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DE CARGA
VOLUME 1
Estudo de capacidade de
carga das embarcações e
de usuários no estuário do
rio Formoso, nas praias de
Tamandaré e Sirinhaém
e na ilha de Santo Aleixo
(Pernambuco)
JUNHO/2022
EXPEDIENTE
Secretaria de Meio Ambiente Auxiliar de Pesquisa de Campo
e Sustentabilidade de Alberto da Silva Santos
Pernambuco (SEMAS/PE)
Inamara Mélo • Secretária Colaboradores
Edilson Silva • Secretário Executivo Eduardo Almeida • Analista Ambiental
Samanta Della Bella • Superintendente APA Costa dos Corais/ICMBio
Andrea Olinto • Gerente Política Costeira Lilian Miranda • Analista Ambiental
Luiz Costa Filho • Analista Ambiental APA Costa dos Corais/ICMBio
Sidney Vieira • Analista Ambiental
Revisão de texto
Agência Estadual de Adriane de Oliveira
Meio Ambiente (CPRH/PE)
Djalma Paes • Diretor Presidente Revisão técnica de texto
Janaína Teixeira • Diretora Fabiana Cava
Gleydson Castelo Branco • Chefe UGUC
Joany Deodato • Gestora da APA Design gráfico
de Guadalupe/CPRH Marcelo Barros
Carlos Costa • Gestor substituto
Foto da capa
Projeto TerraMar (GIZ) Studio Lumix/GIZ.
Dörte Segebart • Diretora
Fabiana Cava • Assessora Técnica
Mariana Bitencourt • Assessora de Comunicação
Louise Campos • Estagiária de Comunicação
Realização
SUMÁRIO
PÁGINAS
1 INTRODUÇÃO 9
2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 11
3 ASPECTOS METODOLÓGICOS 13
3.1 MÉTODO EMPREGADO NA ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA 13
3.2 MÉTODOS EMPREGADOS PARA OBTENÇÃO DOS DADOS 16
4 DEFINIÇÃO DA CAPACIDADE DE MANEJO 17
5 CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 18
5.1 SUBZONA DO COMPLEXO RECIFAL 18
5.1.1 Estimativa da capacidade de carga para as áreas de circulação de embarcações 19
5.1.2 Estimativa da capacidade de carga para as áreas de piscinas naturais 20
5.1.3 Estimativa da Capacidade de Carga para as áreas de embarque e desembarque 31
5.1.4 Estimativa da capacidade de carga para as áreas de uso recreativo 34
5.2 SUBZONA MAR DE DENTRO 36
5.2.1 Estimativa da capacidade de carga para as áreas de circulação de embarcações 36
5.2.2 Estimativa da capacidade de carga para as áreas de atividades náuticas 37
5.2.3 Estimativa da capacidade de carga para as áreas de embarque e desembarque 39
5.2.4 Estimativa da capacidade de carga para
as áreas de Tejucussu Proteção do Banco de Areia 40
5.2.5 Estimativa da capacidade de carga para as áreas de uso recreativo 42
6 CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA ESTUARINA SANTUÁRIO DO MERO 44
6.1 SUBZONA RIO ARIQUINDÁ 44
6.1.1 Estimativa da capacidade de carga para a área de circulação de embarcações 45
6.1.2 Estimativa da capacidade de carga para as áreas de embarque
e desembarque e de fundeio de embarcações TBC e pesca artesanal 46
6.2 SUBZONA RIO FORMOSO 47
6.2.1 Estimativa da capacidade de carga para a área de circulação de embarcações 48
6.3 SUBZONA RIO DOS PASSOS 49
6.3.1 Estimativa da capacidade de carga para a área de circulação de embarcações 49
6.4 SUBZONA CARNEIROS/ GUADALUPE – FOZ DO RIO FORMOSO 50
6.4.1 Estimativa da capacidade de carga para a área de brinquedos náuticos 51
6.4.2 Estimativa da capacidade de carga para a área de circulação de embarcações 53
6.4.3 Estimativa da capacidade de carga para as áreas de embarque e desembarque 54
6.4.4 Estimativa da capacidade de carga para as áreas de fundeio de embarcações 59
6.4.5 Estimativa da capacidade de carga para as áreas de uso recreativo 60
7 CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA AMBIENTE PRAIAL 63
7.1 SUBZONA PRAIA DA GAMELA/ AVER O MAR 63
7.1.1 Estimativa da capacidade de carga para a
área de estacionamento dos barcos de pesca 64
7.1.2 Estimativa da capacidade de carga para a área de praia 65
7.2 SUBZONA PRAIA DE GUADALUPE 66
7.2.1 Estimativa da capacidade de carga para a área de praia 66
7.3 SUBZONA PRAIA DA ARGILA 67
7.3.1 Estimativa da capacidade de carga para a área de praia 67
7.4 SUBZONA PRAIA DOS CARNEIROS 68
7.4.1 Estimativa da capacidade de carga para a área de praia 68
7.5 SUBZONA PRAIA DA PEDRA E PRAIA DO REDUTO 69
7.5.1 Estimativa da capacidade de carga para a área de praia 70
PÁGINAS
7.6 SUBZONA PRAIA DE TAMANDARÉ 71
7.6.1 Estimativa da capacidade de carga
para a área de estacionamento dos barcos de pesca 71
7.6.2 Estimativa da capacidade de carga para a área de praia 72
8 CAPACIDADE DE CARGA DA ILHA DE SANTO ALEIXO 74
8.1.1 Estimativa da capacidade de carga para a área de praia na ilha de Santo Aleixo 74
8.1.2 Estimativa da capacidade de carga
