O Ùltimo Oásis !!

Venha jogar esta famosa aventura criada por Peter Aberg, publicada na antiga Revista Dungeon Magazine 51
em 1995. Originalmente uma aventura de AD&D 2a Ed., adaptada para D&D 5a Edição, por este colaborador.

By Madmax !!
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 NOTA DO COLABORADOR
Este é mais um trabalho de fã para fãs, como feito anteriormente nas traduções " Baldur’s Gate:
Descida Até Avernus" e “Vale do Vento Gélido: A Geada da Donzela Gélida”, (publicados no
Facebook). Sempre gostei das aventuras de D&D, mas sempre fiquei frustrado por não ter traduções
para o português. Não tratem este material como uma tradução perfeita do artigo original.

Afinal, não domino o “inglês” e nunca fiz curso de “Indesign”, a ideia é ter um material que permita
aos jogadores poderem jogar sem dificuldade.

Todo o material foi traduzido utilizando o “google tradutor”, “reverso context” , “linguee”, entre
outros; não posso deixar de citar essas ferramentas, que tanto me ajudaram neste trabalho.

Esta é uma aventura publicada na antiga revista “Dungeon Magazine n. 51” para o cenário de Al-Qadim.
Uma aventura “one-shot” para uma sessão de final de semana, mas com certeza, dependendo do
Mestre, pode se tornar uma sessão memorável.

Por fim, quem quiser o arquivo original para poder melhorá-lo, podem me encontrar no Facebook
na comunidade RPG TAUBATÉ : https://www.facebook.com/groups/rpgtaubate/. Deixem uma
mensagem com o e-mail que eu envio o arquivo para quem quiser.

E por fim, para aqueles que tiverem grupos de RPG on-line, faz muito tempo que não eu jogo, e aqui
na cidade não tem grupos de RPG, se alguém tiver um grupo disponível e puder me chamar, ficaria
muito grato. É só mandar um oi, jogo como Mestre ou Jogador.

Espero que gostem e se divirtam e bons jogos.

MADMAX!!!

Este material foi feito de fã para fãs, sua venda

e/ou impressão é estritamente PROIBIDA,
todos os direitos autorais reservados aos
respectivos autores e a Wizards of the Coast.

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 O Último Oásis
By Peter Aberg
Artwork by Karl Waller
“A maioria das aventuras que apresento foram
testadas pelo meu antigo (e em alguns casos,
envelhecido) grupo de jogadores na Suécia. Ainda
nos reunimos três ou quatro vezes por ano, sempre
que estou na cidade para uma visita. Gostaria de
agradecer à gangue “Covil do Dragão” por me ajudar
a depurar este, e agradecimentos especiais também
aos testadores de jogos da TSR por comentários e
feedback adicionais.”
Peter Aberg
“O Último Oásis” é uma aventura AD&D® AL-QADIM®
publicado na “Dungeon Magazine 51” em 1995. Essa
é uma tentativa de adaptação (na versão original é uma
aventura para 4-6 personagens jogadores de níveis 1 a
4 - cerca de 12 níveis no total). Nesta adaptação é uma
aventura para jogadores de 3º ou 4º nível.
O grupo deve incluir lutadores robustos e, pelo menos,
um sacerdote ou mago. O grupo deve possuir pelo menos
uma arma mágica +1 ou habilidades equivalentes.
Esta aventura se passa no mundo de Zakhara, mas
pode ser facilmente adaptada para jogar em qualquer
cenário de deserto. Ela pode ser usada como uma
aventura autônoma ou como parte de uma campanha
AL-QADIM em andamento.
O Mestre deve ler cuidadosamente toda a aventura
antes de jogar. Familiaridade com as personalidades
e motivações dos principais NPCs é essencial.
4 nada foi encontrado dele – ou, pelo menos, ninguém
“Amaldiçoo vocês e suas famílias! Que
vocês sejam atingidos pelo mau-olhado e
menosprezados pela mão do Destino, seus filhos
de esterco de camelo! Não vou descansar até ver
vocês serem punidos! Estão me ouvindo? Eu não
vou descansar!”
Latifa al-Djemel continuou gritando suas maldições
muito depois que os homens que haviam roubado
seus camelos e provisões estavam fora de vista
além das dunas de areia distantes. No chão ao seu
redor estavam seus guardas, mortos ou morrendo
sob o intenso calor do sol do deserto.
Quando sua voz finalmente ficou rouca de tanto
gritar, ela lentamente caiu de joelhos, soluçando
com raiva para si mesma: “Eu não vou descansar.
Eu não vou descansar.”
Latifa al-Djemel estava indo para a cidade de Qudra,
no noroeste de Zakhara, quando encontrou seu destino
próximo ao sopé sul das Montanhas Estriadas. Muitos
outros que seguiram a rota de caravanas entre Qudra e a
cidade vizinha de Hiyal morreram de forma semelhante
nos últimos meses, desde que um misterioso bando de
bandidos do deserto começou a atacar os viajantes ao
longo da rota. Esses bandidos são mais ousados do que
nunca, e estão muito mais bem organizados. Eles até
lançaram ataques em grande escala contra caravanas
relativamente bem protegidas.
O emir de Qudra enviou tropas para procurar os
bandidos, mas sem sucesso. O deserto é vasto e
os bandidos são extremamente móveis. Segundo
rumores, os bandidos têm um acampamento principal
em algum lugar nas Terras Assombradas, não muito
longe da pequena cidade de Adhal, perto do Mar das
Caravanas. Se esses rumores forem verdadeiros, o
acampamento deve estar muito bem escondido, pois
voltou para relatar seu paradeiro.
O aumento do número de ataques contra caravanas
causou grande alarme entre os mercadores de Qudra.
O comércio com o sul de Zakhara foi interrompido.
Muitos mercadores estão contratando mercenários
qualificados e aventureiros de renome para servir
como guardas que acompanham seus carregamentos,
pagando bem por esses serviços. O emir de Qudra
ofereceu uma recompensa generosa de 5.000 po
a qualquer um que ponha fim aos ataques dos
bandidos ou que forneça informações precisas sobre
a localização do acampamento secreto dos bandidos.
PARA O MESTRE
A aventura que os PJs estão prestes a embarcar começa
na cidade de Qudra, mas logo os levará ao reino das
lendas e conhecimentos dos nômades do deserto do
norte – os Al-Badia. Lá eles entrarão em um mundo
de segredos e maravilhas há muito esquecidos pelos
moradores da cidade (o Al-Hadhar) ... um mundo onde
conceitos opostos como Vida e Morte, Bem e Mal, e
Noite e Dia nunca são claramente definidos.
No âmago do que os PJs experimentarão está algo
que os Al-Badia se referem como a caminhada-hama
(ou caminhada espiritual). De acordo com a tradição
do deserto, quando um homem está perto da morte,
especialmente uma morte em circunstâncias lentas
ou agonizantes, seu espírito às vezes é libertado
antes que o corpo esteja totalmente morto, para que
possa escapar dos últimos momentos de sofrimento.
Os clérigos e hakimas (mulheres sábias) do deserto
afirmam que um espírito assim libertado não pode
assumir a verdadeira forma hama (forma de pássaro
espiritual) e voar para a vida após a morte como faria
normalmente. Em vez disso, ele retém sua forma
humana e está fadado a permanecer na fronteira entre
a vida e a morte até que o corpo finalmente morra.
Alguns dizem que esta Fronteira é um bolsão do
Semiplano das Sombras. É descrito como um vasto
deserto repleto de artefatos de civilizações antigas e
mortas há muito tempo. Seus habitantes são aqueles
que aguardam sua libertação do mundo dos vivos, ou
que escolhem ficar lá devido a tarefas inacabadas,
magias malignas, mau-olhado ou o Destino. Muitos
mortos-vivos também são atraídos para o local,
usando-o para se mover entre locais no mundo
externo onde há conexões particularmente fortes
com a Fronteira, como cemitérios.
Felizmente, a Fronteira não é totalmente sombria,
pois em seu centro está um belo paraíso: um oásis
com vegetação exuberante, uma abundância de flores
perfumadas e coloridas e centenas de pássaros exóticos
empoleirados em árvores carregadas de frutas cantando
canções suaves. O oásis é considerado um lugar de
descanso para o espírito antes de continuar sua jornada.
Consequentemente, é chamado de Último Oásis.
Os poucos que estiveram no Último Oásis e mais
tarde conseguiram voltar à vida, o descrevem como
um jardim maravilhoso habitado por um trio curioso:
um velho zelador sábio, um guardião que já foi um
soldado em algum exército há muito esquecido e uma
hakima que supervisiona a jornada dos espíritos.
Para os moradores das cidades, histórias como
as do Último Oásis parecem incríveis, facilmente
descartadas como meras fantasias criadas por
supersticiosos nômades do deserto – coloridas, mas
falsas. Os PJs logo terão a oportunidade de descobrir
o contrário, enquanto partem em sua jornada em
direção ao Último Oásis.
A Cidade de Qudra
A aventura começa com os PJs na cidade de Qudra.
Eles podem ter vindo para a cidade depois de ouvir
rumores sobre os ataques e a recompensa oferecida
pelo emir, ou podem estar de passagem a caminho de
outro lugar.
Com suas enormes paredes cinza e fortificações
impressionantes, a cidade de Qudra é o último posto
avançado do Trono Iluminado na costa leste do Grande
Mar, uma eterna sentinela de guarda contra os bárbaros
do Norte e os piratas dos Domínios Corsários.
Qudra é administrada como um acampamento militar
por seu emir, um anão chamado Hatit Abd al-Wajib,
um mameluco de Dutiful. Os soldados da cidade são
bem treinados e disciplinados (sendo principalmente
mamelucos), seu governante e seu conselho são justos,
mas firmes, e suas leis e punições são igualmente
aplicadas a todos, independentemente da posição.
Em tempos de paz, Qudra desfruta de um comércio
limitado, mas próspero, com os distantes reinos
bárbaros. Joias, seda fina e especiarias raras são
trocadas por sal, madeira, metais como bronze e
prata, peles e animais exóticos. Muitos desses itens
são enviados por meio de Qudra em caravanas para
os mercados nas cidades do interior de Zakhara,
onde alcançam um alto preço. As maiores caravanas
rivalizam com o tamanho das grandes caravanas que
transportam armas das forjas da cidade de Hiyal a
Qudra todos os anos. A maioria é muito menor, porém,
consistindo de não mais do que 20 a 30 camelos.
A rota das caravanas do leste para Hiyal é de longe
a mais percorrida de todas as rotas que partem de
Qudra. Não é suscetível aos ventos tempestuosos
que frequentemente assolam os navios que cruzam o
Mar das Caravanas, e é considerado relativamente
seguro – ou, pelo menos, era, até a recente onda de
ataques dos bandidos do deserto.
O Mestre está livre para inserir encontros na cidade
conforme desejado enquanto os PJs estão em Qudra.
Algumas sugestões de rumores que os PJs podem
ouvir de NPCs em Qudra estão listadas abaixo. Os PJs
também devem aprender as informações detalhadas
na “Introdução”.
•Em algumas semanas, uma caravana que transporta
uma variedade de produtos exóticos e caros do norte
deixará Qudra com destino a Hiyal. (Verdade)
• A sultana Alurah bint Asrah de Hiyal controla os
bandidos do deserto. Ela quer ver os mercadores de
Qudra arruinados. (Falso)
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 • Os bandidos do deserto conseguiram se infiltrar
em alguns dos caravançarais para aprender as rotas
exatas das caravanas, bem como a carga que elas
carregam. (Verdade)
• Várias caravanas desapareceram sem deixar
vestígios no caminho de ou para Hiyal. (Verdade, mas
cadáveres desaparecem rapidamente no deserto)
• “A Destruição Sussurrante” de que o Asham “o
Louco” (um personagem local) vive falando é o que
realmente está por trás do desaparecimento de várias
caravanas. (Falso)
• A comerciante Latifa al-Djemel, amiga de Shams
al-Ezai (um personagem local que supervisiona o
mercado de escravos), não foi vista ou ouvido falar
desde que ela e seus homens deixaram Hiyal, algumas
semanas atrás. (Verdade)
Latifa al-Djemel era uma comerciante bem conhecida
em Qudra por suas maneiras agradáveis e honestidade
nos negócios. Sua suposta morte é lamentada por muitos.
Se os PJs perguntarem onde contratar guardas de
caravana, eles serão encaminhados ao caravançarai
principal, localizado próximo aos portões da cidade.
Certos mercadores ricos (entre eles Diyab al-Hiyali,
veja abaixo) contrataram pregoeiros que andam pelos
mercados da cidade convocando bravos guerreiros para
virem aos caravançarais se eles procurarem emprego.
No Caravançarai
A maioria dos comerciantes que procuram contratar
guardas possui apenas pequenas caravanas transportando
cargas mundanas (madeira, peles comuns, etc.) e não
podem pagar muito. Depois de os PJs terem olhado em
volta por um tempo, o único empregador em potencial
que eles devem achar interessante é Diyab al-Hiyali, um
rico comerciante de sal.
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Diyab al-Hiyali
Humano, Caótico e Bom
Ladino 10º Nível (Comerciante de Guilda)
Classe de Armadura: 10
Pontos de Vida: 40 (10d8 -10)
Deslocamento: 9 m
For Des Con Int Sab Car
9 (-1) 9 (-1) 9 (-1) 10 (+0) 16 (+3) 16 (+3)
Salvaguardas: Des +3; Int +4
Perícias: Atuação +11, Enganação +11, História +8, Intuição +11,
Lidar com Animais +7, Persuasão +11, Prestidigitação +7,
Sobrevivência +11.
Sentidos: Percepção passiva +22, Investigação passiva +19
Idiomas: Comum, Elemental (gênios), Élfico, Anão, +3 idiomas
(escolha do Mestre)
Talentos: Habilidoso, Linguista, Mente Aguçada, Observador.
Habilidades Especiais: Ação Ardilosa, Ataque Furtivo (5d6),
Esquiva Sobrenatural, Evasão, Furtividade Suprema, Gíria de
Ladrão, Mãos leves.
Equipamento: Jambiya +1 (adaga curva)
Ações
Jambiya: Arma de Combate Corpo-a-corpo: + 5 para acertar,
alcance 1.5m ou 6/18m, um alvo. Dano: 3 (1d4+1) perfurante.
Diyab é um homem bastante gordo, com quase 60 anos,
cabelo branco e cavanhaque branco bem aparado.
Ele tem um rosto redondo com muitas rugas e olhos
brilhantes e alegres que lhe conferem uma aparência
gentil. Ele usa um dolman branco finamente bordado
com dezenas de pequenas pérolas. Em sua cabeça está
um turbante branco magnífico com uma pedra grande e
clara incrustada em um broche de ouro na frente.
Diyab é um comerciante astuto e muito bem-sucedido,
com gosto pela aventura. Ele está no comércio de
caravanas há mais de 40 anos, começando como
um modesto domador de camelos. Infelizmente, um
recente julgamento ruim de sua parte a respeito de um
empreendimento fracassado no transporte marítimo
internacional colocou-o profundamente em dívida
com credores poderosos e inescrupulosos em Hiyal.
Ele agora precisa levar 10.000 po em diamantes para
Hiyal o mais rápido possível para evitar a visita de
capangas contratados por não pagar suas dívidas.
Diyab planeja enviar secretamente este tesouro com
sua caravana de sal regular e está com pressa para
montá-lo, para evitar atrair atenção indevida, ele
está adicionando apenas alguns guardas adicionais
à caravana, mas ele quer que esses guardas sejam
muito bons em trabalho deles.
 Caravançarai
A Fronteira
A Fronteira é composta em parte pelos vivos, em parte pelos mortos – em parte pelo espírito, e em parte
pela matéria. É um lugar onde tais distinções não são claramente definidas.
Para a maioria dos visitantes, a Fronteira é apenas uma breve parada na jornada para a vida após a morte,
mal percebida antes de ser deixada para trás. Alguns, entretanto, permanecem mais tempo em seus
domínios, seja por livre arbítrio ou por um destino amaldiçoado. Para visitantes transitórios e residentes
mais permanentes, a presença ou ausência da sombra de um indivíduo mostra onde essa pessoa pertence.
Aqueles com fortes laços com o mundo material, o mundo dos vivos, lançam sombras totalmente escuras
no crepúsculo da Fronteira. Aqueles que perderam seus laços com suas existências materiais também
perderam suas sombras. Eles se tornaram Espíritos. Mortos-vivos com formas corpóreas se enquadram
na primeira categoria; eles ainda mantêm um vínculo com o mundo dos vivos. Esses mortos-vivos podem
ser chamados de verdadeiros nativos da Fronteira, porque eles existem em um estado que não está morto
nem vivo. Os hama (descrito no texto) e todos os outros espíritos se enquadram na última categoria.
Eles deixaram o mundo material para trás para sempre.
Viajar pela Fronteira é uma questão de vontade. Encontrar o caminho para um local específico pode ser um
problema, pois os PJs descobrirão quando tentarem retornar ao mundo dos vivos.
O tempo passa na Fronteira à razão de um dia (período de 24 horas) sendo igual a um minuto no mundo
material. Enquanto os PJs estão na Fronteira, seus corpos no mundo material estão morrendo lentamente,
sufocando sob a areia enterrada. Cada PJ tem 2-9 (1d8 + 1) rodadas antes de seu corpo morrer, o que
significa o mesmo número de dias na Fronteira. Este número deve ser ajustado por qualquer bônus de
Constituição para acertar os dados que o PJ possa ter (+1 para Constituição 15, +2 para Constituição
16, etc.). À medida que seus corpos no mundo material enfraquecem, as sombras dos PJs na Fronteira
desaparecem gradualmente.
Embora o conceito de dia e noite exista na Fronteira, a distinção entre os dois não é tão nítida quanto no
mundo dos vivos. Os dias são geralmente nebulosos, com o sol aparecendo apenas como um disco com
um brilho fraco. A luz do dia não é prejudicial aos mortos-vivos, embora eles a evitem por hábito. À noite,
o céu envolto em névoa parece brilhar com uma luz fria e azulada forte o suficiente para lançar sombras.
Nenhuma lua ou estrelas são visíveis. O alcance da visão é equivalente ao de uma noite clara com lua cheia
no mundo dos vivos.
O combate na Fronteira é conduzido da mesma forma que no mundo material. Espíritos (seres sem sombras)
não podem ser feridos ou mortos permanentemente por armas ou magias. Apenas suas formas atuais podem
ser destruídas, resultando em uma nova forma sendo recriada quase imediatamente, mas possivelmente
em um local diferente. Apenas certas criaturas com características especiais (como os ammut) podem
efetivamente representar uma ameaça aos espíritos. Criaturas com sombras que são mortas na Fronteira
perdem suas sombras e assumem a forma de hama. A partir de então, eles são tratados como espíritos.
Magias e dispositivos mágicos funcionam normalmente na Fronteira. As magias são recuperadas
normalmente.
Existem apenas duas maneiras de deixar a Fronteira: continuando para a vida após a morte ou retornando
ao mundo dos vivos. Normalmente, um espírito pode assumir a forma hama apenas no mundo material e,
então, apenas em circunstâncias especiais. (Talvez ainda tenha um dever a cumprir.) Um espírito não pode
reentrar em seu corpo corpóreo no mundo material, a menos que uma magia poderosa, como ressuscitar os
mortos ou a ressurreição, seja usada. Um espírito pode, entretanto, assumir sua aparência física enquanto
estiver no Último Oásis.
As criaturas que ainda têm sombras não podem viajar para a vida após a morte. Não há limite de quanto
tempo uma criatura pode vagar pela Fronteira antes de decidir partir, embora se seu corpo material morreu
desde que entrou, ela só pode viajar, nunca voltar. Mortos-vivos podem cruzar para frente e para trás entre
a Fronteira e o mundo dos vivos, desde que possam encontrar a fronteira entre os dois mundos.
O Último Oásis é um santuário especial na Fronteira. Dentro de seus limites, hama e outros espíritos podem
assumir sua aparência mortal pelo tempo que desejarem, desde que não bebam da fonte de água benta.
Eles ainda não projetam sombras, no entanto. Mortos-vivos evitam o oásis por causa da fonte.

