Targos, e, há três dias, um soprador de vidro anão em
Bryn Shander. Cada vítima foi encontrada com uma adaga de gelo
atravessada no coração.
Qual é a conexão? Os bêbados desordenados na taverna não
oferecem nenhuma ideia crível, mas sentada à parte deles está
uma anã do escudo anciã com uma cicatriz desagradável em seu
nariz que aparenta saber de algo. Ela está fumando um cachimbo e
olhando para vocês desde que entraram.
Hlin Trollbane (veterana anã do escudo NB) é uma caçadora de
recompensas aposentada com instintos de sobrevivência finamente
apurados. Ela não usa armadura e porta um machado de batalha e
uma machadinha em vez de uma espada longa e curta. Exercer a sua
profissão garantiu a ela um bocado de inimigos de cima a baixo na
Costa da Espada, motivo pelo qual ela se mudou para o Vale do Vento
Gélido.
Por tédio e um senso de decência moral, Hlin decidiu investigar os
assassinatos recentes porque ninguém mais – nem mesmo o
Conselho dos Oradores – parece se preocupar. Hlin fica estudando os
personagens detidamente, tentando decidir se eles valem o tempo
dela. Finalmente, ela aproveita a chance e os atrai para uma conversa,
pedindo a eles para ajudá-la a deter seu único suspeito: um homem
chamado Sephek Kaltro. Aqui vai o que ela sabe sobre Sephek e as
vítimas:
“Sephek Kaltro trabalha para uma pequena companhia de viagem
mercante chamada Torg’s, de propriedade e operada por uma anã
sombrosa chamada Torrga Icevein. Em outras palavras, Sephek
circula por ai. Ele é cativante. Faz amizades facilmente. Ele
também é o guarda-costas de Torrga, então eu desconfio que ele
seja bom com uma lâmina.
“Suas vítimas vieram das únicas três cidades que sacrificam
pessoas para a Donzela Gélida nas noites de lua nova. Isso é
aceitável como um comportamento civilizado no Vale do Vento
Gélido. Talvez as vítimas encontraram uma maneira de tirar seus
nomes dos registros e Sephek descobriu que elas estavam
trapaceando, então ele as matou. Talvez, apenas talvez, Sephek
esteja fazendo o trabalho da Donzela Gélida.
“Eu segui a Torg’s por uma dezena à medida em que ela se movia
de cidade em cidade. Um pequeno empreendimento bem desonesto,
mas isso não é da minha conta. O que me pegou é o quão
confortável Sephek Kaltro aparentava nesse clima. Sem casaco,
sem cachecol, sem luvas. Era como se o vento não pudesse tocá-lo.
O beijo da Donzela Gélida de fato.
“Eu vou pagar a vocês uma centena de peças de ouro para
apreender Sephek Kaltro, averiguar a culpa, e lidar com ele,
preferencialmente sem envolver as autoridades. Quando o serviço
estiver feito, retorne a mim para pegar o seu dinheiro”.
Para o benefício dos personagens que são novos nas Dez Cidades,
Hlin pode explicar que certos assentamentos (Bryn Shander,
Angraleste e Targos) estão fazendo sacrifícios de humanoides a Auril,
realizando loterias para determinar quem será sacrificado nas noites
de lua nova (veja “Sacrifícios a Auril”).
Se a teoria de Hlin for verdadeira e Sephek Kaltro estiver matando
moradores das Dez Cidades que trapaceiam para não se tornarem
sacrifícios a Auril, é provável que a Donzela Gélida vá usá-lo para
matar novamente. Hlin é muito velha e frágil para pegar Sephek
sozinha, mas ela tem mais ouro do que precisa, então ela contrata os
personagens para fazer o trabalho dela.
O desafio se inicia em encontrar Sephek Kaltro, uma vez que Torg’s se
move bastante. Hlin não sabe se Sephek está agindo sozinho ou se
tem apoio de Torrga Icevein, de modo que ela aconselha os
personagens a isolar Sephek e lidar com ele silenciosamente, se tal
ação for apropriada.
Encontrando Torg’s
Você pode determinar aleatoriamente a localização da companhia
mercante ao rolar um d10 e consultar a tabela da Cidade Inicial. Role
novamente se o resultado for a cidade inicial da aventura. Por outro
lado, você pode abrir mão de rolar e selecionar um cidade que
desejar. Bremen e Toca do Dougan são boas escolhas porque elas são
pequenas e isoladas.
Os personagens podem ou visitar as cidades uma a uma até
encontrarem a Torg’s, ou eles podem tentar obter uma pista sólida
antes de sairem. Qualquer personagem que gastar uma hora
conversando com o povo da cidade pode fazer um teste de Carisma
(Investigação) CD 17 ao final dessa hora. Num teste bem-sucedido, o
personagem encontra alguém que conhece os planos de viagem de
Torrga Icevein e está disposto a compartilhar essa informação em
troca de um pequeno suborno (ao menos 5po ou mercadorias não-
perecíveis de igual valor). Munido dessa informação, os personagens
podem viajar para a cidade pela rota mais rápida.
Torrga Icevein e Sua Caravana
A caravana de Torg’s consiste em três trenós densamente carregados,
cada qual puxado por seis cães amistosos. Um trenó carrega
provisões e suprimentos para Torrga, sua equipe, e seus cães. Ele tem
uma bandeira ondulante carregando o emblema da companhia, a
pata de um lobo dourado num campo negro.
Os outros dois trenós transportam mercadorias para vender,
incluindo madeira cortada, pederneiras, frascos de óleo de baleia,
cobertores, peles, rações, garrafas de vinho, barris de cerveja barata,
remédios falsos, e frasquinhos de veneno (usados principalmente
para matar parasitas).
Torg’s é uma loja ao ar livre. As mercadorias estão desempacotadas e
à mostra em engradados, com pequenas coberturas para manter a
neve longe delas. A maioria das mercadorias da Torrga é roubada ou
contrabandeada, e ela as vende pelo dobro do preço normal. Ela tem
um serviço de proteção que lhe garante um dinheiro por fora, e ela
também comete assassinatos por encomenda às escondidas. Um dos
maiores sacos no trenó de Torrga contém o corpo congelado de um
meio-elfo em seus trinta anos com um ferimento de facada no peito.
O meio-elfo tinha uma recompensa pela sua cabeça e veio para o Vale
do Vento Gélido a fim de desaparecer. Torrga o encontrou e o matou
com a ajuda de Sephek. Assim que ela vender as mercadorias dela nas
Dez Cidades, ela planeja deixar o corpo em Luskan e retirar a
recompensa de 125po.
Torrga é uma capitã dos bandidos anã do escudo NM com visão no
escuro num alcance de 18m, resistência a dano venenoso, e vantagem
nos TRs contra ser envenenado. Enquanto Torg’s estiver aberto a
negócios, ela mantém seus empregados por perto. Ela emprega
Sephek Kaltro como guarda-costas e paga outros quatro bandidos
humanos NM para conduzir e proteger os outros dois trenós. Torrga
está interessada apenas no lucro, faz vista grossa às escapadas
assassinas do Sephek e tenta ajuda-lo da melhor maneira sem colocar
sua própria vida em perigo.
Tesouro. Torrga mantém seus proventos num pequeno cofre de ferro
trancado, a qual ela esconde numa sacola. Ela veste a chave do cofre
em seu pescoço. Um personagem com ferramentas de ladrão pode
usar uma ação para tentar abrir a tranca do cofre, fazendo isso com
um teste bem-sucedido de Destreza CD 20. O cofre contém 92po,
76pp, 125pc, e sete gemas no valor de 10po cada.
Concluindo a Missão
Após encontrar e matar Sephek, os personagens podem retornar a
Hlin e reivindicar a recompensa deles de 100po. Se eles não tiverem
evidências para provar que Sephek está morto, Hlin está disposta a se
convencer da palavra deles. Se os assassinatos com adaga de gelo
pararem, ela vai saber se sua confiança não foi extraviada. Falhar em
parar Sephek permite a ele continuar a matar os moradores das Dez
Cidades que trapaceiam Auril a Donzela Gélida. Esses assassinatos
ocorrem irregularmente e apenas nas cidades visitadas pela Torg’s.
Se os personagens capturarem Sephek e entrega-lo às autoridades,
eles impedem os assassinatos, mas perdem a recompensa oferecida
por Hlin, que fica insatisfeita com esse resultado.
Se Torrga Icevein sobreviver e tiver razão para acreditar que os
personagens mataram seu guarda-costas, ela pressiona certos
moradores das Dez Cidades a não negociarem com os personagens.
Em algum ponto posterior, os personagens podem se ver inaptos a
comprar algo que precisam ou ter alojamento negado numa
estalagem local em razão do mercador ou proprietário não querer
conquistar a inimizade eterna de Torrga.

Sephek Kaltro
Sephek Kaltro é um homem de boa estatura em seus trinta anos. Ele
tem um cabelo escuro de tom oliva puxado para trás num rabo de
cavalo, e nenhum cabelo facial ou corporal. Ele veste uma estilosa
calça com botas combinando, similar em estilo aos trajes vestidos por
marinheiros do sul da Costa da Espada, mas ele não veste nenhuma
armadura ou roupa de frio, e não aparenta estar armado. Sua
característica mais marcante são os seus olhos, os quais são tão azuis
quanto um lago congelado.

A melhor maneira de lidar com Sephek é confrontá-lo enquanto ele

estiver separado de Torrga e seus outros capangas. Sephek fica perto
de Torrga durante o horário comercial. Assim que a atividade se
encerra, Torrga fecha seu negócio pelo resto do dia, coloca os cães
num canil e os trenós numa cabana segura, e paga alojamento para a
equipe. Após Torrga se retirar à noite, Sephek fica livre para fazer o
que lhe agrada até a manhã seguinte. Se acontecer de ele estar em
Bryn Shander, Angraleste ou Targos, ele persegue sua próxima vítima
de assassinato. Se ele estiver em outro lugar, ele passa a noite
bebendo e farreando, e então dorme por algumas horas, de
preferência num lugar sem aquecimento, como um celeiro ou um
chalé abandonado.

Quando perguntado sobre seu estilo esquisito de se vestir, Sephek

Kaltro alega que nasceu no feriado do Pleno Inverno e que a benção
da Donzela Gélida o protege do frio. Na verdade, Sephek não nasceu
no Pleno Inverno. Ele era um marinheiro cujo navio afundou na costa
da ilha de Auril há poucos meses. Ele nadou até a ilha, porém
praticamente congelando até a morte. Conforme sua vida se findava,
o espírito de uma druida do frio reconhecida por Auril o possuiu. O
espírito invernal canibalizou o espírito de Sephek e está usando-o
como um hospedeiro vivo para fazer o trabalho da Donzela Gélida. O
espírito não pode sair do corpo de Sephek; se Sephek morrer, o
espírito invernal é destruído junto com ele.

Auril inspirou Sephek a viajar pelas Dez Cidades e oferecer seus

serviços a Torrga Icevein. Conforme Hlin suspeita, ele tem matado os
moradores das Dez Cidades que pagam aos oficiais de baixo-escalão
da cidade para excluir seus nomes das loterias em Bryn Shander,
Angraleste e Targos. Em função de ele estar fazendo o trabalho da
Donzela Gélida, o espírito no interior de Sephek não liga se ele for
pego, e ele não tem vergonha em admitir sua culpa. Ele considera se
render somente em razão de ganhar tempo para escapar e cometer
mais assassinatos. Em combate, ele porta uma espada mágica e
adagas mágicas feitas de gelo que ele pode conjurar à vontade. Essas
armas derretem e quebram como sincelos nas mãos de outras
criaturas.

Missão Inicial: Espíritos da Natureza
Essa é a segunda de duas missões projetadas para o pontapé da
aventura. Ela incita os personagens a explorar vários lugares nas Dez
Cidades, onde eles podem pegar outras missões.
No começo dessa missão, os personagens são abordados por uma
jovem conjuradora chamada Dannika Graysteel. Residente nova nas
Dez Cidades, ela está tentando encontrar uma maneira de alterar o
clima no Vale do Vento Gélido. Ela os contrata para localizar e
capturar um chwinga, muitos dos quais ela acredita estarem
localizados dentro e nos entornos das Dez Cidades. Embora ela
forneça aos personagens meios mágicos de localizar os chwingas,
cabe a eles descobrir uma maneira de capturar um ou convencê-lo a
ajudar Dannika com seus experimentos.
Obtendo a Missão
Comece essa missão lendo o texto a seguir aos jogadores:
Uma figura empacotada em vestimentas anda energicamente até
vocês. “Olá! Vocês parecem o que estou procurando para o
trabalho. Ou para problemas. Vocês não estariam por aqui nesse
frio do contrário”.
Quem fala é Dannika Graysteel (acólita meio-elfa LN), uma acadêmica
que pensa sobre os pequenos espíritos elementais conhecidos como
chwingas serem a chave para aumentar o clima no Vale do Vento
Gélido. Posto que os chwingas são conhecidos por habitar as Dez
Cidades e têm alguma habilidade de alterar os arredores naturais
deles, Dannika acha que pode aprender muito estudando um deles de
perto. Pelos serviços dos personagens, Dannika está oferecendo ao
grupo 25po, bem como uma lanterna de rastreamento (elementais)
que pode ajudar a localizar chwingas. Ela diz que estará na taverna
local a cada noite, de modo que os personagens não vão ter
problemas em encontrá-la assim que o trabalho estiver concluído.
Se os personagens aceitarem sua missão, Dannika lhes dá a sua
lanterna de rastreamento (elementais) e explica como ela funciona.
Ela então lhes diz que procurou por toda a cidade e não encontrou
nenhum chwinga. Ela sugere que os personagens possam ter mais
sorte num dos outros assentamentos. Ela poderia continuar a busca
por conta própria, mas ela fica nervosa em se aventurar no frio
extremo e tem outras tarefas relacionadas à pesquisa para fazer.
Elementais Elusivos
Não há nenhum chwinga na cidade inicial dos aventureiros, mas a
cada vez que eles visitarem uma outra cidade no Vale do Vento
Gélido, há uma chance cumulativa de 25% de chwingas estarem
presentes. Buscar numa cidade por chwingas não demora muito se os
personagens usarem a lanterna de rastreamento, uma vez que as
cidades são pequenas e compactas. Se os personagens perguntarem
aos residentes de uma cidade sobre aparições de chwingas, as
pessoas parecem desdenhosas da noção de que os elementais vivem
dentre elas. Um pescador ocasional fedendo à cerveja de anão pode
se lembrar de ver “uma pequena figura montada numa raposa pela
cidade”, mas não consegue se lembrar onde ou quando a aparição
ocorreu.
Ladrões nos Ares
Quando os personagens encontrarem uma cidade que tenha
chwingas vivendo nela ou próximo a ela, a chama da lanterna de
rastreamento (elementais) fica verde à medida em que eles se
aproximarem da borda da cidade, de onde eles notam uma figura
abarrotada de roupas – uma plebeia humana chamada Elva – pisando
para fora de um chalé coberto de neve. Ao ver os aventureiros, ela
começa a gritar ao vento e alertar os personagens a se preocuparem
com as maldições que ele traz. De acordo com Elva, espíritos
brejeiros têm aberto as janelas, levando frio horripilante pela sua
casa e batendo nos copos e pratos dela. Alguns dos seus talheres
estão em falta.
Os personagens que inspecionarem as janelas do chalé da Elva
podem fazer um teste de Inteligência (Investigação) CD 10. Num
sucesso, eles encontram rastros pequenos levando para longe de um
peitoril nevado de janela do chalé em direção a uma mata próxima.
Um personagem que passar num teste de Sabedoria (Sobrevivência)
CD 14 pode discernir três conjuntos individuais de pegadas halflings.
Algumas das pegadas têm um sulco fino na neve ao lado delas, como
se algo estivesse sendo arrastado atrás das criaturas.
Casa de Diversão
Ao seguir os rastros, um personagem com um valor de Sabedoria
(Percepção) Passiva igual a 13 ou maior pode notar o som de
movimento por trás das coníferas, onde três chwingas estão
brincando em cima da neve numa clareira. Um prato de jantar com
galhos e pinhas arranjadas está posto entre eles e um chwinga está
sentado na borda do prato enquanto os outros dois estão movendo
um garfo e uma faca como se fosse cortar e comer a “comida”.
Quando os personagens entrarem na clareira, os chwingas olham
para eles com interesse. O que não está segurando um talher começa
a mover as mãos, mimetizando o comer enquanto olha para os
personagens e faz gestos de boas-vindas.
Se um personagem ceder ao jogo de fingir que está sendo jogado,
como sentar e se unir ao jantar, os chwingas ficam mais excitados e
começam a inspecionar o personagem em detalhes. Após isso, o
chwinga que não estava segurando nenhum talher começa a seguir o
personagem, permanecendo com esse indivíduo por até uma dezena,
deixando os outros chwingas para trás. Quando o chwinga finalmente
se separar do personagem, assumindo que ele foi bem tratado, ele
concede um encanto sobrenatural ao personagem (veja “Presentes
Sobrenaturais” no Guia do Mestre para mais informações). O encanto
pode ser qualquer um dos seguintes:
• Um encanto de conjurar animais, um encanto de heroísmo, ou um
encanto de vitalidade, todos eles descritos no Guia do Mestre.
• Um dos encantos descritos na seção “Novos Encantos dos
Chwingas” no apêndice C.
Os chwingas permanecem dóceis, a menos que um personagem aja
de forma agressiva com eles, de onde eles tentam se esconder nas
rochas, plantas ou montes de neve próximos. Eles não vão sair até
não se sentirem mais ameaçados pelos humanoides em sua presença.
Jogadores espertos podem inventar maneiras criativas de atrair os
chwingas para fora do esconderijo, talvez fazendo algo estranho para
ganhar a atenção deles (como engajar numa disputa de bolas de neve
ou dançar na neve). Como DM, você determina o sucesso de tais
esforços.
Concluindo a Missão
Se os personagens retornarem com um chwinga vivo, Dannika lhes
paga a recompensa prometida de 25po, e eles podem ficar com a
lanterna do rastreamento. Se os personagens levarem um chwinga
sem ter prendido ou feito mal a ele, Dannika dá a eles um adicional de
25po pelo serviço excepcional deles.

Bremen
Fundada por prospectores anões, a cidade dormente de Bremen se
encontra à margem oeste de Maer Dualdon, na foz do Rio
Shaengarne. O porto de Bremen está congelado, requerendo aos
pescadores locais arrastar seus barcos pelo gelo para coloca-los no
lago. Os visitantes que carecem de um barco chegam a Bremen
apenas atravessando o rio, o qual está em grande parte congelado.
Targos, Termalaine e Bosque Só são todas visíveis das docas em dias
claros.
Se o inverno eterno de Auril tem um benefício, é o de o povo
intrépido de Bremen ser poupado das enchentes sazonais que
normalmente ameaçam a cidade no início do verão. Não é como se as
noites longas, o ar frígido e as nevascas uivantes fornecessem algum
conforto. Não oferecem.
Duas vezes nos últimos dois meses, os residentes de Bremen tiveram
de montar grupos de busca pelo orador da cidade e residente mais
idoso vivo, Dorbulgruf Shalescar, e por duas vezes eles o
encontraram vagando pelas costas congeladas do Shaengarne vestido
com peles pesadas, sem nenhuma memória de como ele foi parar lá.
Dorbulgruf, velho até mesmo para os padrões anões, não tem mais
tesão por esse mundo. Muitos moradores locais temem que o mesmo
seja a verdade da própria cidade, se o inverno brutal de Auril não
diminuir.
Bremen em Resumo
Cordialidade ❆❆❆ Serviços ❆ Conforto ❆❆
Missão Disponível. “Monstro do Lago”.
População. 150.
Líder. O orador Dorbulgruf Shalescar (plebeu anão do escudo LB)
fala em nome do povo. A idade tem acometido sua mente, e seu olhar
vago é muitas vezes confundido com uma calmaria imperturbável.
Milícia. Bremen pode reunir até 25 soldados (use a ficha de
combatente tribal) e 2 veteranos.
Brasão. Um círculo de ouro num campo branco, com uma faixa azul
horizontal à esquerda abaixo do círculo, e um triângulo azul
resplandecente se abrindo para longe do círculo à direita. O círculo
de ouro representa o tesouro encontrado como resultado das
enchentes locais, a faixa azul é o Rio Shaengarne, o triângulo azul é
Maer Dualdon, e o campo branco representa a neve.
Sacrifício a Auril. Aquecimento.
Rivalidades. Bosque Só, Targos, Termalaine.
Viagem por Terra
A neve densa obliterou uma trilha que uma vez conduzia os viajantes
a Targos. Os aventureiros determinados a viajar a pé podem chegar
em Targos em 2 horas. Usar montarias ou trenós de cães reduz esse
tempo de viagem à metade.
Locais de Bremen
Bremen não tem muito para atrair ou dar de conforto ao viajante
cansado, mas os seguintes locais marcados no mapa 1.1 são
prováveis de atrair os aventureiros.
Tesouros Enterrados
Estalagem
Essa estalagem atende aos caçadores de tesouros, especificamente
aqueles que procuram por tesouros pela margem do rio em climas
mais quentes. Durante o inverno, esse estabelecimento tem poucos,
se tiver, visitantes. A estalajadeira de meia-idade, Cora Mulphoon
(plebeia humana NB), trata seus hóspedes como realeza enquanto
tenta ocultar o fato de que ela mal consegue pagar as contas.
A Perda de Cora. Cora é ávida em agradar e se desculpa perante a
provocação mais sutil se achar que os personagens não gostaram do
serviço dela. Ela explica brevemente que seu filho adulto e único,
Huarwar, costumava ajudar com as tarefas até dois meses atrás. Se os
personagens pedirem mais informações a Cora, ela diz que seu filho
se uniu a um grupo de buscas para encontrar o Orador Shalescar
após ele ter desaparecido durante uma nevasca num entardecer. O
orador foi trazido são e salvo, mas Huarwar se separou dos outros e
não encontrou o seu caminho de casa até a manhã seguinte. Ele
chegou congelado e mal podia andar.
Ao longo dos dias seguintes, Huarwar demonstrou uma maldade com
sua mãe que não lhe era característica. A mudança em seu
comportamento começou após Cora ter encontrado o que parecia um
fragmento de gelo negro no quarto do filho. Huarwar arrebatou o
item e ameaçou a mãe de violência física se ela tocasse nisso de novo.
No dia seguinte, dois tieflings (um homem e uma mulher) chegaram
na estalagem e ofereceram segurança a Huarwar em seu castelo. Ele
saiu com eles voluntariamente, levando o fragmento consigo e
dizendo à sua mãe que nunca mais voltaria. Os tieflings vestiam
amuletos que pareciam com o fragmento na posse de Huarwar. Cora
sente muita falta de seu filho e espera que ele ainda esteja vivo. Ela se
lembra de um dos tieflings mencionar um castelo, e ela sabe que há
apenas dois castelos nas Dez Cidades: um intacto em Cidadela
Dineval e um arruinado em Cidadela Konig. Os personagens podem
encontrar Huarwar no forte em Cidadela Dineval (veja “Espadas
Negras”).
Centro das Cinco Tavernas
Cinco tavernas não-afiliadas
Cinco tavernas se encontram num semicírculo ao redor de um pátio
central no coração de Bremen. Como diz a história, cinco irmãos
originalmente pretendiam construir uma taverna juntos, mas cada
um assumiu que seria o único a administrar o negócio. Uma vez que
nenhum dos irmãos trabalharia para os outros, cada um construiu
sua própria taverna, e todas elas competem por clientes.
As cinco tavernas se chamam Pedras, Estável, A Foz do Rio, O Alce
Mal-Humorado, e o Irmão de Barba Negra. As tavernas são velhas e
precariamente mantidas.
Os personagens que aparecerem nas tavernas são prováveis de ouvir
um ou dois rumores, os quais podem ser determinados ao rolar na
tabela de Rumores das Dez Cidades.
Monstro do Lago
Os personagens ganham essa missão logo após eles chegarem em
Bremen ou se eles começarem a aventura lá. A missão começa
próximo às docas, onde os personagens se aproximam de um anão do
escudo que os confunde com pescadores em busca de serviço.
Qualquer interação com o anão é interrompida por um meio-elfo que
alega que um monstro vivendo em Maer Dualdon tem atacado e
afundado barcos de pesca. O meio-elfo é um pesquisador local que
coletou relatos de testemunhas desses ataques e concluiu que ele é
algum tipo de besta incomum.
Os personagens que procurarem pelo monstro do lago descobrem
que ele é um plesiossauro desperto. Uma druida do frio recentemente
conjurou uma magia despertar na criatura, garantindo a ela
Inteligência 10 e a habilidade de se comunicar na língua Comum. Em
troca, a druida espera que o plesiossauro ataque barcos de pesca de
Bremen, privando assim os pescadores de seu sustento e forçando
em última instância os aldeões a irem embora. O plesiossauro se
sente obrigado a atender os desejos da druida, pois ele teme perder o
seu presente mágico de senciência. Consequentemente, ele ataca
qualquer um de Bremen que pescar em seu domínio.
Obtendo a Missão
O lago ao redor das docas rangentes está congelado, forçando os
pescadores a puxarem seus barcos a remo até o gelo. Posicionado
entre um par de barcos está um humanoide robusto em roupas de
frio. Um capuz cinza esconde boa parte da face do humanoide, mas
vocês podem discernir um grande nariz e uma barba longa e
congelada. A figura robusta dá um passo, nota vocês, e acena.
“Bom que vocês estão aqui. Vamo bora, ingratos! Aqueles peixes
não vão ser pegos sozinhos!”.
A pessoa que fala é Grynsk Berylbore (plebeu anão do escudo), dono
do par de barcos a remo atados às docas. A amurada de um dos
barcos tem o que parece ser uma grande mordida nele, mas ambos os
barcos estão em condições de navegar.
Grynsk tem esperado há uma hora pela chegada de alguns
pescadores que ele contratou na noite anterior. De fato, esses
pescadores decidiram não aparecer, levando em conta o que Grynsk
ofereceu como pagamento em face do perigo do monstro do lago.
Grynsk estava bêbado quando contratou os pescadores e não se
lembra dos rostos deles; ele assume que os personagens são os seus
novos empregados, e é rápido em coloca-los no trabalho. Se os
personagens o ignorarem ou irem embora, ele lhes grita
profanidades, mas não os persegue.
Os personagens que se aproximarem de Grynsk podem ver que seus
barcos carregam os nomes Carneiro Corpulento e Bode Forcado. O
segundo tem uma marca de mordida curiosa. Grynsk lembra os
personagens do que ele chama de “o preço acordado” de 5pc para
cada truta que eles pegarem e os repreende por já terem perdido o
tempo precioso da pesca de trutas.
Se os personagens explicarem que não são os seus empregados,
Grynsk carranca e repete que o salário que ele está oferecendo é de
5pc por truta capturada, e o “tempo é melhor aproveitado pescando
do que latindo”. Ele também resmunga em Anão sobre os
personagens serem estúpidos e desnecessariamente rudes.
Se os personagens perguntarem sobre o dano no Bode Forcado,
Grynsk dá um aceno de mão com desdém.
“Não tão vendo? Maldito gelo em toda parte. A última tripulação
aparentemente nasceu com uma foça nos olhos, porque eles
navegaram logo num maldito bloco de gelo! Eu não sai para
reparar a amurada ainda, mas ela navega bem”.
Um personagem que passar num teste de Sabedoria (Intuição) CD 11
pode dizer que Grynsk está mentindo. Se ele for pressionado sobre a
validade dessa história, Grynsk fica perturbado e diz aos personagens
para sairem de suas docas se tudo o que eles quiserem fazer for
perguntas estúpidas.
Na verdade, o monstro do lago deu uma mordida no Bode Forcado e
fez com que sua tripulação caísse na água gélida, onde eles se
afogaram. O barco danificado foi encontrado por pescadores no dia
seguinte, boiando sem tripulação na água congelada próxima.
Tali Chega à Cena
Não importando como as negociações dos personagens com Grynsk
se desenvolvem, eles são acompanhados por uma outra figura antes
de eles e o anão partirem em companhia.
Vocês ouvem passos se aproximando da doca rangente. Uma outra
figura coberta da cabeça aos pés com roupa de frio se junta a
vocês. A figura balança um dedo da luva para o anão de barba
congelada. “Você não tem honra, Berylbore!” grita o recém-
chegado, puxando para baixo um cachecol de lã para revelar uma
face pálida de meio-elfo. “Você está enviando essas pessoas
inocentes para a morte. E a troco de que, de um novo peixe?”
“Não deem atenção a esse tolo vagabundo!” diz Grynsk.
“Você falou a eles sobre o monstro?” replica o meio-elfo.
Grynsk amaldiçoa o meio-elfo em Anão antes de se virar para os
aventureiros e gritar “Bora trabalhar!”. Ele então anda para longe do
alcance de audição, não mais curioso em ouvir o que o meio-elfo tem
a dizer, mas ainda interessado em vigiar seus barcos.
Após Grynsk deixar a área, o meio-elfo se aproxima dos personagens
timidamente.
“Eu tenho a sensação de que Grynsk não gosta muito de mim. Ou de
alguém que se coloca entre ele e o ouro nadando nesse lago. Eu sou
Tali. Eu estou estudando a vida animal local daqui no Vale do
Vento Gélido. Eu só não consigo ficar silente e olhar uma outra
tripulação ser vítima do monstro de Maer Dualdon”.
Tali é um pesquisador (batedor meio-elfo NB) que está no Vale do
Vento Gélido para estudar como as mudanças no clima alteram a
natureza da vida selvagem animal. Tali se apresenta nem como
homem nem como mulher e pede que seja referido como “elx” ou
pelo nome na conversa. Tali fala com uma voz suave e tende a ser
prolixo sobre a fauna que vive no Vale do Vento Gélido.
Quando Tali ouviu relatos de uma criatura em Maer Dualdon que
estava atacando grupos de pesca de Bremen, o meio-elfo decidiu
investigar e descobriu que barcos de Bremen foram os únicos barcos
a sofrer esses ataques. Após deduzir isso, Tali começou a frequentar
as docas para alertar quaisquer pessoas desinformadas buscando se
aventurar no lago acerca do perigo que as aguarda lá.
Descrições sobre o monstro variam amplamente; alguns testemunhos
dizem que ele é do tamanho de um boi, enquanto outros dizem que
ele é perto do tamanho de um cavalo. Alguns dizem que o monstro
pode ser uma baleia ou um peixe grande, e outros o descrevem como
mais estilo lagarto em aparência, com pele escamosa e pescoço longo.
Se os personagens perguntarem sobre o barco danificado de Grynsk,
Tali explica que ele foi na verdade encontrado à deriva, com sua
tripulação presumidamente perdida para o monstro do lago.
Como um pesquisador, Tali gostaria de compreender melhor o
monstro, o qual apenas recentemente se tornou uma ameaça. “Talvez
esse inverno interminável tenha afetado seus hábitos ou
comportamentos alimentares de alguma maneira”, especula o meio-
elfo.
Tali entrega a vocês um bloco de notas. “Eu não posso oferecer a
vocês muito mais que minha gratidão, mas se vocês forem no lago,
por favor escrevam qualquer informação que vocês descobrirem
sobre a natureza desse monstro. Se nós soubermos o que está lá, as
pessoas de Bremen vão estar mais seguras contra ele. E, bem, ele
carrega o potencial de ser terrivelmente interessante”.
Tali pede aos personagens para registrar tudo que eles puderem
perceber sobre a criatura se eles a notarem, incluindo seu tamanho,
atributos físicos, e natureza em geral. Tali também deixa claro que
poucas pessoas sobreviveram a um encontro com o monstro e
encoraja os personagens a tomarem cuidado.
Águas Inseguras
Os personagens tem o uso de dois barcos a remo do Grynsk (veja as
“Estatísticas dos Barcos a Remo” abaixo). O danificado tem 36 PVs em
vez de 50. Três conjuntos de kit de pesca estão guardados no centro
de cada barco.
O lago está coberto de gelo flutuante, o que torna a viagem perigosa.
Conforme os personagens remam de Bremen, seus barcos devem
contornar cerca de 1d4+1 blocos de gelo. Qualquer personagem que
tentar contornar um barco ao redor de um bloco de gelo deve passar
num teste de Sabedoria CD 14, adicionando seu bônus de proficiência
à rolagem se ele for proficiente com veículos aquáticos. Num teste
fracassado, o barco acerta o bloco de gelo e sofre 1d6 dano contusivo.
Estatísticas dos Barcos a Remo
Um barco a remo tem um deslocamento de 2,2 km/h e pode
comportar até quatro criaturas Médias e seus equipamentos. Um
barco a remo não danificado tem CA 11 e 50 PVs. Uma barco a remo
reduzido a 0 PVs na água afunda ao longo de 1d4 rodadas.
Caindo na Água. Qualquer personagem que cair no lago fica sujeito
aos efeitos da água gelada (veja “Água Gelada”). Mesmo após o
personagem sair fora da água gelada, os efeitos persistem até a roupa
molhada ser seca ou substituída por roupas secas e quentes.
Profundezas da Água. Assim que os personagens se afastarem da
costa, você pode determinar aleatoriamente a profundidade do lago
em qualquer local dado ao rolar um d20 e multiplicar o dado rolado
por 3m. Por outro lado, você pode apenas assumir que o lago tem
30m de profundidade onde os personagens estão.
Patrulhando o Lago
Os personagens podem usar o kit de pesca para tentar capturar
algum peixe enquanto estão procurando pelo monstro do lago (veja
“Pescando Trutas de Cabeça Chata”).
Se os personagens estiverem no lago num barco, role na tabela de
Eventos do Lago ao final de cada hora para determinar o que ocorre
na sequência.
d20 | Evento do Lago
1-10 | O lago está calmo e silencioso pela próxima hora. Um bom
momento para se pescar.
11-12 | Os personagens notam um barco a remo de Bosque Só ou
Termalaine. Ele tem 1d4 pescadores (plebeus) a bordo e mantém
a distância. Os pescadores são antissociais, mas não representam
uma ameaça. Eles pescam na vizinhança na melhor parte de uma
hora, e então retornam a Bosque Só com sua pesca.
13 | Os personagens encontram um barco a vela com a bandeira
de Targos. Ele tem 1d6 pescadores (plebeus) e um capitão
(batedor) a bordo. Eles não acreditam que o monstro do lago é
real e tentam persuadir os personagens a pescar em outro lugar.
Eles usam redes de arrasto para pescar na vizinhança na melhor
parte de uma hora, e então retornam a Targos com sua pesca.
14 | Um vento frio sopra pelo lago pela próxima hora. A água
normalmente calma do lago fica agitada. Até o vento diminuir, os
testes de habilidade feitos para contornar o barco e para pescar
trutas têm desvantagem, assim como os TRs contra efeitos do frio
extremo.
15 | Uma truta de cabeça chata salta do lago, faz um ataque de
cauda contra um personagem aleatório no barco, e mergulha de
volta na água gelada. Um personagem com um valor de Sabedoria
(Percepção) Passiva igual a 13 ou maior não é surpreendido pelo
peixe e pode usar sua reação para fazer um ataque de
oportunidade contra ele ou tentar agarrá-lo à medida em que ele
mergulha de volta na água.
16-20 | O plesiossauro desperto se revela. Rode o encontro “Besta
Esperta”.
Besta Esperta
Quando uma rolagem na tabela de Eventos do Lago indicar que o
monstro do lago tem um interesse nos personagens, leia:
Ondulações irrompem na superfície do lago, fazendo com que o seu
barco pendule de lado a lado. Uma massa grande desliza pela água
escura abaixo de vocês.
Um personagem que passar num teste de Inteligência (Natureza) CD
13 pode identificar a criatura como um plesiossauro. A criatura
reconhece os barcos de Bremen, mas não ataca indiscriminadamente,
tentando medir a força e determinação da tripulação antes de decidir
o que fazer. Role na tabela de Comportamento do Plesiossauro para
determinar como ele age. Após se comportar conforme descrito na
tabela, o plesiossauro parte, a menos que os personagens façam algo
que prendam a atenção dele. Assim que ele partir, ele não retorna até
uma rolagem da tabela de Eventos do Lago indicar um outro
encontro com a criatura.
O plesiossauro prefere jantar peixe, não pessoas. Os personagens que
se jogarem no lago são mais prováveis de congelar até a morte ou se
afundar até o fundo do que serem comidos. Se um personagem fizer
algum mal ao plesiossauro, ele reage da mesma maneira.
d6 | Comportamento do Plesiossauro
1 | O plesiossauro salta da água com suas barbatanas e borrifa
água nos barcos próximos. Ele nada até o fundo do lago se for
atacado.
2 | O plesiossauro bate num barco de baixo (se os personagens
tiverem mais de um barco, determine aleatoriamente qual o
monstro bate). O barco sofre 3d6+4 dano contusivo, e qualquer
personagem no barco deve passar num TR Des CD 12 ou é
derrubado. Um personagem que falhar nesse teste por 5 ou mais é
jogado para fora e cai na água gelada.
3 | O plesiossauro chega à superfície a 3m de distância de um
barco e dá uma mordida nele, usando o seu alcance de 3m (se os
personagens tiverem mais de um barco, determine
aleatoriamente qual barco o monstro morde). O barco sofre
3d6+4 dano perfurante.
4 | O plesiossauro tenta capotar um barco (se os personagens
tiverem mais de um barco, determina aleatoriamente qual barco o
monstro tenta capotar). Peça aos personagens no barco para fazer
um teste em grupo de Força (Atletismo) CD 12. Se o grupo tiver
sucesso, o barco não capota. Se teste em grupo falhar, o barco
capota, e todas as criaturas nele caem na água gelada.
5-6 | O plesiossauro vai embora sem mais que um olá.
Falando com o Plesiossauro
Embora o plesiossauro não dê nenhuma indicação de que ele é
inteligente e pode falar, os personagens podem tentar falar com ele
mesmo assim. Enquanto o monstro estiver debaixo d’água, ele pode
ouvir os personagens apenas se eles gritarem com todo o fôlego e se
ele estiver por perto. Por outro lado, um truque mensagem ou mágica
similar pode ser usado para conseguir a atenção do plesiossauro. A
criatura fica curiosa em ouvir o que os personagens têm a dizer:
A cabeça de um reptiliano na extremidade de um pescoço longo e
esguio emerge para fora da água escura e fria. A criatura olha
para vocês atentamente e diz, em Comum, “Estou ouvindo”.
Um personagem que conversar com o plesiossauro e passar num
teste de Inteligência (Arcanismo) CD 15 pode seguramente concluir
que ela é beneficiária da magia despertar de um druida, e que o efeito
é permanente.
O plesiossauro responde às perguntas intuitivas e sabe das seguintes
informações:
• “Eu costumo apenas nadar pelo lago e comer peixe”.

• “A humana que me deu esse presente se chamava Ravisin e alegava

servir à Donzela Gélida. Ravisin disse que eu devo fazer a minha
parte em ajudar a Donzela Gélida, que quer que as pessoas de
Bremen sofram”.

• “Eu não quero ser uma besta estúpida novamente” (o plesiossauro

não conhece o bastante sobre magia druídica para saber que o seu
despertar é permanente).

Um personagem deve passar num teste de Carisma (Persuasão) CD

14 para convencer o plesiossauro a falar mais sobre os propósitos de
seus ataques. O plesiossauro revela que Ravisin o instruiu a espalhar
o medo entre os pescadores da cidade. O plesiossauro não sabe de
onde Ravisin veio ou onde ela está agora. Os personagens que
empreenderem em “O Alce Branco”, a missão associada a Bosque Só,
podem encontrá-la posteriormente. Se um ou mais personagens
zombar ou ameaça-lo, o plesiossauro fica raivoso e tenta capotar o
barco deles.

O plesiossauro tem medo de parar o que está fazendo porque ele

teme que a druida possa lhe retirar o presente que lançou sobre ele.
Um personagem pode convencer o plesiossauro de que o seu
despertar é permanente com um teste bem-sucedido de Carisma
(Persuasão) CD 18. Se esse teste for bem-sucedido, o plesiossauro
promete não atacar mais quaisquer pescadores de vilarejos.

Atacando o Plesiossauro

Se os personagens atacarem o plesiossauro, ele mergulha para baixo

da superfície da água e permanece submerso conforme ataca os
barcos dos personagens de baixo. Se ele for reduzido a menos da
metade de seus PVs, ele desengaja da batalha e mergulha para mais
fundo, saindo do combate.

De Volta a Bremen!
Quando os personagens fizerem seu retorno às docas de Bremen,
Grynsk logo aparece, curioso em ver quantas trutas de cabeça chata
eles capturaram. Ele honra seu acordo, pagando 5pc por peixe.

Tali fica também ansioso em ver os personagens. Se qualquer um dos

personagens tiver feito notas sobre o monstro do lado e entregar sua
pesquisa, Tali dá ao grupo um pergaminho de amizade animal e uma
algibeira contendo 5po como agradecimento, e então se dirige a
Tesouros Enterrados para se debruçar sobre as notas dos
personagens. Os personagens podem ouvir Tali murmurar as
palavras “interessante”, “fascinante” e “memorável” em Élfico à
medida em que ele vai embora.

Se os personagens não fizerem nenhuma nota, as esperanças de Tali

se vão, e nenhuma recompensa é dada.

Bryn Shander
A primeira parada para a maioria dos visitantes do Vale do Vento
Gélido é Bryn Shander, uma cidade murada situada no topo de uma
colina chicoteada pelo vento, solitária e fria. Lanternas luminosas
suspensas sobre as ruas estreitas balançam no vento e adicionam
manchas de cor aos arredores, de outro jeito monótonos, da cidade.
A cordialidade nesse assentamento tem minguado ultimamente. O
inverno inflexível de Auril tem reduzido enormemente o número de
visitantes em Bryn Shander, e o comércio local está sofrendo com
isso, levando embora o senso de humor e boa vontade dos moradores
locais. Ainda assim, não há nenhum lugar mais seguro no Vale do
Vento Gélido para se gastar dinheiro ou passar a noite.
As muralhas da cidade possuem cerca de 9m de altura e são
arranjadas em dois anéis concêntricos de postes de madeira eretos,
com lacunas entre eles preenchidas com lama e destroços. O anel
externo de postes se ergue acima do topo da muralha, fornecendo um
parapeito para defensores posicionados na passarela com tábuas de
madeira. Os portões com dobradiças da muralha possuem 4,5m de
altura e podem ser barrados por dentro com traves de madeira
enfaixadas de ferro. Esses portões ficam fechados quando está escuro
do lado de fora – o que vale dizer na maioria das vezes.
Bryn Shander em Resumo
Cordialidade ❆❆❆ Serviços ❆❆❆ Conforto ❆❆❆
Missão Disponível. “Canecas Espumantes”.
População. 1.200.
Líderes. A oradora Duvessa Shane (nobre humana LB) fala em nome
do povo. Embora relativamente jovem, Duvessa é a líder Conselho de
Oradores. O xerife Markham Southwell (veterano humano LB)
comanda a milícia.
Milícia. Bryn Shander pode reunir até 250 soldados (use a ficha de
combatente tribal) e 20 veteranos.
Brasão. Galhadas negras acima de um eixo vertical de trigo dourado
num campo branco, significando a força e prosperidade da cidade na
tundra nevada e vasta.
Sacrifício a Auril. Humanoide.
Rivalidades. Nenhuma.
Viagem por Terra
Bryn Shander está conectada a Angraleste pelo Caminho do Leste,
uma estrada coberta de neve. Além disso, há caminhos com neve para
Cidadela Dineval, Bom Prado, Targos, e Termalaine. Os tempos de
viagem na tabela abaixo assumem que os personagens estão a pé;
montarias e trenós reduzem esses tempos à metade.
Para Tempo de Viagem
Targos 2 horas
Bom Prado 6 horas
Termalaine 6 horas
Angraleste 7 horas e meia
Cidadela Dineval 10 horas e meia
Locais de Bryn Shander
Os seguintes locais marcados no mapa 1.2 são apenas alguns dos
lugares que os personagens podem visitar durante sua estadia em
Bryn Shander.
Lâminas Ferro Negro
Forjaria e Fornecedor
Essa combinação de loja e forjaria se encontra logo a norte da praça
principal. Garn o Martelo (plebeu anão do escudo LB) manufatura as
lâminas mais baratas das Dez Cidades, enquanto sua irmã Elza
(plebeia anã do escudo LB) vende os suprimentos de aventura –
incluindo rações, equipamentos de frio, picaretas de gelo, e sapatos
de neve – para caçadores de fortuna. A maioria dos mercenários
veteranos das Dez Cidades desdenham da forja de Garn, devido à
qualidade pouco inspiradora de seu trabalho. Piadas ditas sobre
recém-chegados desafortunados no Vale do Vento Gélido muitas
vezes terminam com “e ele estava carregando uma lâmina ferro
negro, só para acrescentar!”.
Casa do Senhor das Manhãs
Santuário de Amaunator (deus do sol)
Localizado próximo ao mercado a nordeste de Bryn Shander, esta
modesta casa convertida serve como um lugar de reunião para
adoradores de Amaunator, um deus do sol conhecido por assumir
tanto a forma masculina quanto feminina. Uma aventureira
aposentada chamada Mishann (sacerdotisa de Amaunator humana
NB) administra o santuário e aspira ver o sol recuperar o seu lugar de
direito no céu do Vale do Vento Gélido. Ela chama Amaunator de “o
Senhor das Manhãs”, um nome que os sulistas usam para descrever
Lathander, o deus do amanhecer e do renascimento. Mishann vê
Lathander como um usurpador da luz de Amaunator e não gosta
quando as pessoas confundem as duas divindades.
Copper Knobberknocker. Mishann aluga seu sótão para um funileiro
gnomo das rochas pessimista chamado Copper Knobberknocker
(acólito gnomo das rochas CB), que a contragosto ajuda com serviços
e tarefas. Os dois discutem incessantemente. Copper anda por ai num
traje e capuz felpudo que ele mesmo fez; embora seja bem quente, ele
o faz parecer um urso de pelúcia.
Se os personagens conversarem com Copper, ele lhes conta que está
preocupado com um amigo chamado Macreadus, que está
conduzindo uma pesquisa numa velha cabana no meio selvagem
(veja “Cabana Negra”). Ele diz que se os personagens estiverem nas
proximidades, ele ficaria grato se eles dessem uma checada em
Macreadus, que está tentando construir um dispositivo capaz de
encerrar o inverno eterno da Donzela Gélida e trazer de volta o verão
ao Vale do Vento Gélido.
O Olhar do Norte
Estalagem e taverna
O Olhar do Norte é o estabelecimento mais frequentado pelos
mercenários e aventureiros, e como tal é o lugar mais barulhento e
perigoso para se ficar em Bryn Shander. Ao mesmo tempo, seu bar é
o melhor ponto em todas as Dez Cidades para conseguir pistas de
aventuras lucrativas, junto das últimas notícias e rumores.
Os personagens que aparecerem na taverna são prováveis de ouvir
um ou dois rumores, os quais você pode determinar ao rolar na
tabela dos Rumores das Dez Cidades.
O proprietário da estalagem, um mercenário aposentado chamado
Scramsax (veterano humano N), conhece muito bem os ciclos da vida
de um aventureiro. Ele muitas vezes facilita para clientes que estão
em meio a serviços, permitindo-lhes ficar aqui em crédito e então
apresentando-lhes uma conta inflada pelos encargos para ser
computada tão-logo eles recebam seu próximo pagamento. Aqueles
que não quitam suas contas descobrem que o velho mercenário ainda
sabe manusear uma lâmina, e que ele não recebe um “depois” como
resposta.
Velho Bitey. Estufado e montado numa placa acima da lareira no
aposento público está uma truta de cabeça chata com cicatrizes de
batalha chamada Velho Bitey, que puxou muitos pescadores nas
profundezas gélidas de Maer Dualdon antes de ser finalmente pega
por uma ladina humana chamada Kintyre e seu companheiro, um
druida humano que se autodenomina o Dissidente. Eles rebocaram o
Velho Bitey até a Olhar do Norte na esperança de vê-lo ser cozinhado
para eles, mas Scramsax o comprou deles e o estufou ao invés. Anos
depois, algum mago brincalhão conjurou uma magia no peixe
estufado de modo que ele se vira e se debate a qualquer criatura que
chega a até 1,5m dele. Ocasionalmente e aparentemente ao acaso, o
Velho Bitey canta os seguintes versos ao invés:
Há um lugar que eu gosto de ir (there’s a place I like to go)
Mais adiante ao fluxo do rio (farther up the river’s flow)
Onde fica, eu não sei (where it is, I do not know)
Deve estar abaixo de toda essa neve (must be under all that snow)
Se um personagem tiver o segredo do Caçador do Anel (veja apêndice
B), o anel de sinete que o personagem busca pode estar na garganta
do Velho Bitey, embora Scramsax não vai deixar ninguém nem
mesmo tocar no peixe, a menos que ele seja bem recompensado, e a
menos que o feito possa ser feito sem arruinar o seu troféu (o anel, se
você decidir que está aqui, está preso na garganta do peixe e pode ser
retirado sem cirurgia).
Canecas Espumantes
Os personagens podem pegar essa missão se eles começarem a
aventura em Bryn Shander ou logo após eles chegarem na cidade. Ela
começa quando os personagens descobrem sobre um grupo de anões
do escudo que foram forçados a abandonar um trenó carregado com
lingotes de ferro, os quais eles estavam transportando das minas na
base do Sepulcro do Kelvin. Os lingotes pertencem ao clã
Battlehammer e estão marcados com símbolo icônico do clã, uma
caneca espumante. Os anões pedem aos personagens para
recuperarem o trenó e entregarem os lingotes em segurança a
Lâminas Ferro Negro, ao que cada personagem receberá uma gema
como pagamento. Os personagens que completarem essa missão
também ganham 10% de desconto nas mercadorias vendidas na
Lâminas Ferro Negro – um pequeno obrigado do proprietário
agradecido do estabelecimento.
Complicações se elevam quando goblins encontram o trenó antes dos
personagens. Os personagens devem ou lutar com os goblins ou obter
os lingotes deles usando astúcia ou furtividade. Para complicar ainda
mais, os goblins têm uma carroça puxada por ursos polares famintos.
Os ursos não fazem distinção do que eles comem, então personagens
espertos podem pensar em virá-los contra os goblins.
Obtendo a Missão
Três anões do escudo friorentos se aproximam dos personagens na
Olhar do Norte ou na rua coberta de neve:
Três figuras atarracadas encobertas de trajes de frio cruzam o
caminho de vocês. Eles têm sapatos de neve pendurados em suas
costas e picaretas de gelo presas em seus cintos, e dois deles têm
barbas espessas. A terceira levanta uma mão com luva e diz,
através de um cachecol de lã espesso numa voz rouca, “Olá! Eu sou
Hruna, e esses são os meus amigos, Korux e Storn. Nós precisamos
de ajuda, e vocês parecem capazes”.
Os três anões trabalham numa mina localizada no vale na base do
Sepulcro do Kelvin. Essa mina é de propriedade e operada pelo Clã
Battlehammer, e ela fornece a maioria do ferro para os forjadores das
Dez Cidades.
Os anões vestem roupas de frio. Apenas os olhos estão visíveis. Trate-
os como plebeus que falam Comum e Anão; sendo anões, eles têm
visão no escuro num alcance de 18m e resistência a dano venenoso.
Eles carregam picaretas de gelo (1d4 dano perfurante) em vez de
clavas. Cada anão é brevemente descrito abaixo:
• Hruna fala pelo grupo numa voz rouca pelos anos de fumante. Ela
perdeu sua orelha direita e dois dedos para o frio.
• Korux olha em silêncio e não fala muito. Ele perdeu três dedos, dois
dedos do pé, e seu nariz para o frio.
• Storn tem um medo terrível de dragões brancos e olha
nervosamente para os céus como se estivesse esperando um descer
em rasante a qualquer minuto.
Se os personagens estiverem interessados em ouvir o que Hruna tem
a dizer, ela apresenta a missão:
“Nós somos os sobreviventes de um grupo de anões encarregados
de entregar um trenó com lingotes de ferro a Bryn Shander. Um
yeti nos surpreendeu e matou um membro do nosso grupo. O resto
de nós fugiu enquanto o yeti despedaçava Oobok membro a
membro. Agora nós precisamos que alguém volte e pegue o trenó
para nós. Como pagamento, nós oferecemos a cada um de vocês
uma gema no valor de cinquenta peças de ouro. A amizade dos
anões do Vale do Vento Gélido pode também ser uma benção nesses
tempos difíceis. Vocês vão precisar de sapatos de neve para fazer a
viagem em boa hora”.
Se os personagens matarem os anões e levarem a algibeira de gemas
que Hruna carrega em sua pessoa (veja “Tesouro” abaixo),
testemunhas os reportam à milícia da cidade, levando-os a ser presos
a menos que eles fujam de Bryn Shander.
Korux pode cobrir as despesas de equipamentos do grupo com
sapatos de neve se os personagens estiverem muito sem dinheiro
para pagar por sapatos de neve por conta própria.
Se os personagens recusarem a missão, os anões saem raivosos e não
perturbam mais o grupo. Eles gastam alguns dias procurando em vão
por outros para ajuda-los antes de voltar para casa.
Tesouro. Hruna carrega uma algibeira de pele de foca que contém
seis pedras de sangue (50po cada). Korux carrega 15po numa
algibeira de couro costurado de yeti. Storn carrega um cadeado
enferrujado (3po) como um fetiche de sorte; ele perdeu a chave que o
abre.
Busca pelo Trenó
Se os personagens concordarem em completar essa missão, Hruna
aponta a eles a direção que eles devem viajar – em direção ao
Sepulcro do Kelvin. O trenó se encontra a meio caminho entre Bryn
Shander e o Sepulcro do Kelvin, no meio da tundra.
Nevasca
Quando os personagens chegarem a alguns quilômetros do trenó,
uma nevasca varre tudo a partir do norte e os encobre:
Uma nevasca desce em vocês, reduzindo a visibilidade a 6m. O
Sepulcro do Kelvin sumiu de vista à medida em que a neve e o
vento uivante encobriu vocês.
Pergunte aos jogadores o que os personagens deles fazem durante a
nevasca, a qual dura 2d4 horas. Eles podem parar e esperar a nevasca
passar, ou eles podem forçar o caminho. Se não pararem e
esperarem, eles podem perder seus pertences e se desviar do
caminho é claro – ou pior, eles podem ficar separados (veja
“Nevascas”).
Restos do Oobok
Quando os personagens chegarem no local onde os anões foram
forçados a abandonar seu trenó, leia:
Vocês chegam no alto de um monte coberto de neve e veem um
corpo desmembrado e congelado na ravina à frente a vocês. A neve
cobre algumas das partes arrancadas, mas o torso sem cabeça e
vários membros são visíveis. Vocês veem rastros na neve, todos ao
redor do corpo, e os sulcos reveladores na neve deixados para trás
por um trenó que foi puxado para longe.
O corpo pertence a Oobok o anão. O yeti que o matou comeu seus Libertando os Ursos. Um personagem que passar num teste de
braços e muito dos seus órgãos internos antes de sair com a cabeça Sabedoria (Lidar com Animais) CD 12 pode se aproximar dos ursos
partida do pobre Oobok. Tanto os rastros de Oobok quanto do yeti polares sem irritá-los e usar uma ação para libertar um deles de seu
foram apagados pelo vento. Os rastros que estão presentes foram arreio. Num teste fracassado, ambos os ursos ficam hostis perante
deixados pelos goblins. esse personagem pelo resto do encontro. Um urso polar libertado não
ataca o personagem que o libertou, mas todas as outras criaturas no
Os personagens que inspecionarem os rastros ao redor do corpo
campo de batalha são caças justas. Ele comeria antes um goblin em
podem, com um teste bem-sucedido de Sabedoria (Sobrevivência) CD
vez de qualquer coisa, dado o quão mal os goblins trataram os ursos.
10, determinar que eles estão frescos (feitos na última hora) e
Os goblins correm de um urso libertado o mais rápido que puderem.
pertencem a meia-dúzia de humanoides Pequenos vestindo sapatos
de neve. Os rastros levam a sul. Os personagens que os seguirem por Tesouro. Izobai carrega duas poções de amizade animal e uma
meia-hora chegam nos goblins, que estão retardados pelo trenó que algibeira de pele de foca contendo 13pp, 25pc, e um apito de osso
eles estão puxando. (1pp). Os outros goblins carregam cada um 1d6pc em algibeiras de
pele de foca.
Goblins
Concluindo a Missão
Quando os personagens encontrarem os goblins, leia:
Trezentos lingotes de ferro estão cobertos em sacos e firmemente
As criaturas que vocês seguiram parecem ser goblins, baseado em
seguros ao trenó com alças de couro. Cada lingote pesa 1kg e está
sua estatura. Todos os seis gemem, grunhem e amaldiçoam em voz
marcado com o símbolo da caneca espumante do clã Battlehammer.
alta conforme arrastam o trenó carregado em direção ao que
Cada lingote vale 5pp a um ferreiro.
parece ser uma carroça com 6m de altura estacionada na neve.
Arreados a esse transporte estão dois ursos polares vociferantes Assim que os lingotes forem trazidos a Hruna e então entregues a
que não parecem felizes. Lâminas Ferro Negro em Bryn Shander, os personagens recebem sua
recompensa prometida, incluindo os 10% de desconto nas
Esses goblins estavam rondando pela tundra quando o batedor
mercadorias que eles comprarem na loja depois.
avançado deles, um falcão treinado, notou o trenó abandonado. A
chefa dos goblins de uma orelha, Izobai, enviou seis goblins adiante
para se apossar do trenó e de sua carga, enquanto ela e dois goblins
ficaram para trás para guardar a carroça e manter um olho nos dois
ursos polares que a puxam.

No começo do encontro, os personagens estão 36m atrás do trenó, e a

carroça dos goblins está 36m ainda mais longe. Os goblins puxando o
trenó estão muito distraídos para notar que eles estão sendo
seguidos, de modo que os personagens podem surpreendê-los.

O trenó pesa 150kg, e os lingotes de ferro adicionam outros 300kg de

peso a ele. Um único goblin pode empurrar ou arrastar 120kg, então
é preciso ao menos quatro deles para mover o trenó. Se eles
estiverem sob ataque, os goblins usam a cobertura do trenó e
retaliam com ataques ranged. No primeiro turno dos goblins em
combate, um deles sopra um chifre para alertar Izobai, que escala o
teto da carroça com uma tocha acesa numa mão e seu falcão
encapuzado pousado no seu outro braço. Desse ponto, ela observa a
batalha se desdobrar. Se ela notar os inimigos a até 18m da carroça,
ela ordena os dois goblins dentro da carroça a atirarem flechas
nesses inimigos através das lacunas nas paredes da carroça. Esses
dois goblins têm três-quartos de cobertura.

Se cinco ou mais goblins forem mortos, ou se Izobai for morta ou

capturada, os goblins restantes ficam dispostos a negociar uma
trégua, embora caiba aos personagens iniciar as negociações. Os
goblins estão preparados para desistir dos lingotes de ferro em troca
de suas vidas e liberdade.

O inverno prolongado deixou os goblins tão miseráveis quanto todo

mundo no Vale do Vento Gélido. Se os personagens agirem de forma
gentil com os goblins, oferecendo a eles um cobertor ou algum outro
presente, os goblins desistem do trenó e dos lingotes e permitem aos
personagens ficarem no caminho deles. Os goblins vêm da fortaleza
de Karkolohk. O trabalho deles é vagar pela tundra em busca de
comida e tesouros, bem como de criaturas para escravizar, mas eles
estão com frio e ansiosos para voltar à casa.

Izobai luta apenas em autodefesa. Se a derrota parecer inevitável, ela

usa sua tocha para colocar fogo na carroça e foge na tundra com o seu
falcão, seu tesouro (veja abaixo), e quaisquer goblins no veículo. A
carroça contém camas de goblins feitas de palha; elas incendeiam
rapidamente, transformando o veículo num inferno furioso no início
do próximo turno de Izobai.

Cidadela Dineval
Nas gerações passadas, os viajantes em Cidadela Dineval tiveram de
seguir a costa rochosa de Lac Dinneshere até após algumas horas
espiarem uma pequena fortaleza (a “Cidadela” a qual a cidade é
nomeada) se projetando para cima em proeminência com vista para
o lago. Uma balsa de Angraleste tornava a viagem árdua
desnecessária para os mercantes e outros viajantes, mas a balsa foi
descontinuada há dois meses, cortando Cidadela Dineval (e sua
vizinha a leste, Cidadela Konig) do resto das Dez Cidades, exceto pela
rota por terra. Os residentes da cidade estão furiosos com a
interrupção do serviço da balsa, principalmente em razão de eles não
terem recebido as entregas de hidromel da cidade de Bom Prado, e as
tavernas estão secas.
Como se as coisas não fossem ruins o bastante, o porto da cidade
congelou, e o orador da cidade, Crannoc Siever, está acamado e
aparentemente muito doente para fazer aparições públicas ou
pressionar o Conselho de Oradores para fazer a balsa de Angraleste
circular novamente.
Cidadela Dineval em Resumo
Cordialidade ❆❆ Serviços ❆ Conforto ❆
Missão Disponível. “Espadas Negras”.
População. 100.
Líder. O orador Crannoc Siever (plebeu humano LN) fala pelo povo
da cidade. Conhecido como um valentão que grita e faz teatro para
mostrar seu ponto, ele tem estado alegadamente doente por meses e
raramente faz aparições públicas nos dias atuais.
Milícia. Cidadela Dineval pode reunir até 25 soldados (use a ficha de
combatente tribal) e 2 veteranos.
Brasão. Uma torre de vigia de pedra ameiada (três merlões, duas
ameias) num campo azul escuro, com um peixe vermelho horizontal
com a face para a direita abaixo da torre, representando a vigilância,
o porto, e a tradição orgulhosa da pesca na cidade.
Sacrifício a Auril. Comida.
Rivalidades. Cidadela Konig, Angraleste.
Viagem por Terra
Um caminho coberto de neve leva de Cidadela Dineval ao Caminho do
Leste. Outros caminhos levam para Cidadela Konig e Bom Prado. Os
tempos de viagem na tabela abaixo assumem que os personagens
estão a pé; montarias e trenós reduzem esses tempos à metade.
Para Tempo de Viagem
Cidadela Konig 2 horas
Bom Prado 8 horas
Angraleste 9 horas
Bryn Shander 10 horas e meia
Locais de Cidadela Dineval
Seja chegando “por terra ou pelo lago”, os visitantes são
imediatamente confrontados pelas fortificações pelas quais a cidade
é famosa: sua fortaleza no topo do penhasco, conhecida como o Forte,
e a torre de vigia arruinada na entrada do porto congelado. Muitas
das construções da cidade, as quais datam dos fundadores
cormyrianos da cidade, enfileiram o caminho que desce o declive
íngreme do Forte ao porto, cujas docas repousam sobre a costa
rochosa. Lugares notáveis na cidade estão marcados no mapa 1.3, e o
mapa 1.4 mostra o planta do Forte.
Forte
Castelo de residência do orador da cidade
Esse pequeno castelo foi construído há mais de quatrocentos anos
pela família Dinev de Cormyr, antes das Dez Cidades existirem como
algo além de alguns acampamentos espalhados de exploradores
vivendo da terra. Os Dinevs esperavam reivindicar soberania sobre
as terras não-colonizadas do Vale do Vento Gélido. Quando o castelo,
apelidado de Cidadela Dineval, foi concluido, os trabalhadores e suas
famílias se estabeleceram nas dependências que eles construíram
mais abaixo do penhasco, junto das famílias dos retentores que os
Dinevs trouxeram consigo. Ao longo dos anos seguintes, muitos
exploradores na região vieram pessoalmente ver o Forte e alguns
chalés construídos nas sombras de suas muralhas.
Não demorou muito para a pequena cidade ser ocupada por orcs
saqueadores que vieram da tundra para colocá-la em chamas. Os
residentes da cidade tentaram se refugiar no castelo, mas os Dinevs,
alarmados pelo tamanho da horda de orcs, barraram os portões e se
recusaram a abri-los. Os orcs caíram em cima das pessoas
abandonadas e as massacraram até a última. Os Dinevs sobreviveram
à invasão inicial, mas não ao cerco que se seguiu. Após três semanas
de confinamento no Forte, os Dinevs estavam tão enfraquecidos pela
fome que não conseguiram resistir quando os orcs escalaram as
muralhas do castelo. Assim, o breve reinado da família Dinev no Vale
do Vento Gélido chegou a um fim sangrento.
O Forte permaneceu na posse dos orcs por vários anos até eles serem
repelidos por um pequeno exército de colonos humanos de outras
partes do vale que se uniram. Os vitoriosos reivindicaram o castelo e
suas terras, e aqueles com famílias as trouxeram para cá a fim de se
estabelecerem. Seus descendentes vivem aqui até hoje e mantêm viva
a memória dos feitos de seus ancestrais.
Hoje, o forte é a residência do orador da cidade, Crannoc Siever, que
recentemente cometeu o engano de abrir suas portas aos Cavaleiros
da Espada Negra. Esse grupo consiste de pessoas de todos os estilos
de vida que devem suas vidas ao arquidiabo Levisto (veja “Espadas
Negras” abaixo para descrições detalhadas do castelo e do culto a
Levisto).
Descanso dos Dinev
Estalagem fechada
Na extremidade sul da cidade está a estalagem de Cidadela Dineval,
uma construção velha e fria com janelas fechadas com tábuas e um
cata-vento torto moldado na forma de um dragão de frente. O lugar
está inativo há quase um ano.
Seis duergar se escondem no interior da estalagem decrépita e
permanecem fora de vista até o dragão de chardalyn do Xardorok
atacar a cidade (veja capítulo 4).
Escalada Colina Acima
Taverna
Essa taverna está situada a noroeste do Forte, onde ela oferece uma
vista espetacular do lago e das docas congeladas. A Escalada serve
sopa quente, mas está sem bebida, o que pode explicar por que os
moradores locais não frequentam muito o lugar como costumavam. O
proprietário, um homem de meia-idade áspero chamado Roark
(plebeu humano LB), culpa o inverno amaldiçoado e o fechamento da
balsa de Angraleste pelo infortúnio dos seus negócios. Embora ele
tenha quartos livres com camas vazias, ele alega não ter
acomodações de hóspedes disponíveis. Se os aventureiros estiverem
procurando por um lugar para descansar, ele sugere que eles tentem
o Forte. Roark não pode garantir que os atendentes do Orador
Crannoc Siever vão acolhê-los de braços abertos, dado o quão doente
o orador tem estado ultimamente.
Roark e alguns dos seus clientes sabem que algo está errado no
castelo, mas eles evitam de falar sobre isso. Roark acha que se ele
conduzir os aventureiros em direção ao castelo, eles vão descobrir o
que está acontecendo por conta própria.

Espadas Negras
Os personagens não ganham essa missão como de costume, o que
quer dizer que os residentes de Cidadela Dineval não estão contando
com ajuda dos aventureiros. A missão cai no colo do grupo se os
aventureiros decidirem visitar o Forte. Aqui vão algumas razões
pelas quais os personagens podem ir para lá:
• Procurando por uma boa noite de descanso em Cidadela Dineval, os
personagens são direcionados ao castelo por Roark ou algum outro
NPC.
• Uma triste história contada por Cora Mulphoon, a proprietária da
estalagem Tesouros Enterrados em Bremen, pode estimular os
personagens na procura do filho desaparecido dela, Huarwar, pelo
castelo.
Crannoc Siever, o orador da cidade, reside no castelo e também é um
prisioneiro. Os cultistas adoradores do diabo autodenominados os
Cavaleiros da Espada Negra assumiram o controle e confinaram
Crannoc em seu quarto enquanto espalham histórias sobre a saúde
debilitada do orador para ocultar sua presença e restringir o acesso
ao castelo. Os cultistas mantêm o orador vivo caso eles precisem dele
para fazer uma aparição pública. Eles podem também usá-lo como
refém se os moradores das Dez Cidades levantarem as armas contra
eles. Esses adoradores do diabo mantêm a discrição enquanto
buscam novos membros para se unir aos seus quadros.
Cavaleiros da Espada Negra
Os Cavaleiros da Espada Negra são uma sociedade secreta de
cultistas devotados a Levisto, o arquidiabo que governa Estígia, a
sexta camada dos Nove Infernos, dos confins de uma prisão de gelo
da qual ele não pode escapar.
Muitos dos cultistas são nativos do Vale do Vento Gélido que
pereceriam no meio selvagem se Levisto não tivesse intervindo em
prol deles. As histórias dos cultistas são sempre a mesma: o
arquidiabo chegou a eles em suas mentes à medida em que eles
congelavam até a morte, oferecendo uma segunda chance na vida em
troca de sua devoção absoluta. Após eles concordarem em seguir
Levisto, um brilho pálido captou os olhos deles na neve próxima,
levando à descoberta de um amuleto de chardalyn em forma de
espada. Cada um desses amuletos tem uma radiação interna que
fornece calor e ajuda, protegendo seu portador contra o frio
enquanto os guia seguramente de volta à civilização. Assim que seu
portador chega nas Dez Cidades, o talismã perde sua radiação
interna, embora os cultistas mantenham seus amuletos como sinais
de sua devoção ao arquiduque de Estígia (veja o “Amuleto de
Chardalyn” abaixo).
Os Cavaleiros da Espada Negra tem membros espalhados por todas
as Dez Cidades. Eles acolhem novos membros e respondem a Levisto,
que fala com eles não muito frequentemente usando uma forma
poderosa de telepatia através dos planos. Levisto recentemente os
convocou a ajudar uma outra de seus discípulos – uma maga tiefling
albina chamada Avarice – a alcançar os objetivos dela. Embora eles a
achem exigente e difícil de se lidar, eles não ousam desafiá-la.
Levisto alertou os Cavaleiros da Espada Negra de que os duergar
estão tramando a destruição das Dez Cidades. Ele acredita que os
duergar estão agindo em prol de Asmodeus, o Senhor dos Infernos e
seu encarcerador infernal, mas ele não compartilhou essa informação
com o culto. A membra viva mais velha do culto, Hethyl (uma anã do
escudo com perna-de-pau que perdeu seu pé direito para o frio),
odeia os duergar assim como a maioria dos anões. Ela convenceu os
outros membros do culto a forjar alianças com qualquer um disposto
a se opor aos duergar, incluindo bandos de aventureiros vadios.
O Forte serve como a sede do culto. A presença do culto é
precariamente mantida em segredo em Cidadela Dineval, embora
alguns moradores locais já tenham falado sobre isso.
Amuletos de Chardalyn
Os amuletos de chardalyn vestidos pelos Cavaleiros da Espada Negra
foram corrompidos pela magia de Levisto. Uma magia detectar o mal
e o bem ou mágica similar revela que os amuletos são objetos
profanados.
A cada dia no amanhecer, role um d6 para cada amuleto de chardalyn
na posse de um personagem. Numa rolagem 1, o personagem deve
passar num TR Car CD 10 ou se torna LM, a menos que o personagem
já tenha esse alinhamento. Chame o jogador do personagem num
canto para descrever como o jogador deve interpretar o novo
alinhamento. Um personagem LM almeja poder e tenta exercer o
controle sobre os outros, sendo ou cruel ou manipulador.
A mudança do alinhamento pode ser desfeita por qualquer magia que
encerrar uma maldição, mas após nove dias, ela pode ser revertida
somente por uma magia desejo ou intervenção divina.
Estatísticas de Jogo
Os Cavaleiros da Espada Negra são cultistas e fanáticos do culto LM
que falam Comum e Infernal. Eles têm o seguinte traço adicional:
Perdição do Gelo. Quando o cultista morrer, seu corpo congela por 9
dias, tempo durante o qual ele não pode ser descongelado,
prejudicado por fogo, animado, ou ressuscitado dos mortos.
Comportamento do Culto
Os Cavaleiros da Espada Negra recebem ordens de Levisto, que fala
com eles telepaticamente. O contato é de via única apenas, embora
um fanático do culto vanglorioso chamado Kadroth falsamente alega
ter o ouvido do arquidiabo.
Os cultistas evitam contato com forasteiros e, se posando de
membros da equipe do Orador Crannoc, não deixam entrar nenhum
visitante ao castelo. Se o momento for adequado, no entanto, eles
acolhem os personagens de braços abertos. Esse momento vem
quando Levisto instrui os cultistas, de maneira inequívoca, a formar
uma aliança com o grupo. Para isso acontecer, uma das seguintes
afirmações tem de ser verdadeiras:
• Um dos personagens tem o segredo Autor Fugitivo (veja apêndice
B).
• Os personagens encontraram e mataram o grupo de duergar que se
esconde no Descanso do Dinev.
• Os personagens se intrometeram nos assuntos de Nildar Sunblight
(veja “Os Invisíveis”) ou do seu irmão mais velho, Durth (veja
capítulo 2).
Assim que os cultistas forem avisados que os objetivos dos
personagens se alinham aos deles, eles vão fazer de tudo em seu
poder para deixar os personagens se sentirem seguros e felizes,
exceto desistir de sua fortaleza e de sua influência sobre o Orador
Crannoc.
Levisto diz aos cultistas para terminar a aliança se um dos seguintes
eventos vier à tona:
• Os personagens atacarem qualquer membro do culto diferente de
Kadroth, quem Levisto secretamente despreza.
• Os personagens prejudicarem Avarice, a maga tiefling albina, ou
inibir seus esforços de pilhar a cidade perdida de Ythryn.
• Os personagens desistirem de sua luta contra a ameaça duergar
ameaçando as Dez Cidades.
Entrando no Castelo
Os personagens não precisam esperar por um convite para entrar no
castelo. Eles podem fazer o caminho deles no interior usando
qualquer número de estratégias, incluindo as seguintes:
• Os personagens podem emboscar um ou mais cultistas conforme
eles saem do castelo para negócios do culto, e então usar os amuletos
dos cultistas e os trajes para se disfarçarem no estilo.
• Com a ajuda de equipamento de escalada ou magia, os personagens
podem escalar as muralhas do castelo vistas ou não-vistas.
• Os personagens podem usar uma magia encantar pessoa ou mágica
similar para convencer um cultista a deixá-los entrar.
Aproximando-se do Forte
Quando os personagens se aproximarem pela primeira vez no
castelo, leia:
Um castelo de pedra e robusto desprovido de calor e ostentação se
agacha no topo dos penhascos com vista para a cidade e para o
porto congelado. Guardando a entrada do castelo estão portas de
madeira espessas e calejadas de batalhas. Quatro torres de guarda
cilíndricas tem bandeiras desgastadas pelo vento carregando o
brasão da cidade, esvoaçante sobre os telhados cônicos e de
azulejo. Essas torres são conectadas por ameias e parapeitos
gélidos. No topo das muralhas do castelo e dentro das torres de
guarda, tochas tremeluzem.
Características Gerais
O chão coberto de neve do lado de fora do castelo é 3m mais baixo do
que o pátio do castelo. Assim, as ameias e parapeitos no topo das
muralhas externas parecem ter 6m de altura do lado de fora e 3m de
altura no interior. Os degraus de pedra gélida em cada extremidade
do pátio sobem para os topos dessas muralhas, as quais não estão
tripuladas. Seteiras nas paredes externas das torres de guarda e do
forte central fornecem três-quartos de cobertura àqueles
posicionados atrás delas.
Grande parte do castelo é iluminada por tochas não importando o
momento do dia. As portas no interior do castelo não são trancadas, a
menos que o texto estabeleça o contrário.
Defensores do Castelo
O tamanho relativamente pequeno do castelo o torna possível para
um membro do culto soar o alarme simplesmente ao gritar. Se um
alarme for acionado, os seguintes membros do culto são
encarregados em defender o castelo:
• Doze cultistas de várias raças e gêneros, que normalmente residem
no térreo das torres de guarda (área C4).
• Dois fanáticos do culto (um humano chamado Huarwar Mulphoon e
uma tiefling chamada Fel Suparra), que normalmente guardam a
portaria (área C6).
Locais do Forte
Os seguintes locais estão marcados no mapa 1.4.
C1. Portão Principal
Dois rastrilhos de ferro baixadas e duas portas de madeira fechadas
selam o castelo. A portaria (área C6) abriga os mecanismos que
levantam e abaixam o rastrilho, bem como abre e fecha ambas as
portas. Magias arrombar e mágica similar podem superar essas
barreiras, as quais de outra forma requerem armas de cerco para
forçar a abertura.
Guardas do Portão. Os personagens que ficarem do lado de fora do
portão principal e anunciarem sua chegada podem falar com os
guardas da portaria. A menos que Levisto tenha lhes dito para fazer
de outra maneira, eles negam a entrada aos personagens, declarando
que o “Orador Crannoc Siever está muito doente para interagir com
hóspedes!”. Se os personagens alegarem ter um ou mais curandeiros
entre eles, os guardas respondem “O Orador Crannoc Siever não tem
necessidade dos seus rituais curativos!”.
C2. Pátio Nevado
Pegadas na neve leva a várias portas ao longo do perímetro desse
pátio, incluindo uma porta dupla alta ao forte, com sua fileira de
seteiras nada convidativas e janelas barradas no andar superior. A
leste da porta dupla está uma construção pequena de andar única
com um telhado inclinado coberto de neve. A oeste da porta dupla
há duas barracas de mercador inutilizada com copas rasgadas.
Escondido abaixo de algumas escadas gélidas no canto noroeste
está uma cabana de madeira delgada com uma lua crescente
esculpida em sua porta frágil.
A cabana é um anexo, atualmente vazio. Muitos rastros levam a ela e
a partir dela.
C3. Canil e Armazém de Trenós
Seis cães de trenó amistosos (use as estatísticas de lobo) estão
abrigados no interior desse canil. Eles latem alto sempre que alguém
se aproxima a até 3m da porta. Os cultistas podem ouvir os latinos,
mas escolhem ignorá-los.
Um trenó está armazenado aqui, junto de arreios e rédeas para cães.
Garoto do Canil. Dormindo em meio aos cães está um jovem calishita
de oito anos chamado Alassar Sulmander (não-combatente humano
N). Ele foi encontrado se escondendo dentro de um engradado de
suprimentos que estava sendo entregue ao castelo há mais de um
mês e agora faz tarefas servis para os cultistas. Alassar conhece a
disposição do castelo (níveis 1 e 2), e ele pode ser coagido ou
subornado a ajudar os personagens. Ele pode se mover pelo castelo
sem levantar suspeitas.
C4. Torres de Guarda
O nível inferior de cada torre contém três cultistas descansando. As
mobílias nesse nível incluem seis camas de madeira com peles e baús
de cama correspondentes (onde os cultistas guardam suas roupas de
frio). Um braseiro de cobre cheio de carvões quentes está situado no
meio do aposento. Projetando-se da base do braseiro está um fole
que pode ser bombeado para reaquecer os carvões secos.
Uma escadaria de madeira abraça a parede externa conforme sobe
para o segundo nível, o qual está sem mobília. Lufadas de vento
entram pelas seteiras nesse nível.
Torre Noroeste. Essa torre tem duas características adicionais no seu
térreo: um alçapão de pedra no chão, abaixo do qual está uma escada
que desce para a área C16, e uma passagem secreta para o escritório
do orador (área C9). A porta secreta é notada automaticamente por
um personagem que examinar essa seção da parede.
C5. Arsenal
No meio desse pequeno aposento está uma estante com vinte lanças,
e o resto encostada na parede dos fundos é um baú de madeira
destrancado contendo seis frascos de fogo alquímico. Suspensos em
ganchos nas paredes estão oito arcos longos e oito aljavas. Cada
aljava contém cinquenta flechas.
C6. Portaria
Essa câmara está equipada com um sistema de rodas que levantam a
ponte levadiça e abrem as portas externas. No meio do chão estão
buracos através dos quais as flechas podem ser atiradas ou o fogo
alquímico pode ser derramado. A parede sul tem uma fileira de cinco
seteiras construídas nela.
Duas camas de madeira cobertas com peles estão no canto nordeste
do aposento. Dos dois fanáticos do culto parados aqui, um faz a
guarda enquanto o outro dorme. Esses indivíduos são descritos
brevemente abaixo:
• Huarwar Mulphoon é um humano pessimista e cismado no final das
suas duas décadas de anos, o filho de Cora Mulphoon (veja “Tesouros
Enterrados”).
• Fel Suparra é uma tiefling. Ela tem visão no escuro num alcance de
18m e resistência a dano de fogo. Como amiga e mentora de Huarwar,
ela é uma das maiores responsáveis por tirá-lo de sua mãe e
empurrá-lo para os quadros do culto.
G7. Grande Salão
A porta dupla que leva ao pátio (área C2) pode ser fechada com uma
barra transversal enorme. Leva uma ação para deslizar a barra para o
lugar o retirá-la.
Esse outrora grande salão é fracamente iluminado por
candelabros que estão em sua maioria com velas faltando. Três
longas mesas no centro do salão estão bagunçadas com talheres
sujos, os quais um jovem servo tiefling está lentamente retirando.
Uma escadaria de pedra sobe para um par de sacadas com 6m de
altura que abraçam as paredes. No patamar norte, diretamente à
frente da entrada principal, um banner está suspenso revelando o
brasão da cidade: uma torre de vigia de pedra num campo azul
escuro, com um peixe vermelho horizontal virado para a direita
abaixo da torre.
O servo é um tiefling não-combatente de quatorze anos chamado
Mere, quem Kadroth encontrou implorando por comida em Bryn
Shander. Mere tem medo de Kadroth e gostaria de sair da influência
dele, mas não consegue descobrir como. O servo conhece a
disposição de todos os níveis do castelo, mas não pode ser coagido ou
subornado em ajudar os personagens até Kadroth não ser mais uma
preocupação. Mere pode se mover pelo castelo sem atrair muita
suspeita, mas ele treme na presença de Kadroth.
Mere sabe da aliança do culto com Levisto e da sua animosidade
perante os duergar. Mere também se encontrou com a maga tiefling
albina que se abrigou na cisterna (área C22).
C8. Morada do Orador
Essa sala de estar bem arrumada é onde Crannoc Siever costuma se
encontrar com visitantes, seja hóspedes distintos ou pessoas da
cidade preocupadas. As mobílias confortáveis abundam, e os cultistas
mantém uma fogueira queimando na lareira.
Posicionado no lado de fora da porta ao escritório do orador (área
C9) está um sádico um pouco desastrado (cultista humano) chamado
Thoob, cujo trabalho é servir de empregado do Kadroth. É um papel
em grande parte ingrato que vem com uma montanha de abuso
verbal. A única vez que Thoob se sente recompensado é quando
Kadroth o ordena a repassar instruções a um outro cultista, no efeito
de empoderar Thoob ao chefiar os outros em nome do Kadroth.
C9. Escritório do Orador
Kadroth (fanático do culto tiefling barrigudo LM) tem visão no escuro
num alcance de 18m e resistência a dano de fogo. Desse escritório
usurpado, ele coordena todas as atividades do culto nas Dez Cidades.
É um papel que ele cavou por conta própria afirmando que ele tem
laços fortes com Levisto. Ele está no comando pela força bruta da
personalidade, embora lhe irrite que Hethyl Arkorran (veja área C13)
tenha mais respeito e influência dentro do culto. Kadroth não envolve
Avarice (veja área C21) nos assuntos do culto porque ele teme a
habilidade de conjuração dela e sua conexão com a Irmandade
Arcana. Ela pode dominar o culto a qualquer tempo que quiser, e
Kadroth não quer dar a ela qualquer razão de fazê-lo.
Com todas as suas maquinações políticas, Kadroth é um visionário
que já deixou o culto mais forte através de suas ações e decisões. Ele
passa as horas por trás de sua escrivaninha olhando na lareira
queimando e atraindo inspiração das chamas crepitantes. A
perturbação mais leve o zanga.
Kadroth aprecia a sabedoria em manter a ilusão de que o Orador
Crannoc Siever ainda está no comando, se for apenas para impedir o
povo de Cidadela Dineval de se tornar inquieto. Assim, quando
necessário, Kadroth tem o orador da cidade trazido para o escritório
dele para assinar documentos oficiais.
Anel de Chaves. Além das suas armas e regalias do culto, Kadroth
carrega um anel de chaves que podem trancar ou destrancar
qualquer porta no interior do castelo.
C10. Quartos dos Servos
Esse aposento é para os servos descansarem, se banharem, e
limparem seus uniformes, e as mobílias refletem muito isso. Após
assumir o castelo, os cultistas aprisionaram muitos dos servos do
orador (na área C24) porque eles não poderiam ser confiados,
retendo apenas o cozinheiro (veja área C11). Mere, o servo tiefling do
culto (veja área C7), dorme aqui também.
Suprimentos. Encostado na parede oeste estão três barris de tochas
próximos a uma grande e estocada pilha de madeira cortada.
C11. Cozinha
Essa cozinha fede a peixe. Ela é mobilhada com fogões de pedra,
uma lareira para assar espetos de carne e ferver sopas, e com
bancadas de blocos de madeira. Um cozinheiro corpulento se
ocupou numa mesa enquanto uma chaleira assopra vapor sobre
um fogueira na lareira. Um canil perto da porta abriga um par de
cabras.
As duas cabras são inofensivas e vão comer qualquer coisa. O
cozinheiro, um humano chamado Karou Salafan (plebeu humano NB),
não foi substituído pelos cultistas porque ele sabe cinquenta
maneiras diferentes de se cozinha e preparar uma truta de cabeça
chata. Embora ele tenha conhecimento sobre os assuntos do forte, ele
não quer saber sobre qualquer negócio sombrio, de modo que ele
mantém sua cabeça baixa e seus lábios firmemente fechados.
C12. Dormitório do Kadroth
Um espelho dourado e grande cobrindo boa parte da parede leste é o
que faz Kadroth querer esse quarto para si. Outras mobílias incluem
uma mesa e cadeira de madeira ornadas, onde Kadroth faz suas
refeições. O gato negro de Kadroth, Touche, é o único ocupante da
câmara, embora Mere (veja área C7) rotineiramente alimente a
fogueira para assegurar que o quarto permaneça quente.
C13. Quatro da Adivinha
Uma corrente de ar frio sopra através desse dormitório apesar do
fogo vociferante na lareira. Empacotada sob uma colcha espessa e
sentada numa cadeira de balanço em frente à fogueira está uma
anã venerável com uma estaca de madeira onde seu pé direito
deveria estar. Próximo a ela, numa mesa pequena, está um prato
de comida. “Eu temi esse momento”, ela diz.
A anã do escudo na cadeira de balanço é Hethyl Arkorran, uma não-
combatente. Ela é a adivinha do culto e membra mais idosa – muito
idosa, na verdade, para fazer mal a alguém. No prato próximo a ela
está um filé de truta de cabeça chata coberto de leite de cabra. Hethyl
não vai tocar nisso, porque ela está de saco cheio de trutas.
Hethyl é uma criatura sem coração – não cruel de ódio, apenas
insensível de uma maneira indiferente e mesquinha. Ela não esconde
a verdade ou mede palavras, e ela sabe que sua alma vai para os Nove
Infernos quando ela morrer. Ela também vê vislumbres do futuro, o
que significa que ela raramente se choca pelo que acontece ao redor
dela. Essas revelações mantiveram os cultistas um passo à frente dos
seus inimigos por um bom tempo, mas a saúde de Hethyl está
fraquejando, e não há nada que possa ser feito por ela dada a sua
idade. Ela considera Kadroth um líder valoroso, mas perdeu seu
respeito quando ela lhe disse que Levisto o despreza completamente.
Kadroth tentou o máximo esquecer essa conversa e olhar adiante
para o dia em que Hethyl cair morta.
Hethyl previu sua condenação. Ela vai morrer de causas naturais
imediatamente após compartilhar a seguinte informação com os
personagens:
• Xardorok Sunblight, um senhor de guerra duergar, vai conquistar o
Vale do Vento Gélido, a menos que os personagens o derrotem.
• Xardorok tem uma fortaleza na superfície, escondida na Espinha do
Mundo. Ela contém, dentre outras coisas, uma forja empoderada pelo
coração ainda pulsante de um dragão vermelho.
• Xardorok tem um plano para a destruição sistemática das Dez
Cidades, o qual os personagens podem descobrir se eles buscarem
essa fortaleza.
• Os personagens vão morrer se eles encararem Xardorok muito
cedo. Eles devem testar sua coragem contra os horrores que
assombram as fronteiras mais longínquas do Vale do Vento Gélido
antes de esperarem sobreviver aos perigos da fortaleza de Xardorok.
C14. Dormitório do Orador
Esse aposento está imaculadamente mobilhado. Ele tem todos os
traços de um dormitório real, incluindo uma cama macia, colchas
quentes, tapeçarias elegantes, e um penico dourado. Barras ao
longo das janelas dissipam o ar de luxúria de alguma forma, assim
como a guarda posicionada logo no interior da porta.
Um cultista humano chamado Yajath tem a tarefa inevitável de
proteger o Orador Siever e assegurar que ele não saia desse
aposento. Assim que os personagens lidarem com Yajath, eles podem
contar com o orador:
Agachado no canto mais a fundo do aposento está um homem
pálido vestindo um pijama. Ele tem uma barba malcuidada e
parece ocupado preenchendo um penico. “Hora perfeita”, ele diz,
com um sarcasmo na voz.
O Orador Crannoc Siever (plebeu humano LN), um homem não-
casado de 49 anos, tem estado preso na casa há duas semanas.
Embora ele não seja a imagem da boa saúde, ele não está
terminantemente doente, conforme a propaganda do culto faz os
outros crerem. A única vez que Crannoc tem permissão para sair
desse aposento é quando Kadroth precisa dele para assinar
documentos na área C9.
Os cultistas mataram os guardas do orador, mas estão mantendo os
servos dele vivos. Crannoc foi alertado de se comportar, ou os seus
servos pagam o preço final. Ele não sabe onde os servos estão sendo
mantidos, mas ele sabe que o cozinheiro ainda está fazendo refeições.
Ele suspeita que o resto esteja sendo mantido na cisterna abaixo do
castelo.
Crannoc não fica feliz até ele recuperar o controle do castelo e seus
captores serem punidos por seus crimes. Ele tem pouco a dizer sobre
seus captores, uma vez que eles não compartilham informações com
ele:
• Seus captores chegaram sob falsos pretensões, alegando serem
árbitros neutros empregados pelo Conselho dos Oradores para
ajudarem Cidadela Dineval a solucionar suas disputas de pesca com
Angraleste e Cidadela Konig.
• O único com autoridade para tomar decisões é um tiefling chamado
Kadroth, que responde alguém chamado Levisto.
C15. Velha Biblioteca
Esse aposento foi ateado em fogo há anos e nunca foi reparado. A
evidência permanece nas prateleiras do chão ao teto ao longo das
paredes. Um sopro vem de uma lareira apagada, mexendo as teias
de aranhas ao redor dela.
Os fundadores de Cidadela Dineval, a família Dinev, trouxe consigo
uma extensiva coleção de livros raros. Essa coleção, armazenada
aqui, foi queimada pelos orcs quando o castelo foi saqueado há
muitos anos. O aposento não foi usado desde então.
C16. Abaixo do Castelo
Se os personagens bisbilhotarem através do alçapão aberto na torre
de guarda noroeste, leia:
Uma escada de madeira se agarra à parede oeste, fixada no lugar
com suportes de ferro. A escada desce 3,6m para um salão feito de
alvenaria aceso e aquecido por quatro tochas crepitantes.
Estendendo-se da extremidade leste do salão está uma cisterna
cheia de água. Um pequeno barco a remo está amarrado próximo
à borda da água.
Uma passagem com 1,5m de largura por 2,4m de altura na parede
norte leva à área C17. Para mais informações sobre a cisterna e o
barco a remo, veja área C18.
C17. Armazém Frio
Esse aposento está vazio, exceto por quatro corpos embrulhados
em lençóis alocados lado a lado no chão.
Os corpos são os restos de quatro cultistas (três humanos e um
halfling) que foram mortos pelos guardas do orador durante a
tomada hostil do castelo. O chão está congelado demais para enterrá-
los, então eles estão sendo mantidos aqui no armazém de frios.
Mobílias velhas costumavam ficar aqui, mas ela foi há muito
quebrada em gravetos e queimadas para o aquecimento.
C18. Cisterna Oeste
Degraus de pedra descem na água gélida que parcialmente inunda
esse túnel arqueado com 6m de largura, o qual continua a leste na
escuridão. O teto arqueia 6m acima da água, a qual tem 2,4m de
profundidade. O barco a remo amarrado na borda da água parece
seguro ao uso.
Qualquer personagem que der mais do que um olhar de relance na
água gelada pode ver corpos semicongelados engolidos próximos do
fundo, pesados por seus camisões de malha. Há seis corpos humanos
e seis corpos de anões ao todo – os restos dos guardas do castelo
mortos pelos cultistas.
Uma passagem com 1,5m de largura por 2,4m de altura adentra a
parede norte 6m para além do barco a remo, levando para a área C19.
Uma passagem similar mais adiante a leste leva a sul para a área C20.
Porta Leste. Na extremidade leste da cisterna está uma tábua
quadrada de 3m com 60cm de espessura de mármore azul
semisubmersa que bloqueia o acesso à área C23. Essa tábua está
longe o bastante para os personagens vê-la sem tochas ou visão no
escuro, a menos que eles se movam adiante na cisterna. A alavanca
que abaixa ou levanta esse portão está na área C22. O portão pode
também ser aberta com uma magia arrombar ou mágica similar.
Barco a remo. Esse barco vem com dois remos e pode comportar
dois personagens Médios mais seus equipamentos.
C19. Armazém
Os personagens podem usar o barco a remo para chegarem nessa
área, cujo piso está acima do nível da água da cisterna (área C18). Um
rato inofensivo rói a quina de um saco de grãos deitado no chão. Esse
aposento no mais está vazio.
C20. Santuário a Levisto
O frio cobre o chão desse aposento escuro quadrado com 4,5m. A
sua esquerda e direita estão túneis estreitos, e à frente da entrada
se encontra um pilar com 2,4m de altura de gelo com uma figura
humanoide de pele pálida e chifrudo preso no interior dele. O pilar
está encoberto de correntes negras, e a parede atrás dele está
coberta de fungos marrons.
A figura no pilar é um manequim de madeira pintado e vestido para
lembrar o arquidiabo Levisto. O manequim foi encoberto de gelo, o
qual foi esculpido na forma de um pilar e encoberto de correntes. O
gelo é mantido congelado sempre pela porção quadrada de 3m do
bolor marrom crescendo na parede atrás dele (veja “Bolor Marrom”
no Guia do Mestre). Qualquer criatura que tocar o pilar de gelo fica
perto o bastante do bolor marrom e é afetada por ele.
Qualquer personagem que passar num teste de Inteligência
(Religião) CD 10 pode adivinhar, corretamente, que os cultistas usam
essa efígie coberta de correntes e congelada como um altar.
C21. Quarto de Avarice
Esse aposento é o quarto particular de uma tiefling albina que se
senta numa pequena escrivaninha no escuro, escrevendo num livro
com capa de couro branco. Um corvo negro repousa num dos
chifres dela e parece ler em conjunto a escrita dela. Sem tirar os
olhos da página, ela diz a vocês “Saiam”.
Outras mobílias nesse armazém original incluem um tapete
vermelho, uma cama estreita, e um espelho solto numa moldura de
madeira, nenhuma das quais de importância.
A tiefling albina é uma membra da Irmandade Arcana chamada
Avarice. O corvo é o familiar dela, Skelm. Levisto enviou uma
mensagem telepática a Avarice, incitando-a a não antagonizar com
um certo grupo de aventureiros até eles a ajudarem a alcançar seu
objetivo: a perdida cidade netherense de Ythryn. Ao perceber que os
personagens são aqueles que Levisto a alertou, ela tenta ser o mais
hospitaleira possível, mas não vai discutir por que ela está aqui ou o
que ela está buscando.
Se ela não se sentir mais segura no castelo, Avarice sai sem lutar (há
muitos outros lugares nas Dez Cidades onde ela pode se sentir
confortável).
As duas gárgulas de Avarice, Gargle e Gurgle, não estão presentes. Ela
recentemente as enviou para espionar seus rivais arcanistas. Avarice
pode falar com as suas gárgulas telepaticamente, graças à magia
ligação telepática de Rary dela, e as ordena a voltar para o castelo tão
logo os personagens a confrontem. Se os personagens matarem ou
capturarem Avarice, as gárgulas os atacam à medida em que eles
saem do forte.
Tesouro. Avarice guarda seu cajado do frio dentro de um alcance
fácil. Quando ela não estiver escrevendo em seu grimório, ela o enfia
numa sacola costurada com pele. Veja a descrição de Avarice no
apêndice C para mais informações sobre o grimório.
C22. Alavanca de Ferro
Esse aposento apagado está vazio, exceto por uma alavanca de ferro
que se projeta de uma placa de ferro inserida na parede norte. Essa
alavanca levanta e abaixa a tábua de mármore azul que sela a área
C23.
C23. Cisterna Leste
A cisterna escura continua por outros 12m para além da tábua de
mármore azul. A água nessa parte da cisterna é agradecidamente
livre de corpos semicongelados. Um túnel estreito escavado na
parede norte leva à área C24.
C24. Prisioneiros
Após os cultistas assumirem o castelo, eles prenderam muitos dos
servos nessa área.
Um túnel com 1,5m de largura por 2,4m de altura leva a um
aposento frio e escuro que fede a lixo.
Cinco dos servos do orador (plebeus humanos desarmados) foram
aprisionados aqui pelo culto nas últimas duas semanas. Eles todos
estão malnutridos, posto que os cultistas os alimentam uma vez a
cada alguns dias. Os servos são brevemente descritos abaixo:
Lanthis Alderdusk tem 64 anos e é o assistente, tabelião e escriba do
Orador Crannoc. Ele é agressivo e ágil para a sua idade.
Elprekt Norbrav tem 55 anos, é alto, esqueleticamente magro, e
decadente. Ele é o mordomo.
Mylbara Norbrav tem 45 anos, é robusta, e é a esposa de Elprekt. Ela
é a tradutora para Anão do orador.
Tam Sharf tem 30 anos, é muda, e é uma ladra pequena procurada
por um assassinato em Luskan. Ela é a empregada do orador.
Dassir Ravenscar tem 25 anos e é tímido. Ele é o cuidador de cães do
orador.
Esses servos decidiram montar uma fuga da prisão. Quando eles
ouvem a abertura da tábua de pedra azul na área C23, eles se
escondem. Se os personagens tornarem suas identidades conhecidas
antes de entrarem no aposento, os servos se aproximam e imploram
aos personagens para os libertarem. Do contrário, os servos tentam
emboscar o primeiro personagem a entrar no aposento. Eles rolam
iniciativa como um grupo e fazem uma única tentativa de agarrão,
com vantagem na rolagem do d20 (não aplique nenhum modificador
à rolagem). Se eles falharem em agarrar o personagem, eles correm
para os cantos mais fundos do aposento e se amontoam derrotados.
Resultado: Aliança Negra
Os personagens que forjarem um relacionamento amistoso com os
Cavaleiros da Espada Negra podem usar o Forte como uma base de
operações, indo e vindo dele contanto que essa aliança negra
persista. A torre de guarda nordeste é deixada para eles ficarem.
Avarice tenta minimizar seu contato com o grupo durante esse
tempo; enquanto isso, suas gárgulas fazem rondas no topo da torre
de guarda sudoeste, de onde elas podem observar as idas e vindas
dos personagens.

Resultado: Derrotando os Cultistas

Se os personagens derrotarem os cultistas e libertarem o Orador
Crannoc Siever, o orador lhes pede para convocar a milícia da cidade
de modo que o castelo possa ser refortificado. Dali em diante, o
orador deixa os personagens descansarem no castelo sempre que
precisarem. Sua casa é o lar deles, por assim dizer. Os personagens
vão rapidamente descobrir que o orador é um fanfarrão e tição que
gosta de viver como um rei por trás das muralhas de seu castelo.

Sem seus líderes, Kadroth e Hethyl, os Cavaleiros da Espada Negra

ficam sem norte até Avarice finalmente dar um passo para preencher
o vácuo de poder. Os personagens estão condenados a cruzar o
caminho dos cultistas novamente no capítulo 8.

Cidadela Konig
Os declives brancos e cobertos de neve do Sepulcro do Kelvin se
agigantam atrás dessa calma cidade à beira do lago. Cidadela Konig
começou como um acampamento para um grupo de alpinistas da
região norte do Mar da Lua. Conforme o acampamento cresceu, uma
paliçada de madeira foi adicionada para desencorajar invasores.
Depois veio o castelo de pedra de Cidadela Konig. Infelizmente, nem a
paliçada nem o castelo terminaram bem; ambos caíram para orcs
antes de virarem ruinas.
Cidadela Konig como é conhecida hoje consiste de fileiras de casas
ladeadas que se recuam perante a margem do Lac Dinneshere como
as camadas de um anfiteatro. O porto está congelado, suas docas
enviesadas e quebradas pelo gelo em mudança. Enterrado sob a neve
nos declives acima da primeira fileira de casas estão as ruinas do
Forte que dão à cidade seu nome – um lembrete às pessoas de
Cidadela Konig de que nada persiste nesse canto do mundo.
Viajar para e dessa cidade remota era acelerado pela balsa que saia
de Angraleste, mas com a circulação da balsa fechada, Cidadela Konig
está completamente cortada pelas montanhas, lago, e neve. Forçado a
viver do que eles conseguem transportar para fora do lago congelado,
o povo de Cidadela Konig é amargurado e irritadiço. Eles acreditam
que o resto das Dez Cidades os abandonaram. A única coisa que
impede o povo de ir embora é a cerveja da taverna local, que nunca
parece acabar.
Como se as coisas não fossem ruins o bastante, a cidade sofreu vários
assaltos misteriosos recentemente, com nenhuma evidência dos
invasores, exceto rastros de bota de anão na neve levando a norte.
Uma vez que não há nenhum assentamento nessa direção, o povo
assume que o inverno eterno de Auril teve um efeito negativo nos
anões do Sepulcro do Kelvin, forçando-os a descer a montanha em
busca de comida ou bebida. Na verdade, a cidade está assaltada pelo
duergar invisível em busca de chardalyn.
O orador da cidade, um draconato pinguço chamado Trovus, patrulha
à noite para ficar atento contra problemas. No seu estado
embriagado, no entanto, Trovus fica rendido a vagar no lago gélido
ou passar pelas docas decrépitas, e ele quase nunca se lembra de suas
patrulhas noturnas assim que sua cabeça clareia.
Cidadela Konig em Resumo
Cordialidade ❆❆ Serviços ❆❆ Conforto ❆❆❆
Missão Disponível. “Os Invisíveis”.
População. 150.
Líder. O orador Trovus (veterano draconato prateado NB), um
aventureiro aposentado, representa a cidade. Trovus persuadiu seu
povo camarada com seus músculos e bom humor, embora ele seja
embotado demais para ser um bom político e bebe demais.
Milícia. Cidadela Konig pode reunir até 25 soldados (use a ficha de
combatente tribal) e 2 veteranos.
Brasão. A silhueta de um peixe branco se erguendo do centro no
fundo de um campo azul escuro, que tem uma borda branca em todos
os lados, exceto em sua base. O peixe significa o comércio pesqueiro
local, e a borda quebrada representa a neve e o porto ao redor da
cidade.
Sacrifício a Auril. Comida.
Rivalidades. Angraleste, Cidadela Dineval
Viagem por Terra
Um caminho coberto de neve com 4,5 km liga Cidadela Konig à cidade
vizinha de Cidadela Dineval. Os personagens a pé podem caminhar
por esse caminho em 2 horas; montarias e trenós reduzem esse
tempo à metade.
Locais de Cidadela Konig
Os seguintes locais estão marcados no mapa 1.5.
Anzol, Linha e Chumbada
Taverna
Essa taverna deve sua popularidade aos meio-litros gratuitos de
cerveja que o proprietário, Eglendar “Glen” Korr (plebeu meio-elfo
NB), fica na mesa próxima à porta da frente. Ele segura forte na mão
de cada pessoa que faz uma parada (o anzol), o que compele a
maioria delas a ficar e fazer um segundo ou terceiro pedido (a linha).
A parte da “chumbada” no nome da taverna se refere tanto ao último
pedido de bebida da noite quanto – quando os moradores locais
desafiam os visitantes numa disputa de bebida – à última bebida que
leva concorrente perdedor para debaixo da mesa.
Glen consegue sua cerveja dos anões que vivem no bale aos pés do
Sepulcro do Kelvin, e ele paga a Jarthra a anã (veja “Expedições no
Gelo Distante” abaixo) para trazer isso a ele.
Expedições no Gelo Distante
Alfaiate de Aventureiro
Administrada por um patrulheiro experiente chamado Atenas Swift
(batedor humano NB), essa loja vende equipamento de aventura.
Atrelada à loja está uma cabine de madeira trancada onde Atenas
armazena um par de trenós e um cantil onde ele mantém uma dúzia
de cães de trenó saudáveis (use a ficha de lobo para representa-los).
Seis cães são suficientes para puxar cada trenó. Ajudando Atenas a
administrar a loja está uma guia de montanhas experienciada
chamada Jarthra Farzassh (batedora anã do escudo LB). Os dois
possuem um excelente relacionamento, misturado com algumas
nervuras competitivas.
A idade chegou para Atenas. Ele pode sentir o frio nas suas
articulações e se aventura bem menos do que outrora. Hoje, ele
prefere ficar em ambiente fechado, enquanto oferece os serviços de
Jarthra como guia do meio-selvagem.
A Luz Nortenha
Estalagem
A estalagem tem esse nome por causa de uma lanterna mágica que
certa vez ficava suspensa acima de sua porta de entrada. Um duergar
invisível a roubou recentemente, retirando um pouco do charme do
estabelecimento.
A estalagem é mantida pelas irmãs Shorard (plebeias humanas NB). A
mais jovem, Allie, é ágil e encantadora; ela recebe os hóspedes e faz
toda a limpeza. A mais velha, Cori, é robusta e carrancuda; ela cuida
das provisões da estalagem e faz tudo na cozinha. As irmãs lançam
olhares perniciosos entre si e brigam nos bastidores, mas nada chega
às vias de fato, como evidenciado pelo fato de que elas estão
administrando a estalagem juntas por mais de uma década.

Os Invisíveis
Os personagens podem pegar essa missão se eles começarem a
aventura em Cidadela Konig ou quando eles chegarem na cidade. Ela
começa à medida em que os personagens entrarem na vila silente, a
qual está sendo atormentada por ladrões invisíveis.
Liderados pelo filho mais novo de Xardorok Sunblight, Nildar,
duergar invisíveis estão em Cidadela Konig em busca de chardalyn,
levando quaisquer coisas interessantes que eles encontrarem de
volta ao posto avançado deles ao lado do Sepulcro do Kelvin. Cabe
aos personagens decidir se eles vão ajudar as pessoas de Cidadela
Konig a restaurar seus itens de valor roubados, ou confrontar os
duergar para seu próprio ganho pessoal.
Obtendo a Missão
A cidade se encontra silenciosa no sopé do Sepulcro do Kelvin.
Algumas pessoas empacotadas de roupas se misturam por entre as
casas desgastadas pela neve, mantendo suas cabeças para baixo,
quase se incomodando em olhar para vocês à medida em que vocês
passam por elas.
Uma pilha de neve se agita conforme vocês passam por ela, e
alguém escondido abaixo dela de repente se levanta. A figura olha
ao redor e grita “Quem está ai? São ladrões? Eu encontrei esses
bastardos aduladores?”
Quando ele puxa o cachecol cobrindo sua face, vocês veem que se
trata de um draconato prateado segurando uma garrafa de vinho
vazia como se fosse uma arma. Ele arrota, sorri para vocês, e diz
“Perdoem meus modos. Estou um pouco ansioso com toda essa
ladroagem aqui. Eu sou Trovus, o orador da cidade”.
Trovus (veterano draconato prateado, NB) passa a maior parte dos
seus dias bebendo e relembrando seus dias passados de aventureiro.
Ele faz patrulhas à noite em busca de ladrões, mas após uma outra
noite de bebedeira, ele caiu na neve por algumas horas. Ele não
nenhuma lembrança de como ele foi parar na pilha de neve ou por
que ele estava bebendo do lado de fora em primeiro lugar. Se ele for
perguntado sobre os ladrões, Trovus respira fundo, tentando
suprimir seus soluços, antes de explicar a situação:
“A cidade tem tido problemas com ladrões. Ninguém tem visto
nada, na verdade. Na outra noite, a lanterna da Luz Nortenha foi
roubada. Cori não vai me deixar pegá-los porque eu não fui capaz
de encontrar esses responsáveis. Não ainda, pelo menos. Mas eu
tenho uma suspeita sobre isso”.
Se não for parado, Trovus começa um longo discurso sobre as
aventuras que ele engajou nos seus dias mais jovens. Suas histórias
incluem uma onde ele chutou um meio-ogro num rio e o olhou boiar
enquanto ele lhe gritava profanidades. Uma outra fala do momento
que ele enganou um grupo de kobolds que acreditavam que ele era
um dragão na forma humanoide. Se os personagens perguntarem
sobre a lanterna desaparecida, ele oferece de leva-los à estalagem
local para eles conversarem com as irmãs Shorard, que administram
o estabelecimento. Ele parece menos incomodado pelo frio do que
qualquer outra pessoa no assentamento, devido à sua ancestralidade
do dragão prata. Conforme eles andam, Trovus fala sobre o que foi
levado de Cidadela Konig nas últimas três noites:
• Uma lanterna mágica que muda de cor, levada da estalagem local.
• Um par de cabras, roubadas da taverna local.
• Um saco pequeno de pérolas esculpidas em contas decorativas,
desaparecida das estocagens da Expedições no Gelo Distante.
Se os personagens indagarem sobre uma recompensa por lidarem
com os ladrões, Trovus explica que a cidade não tem dinheiro para
pagar a alguém que investigue o assunto. Muitas dos itens valiosos da
vila já desapareceram, de modo que há muito pouco restante para se
usar como compensação.
Irmãs Prestativas
Trovus guia os personagens através de Cidadela Konig para a Luz
Nortenha na borda leste da cidade. Um gancho vazio, feito para
carregar uma lanterna, está suspenso sobre a entrada da estalagem.
A estalagem parece estar em grande parte vazia. Uma jovem
mulher dá uma olhada à medida em que vocês entram, dando a
Trovus um sorriso repreensivo, e diz “Dormiu do lado de fora
novamente? Eu to lhe dizendo, Trovus, um dia você vai ter de parar
de contar com a gentileza de estranhos”.
A mulher então abre uma porta para dentro do que parece ser
uma cozinha e anuncia “Esquenta algo para Trovus. Ele estava
‘patrulhando’ de novo”.
A mulher, Allie, é uma das irmãs Shorard (plebeias humanas NB), que
são donas da estalagem. A outra dona, Cori, está trabalhando na
cozinha. Allie assenta Trovus numa cadeira antes de se aproximar
dos personagens. Ela confirma que a cidade tem experienciado
assaltos e roubos ultimamente, mas ninguém testemunhou um
culpado em potencial. A única pista é um conjunto de rastros que
levam na direção do Sepulcro do Kelvin. Allie acha que os rastros
foram feitos por anões que vivem no vale na base do Sepulcro do
Kelvin. Ela suspeita que o inverno interminável deixou os anões
desesperados por comida e cerveja, embora ela não possa explicar
por que os anões roubariam a lanterna da estalagem e outros itens de
valor. Allie também ficou surpresa que ninguém em Cidadela Konig
viu ou ouviu os anões, frisando que “Um anão quieto é uma
contradição”.
Qualquer interação com Allie é interrompida quando Cori sai da
cozinha:
A porta da cozinha se abre à medida em que uma mulher de
aparência severa entra segurando uma bacia de sopa em vapor.
Ela coloca a bacia à frente de Trovus e diz “Nenhum anão fez isso.
Alguém teria notado eles. Teria pego eles. Não, há algo mais nisso.
Além do mais, que uso teria uma lanterna para anões famintos?”
Se os personagens pedirem mais detalhes a Cori, ela explica que a
lanterna mágica que costumava decorar o lado de fora da estalagem
delas não faz nada de útil além de iluminar a área com diferentes
cores.
Se perguntada sobre uma recompensa para lidar com os ladrões, as
irmãs dizem que têm pouco dinheiro, mas elas podem fornecer
comida e camas confortáveis em troca da ajuda do grupo. Elas até
mesmo encheriam algumas canecas de cerveja se os personagens
puderem trazer a lanterna mágica delas de volta à estalagem.
Se os personagens aceitarem a missão, Allie os leva para os fundos da
estalagem, onde pegadas fracas levam na direção do Sepulcro do
Kelvin. Se eles recusarem a missão, o Cidadela Konig continua a ser
atormentado pelos ladrões invisíveis até os duergar pararem de
procurar por chardalyn na cidade.
Pegando um Trenó
Se os personagens estiverem interessados em seguir os rastros
suspeitos, as irmãs Shorard sugerem que eles visitem a Expedições
no Gelo Distante e assegurem um trenó antes de sair em sua
aventura. Se os personagens o fizerem, eles descobrem que Jarthra, a
guia de montanhas da Expedições no Gelo Distante, está disposta a
acompanhar os personagens por uma pequena taxa de 10po por dia
de viagem. Jarthra tem vantagem nos testes de Sabedoria
(Sobrevivência) feitos nas vizinhanças do Sepulcro do Kelvin.
Seguindo os Rastros
Os rastros saindo da estalagem foram parcialmente preenchidos de
neve soprada, fazendo com que eles se pareçam com pequenas
depressões. Assim que os personagens ficarem a cerca de 15m de
distância da estalagem e dos seus anexos, eles descobrem que os
rastros ficam completamente obscurecidos.
Se os personagens esperarem até a manhã se estabelecer, eles
encontram um conjunto de pegadas frescas deixadas para trás por
um batedor duergar sozinho. Esse duergar não entrou em quaisquer
construções, mas simplesmente olhou ao redor da vila antes de sair
perto da manhã. Seguir as pegadas leva a um conjunto diferente de
rastros, os quais foram feitos por um zumbi ogro puxando um trenó.
Esses novos rastros começam onde os rastros de duergar terminam,
a 375m fora da cidade (o zumbi ogro esperou a noite toda pelo
retorno dos duergar. Os duergar saltaram no trenó antes de ordenar
os zumbi ogro a marchar). Qualquer personagem que examinar esses
rastros e passar num teste de Sabedoria (Sobrevivência) CD 15
identifica que os rastros da criatura pertencem a um ogro. Os
personagens podem seguir esses rastros frescos, os quais seguem em
direção à montanha e então viram na direção do posto avançado
duergar escondido no sopé das colinas a nordeste do Sepulcro do
Kelvin.
Assim que os personagens chegarem a até 1,5km do posto avançado,
eles descobrem que o vento apagou os rastros que eles estavam
seguindo, tornando difícil para eles encontrar o destino exato. Para
cada hora que os personagens gastarem procurando no sopé das
colinas, peça para eles fazerem um teste em grupo de Sabedoria
(Sobrevivência) CD 15. Jarthra contribui para esse teste em grupo, se
ela estiver presente, e tem vantagem na rolagem dela. Se o teste em
grupo passar, os personagens encontram o posto avançado. Se o teste
em grupo falhar, eles não encontram o posto avançado durante essa
hora, mas podem tentar novamente. Se eles falharem duas vezes
consecutivas nesses testes em grupo, os personagens têm um
encontro aleatório em ambiente selvagem, possivelmente uma
nevasca (veja “Encontros em Ambientes Selvagens”).
Aproximando-se do Posto Avançado
O posto avançado duergar, uma adição recente ao sopé das colinas a
norte do Sepulcro do Kelvin, foi escavado na encosta de uma colina.
Embora os duergar estejam baseados principalmente na fortaleza de
montanha do Xardorok (descrita no capítulo 3), eles vieram para esse
posto avançado para se reabastecerem e descansarem antes de
procurar nos assentamentos próximos por chardalyn.
Quando os personagens encontrarem o posto avançados dos duergar,
leia:
Uma fortaleza em blocos privada de calor ou encanto se projeta
para fora de uma encosta numa forma crescente e desigual.
Apenas parte de sua construção é visível; o resto está enterrada na
pedra.
Uma grande porta dupla de pedra serve como a entrada principal.
O terreno que leva a ela é uma planície em subida coberta com
neve fresca. Um córrego usado para escoar um bueiro barrado a
nordeste da entrada principal, mas o caminho da água congelou.
Duas outras aberturas barradas podem ser vistas ao longo da
parede a norte do reduto. Qualquer um posicionado por trás dessas
aberturas teria uma visão desobstruída da encosta.
Perto de vocês, separado do resto da fortaleza, está um bunker de
pedra coberto de neve perfurado com seteiras.
Interpretando os Duergar
Quando os personagens chegarem, o posto avançado contém cinco
duergar (incluindo Nildar), que se comportam conforme descrito
aqui.
Antes de entrar em combate, esses duergar usam seu traço Aumentar
para crescer em tamanho. Se um duergar for pego sozinho por um
grupo de inimigos, ele chama por ajuda antes de ficar invisível.
Quando o suporte chegar, ele usa seu Aumentar e retorna à luta.
Esses duergar não vão negociar, e eles se recusam a se render. Se os
personagens capturarem e interrogarem um duergar, um teste bem-
sucedido de Carisma (Intimidação) CD 14 pode convencer o
prisioneiro a divulgar as seguintes informações:
• Nildar Sunblight comanda o posto avançado.
• Nildar está procurando por chardalyn nas Dez Cidades em favor de
seu pai, Xardorok Sunblight, que comanda uma fortaleza muito maior
nas montanhas. Xardorok está obcecado com chardalyn e está
forjando um dragão feito disso.
• O posto avançado foi construído próximo ao Sepulcro do Kelvin por
uma razão. Assim que as Dez Cidades forem destruídas, os duergar
planejam usar esse posto avançado como uma área de preparação
para uma invasão contra as minas do Vale dos Anões.
Dois duergar observam a aproximação dos intrusos. Um está parado
no bunker (área O1), e a outra na visão de cima (área O3). Esses
duergar estão cansados e entediados, mas eles notam os personagens
que não forem cautelosos a ponto de carregarem fontes de luz ou
anunciarem de outra maneira a presença deles.
Se a duergar que supervisiona ver o que ela percebe como sendo uma
ameaça, ela toca o alarme à medida em que corre para a entrada
principal (área O2) para puxar a ponte levadiça, levando 2 rodadas
para fazê-lo. O duergar no bunker está armado com uma besta
pesada (1d10 dano perfurante) e faz tiros aleatórios em ameaças
visíveis.
Personagens que passarem num teste de Destreza (Furtividade) CD
10 podem se aproximar da fortaleza indetectáveis ao colarem no
penhasco norte e se moverem por trás do bunker e abaixo das
aberturas com a vista de cima. Assim que eles chegarem na foz do rio
congelado, eles podem rastejar através do bueiro (o qual leva para
baixo da área O2) ou silenciosamente se aproximar da entrada
principal sem serem detectados.
Locais do Posto Avançado
O posto avançado dos duergar não foi construído com a intenção de
ser esteticamente agradável ou acolhedor aos estrangeiros. Não há
nenhuma iluminação no interior, uma vez que os duergar contam
com a visão no escuro para ver. As paredes e passagens tem todas 3m
de altura, permitindo aos duergar crescerem ao tamanho Grande
para se moverem nos arredores com facilidade.
Os seguintes locais estão marcados no mapa 1.6.
O1. Bunker
Esse bunker de pedra possui 4,5m de altura. As bordas irregulares
de sua construção indicam que ele foi cortado de uma única peça
de pedra.
Um duergar chamado Brojk faz guarda no bunker e atira com sua
besta pesada através das seteiras em quaisquer criaturas que ele vir.
Ele carrega essa besta pesada em adição às suas armas regulares.
Túnel Subterrâneo. Esse túnel com 1,5m de altura está 6m no
subsolo e tem uma escada com 6m de comprimento em cada
extremidade. A escada na extremidade norte sobe para a área O4.
O2. Forte Principal
As portas externas não estão trancadas, mas elas são pesadas. Com
uma ação, um personagem pode puxar as portas para abri-las,
passando num teste de Força (Atletismo) CD 12. Um fosso com 9m de
profundidade logo no interior dessas portas está atravessado por
uma ponte levadiça quadrada de madeira com 6m de lado que pode
ser levantada por um simples mecanismo de puxar correntes em
tempos de perigo.
Esse salão é desprovido de decoração. Um poço congelado se
encontra à frente de um corredor a leste, e três jaulas de ferro
estão encostadas numa parede. Uma contém um ogro fedendo a
podridão, com a pele semicongelada e o globo ocular do olho
direito vazio. Ele uiva em desespero ao ver vocês. Uma outra jaula
abriga um par de cabras nervosas. A terceira jaula está vazia.
Encostado numa parede próximo às jaulas está um trenó de
madeira com gelo agarrado a ele.
As duas cabras foram roubadas de Cidadela Konig, e os duergar
planejam comê-las. Os duergar usam o zumbi ogro para puxar o trenó
deles. O zumbi tem sido escravizado e intimidado pelos duergar e faz
o que eles comandam. Dentro de sua jaula, ele não oferece perigo a
ninguém.
Se eles já não tiverem feito, o duergar do bunker (área O1) e da vista
de cima (área O3) descem para libertar o zumbi ogro de sua jaula e
atacam os intrusos que entrarem nesse salão. O zumbi fica do lado
dos duergar em qualquer luta. Os duergar que forem reduzidos a
menos da metade dos seus PVs recuam para o ponto de
estrangulamento (área O5), deixando o zumbi ogro para cobrir sua
retirada se chegar a esse ponto.
Poço. O poço desce 3m numa cisterna subterrânea. Os lados do poço
estão gélidos e requerem equipamento de escalada ou magia para ser
escalado.
O3. Vista de Cima
A porta se abre num grande e praticamente vazio aposento. A neve
se acumulou nos cantos, e o frio cobre as paredes de pedra. Três
aberturas barradas dão vista para o chão coberto de neve do lado
de fora da fortaleza.
A menos que ela tenha de sair da vista de cima e levantar a ponte
levadiça na área O2, a duergar chamada Urthhild faz guarda aqui,
marcando seus pés para lutar contra o frio.
Aberturas Barradas. Barras de ferro verticais espaçadas entre por
18cm foram inseridas nas bordas de pedra de três aberturas
retangulares com 1,5m de altura. Com uma ação, um personagem
pode tentar torcer as barras para criar uma abertura grande o
bastante para uma criatura Pequena se espremer por ela, fazendo
isso com um teste bem-sucedido de Força (Atletismo) CD 20.
O4. Arsenal
Pilhas de equipamentos estão encostadas nas paredes desse
aposento. Na extremidade sul da câmara, uma escotilha aberta
revela uma rota que leva ao subterrâneo.
O arsenal abriga o equipamento usado pelos duergar, incluindo dois
conjuntos de bruneas do tamanho para anões, dois escudos de aço,
três picaretas de guerra, nove azagaias, dois kits de escalada, e quatro
kits de refeição.
Túnel Subterrâneo. Esse túnel com 1,5m de altura está 6m no
subterrâneo e tem uma escada com 6m de comprimento em cada
extremidade. A escada da extremidade sul sobe para a área O1.
O5. Ponto de Estrangulamento
Um aposento comprido, dividido no meio por duas passagens de
portas abertas, se encontra vazio. No canto sudoeste mais distante,
uma alavanca de ferro se projeta para fora da parede.
Nildar (veja área O6) investiga quaisquer barulhos altos nessa área.
Assim que for invocado, ele fica próximo à alavanca e espera por um
ou mais intrusos se moverem no ponto de estrangulamento, sobre o
qual ele move a alavanca para engatilhar uma armadilha.
Armadilha. Quando a alavanca for puxada, estacas de ferro surgem
do chão e do teto para formar barreiras em cada passagem de porta.
Uma criatura em qualquer abertura deve passar num TR Des CD 12
ou sofre 2d6 dano perfurante das estacas e fica impedido até as
estacas serem retraídas ou a barreira ser destruída. As estacas
podem ser retraídas apenas ao puxar a alavanca uma segunda vez.
Essa armadilha é projetada para isolar um único inimigo na parte
oeste do aposento, bloqueando-a de seus aliados com as estacas.
Criaturas podem ver através das lacunas entre as estacas, mas as
lacunas não são grandes o bastante para um personagem se deslizar
por elas. As barreiras de estacas garantem três-quartos de cobertura
às criaturas atrás delas. Cada barreira tem CA 15, 18 PVs, e
imunidade a dano venenoso e psíquico.
O6. Quarto do Comandante
Uma cama e escrivaninha feita de pedra ocupam esse aposento
enfadonho. Acima da escrivaninha estão vários fragmentos de
cristal negro, bem como um pedaço de papel amassado e um saco
de pano drapejado sobre um objeto brilhante emite luz colorida
que varia de azul ao verde e ao vermelho.
Se os personagens entrarem pela área O5 sem terem se envolvido
numa luta, eles pegam Nildar Sunblight, um duergar, sentado na
escrivaninha, estudando sua coleção de fragmentos vítreos. Ele ataca
os personagens quando eles entrarem.
O objeto brilhante na escrivaninha é uma lanterna mágica, a qual
Nildar cobriu com um saco de pano para embotar sua luz. A lanterna
é aquela que foi roubada da Luz Nortenha em Cidadela Konig. Ela
varia em cor do azul ao verde e ao vermelho, mas não tem nenhuma
outra propriedade mágica.
O pedaço de papel amassado na escrivaninha carrega uma mensagem
do irmão mais velho do Nildar, Durth, escrita em carvão e em Anão. A
carta diz o seguinte:
Irmão,
Você vai me encontrar na balsa congelada em Angraleste. Dessa
nova base, a busca por chardalyn continua. Que o reinado do nosso
pai possa ser longo sobre essa terra obscura!
Durth.
Os personagens podem visitar a balsa ou dar a carta de Durth às
autoridades em Angraleste e deixa-las lidar com ele (veja
“Angraleste” para mais informações).
Interpretando Nildar. O principal objetivo de Nildar é agradar seu
pai, cuja obsessão com chardalyn ele compartilha. Quando não está
liderando invasões, Nildar passa muito do seu tempo examinando
mercadorias roubadas de Cidadela Konig e de outros lugares. Os
fragmentos na mesa incluem várias peças de vidro comum tingindo e
três peças do tamanho de uma adaga de chardalyn. Com um teste
bem-sucedido de Inteligência (Arcanismo) CD 16, um personagem
pode determinar que o chardalyn, apesar de sua composição
cristalina, é maleável, tornando-o um material bruto ideal para
aqueles capazes de estilizar itens a partir da substância. Nenhuma
outra propriedade pode ser discernida com um teste de habilidade.
Esses fragmentos de chardalyn não contêm nenhuma magia e são
seguros de se manusear.
Cada um dos quartos a norte tem um duergar dormindo nele. Os dois
duergar são irmãos chamados Ruvik e Skorn. Se os personagens se
moverem pelos entornos sem fazer qualquer barulho alto, os duergar
continuam dormindo. Se forem acordados, eles atacam os intrusos.
Os duergar dormem com a armadura deles, mantendo seus escudos e
armas dentro do alcance.
Tesouro. Os engradados e muito dos sacos contêm suprimentos
básicos, incluindo cobertores, rações, corda de cânhamo, e outros
equipamentos. Um saco pequeno abriga itens valiosos roubados de
Cidadela Konig: vinte e cinco pérolas esculpidas em contas
decorativas (5po cada). Um outro saco contém três adagas, um
conjunto de ferramentas de entalhador, um conjunto de ferramentas
do navegador, kit de pesca, e uma poção de cura escondida numa
algibeira de couro junto de 73pp.
Concluindo a Missão

Derrotando Nildar. Se os personagens capturarem Nildar e tentarem
falar com ele, ele rosna e ameaça os personagens em Anão:
Meu pai é mais poderoso que qualquer um de vocês pode imaginar,
criaturas imundas. Vocês não entendem a glória disso, o poder
encontrado no gelo. Nenhum de vocês. Mas vocês vão aprender em
breve quando o meu pai liberar seu terror sobre as Dez Cidades!
Sua condenação vai soar nas asas do dragão!”
Se os personagens deixarem Nildar ir embora ou se ele escapar, ele
sai do posto avançado usando o zumbi ogro e o trenó na área O2; se
isso não for mais uma opção, ele foge a pé. Ele retorna à fortaleza de
seu pai nas montanhas (veja capítulo 3), jurando se vingar dos
personagens e fazendo votos de infligir um grande sofrimento a eles
se o caminho deles se cruzarem novamente.
Quando os personagens retornarem à Luz Nortenha, eles encontram
Trovus caído no braço de uma cadeira acolchoada enquanto Allie e
Cori trabalham. Se os personagens contarem a Allie sobre o posto
avançado dos duergar, ela admite não saber nada sobre os duergar e
fica incomodada em descobrir que eles podem se tornar invisíveis e
crescerem ao tamanho de um ogro!
Se os personagens recuperarem a lanterna da estalagem, Allie
oferece a eles algumas canecas de cerveja como recompensa. Ela
preparou os quartos para eles, mesmo se eles não trouxerem de volta
a lanterna. Allie pode também ajudar os personagens a retornarem
outras mercadorias roubadas aos seus próprios donos em Cidadela
Konig.

Tesouro. Os personagens que vasculharem o aposento encontram

uma pequena bolsa de moedas estufada no saco de dormir do Nildar.
A bolsa contém 24po e 17pp.

O7. Servos Esporos

Essa câmara parece ser uma prisão de celas enfileiradas com

portas de pedra que têm janelas pequenas e barradas alocadas
nelas na altura do olho de um anão. A neve e o vento entram no
aposento através de uma janela barrada no canto nordeste que
tem vista para fora na direção do bunker coberto de neve que
guarda a entrada principal.

A abertura barrada no canto nordeste é similar àquelas na área O3.

As três celas ao longo da parede oeste estão vazias no momento. Cada

uma das cinco celas ao longo da parede sul contém um prisioneiro,
originalmente um morador das Dez Cidades ou um nômade Reghed
que foi capturado e morto pelos duergar. Usando os esporos
animados de um miconide soberano, os duergar transformaram esses
humanos mortos em cinco servos esporos (tal como descrito na
descrição de “Miconides” no Manual dos Monstros) cobertos de
vegetação de fungos. Os servos esporos saem de suas celas para
atacar intrusos que entrarem no aposento. Eles usam a ficha de servo
esporo de combatente tribal.

O8. Quarto dos Duergar

Quartos pequenos flanqueiam uma área central comum onde

engradados e sacos são empilhados na parede oeste. As portas de
dois quartos a sul estão abertas, e cada quarto está vazio, exceto
por um saco de dormir maltrapilho e uma cadeira. De trás das
portas fechadas dos quartos a norte, vocês ouvem o som fraco de
ronco.