para a piscina natural da ilha de Santo Aleixo 75
8.1.3 Estimativa da capacidade de carga para a área
de fundeio de embarcações na ilha de Santo Aleixo 75
8.1.4 Estimativa da capacidade de carga para as áreas de embarque e desembarque 76
9 CAPACIDADE DE CARGA DOS PASSEIOS DE BARCO 79
9.1 Estimativa da capacidade de carga para os passeios de barco 79
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS 86
11 REFERÊNCIAS 87
LISTA DE FIGURAS
PÁGINAS
Figura 1 Abrangência do estudo de capacidade de carga 10
Figura 2 Zonas definidas pelo ZATAN 12
Figura 3 Recifes na praia dos Carneiros (piscina Batença) 18
Figura 4 Áreas de circulação de embarcações na subzona do Complexo Recifal 19
Figura 5 Localização das piscinas para banho na subzona do Complexo Recifal (1 de 3) 22
Figura 6 Localização das piscinas para banho na subzona do Complexo Recifal (2 de 3) 22
Figura 7 Localização das piscinas para banho na subzona do Complexo Recifal (3 de 3) 23
Figura 8 Localização das piscinas para mergulho na subzona do Complexo Recifal (1 de 3) 23
Figura 9 Localização das piscinas para mergulho na subzona do Complexo Recifal (2 de 3) 24
Figura 10 Localização das piscinas para mergulho na subzona do Complexo Recifal (3 de 3) 24
Figura 11 Piscina de Gamela/Aver o mar - Banhista 25
Figura 12 Formação comum nas margens da piscina em Aver o Mar - colônias de zoantídeos 25
Figura 13 Populações de Abudefduf saxatilis nas bordas da piscina em Aver o Mar 25
Figura 14 Trânsito de embarcações com banhistas na piscina da Val 4 26
Figura 15 Vista geral da piscina da Val - fundo cascalhoso e formações recifais 26
Figura 16 Prados de macroalgas do gênero Halimeda no platô do recife da piscina da Val 3 26
Figura 17 Atividades de banhistas na piscina da Val 2/ Prainha 27
Figura 19 Visitantes em embarcações particulares na piscina da Val 1 27
Figura 18 Macroalgas pardas, gênero Sargassum, no entorno das piscinas Val 2/ Prainha 27
Figura 20 Prados de macroalgas verdes, do gênero Caulerpa, nas margens da piscina da Val 1 27
Figura 21 Presença de prados de Halodule na porção central da piscina de Pirambu do Norte 28
Figura 22 Fragmentos de material bioclástico de fundo na piscina de Pirambu do Norte 28
Figura 23 Millepora alcicornis e Stegastes fuscus na piscina de Pirambu do Norte 28
Figura 24 Sedimentos de fundo da piscina de Pirambu do Sul,
com fragmentos de corais e algas calcárias 29
Figura 25 Sedimento arenoso da base recifal na piscina de Pirambu do Sul 29
Figura 26 Corais encontrados na piscina de Pirambu do Sul 29
Figura 27 Formações de Millepora alcicornis no fundo da piscina do Forte 1 30
Figura 28 Formações do hidrocoral Millepora alcicornis no fundo da piscina do Forte 2 30
Figura 29 Localização das áreas de embarque e
desembarque na subzona do Complexo Recifal (1 de 4) 32
PÁGINAS
Figura 30 Localização das áreas de embarque e
desembarque na subzona do Complexo Recifal (2 de 4) 32
Figura 31 Localização das áreas de embarque e
desembarque na subzona do Complexo Recifal (3 de 4) 33
Figura 32 Localização das áreas de embarque e
desembarque na subzona do Complexo Recifal (4 de 4) 33
Figura 33 Localização das áreas de uso recreativo na subzona do Complexo Recifal (1 de 2) 35
Figura 34 Localização das áreas de uso recreativo na subzona do Complexo Recifal (2 de 2) 35
Figura 35 Localização das áreas de circulação de embarcações na subzona Mar de Dentro 37
Figura 36 Localização das áreas de atividades náuticas na subzona Mar de Dentro (1 de 2) 38
Figura 37 Localização das áreas de atividades náuticas na subzona Mar de Dentro (2 de 2) 38
Figura 38 Localização das áreas de embarque e desembarque na subzona Mar de Dentro 39
Figura 39 Usuários e embarcações fundeadas nos
bancos de areia de Tejucussu na subzona Mar de Dentro (1 de 2) 40
Figura 40 Usuários e embarcações fundeadas nos
bancos de areia de Tejucussu na subzona Mar de Dentro (2 de 2) 40
Figura 41 Localização das áreas dos bancos de areia
de Tejucussu Proteção do Banco de Areia na subzona Mar de Dentro 41
Figura 42 Localização das áreas de fundeio de embarcações
de Tejucussu Proteção do Banco de Areia na subzona Mar de Dentro 42
Figura 43 Localização da área de uso recreativo da subzona Mar de Dentro 43
Figura 44 Áreas de circulação de embarcações na subzona Rio Ariquindá 45
Figura 45 Áreas de embarque e desembarque e de fundeio
de embarcações de turismo de base comunitária e pesca artesanal 47
Figura 46 Área de circulação de embarcações na subzona Rio Formoso 48
Figura 47 Área de circulação de embarcações na subzona Rio dos Passos 50