7

Umar é um homem poderoso, fortemente musculoso e
alto, com um rosto estreito e bem barbeado com inúmeras
cicatrizes de batalha. Seus olhos escuros são emoldurados
por sobrancelhas grossas e pretas. Seu olhar é severo e
sua voz comandante. Ele está vestido com uma aba preta
simples (o manto tradicional do deserto) sem adornos e
usa um keffiyeh (um lenço de cabeça) com um igal (para
segurar o keffiyeh no lugar) na cabeça.
Umar tem sido o funcionário leal de Diyab por mais
de sete anos, subindo de posição durante esse tempo
para se tornar o líder de caravana mais confiável e
experiente do comerciante.
Umar não teme nada além da ira do Destino. Muitas
vezes sua vida foi salva por causa da graça dele.
Talvez por isso ele esteja sempre preocupado em
desprezá-lo involuntariamente. Ele é extremamente
supersticioso, seguindo todos os tipos de regras de
comportamento que aprendeu com os outros ou criou
por si mesmo. (Alguns exemplos são dados no texto;
o Mestre é encorajado a adicionar mais.) Ele tenta
forçar esses rituais aos outros, principalmente se for
obrigado a colocar sua vida em risco na companhia
deles. Sua insistência nos métodos apropriados para
propiciar o Destino certamente causará tensão nos
PJs se eles se recusarem a cooperar.
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Umar (Homem de confiança de Diyab)
Humanoide Médio, Neutro
Guerreiro 4º Nível (Cavaleiro do Deserto)
Classe de Armadura: 13 (armadura de couro batido)
Pontos de Vida: 45 (4d10 +9)
Deslocamento: 9 m
For Des Con Int Sab Car
18 (+4) 13 (+1) 17 (+3) 9 (-1) 12 (+1) 16 (+3)
Salvaguardas: Força +6, Constituição +5
Perícias: Adestrar Animais +5, Intimidação +5, Intuição +3,
Percepção +3, Sobrevivência +3.
Sentidos: Percepção passiva +13
Talentos: Alerta.
Idiomas: Comum, +1 idioma (escolha do Mestre)
Duelismo: Umar quando empunha uma única arma de
combate corpo-a-corpo em apenas uma das mãos, ele ganha
+2 de bônus nas jogadas de dano com essa arma.
Nascido na Sela: Umar é um cavaleiro experiente; ele tem
vantagem em salvaguardas para evitar cair de sua montaria.
Se cair do seu suporte e descer não mais do que 3 metros,
Umar pode cair de pé se não estiver incapacitado. Finalmente,
montar ou desmontar uma criatura custa apenas 1,5 m de
movimento para Umar em vez da metade de seu deslocamento.
Recuperar o Fôlego: Umar no seu turno, pode usar sua ação
bônus para recuperar uma quantidade de pontos de vida igual
a 1d10 + seu nível de guerreiro. Após usar essa característica,
ele precisa completar um descanso curto ou longo antes de
poder utilizá-la novamente.
Surto de Ação (1x): Umar no seu turno, pode realizar uma
ação extra, além da sua ação comum e de uma possível ação
bônus. Após usar essa característica, ele precisa completar um
descanso curto ou longo antes de poder utilizá-la novamente.
Marca Inabalável: Umar pode ameaçar seus inimigos,
frustrando seus ataques e punindo-os por atacar outros.
Quando ele atinge uma criatura com um ataque de arma
corpo-a-corpo, ele pode marcar a criatura até o final do seu
próximo turno. Este efeito termina mais cedo se Umar ficar
incapacitado ou morrer, ou se outra pessoa marcar a criatura.
Enquanto estiver a menos de 1,5 m de Umar, uma criatura
marcada por ele tem desvantagem em qualquer jogada de
ataque que não tenha ele como alvo.
Além disso, se uma criatura marcada por Umar causar
dano a qualquer pessoa que não seja ele, Umar pode fazer
um ataque de arma corpo-a-corpo especial contra a criatura
marcada como uma ação bônus em seu próximo turno. Ele
tem vantagem na jogada de ataque e, se acertar, a arma de
ataque causa dano extra ao alvo igual à metade do seu nível
de guerreiro.
Independentemente do número de criaturas que Umar
marcar, ele pode fazer este ataque especial um número de
vezes igual ao seu modificador de Força (no mínimo uma vez).
Umar recupera todos os usos gastos dele quando completar
um longo descanso.
Ações
Espada Longa: Arma de Combate Corpo-a-Corpo: +6 para
acertar, alcance 1,5m, um alvo. Dano: 8 (1d8+4) cortante.
Arco Curto: Arma de Combate à Distância: +3 para acertar,
distância 24/97m, um alvo. Dano: 4 (1d6+1) perfurante.
Lança: Arma de Combate Corpo-a-Corpo ou à Distância:
+6/+3 para acertar, alcance 1,5m e distância 6/18m, um alvo.
Dano: 7 (1d6+4) perfurante ou 8 (1d8+4) perfurante, se usada
com duas mãos para realizar um ataque corpo-a-corpo.
Entrevista de Emprego
Quando os PJs chegam ao caravançarai, Umar se
senta atrás de uma mesa entrevistando pessoas de
uma longa fila de candidatos a empregos. A linha se
move em um ritmo lento, mas constante. Diyab está
sentado em silêncio em uma pequena mesa atrás de
Umar, ocupado escrevendo cartas para enviar com
a caravana. Ocasionalmente, Umar se inclina para
fazer uma pergunta a Diyab, que responde apenas
sacudindo ou acenando com a cabeça.
Diyab gostaria de encontrar um grupo coordenado de
guerreiros como guardas. Um grupo com um mago ou
sacerdote seria ainda melhor. Até agora, no entanto,
os candidatos que ele viu foram apenas ex-soldados
mal qualificados ou plebeus não qualificados.
Quando é a vez dos PJs serem entrevistados, Umar
lhes pergunta sucintamente sobre suas qualificações,
suas referências e suas razões para querer contratá-
los como guardas de caravana. Se os PJs causarem
uma boa impressão – exaltando sua experiência e
virtudes sem exagerar obviamente – Umar se inclina
para sussurrar algo para Diyab. Depois de olhar os
PJs da cabeça aos pés, Diyab se levanta e exclama
com um sorriso que eles são exatamente as pessoas
que ele está procurando.
Diyab oferece aos PJs a quantia incrivelmente
generosa de 200 po por pessoa para acompanhar
sua caravana até Hiyal e voltar. Na verdade, essa
compensação é negociável e ele pode chegar a 500 po
por pessoa, dependendo de quão experientes os PJs
forem. Se os PJs aceitarem, Diyab promete fornecer
montarias e provisões suficientes para durar a
viagem, mais um quarto do pagamento agora. O resto
deve ser pago quando retornarem a Qudra, momento
em que ele espera ter providenciado um empréstimo
adicional. (Ele não menciona essa circunstância
embaraçosa para os PJs.)
A caravana está programada para partir no final da
mesma tarde. Até então, os PJs são livres para comprar
suas próprias provisões e fazer os preparativos que
julgarem necessários. Umar pede aos PJs que o
encontrem na Mesquita Azul (Mesquita Aberta) na
cidade, onde ele planeja apresentá-los aos guias da
caravana para que todos possam orar juntos por uma
jornada bem-sucedida. Ele também os alerta para não
trazerem bebidas alcoólicas na viagem.
Partida de Qudra
Na mesquita, os PJs são apresentados a Ahmed bin
Khalid, atuando como tenente de Umar, e aos seis
guias de caravana que os acompanharão na jornada.
Todos são homens experientes que trabalharam para
Diyab por pelo menos um ano.
Ahmed bin Khalid
Humanoide Médio, Caótico e mau
Ladino (Assassino) 2º Nível (Matrud)
Classe de Armadura: 13 (armadura de couro)
Pontos de Vida: 12 (2d8 +1)
Deslocamento 9 m
FOR DES CON INT SAB CAR
16 (+3) 17 (+3) 13 (+1) 10 (+0) 09 (-1) 15 (+2)
Salvaguardas: Destreza +5, Inteligência +2
Perícias: Acrobacia +5, Enganação +6, Furtividade +7,
Prestidigitação +5, Percepção +3, Sobrevivência +3
Talento: Habilidoso (Enganação, Furtividade e Sobrevivência)
Sentidos: Percepção passiva 13
Idiomas: Comum, Gíria de ladrão, +1 a escolha do DM.
Ações
Cimitarra: Arma de Combate Corpo-a-Corpo: +5 para acertar,
alcance 1,5m, um alvo. Dano: 6 (1d6+3) cortante.
Adaga: Arma de Combate Corpo-a-Corpo ou à Distância: +5
para acertar, alcance 1,5m ou 6/18m; um alvo. Dano: 5 (1d4+3)
perfurante.
Ahmed é um homem bastante baixo e musculoso,
com um belo rosto de queixo quadrado, olhos azuis
claros e cabelo preto como azeviche. Ele é ambicioso,
sempre procurando fazer amizade com qualquer
pessoa em uma posição de poder ou que o impressione
de alguma outra forma; isso pode incluir os PJs.
As roupas simples de Ahmed refletem sua renda escassa,
mas essa é uma situação que ele espera remediar
em breve. Ele é um Al-Badia, um nativo do deserto, e
está trabalhando secretamente para os bandidos do
deserto. Como parte de sua iniciação nos caminhos
dos bandidos, ele traiu várias caravanas e participou do
ataque a muitas outras, entre elas a de Latifa al-Djemel.
Ao jantar na primeira etapa da jornada que está por
vir, Ahmed tentará aprender mais sobre os PJs: quem
eles são, quais são suas habilidades e como eles são
bons nelas. Ele reconhece a sabedoria de se saber o
máximo que puder sobre seus inimigos.
Os outros guias da caravana são todos guerreiros de
1o nível. O Mestre pode desenvolver suas personalidades
conforme desejado.
Guias de Caravana (6): AL LB; Hp 6 – Ficha do Guarda.
Depois das orações na mesquita, Umar conduz o
grupo de volta ao caravançarai, de onde a caravana
está pronta para partir. É composto por 40 camelos
carregados com bolsas de couro contendo cristais
de sal e provisões. Alguns sacos em quatro camelos
diferentes também contêm pequenos diamantes
misturados com o sal. Os diamantes e cristais de
sal parecem quase idênticos, tornando os diamantes
muito difíceis de encontrar em tudo, exceto em uma
inspeção muito completa. Apenas Diyab e Umar
sabem quais bolsas contêm os diamantes.
9
 Tempestades de Areia
Ventos severos e mais fortes representam um
perigo muito mais grave do que ventos de igual
velocidade dentro de paisagens que suportam
uma cobertura de gramíneas, ciperáceas e outras
características do terreno que impedem a erosão
instantânea. Em áreas de resíduos cobertas por
areia, terra solta ou cascalho, os ventos fortes são
sempre acompanhados por tempestades de poeira
ou tempestades de areia. Quanto mais forte for o
vento em tais regiões, mais severo será o efeito.
Ao contrário da crença popular, tempestades de
poeira e tempestades de areia não mágicas não
enterram as pessoas vivas. A acumulação não
ocorre tão rapidamente a ponto de impedir a fuga
ou a escavação, mas uma tempestade de areia pode
sufocar e matar vítimas se nenhum esforço for
feito para escapar da acumulação. Os montes de
detritos deixados para trás podem ser profundos
o suficiente para cobrir pequenos edifícios, e a
paisagem é drasticamente remodelada após uma
grande tempestade, o que pode remover pontos de
referência e fazer com que um grupo se perca.
Sufocando em uma Tempestade de Areia
Personagens expostos podem começar a engasgar
se seus narizes e bocas não estiverem cobertos.
Um pano suficientemente grande habilmente
usado (teste de Sabedoria [Sobrevivência], CD 15)
anula os efeitos de asfixia por poeira e areia.
Um pano usado de forma inexperiente no nariz e
na boca protege um personagem do potencial de
asfixia por um número de rodadas igual a 10 × seu
valor de Constituição.
Uma tenda ou afloramento de rocha oferece
proteção suficiente contra tempestades de areia; o
mesmo ocorre quando se deita de bruços com um
pano sobre os olhos, nariz e boca.
Um personagem desprotegido enfrenta possível
sufocamento após um número de rodadas igual
ao dobro de seu valor de Constituição. Uma vez
que o período de carência termina, o personagem
deve fazer um teste bem sucedido de Constituição
(CD 10, +1 por teste anterior) a cada rodada ou
começar a sufocar na areia invasora.
Se o personagem falhar, ele cai inconsciente e
deve começar a fazer salvaguarda contra morte
até que seja movido para uma área em que possa
respirar normalmente.
10
Tempestade de poeira: As tempestades de
poeira surgem em áreas de resíduos quando a
velocidade do vento sobe acima de 50 km por hora.
Uma tempestade de poeira sopra grãos finos de
areia que reduzem a visibilidade, sufocam chamas
desprotegidas e até sufocam chamas protegidas,
como a luz de uma lanterna (50% de chance).
Uma tempestade de poeira deixa para trás um
depósito de 1d6 polegadas (2,5cm) de areia.
A visibilidade em uma tempestade de poeira é
reduzida, então todas as criaturas dentro de uma
tempestade de poeira estão em desvantagem para
testes de Sabedoria (Percepção).
Tempestade de areia: Tempestades de areia
surgem em áreas de resíduos quando a velocidade do
vento sobe acima de 50 km por hora. Tempestades
de areia reduzem a visibilidade a condições
de blecaute (veja abaixo), sufocam chamas
desprotegidas e sufocam chamas protegidas, como
a luz de uma lanterna (75% de chance). Além disso,
tempestades de areia causam 1d3 pontos de dano
não letal a cada rodada para qualquer um pego em
campo aberto sem abrigo e representam um risco
de asfixia (veja a barra lateral Sufocando em uma
Tempestade de Areia). Uma tempestade de areia
deixa 1d5 x 30cm de areia fina em seu rastro.
Brecaute: Tempestades de areia criam condições de
brecaute. O turbilhão de areia obscurece o horizonte
e torna quase impossível se orientar. Qualquer
personagem em condições de blecaute causado por
uma tempestade de areia está em desvantagem em
testes de perícia baseados em Destreza, bem como
em testes de Sabedoria (Percepção) e quaisquer
outros testes que dependam de visão. Esses efeitos
terminam quando o personagem sai da área de
blecaute ou entra em um abrigo protegido.
Tempestade de areia, esfolamento: Tempestades
de areia de esfolamento surgem em áreas de
resíduos quando a velocidade do vento sobe acima
de 120 km por hora (condições de tempestade de
areia também podem ocorrer durante um tornado
em um cenário de resíduos). As tempestades de areia
reduzem a visibilidade para condições de blecaute
(veja acima), sufocam chamas desprotegidas e
sufocam chamas protegidas (100% de chance).
Além disso, tempestades de areia esfoladoras
causam 1d3 pontos de dano letal a cada rodada a
qualquer um pego em campo aberto sem abrigo e
representam um risco de sufocamento (veja a barra
lateral Sufocando em uma Tempestade de Areia).
Uma tempestade de areia esfoladora deixa 2d5 x
30cm de areia em seu rastro.
Antes de Umar permitir que os PJs montem em seus
camelos, ele insiste que cada pessoa primeiro ofereça ao
animal um pouco de sal para se ligar a ele. Ele também
demonstra uma curta oração que deve ser dita antes
de montar e mostra como alguns grãos de sal devem
ser jogados sobre cada ombro para afastar os espíritos
malignos que tentam se agarrar às costas. Os outros
guias da caravana parecem estar bem cientes desses
rituais e não precisam ser persuadidos por Umar.
Como último ato antes de partir, Umar se prostra
(de frente para Huzuz, é claro) e oferece uma oração
final por proteção e sucesso em sua missão. Apesar
de suas precauções, o Destino se voltará contra ele.
No Deserto
A rota que Umar segue primeiro leva a caravana até a
cidade de Adhal pelo Mar das Caravanas, chegando lá
no final do segundo dia. Os mercados e caravançarais
de Adhal oferecem uma última chance de comprar
mantimentos ou substituir animais doentes antes de
prosseguir para Hiyal.
Umar aproveita para visitar a mesquita de Adhal.
Ele encoraja os PJs a beberem água do poço em
Adhal e sugere que cada um deles coloque um pano
embebido na água dentro de uma bolsa de couro, para
ser carregado em sua jornada como um gesto que
simboliza seus laços com este lugar e sua intenção de
retornar a ele.
No dia seguinte, a viagem continua ao longo de uma
linha bastante reta em direção a Hiyal. A maioria dos
ataques dos bandidos do deserto ocorreu a três dias
de cavalgada de Adhal, perto da extensão sudoeste
das Montanhas Estriadas. Para poupar água e
tornar a viagem mais suportável, a caravana está em
movimento desde muito cedo (cerca das 4:00h) até às
10:00 e, posteriormente, a partir das 16:00 até as 22h
O Mestre pode inserir encontros menores, como
animais do deserto e talvez até mesmo um escorpião
gigante ou dois durante esta parte da viagem.
Tempestade de Areia
Veja o quadro ao lado.
Logo após o amanhecer do terceiro dia de
viagem após deixar Adhal, Umar de repente
para a caravana. Uma tempestade de areia está
se aproximando rapidamente à distância. Não há
tempo para buscar abrigo. Umar ordena a todos
que desmontem e reúnam os camelos em um
grupo fechado. Vocês mal têm tempo para seguir
suas ordens antes que as primeiras rajadas de
vento comecem a açoitá-los.
Umar grita para que todos se deitem e cubram
o rosto com um pano. Logo a fúria total da
tempestade está sobre vocês. O vento rasga suas
roupas e a areia penetra em tudo. Respirar torna-se
cada vez mais difícil.
A tempestade fica mais forte e violenta a cada
minuto que passa.
Vocês podem sentir a areia se acumulando em
cima de vocês, lentamente enterrando-os vivos.
Um dos guias da caravana é dominado pelo medo
e pelo pânico, correndo para a areia rodopiante,
gritando a plenos pulmões. Através do vento uivante
vocês ouvem a voz de Umar nas proximidades,
gritando para o homem voltar, “Ahmed! Ahmed!
Você não encontrará nada além da morte lá fora.
Volte! ” Mas Ahmed se foi antes que vocês pudessem
reagir.
Os PJs têm todos os motivos para estarem preocupados.
O Mestre deve permitir que eles considerem as ações
que podem realizar para sobreviver, tendo em mente
que a fala entre os PJs é difícil devido ao barulho do
vento e à grande quantidade de areia voando pelo ar.
Qualquer um que não esteja deitado de bruços no
chão cobrindo o rosto sofre 1d2 de dano por rodada.
A conjuração de magias é impossível.
Bem quando parece que os PJs podem não sobreviver,
a tempestade diminui.
Depois do que parecem horas de tortura, vocês
podem sentir os ventos diminuindo. Em alguns
minutos, a tempestade passa, desaparecendo tão
repentinamente quanto veio. Logo todos começam
a cavar sob a cobertura de areia. Milagrosamente,
ninguém se machucou, incluindo Ahmed, que
voltou vagando parecendo muito abatido. Umar lhe
dá uma repreensão completa por entrar em pânico
do jeito que ele entrou, avisando que da próxima
vez ele pode não ter tanta sorte. Todos os camelos
estão ilesos.
Assim que Umar se certifica de que todos estão
bem, ele cai de joelhos, beijando repetidamente
um amuleto que usa no pescoço. Ele ordena que
todos os outros caiam de joelhos e se juntem a ele
para agradecer ao Destino por sua bondade.
A tempestade de areia que passou deixou o vento
perfeitamente parado, mas o ar está nebuloso,
limitando a visibilidade a menos de um quilômetro.
O sol é visível apenas como um disco brilhante
brilhando através da névoa.
Deste momento em diante, os PJs e todos os outros
membros da caravana – incluindo Ahmed, que tentou
escapar de seu destino fugindo – estão na Fronteira, a
região entre a vida e a morte mencionada nos contos
dos nômades do deserto. (Veja “Para o Mestre” e
abaixo.) Nada está visivelmente diferente, pelo menos
não imediatamente, mas todos eles deixaram seus
corpos físicos e começaram sua caminhada-hama.
No mundo dos vivos, seus corpos estão morrendo
lentamente, enterrados sob densas camadas de areia.
11
 A Fronteira
A Fronteira é composta em parte pelos vivos, em
parte pelos mortos – em parte pelo espírito, e em
parte pela matéria. É um lugar onde tais distinções
não são claramente definidas.
Para a maioria dos visitantes, a Fronteira é apenas
uma breve parada na jornada para a vida após a
morte, mal percebida antes de ser deixada para
trás. Alguns, entretanto, permanecem mais tempo
em seus domínios, seja por livre arbítrio ou por um
destino amaldiçoado. Para visitantes transitórios
e residentes mais permanentes, a presença ou
ausência da sombra de um indivíduo mostra onde
essa pessoa pertence. Aqueles com fortes laços
com o mundo material, o mundo dos vivos, lançam
sombras totalmente escuras no crepúsculo da
Fronteira. Aqueles que perderam seus laços com
suas existências materiais também perderam suas
sombras. Eles se tornaram Espíritos. Mortos-vivos
com formas corpóreas se enquadram na primeira
categoria; eles ainda mantêm um vínculo com o
mundo dos vivos. Esses mortos-vivos podem ser
chamados de verdadeiros nativos da Fronteira,
porque eles existem em um estado que não está
morto nem vivo. Os hama (descrito no texto) e
todos os outros espíritos se enquadram na última
categoria. Eles deixaram o mundo material para
trás para sempre.
Viajar pela Fronteira é uma questão de vontade.