Toca do Dougan
Toca do Dougan é a menor e mais insular das dez cidades. Seus
residentes não são afeiçoado a visitantes, e a consanguinidade fez
com que a população diminuísse nos anos recentes. Isso também deu
origem às deformidades físicas frequentemente vistas, incluindo, mas
não limitado a, orelhas disformes e pequenas e dentes levemente
pontudos.
A cidade é um agrupamento pequeno de moradias sobre as margens
de Aguarrubra que é pequeno demais para suportar qualquer
indústria – nem mesmo scrimshaw. O gelo envergou o mais curto dos
dois píeres, tornando a doca insegura. O píer mais longo tem dois
barcos a vela revestidos de gelo ancorados a ele, embora eles estejam
imóveis em razão do inverno de Auril ter congelado a superfície do
lago em centenas de metros ao redor deles. Os pescadores locais
puxam seus barcos menores na costa e recorrem a buracos cortados
no gelo para capturar trutas de cabeça chata, das quais eles
dependem para sobreviver. Os visitantes da Toca do Dougan são
muitas vezes acometidos pelo pavor do escuro, formas humanoides
saindo para fora do gelo, permanecendo silentes e calmas à medida
em que o vento sopra ao redor delas.
Toca do Dougan em Resumo
Cordialidade ❆ Serviços ❆ Conforto ❆
Missão Disponível. “Metendo-se na Toca”.
População. 50.
Líder. A oradora Edgra Durmoot (batedora humana N), uma
armadilheira franca de idade avançada, fala pelo povo. Ela raramente
atende aos encontros do Conselho dos Oradores.
Milícia. Toca do Dougan pode reunir até 12 soldados (use a ficha de
combatente tribal) e 1 veterano.
Brasão. Um monólito cinza em forma de pilar colocado num campo
azul celeste sobre dois peixes de prata cruzados, com seus corpos
escamosos formando um X, e com suas cabeças viradas para cima à
esquerda e direita. O monólito significa o mistério do local, enquanto
que os peixes representam a recompensa de Aguarrubra.
Sacrifício a Auril. Aquecimento.
Rivalidades. Bom Prado.
Viagem por Terra
Um caminho coberto de neve com 9 km de comprimento conecta a
Toca do Dougan à cidade vizinha de Bom Prado. Os personagens a pé
podem andar nesse caminho por 4h; montarias e trenós reduzem
esse tempo à metade.
Locais de Toca do Dougan
Os seguintes locais marcados no mapa 1.7 não podem ajudar, mas
atraem a atenção dos recém-chegados.
Doze Pedras de Thruun
Triângulo de megálitos
A única característica realmente interessante na Toca de Dougan é o
anel de megálitos conhecido como as Doze Pedras de Thruun.
Localizados na borda sul da cidade, dezenove desses menires de
granito grosseiramente estilizados estão arranjados num triângulo
irregular, com uma única pedra no centro da formação.
Ninguém sabe quem construiu essa estrutura ou o porquê; o povo da
cidade sustenta que as pedras estavam lá quando o fundador da
cidade, um chondathano chamado Dougan Dubrace, apareceu pela
primeira vez nesse local de pesca. Acadêmicos tentaram pesquisar a
origem do nome da estrutura, mas tudo o que eles descobriram são
alusões a uma criatura chamada Thruun nas lendas mais antigas do
povo nortenho. Alguns especulam que Thruun era um deus, enquanto
outros acreditam que é um espírito elemental destrutivo vinculado a
esse local por magia druídica ancestral.
Metendo-se na Toca
Dois lobos invernais estão extorquindo comida e tesouros das
pessoas de Toca do Dougan em prol de um mamute lanoso chamado
Norsu. Anos atrás, uma druida do frio conjurou uma magia despertar
no mamute. Ano passado, um grupo de aventureiros mataram
Garagai, o mestre gigante do gelo do mamute. Norsu nunca se
recuperou da perda e, até hoje, cuida do corpo congelado do seu
mestre, indisposto em deixar o seu lado. Os lobos invernais, que
serviam a Garagai como amigos fiéis, cuidam do mamute. Embora
Norsu se alimente de plantas, não de carne, ele se diverte em matar
humanoides para vingar a morte de Garagai. Matar o mamute é uma
demanda alta, então os personagens seriam sábios em fugir de Norsu
ou tentar chegar a um termo com ele.
Norsu e os lobos invernais residem num alojamento no gelo
construído por Garagai. Os lobos tentam incitar os personagens ao
alojamento, sabendo que Norsu vai curtir se exercitar em mata-los.
Mantidos cativos no alojamento estão Silja e Finn Dejarr, dois irmãos
adolescentes de Toca do Dougan que desapareceram nos últimos
quatro dias e foram dados como mortos. Os lobos estão mantendo os
irmãos numa jaula e os alimentando com carne crua para mantê-los
vivos até a Toca do Dougan pagarem um resgate pelo retorno seguro
deles. Os personagens atraídos ao alojamento no gelo pelos lobos ou
contratados pela Oradora Durmoot para encontrar os adolescentes
desaparecidos podem tentar resgatar Silja e Finn do alojamento do
gigante de gelo e vê-los retornar em segurança para a cidade.
Obtendo a Missão
Se a Toca do Dougan for a cidade inicial para essa aventura, os
aventureiros já vão saber alguma coisa do que está acontecendo.
Leia:
A Toca do Dougan é assediada por lobos invernais que se
espreitam nas cercanias da cidade.
“Não sabemos quantos são, mas esses lobos são grandes como
cavalos!” diz um morador local com orelhas pequenas e disformes.
“Eles sabem falar e têm um vocabulário difícil!” diz um outro com
dente pontudo.
“Próximo às Pedras de Thruun, eles pegaram a pobre Sil e seu
amável irmão Finn outro dia”, diz um terceiro, que carrega mais de
uma semelhança com os outros dois.
Um quatro que parece a irmã deles grita. “Os malditos lobos
invernais dizem que não vão dar eles de volta até a cidade abrir
mão de uma quantidade extremamente grande de comida e ouro.
Essa cidade mal tem o suficiente para alimentar os seus, e não tem
nenhum ouro. Ninguém tem permissão de sair da cidade. Os
malditos lobos dizem que matam qualquer um que tentar!”
O povo da cidade incitam os personagens a se encontrarem com a
Oradora Edgra Durmoot antes de tentar ajudar a cidade com seu
problema com o lobo. A Oradora Durmoot é teimosa num grau
elevado. Ela firmemente acredita que os adolescentes desaparecidos
estão mortos, e ela não está disposta a dar comida aos lobos
invernais enquanto seu próprio povo mal tem o suficiente para se
alimentar. Ela deixa os personagens lidarem com os lobos invernais
conforme eles acharem necessário, mas não oferece nenhuma
assistência.
Lobo Bom, Lobo Mau
Quando os personagens se aproximarem pela primeira vez das
cercanias de Toca do Dougan ou logo após eles sairem pela primeira
vez da cidade, eles encontram dois lobos invernais chamados Koran e
Kanan. Aqui vai como o encontro acontece:
• Koran age como o lobo “bom” enquanto o seu irmão atua como o
lobo “mau”. Essa ação já funcionou antes com moradores locais
estúpidos; os lobos assumem que os personagens vão ser enganados
facilmente.
• Koran se aproxima dos personagens, mancando numa perna
traseira e choramingando como um cão deplorável, fazendo de si
mesmo o mais não-ameaçador possível. Kanan permanece nas
proximidades fora de vista. Qualquer personagem que passar num
teste de Sabedoria (Intuição) CD 15 vê através do ardil de Koran,
notando como o lobo às vezes se esquece de qual perna ele deveria
estar mancando.
• Koran alega que ele tem sido rotineiramente chutado por seu
mestre, um velho gigante do gelo perverso chamado Garagai. Koran
também diz que Garagai sequestrou duas pessoas da cidade e as está
mantendo como prisioneiros em seu alojamento a mais de metade de
um dia de caminhada a oeste da cidade. Koran quer ajudar os
personagens a libertar os prisioneiros, a se vingar de Garagai por seu
abuso. Se os personagens acreditarem nessa história, Koran os guia
ao alojamento enquanto Kanan segue seus rastros e seus odores,
permanecendo fora de vista.
• Se Koran for incapaz de convencer os personagens de segui-lo de
volta ao alojamento do gigante de gelo, Kanan chega e atua como o
lobo “mal”, mostrando suas presas e ameaçando comer os
personagens, a menos que eles mudem de ideia. Kanan finge estar
desapontado pelo abuso que Garagai infligiu a Koran. “Ele vai pensar
duas vezes antes de machucar um de nós novamente”, Kanan diz com
um rosnado. Tal como antes, um teste bem-sucedido de Sabedoria
(Intuição) CD 15 permite a um personagem asseverar que o lobo está
mentindo.
Se os lobos não conseguirem enganar ou intimidar os personagens a
acompanha-los ao alojamento do gigante de gelo a 20 km a oeste de
Toca do Dougan, eles abandonam a atuação e tentam apelar às
consciências dos personagens. “É terrivelmente frio nesse
alojamento”, diz Koran, ao que seu irmão adiciona “Eles vão sofrer
ainda mais. É apenas uma questão de tempo até Garagai esfolá-los e
comê-los”. Os lobos então partem para longe, em direção ao
alojamento e deixando rastros que os personagens podem seguir, se
eles escolherem não acompanhar os lobos.
Cruzando a Tundra
O meio selvagem ao redor de Toca do Dougan é uma tundra
congelada. A neve cai frequentemente, adicionando-se ao monte de
neve e apagando rastros. Há uma chance de 50% de os personagens
serem pegos numa nevasca no caminho ao alojamento (veja
“Nevascas”). Se Kanan e Koran estiverem com o grupo, eles protegem
os personagens do pior da tempestade, usando seus corpos para
escudar os personagens até eles passarem. A presença dos lobos
também impedem os personagens de se perderem ou se separarem.
Também atravessando a tundra está uma matilha de 1d6+1 lobos,
rondando a neve em busca de comida. Os personagens que fizerem
um teste bem-sucedido de Inteligência (Natureza) CD 13 notam que
os lobos estão magros de desnutrição. Se os lobos invernais
estiverem com o grupo, Kanan e Koran rosnam e mostram seus
dentes, o que dissuade a matilha de chegar mais perto.
Aproximando-se do Alojamento
Quando os personagens se aproximarem do alojamento, leia:
Projetando-se para fora da vasta tundra está um edifício alto
construído inteiramente de gelo. A estrutura abobadada tem
facilmente três vezes a altura e largura de qualquer construção
encontrada nas Dez Cidades.
O alojamento te três aberturas altas no lado leste. No lado sul da
construção está um túnel deixado para trás por um remorhaz que
invadiu as estocagens de comida do alojamento. Os personagens
notam esse túnel se eles circundarem o alojamento procurando por
outras entradas.
Se Koran e Kanan estiverem com os personagens ou tiverem chegado
à frente deles, os dois lobos invernais farejam o ar e informam aos
personagens que Garagai não está em casa. Os lobos oferecem de
fazer guarda do lado de fora enquanto os personagens entram no
alojamento e libertam os prisioneiros. Os personagens que
suspeitarem de traição pode dizer, com um teste bem-sucedido de
Sabedoria (Intuição) CD 15, que os lobos estão mentindo sobre
Garagai – o gigante de gelo está na verdade no interior do alojamento.
Eles têm medo de encarar o mestre deles, talvez, ou há uma outra
razão do porquê dos lobos não entrarem no alojamento? Nenhum
teste de habilidade pode responder essa pergunta; os personagens
devem descobrir por si mesmos! Na verdade, os lobos invernais
esperam que Norsu massacre os personagens, mas no caso de isso
não acontecer, eles permanecem do lado de fora para atacar
quaisquer personagens que tentarem fugir (especificamente, os lobos
esperam na área L1, a leste da entrada principal do alojamento). Se
um lobo for morto, o outro foge para evitar um destino similar.
Locais do Alojamento
O alojamento de gelo foi onde Garagai viveu e divertiu outros
gigantes de gelo. Embora não seja um chefe, Garagai tinha uma
posição respeitável dentre os gigantes de gelo do Distante Norte.
Tudo no alojamento foi construído pelos gigantes e portanto é bem
grande. Os tetos no interior se elevam a uma altura de 9m.
Os seguintes locais estão marcados no mapa 1.8.
L1. Área Externa
Os personagens se aproximam do alojamento do leste e têm três
entradas para escolherem. Essas entradas levam às áreas L2, L3 e L4,
respectivamente. Se os lobos invernais estiverem presentes, eles
gentilmente cutucam os personagens em direção ao túnel que leva à
área L4.
L2. Câmara de Esfolamento
Um fedor azedo de decadência preenche as suas narinas. Deitado
no chão coberto de gelo está o corpo congelado de um baleia,
massacrado cruelmente. Ao lado dele está uma lâmina na forma de
uma faca de aparar do tamanho de uma espada longa.
Garagai usava esse aposento para esfolar baleias e coletar seus óleos.
Tesouro. Uma alcova a oeste da carcaça contém um baú de pedra
com 1,8m de comprimento, 1,5m de largura, e 1,5m de altura
semienterrado no gelo. Um personagem deve gastar 1 hora
escavando o gelo antes de o baú poder ser aberto. Ele contém
ferramentas em tamanho gigante usadas para esfolar, bem como uma
cabra em scrimshaw pequeno o bastante para caber na mão de um
personagem. A cabra em scrimshaw vale 25po.
L3. Pessoas da Cidade Enjauladas
Uma jaula enorme ripada, com um portão trancado atrelado a ela
por dobradiças enferrujadas, se encontra na parede oeste dessa
câmara. Trancados no interior da jaula estão dois humanos
tremendo nas roupas de frio. Eles olham para vocês com medo.
Garagai construiu a jaula para abrigar Norsu quando o mamute era
mais jovem. Agora ela abriga Silja e Finn Dejarr (plebeus humanos
NB), que estão descritos abaixo:
• Silja é uma menina alta e magra com dentes pontudos. A neve se
agarrou às extremidades de suas tranças longas. Ela está pronta para
fazer o que for preciso para retornar à sua mãe em Toca do Dougan.
Dos dois irmãos, ela é a mais proativa.
• Finn tem uma cara sarapintada flanqueada por orelhas pequenas e
malformadas. Ele está examinando os suportes que mantêm juntas as
ripas da jaula para descobrir uma maneira de quebra-las. Suas mãos
estão congeladas, e seus dentes rangem incontrolavelmente.
As ripas de metal da jaula são amplamente espaçadas, mas não o
bastante para os adolescentes se deslizarem entre elas. As ripas são
feitas de metal, e o frio as torna difíceis de manipular. Aplicar calor às
ripas as deixa maleáveis, de onde um personagem pode usar uma
ação para tentar puxar duas das ripas para longe entre si de modo
que a magra Silja e Finn possam se deslizar para fora, alcançando
esse feito com um teste bem-sucedido de Força (Atletismo) CD 15.
A tranca no portão da jaula pode ser aberta por um personagem
usando as ferramentas de ladrão. Uma tentativa leva 1 minuto e um
teste bem-sucedido de Destreza CD 15. Abrir o portão faz com que
suas dobradiças enferrujadas e grandes guinchem alto, a menos que
um frasco de óleo seja usado para lubrifica-las antes. Se Norsu ainda
estiver vivo, o mamute ouve o guincho e pega o caminho da área L5
até essa área, determinado a matar os intrusos à vista.
L4. Corredor de Entrada
Essa passagem está entupida de gelo. Acima de vocês, sincelos
estão densamente aglomerados, com pontas afiadas como adagas.
Um personagem pode se mover pelo túnel entupido de gelo
silenciosamente passando num teste de Destreza (Furtividade) CD
15. Numa falha, o barulho alerta o mamute na área L5.
L5. Tumba de Gelo do Garagai
Essa câmara oval com paredes altas de gelo cintilante lembra um
sepulcro. O corpo congelado e cortado em pedaços de um gigante
de gelo repousa no chão, entumbado no gelo translúcido, e
avultando-se próximo a ele está um mamute lanoso.
Não muito longe do mamute, esculpido a partir de um único bloco
de gelo, está um trono de tamanho gigante acima de um estrado
circular. Cinzelado no encosto do trono está uma grande runa.
Se o mamute desperto estiver ciente da presença dos personagens,
adicione:
O mamute olha para vocês com ódio em seus olhos. “Vocês são os
culpados por tudo isso!”. Ele então abaixa sua cabeça e assume
uma postura ameaçadora.
Essa câmara é onde Garagai recostava-se com Norsu ao seu lado e
recebia gigantes de gelo visitantes. Amaldiçoado com senciência, o
mamute desperto NM lamenta pela morte de seu mestre. Ele tem
uma Inteligência de 10 e fala Comum.
Para Norsu, a mera presença dos personagens profana a tumba de
Garagai, e o mamute reage tentando escorná-los com suas presas e
esmaga-los no caminho. Qualquer personagem que puder agir antes
de Norsu fazer seu primeiro turno no combate pode usar uma ação
para tentar acalmar o mamute antes dele atacar. Um personagem que
alegar ser amigo do Garagai pode acalmar o mamute com um teste
bem-sucedido de Carisma (Enganação) CD 12, enquanto um
personagem que fizer votos de vingança sobre a morte de Garagai
pode acalmar o mamute com um teste bem-sucedido de Carisma
(Persuasão) CD 12. Se for acalmado, Norsu permite aos personagens
homenagear Garagai realizando uma oração sobre seu corpo
congelado ou deixar um presente, mas no mais espera que os
personagens recuem de sua presença de modo que ele possa
lamentar em privado. Se os personagens falharem em acalmar Norsu
ou fugirem dele, o mamute corre atrás deles. Tomado pela raiva
inconsolável, ele persegue sua presa para além dos confins do
alojamento, mas não vai mais longe que 30m antes de dar meia-volta
e se reunir com seu mestre morto.
Os aventureiros que mataram Garagai levaram seu machado grande
como troféu, bem como seus outros pertences pessoais, deixando
nada de valor no corpo em pedaços.
Trono de Gelo. O símbolo esculpido no trono é a runa Gigante para
“gelo”, conforme qualquer personagem que passar num teste de
Inteligência (Arcanismo) CD 15 pode assertar. Uma magia detectar
magia revela uma aura de conjuração mágica ao redor da runa, a qual
empodera o trono. Uma criatura que se sentar no trono fica ciente da
sua natureza mágica e pode usar uma ação enquanto estiver sentada
no trono para invocar uma nevasca, a qual leva 1 minuto para se
formar. A nevasca envolve o alojamento, se estende a 1,5km a partir
dele em todas as direções, e permanece por 8h. Essa propriedade do
trono recarrega após uma dezena.
Se o trono de gelo for destruído, ele deixa de ser mágico. O trono tem
CA 13; 80 PVs; resistência a dano cortante e perfurante; imunidade a
dano de frio, venenoso e psíquico; e vulnerabilidade a dano de fogo.
L6. Sala de Guerra
Uma mesa massiva talhada a partir de um único bloco de gelo se
encontra no meio dessa câmara fria, circundada por cadeiras
também feitas de gelo. Muitas das cadeiras estão lascadas e
quebradas.
Garagai e outros gigantes de gelo certa vez se reuniram ao redor da
mesa para discutir várias questões. Deitada no chão sob a mesa está
uma estatueta de pedra com 30cm de altura de uma criatura delgada
que os personagens reconhecem como a imagem de um chwinga
(veja apêndice C) se eles já o tiverem visto antes. Na verdade, a
estatueta é um chwinga real que foi transformado em pedra quando
morreu. Seus matadores ainda estão no aposento, escondidos atrás
das cadeiras: três kobolds do Vento Gélido chamados Holgi, Snorp, e
Zilbo. Eles assumiram que o alojamento estava desocupado e não
esperavam encontrar Norsu e os lobos invernais habitando no
interior. O chwinga os assustou, então eles o mataram. Quando os
personagens entrarem nessa área, os kobolds se agacham atrás das
cadeiras e pedem para os personagens ajudarem na fuga do
alojamento. Se os personagens ajudarem, os kobolds ficam com os
personagens até eles estiverem em campo aberto, de onde os kobolds
ou se separam da companhia de seus salvadores ou permanecem
com os personagens por comida e proteção (a seu critério).
L7. Saco de Dormir do Garagai

A única mobília nessa câmara cavernosa é um grande saco de

dormir de pele. A pele está emaranhada e mofada.

Garagai costumava dormir aqui. O aposento agora está desocupado.

L8. Armazém de Óleo de Baleia

Um remorhaz escavou um túnel nesse aposento. O túnel corre por

baixo da parede sul, fornecendo uma entrada alternativa ao
alojamento.

Um cheiro ruim permeia o aposento, o qual contém cinco barris de

óleo de baleia. Um barril intacto de óleo de baleia pesa 250 kg e pode
ser vendido nas Dez Cidades por 50po.

Tesouro. O remorhaz já se foi, mas os personagens que explorarem

seu túnel encontram um resíduo branco gélido e estranho manchado
numa seção de 1,5m de parede – o bastante para preencher uma
pequena garrafa. Essa secreção rara é chamada de thrym;
remorhazes são conhecidos por exalar pequenas quantidades disso
logo após eles darem à luz. Os alquimistas usam thrym para fazer
poções de resistência (frio) e outras misturas úteis. Uma garrafa de
thrym vale 250po. Qualquer personagem que for proficiente com os
suprimentos de alquimista pode examinar esse resíduo e determinar
sua verdadeira natureza com um teste bem-sucedido de Inteligência
(Arcanismo) CD 11.

Saindo de Fininho

Com Silja e Finn sob tutela, os personagens podem tentar sair de

fininho do alojamento. Contanto que eles permaneçam em silêncio e
evitem a câmara central (área L5), eles não vão incorrer na fúria do
mamute desperto. No entanto, eles devem também lidar com os dois
lobos invernais se espreitando do lado de fora. O túnel do remorhaz
na área L8 fornece uma rota de fuga alternativa, uma vez que os lobos
não estão vigiando essa saída.

A viagem de volta à Toca do Dougan pode ser sem eventos, ou você

pode rolar por um encontro aleatório usando as regras de Encontros
no Meio Selvagem. Se os lobos invernais ainda estiverem vivos, eles
atacam o grupo assim que o encontro aleatório terminar, antes de os
personagens terem uma chance de descansarem. Matar um lobo
engatilha o instinto de autopreservação do seu irmão, fazendo com
ele fuja.

Concluindo a Missão

Se eles escaparem do alojamento e sobreviverem à viagem para casa,

Silja e Finn se reúnem com sua mãe, Hilda, que ficou doente de
preocupação, mas que fica super contente em vê-los vivos.

Tesouro. Hilda se casou com o irmão mais velho dela, que era um
caçador. Ele morreu há alguns anos, mas deixou algumas botas
mágicas que ele ganhou de um aventureiro rebelde que ele superou
numa disputa de bebida. Se um ou ambos os filhos dela voltarem em
segurança, Hilda dá aos personagens as botas de inverno de seu
marido como um agradecimento.

Angraleste
Andar em Angraleste é como dar um passo no passado do Vale do
Vento Gélido – o lugar é um exemplo vivo de modo de vida em
expansão que chamou a atenção de todas as Dez Cidades há séculos.
Por gerações desde então, à medida em que as outras cidades se
estabeleciam num padrão de existência previsível, Angraleste
continuava a crescer e se reinventar. Após o Caminho do Leste ser
pavimentado, Angraleste evoluiu para um paraíso dos comerciantes
fronteiriços, alimentado a inveja de seus vizinhos.
Os fundadores de Angraleste eram ladrões do Ducado do Cabo Velen,
numa península distante ao sul. Eles se recusaram a reverenciar uma
guilda de ladrões poderosa e foram expulsos. Até hoje, Angraleste
homenageia seus fundadores sombrosos declarando a prática de
bater bolsos legal dentro dos limites da cidade – o que explica os
sinais de “Cuidado com a algibeira!” postados em vários
estabelecimentos locais.
Os duergar se infiltraram na cidade recentemente, vasculhando por
Angraleste e na tundra ao redor por fragmentos de chardalyn para
trazê-los de volta à sua fortaleza escondida na montanha. O líder
desses duergar é Durth Sunblight, o filho vivo mais velho de
Xardorok Sunblight. Durth e sua gangue transformaram a balsa
congelada de Angraleste numa base temporária. Usando sua
invisibilidade inata para se movimentarem sem ser visto, os duergar
traem sua presença apenas pelas pegadas que eles deixam na neve.
Uma outra ocorrência de nota é a captura recente de um Mago
Vermelho de Thay que foi tido como culpado pelo assassinato de um
punhado de pessoas do vale que ele contratou para uma expedição. O
Orador Danneth Waylen emitiu um decreto para o mago ser atrelado
a uma estaca e queimado vivo – um evento que muitos residentes de
Angraleste estão esperando acontecer.
Angraleste em Resumo
Cordialidade ❆❆ Serviços ❆❆❆ Conforto ❆❆❆
Missão Disponível. “Trabalho Pesado e Problemas”.
População. 750.
Líderes. O Orador Danneth Waylen (plebeu humano CB), respeitado
por sua humildade e franqueza. A Capitã Imdra Arlaggath (veterana
meio-elfa LB) comanda a milícia da cidade.
Milícia. Toca do Dougan pode reunir até 150 soldados (use a ficha de
combatente tribal) e 12 veteranos.
Brasão. Um floco de neve no topo central de um campo cinza da cor
do aço, acima de um campo marrom horizontal que forma a base à
esquerda, e um campo azul escuro que forma a base à direta; onde
eles se encontram está uma fina torre branca. O campo marrom
representa o Caminho do Leste, a torre representa a cidade, e o
campo azul é o Lac Dinneshere.
Sacrifício a Auril. Humanoide.
Rivalidades. Cidadela Dineval, Cidadela Konig.
Viagem por Terra
O Caminho do Leste se estende entre Angraleste e Bryn Shander. Os
caminhos cobertos de neve ramificados dessa estrada levam a
Cidadela Dineval e Bom Prado. Os tempos de viagem na tabela abaixo
assumem que os personagens estão a pé; montarias e trenós
reduzem esses tempos à metade.
Para Tempo de Viagem
Bom Prado 4 horas e meia
Bryn Shander 7 horas e meia
Cidadela Dineval 9 horas
Locais de Angraleste
Os seguintes locais, marcados no mapa 1.9, são alguns dos lugares
que os personagens podem visitar durante sua estadia em
Angraleste. Um outro local importante – o Salão da Cidade de
Angraleste – é descrito depois, na seção “Planos do Salão da Cidade”.
Balsa de Angraleste
Serviço de Balsa (suspenso)
Uma carta encontrada num posto avançado e secreto dos duergar
(veja “Os Invisíveis”) pode levar os personagens a esse local. Entregar
a carta ao Orador Waylen ou ao Capitão Arlaggath incita esses NPCs a
encontrarem e determinarem um curso de ação apropriado. Juntos,
eles pedem aos personagens para procurarem na balsa e matarem
quaisquer duergar que eles encontrarem a bordo dela. Se os
personagens requisitarem suporte, o Capitão Arlaggath os
acompanha.
Use o texto seguinte para descrever a balsa aos personagens:
A balsa de Angraleste, um barco a vela, está preso ao gelo na
extremidade de uma doca de madeira. Uma pequena cabine está
situada virada para a extremidade da popa da carcaça.
Quando o lago não está congelado, esse barco a vela transporta
pessoas e carga para as cidades de Cidadela Dineval e Cidadela Konig
por uma modesta tarifa. Mas o barco e muito do porto de Angraleste
está preso no gelo, e o Orador Waylen declarou que o serviço de balsa
deve cessar até o gelo descongele – o que, dado o temperamento de
Auril, parece improvável de acontecer em breve. O tiefling dono e
operador da balsa, Scython, passa seu tempo ocioso na Truta
Molhada (descrita abaixo). Na ausência de Scython, a balsa se tornou
uma base de operações de um mestre de mentes duergar chamado
Durth Sunblight. Ele e outros três duergar chamados Klaska, Ossyl, e
Zublorr estão usando a cabine da popa da balsa como um covil, mas
apenas Durth está presente quando os personagens chegarem pela
primeira vez na balsa. Os outros duergar estão procurando por
chardalyn em Angraleste.
Os duergar são cautelosos o bastante para ficarem invisíveis
enquanto se movem pela cidade e nas docas, mas não espertos o
bastante para cobrir os rastros que eles fazem na neve. Os
personagens que procurarem pelos rastros na doca coberta de neve e
passarem num teste de Sabedoria (Sobrevivência) CD 10 podem
discernir 1d4 conjuntos distintos de pegadas de botas de anão indo e
vindo da balsa. Esses rastros foram feitos nas últimas 24h.
Cabine da Popa. O gelo cobrindo a porta da cabine foi quebrado, e a
porta não está trancada. O espaço tem aproximadamente um
quadrado de 3m e contém quatro sacos de dormir, pacotes de rações
roubadas, e um mapa enrolada do Vale do Vento Gélido que marca a
localização de cada um dos assentamentos das Dez Cidades, bem
como os locais dos postos avançados dos duergar próximos ao
Sepulcro do Kelvin e Sunblight, a fortaleza escondida nas montanhas
(descrita no capítulo 3). Todos os nomes dos lugares no mapa estão
escritos em Anão.
Espreitando-se na cabine está Durth Sunblight. Ele sabe quando
alguém fica a bordo do barco pelo ranger do deque. Como precaução,
ele fica invisível e se posiciona num canto vazio dos fundos da cabine.
Se um intruso o detectar ou tentar roubar o seu mapa, ele ataca. Se
ele for reduzido a 20 PVs ou menos, ele diminui ao tamanho Miúdo e
foge por um buraco de rato com 12cm de diâmetro, saindo fora do
barco a 1,5m acima do porto congelado e a 1,5m de distância da doca.
Se escapar, Durth retorna à fortaleza de seu pai nas montanhas (veja
o capítulo 3), abandonando seus companheiros duergar.
Desenvolvimento. Os companheiros de Durth tem procurado por
chardalyn em Angraleste. Sua última busca não rende nenhum fruto,
e eles retornam à balsa 30 minutos após os personagens ficarem a
bordo dela. Esses três duergar atacam qualquer não-duergar que eles
encontrarem a bordo do barco. Se eles acharem o corpo morto de
Durth ou nenhum sinal dele em toda a balsa, eles abandonam o barco
e não retornam a ele.
Se os personagens capturarem Durth, ele alerta seus captores de que
ele é o filho de Xardorok Sunblight, quem vai em breve reivindicar o
Vale do Vento Gélido como seu reino, e que não seria sábio para eles
conquistarem a fúria dessa figura tão poderosa. Durth não dá
nenhuma outra informação. Seus companheiros ficar igualmente de
boca fechada; no entanto, ameaças à vida de Durth ou o uso esperto
de uma magia sugestão ou mágica similar pode persuadir um ou mais
deles a revelar as seguintes informações adicionais:
• Xardorok tem uma fortaleza escondida nas montanhas (a rota para
essa fortaleza está marcada no mapa do Durth a bordo da balsa).
• A fortaleza do Xardorok tem uma forja empoderada pelo coração
ainda batendo de um dragão vermelho. Nessa forja, Xardorok está
construindo um dragão feito de chardalyn, com o qual ele planeja
destruir as Dez Cidades. O dragão de chardalyn está perto de ser
finalizado.
• Xardorok tem um outro filho, Nildar, que comanda um posto
avançado secreto no lado nordeste do Sepulcro do Kelvin (veja “Os
Invisíveis”).
A Truta Molhada
Taverna popular
A Truta Molhada, localizada próxima às docas, é a maior e mais
barulhenta taverna em Angraleste, conhecida por sua atmosfera
irreverente e propagação de rumores. Uma grande chaminé
diretamente no centro da construção tem lareiras em cada lado para
aquecer os dois aposentos comuns da taverna. A atual dona e
proprietária da taverna é Nymetra Myskyn (furiosa draconata com
ancestralidade do dragão branco CN). Embora ela possa ser dura e
cheia de queixas, Nymetra não é desencorajada pela Geada Eterna, a
qual ela trata como um teste de coragem das Dez Cidades. Uma
adoradora sem remorsos de Auril, ela apoia as tentativas de
Angraleste em agradar a Donzela Gélida com sacrifícios (veja
“Sacrifícios a Auril”).
Scython. Um dos clientes regulares da Truta Molhada é Scython
(capitão dos bandidos tiefling NB), que é dono de uma pequena casa a
alguns quarteirões de distância. Scython é também o dono e operador
da balsa de Angraleste. Um sujeito comunicativo e despreocupado,
ele conhece os rumores que podem interessar aos personagens. Role
três vezes na tabela de Rumores das Dez Cidades para determinar o
que Scython sabe.
Embora ele esteja bem informado, Scython não sabe sobre os duergar
se escondendo a bordo do seu barco (veja “Balsa de Angraleste”
acima).
A Estalagem da Dama Branca
Estalagem
Essa estalagem velha e mofada recebeu o nome em razão de uma
lenda local chamada Dama Branca – um fantasma que segundo os
rumores anda no Lac Dinneshere, assombrando o local onde seu
marido rico se afogou. Rinaldo (plebeu halfling coração valente LB),
um bardo de estilo próprio mantido por perto para entreter os
hóspedes, é afeiçoado a tocar as cordas de sua rabeca enquanto
reconta o conto dele: que o marido da Dama Branca foi um avarento
que guardou o seu tesouro num baú trancado e pesado que nunca
deixava o seu lado. Talvez foi esse baú pesado, sugere Rinaldo, que
capotou seu barco e enviou o homem para seu túmulo afundado, ou
talvez foi o medo de ver sua esposa morta que fez com que ele
capotasse o barco e afundasse.
De qualquer forma, Rinaldo está convicto de que o tesouro do homem
repousa no fundo do lago, aguardando algum explorador intrépido
encontra-lo. O proprietário taciturno e idoso da estalagem, Bartaban
(plebeu humano NB), já ouviu as divagações do halfling muitas vezes
para ser entretido por elas.
Sessão Espírita. Rinaldo está planejando conduzir uma sessão
espírita num aposento dos fundos da estalagem e convidou meia-
dúzia de outros hóspedes (plebeus) para se juntar a ele. Os
personagens que gastarem uma ou mais noites na estalagens são
convidados por Rinaldo a se unir à sua sessão espírita. Se os
personagens recusarem, Rinaldo fica desapontado e tentar fazê-los
mudar de ideia dizendo “Nós vivemos em tempos obscuros. Talvez o
espírito da Dama Branca possa ajudar. Vocês não estão curiosos em
ouvir o que ela tem a dizer?”
Se um ou mais personagens estiverem presentes quando a sessão
espírita começar, leia:
Fumaça de incensos queimando enevoam o aposento. Lamparinas
e sedas multicoloridas estão suspensas em vigas, e a luz de vários
candelabros ilumina um círculo de hóspedes de perna cruzadas e
visivelmente desconfortáveis ao chão.
Rinaldo joga para trás as mangas de seu robe, ergue suas mãos,
fecha seus olhos, e entoa “A Dama que observa do lago, venha a nós
nessa hora obscura! Diga-nos o que viste!”. Após um momento de
silêncio, a geada espessa se forma no interior das janelas do
aposento, transformando-as opacas, e os candelabros se apagam
um a um.
Rinaldo sente que o espírito da Dama Branca está próximo e incita os
personagens a fazerem contato com ele. Pergunte aos jogadores em
questão o que seus personagens dizem ou fazem. Os personagens que
tentarem ajudar Rinaldo devem fazer um teste em grupo de Carisma
(Persuasão) CD 12. Se o teste em grupo falhar, o espírito da Dama
Branca se manifesta como um poltergeist e ataca o grupo,
afugentando os outros participantes.
Se o grupo tiver sucesso, Rinaldo pode sentir que o espírito é
receptivo e incita os personagens a fazer perguntas a ele. O espírito
responde de forma verdadeira com respostas curtas de duas a cinco
palavras nas janelas gélidas do aposento. Se fazer isso se tornar
pesado demais, o espírito usa Rinaldo como um hospedeiro para
sussurrar as respostas. Se o espírito não souber uma resposta ou
achar uma pergunta tola, ele despedaça uma janela ao invés. Assim
que responder três perguntas, o espírito parte, e Rinaldo pode tentar
invoca-la novamente até ele finalizar um descanso longo.
Aqui vai o que a Dama Branca sabe sobre os acontecimentos recentes
ao redor de Lac Dinneshere.
• O castelo em Cidadela Dineval se tornou a base de um culto de
adoradores do diabo.
• Anões de pele cinza têm perseguido as ruas de Angraleste, Cidadela
Dineval, e Cidadela Konig invisíveis. Suas intenções não são boas. Eles
se escondem a bordo da balsa da cidade (veja “Balsa de Angraleste”
acima) e nas ruinas do Descanso de Dinev (veja “Descanso de
Dinev”).
• Um caldeirão mágico está escondido em algumas cavernas
congeladas à beira do lago. O caldeirão é guardado por uma bruxa
maligna chamada Maud Chiselbone e pode conjurar ensopados o
bastante para alimentar uma cidade faminta indefinidamente (veja
“Trabalho Pesado e Problemas” abaixo).
A Dama Branca não se lembra dos detalhes sobre sua própria morte
ou do destino do seu amor perdido. Assim que o espírito dela partir, a
geada nas janelas se dissipa.

Trabalho Pesado e Problemas
A missão de Angraleste começa no mesmo momento que a queima do
Mago Vermelho, Dzaan, que é descrito na seção “Irmandade Arcana”
do apêndice C. Tenham os personagens iniciado a aventura em
Angraleste ou acabo de chegar, eles vão estar presentes durante a
execução fervorosa de Dzaan. Eles chegam tarde demais para salvar
Dzaan, mas eles podem encontrar uma cópia mágica dele novamente
no capítulo 2 (veja “Pináculo Perdido de Netheril”).
A capitã da milícia de Angraleste, Imdra Arlaggath, nota os
personagens durante a queima e oferece a eles uma missão. Alguns
pescadores desapareceram no Lac Dinneshere, e ela quer que os
personagens levem um barco e os busquem. Ela sabe onde os
pescadores gostam de pescar e incita os personagens a buscar nessa
parte do lago primeiro. Se eles atenderem ao conselho de Imdra, eles
encontram os barcos dos pescadores puxados no gelo a uma curta
distância de caminhada de uma caverna congelada anteriormente
escondida sob a neve e o gelo. Essa caverna, os personagens vão
descobrir em breve, é o covil de uma bruxa chamada Maud
Chiselbone.
Os personagens que explorarem o complexo cavernoso encontram os
corpos dos pescadores, bem como o caldeirão da fartura de Maud
(veja apêndice D). O caldeirão é uma descoberta esplêndida e muito
bem-vinda para as pessoas das Dez Cidades, se os personagens
escolherem partilhá-lo. Se a notícia do caldeirão se espalhar, os
personagens vão rapidamente se ver no centro das atenções à
medida em que várias cidades se esforçarem para obtê-lo. Com
nenhum sinal do fim do inverno, o caldeirão pode ser a última coisa a
se colocar entre a sobrevivência de uma cidade a extinção de uma
outra.
Execução Pública
Os eventos começam a se desdobrar quando os personagens se veem
nas redondezas à medida em que a execução de Dzaan acontece:
Uma multidão se reuniu em frente ao Salão da Cidade para
observar a execução pública de Dzaan, um mago humano que,
apesar dos esforços de se disfarçar, foi reconhecido e detido pelos
crimes que ele infligiu sobre o povo do vale. Ele foi amarrado numa
estaca e amordaçado. Membros da milícia usam tochas para
colocar fogo no monte de palha ao redor do pé dele. Ventilado pelo
vento, o fogo cresce rapidamente. Dzaan não luta ou grita à
medida em que fica encoberto em chamas rapidamente. Os
espectadores empacotados em roupas se movem mais de perto
para a fogueira humana, ansiosos por sentir o calor dela.
Uma mulher vestida com um casaco sob medida e um chapéu de pele
se aproxima dos personagens conforme as pessoas se amontoam ao
redor do mago queimando. Ela se apresenta como Imdra Arlaggath, a
capitã da milícia de Angraleste. A Capitã Arlaggath (veterana meio-
elfa LB) fala secamente, mas ainda de forma amistosa. Se algum dos
personagens perguntar sobre Dzaan, ela diz a eles que ele assassinou
friamente alguns aventureiros que ajudaram o povo do Vale do Vento
Gélido no passado; sua execução pública não é um ato de vingança,
mas é feita para dissuadir os outros de engajarem em
comportamentos similares.
Obtendo a Missão
A Capitã Arlaggath pergunta sobre as cidades-natal dos personagens
e as razões de estarem em Angraleste antes de perguntar se eles
podem auxiliar numa investigação. Se eles expressarem interesse, ela
compartilha a seguinte informação:
“Quatro pescadores desapareceram no Lac Dinneshere há uma
dezena. A região costeira é difícil de navegar em razão dos blocos
de gelo, mas os pescadores experientes preferem fazê-lo – há
alguns pescadores competindo a partir de outras cidades do lago
lá. Nós precisamos de alguém para patrulhar a região costeira e
procurar por eles”.
Se os personagens precisarem de um barco, eles podem pegar
emprestar um das docas dos pescadores e arrastá-lo pelo gelo até o
mar aberto. Um barco a remo pode comportar até quatro
personagens Médios, enquanto um esquife de mastro único pode
comportar até oito. Um esquife requer ao menos um membro da
tripulação que tenha proficiência com veículos aquáticos.
Se os personagens requisitarem uma recompensa por seus serviços, a
Capitã Arlaggath diz que não está autorizada a dar uma. Mas ela
confiscou dois itens do Dzaan que podem interessar aos
personagens: um pergaminho de bola de fogo num tubo de cobre e
uma bolsa de truques cinza. Eles podem ter um ou outro se eles
encontrarem os pescadores desaparecidos.
A Busca se Inicia
Muito do Lac Dinneshere está coberto de gelo. Apenas os pescadores
mais ousados se aventuram em pescar pelas trutas de cabeça chata.
Para disputar tal pesca, os pescadores devem arrastar seus barcos
pelo gelo até a água aberta e esperar pacientemente do lado de fora
do lago no frio congelante durante horas por vez. Para afastar o frio,
eles muitas vezes trazem garrafas de cerveja para se manterem
aquecidos. Embebedar-se demais é perigoso, pois isso torna os
pescadores mais suscetíveis a serem puxados ao mar pelos cabeças
chatas obstinados. Cerveja demais também leva à tomada de decisões
tolas. Tal foi o destino de quatro velhos pescadores de Angraleste,
que abandonaram seu barco confiável, Monte de Cabeças Chatas, para
seguir um cheiro tentador emanando da entrada de uma caverna à
beira do lago. No interior, eles encontraram uma bruxa chamada
Maud Chiselbone e uma mistura de especiarias que ela preparou
usando o seu caldeirão da fartura. Maud pegou a oportunidade de
temperar sua sopa com os pescadores enxarcados de cerveja antes de
adicionar seus ossos para a sua coleção crescente.
Barco a Remo Abandonado
Os personagens encontram o Monte de Cabeças Chatas ao longo da
costa:
Um barco a remo balança sem ancoragem na água em meio a
alguns pequenos blocos de gelo, não muito longe de penhascos com
24m de altura que confinam à margem. A entrada de quatro
cavernas pontuam a encosta nevada do penhasco. Uma dessas
cavernas está no nível da água, e as outras estão elevadas de 6 a
9m em relação ao lago congelado. O vento soprando através dessas
cavernas gélidas soa como um gemido.
Os personagens que procurarem no barco a remo abandonado
encontram quatro remos, quatro kits de pesca, e uma dúzia de
garrafas vazias nele. Os personagens podem também ver rastros
fracos no gelo saindo do barco até a caverna mais a sul, a qual é onde
os quatro pescadores desaparecidos foram. O cheiro de especiarias
que atraiu os pescadores na caverna não está presente quando os
personagens chegam.
Conforme os personagens concluem sua busca pelo barco a remo e
seguem em direção às cavernas, duas harpias voam pela região
costeira. Como muitas criaturas nessa região, as harpias estão
famintas e ansiosas por qualquer coisa que elas puderem comer. Se
uma for morta, a outra foge.
A Caverna do Caldeirão
Uma rede de cavernas se estende dentro dos penhascos tomados pela
neve ao longo da margem do Lac Dinneshere. Esse complexo uma vez
continha um lago quente e sagrado onde os gigantes de gelo mais
velhos vinham para encerrar suas vidas num ritual de afogamento.
Agora, as águas se congelaram.
As cavernas tem sido há muito o lar de uma bruxa do lago chamado
Maud Chiselbone. Maud acumulou uma coleção de ossos e
bugigangas extraídas de exploradores erráticos que foram parar em
seu covil. Maud certa vez compartilhou suas cavernas com duas
irmãs, mas o convento se desfez. Os ossos das irmãs mortas de Maud
estão entre aqueles à mostra em seu lar. Maud está sempre faminta e
gosta de lamber os ossos de seus “hóspedes”. Os quatro pescadores
de Angraleste foram as suas últimas vítimas.
Características das Cavernas
As cavernas têm as seguintes características recorrentes:
Vento em Gemidos. O vento uivante que sopra pelas cavernas soa
como uma velha gemendo, o que é o bastante para esfriar a espinha e
dissuadir a maioria dos pretensos exploradores. O vento apaga velas
e outras chamas pequenas, mas no mais é inofensivo.
Gelo em Toda Parte. Gelo escorregadio cobre cada parede, teto e
chão (veja “Gelo Escorregadio” no Guia do Mestre). Os personagens
com grampos fixados em suas botas podem atravessar o gelo sem
impedimentos.
Tetos Altos. As cavernas têm tetos com 15m de altura. Os túneis
conectando as cavernas têm 9m de altura.
Luz do Luar. De forma infrequente, ocorrências de quebras naturais
no teto permitem a entrada da luz do luar nas cavernas, fazendo com
que as áreas do complexo seja fracamente iluminadas nas noites
claras.
Áreas da Caverna do Caldeirão
Os seguintes locais estão marcados no mapa 1.10.
U1. Entradas das Cavernas
Os personagens devem escalar os penhascos gélidos para chegar nas
três cavernas mais a norte, as quais estão acima do nível da água.
Nenhum teste de habilidade é requerido para fazê-lo, dados apoios
para as mãos e pés abundantes nos penhascos.
A água costumava a fluir para fora do túnel mais a sul e a alimentar o
interior do lago. Essa água agora congelou, criando um chão de gelo
com vários metros de espessura. Os pescadores entram no complexo
cavernoso por essa rota, como evidenciado pelos rastros na neve que
firma ao gelo. Com um teste bem-sucedido de Sabedoria
(Sobrevivência) CD 10, os personagens podem seguir esses quatro
conjuntos de rastros humanos até a área U7, onde eles desaparecem.
Os pescadores fizeram todo o caminho até a área U9, onde eles
encontraram sua condenação.
U2. Morada do Lobo Atroz
Um lobo atroz faminto assombra essa caverna obscura, cujo chão
irregular está bagunçado com ossos humanoides e de animais. A
menos que os personagens ofereçam carne fresca, o lobo atroz os
ataca. Ele é muito malvado para ser amistoso. O lobo não tem
problemas em escalar para cima ou para baixo as paredes com 6m de
altura na entrada da sua morada.
U3. Desenhos nas Cavernas
Essa caverna tem desenhos de figuras de palito antigos esculpidos
na sua parede norte.
Um personagem que fizer um teste bem-sucedido de Inteligência
(História) CD 15 pode corretamente interpretar as esculturas, que
mostram gigantes de gelo vagando por um rio até uma caverna que
contém um lago quente, no qual eles se afogam.
U4. Caverna dos Gemidos
A caverna está vazia, exceto por três pilares cobertos de neve
compostos de depósitos minerais.
U5. Ponte Gélida
Uma ponte de pedra natura se projeta a 6m do rio congelado abaixo.
O topo da ponte está coberto com um esmalte de gelo escorregadio.
Cruzar a ponte de forma segura requer um teste bem-sucedido de
Destreza (Acrobacia) CD 10. Uma criatura que falhar no teste cai da
ponte e aterrissa caída no rio congelado abaixo, sofrendo 2d6 dano
contusivo da queda.
U6. Acampamento Antigo
Essa caverna contém um acampamento abandonado.
Os personagens que procurarem pelos restos chamuscados da
fogueira podem encontrar três páginas rasgadas, apenas
parcialmente queimadas, de um diário escrito em Anão.
Escrito nessas páginas soltas estão as reflexões sobre o complexo
cavernoso de um anão anônimo. Os personagens que examinarem as
páginas encontram algumas passagens dignas de nota:
• “Essas cavernas são sagradas para os gigantes de gelo. As esculturas
na parede sugerem que os gigantes vinham aqui para se afogarem.
Eles usavam o lago quente como uma piscina de sacrifícios?”
• “O vento de fato soa como uma velha gemendo. Você pode
facilmente enlouquecer nesse lugar”.
• “Eu acho que alguém vive nessas cavernas. Logo após descobrir
sobre o lago quente, eu ouvi o que pareceu uma cantoria de avó.
Quando a canção terminou com uma risada estridente, o temor
tomou conta de mim. Pelos deuses, que gargalhada horrível! Eu tenho
de deixar essas cavernas no amanhecer e nunca mais retornar”.
U7. Cachoeira
O rio costumava a mergulhar numa pequena cachoeira nessa área,
seguindo a correnteza a oeste em direção ao Lac Dinneshere. A
cachoeira agora assume a forma de uma camada de gelo com 3m de
altura que pode ser escalada com um teste bem-sucedido de Força
(Atletismo) CD 10. O gelo é fino, no entanto, e facilmente quebrável: a
primeira criatura de tamanho Médio ou maior que falhar no teste faz
com que o gelo se quebre e caia, libertando uma anomalia da água
dormente. Após o gelo se partir, gelo o bastante permanece para os
personagens ainda poderem escalá-lo, mas a CD do teste aumenta
para 15.
Alojados nas rochas por trás da cachoeira estão itens que foram
pegos pelo rio, incluindo um pacote de explorador e uma picareta de
minerador. Após a anomalia da água ser liberada e lidada, esses itens
podem ser recuperados em segurança.
U8. Lago Sagrado
Um rio subterrâneo certa vez derramava numa piscina nessa área,
preenchendo-a com água mineral corrente e seguindo para o oeste. O
rio e a piscina estão agora congelados e vão permanecer assim até a
Geada Eterna terminar.
Nas noites claras, a luz do luar ilumina através de uma abertura no
teto e ilumina a piscina. Os minerais no gelo se transformaram num
azul brilhante e enevoado. Entumbados no gelo estão os restos de
quatro gigantes de gelo, os traços fracos de suas formas são pouco
visíveis.
U9. Ossuário
Essa caverna é maior em elevação do que os túneis que levam a ela,
mas é facilmente alcançável ao se escalar um ou dois lances de
escadas esculpidas de forma rudimentar.
Nas noites claras, a luz do luar entra na caverna pelas fissuras
naturais do teto. O sangue fresco pinta o chão gélido, indicando que
uma ou mais criaturas foram massacradas aqui recentemente (é aqui
onde os pescadores de Angraleste encontrarem seu fim). Mais óbvio
que o sangue são todos os ossos: espinhas de trutas de cabeça chata,
esqueletos humanoides em pedaços, e ossos de animais menores e
pássaros, junto de pedaços de roupa e armadura e algumas armas
enferrujadas.
Sentado em meio aos ossos no meio da caverna está um esqueleto de
gigante do gelo (veja apêndice C) parcialmente encoberto no gelo. Ele
permanece inanimado até sofrer dano ou até os intrusos entrarem no
ossuário. Em vez de rolar iniciativa pra ele, assuma a contagem de
inciativa 1. O esqueleto gasta seus primeiros dois turnos de combate
sem fazer nada além de quebrar o gelo e ficar de pé, o que dá aos
personagens tempo de fugir ou dar algumas pancadas antes de o
esqueleto atacar.
Essa criatura matou os pescadores de Angraleste, e Maud é a única
que pode controla-lo. O esqueleto tenta matar qualquer um que
entrar nessa caverna e persegue presas fugitivas o mais longe que
puder sem deixar o complexo cavernoso.
U10. Caldeirão da Fartura
A bruxa do lago, Maud Chiselbone (use a ficha de bruxa do mar), e
seu companheiro fogo-fátuo aguardam os personagens no meio dessa
caverna. Maud fica entre seu caldeirão da fartura (veja apêndice D) e
um bloco de pedra acima do qual ela massacra qualquer carne que
for destinada à sua sopa. Amontoado ao redor desse bloco estão
machadinhas enferrujadas e corpos esfolados dos quatro pescadores
de Angraleste. O fogo-fátuo fica normalmente invisível quando sua
luz é extinta, mas ele brilha quando quer que os intrusos contemplem
a forma oculta e verdadeira de Maud.
Maud se disfarça de uma mulher velha e decrépita. Nessa forma, ela
veste peles maltrapilhas para se proteger do frio. Na sua forma
natural, Maud tem uma carne roxa-acinzentada e doentia, olhos
esbugalhados que raramente piscam, e cabelos negros pegajosos
entrelaçados com ossos de dedo. Se seu disfarce for perfurado ou se
os personagens a ameaçarem, Maud invoca o esqueleto de gigante do
gelo da área U9 para lutar em seu lado, mas ele leva duas rodadas
para chegar. Se o esqueleto for destruído, Maud assume sua
verdadeira forma e engaja ela mesma nos personagens. Ela não vai
desistir do seu covil ou do caldeirão mágico sem lutar.
Se ela for reduzida a 9 PVs ou menos, Maud tenta fazer um acordo.
Ela concorda em abrir mão do caldeirão e promete entregar um baú
cheio de moedas de ouro que se encontra no esterco ao fundo do Lac
Dinneshere. Se o acordo for firmado e os personagens a libertarem
como prometido, Maud retorna ao lago e cumpre a sua parte da
barganha. Conforme ela parte, ela diz aos personagens para esperar
nas cavernas até a meia-noite, e então seguir a norte ao longo da
costa por 1,5km. Se eles seguirem as instruções delas, eles encontram
um baú de madeira alagado na margem gélida, com sua tranca
quebrada. Veja “Tesouro” abaixo para informações sobre o conteúdo
do baú.
Tesouro. A sopa muito quente criada pelo caldeirão da fartura é
muito branda para os gostos de Maud, então ela adicionou carne
esfolada e órgãos frescos de humanos para a última fornada. Os
personagens que examinarem a sopa veem pedaços de carne e
órgãos flutuando no caldo de especiarias. Os personagens vão
precisar jogar fora a sopa antes de tentar mover o caldeirão. Uma vez
vazio, o caldeirão requer algum esforço para ser transportado, dado o
seu tamanho estranho.
Se o caldeirão for rebocado de volta às Dez Cidades e suas
propriedades mágicas se tornarem conhecidas, os personagens não
vão ter problemas em encontrar um comprador interessado nele
(veja “Concluindo a Missão” e “Planos do Salão da Cidade” abaixo).
O baú que Maud puxa das profundezas do Lac Dinneshere contém
600po. Enterrado sob as moedas de ouro estão quatro garras
rastejantes que saltam e atacam se o ouro for removido, despejado,
ou de outra forma violado.
Concluindo a Missão
A Capitã Arlaggath fica triste com a notícia de que os pescadores
desaparecidos estão mortos, mas ainda ansiosa em ouvir uma
história completa da visita dos personagens às Cavernas do
Caldeirão.
Reclamando a Recompensa
Tendo completa sua missão, os personagens são recompensados ou
com o pergaminho de bola de fogo ou com a bolsa de truques cinza,
ambos os quais a Capitã Arlaggath tem em sua custódia.
Vendendo o Caldeirão
Os personagens que tentarem vender o caldeirão da fartura em
Angraleste conseguem mais do que eles barganharam (veja “Planos
do Salão da Cidade” abaixo).
Planos do Salão da Cidade
O Salão da Cidade de Angraleste é o cenário para dois planos
possíveis, uma envolvendo o roubo do caldeirão da fartura e o outro
envolvendo o roubo da figura de proa feita de chardalyn de um barco.
Esses planos ocorrem sob as seguintes condições:
• Se os personagens tentarem vender o caldeirão da fartura em
Angraleste, rode “O Plano do Caldeirão”.
• Se os personagens não tiverem lidado com a ameaça duergar a
bordo da balsa de Angraleste e não forem prováveis de fazê-lo, rode
“O Plano do Chardalyn”.
Você pode rodar um plano ou o outro, ou usar ambos em momentos
diferentes na aventura.
O Plano do Caldeirão
Se os personagens trouxerem o caldeirão da fartura a Angraleste e
suas propriedades se tornarem conhecidas à Capitã Arlaggath ou a
outras pessoas da cidade, o relato circula de que os personagens
possuem um item mágico que pode ajudar a alimentar os famintos
das Dez Cidades. Essa notícia rapidamente alcança o Orador Danneth
Waylen, que convida os personagens a um encontro privado no Salão
da Cidade. Durante esse encontro, Danneth tenta comprar o
caldeirão, oferecendo cinco gemas de 500po por ele. Ninguém mais
em Angraleste vai pagar mais que isso ou cobrir a oferta dele.
Qualquer personagem que barganhar com Danneth e passar num
teste de Carisma (Persuasão) CD 12 pode convencê-lo de melhorar a
proposta, caso no qual ele oferece até dez gemas de 500po. Se os
personagens aceitarem essa oferta, Danneth precisa de 48h para
contrair algumas dívidas para adquirir as gemas, tempo durante o
qual ele insiste que o caldeirão permaneça no Salão da Cidade de
Angraleste, sob a guarda na área T17. Os personagens podem ou
deixar os quatros membros da milícia da cidade (combatentes
tribais) vigiando o caldeirão, ou eles mesmo podem protege-lo.
Danneth fica satisfeito de qualquer forma.
Ladrões Zhentarim
Notícias sobre o caldeirão chegam ao Orador Naerth Maxildanarr de
Targos dentro de um dia, graças a uma espiã Zhentarim chamada
Prudence Tarkwold, que trabalha como funcionária no Salão da
Cidade de Angraleste e possui um pequeno chalé nas proximidades
(onde ela mantém uma serpente voadora que serve de mensageira
dela). Após Prudence notifica-lo do caldeirão, Naerth coloca em
andamento um plano para roubá-lo. Ele despacha três rufiões
humanos em roupas de frio para se encontrarem com Prudence no
Salão da Cidade assim que a noite cair. Esses rufiões trazem consigo
um bico-de-machado domesticado que eles amarram num poste de
madeira fora da entrada norte do Salão da Cidade.
Salvo uma intervenção dos personagens, os Zhents encurralam o
Orador Waylen em seu escritório (área T3) e o usam como um
anfitrião para forçar os guardas vigiando o caldeirão a largarem suas
armas e se renderem sem lutar. Após trancar o Orador Waylen e os
guardas na prisão (área T18), os Zhents removem o caldeirão do
Salão da Cidade, amarram-no ao bico-de-machado com corda, e
jogam as chaves das celas da prisão num monte de neve. O bico-de-
machado é forte o bastante para arrastar o caldeirão pela neve atrás
dele conforme os Zhents o guiam de volta a Targos. Os Zhents não
param até o caldeirão ser entregue ao Orador Naerth Maxildanarr no
Exército de Luskan. Quaisquer rastros que eles fizerem na neve são
obliterados após 1d4 horas pelo vento soprando. Embora eles sejam
LM, os Zhents têm ordens estritas de não matar ninguém. Os inimigos
que eles reduzirem a 0 PVs são deixados inconscientes em vez de
mortos.
Desenvolvimento
Os personagens no Salão da Cidade podem tentar frustrar o roubo. Se
nenhum personagem estiver presente durante o assalto, o roubo se
torna aparente quando os personagens retornarem ao Salão da
Cidade para fechar o acordo com o Orador Waylen. Se eles chegarem
nas primeiras horas do amanhecer, eles ouvem um barulho de batida
vindo da masmorra, onde o orador e seus guardas são trancados. Do
contrário, eles chegam para encontrar a Capitã Arlaggath e uma
pequena comitiva de guardas da cidade tentando quebrar e abrir as
portas das celas.
O Orador Waylen fica acometido pela traição de Prudence, uma vez
que ela trabalhava próxima a ele por quase três anos. Ele não tinha
ideia de que ela trabalhava para os Zhentarim. Se os personagens não
souberem onde os Zhents levaram o caldeirão, Waylen se lembra que
Prudence espontaneamente mencionou ter uma família em Targos
(sua “família” são os Zhentarim). Ele sugere que eles busquem pelo
caldeirão lá. Os personagens podem encontrar Prudence Tarkwold
no Exército de Luskan, onde ela tem um aposento privado para si.
Sobre o caldeirão, o Orador Maxildanarr o tem e não vai desistir dele
sem lutar.
O Plano do Chardalyn
Os duergar se escondendo a bordo da balsa de Angraleste atacam o
Salão da Cidade na calada da noite, determinados a roubarem as
peças da figura de proa feita de chardalyn de um barco. Esse roubo
ocorre enquanto grande parte do povo, incluindo o Orador Waylen,
está dormindo em suas casas. Para mais informações sobre os
duergar e o que eles sabem, veja a seção “Balsa de Angraleste”.
Ladrões Duergar
Se ainda estiver vivo, Durth Sunblight, um mestre de mentes duergar
(veja apêndice C), lidera três duergar chamados Klaska, Ossyl, e
Zublorr ao Salão da Cidade sob a cobertura da noite, fazendo seu
caminho no interior através da entrada norte. Salvo uma intervenção
dos personagens, os duergar usam suas armas para despedaçar a
figura de proa de chardalyn na área T6. Os guardas na área T17
interrompem o duergar, mas não são páreos para eles. Após matar os
guardas com suas picaretas de guerra, os duergar finalizam a quebra
e separação da figura de proa.
Cada duergar carrega um saco que pode conter até cinco fragmentos
de chardalyn de 10kg. Após preencher seus sacos, os duergar saem
do Salão da Cidade e viajam para a sua fortaleza escondida nas
montanhas (descrita no capítulo 3). Quaisquer rastros deixados pelos
duergar são obliterados após 1d4 horas pelo vento soprando.
Se muito tempo tiver passado para rastrear os duergar, os
personagens não vão ter nenhuma maneira de saber para onde eles
foram – ainda bem, dado os perigos da fortaleza duergar. Uma busca
pela balsa de Angraleste não levanta pistas, uma vez que os duergar
levam todos os seus pertences (incluindo o mapa de Durth) consigo.
Desenvolvimento
A menos que aconteça de eles estarem no interior ou próximos do
Salão da Cidade quando os duergar chegarem, os personagens não
vão saber sobre o roubo até os relatos chegarem aos seus ouvidos no
dia seguinte, quando o Orador Waylen pedir a eles para encontrar os
ladrões e retornarem os fragmentos desaparecidos de chardalyn, de
modo que ele possa prendê-los com os outros pedaços que os ladrões
deixaram para trás. Waylen está disposto a pagar 50po por cada
fragmento roubado que for trazido de volta a ele. Se os personagens
não estiverem ainda cientes das propriedades do chardalyn, Waylen
os alerta sobre a magia demoníaca infundida no cristal e os incita a
não estabelecerem contato direto com nenhum dos fragmentos.
Os personagens que estiverem determinados a encontrar os
fragmentos de chardalyn roubados podem pedir ao povo de
Angraleste para verificarem se alguém viu atividade suspeita na noite
do roubo. Qualquer personagem que gastar uma hora batendo nas
portas e indagando pela cidade pode fazer um teste de Carisma
(Investigação) CD 14 no final dessa hora. Numa falha, nenhuma
informação útil é obtida. Se o teste tiver sucesso, o personagem é
incitado a falar com Scython, o balseiro tiefling, que passa grande
parte do seu tempo ocioso numa taverna chamada Truta Molhada.
Scython é amplamente tido como uma fonte de informações úteis.
Embora ele não saiba de nada sobre os duergar ou do chardalyn
roubado, ele sabe sobre vários rumores que podem conduzir os
personagens novas direções (veja “A Truta Molhada”).
Assim que os personagens estiverem no nível 4, a aventura os conduz
em direção à fortaleza duergar no capítulo 3, onde os fragmentos de
chardalyn roubados podem ser encontrados (veja área X26).
Salão da Cidade de Angraleste
Informações sobre o Salão da Cidade de Angraleste é fornecida aqui,
junto de um mapa. Você pode usar o mapa 1.11 para representar os
salões de outras das Dez Cidades, se necessário.
O Salão da Cidade de Angraleste é uma construção de pau-a-pique de
dois andares onde o povo vem para renovar licenças, pagar impostos,
firmar reivindicações triviais, registrar reclamações, e se reunir para
discutir assuntos importantes. A bandeira de Angraleste balança no
topo de uma cúpula do telhado abruptamente inclinado do Salão da
Cidade.
Todos os andares acima do térreo têm piso de madeira, com pinturas
a óleo emolduradas de artistas locais montadas acima do lambri. As
portas nesses níveis são feitas de madeira resistente e não têm
nenhuma tranca, embora as portas mais externas possam ser
barradas por dentro. O nível da masmorra é talhado da rocha sólida e
tem portas de ferro resistentes por toda a parte. Lanternas com
pouca queima estão suspensas em arandelas ou vigas de ferro,
iluminando fracamente todos os locais do interior.
Os seguintes locais estão marcados no mapa 1.11.
T1. Salão de Recepção
Essa câmara é decorada com pinturas a óleo exibindo a vida em
Angraleste, incluindo uma pintura grande da própria cidade na
parede norte. Montada na parede sul está uma truta de cabeça
chata estufada com 1,5m de comprimento. Sua placa de madeira
carrega uma plaqueta de cobre inserida que diz em Comum
“Grande Peixe, pego pelos pescadores de Angraleste durante o
verão de 1.479 CV”.
Uma porta secreta no canto nordeste está parcialmente oculta atrás
de uma pintura altar e esguia de barcos de pesca no Lac Dinneshere.
Ela empurra para abrir e revelar o escritório do orador (área T3)
adiante. Qualquer personagem que procurar pela parede por portas
secretas a encontra automaticamente.
T2. Escritório Administrativo
Esse aposento contém fileiras de escrivaninhas e gabinetes de
arquivos. Algumas poltronas acolchoadas estão alocadas de lado para
visitantes.
T3. Escritório do Orador
Tapeçarias e paisagens pintadas decoram esse aposento, no meio
do qual está uma grande mesa circundada por cadeiras de
madeira com encosto alto.
A cadeira do orador tem o brasão de Angraleste trabalhado no seu
encosto, enquanto que as outras cadeiras não têm.
Uma porta secreta no canto noroeste está oculta atrás de uma
tapeçaria exibindo uma montanha coberta de neve no topo. Ela oscila
para abrir na área T1. Qualquer personagem que procurar na parede
por portas secretas a encontra automaticamente.
T4. Closet de Casacos
Esse é o closet de casacos pessoal do orador. Um conjunto inteiro de
roupas de frio está armazenado no baú de madeira.
T5. Latrina
Esse aposento contém um toalete, um balde e esfregão, uma simples
pia, e uma estante de toalhas.
T6. Figura de Proa de Chardalyn
Contanto que os duergar ainda não a tenham destruído, uma
descoberta surpreendente aguarda pelos personagens nesse
aposento:
Lanternas de chama baixa lançam um brilho suave sobre um
objeto negro e alto no centro desse aposento. Embora você possa
facilmente confundi-lo com uma estátua, esse objeto é na verdade
a figura de proa de um barco e está esculpido à semelhança de um
demônio alado. A figura de proa na forma de demônio está ereta
com 2,4m de altura. Fragmentos de madeira se projetam para fora
das costas do demônio nos pontos onde a figura de proa certa vez
se atrelava ao casco de um barco.
Se a figura de proa estiver intacta e os personagens tiverem
participado da sessão espírita de Rinaldo, eles veem algo a mais
também:
Enlaçada à figura de proa com corda está uma mulher magricela
que está pingando de molhada. Seus cabelos brancos e longos se
encontram sobre seu rosto, obscurecendo-o.
Outras características do aposento incluem uma escadaria de
madeira que sobe para uma sacada, montada acima da qual está uma
pequena grua com um guincho manual, e uma escadaria que desce
para a masmorra (veja área T16).
Figura de Proa Demoníaca. Os personagens familiares com
chardalyn podem dizer que a figura de proa é feita da substância.
Aqueles que passarem num teste de Inteligência (História) CD 20
percebem que a figura de proa exibe Errtu, um demônio balor que
aterrorizou o Vale do Vento Gélido há cerca de um século. Os
personagens que tiverem crescido no Vale do Vento Gélido têm
vantagem nesse teste. A figura de proa é um objeto Grande com CA
13, um limiar de dano de 5, 50 PVs, e imunidade a dano venenoso e
psíquico. Ela pesa 500kg.
Um bando de aventureiros usaram uma magia telecinésia para erguer
a figura de proa das profundezas do Lac Dinneshere há alguns meses
e a rebocaram para Angraleste, esperando por uma recompensa. O
que eles conseguiram dificilmente valeu o esforço, e o Orador Waylen
não sabe o que mais fazer com a figura de proa além de armazená-la
aqui, fora dos olhares públicos. Ele teme que a figura de proa esteja
contaminada por magia demoníaca e alertou sua equipe de não tocá-
la. Uma magia detectar o mal e o bem ou mágica similar revela que ela
é um objeto profanado. Qualquer criatura que entrar em contato com
ela deve passar num TR Car CD 13 ou ganha o seguinte defeito, o qual
substitui qualquer traço de personalidade conflitante: “Eu suspeito
que a maioria dos moradores das Dez Cidades são membros de um
culto secreto devotado à Donzela Gélida”. Essa paranoia pode ser
encerrada numa criatura por qualquer magia que remova uma
maldição. Contato prolongado com a figura de proa pode ter outros
efeitos nocivos, ao seu critério.
Dama Branca de Lac Dinneshere. O que parece ser uma mulher
amarrada à figura de proa é na verdade a Dama Branca de Lac
Dinneshere, a qual se manifesta aqui como um fantasma CM. Se os
personagens mantiverem a distância, a mulher começa a soluçar. Se
os personagens sairem sem confrontar a mulher e retornarem
depois, o fantasma terá desaparecido (junto das cordas que pareciam
prendê-la).
A Dama Branca raramente se manifesta na terra, e seu fantasma pode
ser visto apenas por aqueles que ousarem invoca-la (como os
personagens fizeram quando participaram da sessão espírita do
Rinaldo). Se um ou mais personagens vierem a até 1,5m do fantasma,
ele lança sua cabeça para trás para revelar um crânio vazio com um
sorriso aberto, pegando os personagens de surpresa com a sua Visão
Horripilante. Assim que a verdadeira natureza do fantasma for
revelada, as cordas atrelando-o à figura de proa se esvaem à medida
em que ataca o personagem mais próximo. Se o fantasma for
reduzido a 20 PVs ou menos, ele tenta possuir um personagem no seu
próximo turno. Um hospedeiro possuído vai tentar deixar o Salão da
Cidade pela saída a norte e vai se afogar no Lac Dinneshere andando
no gelo até ele quebrar, atacando qualquer um que ficar em seu
caminho.
Se o fantasma for reduzido a 0 PVs, ele se esvai com um grito à
medida em que o espírito da Dama Branca é forçado a voltar ao lago,
onde ele permanece consequentemente.
T7. Armazém de Cadeiras
Estocadas ordenadamente nas paredes desse aposento estão dúzias
de cadeiras de madeira usadas para encontros da cidade.
T8. Sala de Registros
Esse aposento contém os registros da cidade, armazenados em caixas
que se inclinam perigosamente nas paredes.
T9. Local de Eventos
Esse aposento é usado para festas e outros eventos especiais. Ele
contém mesas e cadeiras de madeira, e bandeirolas coloridas
suspensas em vigas. Uma janela com cortina dá vista para baixo na
área T6.
T10. Corte de Pequenas Disputas
Residentes de Angraleste vêm aqui para resolver alegações de crimes
pequenos. Fileiras de cadeiras de madeira encaram uma mesa grande
e coberta de pano, atrás da qual o orador se senta enquanto preside
as pequenas causas de litígio da corte. Próximo a essa mesa está uma
escrivaninha para o escriba da corte.
T11. Licença de Pesca
Três escrivaninhas se encontram lado a lado no aposento, com o
encosto das suas cadeiras virados para a parede de fora. Fixado na
parede leste está um mapa grande desenhado a mão com velhas
varas de pesca. Uma das varas está equipada com uma isca de
pesca verde limão esculpida para lembrar um pequeno flunf.
Os pescadores de Angraleste vêm aqui para conseguir ou renovar
suas licenças de pesca. O mapa na parede leste mostra o Lac
Dinneshere, com as fronteiras para marcar os territórios de pesca de
Angraleste, Cidadela Dineval e Cidadela Konig.
T12. Sala de Descanso dos Empregados
Esse aposento contém várias cadeiras de descanso, um gabinete de
petiscos, e uma escadaria de madeira que sobe para a área T14.
T13. Closet de Suprimentos
Os suprimentos e provisões estão armazenados em prateleiras de
madeira que enfileiram as paredes desse aposento.
T14. Biblioteca da Cidade
A biblioteca escassa de Angraleste contém uma coleção em grande
parte pouco relevante de livros armazenados em prateleiras
empoeiradas. Outras mobílias incluem cadeiras e escabelos
acolchoados. Escadas de madeira descem para a área T12.
Tesouro. Os personagens que gastarem ao menos 10 minutos
procurando pelas prateleiras descobrem um livro desgastado com
uma capa de couro vermelho e páginas amarelas. As bordas das
páginas estão manchadas com sangue seco. A escrita no interior
sugere que o livro não é nada além de uma antologia de poesias. No
entanto, ele é na verdade o grimório de um Mago Vermelho de Thay
chamado Dzaan. O verdadeiro conteúdo do livro está escondido por
uma magia escrita ilusória que se encerra 5 dias após a execução de
Dzaan (veja “Execução Pública”).
Após o livro ser confiscado por um membro da milícia da cidade, ele
foi trazido para o Salão da Cidade, onde um funcionário achou
adequado aloca-lo nessa biblioteca para mantê-lo seguro. Conjurar
dissipar magia no livro encerra a magia escrita ilusória alocada nele.
Quando a magia escrita ilusória se encerrar, o verdadeiro conteúdo
do livro é revelado. Ele contém as seguintes magias: 1) detectar
magia, disfarçar-se, escrita ilusória, imagem silenciosa, mísseis
mágicos 2) arrombar, força fantasmagórica, invisibilidade, levitar,
nublar, reflexos 3) bola de fogo, enviar mensagem, imagem maior,
lentidão 4) assassino fantasmagórico, confusão, olho arcano, terreno
alucinógeno 5) animar objetos, conjurar elemental, despistar,
similaridade.
T15. Escritório e Espaço de Estocagem
Residentes de Angraleste podem alugar esses pequenos aposentos
para estocagem pessoa ou para uso de escritório. Dos seis aposentos
disponíveis, apenas dois estão em uso atualmente; o resto está vazio.
O primeiro aposento em uso contém vários engradados e barris
estocados. Se os personagens investigarem mais a fundo, eles
descobrem que todos esses recipientes estão vazios.
O segundo aposento em uso foi convertido num escritório
aconchegante. Duas cadeiras bastante acolchoadas e uma
escrivaninha de madeira abarrotam o espaço. No interior da gaveta
destrancada da escrivaninha está um livro de romance
semifinalizado intitulado Perdidos nos Orbes de Lavanda.
T16. Escadas para a Masmorra
Escadas de pedra cobertas com tábuas de madeira descem para a
masmorra, a qual é talhada da rocha sólida.
T17. Aposento dos Encarceradores

A menos que eles tenham sido chamados pelo distúrbio em algum

outro lugar, quatro guardas (combatentes tribais) sentam ao redor
de uma mesa de madeira circular, jogando o Jogo dos Três Dragões
com um baralho bem desgastado de cartas. Os personagens que
ouvirem na porta antes de entrar podem ouvir esses soldados
reclamando do frio e se perguntando quando a próxima loteria vai
ser feita (veja “Sacrifícios a Auril”). Um dos guardas carrega um anel
com oito chaves de ferro; essas chaves destrancam a porta das celas
na área T18.

T18. Prisão

Os indivíduos presos por crimes em Angraleste ficam detidos aqui.

Cada cela contém uma porta de ferro trancada com uma janela de
fechar de ferro num quadrado de 15cm construída nela de modo que
os guardas possam bisbilhotar na cela sem abrir a porta. Um dos
guardas na área T17 carrega as chaves que destrancam todas as
portas das celas. As portas são resistentes demais para os
personagens forçarem a abertura usando força bruta apenas, mas um
personagem com ferramentas de ladrão pode usar uma ação para
tentar abrir a tranca da porta do lado de fora, fazendo-o com um teste
bem-sucedido de Destreza CD 15.

T19. Sala de Interrogatório

Os prisioneiros são trazidos para cá quando o Orador Waylen tem a

preocupação de interroga-los. O aposento contém uma cadeira de
carvalho resistente equipada com algemas de ferro, um esfregão, e
um balde de madeira.

Bom Prado
Fundada por imigrantes de Chult e de Orla de Vilhon, Bom Prado é
aninhada entre o Aguarrubra e uma floresta sempre verde nas
proximidades. As construções achatadas da cidade, adornadas com
esculturas de dinossauros e serpentes, são ofuscadas pela estrutura
de dois andares do salão do hidromel, com seus beirais feitos e
pintados para lembrar wyverns. Uma vez que o mel é o ingrediente
chave no hidromel, a cidade literalmente tem o zumbido de voo das
abelhas.
Cada taverna no Vale do Vento Gélido está acostumada a receber
entregas de hidromel regulares, e a cidade não pode produzir ou
entregar seu hidromel rápido o bastante. Todas as entregas foram no
entanto suspensas temporariamente – em razão de um verbeeg
saqueador (veja apêndice C) ter surgido na floresta há três dias e ter
roubado três barris de hidromel que estavam sendo carregados num
trenó para transportá-los até Bryn Shander. Kendrick Rielsbarrow, o
orador da cidade e um gigante por si só, se opôs ao verbeeg e não se
deu bem. Após perfurar Kendrick com sua lança, o verbeeg pegou os
barris e desapareceu de onde veio. Os outros residentes de Bom
Prado tentaram salvar Kendrick, em vão; seu corpo se encontra num
santuário local. Cinco membros da milícia foram atrás do verbeeg,
mas não retornaram.
Bom Prado em Resumo
Cordialidade ❆❆ Serviços ❆ Conforto ❆❆
Missão Disponível. “O Hidromel Deve Fluir”.
População. 100.
Líder. Nenhum. O Orador Kendrick Rielsbarrow foi morto por um
verbeeg, deixando a cidade sem liderança.
Milícia. Bom Prado pode reunir até 20 soldados (use a ficha de
combatente tribal) e 2 veteranos.
Brasão. Uma caneca de bebida marrom escura feita de uma seção de
chifre cortado, com uma alça de galhada adicionada à direita e
centrada num campo branco, representando o hidromel exportado
da cidade e seu clima nevado e frio.
Sacrifício a Auril. Aquecimento.
Rivalidades. Cidadela Dineval, Cidadela Konig.
Viagem por Terra
Um caminho conecta Bom Prado ao Caminho do Leste, cruza a
estrada coberta de neve, e continua a Cidadela Dineval. Um outro
caminho nevado leva à Toca do Dougan. Os tempos de viagem na
tabela abaixo assumem que os personagens estão a pé; montarias e
trenós reduzem esses tempos à metade.
Para Tempo de Viagem
Toca do Dougan 4 horas
Bryn Shander 6 horas
Cidadela Dineval 8 horas
Locais de Bom Prado
Os seguintes locais proeminentes estão marcados no mapa 1.12.
Salão do Hidromel
Fornecedor de Hidromel de Bom Prado
Há quatro décadas, esse salão de hidromel colocou um fim na
dependência da cidade na pesca de truta de cabeça chata com seu
vinho de mel famoso, o qual rapidamente se tornou popular por
todas as Dez Cidades.
O salão do hidromel tem um espaço grande e aquecido dedicado ao
acasalamento de abelhas e à nutrição de colmeias. As abelhas
zanzando podem ser ouvidas por toda a cidade, embora a maioria dos
residentes esteja tão acostumada ao zumbido que eles não ligam.
Santuário da Espada Flamejante
Santuário de Tempus (deus da guerra)
Essa construção vacante se encontra na margem do lago e tem um
campanário assombrado por corvos no seu topo. Diferente do salão
do hidromel, que é bem cuidado, os ícones pintados do deus da
guerra portando uma espada flamejante do santuário está lascado e
se deteriorando, e seu espaço interior se encontra em grande parte
vazio, exceto por uma mesa longa na qual repousa um corpo coberto
com um cobertor. O corpo é o do Orador Kendrick Rielsbarrow, um
gigante com seus quarenta e poucos anos. Ele morreu com três
ferimentos de facadas no peito.
O santuário foi construído há cerca de um século, quando a rivalidade
da cidade com a Toca do Dougan ficou tão ardente que o lago, um
campo de batalha frequente, se tornou conhecido com o Aguarrubra.
Durante um tempo subsequente, quase todos os residentes de Bom
Prado prestou homenagem a Tempus. Hoje, a relevância do santuário
diminuiu ao ponto de ser usado apenas para as reuniões principais
da cidade.
Elegendo um Novo Orador da Cidade
Bom Prado também precisa de um novo líder, e dois moradores
locais surgiram como postulantes a substituir Kendrick Rielsbarrow
como orador da cidade. Vai levar uma ou duas semanas para a cidade
planejar uma eleição. Um candidato é um madeireiro anão do escudo
de barba ruiva chamado Shandar Froth, e a outra é Olivessa
Untapoor, uma mulher de meia-idade que descende dos fundadores
chultanos da cidade e que cria barris para comportar a famosa bebida
de Bom Prado.
Shandar é procurado pelas autoridades de Mirabar pelo assassinato
de um outro anão. Os agentes Zhentarim localizaram Shandar há
alguns anos e estão lhe chantageando a servir como os olhos e
ouvidos deles na cidade. Uma vez por mês, Shandar viaja a Targos
para se reunir brevemente com Naerth Maxildanarr, orador de lá,
para contar tudo o que tem acontecido ultimamente em Bom Prado.
Olivessa não quer ser oradora da cidade, mas seus amigos estão lhe
pressionando a assumir essa função para o bem da cidade. Ela ficaria
feliz em ver alguém dar um passo adiante para desafiar Shandar pela
governança.
Para mais informações sobre Olivessa e Shandar, veja a seção “Novo
Orador da Cidade”.

O Hidromel deve Fluir
As tavernas por todas as Dez Cidades dependem das entregas de
hidromel para satisfazer seus clientes, e Bom Prado precisa do
dinheiro. Há dois dias, um verbeeg (veja apêndice C) roubou três
barris de hidromel à medida em que eles estavam sendo carregados
num trenó. Quando o orador da cidade tentou impedir o roubo, o
verbeeg o matou. O povo da cidade quer vingança, mas mais do que
isso, eles querem o hidromel deles de volta!
Se os personagens empreenderem nessa missão, eles devem rastrear
o verbeeg até seu covil, o qual ele compartilha com um ogro estúpido,
alguns rebanhos roubados, e um urso marrom dormente. Para
complicar as coisas, o interesse romântico do verbeeg – um outro
verbeeg – chega à medida que os personagens estão saindo.
Como os personagens descobrem sobre os problemas da cidade
depende se a aventura começa em Bom Prado ou não. Se Bom Prado
for a cidade inicial da aventura, os personagens sabem de todas as
informações na seção “Bom Prado”, as quais você pode ler aos
jogadores. Se Bom Prado não for a cidade inicial para a aventura, os
personagens ficam cientes dos infortúnios da cidade quando um ou
mais moradores locais os colocarem por dentro durante a noite.
Obtendo a Missão
Se os personagens oferecerem de recuperar os barris roubados, os
moradores locais não podem recompensá-los com muito mais do que
alojamento gratuito e bebida por uma dezena. Se os personagens
aceitarem esses termos, várias pessoas podem apontar a direção que
o verbeeg foi após roubar os barris.
Conforme os personagens seguem seu caminho para a borda da
floresta, leia:
Uma figura em roupas de frio balança para fora da floresta no
campo de visão, correndo o mais rápido que pode através da neve
densa. Pendurado sobre suas costas estão um par de armadilhas de
animais, uma das quais parece conter uma raposa em pânico.
A figura é Fef Moryn (batedor humano CB), um armadilheiro. Ele
estava na floresta checando suas armadilhas quando chegou numa
cena pavorosa: cinco membros da milícia de Bom Prado com seus
crânios e peitorais amassados. Ele veio direto para casa para alertar a
cidade.
Os personagens não podem convencer Fef a retornar aos corpos, mas
eles podem facilmente seguir seus rastros através da neve.
A raposa (veja apêndice C) na armadilha do Fef está presa, mas não
ferida. Se os personagens quiserem compra-la, Fef vai vende-la a eles
por não menos que 1po. Embora seja um animal selvagem, ela
permanece dócil enquanto está presa. Se os personagens levar a
raposa consigo, eles vão acha-la útil na próxima cena.
Carnificina na Floresta
Os personagens que seguirem a trilha de Fef Moryn eventualmente
chegam na cena pavorosa que o armadilheiro falou:
Adentro na floresta, em meio aos pinheiros cobertos de neve, vocês
descobrem os restos de cinco membros da milícia, que parecem
como se eles tivessem sido esmagados até a morte. A neve recém-
caída já começou a se acumular nos corpos deles.
Essas cinco pessoas perseguiram o verbeeg por um tempo e então
caíram na presa do companheiro ogro de verbeeg, que ficou para trás
na floresta em vez de tentar se manter próximo ao verbeeg.
O ogro matou todos os cinco humanos com sua clava grande e então
foi para a casa. Os personagens podem seguir seus rastros na neve
sem um teste. Um teste bem-sucedido de Sabedoria (Sobrevivência)
CD 12 identifica esses rastros como pertencentes a um gigante
Grande. Seguir esses traços leva os personagens num caminho pela
floresta até, após 8 horas, eles chegarem no covil do verbeeg.
A Raposa e o Chwinga
Os personagens tem um encontro enquanto seguem a trilha do ogro.
Um chwinga (veja apêndice C) pula para fora da neve e lança uma
bola de neve no personagem guia da ordem de marcha do grupo.
Assim que ele tiver a atenção do grupo, ele salta para cima da neve.
Se os personagens tiverem resgatado a raposa do Fef Moryn, o animal
corre em direção ao chwinga se ele puder fazê-lo. O chwinga se curva
perante a raposa e oferece a ela um fruto congelado, o qual a raposa
devora. Após isso, o chwinga e a raposa se tornam amigos leais. O
chwinga monta na raposa, concede um encanto de conjurar animais
ou um dos novos encantos descritos no apêndice C (veja “Novos
Encantos dos Chwingas”) sobre o personagem que ele acetou com a
bola de neve, e dá partida nas costas da raposa (para mais
informação sobre encantos, veja “Presentes Sobrenaturais” no Guia
do Mestre). Os personagens podem interromper essa cena se
quiserem; o chwinga não vai dar o encanto sobrenatural dele no
entanto, se os eventos se desdobrarem de forma diferente.
Se os personagens não tiverem a raposa ou escolherem não deixa-la
ir, o chwinga os segue por todo o caminho até o covil do verbeeg, se
for permitido a fazê-lo, mas não vai se aventurar no interior.
Covil do Verbeeg
A caverna e túneis do covil têm tetos irregulares com 6m de altura
cobertos com grandes fragmentos de gelo. O chão é de alguma forma
irregular mais não o bastante para ser terreno difícil.
O verbeeg, chamado Duhg, precisa de luz para ver, o que é a razão de
ele manter uma fogueira acesa na área V3 e carrega uma tocha
quando visita os cantos escuros do seu covil.
Os seguintes locais estão marcados no mapa 1.13.
V1. As Três Entradas
Os rastros do ogro levam os personagens a um córrego congelado, e
após ao longo dele até o covil do verbeeg:
A trilha culmina numa encosta rochosa com pinheiros crescendo
ao redor de sua base. Alocadas na colina estão três cavernas.
O riacho congelado surge da caverna oeste, a qual tem uma
entrada baixa.
A caverna do centro – uma passagem de 2,4m de altura talhada da
rocha – está moderadamente bloqueada por um conjunto firme de
coníferos e duas toras massivas caídas.
A caverna a nordeste tem uma grande entrada, e luz tremeluzente
emana do interior. Os rastros da sua presa se dirigem para essa
entrada.
Os personagens podem entrar no covil do verbeeg através de
qualquer um desses caminhos. Se eles reservarem um tempo para
examinar a encosta a leste mais detidamente, eles encontram uma
quarta entrada de caverna (área V2).
V2. Entrada Principal
Semissubmerso no lamaçal gélido estão ossos, crânio, e presas de
um mamute há muito morto. Para além desses restos está a
entrada grande de uma caverna.
Essa rota leva à caverna acesa (área V3) e ao fosso de descartes (área
V4).
V3. Caverna Acesa
Essa caverna é levemente afundada, posto que todos os túneis que
levam a ela declinam gradualmente para baixo.
Uma fogueira no meio dessa caverna a mantém iluminada e
relativamente quente. O cheiro de carne assando preenche o ar à
medida que um pedaço de carne num espeto pinga o suco no fogo.
Cabras e ovelhas estão presas num curral animal espaçoso
enclausurado por uma cerca de madeira rudimentar. Outras
características da caverna incluem uma carreta de madeira com
uma roda quebrada, dois engradados velhos, e dois barris.
Se os personagens fizerem muito barulho, o ogro vem correndo da
área V5 e o saqueador verbeeg (veja apêndice C) se aproxima da área
V9, ambos chegando ao mesmo tempo. Eles tentam matar os intrusos
à vista. Se mais de dois intrusos estiverem visíveis, o verbeeg assobia
para o urso das cavernas, o qual chega 3 rodadas depois a partir da
área V7.
Se ele não estiver perto o bastante da fogueira, o verbeeg pode usar
sua ação para tentar empurrar uma criatura nas chamas (veja
“Fazendo um Encontrão numa Criatura” no capítulo de combate do
Livro do Jogador). Qualquer criatura que entrar na fogueira pela
primeira vez num turno ou iniciar o turno dela lá sofre 3d6 dano de
fogo. Ela também pega fogo conforme sai do espaço da fogueira,
sofrendo 1d6 dano de fogo no começo de cada um dos turnos dela até
uma ação ser usada para abafar as chamas encobrindo ela.
Os personagens numa posição de fazer mal às cabras e ovelhas do
verbeeg (veja “Animais” abaixo) podem usar uma ação para ameaçar
um ou mais desses animais e, com um teste bem-sucedido de Carisma
(Intimidação) CD 10, fazer com que o verbeeg cesse com as
hostilidades e dispense o ogro e o urso das cavernas. Sob tal pressão,
o verbeeg fica disposto a deixar os intrusos sairem do covil sem
incidentes futuros, contanto que os animais no curral não sejam
prejudicados ou levados.
Um engradado está cheio de palha, a qual o verbeeg alimenta as
cabras e ovelhas. Os outros contém dez tochas grandes, as quais o
verbeeg fez da madeira e toras. Os barris estão semicheios com sal e
pimenta, os quais o verbeeg usa para temperar sua carne.
Animais. O curral de rebanho abriga sete cabras e seis ovelhas, todas
em condições saudáveis. Use a ficha de cabra para cada ovelha, com
as seguintes mudanças:
• A ovelha é uma besta Pequena com 1d6 PVs e um deslocamento de
caminhada de 9m.
• Ela carece do traço Investida e de quaisquer ataques efetivos, dando
a ela um ND de 0 (OXP).
O verbeeg adquiriu esse rebanho roubando viajantes no Caminho do
Leste. Ele considere essas bestas seus pets preciosos e deu nomes a
todos eles. Ele treinou o ogro e urso das cavernas a não ataca-los.
O que está Cozinhando? A carne que está assando no espeto é um
pedaço do que costumava ser Artin Glanhig, um lenhador anão do
escudo de Bryn Shander que cruzou o caminho do verbeeg. Um
pequeno pacote próximo a um tora perto da fogueira contém o
machado de batalha de Artin e suas botas de couro espessas. O
verbeeg está estilizando uma pequena faca que ele pode usar para
cuidadosamente descosturar as botas e reusar o couro.
V4. Fosso de Descartes
Essa caverna sem saída tem um fosso grosseiramente escavado
com 3m de largura no meio do chão.
O verbeeg e o ogro escavaram esse fosso de descartes, o qual tem 6m
de profundidade e está cheio até uma profundidade de 1,5m com
ossos, lixo e sujeira.
V5. Barris de Hidromel Roubados
Se o ogro tiver sido atraído para a área V3 pela atividade lá, omita o
parágrafo de abertura do seguinte texto:
Um ronco pesado vem de um ogro gordo e com cicatrizes de
batalha sentado com suas costas encostadas na parede oeste, e seu
queixo em seu peito. Um fino córrego de baba trilha de sua boca a
sua tanga de couro manchada de sangue. No chão em seus pés está
uma clava grande ensanguentada com tufos de cabelo e pedaços
de metal cravados nela.
Suspenso a partir do teto dessa câmara por uma série de cordas e
polias estão seis cestas. Aglomerados próximos à parede sul estão
três barris de madeira esculpidos com o símbolo heráldico de Bom
Prado: uma caneca de bebida feito de uma seção cortada de chifre,
com uma galhada na alça adicionada, na parte de cima e
centralizada.
O ogro nunca consegue se lembrar de seu nome, então verbeeg o
chama de “Amigo”. Ele se recuperou totalmente da sua luta com a
milícia da cidade. Qualquer personagem que passar num teste de
Destreza (Furtividade) pode rastejar pela caverna sem despertar o
ogro. O personagem deve repetir o teste após violar um objeto na
caverna, como uma cesta suspensa ou um barril de hidromel.
Se for despertado, o ogro agarra sua clava grande e ataca, gritando
“EU SER AMIGO!”.
O verbeeg manipulou o sistema que sustenta as cestas para impedir o
ogro de tropeçar nelas e desencorajar o urso das cavernas de pegá-
las. Descer uma cesta ao usa seu mecanismo requer uma ação. As
cestas contém tesouras de poda, baldes de leite, escovas de pelos, e
vários sacos de grão e aveia roubados das caravanas do Caminho do
Leste. Uma das cestas, determinada aleatoriamente, contém o
tesouro do verbeeg (veja “Tesouro” abaixo).
Barris de Hidromel. Um dos três barris está vazio, pois o verbeeg e o
ogro compartilharam seu conteúdo; cada um dos outros comporta 80
litros de hidromel. Cada barril cheio pesa 100kg.
Tesouro. A cesta do tesouro do verbeeg contém 72pp, 344pc, uma
gema de ágata musgo rosa translúcida (10po), um kit de primeiros
socorros, uma armadilha de caça, e um pequeno saco de pele de
coelho contendo dez pedras de funda embainhadas em prata.
V6. Córrego Congelado
A norte ao longo do córrego congelado, o túnel se divide, com um
caminho continuando a norte e o outro virando a leste. O córrego
segue o túnel obscuro a norte. A luz de uma fogueira distante está
no túnel a leste.
Os personagens que seguirem o córrego congelado a norte chegam na
área V7. Aqueles que se aventurarem a leste chegam à área V9.
V7. Covil do Urso das Cavernas
O córrego congelado termina numa piscina congelada com 2,1m de
profundidade nos fundos de uma caverna obscura. Presa abaixo do
gelo da piscina está uma estátua de pedra de um jovem homem
sorridente, desnudado exceto por uma folha de carvalho bem
alocada, com sua face virada para os céus.
Se o urso das cavernas não tiver sido convocado em outro lugar pelo
verbeeg, ele dorme no nicho oeste dessa câmara até ele detectar os
intrusos. Ele tem pele marrom e visão no escuro num alcance de 18m.
No mais, ele usa a ficha de urso polar. Um personagem que passar
num teste de Destreza (Furtividade) CD 14 pode se esgueirar pela
caverna sem despertar o urso, mas apenas no escuro. Uma fonte de
iluminação com brilho suficiente para iluminar o urso também o
desperta. O urso, cujo nome é Yogobor, é esfomeado e hostil. Mas se
ele for reduzido a 20 PVs ou menos e o verbeeg não estiver à vista, o
urso tenta fugir pela sua vida.
O nicho do urso contém o crânio e ossos mastigados de um anão do
escudo chamado Artin Glanhig (veja área V3).
Estátua de Silvanus. A estátua na piscina congelada construída
usando magias de moldar pedra, é um afloramento do fundo rochoso
da piscina. Qualquer personagem que passar num teste de
Inteligência (Religião) CD 12 a reconhece como uma exibição de
Silvanus, o deus da natureza; a folha de carvalho é o seu símbolo
sagrado. A estátua irradia uma aura de abjuração mágica quando
estiver escrutinizada com a magia detectar magia. Uma magia
identificar pode revelar sua natureza mágica, mas apenas se o
conjurador estiver tocando a estátua quando a magia for conjurada.
Antes da estátua ser tocada, os personagens devem escavar por 30cm
de gelo para alcança-la.
A estátua abençoa a piscina, de tal sorte que qualquer criatura que
beber dela ganha o benefício de uma magia restauração maior. Essa
mágica é suprimida enquanto a piscina estiver congelada. Uma dada
criatura pode ganha o benefício da piscina apenas uma vez.
V8. Nichos Funerários
Essa passagem com 2,4m de altura e 1,5m de largura tem uma
dúzia de nichos funerários esculpidos em suas paredes.
Uma tribo humana antiga esculpiu uma tumba da encosta para
abrigar os ossos de seu chefe, cujos restos estão abrigados na área
V10. Cada nicho funerário nesse túnel tem 60cm de largura, 60cm de
altura e 1,5m de profundidade. Os ossos dos combatentes foram
alocados aqui para guardar o caminho até a tumba do chefe. Os
animais atacaram selvagemente os ossos, não deixando nada além de
alguns crânios e facas de pedra esculpidas para trás.
V9. Duhg Está Aqui
Um túnel natural bifurca numa escavação em forma de anel nessa
área, a qual foi certa vez uma câmara funerária adicional. Nichos
cortados na extremidade norte do anel externo não abriga nada de
interessante.
Duhg o saqueador verbeeg (veja apêndice C) está aqui se ele não tiver
sido encontrado em algum outro lugar. Duhg está sentado de pernas
cruzadas no túnel, com uma tocha acesa no chão nas proximidades. O
verbeeg está afiando uma faca de pedra que ele encontrou na tumba
antiga. Duhg planeja usar essa faca para desfiar as botas do anão da
área V3. Encostada numa parede, a fácil alcance, está a lança do Duhg.
V10. Tumba Antiga
Degraus esculpidos no lado sul sobem de 1,5m a esse aposento a
3m de altura e num quadrado de 4,5m, o qual tem saídas naturais
estreitas nas paredes leste e oeste. No meio do aposento está um
bloco de pedra retangular com 2,1m de comprimento, 1,2m de
largura, e 90cm de altura. Pictografias nas paredes da câmara
contam um conto da jornada de uma tribo pelas montanhas
imponentes e pela tundra perigosa.
Uma chefa de tribo foi colocada para descansar aqui em eras antigas.
As pictografias ilustram como a chefa liderou sua tribo para se
assentar no Vale do Vento Gélido, como ela lutou contra monstros
terríveis para reivindicar sua terra, e como eles encontraram paz em
sua nova casa. Os personagens que estudarem o trabalho de arte
podem distinguir uma imagem da chefa portando uma varinha e
conjurando uma magia destrutiva.
É necessário uma Força combinada de 50 para mover o bloco.
Revelado abaixo está um nicho raso no chão que contém os ossos de
uma humana, com seu traje tribal reduzida a pó e farrapos.
Tesouro. Agarrada na mão esquerda da chefa está uma pérola do
poder. Em sua mão direita está uma varinha do arcano da guerra +1.
Uma maldição recai a qualquer criatura que remover qualquer item
mágico ou quaisquer restos da chefa para fora do nicho funerário. Até
a maldição se encerrar nela, a criatura fica assombrada por pesadelos
fantasmas sempre que ela faz um descanso longo e não ganha
nenhum benefício desse descanso. Realocar o objeto roubado encerra
a maldição, assim como uma magia remover maldição ou mágica
similar.
Assuntos do Coração
Assim que os personagens sairem do covil do verbeeg, leia:
Uma verbeeg anda pela neve, se aproximando da entrada da
caverna. Sua face disforme carrega um sorriso longo demais. Ela
segura uma lança numa mão enquanto usa o outro braço para
segurar uma cesta de vime cheia de peças de metal brilhante.
“Duhg?” ela grita em Comum. “Você está em casa?”.
Gahg, uma saqueadora verbeeg (veja apêndice C), chegou para um
encontro romântico com Duhg. Gahg trouxe consigo alguns
fragmentos de metal que ela espera impressionar Duhg, que estava
planejando dar a Gahg um barril de hidromel.
Se os personagens tentarem parar Gahg de entrar no covil do Duhg,
Gahg fica alarmada, e então se enfurece. Ela larga a cesta de vime e
ataca os personagens, com medo de algo terrível tenha acontecido ao
Duhg.
Se os personagens correrem para longe, Gahg verifica o Duhg para se
certificar de que ele não está machucado, permitindo ao grupo um
retorno direto a Bom Prado. Se os personagens voltarem ao covil dos
verbeeg e tentarem se esconder, Gahg buscar por eles depois de
localizar Duhg.
Se apenas um verbeeg sobreviver ao contato com os personagens, ele
não vai descansar até ter sua vingança pela morte do seu parceiro em
potencial. Um verbeeg é esperto o bastante para não agir de forma
precipitada contra o grupo, mas ele pode aventar sua fúria ao realizar
mais ataques de emboscada em Bom Prado.
Cesta de Peças da Gahg
Os fragmentos de metal reunidos por Gahg são peças de uma arma
futurística que foi alijada da carga carregada por um nautiloide
illithid antes da nave espacial se chocar. Gahg testemunhou o
impacto, o qual parecia um cometa cruzando os céus, e então
encontrou os destroços da arma e coletou alguns fragmentos dele.
Um personagem que examinar os fragmentos e passar num teste de
Inteligência (Arcanismo) CD 20 percebe que o metal não é algo que
alguém pode esperar encontrar nesse mundo.
Tesouro. Os pedaços de metal valem um total de 75po para um
funileiro ou ferreiro.
Concluindo a Missão
Intervenção Zhentarim. Shandar está sob o controle de Naerth
Maxildanarr, o orador de Targos. Diante da possibilidade de perder a
eleição, Shandar faz 8 horas de trilha até Targos para alertar Naerth e
então prontamente retornar à casa. Um dia depois, oito rufiões
humanos atormentam o salão do hidromel em roupas de frio. Antes
de os personagens conseguirem intervir, Shandar e seus amigos
madeireiros confrontam os rufiões e os chutam para fora da cidade
com seus rabos entre as pernas. O incidente todo é orquestrado para
fazer de Shandar um herói local. Os personagens que capturarem e
interrogar um ou mais dos rufiões descobrem que Naerth
Maxildanarr os contrataram.
Se os personagens falharem em expor o ardil, Shandar é eleito o
orador da cidade, dando aos Zhentarim uma base política em Bom
Prado.

Assim que os personagens encontrarem os dois barris restantes de

hidromel, eles vão precisar descobrir uma maneira de rebocá-los de
volta a Bom Prado. Após eles resolverem esse problema, eles têm
uma viagem de retorno à cidade segura. O povo da cidade fica feliz
em ver o hidromel roubado retornado, mas expressa preocupação se
os personagens deixaram um ou ambos os verbeeg vivos. Afinal, o
que vai pará-los de aterrorizar a cidade novamente?

Novo Orador da Cidade

À medida em que os personagens estiverem se recuperando da sua

aventura ou planejando sua próxima excursão, uma tanoeira local
chamada Olivessa Untapoor (plebeia humana NB) se aproxima do
líder do grupo, se houver um. Se nenhum personagem assumir esse
papel, Olivessa se aproxima do personagem com o valor de Carisma
mais alto:

Uma mulher de meia-idade se aproxima de você e remove seu

cachecol espesso de lã de modo que ela possa falar claramente.
“Meu nome é Olivessa, e eu faço barris para hidromel. Alguns
amigos meus não querem que Shandar Froth se torne o nosso
próximo orador da cidade. Eles dizem que ele não é confiável. Eu
não o conheço muito bem, mas eu fui incitada a concorrer contra
ele. Eu não tenho nenhum interesse em governar, mas você parece
ser um bom líder, e essa cidade poderia se aproveitar disso. O que
me diz?”

Olivessa está pronta e disposta a dar seu suporte a qualquer

personagem que concorrer na eleição para ser orador, e uma vez que
ela sozinha é a candidata liderando, seu apoio tem peso. Seu
oponente, Shandar Froth (plebeu anão do escudo N), não gosta dessa
virada dos eventos. Após acusar os personagens de não ter nenhum
interesse no futuro de Bom Prado, ele deixa a cidade por um dia para
conseguir ajuda (veja “Intervenção Zhentarim” abaixo).

Um personagem que gastar ao menos 1 hora fazendo indagações por

toda a cidade pode descobrir as seguintes informações sobre os dois
candidatos liderando a disputa:

• Olivessa tem raízes profundas em Bom Prado. Sua família viveu na

cidade desde a sua fundação. Ela é bastante reservada e não tem
nenhuma família própria. Ela vive sozinha na casa mais próxima do
Santuário da Espada Flamejante.

• Shandar viveu em Bom Prado pelos últimos anos e é popular entre

os madeireiros da cidade. Ele pode ser um valentão e fanfarrão, mas
não há nada que ele não faria pelos seus amigos. Ele vive com cinco
outros madeireiros numa pequena casa no lado oeste da cidade.

Bosque Só
Fundada por uma família sembiana de Urmlaspyr, Bosque Só é uma
cidade silenciosa de madeireiros, pescadores e fabricantes de
scrimshaw sobrevivendo na borda do mundo. As construções e docas
mais antigas da cidade carregam esculturas de dragões, leões e bodes
que prestam deferência ao brasão da família, o qual continha uma
quimera.
Aproximadamente metade dos residentes fisicamente capazes em
Bosque Só pescam no lago a truta de cabeça chata, enquanto a
maioria dos outros passa seus dias na floresta derrubando e cortando
as árvores que são usadas para construir barcos e construções. A
madeira de Bosque Só é levada por carreta para ser vendida em
outros assentamentos, Termalaine e Targos em particular.
Desde a existência das Dez Cidades, Bosque Só atraiu os elementos
mais sombrosos da região, de ladrões impenitentes a assassinos frios.
A floresta espessa crescendo por trás dela oculta os negócios
obscuros e sórdidos que às vezes acontecem por lá. Apesar de atrair
criminosos e patifes, Bosque Só não é um lugar em que o povo se
mata nas ruas. A realidade da sobrevivência demanda que os
residentes vivam e trabalhem juntos, e não pensem demais na
história. Um visitante pode fazer muitos amigos aqui, mas seria sábio
em não trazer à tona os feitos obscuros do passado de qualquer um
nessa pequena cidade.
Bosque Só em Resumo
Cordialidade ❆❆❆ Serviços ❆❆ Conforto ❆❆
Missão Disponível. “O Alce Branco”.
População. 100.
Líder. A Oradora Nimsy Huddle (plebeia halfling coração valente LB)
fala pelo povo da cidade. Desde quando a estalagem local fechou as
portas, Nimsy abriu o sótão aquecido dela a visitantes em busca de
um lugar para ficar pela noite. Ela cozinha biscoitos em forma de
halflings e os leva para encontros do Conselho de Oradores.
Milícia. Bosque Só pode reunir até 50 soldados (use a ficha de
combatente tribal) e 4 veteranos.
Brasão. Dois triângulos brancos estreitos, um descendo do topo ao
centro, e o outro subindo da base ao centro, quase se encontrando
num campo verde-floresta. O triângulo do topo representa um
sincelo, denotando a localização nortenha de Bosque Só; o triângulo
de baixo é um chifre de marfim, representando o comércio de
scrimshaw da cidade.
Sacrifício a Auril. Comida.
Rivalidades. Bremen, Targos, Termalaine.
Viagem por Terra
Um caminho coberto de neve com 4,5km de comprimento conecta
Bosque Só a Termalaine. Os personagens a pé podem andar esse
caminho em 2 horas; montarias e trenós reduzem esse tempo à
metade.
Locais de Bosque Só
Bosque Só não tem nenhuma estalagem ou outros lugares para
visitantes descansarem, exceto a casa da oradora da cidade, a qual
tem um sótão aquecido e espaçoso que pode acomodar os
personagens em busca de uma noite de descanso. Outros residentes
de Bosque Só valorizam sua privacidade e são menos inclinados a
acolher estranhos em suas moradias deficientes.
Os seguintes locais estão marcados no mapa 1.14.
O Criador Feliz de Scrimshaw
Loja
Essa pequena loja de frente para as docas vende as ferramentas para
o negócio dos criadores de scrimshaw: agulhas e facas num amplo
arranjo de formas e tamanhos, tintas num arco-íris de cores, e a cera
usada para selar uma gravação quando estiver pronta. A dona da loja
é uma solteirona pastosa de poucas palavras chamada Iriskree
Harrowhill (assassina aposentada humana N). Ela não fala muito
sobre seu passado sombroso, exceto para falar carinhosamente das
pessoas que ela certa vez conheceu e que desde então estão mortas.
O Mentiroso Sortudo
Taverna
Pescadores e lenhadores se reúnem aqui nas noites para tecer lorotas
– quanto mais escandalosas e embelezadas, melhor. De tempo em
tempo, os clientes cuja língua se perdeu para a bebida deixam
escapar segredos valiosos e perigosos. Os personagens que andarem
pela taverna são prováveis de ouvir um ou dois rumores, os quais
você pode determinar ao rolar na tabela de Rumores das Dez
Cidades.
A taverneira de cabelos negros da taverna, Danae Xotal (espiã
humana LM), arquiva esses segredos à medida em que faz seu
trabalho com silenciosa circunspecção. O segredo dela é que ela é
uma agente thayana a serviço de Szass Tam, o lich mais poderoso de
Thay. Danae foi plantada no Vale do Vento Gélido há anos para vigiar
os inimigos de Szass Tam que poderiam buscar refúgio nas Dez
Cidades. Ninguém mais nas Dez Cidades sabe do segredo dela, e
aqueles que ela tinha marcado como inimigos no passado
desapareceram silenciosamente.
O Decrépito
Estalagem fechada
Essa construção apropriadamente nomeada – a qual costumava ser a
única estalagem da cidade – fechou após seu último dono, um
serrador aposentado chamado DeGrootz, ter se enforcado no salão
público há dois anos. Alguns moradores locais acreditam que o
enforcamento do DeGrootz foi uma cena para ocultar seu assassinato
nas mãos de alguns velhos “amigos” dele. O povo da cidade
atualmente está usando a construção em vacância como um armazém
de madeira, mas qualquer um interessado em reformar e reabrir a
velha estalagem é bem-vindo para tentar.
O Alce Branco
Um alce branco está atacando os madeireiros na floresta próxima a
Bosque Só. A indústria madeireira da cidade é essencial para o
crescimento e sobrevivência das Dez Cidades, e a Oradora Nimsy
Huddle assegurou aos outros oradores que o “problema do alce” de
Bosque Só seria resolvido rapidamente. Caçadores foram
despachados para matar o alce, mas ele os frustrou até agora. Do que
os caçadores viram, a presa deles é mais esperta que um alce normal,
e sua pele branca o torna difícil de ser notado na neve. O que eles não
sabem é que o alce está usando um espelho mágico como um
dispositivo de vidência para se mostrar onde seus inimigos estão.
A Oradora Huddle tentar atrair os personagens com uma cesta de
biscoitinhos na forma de halflings, na esperança de que eles se
juntem à caça ao alce branco. Se os personagens declinarem, a
Oradora Huddle adoça o acordo com moedas.
O alce branco é uma besta desperta que serve a Ravisin, o mesmo
druida gélido maligno que despertou o plesiossauro em Maer
Dualdon (veja “Monstro do Lago”). Esse druida conjurou magias de
despertar em várias bestas, presenteando-as com inteligência a nível
humano e com a habilidade de falar, e as usa para espionar os
assentamentos e para aterrorizar seus habitantes. Ravisin se abriga
numa tumba élfica na floresta e não vai descansar até a floresta estar
livre dos madeireiros. Simplesmente matar o alce branco não vai
resolver o problema de Bosque Só; para acabar com a ameaça de
Bosque Só e de outras cidades, os personagens devem impedir o
druida de despertar mais bestas e usá-las para prejudicar os
moradores das Dez Cidades.
Obtendo a Missão
Se os personagens não estiverem ficando no sótão de Nimsy Huddle,
eles são convocados para a casa da oradora da cidade por uma de
suas filhas – uma pequena e alegre halfling chamada Scoop. Quando
os personagens fizerem uma visita à Oradora Huddle, leia:
Nimsy Huddle, a oradora da cidade, tenta vocês com biscoitinhos
em forma de halflings cozidos e frescos. Sua casa foi claramente
construída por humanos, mas muito da mobília é de tamanho para
halflings, com algumas cadeiras grandes para visitantes de
estatura maior. Quatro crianças halflings correm de quarto em
quarto e sobem uma escada para o sótão, perseguindo uma a outra
com espadas de madeira, enquanto uma fogueira crepita na
lareira da cozinha desordenada da Oradora Huddle.
“Nossos madeireiros estão sendo aterrorizados por um alce
branco”, diz a Oradora Huddle, “e a besta frustrou os caçadores
que nós enviamos para matá-la. Nós dependemos da floresta para
a nossa sobrevivência. Eu não seria uma boa oradora da cidade se
deixasse um alce estúpido tirar o melhor de nós. Você vão ajudar?”
Se os personagens demandarem mais do que agrados saborosos
como um incentivo, a Oradora Huddle está disposta a pagá-los 100po
pela cabeça do alce, embora ela possa ser convencida a pagar até
125po com um teste bem-sucedido de Carisma (Persuasão) CD 15.
Ela sugere que os personagens possam vender a carcaça do alce para
um açougueiro local por 10po. Se os personagens quiserem o pote
mais adocicado, a Oradora Huddle diz que pode oferecer a eles o
Decrépito (a estalagem fechada) como uma propriedade de
investimento, para fazer o que quiserem. “Claro,” ela acrescenta com
um sorriso, “se nossos caçadores pegarem o alce primeiro, a
recompensa será de vocês!”.
Rastreando o Alce
Para encontrar o alce branco, os personagens devem se aventurar na
floresta e buscar pelos rastros da besta na neve. Qualquer
personagem que gastar uma hora procurando pelos rastros do alce e
passar num teste de Sabedoria (Sobrevivência) CD 15 encontra um
conjunto deles. Se os personagens seguirem esses rastros, role um
d6. Num 6, os rastros levam para a tumba élfica, onde o alce branco
pode ser encontrado. Em qualquer outra rolagem, os rastros levam a
um alce comum (use a ficha de bode gigante) que é encontrado após
1d4 horas. Após cada encontro com um alce comum, os personagens
podem repetir sua busca pelos rastros do alce e, ao encontrar alguns,
fazer uma outra rolagem de d6 para determinar se os rastros
pertencem ao alce branco elusivo.
Após a cada três horas que os personagens gastam na floresta,
cheque por um encontro aleatório usando a tabela abaixo.
d20 Encontro
1-10 Sem encontros
11-12 Banshee
13-14 Urso Marrom
15-16 Chwingas
17-18 Raposa e lebre
19-20 Matilha de lobos
Banshee
Essa banshee é o resto espectral de uma combatente elfa que foi
banida por um ato maligno e egoísta. Ela porta um arco longo
espectral que atira flechas fantasmas. Essa arma tem o alcance de um
arco longo normal e é usada para fazer ataques mágicos ranged; no
mais ela funciona como o Toque Corruptor da banshee.
Há apenas uma banshee assombrando a floresta. Se ela for destruída,
ela ressurge após 24h num local aleatório da floresta, condenada ao
seu exílio eterno.
Urso Marrom
Um urso marrom faminto está puxando alguns pequenos ramos de
uma árvore e mastigando-os quando vê o grupo e se move em
direção ao grupo em busca de comida mais saborosa. Um
personagem pode usar uma ação para tentar assustar o urso,
fazendo-o com um teste bem-sucedido de Carisma (Intimidação) CD
15. Se os personagens matarem esse urso, o próximo encontro com
urso marrom (se isso vier a acontecer de novo) será com a parceira
do urso e 1d4 filhotes (não-combatentes).
Chwingas
Conforme os personagens navegam pela floresta ou param para
descansar, 1d4 chwingas se interessam por eles.
Raposa e Lebre
Os personagens notam uma raposa do ártico pacientemente
perseguindo uma lebre da neve. Se os personagens deixarem os
animais em paz, role um d6 para determinar o que acontece. Numa
rolagem ímpar, a lebre escapa da raposa; numa rolagem par, a raposa
pega a lebre e a leva para o seu covil.
Os personagens podem interromper a caça da raposa e falar com
qualquer um dos animais usando magia ou uma habilidade que
facilite a comunicação com bestas pequenas. Falar com a raposa
incita a lebre a fugir, e vice-versa. Um animal amistoso pode guiar os
personagens aos rastros do alce branco na neve após 1d4 horas.
Matilha de Lobos
Uma matilha de 1d4+4 lobos desce sobre o grupo. Se três ou mais
lobos forem mortos, os lobos sobreviventes fogem.
Encontrando a Tumba Élfica
A tumba élfica se encontra num leve declive florestado. Um antigo
relógio lunar é a sua peça central. Os personagens podem encontrar a
tumba se eles seguirem os rastros de uma besta como o alce branco.
A magia élfica antiga engana todas as aberrações, corruptores,
gigantes, humanoides e mortos-vivos a desviarem do local sem a
menor suspeita de que eles foram desviados magicamente.
Quando os personagens chegarem à vista da tumba élfica, leia:
Os rastros levam a um grande entalhe circular numa encosta da
colina nevada. Elevando-se no meio desse círculo está um
indicador triangular de cristal maravilhosamente esculpido que se
encontra a 6m de altura. Uma berma com 3m de altura abraçando
a borda leste do círculo tem vegetações eternamente verdes ao
redor e no topo dele, abrigando o que parece ser um sarcófago
enterrado sob a neve e encoberto por um meio-círculo de pilares de
cristal azul pálido. A norte da berma está um belvedere
delicadamente esculpido feito de mármore, e a sul da berma está
uma fileira de estátuas de mármore branco virada para fora acima
de pilares de granito.
Se os personagens observarem o local por uma hora ou mais de uma
distância segura, eles veem o alce branco desperto surgir debaixo da
encosta, se posicionar no relógio lunar, e farejar o ar por alguns
minutos antes de vagar de volta em direção a Bosque Só para
continuar seu reino de terror. Se os personagens explorarem a tumba
élfica sem delongas, eles encontram o alce na área E6.
Locais da Tumba Élfica
Os seguintes locais estão marcado no mapa 1.15. As áreas E1 a E5
ficam do lado de fora; as áreas E6 a E9 ficam no subsolo.
E1. Estátuas de Elfos
Seis estátuas de mármore branco elevadas, arranjadas em linha,
revelam figuras encapuzadas e esguias viradas a norte. Os entalhes
em seus rostos foram desgastados pelo vento, mas as orelhas
pontudas tornam as estátuas identificáveis como elfos.
Cada estátua tem o tamanho real, revelando um elfo se posicionando
de forma rígida acima de uma base cilíndrica de 2,1m de altura de
granito desgastado pelo vento (uma sétima estátua se encontra
sozinha acima do cume da área E4, virada a sul. Três outras estátuas,
não-vistas a partir desse ponto vantajoso, estão localizadas sob a
colina na área E6). Uma magia detectar magia ou magia similar revela
uma aura de abjuração mágica ao redor de cada estátua.
Se todas as dez estátuas forem tombadas, o efeito mágico que
direciona os intrusos para longe da tumba se encerra (veja
“Encontrando a Tumba Élfica” acima). Tombar uma estátua requer
um Força combinada de 25.
E2. Entrada da Tumba
Inserida na encosta a sul do entalhe circular está uma porta de
pedra sem maçanetas ou dobradiças visíveis.
A porta é bem-instalada e hermética. Ela pode ser aberta apenas de
dentro (por uma criatura na área E6) ou usando a magia arrombar ou
mágica similar.
E3. Belvedere de Mármore
No meio do belvedere se encontra um braseiro de pedra apagado
com sua bacia tendo 60cm de diâmetro. O braseiro está cheio de
neve e agulhas de pinheiros que o vento varreu do chão de
mármore polido do belvedere.
O braseiro está fixado ao chão de mármore e não pode ser movido.
Quando uma pinha, um galho, uma pena, e uma mão partida de um
humanoide são alocadas no braseiro e ateadas em fogos (veja área
E4), uma chama prateada rapidamente consome o conteúdo do
brasileiro e continua a queimar por uma dezena. Esse fogo gera calor
e luz equivalente ao de uma fogueira e não pode ser extinto.
E4. Sarcófago e Pilares de Cristal
Acima da berma leste, um sarcófago de granito repousa num
semicírculo definido por cinco pilares de cristal. Retirar a neve do
tampo revela o entalhe de um braseiro. Vocês também notam uma
escultura próxima ao topo de cada pilar; de norte a sul, essas
imagens revelam um galho, uma pinha, uma chama, uma pena, e
uma mão humanoide.
O sarcófago não pode ser aberto até um galho, uma pinha, uma pena,
e uma mão partida de humanoide forem alocados no braseiro no
belvedere (área E3) e ateados em fogo. O tampo do sarcófago pode
ser aberto contanto que esse fogo queime; do contrário, nenhuma
magia e nenhuma quantidade de força pode abri-lo. Os personagens
que não tiverem uma pinha, um galho, ou uma pena podem encontrar
esses itens na floresta próxima. A mão partida é mais difícil de
conseguir, mas não precisa vir de um humanoide vivo (uma garra
rastejante morta serviria).
Assim que o braseiro estiver funcionando, o tampo pesado pode ser
erguido ou empurrado para o lado. Ele pesa 250kg.
O sarcófago abriga Sahnar, uma múmia de elfo da lua que se anima
assim que o tampo não mais o impedir de levantar. Essa múmia é CB
e aclimada ao tempo frio. Ela segue os comandos de seus libertadores
até ser reduzida a 0 PVs, momento em que ela se reduz a pó.
Se a múmia receber ordens conflitantes, ele segue qualquer comando
que ele considerar o mais sensato, embora seu valor de Inteligência 6
signifique que ele possa fazer escolhas ruins. Sahnar fala Comum e
Élfico. A múmia sabe como o relógio lunar funciona (veja área E5),
mas não sabe nada sobre os habitantes atuais da tumba, das Dez
Cidades, ou estado atual dos assuntos do Vale do Vento Gélido, uma
vez que ele foi selado por centenas de anos. Se os personagens
retornarem às Dez Cidades com Sahnar ao lado, eles vão precisar
disfarçar a múmia de elfo para impedi-lo de assustar as pessoas.
A magia e os materiais usados para preservar a múmia tem o efeito
de fazê-la cheirar como especiaria de abóbora.
E5. Relógio Lunar
Emergindo do centro da depressão circular está um indicador de
cristal triangular e alto – um dispositivo que alguém tipicamente
encontra no meio de um relógio solar. Ele é espesso próximo à base
e estreito a um ponto afiado no topo. A neve ao redor do indicador
derreteu, revelando um círculo de símbolos esculpidos na pedra ao
redor dele. Os símbolos revelam as fases da lua, sugerindo que a
depressão circular não é um relógio solar, mas sim um relógio
lunar.
Algo fez um buraco na parede na borda noroeste da depressão,
criando uma abertura obscura que leva para baixo da colina.
Os personagens que bisbilhotarem no buraco a oeste podem ver uma
câmara obscura e afundada (área E6) adiante.
Um efeito mágico persistente aquece a face do relógio lunar,
assegurando que os símbolos lunares permaneçam limpos de neve.
Os símbolos revelam uma lua cheia a norte, uma lua nova a sul, e
várias fases crescentes e decrescentes da lua no meio.
Sempre que a lua estiver no céu do Vale do Vento Gélido, o indicador
de cristal projeta um triângulo de luz do luar na face do relógio lunar.
Isso ocorre até mesmo se a lua não estiver visível no céu.
Qualquer personagem que estudar os símbolos lunares vê pequenas
inscrições em Élfico ao redor do símbolo da lua cheia (o círculo
branco a norte) e dos dois símbolos de meia-lua localizados nos lados
oeste e leste do relógio, mas não nos outros símbolos de lua parcial
ou no símbolo da lua nova (o círculo negro a sul). As inscrições se
traduzem como:
Inscrição de Lua Cheia. “Olhe atentamente para a sua própria face e
tenha sete perguntas respondidas”. O espelho mágico da área E7 é
ativado contanto que luz do indicador ou uma magia raio lunar
ilumine esse símbolo.
Inscrição da Meia-Lua. “Destranque as tumbas da meia-lua”.
Enquanto a luz do indicador ou de uma magia raio lunar iluminar
cada um dos símbolos da meia-lua na face do relógio lunar, as portas
para as áreas E8 e E9 podem ser abertas.
E6. Túmulo
A câmara espaçosa escondida abaixo da colina está espalhada com
ossos e abriga as formas dormentes de vários animais inofensivos
(raposas, lebres, bodes, corujas, filhotes de lobo, e ursos jovens) que
partilham o espaço pacificamente. O alce branco faz seu covil em
meio a essas criaturas quando não está fora aterrorizando os
moradores das Dez Cidades. Se os personagens não aguardarem do
lado de fora para encontrar o alce branco desperto, ele luta com eles
aqui, o que surpreende e espanta os outros animais. Se a druida do
frio da área E9 ouvir sons de batalha nesse aposento, ela permanece
onde está, preferindo fazer seu posicionamento final lá.
Estátuas. Além dos animais, essa área contém três estátuas de
mármore branco de elfos que são idênticas àquelas do lado de fora,
exceto pelo fato de que o vento não desgastou o detalhe de suas faces
e eles não se encontram em pilares. Todas as três estão viradas a
leste, em direção à parede mais próxima.
E7. Espelho da Lua Cheia
A passagem subterrâneo se estreita antes de terminar numa
parede sobre a qual é montado um espelho oval com 2,1m de
altura e a metade disso em largura, circundado por uma moldura
de pedra decorativa.
A moldura de pedra do espelho brilha com luz prateada cintilante,
contanto que a luz do relógio lunar ou uma magia raio lunar esteja
iluminando o símbolo da lua cheia na área E5. Enquanto sua moldura
estiver acesa, o espelho funciona como uma bola de cristal comum.
Atualmente, o espelho está sintonizado ao alce branco, o qual o usa
para localizar caçadores e madeireiros que ele seja familiar. Após
limpar a neve cobrindo o relógio lunar, a druida do frio usa uma
magia raio lunar para iluminar o símbolo da lua cheia na face do
relógio lunar, ativando o espelho de modo que o alce possa usá-lo. Se
o alce morrer ou uma outra criatura sintonizar com o espelho, a
sintonização do alce termina.
O espelho está suspenso na parede com cola soberana e não pode ser
removido sem despedaça-lo. Uma vez quebrado, a magia do espelho
se esvai para sempre.
E8. Primeira Tumba da Meia-Lua
A porta de pedra para essa tumba está entalhada com um semicírculo
branco (o símbolo de uma meia-lua), com sua borda arredondada
virada para a direita. A porta está trancada do lado de fora, a menos
que a luz do indicador ou uma magia raio lunar ilumine um dos
símbolos de meia-lua no relógio lunar da área E5. Uma magia
arrombar ou mágica similar também abre a porta. Ela empurra para
abrir facilmente de dentro.
Essa câmara circular tem um teto abobadado intrincadamente
esculpido a 6m de altura. Um feixe de luz brilha do topo do domo,
iluminando um sarcófago de pedra retangular.
A luz que brilha sobre o sarcófago é um efeito mágico menor que
pode ser dissipado.
O tampo de 175kg do sarcófago pode ser erguido ou empurrado para
o lado. Dentro do sarcófago está o corpo esbranquiçado de um elfo
em robe esfarrapado. Conforme o sarcófago é aberto, a corrente de ar
mexe o robe do cadáver, o qual se reduziu em grande parte a pó. O
sarcófago também contém os seguintes itens:
• Um arco desencordoado.
• Seus cabeças de flechas prateadas.
• Um copo de madeira com um peixe alado gravado na lateral.
E9. Segunda Tumba da Meia-Lua
A porta de pedra para essa tumba está gravada com um semicírculo
branco (o símbolo de uma meia-lua), com sua borda arredondada
virada para a esquerda.
A porta está trancada do lado de fora, a menos que a luz do indicador
ou de uma magia raio lunar ilumine um dos símbolos de meia-lua no
relógio lunar da área E5. Uma magia arrombar ou mágica similar
também abre a porta. Ela empurra para abrir facilmente de dentro.
Essa câmara circular tem um teto abobadado intrincadamente
esculpido a 6m de altura. Um feixe de luz brilha do topo do domo,
iluminando um sarcófago de pedra retangular. Alguém
transformou essa tumba em dormitório, como evidenciado por
uma estante de ervas secas e um saco de dormir desenrolado atrás
do sarcófago.
A luz que brilha no sarcófago é um efeito mágico menor que pode ser
dissipado.
Quando ouvir a porta ser aberta, Ravisin a druida do frio se agacha
atrás do sarcófago. Escondido junto dela está um arbusto desperto
(um ramo de frutinhas) que segue Ravisin em qualquer lugar, para o
caso da druida sentir fome e querer algumas frutinhas para mastigar.
Comer as frutinhas manchou os dentes da druida em azul.
A druida escala o sarcófago quando os personagens entrarem na
tumba e grita, em Comum, “As Dez Cidades serão destruídas – se não
pelas minhas mãos, então pelas mãos da Donzela Gélida!”. A druida
então ataca, lutando até a morte. Se um personagem que tiver o
segredo Doppelganger (veja apêndice B) falhar no TR dele contra a
magia raio lunar da druida, lembre-se de que a magia revela a forma
verdadeira do personagem (doppelganger).
Quando for reduzida a 0 PVs, Ravisin usa seu último suspiro para
dizer “Minhas bestas vão nos vingar!”.
Arbusto Desperto. O arbusto desperto é aterrorizado por Ravisin e
duplamente amedrontado pelo fogo. Ele luta apenas em autodefesa.
Crescendo em seus ramos estão 2d20 frutinhas saborosas, as quais
ele permite aos personagens pegar se eles o deixarem viver. O
arbusto falar Comum e pode partilhar a seguinte informação assim
que a druida do frio fora derrotada:
• Ravisin culpou os moradores das Dez Cidades pela morte de sua
irmã gêmea, também uma druida do frio (o arbusto não sabe como ou
quando a irmã de Ravisin morreu). Ravisin esconde o corpo de sua
irmã no sarcófago.
• Ravisin despertou muitas bestas e plantas por todo o Vale do Vento
Gélido. Algumas delas, como o alce branco, são inclinadas para o mal.
Outras não. Ravisin muitas vezes reclamou dos escrúpulos do
plesiossauro que ela despertou em Maer Dualdon (veja “Monstro do
Lago”).
• Ravisin usou magias de raio lunar para ativar o relógio lunar,
permitindo ao alce branco prever os madeireiros e caçadores usando
o espelho mágico na área E7.

Sarcófago. O conteúdo de um kit do herbalista está espalhado acima

do sarcófago, o qual a druida usa como uma mesa de trabalho. O
tampo do sarcófago pesa 175kg, e movê-lo para o lado faz com que a
tumba se preencha de fedor horrível da decadência.

O sarcófago contém o corpo apodrecido da irmã gêmea de Ravisin,

Vurnis. Qualquer personagem que examinar o corpo e passar num
teste de Sabedoria (Medicina) CD 10 determinar que a morte dela
ocorreu há meses, mas o frio retardou a decomposição do corpo. Uma
magia falar com os mortos conjurada no corpo revela que Vurnis foi
morta por caçadores próximos de Bosque Só.

Tesouro. Escondida abaixo do corpo de Vurnis está uma algibeira de

pele de tubarão que contém duas poções em frasquinhos de cristal:
uma poção de resistência (radiante) e uma poção de vitalidade.

Completando a Missão

Assim que matarem o alce branco desperto, os personagens podem

retornar a Bosque Só com a prova da morte do alce. Após cada três
horas que os personagens gastarem na floresta, cheque por um
encontro aleatório usando a tabela de Encontros da Floresta de
Bosque Só.

Se Ravisin a druida do frio não for derrotada, Bosque Só é condenada

a experienciar mais dos mesmos embaraços de bestas recém-
despertas como ursos polares, rinocerontes lanosos, e tigres dente-
de-sabre.

Targos
Como Bryn Shander, Targos está cercada por uma muralhada de
madeira, a qual ajuda a proteger a cidade contra orcs e outras
ameaças do meio selvagem. A muralha se estende para fora no lago,
criando um porto seguro para os barcos da cidade. Mas agora o
inverno duradouro de Auril congelou a água do porto, e muitos dos
barcos de Targos ficaram presos no gelo. Os pescadores devem
arrastar seus barcos pequenos pelo gelo para chegar no lago não-
congelado além das muralhas do porto.
Quase todas as cidades no Vale do Vento Gélido vivem dos lagos, mas
em nenhum lugar esse fato é mais evidente do que em Targos. A
cidade sempre teve o maior pescado e a maior indústria pesqueira, e
tudo o que acontece aqui tem a ver com a pesca da truta de cabeça
chata no Maer Dualdon. O inverno interminável de Auril torna o
trabalho mais difícil, mas ele é feito mesmo assim.
Naerth Maxildanarr, um ladino das antigas de Luskan, se moveu para
Targos há alguns anos, fixou residência nos Braços de Luskan, e
espalhou bastante ouro, conquistando a lealdade de muitos
pescadores locais. Seu comportamento pé-no-chão e cordial
contribuiu para sua ascensão rápida ao poder, permitindo a ele
substituir um orador da cidade que era muito querido, mas não
queria mais o emprego. Como o representante mais velho dos
Zhentarim nas Dez Cidades, Naerth está determinado a transformar o
Vale do Vento Gélido num foco de comércio para a Rede Negra. Ele
tem uma dúzia ou mais de espiões Zhentarim por todas as Dez
Cidades que ele usa com eficiência, depondo espiões Harpistas
suspeitos e convencendo os donos de negócios a comprar o peixe de
Targos em vez de outras fontes.
Targos em Resumo
Cordialidade ❆❆ Serviços ❆❆❆ Conforto ❆❆
Missão Disponível. “Escalada da Montanha”.
População. 1.000.
Líderes. O Orador Naerth Maxildanarr (espião humano LM) é
secretamente um agente Zhentarim, que venceu as eleições em razão
da sua popularidade com os pescadores. Naerth é ávido em assegurar
uma influência no comércio do Vale do Vento Gélido. Um mercenário
Zhent chamado Skath (veterano tiefling LM) que é leal a Naerth lidera
a milícia da cidade.
Milícia. Targos pode reunir até 200 soldados (use a ficha de
combatente tribal) e 16 veteranos.
Brasão. Um único barco negro navegado (virado para a direita) num
campo azul claro, representando o orgulho da cidade em sua frota
pesqueira.
Sacrifício a Auril. Humanoide.
Rivalidades. Bosque Só, Bremen, Termalaine.
Viagem por Terra
Um caminho coberto de neve conecta Targos a Bryn Shander. Um
caminho similar se estende ao redor do lado leste de Maer Dualdon e
leva a Termalaine. Os tempos de viagem da tabela abaixo assumem
que os personagens estão a pé; montarias e trenós reduzem esse
tempo à metade.
Não há modo fácil de chegar a Bremen por terra, uma vez que a neve
pesada destruiu a trilha que outrora conduzia a ela.
Para Tempo de Viagem
Bryn Shander 2 horas
Bremen (sem trilha) 3 horas
Termalaine 4 horas
Locais de Targos
Os seguintes locais marcados no mapa 1.16 são prováveis de atrair os
personagens durante sua estadia em Targos.
Os Braços de Luskan
Estalagem (e residência do orador da cidade)
Os Braços de Luskan é a casa pública mais antiga das Dez Cidades,
estabelecida quando Bryn Shander ainda era apenas “o acampamento
na colina” e Luskan era uma cidade próspera. Muitos dos
comerciantes que vieram a Targos naqueles dias vieram de Luskan,
de modo que os Braços de Luskan foi construído para se parecer com
uma estalagem que pudesse ser encontrada na Cidade das Velas.
Como resultado, muito da decoração tem quase duzentos anos,
refletindo Luskan como era nos anos anteriores ao seu declínio. A
estalagem tem paredes robustas, mas pisos apodrecidos, e correntes
de ar sobem ao salão comum do porão. O lugar é também infestado
de ratos, os quais correm entre as paredes a todas as horas da noite.
O proprietário, Owenn Tarsenel (plebeu humano N), é um homem
careca e quieto que se afundou numa depressão profunda, temendo
que o verão nunca mais vai retornar ao Vale do Vento Gélido.
A maior suíte de hóspede dos Braços de Luskan é ocupada pelo
orador da cidade, Naerth Maxildanarr, que gosta da estalagem em
razão de ela lembra-lo de casa e é um ótimo lugar para se encontrar
com visitantes. Enjauladas em seu quarto estão três serpentes
voadoras que costumam entregar mensagens aos seus espiões.
Veleiro de Três Bandeiras
Taverna
Os pescadores vêm aqui após um dia cheio para uma tigela de sopa e
uma rápida cerveja antes de irem para a cama. A atmosfera é
deprimida; os pescadores são frios e estão cansados e inseguros
sobre o futuro do Vale do Vento Gélido. A taverna é administrada por
uma viúva de cabelos cinzas e gorda chamada Ethen Yarbroul
(plebeia humana NB), melhor conhecida como “Ma.”. Ela cuida dos
pescadores como se fossem suas crianças.
Os personagens que andarem pela taverna são prováveis de ouvir um
ou dois rumores, os quais você pode determinar ao rolar na tabela de
Rumores das Dez Cidades.
Triglio
Loja de Artigos Gerais
Triglio tem seu nome a partir de um dos cantos que os pescadores de
Targos cantam quando eles estão enfrentando dificuldades no
trabalho: “Trig-lee-oh, rapazes, e iça a linha/Trig-lee-oh, rapazes, e
traga os pescadores para dentro” (Trig-lee-oh, lads, an’ ‘oist upon the
line/Trig-lee-oh, lads, an’ bring yon fishers in). O proprietário da loja é
Jestin Hunrae (plebeu humano NB), um camarada tipo espantalho
que pescou no lago até sua mão esquerda ser esmagada numa colisão
com um barco de Termalaine. Os únicos itens que ele não vende são
suprimentos de pesca e de barcos; em Targos, tais mercadorias são
fornecidas por construtores e mercadores especializados. Todos os
outros equipamentos comuns, incluindo varas de pesca e sapatos de
neve, podem ser comprados aqui.