Figura 48 Atividades náuticas na A.S. 2.4.1. Prainha - Brinquedos náuticos 51
Figura 49 Usuários na A.S. 2.4.9 Restaurante 1 – Brinquedos náuticos 51
Figura 50 A.S. 2.4.11. Pontal dos Carneiros - Brinquedos náuticos 51
Figura 51 Localização das áreas de brinquedos náuticos na
subzona de Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso 52
Figura 52 Área de circulação de embarcações na
subzona de Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso 53
Figura 53 A.S. 2.4.3 Prainha – Embarque / desembarque de embarcação de turismo 54
Figura 55 A.S. 2.4.8 Restaurante 1 – Embarque / desembarque de embarcação de turismo 54
Figura 54 A.S. 2.4.5 Igrejinha – Embarque/desembarque de embarcação de turismo 54
Figura 56 A.S. 2.4.10 Pontal dos Carneiros – Embarque /
desembarque de embarcação de turismo 54
Figura 57 A.S. 2.4.13 Argila – Embarque / desembarque
de embarcação de turismo do tipo catamarã 55
Figura 59 A.S. 2.4.19 Argila – Embarque / desembarque de embarcação do tipo catamarã 55
Figura 58 A.S. 2.4.15 Argila – Embarque / desembarque de embarcação de turismo miúda 55
Figura 60 A.S. 2.4.21 Píer Mariassu – Embarque/desembarque 55
Figura 61 Localização das áreas de embarque e desembarque
na subzona de Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso (1 de 4) 57
Figura 62 Localização das áreas de embarque e desembarque
na subzona de Carneiros/ Guadalupe - foz do rio Formoso (2 de 4) 57
Figura 63 Localização das áreas de embarque e desembarque
na subzona de Carneiros/Guadalupe - Foz do Rio Formoso (3 de 4) 58
Figura 64 Localização das áreas de embarque e desembarque
na subzona de Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso (4 de 4) 58
PÁGINAS
Figura 65 A.S. 2.4.16 Argila – Fundeio de embarcações exclusiva para trabalhadores locais 59
Figura 66 Localização da área de fundeio de embarcações
na subzona de Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso 60
Figura 67 A.S. 2.4.2 Prainha – Banhistas 60
Figura 68 Usuários na A.S. 2.4.7 Restaurante 1 – Banhistas 60
Figura 69 A.S. 2.4.12 Pontal dos Carneiros – Banhistas 61
Figura 70 Localização das áreas de uso recreativo
na subzona de Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso (1 de 2) 62
Figura 71 Localização das áreas de uso recreativo
na subzona de Carneiros/Guadalupe - Foz do Rio Formoso (2 de 2) 62
Figura 72 Localização da área de estacionamento
de barcos de pesca na subzona Praia da Gamela/ Aver o Mar 64
Figura 73 Localização da praia na subzona Praia da Gamela/ Aver o Mar 65
Figura 74 Localização da praia na subzona Praia de Guadalupe 67
Figura 75 Localização da praia na subzona Praia da Argila 68
Figura 76 Localização da praia na subzona Praia dos Carneiros 69
Figura 77 Localização da praia na subzona Praia da Pedra e Praia do Reduto 70
Figura 78 Localização dos estacionamentos
de barcos de pesca na subzona Praia de Tamandaré 72
Figura 79 Localização da praia na subzona Praia de Tamandaré 73
Figura 80 Praia da ilha de Santo Aleixo 74
Figura 82 Área de fundeio de embarcações na ilha de Santo Aleixo 75
Figura 81 Piscina da ilha de Santo Aleixo 75
Figura 83 Área de fundeio de embarcações na ilha de Santo Aleixo 75
Figura 84 Localização da praia da ilha de Santo Aleixo 77
Figura 85 Localização da piscina natural da ilha de Santo Aleixo 77
Figura 86 Localização do local de fundeio de embarcações da ilha de Santo Aleixo 78
Figura 87 Localização da área de embarque e desembarque na ilha de Santo Aleixo 78
Figura 88 Trajeto do Roteiro 1 81
Figura 89 Trajeto do Roteiro 2 81
Figura 90 Trajeto do Roteiro 3 82
Figura 91 Trajeto do Roteiro 4 82
Figura 92 Trajeto do Roteiro 5 83
Figura 93 Trajeto do Roteiro 6 83
Figura 94 Trajeto do Roteiro 7 84
Figura 95 Trajeto do Roteiro 8 84
LISTA DE QUADROS
PÁGINAS
A zona costeira é um dos mais complexos e sensíveis ambientes, apresentando elevada den-
sidade demográfica e alto índice de crescimento das atividades econômicas, de recreação
e turismo e, consequentemente, os problemas delas decorrentes (SEMAS, 2010). Em Per-
nambuco, os 15 municípios costeiros e estuarinos estão compreendidos em uma faixa de187
km. Juntos, apresentam uma população estimada em cerca de 4 milhões de habitantes e
representam 39,55% da população urbana do estado (IBGE, 2021).
É nesse contexto, ao sul do estado, que está localizada a Área de Proteção Ambiental de Gua-
dalupe, criada pelo Decreto Estadual n° 19.635/1997, a qual compreende quatro municípios:
Barreiros, Tamandaré, Rio Formoso e Sirinhaém, sendo os três últimos o foco deste estudo.