Encontrar o caminho para um local específico
pode ser um problema, pois os PJs descobrirão
quando tentarem retornar ao mundo dos vivos.
O tempo passa na Fronteira à razão de um dia
(período de 24 horas) sendo igual a um minuto
no mundo material. Enquanto os PJs estão na
Fronteira, seus corpos no mundo material estão
morrendo lentamente, sufocando sob a areia
enterrada. Cada PJ tem 2-9 (1d8 + 1) rodadas
antes de seu corpo morrer, o que significa o mesmo
número de dias na Fronteira. Este número deve
ser ajustado por qualquer bônus de Constituição
para acertar os dados que o PJ possa ter (+1 para
Constituição 15, +2 para Constituição 16, etc.).
À medida que seus corpos no mundo material
enfraquecem, as sombras dos PJs na Fronteira
desaparecem gradualmente.
Embora o conceito de dia e noite exista na
Fronteira, a distinção entre os dois não é tão
nítida quanto no mundo dos vivos. Os dias são
geralmente nebulosos, com o sol aparecendo
apenas como um disco com um brilho fraco.
12
A luz do dia não é prejudicial aos mortos-vivos,
embora eles a evitem por hábito. À noite, o céu
envolto em névoa parece brilhar com uma luz fria
e azulada forte o suficiente para lançar sombras.
Nenhuma lua ou estrelas são visíveis. O alcance
da visão é equivalente ao de uma noite clara com
lua cheia no mundo dos vivos.
O combate na Fronteira é conduzido da mesma
forma que no mundo material. Espíritos (seres
sem sombras) não podem ser feridos ou mortos
permanentemente por armas ou magias. Apenas
suas formas atuais podem ser destruídas,
resultando em uma nova forma sendo recriada
quase imediatamente, mas possivelmente em
um local diferente. Apenas certas criaturas
com características especiais (como os ammut)
podem efetivamente representar uma ameaça aos
espíritos. Criaturas com sombras que são mortas
na Fronteira perdem suas sombras e assumem a
forma de hama. A partir de então, eles são tratados
como espíritos.
Magias e dispositivos mágicos funcionam normal-
mente na Fronteira. As magias são recuperadas
normalmente.
Existem apenas duas maneiras de deixar a
Fronteira: continuando para a vida após a morte
ou retornando ao mundo dos vivos. Normalmente,
um espírito pode assumir a forma hama apenas no
mundo material e, então, apenas em circunstâncias
especiais. (Talvez ainda tenha um dever a
cumprir.) Um espírito não pode reentrar em seu
corpo corpóreo no mundo material, a menos que
uma magia poderosa, como ressuscitar os mortos
ou a ressurreição, seja usada. Um espírito pode,
entretanto, assumir sua aparência física enquanto
estiver no Último Oásis.
As criaturas que ainda têm sombras não podem
viajar para a vida após a morte. Não há limite
de quanto tempo uma criatura pode vagar pela
Fronteira antes de decidir partir, embora se seu
corpo material morreu desde que entrou, ela só
pode viajar, nunca voltar. Mortos-vivos podem
cruzar para frente e para trás entre a Fronteira e
o mundo dos vivos, desde que possam encontrar a
fronteira entre os dois mundos.
O Último Oásis é um santuário especial na
Fronteira. Dentro de seus limites, hama e outros
espíritos podem assumir sua aparência mortal
pelo tempo que desejarem, desde que não bebam
da fonte de água benta. Eles ainda não projetam
sombras, no entanto. Mortos-vivos evitam o oásis
por causa da fonte.
Na Fronteira
Veja a barra lateral “A Fronteira” para uma descrição
do deslocamento, combate e magia na Fronteira.
As condições meteorológicas nebulosas descritas
persistem durante a estadia dos PJs na Fronteira,
mesmo à noite.
O Obelisco
Imediatamente após retomar sua jornada após a
tempestade de areia, os PJs têm uma visão estranha.
Uma curta distância à frente, vocês veem
um obelisco alto se projetando em um pequeno
ângulo de uma grande duna de areia. Umar
parece preocupado e ordena que a caravana pare.
Vocês percebem o que parece ser uma mulher
deitada de bruços na areia na base do obelisco.
Ela está vestida com um fino manto branco que a
cobre completamente da cabeça aos pés. Soluços
silenciosos flutuam sobre a areia em sua direção.
Umar exclama: “Meu fígado! Eu nunca vi aquele
obelisco aqui antes.
A tempestade de areia deve tê-lo descoberto. Isto
não é um bom sinal.”
Umar e os outros guias da caravana hesitam em se
aproximar do obelisco. Parece ser um vestígio antigo
de uma civilização morta há muito tempo, mas não tem
inscrições que ajudem a identificá-lo. A superfície do
obelisco está muito corroída pelo vento e pela areia.
Se os PJs se aproximarem, eles verão o corpo
semienterrado de um homem morto na areia perto
da mulher. Perto dali um braço mirrado sobressai
de uma duna de areia. Mais duas corcovas na areia
podem ser mais corpos.
Assim que os PJs desmontam e ficam a 4,5m da mulher,
ela levanta a cabeça na direção deles, revelando uma
face medonha de morte e decadência. Com uma voz
rouca e áspera de sua garganta seca, ela grita: “Água!
Eu preciso de água. Por favor, me deem água.”
Ela rapidamente se levanta. Umar grita: “Que os
deuses tenham misericórdia de nós! É um ghul!”
Ghul: Ficha do Carneçal. O Carneçal não pode ser
expulso por um clérigo; ele está vinculado a este local.
O ghul já foi Latifa al-Djemel, a rica comerciante de
Qudra mencionado na “Introdução”. Latifa ficou tão
tomada pela raiva e tristeza após o ataque dos bandidos
em sua caravana que ela não poderia morrer em paz.
Seu intenso desejo de reivindicar sua vingança sobre
os bandidos, em combinação com a morte horrível de
sede que sofreu, causou sua transformação em um ghul.
Seus guardas se tornaram zumbis sob seu controle.
(veja abaixo) Quando os PJs chegam, o ghul está
obcecado em encontrar água para beber e não quer nada
mais do que ser libertado de sua existência amaldiçoada.
Se os PJs se aproximarem do ghul para dar-lhe água,
eles notam o fedor horrível de carniça (salvaguarda de
Constituição CD 10), ou sofrem de náusea e vômitos
(condição envenenado). O ghul bebe um pouco da
água, mas deixa cair o recipiente e corre em direção
aos guias da caravana. Ela reconhece Ahmed, que
participou do ataque contra a caravana de Latifa.
Com uma voz horrível, ele grita: “Agora você deve
morrer, seu covarde!” Ela faz o possível para atacar
Ahmed, ignorando os outros, a menos que eles
bloqueiem seu caminho. O camelo de Ahmed dá um
pulo para trás conforme o ghul se aproxima, jogando
o pobre Ahmed no chão. Ele rapidamente se levanta e
tenta encontrar um lugar para se esconder. Umar, em
seu estado de medo, perde o controle de seu próprio
camelo quando o camelo de Ahmed passa voando.
Ele também cai no chão enquanto sua montaria gira
e foge. Os quatro zumbis deitados sob a areia nas
proximidades de repente se levantam para se juntar
ao lado do ghul na batalha. Eles estão usando seus
uniformes antigos, mas não têm armas.
Se o ghul for atacado ou não tiver a água que deseja,
ele ataca, o que também faz com que os zumbis se
levantem.
Zumbis (4): Ficha de Zumbis
Os zumbis sempre atacam por último em cada
rodada. Eles não podem ser transformados porque
estão ligados a este lugar.
Quando os PJs conseguirem matar o ghul, ele cai no chão
e instantaneamente se transforma em pó, liberando
uma pomba branca. O pássaro rapidamente levanta
voo e voa (em direção ao Último Oásis). Os zumbis
também se transformam em pó, cada um liberando
um falcão que se junta à pomba em seu voo.
Umar ouviu falar de hama, ou espíritos de pássaros,
e explica aos PJs e aos outros guias de caravana que
eles viram um bom sinal; o espírito da mulher está
finalmente livre.
Ahmed está muito abalado com o que aconteceu,
ele reconheceu os uniformes dos guardas de Latifa.
Sendo de origem dos nômades do deserto, ele
também ouviu falar de hama e ghuls antes. Ele só não
tem tanta certeza quanto Umar de que não há nada a
temer agora.
Ahmed afirma não ter ideia do motivo pelo qual o ghul
foi atrás dele. (Mentira, é claro!) Se os PJs tentarem
pressionar o assunto ainda mais, Umar intervém e
pede a eles para irem com calma com Ahmed, já que
ele passou por muita coisa recentemente – primeiro a
tempestade de areia e agora o ghul.
Ruínas do Deserto
Pouco depois de deixar o obelisco, a caravana chega
ao topo de uma colina alta. A visão que aguarda os PJs
do outro lado lhes dará o primeiro indício de que nem
tudo está como deveria ser.
13
 Conforme a caravana continua pela crista
de uma grande duna de areia, vocês descobrem
que o deserto à frente está pontilhado de ruínas.
Obeliscos, paredes desmoronadas, torres em
ruínas e outras estruturas desmoronadas estão
por toda parte, até onde seus olhos podem ver
através do ar enevoado. Os guias da caravana
lançam olhares preocupados uns para os outros.
Umar agarra o amuleto da sorte que usa no
pescoço enquanto murmura baixinho: “Nada como
isso esteve aqui da última vez. Nenhuma coisa!”
Um pouco à frente, vocês detectam movimento.
Uma legião de soldados com estandartes voando
alto está marchando em sua direção em uma
ampla frente. Um dos guias da caravana grita que
eles devem ser as tropas do emir voltando para
Qudra, mas os estandartes que eles carregam
parecem desconhecidos. Parece haver várias
centenas de homens na tropa.
As ruínas são de civilizações antigas e esquecidas.
Os soldados são os espíritos inquietos de homens
mortos há muito tempo, membros de um dos
exércitos que contribuíram para devastar a região
que agora é conhecida como Terras Assombradas.
Quando a tropa se aproxima, um PJ observador pode
perceber que nenhum dos soldados projeta sombras.
(veja a barra lateral.) Eles não são mortos-vivos, logo,
não podem ser expulsos.
Se os PJs ficarem na colina com a caravana, os
soldados passam por baixo. Suas roupas e armas
certamente desconhecidas e parecem arcaicas.
Assim que os soldados se aproximam dos PJs, um
dos porta-estandartes deixa o resto de sua unidade e
caminha rapidamente em direção a eles.
“Es salam aleikum em nome do general Ala’i
bin Asim al-Hutut”, entoa o porta-estandarte.
“Estamos perdidos e solicitamos suas direções
para a cidade de Tahif.”
Não existe uma cidade chamada Tahif em Zakhara.
Umar está pasmo. Ele esfrega nervosamente seu
amuleto da boa sorte. Se os PJs perguntarem de
onde vêm as tropas, o porta-estandarte responde,
“Do reino de Hutut, é claro. Vocês não veem nossos
estandartes?” O portador não está interessado em
se envolver em uma discussão longa. Ele parte para
retornar à sua unidade assim que ficar óbvio que os
PJs não têm ideia de onde Tahif está localizado.
Quando o porta-estandarte sai, um dos guias da
caravana exclama: “Você viu? Ele não tinha sombra!”
Alguns dos homens sugerem que talvez seja melhor
voltar atrás. Umar parece inseguro sobre o que fazer.
Os PJs terão que assumir a liderança de agora em
diante.
Se os PJs tentarem seguir as tropas, eles descobrirão
rapidamente que não podem acompanhar os soldados.
14
Embora os homens estranhos pareçam caminhar, seu
deslocamento é o dobro da de um camelo. Eles estão
seguindo um caminho que já percorreram muitas
vezes no passado. (Consulte “A Fronteira” para obter
mais informações sobre o movimento na Fronteira.)
A Jornada em Frente
Independentemente da direção que os PJs tomem
depois de deixar o topo da colina, eles logo avistam
um oásis à distância.
Quase imperceptível à distância, está o
que parece ser um oásis. Uma densa vegetação
circunda alguma forma de construção no centro
do oásis.
Uma grande cúpula dourada é visível acima das
copas das árvores.
Mais uma vez, os guias veteranos das caravanas
parecem surpresos, murmurando que nunca
viram este oásis antes. De repente, ouve-se um
grito de horror entre eles. É o Ahmed. Ele está
branco de medo e tremendo incontrolavelmente
enquanto soluça: “Não! Não! Isto não pode ser!”
Umar cavalga até ele, mas parece incapaz de
acalmá-lo.
Ahmed fica arrasado porque percebe que está vendo
o Último Oásis. Seu medo logo o deixa em estado
de atordoamento catatônico. Comunicação posterior
com ele é impossível até que o grupo chegue ao oásis.
Umar acha que Ahmed pode ter sido atingido por
alguma forma de maldição lançada sobre ele pelo
ghul. Ele pede ajuda aos PJs. Nenhuma forma de
magia vai melhorar a condição de Ahmed, no entanto.
Quando isso se torna aparente, Umar sugere que eles
sigam para o oásis para descansar um pouco antes de
continuar sua jornada.
Se os PJs evitarem o oásis, eles podem cavalgar por
várias horas antes do anoitecer. Assim que escurece
(o mais escuro possível na Fronteira), eles veem
formas misteriosas se movendo entre as ruínas que os
cercam. Eles são ghul ansiosos para matar qualquer
viajante que possam pegar. Se os PJs montarem
acampamento em qualquer lugar do deserto, a cada
hora há 50% de chance de que 1-2 ghuls errantes
ataquem. Perto de qualquer ruína, o risco aumenta
para 75% de chance de encontrar 2-4 ghuls.
Ghuls: Ficha de Carneçais.
O deserto de ruínas se estende para a frente –
aparentemente para sempre – em todas as direções.
O único lugar seguro para passar a noite é no Último
Oásis. Uma vez que os PJs decidam voltar ao oásis,
eles levarão menos de uma hora para alcançá-lo,
independente de quão longe eles tenham viajado.
Como dizem as lendas, encontrar o caminho para o
Último Oásis é muito mais fácil do que encontrar o
caminho de volta ao mundo dos vivos.
O Último Oásis
Vários NPCs importantes estão no oásis quando os
PJs chegam. O Mestre deve estar completamente
familiarizado com cada um desses personagens antes
de jogar esta seção. Eles são apresentados a seguir
em “Chegada ao Oásis”.
Durante a estadia dos PJs no oásis, uma série de
eventos ocorrerá. Eles são descritos em “Crônica de
eventos”. Os PJs chegam ao oásis no final da tarde.
Chegada ao Oasis
Além dos arbustos densos que cercam o oásis,
encontra-se um jardim exuberante e maravilhoso,
repleto de milhares de flores em uma variedade
deslumbrante de cores.
No centro do jardim encontra-se uma grande
fonte, finamente decorada com azulejos azuis e
dourados. A água jorra da fonte, formando padrões
que mudam delicadamente no ar lá em cima.
Um grande prédio de tijolos de barro fica perto da
fonte, com a porta da frente entreaberta. Na outra
extremidade do jardim, uma mesquita coroada por
uma cúpula dourada ergue-se em direção ao céu.
As árvores e arbustos do jardim estão repletos de
pássaros exóticos e coloridos de variedades que
você nunca viu antes, todos cantando lindas canções
que contribuem para a atmosfera do paraíso.
Os guias da caravana ficam em silêncio,
boquiabertos de admiração. Ahmed pula de seu
camelo e cai de joelhos, exclamando: “Estamos
todos mortos. Vocês não entendem? Este é o
Último Oásis. Estamos todos mortos!” Naquele
momento, um velho sai do prédio de tijolos de
barro e caminha em sua direção.
Ahmed fica repetindo: “Estou morto! Eu estou morto!”
para si mesmo enquanto segura a cabeça entre as
mãos e soluça. Sua única reação às perguntas dos
PJs é dizer: “Este é o Último Oásis. Estamos todos
mortos!”
Um velho se aproxima do grupo e se apresenta como
Ala’i al-Qatar, o zelador do oásis.
Ala’i parece estar na casa dos oitenta ou noventa. Seu
rosto é magro e muito enrugado, sua barba grisalha
bem aparada.
Sua cabeça é careca sob o keffiyeh que ele usa. Um
dólmã azul escuro de tecido muito fino revela suas
origens urbanas. Seu ritmo é lento, tanto quando ele
se move quanto quando fala. Ele não projeta sombra.
Ala’i al-Qatar
Humano, Neutro e Bom
Ladino (Inquisidor) 6º Nível (Comerciante de Guilda)
Classe de Armadura: 11
Pontos de Vida: 26 (6d8)
Deslocamento 9 m
FOR DES CON INT SAB CAR
8 (-1) 12 (+1) 10 (+0) 16 (+3) 17 (+3) 15 (+2)
Salvaguardas: Destreza +4, Inteligência +7
Imunidade à Dano: venenoso
Imunidade à Condição: paralisado
Perícias: Atuação+ 5, Enganação +5, Furtividade +4, História +9,
Intuição +6, Investigação +6, Percepção +8, Persuasão +8.
Talentos: Dois à escolha do Mestre.
Sentidos: Percepção passiva +18
Idiomas: Comum, +2 idiomas (à escolha do Mestre)
Habilidades Especiais: Ação Ardilosa, Ataque Furtivo (3d6),
Esquiva Sobrenatural, Gíria de Ladrão, Lutador Perspicaz,
Mãos leves, Orelha para o engano, Olhar para o detalhe.
Orelha para o engano: Ala’i possui um ouvido aguçado para
captar mentiras. Sempre que ele faz um teste de Sabedoria
(Intuição) para determinar se uma criatura está mentindo,
trate uma rolagem de 7 ou menos no d20 como um 8.
Olhar para o detalhe: Ala’i pode usar uma ação bônus para
fazer um teste de Sabedoria (Percepção) para localizar uma
criatura ou objeto oculto ou para fazer um teste de Inteligência
(Investigação) para descobrir ou decifrar pistas.
Lutador perspicaz: Ala’i é capaz de decifrar as táticas de
combate de um oponente e desenvolver um contra-ataque a
eles. Como uma ação bônus, ele faz um teste de Sabedoria
(Intuição) contra uma criatura que possa ver que não esteja
incapacitada, contestada pelo teste de Carisma (Enganação)
do alvo. Se tiver sucesso, Ala’i pode usar seu Ataque Furtivo
contra aquele alvo mesmo se não tiver vantagem na jogada
de ataque. Mas ele não pode realizar esse ataque caso tenha
desvantagem contra o alvo.
Equipamento: Flauta
Ações
Pancada: Arma de Combate Corpo-a-corpo: + 4 para acertar,
alcance 1.5m, um alvo. Dano: 2 (1d4+1) contundente.
Ala’i já foi um comerciante de sucesso em uma cidade
há muito esquecida em algum lugar nas Terras
Assombradas. Ele era muito diferente naquela época
e prefere não falar sobre aquela época. Ele se tornou
o zelador do oásis por escolha própria, para expiar
suas más ações do passado. Ele está muito feliz com
seu trabalho e tem grande prazer em cuidar de todas
as plantas e árvores que crescem no oásis, bem como
em receber os novos visitantes quando eles chegam.
“Es salam aleikum, meus convidados. Eu ficaria
muito honrado se vocês pudessem ficar um pouco
e desfrutar da hospitalidade deste oásis antes de
continuar sua jornada. Temos muito espaço para
vocês e seus esplêndidos camelos. Acredito que
haja alguns outros visitantes aqui que também
gostariam de conhecê-los.”
15
16
Retirado do site: https://forum.profantasy.com/discussion/3176/al-qadim-the-lost-oasis
Autor: anomiecoalition
17
 Ele cumprimenta cada personagem e todos os outros
membros da caravana pelo nome – embora ninguém
tenha lhe dito seus nomes. Antes que ele tenha a
chance de responder a qualquer pergunta, Latifa al-
Djemel chega. Ela retomou sua aparência mortal,
embora seja um espírito e, portanto, não projete uma
sombra. (veja a barra lateral para as propriedades
especiais do Último Oásis.)
Quando Ala’i se apresenta, uma mulher
aparece perto da fonte, acompanhada por quatro
homens. Você reconhece as roupas da mulher
e os uniformes dos homens de seu encontro no
obelisco. A mulher corre em sua direção com
um sorriso no rosto, exclamando: “Meus amigos!
Estou tão feliz em ver vocês.”
A mulher é Latifa al-Djemel. Independentemente do
que os PJs tenham feito com sua forma de ghul no
obelisco, ela os agradece por libertá-la para que ela
possa continuar sua jornada.
Latifa al-Djemel
Humana, Caótica e Boa
Ladina (Inquisidor) 3º Nível (Comerciante de Guilda)
Classe de Armadura: 10
Pontos de Vida: 20 (3d8 +3)
Deslocamento: 9 m
FOR DES CON INT SAB CAR
10 (+0) 17 (+3) 13 (+1) 12 (+1) 15 (+2) 16 (+3)
Salvaguardas: Des +5; Int +3
Imunidade à Dano: venenoso
Imunidade à Condição: paralisado
Perícias: Enganação +5, História+3, Intimidação +5, Intuição
+6, Investigação+3, Percepção +4, Persuasão +7
Ferramentas: Suprimentos de calígrafo
Sentidos: Percepção passiva +14
Idiomas: Comum, +2 idiomas (escolha do Mestre)
Habilidades Especiais: Ação Ardilosa, Ataque Furtivo (2d6),
Gíria de Ladrão, Lutador perspicaz, Mãos leves, Orelha para
o engano, Olhar para o detalhe.
Orelha para o engano: Latifa possui um ouvido aguçado para
captar mentiras. Sempre que ela faz um teste de Sabedoria
(Intuição) para determinar se uma criatura está mentindo,
trate uma rolagem de 7 ou menos no d20 como um 8.
Olhar para o detalhe: Latifa pode usar uma ação bônus para
fazer um teste de Sabedoria (Percepção) para localizar uma
criatura ou objeto oculto ou para fazer um teste de Inteligência
(Investigação) para descobrir ou decifrar pistas.