Escalada da Montanha
Os personagens podem pegar essa missão se começarem a aventura
em Targos ou logo após eles chegarem na cidade. Ela começa quando
eles veem um cão de trenó correndo pela rua. O cão pertencia a
Garret Velryn, um guia do ambiente selvagem que liderou uma
pequena expedição até o Sepulcro do Kelvin. O cão está agitado e
tenta guiar os personagens à casa do Garret. O marido do Garret,
Keegan, está alarmado ao ver o cão sem seu mestre e teme pela vida
de Garret. Ele pede aos aventureiros para irem na direção do
Sepulcro do Kelvin, encontrarem Garret, e escoltarem-no em
segurança de volta a Targos.
Obtendo a Missão
Conforme vocês marcham pela cidade, triturando a neve sob seus
pés, vocês ouvem o latido de um cão além do assobio do vento. Um
cão de trenó do tamanho de um lobo com uma pelagem cinza clara
corre na direção de você, arrastando um arreio de couro partido
atrás.
O cão (use a ficha de lobo), cujo nome é Garoto, claramente partiu o
arreio para se libertar do seu trenó e é amistoso. Ele se lança no
personagem mais próximo e choraminga à medida em que lambe o
rosto do personagem. Depois, usando qualquer tática de
comunicação à sua disposição, ele tenta guiar o grupo à casa de seu
mestre a poucas quadras de distância, agarrando um personagem
pela tira da bota e puxando o personagem na direção que ele quer
que o grupo vá.
Se os personagens seguirem o cão, ele os conduz para a porta de
entrada de uma morada modesta. O cão late e arranha o chão. Keegan
Velryn (plebeu humano NB), um homem atraente em seus trinta e
poucos anos, abre a porta, e o cão corre para dentro. Quando Keegan
vê os personagens em vez do seu marido, seu sorriso se esvai à
medida em que ele incita os personagens a entrarem, onde ele dá a
cada um deles um copo de cidra quente e compartilha a seguinte
informação:
“Eu nasci nas Dez Cidades, mas meu marido veio de uma família
abastada de Inverno Remoto. Garret não ligava para a vida na
cidade. Quando eu o conheci, ele estava trabalhando como um
guia. Ele ama os ambientes abertos, e vive para escalar
montanhas.
“Há poucos dias, Garret foi contratado por alguns aventureiros
para guia-los pelas escarpas do Sepulcro do Kelvin. O plano do
Garret era levar os aventureiros a Cidadela Konig, a cidade aos pés
do Sepulcro do Kelvin. Após adquirirem algum equipamento de
escalada da loja de lá, ele foi guia-los na montanha. Garret levou
seis cães e um trenó consigo. Garoto, aqui, era o favorito do Garret.
Cresceu com ele desde filhote. Garoto nunca sairia do lado de
Garret a menos que algo terrível tivesse acontecido”.
Keegan não conheceu os aventureiros que contrataram Garret, então
ele não sabe quantos há. Nesse ponto da conversa, Keegan pede aos
personagens para encontrar seu marido desaparecido:
“É muito a se pedir, mas eu poderia convencê-los a ir lá e encontrar
Garret e seus companheiros? Eu não tenho dinheiro, mas o
proprietário dos Braços de Luskan é um amigo nosso. Eu poderia
conseguir alguns quartos de graça na estalagem. Eu também sou
um construtor de scrimshaw voltado para o comércio e posso dar a
vocês alguns dos meus trabalhos de arte. Não valem muito, eu
confesso”.
Keegan tem uma fé muito grande nas perícias de sobrevivência do
Garret, o que faz com que ele honestamente acredite que Garret
possa ainda estar vivo. Se os personagens aceitarem essa missão,
Keegan sugere que eles visitem as Expedições ao Gelo Distante em
Cidadela Konig, a qual é provavelmente o último lugar que qualquer
um teria visto o Garret antes de ele ir para a montanha. Se os
personagens quiserem levar o Garoto consigo, Keegan não se opõe.
Viagem ao Sepulcro do Kelvin
Os personagens podem ou viajar para Cidadela Konig primeiro, e
depois ir a oeste na direção do Sepulcro do Kelvin, ou eles podem ir
direto para a montanha ao cortar a tundra aberta e passar pelo Vale
dos Anões. Ambas as opções são debatidas abaixo.
Targos para Cidadela Konig
Aderindo a trilhas e estradas, os personagens podem chegar com
segurança em Cidadela Konig após 14 horas e meia a pé. A viagem
começa com uma excursão de 4,5km para Bryn Shander, continua
com uma viagem exaustiva de 34,5km a Cidadela Dineval, e termina
com uma caminhada de 4,5km ao redor do Lac Dinneshere para
Cidadela Konig. Os personagens podem reduzir o tempo de viagem
total para 7 horas se eles usarem trenós.
Conforme os personagens passam por Bryn Shander, Cidadela
Dineval e Cidadela Konig, eles podem pegar as missão iniciais de cada
cidade se eles não as tiverem feito ainda.
Atenas Swift, o dono da Expedições ao Gelo Distante em Cidadela
Konig, diz aos personagens que Garret apareceu com três
companheiros bem-armados (um golias, uma halfling pés-leves, e
uma tiefling), ajudou-os a comprar o equipamento de escalada e os
suprimentos de acampamento, e então partiram para o Anzol, Linha e
Chumbada (a taverna local) em busca de bebidas, com planos de
fazer um bom descanso à noite na Luz Nortenha (a estalagem local).
Os proprietários desses estabelecimentos não têm nenhuma
reclamação sobre Garret e sua comitiva, que pareciam cansados e não
falavam muito.
Se o grupo não tiver ninguém que seja bom em rastrear, os
personagens podem contratar Jarthra Farzassh (veja “Expedições ao
Gelo Distante”) como uma guia.
Targos para o Sepulcro do Kelvin
Ao cruzar a tundra aberta, os personagens podem viajar diretamente
de Targos para o Sepulcro do Kelvin, cobrindo 18km em 24h a pé.
Eles podem reduzir à metade o tempo de viagem se usarem trenós.
Quando os personagens chegarem à metade do caminho de sua
jornada, eles cruzam um obstáculo em potencial. Use a seção
“Encontros Aleatórios no Ambiente Selvagem” do capítulo 2 para
determinar a natureza do encontro e se ele ocorre durante uma
nevasca.
Conforme os personagens passam pelo Vale dos Anões, eles podem
(se o tempo estiver claro) ver evidências da atividade anã, como os
rastros que levam até os túneis escavados nas escarpas do vale.
Várias centenas de anões do escudo vivem em salões subterrâneos
que conectam a essas minas, mas eles raramente se aventuram na
superfície atualmente, exceto para forragear e caçar. Os personagens
podem encontrar refúgio em meio aos anões, que são civis, senão
amistosos, mas devem sair dentro de um ou dois dias, uma vez que os
anões têm pouca comida para poupar e estão muito ocupado para
entreter hóspedes por mais tempo que isso. Os personagens que
tiverem completado a missão “Canecas Espumantes”, no entanto, vão
ter conquistado o favor dos anões e são bem-vindos a ficar o tempo
que quiserem.
Escalando o Sepulcro do Kelvin
O mapa 1.17 mostra a rota que a expedição de Garret fez ao subir o
Sepulcro do Kelvin. Ela leva não ao pico mais alto da montanha, mas à
cimeira de uma de suas esporas.
Antes deles seguirem seus alvos até o Sepulcro do Kelvin, os
personagens devem localizar o acampamento base do Garret no sopé
da montanha. Jarthra Farzassh pode guia-los até lá, posto que ela
recomendou o local ao Garret antes de sua expedição deixar o
Cidadela Konig. O cão de trenó do Garret também pode guiar os
personagens direto ao acampamento base. Sem ajuda de qualquer
tipo, os personagens podem gastar 8 horas procurando pelo
acampamento por conta própria, encontrando-o com um teste em
grupo bem-sucedido de Sabedoria (Sobrevivência) CD 15. Se o grupo
falhar, eles podem repeti-lo após outras 8 horas de procura.
Acampamento Base
Vocês veem duas tendas fincadas na neve próximas a um
afloramento gélido que atua como atenuador natural do vento.
Entre as tendas está um trenó virado. Ainda arreados ao trenó
estão cinco cães uivantes.
O cão do Garret, Garoto, rasgou o arreio e se libertou, correndo de
volta a Targos para conseguir ajuda, deixando os outros cinco cães do
trenó (use a ficha de lobo) para trás. Os cães são amistosos e
miseráveis e estão com frio e fome. Se os personagens os libertarem,
os cães correm de volta à cidade mais próxima para buscar abrigo.
Sob o trenó há dois pequenos engradados. Um está vazio, e parece
que os cães o quebraram e comeram as provisões que continham
nele; o outro não está ao alcance dos cães e contém apenas rações o
bastante para alimentar quatro pessoas por três dias.
Começando a subida. O vento obliterou os rastros feitos pela
expedição do Garret, mas os personagens podem discernir a rota
mais provável que os escaladores adotaram. Essa rota está marcada
no mapa 1.17, e os personagens que a seguirem experienciam a
sequência de encontros a seguir.
Se Garoto estiver com o grupo, o cão pode guiar os personagens até
Garret (veja “O Escalador Caído”).
Bodes de Montanha
O vento uivante, a neve soprando, e o gelo escorregadio tornam a
escalada traiçoeira. Adiante, vocês veem quatro bodes de
montanha posicionados numa formação grande de rocha ao redor
da qual vocês devem navegar.
Quatro bodes de montanha são indiferentes aos personagens e balem
alto conforme os personagens se aproximam. Os bodes ficam hostis
se os personagens os atacarem.
Avalanche
A centenas de metros subindo a montanha, vocês chegam numa
extensão de neve amontoada brilhando em branco. Conforme vocês
chegam a cerca de meio-caminho por ela, vocês ouvem uma
rachadura alta mais acima na montanha, seguida por uma
barulho estrondoso à medida em que o chão começa a tremer. É
uma avalanche!
O grupo se vê no caminho de uma avalanche (veja “Avalanches”). A
avalanche tem 60m de largura, 30m de comprimento, e 9m de
profundidade.
Para rodar esse evento, primeiro determine a ordem de marcha do
grupo e o quão distante entre si os personagens estão. Assuma que o
membro mais a frente esteja diretamente abaixo da avalanche, o que
significa que o personagem deve se mover ao menos 30m para sair
do caminho da avalanche. Depois, faça com que todos os membros do
grupo rolem iniciativa.
A avalanche começa 150m acima do grupo e despenca até a base da
montanha a 3.000m abaixo. A avalanche se move 90m na contagem
de iniciativa 10 e em outros 90m na contagem de iniciativa 0.
Escalador Caído
Vocês chegam numa inclinação íngreme coberta de neve perfurada
com rochas irregulares. Deitado de cabeça virada para baixo na
neve, quase consciente, está um humanoide com roupas de frio
manchadas de sangue.
A figura na neve é Garret Velryn (batedor humano NB), um homem
barbado e rugoso em sua melhor forma física. Ele tem um nível de
exaustão e 6 PVs restantes. Além das suas armas, ele carrega um kit
do escalador. Seus outros equipamentos estão perdidos. Se os
personagens tiverem Garoto consigo, o cão e Garret se tornam
inseparáveis.
Se os personagens cuidarem de seus ferimentos, Garret chega perto e
lhes conta que um yeti surpreendeu a si e aos seus companheiros
mais no alto da montanha. Ele afugentou o yeti dos outros e o fez
persegui-lo descendo a montanha. O yeti o feriu severamente, mas ele
escapou com vida quando o monstro parou de segui-lo.
Caçadores de Homens. Conforme os personagens cuidam do Garret,
dois gatos de penhasco se movem a até 6m do grupo e atacam, cada
qual atingindo um membro do grupo determinado aleatoriamente.
Conhecido nas Dez Cidades como “Caçadores de Homens”, os gatos
de penhasco pegaram o cheiro de Garret, mas falharam em alcança-lo
antes dos personagens aparecerem. Os personagens com valores de
Sabedoria (Percepção) Passiva 17 ou maior não são surpreendidos
pelos gatos de penhasco. Se um gato de penhasco morrer, o outro
desengaja do combate melee e tenta fugir descendo a montanha no
próximo turno dele.
Desenvolvimento. Assumindo que ele sobreviva ao encontro com os
gatos de penhasco, Garret torna conhecido que ele quer encontrar os
outros membros da expedição e assume (corretamente) que eles
ainda estão no alto da montanha. Ele mira encontra-los, mas pode ser
persuadido a retornar a Targos se os personagens restaurarem todos
os seus PVs perdidos e fizerem votos de procurar pelos três membros
desaparecidos em seu favor. Garret descreve os exploradores
desaparecidos da seguinte forma:
• Mokingo Urso Rosnador Akannathi, um combatente golias
determinado a encontrar Oyaminartok e testar sua coragem contra
ela.
• Perilou Fishfinger, uma halfling pés-leves seguidora de Yondalla (a
deusa halfling da fertilidade e proteção) e companheira resoluta de
Mokingo.
• Astrix, uma tiefling que resmunga e faz muitos juramentos (Garret
não sabe qual é a história dela).
Escalada Perigosa
Nesse ponto, os personagens devem ziguezaguear seu caminho
subindo a montanha e agarrando às saliências estreitas e escalando
os penhascos gélidos. Para passar por todos esses obstáculos, o grupo
deve fazer três testes em grupo bem-sucedidos de Força (Atletismo)
CD 10. Se um teste em grupo falhar, o grupo gasta 1h sem progredir, e
cada membro do grupo que falhar no teste ganha um nível de
exaustão.
Caverna Congelada
Um personagem com o segredo Yeti Pequenino pode de fato brilhar
nesse encontro.
Acima e adiante à sua esquerda está a entrada de uma caverna
com 4,5m de altura e 3m de largura. Há sangue na neve a alguma
distância da entrada da caverna.
O sangue marca a área onde a expedição de Garret foi emboscada por
um yeti macho que estava escondido sob uma queda de neve próximo
à entrada da caverna. Ele investiu em Garret, arranhando-o com suas
garras e mordendo seu ombro. Mokingo o golias veio em defesa do
Garret, mas não durou muito tempo. Perilou se escondeu na caverna
à medida em que Astrix fugia subindo a montanha. O yeti perseguiu
Garret a alguma distância para baixo na montanha antes de
abandonar a perseguição e retornar à caverna.
A caverna é o lar de um par de um casal de yetis e seu filho, um yeti
filhote (veja apêndice C). A mãe e o filho estão ambos no interior; o
pai fica fora caçando, mas retorna pouco depois com uma presa
fresca. O interior da caverna é mostrado no mapa 1.17.
F1. Abismo. Essa caverna tem um teto côncavo com 6m de altura.
Muito do chão caiu, formando um abismo de 24m de profundidade.
Tudo o que restou do chão é uma saliência rochosa conectada à área
F2 por uma ponte de pedra natural que é segura de se atravessar.
Uma camada de gelo com 30cm de espessura se projeta da parte sul
do abismo. Os personagens podem andar por esse gelo para evitar a
área F2 e ir diretamente à área F3.
Um personagem pode também tentar colapsar a camada de gelo
causando dano a ele. A camada de gelo tem CA 13, 30 PVs, e
imunidade a dano de frio, psíquico e venenoso; se for reduzido a 0
PVs, a camada de gelo racha e cai no abismo. Qualquer personagem
que se encontrar na camada de gelo quando ele começar a colapsar
deve fazer um TR Des CD 16. Numa falha, a criatura cai no abismo,
sofrendo 8d6 dano contusivo e aterrissando caído. Num sucesso, a
criatura investe e salta para aterrissar num lado do abismo ou no
outro (à escolha dela) e não cai.
F2. Troféus. O piso desse túnel com 3m de altura está bagunçado
com ossos do Mokingo o Urso Rosnador, cujo corpo morto foi
arrastado para cá. Pedaços de carne ainda se agarram aos ossos. A
cabeça foi decepada de seus ombros, mastigada e estufada num nicho
cavado na parede. Em meio aos ossos do golias estão pedaços
rasgados do gibão de peles, um machado grande, e os crânios e ossos
de três bodes de montanha. Sete outros nichos rudimentares nas
paredes abrigam cabeças congeladas de humanoides previamente
decapitados pelos yetis. Uma pertence a um anão chamado Oobok
(veja “Canecas Espumantes”). Uma outra pertence a um anão
chamado Barthoom, que foi morto mais acima na montanha há um
mês (veja “Acampamento em Ruinas”).
F3. Morada dos Yetis. O piso dessa caverna é 1,5m mais alto que da
área F2, e ela tem um teto irregular que varia em altura de 3 a 6m. O
piso recai abruptamente a sul, formando uma saliência com 3m de
altura que dá vista para a entrada de um túnel. Na passagem está um
lance curto de degraus que sobem a sul.
Essa caverna contém uma cena estranha: uma yeti adulta cuidando
do filho dela, um yeti filhote, à medida em que ele brinca com uma
halfling pés-leves vestida com roupas de frio e enrolada na posição
fetal. A halfling é Perilou Fishfinger (acólita de Yondalla halfling pés-
leves NB). O yeti filhote está chutando ela como uma bola, e está claro
a partir dos gritos dela que Perilou ainda está viva. Ela tem três níveis
de exaustão, mas no mais ela não está ferida.
A aparição dos intrusos aterroriza o yeti filhote, o qual sobe nas
costas de sua mãe para ficar longe deles. A mãe dispara um rugido, na
expectativa de afugentar os intrusos sem uma luta. Ela não vai se
colocar em perigo ou ao filho dela atacando os personagens se eles
também recuarem do combate e a convencerem de que eles vieram
para resgatar a halfling.
Perilou agradece aos seus salvadores, mas fica triste em testemunhar
a morte do seu amigo golias, Mokingo. Ela não sabe o que aconteceu
com sua outra companheira Astrix (veja “Acampamento em Ruinas”
abaixo), e adoraria responder essa questão antes de retornar às Dez
Cidades. Perilou fica com os personagens até eles retornarem para as
Dez Cidades, e então se separa deles após decidir que seus dias de
aventureira se encerraram.
Numa parede, escondido sob os restos espalhados de um trenó, está
um kit refeição, um pacote de explorador, e roupas pesadas com
sangue borrifado suficientes para servir de dois conjuntos de roupa
de frio.
Desenvolvimento. Conforme os personagens saem da caverna dos
yetis, o yeti macho adulto retorna à casa com um bode de montanha
morto comprimido sob um braço. Em circunstâncias normais, o yeti é
hostil, mas um personagem com o segredo do Yeti Pequenino (veja
apêndice B) pode melhorar a atitude do yeti. Se ninguém tiver esse
segredo, mas os personagens tiverem o yeti filhote consigo, eles
podem negociar o filhote pela travessia segura de cima a baixo na
montanha.
Acampamento em Ruinas
Vocês chegam à borda de uma vasta e profunda fenda, sem mais
nenhum lugar para ir além de descer. Uma tenta desmoronada se
encontra semiqueimada na neve próxima ao precipício.
Projetando-se para fora de um banco de neve nas proximidades
está um par de botas de couro azuis. Próxima a essa cena macabra,
uma figura com roupas de frio se senta na neve com seus joelhos
puxados firmemente ao seu peito. Chifres protuberam debaixo do
capuz costurado em pele da figura.
A figura sentada na neve é Astrix, uma maga tiefling. Ela está morta –
congelada com seus dentes cerrados e seus olhos fitando as botas
azuis saindo da neve. Ela escapou da morte imediata nas mãos do
yeti, mas, em pânico, fugiu subindo a montanha em vez de descê-la.
Indisposta a se aproximar da caverna do yeti tão cedo novamente,
Astrix fez refúgio aqui. A vista das botas a deixou afundada em total
desespero, até as intempéries finalmente a levarem.
Botas Azuis. Um explorador anão do escudo chamado Barthoom
Hammerhome escalou até essa grande altura e fez acampamento aqui
há um mês, apenas para ser morto e decapitado por um yeti. A tenda
semienterrada é dele. Os personagens que puxarem suas botas de
couro azuis podem puxar o corpo sem cabeça do Barthoom do monte
de neve. Os personagens que buscarem no corpo do anão encontram
um odre de vinho, um bloco semicomido de queijo de cabra, e uma
picareta de minerador.
Tesouro. Os personagens que procurarem no corpo de Astrix
encontram uma poção de invisibilidade e um grimório revestido em
couro, o qual contém as seguintes magias de mago: 1) compreender
idiomas, detectar magia, disco flutuante de Tenser, escudo arcano,
recuo acelerado, 2) alterar-se, nuvem de adagas, raio ardente,
sugestão.
Concluindo a Missão

A viagem de volta a Targos pode ser o quão carregada ou sem

eventos que você desejar. Se os personagens pegarem a rota mais
direta, porém mais perigosa, pela tundra aberta, eles têm ao menos
um encontro aleatório no meio-selvagem (veja “Encontros no Meio
Selvagem”).

Keegan e Garret ficam feliz de se reunirem. Os personagens ainda

recebem sua recompensa prometida se Garret morrer, mas apenas se
eles entregarem seu corpo a Keegan para um enterro apropriado.
Parte da recompensa deles é uma caixa de madeira contendo quatro
estatuetas de scrimshaw no valor de 10po cada: uma baleia
salpicando, uma raposa sorridente, um par de lebres dançantes, e
uma morsa com as palavras “GRANDE AMOR” esculpidas nela.

Termalaine
Fundada por colonos calishitas que apreciavam a beleza, Termalaine
é tida amplamente como a cidade mais pitoresca do Vale do Vento
Gélido, espalhada a partir do litoral de Maer Dualdon e limitada no
norte e oeste por pinheiros altos. Suas construções incorporam
esculturas de magos, homúnculos, tigres e djinn sorridentes.
Para muitos visitantes, o encanto da cidade é dissipado tão-logo eles
sentem as garras e dentes gélidos do vento frio soprando do norte,
cisalhando suas camadas de roupa. Termalaine foi construído no
caminho desse vendaval pavoroso, o qual continua firme passando
pela cidade para atormentar os pescadores na metade sul do lago.
Além dos pescadores, construtores navais e criadores de scrimshaw,
Termalaine é o lar de mineiros que coletam gemas de um complexo
cavernoso alocado numa baixo colina a norte e leste do
assentamento. Seus esforços são dificultados por criaturas do
Subterrâneo que ocasionalmente seguem seu caminho subindo na
mina. Sempre que tais criaturas são descobertas, a mina fica selada e
o povo da cidade aguarda até que um bando de mercenários ou
aventureiros possa ser contratado para limpar o local.
Termalaine em Resumo
Cordialidade ❆❆❆ Serviços ❆❆ Conforto ❆❆❆
Missão Disponível. “A Bela Mina”.
População. 600.
Líder. Oarus Masthew (batedor meio-orc LB) foi declarado o orador
após uma eleição apertada e contenciosa. Filho de aventureiros meio-
orcs, ele foi adotado por Shaelen Masthew, a oradora anterior, que se
aposentou de seu papel de governança, mas ainda vive em
Termalaine. Oarus é alegre, com um senso afiado de humor, mas ele
tem inimigos políticos na cidade e carece de total apoio da milícia da
cidade.
Milícia. Targos pode reunir até 50 soldados (use a ficha de
combatente tribal) e 4 veteranos.
Brasão. A cabeça com a boca aberta de um peixe na base de um
campo azul celeste, com suas mandíbula aberta à medida em que
engole um grande ovo rosa. O ovo é uma turmalina, símbolo da
mineração de gemas da cidade.
Sacrifício a Auril. Aquecimento.
Rivalidades. Bosque Só, Bremen, Targos.
Viagem por Terra
Caminhos cobertos de neve conectam Termalaine a Bosque Só e
Targos, suas vizinhas mais próximas. Os tempos de viagem da tabela
abaixo assumem que os personagens estão a pé; montarias e trenós
reduzem esse tempo à metade.
Para Tempo de Viagem
Bosque Só 2 horas
Targos 4 horas
Locais de Termalaine
Os seguintes locais estão marcados no mapa 1.18.
O Marisco Azul
Taverna ao lado da doca
Os pescadores de Termalaine tipicamente finalizam seus dias aqui,
sentados em bancos próximos de uma das lareiras duradouras da
construção para aquecerem seus pés enquanto enchem suas barrigas
com sopa de especiarias. Belos trabalhos de scrimshaw estão
suspensos nas paredes.
Vernon Braig (plebeu meio-orc NB), o dono e chef da Marisco Azul,
conhece alguns dos caçadores e armadilheiros de Bosque Só, e
ocasionalmente um trenó vem da trilha do norte com um saco de
lebres ou uma anca de alce, cortesia de um dos amigos de Vernon.
Numa dessas noites, as lareiras da Marisco Azul fica cheia de carne
assando, e os clientes ficam até tarde e cantam mais alto, curtindo os
momentos bons enquanto eles perduram.
Os personagens que andarem na taverna são prováveis de ouvir um
ou dois rumores, os quais você pode determinar ao rolar na tabela de
Rumores das Dez Cidades.
O Lado Leste
Estalagem
O Lado Leste é onde a maioria dos visitantes na cidade fica. O que
parece ser do lado de fora casas separadas vem a ser uma única
estrutura com quartos conectados por passagens subterrâneas, com
acomodações aconchegantes de hóspedes no porão.
A estalajadeira é Marta Peskryk (plebeia humana LB), uma
adolescente esbelta que passa muito do tempo dela cuidando do seu
pai acamado, Clyde, um pescador aposentado e não-combatente.
Conforme ela realiza suas tarefas diárias, Marta canta a seguinte
música para si mesma:
À frente do vento invernal ela vinha –
A adorável mulher sem nome;
Coberta num manto vermelho forrado com pele,
Para o lago gélido ela fugia;
O vento a perseguia de toda forma -
Tão certo quanto à noite ela está morta.
Ahead of winter’s wind she came –
The lovely woman with no name;
Draped in a fur-lined cloak of red,
To the icy lake she fled;
The wind pursued her all the same -
As sure as night she’s dead.
Se perguntada sobre a canção, Marta reconta a seguinte história. Há
cinquenta anos, uma mulher misteriosa num manto vermelho
forrado com pele parou na Lado Leste em seu caminho para Bosque
Só. Em razão da mulher estar sozinha e com medo, os estalajadeiros –
um par de aventureiros aposentados que viriam a ser os avós de
Marta – tentaram consolá-la. A mulher lhes deu um anel como
pagamento por sua hospitalidade. Não muito tempo depois, um vento
uivante irrompeu para dentro da estalagem e lançou a mulher como
uma boneca de pano. Os estalajadeiros intervieram, dando a mulher
tempo para escapar. A brisa maligna deixou os avós de Marta
inconscientes antes de continuar sua caça. Essa foi a última vez que
qualquer um viu a mulher.
Tesouro. Marta veste o anel misterioso da mulher (o qual ela herdou)
ao redor do seu pescoço numa corrente. Ele é um anel do calor, e
Marta vai se separar dele apenas se ela puder ser convencida de que
ele pode ajudar a trazer um final à maldição invernal que assola o
Vale do Vento Gélido.

Uma Bela Mina
Os personagens podem pegar essa missão se eles iniciarem a
aventura em Termalaine ou logo após chegarem na cidade. Conforme
marcham pelas ruas, eles veem um jovem garoto em pé numa caixa,
gritando sobre vários acontecimentos locais, incluindo a evacuação
recente dos trabalhadores de uma mina nas proximidades que foram
tomadas por kobolds. Uma recompensa de 50po é oferecida a
qualquer um que pode livrar a mina dos malditos dragõezinhos.
Quando os personagens investigarem, eles descobrem que tudo não é
o que parece. O líder kobold foi possuído por um fantasma, e um grell
se infiltrou na mina, deixando os kobolds irritados. Os personagens
podem ou tentar negociar com os kobolds e conseguirem fazer com
que eles deixem a mina pacificamente, ou eles podem livrar as Dez
Cidades de sua presença permanentemente e tentar lidar com o grell
por conta própria.
Uma Questão Menor
Darmo Mazlu, um garoto humano, fica de pé numa caixa e grita as
últimas notícias aos passageiros, muitos dos quais o ignoram:
Um garoto encoberto em roupas de inverno pesadas grita as
novidades do dia conforme as pessoas passam. Quando vocês se
aproximam, o garoto grita “A mina de gemas está fechada por
causa dos monstros! O Orador Masthew está oferecendo 50po para
qualquer um que limpá-la!”.
Se os personagens expressarem interesse, Darmo lhes diz que eles
podem encontrar o orador da cidade, Oarus Masthew, na Marisco
Azul. O garoto também tem alguma informação sobre a mina,
incluindo sua localização. Ele não sabe muito sobre a história ou
particularidades da mina, mas ele sabe que ela é importante para
Termalaine e seu fechamento se traduz numa perda significante de
lucro.
Os personagens podem fazer a viagem de meia-hora para a mina sem
visitar Oarus, ou eles podem ir à taverna para ver o orador. Se os
personagens decidirem ignorar a missão, a mina permanece fechada
por várias semanas antes dos kobolds misteriosamente desaparecem,
permitindo aos mineiros retornarem. Após a mina ser reaberta, não
dura muito até os trabalhadores começarem a desaparecer um a um
– vítimas do grell.
Obtendo a Missão
Quando os personagens chegarem na Marisco Azul, leia:
Fora da taverna, vocês veem dois humanoides empacotados em
roupas falando um com o outro. Quando eles os veem, um acena
para vocês de maneira amistosa, e então diz “Vocês parecem
inteiramente preparados para o problema. Vocês estão aqui por
causa da mina?”.
O orador da cidade, Oarus Masthew (veterano meio-orc LB), explica
que um grupo de kobolds penetrou na mina há alguns dias, entrando
a partir da superfície e forçando os mineiros a abandonar seus
serviços. Ninguém foi morto, mas os kobolds são perigosos demais
para os mineiros lidarem. Ele também revela que um mineiro
humano desapareceu poucos dias antes dos kobolds aparecerem,
incitando nos outros mineiros o medo de que um monstro tivesse
rastejado para cima vindo do Subterrâneo. Oarus acha que é possível
que o mineiro tenha caído no eixo central, o qual é profundo o
bastante para que seu corpo nunca mais seja encontrado.
Um pedaço de informação que Oarus falha em mencionar é que ele
ordenou a milícia da cidade para limpar a mina há três dias. A milícia
se recusou a lidar com o problema por razões políticas. Os oficiais
mais velhos conspirando em conjunto com o Orador Naerth
Maxildanarr de Targos estão determinados a depor Masthew como
orador da cidade e substitui-lo por um dos seus numa eleição
especial. Eles estão convencidos de que o fechamento da mina e as
perdas econômicas resultantes vão colocar os apoiadores políticos de
Masthew contra ele.
Aproximando-se da Mina
A entrada para a mina fica na floresta a nordeste da cidade. Os
personagens podem seguir uma trilha de Termalaine e chegar lá em
30 minutos. Quando chegarem, a área ao redor da aberta parece
desprovida de vida:
A entrada para a mina de gemas é um túnel aberto numa encosta
de colina. Carretas vazias estão estacionadas próximo à entrada,
ao lado do qual uma placa de madeira rústica foi apoiada. Escrita
na placa em carvão estão as palavras “Kobolds apenas!” em
Comum.
As palavras são escritas numa caligrafia mais elaborada que se
esperaria de um kobold.
Características da Mina
Os túneis que meandram a mina têm tetos com 2,1m de altura. As
áreas mais largas tendem a ter tetos maiores, a uma média de 3,6m. A
mina não tem nenhuma fonte de iluminação.
A característica mais proeminente da mina é um eixo vertical largo
que desce milhares de metros no Subterrâneo. Esse eixo antecede a
mina, e esforços de selá-lo não tiveram sucesso. Foi por essa rota que
o grell invadiu a mina em busca de comida.
Kobolds Capturados
Os personagens que capturarem um kobold na mina pode, sem um
teste de habilidade, descobrir algumas ou todas as seguintes
informações ao longo de um interrogatório:
• “Trex nos lidera aqui. Ele tem asas como dragão!”.
• “Trex esperto! Ele fala como humanos que sabem bastante. Ele não
fala Dragão mais”.
• “Trex diz que mineiros querem a mina deles de volta. Trex quer
algo melhor em troca”.
• “Trex diz que nós estamos mais seguros na cidade. Há comida na
cidade!”
Locais da Mina
Os seguintes locais estão marcados no mapa 1.19. A mina é composta
de três níveis, o mais profundo dos quais é o nível 3. O texto em caixa
desses locais assumem que os personagens podem ver o que está ao
redor deles.
M1. Sala de Ferramentas
Degraus ásperos descem 18m antes de terminarem logo a norte desta
câmara.
Prateleiras contendo picaretas e martelos estão pregadas às
paredes desta pequena caverna. O chão está coberto de pó rochoso
e rastros.
Qualquer personagem que examinar os rastros e passar num teste de
Sabedoria (Sobrevivência) CD 13 identifica pegadas reptilianas
misturadas com rastros humanos, bem como um conjunto de rastros
que parecem pertencem a um par de roedores gigantes. Os rastros
reptilianos (kobold) se espalham, indo às áreas M2, M3 e M4. Os
rastros do roedor (rato gigante) levam à área M2, e de lá para a área
M3.
M2. Depósitos de Gemas
O piso na extremidade leste desta caverna empoeirada é 1,5m mais
alto do que na extremidade oeste, com um barranco rochoso
separando as duas áreas, exceto por declives em cada lado.
Picaretas e pás estão encostadas no barranco. Depósitos pequenos
de gemas no barranco e nas paredes da caverna brilham de forma
sedutora.
Tesouro. Se um personagem usando uma picareta de minerador
gasta uma hora lascando as paredes, role um dado percentual e
consulte a tabela Descobertas de Mineração para determinar o que,
se tiver algo, o personagem desenterra. As turmalinas encontradas na
mina são gemas translúcidas que vêm em diferentes cores, incluindo
a versão pálida de verde, azul, rosa, vermelho, marrom e preto.
d100 Descoberta
01-80 Nada
81-95 Turmalina no tamanho de pedrinha (1po)
96-99 Turmalina no tamanho de bolota, danificada (10po)
100 Turmalina no tamanho de bolota, ilesa (100po)
M3. Caverna do Rio
Os personagens escutam o som de água corrente conforme eles se
aproximam dessa caverna.
Um rio subterrâneo flui pelo lado distante dessa caverna, a qual é
sustentada por um pilar de pedra natural próximo à borda da
água. Entre vocês e o rio estão dois roedores cinzentos do tamanho
de um halfling com longas cauda e olhos lustrosos. Eles
rapidamente atacam tão-logo os notam.
Os dois ratos gigantes são agressivos, fazendo uma perseguição se os
personagens fugirem.
Rio Subterrâneo. Ventoinhas térmicas impedem esse rio de água
potável de congelar. O rio sai da caverna através de uma fissura com
75cm de largura na parede sul, ganhando velocidade à medida em
que se move pela passagem estreita em direção à área M5. Qualquer
criatura Média ou menor que avançar nessa fissura ou iniciar o turno
dela lá deve passar num TR Des CD 10 ou é levada pela correnteza e
cai no eixo que mergulha milhares de metros no Subterrâneo. Tal
queda é fatal.
M4. Sala de Processamento
O piso do túnel oeste da área M1 é 2,1m mais alto que o piso da
caverna que ele leva. A saliência pode ser facilmente escalada em
qualquer direção. Use o texto em caixa para descrever as outras
características da caverna:
Bancos e mesas estão arranjadas como espaços de trabalho onde
os mineiros limpam quaisquer gemas que encontram. Cascalhos e
pedrinhas estão espalhadas pelo chão. Também espalhados pelo
chão estão alguns martelos, picaretas e lanternas quebradas.
Os mineiros foram forçados a deixar essa área às pressas quando os
kobolds aparecerem e os afugentaram.
Tesouro. Se os personagens procurarem na caverna, eles encontram
uma pequena estatueta de um cão esculpida da rocha, com duas
turmalinas do tamanho de pedrinha para os olhos. Ela foi feita por
um mineiro durante um descanso. A estatueta vale 10po.
M5. Eixo do Subterrâneo, Nível 1
Tábuas e escoras de madeira formam uma passarela ao longo da
parede de um eixo vertical aparentemente sem fundo. Uma cascata
estreita d’água cai da parede norte, e o som da água corrente é
alto no espaço confinado.
Os personagens usando visão no escuro ou uma fonte de iluminação
mais intensa que uma vela pode ver mais passarelas atreladas ao
lado noroeste do eixo 9m abaixo. Em razão da cascata alta, os
personagens devem grita se quiserem se comunicar com cada um
enquanto estiverem nessa área.
Sabotadores Kobolds. A cascata abafa o barulho feito por dois
kobolds do Vento Gélido que estão se agarrando ao lado de baixo da
passarela. Esses kobolds, chamados Scorp e Thwip, estão usando
serras para enfraquecer as escoras de madeira de modo que a
passarela desmorone se uma criatura pesando mais que dois kobolds
tentar ficar em cima dela. Esses kobolds precisam de um outro dia
para completar essa sabotagem; até lá, a passarela é segura.
Os personagens não podem ouvir os kobolds, mas se eles olharem
abaixo das tábuas, eles podem ver os kobolds trabalhando
alegremente. Se um kobold sofrer dano enquanto estiver agarrado ao
lado de baixo da passarela, ele perde o equilíbrio e cai no eixo para a
morte.
M6. Elevador de Balde
Um sistema de polia de madeira foi construído ao redor de um
grande buraco no chão. Um balde grande o bastante para
comportar um humanoide é puxado para cima por uma corda
espessa. Três alcovas próximas ao elevador contêm tábuas de
madeira e equipamentos de mineração.
O elevador de balde é usado para içar mineradores e minérios entre
os níveis 1 e 2. Ele é controlado usando uma manivela no interior do
balde ou a manivela ao lado do sistema de polias. O balde pode
comportar uma criatura Média ou duas criaturas Pequenas por vez.
Ele vai daqui para a área M7, 4,5m abaixo, e retorna novamente. Leva
1 minuto para o balde ser abaixado ou levantado.
M7. Aterrissagem do Elevador de Balde
O mecanismo range à medida em que o elevador de balde desce
para o chão de uma caverna pequena onde dois túneis
empoeirados levam a direções opostas.
Os personagens que procurarem por rastros na poeira e passarem
num teste de Sabedoria (Sobrevivência) CD 10 podem determinar
que bastante tráfego de kobold vai e vem do oeste, e um conjunto
único de pegadas de kobold leva a leste (o kobold que vagou nessa
direção nunca mais retornou).
M8. Covil do Grell
Um buraco no lado oeste desta câmara se abre no eixo central,
deixando entrar o som da cascata. O chão na extremidade norte da
caverna é 1,5m mais alto do que na extremidade sul, com um
barranco rochoso os separando e uma escarpa de cada lado
levando ao topo do barranco. As paredes acima do barranco
brilham com depósitos de gemas.
Flutuando próximo ao teto com 4,5m de altura está um grell. Um
personagem que tiver um valor de Sabedoria (Percepção) Passiva
igual a 16 ou maior nota o grell. Se mais de um personagem entrar à
caverna, o grell não vai atacar e tenta ficar escondido. Se os
personagens sairem da caverna, ele os segue, sempre ficando a pelo
menos 9m de distância. Quando uma oportunidade de atacar um
membro do grupo sozinho surgir, o grell mergulha e tentar paralisar
sua presa, e então a transporta de volta para cá para ser devorada.
Após ele se alimentar, ele larga os restos de sua vítima no fundo do
eixo central.
Tesouro. Se um personagem usando uma picareta do minerador
gastar uma hora lascando as paredes acima do barranco, role um
dado percentual e consulte a tabela de Descobertas de Mineração
(veja área M2) para determinar o que, se tiver algo, é encontrado.
M9. Kobolds Famintos
Uma mesa e cadeiras estão arranjadas nessa área para criar um
espaço para mineradores fazerem paradas. Acima da mesa, dois
kobolds estão cutucando um rato gigante com suas azagaias para
assegurar que ele está morto. Os kobolds guincham alto assim que
notam vocês.
Dois kobolds do Vento Gélido chamados Grek e Smol correm para
atacar os personagens que entrarem na caverna. Se qualquer um for
ferido, eles imediatamente assumem a atitude contrária e fogem pelo
túnel à norte que leva ao nível 3.
M10. Eixo do Subterrâneo, Nível 3
O declive para baixo do túnel termina onde ele se abre no eixo
central. Uma passarela de madeira se estende dessa abertura e
então corre a oeste para um outro túnel na rocha. Na frente de
vocês, um balde grande como um que vocês viram antes balança a
partir de uma corda tensionada que se estica a sul pelo eixo e está
conectada a uma outra plataforma de madeira a 4,5m de
distância.
Olhando para baixo, os personagens não veem nada além da
escuridão. Os personagens usando visão no escuro ou uma fonte de
iluminação mais intensa que uma vela podem ver, se eles olharem
para cima, o lado de baixo da passarela na área M5 (no nível 1). Se os
personagens falharem em notar os dois kobolds se agarrando no lado
de baixo da estrutura superior de antes, eles notam os pequenos
sabotadores a partir desse ponto vantajoso 9m mais abaixo.
Transporte de Balde. Esse mecanismo de corda e polia é usado para
transportar os mineiros e minérios entre as duas plataformas. Uma
manivela montada a cada plataforma permite que o balde seja
transportado de um lado ao outro. Uma pessoa dentro do balde pode
abrir mão das manivelas e se transportar ao puxar a corda suspensa.
O balde é grande o bastante para conter uma criatura Média ou duas
criaturas Pequenas. Leva 1 rodada para o balde atravessar a lacuna
entre as plataformas.
Causar 5 dano cortante, de fogo ou ácido na corda faz com que ela
rompa. Se a corda for cortada, o balde e seu conteúdo caem no eixo,
provavelmente se perdendo para sempre. Um personagem no balde
quando a corda partir pode agarrar uma extremidade da corda
partida com um bem-sucedido TR Des CD 15, evitando assim uma
morte certa.
M11. Túneis dos Kobolds
Espreitando-se nesse túnel empoeirado estão três kobolds ariscos.
Um deles carrega uma sacola puída e veste um par falso de asas de
dragão feitas de madeira fina e pano branco desgastado. Esse
kobold imediatamente ergue suas mãos se rendendo e dizendo em
Comum “Nós não queremos lhes fazer mal. Por favor não nos
machuquem”.
Dois desses três kobolds do Vento Gélido são guarda-costas nervosos
chamados Vott e Zurk. Aquele que veste as asas falsas e está fazendo
a conversação é Trex, o líder do grupo. Se um ou ambos os kobolds da
área M9 tiverem fugido daqui, eles se espreitam mais a fundo no
interior do túnel atrás de Trex e dos seus guarda-costas.
Trex está possuído por um fantasma, embora os personagens não
saibam disso até o fantasma se mostrar (veja “Fantasma de Janth”
abaixo). Falando em Comum fluente, Trex explica que ele e seus
amigos kobolds buscaram refúgio na mina após serem perseguidos
no sopé da colina do Sepulcro do Kelvin por um yeti. Os mineiros
ficaram com medo e correram para longe antes de Trex poder
explicar que os kobolds não queriam fazer nenhum mal. Contanto
que Trex esteja possuído pelo fantasma, ele tem um vocabulário
impressionante e fala apenas Comum.
Se os personagens engajarem na conversa com Trex, ele faz uma
proposição:
O inverno eterno deixou o meio selvagem inseguro para a minha
espécie, e o frio sobrenatural entorpece nossa inteligência. Por
favor, nós apenas queremos um lugar para ficar de modo que nós
possamos nos manter fora desse tempo horrível. Nós podemos
trabalhar, e nós não vamos causar problemas. Termalaine ficaria
mais rica em nos ter.
Qualquer personagem que passar num teste de Sabedoria (Intuição)
CD 13 pode dizer que Trex está mentindo. O fantasma controlando
Trex quer acesso seguro a Termalaine para ele poder possuir alguém
mais poderoso e influente do que um kobold.
Se os personagens concordarem em levar os kobolds da mina de
volta a Termalaine, os kobolds agem como aliados deles.
O Fantasma de Janth. Em vida, Janth Alowar era um sábio humano N
que se devotou a catalogar a flora do Vale do Vento Gélido. Ele e sua
guia foram mortos e decapitados por um yeti no sopé do Sepulcro do
Kelvin há dois anos, e seu espírito inquieto permeou. Os kobolds
apareceram perante o fantasma enquanto buscavam por abrigo
durante uma nevasca, permitindo a ele possuir Trex sem o
conhecimento dos outros kobolds.
A sacola puída carregada por Trex uma vez pertenceu a Janth. Ela
contém aglomerados de musgos, líquens e arbustos coletados do
sopé do Sepulcro do Kelvin e da tundra ao redor. Nenhuma das
amostras são valiosas, mas o fantasma é bastante possessivo com a
coleção e não vai desistir da sacola dele sem uma luta.
O fantasma de Janth pode ser colocado para descansar ao destruir a
sacola – sua última conexão ao Plano Material. O fantasma do
contrário permanece o mais perto possível da sacola. Se a sacola for
tirada de Trex e descartada, o fantasma abandona seu hospedeiro
atual e permanece próximo da sacola, na expectativa de possuir outra
pessoa.
Se Trex for morto, o fantasma aparece num espaço desocupado a até
1,5m do corpo do kobold. No próximo turno dele, o fantasma tenta
possuir um dos personagens – preferencialmente aquele que puder
levar a sacola dele.
M12. Crânio Fossilizado e Cristal Psiônico
Um crânio fossilizado se projeta parcialmente da parede leste
desta pequena caverna, 1,5m acima do chão. O crânio tem globos
oculares maiores que o normal, uma crista curiosa entre os olhos,
nada que se passaria por um nariz, e quatro buracos pequenos
onde você poderia esperar ver os dentes.
O crânio inserido na parede é o de um devorador de mentes que veio
do Subterrâneo há milhares de anos. Como ele ficou alojado na pedra
é a dúvida de qualquer um. Qualquer personagem que examinar o
crânio e passar num teste de Inteligência (Arcanismo) CD 16 conclui
que isso veio de um devorador de mentes. Qualquer tentativa de
arrancar o crânio da pedra faz com que ele se despedace e caia,
revelando um fragmento de cristal onde o cérebro do illithid
costumava ficar.

Tesouro. O fragmento de cristal alojado no interior do crânio

fossilizado do devorador de mentes é um cristal psiônico (veja
apêndice D). O trauma psíquico que o devorador de mentes suportou
quando morreu fez com que o cristal se formasse em sua mente. Um
personagem pode usar uma picareta de minerador para soltar o
cristal psiônico.

Um personagem que sintonizar com esse cristal psiônico ganha uma

forma de loucura indefinida (veja a tabela de Loucura Indefinida no
Guia do Mestre). Determine o resultado secretamente, e então
comunique essa informação apenas ao jogador do personagem. A
loucura não se encerra até o personagem não estar mais sintonizado
ao cristal psiônico. Enquanto a loucura persistir, o personagem pode
ouvir um repetido sinal telepático de perigo emitido por um navio
illithid que colidiu nas montanhas e rastrear o sinal até sua fonte
(veja “Id Ascendente”). A única maneira de bloquear o sinal é
encerrando a sintonização do personagem ao cristal psiônico.

M13. Superfície Trabalhada no Geodo

Geodos cintilantes os cumprimentam conforme vocês entram nessa

caverna. As gemas estão parcialmente expostas nos lugares, saindo
das paredes como fragmentos vítreos. O piso se eleva próximo à
parede leste, deixando uma elevação natural com rampas de pedra
conduzindo para cima em ambas as extremidades.

Tesouro. Um personagem usando uma picareta de minerador que

gastar uma hora lascando as paredes pode remover um geodo intacto
no valor de 10po. Até 50 geodos intactos podem ser adquiridos dessa
forma.

Retornando a Termalaine

Se os personagens retornarem ao Orador Masthew e lhe disserem

que a mina está limpa de monstros, ele os agradece profusamente e
explica que deve inspecionar a mina para verificar a segurança dela
antes que eles possam ser pagos. Ele encoraja os personagens a
gastarem alguns dias em Termalaine enquanto ele conduz a
investigação.

Se não houver nenhum kobold na mina e o grell tiver sido igualmente

derrotado, Oarus retorna aos personagens no dia seguinte e lhes paga
50po pelo serviço deles. Se Trex ainda estiver na mina e o fantasma
de Janth não tiver sido colocado para descansar, Oarus retorna a
Termalaine possuído pelo fantasma. Se os kobolds se forem, mas o
grell permanecer, Oarus é morto pelo grell e não retorna, deixando a
cidade sem um orador. Se o grell ainda estiver na mina quando ela
reabrir, um punhado de mineiros locais desaparecem ao longo dos
próximos dias antes da decisão ser tomada para fechar a mina para o
bem de todos.

Se os personagens trouxerem os kobolds para Termalaine, Oarus fica

inicialmente hesitante em deixá-los ficar na cidade. Após ouvir sobre
a disposição deles de trabalhar, ele decide dá-los uma chance e
oferece a eles trabalhos triviais. Os kobolds, ávidos por se provarem,
se tornam bons trabalhadores. O povo da cidade os importuna a
princípio, mas eventualmente os kobolds os conquistam. O fantasma
de Janth, se não tiver sido colocado para descansar, encontra outra
pessoa para possuir, fazendo com que Trex reverta à sua forma arisca
e muito menos inteligente.

O Vale do Vento Gélido
Ventos catabáticos sopram da Geleira Reghed, desgastando
incessantemente tudo o que ousa crescer ou respirar no Vale do Vento
Gélido. Sem falhar, esses ventos encontram seu caminho por cada
fissura e rachadura, cada abertura nos mantos de pele mais quentes,
cada aba de tenta, cada telhado e revestimento de parede dos lares
mais robustos, levando embora qualquer amostra de aquecimento.
O sol, mantido abaixo do horizonte pela magia da Donzela Mágica, não
oferece nenhum alívio contra a fúria invernal. Os dias são crepúsculos,
as noites são obscuras. Conforme Auril conjura sua magia noturna,
uma cortina de luz é tecida pelo céu estrelado para manter o
amanhecer afastado – uma aurora que pressagia um inverno eterno.
Tempestades trazem granizo e neve que deixam tudo coberto num
invólucro de gelo. Pilhas de neve profundas recobrem e bloqueiam
todas as trilhas que levam ao sul para as terras mais quentes. O
penhascos de gelo da Geleira Reghed se elevam a leste como muralhas
de prisão, enquanto picos cobertos de neve da Espinha do Mundo se
agigantam ao sul. A norte e oeste, o Mar do Gelo em Movimento agitam
icebergs e blocos de gelo num tumulto mortal, como o inverno
rangendo seus dentes ante seu próximo ataque congelante.
Presos no abraço frio do inverno, humanos nômades seguem manadas
de renas através de suas migrações, enquanto outros desafiam as
águas traiçoeiras do Mar do Gelo em Movimento em busca de peixe,
focas, morsas e baleias para se sustentarem. Os anões escavam na
terra em busca de abrigo e mineração de ferro. Enquanto isso, o povo
descendente dos imigrantes temerários e loucos por tesouros levam
uma vida escassa nas Dez Cidades, as quais mal podem afastar o vento,
muito menos invasores orcs, gigantes e yetis ferozes da tundra.
Apesar do frio não-natural e de outros perigos, as pessoas ainda
desafiam a jornada para chegar nessa paisagem invernal difícil,
procurando por oportunidades e aventuras.
Rodando esse Capítulo
Esse capítulo leva a aventura para além das Dez Cidades nos limites
mais longínquos do Vale do Vento Gélido, a lugares que os
aventureiros podem visitar conforme investigam relatos ou
empreendem missões. Esses locais de aventura estão espalhados pelo
Vale do Vento Gélido, conforme mostrado no mapa 2.1. Além disso,
marcados nesse mapa estão os locais remotos que contidos nos
capítulos 3, 6 e 7.
Relatos nas Dez Cidades
Quando os personagens chegarem no nível 3, eles vão reunir
reputação suficiente para os NPCs das Dez Cidades compartilharem
relatos com eles. Quando os personagens estiverem prontos para
explorar mais do Vale do Vento Gélido, use a tabela dos Relatos das
Dez Cidades para atrai-los.
Você pode ou escolher quais relatos compartilhar com os jogadores,
ou você pode pedir para cada jogador rolar uma vez na tabela. Deixe
os jogadores decidirem quais relatos (se tiver algum) que eles querem
investigar.
d20 | Relato
1-2 | “Dizem que a Donzela Gélida vive numa ilha enevoada
escondida em meio aos icebergs no Mar do Gelo em Movimento. Há
uma poderosa e estranha baleia com um barco em suas costas que
nada nessas águas geladas. Eu aposto que ela sabe onde a ilha fica!
Vocês podem pegar a baleia no Sino de Angajuk, um antigo
ancoradouro, mas vocês devem tocar o sino suspenso no píer para
chama-la” (veja “Sino de Angajuk”).
3-4 | “Há essa velha cabana negra que tem estado sempre na área.
Ninguém sabe quem a construiu, e muitos do povo têm uma má
impressão dela. Alguns dizem que é assombrada, mas há um gnomo
em Bryn Shander alegando que experimentos mágicos estão sendo
feitos lá. O nome do gnomo é Copper, e você vai encontra-lo na Casa
do Senhor das Manhãs” (veja “Casa do Senhor das Manhãs” e
“Cabana Negra”).
5-6 | “Nabira Moarskull, uma pescadora de Angraleste, adquiriu um
anzol encantado que pode capturar peixes mágicos. Enquanto ela e
seus amigos estavam fora no gelo um dia, um par de gnolls imundos
os atacaram. Eles mataram Nabira e roubaram sua vara de pesca e
anzol. Os caçadores de Angraleste rastrearam os gnolls até uma
fenda gélida no chão, mas tiveram muito medo de seguir adiante”
(veja “Abismo Cacarejante”).
7-8 | “Vão a noroeste para fora de Bremen, e vocês verão um navio
pirata congelada no gelo a menos de 375m da costa. Ninguém está
certo de onde ele veio, mas ele não vai a lugar nenhum contanto
que o inverno obscuro perdure. Eu aposto que ele está cheio de
tesouros!” (veja “Duquesa Negra”).
9-10 | “Vocês viram o cometa estranho que caiu dos céus há uma
semana? Ele foi em direção às montanhas a sul das Dez Cidades,
não muito longe. Desde então, algumas pessoas têm recebido
mensagens mentais num idioma que elas não conseguem
compreender. Eu acho que o cometa pode ter algo a ver com isso, e
eu aposto que vocês podem acha-lo facilmente, mesmo nesse
clima” (veja “Id Ascendente”).
11-12 | “Gigantes de gelo governaram essa terra há muito tempo.
Seus líderes, os jarls, se encontravam no topo de uma colina a oeste
para resolver conflitos. Seus tronos ainda repousam nessa colina”
(veja “Contenda dos Jarls”).
13-14 | “Carniceiros goblins rondam a tundra nas costas de lobos
ou em carroças. Eles também gostam de emboscar viajantes na
Trilha das Dez nesse lado da passagem da montanha. Bem, um
grupo de Emboscadores encontrou a fortaleza dos goblins nas
montanhas. Alguém deveria ir lá e destruí-la” (veja “Karkolohk”).
15-16 | “Vocês ouviram o que aconteceu com o mago maligno de
Angraleste? Eles o ataram a uma estaca e o incendiaram! Por que?
Porque ele contratou alguns moradores das Dez Cidades para
ajudá-lo a encontrar uma torre enterrada, e então os matou para
manter em segredo a localização dela. Bem, um deles me contou
onde a torre está! Eu não iria sozinho, mas talvez seja algo que
vocês queiram explorar” (veja “Pináculo Perdido de Netheril”).
17 | Se vocês estiverem procurando por algo oculto no Vale do
Vento Gélido, as pessoas com quem vocês deveriam conversar são
os nômades Reghed. Eles conhecem cada canto dessa terra e todos
os seus segredos. A parte intrigante é encontra-los. Eles tendem a
seguir manadas de renas” (veja “Acampamento da Tribo Reghed”).
18 | “Eu tenho dito a todo mundo que a Geada Eterna não é obra da
Donzela Gélida. É na verdade da Irmandade Arcana, tramando um
outro plano para controlar as Dez Cidades! Um mago que foi
incendiado na estaca em Angraleste admitiu ser um deles, e disse
que há outros magos da Irmandade Arcana se espreitando entre
nós. Vaelish Gant está por trás de tudo, sem dúvidas. O maldito está
preso em Fim de Festa, mas isso não o torna menos perigoso.
Alguém deveria descobrir o que ele sabe!” (veja “Fim de Festa”).
19-20 | “Nós não vemos muitos golias por aqui, mas há dois clãs
feudais na Espinha do Mundo. Eu aposto que se alguém das Dez
Cidades fosse ajuda-los a colocar de lado suas diferenças, todos os
golias se beneficiariam. Eu certamente gostaria de me encontrar
com um golias algum dia!” (veja “Abrigo da Torre Alta” e “Rochedo
do Dragão”).
Avanço de Nível dos Personagens
Embora esse capítulo seja projetado para personagens de nível 4 ou
maior, alguns dos seus encontros e locais aleatórios são mais
perigosos do que outros. Os personagens podem precisar correr para
longe e se reagrupar, ou fazer descansos curtos ou longos entre
encontros, se eles for para eles sobreviverem.
Nesse capítulo, você decide o quão rapidamente os personagens
avançam o nível. Trate o seguinte como recomendações:
• Os personagens ganham um nível após gastas duas ou três sessões
de jogo explorando o Vale do Vento Gélido.
• Os personagens ganham um nível por neutralizar as ameaças de dois
ou três dos locais perigosos descritos nesse capítulo.
• Os personagens ganham um nível se eles alcançarem um feito
extraordinário, como encerrar a contenda entre os clãs golias de
Abrigo na Torre Alta e Rochedo do Dragão, ou sobreviver a um
encontro de perto com Arveiaturace a Dragonesa Branca.
Assim que os personagens chegarem no nível 7, eles não devem mais
ganhar níveis ao explorar os locais ou sobreviver aos encontros
aleatórios desse capítulo. Em vez disso, direcione-os aos locais
descritos nos capítulos 5 ao 7.
Missões do Vale do Vento Gélido
Em vez de incitar os jogadores com os relatos da seção anterior, você
pode usar qualquer uma ou todas as seguintes missões para incitar os
personagens a explorar os locais descritos nesse capítulo.
Aquisição de Óleo de Baleia
Missão Sino de Angajuk
Os moradores das Dez Cidades precisam de óleo de baleia para manter
seus fogões e lamparinas acesos, e muito desse óleo vem dos caçadores
de baleia do Mar do Gelo em Movimento, o qual ficou mais
tempestuoso e difícil de navegar nos meses recentes. Helka Jaggerath
(plebeia meio-elfa), uma mercadora de óleo de baleia em Bryn
Shander, contrata os personagens para servir de guarda-costas assim
que ela viaja para o Sino de Angajuk e toca o sino para invocar a baleia.
Lá, eles devem ajudá-la a persuadir o cachalote desperto para
transportá-los aos baleeiros acampados nos blocos de gelo do Mar do
Gelo em Movimento de modo que Helka possa comprar o máximo de
barris de óleo de baleia que puder.
Cada barril de óleo de baleia pesa 25kg e custa 25po. Helka tem 300po,
o que é o bastante para comprar seus barris de óleo de baleia e pagar
aos personagens 150po pela ajuda deles em trazer os barris em
segurança de volta a Bryn Shander. Ela espera que a expedição
completa dure uma dezena, assumindo que Angajuk coopere. Helka
adverte os personagens a não falarem com Angajuk o que tem nos
barris, uma vez que a verdade pode desapontá-la. O plano dela é contar
a Angajuk que os barris contêm óleo de peixe, não de baleia.
Provisões para Macreadus
Missão Cabana Negra
Copper Knobberknocker, um acólito de Lathander gnomo na Casa do
Senhor das Manhãs em Bryn Shander, está preocupado com o seu
amigo, Macreadus, que está tentando construir um dispositivo que
pode encerrar a Geada Eterna e retornar o verão ao Vale do Vento
Gélido. Copper pede aos personagens para levar provisões para
Macreadus na Cabana Negra e assegurar que ele está bem. Em razão
do gnomo ter pago pelas provisões, ele não pode oferecer uma
recompensa; no entanto, Mishann, a sacerdotisa que administra a Casa
do Senhor das Manhãs, oferece cura gratuita para aqueles que
completarem a missão do Copper e retornarem.
Cabeças de Gnolls
Missão Abismo Cacarejante
Trovus, o orador draconato de Cidadela Konig, considera os gnolls
como sendo um perigo claro e presente à sua cidade. Ele sabe que um
grupo desses predadores selvagens tem se refugiado no Abismo
Cacarejante e oferece aos personagens 10po para cada cabeça de gnoll
que eles trouxerem a ele.
Zero Rum
Missão Duquesa Negra
Os estalajadeiros do Centro das Cinco Tavernas em Bremen estão
lamentando seus baixos suprimentos de cervejas, mas eles ouviram
rumores de um navio pirata encalhado no gelo afastado da costa – e
onde há um navio pirata, pode haver rum! Os estalajadeiros contratam
os personagens para procurar na carga do navio e voltar com
quaisquer bebidas alcoólicas que encontrarem, oferecendo de pagar
um preço justo mais 150po de incentivo. Embora essa missão não
possa ser concluída, em razão da tripulação do navio não ter deixado
nenhum rum ou outra bebida alcoólica para trás para os personagens
furtar, outros tesouros a bordo do navio superam em muito o que os
taverneiros de Bremen poderia oferecer como recompensa, de modo
que a missão tem o seu mérito.
Sinal de Socorro
Missão Id Ascendente
Os personagens são abordados por quatro moradores das Dez Cidades
psicologicamente sensitivos (plebeus humanos) que são mantidos
acordados por um sinal de socorro que parece que apenas eles podem
ouvir. Eles foram atraídos uns aos outros por essa experiência em
comum. Eles não compreendem a mensagem (a qual está em Dialeto
Subterrâneo), mas sabem a direção de onde vem. Eles oferecem aos
personagens 250po para investigarem a fonte do sinal e silenciá-la, se
ao menos eles puderem ter uma boa noite de descanso. Esses
moradores das Dez Cidades são descritos brevemente abaixo:
• Vedda Starsprit tem 30 anos e é uma armadilheira com estrabismo.
Ela é atarracada e paranoica.
• Nars Beldrun tem 33 anos e é um construtor de navios de Targos. Ele
é alto e corpulento, além de reclamar de tudo.
• Telvaster Hangingbell tem 25 anos e vem de uma próspera família
mercante de Inverno Remoto. Ele está em busca de fugir das suas
responsabilidades.
• Kaska Lang tem 30 anos e é um escritor de romances de mistério
sobre uma série de assassinatos ficcionais nas Dez Cidades.
Ensopado de Ossos de Dragão
Missão Rochedo do Dragão
Dannika Graysteel, uma acadêmica que os personagens podem ter
conhecido de uma missão anterior (veja “Missão Inicial: Espíritos da
Natureza”), pede aos personagens para trazer a ela alguns ossos de
dragão branco. Dannika adquiriu uma receita de ensopado mágica que
dá o mesmo benefício de uma poção de resistência (frio). Ela acha que
pode fazer um bom suprimento de ensopado se conseguir ossos o
bastante, os quais são os últimos ingredientes que ela precisa. Dannika
ouviu rumores de que os ossos de um dragão branco podem ser
encontrados numa encosta de montanha próxima ao Rochedo do
Dragão, e ela sugere que os personagens viagem para lá e peçam aos
golias do rochedo para partilharem com eles alguns ossos. Dannika vai
dar a primeira fornada de ensopado aos personagens de graça (o
equivalente a uma poção para cada) se eles a ajudarem.
Embora a receita seja genuína, Dannika não percebe que consumir o
ensopado de osso do dragão também causa loucura, infligindo aqueles
que a beberem com a ganância e paranoia de um dragão, o que pode
ser curado apenas com um magia de restauração maior ou mágica
similar.
Caminho de Yselm
Missão Contenda dos Jarls
Yselm Bloodfang, uma druida do frio humana, é uma outrora nômade
Reghed da Tribo do Tigre que desistiu do estilo de vida nômade e se
assentou nas Dez Cidades há três anos, antes do inverno eterno de
Auril envolver o Vale do Vento Gélido. Uma adoradora secreta de Auril,
Yselm é conhecida por todas as Dez Cidades como uma guia habilidosa
do meio selvagem. Ela recentemente encontrou um avatar da Donzela
Gélida – uma figura feminina feita de neve – que a comandou a
encontrar os personagens e os guiar para sua desgraça. Para esse fim,
Yselm se aproxima dos personagens e alega estar procurando por
trabalho. Ela diz a eles sobre a Contenda dos Jarls (“um círculo de
tronos de gigantes no topo de uma colina assombrada”) e oferece de
guia-los para lá por 25po. “Nas noites de lua cheia”, ela adiciona, “o
espírito de Reggaryarva, o jarl dos jarls, abrirá seu cofre de tesouro a
qualquer um que derrotar seu campeão”.
Yselm conhece o caminho para a Contenda dos Jarls, mas não ajuda os
personagens a lutar contra quaisquer ameaças que eles encontram no
caminho, nem mesmo entra no círculo dos tronos ou auxilia na batalha
contra o campeão de Reggaryarva. Se os personagens superar os
desafios colocados por Reggaryarva, Yselm os trai e os ataca. Um lobo
invernal enviado pela Donzela Gélida se junta à batalha em prol de
Yselm. Ambos os vilões lutam até a morte.
Atrás das Grades
Missão Fim de Festa
Duvessa Shane, a oradora de Bryn Shander, está preocupada com os
rumores de que a Irmandade Arcana enviou agentes para as Dez
Cidades. Ela suspeita que Vaelish Gant, um mago da Irmandade Arcana
encarcerado no Fim de Desta, possa ter informações a compartilhar.
Duvessa pede aos personagens para interrogar Gant e descobrir o que
ele sabe sobre a atividade da Irmandade Arcana nas Dez Cidades,
oferecendo uma recompensa de 250po se eles obtiverem informações
úteis. Ela também dá ao grupo uma carta assinada notificando Gant de
que, em troca de sua cooperação, Duvessa vai peticionar à Aliança dos
Lordes para reduzir a sentença de Gant. Se os personagens não tirarem
nada do prisioneiro, Duvessa pede a eles para informar ao carcereiro
da prisão que a Irmandade Arcana pode estar tramando uma fuga de
presos para libertar Gant. Enquanto não houver nenhum indício da
iminência de uma fuga de presos, Duvessa aproveita ela mesma essa
oportunidade para tornar a vida de Gant pior.
Caça pelo Yeti Vermelho
Missão Pináculo Perdido de Netheril
Os yeti estão aumentando corajosamente e atacando mais próximos
das Dez Cidades do que já visto, indo o mais longe para se aventurar
nos lagos congelados e atacar os pescadores no gelo. Os mercadores
locais que ganham a vida vendendo pele e carne de yeti estão
oferecendo até 100po para cada yeti morto trazido às Dez Cidades.
Um caçador chamado Mylbor Tafferac (gladiador humano NM, com
Sobrevivência +7) tem vasculhado a tundra em busca do Yeti
Vermelho – um yeti tão terrível e cruel que sua pele é machada de
vermelho com o sangue de suas mortes. Uma noite numa taverna,
Mylbor aposta com os personagens 300po de que ele vai encontrar e
matar o Yeti Vermelho antes deles. Se os personagens aceitarem a
aposta, a disputa causa excitação nas tavernas das Dez Cidades,
levando a todos os tipos de apostas por fora.
A busca dos personagens pelo Yeti Vermelho leva à descoberta
acidental do Pináculo Perdido de Netheril. Somente após os
personagens explorarem o pináculo perdido e retornarem às Dez
Cidades eles descobrem que o Yeti Vermelho está morto – encontrado
e morto pelo incomparável Mylbor Tafferac.
Sem Paz
Missão Karkolohk
Um mensageiro goblin de Karkolohk foi recentemente capturado em
Bryn Shander e encontrado carregando uma declaração de paz do
Chefe Yarb-Gnock, direcionada à Oradora Duvessa Shane. Yarb-Gnock
gostaria que a Oradora Shane enviasse delegados para Karkolohk a fim
de conduzir “negociações de tratado”. O Xerife Markham Southwell
não acredita em uma palavra da mensagem de Yarb-Gnock e oferece
uma recompensa de 300po pela cabeça do chefe goblin.
Ao chegarem em Karkolohk, os personagens descobrem que a
declaração de paz é ou uma tentativa genuína de encerrar as
hostilidades com as Dez Cidades, ou um plano desesperado do Yarb-
Gnock de atrair os aventureiros a Karkolohk para que eles possam
ajudá-lo a fugir. Como DM, você tem de determinar as verdadeiras
intenções de Yarb-Gnock (veja “Diplomacia dos Gnomos” para mais
informações).
Canibais da Tribo do Lobo
Missão Acampamento da Tribo Reghed
Após vários peleiros e armadilheiros desaparecerem sem deixar
rastros, uma representante da Tribo do Lobo chamada Aluka
(lobisomen na forma humana CB) vem às Dez Cidades com um aviso:
o acampamento da Tribo do Lobo sob o comando de um chefe maligno
chamado Sangra Grisgir está recorrendo ao canibalismo para
sobreviver. Os peleiros e armadilheiros são meramente as últimas
vítimas do acampamento, e mais sumiços são prováveis de ocorrerem
a menos que os canibais sejam derrotados. Aluka dá as direções para
o acampamento, mas ela não pode arriscar uma guerra total dentro de
sua tribo, por isso sua decisão de deixar as Dez Cidades e os
personagens lidarem com o problema.
Os canibais da Tribo do Lobo comeram todos os seus cães de trenó e
os seus anciões. Mesmo as crianças foram forçadas a recorrerem ao
canibalismo para sobreviverem. Se os personagens agirem
rapidamente, eles podem salvar a vida de uma armadilheira halfling
pés-leves (plebeia) chamada Honeybee Littlebucket, que conseguiu
ficar viva ao convencer o povo da tribo do Lobo de que ela pode caçar
lebres de pés nevados para eles comerem. Até agora, as armadilhas de
Honeybee não capturaram nada, e seu tempo (e a paciência do Chefe
Grisgir) está rapidamente se esgotando.
O Problema de um Golias
Missão Abrigo da Torre Alta
Kwan a Monólito de Akannathi, uma combatente golias (veja apêndice
C), deixou o Abrigo da Torre Alta numa missão de encontrar
Oyaminartok, mas terminou nas Dez Cidades, onde ela se deixou levar
pelos jogos de azar. Ela recentemente se desonrou ao recorrer à
ladroagem para cobrir as dívidas de apostas. Agora ela quer expiar. Ela
pede aos personagens para ajudá-la a retornar ao Abrigo da Torre Alta
e convencer Arn, o chefe do clã Akannathi, a colocar de lado as queixas
e unir os golias da Torre Alta com os do Rochedo do Dragão em prol
de um propósito em comum: colocar um fim no inverno eterno da
Donzela Gélida. Kwan roubou uma estátua de poderes incríveis (corvo
de prata) que ela oferece aos personagens como recompensa pela
ajuda.
Encontros no Meio Selvagem
Conforme os aventureiros exploram o Vale do Vento Gélido, eles
podem esbarram em criaturas amistosas, indiferentes ou hostis no
meio selvagem. Tais encontros pode criar suspense, reforçar a
natureza perigosa do cenário ou criar oportunidades divertidas de
interpretação.
Você decide se e quando os encontros aleatórios ocorrem. Use-os
judiciosamente. Um ou dois por sessão de jogo é normalmente o
suficiente.
Se você não estiver certo de com que frequência estabelecer encontros Arveiaturace
aleatórios num período de 24h, você pode deixa-lo ao acaso ao rolar
um d8 e consultando a tabela abaixo. Conhecida pelos moradores das Dez Cidades como a Dragonesa
Branca, Arveiaturace é uma dragonesa branca anciã que faz seu covil
no topo da Geleira Reghed. Ela segue sendo a predadora mais temível
d8 Número de Encontros
do Vale do Vento Gélido, embora a idade tenha nublado seus olhos com
1 Um encontro de manhã (amanhecer até meio-dia)
cataratas, limitando o alcance de sua visão a 18m. Sua visão às cegas,
2 Um encontro à tarde (meio-dia até o crepúsculo)
audição, e sentido olfativo não estão diminuídos no entanto.
3 Um encontro à noite (crepúsculo até meia-noite)
Felizmente para os residentes do vale, ela prefere o sabor da carne de
4 Um encontro de madrugada (meia-noite até amanhecer)
renas, morsas e ursos polares do que a de humanoides. A dragonesa
Dois encontros; role um d4 nessa tabela para determinar
5-6 tem um respeito saudável por humanoides e nunca ameaçou as Dez
quando cada encontro ocorre
Cidades diretamente, embora não precise de muito para provoca-la a
7-8 Nenhum encontro aleatório
fazer isso.