Juntos, estes municípios concentram uma população de 66.447 de habitantes (IBGE, 2010).
O governo de Pernambuco vem adotando diversas medidas para garantir a coexistência das
atividades humanas e da conservação ambiental na área em questão. Uma das medidas é
o plano de manejo da APA de Guadalupe (CPRH, 2011), no qual constam as diretrizes para
o uso da unidade de conservação e em que estão estabelecidas as atividades permitidas,
toleradas e proibidas, de acordo com as áreas zoneadas.
O Plano de Manejo da APA de Guadalupe define que ações como mergulho, circulação de em-
barcações e criação de pontos de apoio para pesca artesanal e turismo poderão ocorrer median-
te zoneamento das atividades náuticas. Consta, ainda, do seu subprograma - Ordenamento do
Turismo no Rio Formoso e Área Marinha, a definição do ordenamento do fluxo de embarcações
e de turistas, bem como de áreas de embarque, ancoragem e circulação de embarcações.
Desta forma, visando cumprir o Plano de Manejo da APA de Guadalupe, foi também elabora-
do, em 2019, o Zoneamento Ambiental e Territorial das Atividades Náuticas (ZATAN) na região
do estuário do rio Formoso, que foi fundamental para entender os conflitos e processos exis-
tentes em parte do território desta APA, mais precisamente no estuário do rio Formoso, praia
de Guadalupe, praia da Gamela, praia dos Carneiros e praia de Tamandaré. Este zoneamento
foi construído por pescadores, empresários, pesquisadores, sociedade civil e instituições go-
vernamentais e é uma premissa para o desenvolvimento do estudo de capacidade de carga.
INTRODUÇÃO 9
O Zoneamento Ambiental é um instrumento importante de implementação da Política Na-
cional de Meio Ambiente, especificado no art. 9° da Lei n° 9.638/1981, marco inicial norma-
tivo brasileiro em proteção ambiental. A Lei n° 6938/1981, conhecida como Política Nacional
do Meio Ambiente (PNMA), estabeleceu e enumerou princípios, diretrizes, instrumentos de
efetivação, além de definir conceitos básicos e específicos sobre a tutela do meio ambiente,
tendo sido recepcionada pela atual Carta Magna, ganhando o status de norma geral consti-
tucional (art. 24, inciso VI, § 1° da CF/1988).
INTRODUÇÃO 10
2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
Das áreas seletivas presentes no ZATAN, 5 delas não foram analisadas pelos seguintes motivos:
• a s á re a s To c a d e B a i xo - Zo n a d e
Preservação da Vida Estuarina (ZPVE) do
Santuário do Mero (A.S. 2.1.4), Pedra do
Pipiri/ Margaída - Zona de Preservação
da Vida Estuarina (ZPVE) do Santuário do
Mero (A.S. 2.2.1), Nova Holanda - Zona de
Preservação da Vida Estuarina (ZPVE) do
Santuário do Mero (A.S. 2.2.2) e Guadalupe
- Proteção dos Terraços Marinhos e
Falésias (A.S. 3.2.1) não foram analisadas
por já serem proibidas as atividades de
turismo, lazer, transporte e pesca.
A Capacidade de Carga Física (CCF) identifica quantos visitantes uma determinada área
pode receber por dia, considerando apenas as características biofísicas da área. Para tanto,
o cálculo considera o tamanho do local, o tempo que o local permanece aberto à visitação, o
tempo demandado para visitar o local e o espaço ocupado por cada visitante.
CCF = SxT/sxt
na qual:
ASPECTOS METEDODOLÓGICOS 13
Entendendo que a capacidade biofísica do espaço não é suficiente para atestar quantos
visitantes o território pode de fato suportar, a metodologia emprega variáveis relacionadas
às características físicas, sociais, biológicas, de visitação e de manejo do local que precisam
ser consideradas. Neste sentido, são aplicados Fatores de Correção (FC) ao quantitativo de
visitantes identificados no cálculo da Capacidade de Carga Física (CCF) de modo a se obter a
Capacidade de Carga Real (CCR).
FC = 1 – (Ml/Mt)
na qual:
• Ml = Magnitude limitante;
• Mt = Magnitude total.
em que:
A Capacidade de Manejo (CM) de uma área reflete a soma das condições sobre a sua gestão.
É determinada a partir da comparação entre as condições ótimas necessárias à adequada
gestão da área (Capacidade Adequada) e as condições das quais ela efetivamente dispõe
ASPECTOS METEDODOLÓGICOS 14
(Capacidade Instalada). Conforme explica Mitraud (2003:333), a CM é encontrada por meio
da elaboração de duas listagens: uma em que constam todos os recursos humanos, os equi-
pamentos e a infraestrutura necessária ao adequado cumprimento dos objetivos da área em
questão (Capacidade Adequada) e, a seguir, uma listagem contendo os recursos efetivamen-
te disponíveis para tal (Capacidade Instalada). Pela comparação entre o ideal (Capacidade
Adequada) e o que de fato existe (Capacidade Instalada), é estabelecida uma Capacidade de
Manejo para cada item analisado. A Capacidade de Manejo da área em questão será a média
das várias capacidades de manejo.