Lutador perspicaz: Latifa é capaz de decifrar as táticas de
combate de um oponente e desenvolver um contra-ataque a
eles. Como uma ação bônus, ela faz um teste de Sabedoria
(Intuição) contra uma criatura que possa ver que não esteja
incapacitada, contestada pelo teste de Carisma (Enganação)
do alvo. Se tiver sucesso, Latifa pode usar seu Ataque Furtivo
contra aquele alvo mesmo se não tiver vantagem na jogada
de ataque. Mas ela não pode realizar esse ataque caso tenha
desvantagem contra o alvo.
Ações
Pancada: Arma de Combate Corpo-a-corpo: +5 para acertar,
alcance 1.5m, um alvo. Dano: 3 (1d4+1) contundente.
18
Latifa é uma bela mulher na casa dos trinta. Ela tem
longos cabelos negros e olhos escuros misteriosos.
Seus dentes ficam incrivelmente brancos quando ela
sorri, o que ela faz com frequência (exceto quando
está perto de Ahmed ou Farida; veja abaixo). Ela é
obstinada, mas gentil e honesta.
Ahmed se encolhe de terror ao ver Latifa.
Assim que a comerciante o vê, ela se aproxima
e cospe na cara dele. Virando-se para encará-
lo novamente, ela comenta com raiva: “Estou
surpresa em ver este filho da mãe em sua
companhia. Mas talvez vocês não saibam quem
ele é? Ele é um bandido. Ele participou do ataque
contra minha caravana. Eu reconheceria seu rosto
covarde e sem honra em qualquer lugar.”
Ahmed está quase apavorado demais para falar.
Tudo o que ele pode dizer é: “Estou morto! Eu estou
morto!” uma e outra vez. Latifa o empurra para o
chão e se afasta.
Ala’i intercede antes que as coisas avancem.
“Por favor, meus convidados. Não nos
zanguemos uns com os outros. O que está feito
está feito e não pode ser alterado. Todos devemos
aprender a aceitar nosso destino.”
“Vamos agora nos preparar para a festa de hoje
para celebrar a chegada de nossos novos amigos
e a jornada de Latifa e seus guardas leais. Todos
vocês estão convidados, é claro.”
Os PJs que forem observadores irão notar que as
pessoas que acabaram de conhecer não projetam
sombras. Os PJs e os guias das caravanas ainda
devem possuir sombras. Conforme o tempo se
esgota para cada PJ (e NPC) enquanto eles estão na
Fronteira, suas sombras diminuem gradualmente até
que, finalmente, nada resta e eles não podem retornar
ao mundo material.
Os PJs devem perceber isso acontecendo logo após
chegarem ao Oásis. (Ahmed é um caso especial;
sua sombra desaparece rapidamente porque ele
correu para a tempestade de areia em vez de
tentar permanecer protegido dela). As sombras de
alguns PJs encolherão mais rapidamente do que
outras, dependendo de quanto tempo resta de cada
pessoa. Ao encontrarem os outros NPCs no oásis,
eles descobrirão que apenas Farida, a misteriosa e
excêntrica hakima, projeta uma sombra.
Se os PJs perguntarem a Ala’i onde eles estão, ele
sorri e responde gentilmente:
“Este é o Último Oásis, meus amigos. Vocês
não estão mortos – ainda – mas estão morrendo.
É por isso que vocês estão aqui. Vocês decidirão
se vão viver ou morrer. Contanto que projetem
uma sombra, vocês podem retornar ao mundo
dos vivos, mas uma vez que vocês percam a sua
sombra, vocês só poderão seguir para a vida após
a morte.”
Ao ouvir isso, Umar cai de joelhos, gemendo alto.
“Não, não pode ser! Isto não pode ser! Você me
abandonou, ó Destino?”
Ahmed fica sentado em silêncio, olhando para sua
sombra no chão. Um sorriso se espalha por seu
rosto enquanto ele se inclina para frente e o beija
repetidamente.
O caminho de volta ao mundo dos vivos passa pelo
deserto de ruínas. Ala’i não sabe a rota exata a seguir.
Ele sugere que os PJs conversem com Farida, uma
hakima que também mora no oásis. Ela pode ajudá-
los a voltar. Latifa avisa aos PJs que Farida pode não
ser totalmente confiável, entretanto.
Ala’i repete seu convite para que todos entrem no
oásis. Ele silenciosamente fala algumas palavras
tranquilizadoras para Ahmed e Umar, colocando os
dois de pé novamente e levando-os para o oásis, mas
somente depois que Umar convence Ala’i a primeiro
compartilhar um pouco de sal com ele.
“Vocês estão livres para vagar pelo oásis
como quiserem, meus amigos. Só peço a vocês
que não bebam da água abençoada da fonte se
quiserem voltar ao mundo dos vivos. Beber desta
água removerá completamente qualquer desejo
de voltar. Vocês encontrarão um cocho para seus
camelos e um poço produzindo água comum
próximo à minha humilde morada.”
Consulte a descrição da Área 1 do oásis para obter
mais informações sobre os efeitos da água na fonte.
Quando os PJs entrarem no oásis, eles são recebidos
por um jovem soldado chamado Aziz bin Ala’i. Ala’i,
o velho zelador, apresenta o soldado como seu filho.
Aziz aborda qualquer guerreiro entre os PJs primeiro.
19
 Aziz bin Ala’i
Humano, Leal e neutro
Paladino (Faris) 6º Nível
Classe de Armadura: 17
Pontos de Vida: 41 (6d8)
Deslocamento: 9m
For Des Con Int Sab Car
14 (+2) 17 (+3) 16 (+3) 11 (+0) 10 (+0) 14 (+2)
Salvaguardas: Sabedoria +3, Carisma +5
Imunidade à Dano: venenoso
Imunidade à Condição: paralisado
Perícias: Atletismo +5, Intimidação +5, Intuição +3, Percepção
+3, Persuasão +5, Religião +3
Sentidos: Percepção passiva +13
Talentos: Dois à escolha do Mestre.
Idiomas: Comum, +3 idiomas (à escolha do Mestre)
Habilidades Especiais: Sentido Divino, Cura pelas Mãos,
Duelismo, Destruição Divina, Saúde Divina, Aura de Proteção.
Canalizar Divindade: Aziz pode utilizar seu Canalizar Divindade
de duas formas:
• Luz Sagrada: Aziz pode usar seu símbolo sagrado para
distrair seus inimigos. Contanto que você tenha um símbolo de
sua fé exibido abertamente em sua pessoa, ele pode cegar um
inimigo atacante.
Quando atacado por uma criatura a até 9 metros que ele possa
ver, Aziz pode usar seu Canalizar Divindade como uma reação
para impor desvantagem na jogada de ataque, antes que ela
acerte ou erre, pois, a luz do símbolo pisca apenas no ângulo
certo para distrair o atacante. Nesse momento, o atacante
também se enche de medo do poder que lhe foi concedido por
“Saudações, companheiros guerreiros.
Que sua coragem e honra guiem seu caminho
e fortaleçam sua determinação. Que o Destino
sempre sorria para vocês e lhe conceda a vitória
na batalha. Saudações também a vocês, honrados
convidados que acompanham esses excelentes
guerreiros em sua jornada.”
Aziz é um jovem de trinta e poucos anos. Ele é magro,
com membros longos e rosto estreito. Seu cabelo é
preto e seus olhos são castanho-escuros. Ele usa uma
armadura de couro batido com uma capa vermelha
esvoaçante presa aos ombros. Na cabeça, ele usa
um keffiyeh vermelho com um igal dourado. Uma
cimitarra, que ele chama de Al-Kazar, está pendurada
em uma bainha incrustada de pedras preciosas ao
seu lado. Ele tem duas adagas na faixa em volta da
cintura e um arco curto composto preso às costas
junto com uma aljava segurando 20 flechas. Ele não
projeta sombra.
Nota
O Arquétipo de Paladino “Faris” - Juramento da Iluminação
foi retirado do livro: “AL-QADIM ARCHETYPES: Scimitars
against the Dark” por by Jeremy Forbing.
Retirado do site: https://www.dmsguild.com/product/172575/
AlQadim-Archetypes-Scimitars-Against-the-Dark
20
sua fé, sofrendo 2d6 de dano psíquico. Um alvo que não pode
ser cegado é imune a essa habilidade.
• Expulsar os Não-Iluminados. Aziz pode usar seu Canalizar
Divindade para repreender demônios, assim como gênios e
outros elementais com as palavras sagradas da Loregiver. Com
uma ação, ele exibe seu símbolo sagrado e fala uma escritura
apropriada, e cada elemental ou demônio a até 9 metros de
dele que possa ouvi-lo deve realizar uma salvaguarda de
Sabedoria. Em caso de falha, a criatura é expulsa por 1 minuto
ou até sofrer dano.
Uma criatura expulsa deve passar os turnos dela tentando
se distanciar o mais longe possível dele, não podendo se
aproximar por vontade própria a menos de 9 metros de Aziz.
Ela também não pode usar, sendo capaz de usar somente a
ação Correr, ou tentar escapar de um efeito que a impeça de
se mover. Caso não possa se mover, ainda poderá usar a ação
Esquiva.
Se quaisquer outras criaturas estiverem enfeitiçadas e/ou
amedrontadas pela criatura expulsa no momento em que ela
for expulsa, tais efeitos serão suprimidos enquanto ela estiver
expulsa. Qualquer efeito suprimido é retomado se a duração
da expulsão terminar, desde que a sua duração não tenha
expirado nesse meio tempo.
Equipamento: Armadura de couro batido +1, cimitarra +2,
arco curto, duas adagas.
Ações
Ataques Múltiplos: Aziz faz dois ataques de combate corpo-
a-corpo.
Cimitarra: Arma de Combate corpo-a-corpo: +8 para acertar;
alcance 1,5m, um alvo. Dano: 6 (1d6 +3) cortante.
Arco Curto: Arma de Combate à Distância: +8 para acertar;
alcance 24/96m, um alvo. Dano: 6 (1d6 +3) perfurante.
Adaga: Arma de Combate corpo-a-corpo: +8 para acertar;
alcance 6/18m, um alvo. Dano: 5 (1d4 +3) perfurante.
OS FARIS
Um faris (plural farisan, pronunciado FARE-iss-ahn)
é um guerreiro sagrado que jurou lutar apenas em
causas divinas. Nem todos os farisan são paladinos
do Juramento da Iluminação, ou mesmo paladinos,
mas todos comprometem seus corpos e almas à sua
fé. Nenhum mortal está sem pecado, mas a Loregiver
escreveu claramente em seus pergaminhos que aqueles
que vão para a batalha como campeões dos caminhos
iluminados e travam a guerra apenas a serviço da
santidade serão redimidos. Não importa quais sejam
os pecados do passado de um faris, o paraíso da vida
após a morte um dia será bem-vindo para eles, desde
que eles garantam que lutaram apenas o bom combate.
Uma guerra verdadeiramente justa e santa é aquela que
goza do apoio popular do povo e que é justa segundo os
ensinamentos da fé.
Aziz é um soldado até a alma. Ele adora a emoção da
batalha, e testes de força e coragem. Embora possa
parecer um tanto esquelético, ele é um espadachim
capaz, com grande habilidade. (Ele é especializado
na cimitarra.) Ele adora mais do que nunca de trocar
histórias de combate com outros guerreiros e exibir
sua destreza com a cimitarra. Ao lidar com os PJs, ele
pode ignorar aqueles que não são guerreiros.
Aziz já foi comandante de um exército pertencente
a um dos reinos esquecidos. Ele participou de
muitas guerras e batalhas, e infelizmente cometeu
muitos atos que preferia esquecer. Ele aproveitou
a oportunidade para servir como guardião do oásis
como meio de expiar alguns dos erros que cometeu.
Ala’i considera Aziz como seu filho adotivo e gosta
muito dele. Eles não estão realmente relacionados
de forma alguma.
Depois de feitas as apresentações, Aziz
começa a contar com entusiasmo uma história
incrível sobre um encontro que teve uma vez com
cinco gigantes hostis e como foi forçado a lutar
contra eles sozinho com nada mais do que uma
pequena faca de frutas como arma. Enquanto ele
fala, vocês ouvem uma voz próxima exclamar:
“Aziz, não aborreça nossos pobres hóspedes com
suas histórias sem fim. Em vez disso, apresente-
me a eles!”
A voz feminina surpreendentemente profunda
vem de uma mulher alta e esguia parada à
sombra de algumas árvores densas perto da
fonte. Ela está vestida da cabeça aos pés com
um manto branco esvoaçante. Um fino véu cobre
sua boca. Aziz lança um olhar zangado em sua
direção quando Ala’i a apresenta como Farida,
uma hakima.
Farida aparece como uma mulher alta e magra na
casa dos cinquenta, vestida com uma túnica branca
da mais fina seda que lembra um chador, mas sem a
cobertura facial. Ela usa um véu fino para esconder
a boca, mas a forte cor vermelha em seus lábios
transparece. Ela usa muita maquiagem no rosto,
principalmente ao redor dos olhos, para torná-los
maiores e mais misteriosos. A impressão geral é
muito exagerada e de mau gosto, no entanto. Para
mascarar seu cheiro desagradável, ela se encharca
de perfumes e fragrâncias. Farida tem uma voz forte
e surpreendentemente profunda, considerando sua
aparência esguia. Ela adora falar, mas não é muito
boa ouvinte.
Farida
(Ghul Maior – disfarçada de hakima)
Morto-vivo Médio, Neutro e mau
Classe de Armadura: 20
Pontos de Vida: 30 (4d8+12)
Deslocamento: 9m., escavação 1,5m, escalada 9m.
For Des Con Int Sab Car
16 (+3) 18 (+4) 16 (+3) 14 (+2) 10 (+0) 16 (+3)
Resistência a Dano: necrótico; contundente, perfurante e
cortante de ataques não mágicos
Imunidade a Dano: venenoso
Imunidade à Condição: enfeitiçado, exausto, envenenado
Sentidos: Visão no escuro 18m., Percepção passiva 10
Idiomas: Comum, Elemental (gênios)
Nível de Desafio: 4 ou 5 (não fiz o cálculo)
Conjuração Inata: A habilidade de conjuração inata de Farida
é o Carisma (CD de resistência de magia 13, +5 para acertar
com ataques mágicos). Ela pode conjurar de forma inata as
seguintes magias, não requerendo componentes materiais:
 À vontade: alterar forma, invisibilidade, toque chocante.
 2/dia cada: sonho de areia * (sand slumber)
Invisibilidade: Farida pode ficar magicamente invisível
até atacar, ou até que sua concentração termine (como
se estivesse se concentrando em uma magia), por até 1
hora. Qualquer equipamento que Farida esteja usando ou
carregando fica invisível com ela.
Alterar Forma: Farida pode magicamente se transformar
em qualquer humanoide Médio, ou retornar à sua forma
verdadeira. Suas estatísticas são as mesmas em todas as
formas. Qualquer equipamento que ela estiver usando ou
carregando não é transformado. Ela reverte à sua forma
verdadeira se morrer.
Resistência a Expulsão: Farida tem vantagem nas salvaguardas
contra qualquer efeito de expulsar mortos-vivos.
Ações
Ataques Múltiplos: Farida faz três ataques, dois com suas
garras e um com sua mordida ou um dos seus ataques
especiais.
Garras. Arma de Combate Corpo a Corpo: +5 para acertar,
alcance 1,5 m, um alvo. Dano: 10 (2d6 +3) de dano cortante.
Se o alvo for uma criatura que não seja um morto-vivo, ele
deve ser bem-sucedido em uma salvaguarda de Constituição
CD 13 ou ficará paralisado por 1 minuto. O alvo pode repetir
a salvaguarda no final de cada um de seus turnos, terminando
o efeito em si mesmo em um sucesso.
Sonho de Areia: Ataque Mágico Corpo-a-Corpo: +5 para
acertar, alcance 1,5 m, uma criatura. (veja descrição)
Toque chocante: Ataque Mágico Corpo-a-Corpo: +5 para
acertar, alcance 1,5 m, uma criatura. Dano: 8 (1d8+3) de dano
elétrico e o alvo não pode realizar reações até o início de seu
próximo turno. Se o alvo estiver usando uma armadura de
metal, Farida tem vantagem em sua jogada de ataque.
21
 Farida é morta-viva, mas não é afetada pela habilidade
expulsar mortos-vivos dos clérigos enquanto estiver
no oásis; em outro lugar ela se transforma em um
fantasma. Sua verdadeira forma se assemelha a um
carneçal com orelhas e pés de burro, dedos com
garras e uma mandíbula poderosa. Ela nunca se
mostra em público dessa forma, preferindo aparecer
como descrito acima. Os ghuls maiores não são
parentes dos humanos; eles são primos elementais
mortos-vivos dos gênios
Farida é também uma maga de 2º nível. Ela é
especialista em magias do elemento terra (areia).
A magia sonho de areia que ela possui memorizada
colocará uma vítima de qualquer espécie, classe ou
nível para dormir por 1 minuto, a menos que seja
bem-sucedida numa salvaguarda de Sabedoria CD 13.
Se o teste for bem-sucedido, a vítima é apenas
desacelerada por um turno. A vítima deve ser tocada
para que a magia tenha efeito. Esta magia não afeta
mortos-vivos. Um barulho não é suficiente para
despertar uma pessoa afetada pela magia. Farida
usará esta magia apenas para defesa, caso seja
atacada pelos PJs.
Farida projeta uma sombra (veja a barra lateral), mas
isso pode não ser imediatamente aparente porque ela
fica fora da luz do dia tanto quanto possível. Esta é sua
preferência pessoal; a luz do sol não pode prejudicá-la.
Ela sabe muito sobre a Fronteira e os caminhos que
levam ao mundo dos vivos. Os PJs podem decidir
pedir sua ajuda para deixar a Fronteira. (Consulte
“A Jornada de Volta”)
A tarefa de Farida é cuidar das pessoas más que
entram no oásis, alimentando seus dois ammuts
de estimação com as almas deles. Seus espíritos
são então enviados para as regiões infernais. Ala’i e
Aziz a toleram porque ela tem um papel a cumprir,
mas geralmente evitam sua companhia. Aziz, em
particular, a detesta e se revolta com o que ela é e o
que faz. Farida acha a forte antipatia de Aziz divertida
e o provoca sempre que possível.
Farida usa um amuleto mágico que torna a água benta
da fonte inofensiva para ela. O amuleto não concede
imunidade a qualquer outra água benta, no entanto.
Farida adora novas grupos e se joga nos PJs e nos
guias de caravana. Ela se esforça ao máximo para ser
amigável, mas tende a exagerar, tornando-se autoritária.
“Bem-vindos, ilustres convidados - e posso até
dizer queridos amigos - ao Último Oásis. Eu sou
Farida, a Donzela do Oásis. Estamos todos muito
felizes por ter vocês aqui, especialmente todos
vocês, bravos e belos guerreiros. Eu também sou
conhecida como a Consoladora dos Guerreiros,
vocês verão.”
Farida pisca amplamente, fazendo Aziz se encolher e
jogar as mãos para cima em desgosto.
22
Ela segue cumprimentando a todos pessoalmente,
prestando atenção especial a Umar. (“Nossa, que
jovem bonito você é!”) Ela também tenta usar seus
encantos em Ahmed, mas ele faz o possível para
evitá-la. Ela tenta parecer genuinamente preocupada
com o bem-estar de cada PJ, embora não se importe
nem um pouco com eles.
No Oásis
O oásis é um refúgio seguro para todos que passam
pela Fronteira. Os mortos-vivos e outras criaturas vis
que moram na Fronteira evitam entrar no oásis por
causa da fonte de água benta em seu centro.
1. Fonte.
A fonte consiste em uma piscina rasa com
azulejos em tons de azul e dourado dispostos em
padrões intrincados que formam representações
abstratas de pássaros. A água jorra para o alto no
ar a partir de vários bicos colocados logo abaixo
da superfície da piscina.
A água da fonte é gostosa e excepcionalmente
refrescante. É equivalente a água benta e pode
ser usada como tal contra mortos-vivos (excluindo
Farida, desde que ela use seu amuleto). A água
restaura instantaneamente qualquer pessoa afetada
por fadiga ou outras doenças, como depressão ou
ansiedade, mas também faz com que as memórias
da vida no mundo dos vivos desapareçam. Este efeito
não é perceptível para o bebedor. Outros podem notar
que seu amigo parece não se lembrar mais de certos
eventos que ocorreram antes de entrar no oásis.
Cada vez que uma pessoa bebe da fonte, ela esquece
1d4 anos de sua vida (a menos que uma salvaguarda
de Sabedoria CD 18 seja bem-sucedido), começando
com os eventos que ocorreram mais recentemente.
Essa perda de memória afeta apenas eventos que
ocorreram antes de entrar no oásis. Não afeta magias
memorizadas ou conceitos básicos, como idioma,
conhecimento do próprio nome e reconhecimento de
amigos e entes queridos.
Beber a água também faz com que a sombra da
pessoa desapareça (a menos que a salvaguarda
mencionada anteriormente tenha sido bem-sucedida).
Três goles da água são suficientes para fazer uma
sombra desaparecer completamente. Depois que
uma pessoa perde completamente sua sombra, beber
mais água transforma essa pessoa instantânea e
irrevogavelmente na verdadeira forma de hama.
A água perde sua potência (mesmo como água benta)
1d4 rodadas depois de ser retirada da fonte.
Pássaros de todas as variedades, incluindo muitas
espécies coloridas e exóticas, voam para a fonte e
sentam-se entre as árvores do oásis. Eles são todos
espíritos, em forma hama, de homens e mulheres que
ainda não desejam partir para a vida após a morte.
A maioria aguarda a chegada de um ente querido.
Eles não interagem com os PJs.
 Hama Hama são pássaros espirituais formados quando a
alma se levanta do corpo após a morte. Normalmente,
um hama pode ser de qualquer alinhamento, mas
aqueles encontrados no Último Oásis são todos bons
ou neutros. Um hama pode aparecer como qualquer
tipo de pássaro, mas pessoas malignas geralmente
assumem a forma de pássaros desajeitados e
incapazes de voar. Pessoas de alinhamento bom ou
neutro tornam-se pássaros graciosos e poderosos,
como falcões, águias e corujas. Os hama das
pessoas malignas são comidos pelos ammuts de
Farida, banindo assim seus espíritos para os planos
inferiores.