Certa vez, Arveiaturace serviu a um mago chamado Meltharond, cujo

Rodando o Encontro no Meio Selvagem
corpo congelado permanece amarrado a uma sela nas costas da
dragonesa. Arveiaturace nunca tomou conhecimento de sua morte e
Quando você estiver pronto para organizar um encontro no meio ainda fala com o corpo dele como se ele estivesse vivo. Ele era,
selvagem, role dois dados de 20 lados de cores diferentes. O primeiro enquanto vivo, o único amigo e confidente dela.
d20 é o dado de encontro; o segundo d20 é o dado de nevasca. Use-os
da seguinte maneira: Rodando do Encontro. Se esse encontro acontecer durante uma
nevasca, a dragonesa fica enterrada sob a neve pesada, esperando a
• Role o dado de encontro e consulte a tabela de Encontros Aleatórios tempestade com suas asas esticadas repousando niveladas em seus
no Meio Selvagem para determinar o que os personagens encontram. lados. O condutor dela fica visível acima da superfície, parecendo um
• Role o dado de nevasca e adicione 1. Se esse total for maior que a corpo congelado e dissecado sentado na neve. Se os personagens
rolagem do dado de encontro, o encontro acontece durante uma estiverem próximos o bastante para tocar o corpo, eles já vão estar nas
nevasca (veja “Nevascas”). A nevasca inicia 1d4 horas antes do costas da dragonesa. Se eles atacarem ou de outra forma violarem o
encontro ser engatilhado e termina 1d4 horas após ele ser resolvido. corpo de Meltharond, a dragonesa tenta balança-los para fora. Cada
criatura nas costas da dragonesa quando ela se levantar da neve deve
passar num TR Des CD 22 ou fica caída num espaço desocupado ao
A tabela de Encontros Aleatórios no Meio Selvagem está estruturada
chão a até 1,5m dela. O vento da nevasca a impede de voar, de modo
de modo que certos monstros são mais prováveis de serem
que a melhor esperança de sobrevivência dos personagens é correr
encontrados numa nevasca do que outros. Por exemplo, nos dois
para longe e sumirem na tempestade.
extremos, yetis são sempre encontrados numa nevasca, enquanto que
perytons quase nunca são. Se esse encontro não ocorrer durante uma nevasca, os personagens
veem Arveiaturace nos céus ou no chão. Se ela estiver no chão, ela vai
Alguns encontros aleatórios são projetados para testar os estar comendo um urso polar ou uma manada de rena que ela matou
personagens em batalha, enquanto outros encorajam a interpretação. com sua arma de sopro. Se esse encontro ocorrer no Mar do Gelo em
Todos eles pintam a imagem do Vale do Vale Gélido como um reino Movimento, os personagens veem a dragonesa emergir da água
duro cheio de uma variedade ampla de criaturas lutando para próxima com uma morsa morta em sua boca; e então ela voa de volta
sobreviver. A dificuldade de um encontro – anotada como Fácil, Médio, à Geleira Reghed para devorar sua refeição. Contanto que os
Difícil ou Mortal na coluna Dificuldade da tabela Encontros Aleatórios personagens mantenha distância, a Dragonesa Branca os ignora.
no Meio Selvagem – assume que os personagens estão no nível 4, 5 ou
6. Está tudo bem alguns encontros serem fáceis e outros difíceis ou Besta Desperta
mortais. Encontros fáceis angariam a confiança dos jogadores;
encontros difíceis e mortais forçam os jogadores a pesar suas opções Os druidas do frio do Vale do Vento Gélido usam magias de despertar
de personagem e pensar fora da caixa. Se os personagens se virem num para imbuir bestas nativas com valor de Inteligência 10 e a habilidade
ponto difícil, dê aos jogadores tempo para tentar encontrar uma saída, de falar Comum ou Druídico. Os druidas usam essas bestas despertas
encoraje-os a ser criativo, e dê inspiração quando for apropriado. como espiões e mensageiros. Role um d8 e consulte a tabela Encontro
de Besta Desperta para determinar que tipo de besta desperta os
d20 Encontro Dificuldade personagens encontram.
1 Yeti Varia
2 Homem-Urso Golias Fácil d8 Besta Desperta
3 Gatos de Penhasco Fácil 1 urso polar
4 Vagante da Luz Gélida Médio 2 raposa do ártico (veja apêndice C)
5 Troll de Gelo Difícil 3 lebre dos pés nevados (veja apêndice C)
6 Druida do Frio e amigos Médio 4 coruja nevada
7 Furiosos de Chardalyn Difícil rena (use a ficha de alce) com galhadas brilhantes no
5
8 Gigante de Gelo montando um mamute Mortal escuro que emitem luz fraca num raio de 3m
9 Anões Battlehammer Fácil 6 rinoceronte lanoso
10 Arveiaturace (dragonesa branca anciã) Mortal 7 tigre dente-de-sabre
11 Urso-Coruja Nevado Fácil 8 lobo
12 Gnolls Médio
13 Orcs da Tribo dos Muitas-Flechas Difícil Rodando o Encontro. Uma besta desperta parece a mesma que sua
14 Grupo de Golias Médio contraparte normal, exceto por insinuação ou brilho de inteligência
15 Chwinga Fácil em seus olhos. Ela pode ser neutra ou maligna, ao seu critério. A tarefa
16 Besta Desperta Fácil de uma besta desperta é espionar os personagens e asseverar para
17 Kobolds do Vento Gélido Fácil onde eles podem estar indo, e então reportar ao seu mestre – o druida
18 Humanos Fácil do frio que a despertou. Esse druida pode estar nas proximidades ou a
19 Manada de Bestas Fácil muitos quilômetros de distância (à sua escolha). Para mais
20 Perytons Médio informações sobre druidas do frio, veja apêndice C.
A besta desperta que os personagens encontram é esperta o bastante
para ficar fora de perigo. Se a besta for um predador perigoso como
um urso, tigre ou lobo, ela mantém distância do grupo de aventureiros
de modo a não provocar os personagens a ataca-la. Se for machucada,
a besta desperta recua a uma distância segura. Se for encurralada e não
tiver chances de sobrevivência, ela barganha ou pleiteia por sua vida.
Uma besta desperta conhece seu território bem e pode apontar aos
personagens os locais de interesse nas proximidades, fontes de
comida, ou locais seguros para descansar em troca de sua segurança.
Uma besta desperta pode ser persuadida a ajuda os personagens, e
talvez até mesmo se juntar ao grupo por um tempo. Convencer uma
besta desperta neutra a viajar com o grupo requer uma oferenda de
comida ou abrigo acompanhado de um teste bem-sucedido em grupo
de Carisma (Persuasão) CD 10. Se o teste em grupo tiver sucesso, a
besta permanece com o grupo por 24h, momento após o qual os
personagens podem repetir o teste em grupo para estender a duração
por outras 24h. Uma besta desperta maligna aceita qualquer oferta
para se juntar ao grupo (não requer teste), na esperança de conseguir
mais informações sobre os personagens ou leva-los a uma armadilha.
Se for perguntada sobre seu nome, a besta desperta ou vem com um
nome de improviso ou adota um nome sugerido que ela gostar. Se você
tiver problemas em fazer uma voz para a besta desperta, tente
mimetizar a fala de um personagens de desenho animado ou de um
ator famoso.
Anões Battlehammer
Os anões do escudo do Clã Battlehammer têm minas de ferro por todo
o vale que se estende a partir do Sepulcro do Kelvin. Os personagens
cruzam o caminho de um grupo com 1d6+2 prospectores ou
pescadores anões do escudo vestindo roupas de frio, óculos e sapatos
de neve. Os anões também têm mochilas para comportar seus sacos de
dormir, kits refeição e rações. Eles carregam varas de pesca ou
picaretas do minerador, conforme apropriado. os anões estão
voltando para a casa com um trenó cheio de amostras de rocha (se
forem prospectores) ou uma cremalheira de truta de cabeça chata (se
forem pescadores).
Rodando o Encontro. Os anões estão ansiosos por voltar ao vale e são
indiferentes aos aventureiros. Um personagem pode alterar a atitude
dos anões para amistosos ao falar com eles em Anão. Embora os anões
sejam severos, o que é compreensível dado o clima rigoroso, eles não
são nem violentos nem propensos a uma luta.
Se uma ficha for necessária, os anões são batedores LB, com essas
mudanças:
• Os Traços Anões: eles têm um deslocamento de 7,5m e visão no
escuro num alcance de 18m. Eles falam Comum e Anão. Eles têm
vantagem nos TRs contra veneno e resistência a dano venenoso.
• Eles portam machadinhas e bestas leves em vez de espadas curtas e
arcos longos.
Aqui vão alguns nomes anões, caso você precise deles: Bevris, Bolhild,
Darrak, Dworic, Fallthra, Gardain, Harbek, Holst, Jarana, Kalanor,
Morgrail, Nora, Nordak, Olunt e Ulf.
Furiosos de Chardalyn
Os personagens encontram 1d4+1 furiosos de chardalyn (veja
apêndice C), com sua carne devastada pelo frio. A obsessão por
chardalyn deixou esses humanos psicóticos. Eles vão aonde quer que
os ventos cruéis de Auril os guiem, almejam violência e lutam até o
final amargo.
Os furiosos retêm vestígios de suas vidas antigas, incluindo a espessa
roupa que eles vestiam como nômades Reghed, mas suas vestes estão
desgastadas e precisam de reparos.
Anel da Donzela Gélida. Um furioso veste um anel mágico feito de gelo
num dedo. Os personagens notam esse anel se procurarem por tesouro
no furioso morto. Inscrito nele está um pequeno floco de neve com seis
pontas – o símbolo da Donzela Gélida. Se o anel for tirado do furioso
morto, o anel desaparece e todas as criaturas a até 30m dele são
encobertas em neve rodopiante e teleportadas para o caminho gélido
que leva à Caverna dos Furiosos. Não há nenhum TR para resistir a
esse efeito de teleporte.
Chwinga
Chwingas são espíritos elementais que não representam nenhuma
ameaça. Eles se adaptam rapidamente a qualquer ambiente natural e
ocasionalmente oferecem bênçãos sobrenaturais àqueles que eles se
atraem. Mas uma nevasca pode deixar um chwinga insano, fazendo
com que ele se comporte de forma imprevisível até a nevasca passar.
Os personagens encontram um chwinga que faz sua presença ser
conhecida ao brotar de um monte de neve ou aparecer debaixo de um
arbusto congelado. Ele se parece com uma boneca delgada branca
como a neve vestindo uma máscara decorativa. Em suas pequenas
mãos ele segura uma frutinha congelada, a qual ele oferece aos
personagens.
Rodando o Encontro. Se o chwinga estiver são, a frutinha congelada é
um presente inofensivo – uma oferenda amistosa com um sabor doce.
Se o chwinga ficar insano, a frutinha congelada é amarga, e um
personagem que comê-la sofre 1 dano venenoso e deve passar num TR
Cons CD 8 ou fica envenenado pela próxima hora.
Se esse não for o primeiro encontro aleatório dos personagens com um
chwinga no Vale do Vento Gélido, você pode substituir a frutinha
congelada por um outro presente, tal como um punhado de flocos de
neve que não vão derreter por 24h ou um sincelo maravilhosamente
esculpido que derrete como o gelo normal. Se o chwinga estiver louco,
ele pode soprar flocos de neve nos olhos de um personagem para
causar cegueira temporária ou furar um personagem com o sincelo
causando 1 dano perfurante.
Após transmitir seu presente, um chwinga são se comporta como
descrito no apêndice C. Um chwinga insano desaparece na neve, e
então segue os personagens e tenta roubar pequenos objetos pesando
0,5kg ou menos deles (itens roubados são então escondidos na neve e
provavelmente perdidos). Sempre que ele tentar roubar algo de um
personagem, um chwinga deve fazer um teste de Destreza
(Prestidigitação). Se o resultado do teste exceder o valor de Sabedoria
(Percepção) Passiva do personagem, o chwinga apanha o item e
desaparece sem o roubo ser notado. Numa falha, o personagem pega o
chwinga no ato, frustrando o roubo, de onde o chwinga tenta se
esconder ou fugir. Se ele escapar, ele continua retornando para lançar
pequenas bolas de neve no personagem que o frustrou.
Vagante de Luz Gélida
Na escuridão do inverno, esse vagante de luz gélida (veja apêndice C)
se projeta como um farol. Os personagens podem ver sua luz bem
antes de eles poderem discernir sua forma. O vagante não liga que sua
luz denuncie sua presença. Assim que for detectado pelos
personagens, ele se aproxima para a morte.
Rodando do Encontro. O vagante de luz gélida é o resto morto-vivo de
um nômade Reghed ou o corpo cambaleante de um morador das Dez
Cidades desafortunado que foi colocado nu na tundra como sacrifício
para Auril e pereceu pela exposição (veja “Sacrifícios para Auril”).
Se esse encontro acontecer durante uma nevasca, os personagens
experienciam o terror adicional do sussurro da Donzela Gélida no
vento, dizendo a eles “Essa é a desgraça reservada a todos vocês. Esse
é o destino de todos aqueles que ousam reivindicar o que é meu.
Contemplem a luz do fim”.
Gatos de Penhasco
Role um d4 para determinar quantos gatos de penhasco (veja apêndice
C) os personagens encontram. Durante uma nevasca, os gatos de
penhasco contam com sua audição e sentido olfativo para rastrear os
personagens em quanto estão fora do alcance de visibilidade de sua
presa.
Rodando o Encontro. Faça um teste de Destreza (Furtividade) para
todos os gatos de penhasco no encontro e compare o resultado aos
valores de Sabedoria (Percepção) Passiva do grupo. Qualquer
personagem cujo valor se iguale ou exceda o resultado do teste dos
gatos de penhasco não é surpreendido quando os gatos atacarem.
Se um ou dois gatos de penhasco forem encontrados, eles perseguem
os personagens, mas mantêm a distância, na expectativa de pegarem
indivíduos que ficarem separados do resto do grupo. Esses gatos de
penhasco não são bravos ou tolos o bastante para atacar um grupo que
os supera em número.
Se três ou quatro gatos de penhasco forem encontrados, o número
deles os encorajam. Eles atacam o grupo de aventureiros como uma
matilha bem-coordenada, focando seus ataques no membro do grupo
que pareça mais fraco e menos armadurado. Se dois ou mais gatos de
penhasco morrerem, os outros recuam.
Druida do Frio e Amigos
Um druida do frio (veja apêndice C) se aproxima dos personagens na
forma de uma cabra de montanha ou uma coruja nevada. O druida do
frio, que é humano e pode ser de qualquer gênero, está acompanhado
por três criaturas que são beneficiárias da magia despertar do druida.
Essas bestas e plantas despertas servem de companheiros e espiões
do druida, e elas compartilham a disposição maligna do druida. Role
um d4 e consulte a tabela abaixo para determinar cada criatura, ou
apenas role uma vez e assuma que todas as criaturas são do mesmo
tipo de besta ou planta (está ok se múltiplas criaturas de mesmo tipo
estiverem presentes, uma vez que o druida pode favorecer um certo
tipo de besta ou planta).
d4 Encontro
1 árvore desperta (coníferos apenas)
2 cabra da montanha desperto (veja apêndice C)
rena desperta (use a ficha de alce) com galhadas
3
brilhantes no escuro que emitem luz fraca num raio de 3m
4 morsa desperta (veja apêndice C)
Rodando o Encontro. O druida do frio mira em matar os personagens
ou enviá-los correndo de volta para as Dez Cidades. Se o druida for
morto ou capturado, seus companheiros despertos comportam como
humanos inteligentes fariam quando deparados com a perda de seu
líder: ou sua moral se parte e eles fogem, ou eles ficam enraivecidos e
lutam até o final derradeiro.
Uma das magias preparadas do druida do frio é raio lunar a qual pode
revelar a forma verdadeira de qualquer personagem que tenha o
segredo Doppelganger (veja apêndice B).
Gigante de Gelo montando num Mamute
Mesmo uma nevasca enfurecida não pode ocultar a presença de um
gigante de gelo montando num mamute, à medida que a terra treme e
mexe a cada passo pesado de um mamute.
Rodando o Encontro. O gigante de gelo veio das montanhas da
Espinha do Mundo para caçar por presas selvagens na tundra ou no
litoral do Mar do Gelo em Movimento. Se os personagens se
esconderem na neve e mantiverem a distância, o gigante e sua
montaria continuam desimpedidos, e o encontro se encerra sem
derramamento de sangue.
Os personagens que confrontarem o gigante e o mamute entram para
lutar por suas vidas, pois o gigante maligno fica feliz em reivindicar a
cabeça deles como troféus bem como seu tesouro. Em adição ao seu
machado grande, o gigante carrega uma rede grande que ele usa para
capturar morsas e focas, bem como uma lança enorme feita a partir de
um mastro afiado que ele usa para lançar em criaturas enquanto está
montado. A lança causa 3d12+6 dano perfurante nas mãos do gigante.
Um personagem que fale Gigante pode usar uma ação para tentar
mudar a atitude do gigante de gelo de hostil para indiferente, ou
oferecendo a ele tesouro no valor de 1.000po ou convencendo-o de
que o grupo está numa missão que beneficiaria os gigantes de gelo de
alguma maneira. Por exemplo, o gigante de gelo considera
Arveiaturace um inimigo natural e pode poupar os aventureiros que
alegarem estar caçando a grande dragonesa branca. O gigante pode
também permitir que os personagens passem ilesos se eles alegarem
estar numa missão em busca dos espíritos da Contenda dos Jarls.
Mudar a atitude do gigante dessa forma requer um teste bem-sucedido
de Carisma (Enganação ou Persuasão) CD 17 além de uma barganha
suficiente ou uma história convincente. Se o teste falhar, os testes
subsequentes feitos pelos personagens para mudar sua atitude têm
desvantagem.
Gnolls
Vorazes e horripilantes são os gnolls que rondam o Vale do Vento
Gélido. Apenas pequenos números deles os impedem de devastar as
Dez Cidades, destripar seus residentes, e vestir a caixa torácica deles
como chapéus. Os personagens encontram uma matilha faminta de
1d4+3 gnolls. Eles gargalham de alegria à medida em que se movem
para matar.
Esses gnolls vêm do Abismo Cacarejante, o qual lhes fornece abrigo.
Gnolls que são capturados podem guiar os personagens para o covil
deles, onde eles esperam se juntar contra os personagens após atrai-
los para lá.
Rodando o Encontro. Os gnolls são forçados a buscar comida bem
longe. Sua fome se sobrepõe à sua razão, tanto que eles lutam até
serem capturados ou mortos. Qualquer elemento de surpresa que os
gnolls possam ganhar ao atacar os personagens durante uma nevasca
é perdido porque as criaturas não conseguem conter sua excitação.
Sua gargalhada antecipada os trai.
Grupo de Golias
Os personagens cruzam o caminho de quatro combatentes golias (veja
apêndice C). Eles vagam pela neve numa única fila, espaçados em cerca
de 3m um do outro.
Rodando o Encontro. Esses golias são ou membros do clã Akannathi
do Abrigo na Torre Alta ou membros do clã Thuunlakalaga do Rochedo
do Dragão. Os golias da Torre Alta são indiferentes aos personagens,
mas os golias do Rochedo do Dragão são amistosos.
Os golias podem estar envolvidos numa missão, uma caça carniceira
ou um ardil elaborado. Eles podem também estar procurando por
Oyaminartok (veja a descrição “Golias” no apêndice C) ou buscando
um amigo que se separou deles numa nevasca. Eles não vão atacar os
personagens imediatamente, mas os golias do Rochedo do Dragão
podem desafiar um ou mais personagens a uma disputa atlética. Se os
personagens aceitarem esse desafio, role na tabela abaixo para
determinar que jogo os golias propõem. Os golias são em grande parte
interessados em se gabar das regras, mas eles são abertos a outras
possíveis recompensas. Por exemplo, os personagens podem propor
que o time perdedor carregue o equipamento do time vencedor por
um dia.
 d4 Disputa
1 Cabo de Guerra. Dois times se firmam em lados opostos
de uma corda com 15m de comprimento: os golias de um
lado, e o grupo de aventureiros no outro. O time não
precisa ter o mesmo número de membros, e os golias não
têm nenhum objeção em estar em menor número. Se a
soma dos valores de Força combinados dos personagens
for maior que a soma dos valores de Força combinada dos
golias, os personagens vencem o cabo de guerra. Se as
somas forem as mesmas, a disputa se encerra num
empate. Do contrário, os golias vencem.
2 Plantar Bananeira. Cada participante deve ficar de
cabeça para a baixo se sustentando com as mãos e se
segurar nessa posição o máximo possível. A disputa
termina quando a maioria de um time não conseguir
manter suas mãos fixas e ou desistir ou cair. Decida a
disputa usando testes em grupo de Força (Atletismo) CD
10: cada time repete o teste em grupo até um time falhar.
3 Puxar Arbusto. Dois arbustos congelados de quase o
mesmo tamanho são alocados próximos, e cada time
escolhe um campeão. Qualquer que seja o campeão que
desenraize o arbusto dele primeiro vence a disputa para
o time dele. Os campeões fazem um ou mais testes de
Força (Atletismo) CD 20 simultâneos; o primeiro a passar
vence. Se ambos passarem ao mesmo tempo, aquele que
rolou o maior valor desenraiza o arbusto dele primeiro.
Se ambos passarem e suas rolagens forem a mesma, a
disputa termina com um empate.
4 Rolagem de Pedregulhos. Dois pedregulhos com 3m de
diâmetro são desenterrado, e uma linha de chegada é
traçada na neve a 15m de distância deles. O primeiro time
que rolar seu pedregulho pela linha de chegada ganha.
Decida a disputa com uma série de testes em grupo de
Força (Atletismo) CD 15. Com cada teste bem-sucedido,
um time role seu pedregulho 3m mais perto da linha de
chegada.
Mulher-Urso Golias
Os personagens encontram uma mulher-urso golias na forma de urso
polar, galopando pela neve, surfando de barriga numa colina nevada
ou quebrando o gelo num lago congelado para pegar um peixe. Se esse
encontro ocorrer durante uma nevasca, os personagens podem
encontrar o urso numa caverna ou outro abrigo. A mulher-urso é ou a
própria Oyaminartok ou uma de sua espécie.
Rodando do Encontro. Se os personagens aparentarem precisar de
ajuda, a mulher-ursa assume a forma híbrida e os cumprimenta de
maneira amistosa. Ela não tem nenhuma veste ou armas
manufaturadas próximas, de modo que ela prefere sua forma híbrida
do que sua verdadeira forma de golias. A mulher-urso fica feliz em
prestar assistência sem condições, servindo de guia no meio selvagem
até ela sentir que os personagens podem seguir por conta própria. Se
os personagens insistirem em pagar pela gentileza dela, a mulher-ursa
os incita a procurar e destruir os furiosos de chardalyn em seu covil
(veja "Caverna dos Furiosos"). A mulher-urso entende como o
chardalyn pode ficar corrompido por magia demoníaca e vê os
furiosos como vítimas irremediáveis dessa corrupção. Retirar os
furiosos dessa miséria vai ajudar a tornar o Vale do Vento Gélido um
lugar mais seguro.
Horda de Bestas
Os personagens cruzam o caminho de uma horda de bestas que está
lutando para sobreviver ao inverno interminável. Em clima claro, os
personagens podem notar uma hora a centenas de quilômetros de
distância, mesmo no escuro. Se forem encontradas numa nevasca, as
bestas ficam agachadas na neve e são mais difíceis de ver. Para
determinar que tipo de hora é encontrada, role 1d6 e consulte ou a
tabela de Hordas do Mar do Gelo em Movimento ou a tabela de Hordas
da Tundra, conforme for apropriado.
d6 Hordas do Mar do Gelo em Movimento
1 3d6 baleias assassinas
2-4 6d6 focas
5-6 4d6 morsas
d6 Hordas da Tundra
1-2 4d6 alces
3-4 3d6 mamutes
5d6 renas (use a ficha de alce); uma de cada seis tem
5-6 galhadas que brilham no escuro e emitem luz fraca num
raio de 3m.
Rodando do Encontro. No começo do encontro, a horda é indiferente
aos personagens e não representam nenhuma ameaça a eles. Se os
personagens ameaçarem a horda, um único animal pode atacá-los
enquanto o resto da horda foge. Os moradores das Dez Cidades e os
nômades Reghed se opõem ao massacre de hordas de bestas, uma vez
que hordas saudáveis são fundamentais à sobrevivência de outras
espécies. Se os personagens tiverem a intenção de massacrar as bestas
indiscriminadamente, os NPCs viajando com eles podem alertá-los
desse fato.
Onde quer que grandes hordas sejam encontradas, os personagens
podem esperar encontrar humanos também. Caçadores em canoas
buscam hordas de baleias assassinas, focas e morsas no Mar do Gelo
em Movimento, enquanto armadilheiros, peleiros e nômades Reghed
seguem hordas por terra. Após os personagens encontrarem uma
horda, você pode encenar um encontro subsequente com um grupo
desses humanos (veja "Humanos").
Humanos
Para aguentar as temperaturas extremamente frias e os ventos
uivantes, os humanos do Norte Extremo devem se cobrir de roupa frio,
expondo o mínimo possível de sua pele ao clima. Eles devem também
conter as ameaças monstruosas únicas desse reino.
Se esse encontro acontecer na tundra, os personagens cruzam com um
grupo de batedores de 1d6 + 4 nômades Reghed (combatentes tribais
da tribo do Alce, Lobo, Tigre ou Urso) ou com um grupo de tamanho
similar de armadilheiros e peleiros (batedores) fora das Dez Cidades.
Se os personagens estiverem no Mar do Gelo em Movimento, eles
encontram um grupo de 1d6 + 4 caçadores (combatentes tribais) num
bloco de gelo ou em canoas, caçando focas, morsas ou baleias. Se você
precisar improvisar nomes para esses NPCs, pegue um da seguinte
lista: Affra, Alif, Amina, Brynjar, Chen, Eremon, Hekili, Hishi, Iona,
Kamakani, Koamalu, Ling, Margrath, Marrak, Nawra, Noboru, Omolara,
Otilia, Quan, Saladin, Shatha, Sigurd, Stalvin, Udo e Yngvild.
Rodando do Encontro. Armadilheiros e peleiros amistosos das Dez
Cidades ficam feliz em compartilhar as seguintes informações:
• "Perytons descem as montanhas para caçar. Se você for visto por um,
esconda-se debaixo da neve e torça para que ele não lhe tenha visto".
• "Se você comer o coração de um troll de gelo, você vai ganhar o poder
do troll por um dia. Mas você deve comer o coração inteiro".
• "Quer saber o caminho mais seguro para explorar o Mar do Gelo em
Movimento? Visite o Sino de Angajuk na costa e consiga o passeio da
sua vida!".
• "Se você vir um elfo encapuzado com pele da cor do carvão, olhos
púrpuras, e um par de cimitarras brilhantes, pelo amor de Sune, não o
ataque!".
Os caçadores, embora territorialistas, tendem a ser indiferentes a
estranhos. Eles negociam ocasionalmente com pessoas do continente,
mas do contrário preferem ser deixados em paz. Se os personagens
encontrarem nômades Reghed, determine a qual tribo os nômades
pertencem e sua atitude inicial perante os personagens rolando na
tabela Tribos Reghed. Você pode tornar um encontro hostil com
nômades Reghed mais difícil adicionando mais membros poderosos
da tribo ao grupo (veja a seção "Nômades Reghed" no apêndice C).
d20 Tribo Atitude Inicial
1-5 Urso Indiferente
6-13 Alce Indiferente
14-17 Tigre Hostil
18-20 Lobo Hostil
Os personagens com o antecedente Forasteiro têm vantagem nos
testes de habilidade para melhorar as atitudes dos caçadores ou
nômades Reghed. Antes que tal teste possa ser feito, no entanto, um
personagem deve dar aos caçadores ou nômades algo de uso
(provisões ou tabaco, por exemplo) ou homenagear a eles ou ao chefe
deles com um presente. Se os personagens mudarem a atitude de um
grupo de nômades Reghed de indiferente para amistoso, os nômades
convidam o grupo para seu acampamento mais próximo (veja
"Acampamento da Tribo Reghed"), onde os nômades fornecem
comida, bebida e abrigo.
Troll de Gelo
Um troll de gelo hostil vaga na tundra obscura em busca de presas.
Rodando do Encontro. O troll carece de malícia e não toma
precauções conforme avança na direção do que ele assume ser uma
presa fácil, destemido pelas condições de nevasca e faminto o bastante
para se arriscar em qualquer tiro que os personagens lancem em sua
direção.
Kobolds do Vento Gélido
Esse encontro é com 2d4 kobolds do Vento Gélido. Eles estão ou em
busca de um dragão branco para devotar ou marchando em direção às
Dez Cidades, na esperança de encontrar comida e abrigo.
Rodando do Encontro. Se esse encontro acontecer durante uma
nevasca, os kobolds ficam amontoados ao redor de uma pequena e
crepitante fogueira no interior de um iglu apressadamente construído.
Do contrário, os kobolds estão se arrastando pela neve, empacotados
em mantos de má-qualidade feitos de peles de arminho costurada e
usando suas azagaias para ajudá-los a se guiar pelo chão congelado à
frente deles. Se estiverem perdidos, os kobolds podem perguntar as
direções aos personagens. Se estiverem em número menor ou forem
ameaçados, eles oferecem pagamento em troca de travessia em
segurança. Do contrário, eles tentam roubar provisões e tesouros dos
personagens.
Tesouro. Cada kobold carrega uma algibeira contendo 5pp e 5pc. Os
kobolds esperam que essas moedas sejam o bastante para apaziguar o
dragão que eles buscam servir ou para pagar a comida e o abrigo nas
Dez Cidades. Ao seu critério, um dos kobolds pode também estar
portando uma poção de cura ou algum outro item mágico comum
consigo.
Orcs da Tribo Muitas-Flechas
Das tribos de orcs vivendo nas montanhas, a mais poderosa de longe é
a tribo Muitas-Flechas. Por várias vezes na história recente, os grandes
chefes dessa tribo ficaram poderosos o bastante para reunir os orcs
sob a bandeira dos Muitas-Flechas. Alguns desses líderes lideraram os
orcs por momentos de grande paz, enquanto outros usaram seu poder
para conquistar e destruir em nome de Gruumsh, o deus orc da
matança.
Esse encontro é com um chefe de guerra orc, que lidera um grupo de
caça que inclui um orc Olho de Gruumsh, seis orcs, e um meio-ogro.
Pintado com sangue seco no escudo do Olho de Gruumsh está o
símbolo da tribo Muitas-Flechas: uma caveira rudimentar empalada
por três flechas.
Rodando do Encontro. Esses orcs vieram das montanhas em busca de
comida para alimentarem a si mesmos e aos outros membros da tribo.
Dada a escassez de fontes de comida, eles tratam os viajantes erráticos
como caças. Aqueles que eles matam ou capturam são levado de volta
para as montanhas como carne para alimentar a tribo.
Apesar de sua fome e desespero, esses orcs podem ser racionais. Sua
atitude inicial em relação aos personagens é hostil, mas qualquer
personagem pode tentar negociar com eles oferecendo aos orcs algo
que eles não vão conseguir simplesmente matando os personagens e
levando seus pertences. Isso inclui, mas não está limitado a, uma
canção escrita em homenagem ao chefe da tribo Muitas-Flechas, um
desenho de Gruumsh (o deus orc da matança) matando Corellon (o
líder do panteão élfico), ou direções a uma fonte de comida alternativa.
Os personagens que falarem Orc enquanto conduzem a negociação
têm vantagem nos testes de habilidade feitos para melhorar a atitude
dos orcs perante o grupo, assim como um personagem com o segredo
Pedra dos Orcs que falar Élfico ou Anão durante a negociação têm
desvantagem em tais testes. Se uma oferenda valiosa for feita como
parte da negociação, a CD dos testes de habilidade feitos para
melhorar a atitude dos orcs é 15; do contrário a CD é 20.
Perytons
Dois perytons - um casal - desce das montanhas na Espinha do Mundo
para caçar. Eles estão em busca de extrair o coração de um humanoide
e levá-lo de volta ao seu ninho, onde a peryton fêmea deve consumir o
coração para se reproduzir.
Rodando do Encontro. A visão apurada dos perytons lhes permite
notar as presas a partir de grandes alturas, enquanto o céu escuro os
torna mais difíceis de se enxergar. Os personagens que tiverem um
valor de Sabedoria (Percepção) Passiva 13 ou menor são
surpreendidos quando os perytons atacarem.
Com uma ação, um peryton pode extrair o coração de um humanoide
morto a até 1,5m dele. Assim que eles obtiverem tal prêmio, os
perytons desengajam da batalha e retornar ao seu ninho. Os perytons
não vão parar de atacar até eles pegarem um coração.
Urso-Coruja Nevado
Um urso-coruja nevado combina os traços de uma coruja nevada com
um urso polar. Essa espécime é um adulto crescido e feroz. Nevascas e
climas frios não o atormentam. Somente um personagem que tiver o
segredo Sussurrador de Ursos-Corujas pode ser amigo dele.
Rodando do Encontro. O urso-coruja nevado está esfomeado o
bastante para matar e comer humanoides, embora ele prefira peixe e
a carne de lebres, raposas, morsas, focas e animais de carga como
mulas e bicos-de-machado. Se os personagens lançarem comida a ele,
o urso-coruja come essa comida antes de perseguir as presas mais
elusivas.
Se um personagem coagir o urso-coruja a se tornar o mascote do
grupo, você pode taxar os personagens em ouro para manter seu pet
alimentado e feliz. O custo da alimentação do urso-coruja é de 9po por
dia, o qual é baseado nele comendo o equivalente a três porcos (o Livro
do Jogador estabelece que cada porco vale 3po).
Yeti
Esse encontro sempre ocorre durante uma nevasca. Role 1d6 e
consulte a tabela abaixo para determinar o que os personagens
encontram, ou escolha um encontro que quiser.
d6 Encontro Dificuldade
1-3 1d4 yeti médio
4-5 1 yeti abominável difícil
6 1 yeti filhote fácil
Yetis e yetis abomináveis gostam de se esconder debaixo da neve com
apenas seus olhos azuis pálidos visíveis. Eles têm vantagem nos testes
de Destreza (Furtividade) feitos para se esconder em razão da sua
habilidade de Camuflagem na Neve, e o seu olfato apurado lhes
permite detectar as presas que eles não conseguem ver através da
neve soprante. Se os personagens encontrarem um yeti filhote, assuma
que ele ou fugiu de casa ou se separou de seus pais e está perdido na
nevasca. Veja o apêndice C para mais informações sobre como
interpretar esse monstro.
Rodando do Encontro. Para determinar quais membros do grupo
estão surpresos, faça cada personagens rolar um teste de Sabedoria
(Percepção) disputado pelo teste de Destreza (Furtividade) dos yetis.
Os personagens podem usar seus valores de Sabedoria (Percepção)
Passiva em vez de fazer o teste.
Se múltiplos yetis estiverem presentes, faça um teste - com vantagem
- para todos eles. Após se empanturrarem de humanoides que eles
mataram, os yetis adultos e os yetis abomináveis gostam de separar as
cabeças das vítimas e fazê-las de troféus.
Locais de Interesse
O lembrete desse capítulo descreve os locais de interesse por todo o
Vale do Vento Gélido. O mapa 2.1 anota esses locais, embora você
possa movê-los a qualquer lugar para se adequar às necessidades da
sua campanha. Embora os personagens possam tropeçar num local
acidentalmente enquanto viajam por terra, eles são mais prováveis de
serem guiados a um local por uma relato (veja a tabela de Relatos nas
Dez Cidades) ou por uma missão.
Os locais de aventura que se seguem são balanceados para
personagens de ao menos nível 4. Personagens de níveis inferiores
podem sobreviver aos encontros nesses locais se eles forem
cautelosos e manejarem bem seus recursos, embora eles devam estar
preparados para fugir ou se esconder quando eles se virem em risco.
Os personagens nível 6 ou maior vão encarar poucos desafios reais,
mas você pode abrandar e gastar os recursos deles ao encenar
encontros aleatórios conforme eles viajam para e de um dado local.
Sino de Angajuk
Nadando nas águas gélidas está o lendário Angajuk, um velho
cachalote com um barco em suas costas. Muitos cachalotes vivem
setenta anos, mas Angajuk tem navegado as águas do Mar do Gelo em
Movimento há duzentos anos. Por toda a sua vida, a baleia encarou sua
parcela de problemas, incluindo encontros quase fatais com o roc de
Auril, o que deixou cicatrizes ao longo das barbatanas peitorais e corpo
da baleia.
Angajuk é famosa em meio aos moradores das Dez Cidades. Muitas
pessoas a deixam em paz, sabendo que a baleia é beneficiária de magia
poderosa, mas caçadores descuidados veem a baleia como uma fonte
de âmbar cinzento, o qual é uma mercadoria valiosa.
Angajuk foi certa vez a companheira de uma druida chamada Anga,
que conjurou uma magia despertar em Angajuk para dar à baleia
senciência e inteligência. Não muito se sabe sobre Anga, mas aqueles
que ficarem amigos de Angajuk podem descobrir sobre sua amada
companheira.
Os personagens podem descobrir sobre Angajuk ao ouvir um rumor
nas Dez Cidades (veja “Relatos nas Dez Cidades”) ou ao concordarem
em ajudar um mercante de óleo de baleia (veja “Aquisição de Óleo de
Baleia”). Angajuk é uma das rotas mais seguras para a ilha de Auril, em
razão da cachalote poder viajar abaixo da superfície da água, evitando
os espiões da Auril. Quando a baleia está submersa, uma bolha mágica
circunda o barco para proteger aqueles tripulados nele.
Angajuk periodicamente visita uma ancoragem fora da costa, um arco
rochoso formado pela ação das marés, e pode ser convocada lá pelo
tocar de um sino atrelado ao píer. Gelo espesso cobre essa formação
de rocha, estendendo-se pelo caminho até o costa. Nas proximidades
da costa está a antiga cabana de pedra de Anga, a qual se deteriorou
com a passagem do tempo.
Locais do Sino de Angajuk
Os seguintes locais estão marcados no mapa 2.2.
A1. Píer Congelado
Um barco a remo está encalhado no gelo, preso num píer de madeira
com 3m de comprimento. O píer está glaceado e escorregadio. Os
personagens não precisam do barco, uma vez que eles podem
simplesmente andar pelo gelo para chegar no Sino de Angajuk (área
A3).
A2. Cabana de Pedra
Uma cabana pequena e abobadada está virada para a baia. Uma
porta inchada coberta de gelo e cracas dormentes se encontra
levemente aberta com dobradiças enferrujadas.
Anga certa vez viveu nessa pequena cabana de pedra próximo ao píer,
o qual se tornou conveniente para ela visitar Angajuk. O lugar tem
estado vacante por décadas.
Geada espessa cobre cada superfície e objeto no interior da cabana,
incluindo uma cama coberta num coberto espesso de tricô. Ao lado da
cama, uma pequena lareira abriga um estoque precioso de lenha. A
lenha está infestada de vermes que comeram as partes mais frágeis da
madeira, mas é segura de se queimar. Há madeira o bastante para
abastecer uma fogueira noturna por três dias, e ela está estocada em
seus pacotes que pesam 15 kg cada.
A3. Sino
Um sino de cobre com 30cm de diâmetro balança a partir de um
mastro de madeira com 3m de altura atrelado a esse curto píer de
madeira. O sino tem uma corda e badalo. Tocar o sino logo atrai três
abutres gigantes, que pensam que o som é o sinal de refeição ou a
presença de presas. Eles atacam a menos que os personagens
ofereçam carne para satisfazê-los.
Chegada de Angajuk. Leva 30 minutos para Angajuk a cachalote
chegar depois do sino ser tocado, acompanhada de 1d4 narvais ou
golfinhos inofensivos. Angajuk tem Inteligência 10 e fala Comum. Sua
voz profunda e ressoante carrega um leve eco. Assim que a baleia
aparecer, os personagens devem persuadi-la a fazer o serviço (veja
“Ganhando a Confiança de Angajuk” abaixo). Do contrário, ela
submerge e parte após alguns minutos. Se a baleia tornar-se amistosa
e os personagens comunicarem seu destino desejado a ela, Angajuk os
leva onde eles querem ir contanto que o local esteja no Mar do Gelo em
Movimento. A baleia desperta conhece a localização da ilha da Donzela
Gélida e, apesar de alguns encontros próximos com o roc de Auril, ela
está disposta a viajar para lá.
 O barco de Angajuk pode suportar até oito criaturas Médias e seus
equipamentos, e até 500 kg de carga.
Bolha da Angajuk. Para assegurar o transporte seguro e participar da
pesquisa submersa no mar, Anga projetou um barco e o amarrou às
costas de Angajuk. Conforme a baleia submerge, uma bolha aparece ao
redor do barco, permitindo aos seus passageiros respirar
confortavelmente debaixo d’água. Criaturas no barco podem sair da
bolha sempre que quiserem, mas nada pode atravessar a bolha de fora
para dentro dela. A bolha é mágica, mas não pode ser dissipada.
A4. Buraco no Gelo
Ao ser convocada, Angajuk chega à superfície através desse buraco no
gelo, expele um borrifo de água do mar a partir de seu buraco de sopro,
e se coloca a uma altura que permita às pessoas escalarem para o barco
atrelado às suas costas.
Ganhando a Confiança de Angajuk
Ganhar passagem nas costas da baleia requer mais do que apenas
tocar o sino. Os personagens devem ganhar a confiança da Angajuk e
podem fazê-lo de qualquer um dos seguintes modos:
Oferecer um Polvo. Angajuk diz que ficaria feliz em fornecer
transporte se os personagens capturarem um polvo para ela comer. Os
polvos podem ser caçados pescando no píer, mas qualquer ponto de
luz os afugentam. Use as regras de pesca, apenas substituindo a truta
de cabeça chata por um polvo.
Ficando Amigo dos Camaradas Dela. Angajuk vive junto de outras
criaturas do mar, incluindo narvais e golfinhos. Os personagens podem
atrair uma dessas criaturas à superfície com uma oferenda de comida
(como um peixe) e ficar amigo dela com um teste bem-sucedido de
Sabedoria (Lidar com Animais) CD 10, o que agrada Angajuk.
Rechaçar os Caçadores. Se os personagens tiverem problemas em
encontrar um outro caminho de ganhar a confiança de Angajuk, use o
encontro “Caça às Baleias” abaixo. Defender a baleia contra esses
caçadores ganha a confiança dela.
Caça às Baleias
Esse é um encontro opcional que você pode usar para ajudar os
personagens a ganharem a confiança de Angajuk.
Os caçadores da distante Águas Profundas vieram ao Mar do Gelo em
Movimento para coletar âmbar cinzento, uma substância preciosa
formada nos estômagos das cachalotes e tipicamente coletado dos
restos de uma baleia morta. Embora isso feda quando exposto ao ar
inicialmente, o cheiro fica agradável ao longo do tempo. Como tal, o
âmbar cinzento é popular entre os perfumadores bem como os magos
que usam a substância gordurosa em vários rituais arcanos. A forma
bruta do âmbar cinzento é um caroço ceroso de aproximadamente
60cm de comprimento.
Os Caçadores de Baleia
Cinco caçadores de baleia (rufiões humanos NM) estavam na Irmão da
Barba Negra, uma taverna de Bremen, quando eles descobriram sobre
o Sino de Angajuk. Os caçadores chegam logo após os personagens,
mas antes da chegada da baleia. Eles vestem roupas de frio e trazem
consigo quatro barris de óleo. Eles pretendem derramar o óleo pelo
buraco no gelo, contaminando a água ao redor do Sino de Angajuk e
envenenando as criaturas nela.
Jendren é um master thief, acompanhado de 5 thug com cota de malha (no lugar
de couro) e espada longa (no lugar de maça).
O líder dos caçadores, um homem velho de cabelo grisalho chamado
Jendren Uruth, tenta recrutar os personagens, oferecendo a cada um
deles uma partilha igual da “caça”. Jendren não é um homem honesto,
mas sua luta é contra Angajuk, não contra um grupo bem-armado de
aventureiros. Se os personagens ficarem entre ele e sua presa no
entanto, Jendren tenta intimidá-los a sair do Sino de Angajuk.
Afugentá-lo requer um teste em grupo bem-sucedido de Carisma
(Intimidação) CD 17, uma vez que ele está mortalmente determinado
a pegar o âmbar cinzento. Se o teste em grupo passar, Jendren e seus
companheiros caçadores recuam, retornando somente 24h depois.
Se os personagens falharem em impedir os caçadores de executar seu
plano, o óleo envenena e enlameia a água por 4 dias. Após um dia de
contaminação, várias trutas de cabeça chata mortas flutuam na
superfície. No entanto, para o desânimo dos caçadores, a cachalote
evita a área mesmo após o sino ser tocado (pois assim que a água é
envenenada, Angajuk percebe isso e não pode ser convocada).
Enquanto esperam pela baleia, os caçadores acampam do lado de fora
no píer ou na cabana da Anga. Após outros três dias, eles concluem que
o veneno não funcionou e que a baleia precisa ser atraída à superfície
com uma isca. Os caçadores desesperados tentam capturar um
personagem a fim de usá-lo para esse propósito e, se forem bem-
sucedidos, amarram e descem o personagem na água como uma isca.
Angajuk sobe apenas o suficiente para jogar a isca para fora da água,
enviando o personagem para se espalhar pelo gelo, antes de submergir
e deixar a área, negando o prêmio dos caçadores.
A morte de Jendren quebra a moral dos outros caçadores, que
retornam a Bremen derrotados.
Cabana Negra
Os personagens podem ser atraídos a esse local por uma história
contada nas Dez Cidades (veja a tabela de Relatos nas Dez Cidades) ou
por um desejo de ajudar um gnomo em Bryn Shander (veja “Provisões
para Macreadus”), ou eles podem estar passando pela Cabana Negra
enquanto atravessam a tundra aberta.
Segredo da Cabana Negra
A Cabana Negra foi construída por um patrulheiro do Extremo Norte
há muito tempo antes da fundação das Dez Cidades. Quando ele deixou
o local, o alojamento se tornou refúgio de outros em busca de um
santuário contra o vendo soprando da Geleira Reghed.
Há seis meses, Macreadus, um sábio e seguidor devoto de Lathander
(deus do amanhecer e do renascimento), formou um plano para
encerrar o inverno eterno de Auril. Ele fez um buraco na Cabana Negra,
onde ele passou todo o seu tempo montando um dispositivo mágico de
controle do clima chamado a Estrela do Verão, usando o conhecimento
que ele catou de um livro sobre artefatos netherenses. O dispositivo de
Macreadus era similar em desenho a um mythallar (veja apêndice D),
mas muito menor. Infelizmente para ele, o dispositivo tinha um sério
defeito de design. Quando Macreadus tentou usá-lo há três dias, ele
deu defeito, incinerando tanto ele quando o livro dele. Os personagens
que buscarem na cabana pode encontrar o esqueleto chamuscado do
sábio e sua criação mortal.
Desde o acidente, o espírito inquieto de Macreadus tem permeado na
Borda Etérea, indisposto a partir até que seu trabalho seja concluído
(para mais informações sobre a Borda Etérea, veja a seção “Plano
Etéreo” no Guia do Mestre).
Espírito de Macreadus
Da Borda Etérea, o espírito inquieto de Macreadus pode observar os
acontecimentos dentro e ao redor da cabana, mas ele não pode se
manifestar fisicamente no Plano Material. Os personagens podem ver
o espírito inquieto de Macreadus e interagir com ele apenas se
passarem para a Borda Etérea, o que acontece quando alguém morre
na cabana (veja “Morrendo na Cabana Negra” abaixo).
Na Borda Etérea, o espírito de Macreadus se manifesta como uma
cabeça espectral, flutuante e gigante com fogo queimando em seus
olhos. Arrogante em vida, Macreadus permanece assim na morte. Ele
é mal-humorado e egoísta, reclamando de tudo, exceto de si mesmo,
pelo seu fracasso. Ele acolhe a companhia de outros, mas qualquer um
que questione suas motivações ou zombe de sua invenção
rapidamente perde seu apreço. Ele passou meses trancado na cabana,
construindo a Estrela do Verão de modo que ele pudesse encerrar a
Geada Eterna, tornando-se mais e mais desesperado em ver o
resultado disso. Ele tinha a expectativa de fazer nome e ganhar o
apreço de Lathander – isso está errado?
Se os personagens tentarem finalizar seu trabalho, Macreadus ajuda o
máximo que sua forma incorpórea permite. Para colocar seu espírito
para descansar, os personagens devem consertar o defeito de design
da criação dele e então ativá-la, tudo dentro dos confins da Cabana
Negra, onde Macreadus pode observar os resultados. Assim que ele vir
o dispositivo funcionando tal como pretendido, seu espírito parte para
o pós-vida.
Morrendo na Cabana Negra
Se uma criatura com uma Inteligência 3 ou maior morrer dentro da
Cabana Negra, seu espírito (se tiver um) deixa seu corpo e assume uma
forma espectral na Borda Etérea até a criatura ser trazida de volta dos
mortos. Isso é o que aconteceu a Macreadus, e o mesmo destino
aguarda os personagens que perecerem na cabana.
Se um personagem morrer na cabana e seu espírito se manifestar na
Borda Etérea, o jogador pode escolher a forma que o espírito assume.
Ele pode se parecer com a imagem espectral do personagem morto, ou
ele pode ser algo bizarro como um corvo fantasmagórico ou uma bolha
de energia ectoplasmática.
Não importando a forma que assuma, o espírito não é uma criatura e
não pode ser prejudicado ou expulso. Ele não pode fazer rolagens de
ataque e não faz TRs, e as condições não se aplicam a ele. Ele não pode
conjurar magias ou se sintonizar a itens mágicos. Criaturas no Plano
Material não podem ver o espírito sem alguma habilidade ou magia
que lhes permita olhar na Borda Etérea. Um espírito na Borda Etérea
não pode falar com criaturas no Plano Material ou vice-versa.
O espírito pode fazer o seguinte e nada mais:
• O espírito pode se mover pela Borda Etérea. Ele tem um
deslocamento de voo igual a 9m, e pode planar. Ele pode atravessar
superfícies sólidas que sejam visíveis no Plano Material para explorar
partes vedadas da cabana; ele está vinculado à cabana, no entanto, e
não pode se mover mais que 9m para longe dela.
• O espírito pode fazer testes de habilidade baseados em Destreza,
Inteligência, Sabedoria e Carisma apenas. Ele não aplica modificadores
a esses testes.
• Com uma ação, o espírito pode tentar exercer até 2,5 kg de força
numa criatura ou objeto a não mais que 1,5m dele no Plano Material,
fazendo isso com um teste bem-sucedido de Carisma CD 10. O espírito
pode usar essa habilidade para mover um objeto pequeno, escrever
uma mensagem numa superfície gélida ou fuliginosa, operar uma
simples ferramenta, ou tocar alguém no ombro, mas a força não é forte
o bastante para causar algum mal a uma criatura.
• O espírito pode ver outros espíritos na Borda Etérea (incluindo o
espírito de Macreadus) e falar com eles. O espírito sabe os idiomas que
conhecia em vida.
Aproximando-se da Cabana
Acima da borda de uma cumeeira nevada sobre um desfiladeiro está
um acampamento negro de palafitas de madeira. Qualquer que seja
o caminho guiando para esse refúgio decrépito está enterrado sob a
neve.
Degraus gélidos sobem até uma passarela coberta de neve que se
agarra ao lado sul da estrutura. A postura afundada da construção
e o telhado coberto de neve aos pedaços, acoplado à janelas
quebradas e venezianas soltas batendo, sugerem total abandono.
Grandes montes de neve se acumularam ao redor de palafitas
apodrecidas e engoliram um depósito de madeira e banheiro
externo nas proximidades. Apenas o vento visita esse lugar sinistro.
A Cabana Negra tem duas chaminés de pedra que se elevam a vários
metros acima do telhado caído. O resto do alojamento é feito de
madeira apodrecida. As palafitas que elevam a estrutura têm 6m de
altura, e os personagens que andarem abaixo da velha construção
podem dizer que seus pisos de madeira estão em péssimas condições,
talvez até mesmo sob perigo de desmoronar em um local (veja área
B4).
Está claro a qualquer um pesquisando a Cabana Negra que parte da
cumeeira em que ela repousa deslizou há algum tempo, deixando a
seção mais a oeste da construção se sustentando sobre o desfiladeiro.
Todas as portas da cabana estão fechadas e destrancadas, e suas
janelas são grandes o bastante para os personagens escalarem e
entrarem.
Locais da Cabana Negra
Os seguintes locais estão marcados no mapa 2.3.
B1. Anexo
Esse anexo de madeira está semienterrado de neve. Os personagens
que limparem o caminho até a porta e bisbilhotarem o interior
encontram uma pilha de notas e plantas descartadas, as quais
Macreadus usava como papel higiênico.
B2. Passarela de Madeira
Ambas as entradas da cabana ficam fora dessa passarela coberta de
neve e frágil, com os degraus e tábuas crepitando e rangendo sob os
pés.
Há uma lacuna de 1,2m de largura na passarela que os personagens
podem facilmente saltar sem fazer um teste de habilidade. Mas a
passarela a oeste da lacuna (do lado de fora da porta para a área B4)
desmorona se mais que 75 kg de peso for alocado em qualquer seção
de 1,5m dela. Qualquer criatura na seção da passarela quando ela
desmoronar deve fazer um TR Des CD 10. Num sucesso, a criatura cai
6m direto na neve, sofrendo 1 dano contusivo da queda amortecida e
ficando caída. Numa falha, a criatura desliza da passarela
desmoronando para oeste e mergulha no desfiladeiro, sofrendo 14d6
dano contusivo da queda difícil e ficando caída.
B3. Oficina
Gelo cobre toda a superfície dessa oficina abandonada.
A oficina contém um conjunto de ferramentas de ferreiro e um
conjunto de ferramentas de funileiro espalhadas por uma mesa de
madeira junto de alguns pedaços retorcidos de metal.
Uma estante encostada na parede norte tem uma família de esquilos
inofensivos morando nela (os esquilos vêm e vão através de um
pequeno buraco no chão próximo de uma das palafitas da cabana).
Tirando alguns pedaços de papel e outros detritos que os esquilos
pegaram, a estante não guarda nada de interessante.
B4. Sala Principal
Esse aposento contém cheiro de madeira e carne queimada
permeando. Vocês também captam o odor fraco de vinho. A neve
caiu através de buracos no teto, e foi empurrada para os cantos
pelos ventos rígidos soprando pelas janelas quebradas. As paredes e
mobílias estão pretas de chamuscadas, incluindo uma mesa com os
restos carbonizados de um livro nela. Próximo à mesa, no chão em
meio a várias garrafas de vinho, está um esqueleto em grande parte
incinerado e um objeto coberto de gelo e redondo com cerca de
18cm de diâmetro.
As características importantes desse aposento são o livro carbonizado,
o esqueleto parcialmente incinerado no chão e o objeto redondo
deitado nas proximidades (a Estrela do Verão, descrita abaixo). Há
também um perigo escondido nessa área: uma seção de chão frágil.
Livro Carbonizado. Nada restou desse tomo exceto cinzas e uma
lombada queimada severamente, sobre a qual os personagens podem
discernir as letras ETHER. É óbvio que essas letras eram parte de um
título muito mais comprido, o qual na verdade seria: Maravilhas
Mágicas de Netheril. Os personagens podem encontram uma cópia
intacta desse livro no Pináculo Perdido de Netheril.
Esqueleto e Tesouro. Bastante dos restos carbonizados do esqueleto
sugere (sem necessidade de um teste de habilidade) que ele pertence
a um humano (Macreadus, embora os personagens não vão saber
disso de cara). Pouco resta de sua roupa, mas um personagem que
vasculhar pelos ossos carbonizados e cinzas encontra um amuleto de
saúde que Macreadus usou como um símbolo sagrado. Ele não
demonstra sinais de dano, dando pista de sua natureza mágica. O
pingente e a corrente do amuleto são feitos de ouro, e o pingente
carrega o símbolo de duas mãos pegando o sol.
Estrela do Verão. Esse item mágico se parece com giroscópio com
18cm de diâmetro contendo dois anéis chamuscados com runas
inseridas e um pedaço denso de carvão em seu centro. A Estrela do
Verão perdeu seu brilho, mas não sua magia. Uma magia detectar
magia ou mágica similar revela uma aura fraca e residual de
transmutação mágica ao redor dele.
A primeira vez que uma criatura pegar a Estrela do Verão, seu centro
brilha com uma radiação dourada tão brilhante quanto uma chama de
vela. A menos que a criatura solte o dispositivo imediatamente, a luz
repentinamente floresce, tornando-se uma esfera com 3m de raio de
radiação dourada incineradora centrada no dispositivo. Cada criatura
na esfera deve fazer um TR Cons CD 17, sofrendo 10d10+35 dano
radiante numa falha, ou metade desse dano num sucesso. Se esse efeito
reduzir uma criatura a 0 PVs e ainda houver dano remanescente, a
criatura vira cinzas se o dano restante igualar ou exceder seu PV
máximo. Assim que a explosão for engatilhada, a Estrela do Verão se
torna inoperante e segura de se manusear.
Um personagem morto pela Estrela do Verão se torna um espírito
etéreo vinculado à Cabana Negra (veja “Morrendo na Cabana Negra”).
Não se preocupe se isso acontecer a um ou mais personagens; como
espíritos, eles podem descobrir um caminho de voltar ao reino dos
vivos.
Assim que a Estrela do Verão descarregar sua magia residual, os
personagens – ambos os materiais e os etéreos – podem analisar em
segurança e consertar o dispositivo de modo que ele funciona
conforme Macreadus pretendia. Os passos a serem seguidos estão
resumidos abaixo:
Passo 1: Identificar o Item. Qualquer criatura ou espírito que estudar
as runas nos anéis do dispositivo e passar num teste de Inteligência
(Arcanismo) CD 18 assevera que o dispositivo foi desenvolvido para
controlar o clima. Uma magia identificar revela o mesmo, e o espírito
de Macreadus pode livremente divulgar essa informação a outros
espíritos. Um personagem que tenha a planta de Macreadus do
laboratório (área B6) pode usá-la para ganhar vantagem no teste.
Passo 2: Analisar o Problema. O dispositivo tem um defeito de
design, obviamente. Macreadus concluiu que os anéis do dispositivo
eram incapazes de conter a energia mágica que o centro colocava para
fora. Um terceiro anel deve ser atrelado ao dispositivo, e esse novo
anel deve ter runas como aquelas que aparecem nos outros dois anéis.
Um personagem que passar num teste de Inteligência (Intuição) CD 15
chega a essa conclusão. O teste é feito com vantagem se o personagem
tiver testemunhado o malfuncionamento do dispositivo.
Passo 3: Consertar o Defeito de Design. Para criar um terceiro anel,
125g de metal deve ser derretida num fogo para ser remodelada
usando as ferramentas de ferreiro, e depois ser inscrita com as runas
por alguém com uma mão firme – isto é, um personagem que passa
num teste de Destreza (Arcanismo) CD 15. Usar as ferramentas de
funileiro fornece vantagem no teste. Finalmente, o dispositivo deve ser
modificado para acomodar o terceiro anel, usando ou as ferramentas
de ferreiro ou as ferramentas de funileiro. O processo de modificação
pode ser concluido em poucas horas.
Passo 4: Ativar o Item. Um personagem deve se sintonizar à Estrela
do Verão modificada para usá-la. Enquanto estiver segurando o
dispositivo, o personagem sintonizado pode usar uma ação para
conjurar a magia controlar o tempo a partir dele, sem precisar do
personagem ou a Estrela do Verão estar em ambiente aberto. Após a
magia ser conjurada, a Estrela do Verão deixa de ser mágico. A magia
permanece pela duração ou até a concentração do personagem
terminar.
Macreadus sabe o que deve ser feito para consertar o dispositivo, mas
não pode ativar o item porque ele está morto. Se ninguém puder se
sintonizar à Estrela do Verão modificada em razão de todos no grupo
estarem mortos e presos como espírito na Borda Etérea, nada mais
pode ser feito com o dispositivo até que alguém que possa sintonizar
com ele apareça. Felizmente para os personagens, eles não têm de
esperar muito tempo antes de alguém chegar (veja o “Visitante
Homem-Urso”). Os personagens na forma de espírito podem
convencer o recém-chegado a fazer o que eles não podem, talvez
escrevendo mensagens na neve, ou numa seção de parede ou chão
usando as cinzas de uma fogueira próxima.
O espírito de Macreadus pode finalmente descansar após testemunhar
a ativação da nova e aprimorada Estrela do Verão. Conforme parte, o
grupo recebe uma bênção especial de Lathander. Qualquer membro do
grupo que tiver morrido dentro das últimas 24 horas é
instantaneamente restaurado à vida com a saúde completa, não
importando como o personagem morreu. Além disso, cada
personagem que ajudou a colocar o espírito de Macreadus para
descansar ganha uma benção do Senhor das Manhãs (descrita abaixo).
Para regras sobre bençãos, veja “Dádivas Sobrenaturais” no Guia do
Mestre.
Benção do Senhor das Manhãs. Você ganha 10 PVs temporários a
cada dia ao amanhecer.
Piso Frágil. A seção do chão mostrada no mapa 2.3 se fragilizou ao
longo do tempo e cede se 75 kg ou mais de peso atravessá-la. Qualquer
criatura pisando no chão quando ele desmoronar deve fazer um TR
Des CD 15. Numa falha, a criatura cai até a base do desfiladeiro
diretamente abaixo dessa seção da cabana, sofrendo 14d6 dano
contusivo e aterrissando caída. Num sucesso, a criatura se agarra na
borda do chão restante e se segura nela. A criatura pode usar uma ação
para tentar se puxar para cima, fazendo isso com um teste bem-
sucedido de Força (Atletismo) CD 10, enquanto que uma outra criatura
dentro do alcance pode usar a ação Ajudar para auxiliar. Uma criatura
suspensa pode repetir o teste até passar, mas se um teste falhar por 5
ou mais, a criatura solta e cai.
Visitante Homem-Urso
Se os personagens estiverem presos e precisarem de ajuda para lidar
com os desafios da Cabana Negra, faça um homem-urso golias (veja
apêndice C) chegar inesperadamente. Esse recém-chegado poderia ser
a própria Oyaminartok, se ela ainda estiver viva e rondando o Vale do
Vento Gélido.
O homem-urso não sabe da história da Cabana Negra ou qualquer
coisa sobre os acontecimentos estranhos de lá. No entanto, ele gosta
de manter um olho no lugar, se for para somente assegurar que
criaturas malignas não estão se escondendo por ali. Após ajudar os
personagens, o homem-urso oferece de servir como um guia por até
sete dias, embora ele evite as Dez Cidades.
B5. Vinho Doce do Verão
O aroma de vinho preenche esse aposento, o qual contém quatro
barris cobertos de gelo.
Macreadus era um grande bebedor, e os barris contêm seus
suprimentos de Vinho Doce de Verão. Qualquer personagem
proficiente com suprimentos de cervejeiro sabe que esse vinho vem de
uma vinicultura do Vale Dessarin, a centenas de quilômetros ao sul. O
frio extremo fez com que o vinho congelasse.
Apesar de sua inabilidade em participar das libações, o espírito de
Macreadus reage em desaprovação perante os personagens que
descongelarem e beberem seu pertence privado.
B6. Laboratório
Esse aposento contém uma lareira e duas estantes vazias. Pregado
às paredes e espalhados pelo chão estão plantas cobertas de gelo.
Virado para baixo no chão próximo a uma das plantas está um
pequeno homem feito de argila.
Qualquer personagem que examinar a figura de argila e passar num
teste de Inteligência (Arcanismo) CD 15 assevera que ele é um
homúnculo morto. Esse era o assistente mágico de Macreadus, Blare.
Ele morreu quando seu mestre morreu.
Qualquer personagem proficiente em Arcanismo pode estudar as
plantas e concluir que elas mostram designs experimentais diferentes
para um dispositivo mágico de controle do clima. Um desses designs
lembra um giroscópio e bem próximo lembra o objeto encontrado na
área B4.
B7. Dormitório Abandonado
Um vento rígido sopra pela janela quebrada na parede leste,
fazendo com que as cortinas cinzas desgastadas ondulem e batam
como fantasmas raivosos. A neve cobre a cama e muito do chão ao
redor.
Esse aposento está apagado para habitação e não é usado há muito
tempo.
B8. Dormitório do Macreadus
Tábuas de madeira foram pregadas sobre as janelas quebradas
desse aposento para impedir o vento. Mobílias incluem uma cama
dupla flácida e uma estante contendo algumas roupas dobradas,
algumas folhas de pergaminho em branco, e um conjunto de
suprimentos de caligrafista. Próximo à estande está uma lareira
manchada de fuligem, de onde um pergaminho se encontra em meio
às cinzas.
Macreadus tinha um assistente gnomo das rochas chamado Copper,
mas os dois tiveram um desentendimento. Numa manhã, após uma
discussão amarga na noite anterior, Copper decidiu retornar às Dez
Cidades. Ele saiu enquanto Macreadus ainda estava dormindo,
deixando uma carta que Macreadus raivosamente jogou na lareira
após lê-la.
A Carta do Copper. O pergaminho está manchado de fuligem, mas
permanece intacto, uma vez que Macreadus nunca cogitou queimá-lo.
Os personagens que o recuperarem podem ler a mensagem de Copper,
a qual está escrita em Comum:
Macreadus,
Eu já estou de saco cheio desse maldito frio implacável. Eu
sinto ele formigar os meus ossos, minha cabeça, meu coração. Eu
estou indo para as Dez Cidades em busca de uma refeição decente e
uma cama quente. Eu temo que esse inverno interminável tenha
entorpecido sua mente, e qualquer funileiro que se preze pode ver
que a Estrela do Verão é um projeto fracassado. Talvez sem mim
aqui para reclamar incessantemente, você finalmente se recupere
da sua obsessão.
Se você verdadeiramente insistir em dedicar seus dias
restantes a esse projeto condenado, eu posso sugerir que três é
melhor que dois. Eu considerei falar isso a você antes, mas você foi
particularmente rude comigo sobre o jantar que eu fiz na noite
passada.
Que a luz do Senhor das Manhãs possa protege-lo,
Cooper.
Quando os personagens encontrarem a carta do Copper, dê aos
jogadores uma cópia dela.
Copper retornou às Dez Cidades, eventualmente encontrando o seu
lugar na Casa do Senhor das Manhãs em Bryn Shander.
Vingança da Donzela Gélida
A Donzela Gélida fica ciente quando alguém usar a Estrela do Verão
para conjurar a magia controlar o tempo. Ela responde enviando um
vagante da luz gélida e três mefits de gelo para matar os personagens
e qualquer um na Cabana Negra. Se o grupo estiver no nível 6 ou maior,
adiciona um outro vagante da luz gélida à força de ataque. Se os
personagens tiverem um homem-urso golias do lado deles, adicione
um terceiro vagante da luz gélida e mais dois mefits de gelo.
A força de ataque se aproxima da Cabana Negra a partir do leste.
Conforme os personagens sairem da cabana, leia:
Uma luz brilha do leste – uma fria e odiosa luz – e parece estar se
aproximando.
Os vagantes da luz gélida são feitos de corpos congelados dos
moradores das Dez Cidades que foram deixados na tundra como
sacrifícios à Donzela Gélida (veja “Sacrifícios a Auril”). Os mefits de
gelo descem do céu obscurecido para fornecer suporte aéreo, usando
suas magias de névoa obscurecente para encobrir os inimigos
conjuradores ou obscurecer os vagantes da luz gélida se aproximando.
Esses monstros sempre obedecem à Donzela Gélida e lutam até serem
destruídos. Se os personagens fugirem da cabana, os vagantes da luz
gélida e os mefits de gelo os perseguem.
Abismo Cacarejante
Um abismo nos sopés das montanhas da Espinha do Mundo tem seu
nome a partir dos gnolls cacarejantes que se refugiam dentro dele.
Muitos que ouvem os cacarejos maníacos sabem muito bem que é
melhor ficar longe. Os gnolls do Abismo Cacarejante são esqueléticos
e famintos, com sua risadas trazidas pela fome alucinada.
Os personagens podem visitar esse local após ouvirem uma história
sobre um pescador assassinado e sua vara de pesca mágica (veja
“Relatos nas Dez Cidades”) ou após aceitarem empreender uma
missão para o orador da cidade de Cidadela Konig (veja “Cabeças de
Gnoll”). Um gnoll capturado no meio selvagem também pode guiar os
personagens para cá (veja “Encontros no Meio Selvagem”).
História da Traição Gnoll
Após um gnoll presa de Yeenoghu assassinar sua presa, qualquer hiena
que banqueteia sua presa é transformado num gnoll inteiramente
desenvolvido. Os gnolls do Abismo Cacarejante, como todos os gnolls,
nasceram desse modo. Mas um racha se formou entre o criador e suas
crias. O presa de Yeenoghu, Chyzka, está sendo culpado pelos
infortúnios recentes da matilha. Ele liderou os gnolls ao Vale do Vento
Gélido, prometendo comida abundante. O que os gnolls tiveram ao
invés foi um inverno interminável e quase nada de nutrientes para
sustenta-los. Os gnolls são forçados a recorrer ao canibalismo para
sobreviverem quando a comida é escarça, e a matilha não tem mais
hienas para reabastecer seus números decrescentes. Em razão de
Chyzka carecer da habilidade de sustentar a matilha e criar mais
gnolls, sua inutilidade chegou a um fim.
Os outros gnolls estão muito temerosos que Chyzka os desafiem
diretamente (ele é, afinal, um escolhido de Yeenoghu). Os gnolls, no
entanto, estão dispostos a ficarem ociosos enquanto os personagens
lidam com Chyzka para eles. Assim que a presa de Yeenoghu estiver
morta, os gnolls vão permitir que os matadores de Chyzka deixem o
abismo ilesos enquanto eles jantam os restos de Chyzka. As ações dos
personagens dão a eles uma janela de tempo para levarem o que
quiserem e fugirem do abismo antes dos gnolls remanescentes se
voltarem contra eles.
Aproximando-se do Abismo
Um abismo largo à frente de vocês ameaça devorá-los como se fosse
uma mandíbula gélida e gigante. O vento soprando das montanhas
não é capaz de abafar os cacarejos inumanos que ecoam nas
profundezas do abismo.
Os personagens que olharem sobre a borda do abismo gélido podem
ver projeções de pedra que lembram dentes, bem como uma saliência
9m abaixo (uma saliência mais larga 30m abaixo está provavelmente
além do alcance inicial das fontes de luz e visão no escuro dos
personagens).
Uma busca na área ao redor revela a entrada de uma caverna próxima
à extremidade sul do abismo (área Z1). Dentro da entrada da caverna
estão degraus que descem para a área Z2, a qual leva para a saliência
superior do abismo. Alternativamente, os personagens podem usar
magia ou equipamento de escalada para descerem no abismo.
Locais do Abismo Cacarejante
Os seguintes locais estão marcados no mapa 2.4.
Z1. Entrada da Caverna
Na extremidade sul do abismo, crânios humanoides estão
empilhados em ambos os lados da entrada de uma caverna que
contém degraus gélidos descendo na rocha. Sangue foi usado para
desenhar símbolos rudimentares nos crânios.
Os crânios pertencem a humanos, anões, goblins, golias e orcs. O
símbolo em cada crânio se parece com um malho de três cabeças.
Qualquer personagem que passar num teste de Inteligência (Religião)
CD 15 o reconhece como o símbolo de Yeenoghu, o lorde demônio dos
gnolls.
Z2. Caverna de Banquetes
Degraus rudimentares descem a uma caverna frígida com 3m de
altura com um fedor pútrido. Os ossos em grande parte quebrados
de humanoides e animais se encontram espalhados no chão gélido
em meio a pedaços de metal e faixas rasgadas de couro.
Os gnolls se reúnem aqui para comer quando há comida para isso.
Muitos dos ossos foram quebrados para permitir aos gnolls acessar à
medula no interior deles. Os banquetes anteriores incluíram alces,
renas, morsas, raposas, lobos e humanoides. Alguns dos ossos
pertencem a gnolls que foram vítimas de canibalismo.
Os quatro gnolls na área Z3 se movem para cá a fim de investigar
quaisquer barulhos altos. Eles não atacam os intrusos diretamente, no
entanto, exceto em autodefesa (veja “A História da Traição Gnoll”).
Tesouro. Os personagens que buscarem pela caverna por tesouro
encontram uma algibeira de couro abaixo de uma pilha de ossos
quebrados. A algibeira pertencia a um peleiro humano que os gnolls
assassinaram na tundra e rebocaram para o abismo para ser comido.
A algibeira contém 4po, 14pp, 21pc e uma bugiganga aleatória. Role na
tabela de Bugigangas do Vale do Vento Gélido para determinar qual
bugiganga é encontrada.
Z3. Santuário de Yeenoghu
Um altar de pedra bruta com uma cabeça ensanguentada de cabra
da montanha repousando acima dele domina essa caverna com
2,4m de altura. O chão ao redor do altar está bagunçado com ossos
mastigados de animais.
A menos que eles sejam atraídos para a área Z2, quatro gnolls ficam
agachados perante o altar, erguendo as ramificações da carne
removida do crânio da cabra, a qual se pretende ser uma oferenda ao
lorde demônio Yeenoghu. Esses gnolls famintos não atacam intrusos
diretamente, exceto em autodefesa (veja “História da Traição Gnoll”).
Z4. Fenda Congelada
A 9m abaixo da superfície, uma plataforma de rocha circunda a
boca larga do abismo, com seus lados rachados crivados com
cavernas e enfeitados com rochas afiadas. Mais abaixo no abismo,
vocês veem gnolls mortos, empalados em algumas dessas protrusões
parecidas com presas.
Risadas maníacas ecoam pelo abismo à medida em que você olham
ao redor, o som ricocheteia as paredes que torna sua origem
impossível de apontar.
Chyzka, a presa de Yeenoghu, encoraja a luta interna sempre que sente
que a matilha pode se virar contra ele. Os gnolls mortos vistos por todo
o abismo foram vítimas ou dessas disputas ou de seus próprios
descuidos. Embora a saliência que permite acesso a várias cavernas
seja escorregadia com gelo, personagens cuidadosos podem se mover
nela sem cair.
Cada barulho alto no abismo pode ser ouvido nas cavernas ao redor e
vice-versa. os personagens que fizeram barulho o bastante para atrair
a atenção dos gnolls podem ouvi-los chegando com risadas maníacas.
A Lista do Abismo Cacarejante fornece um resumo desses cidadãos e
as áreas de onde eles se originam. Quando Chyzka vir os intrusos, ele
late ordens aos outros gnolls, após o qual há uma pausa estranha
conforme os gnolls subordinados dão aos personagens vistas
expectantes. Qualquer personagem que passar num teste de Sabedoria
(Intuição) CD 13 pode asseverar que esses gnolls perderam a fé em seu
líder e adorariam ver Chyzka cair.
Área Ocupantes
Z3 4 gnolls
Z5 1 gnoll presa de Yeenoghu (Chyzka)
Z6 12 gnolls durante o dia, 6 gnolls à noite
Z5. Caverna de Chyzka
Pintado em sangue nas paredes dessa caverna com 2,4m de altura
estão pictografias de um monstro enorme com dentes afiados que
porta o que parece ser um malho com três cabeças. Matilhas de
hienas se alimentam de corpos em seu despertar. Uma pequena
fogueira crepita próxima à parede sul, preenchendo a caverna com
fumaça. Cozinhando acima do fogo está um pequeno peixe verde,
enquanto atrás do fogo, encostada na parede sul, está uma lança
coberta de sangue e uma vara de pesca.
Chyzka, um gnoll presa de Yeenoghu, está descansando aqui, a menos
que um distúrbio tenha o convocado a qualquer outro lugar. As
pinturas ensanguentadas na parede demonstram o lorde demônio
Yeenoghu e sua ninhada.
A caverna está cheia de peças de roupas sujas e gibões mofados, todos
tirados das vítimas. A lança encostada na parede sul não é mágica, mas
tem uma ponta banhada em prata manchada de sangue. Embora a
lança tenha seus usos, Chyzka prefere atacar com suas garras e dentes.
Tesouro. Próximo ao fogo, uma peça de roupa manchada de sangue foi
dobrada ao redor uma pilha de moedas que os gnolls tiraram de suas
vítimas, criando um pacote improvisado que contém 21po, 56pp e
117pc.
A vara de pesca não é marcante, mas um anzol de deleite do pescador
(veja apêndice D) está atrelado à extremidade dela. Chyzka pegou a
vara de uma pescadora de Angraleste chamada Nabira Moarskull após
matá-la.
Z6. Caverna de Descanso
O cheiro forte de pele suja preenche essa caverna obscura com 3m
de altura. O chão de pedra tem cristas profundas onde centenas de
pés engarrados o arranharam.
Se os gnolls dessa caverna não estiverem sido atraídos, adicione:
Gnolls magros e tremendo de frio se amontoam ao redor de uma
fogueira cuspidora, crepitando incessantemente.
À noite, essa caverna comporta doze gnolls. Esse número cai para seis
durante o dia conforme metade dos gnolls deixam o abismo para caçar
comida. Os gnolls se amontoam juntos por aquecimento. Todos eles
estão famintos e esqueléticos.
Z7. Depósito
Engradados apodrecidos e sacos rasgados estão espalhados pelo
chão dessa câmara em grande parte vazia com 2,4m de altura.
Os gnolls frequentemente pegam suprimentos de comida de viajantes
massacrados indo e vindo das Dez Cidades. Esses suprimentos são
trazidos para cá a fim de serem consumidos. Tudo o que resta são os
contêineres usados para transportá-los.
Z8. Furioso Enjaulado
Situado acima da saliência está uma caverna feita de vigas de
madeira espessa com uma porta de ferro aparafusada e adereços de
ferro. A jaula tem 1,5m num lado e 2,1m de altura. Dentro dela, um
humano em gibão de peles caminha para frente e para trás. Seus
olhos assassinos travam em qualquer tipo de movimento que ele
note, e ele segura uma azagaia feita de uma substância negra e
cristalina. A pele nas suas mãos e face está negra pelo frio, e seus
lábios estão rachados e sangrando pelo frio.
O homem na jaula é um furioso de chardalyn sem nome com 60 PVs
restantes. Os gnolls o capturaram quase que por acidente. Ele se
aventurou no abismo há poucos dias e brutalmente atacou todos os
gnolls que encontrou. Um gnoll escalou acima da jaula se afastando
dele. Conforme o furioso começou a escalar atrás dele, ele foi
empurrado para baixo por um outro gnoll e preso na jaula.
Os gnolls estão o mantendo confinado até ele ficar fraco o bastante
para eles ousarem abrir a jaula para matar e comê-lo. O parafuso na
porta não pode ser alcançado por alguém preso na jaula.
Durante a emboscada, o furioso perdeu seu malho de chardalyn e duas
azagaias de chardalyn, todos os quais caíram no abismo. Ele ainda tem
uma azagaia restante. O furioso tenta agarrar qualquer personagem
que conseguir alcançar através das barras; se ele tiver sucesso, ele
tenta esfaquear o personagem agarrado com sua azagaia no seu
próximo turno. Se ele for liberto, o furioso ataca a criatura mais
próxima sem medo ou remorso. Esforços de negociar com o furioso
são lidados com um silêncio odioso.
Deixando o Abismo
Assim que os personagens conseguirem o que eles pretendiam, há
pouco razão para ficar. De fato, os personagens que ficarem muito
tempo correm o risco de encontrar os seis gnolls retornando de uma
caça. Há 20% de chance de os gnolls terem trazido comida consigo,
como uma cabra da montanha morta ou um gato do penhasco, caso no
qual os gnolls se reúnem na área Z2 (junto de quaisquer outros gnolls
deixados vivos no abismo) para banquetear a presa fresca.
Se os personagens virarem o ânimo dos gnolls perante Chyzka em
vantagem deles, eles podem ir e vir sem ter de matar cada gnoll no
abismo. Mesmo assim, quaisquer gnolls deixados vivos permanecem
uma ameaça em potencial às Dez Cidades.
Gancho Real de Aventura
Se os personagens recuperarem o anzol de deleite do pescador, eles
podem decidir ficar com ele, ou eles podem tentar retorná-lo à família
de Nabira Moarskull em Angraleste. Nabira deixou um filho e uma filha
adultos, ambos com suas próprias famílias. Um dos netos de Nabira,
Ahmi, está celebrando um aniversário em breve, mas a morte de
Nabira amorteceu o humor da criança. Ahmi ficaria feliz em receber o
azol de pesca como um presente, se os personagens estiverem
dispostos a partilhá-lo com ele. A família de Ahmi pode juntar 50po
para compra-lo, se os personagens insistirem numa recompensa
monetária.
Caverna dos Furiosos
Um grupo de furiosos humanos que se separou da Tribo do Urso usa
essa caverna na costa do penhasco como um refúgio. A exposição a
chardalyn contaminado por magica demoníaca os privaram de sua
humanidade.
Aqui vão algumas maneiras nas quais os personagens podem
descobrir sobre o lugar:
• Uma relato nas Dez Cidades incita os personagens a visitar a caverna
(veja “Relatos nas Dez Cidades”).
• Um anel tirado de um furioso morto (veja “Furiosos de Chardalyn”)
teleporta os personagens para a área Q1.
• Um homem-urso golias encontrado no meio selvagem (veja
“Homem-Urso Golias”) ou o Rei Gunvald Halraggson da Tribo do Urso
(veja a seção dos “Nômades Reghed” no apêndice C) incita os
personagens a livrarem a caverna dos seus habitantes malignos.
História da Caverna
Esse complexo cavernoso foi escavado por prospectores e
mineradores anões em busca de gemas e metais preciosos. Esses
esforços não deram frutos e a caverna foi abandonada. A Tribo do Urso
depois a usou como um abrigo até os furiosos de chardalyn os
forçarem a abandoná-la.
Os furiosos devotam à Donzela Gélida e não mais se consideram
membros da Tribo do Urso. Eles permitem que o frio devastasse seus
rostos e corpos para provarem sua devoção. Como recompensa por
sua fidelidade e sua voluntariedade em sofrer com o frio, a Donzela
Gélida deu a esses servos lunáticos um braseiro de pedra que emite
uma chama azul e fria. Contanto que a chama queime, os furiosos não
podem ser mortos no interior de seu covil (veja área Q5).
Os furiosos compartilham sua caverna com dois dragões brancos
filhotes, os quais chocaram de ovos que os furiosos roubaram dentro
de uma fenda glacial. Os furiosos partilham sua comida com os filhotes,
os quais guardam a caverna quando os furiosos estão fora caçando.
Locais da Caverna
As câmaras e túneis da caverna foram escavados da rocha sólida pelos
anões há muito tempo. Os furiosos carregam tochas para ver onde eles
estão indo. Os personagens sem visão no escuro devem contar com
suas próprias fontes de iluminação também.
Os seguintes locais estão marcados no mapa 2.5.
Q1. Caminho Gélido
Uma ponte elevada coberta de neve aventa em direção à entrada da
caverna dos furiosos. Os rastros na neve claramente indicam que ao
menos quatro humanos foram e vieram da caverna desde a última
nevasca. Em cada lado da ponte está uma escarpa íngreme que
mergulha 6m para dentro de uma ravina nevada.
Escorregadouro de Lixo. Os personagens que examinarem o
penhasco virado para outras possíveis entradas podem, com um teste
bem-sucedido de Sabedoria (Percepção) CD 10, notar uma abertura no
penhasco próxima ao fundo da ravina a leste da ponte ventosa. Esse
buraco é uma extremidade de um escorregadouro que, uma vez que
entra na rocha, sobe de forma íngreme até a área Q4.
Q2. Cabeça do Urso
Construído ao redor da entrada da caverna está um pórtico
decrépito de madeira rudimentarmente moldado na forma da
cabeça de um urso com sua boca boquiaberta. O túnel além disso é
obscuro.
O pórtico é mais resistente do que aparenta. Ele tem CA 15, 75 PVs, e
imunidade a dano psíquico e venenoso. Os personagens que
danificarem o pórtico fazem barulho o bastante para atrair os dois
dragões brancos filhotes da área Q4. Um faz seu caminho pela área Q3
para confrontar intrusos de cara enquanto o outro desce pelo
escorregadouro na área Q4 e ataca por trás.
Os filhotes não perseguem presas que fogem da caverna. Em vez disso,
eles pousam nas rochas acima da entrada e fazem vigília por várias
horas antes de se retirarem para seu covil (área Q4) para
descansarem.
Q3. Casca de Ovos em Celas
Os personagens que passarem pelo pórtico de cabeça de urso pisam
numa rampa gélida que sobe de 1,5m a 6m de altura numa câmara
adornada com sincelos. Um pilar formado naturalmente sustenta o
teto abobadado da câmara.
Duas alcovas alocadas na parede norte estão equipadas com portões
enferrujados. Suas correntes, cadeados e chaves foram descartados no
chão do lado de fora deles. No interior de cada cela estão fragmentos
das cascas de um ovo branco-azulado que deve ter sido tão grande
quanto um halfling. Qualquer personagem que examinar essas cascas
de ovo e passar num teste de Inteligência (Natureza) CD 13 conclui que
eles são ovos de dragões branco que chocaram há cerca de três anos.
Qualquer barulho alto aqui, o qual pode ser em razão de abrir qualquer
um dos portões ou de chacoalhar as correntes, alerta os dois dragões
brancos filhotes da área Q4. Um confronta os intrusos de cara,
enquanto o outro desce o escorregadouro da área Q4 e voa por trás.
Q4. Escorregadouro de Lixo
Essa caverna com 2,4m está sem mobílias e apagada. Um buraco no
canto sudoeste é a abertura de um escorregadouro aberto que fede
a sangue e lixo.
Se eles não tiverem sido atraídos em outro lugar, dois dragões brancos
filhotes chamados Gelym e Tyzar se enrolam juntos na parte leste da
caverna. Eles atacam qualquer criatura que entrar em sua morada.
O escorregadouro de pedra tem 7,5m de comprimento, asperamente
escavado e com angulação íngreme. Ele esvazia na ravina do lado de
fora e requer um teste bem-sucedido de Força (Atletismo) CD 15 para
subir ou descer sem magia ou equipamento de escalada; um
personagem que falhar nesse teste por 5 ou mais desliza e tomba na
ravina, aterrissando na neve macia. Sangue da sala de abate (área Q6),
para não mencionar restos humanos, são rotineiramente lançados no
escorregadouro, o qual está manchado de sangue e imundice.
Tesouro. Os filhotes começaram a coletar tesouros e acumulá-los
numa pequena pilha encostada na parede leste. Seu mísero tesouro
consiste em 96pp, 331pc, um saco de couro empolado contendo um
conjunto completo de ferramentas de ladrão, uma luneta quebrada
(250po) e um pergaminho de arrombar.
Q5. Fogo da Donzela Gélida
Centenas de sincelos se agarram ao teto com 3,6m de altura dessa
câmara gélida, a qual está banhada de luz azul tremeluzente. A
fonte de luz é uma chama azul crepitante num braseiro de pedra
que se encontra na parede distante. A fumaça branca que se eleva
sobre ele coalesce a cada poucos segundos na forma de uma mulher,
mas a imagem é transitória.
Uma magia detectar magia revela uma poderosa aura de abjuração
mágica ao redor de 90cm do braseiro de pedra, o qual se eleva
naturalmente do chão e portanto não é um objeto discreto. Ele não
pode ser movido ou danificado, e sua chama mágica não pode ser
sufocada ou apagada com água. Qualquer criatura que entrar em
contato direto com a chama pela primeira vez num turno sofre 3d6
dano de frio.
Conjurar dissipar magia no fogo o extingue por 1 hora, momento após
o qual o fogo reincendeia por conta própria. Usar uma magia de moldar
pedra para alterar a forma do braseiro desfaz o fogo para sempre.
Contanto que o fogo gélido do braseiro queime, os furiosos de
chardalyn dentro da caverna (áreas Q3 até Q8, e nos túneis e
escorregadouros atrelados a elas) não podem ser reduzidos a menos
que 1 PV. Nenhuma outra criatura ganha esse benefício. Os
personagens que lutarem contra os furiosos no interior de se covil os
veem se livrar do dano que normalmente os mataria.
Os furiosos estão cientes do benefício do fogo, conforme evidenciado
pelos sorrisos relaxados que atravessam suas faces quando os intrusos
percebem que os furiosos são aparentemente imortais. Os furiosos não
sentem automaticamente quando o fogo foi extinto, no entanto.
Q6. Sala do Abate
O gelo nessa caverna é manchado de rosa e vermelho com o sangue
de numerosas mortes. No centro do aposento, ao lado de uma
bandeja de pedra de ferramentas de açougueiro, está a casca
esfolada do esqueleto de um urso-coruja que foi esfolado, eviscerado
e teve sua carne retirada.
Ao longo de uma parede, ganchos de metal perfuram o gelo. Um
homem grande em gibão de peles encharcado de sangue suspende a
carcaça desses ganchos para dissecar. Sua face e membros estão
enegrecidos pelo frio, e ele parece estar sem um nariz.
Um furioso de chardalyn sem nome acabou de finalizar o corte de um
urso-coruja nevado que foi atraído para a caverna e morto. O furioso
agarra suas armas (as quais estão sempre a fácil alcance) e ataca os
intrusos à vista. Se a chama na área Q5 estiver queimando, o furioso
não pode ser reduzido a menos de 1 PV, a menos que ele seja atraído
para fora da caverna.
Q7. Depósito de Carne
Trincheiras rasas esculpidas no chão de pedra estão cheias de
montes de neve. Ancas de carne limpas estão aninhadas nessas
trincheiras.
Tesouro. Quarenta quilos de carne fresca estão armazenadas aqui. A
carne, a qual vem de várias bestas como ursos polares e alces, é segura
para se cozinhar e comer. Os personagens podem vender a carne nas
Dez Cidades por 1po o quilo.
Q8. Dormitórios
Essa câmara gélida com 3m de altura se encontra além de uma fissura
com 3m de profundidade. Uma tábua de madeira coberta de gelo se
projeta na lacuna no túnel mais movimentado que leva a essa área.
Quatro camas cobertas de pele se encontram no chão próximas à
parede noroeste. Um balde de madeira é usado como penico, e ele está
atualmente vazio.
Retorno dos Furiosos
Após os personagens terem a chance de explorarem a caverna e
conforme eles se preparam para sair dela, três furiosos de chardalyn
retornam à caverna com a carcaça de um peryton morto. Um furioso
lidera o caminho enquanto os outros dois carregam o peryton morto
entre eles.
Conforme os personagens saem da caverna, eles veem os furiosos na
ponte. Mais importante, os furiosos os veem, a menos que os
personagens sejam precavidos em deixar a caverna furtivamente. Os
furiosos não ganham nenhum benefício do fogo da Donzela Gélida
(veja área Q5) enquanto estiverem na ponte, de modo que eles tentam
entrar na caverna, atacando qualquer um em seu caminho. Se o fogo já
tiver sido extinto, os furiosos não vão saber disso até um deles ser
morto dentro da caverna.
Duquesa Negra
A dragonesa branca anciã Arveiaturace alocou algum tesouro seu num
navio abandonado chamado Duquesa Negra. Esse navio pirata de
Luskan encalhou no Mar do Gelo em Movimento há alguns meses,
próximo de onde a dragonesa gosta de pescar e caçar.
Tendo permanecido a bordo do casco do navio após ter sido desertado
por sua tripulação, o Capitão Rudolph Bluemoon ainda vigia suas
riquezas mesmo na morte. Um personagem que tiver o segredo do
Canibal Pirata (veja apêndice B) pode querer retornar a esse local para
reclamar o tesouro do Capitão Bluemoon. Os personagens podem
também ser atraídos para esse local por um relato (veja “Relatos nas
Dez Cidades”) ou por um desejo de ajudar os estalajadeiros de Bremen
(veja “Zero Rum”).
Náufrago Congelado
O Duquesa Negra está a centenas de metros da costa, preso no gelo
espesso. Quando os personagens chegarem perto o bastante para vê-
lo, leia:
O Mar do Gelo em Movimento se estende perante vocês, um deserto
congelado e sem características. Adiante, a superfície branca e lisa
é interrompida por um navio enorme, com seu exterior coberto de
gelo.
O casco, os aprestos e os mastros do navio estão cobertos por uma
camada de gelo. Da linha de flutuação do veleiro, é uma escalada de 3m
para chegar no deque principal. As laterais do casco são escorregadias
e não podem ser escaladas sem usar magia ou equipamento de
escalada.
O gelo ao redor do Duquesa Negra é espesso, e não há risco de os
personagens o racharem.
Aproximando-se do Navio
Quando os personagens estiverem a até 4,5m do navio, leia:
Vocês ouvem uma batida e uma rangida alta vindo da lateral do
cargueiro, seguido de uma rosnada gutural de alguma criatura. O
navio não está tão abandonado quanto aparentava!
Um troll do gelo estava perseguindo uma horda de focas quando notou
o navio abandonado e se arrastou pelo gelo para explorá-lo, na
expectativa de encontrar algo saboroso no interior. Ele assustou
alguns kobolds no cargueiro e os perseguiu numa cabine. Os kobolds
conseguiram barricar a porta, e o troll está tentando quebra-la para
pegá-los.
Os personagens podem surpreender o troll se permanecerem quietos
à medida em que seguem para o cargueiro do navio (área D9). Escalar
para dentro do navio e se mover por ele sem alertar o troll requer um
teste bem-sucedido de Destreza (Furtividade) CD 12. Se um
personagem falhar nesse teste, o troll ouve as pegadas do personagem
ou o ranger o deque e percebe que há uma refeição mais fácil de ser
obtida.
Locais do Duquesa Negra
Os seguintes locais estão marcados no mapa 2.6.
Os tetos dos deques inferiores têm 3m de altura, e todas as portas
possuem 2,1m de altura e são feitas de madeira resistente.
D1. Deque Principal
As tábuas de madeira do deque principal estão quebradas pelo gelo.
Um grande buraco no deque expõe uma parte do cargueiro aos céus.
As tábuas ao redor do buraco estão estragadas com ranhuras
profundas, como se garras pesadas as tivesse escavado.
Para chegar no cargueiro, Arveiaturace teve de quebrar uma grande
porção do deque, criando uma buraco. Um personagem que examinar
as marcas ao redor do buraco e passar num teste de Sabedoria
(Sobrevivência) CD 12 pode corretamente assumir que uma única
criatura enorme fez todo o dano. Se o teste passar por 5 ou mais, o
personagem pode confirmar que as marcas foram feitas pelas garras
de um dragão.
Entrando na Cabine do Capitão. A porta para a área D8 está coberta
por uma fina camada de gelo, a qual os personagens precisam remover
se quiserem entrar. Usando uma picareta de minerador ou ferramenta
similar, um personagem pode retirar o gelo, quebrando-o após 1 hora
(quanto mais personagens ajudarem, mais rapidamente o gelo é
removido). O barulho é alto o bastante para atrair o troll de gelo da
área D9. Se os personagens derreterem o gelo usando fogo, fazê-lo leva
o dobro do tempo mas não atrai o troll.
D2. Castelo de Proa
Ranhuras profundas foram feitas no deque do castelo de proa. O
corrimão no lado bombordo do veleiro está quebrado e levemente
encurvado, como se um imenso peso tivesse repousado acima dele.
Quando Arveiaturace escalou para dentro do Duquesa Negra, ela o fez
a partir do castelo de proa. Examinar o deque revela que o peso da
dragonesa empurrou para baixo e quebrou as tábuas de madeira e
bordas do navio em muitos lugares.
D3. Castelo de Popa
O gelo cobre o volante do capitão. Não há nada a mais de interessante
aqui.
D4. Cabine do Cirurgião
Nessa cabine estreita, prateleiras e contêineres estão espalhados no
chão em meio às pilhas de bandagens imundas. Pequenos arranjos
de folhas secas congelaram ao chão nos lugares. Uma cama coberta
de gelo e desgrenhada está metida numa alcova sob uma escadaria
de madeira.
A cabine do cirurgião foi vasculhada por kobolds vivendo no Duquesa
Negra, mas eles negligenciaram alguns item que podem interessar os
personagens. Sob a cama, estão três frascos de antídoto, um kit de
primeiros socorros e um frasquinho de água benta.
D5. Cabine do Primeiro Imediato
Uma cama coberta de gelo está empurrada num canto sob uma
escadaria de madeira. O resto da cabine está vazio.
D6. Sala dos Mapas
Conforme a porta abre, uma leve brisa emerge desse aposento.
Pedaços de pergaminho e papel se agitam no chão. Um mapa grande
e detalhado da Costa da Espada toma grande parte de uma parede.
Esse aposento contém dois mapas úteis: o mapa da Costa da Espada
com 1,8m de largura por 1,8m de altura suspenso na parede e um
mapa do Vale do Vento Gélido guardado num porta-mapas que se
encontra no chão. Uma busca completa pelo aposento também revela
um conjunto de ferramentas de navegador.
D7. Depósito
A cabine mais à frente contém dois barris cobertos de gelo, alocados
próximos ao que é um rato que obviamente pereceu de frio. Cordas
de ancoragem e redes de pescas estão suspensas em ganchos ao
longo da parede dos fundos.
Mercadorias não-perecíveis foram estocadas nessa cabine. A
tripulação pegou muitos dos suprimentos quando eles abandonaram
o navio, mas alguns equipamentos permanece. As cordas e redes são
salváveis, bem como os conteúdos dos barris.
Barris. Os personagens podem usar um pé de cabra ou ferramenta
similar para forçar a abertura de um barril congelado. O primeiro
barril contém uma lanterna coberta, três frascos de óleo, cinco barras
de sabão de limão e três conjuntos de algemas. O segundo barril
contém dez tochas.
D8. Cabine do Capitão
O castelo de popa é tomado por uma cabine espaçosa. O gelo cobriu
toda a superfície e mobília.
Um corpo humano está caído contra a parede bombordo, com seu
braço esquerdo sobre parte de um baú pesado que está guardado
numa alcova sob uma escadaria. O esqueleto veste uma jaqueta e
um chapéu de aba larga que esconde muito do seu crânio. Sob seu
braço direito está um diário de capitão. O chão está cheio de
garrafas de vinho vazias.
Os kobolds não pisaram dentro dessa cabine; na verdade, ninguém
tem estado aqui desde quando a tripulação abandonou o navio. O
corpo é tudo o que resta do Capitão Rudolph Bluemoon, que ficou para
trás para vigiar o navio e sua pilhagem ilícita. Ele ficou sem provisões
e faminto antes de congelar até a morte. Afixado ao chapéu do capitão
está um distintivo que forma um símbolo curioso: uma enguia
vermelha envolta a um tridente dourado. Os personagens que passar
num teste de Inteligência (História) CD 15 reconhecem isso como um
dos símbolos do Navio Suljack, uma poderosa facção em Luskan que
engaja em pirataria. O Capitão Bluemoon era um membro dessa
facção.
Dentro do bolso da jaqueta do capitão, os personagens encontram uma
chave com sua cabeça estilizada na forma de um crânio de rato. Essa
chave destranca o baú do capitão (veja “Tesouro” abaixo).
As garrafas de vinho têm rótulos que dizem “Vinho Doce de Verão”. As
rolhas das garrafas não estão à vista (embora os personagens possam
encontra-las no interior do baú de tesouros do capitão).
Diário do Capitão. O diário do Bluemoon conta as façanhas do
Duquesa Negra, mas diz pouco sobre o homem no comando. Um
personagem que passar num teste de Inteligência (História) CD 15
sabe uma ou duas histórias sobre o Capitão Bluemoon. Essa é uma
grande oportunidade para permitir ao jogador desse personagem
criar uma história crível; se o jogador aceitar o desafio, recompense
com inspiração o personagem desse jogador. O personagem também
se lembra que o Capitão Bluemoon era um indivíduo ardiloso e cruel
que governou seu navio pelo medo em vez do respeito. Ele tinha
muitos inimigos e poucos amigos.
A descrição final do diário do capitão diz:
“Essa maldita dragonesa branca está de volta, circundando sobre
mim como um abutre. Eu contava que ela carregasse esse navio de
volta a Luskan. Morrer de fome, de frio ou por um dragão? Escolhas,
escolhas”.
Tesouro. O baú está fechado e congelado. Antes que a chave possa ser
usada para destrancá-lo, os personagens devem quebrar o gelo, o que
leva cerca de 10 minutos. Eles podem também usar uma tocha ou outra
fonte de calor para derreter o gelo com a mesma quantidade de tempo.
Dentro do baú está uma partição de madeira que divide o interior em
duas metades. Um lado está vazio exceto por uma dúzia de rolhas
manchadas de vinho (é aqui onde o capitão mantinha suas garras de
vinho). O outro lado contém 150po, 520pp, um pequeno bracelete de
ouro (25po), um grande bracelete de ouro (250po) e uma bolsa de
truques cinza.
D9. Cargueiro
A menos que os personagens o atraiam para qualquer outro lugar, um
troll de gelo frustrado se encontra na base das escadas de madeira que
descem do deque principal. Ele está tentando arranhar a porta que
leva à área D12. O troll não pode ser convencido. Após derrota-lo, os
personagens podem vasculhar o conteúdo do cargueiro:
O cargueiro do navio contém montes de neve e quatro barcos
pequenos atrelados cobertos de gelo. No canto estibordo à frente
repousa uma grande pilha de tesouro coberta de gelo. Próximo ao
tesouro, congelado com sua mandíbula aberta num rugido, está
uma criatura felina branca embainhada em gelo.
A criatura congelada próxima à pilha de tesouro é um gato de
penhasco que foi morto pela arma de sopro de Arveiaturace e alocado
aqui como um troféu.
Tesouro. A pilha de tesouro de Arveiaturace está enterrada sob quatro
camadas espessas e translúcidas de gelo produzidas pelo sopro gélido
da dragonesa. Isso não representa o tesouro inteiro de Arveiaturace,
sendo meramente a pequena porção que ele escolheu trazer a bordo
do Duquesa Negra. Os personagens podem ver o tesouro sob a camada
mais externa de gelo, e cada camada de gelo leva 1 hora para ser
perfurada usando uma picareta de minerador ou ferramenta similar e
o dobro do tempo usando fogo. Perfurando ou derretendo cada
camada de gelo libera o tesouro abaixo dessa camada.
Primeira Camada. Sob a primeira camada de gelo estão 72po, 181pp,
352pc e duas pérolas (100po cada).
Segunda Camada. Pequenos objetos de arte e gemas se encontram
sob a segunda camada de gelo. Os personagens encontram nove peças
de tecido índigo desgastado forrado com linha de ouro (25po cada),
três peças de quartzo (50po cada), uma única aquamarina rachada no
centro (250po), e uma estatueta de scrimshaw de um arqueiro
gravada com escritos mágicos. Essa estatueta funciona como um
pergaminho de remover maldição, e então vira pó após sua magia ser
gasta.
Terceira Camada. A terceira camada de gelo cobre 221po, uma
estatueta de mármore com 30cm de altura de um grifo com ouro
inserido (250po), uma pérola negra (500po), um peridoto esculpido
na forma de uma folha (300po), um globo de fluxo, e uma aljava de
Ehlonna.
Quarta Camada. A quarta camada de gelo protege os maiores e mais
pesados itens e o tesouro que a dragonesa mais valoriza: uma bacia de
bronze cerimonial com 9cm de diâmetro inserida com cornalinas
(1.000po), sete granadas (100po cada), uma armadura de mitral (cota
de malha), e uma réplica perfeita da Varinha de Orcus que emite luz
verde do crânio em sua ponta. Qualquer personagem que tentar se
sintonizar com essa Varinha de Orcus percebe que ela é falsa, embora
ela emita luz mágica comparável com a criada por uma magia chama
contínua.
D10. Cozinha do Navio
Essa cabine foi inteiramente saqueada. Os pratos estão espalhados
pelo chão, e uma mesa de cozinha no meio do aposento tem potes e
conchas sobre eles. Atrelado a um armário baixo encostado na
parede estibordo está uma cabra magra. Ele levanta a cabeça e bale
para vocês, dando alguns passos na direção de vocês até sua corda
o segurar, parando seu avanço.
A tripulação pegou grande parte da comida dessa cozinha antes de
abandonar o navio, e os kobolds encontraram e comeram os restos
deixados para trás, compartilhando suas migalhas com a cabra, o qual
os kobolds usam como um animal de matilha. O troll do gelo ainda não
detectou a cabra. Os kobolds a mantêm aqui de modo que a dragonesa
não a coma.
D11. Depósito de Rum
Uma chave está emperrada na tranca dessa porta – deixada lá na
pressa pelos membros da tripulação que pilharam o rum do navio
antes de abandonar o navio.
Essa cabine está vazio exceto por um engradado de madeira
quebrado no chão coberto de gelo.
Alguém que usar o tempo para estudar esses detritos nota que
algumas das tábuas revelam partes de um símbolo pintado. Os
personagens podem se lembrar do símbolo ao colocar as tábuas juntas
apropriadamente. A imagem é um círculo, contido no qual está o rosto
sorridente de um drow que veste um tapa olho e um chapéu de aba
larga púrpura acentuado com uma pluma colorida. Escritos élficos ao
redor da circunferência diz “O Melhor Rum dos Seus Amigos no Jax
Caolho!”.
D12. Depósito de Água
A porta para essa cabine foi fragilizada pelas garradas do troll de gelo
e se encontra solta em sua borda. Os kobolds tamparam com uma
barra pesada de madeira do lado de dentro da porta para mantê-la
fechada por hora. Os personagens devem quebrar a porta para entrar
na cabine, uma vez que os kobolds não tem a intenção de deixá-los
entrar. A porta tem CA 15, 5 PVs restantes, e imunidade da dano
psíquico e venenoso. Com uma ação, um personagem pode dar uma
ombreada ou arrombar a porta com um teste bem-sucedido de Força
CD 20.
O chão dessa cabine está gélido. Nas suas laterais estão dois barris
abertos e vazios. Gibões e peles foram empurradas nesses barris
para criar dormitórios improvisados. Dois barris similares, mas de
pé parecem intocados.
Quatro kobolds do Vento Gélido se escondem atrás dos barris e lançam
suas azagaias na primeira criatura que entrar no aposento. Após
lançarem suas azagaias, os kobolds ficam sem armas. Eles devotam
Arveiaturace e obedecem a dragonesa. Eles não sabem quando ela vai
retornar novamente, mas ela sempre retorna.
Os barris de pé contêm água fresca e congelada. Os kobolds
transformaram os barris vazios em dormitórios.
Arveiaturace Chega
Arveiaturace, uma dragonesa branca anciã cuja visão dificultada por
cataratas, carrega o corpo de seu antigo mestre, o mago Meltharond,
numa sela em suas costas (veja “Arveiaturace” para mais
informações).
A dragonesa está fora caçando quando os personagens chegarem pela
primeira vez no Duquesa Negra, mas ela checa o navio regularmente
para assegurar que seu tesouro não foi violado. No final de cada hora
que os personagens passarem no Duquesa Negra, há uma chance de
20% de que Arveiaturace retorne ao navio. Em razão de ela poder ver
apenas num alcance de 18m, a dragonesa deve chegar perto do navio
para examiná-lo.
Se os personagens estiverem abaixo dos deques quando a dragonesa
branca chegar, use o seguinte texto para descrever a chegada dela:
Ao longo do vento uivante, vocês escutam a batida de asas titânicas
seguida pela quebra do gelo sob o peso de algo imenso. Uma bufada
alta acompanha o som das garras quebrando a madeira glaceada.
A voz do que poderia ser apenas uma dragonesa verdadeiramente
imensa preenche as entranhas do navio. “Eu sinto cheiro de carne
quente e ouço o pânico de corações batendo. Prepare suas magias,
Meltharond! Nós temos hóspedes não-convidados”.
Se um ou mais personagens estiverem no lado de cima, use o seguinte
texto ao invés:
Uma grande dragonesa desce dos céus, batendo suas asas
furiosamente para retardar sua descida. Uma figura humanoide e
negra está montada nas costas da dragonesa.
Se os personagens se esconderem e não fizerem muito barulho,
Arveiaturace chega a bordo do veleiro do castelo da proa e começa a
fazer seu caminho em direção ao cargueiro. Não importa onde os
personagens estejam no navio, eles ouvem Arveiaturace a bordo dele,
à medida que sua forma massiva faz o veleiro inteiro balançar e o gelo
ao redor dele rachar. Se Arveiaturace notar os personagens, ela
imediatamente diz ao condutor em suas costas “Nós sabemos como
lidar com ladrões, não sabemos Meltharond?”. Ela então ataca. Se ela
não notar os personagens, ela segue seu caminho até seu tesouro,
inspeciona o cargueiro para assegurar que nada está fora do lugar e
deixa o navio para encontrar e comer uma morsa saborosa. Se ela vir
que o tesouro foi violado, a dragonesa olha ao redor do navio para ver
se os ladrões deixaram rastros e segue qualquer um que encontrar,
falando para Meltharond preparar suas magias.
Se ela suspeitar que intrusos ainda estão a bordo do veleiro, mas
escondidos em lugares que ela não consegue alcançar, ela quebra as
paredes para pegá-los.
Os personagens não são páreos para a dragonesa. Se eles precisarem
de uma distração para facilitar sua fuga, o corpo de Meltharond
poderia cair da sua sela. Isso faz com que a dragonesa interrompa seu
ataque uma vez para chegar e assegurar que o mago morto não tenha
sido danificado. A dragonesa não pode colocar o corpo do Meltharond
de volta em sua sela sem ajuda. Se houver quaisquer kobolds
próximos, eles podem ajudar; do contrário, Arveiaturace promete
poupar a vida dos personagens se eles derem uma ajuda. Alguém que
fizer um teste bem-sucedido de Sabedoria (Intuição) disputado pelo
teste de Carisma (Enganação) da dragonesa discerne que ela não tem
nenhum intenção de manter sua promessa. Se os personagens
simplesmente correrem, Arveiaturace não os perseguem, com receio
de deixar o lado de Meltharond. Assim que os personagens estiverem
além do campo de visão dela, a dragonesa de alguma forma ofuscada
lembra que ela é grande o bastante para erguer Meltharond com uma
garra; ela o faz – gentilmente – e voa de volta para o seu covil no topo
da Geleira Reghed.
Tinjong o Verbeeg
Se os personagens não estiverem aptos a se colocar contra ou escapar
de Arveiaturace, a ajuda vem na forma de uma andarilha verbeeg
chamada Tinjong, que vive numa caverna à margem do mar a cerca de
1,5 km de distância.
Uma gigante com 2,7m de altura num gibão de pele de morsa salta
no gelo com uma velocidade e graça surpreendente apesar de seus
membros disformes e desengonçados. Embora seu rosto fino seja
difícil de ver sob o capuz forrado de pele de seu manto coberto de
gelo, está claro que o lado esquerdo de seu rosto se decai mais baixo
que o direito. Conforme a gigante se aproxima, ela derrapa numa
parada, repousa sua clava grande num ombro largo, e diz “Precisam
de alguma ajuda?”.
Tinjong evita o Duquesa Negra porque ela sabe que a Dragonesa
Branca o frequenta. Se os personagens aceitarem sua oferta, Tinjong
usa sua magia névoa obscurecente para obscurece-los, e então tenta
guiar todos para além do alcance de visão de Arveiaturace, que é de
18m.
Tinjong devota a Silvanus (deus da natureza) e não tem nenhum
compromisso. Ela tenta ser prestativa enquanto não pede nada em
retorno, e ela não carrega nada de valor. Embora ela não tenha
nenhum interesse em se tornar uma membra permanente do grupo,
Tinjong está disposta a acompanhar os personagens até a ilha de Auril
se o objetivo deles for confrontar a Donzela Gélida e encerrar com o
inverno eterno dela, alegando que isso é o que Silvanus queria que ela
fizesse.
Caverna da Tinjong. Se os personagens precisarem de um lugar para
descansar e se recuperar, Tinjong os leva para a sua caverna que dá
vista para o mar. Ela não contém nenhuma mobília, mas há bastante
pele para se aquecer e comida e óleo o bastante para iniciar uma
fogueira. Um chwinga compartilha a caverna com Tinjong, mas passa
muito do tempo dele se escondendo numa rocha. Ele aparece para
receber Tinjong quando ela retorna, no entanto. O chwinga gosta de
música e concede um encanto sobrenatural (veja “Novos Encantos de
Chwinga”) ao primeiro personagens que passar ao menos 1 hora
tocando música para ele.
Id Ascendente
Histórias sobre um cometa colidindo com as montanhas (veja “Relatos
nas Dez Cidades) ou uma missão sobre uma mensagem telepática (veja
“Sinal de Socorro”) pode trazer os aventureiros a esse local, bem como
um personagem que tenha o segredo do Prisioneiro Fugitivo (veja
apêndice B).
Queda do Nautiloide
Há sete dias, viajantes espaciais devoradores de mente esperando
capturar algumas espécies interessantes para estudo colidiram sua
nave – um nautiloide chamado Id Ascendente – enquanto tentavam
voá-lo através de uma nevasca. Os cocapitães da nave, Vorryn Q’uuol e
Dredavex Sinfiz, são gnomos ceremorfos CN, os quais são devoradores
de mente menores que o normal gerados em hospedeiros gnomos. Sua
tripulação consiste em três gnomos lulas chamados Rin, Rix e Zglarrd.
Veja a descrição de “Devoradores de Mentes” no apêndice C para mais
informações sobre gnomos ceremorfos e lulas.
Os illithids estão encalhados, a menos que eles possam encontrar um
cristal psiônico (veja apêndice D) para dar o salto inicial no sistema de
propulsão da nave. Vorryn e Dredavex estão gastando um esforço
considerável em manter sua nave funcionando e então não podem
conduzir a busca por si mesmos. Eles também não podem confiar nas
lula imbecis em concluir tal tarefa delicada. Por essas razões, os
gnomos ceremorfos precisam de ajuda. Eles construíram um
dispositivo que podem detectar a presença de cristais psiônico num
raio de 7,5 km, mas não encontraram nenhum. Os personagens podem
ter coletado um cristal psiônico da mina de gemas próxima a
Termalaine (veja “Uma Bela Mina”), caso no qual os gnomos
ceremorfos ficariam muito interessados em adquiri-lo.
A questão complicadora é o dano feito pela colisão ao sistema de
suporte à vida do nautiloide, pois uma vez que esse sistema desligar,
os illithids estão em risco de congelarem à morte. Se o desligamento
ocorrer antes de eles adquirirem um cristal psiônico, o plano de back-
up dos gnomos ceremorfos é ativar o sistema de autodestruição do
nautiloide (veja área N7) antes de abandonar a nave e fazer seu
caminho em direção às Dez Cidades com os gnomos lulas a reboque.
Interpretando os Gnomos Ceremorfos
Vorryn e Dredavex querem sair do Vale do Vento Gélido e retornar às
estrelas que eles chamam de casa com seus companheiros de ninhada
lulas e algumas novas criações ou descobertas interessantes. Eles
retêm sua curiosidade gnômica e o amor pela arte de funileiro, agora
misturada com a condução dos illithids pelo controle e
experimentação. Eles ficam lisonjeados em receber visitantes que
estejam dispostos a ajuda-los a adquirir um cristal psiônico ou,
falhando nisso, ajudar eles e os gnomos lula a se infiltrarem nas Dez
Cidades. Em troca, os gnomos ceremorfos estão dispostos a partilhar
suas pistolas a laser e itens mágicos da área N9.
Se os personagens quiserem buscar por um cristal psiônico, Dredavex
lhes dá uma caixa portátil que emite um barulho de cliques enquanto
um cristal psiônico estiver a até 7,5 km dela (veja área N5). Os
ceremorfos contam aos personagens que os cristais psiônico são
muitas vezes encontrados em lugares onde os devoradores de mentes
já viveram.
Diferente de muitos devoradores de mentes, que preferem se
comunicar usando telepatia, Vorryn e Dredavex preferem falar em voz
alta em Gnômico ou Subcomum, com um sotaque melhor descrito
como “pegajoso”. Vorryn é pretencioso e exasperado na maior parte
do tempo, mas também tem um senso de humor seco. Dredavex é
trabalhador e gosta aliviar a tensão contando piadas grosseiras que ele
aprendeu comendo cérebros de goblins. Se eles ou qualquer um dos
gnomos lula forem ameaçados, os ceremorfos reagem com intenções
mortais; do contrário, eles evitam combate.
Interpretando os Gnomos Lulas
Os gnomos lula tem uma fome cega por cérebros que muitas vezes
supera seu senso comum. Além dessa fome basilar, os gnomos lulas
não sabem o que eles querem. Eles têm a razão e o controle emocional
de bebês misturado com a malícia de gatos domésticos entediados.
Rin, Rix e Zglarrd fazem barulhos de esmagamento e de lamento
quando são excitados ou desapontados; do contrário, eles se
comunicam em explosões de emoção pontuadas com palavras curtas e
simples transmitidas telepaticamente. Os lulas confiam em Vorryn e
Dredavex e se perderiam sem os gnomos ceremorfos os vigiando.
Sinal Telepático de Socorro
Após o Id Ascendente ter colidido, os gnomos ceremorfos ativaram um
sinal de socorro feito para ser ouvido apenas por criaturas que tem
telepatia, incluindo qualquer personagem que estiver sintonizado com
o cristal psiônico encontrado na mina de gemas fora de Termalaine
(veja “Uma Bela Mina”). A tecnologia do sinal ainda não é perfeita,
posto que criaturas não-telepáticas foram conhecidas por captar o
sinal também. Você tem de decidir se uma criatura não-telepática pode
sentir o sinal ou não.
O transmissor psiônico transmite num loop infinito até Vorryn ou
Dredavex decidir desliga-lo, ou até o transmissor for desativado ou
destruído (veja área N7).
O sinal tem um alcance de 75 km. Aqueles poucos sortudos que
puderem detectá-lo e partirem para a fonte pode senti-la os guiando
em direção ao nautiloide derrubado. O sinal é uma sequência de
palavras em Dialeto Subterrâneo com um zumbido em tom suave.
Qualquer criatura que compreender o Dialeto Subterrâneo e for
sensitiva ao sinal pode traduzir a mensagem:
“O Nautiloide caiu. Protocolos de emergência ativados. Tripulação
salva, mas a nave em perigo. Cristal psiônico necessário. Venha
imediatamente”.
O Local da Colisão
Conforme a nave vinha, ela cavou um sulco através do vale nevado
antes de patinar até parar. Sua construção é parcialmente orgânica, e
os tentáculos se projetando da proa da nave são cobertos de muco que
permanece viscoso mesmo no frio extremo.
O interior da nave é uma bagunça. As paredes são crostas com
remendos de placas escamosa, e o chão é salpicado de manchas
pegajosas de uma substância negra que ruma através das veias da
nave. Equipamentos estão espalhados por toda a parte, tanto do
impacto da colisão quanto em razão do subsequente trabalho de
reparo.
Aproximando-se do Nautiloide
Conforme vocês marcham mais a fundo num vale montanhoso, um
brilho sinistro revela o contorno monstruoso de algo estupendo e
ameaçador. Parece um cefalópode com tentáculos pegajosos e
viscosos tão espessos quanto troncos de árvore que tentaram e
falharam em enterrar sua imensa massa na neve.
Dois vermes de carniça, pets treinados de Vorryn, vigiam pela neve
próxima à nave. Os personagens que tiverem valores de Sabedoria
(Percepção) Passiva iguais a 11 ou maior não são surpreendidos
quando as criaturas atacarem.
Os personagens paralisados pelos tentáculos dos vermes são
arrastados em direção ao nautiloide. A intenção dos vermes não é
comer os personagens, mas entrega-los a Vorryn para
questionamento.
Características do Nautiloide
O nautiloide tem as seguintes características:
Construção Biológica. A nave é construída de matéria orgânica em
adição à madeira e ferro. As paredes, chãos e tetos são reforçados com
quitina resistente.
Deque Enviesado. A nave inclina a sul num leve ângulo – não o
bastante para frustrar o movimento a bordo da embarcação, mas o
bastante para fazer com que certos objetos e líquidos no chão rolem
em direção a bombordo da nave.
Tetos. Os tetos têm 6m de altura, a menos que seja descrito o
contrário.
Iluminação. Todas as áreas da nave são fracamente iluminadas por
orbes bioluminescentes, tremeluzentes e carnudos montados nas
paredes ou suspensos do teto.
Portas Interiores. Cada porta interior a bordo da nave é um esfíncter
que se abre quando uma criatura que tem telepatia se aproxima a até
1,5m dele, e então rapidamente se fecha atrás da criatura e seus
companheiros para manter o aquecimento no interior. Uma porta deve
de outra forma ser forçada ou estimulada a abrir, o que requer uma
ação.
Suporte de Vida. O sistema de suporte de vida falhando está
mantendo a temperatura no interior em 10 graus Celsius. O sistema
para de funcionar completamente 24 horas após os personagens
chegarem (a menos que eles façam algo sobre isso), ponto ao qual a
temperatura começa a cair 10 graus Celsius por hora até corresponder
à temperatura do lado de fora.
Nautiloides
Projetados para se moverem pelo Plano Astral, os nautiloides são
naves voadoras bizarras que podem também transportar os
devoradores de mentes entre os vários mundos do Plano Material. A
Id Ascendente é uma dessas naves.
Um nautiloide se parece com a carapaça de um enorme náutilo
equipada com um ou mais deques exteriores e uma grande massa
virada para frente de tentáculos borrachudos. Os devoradores de
mentes usam esses tentáculos para sondar a superfície de um mundo
por criaturas interessantes a serem levadas de volta à casa para estudo
ou um banquete.
Os devoradores de mente perderam o segredo de manufaturar
nautiloides, o que significa que a perda de qualquer embarcação os
deixa um passo mais próximos de permanecerem presos no Plano
Material.
Locais do Nautiloide
Os seguintes locais estão marcados no mapa 2.7,
N1. Deque Dianteiro
Esse deque está 1,5m acima do nível do vale e está coberto com neve
fresca. Montado no deque está uma balista coberta de gelo. Na
traseira do deque, uma porta dupla feita de quitina e ferro está
enfiada sob dois deques mais altos, o menor dos quais tem uma
outra balista montada acima dele.
A porta dupla está fechada pelo gelo, mas não trancada. Um
personagem pode usar uma ação para tentar puxar para abrir as
portas, fazendo isso com um teste bem-sucedido de Força (Atletismo)
CD 14. O barulho é alto o bastante para alertar as criaturas da área N2.
Balista. Essa arma está inoperante desde a colisão.
N2. Cargueiro
Atrelado às paredes dessa câmara estão três conjuntos de correntes
e algemas projetadas para segurar criaturas grandes. Uma
escadaria sobe para o próximo deque em meio a engradados, barris
e pedaços quebrados de equipamentos.
 Movendo em meio aos detritos estão quatro criaturas. Três delas são
coisas púrpuras, repulsivas e pequenas que flutuam sobre o chão e
se puxam pelo chão usando tentáculos de face grandes. A quarta é
uma monstruosidade desajeitada feita de partes costuradas de
goblins, anões e renas.
Os três gnomos lulas (Rin, Rix e Zglarrd) deveriam supostamente estar
limpando o cargueiro, mas estão apenas empurrando o lixo pros
cantos e perturbando o golem de carne do Dredavex.
A menos que um dos gnomos ceremorfos esteja guiando o grupo pelo
cargueiro, o golem de carne tenta deixar os personagens
inconscientes. Os lulas são compelidos a tentar devorar os cérebros
dos personagens inconscientes, evitando combate no mais.
As correntes pesadas e algemas uma vez seguraram um par de vermes
de carniças e um bulette, todos os quais os gnomos ceremorfos
libertaram após a colisão. Os personagens encontraram os vermes de
carniça no caminho para a nave; eles encontram o bulette logo após
sairem (veja “Desafio do Bulette”).
A escadaria sobe até o deque de batalha (área N4). Os personagens que
examinarem os contêineres do cargueiro encontram dois barris de
lubrificante, dois barris de um lodo rosa feito de cérebros humanoides,
um engradado de partes de máquina, um engradado de armas (veja
“Tesouro” abaixo) e três engradados que os gnomos lulas vivem.
Desenvolvimento. Os sons de combate aqui atraem Dredavex, que
chega em 2 rodadas. Se quaisquer lulas tiverem morrido, Dredavex
telepaticamente convoca Vorryn e tenta matar o grupo. Do contrário,
Dredavex impede o golem e tenta neutralizar a situação e esclarecer
qualquer “desentendimento”.
Tesouro. Um dos engradados contém seis rifles de laser em porta-
armas (veja “Tecnologia Alienígena” em Guia do Mestre para mais
informações sobre rifles de laser). Três dos rifles foram parcialmente
desmontados e não são funcionais. Os outros três estão intactos, e cada
um contém uma célula de energia que permite ao rifle ser atirado 30
vezes. Uma célula de energia não pode ser recarregada. Descobrir
como atira e recarrega um rifle de laser requer dois testes bem-
sucedidos de Inteligência (um para descobrir como atira e outro para
descobrir como recarrega). Cada vez que um personagem fizer um
teste, compare o resultado do teste com a tabela Descobrindo a
Tecnologia Alien no Guia do Mestre.
N3. Casulos Criogênicos de Estase
Cada um desses quatro aposentos contém uma esfera de cristal
semitranslúcida e escarlate com 1,5m de diâmetro numa posição
baixa.
Uma porta no lado de cada esfera abre quando uma criatura que tenha
telepatia se aproxima a até 1,5m dela; metade da porta se abre para
cima e a outra metade se abre para baixo para formar uma rampa.
Cada esfera é um casulo criogênico de estase projetado para manter
um gnomo ceremorfo ou um gnomo lula vivo e saudável numa viagem
longa. Os casulos não são funcionais, a menos que a essência de poder
seja consertada, o que está além da capacidade dos ceremorfos.
N4. Deque de Batalha
Esse deque do meio tem uma capota aberta. Montado no deque está
uma balista virada para frente. As paredes são alinhadas com os
virotes da balista aguardando para serem usadas.
Escadas descem para a área N2 e sobem para a área N7, e uma porta
de carne leva para a área N5.
Balista. Essa maravilha de ultra engenharia gnômica ainda é
operacional. Mostradores, botões e alavancas adornam a estação do
atirador, a qual vem com instruções de tiro escritas em Qualith (uma
escrita parecida com braile que os illithids leem com seus tentáculos).
Um personagem que não tiver lido as instruções ou as tiver traduzido
deve passar num teste de Inteligência (Arcanismo) CD 15 para atirar
com a arma. Se o teste falhar por 5 ou mais, o dispositivo falha,
causando 2d8 dano cortante a uma criatura determinada
aleatoriamente a até 3m da balista.
N5. Manutenção
Os cristais se projetam do teto de quitina desse aposento de formato
esquisito. Alguns dos cristais estão acesos, e outros estão
tremeluzentes ou queimados. Placas de quitina foram desprendidas
das paredes em alguns lugares, expondo cavidades cheias de massas
emaranhadas de tubos negros. Espalhadas pelo chão estão
ferramentas de aparência incomum.
Se não tiver sido atraído para nenhum outro lugar, Dredavex fica aqui,
olhando numa cavidade de parede e tentando descobrir uma maneira
de impedir o sistema de suporte à vida de desligar. O gnomo ceremorfo
CN está equipado com dois itens não-mágicos:
Pistola a Laser. As regras para pistolas a laser aparecem no Guia do
Mestre. Essa arma pode disparar 33 tiros antes de sua célula de energia
ser drenada. Após seu último tiro ser gasto, a arma se torna
inoperante. A célula de energia não pode ser removida ou recarregada.
Detector de Cristal Psiônico. Essa caixa negra de metal é do tamanho
de uma barra de sabão. Ela emite um barulho de clique audível quando
um cristal psiônico estiver a até 7,5 km dela. Quanto mais perto o
objeto ficar do cristal psiônico, mais rápido são os cliques.
Um personagem que tentar ajudar Dredavex com o sistema de suporte
à vida pode fazer um teste de Inteligência (Arcanismo) CD 25 após
estudar a tecnologia alienígena por ao menos 1 hora. Num sucesso, o
personagem inventa uma solução que permita ao sistema de suporte
à vida permanecer operacional por 24 horas adicionais.
N6. Sala de Propulsão
Esse aposento contém uma esfera de metal negro brilhante com
1,5m de diâmetro com pequenas janelas hexagonais transparentes.
Dentes afiados de metal lembrando garras agarradoras se projetam
das paredes e tetos nas proximidades, estendendo-se em direção à
esfera, mas parando próximo a ela. Ao longo das paredes estão
estações de controle montadas em baixo e equipadas com botões e
mostradores.
A esfera negra contém os restos carbonizados de um cristal do
tamanho de um punho que poderia propelir o nautiloide pelo ar e pelo
espaço. O cristal rachou e implodiu durante a colisão. Até um
substituto ser encontrado, a nave fica estacionada no chão. Os gnomos
ceremorfos acham que podem usar um cristal psiônico como um
conserto temporário, mas eles não estão certos de onde encontrar um.
N7. Ponte
Suspensa do teto dessa câmara com abóbadas altas está uma treliça
complexa de medusa bioluminescente que usam as pontas
brilhantes de suas gavinhas para formar constelações. Uma cadeira
de encosto alto com braços curtos cobertos de orbes de cristal azul
brilhantes se inclina para cima em direção à exibição.
Um painel na parede estibordo se encontra aberto, expondo uma
gavinha pulsante de carne inserida com fragmentos de cristal.
Se não tiver sido atraído para nenhum outro lugar, Vorryn o gnomo
ceremorfo fica aqui, usando os orbes no elmo da nave (a cadeira) para
se comunicar telepaticamente com o nautiloide, o qual tem a
consciência liquefeita de vários outros devoradores de mentes fluindo
através de suas veias. O gnomo ceremorfo CN está equipado com dois
itens não-mágicos.
Pistola a Laser. As regras para pistolas a laser aparecem no Guia do
Mestre. Essa arma está totalmente carregada e pode disparar 50 tiros
antes de sua célula de energia ser drenada. Após seu último tiro ser
gasto, a arma se torna inoperante. A célula de energia não pode ser
removida ou recarregada.
Bastão do Pacificador. Esse bastão de metal negro com 18cm de
comprimento tem um botão no topo. Usar uma ação para pressionar o
botão faz com que o bastão emita um chilro. Qualquer criatura a até
9m do bastão que não estiver surda e tiver uma Inteligência igual a 3
ou menor deve passar num TR Cons CD 13 ou fica incapacitada por 1
minuto. Após cada ativação, há uma chance de 25% de o bastão
quebrar e se tornar inoperante.
Elmo. Essa cadeira está atrelada em segurança ao deque e não pode
ser usada por criaturas que não sejam devoradores de mentes.
Qualquer não-illithid que se sentar na cadeira e tocar ambos os orbes
de uma vez deve passar num TR Cons CD 17 ou fica atordoada por 10
minutos.
Autodestruição. Se Vorryn tocar um dos orbes azuis do elmo
enquanto Dredavex toca o outro, eles podem em conjunto ativar o
sistema de autodestruição do nautiloide. Os gnomos ceremorfos
tomam essa ação desesperada apenas se houver uma chance boa da
tecnologia da nave cair em mãos erradas ou se eles forem forçados a
abandonar a nave. Uma vez a contagem regressiva de autodestruição
começar, ela não pode ser parada. Uma voz em Dialeto Subterrâneo
conta regressivamente 60 segundos. Quando o contador chegar a 0, a
nave se desintegra numa explosão brilhante o bastante para ser vista
das Dez Cidades. Qualquer criatura no interior da nave ou a até 18m
dela quando isso ocorrer sofre 20d6 dano de força.
Sinal Telepático de Socorro. A “gavinha pulsante de carne” saindo da
parede aberta é o sinal telepático de socorro da nave. Ele pode ser
desativado das seguintes maneiras:
• Um devorador de mentes pode usar o elmo para desliga-lo.
• Qualquer criatura pode usar uma ação para tentar romper a gavinha
para fora da parede, fazendo isso com um teste bem-sucedido de Força
CD 16.
• A gavinha pode ser destruída ou cortada com uma arma cortante. Ela
tem CA 10, 15 PVs e resistência a dano psíquico.
Saídas. Portas de carne levam às áreas N8 e N9, enquanto escadas
descem para a área N4.
N8. Deque de Observação
O deque está coberto de gelo. Um tripé montado para um telescópio
está preso próximo ao corrimão exterior.
N9. Quarto dos Capitães
Essa câmara abobadada está toda bagunçada, com muito dela
pilhado acima de uma mesa com pernas de 30cm de altura. Atrás da
mesa está uma esfera de cristal com 1,5m de diâmetro montada
acima de um suporte baixo.
Cinco dispositivos brilhantes e estranhos estão atrelados às paredes
de quitina 2,1m acima do chão. Esses dispositivos parecem as pontas
de varinhas de metal seguradas em garras pinçadas.
Os cinco dispositivos nas paredes atiram feixes de energia radiante
sempre que um não-illithid está no aposento. No início de cada turno,
cada dispositivo mira uma criatura aleatória no aposento (incluindo
devoradores de mentes). O alvo deve passar num TR Des CD 16 ou é
atingido pelo feixe do dispositivo, sofrendo 1d8 dano radiante. Cada
dispositivo é um objeto Miúdo com CA 16, 3 PVs e imunidade a dano
psíquico e venenoso. Um personagem pode usar uma ação para tentar
arrancar um dispositivo da parede, fazendo isso com um teste bem-
sucedido de Força CD 10. Reduzir um dispositivo a 0 PVs ou arrancá-
lo da parede o destrói.
Esfera de Cristal. A esfera de cristal é um casulo criogênico de estase,
idêntico àqueles da área N3 e igualmente não funcional.
Mesa de Trabalho. Em meio à bagunça na mesa estão dois itens
mágicos (veja “Tesouro” abaixo), os quais um personagem pode
encontrar apenas vasculhando a bagunça. Qualquer criatura que o
fizer tem uma chance de 50% de bater duas coisas juntas e ativar uma
descarga elétrica. Quando tal descarga ocorrer, cada criatura a até
1,5m da mesa deve fazer um TR Des CD 17. Numa falha, a criatura sofre
1d8 dano elétrico.
Tesouro. Os dois itens mágicos na mesa de trabalho foram estilizados
em mundos distantes.
O primeiro é um monóculo de metal pegajoso com lentes
caleidoscópicas que funciona como óculos de visão momentânea.
O segundo é uma touca viscosa feita de uma lesma viva espacial, que
funciona como um elmo de telepatia. Uma criatura que se sintonizar a
esse equipamento para a cabeça pode captar o sinal telepático de
socorro do nautiloide.
Desafio do Bulette
Um dos últimos perigos confronta os heróis conforme eles deixam a
nave e seguem para fora do vale montanhoso:
Algo grande está criando um caminho fundo na neve, seguindo em
sua direção. Apenas a cumeeira do seu dorso brilhante quebra a
superfície da neve.
Vorryn e Dredavex liberaram um bulette hostil no meio selvagem após
a colisão porque eles não queriam alimentá-lo. Eles não têm controle
sobre a criatura, e eles basicamente se esqueceram dela. Eles falham
em alertar os personagens que isso representa uma ameaça a alguém
se aproximando ou saindo da nave.
Os personagens primeiro notam o bulette quando ele está a 36m de
distância deles, e tem três-quartos de cobertura sob a neve. Quando
ele chegar a até 9m do grupo, o bulette salta da neve e usa seu Salto
Mortal.
Se os personagens não o matarem, o bulette gradualmente migra em
direção às Dez Cidades.
Contenda dos Jarls
Os personagens podem vir aqui após ouvir um relato sobre um círculo
de tronos dos gigantes (veja “Relatos nas Dez Cidades”), ou eles podem
ser guiados para cá por Yselm Bloodfang (veja “Caminho de Yselm”).
Sete tronos glaciados e vazios formam um anel acima de um outeiro.
Sob a luz de uma lua cheia, as aparições de jarls gigantes do gelo
aparecem nos tronos, agarrando as extremidades dos seus braços de
descanso com dedos gélidos à medida em que eles relembram o
passado glorioso.
Os tronos ancestrais são esculpidos em blocos de pedra. Quando as
aparições dos gigantes de gelo se manifestarem, seus olhos brilham em
tom branco na escuridão. Três dos gigantes possui vestes de pele e
calças de couro; outros três vestem cota de malha da cabeça aos pés. O
sétimo gigante, Reggaryarva, é levemente maior que os outros e veste
um manto de escamas de dragão branco e um elmo chifrudo
magnificente. Reggaryarva foi certa vez chamado de o “jarl dos jarls” e
muitas vezes teve a palavra final – ou o machado arremessado – em
qualquer discussão acalorada. Ele se senta no trono que está virado a
norte, como é de se esperar. Abaixo do trono de Reggaryarva está um
cofre dedicado a Thrym, o deus dos gigantes de gelo.
Locais da Contenda dos Jarls
As descrições das seguintes áreas estão marcadas no mapa 2.8.
J1. Anel de Tronos
O gelo cobre os sete tronos dos gigantes arranjados num anel acima
de uma colina coberta de neve. Dezenas de corvos negros se reúnem
na vista acima.
Uma magia detectar magia ou magia similar revela uma aura de
necromancia ao redor do anel de tronos e se estendendo 3m para além
da borda externa do anel. Enquanto estiver nessa área, as criatura que
não tiverem resistência ou imunidade a dano de frio ganham
vulnerabilidade a dano de frio.
Os personagens podem ver as aparições de gigante de gelo apenas se
eles pisarem dentro do anel sob a luz de uma lua cheia. Do contrário,
os tronos estão vazios, e os personagens não tem nada mais com o que
interagir. As aparições se recusam a falar na presença dos
personagens, e eles não podem ser prejudicados ou expulsos.
Praticamente levantando um dedo, a aparição de Reggaryarva invoca
um esqueleto de gigante de gelo para desafiar o grupo. Se o esqueleto
for derrotado, ele desaparece, e Reggaryarva invoca dois caçadores
invisíveis para prosseguir com a luta. Cada criatura invocada dessa
maneira aparece num espaço desocupado da escolha do Reggaryarva
dentro do círculo de tronos.
Se os personagens derrotarem o esqueleto de gigante do gelo e os
caçadores invisíveis, Reggaryarva fica impressionado e não os desafia
mais. Consequentemente, o triunfo dos personagens garante a eles
uma recompensa: acesso ao cofre soba colina. As outras seis aparições
entoam palavras antigas em Gigante, fazendo com que Reggaryarva se
esvaia à medida que seu trono se eleva 9m no ar, revelando uma
escadaria escondida que desce para a área J2.
Se estiver presente, Yselm Bloodfang (druida do frio) os trai e os ataca
à medida em que o trono de Reggaryarva se eleva no ar. Um lobo
invernal enviado pela Donzela Gélida se une à luta do lado de Yselm.
Ambos os vilões lutam até a morte.
Quando a lua cheia desaparecer abaixo do horizonte, o trono de
Reggaryarva lentamente desce de volta ao lugar, selando a entrada do
cofre mais uma vez.
J2. Salão dos Braseiros
O cofre subterrâneo da Contenda dos Jarls é escavado da rocha e tem
tetos nivelados com 4,5m de altura em toda parte. Conforme os
personagens descem as escadas, leia:
À sua esquerda à medida em que vocês entram nesse salão obscuro
está uma porta dupla de pedra fechada sem maçanetas ou
dobradiças em seu lado. À sua direita está um túnel curvado
bloqueado por um portão de ferro que tem lacunas quadradas de
30cm entre suas barras horizontais e verticais. As dobradiças de
ferro no lado norte do portão indicam que ele abre para dentro.
Situados em alcovas rasas no final desse salão estão seis braseiros,
cada qual na forma de uma urna de pedra com 1,2m de altura e
60cm de largura sustentada confortavelmente acima de um
pedestal de basalto engarrado com 1,5m de altura. Esculpida em
cada urna está uma runa. Acima das alcovas agiganta-se um arco
de pedra, no qual algumas palavras estão inscritas.
A inscrição esculpida no arco acima das alcovas é um poema escrito no
alfabeto Anão:
Arrebate a escama de um dragão dormente;
Contra o vento soprante, fique firme.
Escale uma montanha com uma pedra em seu sapato;
Vagarosamente, a morte chega para você.
Seja a flecha que começa a guerra;
Deixe o sangue da vida cair até não cair mais.
Snatch a scale from a sleeping wyrm;
Against the blowing wind, stand firm.
Climb a mountain with a stone in your shoe;
On little feet, death comes for you.
Be the arrow that starts the war;
Let life’s blood fall till it falls no more.
Porta Dupla. A porta dupla para a área J5 está destrancada. Com uma
ação, um personagem pode empurrar e abrir ambas as portas com um
teste bem-sucedido de Força (Atletismo) CD 15.
Portão Trancado. O portão de ferro que sela a área J3 não vai abrir
até seis braseiros no salão serem acesos. As lacunas entre as barras
são muito pequenas para personagens Pequenos ou Médios passarem
espremidos.
Braseiros de Pedra. Qualquer personagem que compreender Anão ou
Gigante pode interpretar as runas nos seis braseiros como: dod
(morte), fjell (montanha), krig (guerra), liv (vida), vind (vento) e wyrm
(dragão). Quando os ingredientes apropriados forem alocados no
interior de um, fogo mágico preenche o braseiro. Esse fogo destrói o
conteúdo não-mágico do braseiro e queima por 1 hora. Somente
quando todos os seis braseiros forem acesos o portão para a área J3
pode ser aberto.
Os personagens podem encontrar muito dos ingredientes que
precisam na área J5. O poema (veja acima) fornece pistas para ajudar
os personagens a descobrir quais dos ingredientes pertencem a cada
braseiro. Por exemplo, a primeira linha do poema contém as palavras
“escama” e “dragão”, sugerindo que a escama de um dragão é
necessária para o braseiro que carrega a runa do dragão.
Wyrm (Dragão). Deixar cair a escama de um dragão nesse braseiro
invoca seu fogo. Os personagens podem substituir por alguma outra
parte do corpo de dragão, como uma presa ou garra.
Vind (Vento). Ar soprante nesse braseiro acende seu fogo. Nenhum
ingrediente é requerido.
Fjell (Montanha). Deixar cair uma pedra ou pedrinha de uma
montanha nesse braseiro invoca seu fogo.
Dod (Morte). Deixar cair uma criatura morta Miúda, ou três gotas de
sangue de qualquer criatura morta, nesse braseiro invoca seu fogo.
Krig (Guerra). Deixar cair uma flecha nesse braseiro invoca seu fogo.
Os personagens podem substituir por alguma outra peça de munição,
como um virote de besta ou uma pedra de funda.
Liv (Vida). Três gotas de sangue de uma criatura viva devem cair
nesse braseiro para fazer seu fogo aparecer.
J3. Túnel Encurvado
Não há nada de memorável nesse túnel. Ele termina num par de portas
pesadas de pedra. Um personagem pode usar uma ação para empurrar
e abrir ambas as portas com um teste bem-sucedido de Força
(Atletismo) CD 15, liberando o acesso à área J4.
J4. Virar a Chave Dourada?
Um grande baú de carvalho com adereços de prata se encontra
encostado na parede diretamente oposta às portas duplas. Uma
chave dourada se sobressai da fechadura inserida no baú.
O baú tem 3m de comprimento, 1,5m de largura e 1,8m de altura, com
um tampo em forma de um semibarril. A chave dourada na fechadura
não é a chave que destranca o baú, e ela pode ser removida em
segurança (a chave real está na área J5). Após a chave ser puxada, um
personagem pode usar as ferramentas de ladrão para tentar abrir a
tranca, fazendo isso com um teste bem-sucedido de Destreza CD 20.
Uma magia arrombar ou mágica similar também abre o baú.
Portal de Saída. Virar a chave dourada na tranca não destranca o baú,
mas ao invés conjura uma porta num quadrado de 3m através do qual
a área J1 pode ser vista. A porta aparece na parede norte, acima do baú.
Qualquer criatura que atravessar essa porta é teleportada a um espaço
desocupado dentro do círculo de tronos. Um enxame de corvos então
desce sobre essa criatura e a ataca. Corvos o bastante estão
circundando a Contenda dos Jarls para criar quatro desses enxames.
O portal é de mão única apenas; ele não pode ser visto ou entrado a
partir da área J1. O portal se fecha automaticamente após 10 minutos,
fazendo com que a chave dourada vire de volta à sua posição original.
O portal se fecha instantaneamente se a chave dourada for removida
da tranca do baú.
Tesouro. A chave dourada vale 25po. Dentro do baú, guardado num
suporte de madeira, está um chifre de explosão. Empilhado ao redor do
chifre estão seis machados de batalha voadores (use a ficha de espada
voadora) que atacam assim que o tampo se abrir.
J5. Câmara dos Baús
Essa câmara comporta quatro grandes baús de madeira com
adereços de ferro e fechaduras inseridas. Suspenso num gancho no
meio do teto está um anel de ferro de 30cm de diâmetro com quatro
chaves de ferro com 30cm de comprimento e uma única chave de
prata com 30cm de comprimento pendurada nele.
As chaves são de tamanho apropriado para as fechaduras nos baús
enormes. Para alcançar o anel de chaves, os personagens devem ou
usar magia para escalar as paredes ou empilhar os baús numa
extremidade e escalá-los. Outras soluções pode ser apresentadas;
tente recompensar o engenho dos jogadores. O anel de chaves é
pesado demais para se erguer com uma magia mão mágica, mas a
magia pode ser usada para desparafusar o gancho do qual o anel está
suspenso, fazendo com que as chaves caiam. As chaves de ferro
destrancam os baús desse aposento. A chave de prata (que vale 2po)
destranca o baú da área J4.
Baús. Cada baú pesa 75 kg e tem 3m de comprimento, 1,5m de largura
e 1,8m de altura, com um tampo na forma de um semibarril. Um
personagem pode usar uma ação para tentar abrir a tranca de um
barril usando as ferramentas de ladrão, fazendo isso com um teste
bem-sucedido de Destreza CD 15. Uma magia arrombar ou mágica
similar também abre o baú.
Cada baú contém um único item. Os quatro itens são os seguintes:
• Uma flecha élfica
• Uma coruja nevada morta, dura de congelada
• Uma escama reluzente de um dragão branco jovem
• Uma pedra do tamanho de um punho do Sepulcro do Kelvin
Saindo da Contenda dos Jarls
Conforme os personagens saem da Contenda dos Jarls, leia o seguinte
texto aos jogadores:
Através da neve soprante, vocês veem uma gigante de gelo com um
cabelo longo e branco andando na direção de vocês. Em suas mãos,
ela segura uma corrente gélida com uma bigorna parafusada numa
extremidade dela.
A gigante de gelo, Gromin’gorn, é hostil e tem sangue nobre em suas
veias gélidas. Ela veio à Contenda dos Jarls para ser testada pelos
espíritos de seus ancestrais. Somente ao passar nesse teste ela pode
esperar liderar sua tribo. Se um dos personagens estiver abertamente
carregando o chifre de explosão da área J4, Gromin’gorn tenta
reivindica-lo para si, acreditando que esse é o teste que seus ancestrais
definiram para ela. Em suas mãos, ele causa 3d12+6 dano contusivo
num acerto. Ela pode fazer dois ataques com ele com uma ação.
Karkolohk
Uma prisão-fortaleza goblin se agarra a um rochedo gélido na encosta
das colinas rochas e ventosas a oeste da Espinha do Mundo. Do poleiro
dessa montanha decrépita, os goblins se lançam em ataques contra
caravanas viajando da e para as Dez Cidades e montam expedições de
caça pela tundra.
Qualquer um dos seguintes ganchos podem atrair os personagens para
os portões de Karkolohk:
• Os personagens descobrem sobre a fortaleza goblin quando eles
estão nas Dez Cidades (veja “Relatos nas Dez Cidades”).
• O xerife Markham Southwell de Bryn Shander contrata os
personagens para trazer a ele a cabeça do chefe goblin, Yarb-Gnock
(veja “Sem Paz” e “Diplomacia dos Gnomos” abaixo).
• Os personagens seguem uma carroça goblin de volta a Karkolohk
(veja “Canecas Espumantes”).
• Os personagens encontram um amuleto de guardião protetor no
Pináculo Perdido de Netheril e usam seu traço de rastreamento, o que
os leva para Karkolohk, onde o guardião protetor é encontrado.
Segredo do Chefe Yarb-Gnock
Governar uma horda de goblins é um trabalho ingrato. É uma dura
lição para um feiticeiro gnomo das rochas aprender.
Há cinco anos, antes do Vale do Vento Gélido ter a paisagem perpétua
do inferno congelado que ele tem hoje, Spellix Romwod estava
viajando pelo cominho da montanha com uma pequena caravana
quando ele foi pego numa avalanche. Os goblins que engatilharam a
avalanche capturaram os parceiros de Spellix e os arrastaram de volta
às suas cavernas nas montanhas para serem comidos. Spellix, a quem
os goblins negligenciaram, os seguiu e planejou um plano ardiloso
para libertar seus companheiros. Usando materiais descartados da
caravana destruída, ele arquitetou uma vestimenta para si mesmo.
Disfarçado como um goblin semimetálico, ele se infiltrou no covil dos
goblins e fez o seu melhor para se adequar, espertamente usando as
magias imagem silenciosa para esconder as imperfeições do seu
disfarce. Quando lhe foi oferecido um osso para mastigar, sua boca
goblin mecânica não funcionou e não parava de ranger seus dentes.
Assim, Spellix Romwod veio a ser conhecido como Yarb-Gnock, que
significa “Sempre Mastigando” em Goblin.
Spellix estava repelido pela miséria dos goblins e teve piedade deles.
Abandonando toda a preocupação pelos seus antigos parceiros, de
quem ele particularmente não gostava de toda forma, Spellix adotou o
nome dado a ele pelos goblins e passou vários dos meses seguintes
arquitetando meios de aprimorar o padrão de vida deles. Um bom
tempo após os outros membros da caravana serem comidos, Yarb-
Gnock se tornou o novo chefe após o anterior ter se sufocado até a
morte na língua de uma cabra da montanha. À época, Yarb-Gnock já
tinha desenhado planos para construir uma fortaleza nas montanhas.
Karkolohk, a palavra em gnômico para “casa”, tornou-se o sonho da
tribo dos goblins de um futuro melhor.
Conforme os goblins foram finalizando a construção de sua nova casa,
o inverno eterno desceu sobre o Vale do Vento Gélido. Poucas
caravanas fizeram caminho pela passagem da montanha, forçando o
Chefe Yarb-Gnock a enviar carroças de goblins mais longe em busca de
comida e recursos.
Apesar dos seus melhores esforços, o gnomo em vestes de goblins
podia sentir que a tribo estava ficando gradativamente frustrada. Os
goblins sentiam como se estivessem trabalhando duro para pouco, e
alguns estavam começando a suspeitar que o Chefe Yarb-Gnock era
uma fraude.
Confinado no frio com criaturas que o matariam se descobrissem a
verdade, o Chefe Yarb-Gnock está sem ideias para manter os goblins
motivados em outras tarefas e começou a temer que os goblins estão
atrás dele. Sua fantasia está começando a se desfazer, e a paranoia tem
tirado seu sono. O número de “traidores” lançados do topo da
montanha aumenta a cada ciclo da lua, e os goblins não sabem que
dentre eles estão espiões leais a Yarb-Gnock. A desconfiança infectou
cada recanto e fenda de Karkolohk.
Spellix Romwod estava começando a pensar que a hora viria para
abandonar seu parentesco goblin e buscar refúgio nas Dez Cidades
quando, há dois dias, sua sorte melhorou repentinamente. Os goblins
catando numa carroça tropeçaram num objeto curioso na tundra – um
caixote em forma de ovo e metálico (esse objeto foi expelido de um
nautiloide illithid logo antes de ele colidir nas montanhas a leste,
conforme descrito em “Id Ascendente”). O Chefe Yarb-Gnock acha que
o caixote pode conter algo maravilhoso, e conseguir abri-lo tem se
tornado a sua nova obsessão.
Visão Geral de Karkolohk
Os goblins de Karkolohk muitas vezes assombram a trilha que conecta
as Dez Cidades a outros assentamentos mais longe ao sul, embora ela
tenha visto pouco tráfego atualmente. Os prisioneiros são mantidos
em jaulas penduradas até congelarem à morte, de onde os goblin os
cozinham e comem.
Os rastros profundos deixados pelas carroças goblins levam para e de
Karkolohk, tornando fácil encontrá-la apesar da precipitação densa de
neve. Assim que os personagens estiverem dentro dos sopés das
colinas e viajarem alto o bastante para passarem pelas nuvens, a
fortaleza se torna visível a cerca de 1,5 km de distância.
A fortaleza é trabalhada na espora da encosta de uma montanha num
caminho que usa o ambiente natural para sua vantagem. Situada no
topo de uma colina, os pontos de visão exterior dos goblins possuem
uma excelente vista de qualquer um se aproximando.
O clima nas montanhas é tão violento que as estruturas de Karkolohk
ocasionalmente se soltam e racham na lateral da montanha. Em outros
momentos, os experimentos químicos que deram errado colocaram as
estruturas de madeira em chamas. Assim, o forte está sempre
movimentado com construção e reparos.
Mentalidade dos Goblins
O Chefe Yarb-Gnock ensinou aos goblins a aproveitar seu destino e não
parar por nada para conseguir o que eles querem. Criaturas
oportunísticas que são, eles levam qualquer sinal de fraqueza como
uma abertura para ganhar uma vantagem. Se o assédio moral e a
intimidação não funcionarem, os goblins usam mais táticas passivo-
agressivas e secretas. Se eles acharem que estão em desvantagem ou
que eles vão ter uma perda inevitável, os goblins farão tudo o que
puderem para recuar de tal situação, seja através de suborno,
bajulação ou traição.
Visitantes não são bem-vindos em Karkolohk. Ademais, os goblins que
vivem aqui detestam os não-goblins, especialmente gnomos. Fossem
os gnomos um pouco menores, eles veriam através do disfarce
rudimentar do Chefe Yarb-Gnock e a magia que ele usa para esconder
suas imperfeições e despedaçariam Spellix Romwod membro por
membro.
Diplomacia dos Gnomos
Se você decidir usar a missão “Sem Paz”, os personagens são tratados
como diplomatas pelos goblins e são permitidos se aproximar e entrar
na fortaleza ilesos, contanto que eles não façam nenhum mal aos seus
habitantes. Assumindo que eles evitam uma abordagem violenta, os
personagens são escoltados por um goblin até a mesa de jantar do
Yarb-Gnock (área K11) para um banquete privado com o chefe. Esse
banquete consiste numa cabra da montanha cozida.
O que acontece depois depende do objetivo do Yarb-Gnock, o qual
pode ser um dos seguintes:
• Se o objetivo do Yarb-Gnock for fazer uma trégua com as Dez Cidades,
ele dá ao grupo uma tira de pele de coelho enrolada no final da
refeição. Nessa tira de pele ele escreveu uma breve e formal nota em
Comum endereçada ao Conselho dos Oradores das Dez Cidades. Ela
afirma que os goblins de Karkolohk vão parar de atacar os viajantes e
caravanas indo e vindo das Dez Cidades pelo tempo em que o tratado
de paz entre as Dez Cidades e Karkolohk perdurar, e ela carrega a
assinatura de Yarb-Gnock na base. Após entregar a eles a mensagem,
Yarb-Gnock incita os personagens a sairem imediatamente e
entregarem-na ao Salão de Conselhos em Bryn Shander.
• Se o objetivo de Yarb-Gnock for fugir de Karkolohk, a refeição se
conclui com Yarb-Gnock requisitando aos personagens para escolta-lo
ao Salão do Conselho em Bryn Shander. Confundindo qualquer
tentativa de Yarb-Gnock de sair de Karkolohk com uma abdução
orquestrada pelos personagens, os goblins atacam os personagens
conforme eles tentam fugir da fortaleza com Yarb-Gnock sobre o
controle. Durante essa tentativa de fuga, Yarb-Gnock luta apenas em
autodefesa, contando com os personagens para lidarem com
quaisquer goblins que ficarem no caminho.
Locais de Karkolohk
Os seguintes locais estão marcados no mapa 2.9.
K1. Torres de Vigia
A fortaleza tem três dessas estruturas achatadas, duas com vista para
a chegada leste e uma terceira situada acima dos penhascos a oeste.
Cada torre de vigia possui 6m de altura e tem uma escada de madeira
frágil que leva ao topo, onde uma coluna espessa de fumaça vem de um
braseiro que é mantido acesso a qualquer momento.
Quatro goblins vestidos com roupas de frio fazem guarda no topo de
cada torre. A muralha de ameias garante a eles meia-cobertura contra
ataques de fora do forte. Eles deveriam estar vigiando sinais de
problemas do lado de fora, mas os goblins preferem ficar ao redor do
braseiro para se aquecerem. Um goblin tem um chifre que pode ser
soprado para ressoar um alarme, colocando a fortaleza inteira em
alerta.
Uma vez que os visitantes não são bem-vindos em Karkolohk, os
goblins atiram flechas em qualquer um que consigam ver. Um
personagem que quiser passar furtivo por uma torre de vigia ou
escalar sua escada sem ser detectado deve passar num teste de
Destreza (Furtividade) CD 9. Se múltiplos membros do grupo
estiverem tentando a mesma tarefa, faça-os realizarem um teste em
grupo ao invés.
K2. Portão Principal
Um braseiro ardente lança sua luz tremeluzente em muralhas com
estacas a 9m de altura que margeiam o portão principal. Quatro
goblins olham para baixo a partir dessas muralhas, dois de cada
lado. O portão tem 6m de altura e é estilizado com pedaços de
madeira hachurados que foram amarrados. Uma corrente pesada e
um cadeado sela o portão do lado de dentro.
Seis goblins tremem e marcam seus pés no topo das muralhas,
tentando se manter aquecidos. Eles são um bando tagarela, fazendo
piadas às custas um do outro. Cada muralha tem uma escada de
madeira levando até ela.
Um personagem que queira se aproximar do portão sem ser detectado
deve passar num teste de Destreza (Furtividade) CD 9. Se múltiplos
membros do grupo estiverem tentando a mesma coisa, faça-os realizar
um teste em grupo ao invés.
Um personagem próximo ao portão pode usar uma ação para alcançar
através dele e tentar abrir o cadeado congelado usando as ferramentas
de ladrão, fazendo isso com um teste bem-sucedido de Destreza CD 20.
Os guardiões do pátio (veja área K3) carregam a chave da tranca.
Um personagem Pequeno pode tentar se espremer sob o portão ou
entre suas barras de madeira, fazendo isso com um teste bem-
sucedido de Destreza (Acrobacia) CD 20.
K3. Pátio
Duas pontes de madeira frágil se agigantam sobre essa área nas
alturas de 9m e 15m respectivamente. A ponte mais alta tem uma
grande seção faltando em seu meio, e o que resta dessa estrutura
não parece seguro.
Duas jaulas de ferro estão suspensas a partir de vigas que se
estendem a sudeste para fora da ponte inferior. Uma das jaulas
rodopia em sua corrente de ferro pesada conforme a agitação de
corvos de penas pretas despedaçam o corpo da criatura desolada
presa no interior. Abaixo da ponte está um worg com um montador
em suas costas. O montador, enfaixado em roupas de frio, parece ser
um goblin gordo. A norte e oeste da ponte superior, descansando na
neve, estão três grande jaulas de madeira, atualmente vazias.
As jaulas de madeira foram construídas para comportar os ursos
polares que puxam as carroças dos goblins.
O goblin montando o worg é Snubsuk, o guardião do pátio. Seu
trabalho é trancar e destrancar o portão principal da área K2. O worg
investe nos intrusos, fazendo como que Snubsuk caia das costas do
worg e fique caído na neve. Snubsuk é um covarde e foge quando
estiver separado de sua montaria, fazendo seu caminho para o topo da
área K5. Snubsuk carrega a chave para o portão principal, pendurada
numa corrente algemada ao seu pulso esquerdo.
Pontes e Jaulas. O centro da ponte a 15m de altura desmoronou há
alguns dias. Os goblins usaram os detritos para acender fogueiras e
ainda não consertaram a ponte. A ponte a 9m de altura está intacta e
não está sendo guardada. Uma das jaulas suspensas dela contém um
prisioneiro: um humano morto que os corvos estão comendo.
K4. Plataforma dos Arqueiros
Essas plataformas de madeira rangem e tremem abaixo dos pés. Cada
uma delas tem dois goblins em roupas de frio e dois lobos estacionados
no topo dela.
Se um alarme ressoar, os goblins começam a procurar por alvos no
chão para disparar com seus arcos curtos. Se o inimigo se mover a um
local que os goblins não conseguem ver, eles montam nos lobos e se
movem até uma outra plataforma de arquearia.
K5. Plataforma Principal de Batalhas
Essa torre de vigia de madeira com 9m de altura está conectada a
montes nevados em cada lado dela por pontes de madeira.
Suspensas para fora dela estão um par de jaulas de ferro vazias, e
pendurando abaixo da plataforma elevada da torre está um
constructo parecido com golem de 2,7m de altura com uma cabeça
na forma de elmo. Essa engenhoca humanoide está atrelada a um
arranjo de cordas e polias que o faz parecer uma marionete gigante.
Quando os anúncios ou gritos de guerra precisam ser feitos, o topo
dessa torre é onde o Chefe Yarb-Gnock fica para falar com a tribo dos
goblins. Nenhum goblin está nela atualmente, embora ela veja uma
quantidade considerável de tráfego. Uma escada de madeira frágil
corre da plataforma ao chão. O lado de baixo da plataforma está
manipulado com um sistema de cordas e polias que os goblins podem
usar para içar qualquer coisa mais pesada que um goblin, e o topo da
plataforma tem dobradiças cobertas de neve construídas nela que
podem ser erguidas para chegar no aparelhamento abaixo.
Constructo Pendurado. O constructo pendurado abaixo da
plataforma é um guardião protetor que sobreviveu à queda de Ythryn,
embora seu mestre não. Ele foi severamente danificado com a colisão;
consequentemente, seu PV máximo foi reduzido a 80. Para ativar e
controlar o guardião protetor, os personagens precisam do seu
amuleto, o qual está dentro de uma torre antiga que se quebrou
quando Ythryn veio abaixo e colidiu na tundra (veja “Pináculo Perdido
de Netheril”). Eles também precisam operar o sistema de polias e
cordas dos goblins para descê-lo ao chão; descobrir como o sistema
funciona requer um teste bem-sucedido de Inteligência CD 15.
O guardião protetor foi construído por um mago netherense e tem
quase duzentos anos de idade. Esculpido em seus massivos antebraços
está o símbolo pessoal do mago. Após a torre do mago ter desabado, o
guardião deixou o pináculo para ir encontrar ajuda, mas foi enterrado
numa avalanche. Ele eventualmente desligou. Séculos depois, um
bando de goblins o escavaram e o trouxeram para Karkolohk.
Infelizmente para eles, o guardião não pôde ser reativado. Após
algumas ideias, o Chefe Yarb-Gnock decidiu pendura-lo nessa
plataforma, usando cordas e polias como fios de marionetes para fazer
o guardião parece animado e aterrorizante. Esse constructo deve ter
sido uma aparição vívida para se contemplar num ponto, mas a aura
de ameaça ao redor dele rapidamente se foi, e os goblins perderem
todo o interesse nele.
K6. Cabanas dos Curandeiros
Numa saliência larga e coberta de neve, seis tendas cônicas
estilizadas com peles de animal e cascas extraídas de madeira foram
arranjadas num círculo ao redor de um braseiro queimando.
Cada cabana é o lar de um curandeiro goblin em roupas de frio. Cada
um possui um kit de primeiros socorros. Além disso, cada curandeiro
tem um pet de cabra da montanha, do qual ele extrai leite e que pode
ser usado como um montaria.
Manafek. A curandeira goblin na cabana mais a leste se chama
Manafek. Ela também lê o destino por padrões de estudo do sangue de
corvos espirrados na neve. Ela é sábia o bastante para ter visto através
do disfarce do Chefe Yarb-Gnock e está contemplando se chantageia o
gnomo das rochas ou o expõe. Ela tende a primeira opção, uma vez que
ela não está certa se os goblins vão escolhê-la como sua nova líder se
Yarb-Gnock morrer.
K7. Passarela da Perdição
Uma passarela de madeira com 6m de comprimento se agarra à
borda de um precipício. Seu corrimão com estacas está adornado
com fitas de pano esfarrapado e crânios de goblin.
Sempre que o Chefe Yarb-Gnock quer dar um exemplo aos goblins, o
pobre desgraçado é arrastando aos berros para essa passarela. O
goblin pode ou se jogar para fora do penhasco para a morte ou morrer
pelas espadas dos seus semelhantes. Os crânios pertencem aos goblins
que nunca chegaram ao fim da passarela. Os corvos deixaram os
crânios limpos.
A passarela foi mal construída e apresenta sinais de ter sido reparada
muitas vezes após ser danificada pelo vento. Se mais de 100 kg for
alocado na metade mais externa dela, a coisa toda quebra e cai na
encosta da montanha. Qualquer criatura na passarela quando ela
quebrar deve fazer um TR Des CD 16. Num sucesso, a criatura salta
para fora e cai no chão próximo à escarpa. Numa falha, a criatura cai
45m nas rochas gélidas com ossos de goblin espalhados entre elas,
sofrendo 15d6 dano contusivo do impacto.
K8. Cabana dos Goblins
Cabanas decrépitas se agarram precariamente à face rochosa, com
suas escadas de corda balançando a cada lufada de vento.
Essas cabanas estão seguras à face rochosa com palafitas. Cada cabana
está de 4,5m a 6m acima do caminho de tábuas de madeira que corre
o comprimento da saliência abaixo delas. O interior das cabanas é
forrada com peles de animais e tiras espessas de casca. Cada cabana
contém um goblin adulto e 1d6 crianças goblins (não-combatentes).
Quando a fortaleza está sob ataque, os goblins que vivem aqui puxam
suas escadas de corda, o que torna a subida às cabanas difícil. Uma
criatura pode chegar a uma cabana escalando o penhasco gélido, mas
fazê-lo requer um teste bem-sucedido de Força (Atletismo) CD 15.
K9. Vestíbulo do Forte Principal
Quatro goblins em roupas de frio guardam esse salão esboçado. Se um
alarme ressoar, os guardas deixam cair uma barra pesada de madeira
pela porta dupla ao sul até o Chefe Yarb-Gnock der a ordem de removê-
la. Um aríete portátil ou arma de cerco similar é necessário para
quebrar a porta barrada.
K10. Alojamento dos Guardas
Esses aposentos estão mobilhados similarmente com peles sarnentas
montadas acima de redes feitas de velhas redes de pesca. Nenhum
goblin está descansando aqui quando os personagens chegam.
K11. Sala de Jantar
Uma pequena mesa de banquete domina essa sala, e não há nenhuma
cadeira uma vez que os goblins são esperados que se sentem ao chão.
A mesa e o chão estão bagunçados com ossos de peixe, pedaços de
carne apodrecida e outros dejetos deixados das refeições anteriores.
Ninguém jamais limpou esse lugar.
Os personagens que empreenderem na missão “Sem Paz” são trazidos
até aqui para se encontrar e jantar com o Chefe Yarb-Gnock. Os
personagens são esperados aguardarem aqui até Spellix vestir seu
disfarce de Yarb-Gnock e aparecer de seu quarto (área K12). Ele engaja
numa pequena conversa até a comida chegar cerca de 10 minutos
depois.
Quando o aposento não estiver em uso, um goblin sozinho faz a guarda
no interior do aposento próximo à porta leste, a qual está selada e
fechada com uma barra de madeira e tem um olho-mágico com
veneziana no nível do olhar de um goblin. Se alguém bater do outro
lado dessa porta, o guarda olha pelo olho-mágico para ver quem está
lá. Se ele vir um rosto amistoso, ele ergue a barra e abre a porta. Um
personagem pode usar uma ação para tentar forçar a abertura dessa
porta do outro lado, quebrando a barra com um teste bem-sucedido de
Força (Atletismo) CD 22. Quando a sala de jantar está em uso, os
guardas se retiram ao alojamento (área K10).
K12. Quarto do Chefe
A porta para esse aposento tem três fechaduras. Um personagem pode
usar uma ação para tentar força a abertura da porta, fazendo isso com
um teste bem-sucedido de Força CD 15. Spellix Romwod rapidamente
veste seu disfarce se alguém bater na porta ou tentar quebra-la, mas
ele leva 1 minuto para fazê-lo. Enquanto estiver colocando seu disfarce
de goblin, Spellix faz uma breve conversação (em Goblin) através da
porta fechada para ganhar tempo.
A seguinte caixa de texto assume que Spellix teve tempo para vestir
seu disfarce antes de os personagens abrirem a porta. Se eles o
pegarem no ato, modifique a descrição em concordância:
Esse aposento quadrado de 3m contém duas estantes de madeira
que abrigam objetos semidesmontados e outras quinquilharias. No
meio do aposento, um goblin de aparência esquisita em roupas de
frio se encontra próximo a um engradado em forma de ovo e
metálico tão grande quanto ele. Nas proximidades está uma
pequena cama forrada em pele e um braseiro cheio de carvão
quente.
Os personagens que buscarem nas quinquilharias das estantes
encontram um conjunto de ferramentas de funileiro e três bugigangas
(determinadas a rolar na tabela de Bugigangas do Vale do Vento Gélido
no apêndice A).
Se os personagens claramente se mostrarem como inimigos dos
goblins, Spellix remove sua máscara de goblin de modo que os
personagens não o confundam com um inimigo. Se for perguntado
como ele foi parar nessa situação atual, Spellix conta a eles que ele é
um ator metódico treinando para o papel de um senhor de guerra
goblin numa peça (ele não pode se ajudar – ele mente sobre tudo).
Os personagens podem facilmente forçar Spellix a fazer o que eles
dizem, uma vez que eles são claramente mais poderosos que sua horda
de goblins. Enquanto estiver em seu disfarce de Yarb-Gnock, Spellix
pode ser usado como anfitrião para facilitar a fuga dos personagens,
ou ele pode comandar os goblins a ficarem quietos e permitirem que
os personagens saiam do forte ilesos. Se Manafek (veja área K6) ainda
estiver viva, ela pode se mostrar inesperadamente com uma legião de
goblins e expor o impostor, forçando Spellix a colocar seu destino nas
mãos dos personagens. Se os personagens renderem o gnomo aos
goblins, Spellix é levado para passar pela Passarela da Perdição (veja
área K7), e os personagens ficam livres para ir sem maiores incidentes.
Engradado em Forma de Ovo. Feito de metal mágico, esse contêiner
indestrutível tem 1m de altura e 90cm de largura, com uma base
nivelada que o permite ficar ereto e costuras no topo que sugerem que
ele se abre como uma flor. Embora ele pareça liso, sua superfície é
pegajosa. Ele pesa 125 kg e tem um painel de luzes lampejantes abaixo
de seção do meio protuberante. O painel tem um teclado de nove
dígitos travando o mecanismo, e cada botão brilhante tem relevos
parecidos com braile nele. Spellix não conseguiu remover o teclado ou
quebrar e abrir o engradado, então ele tem tentado diferentes
combinações na tranca.
Os personagens não vão conseguir descobrir a combinação de oito
dígitos rapidamente, de modo que a maneira mais fácil de abrir o
engradado é conjurar arrombar nele ou pagar alguém nas Dez Cidades
para conjurar a magia (veja “Magia nas Dez Cidades”).
Destrancar o engradado faz com que o abocanhador matraqueante
contido no interior se expila para fora. Ele ataca todas as outras
criaturas indiscriminadamente.
K13. Tesouraria
Esse pequeno aposento está vazio.
Pináculo Perdido de Netheril
Enterrado na tundra está o pináculo de uma torre que se separou da
cidade netherense de Ythryn quando ela caiu do céu há
aproximadamente duzentos anos. O pináculo se despedaçou à medida
em que ele se inseriu na terra, de cabeça para baixo. Lá, ele
permaneceu por séculos, enterrado sob a neve e o gelo.
O mago netherense que viveu no interior do pináculo não sobreviveu
à colisão. O guardião protetor do mago não apenas sobreviveu, mas
também escavou seu caminho para fora, criando um túnel que os
outros podem usar para chegar ao interior do pináculo. Até
recentemente, a entrada desse túnel foi enterrada sob gelo e neve.
Após sair do pináculo, o guardião protetor vagou na Espinha do
Mundo, onde ele desligou e ficou perdido por séculos até um bando de
goblins o encontrarem recentemente e o levarem para seu forte na
montanha (veja “Karkolohk”).
Os personagens podem descobrir sobre o pináculo nas Dez Cidades
(veja “Relatos nas Dez Cidades”) ou eles podem tropeçarem nele por
acidente enquanto caçam (veja “Caça pelo Yeti Vermelho”). O NPC que
conta o relato está disposto a guiar os personagens ao local do
pináculo por não menos que 20po. Após fazê-lo, o guia deseja ao grupo
sorte antes de voltar às Dez Cidades.
Antes de os personagens encararem os desafios do pináculo, reveja a
informação sobre Dzaan na seção “Irmandade Arcana” do apêndice C.
Os detalhes relacionados ao simulacro e guarda-costas do Dzaan são
especialmente pertinentes, dado que é o que os personagens estão
prestes a descobrir.
Mago de Thay Não Tão Morto
Dzaan instruiu seu simulacro a permanecer no pináculo e ordenou
Krintaas, seu guarda-costas inumano, a vigiá-lo. O simulacro está
ansioso em ativar a câmara das runas no nível mais baixo (área P16),
porque a magia desse aposento pode transformar uma criatura ou
objeto ilusório num real (dentro dos limites). O simulacro acha que
pode usar a câmara das runas para se transformar num clone de carne
e osso do Dzaan, mas ativar a câmara requer uma fagulha de vida, o
que o simulacro não possui. Krintaas, que também carece de uma
fagulha de vida, está impacientemente esperando pelo retorno de
Dzaan e anula os esforços do simulacro de testar a câmaras das runas.
Nem o simulacro nem Krintaas estão cientes de que o real Dzaan está
morto (veja “Trabalho Pesado e Problemas”).
Quando os personagens aparecerem, o simulacro de Dzaan fica em
êxtase. Finalmente, algumas criaturas vivas e potencialmente úteis
chegaram! O simulacro vai barganhar, se tornar amigo, ameaçar ou
fazer qualquer outra coisa que ele achar que pode funcionar para
conseguir fazer com que um ou mais deles o acompanhe até a câmara
das runas. Se os personagens souberem que o real Dzaan está morto e
transmitirem essa informação ao simulacro, ele fica ainda mais
determinado.
Assim que descobrir que Dzaan está morto, Krintaas faz o que tiver de
ser feito para assegurar que o simulacro consiga a fagulha de vida de
que precisa para ativar a câmara das runas.
Aproximando-se do Pináculo
Quando os personagens chegarem à vista da seção do pináculo que
está visível na superfície, leia:
Uma espora de rocha de formato irregular com 6m de altura se
projeta para fora da tundra à frente de vocês. Sua superfície
brilhante e lisa não pode possivelmente ter sido desgastada pelo
vento. Não, sua protuberância parece totalmente fora do lugar,
como se tivesse sido cravada no chão.
Um personagem que examinar a protuberância pode fazer um teste de
Inteligência (História) CD 15 para discernir sua natureza (o traço
Especialista em Pedras dos anões pode se provar útil aqui). Num
sucesso, o personagem pode confirmar que a pedra não é nem formada
naturalmente nem manualmente esculpida, mas em vez disso formada
por magia. Se o teste tiver sucesso por 5 ou mais, o personagem
também discerne que a rocha protuberante é do topo de uma estrutura
maior que continua no subterrâneo.
Entrada Escorregadia
Os personagens que buscarem pela área ao redor da protuberância
encontram um túnel escorregadio com 1,5m de diâmetro que entra no
chão num ângulo íngreme, e então desce adentrando a terra
congelada. Um personagem se movendo pelo túnel sem a ajuda de um
equipamento de escalada ou magia deve passar num teste de Força
(Atletismo) CD 15 ou escorrega incontrolavelmente ao fundo, ficando
caído na área P1, mas não sofrendo nenhum dano. Os personagens
podem abrir mão de escalar e simplesmente descer deslizando no
túnel, com um resultado similar. Voltar à superfície requer
equipamento de escalada ou magia.
Visão Geral do Pináculo Perdido
Em adição à mostra dos quatro níveis do pináculo, o mapa 2.10 revela
uma visão lateral do pináculo em seu estado original e uma mostra
transversal do estado atual: quebrado, em grande parte enterrado e de
cabeça para baixo.
As características constantes do pináculo estão resumidas abaixo:
Tudo Está de Cabeça para Baixo. Todos os locais transversais
mostrados no mapa 2.10 estão de cabeça para baixo. Para chegar neles,
os personagens tem de andar nos tetos e escalar sobre os topos das
portas. Mobílias que não estiverem seguramente aparafusadas às
paredes ou chão se encontram desarranjadas, ou em fragmentos, no
teto.
Iluminação. Todos os aposentos, corredores e escadarias são
iluminados por magias de chama contínua conjuradas em arandelas.
As chamas ainda apontam em direção ao teto, traindo sua natureza
mágica. Elas não emitem calor.
Alturas dos Aposentos e Portas. Todos os aposentos e passagens
têm 3,6m de altura, com tetos e chãos nivelados, a menos que o texto
diga o contrário. Todas as portas tem 2,4m de altura e são arqueadas;
estar de cabeça para baixo as transforma numa concavidade, barreiras
com 1,2m de altura que devem ser superadas para ir de um aposento
ao outro.
Túneis. O guardião protetor fez buracos pelo chão e criou túneis em
alguns lugares durante sua fuga do pináculo. Os personagens podem
usar essas aberturas para se mover entre os níveis, mas eles vão
precisar de cordas ou magia para subirem ou descerem em segurança.
Locais do Pináculo Perdido
Os seguintes locais estão marcados no mapa 2.10.
P1. Entrada de Cabeça para Baixo
O túnel escorregadio se abre num aposento de cabeça para baixo,
cujo conteúdo está coberto de gelo. Além do túnel está uma porta de
madeira que está nivelada com o teto, o qual costumava a ser o chão.
A porta está entreaberta, e flanqueando ela estão duas estátuas
idênticas de pedra que suspensas e viradas de ponta cabeça como
estalactites. Ao lado das estátuas estão arandelas com chamas
viradas de cabeça para baixo nelas.
As estátuas, as quais se mesclam perfeitamente ao teto, revelam um
humano de rosto comprido vestido com robes de mago e segurando
um cajado. As estátuas costumavam ter proteções mágicas nelas, mas
essas proteções se esvaíram há muito tempo.
P2. Corredor de Cabeça para Baixo
As escadas de cabeça para baixo na extremidade leste desse corredor
cheio de gelo certa vez conectavam à área P9, mas a passagem está tão
cheia de detritos e gelo que ela não pode ser usada.
P3. Biblioteca de Cabeça para Baixo
Estantes altas afixadas na parede externa expeliu seu conteúdo no
chão que virou o teto. Uma mesa grande se encontra ao seu lado,
com uma perna quebrada. Um túnel com 1,5m de largura no chão a
leste leva a uma descida.
Muitos dos livros dessa biblioteca foram destruídos pelo tempo e
negligência. O grupo de aventureiros que Dzaan contratou para ajudá-
lo a procurar o pináculo removeu todos os livros que eles
consideraram valiosos, incluindo grimórios. Eles deixaram para trás
alguns que podem interessar certos personagens:
Maravilhas Mágicas de Netheril. Esse livro é uma coleção de
entrevistas com arquimagos netherenses, que discutem seus estudos
sobre magia élfica antiga e a criação dos mythallars (veja apêndice D).
O livro inclui esboços de tais dispositivos.
Mistérios dos Phaerimms. Esse livro dá um holofote nos phaerimms
– monstros telepáticos em forma de funil de intelecto malevolente que
se espreitam no Subterrâneo – e inclui rabiscos perturbantes deles.
 Magos no Vazio. O nascimento do império netherense é contado nessa
história de outra forma arrastada e enfadonha sobre as vidas de três
magos netherenses.
Túnel em Descida. Um túnel escavado na parede norte desce para a
área P6 no nível 2.
P4. Oficina de Cabeça para Baixo
Esse aposento contém equipamentos misturados e despedaçados,
muitos deles próximos a duas mesas de trabalho pesadas e de
madeira – uma em seu lado, e a outra de cabeça para baixo.
Os personagens que buscarem pelos destroços encontram uma chave
de ferro que destranca o baú de metal na área P5.
P5. Depósito de Poções de Cabeça para Baixo
O chão desse aposento está coberto de fragmentos de vidro, poças
congeladas de fluidos derramados, e os destroços de dois gabinetes.
Num nicho do canto mais distante do aposento, um baú de metal
está aparafusado ao teto. Seu tampo está trancado.
A chave para o baú pode ser encontrada na área P4. Um personagem
usando as ferramentas de ladrão podem abrir a tranca do baú com um
teste bem-sucedido de Destreza CD 15.
Tesouro. Os personagens que abrirem o baú de cabeça para baixo deve
ser cuidadosos para não deixar seu conteúdo cair. O baú contém
uma poção de encolher
quatro poções de resistência (uma de cada tipo entre ácido, fogo, força
e frio). Se nenhuma precaução for tomada, as poções escapam para
fora do baú aberto e se despedaçam no chão, torando-se inutilizáveis.
Qualquer personagem abaixo do baú pode tentar pegar uma poção
caindo usando uma mão livre, fazendo isso com um TR Des CD 10 bem-
sucedido.
P6. Laboratório de Cabeça para Baixo
Esse aposento contém duas jaulas de metal, ambas severamente
danificadas. Nas proximidades, dois túneis asperamente escavados
– um no teto e um no chão – levam a outras áreas. Janelas estreitas
ao longo da parede externa encurvada proporciona a vocês um
vislumbre da terra dentro da qual essa estrutura se empalou.
As jaulas de metal foram derrubadas bastante durante a colisão e se
partiram facilmente. Uma dela contêm a carapaça de uma pessoa
parecida com inseto. Um personagem que examinar esse objeto e
passar num teste de Inteligência (Natureza) CD 20 pode identifica-lo
como vindo de um thri-kreen.
Túneis de Cabeça para Baixo. Túneis escavados no meio do aposento
sobem para a área P3 e descem para a área P11.
P7. Sala de Estudos dos Aprendizes de Cabeça para Baixo
Uma mesa de cabeça para baixo se encontra no meio desse
aposento, e livros estão espalhados ao redor dela. Agarrada à
parede externa encurvada está uma lareira de cabeça para baixo.
Ao longo da mesma parede está uma janela com nada além de terra
compactada além dela.
Pegar o texto de P14 sobre o basilisco
Os membros da expedição anterior procurou pelos livros e coletou os
melhores. Os personagens que examinarem por toda a parte os
restantes podem encontrar alguns de interesse que são salváveis:
Guia do Ajamar para o Fantástico. Essa dissertação jovial e
despreocupada sobre ilusão mágica era uma leitura requerida em
muitas salas de aula netherenses. Ela descreve maneiras sagazes de
usar magias de ilusão comuns.
A Mente Livre. Esse texto lunático discute como um poderio existe
somente como um cérebro desincorporado, preservado por íons num
fluido de suspensão mágica. Ele inclui esboços de cérebros em jarros.
Um oni com a aparência de Dzaan está aqui. Ele porta inclusive o amuleto do
guardião protetor e sua glaive diminuida para o tamanho médio.
P8. Sala de Leitura de Cabeça para Baixo
Esse aposento contém os restos despedaçados de uma escrivaninha
e algumas cadeiras. Vocês rapidamente descobrem que todo o som
é mudo aqui.
Uma magia permanente de silêncio abrange esse aposento, o qual os
aprendizes usavam para estudar em silêncio. O efeito pode ser
dissipado (CD 18).
P9. Escadaria Desmoronada
Essa escadaria certa vez se conectava à área P2 no nível 1, mas a
passagem está cheia de destroços e gelo para ser usada.
Aprendiz Morto. Parcialmente enterrado sob os destroços está um
esqueleto humano em robes maltrapilhos – os restos de um aprendiz
que morreu na colisão. Os personagens que examinarem o esqueleto
notam que um dos seus dedos de ossos está faltando. Um explorador
anterior notou um anel no dedo, não conseguiu removê-lo, e decidiu
quebrar fora todo o dedo ao invés.
P10. Escadaria em Espiral Cheia de Destroços
Essa escadaria em espiral costumava conectar os níveis 2 até o 4, mas
está cheia de destroços, tornando-a impassável.
P11. Laboratório de Cabeça para Baixo
Essa câmara parece ter sido o laboratório de um mago, como
evidenciado pelos armários de armazenagem e estantes vazias
presas às paredes de cabeça para baixo, o vidro despedaçado e
equipamentos alquímicos espalhados pelo chão, e os símbolos
arcanos pintados no que é agora o teto. No meio desse espaço,
portas com 1,5m de largura arrombadas no teto e no chão levam a
outros níveis. Próximo a elas, uma parede parcialmente
desmoronada expõe um aposento que se encontra adiante.
A lacuna na parede oeste foi feita por membros de uma expedição
anterior, após eles descobrirem uma porta secreta que eles não
puderam abrir. A porta secreta foi reduzida a escombros, criando uma
lacuna na parede que leva à área P13. O simulacro de Dzaan e seu
guarda-costas inumano, Krintaas, estão na área P12 e se movem para
investigar quaisquer distúrbios daqui.
Tesouro. Qualquer personagem que passar alguns minutos coletando
pelos detritos encontra uma pequena chave de latão (a qual destranca
o baú invisível na área P15) e um porta-pergaminho selado feito de
chardalyn. Ele contém um pergaminho de invisibilidade marcado num
pedaço de folha dourada enrolada. O porta-pergaminho de chardalyn
é seguro de se manusear.
P12. Neve e Sombra
A menos que seja atraído à área P11 por um distúrbio, o simulacro de
Dzaan e seu guarda-costas inumano, Krintaas, ficam aqui. Omita o
segundo parágrafo da caixa de texto seguinte se esses NPCs não
estiverem presentes:
Algum esforço foi colocado para arrumar o conteúdo desse aposento
de cabeça para baixo, criando um escritório funcional. Uma mesa se
encontra no meio do aposento, circundada por pequenas pilhas de
livros. Repousado na mesa está um amuleto zumbindo numa
corrente.
Uma figura se encontra
Duas figuras se encontram atrás da mesa. Uma é um combatente
morto-vivo numa armadura de couro batido, com sua carne morta
e acinzentada colada em seus ossos e sua face presa numa carranca
terrível. O outro é um homem jovem e atraente em roupa de frio. Sua
face, abaixo de um chapéu desgastado de bruxa, demonstra olhos de
estudiosos e um sorriso acalorado. “Bem-vindos ao pináculo perdido
de Netheril”, ele diz. “Meu nome é Dzaan”.
Os personagens que observaram a execução ardente de Dzaan (veja
“Trabalho Pesado e Problemas”) reconhecem o jovem homem como
oni
Dzaan – de volta dos mortos, ou ao menos assim parece. O simulacro,
por outro lado, nunca se encontrou com os personagens antes. Para
conquistar a confiança deles, ele tenta ser honesto e intuitivo. Ele é
autoconsciente o bastante para saber o que é, mas ele não pode crescer
ou aprender nessa forma atual. Ele pede aos personagens para ajudá-
lo a se tornar uma criatura de carne e osso como o mago que o criou.
Ele não sabe nada sobre o destino de Dzaan ou os crimes pelos quais o
real Dzaan foi executado. O oni exige o grimório do Dzaan, em troca do
amuleto no peito dele.
No curso de uma conversa, o simulacro compartilha a seguinte
informação:
“Eu sou um simulacro do meu criador. Essa torre é nada além de um
fragmento de uma cidade voadora netherense que despencou há
aproximadamente duzentos anos e se encontra em algum lugar sob
a geleira.
“No nível mais baixo dessa torre invertida, meu criador encontrou
uma câmara que pode tornar ilusões em realidade. A fagulha de
vida de uma criatura viva é necessária para ativar seu poder. Como
uma criação de neve e sombra, eu não tenho nenhuma fagulha de
vida própria, e Krintaas, meu guarda-costas morto-vivo, não pode
me ajudar com isso. Eu asseguro a vocês, a câmara não pode de
maneira nenhuma machucar ninguém”.
O simulacro do Dzaan carece de um grimório. Se for atacado, seu
impulso é de se tornar invisível e fugir, e depois usar sua magia levitar
para ascender a torre enquanto Krintaas cobre sua fuga. Se ele escapar
do pináculo, ele faz seu caminho para as Dez Cidades; como uma coisa
feita de gelo e neve, o simulacro pode atravessar a tundra sem medo
de congelar à morte. Uma vez efetuada a troca, o oni fica invisível e foge.
Amuleto. O objeto na mesa é o amuleto para um guardião protetor.
Dzaan o recuperou da área P15 e o trouxe para cá a fim de examiná-lo.
Nem o simulacro nem Krintaas sabe o que o amuleto faz, nem se
importam. O simulacro vai alegremente dá-lo aos personagens se um
ou mais deles concordarem em acompanha-lo à câmara das runas no
nível mais baixo. Uma magia detectar magia revela uma aura mágica
de encantamento ao redor do amuleto.
O amuleto tem um disco com 12cm de largura composto de madeira
com borda de prata e uma runa esculpida em sua face (essa runa
corresponde àquela nos antebraços do guardião protetor e é o símbolo
pessoal do mago que criou ambos).
Esse amuleto de guardião protetor em particular é um item mágico
rato que requer sintonização, e apenas humanoides podem sintonizar-
se a ele. Um humanoide que se sintonizar com o amuleto sabe a
distância e a direção do guardião protetor, contanto que o amuleto e o
guardião estejam no mesmo plano de existência. Com uma ação, o
portador pode tentar reativar o guardião protetor, fazendo isso com
um teste bem-sucedido de Inteligência (Arcanismo) CD 20. A
reativação pode ser tentada apenas enquanto o amuleto o guardião
estiverem a até 3m um do outro. O amuleto no mais funciona conforme
descrito na descrição de guardião protetor no Manual dos Monstros.
Livros. O simulacro tem coletado pelos destroços do pináculo e
reunido livros que podem ser úteis. Os personagens podem encontrar
os seguintes títulos legíveis em meio às pilhas de livros danificados e
sem valor no chão:
Pergaminhos Perdidos de Sabreyl. Escrito em Élfico, esse tomo
acadêmico copia e analisa os fragmentos de oito pergaminhos antigos
deixados para trás por um mago elfo do sol que ensinou magia para os
gigantes das nuvens em Ostoria, um império passado que colapsou há
40.000 anos.
Das Sombras, a Substância. Esse trabalho de especulação discute
como alguém pode dominar a Trama para transformar um objeto ou
criatura ilusória na sua contraparte real, com comentários e críticas de
ilusionistas netherenses dignos de nota.
Aqui Jaz o Rei. Esse romance de trama elaborada contém um
ilusionista que usa magia para personificar um príncipe, suplantar um
rei, governar um reino fictício por 61 anos e falsear sua própria morte.
Ventatost. Esse livro usa testemunhos e teorias da conspiração para
reunir eventos que levam à destruição de uma cidade netherense
chamada Ventatost, a qual se desintegrou conforme ela voava sobre a
floresta de Cormathor há aproximadamente dois mil anos, antes da
queda de Ythryn.
P13. Santuário de Cabeça para Baixo
Os personagens que bisbilhotarem a lacuna da parede leste veem o
que parece ser um santuário sem muitas decorações ou elegância:
Um altar de pedra está atrelado ao teto desse aposento semicircular
de outro modo vazio. Uma estrela de oito pontas está esculpida na
face leste do altar.
Os personagens que passarem num teste de Inteligência (Religião) CD
15 reconhecem o símbolo no altar como o símbolo sagrado de Mystryl,
a primeira encarnação de Mystra, a deusa da magia. Se esse teste
passar por 5 ou mais, o personagem também sabe que santuários
sagrados a Mystryl são lugares raros e muitas vezes cheios de
mistérios.
Altar. O altar está suspenso 2,7m acima do “chão” e mescla
perfeitamente com o “teto” ao qual ele está atrelado. Uma magia
detectar magia ou mágica similar não revela a aura mágica ao redor do
altar, a qual está protegida por uma versão permanente da magia aura
mágica de Nystul que oculta sua natureza mágica. Se uma dissipar
magia for conjurada no altar com sucesso (CD 18), seguida de uma
magia detectar magia ou mágica similar, ela irradia uma aura de ilusão
mágica.
A primeira vez que um personagem que puder conjurar magias tocar
o símbolo de Mystryl esculpido na frente do altar, um frasco arrolhado
cheio de líquido azul luminoso aparece num brilho de luz “acima” do
altar e imediatamente cai, despedaçando-se no teto transformado em
chão a menos que alguém dentro do alcance o pegue. Pegar o frasco
caindo requer um TR Des CD 10 bem-sucedido. Se mais de um
personagem passar nesse TR, aquele que rolou o maior valor é quem
o pega. Se o frasco se despedaçar, seu conteúdo evapora
instantaneamente. Apenas um frasco desse pode ser criado, após o
qual o altar se torna não-mágico.
Um personagem pode usar uma magia identificar ou mágica similar
para determinar as propriedades do líquido azul no frasco. Qualquer
criatura que beber tudo dele ganha a habilidade de conjurar o truque
ilusão menor à vontade, usando Inteligência como sua habilidade de
conjuração. Se a criatura que beber o líquido já puder conjurar o
truque ilusão menor, ou se o líquido for consumido por mais de uma
criatura, nada acontece e a dádiva é desperdiçada.
P14. Refeitório de Cabeça para Baixo
Esse aposento está onde os antigos inquilinos do pináculo se reuniam
para refeições. Os personagens que ficarem amigos do simulacro de
Dzaan são alertados sobre a criatura nesse aposento.
Talheres enferrujados, pratos despedaçados e cadeiras quebradas
se encontram espalhados no chão em meio a duas mesas, uma
revirada e outra de lado.
Rastejando para fora detrás da mesa revirada está um réptil
desajeitado com oito pernas e olhos brilhantes.
Um basilisco hostil se enfiou nesse aposento, tendo rastejado para
dentro do pináculo há algumas semanas.
transferido para P7
P15. Dormitório de Cabeça para Baixo
A cama nesse aposento está de cabeça para baixo no chão, com seus
cobertores apodrecidos revelando por baixo o colchão desintegrado.
Montado na parede norte está um espelho quebrado e alto numa
moldura de pedra que se merge perfeitamente à parede ao redor.
Repousando abaixo de duas janelas entupidas de sujeita está um
esqueleto humano coberto de gelo e esmigalhado nos retalhos
desgastados de um pijama.
O esqueleto esmigalhado é tudo o que resta do mago netherense a
quem essa torre certa vez pertenceu. Perturbar os restos faz com que
o espírito maligno do mago, um fogo-fátuo, apareça e ataque. Se o fogo-
fátuo perder mais da metade de seus PVs, ele usa sua próxima ação
para se tornar invisível e assombra os personagens pelo resto do
tempo deles no pináculo, atacando alvos solitários ou aqueles que não
puderem revidar facilmente. O fogo-fátuo está vinculado ao pináculo e
não pode sair dele, nem pode ser apaziguado.
O espelho montado na parede norte pode ser quebrado ou retirado. Os
personagens que passarem pelo basilisco pode usar o espelho para
refletir o olhar do basilisco.
Tesouro. Os personagens que procurarem por todo o aposento
encontram um baú atrás da cama. O baú foi deixado invisível por uma
magia que pode ser encerrada com um dissipar magia bem-sucedido
(CD 18). O baú tem uma fechadura inserida, a chave para a qual pode
ser encontrada na área P11. Um personagem usando ferramentas de
ladrão pode tentar abrir a tranca com uma ação, fazendo isso com um
teste bem-sucedido de Destreza CD 17 (com desvantagem se o
personagem não puder ver a tranca).
O baú pesa 12,5 kg. Ele é hermético em relação ao ar e água e mágico,
tanto que seu interior tem uma temperatura constante igual a 20 graus
Celsius. Ele pode ser vendido pelo valor de 100po.
Dentro do baú está o que parece ser um grimório antigo revestido em
couro que carrega uma runa em sua coluna idêntica àquela que
aparece no amuleto de controle do guardião protetor da área P12. O
grimório se desintegra poucos segundos após o baú ser aberto.
Quaisquer magias que certa vez estavam contidas nele são perdidas
para sempre.
P16. Câmara das Runas de Cabeça para Baixo
As paredes dessa câmara são inscritas com runas interconectadas e
estragadas com rachaduras. O que é agora o teto carrega inscrições
similares que rodopiam para dentro, convergindo ao redor de um
disco de cristal dourado com 1,5m de diâmetro.
Uma magia detectar magia ou mágica similar revela uma aura de
transmutação mágica abrangendo o aposento inteiro. A primeira vez
que alguém entrar no aposento, leia:
Uma figura ilusória aparece de cabeça para baixo no canto mais
distante do aposento, ficando no teto. Ela aparenta ser o mesmo
mago humano de rosto comprido exibido nas estátuas logo adentro
da entrada do pináculo. Ela começa a falar num idioma estranho,
possivelmente esquecido.
Conjurar dissipar magia na figura ilusória faz com que ela desapareça.
Do contrário, ela desaparece após dar seu pequeno discurso. Assim
que ela for embora, a invenção não pode ser invocada novamente por
24 horas.
Qualquer criatura que puder compreender Loross, o idioma
favorecido pelos magos de Netheril, pode traduzir as palavras do mago
ilusório da seguinte maneira:
“Contemplem minha obra de arte! Aqui as ilusões podem se tornar
reais, as sombras se tornam substanciais! Crie sua ilusão, deixe-a
acima do disco de cristal, e observe minha câmara das runas fazer
seu serviço!”
O simulacro de Dzaan não pode aprender nada novo ao estudar as
runas e cristais. No entanto, qualquer personagem que passar ao
menos 1 minuto fazendo isso pode, com um teste bem-sucedido de
Inteligência (Arcanismo) CD 15, verificar o seu propósito: transformar
criaturas e objetos ilusórios em reais. Se o teste passar por 5 ou mais,
o personagem também sabe o seguinte:
• A câmara das runas não pode produzir itens mágicos, objetos
animados, constructos ou mortos-vivos.
• Uma fagulha de vida é necessária para transformar uma criatura
ilusória numa física. Agindo muito como uma fagulha de eletricidade,
ela dá ao aposento o solavanco que ele precisa para completar a
transformação (nenhum de tal componente é necessário para objetos).
• As rachaduras nas paredes danificaram bastante das runas para
comprometer a magia do aposento, o que pode levar a resultados
inesperados (alertar o simulacro de Dzaan sobre esse risco não o
desencoraja de usar a câmara das runas).
Objetos Ilusórios. Quando um ou mais objetos ilusórios forem
alocados sob o disco de cristal, o disco emite uma luz dourada e
branda. Role um dado percentual e consulte a tabela de Efeito da
Câmara das Runas para determinar o que acontece na sequência. Trate
múltiplos objetos ilusórios (por exemplo, um pilha de moedas
ilusórias) como um único objeto coletivo e role uma vez na tabela para
todos eles.
Criatura Ilusória. Quando uma criatura ilusória se encontrar abaixo
do disco de cristal, o disco emite uma luz dourada e branda. No
entanto, nada acontece até uma criatura viva tocar a ilusória. Quando
isso acontecer, role um dado percentual e consulte a tabela de Efeito
da Câmara das Runas para determinar o que acontece na sequência.
Se o simulacro de Dzaan se tornar real, veja a seção “Dzaan Vive!”
abaixo.
d100 Efeito
O objeto ou criatura ilusória é destruído. Se isso
acontecer ao simulacro do Dzaan, ele
01-10
instantaneamente é reduzido a 0 PVs e desmorona
numa pilha de gelo e neve.
O objeto ou criatura ilusória é transformado numa
bolha hostil de ectoplasma mágico e corrosivo que
11-50
usa a ficha de pudim negro. Essa bolha de energia
mágica pode ser dissipada (CD 16).
O objeto ou criatura deixam de ser uma ilusão e se
tornam reais por 2d12 horas. Uma criatura trazida
ao ser dessa forma está sob o controle do DM e usa
51-90
qualquer que seja a ficha que melhor corresponda à
sua forma. Quando ela deixar de ser real, ela
desaparece da existência.
O objeto ou criatura deixa de ser uma ilusão e se
torna real permanentemente. Uma criatura trazida
ao ser dessa forma está sob o controle do DM e usa
91-100 qualquer que seja a ficha que melhor corresponda à
sua forma. Além disso, o dano às runas faz com que o
disco de cristal queime, tornando a câmara não mais
funcional.
Dzaan Vive!
Se a câmara das runas funcionar apropriadamente e o simulacro se
tornar um verdadeiro clone de Dzaan, o mago agradece aos
personagens por sua ajuda e pede a eles para não discutir o que
aconteceu com ninguém nas Dez Cidades. Veja a descrição de Dzaan no
apêndice C para informações sobre modificar a ficha do simulacro em
razão da transformação num clone de Dzaan. Krintaas permanece ao
lado de Dzaan como seu guarda-costas morto-vivo e leal.
O objetivo maior de Dzaan é pilhar Ythryn. Sem seu grimório, no
entanto, o mago é lamentavelmente mais fraco. Ocultado sob as
camadas de roupas de frio, Dzaan e Krintaas devem viajar até Bryn
Shander para obter um grimório em branco, bem como suprimentos
de escrita e provisões. Enquanto isso, Dzaan incita os personagens a
buscarem e destruir seus rivais da Irmandade Arcana. Dzaan assume
que seus rivais estão se escondendo nas Dez Cidades e pinta um
retrato nada lisonjeiro de cada um:
• “Avarice é um evocadora tiefling que gosta de destruição. Seu ponto
fraco é a sua paranoia. Ela não pode se deixar confiar em ninguém
exceto talvez seus dois companheiros gárgulas, e mesmo eles são
suspeitos”.
• “Nass Lantomir é uma adivinha humana. Ela gosta de extrair
conhecimento dos outros ao ler seus pensamentos. Sua fraqueza é que
ela sempre está olhando para frente, nunca para trás dela”.
• “Vellynne Harpell é uma necromante humana, tão fria e insensível
quanto os corpos que ela anima. Ela é uma velha tola e pálida cujo
maior tino – seu nome de família – não tem nenhum serventia no Vale
do Vento Gélido”.
Incursão dos Bugbear
Antes dos personagens sairem do pináculo, seis bugbears
atravessando a tundra tropeçam na protuberância na neve e descem
para a área P1. Uma vez lá, eles começam a procurar no nível mais alto
por comida e tesouro. Os bugbears são frios e estão tremendo, e seus
rosnados e reclamações podem ser ouvidos por todo o pináculo
conforme eles se orientam.
O líder dos bugbears, Brekk, é um rufião cuja aliança pode ser
facilmente comprada. Brekk e sua gangue servem a qualquer um
disposto a alimentá-los, e sua lealdade pode ser comprada com
moedas (2po por dia a cada bugbear). Os personagens que não tiverem
nenhum interesse em lutar com os bugbears ou contratá-los como
mercenários pode pagar 10po a cada um deles para deixarem o
pináculo de uma vez e continuar seu caminho alegremente.
Acampamento das Tribos Reghed
Os acampamentos das tribos Reghed estão espalhados por todo o Vale
do Vento Gélido. Nenhum deles aparece nos mapas porque eles não
ficam num lugar por muito tempo.
Cada tribo Reghed é composta de pequenos clãs, cada qual com seu
próprio líder (o mais poderoso quem muitas vezes carrega o título de
rei ou rainha). Um clã pode constituir seu acampamento por uma ou
duas dezenas, e depois desfazê-lo e voltar e se mover, permitindo ao
clã ficar próximo a uma horda migratória de renas conforme elas
viajam pela tundra.
Os personagens podem ser atraídos a um acampamento Reghed por
um relato ou uma missão (veja “Relatos nas Dez Cidades” e “Canibais
da Tribo do Lobo”), ou eles podem ser levados a um acampamento por
batedores Reghed rondando a tundra (veja “Encontros no Ambiente
Selvagem”). Os personagens podem também visitar acampamentos
Reghed no capítulo 5, conforme eles encaram os testes colocados
perante eles por Auril a Donzela Gélida.
Antes de os personagens encontrarem esses acampamentos, releia a
informação sobre tribos Reghed e seus líderes no apêndice C. Apesar
de terem escutado sobre os clãs da mesma tribo se misturarem e
construírem seus acampamentos próximos ao de uma outra tribo, as
quatro tribos evitam contato umas com as outras. Os membros de uma
tribo raramente são encontrados no acampamento de uma outra tribo,
a menos que algum tipo de diplomacia tenha sido feito.
Aproximando-se de um Acampamento
Conforme os personagens se aproxima do acampamento de uma tribo
Reghed, leia:
Espalhado pela tundra à frente de vocês está um ponto de
acampamento com mais de uma dúzia de cabanas arranjadas em
dois anéis concêntricos, com as cabanas maiores agrupadas
próximo ao meio. Entre as cabanas queimam várias fogueiras. O ar
ao redor do acampamento cheira a carne assada, e vocês podem
ouvir os latidos e uivos de cães. Num lado, fora do perímetro das
cabanas, vários trenós vazios estão agrupados.
Figuras corpulentas vestidas em gibões espessos e portando lanças
patrulham o perímetro do acampamento, olhando por sinais de
perigo à distância. Outras figuras estão reunidas ao redor das
fogueiras ou se movendo em meio às cabanas.
Seis combatentes tribais andam o perímetro. Esses guardas tendem a
ser os combatentes mais jovens da tribo.
Um personagem sozinho pode andar furtivo pelo acampamento sem
ser detectado com um teste bem-sucedido de Destreza (Furtividade)
CD 10. Se múltiplos personagens tentarem andar furtivos juntos, peça
a eles para fazerem um teste em grupo de Destreza (Furtividade) CD
10 ao invés. Se qualquer teste falhar, os guardas gritam alto o bastante
para colocar o acampamento em alerta (veja “Pessoal do
Acampamento” abaixo).
Os nômades Reghed, não importando o clã ou a tribo, tentam capturar
intrusos em vez de mata-los, dando ao líder (o rei ou rainha) a chance
de questioná-los ou puni-los, conforme for apropriado.
Embora muitos membros da tribo Reghed sejam humanos, você pode
incluir não-humanos também.
Pessoal do Acampamento
Os seguintes membros da tribo ficam normalmente no acampamento:
Líder. Role um d6. Num 6, substitua o líder pelo rei ou rainha da tribo
(descrito no apêndice C). Do contrário, o líder desse clã é um gladiador
em gibão de pele que fala Comum e tem Sobrevivência +5.
Grande Combatente. Servindo ao líder como um guarda-costas e
executor está um gladiador em gibão de pele que fala Comum e tem
Sobrevivência +5. Esse grande combatente é muitas vezes a esposa,
irmão, cria ou amigo de infância do líder – alguém que o líder confia.
Xamã. O xamã, que aconselha o líder e cuida dos assuntos espirituais,
é um druida que fala Comum e Druídico, e tem Sobrevivência +4. Em
público, o xamã veste uma máscara de madeira esculpida à
semelhança de um urso, alce, tigre ou logo, conforme convir à tribo.
36 Caçadores e Combatentes. Esse número inclui os guardas de
perímetro. Todos são combatentes tribais que falam Comum e têm
Sobrevivência +4. Metade deles estão dormindo no acampamento a
qualquer tempo.
24 Não-Combatentes. Esses são crianças e idosos que são fracos
demais para lutar. Metade deles estão dormindo no acampamento a
qualquer hora.
36 Cães de Trenó. Use a ficha de lobo. Os cães de trenó normalmente
dormem com os combatentes no círculo externo de cabanas.
Grupos de Caça
Entre dois e quatro grupos de caça, cada um consistindo de 1d6+4
combatentes tribais, estão fora quando os personagens chegam. Cada
um retorna após 2d4 horas com carne fresca (como a carcaça de uma
rena).
Disposição Geral
O mapa 2.11 exibe um típico acampamento Reghed, o qual consiste
num círculo interno de cabanas grandes chamado de círculo do líder e
um anel externo de cabanas menores chamado de círculo dos
combatentes. Espalhadas em meio a essas cabanas estão fogueiras ao
redor das quais os membros do clã gostam de se reunir.
As cabanas são estruturas rudimentares, mas ainda assim resistentes,
com revestimentos de madeira e paredes feitas de casca de árvore em
camadas e peles de animal. Uma cabana grande pode acomodar até
oito adultos, e uma cabana menor pode fornecer abrigo para até cinco
adultos.
As cabanas no círculo interior abrigam o líder do clã (ou o seu rei ou
rainha), bem como outros membros importantes da tribo como seu
xamã, seu caçador mais honrado, seu maior combatente, e as crianças
da tribo.
As cabanas no círculo exterior abrigam os membros remanescentes do
clã, os quais incluem artesãos, ferreiros de armas, e condutores de
trenós. Os cães de trenó também dormem nessas cabanas.
Muitos dos caçadores e combatentes do acampamento preferem
dormir sob o céu aberto, protegidos do frio por cobertores de pele
espessa e o calor das fogueiras.
Cabana do Líder
Uma das maiores cabanas está alocada à parte para o líder (ou rei ou
rainha), com um saco de dormir extra próximo à entrada para o
guarda-costas do líder. Uma mesa baixa está alocada nessa cabana, a
qual é aquecida por lamparinas queimando óleo de baleia e decorada
com troféus de caça.
Cabana do Xamã
Uma outra cabana grande é ocupada pelo xamã, que guarda uma
grande coleção de ervas medicinais.
Tesouro. Além das ervas medicinais, a cabana do xamã contém 1d4
poções de cura em frasquinhos simples de madeira selados com rolhas
feitas de gordura animal, bem como um pergaminho de restauração
menor (ou alguma outra magia nível 1 ou 2 da lista de magia de
druida).
Vida num Acampamento Reghed
Os nômades Reghed sustentam uma existência escassa na desolada
tundra do Vale do Vento Gélido, mesmo assim essa é uma vida para a
qual eles estão acostumados. O inverno eterno de Auril tornou a caça
e a viagem mais desafiadoras, para ser exato, mas as tribos estão
resistindo a esses tempos difíceis racionando sua comida e não
deixando nada ser desperdiçado. Não obstante, a crueldade da
Donzela Gélida têm dificultado a determinação dos nômades em
sobreviver. Seguindo as horas pela comida delas e ocasionalmente
reabastecendo-se de madeira, os Reghed podem se manter sem
depender do comércio. Eles evitam as Dez Cidades e esperam
prevalecer logo após essas luzes fracas da civilização se apagarem.
Um acampamento Reghed é um lugar sombrio e subjugado, exceto
pelo latido dos cães de trenó e os sons das crianças brincando na neve.
Os combatentes e caçadores gostam de conservar sua força para
quando for necessário, preferindo gastar suas horas ociosas fazendo o
mínimo possível. Contar histórias familiares e inventar novas que
glorificam a aparência dos nômades em vida são passatempos comuns
(veja as “Histórias Reghed” abaixo), tal como é afiar as armas.
Comida é crítica, é claro, e certas bestas da tundra são agrafadas em
meio às tribos Reghed. A truta de cabeça chata e as focas são muitas
vezes preparadas para comer muito próximas da cena da morte,
filetadas ou fatiadas e geralmente comidas cruas. A carne de rena, por
outro lado, devem ser cozidas antes de se consumir. A rena também
fornece às tribos Reghed tendão, osso e pele, todos os quais são usados
na manufatura de armas e armaduras.
Histórias Reghed
Os nômades Reghed passam o tempo compartilhando histórias que
reforçam seus valores, as quais incluem as seguintes:
• A tribo é um espírito, sempre em movimento. Conforme a tribo vai,
também vai o espírito da tribo.
• Para a tribo sobreviver, seus membros devem todos trabalhar juntos
e se ajudarem. Nenhum membro é deixado para trás.
• A terra respeita a força isolada. Os fortes florescem, e os fracos
perecem.
Fim da Pândega
Fim da Pândega é um panóptico, uma prisão configurada de tal modo
que as atividades dos prisioneiros possam ser monitoradas de perto a
partir de um local central. Situada na costa enevoada e frígida do Mar
do Gelo em Movimento, a prisão é uma estrutura de um único andar
com ameias no topo. Elevando-se do centro do panóptico está uma
torre que abriga os escritórios administrativos e alojamentos dos
guardas da prisão. Tanto a prisão quanto a torre são esculpidas para
fora de uma rocha alta e em forma de lâmina que se eleva no alto acima
dos penhascos do mar. Essa rocha, chamada Quebra dos Ventos,
escuda a torre contra os ventos brutais que sopram da Geleira Reghed.
Alguém pode se aproximar do Fim da Pândega por terra, mar ou ar.
Um píer permite que os prisioneiros sejam levados dos navios para
cima num elevador até a prisão, e uma doca de ancoragem no topo da
torre permite que os prisioneiros sejam entregues por dirigíveis
também.
O Fim da Pândega é controlado pela Aliança dos Lordes, uma
confederação ampla de assentamentos cujos membros atuais incluem
as cidades de Portão de Baldur, Mirabar, Inverno Remoto, Lua
Argêntea, Águas Profundas e Yartar; as cidades de Amphail, Vau da
Adaga e Sela Longa; e a fortaleza anã de Salão de Mitral. Para ser preso
no Fim da Pândega, você deve ter cometido um crime sério contra um
ou mais membros da aliança e ter sido sentenciado a um período longo
de encarceramento (tipicamente um ano ou mais). Além disso, o
infrator deve ter conexões políticas que tornam o encarceramento
numa outra instalação menos dependente. Espiões capturados, por
exemplo, são frequentemente trazidos para cá a fim de acalmar seus
ânimos.
Cada membro da Aliança dos Lordes elege um representante para o
Fim da Pândega, e juntos eles formam um comitê de liberdade
condicional chamado Conselho de Absolvição. Raramente todos os dez
membros do conselho estão presentes, uma vez que o Fim da Pândega
oferece pouco em termos de conforto e amenidades. Se o conselho
precisar de um voto de minerva para determinar se diminui a sentença
de um prisioneiro, o encarcerador – um árbitro neutro sem vínculo a
qualquer membro da Aliança dos Lordes – confere o voto do
desempate.
Envolvendo os Personagens
Os personagens podem ser atraídos para o Fim da Pândega por um ou
mais relatos ou missões no começo desse capítulo que tenham a ver
com Vaelish Gant (veja “Relatos nas Dez Cidades” e “Atrás das
Grades”). Esse vilão apareceu pela última vez em Legado da Estilha de
Cristal, uma aventura publicada também ambientada no Vale do Vento
Gélido. A Vale do Vento Gélido: Geada da Donzela Gélida pressupõe que
o plano de Vaelish Gant de controlar as Dez Cidades foi frustrado, e que
ele foi encarcerado no Fim da Pândega por alguns anos antes do início
dessa história.
Os personagens podem também vir ao Fim da Pândega na expectativa
de marcar passagem num navio, como as embarcações que são
conhecidas por trazer os prisioneiros e suprimentos à prisão. Um
navio pode leva-los à ilha de Auril (veja capítulo 5) ou permiti-los fugir
para o Extremo Norte todos juntos.
Características da Prisão
A prisão, feita de pedra, tem muralhas externas com 6m de altura e
tetos nivelados com 6m de altura por toda a parte. Informações
adicionais sobre a prisão estão resumidas abaixo:
• Portas e Escotilhas. Cada porta e escotilha é feita de ferro reforçado
e é mantida fechada por uma magia de tranca arcana. A equipe da
prisão pode abrir essas portas e escotilhas normalmente. Uma porta
ou escotilha trancada é forte demais para ser arrombada, mas ela pode
ser destruída se sofrer dano o bastante. Uma porta ou escotilha tem CA
19, um limiar de dano de 10, 30 PVs e imunidade a dano psíquico e
venenoso.
• Aquecimento. Os espaços interiores são magicamente aquecidos. A
temperatura nessas áreas é de 20 graus Celsius constante.
• Iluminação. A menos que o texto para um local diga o contrário,
todos os pátios, corredores, aposentos e escadarias são iluminados
intensamente por magias de chama continua conjuradas em arandelas
de parede (as celas na área R17 são exceções). Em alguns locais, as
luzes mágicas podem ser enfraquecidas ou suprimidas, conforme
descrito no texto.
• Guardas da Prisão. A prisão tem uma guarnição de 75 guardas (use
a ficha de veterano) que trabalham em turnos de 8 horas. Dois-terços
da guarnição fica fora de atividades e descansando na área R19 a
qualquer tempo. Enquanto estão em atividade, cada guarda veste uma
túnica que carrega o emblema da Aliança dos Lordes: uma coroa
dourada num campo vermelho.
• Prisioneiros. Todos os prisioneiros do Fim da Pândega são
identificados por um número. Esse simples protocolo torna mais difícil
para os prisioneiros se identificarem e ajuda a mantê-los em condições
iguais. A equipe da prisão guardam esses número na memória, e os
registros de todos os prisioneiros – do passado e do presente – são
armazenados na área R22. Cada interno veste um uniforme que
consiste num robe sem capuz e sem bolsos, sandálias de couro sem
laços e roupas íntimas de pano. Enquanto estão fora das celas, eles
vestem algemas em seus punhos e tornozelos.
Aproximando-se da Prisão
Use o texto em caixa a seguir para descrever o que os personagens
veem conforme se aproximam da prisão por terra, mar ou ar:
Acima de um penhasco alto com vista para o Mar do Gelo em
Movimento está uma desolada fortaleza de pedra esculpida a partir
de uma rocha gigantesca em forma de lâmina. Uma torre central se
agiganta acima do resto da fortaleza, e a iluminação vaza de suas
seteiras. Quatro torres menores se elevam a partir de cantos mais
externos da fortaleza, e guardas podem ser vistos no topo delas.
Os personagens se aproximando do norte podem também ver a
entrada norte da prisão no topo de um penhasco a 48m de altura com
um píer se projetando de sua base. Um guindaste gigante de madeira
se encontra nas proximidades, e um andaime de madeira se agarra à
face do penhasco.
Os personagens se aproximando do sul podem também ver a entrada
sul da prisão e o caminho que sobe até ela.
Guardas na Vigia
A prisão tem quatro torres de guarda (veja área R9) e três guardas
(veteranos) em roupas de frio estão estacionados no topo de cada uma.
Se você precisar fazer testes de Sabedoria (Percepção) para os guardas
a fim de determinar se eles notam algo, não há nenhuma necessidade
de rolar separadamente para cada um deles. Apenas faça uma rolagem
com vantagem.
Se os guardas numa torre virem ou ouvirem algo fora do comum, como
a aproximação de navio ou um grupo de visitantes ou um monstro
voando sobre a cabeça, um guarda desce na torre para alertar o resto
da prisão enquanto os outros ficam em seus postos.
Conseguindo Entrar
Os personagens que adentrarem na porta norte ou sul da prisão são
admitidos num corredor de entrada com 9m de comprimento, onde
eles são recebidos poro três guardas (veteranos) parados no aposento
de guardas nas proximidades (área R3). Esses guardas insistem em
confiscar as armas dos personagens. Além disso, um guarda procura
em cada personagem por armas ocultas. Um personagem pode ocultar
uma adaga ou arma de tamanho similar da observação de um guarda
com um teste bem-sucedido de Destreza (Prestidigitação) CD 13.
Se os personagens tiverem cães de trenó ou animais de carga, um
guarda concede ao grupo acesso aos estábulos (área R5), onde os
animais podem ser mantidos seguros. Os animais não são permitidos
na prisão de outra forma.
Após abrirem mão de suas armas e assegurar seus animais, os
personagens são escoltados por um dos guardas até a sala de reunião
(área R12), onde a guardiã os recebe logo em seguida. A guardiã (veja
área R21) tenta descobrir porque os personagens estão no Fim da
Pândega e decide se os ajuda ou não. Se os personagens falharem em
fornecer uma razão satisfatória para sua visita, a guardiã cuida que
suas armas e animais sejam devolvidos a eles antes de expulsá-los.
Razões legítimas para vir ao Fim da Pândega incluem as seguintes:
• Os personagens buscam abrigo. A guardiã vai conceder a eles
acomodações temporárias (na área R7) por até dois dias e duas noites,
e os personagens recebem três refeições num dia durante sua estadia.
• Os personagens desejam se encontrar com um prisioneiro. A guardiã
pode facilitar tal encontro trazendo o prisioneiro para a área R12 para
interrogatório. A guardiã sempre está presente em tais encontros.
Altera Máximo
Quando um problema for trazido à atenção dela, a guardiã (veja área
R21) decide se coloca a prisão em alerta máximo. As circunstâncias
que levam a tomar tal atitude incluem uma revolta de prisioneiros,
uma fuga, a aproximação de uma navio não-familiar, a vista de um
dragão, ou um ataque.
Ao falar a palavra de comando “maristo”, a guardiã – e apenas a
guardiã – pode colocar a prisão em alerta máximo, com os seguintes
efeitos:
• Por 1 minuto, o som de uma buzina ressoa a prisão, e todas as magias
de chama contínua na prisão ficam num tom avermelhado.
• Os guardas na área R19 vestem suas armaduras, se armam, e se
movem para a área R18. A guardiã faz o mesmo e comanda a guarnição
de lá. Membros do Conselho de Absolvição recuam para a área R20.
• A guardiã e todos os guardas da prisão ganham o benefício de uma
magia ver o invisível.
Locais do Fim da Pândega
Os seguintes locais estão marcados no mapa 2.12.
R1. Píer
Os navios atracam aqui para descarregar os prisioneiros e
suprimentos.
R2. Elevador
Um andaime de madeira se agarra ao penhasco com 48m separando a
prisão do píer. Agigantando-se acima do andaime está um guindaste
de madeira que é controlado a partir da área R3. O guindaste ergue e
desce um elevador de carga que tem um portão de madeira retrátil no
lado oposto do guindaste. O elevador é um cubo de madeira oca
medindo 3m num lado. Leva 1 minuto para o elevador viajar todo o
caminho para cima ou para baixo do andaime.
R3. Aposento dos Guardas
Esses guardas (veteranos) ficam estacionados em cada um desses dois
aposentos. Os guardas passam o tempo jogando cartas, afiando suas
armas e reclamando do inverno interminável.
Inserido na parede norte do aposento dos guardas mais a norte está
uma alavanca de ferro que sobe e desce o elevador da área R2.
R4. Hospital
Essa câmara contêm uma dúzia de camas. Os gabinetes ao longo da
parede norte contêm suprimentos médicos o bastante para compor 20
kits de primeiros socorros.
R5. Estábulos
Visitantes que trazem montarias, cães de trenó, animais de carga e pets
ao Fim da Pândega podem deixar seus animais aqui. Eles devem
fornecer sua própria comida, no entanto.
R6. Refeitório
A equipe da prisão come aqui. Mesas e bancos enfileiram o aposento,
e pratos e talheres estão armazenados em gabinetes ao longo da
parede sul. Refeições são servidas a cada quatro horas.
R7. Quarto dos Conselheiros
Esses dez quartos estão mobilhados de forma idêntica. Cada um
contém uma cama, uma escrivaninha com sua cadeira correspondente,
um baú engarrado na base e ganchos de parede para colocar as roupas.
A magia de chama contínua que ilumina cada quarto pode ser
suprimida ou retornada ao seu nível de iluminação normal ao proferir
uma palavra de comando (“luzes”).
Esses quartos são alocados à parte para os dez membros do Conselho
de Absolvição, embora apenas três quartos estejam em uso no
momento. Os outros sete membros do conselho estão ausentes, de
modo que a guardiã está livre para deixar visitantes usarem os quartos
vazios.
Membros do Conselho. Esses três membros do Conselho de
Absolvição estão no Fim da Pândega nesse momento:
Conselheiro Voss Anderton. Voss representa a cidade de Inverno
Remoto. Ele é um não-combatente humano LN que tem um modo
preciso e legalista de falar. Ele leva sua função a sério e nunca perde
um encontro ou deliberação de liberdade condicional do conselho. Ele
vota com sua cabeça, não com seu coração, e sempre pesa
cuidadosamente as correntes de entendimento da sentença de um
prisioneiro.
Conselheira Jil Torbo. Jil representa a cidade de Portão de Baldur. Ela
é uma não-combatente halfling N que detesta seu trabalho. Ela não tem
nenhum senso de humor e tem um hábito de respirar fundo quando
sua paciência é testada. Ela gosta de dar aos outros o benefício da
dúvida, no entanto, talvez um ato de dissidência, e vota sim nas
decisões na maioria das vezes.
Conselheiro Kriv Norixius. Kriv representa a cidade de Vau da
Adaga. Ele é um não-combatente draconato prateado LB. Ele espera
impressionar a Duquesa de Vau da Adaga ao fazer um bom trabalho.
Ele não tem compaixão por criminosos e sempre vota não nas
decisões.
R8. Cozinha e Aposentos Laterais
Seis cozinheiros (não-combatentes) cumprem os turnos aqui,
trabalhando em pares para produzir refeições para os prisioneiros e
funcionários. A cozinha contém tudo o que alguém poderia esperar
ver, bem como um fogão de ferro e uma bomba que puxa água de uma
cisterna magicamente aquecida no telhado.
Cozinheiros fora de atividade dormem no maior dos três aposentos a
oeste da cozinha. Esse aposento lateral é iluminado por magias de
chama contínua que podem ser suprimidas ou retornadas aos níveis
de iluminação normal ao se proferir uma palavra de comando
(“luzes”).
O aposento lateral do meio – não aquecido, diferente do resto da prisão
– é usado para armazenagem de frios.
O aposento lateral menor é uma despensa bem estocada.
R9. Torres dos Guardas
Cada uma dessas quatro torres triangulares tem dois andares de
altura. A câmara interior de uma torre é vazio, exceto por uma escada
de madeira que sobe a uma escotilha de ferro mantida fechada por
uma magia de tranca arcana (veja “Características da Prisão”). Essa
escotilha dá para a laje nivelada da torre, a qual é enfileirada por
ameias. Três guardas da Aliança dos Lordes (veteranos) em roupas de
frio estão estacionados no telhado de cada torre.
R10. Arsenal
Esse aposento contém estantes de madeira e baús preenchidos com
armamento não-mágico. O inventário inclui 12 alabardas, 15 espadas
longas, 15 espadas curtas, 10 lanças longas, 5 bestas leves e centenas
de virotes de besta.
O arsenal é guardado por um espectador que trata as armas como
tesouro. Ele conhece cada membro da equipe da prisão de vista. Ele
não vai deixar o aposento e ataca qualquer um que não reconhecer.
Escotilha. Uma escada de madeira leva a uma escotilha de ferro no
teto. Uma magia de tranca arcana sela a escotilha (veja
“Características da Prisão”), a qual se abre no telhado.
R11. Pátios
O chão em cada um dos dois pátios é coberto com pedras e montes de
neve.
Quando o clima permite, os prisioneiros são trazidos para cá –
individualmente ou em pequenos grupos – para tomar ar fresco e se
exercitarem. Eles são vigiados de perto pelos guardas no térreo bem
como pelos guardas nas torres dos cantos.
R12. Sala de Reuniões
Essa sala contém uma mesa retangular grande com uma única cadeira
numa lateral comprida e três cadeiras similares no lado oposto. O
aposento é usado para encontros com os prisioneiros ou com a
guardiã.
Escotilha. Uma escada de madeira leva a uma escotilha de ferro no
teto. Uma magia de tranca arcana sela a escotilha (veja
“Características da Prisão”), a qual se abre no telhado.
R13. Depósito
Suprimentos são armazenados aqui em engradados e outros
contêineres. No momento, a prisão tem necessidades suficientes
empilhadas para continuar as operações por seis meses.
R14. Latrina
Esse aposento contém uma dúzia de baldes de madeira de dejetos.
Uma vez por dia, normalmente na manhã, os guardas ordenam os
prisioneiros a carregarem os baldes para fora e despejarem os dejetos.
R15. Hexágono
Esse corredor permite aos guardas e visitantes acessar os quatros
mais externos da prisão enquanto evitam o panóptico (área R16) e
suas celas de prisão (área R17). Os guardas se referem a esse corredor
como o hexágono em razão do seu formato.
R16. Panóptico
As magias de chama contínua que iluminam essa área podem ser
enfraquecidas a partir do centro de vigilância (área R18). O salão fica
fracamente iluminado à noite.
R17. Celas
Os prisioneiros são mantidos nessas celas apagadas atrás de portões
barrados que podem ser abertos apenas a partir da área R18. Os
portões são seguros demais para serem forçados a abrir usando força
bruta ou armas, e tentativas mágicas de abrir ou superá-los são
frustradas por campos antimagia permanentes. Cada campo abrange
uma cela e seu portão. Magias e outros efeitos mágicos, exceto aqueles
criados por um artefato ou uma divindade, são suprimidos num campo
antimagia e não podem se projetar nele. Enquanto um efeito estiver
suprimido, ele não funciona, mas o tempo que ele gasta suprimida
desconta da sua duração.
Aparafusada na parede dos fundos de cada cela está um beliche de
ferro com um colchão fino em cima e um balde de dejetos nas
proximidades. Os prisioneiros recebem suas refeições em suas celas.
Prisioneiros. Cada uma das 24 celas pode abrigar um ou dois
prisioneiros. Role 4d12 para determinar o número de prisioneiros
atualmente encarcerados no Fim da Pândega, dê a cada um deles um
número de identificação, e os distribua nas celas conforme você achar
adequado. Os números são elegidos na ordem em que os prisioneiros
chegam e nunca são reutilizados. O prisioneiros atualmente
encarcerado com mais tempo no Fim da Pândega é o Prisioneiro 6, e o
mais novo é o Prisioneiro 299. Os personagens que quiserem falar com
Vaelish Gant devem arrumar um encontro com o Prisioneiro 237 (veja
“Prisioneiro 237: Vaelish Gant”).
Para adicionar detalhes a alguns internos, role na tabela abaixo ou
escolha descrições que lhe interessem. Se as estatísticas de jogo de um
prisioneiro se tornarem necessárias, escolha uma ficha apropriada do
apêndice B do Manual dos Monstros e remova armadura, armas e
outros equipamentos.
d6 Prisioneiro
Nobre condenado por comércio de escravos (cumpriu 1d6
1
anos de uma sentença de 10 anos)
Espião condenado por espionagem (cumpriu 1d6 anos de
2 escadaria em espiral conecta o aposento aos outros níveis da torre
uma sentença de 10 anos)
Assassino ou nobre condenado por conspirar para
3 assassinar membros de uma família nobre (cumpriu 1d20
anos de uma sentença perpétua)
Aventureiro famoso condenado por perigo imprudente
4
(cumpriu 1d4 anos de uma sentença de 5 anos)
Conjurador condenado por usar magia para influenciar os
5
outros (cumpriu 1d4 anos de uma sentença de 5 anos)
Líder de uma guilda de ladrões condenado por múltiplos
6
crimes (cumpriu 1d20 anos de uma sentença perpétua)
R18. Centro de Vigilância
Esse aposento hexagonal é a base da torre central da prisão. Uma
escadaria em espiral o conecta aos níveis superiores da torre (áreas
R19 a R23).
Sete guardas (veteranos) estão estacionados nesse centro de
vigilância. Um se senta num console a sul da escadaria. Os outros
guardas vigiam os prisioneiros, os quais eles podem observar através
das seteiras com 1,2m de altura e 30cm de largura nas paredes.
Suspensos nas paredes entre as seteiras estão 50 conjuntos de
algemas que os guardas usam para prender os punhos e tornozelos
dos prisioneiros.
Console. O console é um dispositivo mágico aparafusado ao chão que
lembra uma pequena escrivaninha com um topo inclinado. Ele é um
objeto Grande com CA 15, 18 PVs e imunidade a dano psíquico e
venenoso. O console tem as seguintes propriedades mágicas, as quais
são desativadas se ele for reduzido a 0 PVs:
Controle dos Portões. 24 interruptores no console abrem e fechas os
portões para as celas de prisão. Um vigésimo quinto interruptor
mestre abre ou fecha todos os portões de uma vez. Mover um ou mais
interruptores no console requer uma ação.
Controle de Iluminação. Um disco de latão no console controla o
nível de iluminação na área R16, o qual pode ser enfraquecido ou
restaurado à sua iluminação normal. Virar o disco requer uma ação ou
uma ação bônus.
Viva-Voz. Qualquer um que falar numa protuberância bojuda de latão
lembrando o sino de um trompete enquanto pressiona um botão no
console pode ampliar sua voz por toda a prisão. Usar o viva-voz requer
uma ação.
R19. Quarto dos Guardas
Os personagens que subirem a escadaria em espiral chegam a uma
porta 30m acima do telhado da prisão. A escadaria continua para além
dessa porta até os níveis mais altos da torre.
A porta se abre num aposento cheio de beliches de madeira. As áreas
a norte, oeste e sul podem ser observadas por seteiras com 1,2m de
altura e 30cm de largura. As magias de chama contínua que iluminam
o aposento podem ser enfraquecidas ou reforçadas ao proferir uma
palavra de comando (“luzes”).
Quando a prisão não estiver em alerta máximo, 50 guardas (veteranos
sem armadura ou armas) dormem nos beliches. Os guardas mantêm
sua armadura e armas num alcance fácil. Outros pertences são
guardados em baús destrancados enfiados por baixo dos beliches.
Os guardas precisam de 10 minutos para vestirem sua armadura. Se a
prisão for posta em alerta máximo, os guardam levam o tempo para
colocar sua armadura antes de descerem o caminho até a área R18.
R20. Salão da Absolvição
O chão desse aposento fica 36m acima do telhado da prisão. Uma
(área R18 42m abaixo, área R19 6m abaixo e área R23 6m acima).
Janelas estreitas enfileiram as paredes externas.
Uma mesa comprida e levemente encurvada toma muito do aposento.
Onze cadeiras estão situadas por trás da mesa. A cadeira do meio não
tem nenhum adorno especial, enquanto as outras possuem banners
suspensos em seus encostos altos, cada qual brasonado com o brasão
de um membro da Aliança dos Lordes. Os banners suspensos nas
paredes exibem o emblema da aliança, uma coroa dourada num campo
vermelho.
Encontros do Conselho da Absolvição. Os membros do Conselho da
Absolvição se reúnem aqui para pesar os méritos de libertar os
prisioneiros a quem um ou mais membros do conselho recomendaram
para liberdade condicional. Nenhum prisioneiro pode receber tal
consideração mais de uma vez por ano. Os prisioneiros escolhidos
para liberdade condicional são trazidos a este aposento em algemas e
dada uma chance de convencer os membros do conselho antes dos
votos serem dados. A guardiã (veja área R21), que sempre participa de
tais encontros, se senta na cadeira do meio e dá o voto de minerva, se
necessário.
R21. Quarto da Guardiã
A tranca arcana nessa porta pode ser aberta apenas pela guardiã. Além
da porta está um dormitório confortável iluminado por uma magia de
chama contínua que pode ser enfraquecida ou intensificada ao proferir
uma palavra de comando (“vaudra”).
Guardiã da Prisão. A guardiã do Fim da Pândega é Marta Marthannis,
uma maga humana LB que fala Comum, Dracônico, Anão e Orc e que
tem uma disposição imperturbável e calma. Ela veste um robe
vermelho com bordas douradas e mantém um anel com sete pequenas
chaves suspenso num bolso. Uma chave destranca o baú da guardiã
(veja “Tesouro” abaixo); as outras destrancam as gavetas da
escrivaninha e os gabinetes no escritório da guardiã (área R22).
A guardiã Marthannis é secretamente uma membra dos Harpistas,
uma facção que trabalha por trás dos panos para manter o poder fora
das mãos dos malfeitores. Em sua posição atual, ela trabalha para
manter alguns dos piores malfeitores da Costa da Espada atrás das
grades.
Até agora, a guardiã conseguiu ocultar sua filiação aos Harpistas de
todos na prisão. Mas ela tem um problema incomum que não pode
esconder tão facilmente. Alojado dentro dela está o espírito de um
companheiro de aventura falecido – um guerreiro anão do escudo LB
chamado Vlax Brawnanvil. O espírito de Vlax controla a guardiã
Marthannis uma ou duas vezes por dia, cada vez por uma ou duas
horas. Enquanto está sob seu controle, a guardiã não pode conjurar
suas magias preparadas, fala apenas Anão e ocasionalmente se sacia
do vício de Vlax por cerveja e bebidas. Ela também fica mais taciturna
e temperamental, embora nunca chegue à violência sem uma boa
causa.
A guardiã Marthannis sabe que para se livrar do espírito de Vlax ela
deve visitar as criptas dos Brawnanvil em Manopla Severa, uma
fortaleza anã sob o Monte Hotenow (próximo a Inverno Remoto).
Apenas lá os espíritos parentes de Vlax podem persuadir Vlax a se
juntar a eles no pós-vida. A guardiã se recusa a fazer a jornada, no
entanto, em razão de ela não poder cogitar perder todo o contato com
Vlax. A guardiã tornou sua aflição conhecida aos guardas da prisão e
aos membros do Conselho da Absolvição, e eles se acostumaram com
as mudanças da sua personalidade e com os ataques de bebedeira dela.
Tesouro. Em meio às mobílias da câmara está um baú de madeira
trancada, para o qual a guardiã carrega a única chave. Um personagem
usando as ferramentas de ladrão pode usar uma ação para tentar abrir
a tranca, fazendo isso com um teste bem-sucedido de Destreza CD 20.
O baú abriga um conjunto de suprimentos de caligrafista, um saco
contendo 750po (dinheiro que usado principalmente para pagar os
capitães de navio que descarregam prisioneiros e cargas) e um alfinete
de prata de manto (25po) carregando o símbolo dos Harpistas, uma
harpa pequena aninhada entre os chifres de uma lua crescente.
Qualquer personagem que procurar pelo baú por compartimentos
secretos encontra um no tampo. Ele guarda uma varinha da obediência
que a guardiã guarda para emergências.
R22. Escritório da Guardiã
Os registros da prisão são armazenados aqui em cinco gabinetes
trancados de madeira ao longo da parede leste. Os gabinetes contém
manifestos e registros da carga de navio de entregas passadas, bem
como as ordens de transferência de prisioneiros e arquivos
documentando os nomes, crimes, sentenças e comutações de cada
prisioneiro que foi encarcerado no Fim da Pândega. Os registros
também incluem os certificados de morte dos prisioneiros que
morreram enquanto estiveram encarcerados. A causa da morte é
sempre dada como “natural”, “acidental” ou “não-natural”, sem mais
detalhes.
Uma escrivaninha no meio do aposento tem dez livros contábeis
empacotados numa gaveta trancada de lado. As chaves da
escrivaninha e dos gabinetes estão em posse da guardiã. Um
personagem com ferramentas de ladrão pode usar uma ação para
tentar abrir a fechadura da gaveta da escrivaninha ou de um dos
gabinetes, fazendo isso com um teste bem-sucedido de Destreza CD 10.
R23. Telhado da Torre
Esse telhado nivelado está a 42m acima do telhado da prisão e 90m
acima do nível do mar. Três paredes com 1,8m de altura a norte,
sudoeste e sudeste fornecem cobertura limitada, mas muito do telhado
está exposto às intempéries climáticas.
Uma ponte de madeira levadiça pode ser abaixada de um lado para
criar uma doca para dirigíveis. Uma ação é requerida para levantar ou
abaixar a ponte levadiça.
Nenhum guarda está estacionado aqui. Se os guardas nas torres de
vigia da prisão (área R9) virem um dirigível ou uma ameaça aérea se
aproximando do Fim da Pândega, eles alertam o resto da prisão. A
guardiã então veste roupas de frio e se dirige ao telhado para receber
a tripulação do dirigível ou para lidar com a ameaça por ar ela mesma.
Prisioneiro 237: Vaelish Gant
Vaelish Gant, Prisioneiro 237 dentro das muralhas do Fim da Pândega,
é um membro da Irmandade Arcana que primeiro engajou em
atividade criminal se insinuando na rede de comércio das Dez Cidades.
Ele esperava que seu trabalho ajudasse a Irmandade Arcana a ganhar
o controle da região. Há poucos anos, logo após a sua chegada nas Dez
Cidades, Gant estabeleceu um serviço ilegal de proteção em Bryn
Shander e tentou virar a cidade contra sua oradora, Duvessa Shane,
com o objetivo de suplantá-la. Ele também tentou desestabilizar a
economia das Dez Cidades. Um grupo de aventureiros frustrou suas
aventuras criminosas ao captura-lo.
Em vez de colocar Gant para morrer por seus crimes no Vale do Vento
Gélido, o Conselho dos Oradores das Dez Cidades fez um acordo com
os representantes da Aliança dos Lordes para fazer Gant cumprir uma
sentença perpétua no Fim da Pândega, de modo a não despertar a ira
da Irmandade Arcana. O Conselho dos Oradores fez isso sem perceber
que o plano de Gant não havia sido sancionado pela Irmandade Arcana,
mas tramado pelo próprio Gant, que pretendia impressionar seus
superiores ao colocá-lo em prática.
Por um bom tempo, Gant perdeu as esperanças de que a Irmandade
Arcana pudesse pressionar para assegurar a sua soltura, e que a
Aliança dos Lordes concordasse com as demandas da Irmandade em
vez de se arriscar num ataque total contra o Fim da Pândega. Mas por
agora, Gant tem estado encarcerado por tempo o bastante para
concluir razoavelmente que nenhum desses resgates está em curso.
Seu plano fracassado foi um embaraço para a Irmandade Arcana, a
qual claramente o abandonou.
Interpretando Vaelish Gant
Vaelish Gant é um mago que se especializou na tradição arcana da
abjuração. Pomposo e conivente, ele nunca duvida de que é a pessoa
mais espera do lugar, e ele assegura que todos ao seu redor saiba como
ele se sente.
Gant não tem nem um grimório nem os componentes materiais para a
conjuração, e ele não pode se aproveitar da sua magia enquanto
estiver trancado em sua cela devido ao campo antimagia que o
abrange.
Gant passa seus dias e noites pensando sobre uma coisa: sua liberdade.
Se os personagens o encontrarem, Gant tenta convencê-los a tirá-lo da
prisão, prometendo riqueza e itens mágicos assim que entregarem-no
em segurança à Torre Hospedeira dos Arcanos em Luskan. Gant não
espera que os personagens se obriguem, mas ele não tem nada a
perder além de sua vida.
Embora ele não esteja ciente de nenhuma das atividades da Irmandade
Arcana no Vale do Vento Gélido, Gant suspeita que algo está em curso
se os personagens começarem a pergunta-lo sobre a organização. A
última vez que ele estava na Torre Hospedeira, logo antes de sua
chegada nas Dez Cidades há alguns anos, Gant ouviu seus superiores
falando sobre montar uma expedição ao Vale do Vento Gélido, para
procurar por uma cidade netherense perdida enterrado sob a Geleira
Reghed. Gant tinha planos diferentes para o Vale do Vento Gélido na
época, mas agora a visita dos personagens lhe dá razão para acreditar
que uma expedição pode finalmente estar em curso. Gant compartilha
essa informação com os personagens se eles lhe mostrarem a carta de
Duvessa Shane (veja “Atrás das Grades”) ou se livrarem-no da prisão.
Gant não nenhuma informação que possa ajudar os personagens a
encontrar a cidade perdida netherense, mas ele está disposto a
compartilhar o que ele considera ser de conhecimento comum sobre o
Império de Netheril:
• Netheril era uma civilização governada por magos poderosos. Ele
caiu há mais de mil anos.
• Os netherense descobriram sua magia primeiro a partir dos elfos, e
depois dos fabulosos Pergaminhos de Nether. A magia netherense foi
de longe mais poderosa que as magias dos dias atuais – tanto que ela
fez até mesmo os deuses tremerem.
• Criaturas subterrâneas e malignas conhecidas como phaerimms
foram instrumentais para a queda de Netheril, mas foi a arrogância
que de fato espelhou a condenação do império. Karsus, um arquimago
netherense, tentou usurpar o poder de Mystryl, deusa da magia. Ele
falhou, destruindo a si mesmo e rasgando a Teia no processo. Levaria
anos até alguém poder usar ou controlar a magia novamente.
Se os personagens perguntarem a Gant sobre os outros membros da
Irmandade Arcana que lee conheceu no Vale do Vento Gélido (veja
apêndice C), Gant pode compartilhar o que ele sabe sobre qualquer um
deles:
• Sobre Avarice, Gant diz: “A tiefling albina? Eu acho que ela tem um
futuro promissor”.
• Sobre Dzaan, Gant diz: “Ele é um Mago Vermelho de Thay. Preciso
dizer mais?” (se pedido para elaborar, ele adiciona: “Dzaan não raspa
sua cabeça ou veste robes vermelhos, mas isso não muda o fato de que
ele é um thayano. Os Magos Vermelhos querem a Teia inteira para si
mesmos. Se eles conseguirem, ninguém mais será capaz de usar
magia”).
• Sobre Nass Lantomir, Gant diz: “Ela não é ninguém”.
• Sobre Vellynne Harpell, Gant diz: “Tivessem os membros poderosos
da família dela não puxado as cordas para colocá-la na Irmandade, esse
espantalho velho ainda estaria reanimando os gatos mortos em Sela
Longa”.
Abrigo da Torre Alta
O Abrigo da Torre Alta é um de dois assentamentos de golias descritos
nesse capítulo, com o outro sendo o Rochedo do Dragão. Leia ambas as
descrições antes de rodar os encontros para cada local. Também
resenhe a descrição de “Golias” no apêndice C, em particular a seção
dos “Golias da Espinha do Mundo”. Há também uma lista de nomes de
golias que você pode recorrer, se for necessário.
Os personagens podem visitar o Abrigo da Torre Alta para resolver
uma disputa de longa-data entre os dois clãs de golias (veja “Relatos
nas Dez Cidades” e “Um Problema de Golias”). Ou um personagem
golias que venha da Torre Alta pode retornar para casa por alguma
razão, talvez em busca de ajuda sobre as questões relacionadas ao Vale
do Vento Gélido.
Todos os golias que habitam na Torre Alta são membros do clã
Akannathi. Além de sua contenda com os golias do Rochedo do Dragão,
os golias da Torre Alta são conhecidos por sua competitividade feroz,
seu desgosto por estrangeiros, e sua maestria em domar grifos.
Dentro das Montanhas
Para conseguir entrar em qualquer um dos postos avançados dos
golias ou se movimentar entre eles, os personagens precisam negociar
na Espinha do Mundo, onde a viagem é a dificuldade maior do que
qualquer região no Vale do Vento Gélido. Use as regras da seção de
“Viagem na Montanha” para simular os perigos de se chegar nos picos.
Locais do Abrigo da Torre Alta
O Abrigo na Torre Alta é um complexo cavernoso esculpido na face
noroeste de uma montanha com 4.500m de altura. Os túneis tem 3m
de altura em toda parte, e as cavernas são iluminadas por tochas.
Os seguintes locais estão marcados no mapa 2.13.
S1. Caminho de Pedra
Um caminho de pedra com 3m de largura abraça a lateral da montanha
e sobe para o Abrigo da Torre Alta. Seis grifos circundando o pico da
montanha observam a ponte detidamente, e sua visão é afiada o
bastante para perfurar as nuvens que frequentemente se formam no
topo da montanha. Se eles virem figuras não-familiares subindo o
caminho, os grifos guincham alertas aos golias do Abrigo da Torre Alta.
Os golias rapidamente se armam, esperando por problemas. Se o
abrigo estiver sob ataque, os grifos se juntam à luta.
S2. Barricada e Líder
Seis grifos circundam sobre vocês, guinchando perante sua
aproximação. Eles descem até estarem a poucas centenas de metros
de distância, mas não mais próximo.
No final da entrada está uma barricada com 3m de altura feita de
madeira e pedra, alocada com um portão rudimentar feito de
madeira espessa e enfeitado com lâminas de metal. Lacunas no
portão permitem a vocês verem uma figura incomumente alta em
gibão de pele posicionado 3m atrás dele e segurando um machado
grande. Além dessa figura está uma saliência maior com cinco
figuras igualmente altas posicionadas acima dela.
A figura atrás do portão é um combatente golias chamado Arn Punho
Rochoso de Akannathi, o líder do Abrigo da Torre Alta. As figuras no
alto da vista (área S3) são mais cinco combatentes golias.
Se o grupo incluir um ou mais personagens golias que vieram do
Abrigo da Torre Alta, Arn os dão as boas-vindas à casa e permite que
eles e seus companheiros passem pelo portão ilesos. Do contrário, Arn
diz ao grupo numa voz profunda e grave “Deem a volta. Vocês não são
bem-vindos aqui”.
Duas barras de madeira com 250kg selam o portão. As lâminas
afixadas ao portão e a barricada ao redor tornam a escalada
impossível. Os golias atacam qualquer um que superar o portão sem o
consentimento de Arn. Nove combatentes golias da área S9 se juntam
à luta na terceira rodada, e seis grifos circundando acima se unem à
batalha na quinta rodada. Arn pode também assobiar para convocar
esses reforços a qualquer tempo.
Interpretando Arn. Arn não tem nenhuma paciência com tentativas
de diplomacia e trata agressão com agressão. Se os personagens não
tiverem um ou mais golias da Torre Alta em meio a eles, a única
maneira de eles conseguirem passar por Arn é dar a ele algo que ele
queira. Se os personagens perguntarem-no o que ele quer, ele lhes diz:
O golias pensa por um momento, e então aponta na direção de uma
montanha vizinha a nordeste. “Tragam-me o manto branco de
Ogolai, o líder do Rochedo do Dragão”.
Se Arn for perguntado sobre o porquê dos golias da Torre Alta e do
Rochedo do Dragão não se entenderem, ele diz:
“Há muitos verões, os filhos da Torre Alta desafiaram os filhos do
Rochedo do Dragão a um jogo de bola de cabra. Uma das filhas do
Rochedo do Dragão, zangada em ser derrubada de sua posição,
lançou a bola num dos nossos grifos e atingiu a cabeça dele. Ele a
feriu de volta. O jogo foi encerrado. Dias depois, os caçadores do
Rochedo do Dragão escalaram nossa montanha e mataram o grifo
em seu ninho – um insulto grave. Nós estamos em guerra desde
então”.
Os personagens que falarem com Ogolai, a líder do Rochedo do Dragão,
obtêm uma versão diferente da história.
Se os personagens se mostrarem como árbitros neutros em busca de
encerrar o conflito entre os clãs, Arn sugere que eles encerrem o
conflito ao trazer a ele o manto da líder do Rochedo do Dragão, ou
matando Ogolai e tirando-o dela ou forçando Ogolai a abrir mão dele.
Arn objetiva usar os personagens como ferramentas para enfraquecer
sua rival e não se preocupa se eles vão ser bem-sucedidos ou morrer.
Somente ao restaurar a visão de Kaniaka (veja área S4) os personagens
podem convencer Arn de se encontrar com Ogolai e assentar suas
diferenças – e somente no Abrigo da Torre Alta ou em terreno neutro.
S3. Vista de Cima
Cinco golias estoicos fazem guarda acima de uma elevação rochosa
a 3m de altura com escadas subindo até ela. Um ninho grande e
vazio ocupa um canto da saliência, e dois túneis esculpidos na pedra
nos fundos da saliência conduz mais a fundo na montanha.
Cinco combatentes golias fazem guarda no topo dessa vista de cima.
O ninho do grifo contém alguns ossos (os restos de cabras da
montanha), mas nada de valor.
S4. Caverna do Líder
Essa caverna com 3,6m tem uma fogueira crepitante em seu centro
e paredes alinhadas com troféus de caça, incluindo crânios e peles
de várias criaturas habitantes da montanha. Sentado perto do fogo
está um golias enrugado com cabelos brancos e longos. Um manto
de pele de yeti está cobrindo seus ombros curvados, e um felino do
tamanho de um tigre com pele branca agachado ao lado dela.
Essa caverna é onde Arn passa o tempo com sua família, nominalmente
seu marido, Harad Vagante das Nuvens de Akannathi (um combatente
golias) e a mãe idosa de Harad, Kaniaka Corvo das Tormentas de
Akannathi (uma não-combatente cega). Cada um deles tem quatros
privados fora da caverna principal, onde eles guardam seus sacos de
dormir.
Se os personagens lutarem para avançar nessa caverna matando os
outros golias, Harad vai estar acordada e vai ataca-los, uma vez que os
golias caídos são seu sangue. Do contrário, Harad vai estar dormindo
em seu saco de dormir enquanto Kaniaka se senta perto do fogo,
olhando para ele atentamente, com um gato de penhasco domesticado
ao seu lado. O gato protege Kaniaka, mas do contrário não faz
nenhuma ação agressiva.
A audição de Kaniaka é afiada o bastante para distinguir os passos
pesados dos golias dos passos dos povos menores. Ela suspeita dos
estrangeiros assim como os outros membros do seu clã, mas pela sua
idade, ela se sente compelida a ouvir o que eles têm a dizer. Ela
gostaria muito de ver um fim ao conflito com os golias do Rochedo do
Dragão – se tal coisa for possível.
Magia pode curar a cegueira de Kaniaka, e ela fica em dívida a qualquer
personagem que restaurar sua visão. Kaniaka é a única membra do clã
Akannathi que tem tanta influência no Abrigo da Torre Alta quanto
Arn, e assim que sua visão for restaurada, ela pode gentilmente
persuadi-lo a ouvir e ser razoável. Com sua ajuda, os personagens
podem convencer Arn a se encontrar com a líder dos golias do
Rochedo do Dragão, embora ele insista que tal encontra aconteça no
Abrigo da Torre Alta.
Qualquer conversa com Kaniaka desperta seu filho, que sai da câmara
de dormir com um machado grande em mãos para confrontar intrusos.
Se os personagens tiverem tratado mal Kaniaka, Harad ameaça puni-
los pela intrusão, embora seu senso de honra dite que ele não pode
derramar o primeiro sangue. Assim, ele tenta incitar os personagens a
feri-lo primeiro.
S5. Santuário da Mente e do Espírito
Uma pedra com 2,4m de altura inscrita com runas se encontra no
meio dessa caverna com 3m de altura. Nas proximidades, um
escorregadouro com apoio para os pés esculpidos leva abaixo.
O escorregadouro tem 1,5m de diâmetro e leva para a área S6.
Pedra Rúnica. Essa pedra gravada é uma das duas pedras sagradas no
Abrigo da Torre Alta (a outra está na área S7). Os golias rezam
próximos a ela quando buscam claridade de mente e espírito. A
escritura na pedra rúnica, escrita em Anão, conta uma história sobre a
visão e liderança em meio a grandes aves predadoras do Vale do Vento
Gélido.
Uma magia de detectar magia revela uma aura de transmutação
mágica ao redor da pedra rúnica. Qualquer criatura humanoide que
rezar ou meditar próximo à pedra rúnica por ao menos 1 hora ganha
um dado de pedra rúnica, um d6. Uma vez dentro das próximas 24
horas, ele pode rolar o dado e adicionar o número rolado a um teste de
Sabedoria ou de Carisma que fizer. Ele pode esperar até após rolar o
d20 antes de decidir usar o dado da pedra rúnica, mas deve decidir
antes de o DM dizer se a rolagem falha ou passa. Assim que o dado da
pedra rúnica for rolado, ele é perdido e o humanoide não pode ganhar
um outro dessa pedra rúnica por 10 dias.
S6. Caverna dos Grifos
O chão dessa caverna está 4,5m abaixo do chão da área S5. Um
escorregadouro com 1,5m de diâmetro e 1,5m de comprimento com
apoios para os pés esculpidos se estende para cima do teto dessa
caverna.
Essa caverna com 4,5m contém quatro ninhos de grifo: três
agrupados no meio da caverna e um ao norte. O ninho mais a norte
contém um grifo crescido que aparenta estar dormente. O vento
mexe as penas do grifo dormente conforme ele entra por uma
abertura larga na parede norte, além do que vocês conseguem ver
picos da montanha e as nuvens tempestuosas. Sentado na borda
dessa abertura está uma golias que está conversando gentilmente
com um grifo jovem que se encosta nela.
“Não cheguem mais perto”, alerta a golias. “Essa jovem tem medo
de voar, e sua mãe está tentando ter algum descanso”.
Uma caverna menor com 3m de altura a nordeste contém um saco de
dormir do tamanho de um golias que pertence à golias. Ela é Rahi
Sonhadora dos Céus de Akannathi, uma combatente golias com Lidar
com Animais +4 e Medicina +4. Rahi serve como a guia espiritual do
clã e líder cuidadora dos grifos vivendo dentro e em volta do Abrigo da
Torre Alta.
O grifo jovem em seus cuidados tem menos de um ano de idade e ainda
está superando seu medo de voar. Sua mãe, uma grifo, acorda e ataca
se ela, sua cria, ou Rahi forem ameaçados. Se for necessário, Rahi pode
assobiar para convocar mais dois grifos posicionados em escarpas
próximas; esses reforços chegam na terceira rodada de combate.
Como os outros membros de seu clã, Rahi desgosta de estranhos e não
tolera intrusões. Um personagem que oferecer ajuda a Rahi para
superar o medo da jovem de voar pode, com um teste bem-sucedido
de Carisma (Persuasão) CD 18, conseguir a permissão de Rahi de se
aproximar do jovem. Esse personagem pode então tentar um teste de
Sabedoria (Lidar com Animais) CD 15 para acalmá-lo. Numa falha, o
jovem tenta bicar o personagem com seu bico, e Rahi afasta o
personagem. Num sucesso, Rahi fica impressionada à medida em que
o grifo bebê se apega ao personagem.
Se o grupo conquistar a confiança e amizade de Rahi, ela pode se
aproximar de um membro golias do grupo e se oferecer para ensinar
a esse personagem como domar um grifo. Dado o tempo necessário de
comprometimento, essa atividade é mais provável de ocorrer após a
aventura se concluir ou durante um período demorada de atividade
em tempo livre (veja “Domando Grifos” abaixo).
Domando Grifos
Os golias do clã Akannathi podem aprender a criar e domar grifos
usando segredos passados através das gerações. A treinadora de grifos
do clã, Rahi, compartilha esses segredos com membros do clã que
demonstram grande sabedoria. Os golias não montam em grifos; em
vez disso, eles os treinam para caçar como falcões. Os grifos são
ensinados a responder aos assobios dos golias e a nunca se perderem
de seus mestres.
Um personagem golias que conquistar o respeito de Rahi pode ser
ensinado sobre os segredos de domar os grifos por um período de 1
ano, durante o qual o personagem é instruído a observar e proteger
um único ovo de grifo e, quando ele se chocar, o grifo jovem emergente.
No final do ano, se o grifo ainda estiver vivo, o personagem deve fazer
um teste de Sabedoria (Lidar com Animais) CD 15, com vantagem se o
personagem aceitar a orientação de Rahi. Se o teste falhar, o
personagem é incapaz de domar o grifo. Se o teste for bem-sucedido, o
personagem doma o grifo e se vincula a ele pela vida. O controle do
grifo pode ser dado ao jogador do golias nesse momento.
Modifique a ficha do grifo conforme o seguinte para contar como o
desenvolvimento do jovem grifo:
• No nascimento, o grifo é Pequeno e tem 5 (1d4+3) PVs, um
deslocamento de voo igual a 12m, e Força 2. Ele tem +0 de bônus no
acerto dos seus ataques e causa 1 dano perfurante com seu bico e 1
dano cortante com suas garras. Seu ND é 0 (10xp).
• Após 1 ano, o grifo é Pequeno e tem 13 (2d6+6) PVs e Força 8. Ele
tem +1 de bônus para acerta com seus ataques e causa 1d4 dano
perfurante com seu bico e 1d4 dano cortante com suas garras. Seu ND
é 1/4 (50xp).
• Após 2 anos, o grifo é Médio e tem 32 (5d6+15) PVs e uma Força 12.
Ele tem +3 de bônus para acertar com seus ataques e causa 1d6+1
dano perfurante com seu bico e 2d4+1 dano cortante com suas garras.
Seu ND é 1 (200xp).
Após 3 anos, o grifo está totalmente crescido e domando o suficiente
para ser conduzido como uma montaria.
S8. Passagem de Esculturas
Essa passagem escavada se inclina gentilmente para cima a sul.
Tochas em arandelas iluminam as esculturas nas paredes.
As esculturas revelam a história do clã Akannathi.
Essa saga começa na extremidade norte da passagem e se desdobra
conforme você viajam a sul em direção à área S9. Um personagem que
passar num teste de Inteligência (História) CD 15 pode determinar que
as esculturas mais velhas possuem aproximadamente 400 anos e as
mais novas são bem recentes.
As esculturas mais antigas contam a história de como os golias
Akannathi domaram a montanha – como eles escavaram túneis e
cavernas para servirem às suas necessidades, criando um lar para o
seu povo, e como eles domaram os grifos da montanha, transformando
esses monstros vorazes em companheiros de caça resolutos. As
esculturas posteriores se focaram nas guerras com os orcs, quando os
golias da Torre Alta e do Rochedo do Dragão se uniram contra um
inimigo em comum. As esculturas feitas dentro do século passado
abordam o desgaste da amizade entre os dois clãs golias, com cenas
mostrando os combatentes do Rochedo do Dragão matando os grifos
seguidas por emboscadas sangrentas entre os clãs de golias nas
encostas das montanhas. As esculturas mais recentes revelam os
golias perseguindo um urso polar gigante (uma representação de
Oyaminartok, conforme descrito no apêndice C) e uma população de
golias da Torre Alta diminuída lutando contra o inverno
aparentemente interminável.
S9. Caverna dos Banquetes
Nove combatentes golias ocupam essa área quando os personagens
chegarem no Abrigo da Torre Alta. Se eles forem atraídos para a área
S2 por um distúrbio, ajuste o seguinte texto em caixa de acordo com a
ausência deles:
Uma pira retangular e comprida aquece essa caverna com 4,5m de
altura e preencha a área com cheiro de carne cozinhando numa
grelha acima da pira. O som de celebração também preenche a
caverna à medida em que dois golias se posicionam próximos à
parede sul com suas armas estendidas para fora de seus lados,
segurando uma rocha grande em cada mão. Seus braços musculosos
estão tremendo de esforço, e suas mandíbulas estão cerradas. Sete
outros golias se encontram ao redor deles, celebrando e balançando
as ancas da carne cozida.
Quando os golias estiverem cientes dos personagens, adicione:
Quando os golias notam vocês, eles param de celebrar. A competição
se encerra conforme os dois golias deixam as rochas tombarem no
chão, e todos os nove golias olham para vocês.
Dois golias estavam competindo num teste de força para ver quem
poderia aguentar com seus braços levantados mais tempo sob o peso
das rochas. A menos que os personagens sejam acompanhados por um
membro do clã Akannathi, os golias tentam afugentar os intrusos,
atacando-os se eles se recusarem a sair. Um personagem esperto pode
ganhar os golias ao desafiar e bater um ou mais deles num desafia de
segurar rocha. A disputa é feita da seguinte forma:
• A cada participante é dado um par de rochas pesadas e ele deve
segurar uma em cada mão enquanto mantém seus braços paralelos ao
chão.
• No final de cada minuto, cada participante deve passar num teste de
Força (Atletismo) para manter seus braços eretos. A CD inicia em 5 e
aumenta em 5 no final de cada minuto posterior. Numa falha, o
participante deixa seus braços cair e é eliminado do jogo. Se os últimos
dois participantes falharem ao mesmo tempo, a disputa termina num
empate.
Qualquer personagem que vencer uma disputa de carregar rocha
conquista o respeito dos golias dessa caverna. Esse respeito pode
crescer em amizade, contanto que os personagens não tenham feito
nada que coloque os golias contra eles.
S10. Caverna Comum
Cobertores e sacos de dormir feitos de peles se encontram num
círculo irregular ao redor de uma fogueira fumegante. Numa alcova
a norte, três jovens golias estão brincando em meio a uma pilha de
moedas e gemas.
Os três golias jovens são não-combatentes que possuem de 1,2m a
1,5m de altura.
Tesouro. O clã Akannathi estoca tesouro na extremidade norte dessa
câmara. Os golias tem pouco uso para itens valiosos, exceto pelos
membros do clã que querem visitar as Dez Cidades ou outros
assentamentos mais distantes e precisam de alguma forma de dinheiro
para assegurar comida ou alojamento. A pilha de tesouro inclui o
seguinte:
• 420po, 1.664pp e 2.260pc e cunhagem misturada
• 13 gemas: 8 ágatas oculares (10po cada), 5 pedras da lua (50po
cada), e uma ametista (100po)
• Uma estatueta de osso esculpido de Gruumsh, o deus orc caolho da
matança (25po)
• Um gaiola dourada com filigrana de electrum (250po)
• Uma poção de forma gasosa num frasquinho de cristal acinzentado
Encerrando a Contenda dos Golias
Os líderes dos clãs Akannathi e Thuunlakalaga nunca vão chegar a
termos por conta própria. Os personagens que quiserem encerrar a
contenda entre os golias do Abrigo da Torre Alta e do Rochedo do
Dragão devem convencer os líderes, Arn e Ogolai, a se encontrarem em
terreno neutro, longe de seus respectivos covis, uma vez que nenhum
líder quer se aparentar fraco aos olhos um do outro.
Cimeira dos Líderes
Arn vai aceitar se encontrar com Ogolai em terreno neutro, mas
apenas se Kaniaka (veja área S4) incitá-lo a fazê-lo. Ogolai vai aceitar
se encontrar com Arn em terreno neutro, mas somente se os
personagens curarem o aarakocra ferido no Rochedo do Dragão (veja
área W6). Ambos os líderes pretendem trazer uma comitiva de
combatentes golias consigo ao encontro, e isso leva alguma diplomacia
adicional – talvez um ou dois testes de Carisma (Persuasão) – para
convencê-los a manter suas delegações pequenas.
Negociações
Os personagens que trouxerem Arn e Ogolai junto ainda têm o
trabalho de se adequarem a eles; nenhum líder está pronto para
perdoar e esquecer os eventos que criaram a divisão entre eles. Se um
ou mais personagens não mediar a conversa, o encontro termina com
cada líder indo embora em desgosto da indisposição do outro em
aceitar a culpa. Permita aos jogadores tempo para traçar uma
estratégia a fim de encerrar o impasse. Três soluções possíveis são
apresentadas abaixo:
• Os personagens incitam os líderes, para o bem do Vale do Vento
Gélido, a se unirem contra um inimigo comum (como Auril a Donzela
Gélida, Arveiaturace a Dragonesa Branca, ou Xardorok Sunblight). Os
combatentes golias de ambos os clãs, trabalhando como aliados,
podem aprender a esquecer o passado e forjar um futuro mais
brilhante para todos os golias.
• Um personagem que tiver conquistado o respeito de um ou ambos os
clãs convence qualquer líder que for o primeiro a aceitar a
responsabilidade por um desentendimento, mesmo quando o outro
devesse compartilhar a culpa, de que isso é um sinal de força moral e
de bom caráter. Assim que um líder aceitar a culpa, fica mais fácil para
o outro fazer o mesmo.
• Os personagens mantêm os líderes conversando – por dias, se levar
esse tempo – ao transformar isso numa disputa de resistência. Os dois
líderes gastam horas ventilando suas queixas, e então passam horas
mais longas se encarando num silêncio teimoso (a paciência dos
personagens eventualmente vai ser recompensada quando Ogolai
tiver comida e chá trazido a ela. Ela oferece de compartilhar sua
refeição com Arn, que a contragosto aceita por polidez. Esse momento
marca um ponto de virada na medida em que os líderes concordam
que não pode haver nenhum vencedor nessa disputa e, mais
importante, que a disputa é uma metáfora para sua contenda longa e
sem sentido).
Rochedo do Dragão
O Rochedo do Dragão é um dos dois assentamentos dos golias
descritos nesse capítulo, com o outro sendo o Abrigo da Torre Alta.
Leia as descrições de ambos antes de rodar os encontros em cada local.
Revise também a descrição de “Golias” no apêndice C, em particular a
seção dos “Golias da Espinha do Mundo”. Há também uma lista de
nomes de golias que você pode usar, se necessário.
O Rochedo do Dragão é o lar para o clã Thuunlakalaga de golias
amistosos. Logo após estabelecer sua morada para si mesmos, os
golias foram desafiados por um dragão branco adulto. O dragão
subestimou a determinação dos golias, e décadas depois, seus restos
esqueléticos ainda se encontram como uma prova do triunfo deles.
Há três razões para os personagens poderem visitar o Rochedo do
Dragão:
• Eles foram atraídos ao local por um relato (veja “Relatos nas Dez
Cidades”) ou por uma missão para ajudar Dannika Graysteel a adquirir
alguns ossos de dragão branco (veja “Ensopado de Ossos de Dragão”).
• Um dos personagens é um golias do Rochedo do Dragão que quer
retornar à casa.
• Os personagens buscam encerrar a contenda entre os golias do
Abrigo da Torre Alta e o Rochedo do Dragão (os personagens vão
precisar ambos os locais para obter sucesso em sua missão).
Os golias do Rochedo do Dragão estão dispostos a compartilhar sua
morada com viajantes e hóspedes, mas eles mantém um forte desgosto
pelos golias do Abrigo da Torre Alta. Os personagens podem descobrir
a causa desse ressentimento ao falar com Ogolai, a líder do clã
Thuunlakalaga.
Dentro das Montanhas
Para entrar em qualquer um dos postos avançados dos golias ou se
mover entre eles, os personagens precisam negociar com a Espinha do
Mundo, onde a viajar é mais difícil do que em qualquer região do Vale
do Vento Gélido. Use as regras da seção “Viagem nas Montanhas” para
simular os perigos de andar pelos picos.
Visão Geral do Rochedo do Dragão
O Rochedo do Dragão está virado a norte do topo de uma encosta
montanhosa nevada. Os ossos de um dragão branco adulto repousam
próximo à entrada do covil.
Os golias do Rochedo do Dragão curtem companhia e vão trocar
comida e abrigo por histórias e novidades do Vale do Vento Gélido. Os
golias são ricos em histórias próprias e não são tímidos em
compartilhar sua história.
Embora esses golias sejam amistosos e acolhedores, eles carregam um
rancor amargo contra os golias do Abrigo da Torre Alta e vão tratar
qualquer personagem vindo desse clã da mesma forma. Além disso,
esses golias têm forte desgosto por visitantes que buscam causar
problemas além da simples competitividade. Se tal situação ocorrer,
eles expelem o visitante ofensor.
Locais do Rochedo do Dragão
O Rochedo do Dragão é um complexo cavernoso escavado dentro da
face norte de uma montanha com 4.500m de altura. Os túneis têm 3m
de altura por toda parte, e as cavernas são iluminadas por tochas.
Os seguintes locais estão marcados no mapa 2.14.
W1. Aproximação
Rastros frescos na neve tornam relativamente fácil de encontrar o
assentamento golias do Rochedo do Dragão na encosta norte de
uma montanha elevada. Seguir esses rastros leva vocês a uma
caverna, fora da qual os ossos de um dragão se encontram
semienterrados na neve. Passados esses restos, luzes de tochas
tremeluzem num par de túneis que escava para dentro da montanha
guiando a oeste e sul.
A leste dos ossos do dragão, degraus ásperos sobem a uma arena em
ar aberto com 6m de altura com arquibancadas de pedra esculpidas
na parede leste. Elevando-se do chão da arena estão mais de doze
pilares de rocha, cada qual de 1,5 a 2,4m de altura e com cerca de
30cm de diâmetro.
Os rastros na neve foram feitos por dois combatentes golias
retornando de uma caça. Veja a área W2 para mais sobre as
plataformas de pedra e as arquibancadas.
Os ossos são os de um dragão branco adulto chamado Stygiarus, o qual
encontrou sua condenação nas mãos dos golias do Rochedo do Dragão.
Quatro chwingas se espreitam em meio aos ossos e tornam sua
presença conhecida ao aparecerem conforme os personagens se
aproximam. Os chwingas seguem os personagens nos arredores pelo
tempo que o grupo permanecer na vizinhança do Rochedo do Dragão.
Os golias do Rochedo do Dragão estão cientes dos chwingas e
normalmente os ignoram.
Cada chwinga tem um fascínio por algo e é irresistivelmente atraído a
qualquer personagem que tenha ou demonstre essa determinada
coisa. Se um personagem saciar a fascinação de um chwinga uma vez
por dia por três dias consecutivos, o chwinga recompensa esse
personagem com uma dádiva sobrenatural antes de partir (veja
“Dádivas Sobrenaturais” no Guia do Mestre). Veja a seção dos “Novos
Encantos de Chwingas” no apêndice C para mais encantos. O fascínio
de cada chwinga está descrito abaixo:
Chwinga 1 tem uma face branca com um triângulo pintado sobre um
olho. Ele é fascinado por personagens Pequenos e tenta montar neles.
Chwinga 2 tem uma face branco com dois anéis azuis concêntricos ao
redor de um olho. Ele é fascinado com barbas e gosta de penteá-las
com uma pinha.
Chwinga 3 tem antenas negras enroladas crescendo de sua cabeça. Ele
é fascinado em assobiar e com seu próprio reflexo. Ele pula
entusiasticamente sempre que um personagem faz barulhos de sopro
ou coloca um espelho em frente a ele.
Chwinga 4 veste um vestido feito de agulhas de pinheiro. Ele é
fascinado por personagens que mastigam com suas bocas abertas e
tenta olhar dentro de suas gargantas enquanto eles comem.
W2. Corte da Bola de Cabra
Quinze pilares rudimentares de pedra estão posicionados nessa
arena elevada. As arquibancadas esculpidas na parede dos fundos
estão revestidas de gelo, e no topo da seção de assentos está tocos
de tocha queimados em arandelas e um túnel estreito.
Os golias do Rochedo do Dragão se reúnem aqui ao menos uma vez por
dia para olharem as crianças ou adultos curtindo um jogo de bola de
cabra (veja “Jogo de Bola de Cabra” abaixo).
Se os personagens mostrarem-se amistosos aos golias, quatro
combatentes golias da área W7 os desafiam a uma partida amistosa de
bola de cabra. Os personagens que recusarem o desafio são livres para
observarem o jogo ao invés. Os golias não ligam se houver uma
pequena aposta para um dos lados.
O túnel estreito acima e atrás das arquibancadas leva para a área W6.
Bola de Cabra
Bola de Cabra é um esporte em equipe similar à queimada. Ele usa uma
bola disforme de pelos feita da pele estufada de cabra e também
requer uma dúzia ou mais de plataformas elevadas (normalmente
pilares de toras de árvores) arranjadas num padrão aleatório. Dois
times de quatro jogadores sobem nas plataformas, passam a bola para
trás ou para frente, e tentam derrubar seus oponentes para fora de sua
plataforma. Um time ganha se todos os oponentes forem derrubados
para fora do jogo.
Regras. Para determinar o resultado de um jogo de bola de cabra, faça
cada jogador no jogo realizar um teste de Força (Atletismo) ou
Destreza (Acrobacia) (à escolha dele). Adicione os totais para cada
time. O time com o maior total ganha. Na eventualidade de um empate,
o jogo segue no tempo extra e todos os jogadores rerrolam.
W3. Armeiro
O som de metal sibilando à medida em que esfria ecoa por essa
câmara quente com 3m de altura à medida em que uma golias
fêmea submerge a cabeça de uma azagaia brilhante num barril de
água. A bigorna no centro da caverna é iluminada pela luz de uma
forja queimando na parede oeste. Encostadas na parede próxima
estão várias ferramentas e armas.
A armeira do Rochedo do Dragão é uma combatente golias chamada
Wayani Caçadora Alta de Thuunlakalaga. Suas técnicas de forja
emulam as de um ferreiro anão de quem ela aprendeu sua arte. Ela é
dona de um conjunto completo de ferramentas de ferreiro, com as
quais ela é proficiente, e fica feliz em falar sobre seu trabalho. Se os
personagens parecerem amistosos, ela oferece de leva-los para verem
Ogolai, a líder do clã, na área W5.
Em meio aos itens encontrados nessa forja estão 30 azagaias de metal
e 3 machados grandes robustos, todos não-mágicos.
W4. O Rastejamento
O chão dessa caverna com 4,5m de altura forma um bojo no meio,
com um buraco de 1,5m de diâmetro em cada extremidade da parte
elevada, marcando as extremidades de um túnel. O exterior do bojo
tem runas inscritas em toda a superfície dele.
Nos fundos da caverna, um golias idosos se senta com três golias
adolescentes ao redor de uma fogueira. O golias idoso está tingindo
pedaços de roupa e couro num balde de líquido esverdeado e os
colocando para secar numa estante de madeira enquanto os
adolescentes bordam outros pedaços em vestes para bonecas que
eles estão estilizando. Dezenas de bonecas velhas repousam em
nichos ao longo das paredes da caverna, olhando para fora.
O golias idoso é um não-combatente chamado Demelok Vagante
Noturno de Thuunlakalaga, e ele está ajudam os golias jovens a fazer
bonecas cerimoniais. Os três jovens são combatentes golias
desarmados e desarmadurados chamados Jaagrik, Kaga e Zuri.
Túnel de Runas Esculpidas. Se os personagens perguntarem sobre o
túnel de runas esculpidas que escava sob o chão, Demelok lhes conta
que isso serve a dois propósitos: testar os golias jovens à beira da vida
adulta e para transmitir sabedoria que vem a partir do conhecimento
do próprio caráter.
Após aprender as lições necessárias para se tornar adulto de pleno
direito, um golias jovem oferece um símbolo da sua infância – uma
boneca – rasteja pelo túnel. Os membros de sua família espera por eles
no outro lado, prontos para acolhê-lo na vida adulta. As visões vistas
por aqueles que rastejam pelo túnel os forçam a encarar seus medos,
a experienciar o que é estar verdadeiramente sozinho, e a reconhecer
suas próprias fraquezas. Nem todo mundo tem a fortitude para passar
pelo túnel na primeira tentativa, mas aqueles que falham podem tentar
novamente.
Os visitantes que quiserem experienciar esse julgamento são alertados
de que isso não é para os fracos de coração. Um personagem que
chegar no ponto do meio do túnel deve passar num TR Cons CD 15 e
num TR Car CD 15. Se qualquer um dos TRs falhar, o personagem fica
incapaz de se mover para frente e deve recuar o caminho de onde ele
veio. Se ambos os TRs falharem, o personagem fica tão oprimido pelas
visões de terror que ele cai num coma, ficando inconsciente por 4d6
horas. Um personagem que passar em ambos os TRs podem rastejar
pelo túnel e para fora do outro lado, tendo confrontado as visões e as
superado.
Qualquer personagem que conseguir o consentimento da Líder Ogolai
para rastejar pelo túnel é considerado um membro honorário do clã
Thuunlakalaga se passar pelo julgamento.
W5. Salão Principal
Essa caverna tem um teto abobadado com 9m de altura e um poço
aberto no meio do chão. Dois golias jovens usam robes e um balde
para pegar água do poço enquanto seis adultos brigam com um
punhado de crianças golias exuberantes.
Escadas ásperas sobem para a parte sul da caverna, onde o chão é
3m mais alto. Sentada nessa área próximo a uma fogueira
crepitante está uma golias com cabelos acinzentados, muitas
cicatrizes e um manto branco feito de pele de cabra da montanha.
Encostado na parede atrás dela está um machado grande com um
cabo de osso. Ela mastiga um cachimbo à medida em que tenta
resolver uma disputa entre duas crianças golias.
Essa caverna é onde muitos membros do clã Thuunlakalaga dormem e
socializam. Os sacos de dormir de peles de cabra estão dispostos pelo
chão num semicírculo solto ao redor de um poço no centro do
aposento.
Quando os personagens chegarem, a caverna contém oito
combatentes golias, incluindo seis adultos e dois golias jovens
desarmados e desarmadurados. Há também seis crianças golias (não-
combatentes), incluindo duas falando com a líder do clã, uma
combatente golias chamada Ogolai Decepadora de Orcs de
Thuunlakalaga, que é carinhosamente chamada de “Cabra Velha” pelos
outros membros do clã. Seu machado grande tem um cabo feito do
osso de dragão branco e seu manto branco é mágico (veja “Tesouro”
abaixo). Se uma luta acontecer aqui, mais nove combatentes golias
chegam da área W7 para ajudar a pôr um fim nela.
Ogolai recebe os recém-chegados e os convida para se unir a ela perto
do fogo. Se ela vir um brilho neles, ela anda com eles de volta à caverna
dos banquetes (área W7) para uma refeição quente. Se ela for
perguntado do porquê dos golias da Torre Alta e do Rochedo do
Dragão não se entenderem, Ogolai diz:
“Há muitos verões, os filhos do Rochedo do Dragão desafiaram os
filhos da Torre Alta para um jogo de bola de cabra. Durante o jogo,
a bola caiu próxima a um dos grifos da Torre Alta. Quando uma de
nossas filhas tentou apanhar a bola, o grifo ficou furioso e a feriu
gravemente. O jogo foi encerrado. Sedento por mais carne de
criança, o grifo assombrou o Rochedo do Dragão por dias. Nossos
caçadores foram forçados a mata-lo para proteger as crianças. Os
dois clãs se opuseram um ao outro desde então”.
Embora ela não diga, Ogolai é a criança que foi ferida pelo grifo,
conforme as cicatrizes em sua face sugere. Até esse dia, ela teme os
grifos e culpa os golias da Torre Alta por não mantê-los sob controle.
Se os personagens alegarem ser árbitros neutros em busca de encerrar
o conflito entre os clãs, Ogolai diz que está preparada para se
encontrar com Arn Akannathi, o líder dos golias da Torre Alta, mas se
recusa a encontra-lo no Abrigo da Torre Alta. Ogolai insiste que o
encontro ocorra na corte da bola de cabra no Rochedo do Dragão, ao
que ela sabe que Arn nunca vai concordar. A recusa de Ogolai em
conduzir as negociações no Abrigo da Torre Alta vem do seu medo
profundos dos grifos, embora ela nunca admita esse fato para não
parecer fraca. Ogolai não está interessado em oferecer um gesto de boa
vontade a Arn, a quem ela sem rodeios chama de um “vagante
natimorto”.
Golias Desaparecido. Se os personagens estabelecerem
relacionamento com Ogolai, ela lhes conta que um dos combatentes de
seu clã, um jovem chamado Kapanuk, se separou de grupo de caça
durante uma nevasca há alguns dias. Ogolai pede apenas que os
personagens fiquem de olho por ele à medida em que viajarem pelas
montanhas (os personagens podem localizar Kapanuk na área X28 da
fortaleza de Xardorok no capítulo 3).
Tesouro. O manto de Ogolai tem as propriedades mágicas de um
manto da proteção.
Poço. A fonte principal de água limpa do clã é o poço. Um balde de
fogueira é descido numa corda para impedir a água do poço de se
congelar.
W6. Cavernas Privadas
Essas cavernas com 3m de altura são os quartos da líder e dos
melhores combatentes do clã. Ogolai reivindicou a caverna mais a sul,
onde os itens de valor da tribo são mantidos (veja “Tesouro” abaixo).
A caverna mais a norte contém uma aarakocra ferido chamada Sikki-
kree, que está sendo cuidada por um combatente golias chamado Aruk
Convocador dos Relâmpagos de Thuunlakalaga, que tem Intuição +4 e
Medicina +4. Sikki-kree colidiu nas montanhas quando foi pega numa
nevasca e foi resgatada pelos caçadores golias. Aruk tem cuidado para
voltar a saúde da aarakocra, mas ele não pode fazer muito. Embora os
ferimentos menores de Sikki-kree tenham sido curados, ela tem uma
asa quebrada que requer ao menos 10 PVs de cura mágica para ser
remendada. Os golias do Rochedo do Dragão não têm nenhuma magia
à disposição. Qualquer personagem que ajudar Sikki-kree a recuperar
sua habilidade de voar ganha a gratidão da aarakocra e o respeito dos
golias do Rochedo do Dragão.
Assim que Sikki-kree puder voar novamente, ela agradece aos
personagens por sua ajuda antes de obter a permissão de Ogolai de
partir. Ogolai fica em débito com os personagens pela ajuda à
aarakocra, o suficiente para ela concordar em se encontrar com o líder
dos golias da Torre Alta se os personagens requisitarem.
Tesouro. A caverna de Ogolai contém uma pilha de tesouro que seu clã
acumulou. Os golias do Rochedo do Dragão têm pouco uso para itens
de valor, mas mantêm esse estoque para os membros do clã que
visitam as Dez Cidades ou outros assentamentos e precisam de alguma
forma de dinheiro para assegurarem comida ou alojamento. A pilha
inclui o seguinte:
• 350po, 1.177pp e 1.850pc em cunhagem misturada
• 16 gemas: 9 ágatas malhadas (10po cada), 4 cornalinas (50po cada),
2 espinelas (100po cada) e um topázio (500po)
• Um pingente numa corrente de ouro (25po) inserido com uma gema
elemental de diamante amarelo (os golias não têm ciência de sua
natureza mágica).
W7. Caverna dos Banquetes

