Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Atualmente, o Brasil é segundo maior produtor mundial de Historicamente, além da produção de fumo, Venâncio Aires tem altos índices de
fumo e, desde 1993, o maior exportador do produto no suicídio. Em 2017, um dado apurado pela Vigilância Epidemiológica do município
mundo. Somente no ano de 2019, as exportações do setor mostrou que um suicídio ocorreu a cada 20 dias (FOLHA DO MATE, 2017).
chegaram a 546 mil toneladas e divisas de US$ 2,14 bilhões Um estudo de Falk (1996), apresenta indícios da relação entre a utilização de
de dólares agrotóxicos organofosforados no cultivo do tabaco e o aumento das taxas de suicídio
Entre os estados brasileiros o Rio Grande do Sul é o maior em Venâncio Aires. O estudo aponta que mais de 80% dos suicídios no município
produtor de fumo em folha. De acordo com a Pesquisa Agrícola ocorreram entre agricultores.
Municipal do IBGE, registrou uma média de 340.159
toneladas/ano no triênio 2018-2020.
CONCLUSÃO
A produção de tabaco, além de ser vital para famílias rurais, acarreta impactos negativos,
BIBLIOGRAFIA
afetando o desenvolvimento sustentável e a saúde humana e ambiental, preocupando os
economicamente desfavorecidos e o sistema de saúde (HERMES, 2000). Comparando vários
estudos, a predominância é clara: agrotóxicos na produção de tabaco na região geram sérias
consequências na população. A falta de pesquisa em Venâncio Aires dificulta o entendimento
local, devido à insuficiência de dados sobre os impactos do tabaco, apesar de sua notoriedade
como produtor. O estudo de Falk (1996) destaca o alto índice de suicídio associado ao tabaco,
porém, os dados estão desatualizados, carecendo de investigações mais recentes. Manter um
banco de dados atualizado e focado em casos de intoxicação por agrotóxicos é crucial para
compreender e solucionar o problema. Além disso, promover práticas sustentáveis na
produção de tabaco, sem agrotóxicos, é essencial para proteger o meio ambiente e a saúde.