CCE = CCR x CM
em que:
Em síntese, a metodologia da Capacidade de Carga de Cifuentes et al. (1992) pode ser de-
finida da seguinte forma: através de variáveis como avaliação da área disponível, de fatores
relacionados com a visita (tempo de visitação e tempo durante o qual o atrativo permanece
aberto a visitação) e do espaço ocupado por cada visitante, obtém-se a Capacidade de Carga
Física de uma determinada área à qual aplicados Fatores de Correção obtém-se a Capacida-
de de Carga Real a partir de que obtém-se a Capacidade de Carga Efetiva, ao também exa-
minar na equação a disponibilidade de recursos operacionais e infraestrutura (Capacidade de
Manejo). Note-se que cada um dos níveis representa uma capacidade corrigida em relação à
capacidade anterior (SILES, 2003).
A proposta de Cifuentes et al. (1992) teve grande aceitação e receptividade porque conside-
rava tanto a componente biológica quanto a social para definir o limite máximo de visitantes.
Desde que a proposta de Cifuentes et al. (1992) foi popularizada, várias investidas foram
levadas a cabo para mensurar a capacidade de carga de diversos locais de interesse turístico.
Ruschmann et al. (2008) aplicaram a metodologia à praia Brava (SC); Melo et al. (2006) fize-
ram o mesmo para a praia do Seixas (PB), assim como Cordeiro; Körössy; Selva (2012) para a
praia de Tamandaré (PE) e Cordeiro; Körössy; Selva (2013b) para a praia dos Carneiros (PE).
A proposta de Cifuentes et al. (1992), no entanto, não ficou restrita apenas ao ambiente
terrestre. Algumas tentativas foram realizadas para estimar a capacidade de carga recreativa
para embarcações como, por exemplo, a do ICMBio (2008), que adaptou a metodologia para
o caso das embarcações em Fernando de Noronha. Cordeiro, Körössy e Selva (2013a), por
exemplo, utilizaram essa metodologia para determinar a capacidade de carga das embarca-
ções na APA de Guadalupe.
Por capacidade de carga recreativa para embarcações entende-se, tal como PAE (2005), o nú-
mero máximo de barcos de passeio que operam em um corpo d’água sem prejudicar a seguran-
ça pública, a experiência visual, nem sua qualidade ambiental. Em determinadas circunstâncias,
trata-se de um elemento gerencial importante para garantir o uso sustentável do corpo d’água.
ASPECTOS METEDODOLÓGICOS 15
3.2 MÉTODOS EMPREGADOS PARA OBTENÇÃO DOS DADOS
Com o objetivo de levantar dados para elaboração de cálculos, a metodologia utilizada para
a coleta de dados e a geração de quantitativos de embarcações e de pessoas em circula-
ção na área estuarina, nas praias, nas piscinas naturais e na ilha de Santo Aleixo, envolveu:
observações diretas para a contagem de embarcações e de pessoas que procuram os passeios
náuticos nos pontos de embarque/ desembarque, realização de entrevistas e questionários
aplicados a representantes das associações que desenvolvem turismo náutico e a empresas
que oferecem passeios náuticos, visitas às piscinas naturais, à ilha de Santo Aleixo, a todas as
áreas seletivas definidas no ZATAN e a marinas existentes em Tamandaré. Os quantitativos
de embarcações foram complementados com base no cadastro de embarcações fornecido
pela APA de Guadalupe.
Imagens de drones obtidas na área estuarina do rio Formoso foram fundamentais para au-
xiliar na definição de quantitativos e de medidas de embarcações e das áreas de ancoragem.
Foram utilizadas diferentes bases para a representação das áreas estudadas e para os ro-
teiros dos passeios. A base das áreas utilizadas no ZATAN foi indicada a partir de imagens
do Google Earth; imagens do Landsat 5 e Landsat 8, imagens de drone (Mavic 2 Enterprise
Dual) e imagens de fotogrametria área do projeto Pernambuco 3D. Todas essas imagens
foram processadas nos seguintes softwares de geoprocessamento: Erdas Imagine versão
9.3, ArcGis 9.3, QT Model, Pix4D (licença free) e Agilsoft (licença free). Todas as licenças são as
obtidas pelo laboratório de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento do Departamento
de Ciências Geográficas da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE.
ASPECTOS METEDODOLÓGICOS 16
4 DEFINIÇÃO DA CAPACIDADE DE MANEJO
Uma primeira providência para estimativa da capacidade de carga das áreas seletivas que
compõem o ZATAN é identificar a Capacidade de Manejo (CM). A Capacidade de Manejo de
uma área reflete a soma das condições sobre a gestão da mesma. É determinada a partir
da comparação entre as condições ótimas necessárias à adequada gestão da área (Capaci-
dade Adequada) e as condições das quais ela efetivamente dispõe (Capacidade Instalada).
Os fatores a serem considerados para efeito de determinação da Capacidade de Manejo
variam de acordo com as particularidades de gestão de cada área. No caso em tela, foram
considerados os seguintes elementos:
• Carros para fiscalização: são os veículos presentes na APA e que servem para o deslocamento
dos técnicos responsáveis pela gestão e fiscalização da área;
• Barcos para fiscalização: refere-se aos veículos necessários para a fiscalização em ambiente
aquático na área da APA. É um elemento fundamental para a adequada gestão da APA na
medida em que passeios de barcos e visitas às piscinas naturais são duas das principais atividades
praticadas pelos visitantes. Os barcos para a fiscalização possibilitam um maior controle sobre o
acesso e também permitem advertir os visitantes quando necessário;
• Píeres: são estruturas que ordenam a visitação uma vez que, devidamente estruturados e
localizados, minimizam os impactos da atividade da visitação.