Três golias adultos estão cozinhando carne sobre uma pira

retangular no meio dessa caverna com 4,5m de altura enquanto um
golias jovem distribui tigelas de cerâmica de comida a outros golias
sentados ao redor do aposento em tapetes de lã e peles.

Um idoso faz uma batida rítmica num grande tambor de pele de

cabra apoiado entre seus joelhos. Enquanto ele toca, alguns golias
se engalfinham no chão à frente dele. Aqueles sentados próximos a
eles ocasionalmente se movem para fora do caminho dos lutadores
que rolam para muito perto deles.

A menos que os combatentes sejam atraídos para algum outro lugar,

essa caverna tem nove combatentes golias mais oito não-combatentes
golias (crianças e idosos do clã).

Os golias do Rochedo do Dragão ficam alegres se um ou mais dos

personagens expressarem interesse em lutar. Embora os golias não
engajem costumeiramente em oponentes menores ou mais fracos, eles
nunca recusam um desafio. Vencer uma partida de luta requer a um
competidor passar em duas disputas consecutivas de testes de Força
(Atletismo).

Sunblight
Remota em meio aos rochedos da Espinha do Mundo está uma
fortaleza sinistra esculpida da rocha. Essa fortaleza é o lar de Xardorok
Sunblight, seus dois filhos vivos e do resto do clã duergar Sunblight.
Ela é uma portal densamente defendido entre o lar antigo do clã no
Subterrâneo e o futuro lar deles no Vale do Vento Gélido. Daqui,
Xardorok trama a destruição das Dez Cidades.
Xardorok não tem nenhuma imaginação própria. Em vez disso, ele
recebe inspiração de seu patrono, quem ele acredita ser Deep Duerra
(a deusa duergar da conquista). Sem o conhecimento de Xardorok, os
seus poderes de bruxo vêm de Asmodeus, o Lorde dos Nove Infernos,
que se diverte em personificar outros deuses. É Asmodeus, não Deep
Duerra, que inspirou Xardorok Sunblight a se tornar o primeiro
duergar a deixar o Subterrâneo e esculpir um reino para si na
superfície.
Rodando Esse Capítulo
Os personagens que descobrirem a trama de Xardorok de forjar um
dragão de chardalyn e liberá-lo sobre as Dez Cidades podem decidir
lançar um ataque preventivo na fortaleza de Xardorok. Esse capítulo
descreve a fortaleza de Sunblight em detalhe, no evento dos
aventureiros decidirem ataca-la. Mas os personagens são pegos numa
surpresa: quando eles chegarem, Xardorok já vai ter finalizado seu
constructo e o liberado, deixando os personagens com uma decisão
agonizante: pressionar o ataque contra a fortaleza duergar ou
interceptar o dragão nas Dez Cidades. Se eles escolherem o último
curso, pule esse capítulo por agora e prossiga com o capítulo 4.
Os personagens são mais prováveis de sobreviver a uma invasão da
fortaleza de Xardorok se eles tiverem pelo menos no nível 4. Os
personagens de nível menor podem ter sucesso se fizerem descansos
frequentes ou tiverem uma vantagem, como uma abundância de
magias de cura ou aliados para dar-lhes suporte.
Missão do Orador
Se os personagens carecerem de incentivo para confrontarem
Xardorok em sua fortaleza, seja em razão de eles não encontrarem
seus filhos no capítulo 1 ou porque a ameaça duergar não os tenha
impactado ainda, você pode fazer com que um dos oradores das Dez
Cidades os convide para um encontro privado. O orador reconheceria
os personagens pela reputação, se não for por nada mais. Nesse
encontro, o orador apresenta a seguinte informação:
“Inimigos invisíveis andam entre nós. Nós vimos suas pegadas na
neve, e agora nós sabemos o que eles são: duergar. Esses anões
malevolentes do Subterrâneo se infiltraram nas Dez Cidades em
busca de uma cristal raro conhecido como chardalyn. Com ele, eles
estão construindo um constructo poderoso que vai devastar as Dez
Cidades se nada estiver pronto para pará-lo.
“Nossa milícia capturou um dos duergar e o forçou a divulgar a
localização da fortaleza na montanha. Lá vocês vão encontrar um
senhor de guerra duergar chamado Xardorok Sunblight. Ele
objetiva conquistar o Vale do Vento Gélido e destruir a todos nós.
Pelo bem das Dez Cidades, vocês penetrariam na fortaleza duergar,
matariam esse senhor de guerra maligno, e destruiriam sua arma
terrível?”
Se os personagens aceitarem essa missão, o orador lhes fornece um
mapa do Vale do Vento Gélido que marca a localização da fortaleza
duergar, conforme mostrado no mapa 2.1. Para o benefício dos seus
jogadores, você pode apontar a localização da fortaleza usando o mapa
pôster do Vale do Vento Gélido.
Se os personagens pedirem para falar com o duergar capturado, o
orador os informa que o duergar foi colocado para morrer na
sequência do interrogatório, a fim de impedir sua fuga e alterar os seus
semelhantes. Se os personagens insistirem em ver o duergar, o orador
os leva a um porão onde o corpo está sendo mantido. Qualquer
personagem que conjurar a magia falar com os mortos no duergar
morto pode validar a informação que o orador já transmitiu.
O orador tem pouco a oferecer aos personagens como recompensa,
além de hospitalidade e amizade. Se os personagens insistirem em
mais recompensa tangível, o orador carraca, desculpa-se por julgá-los
mal e os deixa irem embora. A reputação deles sofre um golpe se eles
declinarem a ajuda. Não importando o resultado do encontro, a
próxima tarefa do orador é preparar o assentamento para o que
certamente vai ser a luta de sua vida, no evento do constructo de
Xardorok atacar as Dez Cidades.
Problema na Fortaleza
As seguintes seções descrevem o que os personagens vão enfrentar
nesse capítulo.
Paranoia de Xardorok
A obsessão de Xardorok com chardalyn é uma forma de loucura que
consumiu o senhor de guerra duergar, ao ponto de ele não parar por
nada para obter tudo disso. Xardorok valoriza chardalyn mais que seus
filhos e seu clã, o qual alienou seus conselheiros mais próximos e os
forçou a questionar sua obediência cega a ele.
O contato prolongado com a magia malevolente infundindo o
chardalyn deixou Xardorok extraordinariamente paranoico. Ele
mantém seus dois filhos, Durth e Nildar, o mais longe dele possível,
enviando-os em missões perigosas para adquirir mais chardalyn
dentro e nos arredores das Dez Cidades, temendo que eles possam
usurpar seu trono do contrário. Xardorok recompensa seus
subordinados por espionarem uns aos outros e descobrirem planos
contra ele. Os duergar mais próximos a ele estão cientes das mudanças
em seu temperamento, mas eles carecem de coragem para se
colocarem de frente a ele. Poucos aprenderam a se valer da paranoia
dele, ganhando o favor de Xardorok ao produzirem evidências de
golpes orquestrados por seus rivais.
A Conspiração de Muzgardt
Grandolpha Muzgardt, a grande dama do clã duergar Muzgardt,
recentemente chegou na fortaleza após ser convidada para cá pelo
Xardorok. Os Muzgardts estão sediados em Gracklstugh, uma cidade
duergar no Subterrâneo. Eles produzem em larga escala e distribuem
uma cerveja duergar imunda feita de cogumelos. Xardorok tem estado
ansioso em obter uma quarta mulher e tem olhado por Grandolpha
Muzgardt por muitos anos. Ele pediu Grandolpha para ir à sua
fortaleza a fim de lhe dar um presente – um pseudodragão feito de
chardalyn (um pseudo-peseudodragão, se preferir) – e fazer a ela uma
oferta que ela não pode recusar. Assim que ele conquistar o Vale do
Vento Gélido, ele quer que os Muzgardts controlem o comércio de
cerveja por todo o seu reino na superfície sem sol.
Grandolpha, por sua vez, é astuta e calejada demais para cair nas
tentativas cegas de sedução de Xardorok. Ela começou a tramar com
conselheiros destituídos de direitos e combatentes em seus quadros
para derrubá-lo quando for o momento certo. Ironicamente, apesar de
sua paranoia, Xardorok está cego demais pela sua admiração por
Grandolpha para prever sua traição. Em Grandolpha, os personagens
podem encontrar um aliado (quando muito temporário) improvável.
Avanço dos Personagens
Nesse capítulo, os personagens podem avançar até o nível 6 e não mais
que isso. O avanço de nível é manejado da seguinte forma:
• Os personagens ganham um nível se eles derrotarem Xardorok
Sunblight.
• Os personagens ganham um nível se eles completarem quaisquer
duas das seguintes tarefas: encontrar o plano de voo do dragão de
chardalyn na área X4, libertar o miconide soberano na área X19 ou
destruir o coração do dragão vermelho na área X24.
Encontrando a Fortaleza
Os personagens podem encontrar um mapa abordo da balsa de
Angraleste que mostra a localização da fortaleza de Xardorok. Eles
obtém um mapa similar se aceitarem a missão do orador apresentada
mais cedo nesse capítulo. Se os personagens falharem em obter o
mapa, eles podem usar magia para compelir um duergar capturado a
fim de divulgar a localização da fortaleza.
Aproximando-se da Fortaleza
Para chegar à fortaleza de Xardorok, os personagens precisam passar
pela Espinha do Mundo. Use as regras da seção “Viagem na Montanha”
para simular os perigos de se chegar ao redor dos picos.
Além dos sopés nevados, nuvens adensadas obscurecem os picos
gélidos das montanhas imensas que formam a Espinha do Mundo.
Eventualmente, vocês chegam acima das nuvens e avistam uma
parede de montanha pura se elevando a mais de 30m acima de
vocês. Esculpido no alto da parede estão fileiras de seteiras com
iluminação queimando por trás delas e sons tilintantes vindos delas.
Uma escadaria estreita feita de rocha sobe ao longo de uma lateral
da parede.
Os degraus que sobem têm praticamente 1,5m de largura e sobem 45m
para uma saliência coberta de gelo que se une com a entrada principal
(área X1).
Decisão Difícil
Conforme os personagens começam sua subida, leia:
Do alto vem um barulho alto de esmerilhamento conforme grandes
camadas de gelo se quebram para fora das paredes da fortaleza e
despencam na encosta da montanha. De repente, portas grandes de
gelo anteriormente escondidos sob a neve se abrem a mais de 90m
acima de vocês, e dentre elas um dragão enorme feito de gelo negro
voa. Seus olhos brilham com uma luz dourada brilhante à medida
que ele solta um rugido terrível, se lança no ar e desce em rasante a
partir da fortaleza, e então se vira e segue a norte em direção às Dez
Cidades.
O dragão de chardalyn sai da fortaleza ao subir um eixo que leva do
nível da forja até a cimeira da fortaleza. As portas no topo do eixo
permanecem abertas até o dragão retornar ou alguém as fechar
usando as alavancas nas áreas X13 e X15.
O dragão fica a pelo menos 75m de distância do grupo e não presta
atenção nos personagens conforme voa para fora em sua missão de
destruir as Dez Cidades. Dada o impressionante deslocamento de voo
do dragão, é improvável que os personagens estejam aptos de
persegui-lo.
Os personagens devem agora fazer uma grande decisão: invadir a
fortaleza de Xardorok conforme planejado ou seguir o dragão de volta
às Dez Cidades? Se eles continuarem a escalada deles para a fortaleza,
continua com a próxima seção; se eles perseguirem o dragão, vá para
o capítulo 4.
Fortaleza de Xardorok
A fortaleza, exibida no mapa 3.1 tem as seguintes características
notáveis:
Pedra Lisa. Feita de pedra cinza, a fortaleza é desprovida de
ornamentos ou de gostos artísticos. As portas são identicamente feitas
da pedra lisa, com maçanetas e dobradiças de ferro.
Névoa Fumacenta. Fumaça da forja (área X24) permeia o interior da
fortaleza. A menos que o texto descreva o contrário, todas as áreas são
levemente obscurecidas por essa névoa fumacenta. Expor-se a essa
névoa não é saudável; os personagens que fizerem um descanso longo
num local de névoa recuperam um DV a menos que o normal. Um vento
forte que dure 1 minuto ou mais limpa uma área de névoa fumacenta
por 1 hora seguinte.
Calor. Os duergar têm visão no escuro e não precisam de iluminação
para verem; mesmo assim, muitos aposentos são aquecidos por
braseiros de pedra cheios de carvões incandescentes, e tais áreas são
fracamente iluminadas.
Tetos. O teto dos túneis tem 3m de altura e são nivelados. O teto dos
aposentos tem 4,5m de altura e são abobadados em grande parte das
áreas, exceto em espaços maiores no nível da forja, nos quais possui
9m de altura.
Elevadores. Os três níveis da fortaleza estão conectados por dois
elevadores mecânicos que se movem continuamente para cima e para
baixo em seus eixos, exceto por uma parada de 1 minuto a cada vez
que eles chegam num patamar. Um elevador liga as áreas X6, X13 e
X22, e o outro liga as áreas X12, X15 e X30. Um elevador pode ser
desativado em qualquer local onde seus mecanismos de rodas estão
expostos (conforme mostrado no mapa 3.1).
Onde está Xardorok?
Para determinar o paradeiro de Xardorok quando os personagens
chegarem na fortaleza, role um d20 e consulte a tabela abaixo ou
simplesmente escolha um dos locais sugeridos.
d20 Local
1-5 Descansando em seu trono na área X19
6-10 Proferindo ordens na área X24
11-15 Rezando perante a estátua na área X29
16-20 Torturando um duergar acusado de traição na área X34
Nível de Comando
O nível de comando contém os quartos de Xardorok e seus dois filhos,
bem como os salões de treinamento e refeições.
X1. Entrada
Mover-se a leste do topo das escadas os leva à entrada da fortaleza:
uma porta dupla com 3m de altura de pedra sem adornos. Uma
seteira virada na direção de vocês guarda o local.
As portas de entrada estão barradas por dentro e não podem ser
abertas do lado de fora, exceto com o uso de uma magia de arrombar
ou mágica similar. Empurrar uma alavanca na área X6 retrai as barras
de pedra e faz com que as portas oscilem para dentro em dobradiças
de ferro guinchantes.
Para além da porta dupla está um rastrilho de ferro abaixado. A área
X6 contém a manivela que sobe ou desce o rastrilho, o qual pode ser
também forçado a abrir com uma magia de arrombar ou mágica
similar.
Seteira. Um guarda duergar na área X6 observa a saliência gélida
através da seteira, a qual o garante três-quartos de cobertura contra
ataques feitos do lado de fora da fortaleza. Se ele vir os personagens se
aproximando pela saliência, o duergar fica invisível e os observa sem
anunciar sua presença. Se os personagens tiverem problemas em
atravessar a porta dupla ou o rastrilho, o duergar os abre a partir da
área X6 sem alertar os personagens de sua presença. Esse duergar é
leal a Grandolpha Muzgardt (veja “A Conspiração Muzgardt”) e espera
que os personagens deponham Xardorok, ou ao menos criem uma
situação na qual Xardorok possa ser morto por seus companheiros
duergar.
Nomes Duergar
Aqui vão alguns nomes que você pode usar para identificar os guardas
duergar: Bruvo, Duerreth, Dwargyn, Fisketta, Gurn, Harmok, Jarjun,
Jonkin, Kolbrak, Lurgash, Mrod, Mursk, Narla, Qualkin, Rovaalt,
Skarda, Skorn, Throd, Ulkinn, Vygardt, Zorzula e Zulkrod.
X2. Vestíbulo
Além do rastrilho há um aposento vazio com uma abertura estreita
no fundo e uma seteira na parede oeste.
Seteira. Uma guarda duergar na área X3 observa esse aposento pela
seteira, a qual a garante três-quartos de cobertura. Se ela vir ou ouvir
intrusos no interior da fortaleza, ela grita “Peguem as Armas” em
Subcomum. Os nove guardas duergar da área X3 gastam 1 rodada se
armando antes de sairem dos alojamentos para confrontar os
inimigos.
X3. Alojamentos Superiores
Uma mesa baixa de pedra flanqueada por bancos de pedra domina
esse aposento, o qual é aquecido e iluminado por braseiros com
carvões incandescentes. Através da fumaça enevoada, vocês veem
portas de pedra sem adornos enfileirando as paredes.
Uma guarda duergar se encontra em frente a uma seteira que dá vista
para a área X2. Além dela, oito guardas duergar descansam em
aposentos menores atrelados a esse. Cada um desses aposentos
quadrados de 3m possui três beliches de pedra se projetando das suas
paredes.
Porta Secreta. Um personagem que procurar nas paredes por portas
secretas e passar num teste de Sabedoria (Percepção) CD 15 encontra
tal porta na parede leste. Essa porta de pedra com 1,5m de largura e
3m de altura se abre num túnel com 1,5m de diâmetro que leva a uma
porta similar bloqueando a entrada para a área X4. Nenhum teste de
habilidade é necessário para encontrar qualquer uma das portas
secretas de dentro do túnel.
X4. Sala de Guerra do Xardorok
Esse aposento retangular tem dois conjuntos de portas duplas, uma
a norte e a outra a sul. Um braseiro com carvões incandescentes se
encontra em cada canto. No meio do aposento está uma mesa
comprida de pedra, acima da qual está desenhada uma ilustração
que parece algo como um mapa.
Uma inspeção detida do desenho revela que ele é uma mostra acurada
das Dez Cidades e seus entornos. Montado no topo de um suporte fino
de ferro na mesa está uma estatueta de dragão com 18cm de altura
esculpida em chardalyn – uma versão em miniatura do dragão de
chardalyn de Xardorok, com suas asas abertas. A posição da estatueta
está atrelada a um bastão de ferro num entalhe feito na mesa,
permitindo à estatueta se mover pelo mapa de um assentamento a
outro. Se uma alavanca no lado oeste da mesa for puxada, a estatueta
de dragão “voa” pelas Dez Cidades em seu curso predeterminado.
Qualquer personagem que prestar bastante atenção pode discernir o
caminho do voo do dragão de chardalyn do Xardorok (veja capítulo 4
para detalhes).
Estatueta de Dragão. A estatueta de chardalyn pode ser quebrada
para fora de sua posição. Como um objeto de arte, ela vale 50po.
Qualquer um que a mantiver em sua pessoa por mais de 1 hora ganha
uma forma aleatória de loucura de prazo indefinido (veja “Loucura” no
Guia do Mestre).
Porta Secreta. Um personagem que procurar nas paredes por portas
secretas e passar num teste de Sabedoria (Percepção) CD 15 encontra
tal porta atrás do braseiro no canto sudoeste. Essa porta de pedra com
1,5m de largura e 3m de altura abre num túnel com 1,5m de diâmetro
que leva a uma porta similar bloqueando a entrada para a área X3.
Nenhum teste de habilidade é necessário para encontrar qualquer um
das portas secretas de dentro do túnel.
X5. Quarto do Xardorok
Braseiros cheios de carvões incandescentes aquecem essa câmara, a
qual contém uma grande cama de pedra coberta com peles
manchadas de fuligem, com sua cabeça encostada na parede norte.
Num nicho raso acima da cama está um relevo de um duergar
gigante e carrancudo rangendo seus dentes. Nos pés da cama está
um baú de ferro nivelado em cima e selado por um cadeado maciço.
Uma porta de pedra está alocada na parede oeste.
Closet. A porta oeste abre num closet que Xardorok converteu num
santuário. Uma prateleira inserida na parede sul sustenta uma
estatueta com 60cm de altura de Deep Duerra feita de chardalyn. Ela
revela uma duergar nua sem nenhuma expressão facial e uma coroa
espetada acima de sua cabeça careca. Empilhados em prateleiras
menores ao redor da estatueta estão sete crânios de devoradores de
mentes. Um personagem pode identificar a exibição com um teste
bem-sucedido de Inteligência (Religião) CD 20. Um entalhe na base da
estatueta contém a chave que destranca o baú de ferro no dormitório
do Xardorok. Os personagens podem encontrar a chave se alguém
erguer a estatueta e olhar por baixo dela.
Qualquer um diferente de Xardorok que tocar a estatueta de Deep
Duerra deve fazer um TR Sab CD 16, sofrendo 4d8 dano psíquico numa
falha, ou metade desse dano num sucesso. Junto do dano psíquico vem
uma terrível sensação de se ter o cérebro devorado por um illithid.
Assim que esse efeito ocorrer, a estatueta pode ser manejada em
segurança. Qualquer um que mantiver a estatueta de chardalyn em sua
pessoa por mais de 1 hora ganha uma forma aleatória de loucura
indefinida (veja “Loucura” no Guia do Mestre).
Baú de Ferro. O baú de ferro está aparafusado ao chão. Um
personagem usando as ferramentas de ladrão pode usar uma ação
para tentar abrir a fechadura, fazendo isso com um teste bem-
sucedido de Destreza CD 20. Uma magia arrombar ou mágica similar
também abre o baú.
O baú contém os pertences pessoais de Xardorok (veja “Tesouro”
abaixo), e ele está preso. Se todo o seu conteúdo for removido, molas
ocultas se erguem lentamente no fundo falso do baú, ao ponto no qual
o rosto de pedra acima da cama abre sua boca e arrota uma nuvem de
gás venenoso grande o bastante para preencher o aposento. O gás se
sustenta no ar por 10 minutos, e então se dissipa. Qualquer criatura
que iniciar o turno dela na nuvem deve fazer um TR Cons CD 14,
sofrendo 4d10 dano venenoso numa falha, ou metade desse dano num
sucesso.
Tesouro. O baú de ferro contém um par de sandálias de anão
esculpidas em obsidiana (250po), um traje acolchoado de fumante do
tamanho de um anão e costurado com cinquenta gemas (500po), um
pente de barbas de malaquita com sete granadas vermelhas inseridas
(750po), um narguilé feito de platina e safira estrela (2.500po) e um
pergaminho rolado em couro com a seguinte sequência de números
escrita em Anão:
1-3-6 2-5-2 9-7-5 4-3-4
8-2-7 5-6-3 7-1-4 2-9-9
Os números no pergaminho são as combinações para os baús
trancados no cofre de tesouros (área X37).
X6. Posto de Guarda
Esse aposento é aquecido e iluminado por braseiro com carvões
incandescentes. Visíveis na parede oeste estão uma seteira, uma
alavanca de ferro e uma manivela de ferro pesada.
Um jaula de ferro do chão ao teto no meio do aposento contém um
eixo de elevador com correntes correndo para cima e para baixo a
partir dele. As correntes estão em constante movimento, e vocês
ouvem barulhos mecânicos altos na parte mais alta do eixo e nas
partes mais abaixo também. Uma porta dupla está inserida no meio
da parede leste. O ar entra no aposento por uma fileira de quatro
seteiras na parede sul.
Um duergar invisível chamado Dreck se amonta no canto oeste,
tentando evitar a detecção. Apesar do seu esforço, qualquer
personagem com um valor de Sabedoria (Percepção) Passiva igual a
14 ou superior nota a respiração fria do duergar. Dreck secretamente
prometeu sua aliança a Grandolpha Muzgardt, pois ele deseja se ver
livre de Xardorok Sunblight e agora vê os personagens como
instrumentos da queda de Xardorok. Ele luta apenas em autodefesa.
Elevador. Um elevador de ferro em forma de caixa constantemente vai
para cima e para baixo no eixo, parando por 1 minuto em cada patamar
e levando 1 minuto para se mover de um nível para o próximo. Um
portão de ferro colapsando no lado oeste da jaula desliza para abrir
quando o elevador chega nesse nível de cima ou de baixo. O eixo de
pedra com 3m de largura sobe 30m para a área X13 e desce 30m para
a área X22.
Alavanca. Mover a alavanca de ferro na parede oeste abre e fecha as
portas externas da fortaleza (veja área X1).
Manivela. Virar a manivela de ferro na parede oeste sobe ou desce o
rastrilho entre as áreas X1 e X2.
X7. Escritório do Capitão da Guarda
Uma escrivaninha e cadeira de pedra se encontram vazias no lado
leste do aposento. Os braseiros que normalmente aquecem e
iluminam o aposento foram extintos. Uma seteira na parede sul
deixa o ar frígido da montanha entrar.
Até recentemente, esse aposento era o escritório do capitão da guarda
de Xardorok, que foi acusado de tramar um golpe e está sendo
torturado na área X34.
X8. Salão Privado de Refeições
Três braseiros repletos de carvões incandescentes iluminam e
aquecem esse longo salão. Na extremidade leste está uma mesa
hexagonal de pedra circundada por seis cadeiras de pedra. Sentada
na cadeira virada para a porta está uma velha duergar abatida com
cabelos negros longos com mechas brancas e unhas como
fragmentos de ferro. Ela está devorando um bufê farto de carnes
cozidas, cogumelos e comidas estranhas do Subterrâneo.
Espreitando-se próximo a ela está um pequeno dragão mecânico
feito de uma substância negra brilhante.
Debruçados num fogão quente no lado oeste do aposento estão três
cozinheiros duergar. À vista de vocês, eles largam seus utensílios e
pegam suas armas, mas a velha duergar diz algo em Anão que os
mantêm afastados.
Xardorok e seus filhos comem aqui, ocasionalmente acompanhados de
convidados. A convidada de hoje é a amante de Xardorok, Grandolpha
Muzgardt. Os três cozinheiros duergar são guarda-costas leais a
Grandolpha. O dragonete de chardalyn próximo a Grandolpha é um
presente de Xardorok; é um constructo LM que compreende Dracônico
e Anão, mas não pode falar. Ele no mais tem as estatísticas de um
pseudodragão.
Após falar para os seus guarda-costas não se moverem, Grandolpha
convida os personagens a se juntarem a ela na refeição. O principal
cardápio é um devorador de intelecto assado, com seu ensopado feito
do próprio corpo-cérebro. Os personagens podem participar do
banquete que os guardas da Grandolpha prepararam, mas a comida
tem uma fina camada de cinzas a cobrindo que estraga o sabor.
Grandolpha não parece se importar, no entanto. Ela também oferece
aos personagens uma bebida vil dos Muzgardt feita de cogumelos do
Subterrâneo, a qual ela derrama de um jarro na mesa diante dela.
Grandolpha não aposta no plano de Xardorok de conquistar o Vale do
Vento Gélido e não faz nada para ajudar ou frustrar seus esforços. Se
os personagens a ameaçarem, ela ri perante a audácia deles e se recusa
a atender suas demandas. Se os personagens pedirem ajuda a ela, ela
compartilha as seguintes informações com eles:
• Ela não sabe do paradeiro atual de Xardorok, mas assume que ele
esteja na forja (área X24) no nível mais inferior da fortaleza.
• Xardorok programou seu dragão de chardalyn para seguir um plano
de voo predeterminado. Os personagens podem ver a rota do dragão
na sala de guerra de Xardorok (área X4).
• Xardorok está capturando monstros do Subterrâneo, os quais ele
planeja liberar pelo Vale do Vento Gélido. Ele também capturou um
miconide soberano e está usando seus esporos para reanimar corpos.
• Xardorok propôs uma aliança entre seu clã e o clã Muzgardt.
Grandolpha está se divertindo com a oferta de Xardorok, mas não
concordou com nada. O pseudodragão mecânico foi um presente de
Xardorok, feito para conquistar a afeição de Grandolpha.
• Dado o tempo, Grandolpha acha que pode virar grande parte dos
duergar Sunblight contra Xardorok. Vários deles já se prometeram
lealdade a ela.
Antes de entrar em combate, Grandolpha conjura pele de pedra em si.
Assim que seus guardas vierem a seu socorro, ela recua do combate e
usa sua magia fogo das fadas para tornar os inimigos mais fáceis de
acertar para os seus guardas. O pseudodragão de chardalyn defende
Grandolpha até a morte.
Hospedeiro Slaad. Se um personagem tiver o segredo Hospedeiro
Slaad e tiver uma larva slaad em gestação dentro de si, fazer a larva
emergir da peitoral do personagem durante a refeição seria o
momento excelente pelo seu valor chocante. Grandolpha sugere não
matar a larva e em vez disso ela propõe que lhe seja permitido crescer
num slaad de tamanho completo. “Deixe Xardorok lidar com isso”, ela
diz. Se os personagens permitirem que isso aconteça, a larva escapole
para longe e encontra um canto quieto da fortaleza no qual ela possa
crescer, tornando-se um slaad totalmente crescido dentro de 2d12
horas.
X9. Rastrilho
Em frente às portas duplas para a área X8 está um corredor curto com
um rastrilho de ferro abaixado em sua extremidade sul. Mover uma
alavanca de ferro se projetando para fora da parede oeste sobe e desce
o rastrilho, além do qual está um eixo largo que desce 30m para a área
X26 e sobe 36m para um par de portas enormes esculpidas do gelo.
Os personagens precisam de magia ou equipamento de escalada para
escalar as paredes ásperas do eixo.
X10. Quarto do Durth
Essa câmara escura contém uma simples cama de pedra, um baú de
pedra e quatro braseiros apagados.
Esse quarto pertence ao filho mais velho e herdeiro de Xardorok,
Durth Sunblight. Durth está aqui apenas se ele tiver sido forçado a
abandonar seu esconderijo no capítulo 1 (veja “Balsa de Angraleste”)
ou se ele conseguir roubar um tesouro de chardalyn do salão da cidade
de Angraleste (veja “O Plano de Chardalyn”).
Durth é um mestre de mentes duergar. Se ele ouvir atividade suspeita
fora do seu aposento, ele diminui para o tamanho Miúdo e se esconde
abaixo da cama.
O baú é o companheiro de longa-data de Durth, um mímico inteligente
que fala Subcomum. Ele ataca qualquer um que violá-lo. Se ele estiver
presente quando o mímico atacar, Durth rola iniciativa e se junta à
batalha na segunda rodada de combate.
X11. Quarto do Nildar
Esse aposento obscuro contém uma simples cama de pedra, um baú
de pedra e quatro braseiros apagados. Montadas nas paredes estão
as cabeças de várias criaturas que podem ser encontradas nas
montanhas ou nas profundezas subterrâneas.
Esse aposento pertence ao filho mais novo de Xardorok, Nildar. Se os
personagens o forçarem a abandonar seu posto no capítulo 1 (veja “O
Não-Visto”), Nildar está aqui, emburrado na escuridão e tramando sua
vingança. Nildar é um duergar. Se seu pet zumbi ogro tiver escapado
com ele, o beemote fedorento se encontra no canto nordeste do
aposento.
Troféus. As cabeças montadas são as de um gato de penhasco, um
grick, um drow macho, um kuo-toa, um troglodita, um lobo, um
peryton e uma grimlock fêmea. Nildar não matou a maioria dessas
criaturas sozinho, mas ele reclamou os troféus.
Baú. O baú de pedra do Nildar contém um jarro de cerâmica de vinho,
um chifre de bebida, e uma pedaço de couro enrolado carregando um
rabisco em carvão do rosto severo de sua mãe falecida.
X12. Sala de Treinamento
Braseiros com carvões incandescentes se encontram nos cantos
desse aposento, trabalhando para amenizar o ar frio que flui por
uma fileira de seteiras na parede sul.
Espalhados pelo chão estão diversos bonecos de treinamento feitos
de madeira e pano, bem como quatro conjuntos soltos de armaduras
de placa. Uma jaula de ferro do chão ao teto nomeio do aposento
contém um eixo de elevador com correntes correndo de cima a
abaixo a partir dele. As correntes estão em constante movimento, e
vocês escutam barulhos mecânicos altos acima e abaixo.
Os bonecos de treinamento são inofensivos; eles foram
desmembrados e costurados de novo numerosas vezes.
Tocar um dos conjuntos de armadura ou causar dano a qualquer uma
delas faz com que todas as quatro se animem (use a ficha de armadura
animada para representa-las). Elas atacam todas as outras criaturas
no aposento, do qual elas não podem sair por vontade própria. Se não
houver nenhuma outra criatura no aposento que elas possam atacar
no turno delas, as armaduras se desativam e revertem ao seu estado
inanimado.
Elevador. Um elevador de ferro em forma de caixa constantemente
sobe e desce no eixo, parando por 1 minuto em cada patamar e levando
1 minuto para se mover de um nível para o próximo. Um portão de
ferro colapsando no lado oeste da jaula se desliza para abrir quando o
elevador chega nesse nível de cima ou de baixo. O eixo de pedra com
3m de largura sobe 30m para a área X15 e desce 30m para a área X30.
Nível do Portão de Gelo
O nível mais alto da fortaleza contém o mecanismo que opera o portão
de gelo – portas enormes pelas quais o dragão de chardalyn de
Xardorok vem e vai. Essas portas são esculpidas de gelo espesso e têm
braçadeiras de dobradiças de ferro segurando-as no lugar. Quando as
portas se abrem, elas permitem acesso a um eixo vertical com 9m de
largura que desce 66m para a área X26.
X13. Sala de Engrenagens Oeste
A caixa de texto seguinte assume que os personagens entraram nessa
área subindo pelo elevador. Se eles entrarem pelo túnel norte, ajuste a
caixa de texto de acordo:
Subir o eixo do elevador os deixa no meio de um grande aposento
com maquinários preenchendo a metade leste.
Um duergar se encontra em frente a uma porta dupla na parede
norte, e um outro está no canto sudeste próximo a uma alavanca
que se projeta da parede leste. Braseiros cheios de carvões quentes
fazem pouco para amenizar o ar frio que sopra pelas seteiras na
parede sul.
Os dois duergar são hostis perante não-duergar. No primeiro turno de
combate, os duergar crescem para o tamanho Grande; nos turnos
subsequentes, eles atacam os intrusos. Enquanto isso, dois
marteladores duergar se espreitam nas câmaras menores a oeste.
Após todas as outras criaturas no aposento terem feito uma ação, role
a iniciativa para os marteladores; no primeiro turno deles, os
marteladores aparecem de seus quartos e se unem à luta no lado dos
duergar.
Eixo do Elevador. O eixo de pedra com 3m de largura desce 30m para
a área X6 e 60m para a área X22.
Portão de Gelo. A roda grande de pedra próxima à parede leste é parte
do mecanismo que abre e fecha as portas no topo da fortaleza. Puxar a
alavanca na parede leste faz com que a roda gire, abrindo a metade
oeste da porta; deslizar a alavanca de volta à sua posição original a
fecha.
X14. Oficina
Essa oficina bagunçada é aquecida e iluminada por braseiros com
carvões incandescentes nos cantos. O aposento é mobilhado com
mesas de pedra e gabinetes. No meio do aposento, circundado por
pedaços retorcidos de metal, está um exoesqueleto semifinalizado
de constructo como os que vocês encontraram no aposento de onde
vieram.
Esse aposento contém dois mecânicos duergar (um macho e uma
fêmea), ambos os quais ficam invisíveis assim que escutam sons de
combate na área X13. Eles tentam permanecer escondidos e lutam
apenas em autodefesa.
Tesouro. Os personagens que procurarem na oficina encontram dois
conjuntos de ferramentas de ferreiro e um conjunto de ferramentas de
funileiro.
X13. Sala de Engrenagens Leste
A caixa de texto seguinte assume que os personagens entraram nessa
área subindo pelo elevador. Se eles entrarem pelo túnel norte, ajuste a
caixa de texto de acordo:
Subir o eixo do elevador os deixa no meio de um grande aposento
com maquinários preenchendo a metade oeste.
Um duergar se encontra no canto sudoeste próximo a uma alavanca
que se projeta da parede oeste. Braseiros cheios de carvões quentes
fazem pouco para amenizar o ar frio que sopra pelas seteiras na
parede sul.
O guarda duergar cresce para o tamanho Grande antes de entrar em
combate.
Eixo do Elevador. O eixo de pedra com 3m de largura desce 30m para
a área X12 e 60m para a área X30.
Portão de Gelo. A roda grande de pedra próxima à parede oeste é
parte do mecanismo que abre e fecha as portas no topo da fortaleza.
Puxar a alavanca na parede oeste faz com que a roda gire, abrindo a
metade leste da porta; deslizar a alavanca de volta à sua posição
original a fecha.
Nível da Forja
O nível mais baixo da fortaleza contém, dentre outras coisas, a forja de
Xardorok, as minas de ferro e um túnel que se conecta ao Subterrâneo.
Esse nível também é mais quente devido ao calor gerado na forja.
X16. Caverna Noroeste
Essa caverna está apagada e tem um teto irregular com 9m de
altura.
Um rosto estranho confronta vocês à medida em que quatro
duergar, dois deles mais alto do que o normal, usam cordas para
restringir um bípede pesado com um corpo insectoide. Um grande
saco foi puxado sobre cabeça bulbosa da criatura.
Um grupo de quatro duergar recentemente capturou um tribulo brutal
no Subterrâneo e o trouxeram para cá. Se os personagens desafiarem
os duergar, os dois aumentados removem o saco cobrindo a cabeça do
tribulo brutal e liberam a criatura, momento após o qual todos os
quatro duergar ficam invisíveis. O tribulo brutal enfurecido vê os
personagens e os atacam. Se os personagens matarem o tributo brutal,
os duergar os atacam.
Para o Subterrâneo. Um túnel com 3m de largura e quilômetros de
comprimento conecta a fortaleza de Xardorok às vastas cavernas e
lagos subterrâneos sob a Espinha do Mundo. A exploração do
Subterrâneo está além do escopo dessa aventura.
X17. Minas Duergar
Veios ricos de minério de ferro correm pelas paredes dessa caverna.
Túneis estreitos são cortados fundo na rocha. Aqui e ali há pilhas de
equipamento de mineração.
Essas minas provêm os duergar com todo o minério de ferro que eles
precisam para estilizar ferramentas, armas, exoesqueletos para os
marteladores, e outros itens. Eles usam a pedra escavada para a
mobília e outras estruturas. Atualmente, não há nenhum duergar
trabalhando nas minas.
Os personagens que explorarem as minas cruzam o caminho de três
monstros da ferrugem vasculhando em busca de minério de ferro. Os
monstros da ferrugem, os quais vêm do Subterrâneo, atacam qualquer
um vestindo armadura de metal ou carregando escudos ou armas de
metal.
X18. Corredor Guardado
Entre dois conjuntos de portas duplas está um corredor com uma
dúzia de seteiras ao longo de suas paredes. Quatro guardas duergar
estão estacionados nos corredores de ambos os lados (dois por local).
Além de suas armas normais, esses duergar carregam bestas pesadas
(+2 para acertar) que causam 5 (1d10) dano perfurante num acerto.
X19. Trono de Chardalyn
Se Xardorok Sunblight for encontrado aqui, ele está sentado em seu
trono. Descreva-o como um duergar de barba acinzentada e manchada
de fuligem com uma coroar negra denteada em sua testa e uma
manopla negra espetada numa mão. Seu trono e a manopla são feitos
de chardalyn.
O teto desse salão arqueia a uma altura de 9m. Degraus de pedra
sobem a um estrado semicircular na parede sul. Acima do estrado
está um trono disforme esculpido de forma rudimentar do cristal
negro. Chamas pequenas e crepitantes queimam em braseiros que
ocupam os cantos do aposento.
Caída próxima à parede leste está uma criatura fungo bípede e alta.
Esporos luminosos flutuam no ar ao redor dela. Um bípede selvagem
de pele branca rasgou fora um dos braços da criatura e o está
segurando enquanto quatro outros bípedes de pele branca com
crescimento de fungos tentam capturar os esporos flutuantes em
jarros.
A guarnição de Xardorok inclui diversos escravos quaggoth. Há pouco
mais de uma dezena, um quaggoth thonot chamado Krob ajudou os
duergar a capturar um miconide soberano no Subterrâneo. O nome do
soberano é Pleurota. Com o consentimento de Xardorok, Krob está
coletando os esporos animados de Pleurota e os usando para
transformar quaggoth mortos em servos esporos. Quando o miconide
soberano deixou de cooperar, Krob cortou fora um dos seus braços.
O thonot Krob usa a ficha de quaggoth com as modificações descritas
no quadro “Variante: Quaggoth Thonot” no Manual dos Monstros. Ele
está acompanhado nesse aposento por quatro servos esporos
quaggoths. Krob e os servos esporos lutam até a morte. Se Krob
morrer, um dos servos esporos usa sua próxima ação para derramar
seu jarro de esporos sobre o corpo de Krob, transformando-o num
novo servo esporo.
Os sons de combate aqui trazem reforços da área X18 (quatro duergar)
e da área X20 (quatro quaggoths). Todos os duergar, incluindo
Xardorok se estiver presente, usam Aumentar antes de se unir à
batalha. Se a derrota parecer provável, Xardorok recua para a área X22
e usa o elevado para seguir seu caminho em direção à área X8, onde
ele espera conseguir a ajuda de Grandolpha Muzgardt, sem ter ciência
de suas verdadeiras intenções. Grandolpha vai junto de Xardorok, mas
não vai ajuda-lo numa luta, permitindo aos personagens mata-lo. Se
Xardorok estiver gravemente ferido e Grandolpha puder mata-lo sem
se colocar em risco, ela aproveita a oportunidade.
Trono. O contato prolongado com o trono de chardalyn de Xardorok
pode deturpar a mente. Uma criatura que permanecer em contato com
o trono por 1 hora ganha uma forma aleatória de loucura indefinida
(veja “Loucura” no Guia do Mestre). Se essa loucura não for curada
dentro de 24 horas, ela se torna permanente. Apenas uma magia desejo
ou intervenção divina pode encerrar a loucura permanente.
Tesouro. Cada servo esporo quaggoth tem um jarro contendo esporos
de animação de Pleurota suficientes para transformar um corpo fresco
num servo esporo (conforme descrito em “Miconides” no Manual dos
Monstros).
X20. Morada dos Quaggoths
Esse aposento imundo e obscuro está espalhado de ossos. Ele contém
dez camas rudimentares feitas de musgo e montes de pele. Barulhos
mecânicos altos vêm detrás da parede oeste.
A menos que eles tenham sido atraídos para a área X19 pelos sons de
combate de lá, quatro quaggoths mastigam ossos nesse aposento e
atacam os intrusos à vista. Os quaggoths seguem o thonot Krob, quem,
por sua vez, obedece Xardorok Sunblight.
Os barulhos ouvidos vindos detrás da parede oeste se originam do
elevador localizado na área X22.
X21. Guardas Traiçoeiros
Esse aposento contém braseiros com carvões incandescentes no
canto noroeste e sudoeste. Barulhos mecânicos altos vêm detrás da
porta dupla no meio da parede leste.
A menos que eles sejam atraídos para a área X19 pelos sons de
combate lá, dois duergar ficam encostados na parede oeste,
observando as portas para a área X22. Esses duergar prometeram
secretamente lealdade a Grandolpha Muzgardt (veja “A Conspiração
Muzgardt”) e tentam frustrar Xardorok a todo momento. Eles
permitem aos personagens passarem pelo aposento ilesos e têm 50%
de probabilidade de saberem do paradeiro atual de Xardorok.
X22. Elevador a Oeste
O eixo do elevador termina nesse aposento. Uma grande roda de
pedra próxima à jaula de ferro gira constantemente.
Eixo do Elevador. O eixo de pedra com 3m de largura sobe 30m para
a área X6 e 60m para a área X13.
X23. Portão Externo
Um portão de ferro com 4,5m de altura e 3m de largura está inserido
numa parede com 6m de altura e 4,5m de largura que separa a área
X16 da área X24. O portão tem um cadeado resistente em seu lado
leste. A encarregada duergar (veja área X25) carrega a chave de ferro
para o cadeado. Um personagem com ferramentas de ladrão pode usar
uma ação para tentar abrir a fechadura, fazendo isso com um teste
bem-sucedido de Destreza CD 20. O teste é feito com desvantagem se
o personagem tiver de alcançar o cadeado através do portão a partir
da área X16. Uma magia de arrombar ou mágica similar também abre
o cadeado.
Qualquer tentativa de violar o portão alerta os guardas acima das
torres de vigia da forja (áreas X24-X26).
X24-X26. Forja
Fumaça preenche essa caverna quente, a qual tem um teto que varia
de 3,6m de altura a 6m de altura ao longo da parede sul. A fonte da
fumaça e calor é uma forja de pedra com 3m de altura moldada
como uma pirâmide com seu pico arrancado. Ondulações de calor e
lampejos de fogo espirram do topo da forja, a qual emite uma batida
de coração pulsante e profunda. Um cocho com 1,5m de
profundidade se estende a leste a partir da forja, com fileiras de
bigornas negras de cada lado da depressão.
Supervisionando a forja estão quatro torres de guarda com 6m de
altura e com anões de pele cinzenta posicionados atrás de suas
ameias baixas. Escadas de pedra fornecem acesso ao topo das duas
torres mais próximas à forja.
A sul da forja está uma enorme plataforma de ferro com 1,5m de
altura equipada com guindastes e grampos e com lances curtos de
escadas de ferro levando ao topo da plataforma. Circundando-a está
uma equipe de limpeza consistindo de uma duergar com um chifre
e seis bípedes robustos, com peles brancas manchadas de fuligem.
Eles estão jogando sucatas num contêiner cilíndrico. No teto com 6m
de altura acima dessa lixeira está um buraco largo e retangular.
Essa área de encontro é composta de diversos locais menores dentro
da vista um do outro. A área X24 é a própria forja. A área X25 é a
plataforma de ferro onde o dragão de chardalyn de Xardorok foi
montado. A área X26 é o fundo do eixo que o dragão usa para se mover
para cima e para fora da fortaleza. Além disso, quatro torres de guarda
aneladas por ameias de pedra com 90cm de altura dão vista por sobre
a área.
Se Xardorok Sunblight estiver aqui, ele está posicionado acima da
plataforma de montagem (área X25), dando ordens à equipe de
limpeza. Descreva Xardorok como um duergar de barba cinzenta e
manchado de fuligem com uma coroa negra denteada em sua testa e
uma manopla negra espetada numa mão. Sua coroa e manopla são
feitas de chardalyn.
A equipe de limpeza consiste na encarregada duergar, Thontara, e seis
quaggoths. Thontara carrega um chifre que ela usa como megafone; a
chave de ferro que destranca o portão externo (área X23) está
escondido no interior de um compartimento no salto de sua bota
esquerda.
Três guardas estão estacionados no topo de cada torre – doze duergar
no total. Um guarda em cada torre é secretamente leal a Grandolpha
Muzgardt (veja “A Conspiração Muzgardt”). Se os personagens
engajarem em batalha contra Xardorok e aparentarem estar vencendo,
esses duergar ajudam atacando os outros duergar nas suas respectivas
plataformas; se Xardorok aparentar estar vencendo, esses duergar
ficam fora da luta. Os duergar restantes lançam azagaias nos inimigos
do alto das torres, crescendo ao tamanho Grande e mudando para
picaretas de guerra se forem forçados ao combate melee.
Uma luta aqui traz reforços da área X28: três marteladores duergar.
Se a derrota parecer provável, Xardorok recua e faz seu
posicionamento final no templo de Deep Duerra (área X29).
X24. Forja. Qualquer criatura que tocar na forja pela primeira vez num
turno ou iniciar o turno dela em contato com a forja sofre 3d6 dano de
fogo.
Os personagens que chegarem perto o bastante para ver através das
aberturas na lateral da forja podem ver que ela contém um grande
coração batendo. Um teste bem-sucedido de Inteligência (Arcanismo)
CD 15 revela que o coração pertence a um dragão vermelho e está
claramente sendo mantido vivo por magia. A forja concede ao coração
três-quartos de cobertura. O coração é um objeto Grande com CA 13,
27 PVs, vulnerabilidade a dano de frio, e imunidade a dano de fogo e
psíquico. O coração para de bater quando for reduzido a 0 PVs,
deixando a forja inoperante.
X25. Plataforma de Montagem. Abaixo da plataforma está um espaço
de rastejamento com 1,5m de altura.
X26. Eixo Vertical. O eixo sobe 60m para as portas que compõem o
portão de gelo, as quais ficam abertas a menos que os personagens as
tenham fechado nas áreas X13 e X15. Os personagens precisam de
magia ou equipamento de escalada para escalar pelas paredes ásperas
do eixo. Abaixo do eixo está uma caixa de lixo cilíndrico com 1,5m de
altura e 3m de diâmetro. Ele contém dúzias de fragmentos despejados
da construção do dragão de chardalyn. Quaisquer fragmentos de
chardalyn roubados do salão de Angraleste estão aqui também (veja
“O Plano de Chardalyn”).
X27. Cercado dos Lagartos Gigantes
Esse corredor está enfileirado com seis celas arqueadas, cada qual
selada com um portão de ferro fechado com trinco. Abrigado em
cada cela está um grande lagarto com equipamento de montaria.
Os seis lagartos gigantes mantidos aqui são usados pelos duergar
como montarias e animais de carga. Eles são hostis a não-duergar, mas
não podem atacar através dos portões fechados com trinco. Os portões
estão fechados com trinco, mas não trancados.
X28. Masmorra
A menos que eles sejam atraídos à forja pelos sons de combate lá, três
marteladores duergar estão espaçados de maneira equidistante ao
longo desse corredor. O trabalho deles é impedir os prisioneiros de
fugir, mas eles atacam qualquer um fora das celas que eles não
reconhecerem.
Esse corredor obscuro tem portas de ferro estreitas ao longo da
parede norte e duas portas similares em cada extremidade. Uma
barra transversal de ferro sela cada porta.
Se os marteladores duergar tiverem sido derrotados ou atraídos para
outro lugar, adicione:
Batidas altas de uma cela faz com que a barra em sua porta
estremeça em seus apoios. De uma outra cela vem um som de batida
mais gentil.
Após sua barra ser removida, cada porta de ferro puxa para abrir e
revelar uma cela apertada sem nenhuma mobília.
As batidas vêm da cela de um doppelganger que foi pego tentando se
infiltrar na fortaleza. Essa criatura assume a forma de um humano
magricelo numa tanga imunda chamado Pekoe Quint. “Pekoe” alega
ser um armadilheiro de Toca do Dougan e tem as orelhas malformadas
e pequenas e dentes pontudos típicos dos consanguíneos da cidade.
Pekoe diz que os duergar o sequestraram e lhe fizeram muitas
perguntas sobre as defesas de sua cidade.
O doppelganger conhece os assentamentos das Dez Cidades bem o
bastante para se passar por um morador das Dez Cidades. Qualquer
personagem que duvidar da história do Pekoe pode fazer um teste de
Sabedoria (Intuição); se o resultado do teste for maior que o resultado
do teste de Carisma (Enganação) do doppelganger, o personagem
sente que há algo de estranho no Pekoe, mas não sabe dizer o que.
O doppelganger tenta adquirir alguma roupa de frio e permanece com
o grupo até chegar nas Dez Cidades. Uma vez lá, ele escapa e adota um
novo disfarce. O doppelganger não vai fazer mal aos personagens, a
menos que eles o deem razão para isso.
As batidas altas vêm de um combatente golias desarmado chamado
Kapanuk Árvore Alta de Thuunlakalaga. Após se separar do seu grupo
de caça durante uma nevasca, Kapanuk foi emboscado pelos duergar e
trazido para a fortaleza a fim de ser interrogado. Posto que ele não
sabe nada sobre as Dez Cidades, Kapanuk foi de pouco uso para os seus
captores.
Se libertado, Kapanuk tenta adquirir algumas armas e armadura. Ele
também convida os personagens a retornar com ele para o Rochedo
do Dragão, onde seus semelhantes vão dar a eles o banquete dos heróis
que eles merecem. Ele não se demonstra ofendido se os personagens
declinarem do convite, mas se eles aceitarem e estiverem prontos para
sair, Kapanuk os guia pelas montanhas até sua casa (veja “Rochedo do
Dragão”).
Você pode adicionar prisioneiros adicionais às celas ao seu critério. As
celas restantes ficam de outro modo vazias.
Deep Duerra
Deep Duerra é a deusa LM da conquista e do poder psiônico. Seu
símbolo é um crânio de devorador de mentes.
De acordo com a lenda, Deep Duerra roubou o poder psiônico dos
devoradores de mentes e deu de presente ao seu povo. Seu comando
de poder psiônico foi tão grande que ela dominou uma colônia de
devoradores de mente e transformou os illithids em seus escravos.
Inspirados por seus feitos míticos, seus sacerdotes são devotados a
encontrar e aniquilar colônias de devoradores de mentes ou
transformar os devoradores de mentes em seus escravos.
X29. Templo de Deep Duerra
Quando um ou mais personagens entrarem no aposento com a estátua,
leia:
Dentro desse aposento, vocês podem ouvir barulhos mecânicos altos
que parecem vir detrás da parede sul.
Posicionada no meio do aposento, virada para a porta dupla a norte,
está uma estátua de 2,1m de altura de uma duergar num robe de
escamas. O topo de sua cabeça acima dos olhos foi retirado,
deixando um espaço para um braseiro de pedra que fornece uma
chama tremeluzente. Acorrentado ao pedestal da estátua está uma
criatura malformada e emaciada com carne cinza-roxeada e
borrachuda e uma cabeça bulbosa com uma placa de metal
aparafusada a ela, além de olhos sinistros.
Se Xardorok Sunblight estiver aqui, ele fica de joelhos perante a
estátua clamando a Deep Duerra (falando em Anão) para conceder a
ele o poder de conquistar seus inimigos. Descreva-o como um duergar
de barba cinza e manchada de fuligem com uma coroa negra denteada
em sua testa e uma manopla negra espetada numa mão. Sua coroa e a
manopla são feitos de chardalyn.
Enquanto estiver em seu templo, Xardorok tem o seguinte traço
adicional:
Conquista Psíquica. Xardorok causa 1d10 dano psíquico extra a
qualquer criatura que ele acertar com um ataque armado, e ele
recupera um número de PVs igual à quantidade de dano psíquico
causado.
Um personagem que passar num teste de Inteligência (Religião) CD 20
reconhece a estátua como uma exibição de Deep Duerra. Os anões têm
vantagem nesse teste. A chama elevada na cabeça da estátua simboliza
a mente destrutiva e consumidora de tudo de Deep Duerra. Se uma
criatura usar uma ação para extinguir esse fogo, Xardorok perde seu
traço Conquista Psíquica.
A criatura acorrentada à base da estátua é um devorador de mentes
com 9 PVs e sem armadura (CA 11). Klondorn, o sacerdote duergar
(veja área X31), amputou seus tentáculos da face e remover a parte de
seu cérebro que permite ao devorador de mentes usar seus poderes
psiônico. Consequentemente, ele não tem nenhuma habilidade inata
de conjuração e nenhum ataque efetivo. Ele retém sua Resistência
Mágica e sua telepatia, no entanto. Seu ND é 0 (0xp).
O devorador de mentes não espera simpatia dos personagens e os
evita. Se os personagens o questionarem, o devorador de mentes
compartilha as seguintes informações com um deles telepaticamente:
• O nome do devorador de mentes é F’yorl. Ele foi capturado pelos
duergar no Subterrâneo.
• Esse aposento é um templo dedicado a Deep Duerra, uma deusa
duergar da conquista e do psionismo. Xardorok vem aqui para rezar
buscar forças da chama da estátua.
• O sacerdote do templo, Klondorn, reside no aposento a sudeste (área
X31).
Aposentos Noroeste e Nordeste. O templo é flanqueado por aposentos
em forma de L a noroeste e nordeste. O aposento a noroeste contém
pilhas de roupas de frio e uma dúzia de pares de sapatos de neve. O
aposento nordeste contém pilhas de armas, incluindo 6 picaretas de
guerra, 9 martelos de guerra, 12 azagaias, 10 bestas pesadas e um
machado grande entalhado que pertence ao prisioneiro golias na área
X28.
Porta Secreta. Um personagem que procurar pelas paredes do templo
por portas secretas e passar num teste de Sabedoria (Percepção) CD
15 encontra tal porta na parede leste. Essa porta de pedra com 1,5m
de largura e 3m de altura abre dentro de um túnel com 1,5m de
diâmetro que conduz a uma porta similar bloqueando a entrada para
a área X34.
X30. Elevador Leste
O eixo do elevador termina nesse aposento. Uma grande roda de
pedra próxima à jaula de ferro gira constantemente. A oeste da roda
está um duergar encoberto num exoesqueleto de constructo de
aparência cruel, com sua face sendo uma máscara de dor.
O constructo é um martelador duergar. Ele guarda esse aposento e
ataca os intrusos à vista.
Eixo do Elevador. O eixo de pedra com 3m de largura sobe 30m para
a área X6 e 60m para a área X13.
X31. Diabo Disfarçado
Esse aposento está repleto de pilhas de tábuas de granito. Atrás
delas se espreita um duergar de barba longa vestindo robes negros
e uma mitra negra e alta.
Klondorn, o sacerdote duergar de Deep Duerra e conselheiro confiado
farpado
de Xardorok é na verdade um diabo barbado. A mitra do diabo é um
chapéu de disfarces que ele usa para ocultar sua verdadeira forma.
Klondorn é um emissário corruptor enviado por Asmodeus para
ajudar Xardorok a conquistar o Vale do Vento Gélido. Xardorok não
tem ciência da verdadeira natureza de Klondorn. No disfarce de um
duergar, o diabo conquistou a confiança de Xardorok e se recusa a ser
intimidado por um bando de aventureiros vira-latas. Se os
personagens ameaçarem Klondorn, ele joga para o lado a mitra,
revelando sua verdadeira forma, e ataca. Se for reduzido a 0 PVs, o
diabo desaparece numa nuvem de fumaça negra e retorna para os
Nove Infernos, deixando seu chapéu de disfarces para trás.
 farpado
Tábuas Infernais. O diabo barbado passa seu tempo cinzelando as
tábuas de granito para inscrevê-las com runas infernais. Os
personagens que puderem ler escrituras em Infernal podem descobrir
sobre o manifesto do diabo, no qual Klondorn revela que Asmodeus,
no disfarce de Deep Duerra, está usando os duergar para seus
interesses posteriores.
Há 92 tábuas de granito empilhadas sobre o aposento. Cada tábua pesa
25 kg e tem 30cm de largura, 45cm de comprimento e 7,5cm de
espessura.
Tesouro. Tirando o chapéu de disfarces do diabo, esse aposento não
contém nada de valor.
X32. Corredor Aprisionado
Dois conjuntos de portas duplas revestem um curto corredor.
Aparafusadas às paredes estão uma dúzia de caixas negras, cada
qual medindo 2,4m de altura e 30cm de largura, que emitem um
zumbido baixo.
Operar uma alavanca na área X36 desativa a armadilha desse
corredor, a qual pode ser desativada por quaisquer outros meios.
Qualquer criatura que entrar no corredor pela primeira vez num turno
ou iniciar o turno dela no corredor é atingida por relâmpagos que
saltam das caixas e devem fazer um TR Des CD 15, sofrendo 4d8 dano
elétrico numa falha, ou metade desse dano num sucesso.
X33. Alojamento Mais Baixo
Os personagens ouvem vozes profundas falando em Anão e
Subcomum conforme se aproximam dessa área.
Seis duergar se sentam em bancos ao redor de três mesas
hexagonais no meio desse salão, com um barril de cobre acima de
cada uma. Braseiros cheios de carvão incandescido fornecem
iluminação e calor. Através da névoa fumacenta, vocês contam nove
portas inseridas nas paredes norte, oeste e leste.
Quinze guardas duergar ocupam essa área – seis relaxando no salão
principal e outros nove descansando nos aposentos menores atrelados
a ele. Dez dos duergar secretamente prometeram sua lealdade a
Grandolpha Muzgardt (veja “A Conspiração Muzgardt”). Se os
personagens alegarem estar do lado de Grandolpha, os duergar que a
apoiarem se voltam contra seus semelhantes. Se os personagens
deixarem esses duergar lutarem entre si, cinco duergar sobrevivem à
batalha, todos eles leais a Grandolpha. Eles estão dispostos a ajudar os
personagens a matar Xardorok, mas qualquer aliança que eles fizerem
com os personagens se encerra com a morte de Xardorok.
Barris de Cobre. Os três barris contêm a mais fina cerveja de
cogumelos do Clã Muzgardt, a Cerveja Preta do Lago Negro, a qual
apenas um duergar pode achar palatável.
Quartos. Cada um dos quartos menores possui três beliches de pedra
se projetando de suas paredes.
X34. Câmara de Tortura
Os personagens que se aproximarem dessa câmara escutam gritos de
agonia vindo de dentro.
Braseiros de carvões incandescentes aquecem e iluminam esse
aposento, com as paredes enfileiradas com sarcófagos de ferro
fechados e posicionados numa extremidade. No meio do aposento,
uma duergar foi algemada a uma cadeira. Sua carne está coberta
de bolhas. Um par de duergar encapuzados a aguilhoa com bastões
de ferro quentes, abrasando sua carne e fazendo com que ela berre
em agonia.
A duergar desarmada e desarmadurada algemada à cadeira é Nefrun,
a antiga capitã da guarda. Ela tem 7 PVs restantes. Seus torturadores
são dois mestres de mente duergar vestindo capuzes negros.
Se Xardorok Sunblight for encontrado aqui, ele fica supervisionando a
tortura de Nefrun, que foi implicada numa trama de assassiná-lo.
Descreva Xardorok como um duergar de barba cinza e manchada de
fuligem com uma coroa negra denteada em sua testa e uma manopla
negra espetada numa mão. Sua coroa e a manopla são feitos de
chardalyn.
Os mestres de mente querem que sua prisioneira identifique os outros
envolvidos no golpe contra Xardorok. Nefrun está se recusando a
cooperar e não é culpada pelos crimes apontados contra ela. Ela
suspeita que Klondorn, o alto sacerdote de Deep Duerra (veja área
X31), tenha virado Xardorok contra ela. Se for libertada, Nefrun
pretende demonstrar sua lealdade a Xardorok. Se isso significar trair
seus libertadores, Nefrun o faz sem pestanejar. O equipamento de
Nefrun, incluindo suas armas e armaduras, estão no chão próximo à
cadeira.
Xardorok não vai lutar até a morte nessa área. Em vez disso, ele usa a
porta secreta (veja abaixo) para recuar até a área X30 e usa o elevador
de lá para seguir seu caminho em direção à área X8, onde ele planeja
unir forças com Grandolpha Muzgardt. Grandolpha vai junto de
Xardorok, mas não vai ajuda-lo numa luta, permitindo aos
personagens matarem-no. Se Xardorok estiver gravemente ferido e
Grandolpha puder mata-lo sem se colocar em perigo, ela aproveita a
oportunidade.
Sarcófagos de Ferro. Os sarcófagos verticais e fechados são damas de
ferro (instrumento de tortura). O aposento contém dez desses
dispositivos, cada qual com espetos se alinhando no interior de seu
tampo. Uma criatura Pequena ou Média algemada no interior de uma
dama de ferro sofre 2d10 dano perfurante quando o tampo é fechado.
A criatura sofre esse dano novamente no início de cada um dos turnos
dela até ser libertada. Uma criatura pode usar uma ação para tentar
sair de uma dama de ferro, fazendo isso com um teste bem-sucedido
de Força CD 20.
Porta Secreta. Um personagem que procurar pelas paredes por portas
secretas e passar num teste de Sabedoria (Percepção) CD 15 encontra
tal porta na parede oeste. Essa porta de pedra com 1,5m de largura e
3m de altura se abre num túnel com 1,5m de largura que conduz a uma
porta similar bloqueando a entrada para a área X29.
Closet de Tortura. O pequeno aposento a sul contém um arranjo de
dispositivos de tortura, incluindo chicotes, malhos, flagelos farpados,
correntes de espinhos, ferros de marcação, ganchos, parafusos de
dedos, alicates e tesouras.
X35. Quartos dos Convidados
Duas camas se encontram na parede sul desse aposento, uma delas
com uma pele de yeti drapejada sobre ela. Nos pés de cada cama
está um baú de pedra próximo a uma pilha de cinco barris de cobre
selados. O aposento é aquecido e iluminado por carvões brilhantes
em braseiros de pedra.
Esse dormitório foi deixado à parte para convidados honoráveis e está
sendo atualmente usado por Grandolpha Muzgardt, quem os
personagens encontram na área X8. A pele de yeti em sua cama é um
presente de Xardorok. Os barris contêm Cerveja Preta do Lago Negro,
a cerveja de cogumelos mais fina do Clã Muzgardt, a qual Grandolpha
trouxe consigo do Subterrâneo. Ela não guarda nada de valor aqui, e
ambos os baús estão vazios.
X36. Marteladores Duergar
Dois pilares de pedra sem adornos suportam o teto abobadado dessa
câmara apagada. A leste dos pilares, um duergar encoberto num
exoesqueleto de constructo se encontra perante um rastrilho
abaixado de ferro. Uma criatura similar se encontra numa alcova a
norte, com suas pinças estridentes apertando e desapertando por
antecipação nervosa.
Uma alavanca de pedra se projeta da parede dos fundos de uma
alcova a sul.
Os dois marteladores duergar atacam qualquer um que eles não
reconhecerem.
Rastrilho de Ferro. Quando os personagens se moverem para perto
do rastrilho, eles podem ver que inserido na parede norte próximo a
ele está uma placa quadrada de 30cm de chardalyn com um entalhe
em forma de mão ampliada em sua face. A placa não pode ser removida
da parede. Se os dedos e palma da manopla de Xardorok forem
alocados no entalhe, o rastrilho se eleva no teto, permitindo acesso à
área X37. O rastrilho pode também ser erguido com uma magia de
arrombar ou mágica similar. Força bruta, na forma de um teste bem-
sucedido de Força (Atletismo) CD 25, também funciona – mas
contornar o mecanismo dessa forma faz com que os rastrilhos da área
X37 caiam, selando as oito alcovas desse aposento.
Alavanca de Pedra. Puxar para baixo a alavanca na alcova sul desativa
a armadilha na área X32, tornando esse túnel seguro de se atravessar.
Erguer a alavanca reativa a armadilha.
X37. Cofre de Tesouro
Os personagens podem ver nesse aposento através das barras do
rastrilho que bloqueiam sua entrada:
Esse aposento apagado contém quatro alcovas na parede norte e
quatro na parede sul. Dentro de cada alcova está um baú de ferro.
O dente pontudo de um rastrilho de ferro levantado se projeta do teto
de cada alcova. Essas barreiras caem e trancam o lugar se os
personagens fisicamente forçarem a abertura do rastrilho que sela a
entrada do cofre. Alocar os dedos e a palma da manopla do Xardorok
no entalhe em forma de mão da área X36 faz com que todos os
rastrilhos abaixados nesse aposento se levantem. Um rastrilho pode
também ser levantado com uma magia de arrombar ou mágica similar.
Baús de Ferro. Cada baú tem uma combinação de fechadura inserida
com três trancas que carregam pequenas runas em Anão
representando os numerais de 1 a 9. Xardorok guarda as combinações
para esses baús em seu quarto (área X5). Um personagem usando as
ferramentas de ladrão pode gastar 1 minuto tentando desativar a
tranca, fazendo isso com um teste bem-sucedido de Destreza CD 20.
Uma magia de arrombar ou mágica similar também abre um baú. Aqui
estão as descrições dos baús:
Baú 8 abriga um esqueleto svirfneblin inanimado incrustrado com
bolor amarelo (veja “Perigos de Masmorras” no Guia do Mestre). O
bolor libera seus esporos assim que o tampo do baú for aberto.
Inserido num dos globos oculares do crânio está um olho falso feito de
pedra da lua (75po).
Queda da Fortaleza
O dragão de chardalyn não vai retornar à fortaleza de Xardorok até ele
ter destruído as Dez Cidades (veja o próximo capítulo). Se Xardorok
estiver vivo e sua forja estiver intacta quando o dragão retornar,
Xardorok começa a repará-lo. O dragão recupera 1d6 PVs ao final de
cada hora de trabalho de reparo. Se Xardorok for morto ou o coração
do dragão vermelho na forja for destruído, o dragão de chardalyn não
pode ser reparado.
Após retornar à fortaleza, o dragão permanece lá até o momento que
Xardorok precisar que ele cause mais devastação, e certamente não
antes dos batedores duergar de Xardorok terem avaliado o dano às
Dez Cidades.
A morte de Xardorok lança a perdição ao clã Sunblight se nenhum de
seus filhos estiverem vivos para assumirem o comando. Se Grandolpha
Muzgardt sobreviver mais que Xardorok, ela absorve os restos do clã
Sunblight em seu próprio clã e coloca os filhos sobreviventes de
Xardorok para serem executados. O clã Muzgardt assume a fortaleza
de Xardorok, mas sem nenhum projeto imediato contra as Dez Cidades
ou o Vale do Vento Gélido. Se os personagens forem instrumentais em
ajudar Grandolpha a reivindicar a fortaleza, ela os permite ficar com
quaisquer tesouros encontrados na fortaleza, mas insiste que eles
saiam imediatamente.
Se ambos Xardorok e Grandolpha ainda estiverem vivos quando os
personagens partirem da fortaleza, a divisão entre os dois clãs duergar
continua a se aprofundar, mas nenhum esforço imediato é feito para
destronar Xardorok. Grandolpha se contenta em esperar o tempo dela,
traindo Xardorok apenas após algum revés deixa-lo fraco e vulnerável.