2. Casa de Ala’i al-Qatar.

A fachada simples deste edifício esconde uma
elegante habitação para um rico comerciante.
Quartos grandes e arejados circundam um pátio
aberto com um pequeno jardim. A mobília é esparsa
e de aparência modesta.
O jardim central é bem cuidado, com lindas flores em
uma esplêndida variedade de cores. Aziz e Ala’i cada
um tem seu próprio quarto na casa. Cada quarto tem
uma cama simples e vários pertences pessoais.
Hama A sala de Aziz (Área A) contém uma grande variedade
Espírito miúdo, qualquer alinhamento bom ou neutro de armas de lâmina, como cimitarras, espadas longas,
espadas curtas e adagas. Aziz ocasionalmente pratica
Classe de Armadura: 12
com essas armas para manter sua proficiência com
Pontos de Vida: 5) elas. Ele também tem um baú contendo um segundo
Deslocamento: voo 15 m. conjunto de armadura de couro batido e vários
estandartes estampados com as cores de sua família
For Des Con Int Sab Car e de sua cidade.
3 (-4) 13 (+1) 8 (-1) ?? 14 (+2) 7 (-2)
A sala de Ala’i (Área B) contém uma escrivaninha e
Imunidade a Dano: venenoso, contundente, perfurante e uma pequena estante com vários livros de horticultura
cortante de ataques não mágicos. que ele escreveu. Cada livro fornece conselhos de
Imunidade à Condição: agarrado, amedrontado, caído, contido, especialistas sobre como cultivar e manter um belo
enfeitiçado, envenenado, exausto, paralisado, petrificado. jardim.
Sentidos: Percepção passiva 13 A Área C é uma grande sala de jantar (onde é realizado
Idiomas: Veja abaixo. o banquete descrito no “Evento 1”). A Área D é a
Nível de Desafio: 0 (10xp)
cozinha. Outras áreas da casa são armazéns.

Movimento Incorpóreo: Um hama pode se mover através

de criaturas e objetos como se eles fossem terreno difícil. Ele
sofre 5 (1d10 de dano de energia se terminar seu turno dentro
de um objeto.
Espíritos: Embora se pareçam com fantasmas em alguns
aspectos, eles não são mortos-vivos (sem ligação com o Plano
Material Negativo) e não podem ser expulsos por clérigos.
Idioma: Embora os hama possam entender qualquer idioma
ou dialeto, eles não conseguem falar sozinhos e apenas fazem
o barulho dos pássaros. No entanto, ocasionalmente, eles
conseguem dar pistas por meio de suas canções e grasnidos.
Não é possível se comunicar com um hama através da magia
falar com animais, mas é possível através da magia línguas.
Ações
Bico: Arma de Combate Corpo-a-corpo: +3 para acertar,
alcance 1,5 m, um alvo. Dano: 1 ponto de dano perfurante
3. Jardim
As fileiras organizadas de ervas e vegetais do jardim
são plantadas e cuidadas por Ala’i.
4. Mesquita
O interior da mesquita é impressionantemente
decorado com mosaicos multicoloridos dispostos em
padrões bonitos e complexos ao longo das paredes e
dos muitos arcos. O provérbio, “Não há Destino, mas
o Destino que nos foi dado”, está inscrito acima da
arcada principal, logo após a entrada.
A mesquita é um local de oração usado diligentemente
por todos os habitantes do oásis, incluindo Farida.
Os PJs serão chamados para orar com Ala’i três vezes
ao dia durante sua estada no oásis.