A Capacidade de Manejo (CM) estimada foi de 32% para a área do estudo, exceto para
a área onde ocorre sobreposição das APAS (que corresponde, para os propósitos deste
estudo, às áreas das piscinas naturais, excluindo-se a piscina de Gamela/ Aver o Mar - Ba-
nhista) cuja CM estimada foi de 65% (vide Anexo 32 do Volume 2 para detalhamento da
metodologia e do procedimento de cálculo).
A Zona Marítima compreende duas subzonas: Complexo Recifal e Mar de Dentro. É a área
próxima à costa que se estende da praia de Gamela, em Sirinhaém, até o píer do CEPENE,
em Tamandaré. É uma área de uso intenso de lazer e recreação caracterizado principalmente
pelos passeios náuticos de embarcações particulares acompanhando a linha de praia e pas-
seios para visitação às piscinas dos recifes para banho e para mergulho. Por ser uma área de
interseção de atuação da APA de Guadalupe (estadual) e da APA Costa dos Corais (federal),
as proibições, a tolerância, os incentivos e as permissões para utilização da subzona e as
normas e os procedimentos administrativos para a autorização da prestação do serviço de
condução de visitantes estão contidas respectivamente no Decreto n° 50.049, de 06 de
janeiro de 2021, do estado de Pernambuco, e na Portaria n° 769, de 10 de dezembro de 2019,
do ICMBio. As orientações de forma estratégica para o manejo da visitação da área estão no
documento Plano de Uso Público da APA Costa dos Corais do ICMBio.
É uma área que se caracteriza pela formação de recifes de arenito (beachrocks), resultantes
da sedimentação de arenito e cimentação carbonática originária, principalmente de algas
calcárias e de outras origens carbonáticas, e de recifes organogênicos, constituídos por
camadas sobrepostas, resultantes da sedimentação de esqueletos de organismos mari-
nhos ou recifes coralígenos, compostos a partir da sedimentação de arenito e algas calcá-
rias. As descontinuidades dos recifes formaram as chamadas “piscinas naturais”, as quais
representam o principal atrativo turístico e de lazer da Zona Marítima. Atenção especial
deve ser dada à fragilidade e à baixa resiliência dos ambientes recifais para o ordenamento
do seu uso (Figura_3).
Estão compreendidas,
na subzona do Complexo
Recifal, áreas destinadas a:
• circulação de embarcações;
• embarque e desembarque;
• piscinas naturais (banho);
• piscinas naturais (mergulho);
• uso recreativo.
Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade de Carga
Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo 2 do Volume 2.
A A.S. 1.1.1 Piscina Gamela/ Aver o mar - Banhista (Figura_12), conhecida localmente como
Poço Azul, localizada em frente à praia de Gamela, em Sirinhaém, apresenta um fundo pre-
dominantemente de formação arenítica, alternando com presença de formações consolida-
das recifais (Figura_12), com intensa presença macroalgas, predominantemente Ochrophyta
(Sargassum e Dictyopteris), colônias de zoantídeos (Palythoa e Zoanthus), corais como Side-
rastrea stellata e esparsas colônias de Millepora.
A biota local é caracterizada por uma ictiofauna predominante, composta por representantes
dos Pomacentridae (Abudefduf saxatilis), Haemulidae e Scaridae (Figura_13).
A.S. 1.1.16.a Área Seletiva Visitação Turística 87 usuários por dia (sendo 11 Complexo Piscinas naturais
Topless/ Pirambu do Norte - Banhista usuários em simultâneo) Recifal (banho)
A.S. 1.1.16.b Área Seletiva Visitação Turística Topless/ 84 usuários por dia (sendo Complexo Piscinas naturais
Pirambu do Norte - Atividade de mergulho livre 14 usuários em simultâneo) Recifal (mergulho)
A.S. 1.1.16.b.f Área Seletiva Visitação Turística Topless/ Complexo Piscinas naturais
2 embarcações em simultâneo
Pirambu do Norte - Atividade de mergulho livre (fundeio) Recifal (mergulho)
A.S. 1.1.18.a Piscina - da Val 3/ Matafome- 61 usuários por dia (sendo 10 Complexo Piscinas naturais
Atividade de mergulho livre (roteiro 1) usuários em simultâneo) Recifal (mergulho)
A.S. 1.1.18.b Piscina - da Val 3/ Matafome- 65 usuários por dia (sendo 11 Complexo Piscinas naturais
Atividade de mergulho livre (roteiro 2) usuários em simultâneo) Recifal (mergulho)
A.S. 1.1.21.a Piscina - Pirambu do Sul - 105 usuários por dia (sendo Complexo Piscinas naturais
Atividade de mergulho livre 18 usuários em simultâneo) Recifal (mergulho)
A.S. 1.1.21.b Piscina - Pirambu do Sul - 174 usuários por dia (sendo Complexo Piscinas naturais
Atividade de mergulho autônomo 29 usuários em simultâneo) Recifal (mergulho)
A.S. 1.1.22. Três Cabeços - 45 usuários por dia (sendo 7 Complexo Piscinas naturais
Atividade de mergulho livre usuários em simultâneo) Recifal (mergulho)
A.S. 1.1.24. Piscina do Forte 2 - 67 usuários por dia (sendo 11 Complexo Piscinas naturais
Atividade de mergulho livre usuários em simultâneo) Recifal (mergulho)
Por ser uma piscina grande, rasa e de fácil acesso, é muito frequentada por pessoas em suas lan-
chas particulares e por catamarãs e lanchas que realizam passeios náuticos de turismo que partem
da praia da Gamela e da recente estrutura instalada para uso diário de turistas. Os catamarãs,
quando ancoram na piscina, fundeiam na entrada, na porção norte da piscina. As embarcações
particulares passam ao lado dos catamarãs e ancoram por toda a piscina. O tempo de permanência
dos catamarãs é, em média, de 40 minutos, e das embarcações particulares, em média, de 2 horas.