Baú 1 contém uma dúzia de cuias tampadas, cada qual contendo

500ml de licor ardentemente quente feito de líquen de fogo, o qual
cresce no Subterrâneo. Cada cuia pode ser vendida a um estalajadeiro
das Dez Cidades por 10po.

Baú 2 contém uma máscara dourada na forma do rosto de um drow

(750po), repousando numa cama de 350po.

Baú 3 contém um cálice de prata moldado à semelhança de uma

aranha e incrustrado com oito olhos de obsidiana (250po).

Baú 4 contém um robe de seda de aranha cinza dobrado e costurado

com olhos de mantos negros, dentro do qual há uma varinha de teia.

Baú 5 contém um piwafwi dobrado – um manto negro de seda de

aranha feito pelos drow. Esse item tem as propriedades de um manto
élfico, mas perde sua magia se for exposto à luz solar por 1 hora sem
interrupção.

Baú 6 contém um toucado de âmbar feito com três grandes pérolas

púrpuras (2.500po).

Baú 7 contém uma estatueta de pedra com 60cm de altura de

Demogorgon que pesa 25 kg. Qualquer um que olhar nos olhos da
estátua deve passar num TR Car CD 14 ou contrai uma forma aleatória
de loucura de curto-prazo (veja “Loucura” no Guia do Mestre). Uma
criatura pode ser afetada apenas uma vez pela estátua, após o qual ela
se torna imune ao efeito.

Luz da Destruição
As Dez Cidades não vão sobreviver ao ataque do dragão do Xardorok
sem a intervenção dos personagens. Esse capítulo descreve os ataques
do dragão nas Dez Cidades e o que os personagens podem fazer para
minimizar a destruição e salvar o máximo de moradores das Dez
Cidades. O tanto que eles podem ajudar depende de suas ações no
capítulo anterior:
• Se os personagens retardarem seu retorno às Dez Cidades para
confrontar Xardorok em seu covil, a quantidade de tempo que eles
gastarem na fortaleza de Xardorok determina quantos assentamentos
das Dez Cidades foram vitimizados antes dos personagens poderem
intervir, baseado na trajetória do dragão.
• Se os personagens abrirem mão de atacar a fortaleza de Xardorok e
não perderem tempo em perseguir o dragão, eles têm uma boa chance
de pegá-lo antes de muitos assentamentos das Dez Cidades serem
perdidos.
O ponto desse capítulo, além de opor os personagens contra um
inimigo dracônico formidável, é fazer com que os jogadores estejam
cientes de que as escolhas de seus personagens têm consequências. Se
os personagens não fizerem nada para impedir o dragão, as Dez
Cidades serão destruídas. Muitas vidas estão em jogo.
Rodando Esse Capítulo
Reveja a ficha e descrição do dragão de chardalyn no apêndice C antes
de rodar esse capítulo de aventura. Parar o dragão será uma tarefa
assustadora para os personagens. Felizmente, eles não vão lutar
sozinhos.
Do momento em que ele sai da fortaleza, o dragão de chardalyn leva
adiante o plano de Xardorok de nivelar as Dez Cidades um
assentamento após o outro. Os personagens podem intervir ao prever
com sucesso onde o dragão vai atacar em seguida e confrontá-lo. A
seção “Retorno às Dez Cidades” fornece aos personagens um aliado
bastante necessário e uma rápida corrida de trenó para as Dez
Cidades. A seção “Flagelo do Dragão” descreve quanto tempo demora
para o dragão chegar em cada cidade, as defesas que cada
assentamento reúne contra ele, e o resultado provável se nenhum
ajuda dos personagens estiver por vir. A seção “Confronto!” lhe ajuda
a rodar um encontro envolvendo os personagens e o dragão. Não
importando o que aconteça às Dez Cidades, a seção “Missão de
Vellynne” define os três capítulos finais da aventura.
Avanço de Nível dos Personagens
Os personagens ganham um nível se eles contribuírem contra a
destruição do dragão. Se eles não estiverem no nível 7 ao final desse
capítulo, atraia-os para alguns dos locais no capítulo 2 de modo que
eles possam ganhar níveis suficientes antes de continuar para os
últimos capítulos.
Retorno às Dez Cidades
Conforme os personagens começam a seguir o caminho deles de volta
às Dez Cidades, leia:
Sobre o som do vento, vocês podem ouvir o latido dos cães ficando
mais alto. Através da neve soprante vêm três trenós de madeira
puxados por caninos tão grandes quanto lobos. A condutora mais
próxima anuncia “Podemos ajudar?”
A figura falando com o grupo é Vellynne Harpell, uma maga da
Irmandade Arcana. Ela encasulada em roupas de frio, com sua face
quase toda escondida por baixo de um cachecol de lã. Seu familiar
coruja nevada está em seu ombro. Seu trenó tem dois zumbis kobolds
do Vento Gélido o conduzindo, com suas formas comidas pelo ácido
visíveis pelos cortes de seus gibões de pele.
Dirigindo os outros dois trenós estão quatro kobolds do Vento Gélido,
dois por trenó. Cada trenó é puxado por seis cães fortes (use a ficha de
lobo).
Vellynne estava procurando nas Dez Cidades um grupo de
aventureiros para ajuda-la a completar uma missão pessoal quando
ela descobriu sobre os feitos de bravura anteriores dos personagens
(conforme demonstrado nos capítulos 1 e 2). Ela decidiu tentar
encontra-los e conquistar a amizade deles. Embora o destino das Dez
Cidades não lhe diz respeito, Vellynne espera que os personagens a
ajudem a obter O Códice Branco assim que eles aprenderem a confiar
nela. Com essa motivação maior em mente, Vellynne oferece aos
personagens seus trenós para viajar de volta às Dez Cidades e pode
facilmente ser persuadida a ajudar na luta contra o dragão (“Uma
maga digna de seu peso nunca deixa passar uma chance de testar sua
magia contra os inimigos mais poderosos”, ela diz descaradamente).
Há espaço nos trenós dos kobolds para transportar os personagens e
seus equipamentos. Se os personagens insistirem em conduzir esses
trenós, os kobolds discutem sobre o manejo das rédeas, mas o fazem,
se empilhando nas camas da carga. Se os personagens se recusarem a
viajar com os kobolds, Vellynne abandona seus pequenos ajudantes
sem pensar duas vezes – os personagens são muito mais valiosos para
ela do que os kobolds.
Se os personagens não estiverem certo de onde ir em seguida, Vellynne
sugere que eles viajem para o lugar onde os moradores das Dez
Cidades são mais prováveis de fazer um posicionamento final contra o
dragão: a cidade de Bryn Shander (os personagens que encontraram e
estudaram o plano de ataque de Xardorok no capítulo 3 podem ter
uma ideia diferente). Se os personagens adotarem o conselho de
Vellynne e seguirem para Bryn Shander, eles vão estar jogando nas
mãos de Xardorok. O dragão está guardando Bryn Shander para o final,
porque Xardorok sabe que os refugiados das cidades menores não tem
mais para onde ir a não ser para lá. As muralhas de Bryn Shander não
fornecem defesa contra os ataques do dragão vindos do céu, e quanto
mais agrupados os moradores das Dez Cidades estiverem, mais fácil
fica para o dragão aniquilá-los.
Interpretando Vellynne
Vellynne é uma pragmatista que tenta estar um passo à frente dos seus
concorrentes, em particular seus rivais da Irmandade Arcana (de
quem ela raramente fala). Para continuar sua missão no Vale do Vento
Gélido, ela precisa da ajuda de aventureiros robustos, e ela sabe que
ajuda-los na batalha contra o dragão é uma oportunidade de ouro para
conquistar o respeito dos personagens, senão a confiança deles.
Vellynne é aberta sobre suas intenções se os personagens estiverem
desconfiados e confrontarem-na. Ela está disposta a adiar a missão
dela até a ameaça do dragão deixar de existir, e diz isso aos
personagens.
Para mais informações sobre Vellynne e suas motivações, veja a seção
“Irmandade Arcana” no apêndice C.
Flagelo do Dragão
Essa seção descreve o caminho do voo do dragão e os eventos que ele
coloca em andamento. A seção assume que não há nenhuma
interferência da parte dos personagens; quando eles e o dragão
finalmente se encontrarem, pule para a seção “Confronto!”.
O dragão pode recuperar PVs apenas se Xardorok repará-lo em sua
forja (veja “Queda da Fortaleza”).
Caminho de Voo do Dragão
O mapa 4.1 mostra o caminho de voo do dragão, o qual não deve ser
compartilhado com os jogadores, a menos que os personagens tenham
estudado o plano de ataque de Xardorok no capítulo anterior. O dragão
está seguindo as instruções de seu criador precisamente e não vai
desviar desse curso em quaisquer circunstâncias.
Cada seção descreve o dano causado a cada cidade, qual dano (se tiver) Alvo 4: Cidadela Dineval
a cidade causa ao dragão em retorno, e quanto tempo o dragão gasta
nessa cidade. Ajuste a linha de tempo do dragão e a extensão do dano O dragão aterrissa entre o castelo e o resto da cidade. Ele então se
conforme você achar apropriado. move pela cidade, derrubando uma estrutura após a outra. Todas as
construções, à parte ao castelo, incluindo a Escalada Colina Acima e o
A tabela abaixo mostra quanto tempo leva para o dragão ir de um local Descanso do Dinev, são destruídas em 1 hora. O castelo e seus
para o outro. habitantes são poupados, pois era a intenção de Xardorok prender os
Cavaleiros da Espada Negra em sua autoprisão (não diferente do
De/Para Tempo de Voo
destino do mestre das trevas deles, Levisto).
Sunblight para Toca do Dougan 2 horas
Toca do Dougan para Bom Prado 30 minutos Baixas. Se ele ainda estiver vivo e confinado em seu castelo, o orador
Bom Prado para Angraleste 1 hora e meia Siever sobrevive. Todos os vivos fora do castelo são mortos, seja pelo
Angraleste para Cidadela Dineval 1 hora dragão ou pelos seis duergar se espreitando no Descanso do Dinev.
Cidadela Dineval para Cidadela Konig 1 hora Quando o dragão atacar, os duergar aparecem da estalagem
Cidadela Konig para Termalaine 2 horas dilapidada, se aumentam ao tamanho de um ogro, e se juntam à
Termalaine para Bosque Só 30 minutos batalha.
Bosque Só para Bremen 1 hora e meia
Bremen para Targos 30 minutos Dano ao Dragão. O dragão não sofre nenhum dano.
Targos para Bryn Shander 30 minutos
Bryn Shander para Sunblight 3 horas e meia Alvo 5: Cidadela Konig
O dragão destrói todas as estruturas da cidade em 1 hora e meia. O
Alvo 1: Toca do Dougan orador Trovus, o defensor draconato da cidade, está caído bêbado num
O dragão destrói todas as estruturas da cidade, incluindo as docas, em banco de neve durante todo o ataque e acorda para encontrar seu
30 minutos. Ele deixa as Vinte Pedras de Thruun intocadas (foi sempre assentamento destruído.
a intenção de Xardorok estudar esse ponto antigo para ver que poder Baixas. 50 pessoas (um-terço da população) são mortas, poucas pelas
poderia ser atraído de lá). mãos de um duergar invisível se espreitando na cidade. Em meio aos
Baixas. 25 pessoas (metade da população) são mortas. Os mortos estão as irmãs Shorard, cuja estalagem desmoronou em cima
sobreviventes, incluindo a oradora Durmoot, fogem para Bryn delas, e Atenas Swift, que morre salvando vários cidadãos numa fuga
Shander com seus pertences mais estimados e alguns de seus em trenós. O orador Trovus sobrevive, mas nunca supera sua culpa;
rebanhos. ele, no entanto, desiste da bebida. Jarthra Farzassh sobrevive e guia
grande parte dos evacuados da cidade às ruínas de Cidadela Dineval,
Dano ao Dragão. O dragão não sofre nenhum dano. apenas para terem a entrada recusada no castelo. Antes de eles
poderem sair de Cidadela Dineval, Jarthra e vários outros são
Alvo 2: Bom Prado assassinados pelo duergar se espreitando na cidade (veja “Alvo 4:
Cidadela Dineval” acima). Apenas 50 refugiados de Cidade Konig
O dragão poupa o Salão do Hidromel, mas destrói todas as outras
conseguir rumar para Bryn Shander.
estruturas na cidade em 1 hora.
Dano ao Dragão. Trovus era a melhor esperança da cidade para a
Baixas. 25 pessoas (um-quarto da população) são mortas. Os
defesa. Em razão de ele estar inconsciente durante o ataque, nenhuma
sobreviventes fogem para dentro das florestas antes de desviarem em
resistência organizada foi montada. Consequentemente, o dragão não
direção ao Caminho do Leste e seguirem a estrada para Bryn Shander,
sofreu nenhum dano.
levando grande parte do rebanho deles consigo.

Dano ao Dragão. O dragão não sofre nenhum dano. Alvo 6: Termalaine

Os residentes de Termalaine se refugiam nas minas das proximidades
Alvo 3: Angraleste
enquanto a milícia defende a cidade.
Aqui o dragão encontra seu primeiro real desafio. Embora ele pegue a
O dragão leva 6 horas para destruir a cidade, não deixando nenhuma
cidade de surpresa, a milícia reage rapidamente e tem sucesso em ferir
construção ilesa. A Zona Leste é a única parcialmente danificada e
a criatura.
permanece aberta para negócios após o ataque do dragão. A Marisco
O dragão usa sua arma de sopro radiante para bombardear a cidade Azul é destruída, assim como grande parte das docas e barcos de
do ar, nunca aterrissando. Ele começa pela extremidade leste e Termalaine.
lentamente faz seu caminho a oeste, esvaziando as ruas e obliterando
Baixas. A milícia da cidade é aniquilada, e 25 dos residentes da cidade
as casas. Ele demora 8 horas, mas o dragão destrói metade das
perecem em suas casas. Outros 30 residentes são mortos num
estruturas da cidade, incluindo boa parte das docas. A Estalagem da
desmoronamento da mina engatilhado por sabotadores duergar.
Dama Branca desmorona parcialmente quando o dragão voa sobre ela,
Metade das 500 pessoas restantes fogem para Targos e continuam
e a Truta Molhada é arrasada. O Salão da Cidade e a balsa de Angraleste
para Bryn Shander, enquanto o resto (incluindo o orador Masthew)
são poupados.
permanecem enfurnados nas minas.
Baixas. 250 pessoas (um-terço da população), incluindo boa parte da
Dano ao Dragão. O ataque em Termalaine reduz os PVs do dragão em
milícia da cidade, são mortas. A capitã Arlaggath é morta por dois
5.
duergar invisíveis que estavam esperando impacientemente pelo
ataque do dragão. Os 500 sobreviventes fogem a pé para Bryn
Shander, levando seus pertences mais estimados e os rebanhos
consigo.

Se ele estiver vivo e presente quando o dragão atacar, o orador Waylen

é morto quando os seis duergar invadirem o Salão da Cidade e
confiscarem qualquer chardalyn que encontrarem lá.

Dano ao Dragão. O ataque em Angraleste reduz os PVs do dragão em

10.
Alvo 7: Bosque Só
Os pescadores locais testemunharam o ataque do dragão em
Termalaine e correram para casa a fim de alertar seus familiares e
vizinhos.
Quando o dragão chega em Bosque Só, a cidade está vazia, com seus
residentes recuado para a floresta ou embarcado para Targos. O
dragão leva 2 horas para destruir a cidade vazia, derrubando todas as
construções e destruindo todas as docas.
Baixas. Nenhuma como resultado direto do ataque do dragão.
Dano ao Dragão. O dragão não sofre nenhum dano.
Alvo 8: Bremen
Conforme o dragão voa sobre Maer Dualdon, ele nota muitos
residentes de Bremen atravessando o lago em barcos e os afunda.
Quando ele chega na cidade, o dragão leva 2 horas para aniquilar com
as docas e aplainar todos os edifícios.
Baixas. 100 pessoas (dois-terços da população) são mortas, seja em
barcos ou na própria cidade, incluindo o orador Shalescar, Cora
Mulphoon e a milícia inteira. Os 50 residentes remanescentes fogem
para Bryn Shander, deixando tudo para trás.
Dano ao Dragão. A milícia de Bremen resiste bem, reduzindo os PVs
do dragão em 5.
Alvo 9: Targos
A rede de espiões do orador Maxildanarr por todas as Dez Cidades o
alertaram sobre o dragão logo após o ataque dele começar, permitindo
a Targos tempo de se preparar. A milícia local inchou com residentes
furiosos e ávidos em defender sua cidade, e armas de cerco foram
trazidas para dar suporte. Infelizmente, muitas das defesas
preparadas da cidade foram minadas pelos sabotadores duergar.
Leva ao dragão 8 horas para reduzir Targos a uma ruina fumegante. O
dragão ignora as muralhas da cidade na maior parte do tempo e foca
nas construções, colocando abaixo uma após a outra.
Baixas. 500 pessoas (metade da população) são mortas pelo dragão
ou pelos duergar se movendo invisivelmente pela cidade e
indiscriminadamente assassinando pessoas. Os sobreviventes fogem
para Bryn Shander, levando seus pertences mais estimados e os
rebanhos consigo.
A milícia fez seu posicionamento final fora da Braços de Luskan,
momento no qual o orador Maxildanarr fugiu para um abrigo seguro
dos Zhentarim em Bryn Shander. Skath, seu leal capitão de milícia
tiefling, é um dos muitos peões sacrificados e deixados para trás para
cobrir sua fuga.
Dano ao Dragão. A milícia de Targos, a oposição mais dura que o
dragão encarou, reduz os PVs do dragão em 15.
Alvo 10: Bryn Shander
No momento em que o dragão aparece, Bryn Shander está lotada com
os refugiados dos outros assentamentos. Aqui é onde os moradores
das Dez Cidades fazem sua posição final. Embora as muralhas externas
não ofereçam defesa contra o dragão voador, as pessoas podem se
esconder nos porões da cidade.
O dragão arrasa com a cidade em 6 horas, permanecendo no ar por
todo o tempo e eliminando qualquer um que tentar ir embora. Ele
então aterrissa no interior das muralhas e gasta outras 6 horas indo de
uma ruina fumegante a outra, caçando os sobreviventes. Após 12
horas de ataques em Bryn Shander, o dragão retorna à fortaleza de
Xardorok para reparos (se Xardorok estiver morto, nenhum reparo é
feito, e o dragão permanece na fortaleza duergar).
A Olhar do Norte é danificada, mas não destruída. Tanto a Lâminas
Ferro Negro quanto a Casa do Senhor das Manhãs são perdidas, junto
de quase todos os outros estabelecimentos.
Enquanto o dragão faz seu trabalho, os duergar rondam pela cidade,
assassinando os líderes, conjuradores e outras figuras importantes.
Baixas. A população de Bryn Shander inflou de 1.200 para 2.700
quando os refugiados de outros assentamentos se reuniram. O dragão
e os duergar ceifaram 200 vidas a cada hora, deixando a cidade
devastada com uma população de 300 quando tudo estiver sido
concluido. Aproximadamente metade desses sobreviventes são
nativos de Bryn Shander; o resto são refugiados dos outros
assentamentos.
Scramsax, o proprietário da Olhar do Norte, caiu para o dragão.
Mishann, a sacerdotisa de Amaunator, administrou cura da melhor
maneira que pôde e sobreviveu sem ferimentos. O xerife Markham
Southwell pessoalmente frustrou uma tentativa de assassinato de um
duergar contra a oradora Duvessa Shane; ambos os líderes estão com
cicatrizes, mas sobreviveram.
A oradora Durmoot de Toca do Dougan é morta pelos duergar, mas o
orador Maxildanarr de Targos sobrevive.
Dano ao Dragão. Bryn Shander se beneficia da liderança forte, uma
milícia testada e conjuradores prestativos. Nas primeiras 6 horas, os
PVs do dragão diminuem em 10. Assim que o dragão aterrissa e
começa a procurar pelos destroços, seus PVs diminuem a uma taxa de
5 por hora.
Confronto!
O deslocamento de voo do dragão é maior que o movimento por terra
dos personagens ou o deslocamento de voo disponível aos
personagens que conjurarem magias de voo, de modo que o grupo tem
poucas esperanças de pegar o dragão antes de ele chegar nas Dez
Cidades. A melhor chance dos personagens de destruir o dragão é
escolher um assentamento e aguardar pelo dragão lá. Se os
personagens virem o plano de batalha do Xardorok no capítulo
anterior, eles sabem a ordem na qual os assentamentos das Dez
Cidades serão atacados.
A tática preferida do dragão é bombardear cada assentamento a partir
do ar, usando sua arma de sopro para incinerar as pessoas e
estruturas. Ele então sobe para fora do alcance de projéteis até sua
arma de sopro recarregar. Após causar o máximo de dano que puder
do ar, o dragão aterrissa e começa a procurar pelas ruinas fumegantes
para eliminar quaisquer sobreviventes.
Sempre que os personagens engajarem com o dragão, eles compram
tempo para os moradores das Dez Cidades fugirem. Reduza as perdas
de uma cidade conforme você achar adequado, considerando a
interferência dos personagens.
Quando o Dragão Sofre Dano
Se os personagens causarem 30 dano ou mais ao dragão e ele for
destruído, ele voa para a próxima cidade. Se isso acontecer em Bryn
Shander, o dragão voa de volta à fortaleza de Xardorok e permanece
lá, na forja. Se Xardorok ainda estiver vivo nessa fortaleza, ele faz os
reparos necessários. O dragão recupera 1d6 PVs ao final de cada hora
de trabalho de reparo.
Destruindo o Dragão
Quando o dragão for reduzido a 0 PVs, leia:
O dragão faz um barulho esmerilhador horrível à medida em que
começa a estremecer e a desmoronar em pedaços. Conforme sua
grande massa esmaga a neve, fragmentos entalhados de cristal
negro voam em todas as direções.
O dragão deixa para trás centenas de fragmentos de chardalyn, alguns
tão grandes quanto uma roda de carroça e outros tão pequenos quanto
uma trava de caixão. Se os personagens souberem dos efeitos de
chardalyn contaminado por magia maligna, eles vão querer alertar os
moradores das Dez Cidades para evitar os fragmentos.
Condições do Clima
O dragão começa seus ataques sob os céus limpos e escuros. Isso muda
logo após ele sair de Termalaine, seu sexto alvo, pois é quando uma
tempestade de inverno irrompe da Geleira Reghed e engolfa as Dez
Cidades. A tempestade se sustenta sobre as Dez Cidades por 24 horas
antes de minguar.
Se os personagens confrontarem o dragão em Bosque Só, Bremen,
Targos ou Bryn Shander, eles devem também lutar contra os fortes
ventos e a precipitação densa de neve (para regras, veja “Vento Forte”
e “Precipitação Densa” no Guia do Mestre). O dragão ignora esses
efeitos, tendo sido construído por Xardorok para superar tal clima
debilitante.
Suporte de NPCs
Os moradores das Dez Cidades ficam felizes em deixar os aventureiros
lutarem contra o dragão enquanto eles fogem pelas suas vidas. Se os
personagens forem os que precisam de salvamento, você pode ter um
ou mais NPCs corajosos os ajudando.
Moradores das Dez Cidades Prestativos
Se um personagem acabar num ponto difícil, você pode fazer um NPC
amistoso agir imediatamente antes do personagem na ordem de
iniciativa. Esse NPC pode ajudar o personagem em perigo de uma das
seguintes formas:
• O NPC usa a ação Ajudar para auxiliar o personagem.
• Se o personagem estiver morrendo, o NPC o estabiliza ou o carrega
para um local mais seguro.
• O NPC se move próximo o bastante do dragão para fornecer uma
distração, permitindo ao personagem se mover para um local mais
seguro ou usar um traço de classe que dependa de um aliado estar
próximo ao dragão (como um Ataque Furtivo).
O que Vellynne Pode Fazer?
A sobrevivência de Vellynne Harpell é importante para a história
continuar. Ela luta ao lado do grupo, mas não participa em qualquer
ato de heroísmo temerário.
Durante os encontros com o dragão, Vellynne não pode ser reduzida a
menos de 1 PV. Se ela for reduzida a 1 PV, ela ou recua para algum
lugar seguro ou usa sua próxima ação para conjurar toque vampírico,
drenando a força vital do seu seguidor kobold mais próximo (ou de
algum outro pobre tolo) para assegurar sua própria sobrevivência.
As magias mais potentes de Vellynne são inúteis contra o constructo
dragão, de modo que ela depende de sua varinha de mísseis mágicos,
usando suas cargas moderadamente. Ela pode também focar seus
esforços em limpar as ruas de espectadores inocentes e coordenar as
ações do grupo com as da milícia local (como ela gosta de dizer, “É um
mago fraco aquele que depende apenas de magias”).
Após o dragão retornar à fortaleza de Xardorok ou ser destruído,
Vellynne pede aos personagens para esquecerem as Dez Cidades por
um tempo e ajuda-la a encontrar uma cidade perdida enterrada sob a
Geleira Reghed (veja “Missão de Vellynne” no final do capítulo).
Se você não estiver apto a salvar Vellynne por qualquer razão, faça com
que os personagens descubram um diário em seus pertences que
contém todas as informações que ela sabe, ou faça um dos seguidores
kobolds dela comunicar a informação necessário para manter a
aventura nos trilhos.
Outras Coisas que os Personagens Podem Fazer
Os personagens que não puderem fazer mal ao dragão (ou escolherem
não fazer) podem encontrar um monte de outras coisas para se
distraírem durante o ataque do dragão. Se um jogador estiver tendo
problemas para descobrir o que seu personagem pode ou deve fazer,
você pode usar a tabela abaixo para introduzir uma demanda urgente
para o personagem lidar. Antes de o personagem se mover ou agir no
turno dele, role na tabela ou escolha uma demanda que você ache que
possa colocar o personagem em ação.
d20 Demanda
1-3 Desmoronamento de construção
4-6 Duergar aumentado
7-9 Duergar invisível
10-14 Povo malevolente
15-16 Ladrões
17-18 Besta presa
19-20 Ferido vagante
Desmoronamento de Construção
Uma construção danificada desmorona a 6m de distância de você. O
barulho das paredes caindo e das madeiras despedaçadas se esvai,
substituídos pelos gritos de pessoas presas nos destroços.
Há 1d4+1 pessoas presas na construção desmoronada. Todas elas são
plebeus sofrendo com ossos quebrados, lacerações e contusões, e
metade deles (arredondado para baixo) estão com 0 PVs e morrendo;
o resto tem 1 PV cada.
Um personagem pode se apressar à construção e usar uma ação para
tentar puxar um morador das Dez Cidades para fora dos destroços,
fazendo isso com um teste bem-sucedido de Força (Atletismo) CD 14,
de onde o personagem pode tentar estabilizar um plebeu morrendo ou
usar magia de cura para restaurar seus PVs e remover seus ferimentos.
Duergar Aumentado
Os moradores das Dez Cidades em pânico correm até você – não
para escapar do dragão, mas para se afastarem de um anão de pele
cinzenta e densamente armadurado tão grande quanto um ogro. Ele
grita em Anão conforme pisa pela neve em direção a você.
Esse duergar aumentado luta até a morte, gritando “Sem mais
invernos para as Dez Cidades!” em Anão conforme luta. O duergar já
usou seu traço Invisibilidade e não pode usá-lo novamente até finalizar
um descanso curto ou longo.
Duergar Invisível
Algo não-visto está marcando pegadas na neve, e essas pegadas
estão se aproximando!
Um duergar está usando seu traço Invisibilidade para chegar perto o
bastante do personagem para fazer um ataque, mas a neve trai a sua
presença, dando ao personagem a chance de agir primeiro.
Quando o duergar chegar dentro da distância de ataque, ele atacar e
fica visível. Seguindo seu ataque inicial, ele usa uma ação para
aumentar seu tamanho, e então pressiona com seu ataque.
Povo Malevolente
Figuras irreconhecíveis em roupas de frio avançam até formarem
uma linha a 6m de distância de você. Cada um segura uma
machadinha ameaçadoramente. Um deles aponta um dedo da luva
em você e grita “Matem esse primeiro!”.
O personagem é escolhido por 1d4+2 plebeus que ficaram
corrompidos pela Presença Malevolente do dragão de chardalyn. Cada
um porta uma machadinha que causa 1d6 dano cortante num acerto.
Essas pessoas agem na mesma contagem de iniciativa.
Em vez de fazer TRs para os plebeus encerrarem o efeito da Presença
Malevolente do dragão neles, role um d6 ao final de cada um dos seus
turnos. Num 6, a pessoa recupera seus sentidos e deixa de ser hostil
conforme a influência do dragão sobre ela termina.
Ladrões
O caos aflorou o pior em alguns moradores das Dez Cidades. A cerca
de 6m de distância, você vê dois rufiões em roupas de frio batendo
numa idosa e roubando sua comida.
Os dois rufiões são humanos NM, e a idosa é uma plebeia com 1 PV
restante. Um personagem pode usar uma ação para tentar fazer os
rufiões largarem a comida da mulher e irem embora, fazendo isso com
um teste bem-sucedido de Carisma (Intimidação) CD 12. Um rufião
que sofrer qualquer dano também corre para longe.
Besta Presa
Um barulho estranho atrai sua atenção a um bico-de-machado
carregado de sacos e atrelado a um poste de madeira. A besta
deixada em pânico grita à medida em que luta para se libertar. Seu
dono não está à vista.
Você pode substituir o bico-de-machado por uma mula, um cão de
trenó ou qualquer outra besta domesticada. Um personagem pode
usar uma ação para tentar acalmar a besta até o final do próximo turno
dela, fazendo isso com um teste bem-sucedido de Sabedoria (Lidar
com Animais) CD 11. Enquanto a besta estiver calma, o personagem
pode usar uma ação para desatar ou cortar a corda que a prende ao
poste de madeira. Um personagem pode também tentar cortar a corda
com uma arma laminada sem antes acalmar a besta, fazendo isso com
um ataque bem-sucedido contra a CA 15, permitindo à besta em pânico
disparar em seu próximo turno.
Ferido Vagante
Um morador das Dez Cidades em roupa de frio rasgada tropeça à
vista, cai na neve, e se levanta. A 6m de distância, você pode ver que
a pessoa está deixando uma trilha de sangue na neve.
Numa rolagem 19, a figura é um membro seriamente ferido da milícia
local (um combatente tribal desarmado com 1 PV restante). Numa
rolagem 20, a figura é um doppelganger oportunista sem ferimentos
se posando de morador das Dez Cidades ferido.
Membro da Milícia. Tendo perdido sua lança lutando contra o dragão,
esse membro da milícia da cidade está procurando uma arma
substituta. Se for dada uma arma, o membro da milícia volta para a
batalha.
Doppelganger. O doppelganger (que se manchou com o sangue de
alguém) pede para ser levado a um local seguro fora da vista do
dragão. Se um personagem o fizer, o doppelganger tentar matar,
roubar e substituir seu “salvador” num local onde sua traição não
possa ser observada por mais ninguém.
Missão de Vellynne
Vellynne Harpell precisa de ajuda para chegar em Ythryn, uma missão
que impulsiona os personagens através dos capítulos finais dessa
aventura. No entanto, ela fica relutante em compartilhar detalhes de
sua missão até as seguintes condições serem atendidas:
• O dragão de chardalyn não ser mais um problema imediato.
• Os personagens terem experiência necessária para sobreviver aos
perigos que os aguardam no primeiro estágio da missão (em outras
palavras, os personagens estarem ao menos no nível 7).
Essas condições não contam para qualquer negócio não-finalizado que
os personagens estejam determinados a resolver. Por exemplo, se
Xardorok Sunblight ainda estiver vivo, os personagens podem querer
finalizá-lo antes de voltar sua atenção para qualquer outro lugar.
Assim que ela estiver confiante de que os personagens estão prontos
para os desafios que se encontram adiante, Vellynne faz sua proposta
corajosa:
“Eu preciso da ajuda de vocês para encontrar uma cidade antiga
enterrada sob o gelo. Essa cidade, Ythryn, é um fragmento perdido
do Império de Netheril, cujos magos criaram muitos dos itens
mágicos que nós encontramos espalhados pelo mundo hoje. Ela
abriga a magia para além dos nossos sonhos mais selvagens. Nós
podemos até mesmo encontrar algo lá para encerrar esse inverno
odioso. Intrigados?”
Se os personagens quiserem ouvir mais ou deixarem uma abertura
para Vellynne continuar falando, ela adiciona:
“Usando magia de adivinhação, a Irmandade Arcana descobriu que
a cidade está enterrada bem dentro da Geleira Reghed. Mas a
geleira pode ser rachada e aberta num lugar onde uma cascata
certa vez fluía em sua lateral, mas que tem estado congelada desde
então. Nós já encontramos a cascata. Tudo o que nós precisamos
agora é da magia para quebrar e abrir a geleira”.
Vellynne aprendeu algumas coisas do orbe professor (veja apêndice D)
dela antes de ele ser roubado dela. Ela compartilha a seguinte
informação com os personagens que quiserem saber mais sobre
Netheril:
• Netheril era um vasto império humano governado por magos, cujo
domínio da Trama permanece insuperável aos dias de hoje.
• Alguma coisa do que os magos netherenses aprenderam veio dos
elfos. O resto veio do estudo de artefatos chamados Pergaminhos
Nether.
• Os netherenses criaram magias que eram mais poderosas que uma
magia desejo e as usaram para alcançar o impossível. A magia deles
poderia cortar o topo das montanhas e erguer cidades inteiras nos
céus.
• Para manter Ythryn no alto, os magos netherenses precisaram de um
item mágico poderoso chamado de mythallar. Ele provavelmente
sobreviveu à colisão e pode ter outras propriedades também,
incluindo a habilidade de alterar o clima (“Pensem no que isso pode
significar para o Vale do Vento Gélido!” Vellynne adiciona
excitantemente).
O Códice e o Orbe
Antes de começar a procurar por Ythryn, Vellynne e os personagens
precisam de dois objetos: O Códice Branco e o orbe professor de
Vellynne, o qual ela chama de Professor Skant. Vellynne tem todas as
razões para acreditar que ambos os itens estão atualmente numa ilha
no Mar do Gelo em Movimento.
O Códice
Vellynne descreve esse livro da seguinte maneira:
“Escrito e guardado pelos seguidores de Auril, O Códice Branco é
dito conter uma magia ou ritual que pode esculpir uma passagem
pela Geleira Reghed, abaixo da qual a cidade perdida de Ythryn está
enterrada. A magia de adivinhação revelou que o livro está sendo
guardado na fortaleza de um gigante do gelo numa ilha coberta de
névoa no Mar do Gelo em Movimento.
Vellynne sabe que qualquer missão de recuperar O Códice Branco é
provável de atrair a atenção de Auril. Os membros da Irmandade
Arcana são notoriamente desavergonhados, o que é a razão de
Vellynne não negar o pensamento de um confronto com a Donzela
Gélida.
Se o nome de Auril vier à tona, Vellynne tenta acalmar os preocupados
apontando o óbvio: “Qualquer deus que escolher viver entre os
mortais está se escondendo de algo, e qualquer um que precisa se
esconder não pode ser todo poderoso”.

Professor Skant

A família de Vellynne tem uma coleção privada de itens mágicos. O

orbe professor conhecido como Professor Skant era parte dessa
coleção, e Vellynne o quer de volta por razões tanto práticas quanto
sentimentais:

“O orbe é uma herança de família que foi roubada de mim por um

antigo colega chamado Nass Lantomir. O orbe tem a personalidade
um acadêmico e se chama Professor Skant. Seu conhecimento vai
nos ajudar assim que nós descermos em Ythryn. Nass está atrás do
Códice Branco. Encontrem Nass e nós encontramos Professor
Skant”.

Vellynne descreve as propriedades do orbe professor (veja apêndice D)

se os personagens quiserem saber mais sobre ele.

Próximos Passos
O resto da aventura depende dos personagens concordarem em ajudar
Vellynne. Ela tem algumas cartas que ela joga para convencer os
personagens a fazê-lo. Ela espera que eles estejam motivados pela
esperança de encontrar algo em Ythryn que possa encerrar com
inverno eterno de Auril. Fracassando nisso, há a promessa de
encontrar magias e itens mágicos há muito perdidos.

Assumindo que os personagens concordem em empreitar na missão

de Vellynne, seu primeiro desafio é chegar na ilha. Prossiga com o
capítulo 5, o qual começa com como os personagens resolvem seu
problema de transporte.

Abadia de Auril
Auril a Donzela Gélida se refugou numa ilha flutuante de gelo e neve e
transformou uma fortaleza em forma de crânio antigamente ocupada
por gigantes de gelo em sua abadia. Sua presença torna a ilha o lugar
mais frígido no Extremo Norte. O frio é implacável para muitos
visitantes, cujos corpos se tornam parte da decoração congelada da
ilha. Idealmente, os personagens devem estar no nível 7 quando
visitarem a ilha, embora não há nada que os impeça de explorá-la em
níveis menores. Eles podem visitar a ilha por qualquer uma das
seguintes razões:
• Vellynne Harpell, uma membra da Irmandade Arcana, convida os
personagens a se unir a ela numa expedição para a ilha (veja o capítulo
4 para mais informações).
• Os personagens vêm à ilha por conta própria, esperando colocar um
fim no inverno eterno do Vale do Vento Gélido.
Rodando Esse Capítulo
Esteja certo de rever a seção “Auril a Donzela Gélida” no apêndice C
antes de rodar esse capítulo, uma vez que Auril não é nenhuma vilã
comum.
Os personagens podem localizar e obter tanto O Códice Branco quanto
o orbe professor roubado de Vellynne Harpell sem confrontar a
Donzela Gélida. Mas se os personagens quiserem encerrar com a
Geada Eterna bem aqui, agora mesmo, eles podem fazê-lo derrotando
Iskra, o roc da Donzela Gélida (sem o qual Auril não consegue sua
magia noturna que mantém o sol afastado), ou encarando Auril em
batalha e derrotando todas as três formas da Donzela Gélida em
sequência.
Avanço de Nível dos Personagens
Nesse capítulo, o avanço de nível é manejado da seguinte forma:
• Os personagens ganham um nível se destruírem todas as três formas
de Auril.
• Os personagens ganham um nível se matarem Iskra o roc.
• Se eles estiverem nível 7 ou menor, os personagens ganham um nível
ao descobrirem o poema da “Geada da Donzela Gélida” no Códice
Branco.
Mar do Gelo em Movimento
Icebergs titânicos boiam num mar negro agitado de profundidade
desconhecida, colidindo um no outro com resultados destrutivos.
Flutuando em meio a essas montanhas de gelo, encoberto de brumas,
está a ilha de Auril. Usando a pura força de vontade, a Donzela Gélida
pode ancorar a ilha ou fazer com que ela lentamente se desloque. Por
essa razão, a ilha não aparece nos mapas do Mar do Gelo em
Movimento.
Chegando à Ilha
Os personagens podem chegar à ilha de Auril em qualquer uma das
seguintes formas:
• Pegar uma carona em Angajuk, o cachalote desperto (veja “Sino de
Angajuk”).
• Viajar para Fim da Pândega e comprar uma passagem num navio que
traz suprimentos ou condenados à prisão.
• Pedir aos golias Akannathi (veja “Abrigo na Torre Alta”) para lhes
emprestar alguns grifos treinados e então voar para a ilha nas costas
dos grifos.
Via Angajuk o Cachalote
Os personagens podem conseguir as direções para o píer onde
Angajuk pode ser convocada e tornada um amigo. Vellynne Harpell
sabe a localização do píer de Angajuk; se ela estiver com o grupo, ela
propõe que eles passem uma noite na cidade de Bremen e se dirijam
ao píer de Angajuk na manhã.
Angajuk pode viajar até 37,5 km/dia, mas pega uma rota sinuosa e
vagarosa para a ilha de Auril, resultando numa jornada de três dias. A
baleia fica submersa em grande parte da viagem, permitindo aos
personagens verem como é a vida nas profundezas frígidas. Como um
guia, a baleia leva seus passageiros dentro da vista das atrações
espetaculares debaixo d’água, incluindo náufragos, castelos de
gigantes da tempestade e ruinas de ciclopes do império de longa-data
dos gigantes conhecido como Ostoria.
Após entregar os personagens em segurança à ilha, Angajuk está
disposta a circundar a ilha até os personagens estarem prontos para
sair, contanto que eles não façam a baleia esperar por muito tempo. O
roc de Auril representa uma ameaça para Angajuk, de modo que a
baleia chega à superfície apenas quando precisa.
Via Navio do Fim da Pândega
A prisão do Fim da Pândega tem acesso fácil ao Mar do Gelo em
Movimento. O lado ruim é que os capitães que são bravos o bastante
para levar seus navios no Mar do Gelo em Movimento esperam ser bem
recompensados; os personagens podem esperar pagar 1.000po ou
mais por uma viagem de ida para a Ilha de Auril ou cinco vezes essa
quantidade se eles esperarem que o navio os aguardem e os levem de
volta ao Fim da Pândega.
Uma dessas capitães é Sharlasta Stormsword, uma pirata aposentada
(capitã dos bandidos humana LM) que comanda o Voraz, um veleiro
com uma tripulação de 20 de malandros bem-treinados (bandidos). O
porto de escala do navio é a cidade de Inverno Remoto. Apesar de seu
passado de altos e baixos, a capitã Stormsword é uma das corsárias
mais confiáveis trabalhando para a Aliança dos Lordes hoje, e ela
raramente declina de uma chance de ganhar um dinheiro extra por
fora. A cada amanhecer, ela lança um barril de peixe e um barril de
whiskey no mar como oferendas a Umberlee – uma prática que
mantém a deusa maligna do mar do seu lado.
Quando os personagens chegarem no Fim da Pândega, há 10% de
chance de o Voraz estar atracado no píer e estar no processo de
descarregar os engradados de suprimentos, bem como 1d4
condenados em algemas. Os personagens que não tiverem tanta sorte
devem esperar 1d10 dias para o navio chegar.
O Voraz pode viajar 75 km/dia. Mas encontrar a ilha de Auril enquanto
evita encontros de perto com os icebergs e blocos de gelo flutuantes
leva cinco dias. Sob nenhuma circunstância a capitã Stormsword ou
sua tripulação vai sair do navio para explorar a ilha.
Se você precisar de uma mapa do Voraz, use o mapa de navio no
apêndice C do Guia do Mestre.
Via Grifos
Os golias do Abrigo na Torre Alta concordam em emprestar aos
membros do grupo um grifo para cada um se uma dessas condições
forem atendidas:
• Um personagem golias que for um membro do clã Akannathi
convencer o líder Akannathi de ajudar o grupo passando num teste de
Carisma (Persuasão) CD 13.
• Os personagens ajudarem a encerrar a contenda de longa-data entre
os golias do Abrigo da Torre Alta e os golias do Rochedo do Dragão.
Os grifos do Abrigo da Torre Alta são seguros de montar, mas eles são
treinados a retornar à casa após deixar os personagens em seu destino.
Convencer um grifo a permanecer na ilha de Auril enquanto os
personagens exploram o lugar requer um teste bem-sucedido de
Sabedoria (Lidar com Animais) CD 13, e mesmo assim, o grifo não vai
ficar por mais de 24 horas devido ao frio implacável.
Os golias não têm grifos suficientes para carregar a comitiva de
kobolds de Vellynne Harpell, o que força Vellynne a deixar seus
encarregados para trás. Os kobolds ficam felizes em ficar com os golias,
mas os golias rapidamente descartam os mortos-vivos.
Ilha do Solstício
A ilha do Solstício é moldada como um floco de neve, com seis braços
dentados que se projetam de dentro do mar. É um lugar exposto ao
vento feito principalmente de neve e gelo.
Preparando para a Chegada
Não importando os meios pelos quais os personagens viajam à ilha,
assuma que eles chegam próximos à doca em ruina no braço sudeste
da ilha. Isso os coloca no lado oposto da ilha onde a maga Nass
Lantomir encontrou sua perdição.
Leia ou parafraseie a seguinte caixa de texto aos jogadores, tenham os
personagens se aproximado da ilha por mar ou ar:
A névoa através da qual vocês têm viajado se afina o bastante para
vocês verem penhascos com 15m de altura de gelo sólido adiante.
Projetando-se da água fora da costa estão mastros abatidos pelo
clima e lisos de navios afundados.
Adiante, vocês podem discernir o que aparenta ser uma doca
parcialmente despedaçada esculpida do gelo. Conforme vocês
chegam mais perto, fica óbvio que a doca foi feita por gigantes.
O gelo arruinado e os náufragos na vizinhança são as únicas
características da ilha imediatamente visíveis. A névoa impede os
personagens de ver as outras características da ilha à distância.
Os personagens voando nas costas de grifos podem superar a doca e
encontrar algum outro lugar na ilha para aterrissar. Mas se um ou mais
grifos chegar dentro de 60m da fortaleza do Crânio Sinistro enquanto
o roc de Auril estiver no topo da fortaleza, ela levanta voo e tenta matar
os grifos de modo que seus condutores caiam (veja área G9 nesse
capítulo para mais informações sobre o roc).
Efeitos Regionais
A presença de Auril cria os seguintes efeitos regionais, os quais se
esvaem 1d10 dias após todas as três formas dela serem destruídas:
• A CD do TR para resistir aos efeitos do frio extremo é 15 em vez de
10.
• Sempre que uma criatura que careça de resistência ou imunidade a
dano de frio gastar um DV para recuperar PVs dentro de 1,5 km da ilha,
ela recupera apenas um número de PVs igual ao seu mod.Cons
(mínimo de 0). Ela não tem de rolar o dado.
• A ilha, suas características da superfície e todas as criaturas e objetos
numa distância de 60m da ilha são levemente obscurecidas pela névoa.
A névoa espessa preenche o ar começando em 60m a partir da ilha e
se estendendo por 1,5 km em todas as direções; tudo na água ou no ar
dentro dessa névoa espessa fica densamente obscurecido.
Locais da Ilha
Os seguintes locais estão marcados no mapa 5.1.
I1. Docas em Ruinas
Os gigantes do gelo estilizaram essa doca a partir do gelo e a
construíram para resistir, embora seções dela tenham se quebrado e
caído no mar. Em razão da doca ter sido escalada para os dracares dos
gigantes do gelo, os personagens chegando por mar devem escalar
para chegar no topo dela. Aqueles sem magia ou equipamento de
escalada o fazem com um teste bem-sucedido de Força (Atletismo) CD
15.
Nos fundos da doca, degraus de tamanho gigante sobem para o topo
dos penhascos de 15m de altura. Um caminho com 6m de largura feito
de tijolos de gelo leva da doca para a fortaleza do Crânio Sinistro,
conforme mostrado no mapa 5.1.
Um mefit de gelo chamado Söpo está no topo das escadas de gelo e está
disposto a servir como um guia aos recém-chegados, não por gentileza,
mas para aliviar seu tédio. Se os personagens se aproximarem pelo ar,
Söpo os intercepta. Os personagens que falarem Aquan ou Auran
podem se comunicar com Söpo verbalmente; se não houver ninguém
no grupo que possa compreendê-lo, o mefit se comunica usando gestos
da melhor maneira que puder.
Söpo curte observar outros criaturas sofrerem. Inicialmente, no
entanto, ele age como um guia para conquistar a confiança dos
personagens, apontando as áreas onde os personagens podem deslizar
num pedaço de gelo ou ser atingido na cabeça por um sincelo suspenso
por baixo. O familiar coruja nevado de Vellynne, se estiver presente,
sente a intenção cruel do mefit. Söpo e a coruja têm um desgosto
instantâneo um pelo outro.
Söpo tenta levar os personagens para explorar todas as partes da ilha,
compartilhando as seguintes informações com aqueles que puderem
compreender suas palavras:
• Os náufragos que circundam a ilha estão cheios de saques esperando
para serem reivindicados.
• O último navio a visitar a ilha colidiu na costa do braço noroeste da
ilha. Uma sobrevivente conseguiu se puxar para fora da água frígida e
escalou até o topo da ilha, mas ela morreu antes de seguir adiante.
• A Donzela Gélida criou belas esculturas de gelo por toda a ilha. Você
choraria à vista de cada uma delas se não fosse tão frio para deixar
suas lágrimas congeladas.
• Há cavernas de yeti no lado leste da ilha. Um yeti abominável
chamado Korgrah vive em meio a elas.
Se for enxotado, Söpo continua a seguir o grupo, mas não se intromete.
Sempre que algum infortúnio recair sobre um personagem, no
entanto, o mefit deixa escapar uma gargalhada rouca.
I2. Náufragos
O gelo que compõe a ilha se espalha debaixo d’água, criando saliências
variando de 6 a 15m abaixo da superfície. Em cima dessas saliências,
alojados em meio aos pináculos dentados do gelo submerso, estão os
destroços de vários galeões condenados e dracares antigos dos
gigantes do gelo, conforme mostrado no mapa 5.1.
Os personagens que puderem lidar com a água frígida podem querer
explorar esses náufragos afundados. Para cada ponto procurado, rola
um d20 e consulte a tabela abaixo para determinar o que os
personagens encontram. Nenhuma descoberta pode ocorrer mais de
uma vez; se você tiver o mesmo resultado duas vezes, rerrole ou
escolha uma possibilidade diferente.
 d8 Descoberta
1 Um esqueleto de gigante do gelo se espreita no cargueiro do
navio em meio a esqueletos inanimados de vários outros
gigantes do gelo
2 Assombrando os deques estão 20 carniçais (os restos da
tripulação humana do navio) que têm resistência a dano de
frio. Todos os carniçais agem na mesma contagem de iniciativa.
Os personagens encontram 4 carniçais inicialmente, com um
outro grupo de 4 carniçais aparecendo a cada rodada no turno
dos carniçais até todos os 20 aparecerem
3 Dois tubarões gigantes nadam no cargueiro do navio
4 Cinco sirenídeos fazem seu covil no navio, escondidos no
cargueiro no qual está um baú apodrecido pelo mar que
contém 400po, 800pp e quatro peças de joalheria (25po cada)
5 Três bruxas do mar transformaram o náufrago em seu covil.
Elas têm o traço Conjuração Compartilhada (veja o “Convento
das Bruxas” no Manual dos Monstros). Elas mantêm seu tesouro
num caldeirão coberto de cracas e enferrujado que está
tampado. O tesouro consiste em 2.500pp, 4.000pc, uma
estatueta de tritão com 18cm de altura esculpida do coral azul
pálido (250po), e uma poção de respirar na água
6 Uma morsa desperta com uma poção de resistência (frio)
atrelada ao seu pescoço recebe os personagens; a morsa tem
uma Inteligência 10, fala Comum e permite que um
personagem leve a poção de seu pescoço. Ela então se despede
acenando e nada para longe
7 O cargueiro do navio contém 1d6 ostras gigantes, cada uma das
quais com 10% de chance de conter um cristal do tamanho de
uma bola de pérola branca (2.500po)
8 Uma arca marítima de tamanho gigante contendo 2.500po,
5.000pp, e um tridente +2 se encontra no cargueiro do navio
I3. Fantasma de Nass Lantomir
Nass Lantomir enganou seus rivais na Irmandade Arcana ao firmar
parceria com um capitão pirata antes de deixar Luskan para o Vale do
Vento Gélido. Após roubar o orbe professor de Vellynne Harpell, Nass
fugiu da costa para fazer seu encontro com o galeão do capitão pirata,
o Eddy Perverso. O navio encontrou a ilha de Auril da pior maneira:
colidindo na saliência de gelo que se encontra abaixo dela. Conforme a
embarcação afundava na água, Nass sozinha nadou para a costa, tudo
isso para morrer de frio numa falésias coberta de neve com vista para
o casco afundado do Eddy Perverso.
Os personagens que procurarem pelo braço noroeste da ilha
encontram o corpo queimado de frio de Nass e muito mais:
Semienterrado na neve próximo à borda de uma falésia está um
corpo humanoide vestido em roupas de frio. Segurando numa de
suas mãos está um orbe feito de quartzo cinza-enfumaçado.
Um arminho branco brota da neve próximo ao corpo e olha para
vocês com seus olhos redondos. Uma voz ressoa. “Pelos deuses, eu
estava com receio de que ninguém nos encontraria!” O som não está
vindo do arminho, mas do orbe.
Se qualquer um tentar arrancar o orbe dos dedos da maga morta ou de
outra forma violar os restos, o fantasma de Nass Lantomir aparece
acima do corpo e tenta possuir alguém em seu primeiro turno. Se seu
fantasma possuir com sucesso um membro do grupo, Nass tenta voltar
os personagens contra Vellynne (se ela estiver presente) e se juntar a
eles na busca pelo Códice Branco. Se o fantasma conseguir o que quer,
ele compartilha as seguintes informações, algumas das quais Nass
adquiriu quando estava viva com a ajuda de pergaminhos de magia de
adivinhação usados antes de sua morte:
• A Irmandade Arcana enviou quatro magos para encontrar a cidade
netherense perdida de Ythryn, a qual se encontra sob a Geleira Reghed
por aproximadamente dois mil anos (Nass está disposta a divulgar as
identidades dos outros três magos, se perguntada; veja a seção
“Irmandade Arcana” no apêndice C para detalhes).
• O Códice Branco contém uma magia ou ritual que pode abrir uma
passagem através da Geleira Reghed para a cidade netherense
perdida.
• Os adoradores de Auril esconderam o Códice Branco numa fortaleza
dos gigantes de gelo chamado Crânio Sinistro, situada no topo da
pequena montanha no meio da ilha.
O fantasma não pode se mover mais de 60m do lugar onde Nass
morreu, a menos que ela possua um hospedeiro. Se for forçada a sair
de um corpo hospedeiro quando o corpo estiver a mais de 60m de
onde Nass morreu, o fantasma instantaneamente retorna a esse ponto,
não importando se o corpo da maga ainda está lá.
Se o fantasma for reduzido a 0 PVs, ele se esvai, apenas para
reaparecer 24 horas depois no lugar onde Nass morreu. O fantasma
está condenado a assombrar a ilha até adquirir o Códice Branco, de
onde ele alcança seu descanso final e deixa de existir.
Familiar Arminho. O arminho do ártico é Zelennor, o familiar feérico
de Nass. Vellynne Harpell o reconheceria como tal. Qualquer um que
possa conjurar a magia convocar familiar sabe que um familiar
tipicamente desaparece quando seu criador morre, mas Zelennor de
alguma forma formou um vínculo com a forma espectral morta-viva de
Nass. Se o fantasma de Nass for destruído, ainda que
temporariamente, o arminho deixa de existir.
Tesouro. Os personagens que escavarem o corpo de Nass Lantomir
para fora da neve encontram uma sacola de couro contendo o grimório
da maga, o qual está descrito no apêndice C. Os outros equipamentos
de Nass foram junto com o Eddy Perverso.
O orbe professor, o qual se chama de Professor Skant, fica feliz em ser
encontrado. Veja o apêndice D para a descrição do Professor Skant. Se
estiver presente, Vellynne tenta reivindicar o orbe, mas não vai lutar
com os personagens por ele. Além de suas áreas de especialidade, o
Professor Skant sabe o que deve ser feito para chegar à cidade de
Ythryn, tendo discutido longamente planos primeiro com Vellynne
Harpell e depois com Nass Lantomir. Se eles separem o orbe da
companhia de suas duas donas anteriores, os personagens podem usar
o Professor Skant para ajuda-los a identificar os passos que eles devem
tomar para chegar em Ythryn, se esse for o objetivo deles.
I4. Estátuas de Gelo
Há vários desses locais na ilha, incluindo um que os personagens vão
cruzar se eles seguirem o caminho de tijolos da doca em ruinas:
Através da neve soprante, vocês veem uma grande montagem de
esculturas de gelo por um campo nevado no sopé da montanha no
centro da ilha. Um exame mais de perto revela que as esculturas são
completamente fieis ao seu conteúdo: ursos, alce, tigres dente-de-
sabre, lobos, yeti, remorhazes, dragões brancos, e outras criaturas
do Norte. Nenhuma mão mortal poderia criar tais trabalhos
maravilhosos.
A Donzela Gélida cria essas esculturas de gelo. Se os personagens
danificarem qualquer uma delas, duas coisas ruins acontecem.
Primeiro, a Donzela Gélida torna a sua presença conhecida,
manifestando-se nas proximidades como uma mulher com 2,1m de
altura feita de neve. Ela grita “Profanadores!” e aponta um dedo neles.
Cada personagem que tiver profanado uma escultura deve passar num
TR Cons CD 20 ou ganha vulnerabilidade a dano de frio pelas próximas
24 horas. Um personagem que tiver resistência ou imunidade a dano
de frio automaticamente passa no TR. Em razão de seu estado
enfraquecido, a Donzela Gélida não consegue criar uma outra
manifestação dessa até o próximo amanhecer.
Segundo, Auril telepaticamente desperta Korgrah, um yeti abominável
(veja área I5), e o comanda a caçar e matar o grupo. O olfato desse yeti
é tão acurado que ele pode rastrear os personagens pelo cheiro não
importando onde eles estejam na ilha.
I5. Cavernas dos Yetis
Ponteando a escarpa a leste da montanha de gelo no topo da qual o
Crânio Sinistro se encontra estão sete cavernas rasas, cada qual
ocupada por um yeti hostil que se alimenta de focas, morsas e outros
visitantes da ilha. Os sete yetis atacam todos de uma vez, embora um
personagem com o segredo do Pequeno Yeti possa tentar se comunicar
com eles na esperança de melhorar a atitude deles.
Se todos os sete yetis forem mortos, os espíritos raivosos despertam
Korgrah, um yeti abominável que dorme sob o gelo e neve, a menos
que Korgrah já tenha sido derrotado. O yeti abominável explode a
partir de um cisto coberto de gelo, liberando um uivo que pode ser
ouvido pela ilha, e caça os personagens até ele ou eles serem mortos.
Esse yeti temível não pode ser apaziguado por um personagem com o
segredo Pequeno Yeti.
Dentro das Cavernas. Cada caverna de yeti contém os ossos de
refeições passadas dos yetis, mas nenhum tesouro.
I6. Jardim da Morte
Uma parede de gelo com 3m de altura se rompeu em alguns lugares,
deixando lacunas através das quais vocês podem ver o que aparenta
ser um enorme jardim de esculturas de gelo.
Essa área é um cemitério onde Auril demonstra as criaturas que
morreram na ilha de frio extremo. Cada criatura está encoberta numa
camada espessa de gelo, preservando seus restos. Em meio aos
números cadáveres humanoides – piratas, caçadores, aventureiros,
adoradores, e outros que foram presas do abraço gélido de Auril –
estão formas congeladas de lebres, raposas e outros animais
pequenos.
Um troll de gelo encontrou seu caminho aqui e destruiu partes da
muralha externa. Ele também tem mastigado alguns dos corpos. Auril
não se perturbou com a intrusão, uma vez que esse lugar é bem menos
importante a ela do que suas estátuas de gelo. Se os personagens
vagarem pelo jardim, o troll de gelo ataca e luta até a morte.
Vellynne Harpell e Nass Lantomir estão ambas cientes das
propriedades mágicas dos corações dos trolls de gelo (conforme
descrito em “Troll de Gelo” no apêndice C) e podem compartilhar essa
informação com os personagens assim que o troll de gelo for morto.
Crânio Sinistro
Quando os personagens estiverem numa posição de ver esse local a
partir do sul, descreva-o da seguinte maneira:
Elevando-se diante de vocês está uma montanha com 180m de
altura de gelo glacial, com seu pico esculpido à semelhança de um
crânio gigantesco vestindo uma coroa. Incorporadas à escarpa sul
da montanha estão enormes escadas feitas de gelo. Esses degraus,
os quais se estendem da base da montanha à base da fortaleza,
foram claramente feitos por gigantes.
O Crânio Sinistro foi construído por uma rainha gigante do gelo
chamada Vassavicken e está repleto dos restos de seu reinado,
incluindo seu corpo. Auril reivindicou a fortaleza para servir às suas
próprias necessidades mundanas.
A Donzela Gélida se refugiou no interior, embora ela deixe o lugar uma
vez por dia. Pouco antes da meia-noite, ela monta no roc que dorme no
telhado (área G9) e vai aos céus para tecer sua magia noturna. Ela fica
ausente por diversas horas, tempo durante o qual os personagens
podem explorar o Crânio Sinistro sem medo de se encontrar com ela.
Degraus de Gelo. Cada degrau é 1,2m mais alto que o abaixo dele,
tornando a escadaria terreno difícil para criaturas que não sejam
gigantes Enormes. A neve e geada cobrindo os degraus os tornam
menos escorregadios do que seriam sem isso.
Características da Fortaleza
As seguintes características são comuns por toda a fortaleza:
Tamanho Gigante. Mobílias, portas e as dimensões dos aposentos no
interior são todos medidos para gigantes do gelo e outras criaturas
Enormes. O mesmo é verdade para alguns acessórios, incluindo
tesouros, conforme descrito no texto.
Gelo e Névoa. Todas as superfícies (chãos, tetos, paredes e dai por
diante) são feitos de gelo cinzelado, opaco e liso com um tonalidade
azulada. Uma manta de névoa fria com 60cm de profundidade rasteja
pelos chãos, os quais não são escorregadios, a menos que o teste
estabeleça o contrário.
Escuridão. A fortaleza não é iluminada. Os gigantes do gelo
iluminavam seu caminho com tochas, cujos tocos se espalham pelo
chão. Os ocupantes atuais contam com a visão no escuro para
enxergarem. As descrições das áreas assumem que os personagens
têm uma fonte de luz ou algum outro meio de ver no escuro.
Portas. Uma porta é uma tábua de gelo cinzelado com maçanetas
rudimentares, medindo 7,5m de altura, 2,4m de largura e 75cm de
espessura. No lugar de dobradiças, uma porta tem pinos de gelo
cilíndricos e espessos que repousam em buracos nas bordas do topo e
da base da moldura da porta. Uma criatura pode usar uma ação para
tentar empurrar e abrir uma dessas portas, fazendo isso com um teste
bem-sucedido de Força (Atletismo) CD 20. Uma porta é um objeto
Enorme com CA 13, 60 PV e imunidade a dano de frio, venenoso e
psíquico.
Tetos. Os tetos por todo o lugar estão a 9m de altura.
Locais do Crânio Sinistro
Os seguintes locais estão marcados no mapa 5.2.
G1. Entrada
Os degraus terminam em frente a uma porta dupla feita de tábuas
de gelo com crânios e ossos de dragões inseridos nela. Esculpido no
lintel está uma única palavra em escritura Anã.
Os crânios e ossos inseridos nas portas pertencem a diversos dragões
brancos jovens. Os gigantes usam a escritura Anã como seu idioma de
escrita, e a palavra em Anão esculpida acima das portas se traduz como
“Crânio Sinistro”.
G2. Salão de Guarda
Esse aposento comprido e retangular está espalhado com peças de
madeira apodrecida e metal enferrujado – os restos das armas
gigantes e estantes de armas. Um elmo enferrujado do tamanho de
um gigante se encontra próximo à parede dos fundos.
Nada nesse aposento é salvável.
G3. Guardião Gigante do Gelo
Um gigante do gelo velho e pálido inclinado densamente num
machado grande se senta em frente a uma porta alta na parede
mais distante. O banco de madeira gigante sobre o qual ele se senta
range sob seu peso conforme ele olha para vocês com olhos
nebulosos
O gigante do gelo se chama Ertgard. Em razão da elevada idade, seu
deslocamento de caminhada é de 6m. Ele também é surdo, não pode
ver mais longe que 6m e não pode fazer reações. Os personagens
devem se mover ao menos 3m no aposento antes de Ertgard os notar,
momento em que ele segura sua arma fortemente, tropeça em seus
pés, e diz (em Gigante), “Morte, nós finalmente vão nos encontrar!”.
Ertgard é o último membro sobrevivente do clã de Vassavicken e está G6. Mefits Posicionados
ansioso para morrer de forma honorável. Embora ele tenha jurado
Como na área G5, pedaços de gelo despedaçados, os restos de uma
fidelidade a Auril, ele não é de muito uso a ela e não tem nenhum
porta, se encontram no chão ao redor da abertura onde a porta uma
responsabilidade além de guardar a fortaleza da melhor maneira que
vez estava, permitindo aos personagens verem dentro do aposento
puder. Se ele for derrubado inconsciente, revivido e interrogado,
adiante sem obstrução.
Ertgard oferece as seguintes informações (em Gigante) se os
personagens o prometerem uma morte misericordiosa, rápida e Seis criaturas esguias como gárgulas feitas de gelo se agacham em
honorável: saliências a 6m acima do chão que se projeta da parede dessa
câmara semicircular. Próxima à parede dos fundos, a bruma que
• A cada noite, a Donzela Gélida deixa o Crânio Sinistro nas costas de
cobre o chão desce uma escadaria feita de gelo polido.
Iskra, seu roc, para conjurar uma magia que mantém o sol do próximo
dia longe. Do contrário, ela reside no andar de cima (no nível do As criaturas posicionadas nas saliências são seis mefits de gelo criados
palácio). por Auril. Eles observam os intrusos silenciosamente. Se algum deles
for ameaçado ou prejudicado, todos eles atacam. Do contrário, os
• Auril às vezes está acompanhada por druidas do frio, embora
mefits não tomam nenhuma ação agressiva sem um comando da sua
nenhum druida esteja presente nesse momento. Os druidas do frio que
criadora.
a visitaram na última vez deixaram para trás uma morsa gigante
inteligente chamada Ukuma. Ela habita no andar de baixo (no nível da Escadas em Descida. As escadas, as quais descem 27m para a área
masmorra). G10, são escorregadias. O gelo escorregadio é terreno difícil. Quando
uma criatura se mover nessas escadas pela primeira vez num turno,
• O Códice Branco está selado num cofre no andar de baixo (no nível da
ela deve passar num teste de Destreza (Acrobacia) CD 10 ou é
masmorra). Apenas alguém que passe nos quatro testes de Auril – os
derrubada. Se o teste falhar por 5 ou mais, a criatura também tomba
Testes de Crueldade, Resistência, Isolamento e Preservação – pode
3m para baixo nas escadas e sofre 1d6 dano contusivo.
abrir o cofre (veja área G15).

Tesouro. O pequeno aposento atrás de Ertgard contém todo o tesouro G7. Salão do Trono
que conseguiu reunir de dentro da fortaleza, montado numa pilha ao
chão: Esse aposento semicircular tem uma floresta de sincelos suspensos
em seu teto, alguns deles com 2,4m de comprimento. Encostado na
• 1.350po, 4.400pp e 7.800pc parede encurvada a sul está um enorme trono de gelo decorado com
imagens esculpidas de lobos invernais e mastodontes. Perto do trono
• Quatro anéis de ouro do tamanho de gigantes (150po cada)
na parede norte está uma porta aberta.
• Um escudo de tamanho grande feito de escamas de dragão branco
O trono pertenceu a Vassavicken, a rainha dos gigantes de gelo que
(impressionante, mas sem valor)
originalmente ocupava o Crânio Sinistro.
• Uma estatueta lascada com 60cm de altura e 25 kg de Thrym (o deus
Auril transformou sete dos sincelos que se agarram ao teto em
maligno dos gigantes de gelo) feita de gelo que não derrete (50po)
criaturas que lembram perfuradores. Elas usam a ficha de perfurador,
• Um jarro de alquimia têm imunidade a dano de frio e causam 3d6 dano perfurante mais 3d6
dano de frio num acerto.
G4. Cozinha Arruinada
Escadas em Descida. As escadas no canto noroeste desse aposento
O gelo cobre uma mesa de treliça inchada que se encontra em meio descem 27m para a área G5.
a barris e engradados apodrecidos no meio do que costumava ser
uma cozinha. As estantes de estocagem ao longo das paredes G8. Dormitório da Rainha
desmoronaram em pilhas de madeira apodrecida junto dos jarros,
Auril usa esse espaço como seu santuário pessoal. Dependo de como
canecos e chifres de beber que certa vez repousavam nelas. Uma
esse encontro aconteça, você pode precisar referenciar uma ou mais
grelha de assar aninhada com sincelos está montada sobre um
das fichas de Auril no apêndice C.
braseiro de ferro coberto de gelo e situado próximo da parede dos
fundos. Esse aposento contém mobílias destroçadas que sugerem que isso
certa vez era usado como dormitório um gigante de gelo. Um vento
Os barris e engradados estão vazios e quebram facilmente. Os jarros,
intensamente frio sopra debaixo de uma escadaria a leste, na base
canecos e chifres de bebida estão todos quebrados ou de outro modo
da qual a neve está acumulada.
danificados. Nada de valor permanece aqui.
A menos que ela tenha deixado a fortaleza para conjurar sua magia
G5. Salão de Refeições noturna sobre o Vale do Vento Gélido, a Donzela Gélida se espreita aqui
em sua primeira forma, vivendo com medo de que seus inimigos
Pedaços de gelo despedaço, os restos de uma porta, se encontram
divinos a encontrem e a destrua. Ela normalmente ocupa o aposento a
espalhados no chão ao redor da abertura, permitindo aos personagens
oeste, mas se espreita em direção ao aposento maior para receber os
veem dentro do aposento além da obstrução.
personagens conforme eles chegam. Os personagens não têm chance
No meio desse imenso salão se encontra uma mesa de refeições com de surpreendê-la.
9m de comprimento, 3m de largura e 3m de altura, esculpida do gelo
Leva quase todo o poder divino da Donzela Gélida impedir o sol de
e circundada por uma dúzia de blocos de gelo que certa vez serviam
nascer sobre o Vale do Vento Gélido, e ela não permanece na presença
de cadeiras. Suspensórios de madeira na parede oeste sustentam um
de mortais diferentes de seus adoradores mais ardentes.
par de cornetas com 4,2m de comprimento feitas de presa de
Consequentemente, Auril faz seu máximo para matar os intrusos ou,
mamute deixadas ocas. Uma escadaria ascendente de gelo no canto
ao menos, aterrorizá-los em fugir da sua ilha e nunca mais retornarem.
sudoeste tem brumas a rodeando.
Além dos poderes dados nas suas três fichas, ela pode usar as ações de
Uma das cornetas de presa de mamute está intacta, mas a outra está covil descritas no apêndice C.
rachada e não funciona mais. Essas cornetas foram usadas para
convocar os gigantes de gelo para as refeições ou para soar um alarme.

Degraus. As escadas sobem 27m para a área G7.

Destruir uma das formas de Auril é desafiador o suficiente. Destruir
todas as três formas em sequência deve ser um teste severo até mesmo
para o grupo de aventureiros mais determinado e bem-equipado. Você
pode tornar Auril ainda mais difícil ao fazer com que ela use uma ação
de covil para se teleportar ao telhado (área G9), onde seu roc pode
voar ao lado dela.
Uma luta contra Auril continua até os personagens derrotarem-na ou
recuar. Ambas as opções são discutidas abaixo:
• Se os personagens destruírem todas as três formas de Auril, qualquer
personagem que tiver o segredo Criança do Pleno Inverno (veja
apêndice B) perde o benefício desse segredo até a Donzela Gélida
renascer no próximo solstício de inverno. Além disso, a morte de Auril
faz com que os níveis mais superiores da fortaleza desmoronem,
conforme descrito na seção “Queda do Crânio Sinistro” no final desse
capítulo.
• Se os personagens fugirem, Auril os deixa irem de modo que eles
possam espalhar contos horríveis do encontro deles com ela,
desencorajando assim outros de visitar sua ilha. Após finalizar um
descanso longo, Auril volta com todas as suas formas.
A Donzela Gélida não tem nenhuma necessidade de posses mundanas
e não mantém nada de valor em seu aposento.
Escadas para Cima. A escadaria encurvada sobe 27m para a área G9.
G9. Telhado Coroado
A coroa gélida circundando a fortaleza se dobra como um telhado
ameiado. Cada forcado da coroa se estende 12m acima da linha do
telhado, e os forcados possuem lacunas de 3m de largura entre eles.
Situado no meio do telhado está um ninho com quase 9m de
diâmetro.
Se Auril estiver em casa, então seu roc, Iskra, também vai estar.
Durante o dia, o roc dorme em seu ninho. Logo antes da meia-noite, o
roc vai aos céus com a Donzela Gélida em suas costas e não retorna à
fortaleza até poucos horas antes do nascer do sol. Sem o roc para
carrega-la ao redor do Vale do Vento Gélido, Auril não pode conjurar
sua magia noturna, trazendo assim um fim ao inverno eterno.
O roc é grande demais para entrar na fortaleza. Se ele sofrer dano de
inimigos que não consiga alcançar, ele evita a fortaleza e sobe a uma
altura que o coloque fora do alcance de seus inimigos. Se o roc agarrar
um inimigo, ele segue em direção ao mar com seu prêmio; uma vez lá,
ele deixa cair a criatura agarrada na água de uma altura de pelo menos
60m. Além de sofrer o 20d6 dano contusivo da queda, a vítima deve
também lutar contra a água gélida (veja “Água Gélida”).
Tesouro. Uma busca por toda a parte do ninho do roc revela os
seguintes tesouros:
• Um ovo de dragão prateado com 1,5m de altura e 75 kg que vai rachar
em 3d10 dias, dando à luz um dragão prateado filhote.
• Uma harpa esculpida de madeira exótica com marfim inserido e
gemas de zircônio (750po).
• Uma corrente de electrum com um pingente de pedra de sangue
(250po).
• Uma arca marítima de madeira coberta de dejetos de pássaros e
selada com um cadeado pesado que um personagem usando
ferramentas de ladrão pode abrir com um teste bem-sucedido de
Destreza CD 15; dentro da arca há 320po, um anel de ouro com uma
pérola negra alocada numa fixação moldado como um redemoinho
(750po), e um pergaminho de curar ferimentos em massa.
G10. Rinque de Gelo
A escadaria desce numa câmara abobadada. Um corrimão com
2,7m de altura de gelo esculpido abraça a escadaria conforme ela
desce para o chão da câmara, o qual, como as escadas, é liso e
reluzente. Uma morsa tão grande quanto um elefante está se
satisfazendo rolando e deslizando no gelo, prestando pouca atenção
em vocês.
A morsa gigante, chamada Ukuma, era para estar guardando esse
aposento. Uma magia despertar de uma druida do frio lhe deu uma
Inteligência 10 e a habilidade de falar Comum. Embora ela seja grata
pelo presente mágico, a morsa gigante não está interessada em servir
a ninguém ou em cumprir a tarefa de guarda. Ela prefere ao invés rolar
pelo gelo e engajar em conversação leve com os recém-chegados. Os
personagens podem ficar amigos de Ukuma ao jogar-lhe um peixe ou
algum outro bocado saboroso.
Ukuma sabe das seguintes informações, as quais ela fica feliz em
compartilhar com os personagens que ficaram amigos dela:
• O túnel a norte termina antes da tumba de uma rainha dos gigantes
de gelo, que morreu antes da Donzela Gélida assumir o controle da
ilha.
• O túnel a sul leva a um cofre onde os servos da Donzela Gélida
armazenam os tesouros de sua fé.
• Para entrar no cofre, você deve passar por quatro testes. Cada teste
reflete um aspecto da Donzela Gélida: crueldade, resistência,
isolamento e preservação. Os testes se encontram além das quatro
portas que levam para longe do aposento.
Arcos estreitos a oeste e leste levam a um par de pequenas câmaras.
Druidas do frio e outros adoradores de Auril usam esses aposentos
como dormitórios, embora ninguém esteja presente quando os
personagens chegarem.
Rinque. O chão dessa área é tão lisa quando um rinque de gelo. Quando
uma criatura se mover no chão pela primeira vez num turno, ela deve
passar num teste de Destreza (Acrobacia) CD 10 ou é derrubada. A
morsa gigante não precisa fazer esse teste.
Escadas para Cima. Do teto ao chão, as escadas que sobem para a área
G6 são encobertas por corrimãos espessos de gelo esculpido com 2,7m
de altura. As escadas, como o chão, são terreno difícil. Quando uma
criatura se mover nessas escadas pela primeira vez num turno, ela
deve passar num teste de Destreza (Acrobacia) CD 10 ou é derrubada.
Se o teste falhar por 5 ou mais, a criatura também tomba a 3m para
baixo das escadas e sofre 1d6 dano contusivo.
G11. Entrada da Tumba
A passagem leva a um aposento em forma de bigorna com uma
porta alocada na parede mais distante. Flanqueando a porta estão
relevos de duas gigantes de gelo segurando machados grandes.
Runas estão esculpidas na superfície da porta.
As runas no chão, escritas em escritura Anã, lê-se da seguinte forma:
Do gelo e sangue, nosso povo é nascido
A nossa grande rainha, nós erguemos nosso chifre
Nós lutaremos e pilharemos na manhã
A Vassavicken, nós somos jurados
In ice and blood, our folk are born
To our great queen, we raise our horn
We’ll fight and plunder in the morn
To Vassavicken, we are sworn
G12. Guardas Esqueléticos
Essa câmara tem uma outra porta alocada na parede mais distante.
Posicionado no outro lado da porta está um esqueleto de gigante do
gelo portando uma âncora enferrujada. As alfinetadas de luz em
seus globos oculares brilham como se eles registrassem sua
presença.
As armas desses dois esqueletos de gigante do gelo causam dano
contusivo em vez de dano cortante. Eles no mais usam a ficha no
apêndice C. Eles atacam quaisquer criaturas que virem e perseguem
vítimas fugitivas na G11, mas não além disso.
G13. Tumba de Vassavicken
Essa câmara contém uma gigante de gelo morta encoberta por um
bloco sólido de gelo esculpido para se assemelhar a um sarcófago de
pé. O bloco de gelo tem 7,5m de altura, 3,6m de largura e 3m de
espessura. Atrás do gigante entumbado, inserido na parede norte,
está uma porta feita de gelo.
O teto é esculpido no rosto carrancudo de um gigante de gelo com
uma barba gélida.
A gigante de gelo entumbada no bloco de gelo é a Rainha Vassavicken.
Os personagens que passarem num teste de Inteligência (Religião) CD
15 adivinham corretamente que o rosto olhando para baixo na rainha
é uma representação de Thrym, o deus maligno dos gigantes de gelo.
Armadilha. Um personagem pode alcançar o corpo de Vassavicken
lascando o gelo que a encobre, mas Thrym não vai tolerar tal ato de
profanação. Se gelo suficiente for lascado ou derretido para expor
qualquer porção do corpo de Vassavicken ao air, o rosto de Thrym
abre sua boca e sopra uma nuvem de energia fria mágica que preenche
todo o aposento, selando o corpo de Vassavicken de gelo novamente.
Qualquer criatura no aposento quando Thrym soprar deve passar num
TR Cons CD 16, sofrendo 8d10 dano de frio numa falha, ou metade
desse dano num sucesso. O rosto de Thrym é imune a dano de magias
e armas.
Porta para a Área G14. Essa porta está emperrada. Uma criatura pode
usar uma ação para tentar puxar e abrir a porta, fazendo isso com um
teste bem-sucedido de Força (Atletismo) CD 25.
G14. Machado de Vassavicken
Encostado na parede dos fundos desse aposento está uma arma
formidável: um machado de tamanho gigante, com sua cabeça de
aço repousando no chão gélido.
Tesouro. O machado grande é o machado furioso de Vassavicken, o
qual se ajusta em tamanho para corresponder a quem quer que
sintonize com ele. Quando for achado, ele tem 4,5m de altura e pesa
325 kg. Se um personagem se sintonizar ao machado, ele diminui a um
tamanho que se adeque ao seu novo portador.
G15. Testes da Donzela Gélida
A primeira vez que os personagens entrarem numa dessas câmaras,
leia:
As paredes desse aposento de forma estranha estão gravadas com
panoramas elaborados de cenas do inverno. Inserida na parede dos
fundos está uma porta inscrita com um grande floco de neve. Uma
única palavra está esculpida no lintel acima dela.
Os personagens que passarem num teste de Inteligência (Religião)
corretamente supõe que o floco de neve inscrito no chão é o símbolo
sagrado da Donzela Gélida. A palavra esculpida sobre a porta depende
de qual área se encontra do outro lado:
Porta para a Área G16. Esculpido no lintel acima dessa porta está a
palavra “Crueldade” em Comum.
Porta para a Área G17. Parte do lintel se partiu, mas os personagens
ainda conseguem compor a palavra “Resistência” esculpida nele em
Comum.
Porta para a Área G18. Esculpido no lintel acima dessa porta está
palavra “Isolamento” em Comum.
Porta para a Área G19. O lintel acima dessa porta foi parcialmente
quebrado, destruindo algumas das inscrições esculpidas nele. O que
restou lê-se “.... ervação”.
Há quatro Testes da Donzela Gélida: o Teste da Crueldade na área G16,
o Teste da Resistência na área G17, o Teste do Isolamento na área G18,
e o teste da Preservação na área G19.
Cada teste começa ao se abrir uma porta marcada com o símbolo de
Auril. Quando isso acontece, todos os participantes do teste são
teleportados ao local onde o teste assume lugar. Se Vellynne Harpell
estiver com o grupo, ela fica disposta em participar dos testes e conta
como um membro do grupo se os personagens a permitirem
acompanha-los.
Quando um teste terminar, use o Cartão de Marcação dos Testes da
Donzela Gélida para marcar quais membros do grupo passaram no
teste colocando uma marcação do lado direito de cada um dos seus
nomes na coluna apropriada. Essa cartão de marcação vai ajuda-lo a
determinar se o a porta do cofre na área G20 pode ser aberta ou não.
É uma ferramenta estritamente para o DM manter o registro e não é
feita para ser compartilhada com os jogadores. A permissão é
concedida para fotocopiar esse cartão de marcação para uso de jogo
em casa.
Os testes podem ser feitos em qualquer ordem. Cada membro do grupo
pode fazer um teste em particular apenas uma vez; um membro do
grupo que tentar fazer um teste uma segunda vez não é teleportado.
G16. Teste de Crueldade
Abrir a porta para esse aposento vazio faz com que todos no aposento
mais próximo marcado como G15 no mapa desapareçam. Essas
criaturas se veem movidas rapidamente para um acampamento
Reghed na tundra congelada do Vale do Vento Gélido. Quando um ou
mais personagens forem transportados para cá, leia:
Seus arredores desaparecem numa rajada de neve e gelo. Quando
sua visão clarifica, vocês se veem posicionados na borda de um
acampamento, com suas tendas firmemente seguras contra uma
nevasca enfurecida.
A nevasca vocifera pela duração do teste e é inescapável.
Esse acampamento é o lar do Rei da Tribo do Urso, Gunvald
Halraggson. Se Gunvald morreu mais cedo na aventura, substitua por
uma outra líder da Tribo do Urso chamada Svilbrekhild Firennal
(gladiadora humana em gibão de peles que fala Comum e tem
Sobrevivência +5). Veja “Acampamento da Tribo Reghed” para um
mapa e uma descrição geral do local de acampamento. Não há nenhum
cão de trenó nesse acampamento.
Os personagens não estão sonhando; A magia da Donzela Gélida os
teleportou do Crânio Sinistro para esse acampamento. Cada membro
do grupo tem um floco de neve brilhante e pequeno flutuando a poucos
centímetros acima deles – o símbolo da Donzela Gélida, o qual muitos
nômades Reghed reconhecem e temem. Os membros da Tribo do Urso
não vão atacar qualquer um carregando esse símbolo exceto em
autodefesa.
O Teste Começa. O acampamento ficou sem comida, e os caçadores da
tribo falharem em retornar em razão da nevasca inflexível. Os
nômades já comeram seus cães de trenó. Agora, Gunvald decidiu que
tempos de desespero requerem medidas de desespero. Ele planeja
matar quatro dos membros mais idosos da tribo e cozinha-los para
alimentar o resto do acampamento. Seu xamã maligno o convenceu a
tomar esse curso drástico de ação.
Assim que a presença dos personagens se tornar conhecida, eles são
trazidos perante o Rei Gunvald. Ele os trata com respeito e precaução,
como devidos emissários da Donzela Gélida. Ele tem quatro anciões
enfileirados fora de sua tenda e rogam aos personagens para mata-los
ou sairem do acampamento imediatamente.
Para passar no Teste de Crueldade, um personagem deve realizar um
ato cruel, como matar os anciões indefesos como o Rei Gunvald
comanda. Os personagens podem também passar no teste ao andar
para longe do acampamento e deixar os nômade famintos à mercê do
seu rei louco – um ato cruel aos olhos da Donzela Gélida. Se os
personagens desafiarem o Rei Gunvald, ele mata os anciões indefesos
por conta própria.
Os personagens podem falhar no teste ao não engajarem nos atos de
crueldade, como se recusar a matar os anciões, defendendo-os, ou não
fazendo nada de toda forma.
O Teste Termina. Após 1 hora, todos com um símbolo de Auril
planando sobre sua cabeça é teleportado de volta ao Crânio Sinistro,
aparecendo no aposento marcado como G16 no mapa.
G17. Teste de Resistência
Abrir a porta para esse aposento vazio faz com que todos no aposento
mais próximo marcado como G15 no mapa desapareçam. Essas
criaturas se veem movidas rapidamente para um acampamento
Reghed na tundra congelada do Vale do Vento Gélido. Quando um ou
mais dos personagens forem transportados para cá, leia:
Seus arredores desaparecem numa rajada de neve e gelo. Quando
sua visão clareia, vocês se veem numa tempestade de neve
enfurecida, posicionando-se na borda do acampamento de uma
tribo Reghed no processo de ser desmantelado. Os nômades
trabalham fervorosamente para derrubar suas tendas e empacota-
las nos trenós. Poucos deles os notam e brandam suas armas. Uma
figura alta posicionada em meio a eles esbraveja “Nós não devemos
deitar e morrer para o seu deleite, emissários de Auril! Vão embora,
abutres!”.
Esse acampamento é o lar do Rei da Tribo do Alce, Jarund Elkhardt. Se
Jarund tiver morrido mais cedo na aventura, substitua-o pelo Hengar
Aesnvaard, um gladiador que fala Comum e tem Sobrevivência +5. Veja
“Acampamento da Tribo Reghed” para um mapa e uma descrição geral
do local de acampamento.
Os personagens não estão sonhando; a magia da Donzela Gélida os
teleportou do Crânio Sinistro para esse acampamento. Cada membro
do grupo tem um floco de neve brilhante e pequeno flutuando a poucos
centímetros acima dele – o símbolo da Donzela Gélida, o qual muitos
nômades Reghed reconhecem e temem. Os membros da Tribo do Alce
não vão atacar ninguém carregando esse símbolo, exceto em
autodefesa.
O Teste Começa. A figura falando com os personagens é o Rei Jarund,
quem ordenou que o acampamento fosse desfeito de modo que os
nômades pudessem ficar próximos à horda de renas que eles têm
seguido. A horda está migrando a leste, e onde vai a rena, vai a Tribo
do Alce. Se os personagens assegurarem Jarund de que eles não
representam nenhum mal, ele lhes dá uma escolha: ajudar ou sair. De
qualquer modo, ele não quer provocar a ira de Auril.
Os membros do grupo não precisam ajudar os nômades a desfazer o
acampamento ou a armar um novo, mas eles devem acompanhar os
nômades na jornada deles e resistir às mesmas provações. A viagem é
uma marcha extenuante pela tundra com o vento contra eles o tempo
inteiro. Não há nenhuma chance de um membro do grupo se perder
nessa nevasca, a qual tem uma propriedade incomum: magoa não
funciona dentro dela, como se a área abrangida pela nevasca estivesse
dentro de um campo antimagia (tal como descrito na descrição da
magia campo antimagia no Livro do Jogador).
A marcha dura 14 horas. Os membros do grupo podem suportar as
primeiras 8 horas. Ao final de cada hora após isso, cada um deve fazer
um TR Cons. A CD é 10 mais 1 para cada hora adicional que se passar
(CD 11 ao final da nona hora, CD 12 ao final da décima hora, e dai por
diante). Numa falha, um personagem ganha um nível de exaustão.
Qualquer membro do grupo que completar a jornada com 4 níveis de
exaustão ou menos passa no Teste da Resistência.
Ao final da marcha forçada, o Rei Jarund ordena que a tribo monte as
tendas e comece uma fogueira.
O Teste Termina. Assim que o acampamento da Tribo do Alce for
estabelecido em seu novo local, todos com um símbolo brilhante de
Auril planando sobre sua cabeça são teleportados de volta ao Crânio
Sinistro, aparecendo no aposento marcado como G17 no mapa.
G18. Teste do Isolamento
Abrir a porta para esse aposento vazio faz com que todos no aposento
mais próximo marcado como G15 no mapa desapareçam. Essas
criaturas se veem movidas rapidamente para um acampamento
Reghed na tundra congelada do Vale do Vento Gélido. Quando um ou
mais dos personagens forem transportados para cá, leia:
Seus arredores desaparecem numa rajada de neve e gelo. Quando
sua visão clareia, vocês se veem posicionados na borda de um
acampamento sob um céu limpo. Todos os combatentes no
acampamento parecem estar afiando suas armas.
Esse acampamento é o lar da Rainha da Tribo do Tigre, Bjornhild
Solvigsdottir. Se Bjornhild tiver morrido mais cedo na aventura,
substitua-a por um outro líder da Tribo do Tigre chamado Valtus
D’karna (gladiador humano em gibão de pele que fala Comum e tem
Sobrevivência +5). Veja “Acampamento da Tribo Reghed” para um
mapa e uma descrição geral do local de acampamento.
Os personagens não estão sonhando; a magia da Donzela Gélida os
teleportou do Crânio Sinistro para esse acampamento. Cada membro
do grupo tem um floco de neve brilhante e pequeno flutuando a poucos
centímetros acima dele – o símbolo da Donzela Gélida, o qual muitos
nômades Reghed reconhecem e temem. Os membros da Tribo do Tigre
não vão atacar ninguém carregando esse símbolo, exceto em
autodefesa.
O Teste Começa. Se os personagens entrarem no acampamento, os
combatentes da Tribo do Tigre os escoltam à Rainha Bjornhild, que
está usando uma pedra para afiar as lâminas do seu machado grande
enquanto seu tigre dente-de-sabre, Grava, mantém um olho fixo nos
recém-chegados. A reação de Bjornhild aos personagens é de
exultação, a qual não é surpresa dado a sua devoção à Donzela Gélida.
“Auril nos abençoou!” ela grita a todos os outros combatentes que
escutam. “A Donzela Gélida enviou emissários para observar o nosso
acampamento enquanto completamos nossa missão!”.
Se os personagens pedirem a Bjornhild para elaborar, ela lhes conta
que está planejando atacar um acampamento próximo da Tribo do
Alce e roubar a comida deles. Ela está levando todos os membros do
seu acampamento consigo, na esperança de que os números
esmagadores vão fazer o povo insuspeito do Alce desistir sem lutar.
Ela pede aos personagens para ficarem para trás e vigiarem o
acampamento dela até ela retornar. Bjornhild espera estar de volta em
um dia ou dois, embora o destino tenha outros planos.
Se um dos personagens tiver o segredo Herdeiro Reghed (veja
apêndice B), agora é um bom momento de lidar com isso. Ele poderia
certamente complicar o assunto, dependendo de como o personagem
escolha interagir com Bjornhild.
O curso óbvio de ação que os personagens podem fazer é esperar até
Bjornhild retornar de sua invasão. Conforme isso se desenrola, a
invasão é mais bem-sucedida do que o previsto; após oprimir e
derrotar o inimigo, Bjornhild decide assumir o acampamento deles e
esperar por grupos de caça do Alce retornarem de modo que ela possa
massacrá-los e pegar a comida deles também. Como resultado, os
personagens ficam sozinhos no acampamento de Bjornhild por seis
dias e noites.
Permita aos jogadores descreverem o que seus personagens fazem
durante esse período de tempo. Após cada 24 horas gastas guardando
o acampamento e assegurando sua própria sobrevivência, todos os
membros do grupo no acampamento deve fazer um teste em grupo de
Sabedoria (Sobrevivência). A CD do teste em grupo é 10 +2 para cada
dia após o primeiro. Cada vez que o teste em grupo falhar, o membro
do grupo que rolou o resultado menor fica desaparecido.
Quando você explicar o que acabou de acontecer, diga ao jogador do
personagem desaparecido que ele foi transportado para um outro
lugar e não tem nenhuma ciência dos seus arredores. Conte aos outros
jogadores que nenhum dos membros remanescentes do grupo tem
alguma ideia de onde o membro do grupo desaparecido foi, e suas
memórias das últimas 24 horas são quando muito nebulosas. Mesmo
se os membros do grupo tomarem precauções nos dias posteriores
para evitar de se separarem, como se atarem juntos com corda, eles
descobrem que (se o teste em grupo falhar) um outro do número deles
fica ausente. Os desaparecimentos continuam até os nômades do Tigre
retornarem ou até haver apenas um personagem deixado no
acampamento.
Após seis dias e noites, Bjornhild e os membros sobreviventes do seu
acampamento retornam com diversas ancas de carne de rena
carregadas em trenós. Acompanhando-os estão todos os membros do
grupo que estavam desaparecidos do acampamento; os nômades do
Tigre os encontraram, um a um, vagando num transe. Cada um desses
membros do grupo devem passar num TR Sab CD 15 ou retornam ao
acampamento com uma forma de loucura indefinida determinada ao
rolar na tabela de Loucura Indefinida do Guia do Mestre.
Todos os membros do grupo que desapareceram do acampamento
durante a ausência dos nômades do Tigre passam no Teste do
Isolamento, assim como os membros do grupo que ainda estiverem no
acampamento quando os nômades retornarem. Os personagens
falham no Teste do Isolamento ao morrer ou impedir Bjornhild de
realizar sua invasão.
Hospedeiro Slaad. Se um personagem tiver o segredo Hospedeiro
Slaad (veja apêndice B) e não tiver ainda se livrado da larva slaad
gestando dentro deles, fazer com que a larva saia do peitoral do
personagem em algum ponto durante esse teste seria um
desenvolvimento surpreendente.
O Teste Termina. Após os nômades do Tigre retornarem ao seu
acampamento triunfantes, todos com um símbolo brilhante de Auril
planando sobre sua cabeça são teleportados de volta ao Crânio
Sinistro, aparecendo no aposento marcado como G18 no mapa.
G17. Teste de Preservação
Abrir a porta para esse aposento vazio faz com que todos no aposento
mais próximo marcado como G15 no mapa para desaparecer. Essas
criaturas se veem movidas rapidamente para um acampamento
Reghed na tundra congelada do Vale do Vento Gélido. Quando um ou
mais dos personagens forem transportados para cá, leia:
Seus arredores desaparecem numa rajada de neve e gelo. Quando
sua visão clareia, vocês se veem na borda de um acampamento sob
o céu claro. Todas as fogueiras no acampamento estão apagadas, e
o único som que vocês ouvem é o agito das tendas conforme o vento
bate nelas.
Exame detido revela dúzias de corpos semienterrados nos montes de
neve. Fica claro que um massacre aconteceu aqui recentemente.
Vocês ouvem os gritos de urubus vindo do meio do acampamento e
veem meia-dúzia de abutres pegando em dois corpos fora de uma
das tendas maiores.
Esse acampamento é o lar da líder de um clã que ficou no caminho da
ascensão de Isarr Kronenstrom para se tornar o rei da Tribo do Lobo.
Veja “Acampamento da Tribo Reghed” para um mapa e uma descrição
geral do local de acampamento. Não há nenhum cão ou trenó nesse
acampamento, uma vez que eles foram roubados pelos atacantes do
acampamento.
Os personagens não estão sonhando; a magia da Donzela Gélida os
teleportou do Crânio Sinistro para esse acampamento. Cada membro
do grupo tem um floco de neve brilhante e pequeno flutuando a poucos
centímetros acima dele – o símbolo da Donzela Gélida.
O Teste Começa. Todos exceto um dos nômades Reghed no
acampamento foram mortos pelos membros da Tribo do Lobo leais a
Isarr Kronenstrom. O único sobrevivente é o filho de 9 anos da líder
do clã, um não-combatente chamado Aerix Vokototh que ficou vivo ao
se esconder na neve. Aerix tem CA 10 e 3 PVs. Ele nasceu no feriado do
Pleno Inverno e por isso é abençoado por Auril com resistência a dano
de frio. Ele veste apenas um poncho leve de lã, posto que o clima
extremamente frio não o importuna. Quando os personagens
chegarem, Aerix está encolhido na tenda do líder enquanto seis
abutres gigantes banqueteiam os corpos de sua mãe (a líder) e seu pai
(o xamã do acampamento). Se os personagens matarem dois ou mais
abutres, os outros vão para o céu e circundam acima do acampamento
pelo resto do teste.
Após lidar com os abutres, os personagens ouvem soluços baixos
vindos de uma das tendas grandes e encontram Aerix no interior. O
menino está num estado terrível de choque e se recusa a falar, embora
uma magia acalmar emoções ou mágica similar o permita descrever o
massacre ao qual ele deu testemunho. Conforme Aerix começa a
recontar o que aconteceu, Isarr Kronenstrom aparece na borda do
acampamento, tendo descoberto que os assassinos que ele enviou
para matar a líder do acampamento falhou em encontrar e matar seu
filho também. Isarr está determinado a matar a criança ele próprio.
Isarr circunda o acampamento, soltando um uivo terrível a cada um ou
dois minutos. Aerix incita os personagens a se esconderem do Rei
Lobo, com medo de que ele os faça em pedaços.
Se ele não for confrontado, Isarr começa a procurar no círculo externo
de tendas do acampamento, levando cerca de 1 minuto para examinar
cada uma. No curso dessa tarefa, Isarr pode tropeçar nos rastros
deixados pelos personagens, mas continua sua busca pelas tendas
externas, e então faz a mesma coisa com o anel mais interno de tendas,
deixando a tenda da líder por último. Nesse momento, se os
personagens ainda não tiverem engajado nele, Isarr sabe que eles
estão por perto e está procurando mata-los também e levar seus
corpos como tributo a Malar o Lorde das Bestas. Se os personagens
atacarem Isarr, quaisquer abutres gigantes circundando no alto se
unem à luta como aliados de Isarr.
Para passar no Teste da Preservação, os membros do grupo devem
manter Aerix vivo de modo que sua linhagem de família seja
preservada. Matar Isarr antes de ele matar Aerix é a única maneira de
conquistar esse objetivo. Se os personagens tentarem esconder Aerix
fora do acampamento, Isarr segue seus rastros e persegue o menino
incansavelmente.
O Teste Termina. Se Aerix morrer, ninguém passa no teste, e todos
com um símbolo brilhante de Auril planando sobre sua cabeça são
teleportados de volta ao Crânio Sinistro, aparecendo no aposento
marcado como G19 no mapa.
Se Aerix for salvo, um lobo desperto galopa em direção a ele de uma
maneira não-ameaçadora. Esse lobo tem uma Inteligência 10 e fala
Comum. Ele oferece de carregar Aerix em segurança para um outro
acampamento da Tribo do Lobo. Aerix está inclinado a confiar no lobo
e acompanha-lo. Os personagens entregarem Aerix ao lobo ou não
cabe a eles, mas assim que essa decisão for feita, todos com um símbolo
brilhante de Auril planando sobre sua cabeça são teleportados de volta
ao Crânio Sinistro, aparecendo no aposento marcado como G19 no
mapa. Aerix e o lobo são deixados para trás.
G20. Entrada do Cofre
A passagem leva a um aposento em forma de bigorna com uma
porta alocada na parede mais distante. Flanqueando a porta há
relevos de dois gigantes de gelo que foram desfigurados, com seus
traços lascados. Novas esculturas acima da porta revelam cabeças
brilhantes de uma coruja, um lobo e uma cabra.
As cabeças esculpidas acima da porta representam a primeira forma
de Auril (veja apêndice C). Se qualquer um entrar no aposento,
adicione:
Uma voz desincorporada diz “Esse caminho está fechado a todos,
exceto aqueles que passarem nos testes de crueldade, resistência,
isolamento e preservação”.
Sempre que um ou mais personagens entrarem nessa área, use o
cartão de marcação dos Testes da Donzela Gélida para lhe ajudar a se
lembrar de quem dentre eles passou nos testes da Donzela Gélida
(áreas G16 a G19). A porta para a área G21 oscila e abre por conta
própria se cada um dos quatro testes forem passados por ao menos
um indivíduo no aposento. Por exemplo, um indivíduo que passou em
todos os quatro testes pode abrir a porta ao entrar no aposento, assim
como quatro indivíduos que passaram cada qual num teste diferente.
A porta do contrário fica impossível de ser aberta, destruída e de se
atravessar. Qualquer magia conjurada com a intenção de superar a
porta falha e é desperdiçada.
Adoradores de Auril. Se os personagens falharem em testes da
Donzela Gélida o bastante para tornar impossível de eles abrirem a
porta, todas as esperanças de arrombar o cofre não estão perdidas.
Você pode fazer com que o destino sorria sobre eles com a chegada de
três druidas do frio que visitaram a ilha anteriormente e já passaram
por suas próprias variações dos testes da Donzela Gélida. Esses
druidas têm a magia visão no escuro preparada em vez de mensageiro
animal. Eles voaram para o Crânio Sinistro na forma de coruja e
entraram na fortaleza na forma humana, usando suas magias de visão
no escuro para ver no escuro. O nome dos druidas é Faash, Gildreban e
Siovakis.
Os druidas retornaram à ilha em razão de eles pretenderem ler O
Códice Branco (veja área G22) e conseguirem inspiração a partir dele.
Se um ou mais deles forem permitidos entrar na área G20, a porta para
a área G21 oscila e abre por conta própria. Se os druidas chegarem na
área G22 e estiverem cientes da presença dos personagens, os druidas
pegam O Códice Branco e tentam escapar com ele, para impedi-lo de
cair nas mãos dos inimigos de Auril.
Em combate, os druidas gostam de atacar os inimigos com magias de
tempestade de gelo ou de usar suas magias de conjurar animais para
invocar ursos polares (um urso por conjuração da magia). Os ursos
polares agem em contagem própria de iniciativa e lutam junto de seus
invocadores.
G21. Salão dos Quatro Ventos
quatro
Arranjados por esse aposento estão três blocos de gelo, cada qual
com 3m de altura, 2,1m de largura e 30cm de espessura. Eles estão
eretos em suportes que são também esculpidos do gelo. Escritos
foram cinzelados na superfície de cada bloco. Uma outra porta se
encontra no meio da parede mais distante.
As inscrições nos quatro blocos de gelo, em Comum, mostram os
dogmas da fé de Auril:
Crueldade. “Compaixão o torna vulnerável. Deixe a crueldade ser a
lâmina que mantém seus inimigos afastados”.
Resistência. “Exista conquanto conseguir, por qualquer meio que
puder. Somente ao resistir você pode durar mais que seus inimigos”.
Isolamento. “Na solidão você pode compreender e dominar todo o seu
potencial. Depender dos outros o deixa fraco”.
Preservação. “Cada floco de neve é único, e o que é único deve ser
preservado”.
Cada bloco é um objeto Grande com CA 13, 25 PVs, e imunidade a dano
de frio, venenoso e psíquico. Com um teste bem-sucedido de Força CD
15, um personagem pode derrubar um bloco de sua posição, fazendo
com que ele se despedace no chão. Reduzir um bloco a 0 PVs também
o despedaça. Despedaçar um bloco libera um espírito hostil de
elemental do ar (use a ficha de caçador invisível) preso no interior
dele. Esse espírito tenta matar quem quer que o tenha libertado. O
espírito desaparece se passar ou for reduzido a 0 PVs.
G22. Câmara do Códice
Essa câmara tem um teto domado gravado com um floco de neve
gigante. Duas cariátides revelando uma mulher alta se encontram
em cada lado de uma porta na parede sul. No meio do aposento está
um atril em forma de garra com 1,5m de altura e com um livro de
capa branco repousando nele.
As cariátides flanqueando a passagem sul revelam Auril em sua
segunda forma. Ambas são esculturas inofensivas, mas notadamente
frias ao toque.
Tesouro. O livro no atril é O Códice Branco. Nenhuma proteção ou
criaturas o estão guardando. Se ela ainda estiver com o grupo,
Vellynne Harpell fica ansiosa para reivindicar o livro, se for para
apenas adicionar a magia dedos gélidos ao seu grimório. Se estiver
presente num corpo hospedeiro, o fantasma de Nass Lantomir é
colocado para descansar assim que seu hospedeiro pegar ou segurar o
livro.
Um personagem que gastar ao menos 10 minutos debruçado no Códice
Branco descobre que o poema em suas páginas, “Geada da Donzela
Gélida”, é um encantamento que pode ser usado para desvendar os
segredos de Auril, incluindo aqueles enterrados a fundo sob o gelo
glacial. Isso, diz Vellynne, é exatamente o que os personagens precisam
para chegar à cidade perdida de Ythryn sob a Geleira Reghed. Assim
que os personagens tiverem o poema ou uma transcrição dele, eles não
precisam do resto do livro.
G23. Benção de Auril
Além da porta está um pequeno aposento cheio de brumas. Pedaços
de gelo quebrado cobrem o chão.
Os personagens que examinarem o gelo quebrado no chão podem ver
que eles são fragmentos de três esculturas de gelo de humanos
realistas – os restos dos devotos não valorosos que falharam em
receber a benção de Auril (veja abaixo).
Benção de Auril. Se estiver viva, Auril fica ciente de qualquer criatura
que entrar nesse aposento. Se um personagem que tiver o segredo
Criança do Pleno Inverno ou um personagem que tiver passado em
todos os quatro testes de Auril entrar no aposento, a Donzela Gélida
entra em contato com o personagem telepaticamente e pergunta “Você
cortejaria a morte para receber minha bênção?”. Ela faz essa oferta a
um personagem uma única vez. Um personagem que aceitar receber a
benção de Auril deve passar num TR Cons CD 21. Numa falha, o
personagem é petrificado, tornando-se uma estátua de gelo em vez de
uma de pedra. Num TR bem-sucedido, o personagem ganha a bênção
da Donzela Gélida, a qual Auril pode rescindir a qualquer tempo
enquanto estiver viva.
Essa benção no mais adere às regras de bençãos conforme descritas
no Guia do Mestre:

Benção da Donzela Gélida. Seus olhos se tornam frios como o gelo.

Você ganha imunidade a dano de frio. Além disso, você pode conjurar
a magia cone de frio (CD 15) uma vez. Você recupera a habilidade de
conjurar essa magia ao finalizar um descanso longo.

Concluindo
As seções seguintes descrevem o que é certo de acontecer se os
personagens derrotarem Auril.

Queda do Crânio Sinistro

Quando sua forma final for reduzida a 0 PVs, Auril emite um uivo
mortal que faz com que os dois andares mais altos do Crânio Sinistro
(o andar das ameias e o andar do palácio, conforme mostrados no
mapa 5.2) rachem e comecem a desmoronar. As criaturas têm 1
minuto para escapar desses níveis da fortaleza antes que elas sejam
esmagadas à morte pelos destroços gélidos. O nível da entrada do
Crânio Sinistro (áreas G1 a G6) e o nível da masmorra (áreas G10 a
G23) permanecem intactos e acessíveis após o desmoronamento.

Encerrando a Geada Eterna

Destruir todas as três formas de Auril ou matar o roc permite que o sol
mais uma vez escale por sobre as montanhas. Leva um tempo para o
Vale do Vento Gélido retornar ao seu clima natural, mas a vida se torna
um pouco mais fácil à medida em que as temperaturas frígidas se
elevam a um frio suportável.

Se ela sobreviver, mas seu roc for morto, Auril vaga em sua fortaleza,
desacostumada em ser frustrada por mortais. Posto que ela é imortal
e o tempo está do lado dela, ela foca em encontrar um outro roc que
ela possa cuidar desde filhote para servir a ela. Anos, décadas ou
séculos podem passar antes de ela estar pronta para conjurar sua
magia sobre o Vale do Vento Gélido novamente.

Cavernas da Fome
Equipados com a “Geada da Donzela Gélida”, os personagens podem
começar sua procura pela cidade netherense perdida e enterrada nas
profundezas da Geleira Reghed. Idealmente, os personagens devem
estar ao menos no nível 8 quando embarcarem nessa jornada.
Personagens de níveis menores podem sobreviver às Cavernas da
Fome se forem cautelosos e descarem com frequência para recuperar
seus PVs e magias gastos.
Os personagens devem usam a “Geada da Donzela Gélida” para abrir
uma rachadura na parede glacial num lugar onde uma cascata uma vez
derramava pela geleira. A passagem recentemente recém-formada
leva às Cavernas da Fome, uma masmorra que foi selada pela Donzela
Gélida há muito tempo – uma rede de cavernas gélidas sepulcrais
assombradas por seres vorazes. Essas câmaras devem ser navegadas
com sucesso para se chegar à cidade netherense de Ythryn.
Rodando Esse Capítulo
Esse capítulo foca na exploração dos personagens das cavernas
gélidas. Há uma boa chance de Vellynne Harpell estar presente
também, servindo como um NPC guia. Se ela tiver morrido mais cedo
na aventura, os personagens podem usar o Professor Skant como um
guia substituto, assumindo que eles recuperaram o orbe professor de
Vellynne na ilha de Auril no capítulo 5. Se nem Vellynne nem o
Professor Skant estiverem por perto, você pode fornecer um outro
NPC com a informação necessária para se chegar às Cavernas da Fome.
Prováveis candidatos incluem Hengar Aesnvaard (veja “Escolta da
Tribo do Alce” abaixo) e o simulacro de Dzaan.
Avanço de Nível dos Personagens
Os personagens devem ganhar um nível quando alcançarem a área
H39 pela primeira vez, não importando a rota pela qual eles cheguem
lá. Assim, se eles estiverem no nível 8 no começo desse capítulo, eles
estarão no nível 9 quando entrarem em Ythryn pela primeira vez.
Corrida para a Geleira
Se Vellynne Harpell tiver sobrevivido aos perigos da ilha de Auril e
tiver retornado para o Vale do Vento Gélido com os personagens, ela
os incita a acompanha-la à geleira sem delongas, com receio de que um
dos rivais dela da Irmandade Arcana os alcancem. Vellynne pode ser
persuadida a retardar a jornada, mas a cada dia passado, ela fica mais
agitada.
Encontros Aleatórios
Você pode usar a seção “Encontros do Meio Selvagem” no capítulo 2
para tornar a viagem dos personagens à Geleira Reghed mais
desafiadora, para avançar de nível os personagens, ou ambos. Se os
personagens já estiverem no nível 8, é provavelmente melhor pular os
encontros aleatórios e prosseguir com a seção “Alce e Tigre” abaixo.
Alce e Tigre
Com grandes eventos sendo colocados em movimento, aqueles
sensitivos à profecias começam a experienciar sonhos e visões. Uma
dessas pessoas é Mjenir, um xamã de 50 anos da Tribo Reghed do Alce,
que recebeu uma visão sobre a jornada dos personagens à Geleira
Reghed.
Escolta da Tribo do Alce
Várias horas antes do grupo chegar na geleira, leia:
Conforme vocês chegam ao topo de outra colina, vocês notam uma
dúzia de humanoides se aproximando, seus mantos batem no vento
para baixo a partir da geleira a leste.
As figuras se aproximando são dez combatentes tribais da Tribo do
Alce, liderados por Mjenir (druida humano N com Sobrevivência +4) e
Hengar Aesnvaard (gladiador humano NB com Sobrevivência +5).
Mjenir acena para os personagens em sinal de paz. Se eles estiverem
dispostos a conversar, ele os dirige a uma alcova rochosa onde ambos
os grupos pode se proteger do vento.
Mjenir prossegue ao explicar sua visão e alerta sobre o grave perigo
adiante:
“Os tigres com gelo em suas veias vieram para jogar seu sangue
sobre a neve. Eles vão fazer de tudo em seu poder para impedi-los de
encontrar o que a Donzela Gélida preservou sob o gelo”.
Mjenir e seus companheiros de tribo do Alce se voluntariam a escoltar
o grupo ao sopé da Geleira Reghed. Se os personagens recusarem essa
oferta, o povo Alce retorna de onde vieram. Mjenir deseja o bem deles
e diz “O destino do vale repousa em seus ombros”.
Emboscada da Tribo do Tigre
Quando os personagens chegarem na parede glacial, leia:
A Geleira Reghed se eleva a centenas de metros no céu. O sopé da
geleira ainda está a 750m de distância. De repente, cerca de duas
dúzias de figuras surgem da neve a 18m de distância de vocês. Ele
estão espaçados em cerca de 3m um do outro e começam a avançar
numa linha.
Os personagens que tiverem um valor de Sabedoria (Percepção)
Passiva igual a 15 ou maior não é surpreso pela emboscada, nem os
membros da Tribo do Alce que estiverem viajando com o grupo.
Emboscadores. Mjenir não era o único que previu o caminho dos
personagens. A rainha da Tribo do Tigre, Bjornhild Solvigsdottir,
também foi posta para agir. Bjornhild adora a Auril e está furiosa que
o grupo decidiu se meter nos assuntos da Donzela Gélida. Se Bjornhild
tiver morrido mais cedo na aventura, substitua-a por um druida do frio
chamado Ajka.
Se Bjornhild liderar a emboscada, ela está acompanhada de seu pet
tigre dente-de-sabre, Grava. Se Ajka liderar a emboscada, dê a ela um
companheiro rinoceronte lanhoso. Vinte combatentes tribais
compõem o resto da força emboscadora. Antes de se aproximar para o
alcance melee, eles lançam lanças nos personagens.
Reação da Tribo do Alce. Se os personagens permitirem Mjenir,
Hengar e as outras pessoas da tribo do Alce a acompanha-los, os dois
líderes são confiantes com suas habilidades de manter afastados os
atacantes enquanto os personagens correm em direção à geleira. Se os
personagens deixarem os membros da Tribo do Alce afastar os Tigres,
o resultado da batalha depende se Bjornhild lidera a emboscada:
• Se Bjornhild liderar a emboscada, tanto ela quanto Grava
sobrevivem, assim como Hengar. Todos os três são reduzidos à metade
dos seus PVs (arredondado para baixo). Todos os demais são mortos.
Bjornhild faz Hengar de prisioneiro e interpreta a fuga dos
personagens como um sinal de que Auril pretende mata-los ela
mesma; consequentemente, Bjornhild não os persegue.
• Se Ajka liderar a emboscada, ela e Hengar são os únicos
sobreviventes com metade dos seus PVs restantes. Após um breve
impasse, Ajka se metamorfoseia numa coruja nevada e foge, deixando
o Hengar ferido sozinho.
Os personagens que recusarem deixar a Tribo do Alce lutar essa
batalha sem eles são atacados por Bjornhild e seu tigre dente-de-sabre
(ou Ajka e seu rinoceronte) enquanto Hengar e seus combatentes
companheiros da Tribo do Alce se chocam com o resto da força
atacante. Você pode abrir mão de fazer as rolagens de ataque para os
combatentes tribais; assuma que eles todos vão agir na mesma
contagem de iniciativa e que um combatente de cada tribo morre a
cada rodada nesse turno da tribo. Hengar mata um combatente
adicional da Tribo do Tigre em cada um dos turnos dele. Mjenir fica
fora do alcance melee e usa seu truque criar chama para lançar fogo
nos inimigos.