23
 5. Bosque Sombrio.
Uma vegetação densa cresce nesta parte do oásis,
criando áreas de sombra profunda. É aqui que Farida,
a ghul maior, mora com seus ammuts. A residência
de Farida parece ser uma pequena cabana de tijolos
de barro com telhado de palha. Por dentro, porém, é
muito maior. Se os PJs entrarem, leia ou parafraseie
o seguinte para os jogadores:
As paredes de barro da cabana simples de
Farida escondem algo bem diferente por dentro.
O quarto individual de 9 metros quadrados está
ricamente decorado com móveis e tapetes da
melhor qualidade. No centro da sala, três divãs
confortáveis repletos de grandes almofadas
estão posicionados em torno de uma mesa
de centro elegantemente esculpida. Xícaras
de café finamente decoradas estão dispostas
ordenadamente sobre a mesa. Uma chaleira de
cobre está pendurada perto de um braseiro cheio
de carvão brilhante.
Os dois ammuts de Farida vivem nos cantos mais
escuros do bosque, escondendo-se da vista, exceto
quando ela os chama. Eles latem ocasionalmente,
parecendo muito com cães grandes. Farida se refere
a eles como seus bichinhos de estimação e os mostra
aos PJs com prazer, se solicitado.
Os Ammut
Os ammut são criaturas horríveis que habitam em Zakhara
e consomem os pecadores em seu julgamento final.
Essas criaturas hediondas são uma espécie de
cruzamento entre um crocodilo, um leão e um
hipopótamo. Sua cauda e pernas são como de um
crocodilo, a barriga e o pescoço são de um hipopótamo,
e eles possuem braços e cabeça semelhantes a leões.
Um ammut típico possui cerca 3,7 m de comprimento
Ammuts são criaturas insaciáveis que sempre estão
com fome. Eles são muito gordos e muitas vezes
escavam passagens em tumbas e cemitérios.
Normalmente, os ammut usam suas presas e garras
para ferir a presa. Eles atacam inesperadamente do
subsolo e matam suas vítimas muito rapidamente.
Os olhos aguçados de um ammut lhe dão o poder de
ver criaturas dentro do Plano Etéreo. Os ammut caçam
indivíduos malignos por suas almas. Em batalha,
ammuts emitem um rugido hediondo que pode ser
ouvido a quilômetros.
24
Ammut
Celestial Grande, neutro
Classe de Armadura: 17 (armadura natural)
Pontos de Vida: 57 (5d10 + 30)
Deslocamento: 9 metros.
For Des Con Int Sab Car
20 (+5) 13 (+1) 23 (+6) 10 (+0) 14 (+2) 12 (+1)
Salvaguardas: Força +9, Constituição +10
Perícias: Percepção +12
Resistências a Dano: necrótico, venenoso, contundente,
perfurante e cortante de ataques não mágicos
Imunidades à Condição: amedrontado, enfeitiçado, exausto.
Sentidos: Visão no escuro 36 metros, Percepção passiva 22
Idiomas: compreende Elemental e Celestial, mas não fala
Nível de Desafio: 6 (não fiz o cálculo)
Audição e Olfato Aguçados. O ammut tem vantagem em testes
de Sabedoria (Percepção) que dependam de audição ou olfato.
Sensibilidade à Luz Solar. Enquanto sob a luz do sol, o
ammut tem desvantagem nas jogadas de ataque, assim como
em testes de Sabedoria (Percepção) que dependam da visão.
Resistência à Magia: O ammut tem vantagem nas salvaguardas
contra magias e outros efeitos mágicos.
Ações
Ataques Múltiplos: O ammut faz dois ataques: um com a
mordida e um com as garras.
Garras: Arma de Combate Corpo a Corpo: +8 para acertar,
alcance 1,5 m, um alvo. Dano: 17 (3d6+5) de dano cortante.
Mordida: Arma de Combate Corpo a Corpo: +8 para acertar,
alcance 1,5 m, um alvo. Dano: 13 (2d6+5) de dano perfurante.
Se o alvo for uma criatura Pequena ou Média, ele deve ser
bem-sucedido em uma salvaguarda de Destreza CD 16 ou
será engolido pelo ammut. Uma criatura engolida fica cega
e contida, tem cobertura total contra-ataques e outros efeitos
fora do ammut e sofre 7 (2d6) de dano de ácido no início de
cada um dos turnos do ammut. A ammut não pode engolir
mais do que uma criatura por vez.
Se a ammut sofrer 8 de dano ou mais em um único turno de uma
criatura dentro dela, o ammut deve ser bem-sucedido em uma
salvaguarda de Constituição CD 15 no final daquele turno ou
regurgitar a criatura engolida, que cai de bruços em um espaço a
até 3 metros do ammut. Se o ammut morrer, a criatura engolida
não fica mais contida por ela e pode escapar do cadáver usando
6 metros de deslocamento, saindo e ficando caída.
Rugido (3/dia): O ammut é capaz de emitir um rugido
ensurdecedor. Cada criatura a até 6 metros da ammut e capaz de
ouvir o rugido deve fazer uma salvaguarda de Sabedoria CD 13
ou ficará surda e amedrontada por 1 minuto. As criaturas afetadas
podem repetir a salvaguarda no final de cada um de seus turnos,
encerrando o efeito sobre si mesmas em caso de sucesso.
Nota
A ficha do ammut foi baseada no livro “Al-Qadim: Adventures in
the Land of Fate”, feito por GM Lent, Brock Sayre, Ahmed Aljabry.
Retirado do site: https://www.dmsguild.com/product/341520/
Campaign-Guide-Zakhara--Adventures-in-the-Land-of-Fate-AlQa-
dim-and-Forgotten-Realms-Sourcebook.
A versão original é mais fraca, então foi alterados alguns atributos
e acrescentado as habilidades: ataques múltiplos, imunidade à
condição, resistência a dano e resistência à magia. Com isso,
a criatura que inicialmente era ND 3, com essas modificações,
acredito que ela tenha fica pelo menos ND 6, um desafio compatível
para personagens de 4° nível.
6. Calha e Poço dos Camelos
O poço produz água comum.
Crônica de Eventos
Esta parte da aventura é baseada em eventos que
ocorrem em ordem cronológica. Por meio de suas
ações, os PJs podem adiar alguns eventos ou até
mesmo eliminá-los completamente. Em alguns casos,
a ordem dos eventos pode ser alterada. Cabe ao
Mestre decidir quando realizar cada evento.
Evento 1: O Banquete
A noite está se aproximando quando Ala’i chama os
PJs e os guias de caravana para um banquete para
comemorar sua chegada e a jornada de Latifa e seus
guardas. Todos os NPCs do oásis estão presentes,
proporcionando aos PJs uma excelente oportunidade
de conhecê-los melhor. O banquete acontece na casa
de Ala’i (Área 2C).
Ala’i colocou uma mesa com grandes porções
de tudo o que o oásis tem a oferecer, principalmente
tâmaras e vários outros tipos de frutas, comuns e
exóticas. Alguns pássaros do oásis voaram para o
jardim central, aumentando a beleza do cenário por
meio de seus cantos agradáveis e cores vibrantes.
Antes do jantar começar, Latifa pede permissão
para cantar uma música como forma de agradecer
a Ala’i por sua hospitalidade.
As palavras de sua canção comovente falam da
liberdade dos cavaleiros de caravanas, da aventura
de viajar para destinos distantes e maravilhosos e
da felicidade daqueles que encontraram o que é
verdadeiramente valioso na vida sob as estrelas
do deserto.
Depois da música de Latifa, o banquete começa. Ala’i
cumpre seus deveres como anfitrião, garantindo que
todos tenham o suficiente para comer e beber.
Latifa conta aos PJs sobre seu encontro com os
bandidos do deserto, como eles cruelmente deixaram
ela e seus guardas para morrer no deserto depois de
roubá-los de tudo. Ela repetidamente lança olhares
zangados para Ahmed enquanto fala, e ele faz o
possível para evitar seu olhar.
Aziz também conversa com os PJs, perguntando sobre
experiências de batalha anteriores. Ele conta a eles
histórias das muitas batalhas heroicas que travou,
cada uma mais incrível e fantástica do que a anterior.
Farida boceja alto várias vezes enquanto fala.
De repente, Ahmed grita. Ele está acenando com as
mãos na frente de uma das lâmpadas sobre a mesa
enquanto olha para a parede onde sua sombra deveria
estar, mas mal é visível. Ele cai de joelhos e implora
que vocês o ajudem.
Farida afirma casualmente que, no mundo dos vivos,
o corpo de Ahmed está morrendo. Ela se volta para os
PJs e oferece sua ajuda.
“O tempo está se esgotando para o nosso
querido Ahmed, meus amigos. Logo ele não
poderá mais voltar. Mas não tenha medo!
A Donzela do Oásis pode ajudá-lo. Afinal, é por
isso que estou aqui!
“Eu posso ajudá-lo a retornar ao mundo dos vivos
antes que seja tarde demais, antes que suas sombras
desapareçam também. Partiremos amanhã de
manhã, a menos que vocês tenham alguma objeção
.... Não? Está resolvido então. Estou ansiosa para
nossa jornada juntos, meus queridos.”
Farida não come durante a festa; ela prefere
alimentos mais substanciais. Aziz sussurra um aviso
aos PJs contra confiar em Farida, embora ele admita
que ela conhece muito sobre a Fronteira. Ele não
tem sugestões alternativas de como os PJs possam
encontrar seu caminho de volta ao mundo dos vivos.
Farida não oferece ajuda de boa vontade. Seus motivos
são puramente egoístas. Como um ghul maior, ela
constantemente tem fome de cadáveres para comer,
mas apenas espíritos e mortos-vivos vivem na Fronteira,
então ela deve se aventurar no mundo dos vivos para
encontrar comida. Seu plano é transformar os PJs e os
guias da caravana em seu próximo banquete, seguindo-
os ao mundo dos vivos e atacando-os lá.
Ela pretende matar o maior número possível de
membros do grupo antes que eles deixem a Fronteira,
deixando menos oponentes para ela superar mais
tarde. (Seus corpos ainda permanecerão no mundo
dos vivos para ela comer.)
Ela terá o cuidado de não matar todos, entretanto,
porque ela não pode encontrar seus cadáveres no mundo
dos vivos sem saber para onde olhar. Só eles sabem
exatamente onde cruzar a fronteira entre os dois mundos.
Veja “Evento 3: Carniçais à Espreita” e “A Jornada de
Volta” para mais detalhes sobre seu plano.
Pouco depois, chega um visitante inesperado.
Mais ou menos uma hora depois do início do
banquete, vocês percebem um velho desconhecido
de pé no pátio, olhando para vocês com atenção.
Os outros à mesa ficam em silêncio enquanto o
homem continua olhando para vocês, seus olhos
indo de pessoa em pessoa. Farida murmura:
“Oh, não! Não ele de novo!” baixinho”.
Ala’i se levanta da mesa e caminha em direção ao
homem, sua mão estendida como se para segurá-lo
suavemente. O homem aponta um dedo ossudo
para Ahmed e grita: “Você está condenado, meu
jovem. Condenado!” Ele termina suas palavras
com um violento aceno de mãos, como se para
sublinhar ainda mais o que acabou de dizer.
Conforme ele se move, você percebe sua sombra
brincando nas paredes e no teto.
25
 Ala’i e os outros NPCs no oásis já viram o homem
antes. Ele nunca se apresentou a eles; ele vem apenas
para olhar e ouvir. Às vezes ele fala, mas principalmente
ele é apenas um incômodo. Ala’i geralmente tenta
escoltá-lo para fora do oásis o mais rápido possível.
Eremita
Humano, Caótico e bom
Clérigo (Domínio do Conhecimento) 9º Nível (Sábio)
Classe de Armadura: 10
Pontos de Vida: 45 (9d8)
Deslocamento: Ilimitado (veja abaixo)
For Des Con Int Sab Car
9 (-1) 12 (+1) 11 (+0) 14 (+2) 18 (+4) 14 (+2)
Salvaguardas: Sabedoria +8, Carisma +6
Perícias: Arcanismo +6, História +10, Intuição +8, Percepção +8,
Religião +10, Sobrevivência +8.
Sentidos: Percepção passiva 18
Idiomas: Comum, Línguas antigas (Kadari, Noga) +2 idiomas
à escolha.
Nível de Desafio: ??
Habilidades Especiais: O Eremita possui as habilidades de
um clérigo de 9º Nível.
Conjuração: O Eremita não pode conjurar magias enquanto
visita a Fronteira.
Ações
O Eremita possui um bônus de +4 para acertar, porém quando
confrontado ele desaparecerá em um instante.
O eremita aparece como um velho com quase 60
anos, vestido com uma túnica simples de tecido
marrom grosso sem adornos. Seu rosto enrugado
é emoldurado por uma espessa cabeça de cabelos
grisalhos e uma barba grisalha desgrenhada. Sua
deslocamento é ilimitado na Fronteira. (Na verdade,
ele pode se teletransportar instantaneamente para
qualquer destino.)
O velho é um eremita que dominou a arte da meditação
profunda. Ele usa esse poder para aprender os segredos
dos espíritos, viajando para a Fronteira enquanto seu
corpo permanece no mundo dos vivos. (veja também
“Evento 4: O Retorno do Eremita”.) Essa forma de
viagem requer grande concentração, e é por isso que
ele não é muito comunicativo. Também o proíbe de
conjurar magias enquanto estiver na Fronteira.
Se os PJs tentarem atacar o eremita ou fizerem
qualquer coisa para assustá-lo, ele desaparecerá
em um instante. Se tentarem falar com ele, sua
única resposta é dizer com naturalidade: “Vocês
não deveriam estar aqui. Vocês devem voltar”. Ele
desaparece logo após ser levado para fora ou depois
de entregar sua mensagem aos PJs.
Os últimos vestígios do Pai Sol desaparecem
rapidamente além do horizonte quando o banquete
finalmente termina e chega a hora de Latifa e seus
guardas partirem. Todos caminham para fora, onde
ela faz suas últimas despedidas.
26
“Já atrasamos o suficiente. É hora de
partirmos. Obrigado mais uma vez por me libertar
da minha existência amaldiçoada como um ghul.
Que o destino esteja com você em sua jornada
para retornar ao mundo dos vivos. Quanto a nós,
devemos deixar a Fronteira para trás. Talvez nos
encontremos novamente algum dia.”
Com um último aceno de sua mão, Latifa muda de
forma e se torna uma pomba branca. Seus guardas
se transformam em falcões. Juntos, os pássaros voam
para o alto e para fora do oásis, em direção ao distante
sol poente, quase invisível acima do horizonte através
do ar nebuloso.
Depois de terem desaparecido, a quietude da noite é
perturbada por Farida assoar o nariz ruidosamente
enquanto soluça: “Oh queridos! Que bela visão.”
Sua maquiagem pesada está escorrendo, fazendo-a
parecer bastante horrível.
Antes de se aposentar à noite, Farida tenta dar
um beijo na bochecha de cada PJ e promete vê-los
novamente amanhã de manhã.
Evento 2: Destino de Ahmed
Depois que o banquete termina, Umar e os outros
guias da caravana cuidam dos camelos enquanto
Ahmed se esgueira até a fonte. Durante o banquete,
Farida disse baixinho a Ahmed que Ala’i estava
mentindo quando disse que não deveriam beber a
água da fonte. Ela disse a Ahmed que essa água era a
única maneira de ele restaurar sua sombra e retornar
ao mundo dos vivos.
Ahmed enche seu copo e bebe a água. Sentindo
seus efeitos positivos, ele o enche novamente e bebe
um pouco mais. Logo ele chama os outros guias de
caravana para se juntarem a ele, gritando que ele
encontrou o segredo de voltar ao mundo dos vivos.
Se os PJs não estiverem presentes, eles ouvirão as
chamadas de Ahmed.
Ahmed está rindo alto ao lado da fonte, bebendo
copo após copo de água. De repente, ele sofre uma
convulsão e cai no chão em uma massa trêmula.
Em um instante, seu corpo se transforma em um
grande pássaro feio com asas muito pequenas.
Farida sai do denso bosque de árvores e rapidamente
caminha até o pássaro.
“Querido Ahmed, sua hora chegou. Você
bebeu a água da fonte e sua sombra se foi.
Você foi muito tolo, mas agora é tarde para
arrependimentos. Você é esperado em outro
lugar, e seus novos mestres não são tão pacientes
quanto os de Latifa e seus guardas.”
Farida chama seus bichinhos de estimação, e logo
duas feras horríveis parecendo um cruzamento entre
um crocodilo, um leão e um hipopótamo aparecem,
rugindo alto. Seu rugido ensurdecedor machuca seus
ouvidos e provoca calafrios na espinha. Também
parece paralisar o pássaro que um dia foi Ahmed.
Todos os PJs a até 9m dos ammuts (veja Área 5)
devem fazer uma salvaguarda de Sabedoria CD 13 ou
ficarão surdos e amedrontados por 1 minuto. Se os PJs
tentarem interferir no frenesi alimentar dos ammuts,
as criaturas atacam até que Farida consiga impedi-los.
As criaturas se jogam sobre o pássaro e o rasgam
em pedaços com suas presas e garras, ansiosamente
engolindo os pedaços para encher suas barrigas
inchadas. O pássaro desaparece em segundos. Depois,
eles olham para vocês e para os guias da caravana.
Umar, em particular, parece atrair a atenção deles.
Ele cai de joelhos, implorando que vocês o ajudem a
escapar deste lugar de pesadelo.
Depois que os ammuts estão satisfeitos, Farida dá
um tapinha na cabeça de cada um deles e os manda
de volta para o bosque. “Eles não são simplesmente
adoráveis?” ela jorra. “E tão afetuosos também”.
Evento 3: Carniçais à Espreita
Ala’i convida os PJs a dormirem em qualquer lugar
que desejarem no oásis. Aziz promete patrulhar o
oásis e protegê-los de intrusos durante a noite.
Algumas horas na noite, um bando errante de 8 carniçais
se aproxima do oásis. Eles sentem a presença dos
PJs, mas não se atrevem a entrar por causa da fonte
de água benta.
Os carniçais permanecem um pouco além do
perímetro do oásis, espreitando para frente e para
trás como se estivessem procurando por uma entrada.
Aziz convida os PJs a destruir os carniçais se
desejarem. Ele recomenda fortemente ficar no oásis e
usar armas de ataque à distância contra eles. Qualquer
pessoa que saia do oásis é instantaneamente atacada.
Os carniçais podem ser expulsos normalmente.
Eles não entrarão no oásis. Se os carniçais estiverem
sendo espancados sem chance de revidar, eles fogem.
Logo após o início da batalha, Farida chega, gritando
maldições para Aziz.
“Aziz, seu idiota! Sua cabeça deve estar
cheia de esterco de camelo. Pare de atacar essas
criaturas inocentes imediatamente. Eles não são
uma ameaça. Você não vê que eles são apenas
criaturas pobres e irracionais que não conhecem
nada melhor? Deixe-os em paz e eles irão embora.”
Se os PJs pararem de atacar os carniçais, Aziz para
também, reclamando que Farida deve estragar sua
diversão dessa maneira. Os carniçais deixam o oásis
e seus arredores.
Se os PJs continuarem atacando, Aziz ignora o apelo
de Farida. Ela se vira e vai embora, xingando Aziz por
sua crueldade e grosseria.
Evento 4: O Retorno do Eremita
Ao amanhecer da manhã seguinte, o eremita reaparece
na orla do oásis. Sua sombra é bem visível no chão. Ele
fica parado olhando para o oásis como se esperasse
por algo ou alguém. Se os PJs se aproximarem dele, ele
repete o que disse no banquete de ontem. “Vocês não
deveriam estar aqui. Vocês devem voltar”. Se os PJs
lhe disserem que não sabem o caminho de volta, ele
responde: “O caminho não é visto, mas está claramente
marcado”. Se os PJs pedirem especificamente ao
eremita para mostrar a eles o caminho de volta, ele
responde: “Sigam-me, e eu liderarei”.
27
 Nesse momento, Farida chega, chateada por ver o
eremita novamente.
“Por que vocês estão ouvindo esse velho
idiota? Ele não sabe mais o caminho de volta do
que vocês. Por que vocês acham que ele continua
vindo para o oásis? Ele está tão perdido na
Fronteira quanto vocês.”
O eremita se vira para ela e responde calmamente:
“Eu conheço meu caminho através da Fronteira. Eu
vejo as coisas como elas são ... incluindo você, ghul
maior”.
Farida fica furiosa com a insolência do eremita e
sai furiosa, lembrando aos PJs que eles sabem onde
encontrá-la caso decidam que precisam de sua ajuda.
O eremita repete: “Sigam-me, e eu liderarei.” Ele se
vira e se afasta lentamente do oásis.
Se os PJs perguntarem aos outros NPCs o que eles
devem fazer, Ala’i sugere que eles vão com Farida,
porque ele não confia no velho. Aziz diz que eles
deveriam ir com o eremita.
Se os PJs não pedirem ao eremita para ajudá-los ou
não o seguirem quando ele partir, ele desaparecerá,
para nunca mais voltar.
A Viagem de Volta
Os PJs têm três opções para deixar o oásis. Eles
podem ir com Farida, podem seguir o eremita ou
podem partir por conta própria. Destes, o último é o
mais perigoso e menos provável de ser bem-sucedido.
Se os PJs decidirem partir com Farida, Aziz declara
que ele irá também, para impedi-la de causar algum
mal a eles. Farida e Aziz assumem a forma de
hama (pássaro espiritual) assim que deixam o oásis,
embora Farida esteja apenas usando sua habilidade
de polimorfia. Farida vira um abutre. Aziz torna-
se uma águia com coloração avermelhada. Com
uma voz medonha condizente com sua forma de
necrófaga, Farida chama o grupo para segui-la. Aziz
não consegue falar em sua forma de hama. Uma vez
que ele deixa o oásis, Aziz não é capaz de reassumir a
forma humana até que ele retorne ao oásis novamente.
Farida pode se metamorfosear como quiser, mas
prefere permanecer na forma de abutre; isso torna a
viagem muito mais fácil.
Se os PJs decidirem ir com o eremita, Farida e Aziz
os seguem secretamente na forma de hama (conforme
descrito acima). Farida ainda espera conseguir pegar
os cadáveres dos PJs e dos guias de camelos no mundo
dos vivos, e Aziz está decidido a ficar de olho nela.
Se os PJs partirem por conta própria, ninguém os
seguirá. Farida está confiante de que eles voltarão
rastejando para o oásis depois de descobrirem que
não conseguem encontrar o caminho sozinhos. Aziz
fica de olho em Farida.
28
Qualquer que seja a escolha dos PJs, Umar e os outros
guias de caravana vão com eles, levando todos os
camelos. Umar tenta convencer os PJs a se juntarem
a ele em oração na mesquita antes de partir, mas ele
não fica para trás sozinho se eles insistirem em partir
imediatamente.
Quando os PJs saírem do oásis, leia ou parafraseie o
seguinte para os jogadores:
Assim que vocês saem do oásis, o céu fica escuro
e nublado. Um vento gelado começa a soprar. Na
distância nebulosa, vocês veem formas escuras
movendo-se pelas dunas de areia, muitas delas
agrupadas em torno de artefatos antigos e ruínas
pontuando a paisagem. Vocês sentem os olhos deles
sobre vocês ao iniciar sua jornada. Atrás de vocês,
o Último Oásis ainda está banhado por uma luz
brilhante do sol, como se o chamasse para retornar.
Devido às estranhas relações de tempo e espaço da
Fronteira, o caminho de volta ao mundo dos vivos não
é o mesmo que os PJs vieram quando chegaram ao
oásis. O caminho de volta passa por uma parte muito
mais perigosa da Fronteira, onde criaturas podem
aparecer de repente, aparentemente do nada.
Se os PJs estiverem seguindo Farida em sua forma
de abutre, ela voará em um ritmo vagaroso não muito
longe acima da caravana. Ela não se importaria se
os membros da caravana encontrassem um ou dois
monstros para dizimar ainda mais seus números
antes de conseguirem retornar ao mundo dos vivos.
Isso significaria menos oponentes para ela lutar
quando eles alcançassem o outro lado.
Se os PJs estiverem seguindo o eremita, eles
descobrirão que ele se move em um ritmo notável,
quase como se estivesse deslizando pela areia.
Ocasionalmente, ele pára para ver se a caravana não
ficou muito para trás. Ele incentiva o grupo repetindo:
“Vocês não deveriam estar aqui. Vocês devem se
apressar! ” Uma e outra vez.
Se os PJs tentarem encontrar o caminho de volta
por conta própria, eles terão 10% de chance por
dia de alcançar com sucesso o limite do mundo dos
vivos. (Veja “No Limite”) Se não tiverem sucesso,
eles se verão em algum lugar no deserto no final do
dia. Se eles decidirem dar meia volta e voltar para
o Último Oásis, eles sempre chegarão lá em um
dia, independentemente da distância que tenham
viajado. As sombras dos PJs começam a desaparecer
após 2 a 8 dias de viagem. Quando suas sombras
desaparecerem completamente, os PJs não poderão
mais retornar a seus corpos físicos no mundo dos
vivos.
O Mestre deve planejar mais encontros (com carniçais
ou sombras, por exemplo) conforme necessário se os
PJs persistirem em fazer a jornada sozinhos.
Caravana Fantasma
Pouco depois de deixar o oásis, Umar
grita para que a caravana pare. Aparentemente
do nada, outra caravana aparece ao lado e um
pouco à sua frente. O vento traz consigo um
fedor horrível daquela direção, e vocês percebem
que os camelos da outra caravana parecem
extremamente magros e miseráveis.
Os seis cavaleiros são na verdade carniçais. Seus
camelos são uma forma menor de montarias
fantasmas. Muitos anos atrás, esses carniçais eram
bandidos do deserto – alguns ainda carregam as
mesmas lâminas que empunhavam então. Agora eles
estão perdidos na Fronteira, e atacam imediatamente.
Cavaleiro Fantasma, menor (6): Ficha dos Carniçais.
Os carniçais atacam os PJs de seus camelos, usando
seus ataques de garras. Eles não podem morder
enquanto estão montados. Suas montarias tentam
assustar os camelos dos PJs e fazê-los expulsar os
aventureiros e fugir. Cada PJ deve fazer um teste
de perícia para manter o controle sobre o camelo
e evitar cair; camelos sem cavaleiros entram em
pânico automaticamente e devem ser rastreados
mais tarde. Os guias que não são proficientes perdem
automaticamente o controle de suas montarias,
que disparam 1½ vezes seu deslocamento normal.
Cavaleiros não proficientes são arremessados no chão
e sofrem 1d6 de dano contundente se falharem em
uma salvaguarda de Destreza com -3 de penalidade.
Mesmo se os cavaleiros mantiverem o controle, as
montarias dos PJs não são treinadas para a batalha,
então os PJs montados sofrem desvantagem nas
jogadas de ataque. Os cavaleiros ganham vantagem
em suas jogadas de ataque contra oponentes não
montados, e criaturas a pé sofrem desvantagem para
atacar criaturas montadas.
Se o eremita estiver com os PJs, ele tem o cuidado
de ficar fora de perigo. Aziz voa atrás de todos os
camelos que fogem, puxando-lhes as rédeas com o
bico e batendo as asas em seus rostos para obrigá-los
a parar. Farida se contenta em assistir à batalha de
cima, rindo maliciosamente para si mesma.
Os Ammuts
Entre as ruínas, os PJs encontram um clã de ammuts
pronto para se alimentar dos espíritos de qualquer
pessoa maligna que aparecer em seu caminho.
A região pela qual vocês estão viajando
está repleta de ruínas antigas. Entre as sombras
escuras de paredes meio tombadas e colunatas
caídas, vocês avistam várias formas grandes
e pesadas, olhando para vocês com atenção.
Eles parecem ser semelhantes às criaturas que
consumiram Ahmed no oásis.
Um dos ammuts deixa as sombras e se move com
cautela em direção à caravana dos PJs, farejando o
vento conforme ele vem. Se o eremita estiver com
a caravana, ele exorta todos a manterem a calma,
observando que a criatura não atacará a menos que
seja provocada. Farida, se ela estiver presente, se
apaixona imediatamente pela besta e grita: “Nossa,
que queridinha adorável!” Ela permanece em sua
forma de abutre, no entanto, contente em assistir as
ações dos PJs de cima. Aziz se detém, de olho em
Farida.
Se os PJs atacarem o ammut com magias ou armas de
ataque a distância, ele emite um rugido ensurdecedor
(todos a até 6 metros devem ser bem-sucedidos em
uma salvaguarda de Sabedoria (CD 13) para evitar
a surdez por 1 minuto) e então corre de volta para
as sombras. Se não for atacado, ele se aproxima a
cerca de 6 metros da caravana e olha lentamente
cada pessoa enquanto usa sua habilidade de detectar
o bem e o mal.
Não encontrando nada de interessante, o ammut
usa seu rugido para assustar o grupo (incluindo os
camelos) e então retorna para as sombras. Se os PJs
o perseguirem, Farida os avisa para pararem.
“Esses bichinhos podem ser bonitos, mas
podem ser um pouco temperamentais. Eu não
gostaria de ver todos vocês serem mortos, quando
vocês chegaram tão longe, meus queridos”.
NO LIMITE
Uma cortina cintilante sobe do chão do deserto
bem à frente, estendendo-se no ar e até onde vocês
possam ver à esquerda e à direita. Conforme vocês
se aproximam, vocês veem imagens piscando
na cortina. Um ponto mostra as torres de uma
cidade estranha, outro mostra uma vasta selva,
um terceiro mostra uma pequena comunidade
de agricultores. De repente, a visão familiar das
enormes paredes da cidade de Qudra aparece em
uma seção próxima da cortina.
Se Farida ou o Eremita estiverem com os PJs, seu
guia agora os chama para se concentrarem em onde
estavam antes de entrarem na Fronteira. Logo, a
imagem de uma violenta tempestade de areia aparece
na maior parte da cortina.
Se os PJs tentarem cruzar a cortina quando ela estiver
mostrando qualquer local diferente da tempestade de
areia, ela age como uma barreira intransponível para
aqueles cujos corpos materiais ainda estejam vivos
(aqueles que ainda projetam sombras na Fronteira).
Outros podem passar pela cortina a qualquer
momento, mas devem assumir a forma hama no
mundo dos vivos. Mortos-vivos podem passar pela
cortina livremente.
29
 Duas sombras espreitam perto da cortina, esperando Sombra
por vítimas enfraquecidas. Morto-vivo Médio, Caótico e mau
Se Farida estiver com o grupo, ela grita com sua Classe de Armadura: 12
voz de abutre: “Não tenham medo da escuridão
Pontos de Vida: 16 (3d8 + 3)
bruxuleante ao passar pela cortina. Ignore-o e ele irá
ignorar vocês”. Deslocamento: 12 m