É necessário estabelecer limites de uso das áreas para equilibrá-lo com as condicionantes
ecológicas naturais. Alguns exemplos já foram estudados na região, com pesquisas desen-
volvidas por Fernandes; Tommasi & Lima (2001) e Fernandes et al. (2015) que estudaram as-
pectos ecológicos dos equinodermatas do litoral sul de Pernambuco. Fernandes et al. (2003)
pesquisaram a relação dos ouriços do mar nas regiões impactadas por ações turísticas. Esses
estudos são reforçados pelas pesquisas de Medeiros et al. (2021), que demonstram a neces-
sidade de desenvolver estudos mais detalhados em áreas protegidas.
A A.S. 1.1.17 Piscina – da Val 4 –Banhista é destinada ao uso turístico empresarial ou de base co-
munitária e ao uso recreativo. É predominantemente usada por banhistas que chegam em pas-
seios turísticos, em lanchas que saem da praia de Campas ou da praia de Tamandaré (Figura_14).
A A.S. 1.1.20 Piscina - da Val 1 – Banhista é muito procurada por usuários locais e turistas, apre-
sentando muitas embarcações particulares (Figura_19). É normalmente utilizada para banho e
uso turístico de base comunitária. Também é possível observar atividades de pesca artesanal
por usuários locais. Como todo complexo de piscinas na faixa norte de Tamandaré, a piscina
também possui fundo de cascalho e formações recifais em suas margens. No platô do recife, é
possível encontrar comunidades de macroalgas verdes do gênero Caulerpa (Figura_20).
A A.S. 1.1.16 Piscina - Pirambu do Norte – Banhista possui um tipo de fundo que apresenta
alternância de sedimentos, com presença de prados de fanerógamas marinhas na parte
central da piscina (Figura_21). As bordas alternam a presença de sedimento arenoso e di-
versos fragmentos bioclásticos originados de algas calcárias e fragmentos de hidrocorais e
escleractíneos particulados (Figura_22).
A piscina de Pirambu do Norte, também conhecida como Top Less, está localizada na altura da
porção mais ao norte da praia Pontal do Lira. É uma piscina grande, rasa e de fácil acesso, sendo
bastante frequentada por pessoas em suas lanchas particulares, catamarãs e lanchas de turismo
náutico procedentes da praia próxima. Também é frequentada por visitantes com interesse em
mergulho. O tempo de permanência das pessoas na piscina é de aproximadamente 2 horas. É des-
tinada ao uso turístico empresarial ou de base comunitária, ao uso recreativo e à pesca artesanal.
A A.S. 1.1.21 Piscina - Pirambu do Sul – Atividade de mergulho e a A.S. 1.1.22 Três Cabeços –
Atividade de mergulho apresentam fundo predominante de sedimento arenoso com grãos
Nessa região crescem exuberantes corais que precisam ser protegidos e monitorados. A região
mais profunda apresenta fauna mais preservada e caracteriza-se por grandes colônias de Millepora
e corais verdadeiros como Montastrea, Mussismilia e Siderastrea (Figura_26). Os primeiros estu-
dos sobre assentamentos desses organismos na região foram desenvolvidos por Ferreira & Maida
(1995) e Maida & Ferreira (1995). A ictiofauna no local é exuberante e diversa em cores e tamanhos.
A A.S. 1.1.24. Piscina do Forte 2 - Atividade de mergulho apresenta uso com mesmas finalida-
des da piscina do Forte 1. Tem uso turístico de base comunitária para mergulho, comportando
a pesca artesanal, conforme vocação local, período do ano e dia da semana. O fundo segue
o mesmo padrão da piscina do Forte 1, arenoso e com muitas concentrações de material
biogênico. Nessa piscina é possível observar muitas formações juvenis de Millepora alcicornis
(Figura_28) e outros cnidários.
Conforme estabelecido no art. 7°, § 1°, inciso III do Decreto no 50.049/2021, as embarca-
ções de turismo que circulam nesta subzona 1.1 (subzona do Complexo Recifal) deverão
respeitar o limite de até 25 (vinte e cinco) passageiros, exceto para a Área Seletiva A.S. 1.1.1
da piscina Gamela/ Aver o Mar - Banhista.
• circulação de embarcações;
• atividades náuticas;
• embarque e desembarque;
• uso especial;
• uso recreativo;
• pesca artesanal.
180 embarcações
1.2 Mar de Dentro 1 Mar de Dentro Circulação de embarcações
em simultâneo
590 embarcações
1.2 Mar de Dentro 2 Mar de Dentro Circulação de embarcações
em simultâneo
Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade de Carga
Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo 6 do Volume 2.