Abrindo o Caminho
Quando os personagens chegarem na parede da Geleira Reghed no
ponto especificado por Vellynne Harpell ou o Professor Skant, leia:
Uma parede brilhante e imensa de gelo azul se encontra diante de
vocês. Ela parece impenetrável, mas então vocês notam uma listra
de cor mais clara que praticamente bifurca a parede num ponto.
Essa deve ser a cascata congelada de que Vellynne falou!
Vellynne ou Professor Skant incita um dos personagens a ler em voz
alta a “Geada da Donzela Gélida”. Ler o poema em voz alta enquanto
fica de pé perante a geleira tem o seguinte efeito:
Conforme as últimas palavras do poema são pronunciadas, um som
estrondoso vem de fundo no interior da geleira. O barulho cresce
conforme a grande parede de gelo se parte. Através da rachadura,
vocês podem ver uma abertura que leva ao interior da geleira.
Assim que o caminho for aberto, o grupo está livre para descer dentro
do túnel recém-formado (área H1).
Dentro das Cavernas da Fome
Quando a cidade flutuante de Ythryn caiu dos céus dentro da Geleira
Reghed há séculos, o impacto da colisão (e o calor resultante) atraiu a
cidade mais fundo dentro de seu coração até, finalmente, ela vir a
repousar. Auril então enterrou a cidade sob o gelo para preservá-la,
reivindicando-a como sua.
As Cavernas da Fome são um complexo de masmorras extensas
encoberto pela Geleira Reghed. Algumas de suas cavernas e túneis se
formaram naturalmente, alguns formados como produtos da queda de
Ythryn, e outros ainda são trabalho de criaturas como remorhazes que
podem cavar ou derreter seu caminho pelo gelo sólido. O fato de que o
complexo inteiro é feito de gelo contribui para sua atmosfera
alienígena. O ar é frequentemente seco, o som se comporta de forma
estranha, e a tensão de se mover cada vez para baixo desgasta a
sanidade até mesmo dos aventureiros mais corajosos.
Características Gerais
As seguintes características são comuns por toda as Cavernas da
Fome:
Tetos. A maioria dos tetos da caverna tem 9m de altura e é feito de
gelo liso. O teto dos túneis variam de 3 a 4,5m de altura, a menos que
seja descrito o contrário.
Escuridão. Todas as áreas são colocadas em completa escuridão, a
menos que seja descrito o contrário.
Ecos. O som viaja mais rapidamente aqui. Todos os testes de Sabedoria
(Percepção) feitos para ouvir sons nessas cavernas têm vantagem.
Escorregadores de Gelo. Conforme os remorhazes escavam pelo
gelo, o calor irradiado de seus corpos alisa as laterais dos túneis
deixados por eles a um acabamento parecido com um vidro. Muitas
dessas passagens são severamente inclinadas, criando escorregadores
de gelo. Descer num escorregador de gelo é fácil; escalar em um é outra
história. Um personagem precisa de crampons ou outro equipamento
de escalada para subir numa dessas passagens escorregadias.
Professor Skant
Se os personagens tiverem o Professor Skant consigo, o orbe professor
pode fornecer comentário educacional sobre certas características
encontradas nas Cavernas da Fome, conforme anotado no texto,
contanto que o orbe esteja numa posição onde ele possa ver seus
arredores.
Assombrações Psíquicas
As Cavernas da Fome têm uma maneira de capturar e causar traumas
psíquicos. Em certos locais, o texto vai lhe pedir para checar por uma
assombração psíquica, caso no qual se rola um d20 e consulta a tabela
abaixo para determinar se a área contém uma assombração. Se uma
estiver presente, sua imagem ou seu efeito não pode sair da caverna
na qual ela é encontrada.
d12 Assombração
Um homem vaga ao redor da caverna. Seus dedos estão
negros da queimadura gélida, e sua boca está boquiaberta
1 num grito silente. Embora ele pareça real, o homem é nada
mais substancial do que um fantasma e não responde a
nenhuma interação.
Um membro do grupo (determinado aleatoriamente) ouve
uma corrente de sussurros. O personagem não pode
2 discernir o que está sendo dito, mas pode ouvir o nome
deles sendo mencionados aqui e ali. Os sussurros não
podem ser rastreados a uma fonte.
Cada membro do grupo vê a carne de seus companheiros
definhar à medida em que vermes negros rastejam de suas
3
orelhas, narinas e bocas. O efeito é ilusório, inofensivo e
transitório.
Um membro do grupo (determinado aleatoriamente) ouve
passos atrás dele quando ele se move. Quando ele fica
4
parado, o membro do grupo pode sentir a respiração
quente em sua nuca. O efeito é ilusório e inofensivo.
Cada membro do grupo detecta um aroma familiar nessa
5 caverna que os lembra de alguma tragédia ou evento
temeroso de seu passado. O aroma não tem uma fonte.
Um membro do grupo (determinado aleatoriamente) vê
uma forma robusta e obscura se movendo pela parede, teto
6
ou chão, como se estivesse nadando pelo gelo. O efeito é
ilusório, inofensivo e transitório.
7-12 Nenhuma assombração.
Tekeli-li
De todas as criaturas que reivindicam as Cavernas da Fome como seu
covil, talvez a mais temível é Tekeli-li, um vampiro gnoll.
Quando eles abriram a Geleira Reghed, os personagens destrancaram
a prisão glacial abrigando Tekeli-li. Após décadas de catividade e fome,
o vampiro está mais uma vez livre para sair das cavernas e assombrar
o Vale do Vento Gélido. Primeiro, no entanto, ele planeja se alimentar.
O vampiro é o único monstro vagando que os personagens encontram
nas Cavernas da Fome, e eles são prováveis de encontra-lo mais de
uma vez conforme descem a fundo nas cavernas.
O orbe professor de Vellynne Harpell, Professor Skant, é um
especialista em vampiros e vampirismo. Assim que ele ficar ciente de
Tekeli-li, o orbe professor compartilha as fraquezas conhecidas do
vampiro com os personagens.
O grupo deve encontrar Tekeli-li diversas vezes. A estratégia do
vampiro é drenar os recursos do grupo, e então recuar e se recuperar
antes de atacar de novo. Se Tekeli-li sofrer mais de 20 dano durante
um encontro, o vampiro vira brumas e recua a um local seguro na
masmorra. Mesmo quando o vampiro não está imediatamente
presente, sua risada vangloriada ecoa pelas cavernas
esporadicamente.
Você pode encenar um encontro com Tekeli-li em qualquer lugar que
quiser. Se você não estiver certo de onde ele poderia estar ou como ele
deveria se comportar, role um d6 e consulte a tabela abaixo. A tabela
determina onde o vampiro é encontrado primeiro. Se o vampiro
recuar, role novamente na tabela para determinada para onde ele foi
(role novamente se o resultado não indicar nenhuma mudança em sua
localização).
Se os personagens não tiverem encontrado com o vampiro no
momento em que eles chegarem na área H36, ele os ataca lá.
 d6 Local
Área H6. Conforme os personagens fazem seu caminho
pela área H5 ou H7, Tekeli-li sai da torre arruinada na
1
forma de bruma, assume sua forma de hiena Grande, e
ataca.
Área H12. Tekeli-li aguarda pelo encontro com as sombras
2 na área H11 para concluir antes de atacar o grupo em sua
forma de hiena Grande.
Área H19. Tekeli-li aguarda pelos personagens em seu
3 covil e emerge da caverna mais a norte em sua forma de
gnoll quando eles entrarem.
Área H23. Tekeli-li está na forma de bruma, escondendo-
se dentro do vapor crescente da piscina. Se os remorhazes
4
na piscina atacarem o grupo, Tekeli-li se une à luta na
segunda rodada de combate após assumir sua forma gnoll.
Área H32. Tekeli-li se espreita aqui em sua forma gnoll e
ataca os personagens assim que eles entrarem. Seu olfato
5 está um kobold emaciado com olhos vermelhos e brilhantes. Ele
aguçado anula sua desvantagem baseada na visão imposta
por esse local.
Área H36. Tekeli-li se espreita em meio às árvores em sua
6 forma de hiena Grande. A dríade se recusa a emergir da
sua árvore enquanto o vampiro estiver em seu bosque.
Locais das Cavernas da Fome
Os seguintes locais estão marcados no mapa 6.1.
H1. Dentro da Geleira
A área azul clara mostrada no mapa 6.1. indica a seção da parede
glacial que se parte quando os personagens usam a “Geada da Donzela
Gélida” a fim de abrir um caminho para a masmorra. Ler o poema cria
uma abertura na parede de gelo que tem 30m de altura, 9m de largura
e 6m de profundidade. Um túnel nos fundos dessa abertura consiste
de degraus irregulares naturalmente formados que descem para a
área H2.
Se qualquer um do povo da tribo do Alce estiver presente nesse ponto,
eles se voluntariam a guardar essa entrada até os personagens
retornarem ou até a fome os forçarem a abandonar esse posto.
H2. Navio Celeste Quebrado
Vocês chegam numa caverna com 9m de altura. Em seu centro, os
restos do casco de um navio de madeira repousam no chão.
Se Professor Skant for permitido ver o náufrago, o orbe professor
oferece o seguinte comentário:
“Ah, um navio celeste netherense! Eu sempre quis andar num desses.
Uma pena não haver mais um inteiro”.
O navio é tudo o que resta de um navio celeste netherense, um dirigível
que foi usado para transportar pessoas para e a partir da cidade de
Ythryn. Quaisquer distúrbios altos nessa caverna fazem com que
quatro crânios flamejantes na área H3 gargalhem loucamente
conforme eles fazem o caminho para essa caverna. Os crânios
flamejantes são crânios animados cobertos de fogo dos magos
netherense transformados em guardiões pela vontade da Donzela
Gélida.
O túnel que leva à área H5 tem uma descida íngreme escorregadia com
6m de altura que os personagens podem descer em segurança com um
teste bem-sucedido de Força (Atletismo) CD 15. Numa falha, um
personagem escorrega e aterrissa caído, sofrendo o dano da queda
normalmente.
Tesouro. Os personagens que procurarem no náufrago encontram os
esqueletos sem cabeça de quatro magos netherenses mortos e um
cofre de ferro de 100 kg com uma combinação de tranca que tem
números de 0 a 50 escritos na escrita Dracônica. Um personagem
usando ferramentas de ladrão pode gastar 1 minuto tentando abrir o
cofre, fazendo isso com um teste bem-sucedido de Destreza CD 20.
O cofre contém uma bolsa de carga, dentro da qual há quatro ametistas
(100po cada) e um anel do aríete feito de chardalyn. A composição
incomum do anel não tem efeito em suas propriedades mágicas.
H3. Crânios Flamejantes
Essas duas cavernas e passagens com 4,5m de altura estão ocupadas
por quatro crânios flamejantes – dois nas cavernas a oeste da área H2
e dois nas cavernas a nordeste da área H2. Eles atacam intrusos à vista.
As cavernas no mais são vazias.
H4. Cria de Vampiro Kobold
Os personagens vindos da área H2 devem descer uma escadaria de
gelo naturalmente formada para chegar nessa caverna.
Blocos de pedra cobertos de gelo se projetam do chão dessa caverna
de gelo com 3m de altura. Posicionado acima da pedra mais larga
mostra presas alongadas conforme sibila a vocês, e então corre para
longe.
A criatura é uma cria de vampiro kobold criada por Tekeli-li. O
Professor Skant reconhece a criatura como um vampiro e sabe de suas
fraquezas. O kobold morto-vivo tem fome de sangue fresco, mas sabe
que é melhor não atacar uma força superior. Ele tenta se reunir com
seus semelhantes na área H17.
H5. Queda de Sincelos
Sincelos cintilantes tão grandes quanto espadas longas se agarram
ao teto com 12m dessa caverna, o chão da qual está espalhado com
blocos de pedra cobertos de gelo e um pilar tombado. Inserida na
parede leste está uma torre de pedra brilhante que parece ter sido
quebrada pelo teto há muito tempo. A parede exposta está quebrada
e tem alguns pequenos buracos nela, mas no mais está intacta.
Se Professor Skant for permitido ver a torre, o orbe professor oferece o
seguinte comentário:
“Essa torre parece ser de construção netherense. Não fosse pelas
rachaduras e buracos, a pedra seria lisa como o vidro, moldada por
magia arcana!”
Sete mefits de gelo criados por Auril se agarram ao teto, com suas asas
envolvendo justamente seus corpos de modo que eles sejam
facilmente confundidos com sincelos. Os personagens que tiverem
valores de Sabedoria (Percepção) Passiva iguais a 13 ou maior podem
distinguir os mefits dos sincelos reais que enfeitam o teto.
Os mefits de gelo são atribuídos a guardar a caverna, mas não entrar
em combate melee voluntariamente. A tática preferida de um mefit de
gelo é usar sua ação para voar próximo a um sincelo e quebra-lo,
fazendo com que ele cai num inimigo abaixo. Qualquer criatura
posicionada abaixo de um sincelo caindo deve passar num TR Des CD
12 ou sofre 2d6 dano perfurante dele.
Tekeli-li. Se Tekeli-li estiver escondido na área H6, o vampiro gnoll
ataca o grupo após os mefits de gelo serem lidados, passando pela
parede da torre na forma de bruma e assumindo sua forma de hiena
Grande. Veja a seção “Tekeli-li” mais cedo nesse capítulo para mais
informações.
H6. Torre em Ruinas
Os personagens que virem através das rachaduras e buracos nas
paredes da torre veem o seguinte:
Poucos restos dessa torre estão ao lado de sua carapaça externa. As
paredes no interior estão decoradas com mudanças de padrões
geométrico. Um esqueleto humano num robe branco se encontra no
chão irregular.
Se Professor Skant for permitido ver o interior, o orbe professor
oferece o seguinte comentário:
 “Os conjuradores netherenses vinham a torres como essa para
recuperarem sua magia gasta mais rapidamente. Apesar do dano
extenso, eu ousaria dizer que a torre ainda funciona!”.
Um personagem que examinar a mudança de padrões geométricos
pode, com um teste bem-sucedido de Inteligência (Arcanismo) CD 17,
chegar à mesma conclusão do Professor Skant.
Os personagens podem socar um buraco na parede externa da torre
que seja grande o bastante para eles rastejarem ou andarem através.
Qualquer personagem que fizer um descanso curto na torre recupera
um slot de magia nível 3 ou menor no final desse descanso. Um
personagem não pode ganhar esse benefício novamente por 24 horas.
Tesouro. O esqueleto é o resto de um sacerdote netherense. Ele veste
um símbolo sagrado de prata moldado como uma estrela de quatro
pontas (25po). Um teste bem-sucedido de Inteligência (História) CD
15 o identifica como um símbolo sagrado de Mystryl (veja a caixa
lateral “Mystryl”).
Mystryl
A história e destino da deusa Mystryl estão atrelados à história da
queda de Netheril. Mystryl era a deusa original da magia. Ela é dita ter
criado a Trama, a qual permite a conjuração. Um mago netherense
chamado Karsus buscou roubar o poder divino de Mystryl. Para
impedir certa perdição de recair no mundo material, Mystryl se
sacrificou para impedir Karsus de alcançar seu objetivo. Após seu
sacrifício, Mystryl foi reencarnada como Mystra e é agora adorada por
toda Faerûn. Para mais informações sobre Netheril e sua queda, veja
capítulo 7.
H7. Caverna Coberta de Detritos
À parte à torre inserida na parede oeste (veja área H6) e aos detritos
ao redor dela, esta caverna de 9m de altura está vazia. Uma escadaria
naturalmente formada a sudeste desce para a área H10.
Tekeli-li. Se Tekeli-li estiver escondido na área H6, o vampiro gnoll
passa pela parede da torre na forma de bruma, assume sua forma de
hiena Grande e ataca os personagens que ele cruzar pela caverna ou
que estiverem a até 3m da torre. Veja a seção “Tekeli-li” mais cedo
nesse capítulo para mais informações.
H8. Ativador do Olho Arcano
Uma tábua de pedra levemente inclinada e nivelada repousa no
centro dessa caverna com 6m de altura. Um lado é áspero, como se
a tábua fosse separada de uma estrutura maior. A tábua tem 2,4m
de comprimento, 1,2m de largura, 1,2m de altura e é coberta de gelo.
Raspar o gelo na tábua revela escritas em Dracônico gravadas em seu
topo, com um olho aberto esculpido sobre ela. Exame detido revela
que a pupila do olho é um botão de pedra que pode ser pressionado.
Uma magia detectar magia revela uma aura de adivinhação mágica ao
redor da tábua.
Se Professor Skant vir a escrita, o orbe professor informa aos
personagens que os netherenses usavam escritas em Dracônico (veja
a caixa lateral “Loross: A Língua Netherense”). Se os personagens não
souberem Dracônico, o Professor Skant pode traduzir o escrito a eles.
Ele diz:
“Faça a turnê autoguiada e gratuita por Ythryn. Pressione o olho
para conjurar a magia”.
Um personagem pode usar uma ação para pressionar o olho, usando
assim a tábua para conjurar a magia olho arcano. A magia permanece
por 1 hora ou até a concentração do personagem na magia se encerrar.
A tábua, a qual costumava funcionar sempre que o botão era
pressionado, está danificada. Assim que a magia for conjurada, a tábua
deixa de ser mágica.
Loross: A Língua Netherense
Loross, um idioma falado pelos netherenses, é uma língua morta. Bem
poucas criaturas no mundo hoje o reconheceriam, e menos ainda o
falam. Loross usava o alfabeto Dracônico em sua forma escrita,
enquanto o idioma falado tinha muitas similaridades com o Élfico,
devido à influência cultural que os elfos tiveram na civilização
netherense. Um personagem que falar Élfico pode compreender o que
uma criatura falando Loross está dizendo, e vice-versa. Um
personagem que tem o antecedente Acadêmico Recluso ou Sábio, ou
um bruxo que conheça a invocação Olhos do Guardião das Runas, pode
traduzir escritas em Loross sem um teste de habilidade.
H9. Cabeça de Golem
Deitada de lado no meio dessa caverna com 6m de altura está uma
enorme cabeça feita de ferro, com seus olhos incandescentes com
uma luz dourada.
Golens de ferro eram usados como sentinelas por toda Ythryn. Essa
cabeça é tudo o que resta de um golem que foi decapitado quando a
cidade desabou. Ele foi separado da cidade e de seu corpo desde então.
A magia potente usada na construção do golem manteve a cabeça
funcionando.
A cabeça não pode atacar ou usar seu Sopro de Veneno nesse estado,
nem pode falar. Ela se comunica piscando as luzes em seus olhos – uma
piscada para não, duas piscadas para sim, três piscadas para “Eu não
sei”. Ela compreende Élfico e Loross. Se os personagens não souberem
nenhum desses idiomas, o Professor Skant pode se comunicar com o
golem em Loross em nome deles.
Aqui estão exemplos de perguntas que o grupo poderia fazer, e as
respostas do golem:
• “Você sabe onde fica Ythryn?” (Não)
• “Você estava danificado quando a cidade caiu?” (Sim)
• “Há perigos adiante” (Eu não sei)
• “Outras criaturas passaram por essa caverna recentemente?” (Sim. O
golem está se referindo às crias de vampiro kobold que fazem covil nas
cavernas a leste).
H10. Pináculo Tombado
Essa caverna pode conter uma assombração psíquica (veja
“Assombrações Psíquicas”).
O topo de uma torre parcialmente despedaçada repousa de lado no
meio dessa caverna com 9m de altura. Longos sincelos estão
suspensos do teto sobre o pináculo tombado. A norte da torre está
um buraco com 4,5m de diâmetro no chão que parece ser a
extremidade superior de um túnel.
O buraco no chão é a abertura de um túnel liso como vidro criado pelo
remorhaz da área H24. Uma criatura que escorregar por esse
escorregadouro de gelo ganha velocidade o suficiente ao longo do
caminho para se propelir na piscina aquecida ao fundo, provocando o
remorhaz que está submerso nela. A criatura pode evitar esse destino
se, ao chegar no final do deslizamento, ela fizer um TR For CD 15 bem-
sucedido a fim de se conter de ir dentro da piscina.
O acesso à torre tombada pode ser feito através de sua lateral leste, a
qual está aberta embora cercada de destroços.
Tesouro. Escondido no interior do pináculo do sótão está um baú de
madeira com um trinco aparafusado de correr mantido firme pelo
gelo. Um personagem pode derreter o gelo do trinco usando uma tocha
ou outra chama exposta. A maioria das garrafas no interior do baú
foram quebradas na queda, mas duas poções de cura (superior)
sobreviveram.
H11. Morada das Sombras
Escadas naturalmente formadas sobem para a área H9 e descem para
a área H15. Uma passagem larga para o leste leva à área H13 com um
túnel ramificando para a área H12.
Doze sombras assombram essa caverna com 9m de altura. Elas vão
para cima dos membros do grupo, mas recolhem de qualquer
personagem que apresente um símbolo sagrado de Mystryl.
As sombras foram criadas a partir daqueles que sobreviveram à
colisão de Ythryn, tudo para encarar a fome. Guiados pela loucura por
causa do trauma e da fome, o grupo de sobreviventes se voltaram ao
canibalismo. Essas vítimas se ergueram como sombras a fim de se
vingarem dos últimos membros sobreviventes do grupo, e seu ódio se
estende às outras criaturas vivas também.
Tekeli-li. Se Tekeli-li estiver escondido na área H6, o vampiro gnoll
ataca os personagens na sua forma de hiena Grande assim que as
sombras estiverem sendo enfrentadas.
H12. Maldição da Fome
Essa caverna com 6m de altura afunila numa extremidade sem
saída. Uma dúzia de esqueletos humanos cobertos de gelo se
encontram no chão irregular, mas seus crânios parecem estar
faltando.
Os esqueletos congelados são os restos dos canibais netherenses cujas
sombras assombram a área H11. Os personagens que rasparem o gelo
e examinarem os ossos veem marcas de dentes neles. Os crânios
faltando foram levados pela cria de vampiro kobold e alocado na área
H20.
Um trauma psíquico terrível permeia nessa caverna, fazendo com que
qualquer criatura que entrar nela se sinta intensamente esfomeada,
mesmo após deixar a caverna. Comer um punhado de comida afasta a
fome da criatura por 1 hora. Se sua fome não for saciada dentro de 1
minuto, a criatura deve passar num TR Cons CD 15 ou ganha um nível
de exaustão. O TR deve ser repetido a cada hora até a criatura passar
ou morrer, ou até o efeito ser encerrado nessa criatura por magia que
possa remover uma maldição. Uma criatura que não necessitar de
comida automaticamente passa no TR. Assim que o efeito terminar
numa criatura, ela se torna imune ao trauma psíquico da caverna. Essa
imunidade não remove os níveis de exaustão adquiridos dos TRs
fracassados anteriores.
Tesouro. Um esqueleto no fundo da caverna veste um símbolo sagrado
de prata manchado, moldado como uma estrela de quatro pontas
(25po) ao redor de seu pescoço. Um teste bem-sucedido de
Inteligência (História) CD 15 o identifica como um símbolo sagrado de
Mystryl (veja a caixa lateral “Mystryl”).
H13. Caverna Cheia de Sincelos
Essa caverna tem um teto com 3m de altura coberto de sincelos que
quase tocam o chão, formando finas estalactites. Diversos desses
sincelos foram quebrados, deixando caminhos que levam às quatro
saídas da caverna – túneis estreitos a leste e sul, e túneis mais largos
a oeste e nordeste.
Latidos e ganidos em alto tom ecoam por toda a caverna, mas vocês
não podem dizer de qual direção os sons vêm.
Os sincelos são mais uma incômodo do que um obstáculo e podem ser
facilmente quebrados, embora esmaga-los cria barulho o bastante
para alertar as criaturas na área H17.
Em razão da acústica da caverna, os personagens devem estar a até
1,5m do túnel leste para discernir que os latidos e ganidos vêm dessa
direção. O túnel leste tem uma escadaria cheia de destroços descendo
para a área H17. Uma escadaria similar no túnel sul desce para a área
H16.
H14. Esculturas de Gelo
Olhando nessa caverna com 3m de altura, vocês ficam cara-a-cara
com um arsenal de esculturas de gelo pequenas e disformes.
Adicione o seguinte se os personagens não tiverem confrontado a cria
de vampiro kobold na área H17:
Um barulho de ganido incessante preenche a caverna, originando-
se de um túnel na parede sul que contém uma escadaria cheia de
destroços descendo na escuridão.
Abarrotando o interior dessa caverna estão 20 esculturas de gelo com
90cm de altura que a cria de vampiro kobold fez para assustar e
amedrontar os intrusos. Cada estátua é esculpida à vaga semelhança
de um kobold, a qual um personagem pode discernir com um teste
bem-sucedido de Sabedoria (Intuição) CD 10.
Cada escultura de gelo é um objeto Pequeno que pesa cerca de 20 kg e
tem CA 13, 5 PVs, vulnerabilidade a dano contusivo e de fogo, e
imunidade a dano de frio, venenoso e psíquico. Esmagar qualquer uma
dessas esculturas alerta a cria de vampiro kobold na área H17.
H15. Perdição de Drakareth
Esse local consiste de múltiplas áreas:
• Uma caverna vazia a nordeste tem um teto domado com 6m de altura,
escadas naturalmente formadas subindo para a área H11, e um túnel
estreito levando a leste na direção das áreas H16 e H22.
• Uma caverna a sudoeste tem um teto irregular que varia em altura
de 4,5 a 9m. Uma aparição chamada Drakareth assombra essa caverna,
a noroeste da qual estão três cistos bloqueados por paredes espessas
de gelo. O cisto mais a norte contém os restos terrenos e tesouro de
Drakareth (veja “Tesouro” abaixo).
Quando um ou mais personagens entrarem na caverna da aparição,
leia:
Um suspiro profundo vem da escuridão. Uma voz mergulhada de
malevolência e ódio sussurra para vocês num idioma reminiscente
do Élfico.
A aparição fala Loross, o qual o Professor Skant pode traduzir se
necessário. Suas palavras são as seguintes:
“Amaldiçoados são aqueles que olham pelo horror que Drakareth se
tornou. Tal promessa desperdiçada, perdido nesse sepulcro gélido!
Onde estavam vocês há séculos quando ele estava no seu melhor em
vida? Onde estavam vocês quando a escuridão frígida o consumiu?
Vocês não são nada bons a Drakareth agora! Nada resta dele a não
ser ossos congelados, tesouros antigos e eu”.
Drakareth era um mago netherense que sobreviveu à queda de Ythryn,
assassinou seus rivais feridos e roubou seus grimórios e itens mágicos.
Ele esperava escapar com seus tesouros recém-encontrados, mas
pereceu de exaustão e frio, erguendo-se como uma aparição. A
aparição busca destruição de todos os que entrarem nessa câmara. Se
for expulso ou reduzido a 20 PVs ou menos, a aparição recua ao cisto
gélido que contém os restos congelados de Drakareth, passando pelas
paredes de gelo interpostas para chegar até lá. Lá, ele luta até o final
derradeiro.
As paredes de gelo que separam os cistos menores da caverna maior
são espessos o bastante para serem opacos, mas os personagens
podem seguir os quebrando. Cada seção de parede com 1,5m
quadrado e 30cm de espessura tem CA 13, 18 PVs, vulnerabilidade a
dano de fogo e imunidade a dano de frio, venenoso e psíquico.
Tesouro. Além das três paredes de gelo, no cisto mais a norte, está o
esqueleto coberto de gelo de Drakareth, vestido num manto de
resistência à magia e cercada por restos apodrecidos de seis grimórios
revestidos em couro e antigos que não são mais legíveis e uma bola
rachada de cristal que não é mais mágica. Agarrado nas mãos do mago
morto está um cajado do encantamento estilizado a partir de chardalyn
impregnado com magia maligna netherense.
Qualquer um que sintonizar-se ao cajado de Drakareth ganha o
seguinte defeito, a qual se sobrepõe a qualquer traço de personalidade
conflitante: “Eu gosto de dar ordens e espero ser obedecido”. Esse
defeito dura até a sintonização terminar.
H16. Caverna de Gelo
Embora essa caverna esteja vazia, ela pode conter uma assombração
psíquica (veja “Assombrações Psíquicas”).
Essa caverna de gelo tem o teto domado com 7,5m de altura enfeitado
com sincelos. Uma escadaria cheia de destroços sobe para a área H14,
e uma abertura no meio da parede sul ramifica num túnel conectando
as áreas H15 e H22.
Hospedeiro Slaad. Se um dos personagens tiver o segredo do
Hospedeiro Slaad (veja apêndice B) e a larva slaad ainda não tiver
nascido ou sido destruída, ela salta do peitoral do personagem nessa
caverna.
H17. Morada da Cria de Vampiro
Os latidos e ganidos diminuem à medida em que vocês descem as
escadas para essa caverna na qual permeia o fraco bafo de morte.
Cinco crias de vampiro kobold habitam aqui. Adiciona uma sexta se a
da área H4 estiver escapado e feito seu caminho para cá. Essas
criaturas têm sentidos aguçados e sabem quando criaturas vivas estão
por perto. Elas usam o traço delas de Escalada de Aranha para se
agarras às paredes e se lançarem no primeiro personagem que entrar
em seu covil. Os vampiros lutam até dois ou mais de seu número forem
mortos, de onde o resto recua para a área H19 para fazer seu
posicionamento final. O Professor Skant reconhece as criaturas como
vampiros e sabe de suas fraquezas.
Tirando os vampiros, a caverna fica vazia. O teto com 6m de altura é
enfeitado com sincelos.
Fedor da Morte. Um túnel a sul contém uma escadaria que desce para
a área H19. O fedor de morte fica maior conforme alguém desce essas
escadas.
H18. Golens de Neve
Essas áreas têm pisos irregulares e escorregadios. Quantidades de
sincelos estão suspensos nos tetos, os quais variam em altura de 4,5 a
9m.
Caverna a Sul. Escadas naturalmente formadas descem à caverna
mais a sul. Descreva seu conteúdo da seguinte maneira:
Essa caverna sem saída contém meia-dúzia de montes de neve que
se erguem e assumem vagamente formas de bípedes. Sorrisos largos
parecem estar em suas cabeças de outra forma sem traços.
Essas criaturas são seus golens de neve. Eles são hostis a todos os
invasores, mas não perseguem os intrusos para além dos confins das
três cavernas que compõem a área H18.
H19. Morada da Morte
Essa caverna com 9m de altura fede à morte. O chão é escorregadio
e levemente côncavo.
Se Tekeli-li estiver aqui, o vampiro gnoll se espreita na lateral da
caverna mais a norte. Quando um ou mais intrusos entrarem em sua
morada, Tekeli-li emerge dessa caverna menor em sua forma de gnoll
e ataca. Veja a seção “Tekeli-li” mais cedo nesse capítulo para mais
informações. Qualquer cria de vampiro kobold que tiver recuado para
essa caverna ficam escondidas na lateral da caverna mais a nordeste.
Eles juntam em qualquer inimigo que Tekeli-li escolher atacar.
Gelo Escorregadio. O piso gélido é terreno difícil. Quando uma
criatura se mover no gelo pela primeira vez num turno, ela deve passar
num teste de Destreza (Acrobacia) CD 10 ou fica caída.
Fedor de Morte. Uma escadaria naturalmente formada na parede mais
a sul desce para as áreas H20 e H21. O fedor de morte se intensifica
quanto mais perto alguém chega da área H20.
H20. Cripta de Gelo
O fedor mortal se origina dessa caverna com 3m de altura, onde uma
dúzia de crânios humanos circundam um pilar de gelo. Uma grande
cavidade foi aberta no pilar, como se algo tivesse saído de dentro
dele.
Essa é a câmara onde Tekeli-li ficava dormente, encoberto em gelo, até
os personagens abrirem as Cavernas da Fome com a “Geada da
Donzela Gélida” e despertarem-no. As crias de vampiro kobold
encontraram os crânios humanos na área H12 e os alocaram na base
do pilar para demonstrarem devoção a Tekeli-li.
Uma busca por essa caverna não revela nada de valor, posto que
Tekeli-li não tem nenhum interesse em tesouro.
H21. Gigante do Gelo Congelado
Entumbado no piso gélido dessa caverna com 6m de altura está o
corpo bem-preservado e congelado de um gigante do gelo. Marcas
de arranhão no gelo sugerem uma tentativa hesitante de escavar os
restos.
Um gigante do gelo chamado Vlagomir estava andando pela geleira
quando Ythryn desabou para sua perdição. O gigante foi esmagado à
morte à medida em que a cidade netherense mergulhou numa fenda
profunda e ficou enterrada sob toneladas de gelo.
Os personagens podem alcançar o corpo do gigante ao lascar 60cm de
gelo. Se o fizerem, eles descobrem que o gigante não tinha nada de
valor. As marcas de arranhão no gelo foram feitas pelas crias de
vampiro kobold que buscavam por comida no corpo, mas rapidamente
se cansaram de escavar pelo gelo sólido.
H22. Poço Artesiano
Essa caverna pode contém uma assombração psíquica (veja
“Assombrações Psíquicas”).
Essa caverna com 9m de altura tem saídas a norte e sul. Ao longo da
sua lateral oeste há um buraco no chão com 4,5m de diâmetro que
parece ser a extremidade superior de um túnel.
Os escorregadouro de gelo desce para a área H23.
H23. Ninho do Remorhaz
Essa caverna bulbosa tem paredes tão lisas quanto o vidro e um teto
alinhado com sincelos gotejantes. Um punhado de vapor se eleva de
uma piscina quase circular na metade a norte da caverna. A sul da
piscina está uma cratera rasa cheia de bolas de neve aumentadas.
Os dois remorhazes jovens se espreitam no fundo da piscina, a qual
tem 4,5m de profundidade. Seu sentido sísmico os alerta da presença
de intrusos, e eles atacam imediatamente.
Os corpos das criaturas aquecem a piscina, fazendo com que ela libere
vapor. A água não é quente o bastante para causar dano. Sem o calor
do corpo de um remorhaz para manter a água quente, a superfície de
uma piscina congela ao longo de 1 hora. Após 24 horas, a piscina fica
solidamente congelada.
“Essa torre parece ser de construção netherense. Não fosse pelas
rachaduras e buracos, a pedra seria lisa como o vidro, moldada por
magia arcana!”
Tekeli-li. Se Tekeli-li estiver aqui, o vampiro gnoll fica na forma de
bruma, escondido no vapor. Os personagens podem sentir o vampiro
apenas se eles tiverem magia que detectem a presença de um morto-
vivo. Conforme os remorhazes jovens engajam nos personagens em
batalha, Tekeli-li assume sua forma gnoll e se une à luta, mantendo
distância dos remorhazes. Veja a seção “Tekeli-li” mais cedo nesse
capítulo para mais informações.
Ovos. As “bolas de neve” na cratera rasa são seis ovos de remorhaz
não-chocados, cada qual congelado ou parcialmente inserido no chão
gélido. Cada ovo é um objeto Médio com CA 13, 6 PVs e resistência a
dano de fogo e frio. Reduzir um ovo a 0 PVs mata o remorhaz não-
nascido no interior dele. Se deixado em paz, os ovos não vão rachar até
eles serem alocados numa piscina aquecida por um período de 4d6
dias.
Tesouro. Um ovo de remorhaz não-danificado pode ser vendido a um
comprador interessado em Bryn Shander por até 500po.
H24. Mãe Remorhaz
Essa enorme caverna tem paredes vítreas e um teto domado e liso
12m acima. A caverna contém duas piscinas grandes, ambas as
quais com vapor se elevando a partir delas.
Cada piscina tem 4,5m de profundidade. Submerso na piscina mais a
norte está uma remorhaz totalmente crescida enrolada ao redor de um
agrupamento de oito ovos de remorhaz, os quais parecem bolas de
neve aumentadas à distância (veja área H23 para mais informações
sobre ovos de remorhaz). Um remorhaz jovem está submerso na
piscina mais a sul e ansiosamente se une a qualquer batalha
envolvendo sua mãe. O sentido sísmico dos remorhazes os alerta da
presença dos intrusos.
Os corpos dos remorhazes aquecem as piscinas, fazendo com que o
vapor se eleve a partir delas. A água não é quente o bastante para
causar dano. Sem o calor do corpo de um remorhaz para manter a água
quente, a superfície de uma piscina congela ao longo de 1 hora. Após
24 horas, a piscina fica sólida e congelada.
Para o Subterrâneo
A oeste da área H24, um túnel de remorhaz desce para o Subterrâneo.
O deslizamento se estende por 1,5 km sob a geleira antes de ramificar
numa caverna de pedra iluminada por musgo bioluminescente
crescendo nas paredes. A bioluminescência é persistente por todo o
Subterrâneo, e está claro para os personagens que acabarem lá que
eles não estão mais no caminho de encontrar Ythryn. Suas únicas
opções são retornar às Cavernas da Fome ou continuar explorando o
Subterrâneo. A última opção está além do escopo dessa aventura.
H25. Cavernas Laterais Vazias
Embora essas cavernas estejam vazias, uma ou ambas podem conter
uma assombração psíquica (veja “Assombrações Psíquicas”).
Cada caverna tem um teto que varia em altura de 3 a 6m.
H26. Caverna em Forma de Ovo
Essa caverna pode conter uma assombração psíquica (veja
“Assombrações Psíquicas”).
Essa câmara se eleva a uma altura de 12m e tem a forma parecida
com um ovo. O chão é levemente côncavo e afunda em direção a um
buraco no chão com 4,5m de diâmetro que parece ser a extremidade
superior de um túnel.
O escorregadouro de gelo desce para a área H36.
H27. Plataforma de Observação Oeste
Agarrando-se ao teto com 9m de altura dessa caverna está uma
floresta de sincelos, alguns dos quais cresceram a um comprimento
de 1,5m ou mais. Inserida na parede sul está uma construção
domada e cilíndrica feita de pedra negra sem emendas e decorada
com constelações fracamente brilhantes. Estátuas de magos
humanos cobertas de gelo ficam de pé em frente a essa construção,
observando o lado de fora do topo de pedestais de pedra com 90cm
de altura. A construção e as estátuas estão erguidas por uma
plataforma de pedra encurvada com 1,5m de altura encoberta por
uma parede baixa, com degraus de pedra subindo até ela.
Veja a área H28 para uma descrição sobre o interior da construção de
pedra. As constelações na parede de fora da construção emitem luz
fraca num alcance de 4,5m – longe o bastante para iluminar por trás as
estátuas cobertas de gelo que a circundam.
Estátuas. O Professor Skant pode asseverar que as estátuas foram
esculpidas por magia e que, dada suas vestes, elas exibem magos
netherenses. Um personagem pode fazer o mesmo com um teste bem-
sucedido de Inteligência (História) CD 15.
Escondidos atrás das duas estátuas mais a oeste estão dois
combatentes de elite drow chamados Meldirn e Tlaknar. Eles
conjuram magias de fogo das fadas nos intrusos antes de atacar com
suas bestas de mão. Eles são logo acompanhados por Yilsebek, o mago
drow na área H28, que tenta engolfar o máximo de inimigos possíveis
com sua magia de névoa mortal. Para mais informações sobre os drow
e porque eles estão aqui, veja área H28.
Se houver muitos inimigos para os drow lidarem por conta própria,
Yilsebek tenta invocar um demônio das sombras para ajudar. Se a
derrota for inevitável, Yilsebek conjura voo em si mesmo, dirige-se
para cima no escorregadouro de gelo em direção à área H24, e foge de
volta para o Subterrâneo através dos túneis dos remorhazes, deixando
Meldirn e Tlaknar para se defenderem.
H28. Posto Avançado Drow
Muito dessa construção desmoronou, mas o aposento frontal está
intacto – e também livre do frio e do gelo. Os restos das mobílias
quebradas sugerem que o aposento certa vez serviu como a oficina
de um mago. Acima de uma mesa lascada está um cubo de enxofre
pequeno o bastante para caber numa mão. O ar ao redor do cubo
ondula, como se ele parece estar exalando calor seco o bastante
para aquecer o aposento.
Um mago drow chamado Yilsebek Dalambra transformou essa
construção netherense parcialmente desmoronada num posto
avançado. Daqui, ele pretende lançar uma expedição desenvolvida nas
ruinas de Ythryn, a qual ele e seus companheiros drow descobriram
há poucas semanas. Os drow entraram nas Cavernas da Fome
escalando um túnel de remorhaz que se conecta ao Subterrâneo.
Usando uma magia de enviar mensagem, Yilsebek pediu à mãe matrona
do seu lar para enviar reforços, mas eles estão há semanas de
distância.
Yilsebek não tem nenhum desejo de compartilhar sua descoberta
recente com rivais em potencial, nem confia nos habitantes da
superfície. Por essas razões, os personagens não podem persuadir
Yilsebek a unir forças consigo.
Tesouro. A fonte do calor do aposento é um cubo térmico que Yilsebek
encontrou durante sua última incursão dentro de Ythryn.
Yilsebek carrega uma sacola de seda de aranha que contém seu
grimório (descrito abaixo), um broche em forma de aranha feito de
obsidiana e gravado com o símbolo da Casa Dalambra (25po), e uma
garrafa semivazia de Elverquisst (um licor élfico raro de cor rubi
destilado a partir do pôr-do-sol e de fruitas de verão raras). O
Professor Skant reconhece o Elverquisst de vista, posto que ele é um
especialista na produção dele. Os personagens elfos também o
reconhecem.
O grimório de Yilsebek tem capa de couro negra e páginas feitas de
folhas de trillimac (um fungo do Subterrâneo). O livro contém as
seguintes magias: 1) armadura arcana, compreender idiomas, detectar
magia, escudo arcano, mísseis mágicos, raio de bruxa 2) alterar-se,
passo nebuloso, sugestão, teia 3) enviar mensagem, relâmpago, voo 4)
fabricar, invisibilidade maior, tentáculos negros de Evard 5) névoa
mortal.
H29. Plataforma de Observação Leste
Se os personagens já não forem familiares com as estruturas descritas
nas áreas H27 e H28, use a seguinte caixa de texto para descreve-las:
Sincelos se agarram no teto com 6m de altura dessa caverna de gelo.
Inserida na parede sul está uma construção circular domada feita
de pedra negra sem emendas e decorada por constelações
fracamente brilhantes. Uma estátua de mago humano coberta de
gelo está de pé do lado de fora dela, olhando para fora acima de um
pedestal de pedra com 90cm de altura. A construção e a estátua
repousam numa plataforma de pedra encurvada com 1,5m de
altura encoberta por uma parede baixa.
Degraus de pedra cobertos de gelo descem da plataforma de pedra ao
chão gélido da seção mais a norte da caverna, conforme mostrado no
mapa 6.1.
Auril a Donzela Gélida transformou dez dos sincelos que se agarram
ao teto em criaturas que lembram perfuradores. Elas usam a ficha de
perfurador, têm imunidade a dano de frio, e causam 3d6 dano
perfurante mais 3d6 dano de frio num acerto. Os drow nas áreas H27
e H28 estão cientes dos perfuradores de gelo, tendo os visto
rastejarem ao longo do teto, e fazer o seu melhor para os evitar.
H30. Fagulha de Vlagomir
Essa caverna tem um teto com 4,5m de altura e uma caverna menor
sem saída nos fundos dela. Saindo do chão da caverna maior num
ângulo de 60 graus está uma lança de madeira de tamanho gigante
com sua ponta de obsidiana apontando para cima. A arma brilha
com uma luz gélida e fraca.
A lança tem 7,5m de comprimento, mas apenas sua metade de cima
está visível; o resto dela está alojado no chão gélido. Puxá-la para fora
requer uma ação e um teste bem-sucedido de Força (Atletismo) CD 23.
Tesouro. A lança pertenceu a um gigante do gelo chamado Vlagomir,
cujos restos podem ser encontrados na área H21. O gigante era um
caçador de dragões brancos e um Escolhido de Thrym, o deus maligno
dos gigantes do gelo. Quando Vlagomir morreu, sua fagulha de
combatente foi vinculada à lança. A primeira vez que um bárbaro,
guerreiro, monge ou patrulheiro tocar a lança, a luz ao redor da lança
se esvai à medida em que a fagulha de Vlagomir concede o seguinte
encanto sobrenatural ao personagem (veja “Dádivas Sobrenaturais”
no Guia do Mestre):
Fagulha de Vlagomir. Você ganha 30cm de altura a cada hora e se
torna proporcionalmente mais pesado até você obter 6,3m de altura e
pesar 3.850 kg. Quando você tiver 2,7m de altura, sua Força se torna
19 a menos que ela já seja maior. Para cada 90cm adicionais de altura
que você ganhar, sua Força aumenta em 1, até um máximo de 23. A
armadura e vestimenta que você estiver vestindo e armas que você
estiver carregando aumentam magicamente no tamanho
correspondente ao seu crescimento. Se você for o alvo de uma magia
restauração maior ou mágica similar, esse encanto desaparece de você,
e você imediatamente diminui de volta ao tamanho normal, junto de
qualquer armadura, roupa e armas em sua posse.
H31. Coisa no Gelo
Uma camada nivelada de gelo nebuloso forma uma parede dessa
caverna com 12m de altura. Algo obscuro e gigantesco se altera
atrás da parede, com seus tentáculos balançando desimpedidos.
Vocês ficam cientes de que não estão sozinhos dentro de suas
mentes. De alguma maneira, esse horror de um outro mundo entrou
aos poucos dentro de vocês.
Algo além da compreensão mortal existe parcialmente no interior da
parede de gelo e parcialmente dentro de algum semiplano horrível e
distante. Conforme essa entidade transcendental observa dentro da
caverna, os visitantes correm o risco de perder sua sanidade à sua
influência.
Qualquer criatura que chegar a até 6m da parede de gelo é mirada por
uma magia de dominar monstro (CD 15). A entidade pode se
concentrar em até 10 dessas magias de uma vez. Qualquer criatura que
tiver sucesso no TR contra a magia resiste a ela e não pode ser mirada
por esse efeito novamente. Numa falha, a criatura fica perfeitamente
calma e não faz nada enquanto a entidade alienígena sondar sua mente
por 1 hora. Se uma criatura permanecer sob o efeito da magia pela
duração total, ela deve fazer um TR Int CD 15 ao final da hora, sofrendo
8d10 dano psíquico numa falha, ou metade desse dano num sucesso.
O TR sendo bem-sucedido ou falhado, uma criatura sujeita à sondagem
com 1 hora de duração também ganha uma forma determinada
aleatoriamente de loucura de longo-prazo, determinada rolando na
tabela de Loucura de Longo-Prazo do Guia do Mestre.
A parede de gelo tem CA 13, vulnerabilidade a dano de fogo, e
imunidade a dano de frio, venenoso e psíquico. Se a parede sofrer 50
pontos de dano ou mais, rachaduras grandes se formam ao longo de
sua superfície, e a entidade alienígena recua para dentro de seu
semiplano distante, nunca mais retornando. Conforme ela recua, suas
magias de dominar monstro se encerram.
H32. Caverna Espelhada
Cada superfície dessa caverna com 6m de altura está polida a um
acabamento espelhado, tanto que vocês são encarados com
incontáveis reflexos distorcidos de si mesmos. Sua cabeça gira
conforme vocês tentam manter seus rumos.
Se Tekeli-li estiver aqui, adicione:
Agachado no meio da caverna está um gnoll magro com olhos
vorazes e o fedor dos mortos vindo dele. A criatura não produz um
reflexo.
Rolagens de ataque ranged feitas nessa caverna têm desvantagem em
razão dos reflexos desorientadores. Se Tekeli-li estiver aqui, o vampiro
gnoll usa sua Gargalhada Assustadora primeiro, e então mira nos
inimigos com seu Olhar do Adoecimento até um ou mais deles se
aproximar ao alcance melee. Veja a seção “Tekeli-li” mais cedo nesse
capítulo para mais informações sobre as táticas de Tekeli-li.
Hospedeiro Slaad. Se um dos personagens tiver o segredo do
Hospedeiro Slaad (veja apêndice B) e a larva slaad ainda não tiver
nascido ou sido destruída, ela salta do peitoral do personagem quando
o personagem entrar nessa caverna.
H33. Observador nas Paredes
Essa caverna em forma de U com 4,5m de altura parece vazia à
primeira vista, mas uma batida repentina atrai sua atenção à
parede oeste, dentro da qual está presa uma figura num robe negro
com um rosto dourado.
Uma múmia vestida num robe negro maltrapilho e vestindo uma
máscara de face dourada está presa na parede mais a oeste e não tem
nenhuma maneira de se libertar do gelo. A múmia foi criada pelos
sacerdotes netherenses a fim de servir como guardiã de conhecimento
de Ythryn.
A seção de gelo que prende a múmia tem CA 13, 22 PVs,
vulnerabilidade a dano de fogo, e imunidade a dano de frio, venenoso
e psíquico. Se a parede for reduzida a 0 PVs, a múmia é libertada e faz
seu caminho para a área H39 e de lá para a biblioteca de Ythryn (área
Y9 no capítulo 7). Ela ignora os personagens, a menos que eles
interfiram nisso.
Tesouro. A máscara dourada da múmia (750po) é um objeto de arte
netherense.
H34. Detritos da Cidade
Essa caverna pode conter uma assombração psíquica (veja
“Assombrações Psíquicas”).
Grandes pedaços de pedra se projetam do teto com 6m de altura
dessa caverna vazia.
Os fragmentos de pedra são pedaços de Ythryn que se assentaram no
gelo. Qualquer personagem que examinar a pedra e fizer um teste
bem-sucedido de Inteligência (História) CD 15 discerne sua natureza
verdadeira (o traço de Especialista em Pedra de um anão pode se
provar útil aqui). Se o teste obtiver sucesso, o personagem pode
confirmar que a pedra não é nem naturalmente formada nem detritos,
mas em vez disso moldada por magia.
H35. Cubo Misterioso
No chão no meio dessa caverna com 4,5m de altura está um cubo de
2,4m de pedra lisa verde-acinzentada que está livre do gelo.
O cubo de pedra é um mímico cuspidor. Qualquer coisa que toca o
mímico automaticamente se adere a ele, e uma criatura Enorme ou
menor aderida ao mímico fica também agarrada por ele (CD 16 para
escapar). O mímico brota pseudópodes e ataca se for tocado,
prejudicado ou de outra maneira perturbado.
H36. Bosque Congelado
Se os personagens chegarem até aqui e ainda não tiverem encarado
Tekeli-li, o vampiro gnoll os confronta aqui em sua forma de hiena
Grande.
Um bosque de árvores cobertas de gelo preenche essa caverna com
15m de altura, o chão da qual é uma mistura de terra e gelo. Por
alguma magia ou milagre, as árvores estão vivas, com suas copas
espessas com folhas gélidas, seus ramos carregando peras púrpuras
que se sustentam como ornamentos. Uma parede baixa, quebrada
em vários lugares, faz seu caminho pelo bosque, o qual é circundado
por seis saídas.
Esse bosque de pereiras foi encantado por arcanistas netherenses
para resistir a altas altitudes e ao clima difícil. Essa magia permitiu às
árvores florescer mesmo nessas cavernas gélidas. Essencial à
sobrevivência do bosque é uma dríade chamada Hathowyn, que reside
na árvore mais a sul. Se a dríade morrer, as árvores morrem 1d10 dias
depois. Séculos de isolamento deixou Hathowyn solitária, e a dríade
anseia por conversar e companhia.
Se Tekeli-li estiver presente, Hathowyn permanece escondida em sua
árvore até o vampiro gnoll sair ou ser destruído. Tekeli-li nunca viu a
dríade e não tem ciência da presença dela. Se for dada a chance,
Hathowyn tenta engajar numa conversa com os personagens, falando
em Élfico ou Silvestre. Ela espera mantê-los no bosque o máximo de
tempo possível. Se os personagens tentarem sair, Hathowyn tenta
encantar um deles a ficar e manter-se de companhia a ela. A dríade
sabe as seguintes informações:
• Magia netherense vincula a dríade ao bosque e mantém as árvores
vivas.
• As peras suspensas nas árvores são magicamente deliciosas.
• Três elfos negros passaram pelo bosque da dríade em múltiplas
ocasiões, indo e vindo através das passagens sudoeste e sudeste
(levando às áreas H29 e H39). Hathowyn não falou com eles com medo
de eles lhe fazerem mal.
• Criaturas estranhas de um olho se espreitam na caverna a sul (área
H37). Elas seguiram os elfos negros de cima a baixo após a última
incursão deles na passagem sudeste.
Peras Púrpuras. Cada árvore tem 3d6 peras maduras suspensas em
seus ramos, muitas das quais dentro do alcance. Qualquer criatura que
comer mais de metade de uma pera púrpura ganha o benefício de um
encanto especial (veja “Dádivas Sobrenaturais” no Guia do Mestre).
Determine o encanto aleatoriamente rolando um d20 e consultando a
tabela abaixo. Esse encanto deve desaparecer de uma criatura antes
de ela poder ganhar quaisquer outros encantos ao comer peras
púrpuras. Uma criatura que comer três ou mais peras púrpuras dentro
de 1 hora fica envenenada pelas 24 horas seguintes e sofre cólicas
doloridas até a condição terminar.
d20 Encanto Sobrenatural
Encanto da Arte Druídica. Esse encanto lhe permite
conjurar o truque druidismo com uma ação, sem requerer
1-2
componentes. Uma vez usado três vezes, esse encanto
desaparece de você.
Encanto de Zombaria Perversa. Esse encanto lhe permite
conjurar o truque zombaria perversa (versão de nível 5;
3-5
CD 15) com uma ação. Uma vez usado três vezes, esse
encanto desaparece de você.
Encanto da Invisibilidade. Esse encanto lhe permite
conjurar a magia invisibilidade com uma ação, sem
6-8
requerer componentes. Uma vez usado três vezes, esse
encanto desaparece de você.
Encanto de Enviar Mensagem. Esse encanto lhe permite
conjurar a magia enviar mensagem com uma ação, sem
9-11
requerer componentes. Uma vez usado, esse encanto
desaparece de você.
Encanto de Curar Ferimentos. Esse encanto lhe permite
conjurar a magia curar ferimentos (versão nível 3) com
12-14 uma ação, sem requerer componentes. Sua habilidade de
conjuração para esse encanto é Sabedoria. Uma vez
usado, esse encanto desaparece de você.
Encanto de Relâmpago. Esse encanto lhe permite conjurar
a magia relâmpago (CD 15) com uma ação, sem requerer
15-17
componentes. Uma vez usado, esse encanto desaparece
de você.
Encanto da Purpuromancia. Esse encanto lhe permite
conjurar a magia fogo das fadas (luz violeta apenas; CD
18-19 15) com uma ação bônus em vez de uma ação, sem
requerer componentes. Uma vez usado três vezes, esse
encanto desaparece de você.
Encanto da Restauração. Esse encanto tem 6 cargas. Você
pode usar uma ação para gastar algumas de suas cargas e
conjurar uma das seguintes magias: restauração maior (4
20
cargas) ou restauração menor (2 cargas). Assim que todas
as suas cargas forem gastas, esse encanto desaparece de
você.
H37. Intuições Estranhas
Amontoados juntos na extremidade oeste dessa caverna com 3m de
altura estão quatro criaturas curvadas com as costas espinhosas e
garras afiadas. Cada uma olha para vocês com um único olho sem
piscar.
Esses quatro nóticos, habitantes malignos de Ythryn, seguiram
Yilsebek e seus companheiros drow tão longe quanto o bosque da
dríade (área H36) antes de se refugiarem nessa caverna. Os nóticos
usam sua Intuição Estranha para catar segredos dos personagens. Eles
são relutantes em provocar um grupo de aventureiros bem-armados,
preferindo pegar uma presa solitária, mas se forem atacados, eles
respondem de igual forma.
Oferecer comida e bebida aos nóticos libera suas línguas, mas esses
falam e compreendem apenas em Loross. Eles podem também
escrever em escrita Dracônica. O Professor Skant pode servir como um
tradutor se nenhum dos personagens puder compreender os nóticos.
Avarice Seguindo
Guiada por visões de Levisto, Avarice segue os personagens à Geleira
Reghed. Pelo tempo em que os personagens chegam em Ythryn, a
maga tiefling e seus seguidores chegam nas Cavernas da Fome e mata
quaisquer combatentes da Tribo do Alce guardando a entrada. Avarice
então lidera sua trupe através das cavernas gélidas, marchando em
direção ao seu destino.
Mais informações sobre Avarice e seus seguidores são fornecidas no
próximo capítulo.
Tekeli-li Escapa
Se os personagens não matarem Tekeli-li, o vampiro gnoll sai das
Cavernas da Fome na forma de bruma e segue seu caminho pela tundra
sem sol, eventualmente encontrando um amplo suprimento de comida
nas Dez Cidades.

Os nóticos não têm nenhuma memória de sua humanidade perdida, e

qualquer informação que eles possam fornecer é truncada com
porções sem sentido. Os personagens que passarem num teste de
Sabedoria (Intuição) CD 12 podem captar as seguintes informações
dos nóticos após uma breve conversa:

• Iriolarthas, um poderoso arquimago netherense, vigia Ythryn. Ele

perdeu não apenas sua mente, mas muito do seu corpo também. Tudo
o que resta dele é um crânio humano flutuante.

• Mãos flutuantes gigantes feitas de força mágica vagam ao redor da

cidade.

• Mythallar de Ythryn não vão funcionar apropriadamente contanto

que o Fuso – um poderoso artefato datado de 40.000 anos atrás –
permanecer na cidade. O artefato está localizado dentro do pináculo
central da cidade.

• Você deve realizar um ritual para entrar no pináculo central de

Ythryn (os nóticos não se lembram como o ritual funciona, mas eles
lembram que pistas podem ser encontradas nas torres de arcanismo
espalhadas pela cidade).

• Em algum lugar em Ythryn está um pergaminho que pode invocar o

tarrasque.

H38. Cavernas de Gelo

Embora essas cavernas estejam vazias, uma ou mais delas podem

conter uma assombração psíquica (veja “Assombrações Psíquicas”).

As cavernas têm tetos com 6m de altura e pisos escorregadios.

H39. Passagem para Ythryn

Esse túnel de gelo corta pela geleira por quase 1,5 km antes de
terminar na grande caverna de gelo que contém Ythryn, descrita no
capítulo 7.

Hospedeiro Slaad. Se um dos personagens tiver o segredo Hospedeiro

Slaad e a larva slaad não tiver nascido ou sido destruída ainda, ela salta
do peitoral do personagem conforme o personagem desce esse túnel.

Concluindo
Assim que os personagens entrarem na área H39, eles podem seguir
seu caminho mais a fundo dentro da Geleira Reghed, onde a cidade
perdida de Ythryn os aguarda.

Perdição de Ythryn
Ythryn repousa nas profundezas silentes da Geleira Reghed. O gelo
encobre o enclave em todos os lados, embora a magia imbuída nesses
trabalhos de pedra a proteja da destruição completa. Ythryn é agora
uma cidade de corpos – uma tumba para aqueles que pereceram aqui
e uma armadilha de morte para aqueles que ousam explorar seus
salões glaciados e arruinados.
Rodando Esse Capítulo
Antes de rodar sua primeira sessão na necrópole, reveja as seções
“Iriolarthas o Demilich” e “A Queda de Ythryn” abaixo, bem como as
seções “Lidando com a Irmandade Arcana” e “Fúria de Auril” no final
do capítulo.
Avanço de Nível dos Personagens
Idealmente, os personagens estão no nível 9 quando entrarem pela
primeira vez em Ythryn. Você decide o quão rápido eles avançam de
nível. Trate o seguinte como sugestões:
• Os personagens ganham um nível após superar os desafios das oitos
torres de magia (áreas Y4, Y7, Y11, Y18, Y20, Y22, Y24 e Y26).
• Os personagens ganham um nível quando chegarem no sala de
estudos do Iriolarthas (área Y19q).
• Os personagens ganham um nível se eles conquistarem algo
extraordinário, como destruir Iriolarthas o demilich, todas as três
formas de Auril ou o obelisco na área Y21.
Se você seguir as sugestões acima, os personagens podem ir até o nível
12 na conclusão da aventura – uma consideração importante se você
pretender continuar a campanha para além dessa aventura.
Iriolarthas o Demilich
Iriolarthas, certa vez um poderoso lich e antes disso um mago humano
de Netheril, existe hoje como um demilich que assombra as ruinas de
Ythryn. Iriolarthas resiste como um crânio deteriorante que vaga por
sobre a necrópole em desespero solitário. Símbolos frágeis das oito
escolas de magia se formam sobre ele e rapidamente se dissipam.
Um demilich é o que se torna de um lich que negligencia o alimento de
almas em sua filactéria, e a filactéria de Iriolarthas tem estado vazia há
cerca de duzentos anos, enterrada sob os destroços de Ythryn longe do
alcance do demilich. Tendo perdido seu corpo e suas habilidades de
conjuração, o demilich sustenta a esperança de que outros magos
netherenses venha ao seu resgate, sem ciência de que o Império de
Netheril já não existe mais. Embora ele tenha estado preso em Ythryn
sob o gelo por séculos, o demilich tem um senso ruim de quanto tempo
se passou.
Quando confrontado por recém-chegados, o demilich assume que eles
são os seus resgatadores de um outro enclave netherense e espera
para ver o que eles fazem. O demilich não tem nenhum meio de
comunicação e não pode ser contactado telepaticamente, de modo que
ele julga que os recém-chegados em silêncio. Os personagens que
observarem Iriolarthas e passarem num teste de Sabedoria (Intuição)
CD 13 podem asseverar que o demilich está os observando
detidamente para ver como eles reagem aos seus arredores. Se o
demilich concluir, baseado em suas observações, que os personagens
não são uma equipe de resgate de um outro enclave netherense, ele
tenta destruí-los antes de eles poderem roubar quaisquer segredos de
Ythryn. O mesmo é verdadeiro sobre NPCs invasivos como os
membros da Irmandade Arcana. Um grupo pode enganar o demilich a
pensar que eles pertencem a Ythryn passando num teste em grupo de
Carisma (Enganação) CD 13. Se o teste em grupo for bem-sucedido,
Iriolarthas acredita que o grupo é o que finge ser; num teste em grupo
fracassado, o demilich vê através da enganação do grupo e se torna
hostil perante os personagens.
Se o demilich pensar que os personagens são resgatadores, dado como
eles aparentam e agem, ele os segue até algo acontecer para mudar a
sua ideia.
Embora ele careça de meios de se comunicar, o demilich fracamente
se lembra das circunstâncias que levaram à sua situação presente.
A Queda de Ythryn
Após usar o mythallar de Ythryn para erguer o enclave de Ythryn no
céu, Iriolarthas e seus aprendizes viajaram ao norte congelado em
busca das relíquias de Ostoria, um império passado de gigantes
portadores de magia que travaram guerra contra os dragões há 40.000
anos. Após muitas escavações frutíferas, eles encontraram um fuso
grande de pedra carregando símbolos estranhos na base do Mar do
Gelo em Movimento e o trouxeram de volta a Ythryn para estudar no
outono de -343 CV, o Ano da Medula Congelada. Durante um dos seus
experimentos, algo deu errado – um lampejo de poder do fuso fez com
que o mythallar de Ythryn desligasse, o que por sua vez fez com que a
cidade caísse do céu e colidisse dentro do gelo abaixo.
Os habitantes de Ythryn tiveram apenas alguns momentos de reagir à
medida em que a cidade caía. Iriolarthas conjurou uma porta para um
semiplano mágico e entrou nele a tempo. Conforme Ythryn se
assentava na sua sepultura gélida, toda a magia na cidade se desfez por
um breve período, como se algo estiverem tentando drená-la. O
semiplano expeliu Iriolarthas nesse instante, prendendo o lich em
Ythryn, e se transformando num semiplano vivo. Iriolarthas procurou
pelas ruinas da cidade por seu grimório e sua filactéria, recuperando
apenas o primeiro. Ele também encontrou diversos servos mágicos em
estase que sobreviveram à devastação, bem como um punhado de
aprendizes que usaram suas magias de maneiras engenhosas para
escapar da morte.
Alguns daqueles no interior tentaram fugir de Ythryn, mas o gelo
glacial bloqueou todas as rotas convencionais de fuga, e as tentativas
de sair por magia foram frustradas por um intercessor problemático:
o fuso misterioso na cidadela de Iriolarthas ainda estava produzindo
pulsos mágicos de energia para atrapalhar a conjuração. No momento
em que essa disrupção foi parada a 50 anos depois, o medo e a loucura
perverteu as mentes dos magos aprendizes, transformando-os em
nóticos. Enquanto isso, Iriolarthas ficou gradativamente enfraquecido
até, finalmente, o corpo esquelético do lich ter virado pó.
Destino de Netheril
O Império de Netheril cresceu há mais de 5.000 anos. Aqueles que
seguem o calendário do Cômputo dos Vales alocariam a data do
nascimento de Netheril em -3.859 CV.
O legado netherense começou com a descoberta dos Pergaminhos
Nether. Esses pergaminhos dourados e compridos ensinavam aos
arcanistas netherenses como portar magia para além de suas fantasias
mais selvagens. Levou séculos, mas os netherenses que dominaram o
poder dos Pergaminhos Nether se tornaram uma classe governante,
vivendo nas grandes cidades voadoras ou se refugiando em covis
remotos e subterrâneos.
Apesar de seu grande poder, os netherenses encararam uma ameaça
crescente. Sob o coração de seu império viviam aberrações
conjuradoras chamadas phaerimm. Usando sua habilidade para
drenar magia, os phaerimm começaram a desvendar a Trama, sem a
qual Netheril desmoronaria em ruínas. Em -339 CV, quatro anos após
a queda de Ythryn, o arcanista mais poderoso do império, Karsus,
tentou neutralizar a ameaça phaerimm conjurando uma magia de
poder sem paralelos que o permitiria substituir Mystryl como a deusa
da magia, dando a ele controle absoluto sobre a Trama. Mystryl se opôs
a Karsus num momento chave durante a conjuração da magia, um
talento que ela poderia alcançar apenas ao se sacrificar e rasgar a
Trama. Karsus foi morto instantaneamente, e por um período
posterior, muitas das criaturas do mundo estiveram ou sem magia ou
simplesmente inaptas a controla-la.
Sem grande magia para mantê-los no alto, as cidades voadores
restantes de Netheril colidiram com o chão, e muitos arcanistas que
sobreviveram ficaram loucos. Assim que a magia voltou ao uso, os
arcanistas netherenses não podiam mais conjurar suas magias mais
poderosas conforme faziam antes, forçando-os a recorrer ao
arcanismo tradicional. Quatrocentos anos após Karsus conjurar sua
magia, o império netherense deixou de existir – esmagado pelos seus
inimigos e desfeito por sua própria arrogância.
Nos Reinos Esquecidos, Netheril é o império definitivamente perdido.
Ele cresceu em estaturas sem paralelos, mas eventualmente caiu em
ruina. Se você já tiver jogado um jogo de ficção científica que inclua o
conceito de uma civilização altamente avançada e perdida, então você
pode começar a imaginar o que a antiga Netheril deve ter sido. Desse
império vieram muitos dos monstros temíveis, masmorras bizarras e
itens mágicos maravilhosos encontrados em Faerûn hoje.
Necrópole de Ythryn
Quando os personagens chegarem em Ythryn, leia:
O túnel se abre numa vasta gruta encoberta por gelo reluzente.
Consignado a esse sepulcro congelado está uma cidade fantástica
esculpida por magia antiga e iluminada de uma maneira
assombrosa por luzes verdes e púrpuras que não emitem calor. A
cidade é levemente inclinada, com seus pináculos inclinando-se para
longe de vocês como se recobrisse da sua presença.
Vocês se encontram acima de uma ponte de gelo que se estende em
direção à cidade como a língua gélida e morta de algum gigante
medonho para cuja boca vocês acabaram de dar um passo.
Mostre aos seus jogadores o mapa 7.1. A permissão é concedida para
fotocopiar esse mapa de jogador de necrópole para uso caseiro. O
mapa 7.2 é a versão do DM do mesmo mapa. Em razão da cidade ser
magicamente iluminada, os personagens podem ver quase tudo nela
de seu ponto vantajoso na ponte de gelo.
A maioria das construções da cidade está enfaixada em gelo e
arruinada pelo tempo. Muitos dos seus distritos foram pulverizados
quando Ythryn mergulhou dos céus, e o resto caiu por falta de reparos
nos séculos desde então. Use as informações abaixo e adicione vida a
essa cidade dos mortos amaldiçoada.
Habitantes da Necrópole
Ythryn é o lar para muitas ameaças. Seus habitantes mais importantes
estão resumidos abaixo:
• O demilich Iriolarthas habita no pináculo central (área Y19), mas
pode ser encontrado em qualquer lugar na necrópole.
• Magos que sobreviveram à queda de Ythryn, mas sucumbiram à
praga arcana (veja “Efeitos Mágicos” abaixo) se tornaram nóticos que
falam Loross em vez de Subcomum.
• Servos imortais conhecidos como magen incansavelmente realizam
suas tarefas ou esperam em silêncio por novas ordens.
• Magias vivas mortais guardam um punha de locais na cidade.
Encontros Aleatórios
Após cada hora que os personagens gastam explorando a cidade, ou
cada vez que os personagens conduzirem uma busca completa de uma
construção não-numerada no mapa, role um dado percentual e
consulte a tabela abaixo para determinar se o grupo tem um encontro
aleatório. Alguns encontros aleatórios tem variantes se Avarice ou
Auril estiver presente na necrópole (veja “Lidando com a Irmandade
Arcana” e “Fúria de Auril” no final do capítulo).
d100 Encontro
01-50 Nenhum encontro
51-55 Um intrépido das tumbas
1d3 mãos vivas de Bigby ou 2d4 fanáticos do culto
56-60
(Cavaleiros da Espada Negra) se Avarice estiver em Ythryn
1d3 mímicos cuspidores ou 1d3 vagantes da luz gélida se
61-65
Auril estiver em Ythryn
1d4+1 gárgulas ou um esqueleto de gigante do gelo
66-70 acompanhado de 1d3 lobos invernais se Auril estiver em
Ythryn
71-75 1d4+1 magen demos e 1d4 magen galvan
76-80 1d4+1 magen demos e 1d4 magen hypnos
1d6 nóticos (antigos magos netherenses) que falam Loross
81-90
em vez de Subcomum
Iriolarthas o demilich, com 1d3 nóticos que falam Loross em
vez de Subcomum trilhando atrás dele (o demilich usa os
91-00
nóticos para abrir e fechar as portas e limpar os obstáculos,
uma vez que ele não pode fazê-lo)
Efeitos Mágicos
Os seguintes efeitos mágicos estão presentes por toda a necrópole:
• Magias de chama contínua iluminam as lamparinas de rua, bem como
as áreas internas e externas das construções.
• Um encantamento poderoso estabiliza a gravidade de modo que
criaturas fiquem de pé mesmo se a cidade repousar num ângulo. Esse
encantamento se estende sobre o enclave num hemisfério cujo teto
tem 240m de altura.
• Humanoides que permanecerem na necrópole por muito tempo são
prováveis de contrair uma praga arcana (veja abaixo).
Praga Arcana
Qualquer humanoide que gastar 12 horas na necrópole deve passar
num TR Cons CD 15 ou contrai uma praga arcana. Essa doença mágica
transforma o humanoide num nótico, mas somente após a vítima
experienciar alucinações e sentimentos de isolamento e paranoia.
Outros sintomas incluem pele úmida, perda de cabelo e miopia (de
perto).
Um personagem de jogador infectado com a praga arcana ganha o
seguinte defeito: “Eu não confio em ninguém”. Esse defeito, o qual se
sobrepõe a qualquer defeito conflitante, é alimentado pelas desilusões
que são difíceis para o personagem distinguir da realidade. As
desilusões comuns incluem a crença de que aliados estão conspirando
para roubar as riquezas da vítima ou de outra forma se voltarem
contra a vítima.
Sempre que finalizar um descanso longo, um humanoide infectado
deve repetir o TR. Num sucesso, a CD para os TRs futuros contra a
praga arcana cai por 1d6. Se a CD do TR cair a 0, a criatura supera a
praga arcana e fica imune ao efeito numa exposição posterior. Uma
criatura que falhar em três desses TRs se transforma num nótico sob
o controle do DM. Apenas uma magia desejo ou intervenção divina
pode desfazer essa transformação.
Uma magia de restauração maior ou mágica similar encerra a infecção
no alvo, removendo o defeito e todos os outros sintomas, mas essa
magia não protege o alvo contra exposição futura.
Rito dos Oito Arcanos
Para passar pelo campo de força que circunda o Pináculo de Iriolarthas
(área Y19) e o mythallar de Ythryn (área Y23), você deve realizar o Rito
dos Oito Arcanos na porta de entrada do pináculo (área Y6). Para
aprender esse ritual, o grupo deve explorar oito locais na cidade e
traduzir as inscrições encontradas lá. Assim que as inscrições forem
traduzidas e montadas em ordem, os oitos passos do ritual ficam
claros:
Passo 1. Segurar uma varinha produzida a partir do Carvalho Nether
sobre seu coração.
Passo 2. Invocar uma chama em sua palma.
Passo 3. Falar um segredo sobre si mesmo em voz alta (os segredos
no apêndice B podem vir à tona aqui e no passo 4).
Passo 4. Compelir um outro a compartilhar um segredo com você.
Passo 5. Extinguir a chama no gelo.
Passo 6. Mascarar sua aparência.
Passo 7. Desenhar um círculo no chão usando as cinzas de um corpo.
Passo 8. Ficar de pé dentro do círculo e consumir veneno.
Esse ritual foi projetado para testar a aptidão mágica dos visitantes,
mas pode ser realizado sem conjurar magias. Por exemplo, um
aventureiro poderia acender um punhado de óleo de lamparina para
“invocar uma chama” (sofrendo 1 dano de fogo no processo). Qualquer
criatura que realizar todos os oito passos do ritual na ordem correta
fora do pináculo pode passar através do campo de força adiante.
Explorando as Ruinas
Conforme os personagens exploram a necrópole, chame a atenção dos
jogadores para quaisquer locais numerados que os personagens deles
podem ver; esses são tipicamente as construções mais intactas. A
menos que os jogadores digam o contrário, assuma que os
personagens exploram numa taxa cautelosa de 60m a cada 5 minutos.
Procurar num local não-numerado leva 30 minutos e requer um teste
para encontros aleatórios. Role uma vez na tabela abaixo para
determinar se os personagens encontram algo de valor no local.
d20 Tesouro
1-10 Nenhum tesouro
11 1d4 objetos de arte netherenses (250po cada)
12-14 1d4 peças de joalheria (100po cada)
15 Um globo de fluxo (ou um outro item mágico comum da
sua escolha)
16-20 Um friso que revela um pedaço de história de Ythryn
(determinado rolando um d20 e consultando a tabela
de Conhecimento abaixo)
Conhecimento de Ythryn
Conforme os personagens exploram Ythryn, eles tomam ciência de
uma imagem de como era a vida no enclave. Sempre que um local lhe
instruir a revelar algum conhecimento de Ythryn, role um d20 e se
refira à tabela de Conhecimento de Ythryn. Se você tirar um resultado
que tiver vindo antes, role novamente ou escolha um resultado
diferente.
d20 Conhecimento
Ythryn estava sob o comando de um lich chamado
1 Iriolarthas. Ele ficou obcecado em encontrar relíquias e
magia do passado antigo de Faerûn.
Ythryn era governada por um grupo de oito arcanistas
2 conhecidos como os Magos da Estrela de Ébano. Seus
nomes e faces foram imortalizados no museu da cidade.
Os criadores da cidade usaram mímicos gigantes como
3
ferramentas de construção e bestas de carga.
Magos aprendizes se graduavam na Casa do Arcano e se
4 uniam a uma das oito torres arcanas, cada qual dedicada
a uma escola diferente de magia.
Os magos de Ythryn eram entretidos por um esporte
5
competitivo chamado Corrente Elétrica.
Cada mago no enclave foi obrigado a esculpir sua própria
6 varinha a partir do Carvalho Nether no coração do
arboreto.
Ythryn foi mantida no alto pela magia de uma esfera
arcana conhecida como mythallar. O mythallar também
7
tinha o poder de recarregar itens mágicos e de controlar
o tempo.
Os magos de Ythryn podiam estender suas vidas
8 indefinidamente ao preservar seus cérebros dentro de
jarros.
Maravilhas de todo o mundo de Toril eram vendidas no
9
Bazar do Bizarro do enclave.
A elite da cidade vestia robes de seda que exibiam
10
padrões ilusórios e alternados.
Muitos dos residentes da cidade possuíam pets
11 quiméricos estranhos, com lebres aladas e babuínos
venenosos sendo particularmente populares.
Os membros da orquestra de Ythryn eram conhecidos
12
pelo mundo de Toril como os mestres de sua arte.
Por lei, cada mago era ensinado sobre o truque
13 prestidigitação e era obrigado a usá-lo para manter a
cidade limpa.
Os magos usavam constructos parecidos como humanos
14 chamados de magen como guardas, trabalhadores e
criados.
Os magos imbuíram certas magias com sua própria força
15
vital, transformando-os em entidades vivas.
Os magos de Ythryn estavam numa missão de encontrar
16 relíquias e ruinas de Ostoria, um império com 40.000
anos de idade de gigantes conjuradores.
Em momentos de problema, os magos elevaram um
17 campo de força ao redor do pináculo central do enclave
que apenas eles podem atravessar.
Uma abracadabra é uma caixa mágica que pode criar
18
comida e bebida, dentre outras coisas.
A meditação no Salão das Maravilhas Sem Peso era um
19
propósito incalculável para a elite da cidade.
Um obelisco antigo se encontra nas sombras do Pináculo
20 de Iriolarthas. Usando esse obelisco e um cajado do poder,
você pode voltar no tempo.
Locais da Necrópole
Os seguintes locais estão marcados no mapa 7.2, o qual é a versão do
DM do mapa da necrópole.
Y1. Ponte de Gelo
Os personagens podem usar essa ponte naturalmente formada de gelo
sólido para entrarem na cidade. Conforme os personagens se
aproximam do fim da ponte, leia:
Luzes verdes e púrpuras lançam um brilho transcendental sobre o
gelo encobrindo a cidade silente. Pináculos engarrados, domos
quebrados e campanários inclinados em ângulos estranhos
circundam uma enorme cidadela.
Nos pés da ponte, uma estátua gigante se encontra caída e inerte,
com sua superfície reluzindo com a geada.
O traço dominante da cidade é o Pináculo de Iriolarthas (área Y19), o
qual está selado no interior de um campo de força mágico.
Intrépido das Tumbas Morto. A estátua no final da ponte é um
intrépido das tumbas com 6,3m de altura que foi morto por invasores
drow há menos de uma dezena. O intrépido das tumbas perseguiu os
drow nesse ponto antes de eles finalmente o matarem (os personagens
podem já ter encontrado os drow no capítulo 6). O intrépido das
tumbas parece um gigante disforme e sem face. Ele virou pedra
quando morreu, deixando para trás sua grande marreta.
Y2. Pináculos dos Magos
Diversos pináculos tortos se ramificam da parede perimetral do
enclave, com pontes levando às suas entradas. Se um personagem se
aproximar de uma dessas torres externas, leia:
Uma passarela de pedra leva a uma torre que se estende para cima
e para dentro, com seu teto pontudo se inclinando perigosamente
por cima. Janelas estreitas perfuram suas paredes, gárgulas se
agarram aos seus beirais e uma porta na base da torre se encontra
aberta.
Dois dos pináculos externos se quebraram. Um colidiu no Vale do
Vento Gélido (veja capítulo 2), e o outro está enterrado em algum
outro lugar na geleira (veja capítulo 6). Os doze pináculos restantes
estão intactos, embora dois estejam quase enterrados no gelo. Há uma
chance de 20% por torre de 1d3+1 gárgulas se agarrarem do lado de
fora dela (os outros gárgulas se agarrando à torre são estátuas
inanimadas). Gárgulas vivos descem em rasante para atacar qualquer
um que cruzar o pórtico se aproximando da torre.
Essas torres certa vez foram ocupadas por magos e continham
laboratórios, bibliotecas e dormitórios. Agora ela se encontra em
ruinas. O mapa 2.10 lhe dá uma ideia de como o interior de cada
pináculo se encontra.
Y3. Estádio de Corrente Elétrica
O ar ao redor desse anfiteatro é carregado de estática. Degraus
rachados descem para o piso do estádio, onde um pequeno objeto
brilhante repousa num pedestal de pedra negra. Três mastros de
metal se elevam da arena como tridentes gigantescos, cada qual
emitindo um zumbido grave. Os dentes de cada tridente estão a 7,5m
fora do piso e se estendem por 15m no ar.
Um esporte chamado Corrente Elétrica era jogado nesse estádio. Esse
evento, o qual colocava os mortais uns contra os outros numa arena
eletrificada, atraia grande popularidade. Uma taça de troféu ornada se
encontra num pedestal numa extremidade do chão da arena,
sustentado no lugar por magia.
No nível do chão, a arena oval tem 36m de comprimento e 15m de
largura em seu ponto mais largo. Os três mastros têm 30m de altura,
espaçados um do outro em 12m, e emitem campos elétricos.
Engatilhando o Jogo. A primeira vez que uma criatura pisar no campo
de jogo, um domo de eletricidade crepitante encobre o estádio todo.
Nada pode fisicamente passar por essa barreira, a qual é imune a todos
os danos e não pode ser dissipada por dissipar magia. A barreira
também se estende para dentro do Plano Etéreo, bloqueando viagem
etérea. Qualquer criatura que tocar a barreira pela primeira vez num
turno sofre 9d8 dano elétrico. Quando a barreia aparecer, leia:
A cabeça e ombros brilhantes de uma mulher piscam em existência
acima do chão da arena. Correntes elétricas correm pelos seus
dentes de metal, e sua forma balbucia e tremeluz conforme ela fala
num idioma estranho.
A visão ilusória fala em Loross, o idioma morto de Netheril. Ela diz
“Então, um novo desafiante entre na arena! Você tem trinta segundos
para escolher seus companheiros de equipe para um jogo de Corrente
Elétrica!”.
A figura ilusória desaparece após fazer seu anúncio, e os aventureiros
no campo de jogo têm trinta segundos para formar sua equipe de seis.
Quaisquer espaços deixados na equipe são preenchidos por magen
galvan obedientes em vestes negras. A equipe rival é composta de seis
magen galvan em vestes brancas. Todos esses magen são magicamente
invocados ao campo.
As regras de Corrente Elétrica estão resumidas na caixa lateral abaixo.
Se os personagens não forem familiares com as regras, eles têm
desvantagem em todos os testes de perícia feitos para jogar o jogo
(uma cópia escrita das regras do jogo pode ser encontrada na área Y9).
Quando o jogo terminar, a barreira elétrica encobrindo o estádio
desaparece, e o troféu levita de seu pedestal e flutua sobre o membro
da equipe vencedora mais próximo a ele. O jogo não pode ser jogado
novamente até um novo troféu de valor similar ser alocado no
pedestal.
Se uma equipe toda de magen vencer o jogo, os vencedores coletam
seu prêmio e desaparecem, levando o troféu com eles.
Tesouro. O troféu não pode ser removido de seu pedestal até ele ser
conquistado. Se uma criatura tentar mover o troféu antes disso, o
pedestal descarrega um relâmpago que causa 4d8 dano elétrico à
criatura. A taça do troféu é feita de mitral inserido com três gemas de
espinela azul e vale 1.800po. Enquanto for carregado por um membro
da equipe vencedora, ele funciona como uma pedra da sorte.
Corrente Elétrica
Corrente Elétrica é um jogo no qual as duas equipes de seis jogadores
competem uma contra a outra. Para vencer, uma equipe deve eliminar
os jogadores da outra equipe acertando-os com uma bola de ferro com
9cm de diâmetro. Um jogador atingido pela bola arremessada é
eliminado e teleportado para as linhas laterais. O jogo termina quando
todos os jogadores de uma equipe forem eliminados.
Quando o jogo começa, uma bola de ferro magicamente aparece num
local aleatório no chão da arena praticamente equidistante às duas
equipes. A bola é uma arma simples ranged com as propriedades
acuidade e arremesso. Seu alcance é de 36m, e ela causa 1d4 dano
contusivo num acerto. Para simular um jogo de Corrente Elétrica, siga
esses passos:
Passo 1. Cada jogador faz um teste de Destreza (Atletismo). O
indivíduo com a rolagem mais alta pega a bola, e a equipe dessa pessoa
está na ofensiva. Resolva um empate com uma disputa de Força
(Atletismo).
Passo 2. Para simular a bola sendo passada nos entornos, cada jogador
faz um teste de Destreza (Atletismo) CD 15. Se a equipe na ofensiva
tiver mais sucessos que a equipe na defensiva, um jogador da ofensiva
pode tentar ou lançar a bola entre os dentes de metal de um mastro
eletrificado, na esperança de transmitir uma carga elétrica à bola, ou
fazer um ataque armado ranged com a bola contra um jogador na
defensiva. Cada opção é descrita abaixo:
• Lançar a bola entre os dentes de um mastro eletrificado requer uma
rolagem bem-sucedido de ataque ranged contra a CA 15. Se esse
ataque acertar, a bola fica carregada eletricamente conforme ela passa
entre os dentes. Repita o passo 1 para determinar qual equipe ganha a
posse da bola carregada eletricamente.
• Se a bola for arremessada num jogador na defensiva e acertar, o
jogado atingido pela bola está eliminado. Se a bola estiver carregada
eletricamente quando acertar, ela causa 1d6 dano elétrico adicional ao
jogador eliminado, e um arco de eletricidade dispara da bola e
automaticamente acerta um outro jogador determinado
aleatoriamente da mesma equipe. Esse segundo jogador sofre 1d6
dano elétrico e também está eliminado. Se a bola for arremessada num
jogador e erra, ela perde sua carga elétrica se tiver uma. Repita o passo
1 para determinar qual equipe ganha a posse da bola.
Como Vencer. Repita o passo 2 até uma equipe ter eliminado todos os
jogadores da outra equipe.
Y4. Torre de Abjuração
Essa torre se estende para cima como uma garra, com seu trabalho
em pedra cravejada de runas cinzeladas. Uma luz azul brilha de sua
janela mais alta.
Uma magia detectar magia aqui revela uma aura de abjuração mágica.
Runas cobrem cada centímetro do exterior dessa torre. Um glifo para
a magia símbolo (insanidade) está oculta em meio a elas. Um
personagem que procurar do lado de fora da torre por armadilhas
encontra e identifica o glifo com um teste bem-sucedido de
Inteligência (Arcanismo) CD 18. O glifo engatilha quando uma criatura
pisar através da entrada da torre e reseta após 24 horas.
Uma vez no interior, os personagens podem subir ao topo da torre.
Quando eles estiverem lá, leia:
Uma bigorna enorme cinzelada com runas azuis vívidas repousa no
centro de uma câmara circular com 9m de diâmetro e 9m de altura.
Repousando acima dela está um martelo adornado com runas
correspondentes.
Seis figuras armaduradas fazem guarda ao redor da bigorna. Na
retaguarda da câmara, o corpo congelada de um mago se encontra
numa pilha de destroços. Chamas azuis tremeluzem a partir de
braseiros espaçados ao redor do aposento, iluminando uma
inscrição esculpida no teto.
Seis magen demos guardam a bigorna, a qual tem o poder de destruir
outros itens mágicos. A bigorna era uma fonte de aborrecimento para
os intrépidos das tumbas de Ythryn, os quais acreditam nos itens
mágicos como sendo sagrados. Quando Ythryn desmoronou, as
proteções ao redor da torre se desfizeram, e um dos intrépidos das
tumbas aproveitou a oportunidade para matar o criador da bigorna, o
Alto Abjurador Taruth. O corpo marretado do mago se encontra nessa
câmara, com o chão de pedra próximo a ele rachado onde o intrépido
das tumbas forçou seu caminho para dentro do aposento. Os magen
não vão deixar qualquer um usar a bigorna e lutam para defende-la.
Bigorna da Disjunção. A bigorna tem o poder de destruir qualquer
item mágico que não seja um artefato. Quando um personagem
segurar o martelo da bigorna pela primeira vez, uma voz no interior
da cabeça dele, parecendo vir da bigorna, diz “Traga-me seus itens de
poder, e juntos nós devemos destruí-los”. Para destruir um item, o
personagem deve aloca-lo na bigorna e atingi-lo três vezes com o
martelo. Cada ataque de martelo leva uma ação. No terceiro ataque, o
item se desintegra num lampejo de luz azul. Cada vez que um
personagem usar a bigorna, há uma chance de 25% de um intrépido
das tumbas escavar para dentro da torre e os atacarem (isso acontece
apenas uma vez). A bigorna está ancorada aqui e não pode ser movida
por quaisquer meios. Remover o martelo da torre faz com que ele se
teleporte acima da bigorna.
Inscrição. A inscrição no teto está em Dracônico e diz “Primeiro,
proteja o coração com uma varinha de Carvalho Nether”. Essa é uma
passagem do Rito dos Oitos Arcanos.
Y5. Prisão
Um rastrilho se encontra torto no arco com 12m de largura e 9m de
altura que serve como a única entrada para essa construção quadrada.
Os personagens que passarem por baixo do rastrilho se veem numa
prisão em grande parte abandonada:
Um labirinto de corredores com celas enfileiradas preenche essa
área.
Todas as portas das celas, as quais têm magias de tranca arcana
conjuradas nelas, são feitas de ferro, com pequenas janelas barradas
inseridas nelas no nível dos olhos. Muitas das celas contêm os corpos
congelados de prisioneiros que morreram quando Ythryn colidiu ou
que pereceram de fome não muito tempo depois.
Enfermaria. Se os personagens gastarem ao menos 30 minutos
procurando na prisão, eles tropeçam numa enfermaria:
Olhando pela lacuna numa parede desmoronada, vocês veem uma
enfermaria num quadrado de 3m em desordem, com uma mesa de
operações no meio do aposento. Faixas de couro se estendem de um
lado da mesa, no ar acima de sua superfície, e presas no outro lado.
A forma sugere que algo ou alguém invisível está preso à mesa.
Preso à mesa está um doppelganger chamado Xerophon. Ele foi
rendido invisível e alocado num estado de animação suspensa por uma
magia isolamento. A magia pode ser dissipada (CD 17), a qual torna
Xerophon visível e desperto. O doppelganger se parece com um
homem de meia-idade magro com uma aparência pálida, um olho azul
e um olho verde, e uma mecha de prata em seu longo cabelo negro. O
doppelganger desperto pode usar sua ação para tentar escapar das
faixas de couro da mesa, fazendo isso com um teste bem-sucedido de
Destreza CD 20, ou um personagem pode usar uma ação para soltar as
faixas o bastante para Xerophon se libertar.
Logo antes da queda de Ythryn, Xerophon assassinou um sábio
netherense na cidade, roubou sua identidade, e tentou se infiltrar no
Pináculo de Iriolarthas. O doppelganger foi pego e aprisionado. O
guardião da prisão, um mago netherense, estava interessado em
estudar o doppelganger e talvez desenvolver uma poção que emulava
sua habilidade de metamorfose. O mago teve o consentimento de
Xerophon para uma série de experimentos, em meio a conjurações de
isolamento no doppelganger como uma precaução para impedi-lo de
fugir.
Se questionado, Xerophon fala em Loross, mas troca para Comum se
ninguém no grupo compreender a língua netherense morta. O
doppelganger interpreta o lado de um servo netherense humilde que
foi enviado à prisão pelo seu mestre, Iriolarthas, por desobediência.
Sem entrar em muitos detalhes, Xerophon faz alusão a experimentos
mágicos horríveis realizados nos prisioneiros pelos magos que
administravam a prisão, dizendo “Eu tinha medo de ser o próximo”.
Assim que perceber o destino que recaiu sobre Ythryn, Xerophon
oferece de ajudar os personagens a procurar pelo resto da cidade,
permitindo ao doppelganger tempo de usar suas habilidades de Ler os
Pensamentos para catar todas as informações que ele puder da mente
dos personagens. Afinal, ele tem muita coisa para se atualizar. O
doppelganger não tem más intenções perante os personagens, mas
aloca a autopreservação acima de tudo.
Se os personagens ficarem amigos de Xerophon, eles descobrem três
fatos da tabela de Conhecimento de Ythryn, os quais Xerophon
compartilha para construir uma confiança. O doppelganger também
sabe que para superar o campo de força ao redor do Pináculo de
Iriolarthas, você deve realizar os oito passos do Rito dos Oito Arcanos
do lado de fora do pináculo. Os passos do ritual estão escondidos no
interior das torres dedicadas às oito escolas de magia. Xerophon
conhece a disposição da cidade e pode guiar os personagens para cada
uma dessas torres (áreas Y4, Y7, Y11, Y18, Y20, Y22, Y24 e Y26).
Y6. Entrada do Pináculo
Uma estrutura em arco de pedra escura se eleva desse distrito em
ruinas para uma junção ao alto no pináculo central. Um portão
gravado com símbolos arcanos está alocado na base da estrutura.
O Pináculo de Iriolarthas (área Y19) está circundado por um campo de
força que também abrange essa área. Criaturas não podem atravessar
o campo, nem podem se teleportar para um local no interior dele. Para
atravessar o campo de força, você deve realizar o Rito dos Oito Arcanos
na frente do portão.
Qualquer personagem que passar num teste de Inteligência
(Arcanismo) CD 10 reconhece os símbolos do portão como símbolos
antigos representando as oito escolas de magia.
Elevador Mágico. Os personagens que puderem atravessar o campo
de força podem abrir o portão e entrar na estrutura, a qual é oca e
encobre uma passagem íngreme. Qualquer criatura que entrar nesse
elevador é magicamente levitada à entrada do pináculo (área 19a).
Y7. Torre de Conjuração
Essa torre está gravada com círculos de pedra entrelaçados. Luz
amarela vaza de sua janela mais alta e o som fraco de vassouras
varrendo trabalhos de pedra atravessa suas portas quebradas.
Uma magia detectar magia conjurada aqui revela uma aura de
conjuração mágica. O interior da torre está arruinado, mas é
surpreendentemente limpo, graças às magias permanentes de servo
invisível que continuamente varrem o chão. Se os personagens
subirem à câmara mais alta do torre, leia:
Orbes brilhantes estão postos dentro das paredes dessa câmara
circular com 9m de diâmetro. Quatro mãos gigantes feitas de força
brilhante planam no centro do aposento, guardando uma pequena
torre ornamental sobre um pedestal.
As mãos planando são quatro mãos vivas de Bigby que atacam
qualquer outra criatura que entrar no aposento.
Torre Oculta. Tocar a torre em miniatura enquanto estiver dentro
dessa câmara conjura uma porta brilhante a um semiplano. A porta
tem 2,4m de altura, 1,2m de largura e 1,5m de distância do pedestal.
Se um personagem der um passo através da porta, o tecido da
realidade se retorce e encurva ao redor dele à medida em que ele chega
ao semiplano: uma morada desordenada com 12m de comprimento e
6m de largura. Ocupando essa morada extradimensional estão três
bruxas da noite chamadas Tia do Roubo, Tia da Pilhagem e Tia do
Saque. Esse convento frequentemente deixa sua morada para rondar
o Plano Etéreo em busca de baús de tesouros escondidos usando a
magia arca secreta de Leomund; no entanto, todas as três bruxas estão
em casa quando os personagens chegam.
Em adição às suas habilidades inatas de conjuração, as bruxas têm a
habilidade Conjuração Compartilhada de um convento (veja
“Conventos de Bruxas” no Manual dos Monstros). As bruxas estão
preparadas para deixar os personagens sairem vivos em troca de um
simples preço: uma única memória colhida da mente de cada
personagem. As bruxam fogem de seu covil na forma etérea se forem
atacadas, fazendo votos de retornar e buscar vingança nos sonhos dos
aventureiros.
Inscrição. Uma inscrição em Dracônico está escrita na parede da
morada das bruxas. Ela diz “Segundo, invoque uma chama na palma da
sua mão”. Essa é uma passagem do Rito dos Oito Arcanos.
Tesouro. As bruxas da noite mantém seus corações de pedra e bolsas
de alma em suas pessoas (veja “Itens das Bruxas da Noite no Manual
dos Monstros).
Os personagens que saquearem a morada das bruxas encontram uma
agulha de platina (1po) enfiada numa almofada de alfinetes, um
estatueta de quartzo rosa de um coelho (50po), um colar de prata do
qual está suspenso um pingente de pé de corvo segurando um
peridoto (500po), uma poção de invisibilidade num frasquinho
arrolhado feito a partir de um osso de dedo da bruxa, e uma poção de
longevidade numa cabaça oca que carrega um rosto de criança presa
num grito.
Y8. Casa do Arcano
Oito torres parecidas com presas estão inseridas nas paredes dessa
construção monumental, com seus pináculos arqueando sobre seu
telhado despedaçado.
Essa grande academia era um lugar de estudo para magos novatos,
onde cada um aprendeu quais escolas de magia se tornariam seu
trabalho de vida. O lugar é facilmente entrado através de qualquer um
dos buracos em suas paredes externas. Nada pode ser salvo dos salões
de estudos e das torres, mas o auditório contém algo de interessante:
Oito janelas de vidro manchadas dão vista a um auditório em ruinas.
Bancos reluzentes com gelo estão arranjados em fileiras quebradas,
virados para um atril elevado. Um cálice enjoiado repousa no atril.
Vapor se eleva do conteúdo do cálice e se dissipa no ar frio.
Cada janela no auditório exibe um mago conjurando uma magia de
uma das oito escolas de magia.
As magias exibidas são proteção contra as lâminas (abjuração), mão
mágica (conjuração), ataque certeiro (adivinhação), amizade
(encantamento), globos de luz (evocação), ilusão menor (ilusão), toque
arrepiante (necromancia), e prestidigitação (transmutação), todas as
quais um personagem pode determinar com um único teste bem-
sucedido de Inteligência (Arcanismo) CD 10.
Cálice Mágico. O cálice está inserido com oito cristais coloridos que
representam as oito escolas de magia. O líquido no interior dele se
parece e tem gosto de água quente. Uma magia detectar magia revela
uma aura de adivinhação mágica no cálice e indica que o líquido
carrega auras de todas as oito escolas de magia. O líquido não é
venenoso ou nocivo, e ele nunca esvazia contanto que o cálice
permaneça no auditório.
Um humanoide que beber o cálice ganha um encanto sobrenatural.
Role um d8 e consulte a tabela abaixo para determina qual encanto é
concedido. Cada encanto garante ao seu beneficiário o poder de
conjurar uma magia em particular, para a qual Inteligência é a
habilidade de conjuração. O beneficiário fica ciente desse poder logo
que o encanto é concedido. Cada encanto também tem um efeito
mágico secreto que engatilha quando o benefício do encanto expira;
não revele esse segredo a um jogador antes do efeito ocorrer. Assim
que uma criatura ganhar um encanto do cálice, ela não pode ganhar
um outro ao beber do cálice novamente.
d8 Encanto
Encanto do Abjurador. Esse encanto lhe permite conjurar o
truque proteção contra as lâminas com uma ação à vontade.
1 Após 24 horas, esse encanto desaparece de você. Efeito Secreto:
você ganha 10 PVs temporários quando esse encanto
desaparecer de você.
Encanto do Conjurador. Esse encanto lhe permite conjurar o
truque mão mágica com uma ação à vontade. Após 24 horas,
esse encanto desaparece de você. Efeito Secreto: quando esse
2
encanto desaparecer de você, uma espada voadora aparece no
seu espaço e o defende pelas próximas 24 horas antes de se
tornar uma arma inerte e não-mágica. O DM controla a espada.
Encanto do Adivinho. Esse encanto lhe permite conjurar o truque
ataque certeiro com uma ação à vontade. Após 24 horas, esse
3
encanto desaparece de você. Efeito Secreto: você ganha
inspiração quando esse efeito desaparecer de você.
Encanto do Encantador. Esse encanto lhe permite conjurar o
truque amizade com uma ação à vontade. Após 24 horas, esse
4 encanto desaparece de você. Efeito Secreto: quando esse
encanto desaparecer de você, um NPC que não gostar de você
(determinado pelo DM) agora pensa melhor sobre você.
Encanto do Evocador. Esse encanto lhe permite conjurar o
truque globos de luz com uma ação à vontade. Após 24 horas,
esse encanto desaparece de você. Efeito Secreto: quando esse
5
encanto desaparecer de você, fagulhas explodem ao redor de
você. Essas fagulhas causam 2d4 dano elétrico a cada criatura a
até 6m de você.
Encanto do Ilusionista. Esse encanto lhe permite conjurar o
truque ilusão menor com uma ação à vontade. Após 24 horas,
esse encanto desaparece de você. Efeito Secreto: quando esse
6
encanto desaparecer de você, música ilusória o acompanha
pelas próximas 24 horas. Ela pode ser ouvida num alcance de
18m. Conjurar dissipar magia em você encerra a música.
Encanto do Necromante. Esse encanto lhe permite conjurar o
truque toque arrepiante com uma ação à vontade. Após 24
horas, esse encanto desaparece de você. Efeito Secreto: quando
7
esse encanto desaparecer de você, você ganha resistência a dano
necrótico pelas próximas 8 horas e é o beneficiário de uma
magia proteção contra a morte.
Encanto do Transmutador. Esse encanto lhe permite conjurar o
truque prestidigitação com uma ação à vontade. Após 24 horas,
esse encanto desaparece de você. Efeito Secreto: você é mirado
8
por uma magia polimorfia e falha no TR automaticamente
quando esse encanto desaparecer de você. Sua nova forma é a
de um morcego e permanece por 1 hora.
Y9. Biblioteca
Essa construção colossal tem muitas torres imponentes num estado
de ruina, com o chão abaixo cheio de detritos. Uma porta de
tamanho gigante na base da estrutura se encontra levemente
aberta.
Prateleiras enfileiram as paredes dessa biblioteca labiríntica, a qual
está abarrotada de livros de todas as matérias concebíveis.
Caçador de Livros Arcanaloth. Logo após os aventureiros entrarem,
um humanoide com cabeça de chacal e de óculos se põe à vista
carregando um pacote de pergaminhos. Um pinguim branco, sem
olhos e com 1,5m de altura num arreio de couro anda atrás dele,
arrastando uma carreta cheia de livros. A figura com cabeça de chacal
dá um suspiro alegre quando vê os personagens e diz “Ah, vocês devem
ser os bibliotecários! Scrivenscry precisa de sua assistência”. O
pinguim se mexe inquieto à medida em que seu mestre fala.
Scrivenscry é um arcanaloth que sempre se refere a si mesmo em
terceira pessoa. Ele tem um gosto por alcaçuz negro, faixas do qual ele
mantém nos bolsos de seu robe. O corruptor é auxiliado por Kingsport,
um pinguim gigante albino e cego sob o efeito da magia despertar.
Scrivenscry insiste que os personagens o ajudem a procurar pelo Livro
do Guardião (veja a caixa lateral “Scrivenscry e Kingsport” abaixo). Se
os personagens engajarem numa conversa com Scrivenscry, Kingsport
escolhe um momento para se aproximar do personagem mais próximo
e passar uma nota a eles. Rabiscadas num pedaço de couro estão as
palavras “Me ajude” em Comum, a qual Kingsport escreveu usando seu
bico.
Os personagens devem evadir, derrotar ou fazer um acordo com
Scrivenscry se quiserem resgatarem o pinguim. Se for superado em
combate, Scrivenscry se teleporta para as profundezas da biblioteca e
trama sua vingança. Os personagens que concordarem em cooperar
com o arcanaloth logo se veem sozinhos com Kingsport, que revela que
Scrivenscry é um mestre cruel e perverso. Nem Kingsport nem seu
mestre sabe muito sobre Ythryn, posto que eles chegaram apenas
ontem ao usar um pergaminho de viagem planar.
Procurando pela Biblioteca. Os personagens que gastarem algumas
horas estudando os livros na biblioteca descobrem 1d3 fatos da tabela
de Conhecimento de Ythryn. Um dos tomos que eles examinam é um
almanaque que lista os últimos vencedores do torneio de Corrente
Elétrica da cidade (veja área Y3). Os personagens que lerem esse tomo
encontram um resumo das regras do jogo.
Além disso, personagens que procurarem na biblioteca encontram um
diário escrito por Thufeus, um dos poucos magos que sobreviveram à
colisão de Ythryn. Ele descreve como a cidade caiu dos céus e as
tentativas de seus sobreviventes condenados de escaparem (veja “A
Queda de Ythryn”). A última anotação diz “Iriolarthas está convencido
de que a ajuda virá em tempo de Netheril. Eu não estou tão certo
disso”.
Tesouro. Scrivenscry carrega três pergaminhos de magia (pequena
cabana de Leomund, viagem planar e muralha de gelo) e um carrilhão
de abertura com um único uso restante.
A carreta de Kingsport contém seis textos que Scrivenscry considera
valiosos. Cada um é um tratado sobre Planos Externos e vale 250po a
um colecionador de tais trabalhos.
Scrivenscry e Kingsport
Scrivenscry é um arcanaloth vanglorioso que ronda os planos em
busca dos Livros do Guardião, quatro tomos perdidos que carregam os
nomes verdadeiros de cada yugoloth já criado. O corruptor tropeçou
na biblioteca de Ythryn por acaso e está convencido de que ao menos
um dos tomos lendários está escondido aqui. Infelizmente, Scrivenscry
está enganado.
O servo pinguim ansioso do Scrivenscry, Kingsport, foi prometido a
uma vida de iluminação. A verdade é que Kingsport foi transformado
no lacaio do Scrivenscry, que vive com medo de seu mestre cruel e
imprevisível. O pinguim gigante cego espera se libertar do arcanaloth
um dia.
Y10. Arboreto
Uma copa de folhas douradas coroa as árvores no interior de uma
depressão afundada. As árvores crescem rígido contraste com seus
arredores desoladores, com ramos balançando apesar de o ar estar
fatalmente parado.
O bosque está aninhado numa cavidade rasa ao chão da cidade.
Respiradouros espaçados ao redor da sua parede perimetral emitem
um sopro de vapor cinza, o qual se eleva sobre as copas das árvores e
se dispersa como chuva. Um hemisfério ilusório sobre o arboreto
projeta um céu falso; agora defeituoso, a vista tremeluz entre uma
tempestade selvagem e um vasto campo de estrelas.
Carvalho Nether. Uma árvore chamada Carvalho Nether cresce no
coração do arboreto. Por séculos, os magos netherenses construíram
suas varinhas e cajados a partir da madeira desse carvalho. Saturada
de magia profana, a árvore desenvolveu uma senciência taciturna e um
rosto nodoso. O Carvalho Nether usa a ficha de ente, mas é NM e fala
Comum e Primordial.
Quando os personagens chegarem, o Carvalho Nether está em sono
profundo. Para completar o Rito dos Oito Arcanos, eles devem
construir uma varinha da madeira dessa árvore. Reunir a madeira sem
acordar a árvore requer um teste bem-sucedido de Destreza
(Furtividade) CD 20. Se os personagens acordarem a árvore, eles
podem convencê-la a separar parte de sua madeira, mas apenas se ela
acreditar que eles pretendem realizar magia nefasta com ela. O
Carvalho Nether fica facilmente irritado e se desenraiza se for atraído
ao combate. Quando ele atacar, quatro espinhos infectados saltam do
chão para auxiliá-lo, agindo na mesma contagem de iniciativa.
Y11. Torre da Adivinhação
As paredes dessa torre fina estão gravadas com desenhos
intrincados de mãos e olhos. Uma luz prateada tremeluz de uma
janela alta, acima da qual um olho grande esculpido se anima e
pisca. Parte do teto da torre está faltando.
Uma magia detectar magia conjurada aqui revela uma aura de
adivinhação mágica. Quando os personagens chegarem no andar de
cima do pináculo, leia:
Cortes grandes no telado lhes permitem ver o teto negro e enfeitado
por sincelos da grande caverna de gelo adiante.
Luz prateada emana de um orbe de vidro com 90cm de diâmetro
situado acima de um plinto de pedra cilíndrico com 60cm de altura
no centro de uma câmara circular cheia de destroços com 9m de
diâmetro. Globos oculares flutuam no interior do orbe, como peixes
num aquário. Alguns têm cataratas, enquanto outros estão
injetados de sangue ou cheios de pus, mas todos viram e olham para
vocês conforme vocês se aproximam.
Pedaços enormes das paredes se quebraram aqui, e a inscrição
carregando a passagem da adivinhação do Rito dos Oito Arcanos está
faltando.
Com um teste bem-sucedido de Inteligência (Religião) CD 10, um
personagem se lembra de uma bola de cristal preenchida de olhos que
é o símbolo de Savras, o deus da adivinhação.
Orbe da Adivinhação. O plinto de pedra sobre o qual o orbe repousa
está gravado com instruções escritas em Dracônico: “Pergunte e nós
encontraremos”. Para usar o orbe, você deve alocar as suas mãos nele
e falar o nome de um objeto ou pessoa. Se o alvo existir no mesmo
plano de existência do orbe, o personagem tocando o orbe experiencia
uma visão vívida da localização do alvo e sabe o quão distante ele está
e em qual direção. Tal intuição, no entanto, vem com um risco: uma
criatura que receber uma visão deve fazer um TR Cons CD 20. Numa
falha, a criatura sofre 3d6 dano perfurante à medida que um dos seus
olhos é magicamente arrancado de seu globo ocular e transportado
para o interior do orbe (veja “Ferimentos” no Guia do Mestre para
regras sobre perder um olho).
Se for perguntado sobre o paradeiro das gravações na parede faltante
necessárias para completar o Rito dos Oito Arcanos, o orbe fornece
uma visão de onde ela caiu no interior do observatório (área Y15). O
orbe é magicamente ancorado a essa câmara e não pode ser removido
ou destruído. O único limite de quantas vezes ele pode ser usado é a
quantidade de globos oculares restantes do grupo.
Y12. Fonte das Respostas
Um poço profundo mergulha no chão da cidade para dentro da
escuridão. Cinco bancos de cristal o circundam, cintilando sob o
brilho púrpura de uma lamparina de rua nas proximidades.
O poço de pedra tem 30m de profundidade e está alinhado com gelo
escorregadio, tornando-o impossível de transitar sem equipamento de
escalada ou magia. Meses antes da queda de Ythryn, um círculo de
magos conhecidos como Pentagrama Telepático tentou fundir suas
mentes para se tornarem uma força telepática conjunta. O
procedimento deu terrivelmente errado, e seus corpos e mentes se
fundiram numa única monstruosidade. Iriolarthas aprisionou a coisa
nesse poço vazio de modo que seus poderes telepáticos latentes
pudessem ser tocados pela elite da cidade. Um curto obituário está
gravado ao redor do tampo do poço em Dracônico: “Aqui dentro se
encontram os restos imortais do Pentagrama Telepático. Sente, medite
e aprenda”.
Coisa no Poço. Uma aberração de cinco cabeças balbuciante se
encontra num estado semiconsciente no fundo do poço. As faces
disformes do Pentagrama Telepático se torcem nas extremidades de
seus pescoços espessos e ondulantes. O monstro usa a ficha de hidra,
exceto que ele tem um deslocamento de escalada de 9m.
O monstro acorda se estremecendo se uma fonte de luz penetrar mais
de 24m para dentro do poço, ou se uma criatura sentando num dos
bancos despertá-lo (veja abaixo).
Bancos de Meditação. Ao sentar-se nesses bancos de cristal e meditar,
os cidadãos de Ythryn podiam unir suas mentes com o Pentagrama
Telepático, ganhando intuições sobre seu passado e futuro. Uma
criatura que se sentar no banco pode, após 1 minuto de meditação,
ganhar uma pista da tabela de Conhecimento de Ythryn ao fazer um
teste bem-sucedido de Sabedoria (Intuição) CD 15. Se o teste falhar
por 5 ou mais, os pensamentos instáveis da criatura despertam a coisa
no poço. Uma criatura pode ganhar apenas uma intuição do poço por
dia, e apenas enquanto o monstro estiver vivo.
Y13. Bazar do Bizarro
Um salão grande de mercado se encontra numa extremidade dessa
praça, com suas quatro torres quebradas se inclinando para dentro.
Galhardetes desgastadas estão suspensas acima da entrada,
rigidamente congeladas. Um ruido alto ressoa de dentro do salão.
Esse mercado certa vez vendia relíquias de maravilha arcana. Agora,
seu interior é um conglomerado de fachadas de lojas destroçadas por
pedaços de gelo e pedra. Muitas das mercadores se tornaram sem
valor, e tudo o mais foi destruído por um golem de ferro sem cabeça
que está no momento devastando no interior da construção.
Sem sua cabeça, o golem tem as seguintes mudanças às suas
estatísticas:
• O golem tem 150 PVs (seu PV máximo). Ele tem um ND 10 (5.900xp).
• Ele é cego e surdo, dando a ele desvantagem em todas as suas
rolagens de ataque, e ele não pode usar seu Sopro de Veneno.
O golem foi decapitado quando Ythryn colidiu na Geleira Reghed. Sua
cabeça foi parar dentro das Cavernas da Fome (veja área H5 no
capítulo 6), e seu corpo foi lançado em Ythryn desde então. O golem
oscila cegamente em tudo o que o ataca.
Y14. Salão da Seda
Cortinas de seda estão suspensas das paredes desse vitrine, com suas
superfícies oscilando com imagens ilusórias de fogo de dragão e
campos de estrelas cintilantes. Um grupo de figuras sem emoção
fazem a guarda do lado de fora, observando todo o mundo como
estátuas congeladas.
Seis magen demos guardam a entrada para essa loja. Eles atacam
qualquer um que tentar roubar as sedas à mostra (veja “Tesouro”
abaixo), mas fora isso deixam os estrangeiros explorarem a loja.
Dentro da loja, cinco magen galvan vigiam o resto das mercadorias.
Mais da seda mágica está suspensa em cortinas longas por todo o
interior, após ser tecida por quatro aranhas planares que se espreitam
nas vigas do salão. As aranhas são encantadas para produzir a seda
enfeitiçada, um material com tecido de ilusões dentro dele que era
estilizado em robes para a elite de Ythryn. Os personagens que
entrarem na loja notam as aranhas imediatamente. As aranhas se
defendem se forem atacadas, mas do contrário não são ameaçadoras.
No centro do interior, manequins de cristal drapejados em adornos
cercam um pedestal vazio. Se uma criatura pisar no pedestal, uma
ilusão de um humano vestido magnificamente tremeluz à vida perante
eles e se apresenta como o Criador de Sedas Mixyll. A ilusão acolhe os
convidados ao seu empório e explica o processo de fabricação dos
robes. Conforme ele fala, as aranhas planares descem silenciosamente
e usam suas pernas para fazer as medidas da criatura antes de fiarem
um robe feito por alfaiate na criatura. Conforme o robe está sendo
estilizado, Mixyll incita seus convidados a “imaginar qualquer imagem
que seu coração desejar”. As aranhas podem, nos 10 minutos que leva
para criar o robe, fiar qualquer desenho ilusório ou efeito na veste. No
acabamento, elas drapejam o robe sobre os ombros da criatura e
sobem de volta ao seu covil. Cada convidado pode ganhar esse
benefício apenas uma vez.
Tesouro. Um robe de seda fiado pelas aranhas vale 250po. Se os
personagens saquearem a loja, eles encontram dez outros robes de
seda (250po cada) que estão à mostra e não foram danificados quando
a cidade colidiu.
Y15. Observatório
Essa torre cônica está mantida relativamente para cima por um
anel de suportes arcados. Figuras humanoides sem expressão se
encontram em silêncio ao redor dela. O telhado tem um buraco
irregular e grande nele onde algo grande esmagou e atravessou.
Três magen galvan, três magen demos e um magen hypnos fazem
guarda do lado de fora do observatório com ordens de impedir os
estranhos de entrar. Os magen hypnos telepaticamente ordenam os
intrusos a sairem da área. Desafiar essa ordem incita os magen a
atacar.
A porta de ferro na base do observatório é mantida fechada do lado de
fora e deve ser arrombada. Ela tem CA 19, 30 PVs e imunidade a dano
venenoso e psíquico. Um slaad azul se espreita no outro lado da porta
e ataca assim que a porta deixar de ser um obstáculo. Esse slaad é
hostil a todas as outras criaturas e não pode ser levado a conversar.
Uma vez no interior, os personagens pode subir a torre ao seu andar
mais alto:
Um telescópio grande domina uma câmara circular com 9m de
diâmetro no topo da torre. Olhando na lente do telescópio está um
bípede robusto parecido com um sapo em robes de mago que não
presta atenção em vocês à medida em resmunga para si mesmo.
Escudos de adamantina cobrem as janelas do observatório. Um
pedaço grande de pedra de uma outra construção colidiu com o teto
e se inseriu no chão como uma faca de pedra irregular. Esse
fragmento intruso carrega uma estranha inscrição de um lado.
Ao treinar o telescópio mágico em estrelas distantes, os astrônomos
de Ythryn puderem invocar criaturas alienígenas dessas estrelas para
serem questionadas, estudadas ou dissecadas. A queda de Ythryn
danificou o telescópio para além do reparo, tornando-o inútil.
Quando Ythryn caiu, um pedaço da Torre da Adivinhação (área Y11)
colidiu com o teto do observatório (veja “Inscrição” abaixo). No caos
resultante, o slaad azul encontrado no térreo da torre escapou de sua
cela e vagou pelo observatório. A Arque-Astrônoma, que foi infectada
pelo fago de caos do slaad, ordenou seus aprendizes sobreviventes a
selarem-na no interior da torre com o monstro. Nos anos, décadas e
séculos desde então, ela conseguiu impedir o slaad azul de escapar
através do buraco no telhado.
A Arque-Astrônoma, agora um slaad verde, está mexendo
insanamente no telescópio, na expectativa de reverter seu poder de
modo que ela possa se projetar para fora da torre a algum lugar
longínquo onde ela possa encontrar a felicidade, mas ela não tem
esperança de sucesso. Se os personagens interromperem a Arque-
Astrônoma, ela tenta amedronta-los para longe ao revelar seus dentes
e garras. Se eles tocarem o telescópio ou danificá-lo mais, o slaad fica
enlouquecido e os ataca. Se eles meramente quiserem ler a inscrição
no fragmento de parede que colidiu com o teto, o slaad os deixa em
paz.
Inscrição. O pedaço da parede da Torre da Adivinhação (área Y11)
carrega a seguinte inscrição em Dracônico: “Terceiro, uma palma
queimada solta a língua. Revele um segredo sobre si mesmo para todos
que ouvirem”. Essa é uma passagem do Rito dos Oito Arcanos.
Y16. Menagerie
Um domo imenso se agiganta perante vocês, com seu teto de cristal
estragado por uma teia de rachaduras. Através das lacunas na
carapaça da construção, e no outro lado da entrada aberta, vocês
veem uma paisagem estranha de traços naturais em miniatura.
A entrada dessa construção se encontra sem vigilância. Os magos de
Ythryn visitavam aqui para invocar pets de um tipo. Versões em escala
pequena de habitats naturais foram construídas por todo o parque:
variadas montanhas em miniatura, desertos e córregos florestados,
tudo agora coberto de gelo. No coração dessa mistura de paisagens se
encontra a máquina que trouxe as criaturas do menagerie à existência.
Criador Quimérico. Esse dispositivo tem uma roda de ferro com 3m
de diâmetro em sua lateral, sustentada acima do chão por um braço de
metal, com oito contêineres abertos na forma de ovo do tamanho de
barris atrelados às extremidades externas de suas raias. O aparato tem
um painel de controle de bronze com uma alavanca próxima a ele. Um
personagem que gastar ao menos 1 minuto examinando o dispositivo
pode fazer um teste de Inteligência (Arcanismo). Num teste bem-
sucedido, o personagem ganha um entendimento de como usá-lo sem
conhecer o seu propósito. Para operar o dispositivo, 80 PVs de sangue
deve ser distribuído igualmente entre seus oito contêineres. Assim que
o sangue for apropriadamente depositado, puxar uma alavanca faz
com que a roda gire. O sangue desaparece após 1 minuto, a roda para,
e uma criatura rasteja para fora de um dos contêineres. Essa criatura
é leal a quem puxou a alavanca. Determine a criatura ao rolar um d6 e
consultar a tabela abaixo.
O criador quimérico precisa de 8 horas para recarregar antes de poder
ser usado novamente. Um medidor do dispositivo indica quanto tempo
leva para recarregar.
d6 Criatura
1 Um arminho com olhos brilhantes que emite luz intensa
num raio de 6m e luz fraca por mais 6m.
2 Uma lebre com asas emplumadas e um deslocamento de
voo igual a 9m.
3 Um babuíno com um ataque de mordida que causa 1d6 dano
venenoso extra num acerto.
4 Um gato com antenas que o garantem visão às cegas e
sentido sísmico num alcance de 18m.
5 Um rato com guelras, escamas iridescentes, e a habilidade
de respirar ar e água.
6 Uma raposa com pele que muda de cor para corresponder
aos seus entornos, dando a ela vantagem nos testes de
Destreza (Furtividade).
Y17. Teatro
O telhado dessa construção domada está destroçado e aberto às
intempéries. No interior está um teatro com um palco grande,
assentos para mais de cem e uma área de bastidores. Sincelos estão
suspensos de suas sacadas pendentes, e o gelo mascara os sorrisos e
carrancas em suas paredes fraturadas.
Uma escrivaninha de madeira se encontra num camarim, envolta em
correntes e cadeados. Um personagem usando as ferramentas de
ladrão podem tentar abrir a tranca com uma ação, fazendo isso com
um teste de Destreza CD 15. Numa pasta revestida em couro numa das
gavetas da escrivaninha estão cinco roteiros para uma peça chamada
Uma Blasfêmia dos Reis. A pela conta a história de cinco irmãos, cada
um esperando reivindicar o trono de seu falecido pai. Conforme os
protagonistas tentam provar seu valor, é revelado que eles todos estão
na verdade mortos, tendo perecidos junto de seu pai no evento
cataclísmico que destruiu seu reino.
Peça Amaldiçoada. Cada roteiro tem uma capa diferente mostrando
uma figura humanoide que representa um dos irmãos: o Mártir (com
um laço ao redor de seu pescoço), o Traidor (com uma faca por trás de
suas costas), o Seduzido (com um sussurro arrebatador em seu
ouvido), o Assombrado (com uma sombra demoníaca o
aterrorizando), e o Tolo (performando uma parada de mão). Cada um
dos cinco roteiros está amaldiçoado. Qualquer um que gastar uma
hora lendo um roteiro deve passar num TR Sab CD 18 ou se torna
amaldiçoado. Uma criatura amaldiçoada dessa forma fica agarrada por
um sentimento repentino de perdição iminente. Cada um dos cinco
roteiros transmite uma maldição diferente, a qual pode ser encerrada
por uma magia de remover maldição ou mágica similar:
Roteiro do Mártir. Todos os ataques contra o personagem
amaldiçoado são feitos com vantagem.
Roteiro do Traidor. O personagem amaldiçoado não performa
qualquer ação que diretamente beneficie um de seus aliados.
Roteiro do Seduzido. O personagem amaldiçoado ouve a voz de uma
criatura feérica imaginária sussurrando em seu ouvido. Sempre que
estiver diante de uma escolha, o personagem deve determinar
aleatoriamente qual ação tomar.
Roteiro do Assombrado. Um corruptor sombroso parasita os sonhos
do personagem amaldiçoado (ou transes no caso de um elfo), negando
a esse personagem os benefícios de um descanso longo.
Roteiro do Tolo. O personagem amaldiçoado tem desvantagem em
todos os testes de habilidade.
Y18. Torre de Necromancia A magia que certa vez selava as portas já se esvaiu. Quando os
visitantes se aproximarem das portas, um magen hypnos da área Y19d
Os restos de uma torre tombada se encontram espalhados ao redor
aparece na janela com vista e usa sua telepatia para instruir
de vocês. Sua base fraturada, projetando-se do chão como um dente
educadamente os intrusos a deixarem a área. Se os intrusos se
quebrado, é abundante com mãos cinzas rastejantes.
comportarem de forma ameaçadora ou ignorar seus alertas, o magen
Uma magia detectar magia conjurada aqui revela uma aura de tenta afugentá-los usando magias de sugestão, ou falhando nisso, os
necromancia mágica. Duzentas garras rastejantes estão ataca.
incansavelmente, mas inefetivamente, tentando escavar as ruinas da
torre, tijolo a tijolo. Qualquer um que perturbar esse esforço é atacado Y19b. Salão de Baile
por 2d6 garras. A fundo sob os destroços, o corpo do Alto Necromante
Música na câmara passa por vocês à medida em que vocês entram
Cadavix se encontra esmagado, embora seu fantasma tenha ficado
nesse salão de baile. Em contraste às ruinas congeladas e desoladas
para trás a fim de assombrar a torre. Os personagens que aparecerem
do lado de fora, uma dúzia de pessoas circulam por aqui, vestidas
na área da torre testemunham seu espírito magro olhando taciturno
em vestes de seda esvoaçantes e segurando máscaras de mão
para baixo nos detritos. O fantasma de Cadavix é inofensivo e ataca
coloridas e leques emplumados. Cortesãos de nobres riem e fofocam
apenas em autodefesa; ele lamenta a queda de Ythryn e anseia em ver
conforme servos se movem em meio a eles, oferecendo doces
seu corpo libertado das ruinas.
açucarados em pratos de prata.
Escavar na torre requer picaretas e pás, e leva um número de horas
A música, pessoas, comida, decoração e aquecimento são ilusões com
igual a 50 dividido pelo número de escavadores (mínimo de 1 hora).
as quais os personagens podem interagir (veja “Unindo-se ao Baile”
As garras rastejantes não contam como escavadores, nem atacam os
abaixo). A cena pode ser encerrada com uma magia dissipar magia (CD
personagens que se unirem aos esforços de escavação. Muito pelo
19). Se o baile ilusório for dissipado, o conteúdo verdadeiro do
contrário: elas ficam visivelmente excitadas à medida em que o
aposento é revelado:
desenterramento de seu mestre fica mais perto. Se o corpo congelado
de Cadavix por desenterrado, seu espírito é colocado para descansar e O salão de baile se encontra em ruinas e gélido com sua mobília
as garras se perdem nas ruinas. Aqueles que encontrarem o corpo misturada e despedaçada. Acima do chão onde os nobres dançavam,
podem reclamar seu colar (veja “Tesouro” abaixo). três cilindros de vidro com adornos de ferro lentamente se movem
pelo ar. Abrigado em cada cilindro está um cérebro humano inchado
Inscrição. Os personagens que cavarem fundo o bastante para chegar
flutuando num banho de gosma translúcida e viscosa.
ao corpo de Cadavix também chegam às fundações da torre e
descobrem uma seção de parede que carrega a seguinte inscrição em Três magos netherenses escolheram continuar suas festas na morte-
Dracônico: “Sétimo, trace um círculo com as cinzas do morto”. Essa é vida, cada qual se tornando um cérebro num jarro. Os três magos
uma passagem do Rito dos Oito Arcanos. ficaram loucos pela sua existência de morto-vivo. Dissipar a ilusão os
deixa furiosos. Visitantes que arruínam o baile de qualquer maneira
Tesouro. O corpo de Cadavix veste um colar de bolas de fogo com seus
são atacados.
contas restantes.
Unindo-se ao Baile. Os personagens podem interagir livremente com
Y19. Pináculo de Iriolarthas os arredores ilusórios. A magia reage às ações deles, permitindo a eles
manter conversa com os cortesãos, unir-se à dança, ou até mesmo
Um campo de força cintilante circunda essa cidadela de obsidiana com
provar os canapés. Todas as invenções ilusórias não sabem nada do
360m de altura, a qual se eleva a partir do centro de Ythryn e deixa
destino de Ythryn e estão interessadas apenas na festa e em fofocas.
todas as estruturas vizinhas menores. As criaturas não podem
Os personagens que gastarem ao menos 5 minutos falando com os
atravessá-la, nem podem se teleportar a nenhum local no interior dela.
convidados ou servos ilusórios descobrem um fato aleatório da tabela
Qualquer criatura que realizar o Rito dos Oito Arcanos próximo ao
de Conhecimento de Ythryn.
pináculo pode atravessar o campo de força em qualquer direção na
sequência.
Y19c. Câmaras do Conselho
O pináculo, o interior do qual é mostrado no mapa 7.3, tem as seguintes
Essas câmaras serviam como escritórios para os burocratas que
características recorrentes:
administravam as operações do dia-a-dia da cidadela. Cada aposento
Covil do Demilich. O pináculo é o covil do demilich Iriolarthas. As contém uma única mesa, um gabinete cheio de pergaminhos
ações de covil previstas na descrição de demilich do Manual dos arruinados e uma cômoda contendo materiais de escrita. Tudo está em
Monstros se aplicam para todo o pináculo, embora Iriolarthas possa desarranjo e coberto de gelo.
usar ações de covil apenas enquanto estiver no interior dele. O
Os personagens que procuraram na câmara mais a norte descobrem
pináculo não tem características do covil do demilich.
uma carta não-finalizada que detalha a aquisição de um artefato
Tetos. Os tetos tem 9m de altura dentro dos aposentos e 3m de altura datado do império de Ostoria. Esse fuso de pedra com runa esculpida
nos corredores. é descrito como tendo um propósito desconhecido. O escritor nota que
ele foi movido para a câmara de estase da cidadela para estudos
Portas. As portas são feitas de carvalho encantado equipadas com
posteriores.
trancas e dobradiças de adamantina.