Se o Eremita for o guia do grupo, ele diz: “Vocês

For Des Con Int Sab Car
devem ter cuidado ao se aproximar da cortina.
6 (–2) 14 (+2) 13 (+1) 6 (–2) 10 (+0) 8 (–1)
Criaturas das trevas vivas podem atacar vocês lá.
Se vocês forem derrotados, vocês se tornarão o que Perícias: Furtividade +4 (+6 na penumbra ou escuridão)
eles são. Vão em frente agora, mas tenham cuidado.
Vulnerabilidade a Dano: radiante
Que o destino seja bom para vocês”. Pouco depois, ele
parece desaparecer; ele não consegue mais manter Resistência a Dano: ácido, elétrico, fogo, frio, trovejante;
contundente, perfurante e cortante de armas não-mágicas.
sua meditação. (Veja “Evento 1: O Banquete”)
Imunidade a Dano: necrótico, veneno
Imunidade a Condição: agarrado, caído, envenenado,
exausto, impedido, inconsciente, paralisado, petrificado
Sentidos: visão no escuro 18 m, Percepção passiva 10
Idiomas: –
Nível de Desafio: 1/2 (100 XP)

Amorfo. A sombra pode se mover através de um espaço de

até 2,5 centímetros de espessura sem se espremer.
Furtividade Sombria. Enquanto estiver na penumbra ou na
escuridão, a sombra pode realizar a ação de Esconder-se com
uma ação bônus.
Fraqueza Solar. Enquanto estiver sob luz solar, a sombra
tem desvantagem nas jogadas de ataque, testes de habilidade
e testes de resistência.

Ações
Drenar Força. Ataque Corpo-a-Corpo com Magia: +4 para
atingir, alcance 1,5 m, uma criatura. Dano: 9 (2d6 + 2) de dano
necrótico e o valor de Força da criatura é reduzido em 1d4.
O alvo morre se sua Força for reduzida a 0. Do contrário, a
redução dura até o alvo terminar um descanso curto ou longo.

Assim que a luta entre os PJs e as sombras começar,

Farida tenta passar pela cortina. Instantaneamente,
Aziz desce para forçá-la a voltar. A maior capacidade
de manobra de Aziz facilmente permite que ele evite
que ela passe por ele.
Quando as sombras forem derrotadas e os PJs
finalmente passarem pela cortina, a escuridão total
os envolverá por vários segundos. Os PJs podem
Retirado do site: © https://br.pinterest.com/pin/538743174178596685/
não saber imediatamente quando essa cegueira
desapareceu, porque sua transição pela cortina os
Se um humanoide não-maligno morrer devido a esse
coloca no meio da tempestade de areia novamente.
ataque, uma nova sombra se ergue do corpo em 1d4 horas.
Se os PJs ignorarem as sombras, o Mestre deve fazer Nota
um teste surpresa quando as sombras atacarem. As A aventura original descreve apenas duas sombras,
sombras sempre ganham a iniciativa na primeira mas o Mestre pode colocar mais algumas, caso o
rodada da batalha, independentemente do resultado desafio esteja aquém do nível do grupo.
dessa verificação. Se os PJs estiverem preparados
para um ataque, eles ganham a iniciativa no primeiro
turno de combate. Os PJs podem tentar fugir das
sombras saltando pela cortina, mas depois que
passarem, não há como voltar para resgatar alguém
detido pelas sombras.

30
De Volta ao Deserto
A tempestade de areia está diminuindo quando o
grupo retorna ao mundo dos vivos. À medida que se
dissipa, um dos PJs pode ter um vislumbre de um
abutre e uma águia lutando no céu lá em cima.
A visão logo desaparece, no entanto.
Quando a tempestade passar, todos podem começar
a cavar sob a areia. Todos eles perderam pontos de
vida por quase asfixia, mas apenas aqueles que não
voltaram da Fronteira estão mortos. As memórias dos
PJs de suas experiências na Fronteira parecem um
sonho — mas é um sonho que todos compartilharam.
Umar está envergonhado por sua falta de confiança
no Destino e seu comportamento pouco masculino
na Fronteira. Para salvar as aparências, ele age como
se nada tivesse acontecido e se ocupa verificando os
camelos e os guias das caravanas. Ele tenta reassumir
seu papel de líder da caravana.
Antes que a caravana esteja pronta para partir novamente,
um dos guias da caravana vem correndo, gritando que
encontrou vários cadáveres nas proximidades. Estes
são os corpos decompostos de Latifa e seus guardas,
descobertos pela tempestade de areia.
Quando o corpo de Ahmed é encontrado nas
proximidades, Umar ordena que se busque evidências
de que Ahmed era um espião dos bandidos do deserto.
Os PJs logo encontram um mapa rudimentar escondido
na aba de Ahmed, mostrando a localização do
acampamento dos bandidos do deserto e observando
quando o ataque à caravana deveria ter ocorrido.
CONCLUINDO A AVENTURA
Com a ajuda do mapa de Ahmed, os PJs podem
encontrar o acampamento dos bandidos nas
proximidades.
O GM pode determinar sua força exata, mas pelo
menos 40-50 bandidos estão acampados lá, junto
com 4-5 tenentes (F3 F5) e um líder (F7). Todos estão
bem armados com espadas longas ou cimitarras e
têm armadura de couro ou de couro batido.
NOTA
O texto original fala em 40-50 bandidos, 4-5
tenentes e um líder. Logo, eu sugiro adaptar para
40-50 bandidos (ND 1⁄8), 4-5 rufiões (ND ½) e um
bandido-capitão (ND 2) ou um veterano (ND 3)
como líder do bando.
Individualmente, são fracos, mas a quantidade de
inimigos os torna- um desafio quase letal.
Se os PJs fizerem a coisa mais sábia, eles retornarão
a Qudra e informarão às tropas do emir o que
encontraram (embora isso possa deixar Diyab muito
chateado). Umar os avisa que continuar a Hiyal
com a caravana seria muito perigoso; os bandidos
certamente os estarão vigiando.
Dependendo do que os PJs fizerem, o Mestre pode
continuar esta aventura em várias direções. Um único
PJ pode tentar passar furtivamente pelos bandidos
durante a noite para levar os diamantes de Diyab
para Hiyal. Os PJs podem seguir o conselho de Umar
e retornar a Qudra. Ou, se forem extremamente
corajosos (ou temerários), os aventureiros podem
tentar atacar os bandidos do deserto sozinhos.
Se eles conseguirem exterminar os bandidos e trazer
as provas de volta para Qudra, o emir dobrará sua
recompensa para 10.000 po.
Se os PJs retornarem com sucesso da Fronteira, eles
devem receber um prêmio de história de 10.000 XP.
Se eles retornarem a Qudra com a localização do
acampamento dos bandidos do deserto, eles devem
receber um prêmio adicional de 5.000 XP. O dobro
dessa quantia deve ser dada se eles derrotarem os
bandidos (assumindo que os bandidos representem
uma força considerável).
Se os PJs levarem os diamantes de Diyab para Hiyal
a tempo, aqueles envolvidos naquela aventura devem
receber 1.000 XP adicionais para dividir entre eles
(mais quantias adicionais para quaisquer criaturas
mortas).
31
 APÊNDICE A
Zakhara - Um Mundo em chamas
Zakhara é uma terra de maravilhas e riquezas
incomparáveis, mas também repleta de perigos.
Alguns estrangeiros – especialmente os habitantes
pálidos do norte distante – apelidaram Zakhara de
“Mundo em Chamas”. Quer o cenário seja cidade, mar,
deserto ou selva, a Terra do Destino é uniformemente
quente durante o dia, especialmente durante os
meses de verão. Apenas as altas montanhas do norte
de Zakhara oferecem alívio do sol escaldante do meio-
dia, mas, por sua vez, oferecem novas dificuldades,
como apoios instáveis e encostas íngremes.
O calor diurno onipresente molda todos os aspectos da
vida na Terra do Destino. Descansar (ou pelo menos
diminuir o ritmo dos negócios) é comum durante
o meio-dia. Os bazares estão ocupados durante o
início da manhã e no final da tarde. Mas no meio eles
podem estar vazios, exceto por alguns empresários
cochilando e barbeiros meio enlouquecidos exibindo
suas lâminas ao sol.
Sobrevivência no Deserto
A) Vestuário
A concessão mais óbvia ao clima é o vestuário.
As túnicas soltas são preferidas às roupas justas.
Mais importante do ponto de vista do jogo, o
calor também afeta a escolha de armadura de um
zakharano. A pesada cota de malha encontrada
no norte distante é uma raridade aqui, usada para
pompas e cerimônias ocasionais. A armadura
completa de placas, envolvendo o corpo da cabeça
aos pés, é desconhecida do zakharano comum; esses
poucos trajes que existem são itens de colecionador,
adquiridos por sua magia ou como curiosidades.
32
A razão para isso é simples: armaduras pesadas
tornam o movimento difícil e até perigoso em
um clima quente. Estrangeiros que insistem em
usar essa armadura muitas vezes cambaleiam e
desmaiam com esforço. Mesmo com um treinamento
“exaustivo”, um homem de armadura completa será
menos eficaz na Terra do Destino do que um homem
que escolhe sua armadura com mais prudência.
Enquanto se aventuram em Zakhara, aventureiros
vestindo armaduras que impõem desvantagem
em testes de Furtividade (Des) também receberão
desvantagem em salvaguardas de Constituição em
altas temperaturas para evitar desidratação. Além
disso, personagens com armaduras pesadas terão
desvantagem em ataques e salvaguardas enquanto
estiverem desidratados dessa maneira.
B) Água
Os desertos na Terra do Destino variam de vastos mares
de dunas a afloramentos rochosos e estepes que ficam
verdes por um breve período com as chuvas da primavera.
Todas essas regiões têm uma coisa em comum, uma
qualidade que as torna desertas: falta água. Mesmo a
estepe que ocasionalmente fica verde é ressequida e seca
como um todo, apenas provocando seus habitantes
com chuvas sazonais intensas, mas breves.
Em uma campanha de AL-QADIM, os aventureiros que
viajam pelo terreno desértico estão definitivamente
preocupados com a água. Grupos bem providos ou
indivíduos capazes de sobreviver no deserto podem
se preocupar menos com o calor, mas todos os
personagens dos jogadores eventualmente correm o
risco de se perder no deserto e sofrer de desidratação.
 Requisito de Consumo de Água
Minúsculo
Atividade Diurna Normal 2 litros/dia
Atividade Diurna Leve 1 litro/dia 1,5 litro/dia
Atividade Noturna Normal 1 litro/dia 1,5 litro/dia
Atividade Noturna Leve ½ litro/dia
Atividade Sobrecarregada x2
C) Desidratação 1
O indivíduo médio na Terra do Destino deve consumir
8 litros de água doce por um período de 24 horas
para manter a atividade normal. Um personagem
que é relativamente inativo - por exemplo, sentado,
descansando ou dormindo - requer apenas 4 litros.
Ao restringir a atividade à sombra ou viajar apenas à
noite, os personagens podem reduzir pela metade suas
necessidades diárias: um personagem ativo precisa
de 4 litros e um personagem inativo requer 2 litros.
Indivíduos sobrecarregados dobram sua ingestão de água
necessária, de forma que um personagem ativo requer
8 litros e um personagem inativo precisa de 4 litros.
Retirado do livro: © “D&D: Sandstorm” publicado em
2005, pág. 13.
1 - A conversão original que consta na tradução brasileira,
converte 1 galão (medida americana) para 3 litros, mas a
medida certa seria 3,780 litros.
Para facilitar as contas, eu transformei 1 galão em 4 litros.
Pequeno Médio Grande Enorme
2 litros/dia 4 litros/dia 16 litros/dia 32 litros/dia
2 litros/dia 8 litros/dia 16 litros/dia
2 litros/dia 8 litros/dia 16 litros/dia
750ml/dia 1 litro/dia 4 litros/dia 8 litros/dia
x2 x2 x2 x2
Personagens com proficiência em Sobrevivência no
deserto se saem melhor do que outros em terreno
desértico. Com um teste de Sobrevivência bem-
sucedido, eles podem encontrar ou obter 4 litros de
água por dia. A água é normalmente de má qualidade:
uma poça sob uma crosta de lama, por exemplo; mas
é suficiente para a sobrevivência. Como resultado,
um personagem com essa proficiência tem uma
boa chance de permanecer vivo quando se perde no
deserto, mas é de pouca ajuda para os outros. Em áreas
particularmente áridas e desoladas, penalidades para
a proficiência de sobrevivência no deserto podem ser
aplicadas (conforme o Mestre achar apropriado).
A desidratação é refletida pela perda de Constituição.
Inicia-se no primeiro dia em que um personagem não
consome a cota necessária de água. A cada dia que
que um personagem não consome a cota diária de
água, ele deve fazer uma salvaguarda de Constituição
(CD = 15 + número de dias sem água). Cada vez que
o personagem falha, ele sofre uma perda em seu valor
de Constituição.
Desidratação
Consumo de Água por Dia Perda de Constituição
Consumo necessário Nenhum
Metade ou menos do necessário 1d4
Menos da metade do necessário 1d6
Desidratação vs. Exaustão
A Terra do Destino é um ambiente severo e implacável,
para refletir isso, Al-Qadim utiliza um conjunto de regras
separado para desidratação do que as regras padrão de
exaustão encontradas na pág. 185 no Livro do Jogador.
As regras de desidratação aqui permitem mais
realismo em relação aos efeitos deteriorantes de estar
desidratado. Como tal, aplica danos de condição todos
os dias que os requisitos de água não são atendidos.
No entanto, se seus jogadores acharem essa alteração
muito difícil, manter as regras típicas para exaustão deve
permitir que o jogo prossiga com menos dificuldade.
33
 As perdas de Constituição são cumulativas ao longo
de dias consecutivos de desidratação. As qualidades APÊNDICE B
ligadas à Constituição caem de acordo: pontos de vida
máximos, bônus de salvaguardas de Constituição.
Cada vez que os pontos de vida máximos de um
Novas Magias
personagem caem, seus pontos de vida também
diminuem na mesma quantidade e não podem ser
curados até que a Constituição do personagem
volte ao normal ao descansar. Um personagem cuja
Constituição é reduzida a 0 morre imediatamente.
Personagens desidratados recuperam 1d8 pontos
de Constituição para cada dia em que recebem
sua necessidade total de água, até atingirem seu
máximo normal. Pontos de vida perdidos devido à
desidratação são recuperados normalmente.
Personagens que se movem à noite devem encontrar
abrigo durante o dia para descansar (barracas ou
afloramentos rochosos serão suficientes). Aqueles Sonho de Areia
sem abrigo devem fazer uma salvaguarda de
Constituição contra o efeito da desidratação como 1º Círculo, Encantamento
tendo feito Atividade Diurna Leve para descansar Tempo de Conjuração: Ação Bônus
bem. Personagens sem descanso sonoro podem não
memorizar magias ou recuperar pontos de vida. Alcance: Toque
Componentes: V, S, M (uma pitada de areia)
D) Animais
Duração: 1 minuto
A água também é uma preocupação para os animais
no calor do deserto. Aqueles que não recebem as cotas Lançando ou polvilhando uma pitada de areia no
indicadas na tabela abaixo sucumbem à desidratação. rosto do alvo enquanto você lança esta magia, você o
envia para um profundo sono mágico. Faça um ataque
DESIDRATAÇÃO ANIMAL
mágico corpo-a-corpo contra o alvo; ele deve fazer
Tamanho do Animal Custo de Água Diário uma salvaguarda de Sabedoria. Se falhar, a criatura
cai no chão inconsciente por 1 minuto. Criaturas
Minúsculo Meio litro
normalmente imunes a efeitos semelhantes ao sono
Pequeno 2 litros (como Elfos e Gênios) são afetadas por esta magia.
Médio 6 litros
Assim como a magia Sono, o alvo desperta ao final
Grande 15 litros da magia ou se sofrer dano, ou se alguém usando
Enorme 30 litros uma ação o sacudir e acordar o dorminhoco. Se a
Colossal 60 litros criatura for bem-sucedida na salvaguarda, ela fica
desacelerada, como se fosse afetada pela magia
Elefantes e cavalos são criaturas grandes e, como tais, lentidão por uma única rodada.
requerem 15 litros de água por dia. Camelos e algumas
outras criaturas nativas do deserto são uma exceção a Em Círculos Superiores: Ao conjurar essa magia
essas regras. Desde que inicialmente bem hidratado e usando um espaço de magia de 2° círculo ou superior,
alimentado, um camelo pode passar até sete dias sem o alvo permanece inconsciente por mais 1 minuto;
sofrer os efeitos nocivos da desidratação. No oitavo dia, se for bem-sucedido na salvaguarda, o alvo fica
entretanto, os efeitos normais da desidratação começam. desacelerado por 1 rodada extra para cada círculo do
espaço acima do 1°.
No final de cada dia em que um animal não consiga
atender todas as suas necessidades de água, há
10% de chance de morrer. A chance é cumulativa,
aumentando em 10% a cada dia sucessivo. No dia em
que o animal beber novamente uma cota completa
de água, ele fica completamente reidratado; futuras
salvaguardas de morte por desidratação recomeçam
novamente.

34
 APÊNDICE C
NPCs e Monstros
Abaixo estão as fichas originais (em AD&D 2º Edição) dos NPCs e monstros que aparecem
nesta aventura, para quem quiser mestrar a aventura na versão antiga.
Sintam-se a vontade para alterar ou modificar as versões em 5a Edição apresentadas. Afinal,
fiz apenas uma adaptação e não uma conversão ideal.

Ahmed bin Khalid Ammut

Alinhamento: Caótico e mau INT: Média (8-10)
Classe: T3 (matrud) – Ladino 3º nível Alinhamento: Neutro e mau
CA: 7 Movimento: 12 CA: 3
Pontos de Vida: 12hp TACO: 19; Movimento: 9, natação 12, escavação 3

Ataque 1 – Dano por tipo de arma: cimitarra (1d8), Pontos de Vida: HD 6; 33hp
04 punhais de arremesso (1d4). TACO: 15
For Des Con Int Sab Car Ataque 1 ou 2 – Dano 2d8 (mordida) ou 1d8/1d8 (garras)
16 17 13 10 9 15
Habilidades Especiais: engolir inteiro, rugir (raio de
Moral: 9 6m, salvaguarda contra veneno ou ficar surdo por 1d10
rodadas)
XP: 120
Tamanho: Grande (4m comprimento)
Habilidades de ladrão: Abrir fechaduras 45%, Achar/
Desarmar armadilhas 5%, Decifrar linguagens 10%, Escalar Moral: 14
muros 90%, Esconder-se nas sombras 25%, Furtar XP: 650
bolsos 50%, Mover-se em silêncio 55%, Ouvir ruídos 15%.
MC13.
Proficiências: cavalgar (em terra), implorar*, jogar, ler lábios,
sobreviver (deserto).
* (Arabian Adventures, pág. 71)

Aziz bin Ala’i (Guardião do Oásis)

Alinhamento: Leal e neutro
Ala’i al-Qatar
Classe: F7 (faris) – Guerreiro ou Paladino 7º nível
Alinhamento: Neutro e bom
CA: 3 (armadura de couro batido +1)
Classe: T9 (Comerciante-ladino) – Ladino 9º nível
Movimento: 12
CA: 10 Movimento: 12
Pontos de Vida: 26hp TACO: 16 Pontos de Vida: 41hp
TACO: 14
Ataque 1 - Dmg por tipo de arma (desarmada)
Ataque 3 ou 2 – Dano por tipo de arma: cimitarra + 2
Defesas Especiais: imune à paralisia e veneno; (1d8+2), arco curto composto (1d8), duas adagas (1d4)

For Des Con Int Sab Car Defesas Especiais: imune à paralisia e veneno

8 12 10 16 17 15 For Des Con Int Sab Car

Moral: 8 14 17 16 11 10 14
Proficiências: avaliação, debate, etiqueta, falsificação, Moral: 17
pechincha, instrumento musical (flauta), leitura/escrita.
Proficiências: debate, exibição de destreza com a arma,
canto de resistência, religião (antigo).

35
 Diyab al-Hiyali Guia de Caravana
Alinhamento: Caótico e bom Alinhamento: Leal e bom
Classe: T11 Comerciante-ladino – Ladino 11º nível Classe: F1 – Guerreiro 1º nível
CA: 10 Movimento: 12 CA: 10 Movimento: 12
Pontos de Vida: 38hp TACO: 15 Pontos de Vida: 6hp TACO: 20
Ataque 1 – Dmg por tipo de arma: jambiya (1d4) Ataque 1 – Dmg por tipo de arma: (espada longa [1d8]
ou lança leve [1d6]);
For Des Con Int Sab Car
9 9 9 10 16 16 Moral: 11.

Moral: 15
Proficiências: avaliação, burocracia, etiqueta, falsificação,
pechincha, leitura/escrita. Ghul
INT: Alta (13-14)
Alinhamento: Caótico e mau
Eremita
CA: 4 Movimento: 15
Alinhamento: Caótico e bom
Classe: C9 (místico) + Clérigo 9º nível Pontos de Vida: HD 4 – 19 hp TACO: 17

CA: 10 Movimento: ilimitado (veja o texto) Ataque 3 – Dmg 1d4 / 1d4 / 1d8
Pontos de Vida: 43 hp TACO: 16 Habilidades Especiais: Paralisia e mau cheiro
Ataque 1 - Dano por tipo de arma (desarmado) Defesas Especiais: Imunidades dos mortos-vivos

For Des Con Int Sab Car Tamanho: Médio

9 12 11 14 18 14 Moral: 14

Moral: 16 XP: 650

MM pg. 131 (Carneçal).
Proficiências: herbalismo, história antiga, idiomas antigos
(Kadari, Noga), leitura/escrita, meditação, religião, resistência.

Hama
INT: Variável
Farida
(Ghul Maior disfarçado de hakima) Alinhamento: Neutro ou Bom

INT: Alta (13-14) CA: ??

Alinhamento: Neutro e mau Movimento: 1, voo 80

CA: 0 Dados de Vida: HD 1; 5hp

Movimento: 18, Escavação 3, Escalada 12 TACO: 20

Dados de Vida: HD 4; 27hp Ataque 2 – Dano: 1d3/1d3

TACO: 15 Habilidades Especiais: medo

Ataque 3 – Dano: 1d6/1d6/2d12 Defesas Especiais: forma imaterial

Habilidades Especiais: Toque chocante à vontade Tamanho: Pequeno

Defesas Especiais: armas + 1 ou melhores para sofrer Moral: 10

dano, polimorfia e invisibilidade à vontade, imunidades XP: 120
de mortos-vivos
MC13.
Magias: sonho de areia ( x2/dia)
Tamanho: Médio
Moral: 10
XP: 2.000
MC13

36
 Cavaleiro Fantasma, Menor Umar (Homem de confiança de Diyab)
INT: Baixa (5-7) Alinhamento: Neutro Alinhamento: Neutro

CA: 7 Movimento: 21 Classe: F5 (Cavaleiro do deserto)

CA: 7 (armadura de couro batido)
Pontos de Vida: HD 2; 13hp TACO: 19
Movimento: 12
Ataque 1 – Dmg 1d3
Pontos de Vida: 45hp
Defesas Especiais: Imunidades de mortos-vivos
TACO: 16
Tamanho: Grande
Ataque 1 – Dano por tipo de arma: espada longa (1d8),
Moral: 11 lança leve (1d6), arco curto (1d8).
XP: 65.
For Des Con Int Sab Car
18/07 13 17 9 12 16

Moral: 16
Latifa al-Djemel
Proficiências: consciência*, especialização em equitação/
Alinhamento: Caótico e bom camelo**, manejo de animais, resistência, sobrevivência
(deserto).
Classe: T5 (Comerciante-ladino) – Ladino 5º nível
* (Arabian Adventures, pág. 71)
CA: 7
** (Arabian Adventures, pág. 77)
Movimento: 12
Pontos de Vida: 20hp
TACO: 18 Zumbi
Ataque 1 – Dmg por tipo de arma (desarmada) INT: Não (0)

Defesas Especiais: imune à paralisia e veneno; Alinhamento: Neutro

For Des Con Int Sab Car CA: 8 Movimento: 6

11 17 13 12 15 16 Dados de Vida: HD 2 – 11hp TACO: 19

Ataque 1 – Dano: 1d8
Moral: 10.
Defesas Especiais: Imunidades de mortos-vivos
Proficiências: burocracia, debate, etiqueta, pechincha, (zumbis são imunes a sono, magia, imobilização, morte,
linguagem moderna (Jannti), leitura/escrita. venenos e frio)
Tamanho: Médio
Moral: Especial
XP: 65
MM pg. 373

37
 PRÓXIMA TRADUÇÃO !!!

38
 O Ùltimo Oásis !!

Um misterioso Oásis, onde nem tudo é o que

parece, aventureiros precisam desvendar seus
mistérios, antes que a Sorte os abandone.

Venha jogar esta famosa aventura criada por

Peter Aberg, publicada na antiga Revista
Dungeon Magazine 51 em 1995.

Originalmente uma aventura de AD&D

2a Ed., adaptada para 5a Edição, por este
colaborador.

Uma aventura para jogadores de 3° ou 4°

níveis.

By Madmax !!!

39