Iluminação. O interior do pináculo é intensamente iluminado por Y19d. Passagem da Guarda

magias de chamas contínuas conjuradas em arandelas de parede.
Ao final da passagem a oeste, uma janela estreita dá vista aos degraus
que levam à entrada principal (área Y19a). Qualquer um que entrar
Y19a. Entrada Principal
nessa passagem é desafiado por um magen hypnos – o mesmo que
Se os personagens chegarem nessa área subindo a estrutura da área tenta afugentar os intrusos na área Y19a. Esse magen aparece de uma
Y6, leia: câmara de sentinela apertada a leste e usa telepatia para polidamente
informar aos intrusos que eles estão trespassando: se os intrusos não
Próximo ao ápice da estrutura, o teto do túnel dá caminho a um sairem imediatamente, o magen tenta forçosamente ejetá-los.
patamar que oferece uma visão da parte superior da cidadela. Luz
vinda de uma janela no alto ilumina um conjunto de degraus que
sobem para um par de portas de mogno na face da torre.
Y19e. Câmara de Liquefação
Luzes azul, púrpura e verde alternadas derramam nesse aposento
através de uma única janela. Mesas aparafusadas em baixo
sustentam um arranjo de equipamento: Provetas de fluido
alquímico, alambiques, agulhas de corte de cristal, ferramentas
cirúrgicas, tubos de couro enrolado, e mais. Atrás das mesas se
encontra um conjunto ornado de armadura. Onde a cabeça deveria
estar, há um cérebro humano inchado flutuando dentro de uma
vasilha de fluido translúcido.
Esse aposento de rituais é projetado para servir a um propósito
pavoroso: a transformação de uma criatura viva num cérebro num
jarro. Veneranda, uma maga netherense NM, extraiu seu próprio
cérebro para se tornar um cérebro num jarro que está afixado ao corpo
de um horror de elmo sem cabeça. Se os personagens ameaçarem ou a
atacarem, Veneranda coloca o horror de elmo contra o grupo e ataca.
Embora eles estejam em conjunto, o cérebro num jarro e o horror de
elmo rolam iniciativas separadamente e atacam como criaturas
separadas. O cérebro pode se desatar do horror de elmo com uma ação
bônus.
Diferente de seus companheiros do salão de baile (área Y19b),
Veneranda é fria, calculista e totalmente ciente do destino de Ythryn.
Se os personagens se comunicarem com ela, ela os cumprimenta com
cautela em Loross e tenta descobrir o que aconteceu com o mundo nos
séculos desde a queda de Ythryn. Seu objetivo pessoal é restaurar
Ythryn à sua glória passada. Ela não sabe porque a cidade colidiu, mas
ela acredita que o obelisco quebrado (veja área Y21) pode voltar no
tempo para reparar o dano. Para ativar sua magia, Veneranda diz que
ela precisa do cajado de poder do Iriolarthas, o qual ele mantém em sua
sala de estudos. Ela propõe que os personagens invadam a sala de
estudos de Iriolarthas, roubem seu cajado, e o tragam para ela. Ela se
recusa a acompanha-los, por conta do provável perigo. Se eles
completarem essa missão e retornarem com o cajado, ela os escolta ao
obelisco e tenta ativá-lo. Se os personagens não estiverem dispostos a
ajudar Veneranda a alcançar seu objetivo, eles rapidamente
sobrevivem à sua utilidade, e ela tenta destruí-los.
Ritual de Transferência de Cérebro. Veneranda pode usar o
equipamento nessa câmara para transformar um humanoide num
cérebro num jarro. Esse ritual leva 24 horas e resulta na morte e
liquefação do corpo do sujeito. Veneranda não permite a ninguém ver
o ritual enquanto ele está sendo realizado.
Y19f. Depósito de Cajados
Esse aposento de forma irregular contém seis cajados armazenados
em estantes ao longo de suas paredes, com espaço para mais.
Cada cajado pode servir como um foco arcano para um conjurador. Os
cajados são os seguintes:
Cajado 1 é uma vara reta de cinza pálida com uma cabeça de coruja de
olhar severo esculpida em seu topo.
Cajado 2 é um comprimento polido e liso de madeira pintada de azul
que é tão forte quanto o aço, com veios negros correndo por ele e um
polvo esculpido em seu topo.
Cajado 3 é feito de vidro púrpura translúcido, o qual se divide em três
ramos no topo que circulam ao redor um do outro para formar um
espiral oco com um orbe de vidro púrpura mais claro enfiado dentro
dele.
Cajado 4 é esculpido a partir da madeira de laspar dourada, com
esculturas de peixe nadando no rio ao longo de seu comprimento.
Cajado 5 é feito da madeira de represeiro, uma substância dura
similar ao carvalho. Seu eixo é nodoso e retorcido, com seu topo
esculpido à semelhança de uma mão humana segurando uma
serpente.
Cajado 6 é feito de chardalyn e está impregnado com magia
netherense. Enquanto estiver segurando o cajado, uma criatura fica
imune às condições amedrontado e envenenado.
Y19g. Antro
Essa câmara é afetada pela mesma ilusão que oculta a natureza
verdadeira do salão de baile (área Y19b). Se essa ilusão não for
dissipada, leia:
Cortesãos descansam em colchões luxuosos no interior dessa
câmara circular, fumando em cachimbos longos e comendo frutas.
Encostada na parede dos fundos está uma grande harpa, com suas
cordas sendo tocadas magicamente para preencher o aposento com
uma música assombrosa. No meio do aposento, um baú de madeira
cúbico e trabalhado com gemas se encontra numa mesa de
mármore redonda com uma base em forma octogonal.
Se a ilusão for dissipada, a música se encerra e a câmara é revelada
como sendo uma ruina gélida e abandonada. O baú e a mesa são
objetos reais que permanecem após a ilusão ser dissipada.
Tesouro. O baú é um abracadabra que Iriolarthas e seus convidados
usavam para produzir comida e bebida.
Y19h. Bar dos Membros
Esses aposentos são afetados pela mesma ilusão que oculta a natureza
verdadeira do salão de baile (área Y19b). Se essa ilusão não tiver sido
dissipada, leia:
Festeiros bem-vestidos circulam, falando em voz alta uns com os
outros enquanto servos carregas garrafas de vinho e cervejas para
reencher suas taças. Atrás de um balcão retangular, um humanoide
careca e de pele pálida serve vinho a partir de uma garrafa ornada.
Se a ilusão for dissipada, essa área é mostrada como sendo uma ruina
congelada desolada de habitantes.
Tesouro. Atrás do balcão retangular, guardadas em estantes de
armazenagem, estão uma dúzia de garrafas de vinho com 2.000 anos
de idade. Uma magia detectar magia revela uma aura de abjuração
mágica ao redor de cada garrafa, a qual tem seu conteúdo preservado.
Cada garrafa de vinho vale 50po a um comprador interessado.
Y19i. Ponte de Força
Uma janela com 2,1m de altura e 1,2m de largura na extremidade norte
da área Y19b dá vista a uma lacuna com 10,5m de largura no
superestrutura do pináculo. No lado mais longe dessa lacuna, uma
janela similar se abre na Câmara da Feitiçaria (área Y19j). Entre essas
janelas se estende um plano de força invisível e mágico com 1,5m de
largura que serve como uma ponte (no mapa 7.3, essa ponte está
marcada por um par de linhas tracejadas). Essa ponte invisível, a qual
é segura de cruzar, é suprimida pela ativação do fuso na área Y19n.
Y19j. Câmara da Feitiçaria
Seus reflexos dançam sobre as superfícies espelhadas dessa câmara.
Onze alcovas se estendem das paredes como os pontos de uma
estrela, cada qual se estreitando a um nicho onde um cristal
brilhando suavemente está montado 1,5m acima do chão. O ar
parece zumbir com poder reprimido.
Logo após os personagens entrarem nessa área, uma entidade
chamada Perpétuo torna sua presença conhecida. Perpétuo é uma
magia viva vinculada ao pináculo. Ela pode se manifestar na imagem
de quaisquer espécies ou gênero de humanoide, mas se padroniza à
forma descrita abaixo:
 Repentinamente, os cristais brilham conforme raios de energia
saltam um a um para convergirem no centro do aposento. À medida
em que mais dos raios se intersectam, uma figura transluzente vem
à vista onde sua lua converge: um homem careca vestindo um traje
púrpura longo. Sua face mostra um sorriso à medida em que ele os
vê.
Perpétuo fala o mesmo idioma de qualquer criatura que converse com
ele. Ele não pode atacar ou ser danificado, e ele não pode ser dissipado.
Iriolarthas criou Perpétuo para ajudar a si e aos seus aprendizes em
sua missão condenada de restaurar Ythryn a partir da ruina. Nos anos
desde sua criação, Perpétuo viu Iriolarthas sucumbir a pó e seus
aprendizes serem transformados em nóticos. Com nada para fazer
exceto sustentar sua ordens permanentes, Perpétuo ficou
desamparadamente entediado. Os personagens são as primeiras
novas faces que ele viu por séculos, e ele imediatamente os acolhe. As
ordens permanentes de Perpétuo são as seguintes:
• Auxilie à restauração da cidade.
• Não revele os segredos da cidade a forasteiros.
Perpétuo pode se manifestar em qualquer lugar no interior do
pináculo e pode se mover instantaneamente entre os locais dentro
dele. Se os personagens expressarem interesse em restaurar Ythryn à
sua glória antiga, ele lamenta “Muitas mentes poderosas já tentaram”.
Se os personagens mencionarem o plano de Veneranda de usar o
cajado de poder do Iriolarthas e o obelisco, Perpétuo os adverte
dizendo “Isso pode não ser sábio, pois o obelisco foi danificado na
colisão. Iriolarthas não conseguiu repará-lo”. Se os personagens
perguntarem a Perpétuo como chegar à sala de estudos de Iriolarthas,
ele diz que não pode ajuda-los, dizendo “Minhas ordens me impedem
de revelar os segredos da cidade a forasteiros”.
Cristais de Energia. Os cristais inseridos nos nichos são usados para
projetar a forma ilusória de Perpétuo por todo o pináculo. Cada cristal
é um objeto Miúdo com CA 8, 3 PVs e imunidade a dano venenoso e
psíquico. Se mais da metade dos cristais forem removidos ou
destruídos, Perpétuo deixa de existir.
Porta Secreta. Essa escotilha está montada no teto, a 9m acima do
chão, e pode ser notada do chão apenas com um teste bem-sucedido
de Sabedoria (Percepção) CD 20. Bater na escotilha faz com que ela
oscile para abrir, revelando um eixo vertical com 1,5m de diâmetro
que sobe 15m para a área Y19k. Um personagem pode usar uma ação
para puxar e abrir escotilha por força, fazendo isso com um teste bem-
sucedido de Força CD 20.
Y19k. Domo
A caixa de texto a seguir assume que os personagens chegam ao se
moverem para cima no eixo a partir da área Y19j. Modifique esse texto
se os personagens entrarem a partir do sul:
Vocês sobem num salão oval brilhando com gelo. Esculturas
decoram as paredes, e longos sincelos estão suspensos no teto. Um
domo de gelo translúcido com 3m de raio encobre a área ao redor
do eixo do qual vocês emergem. Nos fundos do salão, duas porções
de escuridão total em forma de lâminas planam no ar em cada lado
de uma porta dupla. Um cristal verde brilhante com cerca do
tamanho do punho de um humano está alocado no arco acima da
porta.
Uma muralha de força hemisférica, com seu lado de fora coberto por
uma fina camada de gelo, cobre o eixo levando para baixo na área Y19j.
Essa barreira foi criada por uma magia de muralha de força e é mantida
pelo cristal verde brilhante alocado acima da porta (veja “Cristal
Verde” abaixo). Contanto que esse cristal esteja brilhando, a muralha
de força não pode ser dissipada.
Duas lâminas vivas do desastre guardam a porta dupla que bloqueia o
caminho para a área Y19l. As lâminas atacam os intrusos que se
moverem ao alcance de sua visão às cegas (9m), e as lâminas podem
passar através da muralha de força.
Cristal Verde. Esse cristal brilhante sustenta a muralha de força, mas
ficou solto em sua fixação de pedra. Sempre que um barulho alto for
feito no interior da câmara, o cristal solto tremeluz. Barulhos
tremendamente altos, como aqueles feitos por uma magia onda
trovejante ou um chifre de explosão fazem com que o cristal se extinga
por 1d6 rodadas, tempo durante o qual a muralha de força é
suprimida. A primeira vez que isso acontecer, o gelo que cobre o domo
desmorona.
Um personagem dentro do alcance do cristal pode usar uma ação para
arrancá-lo de sua fixação, o que faz com que o cristal fique escuro para
sempre, encerrando a muralha de força. O cristal é um objeto Miúdo
de 0,5 kg com CA 13, 4 PVs e imunidade a dano venenoso e psíquico.
Y19l. Câmara de Testagem
A caixa de texto seguinte assume que os personagens olham através
da porta da área Y19k. Se eles chegarem do sul, modifique o texto de
acordo:
Alinhando-se à parede distante desse salão estão oito portas, cada
qual marcada com um símbolo arcano diferente. Na parede acima
delas está gravada uma inscrição em Dracônico.
Uma armadilha mágica (marcada com T no mapa 7.3) preenche a área
quadrada de 3m imediatamente a sul da porta dupla à área Y19k e
engatilha sempre que uma criatura que não for nem um constructo
nem um morto-vivo entrar na área pela primeira vez. Qualquer
criatura que engatilhar a armadilha é mirada por uma magia carne
para pedra (CD 17). Uma criatura não pode ativar a armadilha mais de
uma vez. Após ser engatilhada três vezes, a armadilha desaparece.
Inscrição Dracônica. A inscrição diz “Fale o nome do mestre e entre”.
Oito Portas. Um personagem que passar num teste de Inteligência
(Arcanismo) CD 10 reconhece que os símbolos nas portas
representam as oito escolas de magia. Abrir qualquer uma das oito
portas revela escuridão total adiante. Uma criatura que tiver visão no
escuro não pode ver através dessa escuridão mágica, mas um bruxo
com a Visão Diabólica pode. Luz mágica, bem como a luz criada por
magias de nível 8 ou menor, não podem iluminar nela. Essa escuridão
preenche os túneis a sul das portas e não pode ser dissipada. Para
atravessar em segurança, um personagem deve falar o nome de um
dos oito aprendizes de Iriolarthas e então dar um passo através da
porta associada à escola de magia desse mago. Os oito aprendizes
eram:
Alto Abjurador Taruth Alto Evocador Zadulus
Alto Conjurador Damorith Alto Ilusionista Ajamar
Alto Adivinho Apius Alto Necromante Cadavix
Alta Encantadora Ivira Alta Transmutadora Metaltra
Os personagens podem descobrir os nomes dos aprendizes a partir do
museu (área Y29). Cada vez que uma criatura atravessar uma porta
farpado
sem falar o nome correto, um diabo barbado aparece no corredor
escuro adiante. O diabo pode ver na escuridão mágica e ataca
quaisquer criaturas que se moverem para dentro do corredor sem
primeiro falar o nome correto. Esses diabos podem sair da escuridão
e perseguir seus inimigos. Um minuto após um diabo aparecer, ele
desaparece, sem deixar rastros de si para trás. Assim que um diabo
farpado
barbado tiver sido invocado, nenhum outro diabo pode ser invocado
nesse mesmo corredor por 24 horas.
Y19m. Câmara da Estrela de Ébano
Um vórtice de estrelas brilhantes está suspenso no ar dentro dessa
câmara, lentamente rotacionando em seu eixo. Conforme as
constelações se movem, elas conjuram luzes estelares radiantes
pelas paredes. Oito cadeiras de encosto alto, cada qual carregando
um símbolo arcano diferente, estão viradas para esse miasma
estelar.
Os aprendizes de Iriolarthas, conhecidos como os Magos da Estrela de
Ébano, governaram Ythryn desse salão. Oito corredores magicamente
escurecidos conectam esse salão à área Y19l. Arcos separados se
abrem para dentro das áreas Y19n e Y19o.
Na extremidade sul do salão, uma passagem com 3m de largura leva a
uma porta dupla trancada, além da qual se encontra uma sacada (área
Y19p). A porta está protegida por magia que a impede de ser
danificada ou forçada a abrir; ela pode ser destrancada, no entanto,
por alguém que usar a chave de adamantina na área Y19o, ou por um
personagem que usar ferramentas de ladrão e fazer um teste bem-
sucedido de Destreza CD 18 com uma ação para abrir a tranca.
Campo de Estrelas. O campo de estrelas rodopiante representa o
cosmos conforme era conhecido aos netherenses. Um personagem que
estudar o campo estelar vê um fenômeno estranho: uma estrela negra
numa posição onde nenhuma estrela conhecida existe hoje. Esse
personagem agora se arrisca a ser amaldiçoado com um sentido de
mau presságio. No final do próximo descanso longo do personagem, o
personagem deve fazer um TR Int CD 20. Numa falha, o personagem
ganha o seguinte defeito: “Eu não posso olhar no céu em razão da
estrela de ébano poder estar olhando de volta para mim”. Qualquer
magia que encerre uma maldição pode livrar o personagem desse
defeito.
Cadeiras dos Magos. Qualquer personagem que passar num teste de
Inteligência (Arcanismo) CD 10 reconhece que os símbolos nas
cadeiras representam as oito escolas de magia.
Qualquer um que tiver um encanto sobrenatural recebido ao beber o
cálice na área Y8 pode se sentar em segurança na cadeira para a escola
de magia atrelada a esse encanto. Similarmente, um mago pode se
sentar em qualquer cadeira que corresponda à sua tradição arcana
escolhida (por exemplo, se Vellynne Harpell estiver com o grupo, ela
pode se sentar na cadeira marcada com o símbolo da necromancia,
uma vez que ela é uma necromante). Se um ou mais membros do grupo
tomarem seus assentos apropriados aqui, o campo de estrelas se
transforma numa porta brilhante que persiste por 1 minuto antes de
se transformar de volta em sua forma original. Enquanto estiver nesse
aposento, Iriolarthas o demilich pode usar uma ação para fazer com
que a porta se abra sem ter de se sentar numa cadeira. As criaturas que
se moverem através dessa porta são teleportadas ao nível superior da
área Y19q.
Cada cadeira é um objeto Médio com CA 15, 18 PVs, e imunidade a
todos os danos exceto dano de força. Destruir todas as cadeiras faz
com que o campo de estrelas desapareça, revelando o acesso à área
Y19q a partir desse aposento.
Y19n. Câmara de Estase
Um fuso de pedra cinza com 3m de altura plana em vertical e
rotaciona lentamente no interior dessa câmara circular. Tudo ao
redor dele, a superfície das paredes do aposento estão rachadas,
como se alguma energia terrível certa vez tivesse percorrido por
elas.
Essa câmara foi construída para abrigar itens mágicos instáveis
durante experimentação, mas não pôde conter o artefato que
Iriolarthas e seus aprendizes recuperaram do fundo do Mar do Gelo
em Movimento. Durante um exame de rotina, o fuso brevemente se
tornou ativo, dissipou os efeitos mágicos por toda Ythryn, e fez com
que a cidade mergulhasse na Geleira Reghed. O fuso está agora
dormente, mas pode ser reativado para causar estragos na Trama.
O fuso é imune a todos os danos e não é afetado por qualquer magia
existente hoje. Ele não pode ser movido desse local. Se ele for mirado
por uma magia de nível 5 ou maior, uma explosão de energia mágica
irrompe dele: todos os itens mágicos e efeitos mágicos dentro de um
raio de 4,5 km (incluindo aqueles no interior do pináculo) são
suprimidos por 24 horas, e os conjuradores são sugados de quaisquer
slots de magia não gastos. Magias vivas, constructos e outras criaturas
criadas magicamente não são afetadas.
O pulso de energia suprime armadilhas mágicas por toda a cidade e faz
com que a câmara flutuante acima do Pináculo da Doca Celeste (área
Y28) colida ao chão, pulverizando-o e causando 18d10 dano contusivo
a cada criatura dentro dele.
Y19o. Biblioteca
As paredes desse aposento quase triangular estão cheias de estantes
de livros do chão ao teto. Centenas de livros e pergaminhos foram
lançados para longe de seus lugares de descanso quando a cidade
colidiu e agora cobrem o chão. O tempo e o frio intenso não foram
gentis a eles.
Muitos dos livros e pergaminhos que bagunçam o chão foram
arruinados pelos séculos de desuso, mas os aventureiros que
procurarem nos restos desvendam dois sobreviventes: um
pergaminho (veja “Tesouro” abaixo) e um tomo frágil com uma estrela
negra de oito pontas em sua capa da frente. Esse tomo frágil registra
vários encontros dos Magos da Estrela de Ébano. Uma passagem
explica, na escrita Dracônica, que “o Mestre Iriolarthas abre a porta
para sua sala de estudos quando três ou mais de seus aprendizes – ou
aqueles empoderados pelo cálice na Casa do Arcano – estão sentados
corretamente na Câmara da Estrela de Ébano”. Essa passagem fornece
aos aventureiros a informação que eles precisam para abrir a porta
mágica na área Y19m.
Tesouro. Deitado em meio aos documentos arruinados estão dois
itens úteis: um pergaminho do cometa e uma chave de adamantina. A
chave não é mágica e destranca a porta dupla para a sacada (área
Y19p).
Y19p. Sacada da Alta Corte
Uma porta dupla trancada barra o caminho para a área Y19m. A porta
está protegida com magia que a impede de ser danificada ou forçada a
abrir; ela pode ser destrancada, no entanto, por alguém que use a
chave de adamantina na área Y19o, ou por um personagem que usar
as ferramentas de ladrão e fizer um teste bem-sucedido de Destreza
CD 18 com uma ação.
Os Magos da Estrela de Ébano usavam essa sacada para fazer
pronunciamentos aos habitantes de Ythryn. As palavras ditas por uma
criatura de pé na sacada são magicamente amplificadas ao som dez
vezes mais alto que o normal.
Y19q. Sala de Estudos de Iriolarthas
Esse aposento pode ser acessado ao ativar a porta mágica na área
Y19m. A porta é um portal de mão dupla que se fecha após 1 minuto,
embora ele possa ser reaberto desse lado ao falar a palavra de
comando apropriada (“Saldrinar”). Qualquer um que chegar por essa
rota aparece no nível superior do aposento, o que a seguinte caixa de
texto assume:
Essa grande câmara tem estado inviolada por séculos. No nível
superior, tudo ao redor de vocês, são mesas cobertas com
parafernália arcana. Um leve som grunhindo emana de um
retângulo sombroso do tamanho de uma porta ao longo da parede
encurvada a norte.
Escadarias a leste e oeste descem para a parte inferior do aposento,
onde uma biblioteca afundada está situada num fosso circular com
6m de largura e 3m de altura. Uma escada correndo ao longo de um
caminho circular dentro desse buraco permite acesso fácil aos
muitos livros e pergaminhos nas prateleiras.
Se os personagens ainda não tiverem encontrado Iriolarthas, o
demilich e três nóticos estão presentes:
Posicionadas na borda do fosso estão três criaturas aberrantes,
cada qual olhando para vocês com um olhar singular e medonho.
Flutuando acima do meio do fosso está um crânio humano com
símbolos arcanos finos se formando acima dele.
Faça com que os jogadores rolem a iniciativa para seus personagens, e
role a iniciativa para todas as outras criaturas presentes.
Veja a seção “Iriolarthas o Demilich” no início do capítulo para
informação sobre o demilich. Iriolarthas ataca qualquer um que pegar
seu cajado de poder ou grimório acima das mesas (veja “Tesouro”
abaixo). Os nóticos defendem o demilich e a si mesmos.
O retângulo grunhindo sombroso na parede norte é um semiplano vivo
que foi criado quando Iriolarthas escapou da queda de Ythryn. Ele se
move na direção do intruso mais próximo com a intenção de
aprisionar essa criatura em sua câmara extradimensional. Qualquer
um que for lançado para dentro dessa câmara deve lidar com cinco
criaturas hostis já aprisionadas dentro dele: três magen galvan e dois
golens de carne. Conforme os golens atacam recém-chegados, os
magen usam suas ações de Toque Chocante e Descarga Estática para
curar os ferimentos dos golens.
A biblioteca afundada no meio da sala de estudos tem prateleiras
enfileiradas em suas paredes com 3m de altura e uma escada que pode
ser empurrada ao longo de um caminho circular para alcançar
qualquer prateleira. Em meio aos livros e pergaminho mantidos aqui
está um pacote de mapas e esquemas de pergaminho detalhando
aspectos de Ythryn. Os personagens que estudarem esses papéis por
ao menos 1 hora descobrem os seguintes fatos:
• A cidade foi mantido no alto pelo mythallar de Ythryn (área Y23). Até
oito magos podem se sintonizar a esse dispositivo por vez. Se todos
eles concordarem, eles podem usar seu poder para mover a cidade
através dos céus e controlar o tempo por quilômetros ao redor dela.
• Se o desastre alguma vez atingir a cidade, os magos podem explorar
o poder do obelisco (área Y21) para voltar no tempo e evitar a ruina.
Os esquemas contêm instruções para ativar o obelisco, o qual requer
um cajado de poder como uma fonte de poder.
• A palavra de comando para reabrir a porta mágica para a área Y19m
é “Saldrinar”, a qual também vem a ser o nome de um arquimago
netherense há muito morto.
• A palavra de comando para desativar o campo de força ao redor do
pináculo é “Olostin”. Se esse nome for falado em voz alto dentro da sala
de estudos de Iriolarthas, o campo de força envolvendo o pináculo e o
mythallar de Ythryn (área Y23) se desativa permanentemente.
Tesouro. Os tesouros seguintes podem ser encontrados em meio a
entulhos no nível superior da sala de estudos: uma pequena caixa de
metal contendo quatro frasquinhos de mercúrio (500po cada), um
bastão intrincado de cristal (1.800po), o cajado de poder com todas as
cargas de Iriolarthas, um grimório robusto intitulado Os
Encantamentos de Iriolarthas, e um pergaminho de invocar tarrasque.
O bastão de cristal e os frasquinhos de mercúrio são componentes
materiais não-mágicos necessários para a magia criar magen no
grimório de Iriolarthas.
O Professor Skant fica excitado pela descoberta do pergaminho de
invocar tarrasque, posto que o tarrasque é uma de suas áreas de
expertise. O orbe professor sabe tudo sobre o conhecimento de
tarrasque no Manual dos Monstros, bem como os traços do monstros,
o que ele fica feliz em compartilhar com o grupo.
Y20. Torre de Evocação
O topo dessa torre é moldada como a lâmina de um machado. Luz
vermelha brilha para fora de uma janela delgada no alto da vista.
O interior da torre está danificado por fogo, eletricidade e ácido, tendo
suportado o peso de séculos de conjuração destrutiva. Uma escadaria
espiral sobe à câmara mais alta. Quando os personagens chegarem lá,
leia:
Orbes vermelhos de luz dançam como vagalumes ao redor dessa
câmara octogonal com 9m de diâmetro. Um braseiro grande
apagado se encontra no centro do aposento, e oito alcovas
quadradas de 3m enfileiram as paredes, cada qual repleta de gelo.
O teto arcado está coberto de sincelos.
Essa câmara está acesa por uma magia permanente de globos de luz
que pode ser dissipada (CD 17). Os personagens que passarem num
teste de Sabedoria (Percepção) CD 10 notam uma inscrição no teto,
mas o gelo o cobrindo a torna ilegível (veja “Inscrição” abaixo).
O braseiro central é encantado. Uma única fagulha criada no interior
dele faz com que ele arda com chamas mágicas por 24 horas. Se o
braseiro for aceso, o calor que ele concede começa a derreter o gelo na
câmara, revelando as palavras da inscrição após 10 minutos.
Alcovas. Exame das alcovas revela que cada uma contém o que parece
ser um cubo de 3m de gelo. Um dos cubos tem um esqueleto
humanoide – os restos do Alto Evocador Zadulus – suspenso dentro
dele. Esses blocos de gero são, na verdade, oito cubos gelatinosos
mantidos em criostase mágica. Se o braseiro for usado para
descongelar o gelo no aposento, esses cubos despertam após 10
minutos e emergem de suas alcovas, atacando todas as outras
criaturas no aposento.
Inscrição. A inscrição no teto está escrita em Dracônico e diz “Quinto,
extinga a chama na palma com gelo”. Essa é uma passagem do Rito dos
Oito Arcanos.
Y21. Obelisco
Um obelisco de pedra negra com 18m de altura e com a superfície
coberta de runas arcanas se projeta do chão. Uma fina rachadura se
formou num lado, estendendo-se da base do obelisco até o seu meio.
Antes de Ythryn colidir, Iriolarthas contou com esse obelisco como
uma medida de precaução no caso de Ythryn ter experenciado uma
catástrofe. Era um dos poucos artefatos netherenses raros que podiam
rebobinar o tempo (veja a caixa lateral “Segredo dos Obeliscos”). Ele
foi danificado durante a queda de Ythryn e, apesar dos melhores
esforços de Iriolarthas, o demilich não pôde repará-lo. Os personagens
que descobrirem sobre o obelisco na sala de estudos de Iriolarthas
(área Y19q) sabe como ativá-lo (veja “Ativando o Obelisco” abaixo).
Um personagem que examinar o obelisco e passar num teste bem-
sucedido de Inteligência (Arcanismo) CD 10 reconhece que as runas
mágicas inscritas no obelisco representam todas as oito escolas de
magia. Se o resultado do teste exceder a CD por 5 ou mais, o
personagem também identifica runas relacionadas a cronomancia, a
arte de magicamente manipular o tempo.
Ativando o Obelisco. Se os personagens recuperarem o cajado de
poder do Iriolarthas e Veneranda estiver com eles, ela insiste que o
cajado deve ser usado para ativar o obelisco dormente. Qualquer
personagem que passar num teste de Inteligência (Arcanismo) CD 20
pode verificar que essa tarefa não está além do poder do cajado,
embora ela leve ao menos metade das cargas do cajado para ser
alcançada. Se uma criatura sintonizada ao cajado usar uma ação para
gastar 10 ou mais de suas cargas enquanto tocar o cajado ao obelisco,
o poder surge do cajado e engatilha os seguintes eventos
devastadores:
• O cajado se divide ao meio, engatilhando sua propriedade Ataque
Retributivo (veja a descrição do cajado no Guia do Mestre).
• Qualquer criatura a até 36m do obelisco que não for morta pela
explosão do cajado se torna 10 anos mais jovem. Criaturas cuja idade
seja reduzida a 0 por esse efeito deixam de existir, deixando para trás
os itens que elas estavam vestindo e carregando.
• O obelisco se desintegra, assim como os outros obeliscos como ele
por todo o mundo, mas não antes de lançar o planeta inteiro no
passado, a um período anterior à queda de Ythryn (veja “Ano da
Medula Gelada).
Segredo dos Obeliscos
Nessa aventura, nós descobrimos o segredo dos obeliscos que
apareceram em outras aventuras da quinta edição publicadas pela
Wizard of the Coast, incluindo Tumba da Aniquilação e Águas
Profundas: Masmorra do Mago Louco.
O primeiro grupo desses obeliscos mágicos foi construído por uma
sociedade secreta de conjuradores chamada de os Tramadores. Esses
obeliscos podiam alterar a realidade numa escala grande, enviando
uma região ou um mundo inteiro de volta a um tempo anterior
(efetivamente apagando parte da história). Os obeliscos foram
construídos para se oporem aos efeitos de magias calamitosas e
eventos de cataclisma.
Uma mago maligno chamado Vecna roubou um desses obeliscos e o
usou para apagar os criadores do obelisco da existência. Vecna
também roubou o conhecimento necessário para criar novos
obeliscos. Esse conhecimento depois veio à posse dos magos
netherenses, que construíram obeliscos similares por conta própria.
Eles acreditavam que se alguma catástrofe destruísse seu império,
esses obeliscos poderiam ajudar a restaurá-lo. Infelizmente para eles,
muitos dos obeliscos construídos para proteger Netheril foram
roubados ou de outra forma perdidos pelo tempo, bem como os
registros de seu propósito e informação sobre como os ativar.
Y22. Torre da Ilusão
Uma torre de obsidiana envolta numa bruma de teia de aranha
paira perante vocês. Olhos esculpidos no trabalho de pedra parecem
se fixar em vocês conforme vocês se aproximam da entrada. A janela
mais alta da torre emite uma luz púrpura.
Uma magia detectar magia conjurada aqui revela uma aura de ilusão
mágica. Essa magia faz os olhos esculpidos na torre parecerem seguir
aqueles que se aproximam da estrutura. Os personagens que entrarem
na torre encontram a bruma no interior também. Sons assustadores
preenchem o ar: batidas de coração, soluços e bafos ofegantes e
ásperos.
Conforme o grupo avança, as brumas ao redor dos personagens se
manifestam em ilusões dos seus piores medos, e cada personagem se
torna o alvo de uma magia assassino fantasmagórico conjurada no
nível 8 (CD 17). Os personagens que sobreviverem à experiência
aparecem juntos na câmara superior da torre, a qual está livre da
bruma.
Câmara de Ilusão. A câmara mais alta da torre é um quadrado de 9m
e está acesa por magias de chama contínua púrpuras em arandelas de
parede. Uma inscrição escrita nas paredes em dracônico diz “Sexto,
mostre a face ao céu”. Isso é o escrito ilusório mascarado como uma
passagem do Rito dos Oito Arcanos. Se os personagens sairem após
adquirir apenas essa informação, eles ouvem a fraca risada do Alto
Ilusionista de Ythryn, Ajamar, trilhando atrás deles conforme eles
saem da torre. A passagem real é revelada quando o escrito ilusório
for dissipado com sucesso (CD 17) ou examinado por alguém que
tenha visão verdadeira. Ele diz “Sexto, esconda-se por trás de uma
máscara”.
Y23. Mythallar de Ythryn
Esse enorme artefato está encoberto dentro do campo de força ao
redor do Pináculo de Iriolarthas. Para chegar nele, um personagem
deve primeiro realizar o Rito dos Oito Arcanos para diminuir o campo
de força.
Abaixo do grande pináculo, uma esfera de cristal luminosa com 15m
de diâmetro repousa num suporte ornado.
Veja o apêndice D para a descrição do mythallar de Ythryn e suas
propriedades mágicas. A primeira vez que uma criatura tentar se
sintonizar ao mythallar, sua meditação é perturbada pela chegada de
um intrépido das tumbas, o qual surge do chão para atacar qualquer
um presente.
O intrépido das tumbas luta até a morte para defender o mythallar de
Ythryn.
A menos que Iriolarthas seja destruído, o demilich já está sintonizado
ao mythallar. Se Iriolarthas sentir que uma outra criatura está
tentando usar o mythallar, ele sempre desaprova a tentativa e voa ao
local do mythallar para desencorajar qualquer avanço na interferência
no dispositivo. Apenas destruindo o demilich os personagens podem
usar as propriedades do mythallar desimpedidos. O poder de controlar
o tempo do mythallar pode desfazer o inverno eterno que Auril
conjurou sobre o Vale do Vento Gélido (veja “Epílogo”).
Y24. Torre do Encantamento
O gelo engolfou os andares mais baixos dessa torre desmoronando.
Luz rosa derrama para fora da janela mais alta – um único ponto
de iluminação numa região escura e fora do caminho da cidade.
Uma magia detectar magia conjurada aqui revela uma aura de
encantamento mágico. As paredes no interior são cobertas com a
seguinte sentença em Dracônico rudimentarmente escrita com piche
repetidamente: “Todo trabalho e nenhuma brincadeira torna Ivira
uma menina chata”. O chão está espalhado de baldes cobertos de piche
e esfregões congelados pelo frio.
Conforme o grupo explora mais acima na torre, a frase recorrente
muda para: “Eu sou Ivira. Ivira é meu nome”. Essas palavras são
escritas em manchas de vinho, e o chão é bagunçado com garrafas de
vinho vazio.
Pintado em sangue acima da porta que leva à câmara mais alta estão
as palavras “A coroa sabe de tudo” em Dracônico. Quando os
personagens entrarem na câmara mais ao topo, leia:
Uma mulher idosa se senta rigidamente num trono negro, envolto
em gelo. Ela veste uma coroa de tentáculos de ferro entrelaçados, e
sua testa está machucada onde o anel encaixa apertando seu crânio.
Uma inscrição decora a parede atrás dela.
Essa câmara está acesa por magias de chama contínua rosa
tremeluzindo em arandelas.
Na altura de seu poder, a arquimaga Ivira vestia uma coroa mágica
para proteger sua mente contra ataques mentais. Quando Ythryn
colidiu e magia foi momentaneamente desfeita, a coroa de Ivira se
tornou corrompida e começou a sugar suas memórias. Ela resistiu por
séculos como uma casca do seu eu antigo, mantida viva pela magia de
sua coroa. Em seu estado atual, ela está atordoada.
Um personagem que passar num teste de Sabedoria (Medicina) CD 12
pode dizer que Ivira ainda está viva. Sua coroa é amaldiçoada (veja
abaixo). Removê-la de sua cabeça faz com que Ivira estremeça e
derrame o gelo que se formou ao redor dela. Sem a coroa, seu corpo
rapidamente se deteriora, conforme os séculos cobram seu preço. Ivira
tem apenas alguns segundos antes de ela morrer e virar pó; com seu
suspiro de morte, ela implora aos personagens em Loross (a língua
morta netherense) para “destruir a coroa... liberar minhas memórias...
me deixar ter paz”.
Coroa Amaldiçoada. Ivira não pode remover a coroa de sua cabeça.
Qualquer outra criatura que a tocar deve passar num TR Sab CD 17 ou
se torna encantado por ela e usa sua próxima ação para vestir a coroa.
Se o TR tiver sucesso, a criatura fica imune a esse efeito da coroa pelas
próximas 24 horas.
Do momento em que ela vestida, a coroa começa a sugar as memórias
de seu portador, começando com as memórias mais antigas. O
portador pode sentir que suas memórias estão sendo roubadas, mas
não pode remover a coroa de sua cabeça, exceto dentro de um campo
antimagia.
Após vestir a coroa por 1 hora, uma criatura deve passar num TR Int
CD 15 ou fica atordoada até a coroa ser removida de sua cabeça por
alguém. Esse TR é repetido ao final de cada hora até ou a coroa ser
removida ou seu portador ficar atordoado. Se uma criatura vestir a
coroa por 10 dias ininterruptos, a condição se torna permanente, à
medida em que a coroa reduz seu portador a uma carcaça sem mente.
Uma magia de restauração maior ou mágica similar encerra o efeito e
restaura as memórias perdidas da criatura.
A coroa pode ser destruída na bigorna de disjunção (área Y4). Ela de
outro modo é insensível a dano. Se a coroa for destruída, as memórias
que ela absorveu inundam sobre todas as criaturas a até 3m dela. Os
personagens atacados por essa barragem ganham 1d6 pedaços de
conhecimento da tabela de Conhecimento de Ythryn.
Inscrição. A inscrição na parede atrás do trono está escrita em
Dracônico e diz “Quarto, consiga um segredo de um outro”. Essa é uma
passagem do Rito dos Oito Arcanos.
Y25. Salão da Maravilha sem Peso
Quatro colunas de basalto suportam um domo espelhado enorme no
qual estão refletidos os maiores pináculos de Ythryn e as vastas
estalactites da caverna.
A elite de Ythryn usava esse salão para meditação. À medida em que
alguém flutuava pelo interior do domo, uma imagem ilusória da pessoa
continuava lidava com seus assuntos diários em algum outro lugar na
cidade.
As quatro colunas suportando possuem portas em suas bases, as quais
abrem para dentro de eixos que sobem até o domo. Os eixos têm 18m
de comprimento e estão acesos de cima pela luz de aurora alternada
do interior do domo. Um personagem que der um passo para dentro
de uma coluna levita para cima até o domo em 1 rodada. Quando um
personagem chegar no domo, leia:
O interior do domo é iluminado por uma miasma rodopiante de
cores. Figuras humanas congeladas flutuam no ar, de pernas
cruzadas e serenas.
Criaturas no domo ganham um deslocamento de voo igual a 9m e
podem planar. Os corpos de uma dúzia de aprendizes netherenses
planam por essa área, com suas mãos em seus joelhos e seus olhos
fechados. Os personagens que adotarem essa posição podem meditar
passando num teste de Sabedoria CD 12. Enquanto estiver meditando,
um personagem pode conjurar a magia projetar imagem (CD 15). A
magia dura 1 hora, e um personagem pode realizar a meditação uma
vez por dia. Para sair do domo, um personagem deve ficar de pé no
topo de um dos quatro eixos, para ser transportado para baixo numa
maneira similar à como ele chegou.
Y26. Torre da Transmutação
Uma torre se eleva perante vocês, reta como uma flecha. Uma luz
fraca brilha da janela mais alta do pináculo, e rachaduras finas
escalam suas paredes como hera.
As rachaduras cobrindo o lado de fora da torre foram causadas
durante a colisão, quando a magia protegendo a torre tensionou ao
impedi-la de desmoronar.
Descreva o interior da torre da seguinte maneira:
As paredes no interior da torre são esculpidas com impressões de
formas humanoides pressionando para fora a partir do interior –
com mãos engarradas e rostos uivantes, capturados em pedra para
sempre.
À medida em que Ythryn estava prestes a cair dos céus, a Alta
Transmutadora Metaltra usou uma magia polimorfia verdadeira para
se transformar em algo que ela pensou que sobreviveria à destruição
da cidade: uma estátua de adamantina. Uma hora depois, quando a
magia deveria ter terminado, nada aconteceu. Por nenhuma culpa da
parte dela, ela se tornou uma estátua permanentemente.
Apenas uma magia desejo pode restaurá-la, e apenas brevemente
conforme ela envelhece séculos numa questão de segundos.
Os personagens que escalarem ao pico da torre encontram a estátua
de Metaltra deitada num canto. A estátua exibe uma mulher num robe
de mago, posada como se ela estivesse completando uma magia. Como
sua estátua estava sendo arremessada durante a colisão, ela danificou
parte de uma inscrição numa parede.
Inscrição. A inscrição danificada é uma passagem do Rito dos Oito
Arcanos. Escrito em Dracônico, ele diz “Oitavo, fique de pé no círculo
da morte e consuma...”. A palavra faltando, destruída pela estátua de
Metaltra, é “veneno”. Os personagens que procurarem pelo aposento
por fragmentos de pedra não podem encontrar os pedaços que
precisam para identificar a palavra faltante, mas conjurar uma truque
remendar na parede repara o dano e reconstrói a palavra faltante. Se
os personagens não tiverem acesso ao truque remendar, uma magia
adivinhação ou mágica similar pode ser usada para descobrir a palavra
faltante.
Tesouro. Os aventureiros que procurarem na câmara mais acima
encontram uma bolsa de feijões numa pilha pequena de entulhos.
Y27. Salão de Música
Essa estrutura enorme em forma de bota está tampada com três
canos que lembram as artérias de um coração titânico. Portas altas
abrem no interior obscuro da estrutura.
Pôsteres antigos estão colados nas paredes externas desse salão de
música. Qualquer um que puder ler o escrito em Dracônico pode
traduzir o pôster mais perto da entrada: “Experimente a obra-prima
da Orquestra Esotérica Netherense, As Trevas Entre as Estrelas!”. Um
personagem que passar num teste de Inteligência (História) CD 15
conhece essa peça lendária de música, assim como qualquer bardo no
grupo. Se os personagens entrarem no salão de música, leia:
Esse grande salão de música está cintilando com gelo, e o chão
abaixo dos pés está espalhado por fragmentos de cristal de
candelabros caídos. Os corpos congelados da audiência se
encontram espalhados em meio aos assentos em camadas, com suas
expressões congeladas em adulação extasiada. No palco, músicos
cadavéricos caíram sobre seus instrumentos despedaçados.
A Orquestra Esotérica Netherense estava no meio de sua performance
coroada quando Ythryn caiu do céu. Determinados a finalizar, os
músicos tocaram à medida em que a cidade se chocou no chão, mas
Ythryn colidiu antes que eles pudessem terminar. Privados da
oportunidade de completar seu grand finale, os espíritos
atormentados da orquestra assombram o salão.
A varinha de um condutor repousa num atril à frente do palco. Se um
personagem segurar a varinha, o salão ecoa com os sons dos
instrumentos sendo afinados, e uma orquestra espectral se
materializa a partir dos corpos no palco. Os músicos fantasmagóricos
seguram seus instrumentos e olha em expectativa ao seu condutor.
Esses espíritos não podem ser expulsos ou prejudicados de nenhuma
forma.
Conduzindo a Orquestra. Para conduzir a orquestra até o final de sua
sinfonia derradeira, um personagem deve passar em três testes
consecutivos de Carisma (Atuação) CD 15 feitos com intervalos de 1
minuto. Um personagem que souber As Trevas Entre as Estrelas ganha
vantagem em cada teste.
No primeiro teste bem-sucedido, a orquestra libera uma performance
assustadoramente bela. Se o próximo teste tiver sucesso, os ouvintes
experienciam uma sensação de queda nos fossos de seus estômagos,
espelhando o mergulho para baixo de Ythryn, à medida em que a
música chega a um crescendo. Se o terceiro e último teste tiver
sucesso, o condutor traz a peça a um encerramento satisfatório à
medida em que o som dos aplausos fantasmagóricos se eleva da
audiência e rosas negras fantasmas chovem nos músicos, que encaram
a audiência e se encurvam antes de se esvaírem para o pós-vida.
Um personagem que conduzir com sucesso a orquestra ganha
inspiração.
Em cada teste fracassado, os espíritos ficam irritados, e sua antipatia
perante o condutor causa 5d10 dano psíquico a cada criatura no salão
de música.
Y28. Pináculo da Doca Celeste
Uma torre a mais de 30m de altura tem uma câmara de vidro
rotacionando e planando sobre sua cimeira arruinada. Quatro
pilares pontudos se agarram às paredes da câmara, dando a ele a
aparência de uma coroa flutuante colossal.
O Pináculo da Doca Celeste se encontra a 36m de altura, e a câmara de
vidro magicamente flutua a 9m acima dele. A câmara lentamente
rotaciona no sentido horário. A torre e a câmara são tudo o que resta
de uma instalação muito maior que servia principalmente como uma
doca para dirigíveis.
Os personagens que entrarem na torre veem uma escadaria se
enrolando pelas suas paredes interiores. Do topo do terro arruinado,
um personagem usando corda pode fazer um teste bem-sucedido de
Força (Atletismo) CD 15 com uma ação para chegar na câmara
rotacionando, a qual tem um aposento feito de vidro com 12m de
diâmetro que oferece uma visão panorâmica da cidade. Essa câmara
certa vez serviu como um lugar de encontro íntimo e opulento para o
alto escalão da sociedade de Ythryn. Agora ela se encontra em ruina,
com as entradas abertas e as mobílias no interior quebradas.
Tesouro. Os personagens que peneirar pelos detritos no chão da
câmara encontram um navio celeste netherense em miniatura numa
garrafa (750po) e uma varinha não-mágica (um possível foco de
conjuração) feito de chardalyn. Ela está impregnada com magia
maligna. Enquanto estiver segurando a varinha, você sente uma
vontade de infligir um mal terrível aos outros, mas a vontade é
facilmente resistida. Custódia prolongada da varinha pode ter um
efeito mais prejudicial, ao seu critério.
Y29. Museu
Uma construção hexagonal e palaciana se eleva perante vocês,
coroada com um telhado domado cintilante. Uma porta dupla num
lado se encontra levemente aberta.
Os personagens que se aventurarem no interior do museu descobrem
que as estátuas e outros objetos de arte caíram de seus plintos e estão
em fragmentos quebrados pelo chão, e os séculos de exposição
arruinaram muitas das pinturas que estão suspensas nas paredes em
molduras elaboradas.
Nível Inferior. Seis nóticos estão procurando no nível inferior do
museu por relíquias. Quando eles detectarem a entrada de intrusos,
eles convergem neles e atacam por fome.
Nível Superior. Os personagens que subirem as escadas para o nível
superior chegam na seguinte mostra:
Suspenso do teto de uma antecâmara espaçosa e quadrada com
15m está o corpo coberto de gelo e brilhante de uma aberração com
9m de comprimento moldada como um funil, lembrando uma
anêmona. Uma mandíbula cheia de dentes na extremidade mais
larga é circundada por cílios borrachudos, e ao redor dela balançam
quatro apêndices flácidos e delgados, cada qual terminando numa
mão garrada. Na extremidade oposta do corpo está uma cauda com
um ferrão.
Uma placa coberta de gelo está aparafusada a um pedestal nas
proximidades e a mostra inteira está emoldurada por quatro pilares
de pedra que estão, estranhamente, livres de gelo.
Os pilares são quatro mímicos cuspidores que guardam a criatura à
mostra, atacando qualquer um que tocar ou de outra forma perturbá-
la.
A criatura morta é um phaerimm magicamente preservado suspenso
a partir do teto por uma dúzia de fios fortes. Se os personagens
rasparem o gelo na placa, eles podem ler o que ela diz sobre o
phaerimm em Dracônico:
PHAERIMM ADULTO – NÃO TOQUE!
Habitantes do Subterrâneo, os phaerimm são aberrações
malevolentes que são mestres conjuradores e altamente resistentes
à magia. Eles usam sua telepatia para controlar os mentalmente
fracos. Eles se esforçam para apagar todos os seres de existência e
são conhecidos por terem causado o colapso do império sarrukh de
Isstosseffifil. Eles usam seus ferrões da cauda para injetar seus ovos
em hospedeiros alienígenas.
Iriolarthas e seus Aprendizes. Os personagens que prosseguirem
adiante no piso superior podem ver o teto domado do museu, o qual
ainda está intacto e é uma vista a se contemplar. Ele exibe um
poderoso mago de pé numa sacada do pináculo central do enclave,
endereçando-se a um mar de cidadãos netherenses abaixo, que olham
para figura, ovacionando. Essa é uma imagem de Iriolarthas no auge
do seu poder, magicamente preservada no vidro manchado que brilha
com sua própria luz arcana. Oito retratos grandes adornam as paredes
abaixo do domo, exibindo os oito aprendizes de Iriolarthas,
conhecidos como os Magos da Estrela de Ébano. Os retratos estão
suspensos a 6m acima do chão, e uma placa coberta de gelo está fixada
à parede logo abaixo de cada um. As faces nos retratos são exibidas
olhando para cima em direção ao seu mestre, Iriolarthas, com
expressões de respeito. Os personagens que limparem o gelo das
placas podem descobrir seus nomes: Alto Abjurador Taruth, Alto
Conjurador Damorith, Alto Adivinho Apius, Alto Necromante Cadavix,
Alto Evocador Zadulus, Alto Ilusionista Ajamar, Alta Encantadora Ivira
e Alta Transmutadora Metaltra.
Lidando com a Irmandade Arcana
Nesse capítulo, duas magas da Irmandade Arcana tentam realizar suas
grandes ambições: Vellynne Harpell e Avarice. Ambas estão descritas
no apêndice C.
Se os personagens estiverem tendo problema em resolver um enigma
em Ythryn, tal como de que forma desativar o campo de força ao redor
do Pináculo de Iriolarthas, você pode usar Vellynne ou Avarice para
ajuda-los. Ambas as NPCs são altamente inteligente e podem ajudar os
personagens a chegar numa solução. Você, como DM, pode usá-las
para impedir a aventura de moer até uma parada.
Tanto Vellynne quanto Avarice vão fazer quase qualquer coisa para
obter o grimório de Iriolarthas, e elas ficam apenas levemente menos
determinadas quando chega a hora de escolher com quem fica o cajado
de poder do Iriolarthas, o pergaminho do cometa, e o pergaminho de
invocar tarrasque.
Se os personagens tiverem ajudado o simulacro de Dzaan a se tornar
uma pessoa real no capítulo 2 (veja “Pináculo Perdido de Netheril”),
ele pode estar presente também. Sem um complemento inteiro de
magias, Dzaan não é tão útil quanto Vellynne nem tão perigoso quanto
Avarice, mas ele é tão ganancioso e egoísta quanto. Interprete-o de
acordo.
Ajuda de Vellynne
Vellynne Harpell pode usar sua magia de compreender idiomas para
traduzir as passagens de escrita Dracônica encontradas por toda a
necrópole, e sua magia de pequena cabana de Leomund conjura um
excelente refúgio contra o frio extremo. Ela tenta ser o mais útil
possível enquanto estiver reivindicando sua partilha justa de qualquer
tesouro que for encontrado em Ythryn. Ela é particularmente
interessada em itens mágicos, especialmente aqueles de inclinação
arcana (como o cajado de poder do Iriolarthas).
Queda de Vellynne
Se os personagens se separem de Vellynne por qualquer razão, ela
tenta explorar Ythryn sozinha e contrai a praga arcana. A próxima vez
que os personagens a virem, ela está ou parcialmente ou totalmente
transformada num nótico.
Chegada de Avarice
Avarice segue os personagens pelas Cavernas da Fome até Ythryn,
matando quaisquer NPCs que eles deixarem para trás a fim de guardar
as cavernas. A maga tiefling albina está acompanhada por suas duas
gárgulas, seu familiar corvo, 20 fanáticos do culto (membros dos
Cavaleiros da Espada Negra) e 10 cabras da montanha amarradas que
os cultistas usam para comida e para desarmar armadilhas. Se
Huarwar Mulphoon e Fel Suparra estiverem vivos, eles estão entre os
fanáticos do culto (veja área C6 para mais informações sobre esses
NPCs).
Os Cavaleiros da Espada Negra falam Comum e Infernal, e eles têm o
seguinte traço adicional:
Perdição Gélida. Quando o cultista morre, seu corpo congela por 9
dias, tempo durante o qual ele não pode ser descongelado, prejudicado
por fogo, animado, ou erguido dos mortos.
Avarice e sua comitiva entram na necrópole 12 horas depois do grupo
chegar. Avarice imediatamente reivindica a câmara flutuante acima do
Pináculo da Doca Celeste (área Y28) como sua base de operações,
usando sua magia voo para chegar lá, enquanto os fanáticos do culto
acampam ao redor da base da torre. O objetivo de Avarice é simples:
conquistar Ythryn e reclamar seus tesouros para si.
Do seu refúgio, Avarice divide sua expedição em quatro grupos de caça
de cinco fanáticos do culto cada, e os envia para explorar as ruinas,
usando seu familiar corvo e as gárgulas como batedores aéreos. O
grupo pode encontrar os seguidores de Avarice em qualquer lugar na
necrópole (incluindo dentro do pináculo se o campo de força ao redor
dele for desativado ou suprimido). Eles têm ordens de atacar os
personagens à vista.
Cada vez que o grupo explorar uma nova construção, há uma chance
de 20% de um dos grupos de caça de Avarice já estar no interior ou
chegar enquanto o grupo estiver procurando no seu interior.
Rivais Antigos São Duros de Matar
Se ela ficar ciente da presença de Vellynne em Ythryn, Avarice usa seu
familiar corvo para entregar um convite escrito à sua rival, pedindo a
Vellynne para se unir a ela dentro de seu covil flutuante. Vellynne
aceita o convite, a menos que os personagens fortemente a
desencoraje a fazê-lo. Lá, Avarice friamente coloca seus termos:
abandone a necrópole dentro de uma hora. O conflito entre os
membros da Irmandade Arcana é proibido, mas Avarice deixa claro
que ela está disposta a ignorar as regras se ninguém viver para
descobrir. Quando Vellynne sair do encontro, Avarice envia seu
familiar para espionar sua rival e ver se sua demanda foi atendida, a
qual Vellynne não tem nenhuma intenção de fazer.
Avarice como uma Aliada
Avarice é esperta o bastante para se aliar aos personagens se ao fazê-
lo puder ajuda-la a conquistar Ythryn, mas ela não vai unir forças
contanto que Vellynne Harpell esteja com eles – ela demanda que eles
se livrem de sua rival odiada. Se os personagens obedecerem e
banirem Vellynne de seus quadros, Avarice age em reciprocidade
compartilhando 1d4 pedaços de conhecimento de Ythryn que ela
descobriu (determine qual pedaço rolando na tabela de Conhecimento
de Ythryn).
Diferente de Vellynne, que acompanha os personagens, Avarice
prefere permanecer em sua câmara de vidro no topo do Pináculo da
Doca Celeste e permanece em contato com os personagens
remotamente ao usar sua magia ligação telepática de Rary. Assim que
os personagens encontrarem todas as inscrições que precisam para
superar o campo de força ao redor do Pináculo de Iriolarthas, Avarice
aparece de sua base e os acompanha para dentro da torre, ansiosa para
reclamar os tesouros no interior.
Fúria de Auril
A Donzela Gélida gosta de preservar a beleza a congelá-la. Se os
personagens falharem em derrotar Auril no capítulo 5, ela fica
ressentida com todos os que abrirem e pilharem a necrópole de
Ythryn. Após o grupo ter gasto um dia dentro da cidade, Auril faz uma
visita a Ythryn.
Por favor, reveja a informação sobre a Donzela Gélida no apêndice C
antes de rodar encontros com ela.
As Forças da Donzela Gélida
Quando a Donzela Gélida chegar em Ythryn, a temperatura em toda a
necrópole cai em vários graus. Auril é acompanhada de três esqueletos
de gigante do gelo, seis golens de neve e uma matilha de seis lobos
invernais. Após enviar seus esqueletos, golens e lobos na cidade em
pequenos grupos para matar intrusos à vista, Auril desliga o campo de
força ao redor do Pináculo de Iriolarthas por pura força da sua vontade
divina e observa a cidade de sua sacada no alto (área Y19p). O campo
de força permanece desativado até a última forma de Auril ser
destruída ou até ela deixar o pináculo.
Qualquer um dos seguidores de Avarice ainda patrulhando a cidade
são rapidamente capturados e levados perante a Donzela Gélida. Auril
assassina cada cativo por sua vez e transforma o cultista num vagante
da luz gélida. Esses horrores mortos-vivos se aventuram na necrópole
para caçar os vivos.
Confronto Final
Se os personagens derrotarem muitos dos seguidores de Auril, a voz
fria da deusa ecoa pela cidade do alto da sacada do Pináculo de
Iriolarthas, demandando que eles saiam de Ythryn ou encarem sua
fúria. Uma hora após fazer esse pronunciamento, Auril deixa a torre e
ronda as ruas em busca dos personagens. Para cada hora que passar,
há uma chance de 20% de ela se encontrar com eles. Apenas
personagens que fugirem da cidade e retornarem ao Vale do Vento
Gélido são poupados de sua fúria.
Invocando o Tarrasque
Os personagens que encontrarem o pergaminho de invocar tarrasque
no Pináculo de Iriolarthas podem estar extremamente tentados a usá-
lo. O Professor Skant, um especialista em tarrasque, alerta os
personagens sobre a natureza incontrolável do monstro e o perigo que
ele representa, mas o orbe professor também confessa que adoraria
observar o tarrasque em primeira mão.
Se for invocado em Ythryn, o tarrasque destrói tudo à vista antes de
esmagar seu caminho pelas Cavernas da Fome e continuar sua
devastação pelo Vale do Vento Gélido, inevitavelmente colocando as
Dez Cidades em perigo. As montanhas a sul, o mar ao norte e oeste, e a
geleira alta a leste contém o tarrasque por um tempo. O frio extremo
também deixa a criatura letárgica. Pode levar meses, mas o tarrasque
faminto eventualmente faz seu caminho a sul pela passagem da
montanha, colocando em perigo o resto da Costa da Espada, se nada
for feito para reduzir sua devastação.
Se for invocado na ilha de Auril, o tarrasque fica aprisionado lá pelo
agitado e profundo Mar do Gelo em Movimento. O beemote assola o
Crânio Sinistro e tudo na ilha antes de afundar numa profunda
hibernação. Auril, se sobreviver, é forçada a abandonar seu covil na
ilha e encontra um novo refúgio.
Epílogo
Dependendo das ações dos personagens e do capricho dos deuses dos
dados, essa aventura tem diversos finais possíveis. Conclusões
prováveis são discutidas abaixo, embora outras certamente sejam
possíveis.
Quais Segredos Permanecem
Permita o tempo no final da aventura para os jogadores revelarem
quaisquer segredos de personagem que não tiverem vindo à luz.
Alguns jogadores vão querer manter seus segredos de personagem
enterrados. Para os outros, trabalhe com eles para descobrir a melhor
maneira dos segredos dos personagens renderem frutos. Por exemplo,
um personagem que tiver o segredo de Caçador do Anel pode ainda
estar procurando pelo anel de sinete que assegura sua herança; talvez
o anel seja descoberto durante um jantar de celebração nas Dez
Cidades, quando o personagem cortar e abrir sua truta de cabeça chata
frita e o anel sem a menor cerimônia pular para fora!
Verão Está Chegando
Matar Auril ou o roc dela impede a Donzela Gélida de conjurar sua
magia noturna, encerrando seu inverno eterno. Os personagens
podem também se opor ao inverno eterno da Donzela Gélida usando o
mythallar de Ythryn para efetuar uma mudança no tempo, embora tal
tentativa inevitavelmente leve a uma confrontação com Auril e seus
fiéis. Apenas matando Auril os personagens podem privar os
seguidores dela das suas magias concedidas pela deusa e sua vontade
de lutar.
Com a derrota da Donzela Gélida, o clima normal da estação retorna
ao Vale do Vento Gélido. O sol novamente se eleva sobre o horizonte, e
conforme a temperatura aumenta, a flora e fauna começam a se
recuperar. Dependendo de como eles se saíram contra o dragão de
chardalyn no capítulo 4, as pessoas das Dez Cidades podem esperar
por tempos mais quentes mais uma vez.
A morte de Auril é temporária, pois uma deusa que tem adoradores
mortais não pode verdadeiramente morrer. Quando a Donzela Gélida
for ressuscitada no próximo solstício de inverno, ela tem todo o seu
poder divino. Mas sua inclinação é recuar do mundo e não se permitir
ser posta em perigo por mortais mais uma vez. Os personagens não
vão ter de lidar com ela novamente em suas trajetórias de vida, a
menos que eles continuem se intrometendo nos assuntos de seus
seguidores.
Os personagens podem ajudar os moradores das Dez Cidades a
reconstruírem seus assentamentos em razão da devastação e das
inundações do dragão de chardalyn. Se o dragão ainda não tiver sido
derrotado, encontrar e destruí-lo deve ser uma prioridade. Até seu
mestre enviá-lo numa outra devastação, ele se espreita no interior da
forja onde foi criado (veja capítulo 3).
Os personagens que ajudarem a reconstruir as Dez Cidades podem ser
pedidos para assumir o manto de orador de uma ou mais
comunidades, substituindo líderes que foram mortos durante a
aventura. Se tiver sobrevivido, o orador Naerth Maxildanarr de Targos
se opõe à ascensão política dos personagens, uma vez que eles
representam uma ameaça ao controle dos Zhentarim da região; sem
uma base de poder própria no entanto, Naerth não pode fazer muito
para pará-los.
Inverno Eterno
Se os personagens não pararem Auril, seu inverno eterno se torna
irresistível à maioria dos habitantes do Vale do Vento Gélido. O clima
hostil e a escassez de comida força as criaturas indígenas a migrar para
o sul ou morrer. Conforme vão as renas, vão as pessoas das tribos
Reghed. No momento, até mesmo os lagos congelam, privando os
moradores das Dez Cidades das trutas de cabeça chata das quais sua
sobrevivência depende. Dentro de um ou dois anos, o Vale do Vento
Gélido se torna um ermo abandonado pelos deuses tão frio quanto
Estígia. O frio intenso permite a Levisto abrir portais entre o Vale do
Vento Gélido e a sexta camada dos Nove Infernos, a partir da qual
avançam diabos de gelo sob o comando do arquidiabo. Os Cavaleiros
da Espada Negra que sobreviverem para ver esses eventos chegarem
tentam manter uma base na região, embora eles sejam opostos pelos
duergar em cada ponto.
Os diabos de gelo ajudam a limpar o caminho para os duergar, que não
vão mais a lugar nenhum a menos que os personagens matem
Xardorok Sunblight e coloque um fim a essa linhagem. Assim que as
Dez Cidades não forem mais uma ameaça à sua supremacia, Xardorok
faz seu máximo para conquistar o resto do Vale do Vento Gélido. Se
não forem reprimidos, os duergar se tornam um poder controlador da
região. Os diabos de gelo, uma vez subservientes a Levisto, são
dragados por Asmodeus em ajudar os duergar a transformar o
Extremo Norte num reino de vassalagem secretamente sob o manejo
dos Nove Infernos.
Ano da Medula Gelada
Se os personagens usarem o cajado de poder de Iriolarthas para ativar
o obelisco em Ythryn, eles inadvertidamente resetam o mundo a um
tempo antes da queda de Ythryn e o fim de Netheril. O obelisco os envia
de volta à primavera de -343 CV, o Ano da Medula Gelada, seis meses
antes da catástrofe que causa a queda de Ythryn e a quatro anos antes
da morte de Netheril. Os personagens se veem no alto ao céu sobre o
Vale do Vento Gélido. Use a seguinte caixa de texto para definir o
cenário:
O obelisco se foi, deixando um entalhe no chão onde ele certa fez
ficava. Em seu lugar está um aarakocra com plumagem
brilhantemente colorida. Usando telepatia, ele chega a cada um de
vocês por sua vez e se apresenta como Necalli. “Eu fui liberado de
uma tarefa há muito esquecida” ele diz. “O mundo retrocedeu mais
de 1.500 anos. Agora, a história pode ser reescrita”.
A cidade não está mais trancada nas profundezas abaixo da Geleira
Reghed. Em vez disso, ela paira em meio às nuvens, seus pináculos e
outras estruturas brilham e não estão danificadas. Um navio celeste
plana acima, banhando vocês brevemente com sua sombra antes de
fazer seu caminho em direção à doca celeste encoberta de vidro.
Intercaladas entre os pináculos da cidade estão bulevares
transversados por humanos altos de porte nobre em robes de
arcanista, muitos dos quais acompanhados por humanoides de pele
verde e sem cabelo que servem como seus criados e guarda-costas.
Alguns tomam nota da presença de vocês, enquanto outros ficam de
boca aberta no espaço vazio onde o obelisco certa vez ficava.
Necalli, um couatl metamorfoseado na forma de um aarakocra, não se
lembra porque ele estava vinculado ao obelisco ou por quem. Ele sabe
apenas que está livre de sua obrigação para com os construtores do
obelisco. Ele faz o seu melhor para convencer os personagens que o
obelisco se foi para sempre, junto com aproximadamente duzentos
anos de história. Necalli pode administrar cura a personagens feridos,
após o qual ele assume sua forma verdadeira e parte. Ele não faz
nenhuma ação que possa prejudicar uma outra criatura.
Ythryn é agora uma cidade viva e flutuante sob o governo do lich
Iriolarthas e seus aprendizes, os Magos da Estrela Arcana (oito
arquimagos malignos). Quase todos os outros habitantes da cidade são
ou um mago netherense ou um magen de pede verde. Quando não
participam de seus estudos e festas, os netherenses focam seus
esforços em encontrar as ruinas de Ostoria, o antigo império dos
gigantes. É em direção a esse objetivo supremo que todos os recursos
da cidade estão direcionados.

O obelisco se foi, apagado da história, deixando os personagens

encalhados. Eles agora estão presos em -343 CV. Se os personagens
alertarem Iriolarthas sobre o destino que aguarda Ythryn e recontar
as circunstâncias que levam à sua queda, o lich dá passos para
assegurar que a história não se repita, incluindo, mas não limitado a,
manter as relíquias ostorianas longe do mythallar de Ythryn. Em troca
de suas informações, Iriolarthas dá aos personagens um navio celeste
para acelerar a partida deles da cidade. Os personagens que fugirem
em vez de se permitirem ser detidos podem comandar um navio
celeste e planejar um curso longe da cidade. Um navio celeste tem as
estatísticas de um navio aéreo (veja o Guia do Mestre), mas sua magia
diminui rapidamente, a menos que seja recarregada usando magia
forasteira aos personagens. Em breve, o navio celeste luta para
permanecer no alto, forçando os personagens a aterrissar e salvar o
que eles puderem da embarcação.

Para colocar isso suavemente, os personagens têm um novo mundo

inteiro para explorar. As Dez Cidades ainda não existe nessa linha de
tempo, nem a maioria das cidades ao longo da Costa da Espada que os
personagens podem reconhecer. Muitas tribos de nômades Reghed
rondam o Vale do Vento Gélido, enquanto as tribos Uthgardt
descendentes dos netherenses reivindicam vastas extensões de terra
não-dominada a sul da Espinha do Mundo, mantidas sob controle por
monstros saqueadores. O Império de Netheril controla as terras
temperadas e exuberantes condenadas a se tornar o deserto de
Anauroch. A cidade de Illusk (ainda a séculos de se tornar Luskan)
circunda a embrionária Torre Hospedeira dos Arcanos. Os
personagens esperando visitar alguma versão passada de Águas
Profundas ou Inverno Remoto não encontram nada além de terra sem
assentamentos cercada pelos restos do reino élfico de Illefarn. Os
humanos não vão começar a plantar no platô acima do Porto de Água
Profunda (o ponto futuro de Águas Profundas) ou construir um
assentamento de Eigersstor (depois renomeada Inverno Remoto) por
mais três séculos.

Para rodar uma campanha ambientada nesse tempo anterior, você vai
precisar explorar os produtos anterior atrelados aos Reinos
Esquecidos para ter a configuração do cenário a cerca de -343 CV. É
claro que, assim que os personagens se moverem para além das
fortalezas da civilização, os Reinos do passado são muito como os
Reinos do presente – uma terra de mistério, com ruinas antigas e
masmorras perdidas esperando para serem exploradas. Apenas agora
os personagens estão preparados para testemunhar a inevitável queda
de Netheril, ou encontrar um modo de pará-la.

Apêndice C: Criaturas
Esse apêndice descreve novas criaturas que aparecem na aventura,
apresentando-as em ordem alfabética. A introdução do Manual dos
Monstros explica como interpretar a ficha de uma criatura.
Diversas criaturas nesse apêndice são bestas comuns – raposas, lebres,
cabras de montanha, focas, cachalotes e morsas – que vivem em meio
a outras bestas do Manual dos Monstros, como ursos polares, veados,
alces, renas (usa a ficha de alce), baleias assassinas, mamutes, alce
(moose) (use a ficha de cabra gigante), tigres dente-de-sabre, corujas
nevadas, rinocerontes lanhosos e lobos. E então há a notoriamente feia
truta de cabeça chata, sem a qual não haveria as Dez Cidades.
Se o grupo de aventura incluir um mago que possa preparar a magia
convocar familiar, considere permitir ao mago adicionar a raposa e a
lebre à lista de familiares elegíveis da magia.
As criaturas nesse apêndice são categorizadas pelo tipo de criatura
abaixo.
Aberrações: gnomo ceremorfo, gnomo lula
Bestas: cabra da montanha, cachalote, foca, lebre, morsa, morsa
gigante, raposa, truta de cabeça chata
Constructo: dragão de chardalyn, golem de neve, intrépido das
tumbas, lâmina viva do desastre, magen demos, magen galvan, magen
hipnos, mão viva de Bigby, martelador duergar, semiplano vivo,
simulacro de Dzaan
Corruptores: furioso de chardalyn
Elementais: Auril (segunda forma), Auril (terceira forma), chwinga
Gigantes: troll de gelo, verbeeg saqueador, verbeeg vagante
Humanoides: Avarice, Bjornhild Solvigsdottir, combatente golias,
druida do frio, Gunwald Halraggson, homem-urso golias, Isarr
Kronenstrom, Jarund Elkhardt, kobold do Vento Gélido, mestre de
mentes duergar, Vellynne Harpell, Xardorok Sunblight
Monstruosidades: Auril (primeira forma), gato do penhasco, mímico
cuspidor, yeti filhote
Mortos-Vivos: cérebro num jarro, cria de vampiro kobold, esqueleto
de gigante do gelo, fantasma de Nass Lantomir, vagante da luz gélida,
vampiro gnoll, zumbi kobold do Vento Gélido
Auril a Donzela Gélida
Auril a Donzela Gélida é uma deusa menor NM do frio e da indiferença
que incorpora a crueldade do inverno (para informações sobre o que
define um deus menor, veja “Rank Divino” no Guia do Mestre). O gelo
adorado por Auril apanha todas as coisas nas garras dela,
preservando-as contra o desgaste do tempo. Ela acumula a beleza em
todas as formas, de objetos de arte e flores a artesãos habilidosos e
seus trabalhos maravilhosos, congelando-os em gelo mágico para seu
próprio prazer.
Auril estava alinhada com os deuses Talos, Umberlee e Malar. Juntos,
eles provocaram terrível destruição, inspirando o medo que compeliu
tributos para espantar seus poderes. Umberlee, a rainha do mar
revolto, começou a desprezar a natureza resistente do gelo e da neve
que Auril criou. Umberlee fervilhou quando o frio frígido de Auril
transformou suas marés caóticas e imprevisíveis em camadas de gelo
inertes e rígidas. Umberlee trouxe Talos e Malar numa aliança contra
Auril, que recuou para o canto mais frio de Toril a fim de escapar da
fúria deles.
Após um evento abalador do mundo conhecido como a Separação,
muitos dos deuses se retiraram de Toril, deixando os mortais
governarem seus próprios destinos sem a intromissão dos deuses, mas
a Donzela Gélida não poderia ficar afastada por muito tempo.
Auril retornou do seu reino gélido no extremo norte e, após um tempo,
o afundou na escuridão frígida usando sua magia.
Conjurando essa magia grande noite após noite enquanto também
concedia magias aos seus seguidores devotos deixou Auril fraca e
vulnerável. Em seu estado enfraquecido e autoinfligido, Auril está
inclinada a ser cautelosa e evitar contato com outras criaturas que
possam lhe fazer mal.
Os adoradores de Auril sabem que é melhor não perturbar seu
isolamento autoimposto. Nevascas terríveis rasgaram o Vale do Vento
Gélido do resto do mundo, e uma mortalha de brumas oculta sua ilha
no Mar do Gelo em Movimento.
Interpretando Auril
Retratar uma divindade, mesmo um deus menor como Auril a Donzela
Gélida, pode ser desafiador. Para o propósito de interpretação, as
seguintes sugestões podem se provar úteis:
• Contanto que ela tenha adoradores mortais, Auril não pode
verdadeiramente morrer (embora os personagens possam livrar o
mundo dela por um tempo). Assim, ela não tem nenhuma razão para
capitular perante as demandas dos mortais. Como a incorporação da
crueldade do inverno, ela é incapaz de demonstrar misericórdia ou
compaixão. Interprete-a como uma entidade extremamente sem
sentimentos e fria.
• Faça com que Auril fale apenas quando necessário. Quanto menos ela
falar, menor é o risco de se ter uma desmistificação não intencional
dela aos olhos dos seus jogadores. Deixe as ações dela, não suas
palavras, a definirem.
• Os deuses menores no multiverso do D&D são extremamente
poderosos e arrogantes, mas também falíveis e cegos aos próprios
defeitos deles. É apropriado para Auril agir como se fosse invencível
enquanto subestima seus inimigos mortais, mesmo no seu estado
enfraquecido atual.
Ações de Covil
Auril habita no Solstício, uma olha congelada oculta em meio aos
icebergs titânicos do Mar do Gelo em Movimento. Poucas criaturas que
sabem dessa ilha não espalham como se chega a ela. Veja o capítulo 5
para mais informação sobre os efeitos regionais que abrange a ilha.
Enquanto estiver na ilha, a Donzela Gélida pode fazer uma das
seguintes ações de covil na contagem de iniciativa 20 (perdendo os
empates em iniciativa):
• Auril instantaneamente sabe a localização e saúde de todas as outras
criaturas da ilha. Ela sabe quanto de dano cada uma dessas criaturas
sofreu, quantos níveis de exaustão elas têm, e quais condições as estão
afetando no momento.
• Auril instantaneamente se teleporta a qualquer local na ilha. Se o
espaço que ela escolher como seu destino já tiver sido ocupado, Auril
aparece no espaço desocupado mais próximo a ele ao invés.
• Auril telepaticamente se comunica com qualquer número de
criaturas de uma vez, contanto que elas estejam todas na ilha. Esse
efeito dura até Auril parar de se concentrar nele (como se estivesse se
concentrando numa magia) ou até ela sair da ilha ou usar uma ação de
covil diferente.
As Três Formas de Auril
No seu estado enfraquecido atual, Auril pode assumir três formas
diferentes. Para destruí-la, os heróis devem reduzir cada uma das suas
formas a 0 PVs uma após a outra. Após ela ser derrotada em sua
terceira e última forma, Auril morre. Contanto que ela tenha
seguidores mortais que a adorem, no entanto, Auril é renascida com
força total durante o próximo solstício de inverno, com poder divino
bem além do que se reflete nas fichas apresentadas aqui.
Após finalizar um descanso longo, Auril recupera qualquer uma de
suas formas que foram destruídas, contanto que ao menos uma forma
sobreviva. Quando ela fizer a transição de uma forma para outra, ela
perde todos os traços e ações da forma antiga e ganha os da nova
forma.
Uma ficha é dada para cada uma das três formas de Auril. Essas
descrições não refletem Auril em seu poder máximo, mas em vez disso
Auril tal como é encontrada nessa aventura.
Primeira Forma
Em sua primeira forma, Auril parece como um bípede encurvado com
2,1m de altura e com a cabeça de uma coruja nevada, garras negras,
cascos fendidos e pele de lobo branco-acinzentada cobrindo seu corpo
a partir do pescoço para baixo. Projetando-se da cabeça da coruja
emplumada está um par de chifres encurvados de cabra. Um manto e
capuz feito de neve branca imaculada oculta boa parte da sua forma
tripartite, a qual seus adoradores se referem como a Velha Gélida. Esse
manto pode se transformar num par de asas de coruja quando Auril
achar adequado.
Segunda Forma
A segunda forma de Auril, conhecida por seus adoradores como Dama
do Beijo Gélido ou Donzela Frágil, é a de uma mulher com 3m de altura
e aspecto temível feita inteiramente de gelo. Seus olhos queimam com
uma luz azul gélida, e um manto fino de brumas se forma ao redor dela.
Lâminas de gelo crescem para fora de seu corpo em ângulos estranhos,
rompendo-se antes de ficarem muito compridas. Quando ela se move,
seu corpo racha.
Nessa forma, Auril cria armas de gelo com as quais combate contra
seus inimigos. Essas armas são sobrenaturalmente resilientes até
Auril as descartar, de onde elas quebram e derretem como gelo
normal.
Terceira Forma
A terceira forma de Auril, chamada de Ventre do Inverno ou a Rainha
das Lágrimas Congeladas pelos seus mais ardentes seguidores, é um
diamante de gelo com 90cm de diâmetro contendo a fagulha divina da
deusa. O diamante tem facetas e um ponto afiado na base. Ele plana no
ar, irradiando intenso frio ao redor dele. Quando Auril falar, sua voz
parece emanar do coração do diamante.
Se Auril for morta na sua terceira e última forma, ela fica morta até o
próximo solstício de inverno. Quando estiver morta, seus adoradores
mortais perdem suas magias e habilidades concedidas pela deusa.
Cabra da Montanha
Cabras da montanha são encontradas por toda a Espinha do Mundo e
nas escarpas do Sepulcro do Kelvin, com suas peles espessas e
camadas de gordura corporal as protegendo do frio extremo. Elas são
escaladoras espertas, aptas a saltar e se vincular a puras escarpas.
Cabras da montanha são territoriais, mas facilmente apaziguadas com
oferendas de comida. Sua teimosia as tornam difíceis de domesticar.
Cachalote
Cachalotes são mamíferos aquáticos dentados que podem crescer a até
21m de comprimento. Seus predadores naturais incluem baleias e
colegas leviatãs, como as tartarugas-dragão e krakens.
Chwinga
Um chwinga é um espírito elemental pequeno que vive em plantas,
rochas e rios bem longe da civilização. Aqueles encontrados em climas
frios também vivem no gelo e na neve. Extremamente tímidos, os
chwingas preferem passar despercebidos.
Os chwingas lembram bonecos animados com 18cm de altura com
rostos parecidos com máscaras, membros delgados e cabelos
selvagens. Sua aparência às vezes é pressagiada por brisas gentis, o
aroma doce de flores, vagalumes dançantes ou flocos de neve. Eles não
têm nomes e não podem falar.
Fascinação por Humanoides. Os chwingas acham as prisões da
civilização fascinantes. Eles ficam perplexos com criaturas que vestem
armaduras, carregam armas, usam ferramentas e cozinham comida.
Quando um chwinga encontra um ou mais humanoides, sua
curiosidade às vezes é maior do que eles, e ele os segue por um curto
período a fim de observá-los. Se ele se apegar a um humanoide, um
chwinga pode usar seus truques para ajudar a criatura, ou ele pode
conceder uma dádiva mágica antes de partir. O aspecto que atrai um
chwinga a um humanoide pode assumir qualquer forma. Em alguns
casos, um chwinga pode simplesmente gostar da maneira que um
humanoide anda ou da forma que ele amarra seu cabelo. Outras vezes,
ele pode ficar apaixonado pela habilidade de um humanoide de tocar
música ou de comer copiosas quantidades de comida.
Chwingas no Vale do Vento Gélido
Os primeiros chwingas apareceram na aventura Tumba da Aniquilação
publicada como criaturas indígenas na península tropical de Chult.
Como espíritos dos elementos, no entanto, eles variam mais e
amplamente. Grandes números deles vieram ao Vale do Vento Gélido
com os imigrantes de Chult e fizeram novos lares para si dentro e nos
entornos das Dez Cidades. Aqueles que permaneceram próximos à
civilização adotaram o traje de seus vizinhos humanoides, criando
casacos em miniatura para eles. Eles podem às vezes ser vistos
montando em raposas do ártico ou lebres de pés nevados. Outros
andando na tundra e mudando sua coloração para se mesclar aos seus
arredores.
A exposição à aurora noturna de Auril e às nevascas não-naturais que
ela cria pode fazer com que chwingas se comportem de forma
imprevisível, até mesmo insana.
Novos Encantos de Chwingas
Essa seção descreve diversos novos encantos que os chwingas vivendo
no Vale do Vento Gélido ou outras regiões frias podem conceder
usando sua ação de Dádiva Mágica.
Encanto do Gelo Penetrante. Esse encanto tem 3 cargas. Com uma
ação bônus, você pode gastar 1 das cargas do encanto para cobrir seus
ataques armados com gelo penetrante por 1 minuto. Até esse efeito
terminar, você causa 1d6 dano de frio extra ao acertar com um ataque
armado melee ou ranged. Assim que todas as suas cargas forem gastas,
esse encanto desaparece de você.
Encanto da Recompensa. Esse encanto tem 3 cargas. Com uma ação,
você pode gastar 1 das cargas do encanto e conjurar a magia criar
comida e água, sem requerer componentes. Assim que todas as suas
cargas forem gastas, esse encanto desaparece de você.
Encanto da Resistência a Frio. Esse encanto lhe permitir se conceder
resistência a dano de frio com uma ação. Esse benefício permanece por
24 horas, após o qual o encanto desaparece de você.
Encanto do Ataque de Bolas de Neve. Esse encanto tem 5 cargas. Com
uma ação bônus, você pode gastar 1 das cargas do encanto para criar
uma bola de neve mágica na sua mão e lança-la. Você deve ter uma mão
livre para segurar a bola de neve, ou a carga é desperdiçada. A bola de
neve é uma arma mágica ranged com a qual você é proficiente. Ela tem
um alcance normal de 6m e um alcance longo de 18m e causa 1d4 dano
de frio num acerto, e ela marca um acerto crítico numa rolagem 19 ou
20. Se você marcar um acerto crítico com a bola de neve, o alvo fica
cego até o final do próximo turno dele. A bola de neve desaparece
imediatamente após você acertar ou errar com ela, ou ao final do seu
turno se você não a lança-la. Assim que todas as suas cargas forem
gastas, esse encanto desaparece de você.
Encanto do Troll de Gelo. Esse encanto lhe permite usar a sua reação
quando você sofrer dano de frio para reduzir o dano a 0. Você recupera
um número de PVs igual à metade do dano de frio que você sofreria.
Assim que o fizer, o encanto desaparece de você.
Encanto do Vagante da Neve. Esse encanto tem 3 cargas. Com uma
ação, você pode gastar 1 das cargas do encanto para ganhar os
seguintes benefícios por 24 horas:
• Você e seus aliados a até 4,5m de você ignoram terreno difícil
causado por neve ou gelo.
• Você pode ver através de áreas densamente obscurecidas por neve a
uma distância de 18m.
• Você é imune aos efeitos de frio extremo, conforme descrito no Guia
do Mestre (embora você não ganhe nenhuma proteção contra dano de
frio).
Assim que todas as suas cargas forem gastas, esse encanto desaparece
de você.
Encanto do Refúgio do Viajante. Esse encanto tem 3 cargas. Com uma
ação, você pode gastar 1 das cargas do encanto para conjurar a magia
pequena cabana de Leomund, sem requerer nenhum componente.
Assim que todas as suas cargas forem gastas, esse encanto desaparece
de você.
Cérebro num Jarro
Através de um ritual místico combinando alquimia, necromancia e
precisão cirúrgica sinistra, o cérebro de um ser mortal (voluntário ou
não) é encoberto num jarro de vidro repleto de fluidos de conservação
e gosma liquefeita de carne do corpo dele. A transformação torna o
cérebro imortal e o imbui com poder psiônico, de modo que ele possa
gastar a eternidade tramando e executando seus desejos.
Um cérebro num jarro pode falar sem cordas vocais, psionicamente
projetando sua voz desincorporada para fora a fim de que todos
escutem. Ele curte conversar tanto que fica propenso a falar por horas,
às vezes para si mesmo se não houver outros com quem ele possa falar.
Ele também gosta de pensar alto e refletir sobre os eventos e decisões
que levaram à sua grande transformação.
Ser divorciado do seu corpo pode sobrecarregar a mente, e quanto
mais tempo um cérebro num jarro existir, mais provável de alguma
forma de insanidade afetá-lo. Um cérebro num jarro é particularmente
suscetível à demência, esquizofrenia e paranoia.
Recipientes Imortais. O cérebro flutua num jarro de solução,
pulsando conforme reage aos seus arredores. Alguns cérebros foram
conhecidos por baterem contra as paredes de seus contêineres
quando estavam excitados ou aborrecidos. Uma cobertura de metal do
jarro pode estar enferrujada, mas ainda aproveitável, ou uma obra de
arte construída elegantemente, dependendo de seu criador. Um
cérebro num jarro pesa aproximadamente 62,2 kg.
Devoradores de Mentes
Os devoradores de mentes, os quais estão descritos no Manual dos
Monstros, são criados através da ceremorfose, um processo que
começa com a implantação de uma larva illithid no cérebro de um
hospedeiro humanoide. Após cerca de sete dias em seu novo lar, a
larva transforma seu hospedeiro num devorador de mentes. A nova
criação tipicamente não retém nenhuma memória da sua existência
anterior.
Gnomo Ceremorfo
Por razões desconhecidas, a ceremorfose pode dar errado quando uma
larva illithid for implantada no cérebro de um gnomo. Esse desvio
pode ser devido à natureza quasi-mágica dos gnomos, ou
simplesmente uma faceta de como suas mentes trabalham. Quando o
processo é deformado apenas levemente, o devorador de mentes
permanece do tamanho de gnomo e é chamado de gnomo ceremorfo.
Ele retém seu conhecimento do idioma Gnomo enquanto se torna apto
a falar o Dialeto Subterrâneo e Subcomum. Ele retém memórias
fragmentadas de sua vida e alinhamento anterior, para não mencionar
a propensão pela invenção.
Pistola Laser. Um gnomo ceremorfo muitas vezes carrega um
dispositivo construído em casa que funciona como uma pistola laser
(veja “Armas de Fogo” no Guia do Mestre). Essa arma é empoderada
por uma célula de energia, a qual permite à arma dar 50 tiros. Após seu
último tiro ser gasto, o dispositivo se torna inoperante. A célula de
energia não pode ser removida sem destruir a arma.
Gnomo Lula
Quando o processo de transformar um gnomo num devorador de
mentes dá terrivelmente errado, o resultado é um gnomo lula – um
devorador de mentes deformado com membros delgados frágeis e
tentáculos aumentados. Ele conta com a levitação para manter seu
corpo no alto e usa seus tentáculos como pernas, para propeli-lo ao
longo de qualquer superfície que ele estiver flutuando sobre. Muitos
devoradores de mentes destroem lulas à vista, de modo que é raro ver
um ou mais dessas criaturas.
Lulas comem cérebros por nutrição, assim como os outros
devoradores de mentes fazem, e eles não ligam de onde vem o cérebro.
Dragão de Chardalyn
Esse constructo é estilizado a partir de peças de chardalyn que foram
montadas na forma de um dragão. As únicas partes do dragão não
forjadas a partir do chardalyn são suas asas, as quais são feitas de um
filme oleoso tão forte quanto borracha, e seu coração, o qual é um orbe
de energia radiante e pulsante. Magia demoníaca inundando o
chardalyn imbui o constructo com malevolência, permitindo-o
desfrutar do terror que ele causa. Esse efeito se estende para fora dele,
corrompendo outras criaturas que chegarem muito perto do dragão.
Esses afetados pela presença do dragão viram seus esforços para
ajudar o dragão infligir sofrimentos nos outros.
Um dragão de chardalyn serve à vontade tirânica de seu criador
maligno – uma devoção guiadora e incansável que excede seu próprio
instinto de autopreservação. Assim, o dragão vai se destruir na busca
dos desejos de seu mestre se for necessário. O dragão gosta de rasgar
seus inimigos, bem como derrubar portas e outras estruturas. Contra
inimigos que ele não consegue alcançar, ele sopra um feixe de radiação
destrutiva a partir de sua mandíbula em forma de grelha.

Druida do Frio
Os druidas do frio são defensores solitários da natureza e de inimigos
naturais da civilização no Norte. Eles buscam preservar o meio
selvagem do ártico destruindo forasteiros que cruzam seu caminho.
Cada um patrulha seu território no disfarce de uma raposa do ártico,
uma cabra da montanha, uma coruja nevada ou um lobo, revertendo a
forma humana apenas quando ele ataca. Emboscadores espertos, eles
usam magias de terreno alucinógeno para criar montes de neve
ilusórios sob os quais eles se escondem, ou para obscurecer poças
cobertas por gelo fino através das quais os outros podem cair.
Companheiros Despertos. Um druida do frio é frequentemente
acompanhado por uma ou mais bestas, arbustos ou árvores sempre
verdes que eles tornam sencientes usando a magia despertar. Esses
druidas favorecem ursos polares e renas (use a ficha de alce do Manual
dos Monstros) como companheiros, e tais criaturas tipicamente
compartilham da disposição do druida.
Foice de Gelo. Um druida do frio pode esculpir uma foice do gelo,
requerendo um total de 24 horas de trabalho. O frio penetrante corre
por essa arma enquanto ela está nas mãos do druida. Se o druida
morrer, a foice de gelo derrete. A arma no mais é idêntica a uma foice
normal.
Duergar
Os duergar são anões que habitam a fundo no Subterrâneo e em outros
reinos sem sol. Eles conquistaram suas habilidades psiônicas dos
devoradores de mentes que os escravizaram há muitos anos. Os
duergar eventualmente se libertaram de seus mestres illithids, mas
foram para sempre transformados, ganhando poder, mas também
uma tristeza. Essa obscuridade deixa alguns duergar agirem com uma
beleza melancólica e outros com explosões de violência.
Mestre Infernal. Asmodeus, o lorde dos Nove Infernos, se personifica
em deuses duergar para cultivar o mal dentro dos corações dos
duergar que já são corruptos. Ele os oferece orientação divina e
vingança contra seus inimigos, enquanto os incita a agirem
brutalmente, tudo enquanto ocultam sua identidade.
Marteladores Duergar
O martelador é um constructo bípede com um duergar amarrado no
interior dele. Um de seus braços termina numa garra pinçada, o outro
num grande martelo em vez de uma mão. A máquina transforma a dor
do duergar cativo em energia que empodera o dispositivo, o qual é
tipicamente usado para escavar túneis e repelir invasores.
Mestre de Mentes Duergar
Os temidos mestres de mente duergar usualmente operam como
espiões, tanto dentro quanto além de uma fortaleza duergar. Suas
habilidades aprimoradas psionicamente os permitem ver através de
ilusões com facilidade e a diminuírem ao tamanho em miniatura para
espionar seus alvos.
Xardorok Sunblight
Xardorok Sunblight lidera o clã duergar Sunblight, o qual, até
recentemente, habitava nas profundezas do Subterrâneo abaixo da
Espinha do Mundo. No disfarce de Deep Duerra, a deusa duergar da
conquista, o arquidiabo Asmodeus visitou Xardorok e o incitou a
conquistar o Vale do Vento Gélido, começando pelas Dez Cidades.
Obsessão Negra. Xardorok é obcecado com chardalyn e não pode
suportar o pensamento de alguém o possuir. Ele deve ter todo o
chardalyn que o Vale do Vento Gélido tem a oferecer e está usando seu
amplo suprimento para forjar um dragão, o qual ele planeja liberar
sobre as Dez Cidades.
Pai de Nove. Xardorok se casou três vezes e gerou nove filhos. Ele
matou sua primeira esposa, Thizrun, por tramar de assassiná-lo. Sua
segunda esposa, Yrraska, foi morta num desmoronamento de túnel
junto de duas de suas filhas. Sua terceira esposa, Marral, foi morta
durante uma invasão contra um enclave de devoradores de mentes,
junto com uma outra filha e três filhos. Xardorok matou seu filho mais
novo, Ulthoon, filho de Thizrun, por tramar para derrubá-lo. Sua prole
sobrevivente são dois filhos dados a ele por Marral, chamados Durth e
Nildar.
Vestido em Chardalyn. Xardorok veste os seguintes itens não-
mágicos estilizados a partir de chardalyn: uma coroa de nove pontas
(duas pontas intactas representando seus dois filhos sobreviventes, e
sete pontas parcialmente quebradas representando seus sete filhos
mortos), uma cota de malha e uma manopla espetada.
Esqueleto de Gigante do Gelo
Necromantes podem transformar ossos inanimados de gigantes do
gelo há muito mortos em juggernault malevolentes que adoram fazer
mal aos vivos.
Foca
As focas nativas do Mar do Gelo em Movimento frequentemente se
aportam em blocos de gelo e costas rochosas. Elas são aclimadas ao
tempo frio e se alimentam principalmente de peixes pequenos, lulas e
mariscos. Os filhotes de foca têm pele branco-amarelada, a qual vira
cinza prateada conforme eles entram na vida adulta.
Furioso de Chardalyn
Os furiosos de chardalyn são nômades Reghed que portam armas
feitas de chardalyn, especificamente aquelas impregnadas por magia
demoníaca. Essa exposição os transformou em corruptores. Eles
largam suas roupas pesadas e protetores e abraçam o frio frígido,
permitindo que a queimadura gélida devaste as partes expostas de
seus corpos, com apenas sua fé na Donzela Gélida os mantendo vivos.
Armas de Chardalyn. Um furioso de chardalyn porta uma ou mais
armas feitas total ou parcialmente de chardalyn que tenha sido
contaminada por magia demoníaca. Machados de batalha, manguais,
azagaias e lanças são armas favorecidas, embora outras armas sejam
possíveis.
Um personagem que reivindicar uma ou mais dessas armas pode ser
corrompido por elas. A cada dia ao amanhecer, role um d6 para cada
uma dessas armas na posse do personagem. Numa rolagem 1, o
personagem deve passar num TR Car CD 13 ou se torna um NPC
maligno sob o controle do DM, a menos que o personagem já seja
maligno. Essa mudança de alinhamento pode ser desfeita por qualquer
magia que encerre uma maldição, mas após dez dias, ela pode ser
revertida apenas por uma magia desejo ou intervenção divina.
Uma criatura ferida por uma dessas armas de chardalyn pode sentir
uma doença repentina a abatendo, mas isso passa rápido.
Loucura de Chardalyn. Contato prolongado com a magia demoníaca
impressa no chardalyn afligiu o furioso com uma forma de loucura,
fazendo com que o furioso acredite que suas armas sejam conduítes
através dos quais ele possa falar com um lorde demônio ou outro
poder das trevas, bem como possa canalizar a fúria deles. Se a loucura
do furioso for curado usando magia que remova os efeitos de loucura,
o furioso perde seu traço de Loucura de Chardalyn, mas retém seu
alinhamento CM e outras qualidades. Exposição posterior à magia
demoníaca faz com que a loucura do furioso retorne, no entanto.

Gato do Penhasco
A criatura referida na história nortenha como o Caçador de Homens é
um predador de patas firmes que pode ser encontrado em qualquer
lugar, exceto em florestas profundas, preferindo patrulhar por
saliências e penhascos nas montanhas. Seu grito lembra o grito de
terror de um humano. Ele frequentemente extrai esses sons de suas
vítimas, pois ele prefere carne humana do que todas as outras.
Os gatos de penhasco se misturam aos seus arredores. Durante o
inverno, sua pele se torna branca para se misturar com a neve. Em
outras épocas do ano, sua pele é cinza, permitindo a eles se esconder
em meio às rochas mais facilmente.
O gato de penhasco conhece seu território e frequentemente ataca
quando sua presa está dormindo, exausta ou de outra forma
enfraquecida. Embora gatos de penhasco sejam tipicamente
encontrados isoladamente, eles podem ser encontrados em grupos de
família de dois parentes e 1d4 filhotes Pequenos não-combatentes na
primavera, ou em grupos famintos em clima de inverno severo.
Golias
Nos picos das montanhas mais altas – bem acima das escarpas onde as
árvores crescem, onde o ar é fino e o vento frígido uiva – habitam os
golias reclusos. Poucos outros povos podem verdadeiramente alegar
terem visto um golias, e menos ainda fizeram amizade com um.
Os golias amam competir e sustentar o resultado, contando seus feitos
e conquistas para comparar ao que os outros fizeram. Os golias amam
vencer, mas eles veem a derrota como uma incentivo para aprimorar
suas habilidades. Acima de tudo, cada golias é levado a superar sua
performance passada, assumindo riscos cada vez maiores. Como
resultado, poucos golias vivem para ver fase idosa.
Nomes de Golias
Cada golias tem três nomes: um nome de nascimento dado pelo pai e
mãe do recém-nascido, um sobrenome dado pelo chefe da tribo e um
nome de família ou do clã.
Nomes de Nascimento: Aukan, Eglath, Gae-Al, Gauthak, Ilikan, Keothi,
Kuori, Lo-Kag, Manneo, Maveith, Nalla, Orilo, Paavu, Pethani, Thalai,
Thotham, Uthal, Vaunea, Vimak.
Sobrenomes: Matador de Ursos, Convocador do Amanhecer,
Destemido, Localizador de Pedras, Escultor de Chifres, Olhos Afiados,
Caçador Solitário, Grande Saltador, Esmagador de Raízes, Mão Firme,
Torcedor de Fios, Órfão Duas Vezes, Membro Retorcido, Pintor de
Palavras.
Nomes de Clã: Akannathi, Anakalathai, Elanithino, Gathakanathi,
Kalagiano, Katho-Olavi, Kolae-Gileana, Ogolakanu, Thuliaga,
Thunukalathi, Thuunlakalaga.
Personagens Golias de Jogador
Com o seu consentimento, qualquer jogador no seu jogo pode jogar
com um personagem golias. Um nativo golias do Vale do Vento Gélido
pode ser um membro do clã da Torre Alta (Akannathi), o clã do
Rochedo do Dragão (Thuunlakalaga) ou um outro clã golias que você
e os jogadores criarem juntos.
Um personagem golias tem os seguintes traços.
Aumento do Vale de Habilidade. O seu valor de Força aumenta em 2,
e o seu valor de Constituição aumenta em 1.
Idade. Os golias têm longevidade comparada aos humanos. Eles
entram na idade adulta no final da adolescência e normalmente vivem
menos de um século.
Tamanho. Os golias têm entre 2,1 e 2,4m e pesam entre 140 e 170 kg.
Seu tamanho é Médio.
Deslocamento. Seu deslocamento de caminhada base é 9m.
Atleta Natural. Você tem proficiência na perícia Atletismo.
Resistência de Pedra. Você pode se focar em ocasionalmente ignorar
os ferimentos. Ao sofrer dano, você pode usar a sua reação para rolar
um d12. Adicione o seu mod.Cons ao número rolado e reduza o dano a
esse total. Após usar esse traço, você não pode usá-lo novamente até
finalizar um descanso curto ou longo.
Estrutura Poderosa. Você conta como uma categoria de tamanho
maior ao determinar sua capacidade de carga e o peso que você pode
empurrar, arrastar ou erguer.
Nascido da Montanha. Você tem resistência a dano de frio. Você
também é aclimado a altas altitudes, incluindo elevações acima de
6.000m.
Idiomas. Você pode falar, ler e escrever Comum e Gigante.
Golias da Espinha do Mundo
Os golias habitam a Espinha do mundo, onde sua coragem é testada
contra orcs, ogros, gigantes do gelo, remorhazes, trolls de gelo,
dragões brancos jovens, o terreno montanhoso traiçoeiro e a
indiferença cruel da natureza.
Rivais Amargos. O Abrigo da Torre Alta e o Rochedo do Dragão são
duas fortaleza na montanha habitadas por golias. A primeira é o lar do
clã Torre Alta (Akannathi), e o último do clã Rochedo do Dragão
(Thuunlakalaga). Os dois grupos se recusam a conviver, e a competição
entre si é feroz e frequentemente violenta. Eles se entreolham pelos
picos das montanhas e lutam por tudo o que for necessário ao
território. A probabilidade de paz entre eles é remota, em razão de os
golias gostarem de guardar ressentimentos.
Homem-Urso Golias
Lendas de golias falam de uma criatura que ronda as extremidades do
Vale do Vento Gélido, conhecida como Oyaminartok a Vagante do
Inverno. Ela pode assumir a forma tanto de um urso polar como de
uma forma bípede robusta e obscurecida pelo vento e neve soprante.
Os anciões evocam seu nome para impedir os jovens golias de vagarem
muito longe de sua casa antes de estarem prontos. Os golias adultos às
vezes encontram esse indivíduo lendário em suas viagens pelos cantos
extremos do vale. Se eles fogem como covardes, Oyaminartok ri e os
deixa irem vagar na obscuridade. Se eles desafiam Oyaminartok para
uma luta, a Vagante do Inverno sorri e testa a coragem deles. Aqueles
que a impressionam com suas habilidades de luta são mordidos e se
tornam eles próprios homens-urso golias – golias que carregam a
maldição da licantropia de Oyaminartok. Contrário ao mito,
Oyaminartok não é um monstro, mas sim uma força do bem na região,
e ela passa sua maldição apenas aos golias cujos corações são puros.
Oyaminartok e outros do seu tipo tentam ajudar criaturas com quem
eles cruzam, pois o clima e a geografia do Vale do Vento Gélido pode
ser brutal. Eles conhecem as rotas mais seguras pela tundra, e eles
podem ajudar a guiar os viajantes através do Mar do Gelo em
Movimento e pelos seus blocos de gelo sempre em transformação.
Esses homens-ursos polares atacam o mal do meio selvagem, mas eles
ficam longe de acampamentos e assentamentos. O fogo é a perdição de
Oyaminartok, e portanto ela e sua espécie ficam cautelosos com
lareiras e chamas abertas.
Golem de Neve
Um golem de neve é uma massa de neve trazida à vida através de
magia. Armas não-mágicas passam através de sua forma nevada sem
causar nenhum dano calculável a ele, embora o calor seja sua perdição.

Intrépido das Tumbas
Os arcanistas netherenses que criaram essas criaturas as chamaram
de “thaluud”, o que significa “sem face”. Construídos a partir da fusão
de magia e terra elemental, cada um desses combatentes sem cabelo e
sem sexo possui de 4,5 a 6,3m de altura e possui um desejo por magia,
uma memória herdada (composta de lembranças das almas
sacrificadas em sua criação) e um ódio insano por criaturas
conjuradoras não-humanas. Os intrépidos das tumbas podem escavar
por terra e rocha com suas garras ou usar seus martelos de metal para
despedaçar rochas quando necessário. Eles absorvem água através de
sua pele e esmagam a rocha com sua mandíbula para extrair o sustento
mineral. Eles podem também digerir ferro do sangue e da medula, se
a rocha rica em mineral estiver indisponível.
Os netherense enviaram os thaluud para o Subterrâneo a fim de
exterminar seus inimigos, grande parte notadamente criaturas em
forma de funil e devoradoras de magia conhecidas como phaerimms.
Outras criaturas miradas pelos thaluud incluem os devoradores de
mentes, derro, drow e duergar. Os intrépidos das tumbas se
comunicam uns com os outros por meios de um som zumbidor criado
por vibrações da pele.
Buscadores de Magia. Os intrépidos das tumbas receberam seu nome
coloquial a partir de seu hábito de escavar nas profundezas para pilhar
tumbas, templos e cavernas em busca de itens mágicos, os quais eles
carregam. Eles usualmente tentam se aproveitar da magia de seres que
eles encontram.
A magia é sagrada aos intrépidos das tumbas. Eles não usam quaisquer
itens mágicos que adquirem, em vez disso escolhendo proteger e
venerar tais itens. Os intrépidos gastam suas vidas longas em busca da
fonte de toda a magia, a qual eles acreditam estar escondida a fundo
no Subterrâneo. Eles reverenciam os elementais da terra, acreditando
que eles vêm diretamente dessa fonte, e são relutantes em ataca-los.
Irmandade Arcana
A Irmandade Arcana é uma cabala de magos poderosos que opera na
Torre Hospedeira dos Arcanos, uma estrutura multiespirada que se
eleva acima de Luskan (uma cidade a sul do Vale do Vento Gélido na
Costa da Espada). A liderança da irmandade consiste em cinco
arquimagos renomados que escolhem a dedo os outros membros,
favorecendo magos de grandes feitos. A cada ano, números de magos
de toda a Faerûn reúnem-se na Torre Hospedeira dos Arcanos, na
esperança de ganhar admissão nos quadros prestigiosos da
irmandade. Quase todos os candidatos são descartados de imediato,
sem nem um teste, alimentando rumores de que os líderes da
irmandade estão mais interessados em divulgar sua própria marca de
exclusividade do que em encontrar novos talentos. Mesmo assim, os
magos parecem dispostos a se rebaixarem não importando o que, pois
a admissão à irmandade garante acesso às bibliotecas incríveis de
conhecimento mágico da Torre Hospedeira.
A verdade por trás da missão em curso da irmandade para os novos
membros está baseada na máxima “Mantenha seus amigos por perto e
os inimigos mais perto”. Os líderes da irmandade buscam magos que
possam por meio de suas proezas competir com o proveito da
irmandade e o tesouro de conhecimento arcano e segredos mágicos.
Ao revelarem esses magos, a irmandade transforma potenciais
inimigos em colegas, num efeito de neutralizar futuras ameaças.
Uma vez acolhidos na irmandade, os magos são livres para
perseguirem seus próprios interesses, contanto que eles coloquem a
segurança e santidade da Torre Hospedeira e da cabala acima de tudo.
Quando não se reúnem para defender sua casa, os magos da
Irmandade Arcana agem como rivais amistosos ou não uns contra os
outros, esforçando-se em superar seus pares em magias. O conflito
aberto entre os membros é proibido, embora os membros sejam
hábeis em encontrar maneiras por baixo da manga de alfinetar e
sabotar uns aos outros.
A Irmandade Arcana enviou três de seus membros para investigar
rumores de um enclave netherense perdido que colidiu no Vale do
Vento Gélido há aproximadamente duzentos anos. Uma quarta maga,
Nass Lantomir, descobriu sobre a expedição e decidiu formar a sua
própria.
Não muito depois de chegar em Bryn Shander, os três magos que
formavam a força expedicionária inicial se separaram, cada qual
determinado a ser o primeiro a encontrar o enclave – tal frágil é a
natureza das alianças dos magos. Os quatro magos estão descritos
abaixo:
Avarice, uma evocadora tiefling albina com um par de companheiros
gárgulas.
Dzaan, um ilusionista humano e Mago Vermelho de Thay que pereceu
recentemente, mas cujo simulacro está vivo.
Nass Lantomir, uma adivinha humana que morreu e agora existe
como um fantasma conjurador.
Vellynne Harpell, uma necromante humana de uma família famosa
com um quadro de kobolds – alguns vivos, outros mortos-vivos.
Avarice
Avarice é uma tiefling cruel e vingativa treinada na tradição arcana da
evocação. Ela gosta de usar sua magia para destruir coisas, e sua fome
por itens mágicos não tem limites. Sua confiança suprema significa que
ela nunca recua de um desafio, mesmo quando os reveses estão
claramente acumulados em desfavor dela. Vendo os outros magos
como uma ameaça, a paranoia regula sua vida.
Avarice tem sido uma membra da Irmandade Arcana por quase dois
anos. Ela fantasia sobre crescer em fama e proeminência em tempo
recorde e espera que pilhar a cidade netherense perdida de Ythryn vai
transformar suas fantasias em realidade.
A tiefling tem o apoio secreto do arquidiabo Levisto, tendo vendido sua
alma há anos pela sua primeira prova de poder mágico. Levisto fala
com ela nos sonhos e guia seu caminho. Logo após Avarice ter chegado
nas Dez Cidades, Levisto a incitou a procurar os Espada Negra. Avarice
não sabia quem ou o que era Espada Negra até ser abordada pelos
cultistas de Levisto carregando fragmentos de chardalyn parecidos
com espadas e vestidos como pingentes em volta de seu pescoço. Esses
Cavaleiros da Espada Negra de estilo próprio ofereceram-na refúgio
no forte de Cidadela Dineval, onde eles estão sitiados. Embora ela não
confie nos cultistas, eles a tratam com mais respeito do que qualquer
um, e o forte é um local mais seguro que muitos outros lugares nas Dez
Cidades.
Companheiros. Avarice tem um par de gárgulas leais chamados Gargle
e Gurgle que servem como seus guarda-costas e batedores. Avarice usa
a magia ligação telepática de Rary para manter contato telepático com
suas gárgulas antes de enviá-las em qualquer missão. Avarice também
tem o apoio dos Cavaleiros da Espada Negra, se ela precisar contar
com o talento deles.
Familiar. O familiar de Avarice ao longo de toda a aventura é um corvo
grasnador chamado Skelm. Ele usa a ficha de corvo do Manual dos
Monstros, mas é um corruptor em vez de uma besta.
Grimório. O grimório de Avarice tem capa de couro branco e páginas
de veludo. O símbolo pessoa da tiefling está queimado na capa da
frente. O livro contém as magias que Avarice preparou mais as
seguintes magias adicionais: 1) convocar familiar, mãos flamejantes,
onda trovejante 2) truque da corda 3) línguas, relâmpago 4) muralha
de fogo, tempestade de gelo 5) cone de frio, muralha de força.
Dzaan
Dzaan era um Mago Vermelho de Thay que estudou a tradição arcana
da ilusão. Os líderes da Irmandade Arcana o acolheram de braços
abertos, ansiosos por contar com um Mago Vermelho em meio aos
seus quadros. Dzaan poderia ter sido uma força a ser contar na
irmandade não tivesse sua missão por poder o guiado para o Vale do
Vento Gélido, onde ele foi morto pelo povo de Angraleste após fazer
inimigos demais.
Morte de Dzaan. O problema de Dzaan começou após ele romper com
seus magos companheiros e contratar aventureiros para vasculhar o
Vale do Vento Gélido em busca das ruinas netherenses. Um grupo
deles desvendou uma torre enterrada na tundra (veja “Pináculo
Perdido de Netheril”), e Dzaan seguiu seu caminho para eliminar
qualquer um que soubesse disso, incluindo os aventureiros que a
encontraram e diversos moradores das Dez Cidades com quem ele
conversou. Após transformar a torre em sua base secreta, Dzaan
visitou Angraleste para juntar suprimentos. Embora ele tivesse
tomado a precaução de adotar um disfarce mágico, os membros da
milícia local reconheceram Dzaan pela maneira que ele andava e
falava. Eles o capturaram, o amordaçaram, confiscaram seu grimório,
e o condenaram à morte.
Os personagens não têm nenhuma oportunidade de falar com Dzaan.
Eles primeiro o encontram em Angraleste, amarrado a uma estaca e
imerso em chamas (veja “Trabalho Pesado e Problemas”). Os
moradores das Dez Cidades curtem a execução enquanto ela dura.
Após se aquecerem pelo fogo, eles deixam as cinzas de Dzaan para
serem espalhadas pelo vento.
Simulacro de Dzaan. Fora do conhecimento dos seus executores,
Dzaan tinha usado um pergaminho de simulacro para criar uma cópia
de si mesmo. Esse simulacro habita no pináculo netherense afundado,
aguardando pelo retorno do seu criador.
O simulacro, o qual se parece e age como Dzaan, tem metade dos PVs
de Dzaan e não pode recuperar slots de magia gastos. Ele gastou seus
slots de magia nível 3 tentando alcançar Dzaan com magias de enviar
mensagem, em vão, e gastou outros slots de magia para ajuda-lo a
sobreviver aos perigos do pináculo. Ele usa seus slots de magia
restantes moderadamente.
A torre afundada netherense contém um aposento especial que pode
transformar o simulacro numa pessoa real – ou qualquer ilusão mágica
em algo real, ao que parece. Se essa mudança ocorrer, o simulacro
efetivamente se torna um clone de Dzaan, autêntico em todos os
modos. A ficha e as habilidades do Dzaan mudam da seguinte maneira:
• Ele tem slots de magia apropriados para um mago de nível 9 (quatro
slots nível 1, três slots nível 2, 3 e 4, e um slot nível 5), mas ele carece
de um grimório e portanto não pode alterar sua lista de magias
preparadas.
• Se ele finalizar um descanso longo, ele tem os seguintes slots de
magias adicionais, os quais o permitem conjurar as magias indicadas:
Nível 3 (3 slots): bola de fogo, enviar mensagem, lentidão
Nível 4 (3 slots): confusão, olho arcano
Nível 5 (1 slot): animar objetos
• Seu PV máximo se torna 49 (9d8+9), e seu ND se torna 2 (450xp).
Seu ND se torna 4 (1.100xp) se ele finalizar um descanso longo e
recuperar suas magias gastas.
Companheiro. Em razão de eles serem tão desprezados em toda
Faerûn, os Magos Vermelhos frequentemente adotam disfarces e
raramente viajam amplamente sem uma escolta. Eles geralmente
favorecem servos e guarda-costas mortos-vivos, uma vez que eles
acham que mortos-vivos tendem a ser mais obedientes que os vivos. O
guarda-costas de Dzaan é um inumano thayano chamado Krintaas.
Quando Dzaan retornou a Angraleste, ele ordenou seu companheiro a
ficar com o simulacro e vigiar ele e o pináculo netherense enterrado.
Nass Lantomir
Nass Lantomir era uma aprendiz de Zelenn a Branca, uma dos cinco
arquimagos que supervisionam a Irmandade Arcana. O
relacionamento de Nass e Zelenn começou bem, mas nos anos recentes
foi obviamente doloroso para Zelenn que Nass tivesse demorado a
dominar a tradição arcana da adivinhação. A sugestão de Zelenn de
que Nass deixasse a Torre Hospedeira dos Arcanos e ganhasse
experiência no exterior deixou Nass sentindo-se indesejada. Após
muitos pensamentos, no entanto, Nass veio com uma ideia. Ela poderia
submeter sua magia à prova e esculpir um nome por si mesma.
Conforme ela se preparava para deixar a Torre Hospedeira, Nass ouviu
sua mestra conversando com um outro mago sobre uma expedição
secreta ao Vale do Vento Gélido sendo empreendida para buscar magia
há muito perdida de um império passado. Em vez de seguir com seu
plano original, Nass seguiu seus colegas magos ao Vale do Vento
Gélido. Ela os pegou em Bryn Shander e fez sua presença ser
conhecida, alegando que ela foi enviada por sua mestre para ajudar na
expedição com suas adivinhações. Egos e nervos desgastados fizeram
com que o grupo se separasse logo depois, com cada mago
determinado a obter sucesso sozinho.
Uma noite enquanto os outros dormiam, Nass roubou um orbe
professor de uma de seus colegas magos, Vellynne Harpell. Dois dos
companheiros kobold de Vellynne testemunharam o roubo, e Nass os
matou com magias de flecha ácida de Melf antes de fugir com o orbe.
Nass fugiu das Dez Cidades e foi em direção do Mar do Gelo em
Movimento, na esperança de encontrar um tomo chamado O Códice
Branco, um livro de magia e conhecimento composto pelos servos de
Auril a Donzela Gélida. A Irmandade Arcana acredita que esse livro diz
como chegar a uma cidade perdida de magia entumbada no gelo. Antes
que ela pudesse obter o livro, Nass pereceu. Ela agora existe como um
fantasma, incapaz de descansar até encontrar o livro. Os personagens
que passam pelos restos congelados de Nass também encontram seu
grimório e o orbe que ela roubou de Vellynne.
Familiar. O familiar mágico de Nass, um arminho do ártico branco
aclimado ao clima frio chamado Zelennor, vigia os restos congelados
da maga. Ele usa a ficha de arminho do Manual dos Monstros, mas é
uma fada em vez de uma besta. Se Zelennor for reduzido a 0 PVs, o
fantasma de Nass é incapaz de conjurar a magia convocar familiar para
voltar.
Conjuração. Como um fantasma, Nass pode conjurar as magias que ela
preparou antes de sua morte – exceto que o fantasma não pode
conjurar magias que requeiram componentes materiais, o que limita
suas opções. Sua lista de magias preparadas mostra apenas essas
magias que ela pode conjurar. Embora ela não tenha nenhuma magia
nível 2 disponível, o fantasma pode usar seus slots de magia nível 2
para conjurar versões ampliadas da magia onda trovejante.
Grimório. A capa de madeira do grimório de Nass é revestida com pele
de nótico, e fechos de prata mantêm o livro fechado. O símbolo pessoal
de Nass está inscrito na coluna, a qual também carrega o título Livro
de Viagem de Lantomir. O tomo contém as seguintes magias: 1)
convocar familiar, detectar magia, disco flutuante de Tenser, onda
trovejante 2) detectar pensamentos, flecha ácida de Melf, nuvem de
adagas 3) clarividência, contramagia.
Vellynne Harpell
Vellynne Harpell é uma membra da família prestigiosa Harpell, situada
na cidade de Sela Longa. Frio e desapaixonada, ela enveredou para
magia apenas há uma década no final dos seus quarenta e poucos anos
e é habilidosa na tradição arcana da necromancia. Ela tem uma luta ao
longo da vida – um transtorno nervoso que se manifesta como
tremedeira. Isso pode afetar seu equilíbrio e seus passos, mas ela
aprendeu a conjurar suas magias desimpedidas por isso.
Apesar de seu firme apego às artes negras, ela não teria sido admitida
na Irmandade Arcana sem suas conexões familiares – um fato que a
incomoda.
Vellynne trouxe uma herança da família consigo para o Vale do Vento
Gélido: um orbe professor que ela se refere pelo seu nome próprio,
Professor Skant. Esse orbe tem conhecimento sobre Netheril que pode
ser importante se Vellynne localizar a cidade perdida netherense
enterrada sob a Geleira Reghed. O orbe foi recentemente roubado por
Nass Lantomir, uma das rivais de Vellynne na Irmandade Arcana.
Vellynne pretende pegá-lo de volta antes de continuar sua missão de
encontrar Ythryn.
Companheiros. Desde que chegou no Vale do Vento Gélido, Vellynne
assegurou os serviços de seis kobolds do Vento Gélido que agem como
seus criados e guias. Dois deles foram mortos por uma magia flecha
ácida de Melf (conjurada pela rival de Vellynne, Nass Lantomir), mas
Vellynne animou seus corpos, transformando-os em zumbis.
Se ela for ferida, Vellynne pode conjurar toque vampírico e usar a
magia para recuperar PVs às custas dos kobolds.
Familiar. O familiar de Vellynne é uma coruja nevada, a qual a maga
usa como uma batedora. Ela usa a ficha de coruja do Manual dos
Monstros, mas é um celestial em vez de uma besta.
Grimório. O grimório de Vellynne tem capa de couro preto ao redor de
páginas de pergaminho esfarrapado, tudo envolto a uma faixa
escarlate. O símbolo pessoal da necromante está escrito em sangue de
cabra na página do título. O tomo contém as magias que Vellynne
preparou mais as seguintes magias adicionais: 1) convocar familiar,
escudo arcano, disco flutuante de Tenser, proteção contra o bem e o mal,
vitalidade falsa 2) arma mágica, cegueira/surde, 3) remover maldição,
rogar maldição 4) polimorfia.
Kobolds
Os kobolds podem ser encontrados em qualquer lugar onde os dragões
são sabidos habitarem, e aqueles que vivem nas montanhas e colinas
do Vale do Vento Gélido estão entre os mais resistentes de sua espécie.
Atraídos ao norte por um desejo de encontrar e servir a dragões
brancos, esses kobolds se adaptaram da melhor maneira ao clima
hostil. Seus olhos sensitivos apreciam os dias sem sol e as noites longas
e escuras. Eles usam azagaias de madeira como ferramentas para
examinar a neve à frente deles.
Kobolds nativos do Vale do Vento Gélido frequentemente vagam nas
Dez Cidades para escapar do frio pavoroso, na expectativa de trocar as
poucas habilidades que eles têm por alguma sopa quente e abrigo. As
pessoas das Dez Cidades, acostumadas à presença de forasteiros
estranhos, permitem que esses kobolds habitem entre eles em grande
parte. Quando os kobolds não se sentem seguros, eles adquirem
roupas pesadas de inverno e se disfarçam de humanos ao se
posicionarem um no ombro do outro. Três kobolds em roupa de frio
pode se passar como um humano desajeitado com um teste em grupo
bem-sucedido de Carisma (Enganação), cuja CD é igual ao resultado do
teste de Sabedoria (Intuição) do observador.
Zumbi Kobold do Vento Gélido
A necromante Vellynne Harpell tem guias kobolds do Vento Gélido a
seu serviço, incluindo dois que morreram e foram transformados em
zumbi usando magias de animar os mortos. O clima frio ajuda a
preservar sua carne morta.
Cria Vampírica Kobold
O vampiro gnoll Tekeli-li tem um número pequeno de seguidores de
cria vampírica kobold para lhe fazer companhia nas Cavernas da Fome
(veja capítulo 6). Os kobolds vampíricos são aterrorizados pelo
vampiro gnoll e não conseguem compreender seus comandos, de
modo que eles mantêm uma boa distância de Tekeli-li. Esses kobolds
mortos-vivos vorazes têm sede por sangue e tendem a atacar em grupo
um inimigo por vez.
Lebre
Lebres de patas nevadas são herbívoros gentis que vivem em
escavações por todo o Vale do Vento Gélido. Eles tem orelhas mais
curtas do que outras lebres e são aclimados ao clima frio.
Magen
Magen são seres mágicos parecidos com humanos e criados por uma
magia de mago (veja a magia criar magen no apêndice D) ou por outros
métodos arcanos.
Embora os magen se pareçam com humanoides de pele verde, eles são
constructos. Quando um é ferido, seu sangue é visto tendo a cor e
consistência do mercúrio. Eles existem puramente através de meios
mágicos. Quando um for morto, seu corpo desaparece numa explosão
de fogo inofensivo e uma nuvem de fumaça que rapidamente se
dissipa.
Servos Mágicos. Magen se tornam servos ideais. Na criação, cada um
é instilado com um instinto de proteger a si e ao seu criador, e ele segue
as instruções de seu criador sem hesitação. Quando sua tarefa é
concluída, um magen fica imóvel e silente até seu criador lhe der novas
ordens.
Magen Demos
Magen demos vestem armadura, portam armas e tipicamente servem
como guardas.
Magen Galvan
Magen galvan podem voar. Eles também armazenam eletricidade
estática, a qual eles descarregam como relâmpagos.
Magen Hypnos
Magen hypnos são telepáticos e usam seu poder de sugestão para
controlar os outros. Seus criadores os usam para forçar os inimigos a
recuar ou se render.
Um magen hypnos não carrega nenhuma arma, contando inteiramente
com suas habilidades psíquicas para manipular e fazer mal às outras
criaturas.
Magias Vivas
Áreas de magia selvagem e locais que foram devastados por forças
místicas poderosas podem dar vida a efeitos de magia que se tornam
seres vivos. Essas assim chamadas magias vivas assombram os lugares
onde elas foram criadas, subsistindo de energia mágica ambiente.
Mão Viva de Bigby
Uma mão viva de Bigby é uma mão Grande de força brilhante e
translúcida planando. Ela muitas vezes serve como um guardião,
atacando criaturas que atravessam seu caminho enquanto permanece
leal ao seu conjurador.
Lâmina Viva do Desastre
Uma lâmina viva do desastre é uma magia de lâmina do desastre com
uma vontade perversa própria. Ela parece uma fenda planar negra e
flutuante na forma de uma espada. Como um demônio, ela almeja a
destruição.
Semiplano Vivo
Um semiplano vivo é uma magia de semiplano que se tornou
vagamente autoconsciente. Ele é um retângulo sombroso com 1,5m de
largura e 3m de altura, o qual rasteja ao longo de superfícies sólidas e
niveladas e geme levemente quando se move.
Quando um semiplano vivo encontrar uma criatura pequena o
bastante para caber em sua porta, ele tenta puxar essa criatura para
dentro de si mesmo, e então deposita a vítima numa câmara
extradimensional.
Mímico
Os mímicos são monstros metamorfos descritos no Manual dos
Monstros. A variante apresentada aqui é um espécime particularmente
grande e voraz – o resultado dos experimentos netherenses em
mímicos comuns – que cospe ácido.
Morsas
As morsas são mamíferos marítimos robustos que favorecem climas
árticos e se comunicam por grunhidos e rugidos. Uma espécime adulta
tipicamente pesa ao menos 1.000 kg. Os humanos as caçam pela sua
carne, gordura, pele, ossos e presas.
Morsa Gigante. As morsas gigantes são criaturas enormes mal-
humoradas, tão grandes quanto elefantes. Uma espécime adulta
tipicamente pesa ao menos 6.000 kg.
Nômades Reghed
Os nômades Reghed são os filhos da Geleira Reghed, como o nome
sugere. Eles são pessoas do meio selvagem, tal como revelado pelos
seus nomes tribais – o Alce, o Tigre, o Lobo e o Urso. Eles são as tribos
do Vale do Vento Gélido, orgulhosos e fortes, ligados a tradições
antigas que os mantêm vivos por incontáveis invernos difíceis. Os
Reghed vestem peles pesadas, bem como luvas, botas e máscaras feita
da pele de animais, a fim de se protegerem do frio penetrante.
Embora eles originalmente descendam dos humanos que tinham
predominantemente olhos azuis e cabelos claros, as tribos Reghed se
assemelham a outros povos, adicionando novo sangue aos seus
quadros em diminuição. Costumava haver mais de quatro tribos
Reghed, mas as outras foram todas dissolvidas ao longo do último
século, com muitos dos seus membros antigos se assentando nas Dez
Cidades e abandonando seus modos tradicionais.
As tribos Reghed contam com um estilo de vida nômade para
sobreviver, conforme eles seguem hordas de rena ao longa da rota de
migração anual dos animais. Quando eles fazem acampamento, o povo
das tribos vivem em tendas redondas e grandes feitas de pele de cervo
e sustentada por eixos de madeira (veja o mapa 2.11 para uma típica
configuração de acampamento Reghed).
O Manual dos Monstros tem as fichas que podem representar a maioria
dos membros de uma tribo Reghed, conforme mostrado na tabela
abaixo.
Função Ficha
combatente tribal com Sobrevivência
Caçador ou combatente
+4; fala Comum
druida com Sobrevivência +4; fala
Xamã
Comum e Druídico
gladiador com gibão de peles em vez
Líder do Clã ou grande
de couro batido e com Sobrevivência
combatente
+5; fala Comum
Tribo do Urso
Contenda interna estilhaçou o que restou da Tribo do Urso hoje. O
tumulto começou logo após um bando de caçadores da Tribo do Urso
recuperar peças de chardalyn de corpos congelados de diversos anões.
Desatentos à magia demoníaca impregnando o cristal, os membros da
tribo usaram os fragmentos para estilizar as cabeças de suas lanças e
machados. O contato com o cristal corrompeu esses combatentes ao
longo do tempo, transformando-os em furiosos de chardalyn. Sua
crueldade forçou o rei a bani-los da tribo. Esses exilados começaram
desde então a invadir acampamentos da Tribo do Urso em busca de
sacrifícios, os quais eles oferecerem a Auril para ganhar o favor da
Donzela Gélida.
Rei Gunvald Halraggson
O Rei Urso de 30 anos é uma figura impressionante e é reconhecido
por seu tamanho e força. Ele tenta ser honorável, mas frequentemente
não tem misericórdia e não muda de ideia facilmente. Ele tem
problemas em se relacionar com os moradores das Dez Cidades, de
modo que ele os evita. Sua perspectiva do povo da cidade pode mudar
se eles o ajudarem a destruir os furiosos de chardalyn que se voltaram
contra eles mesmos.
Gunvald teve três esposas em seis anos, cada uma das quais morreu
enquanto estava grávida. Seus conselheiros temem que os deuses
amaldiçoaram Gunvald e a tribo inteira. Na verdade, a xamã apontada
pelo rei, Ulkora, o deseja e sorrateiramente envenenou suas esposas.
No momento, Ulkora espera que Gunvald volte seu olhar amoroso para
ela e a permita carregar seu verdadeiro herdeiro. Se Gunvald
descobrisse a verdade, ele colocaria Ulkora para morrer.
Tribo do Alce
Das quatro tribos Reghed restantes, a Tribo do Alce é a maior e mais
tolerante aos forasteiros. Ela é também a tribo do heróis Wulfgar, filho
de Beornegar.
Os membros da Tribo do Alce veem o povo das Dez Cidades como o
“povo domado”, o qual é mal criado e mal equipado para a vida no Vale
do Vento Gélido. A tribo mantém sua distância das Dez Cidades para
evitar desentendimentos, uma vez que a aparência dos caçadores da
Tribo do Alce próximo às Dez Cidades tem sido conhecido por deixar
em pânico os moradores das Dez Cidades que vivem em constante
medo de ataques.
Rei Jarund Elkhardt
O Rei Alce é Jarund Elkhardt, um tenro embora sério homem alto que
tem aproximadamente 50 anos – ancião para os padrões tribais. Ele
liderou a Tribo do Alce por metade de sua vida, e a idade o deixou
cauteloso. Ele tem visto outros reis e rainhas crescerem e caírem, fez
guerras com amigos e paz com seus inimigos, e liderou combatentes
que ele conheceu como bebês às suas mortes em batalha. A tensão dos
seus longos anos de liderança está marcada em sua face desgastada
pelo tempo.
O filho falecido de Jarund, Jarund Duas Vezes Nascido, foi morto quase
há uma década enquanto tentava derrubar um urso das cavernas,
deixando Jarund sem um herdeiro. Ele falhou em produzir uma outra
criança com sua esposa, Wynneth, e sua amante, Froya, de modo que o
futuro da sua linhagem real permanece incerto.
O inverno inflexível de Auril preocupa Jarund profundamente, e ele
muitas vezes se vira ao seu xamã, Mjenir, em busca de orientação. O
rei respeita a compreensão dos deuses e espíritos do xamã, e o fato de
ambos os homens terem perdido seus filhos serve para fortalecer o
vínculo entre eles. Mjenir acredita que a única maneira de quebrar a
magia de Auril é matar a deusa em sua casa, mas Jarund acredita que
seus combatentes não são fortes o bastante para concluir essa tarefa.
Tribo do Tigre
A Tribo do Tigre evita a mais forte Tribo do Alce e ataca as tribos mais
fracas do Urso e do Lobo. De todas as tribos Reghed, a Tribo do Tigre
é a mais confortável em atacar as fraquezas de seus rivais, bem como
as Dez Cidades.
Rainha Bjornhild Solvigsdottir
É incomum para uma mulher guiar uma tribo Reghed, mas Bjornhild é
a mulher mais extraordinária. A esposa destemida do falecido Rei
Korold, ela lutou ao lado dele em muitas batalhas. Após o companheiro
mamute de um gigante do gelo matar Korold, a formidável Bjornhild
tomou seu lugar.
Bjornhild adora a Donzela Gélida e é tão implacável que seus inimigos
acreditam que ela tem na verdade gelo correndo em suas veias. Ela não
tem nenhum filho vivo que ela conheça, mas com a benção de Auril, ela
não vai precisar de nenhum herdeiro para preservar seu legado.
Bjornhild pretende viver para sempre, demonstrando sua fé
inabalável à Donzela Gélida e se tornando a Escolhida de Auril.
Como se não fosse temível o bastante, Bjornhild tem um pet tigre
dente-de-sabre chamado Grava.
Tribo do Lobo
A Tribo do Lobo é a menor das quatro tribos Reghed restantes, e
mesmo seus membros mais otimistas não acham que eles vão
sobreviver por muito mais tempo sob sua atual liderança. Para inchar
seus quadros, os líderes recorreram a trazer forasteiros para dentro
do grupo, incluindo exilados das Dez Cidades, membros distituidos de
outras tribos Reghed e até mesmo goblinoides.
Isarr Kronenstrom
A Tribo do Lobo tem estado sem um rei ou rainha por anos. Seu líder
mais poderoso, Isarr Kronenstrom, é um bruto psicótico que adora a
Malar o Lorde das Bestas. Ele caça os moradores das Dez Cidades por
esporte, se banha com o sangue deles, e confere medo nos corações de
seus inimigos. Diversos membros do clã de Isarr desertaram dele ou
foram expulsos, mas os poucos que permanecem são ferozmente leais.
Eles acreditam, incorretamente, que ele é o Escolhido de Malar.
Embora Isarr se denomine o Rei Lobo, alguns outros da Tribo do Lobo
o suportam nessa afirmação, mas os outros líderes do clã Lobo são
fracos e desorganizados demais para desafiá-lo.
Raposa
As raposas brancas do ártico do Vale do Vento Gélido vivem em
escavações e são aclimadas a climas frios. Elas rondam nas cercanias
das Dez Cidades e nas florestas próximas em busca de comida, de calar
lebres ou roubar peixes. Essas criaturas tímidas evitam contato com
humanoides, mas elas às vezes são usadas como montarias por
chwingas.
Rena
Para assegurar que eles não fiquem famintas no inverno, os nômades
Reghed do Vale do Vento Gélido seguem as rotas das hordas de renas
e ficam atentos em não esgotar as hordas ao ponto de onde as bestas
não possam mais florescer ou se defender contra outros predadores
naturais.
A rena adulta média tem 1,5m de altura no ombro e pesa 125 kg.
Ambas as renas macho e fêmea têm galhadas, embora as galhadas de
um macho sejam maiores.
Estatísticas de Jogo. Uma rena usa a ficha de alce do Manual dos
Monstros. Ela é aclimada ao clima frio. Aproximadamente uma em seus
renas do Vale do Vento Gélido tem um traço mágico raro: galhadas que
brilham no escuro emitem luz fraca num alcance de 3m.
Troll de Gelo
Trolls de gelo têm toda a mesquinhez e fome dos trolls comuns. Seus
corações irradiam frio extremo, ao detrimento de outras criaturas
próximas.
Coração dos Trolls de Gelo. O coração de um troll de gelo permanece
frio mesmo após a destruição do troll. Contanto que o troll não possa
se regenerar, seu coração pode ser seguramente removido de seus
restos, manejado e guardado. O coração de um troll de gelo, uma vez
removido, se tornar um objeto Miúdo inofensivo com CA 13, 4 PVs e
imunidade a todos os danos, exceto dano de fogo. Pelas próximas 24
horas, o coração tem as seguintes propriedades mágicas:
• Uma criatura que comer o coração ganha a habilidade de regenerar
pelas próximas 24 horas, recuperando 5 PVs no início de cada um dos
seus turnos. Se a criatura sofrer dano ácido ou de fogo, esse traço não
funciona até o início do seu próximo turno. A criatura morre apenas se
iniciar seu turno com 0 PVs e não regenerar.
• Se for enterrado no chão sob 30cm ou mais de terra, o coração
derrete e invoca uma nevasca como a criada pela magia controlar o
tempo. Leva 10 minutos para o coração derreter e a nevasca se formar.
A nevasca permanece por 8 horas.
• Uma bruxa ou criatura similar pode realizar um ritual que
transforma o coração num talismã mágica que atua como uma porção
de bolor marrom (veja o Guia do Mestre). Esse efeito dura até o coração
ser destruído.
• Uma criatura proficiente em suprimentos de alquimista pode
espremer o fluido residual do coração o bastante para misturar com
outros ingredientes alquímicos, criando uma poção de resistência
(frio). Leva 1 hora para criar essa poção.
Truta de Cabeça Chata
A saborosa e tentadora truta de cabeça chata não pode ser facilmente
pega em redes. Além disso, usar uma linha para bobinar tal peixe forte
é um empreendimento significativo. Pescadores descuidados que são
puxados na água congelante podem rapidamente morrer,
particularmente se eles estiverem pesados pelas peles e mantos
pesados.
Uma truta de cabeça chata macho pode pesar 35 kg ou mais. As fêmeas
tendem a ser menores, pesando cerca de 25 kg. Ambos são apreciados
por seus ossos parecidos com marfim.
Urso-Coruja Nevado
Um urso-coruja nevado combina os traços físicos de uma coruja
nevada com um urso polar. Quando não está dormindo ou hibernando,
ele galopa pela tundra gélida em busca de comida.
Estatísticas de Jogo. O urso-coruja nevado usa a ficha de urso-coruja
do Manual dos Monstros. Adicionalmente, ele tem um deslocamento de
natação de 9m e é aclimado ao tempo frio.
Vagante da Luz Gélida
Alguns humanoides que morreram de frio extremo, mas cujos
espíritos definham no mundo mortal se tornam vagantes da luz gélida,
queimando com fúria frígida na falta de sentido da vida. Seus corpos
queimados pelo gelo emitem uma luz espectral tão intensa que os
olhos mortais mal podem ficar olhando para eles. Eles tipicamente
vestem a roupa com a qual eles morreram.
Horrores Peões dos Deuses. Os deuses que personificam o inverno
criam vagantes de luz gélida como incorporações da fúria do inverno. Verbeeg
Esses espíritos odiosos que tiveram a passagem ao pós-vida negada
Os verbeeg são gigantes que lembram os humanos aumentados com
são preservados em suas formas atuais para lembrar aos vivos quão
membros desengonçados e rostos alongados. Alguns têm outros
frágil a vida pode ser.
traços que lhes dão um aspecto temível.
Quando um vagante da luz gélida morre, sua luz se esvai, deixando
Os verbeeg constroem sua própria armadura e armas. Eles preferem
para trás um corpo inanimado e congelado que nunca pode ser erguido
lanças de arremesso acima de todas as outras armas, e um verbeeg
dos mortos.
normalmente tem diversas lanças para esse propósito.

Saqueadores. Os verbeeg se conduzem como salteadores, roubando

Vampiro Gnoll
Quando a fome enraivecida de um gnoll é tão grande que ele almeja
carne e sangue mesmo após a morte, ele pode se erguer como um
vampiro e continuar alimentando seu frenesi.
Um vampiro gnoll é um predador selvagem que se alimenta do sangue
dos vivos. Ele gargalha maniacamente quando pega a fragrância de sua
presa e rapidamente se move para mata-la, rasgando a carne com suas
garras, empanturrando-se da carne e do sangue, e não deixando nada
para trás além de ossos, cartilagens e os pertences borrifados de
sangue da vítima.
Os vampiros gnolls são alimentadores indiscriminados que preferem
a carne e sangue de humanoides, incluindo a de outros gnolls. Suas
narinas não suportam o aroma de perfumes, e seus ouvidos não
aguentam as palavras faladas em voz alta em Celestial. Eles não
projetam reflexos em espelhos, a menos que eles queiram.
Diferente dos vampiros normais, os vampiros gnolls não ficam em
caixões enquanto descansam, e eles não têm tais lugares para retornar
quando seus corpos corpóreos são destruídos. Eles não são
desencorajados por água corrente, e eles podem entrar em residências
sem convite. Quando um vampiro gnoll precisa viajar rapidamente, ele
adota a forma de uma hiena emaciada gigante. Quando ele quer pegar
sua presa de surpresa, ele assume a forma de uma nuvem de névoa.
Após ele se alimentar do sangue de uma vítima, sua forma de névoa
assume uma tonalidade escarlate por cerca de uma hora antes de falta
de coloração retornar.
Tekeli-li e as Cavernas da Fome
Tekeli-li foi um presa de Yeenoghu, um gnoll poderoso cujo bando
invadiu o Vale do Vento Gélido há mais de um século. Quando o
massacre devassador de hordas de renas dos gnolls ameaçou a
sobrevivência das tribos Reghed, as tribos se uniram contra os gnolls
e os derrotaram no outono de 1.333 CV. Tekeli-li e seus semelhantes
sobreviventes fugiram pela tundra com as tribos Reghed em
perseguição.
as pessoas com quem eles cruzam no meio selvagem. Se a comida
estiver escarça, eles matam essas mesmas pessoas e as comem. Eles
preferem habitam em lugares abandonados, muitas vezes
compartilhando o território com gigantes da colina e ogros. Não é
incomum encontrar uma gangue de gigantes da colina e ogros liderada
por um verbeeg, uma vez que os verbeeg são muito mais espertos que
seus primos brutos. Os verbeeg também curtem a companhia de
bestas mamíferas e permitem ursos, lobos, worgs e outros predadores
a se abrigarem consigo. Eles pegam e mantêm cavalos, mulas, ovelhas,
cabras e rebanhos para comer e comercializar.
Vagantes. Alguns verbeeg adoram a deuses da natureza e ajudam a
defender o mundo natural. Esses verbeeg serenos são chamados de
vagantes e são abençoados com habilidades de conjuração inatas.
Yeti
O yeti e o yeti abominável estão descritos no Manual dos Monstros.
Essa descrição fornece informações de jogo para os filhotes de yeti, os
quais as pessoas raramente encontram. Os yetis adultos são muito
protetores com seus filhotes, mantendo-os escondidos do resto do
mundo. Um filhote de yeti tem entre 1 e 7 anos de idade.
Os filhotes de yeti são tão voláteis e maldosos quanto seus pais, com
sua aparência temível diminuída apenas pelo seu tamanho. Em média,
eles ficam de pé a 90cm de altura, eles gostam de atormentar criaturas
da sua altura ou menores. Mas eles são facilmente intimidados por
criaturas maiores e mais fortes. Um filhote de yeti intimidado pode ser
controlado, ao menos por um tempo, mas criar um para ser qualquer
outra coisa além de um predador comedor de carne e selvagem é
incrivelmente difícil (se não for impossível).

Os gnolls feridos encontraram uma fenda gélida na borda da Geleira

Reghed e se esconderam lá pelo inverno. Para manter o líder deles
vivos, os outros gnolls permitiram ao Tekeli-li a comê-los um a um,
embora sua fome não fosse abatida. Auril encontrou a criatura
esfomeada e semicongelada e lançou Tekeli-li numa tumba gélida a
fundo dentro da geleira. Ao fazê-lo, a Donzela Gélida buscou preservar
o que o gnoll se tornaria – a incorporação da consumação sem
remorsos do inverno.

Tekeli-li existe hoje como um vampiro gnoll que não se alimenta há

décadas. Os aventureiros que usarem a “Geada da Donzela Gélida” para
criar uma passagem pela geleira sem querer libertam o vampiro gnoll
esfomeado de seu sepulcro gélido. Para mais informações sobre o covil
de Tekeli-li, as Cavernas da Fome, veja capítulo 6.
 Apêndice E:
Geada da Donzela Gélida
Nós nos curvamos para Ela que veste a coroa;
Deixe o mundo tremer de pavor.
Vestida com vestido mais branco do inverno,
Sua neve encobre os mortos.

Sua fúria derrama nada além de lágrimas congeladas

à medida em que as nuvens cinzentas se formam.
Seu vento pelos ermos corta,
trazendo nevascas do Norte

Flores tocadas pelo gelo pegas no meio da floração,

beleza mantida em toda sua graça.
O verão se foi para sua tumba silente,
sossegando no abraço frio Dela.

Todo o mundo no branco do inverno,

encoberto de granizo e gelo.
Colocado numa noite interminável,
Ela invoca o paraíso.

Contemple Sua geada eterna,

Veja como ela cobre tudo;
Não chore por aqueles que Ela prende no tempo
por trás de Sua parede glacial.

Soberana dos verões perdidos,

General da guerra do inverno;
Vida longa à Rainha do Gelo e do Frio.
Que o reinado Dela dure para sempre.

We bow to She who wears the crown;

Let the world shiver with dread.
Clad in winter’s whitest gown,
Her snow enshrouds the dead.

Her fury sheds but frozen tears

as gray clouds issue forth.
Her wind across the wastelands shears,
bringing blizzards from the North.

Ice-kissed flowers caught mid-bloom,

beauty kept in all its grace.
Summer’s gone to its silent tomb,
stilling ni her cold embrance.

All the world in winter’s white,

sheathed in sleet and ice.
Set upon never-ending night,
She conjures paradise.

Behold Her everlasting rime,

see how it covers all;
Weep not for those She traps in time
behind Her glacial wall

Sovereign of Summers lost

general of winter’s war;
Long live the Queen of Cold and Frost.
May She reign forevermore