Quadro 6 - Resultado da capacidade de carga para as áreas de atividades náuticas na subzona Mar de Dentro
Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade de Carga
Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo 7 do Volume 2.
Quadro 7 - Resultado da capacidade de carga para os locais de embarque e desembarque na subzona Mar de Dentro
A área A.S. 1.2.4 Tejucussu Proteção do Banco de Areia é caracterizada no ZATAN como
uma área que contribui para a manutenção dos terraços marinhos e falésias, paisagem
costeira única no estado de Pernambuco. Por isso, proíbem-se a retirada e a mobiliza-
ção de sedimento, a abertura de canal, além da comercialização de comida e bebida e da
realização de festa náutica no local.
Para efeito do cálculo da capacidade de carga na A.S. 1.2.4 Tejucussu Proteção do Banco
de Areia, consideraram-se as áreas efetivamente utilizadas como apoio aos banhistas que
ficam completamente expostas na maré baixa.
O resultado foi a delimitação de 3 (três) áreas de bancos de areia (Figura_41) e 2 (duas) áreas
de fundeio de embarcações (Figura_42).
A capacidade de carga para as áreas dos bancos de areia e dos locais de estacionamento de
embarcações para Tejucussu Proteção do Banco de Areia é apresentada no Quadro_8.
A área de uso recreativo da subzona Mar de Dentro corresponde à A.S. 1.2.1. Gamela/ A Ver o
Mar - Banhista, caracterizada no ZATAN como destinada a banhistas, podendo ser compar-
tilhada com atividades da pesca artesanal as quais não conflitem por espaço nem ofereçam
risco de acidente (Figura_43).
Quadro 9 - Resultado da capacidade de carga para as áreas de uso recreativo na subzona Mar de Dentro
A zona estuarina Santuário do Mero abrange a área estuarina do rio Formoso, inserida nos
municípios de Rio Formoso, Sirinhaém e Tamandaré, conforme delimitação no mapa do Zo-
neamento Ambiental e Territorial das Atividades Náuticas. Localiza-se na zona de atuação da
Área de Proteção Ambiental de Guadalupe - APAG.
• circulação de embarcações;
• fundeio de embarcações de
turismo de base comunitária
e pesca artesanal;
• pesca artesanal.
A área A.S. 2.1.4 Toca de Baixo - Zona de Preservação da Vida Estuarina (ZPVE) do Santuá-
rio do Mero é destinada pelo ZATAN à conservação estuarina in situ, à produção e exporta-
ção de biomassa para a pesca local e ao desenvolvimento de pesquisa e educação ambien-
tal. Nesta área é proibida atividade náutica (turismo, lazer, transporte e pesca). Dada, pois,
a inviabilidade da atividade náutica nesta área, não foi realizado cálculo de capacidade de
carga para a mesma.
Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade de Carga
Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo 10 do Volume 2.
Santuário Fundeio de
7 embarcações
A.S. 2.1.3 Porto da Folha -apoio à pesca artesanal do Mero (rio embarcações TBC
em simultâneo
Ariquindá) e pesca artesanal
• uma área de circulação de embarcações, que corresponde à área do próprio rio Formoso;
• a A.S. 2.2.1 Pedra da Margaída /Pipiri - Zona de Preservação da Vida Estuarina (ZPVE)
do Santuário do Mero;
• a A.S. 2.2.2 Nova Holanda- Zona de Preservação da Vida Estuarina (ZPVE) do Santuário do Mero.
A A.S. 2.2.1 e a A.S. 2.2.2 são destinadas pelo ZATAN à conservação estuarina in situ, à pro-
dução e exportação de biomassa para a pesca local e ao desenvolvimento de pesquisa e
educação ambiental. Nestas áreas é proibida atividade náutica (turismo, lazer, transporte e
pesca). Dada, pois, a inviabilidade da atividade náutica nestas áreas, não foi realizado cálculo
de sua capacidade de carga.
A área de circulação de embarcações da subzona Rio Formoso compreende a área do rio For-
moso propriamente dito (Figura_46). Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade
de Carga Física (CCF), Capacidade de Carga Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE)
podem ser consultados no Anexo 12 do Volume 2.
A subzona Carneiros/ Guadalupe – Foz do Rio Formoso está situada na interseção dos mu-
nicípios de Rio Formoso, Sirinhaém e Tamandaré e é compreendida pela Área de Proteção
Ambiental de Guadalupe. Contempla o canal do rio Formoso desde o encontro dos 3 (três)
rios (rio Formoso, Ariquindá e Mariassu) até a foz no Oceano Atlântico.
Estão compreendidas na subzona Carneiros/ Guadalupe – Foz do Rio Formoso áreas seleti-
vas destinadas a:
• brinquedos náuticos;
• circulação de embarcações;
• embarque e desembarque;
• fundeio de embarcações;
• uso recreativo.
Santuário do Mero
A.S. 2.4.1 Prainha – 14 equipamentos
(Carneiros/ Guadalupe - Brinquedos náuticos
Brinquedos náuticos em simultâneo
Foz do Rio Formoso)
Santuário do Mero
A.S. 2.4.9 Restaurante 229 equipamentos
(Carneiros/ Guadalupe – Brinquedos náuticos
1 – Brinquedos náuticos em simultâneo
Foz do rio Formoso)
Santuário do Mero
A.S. 2.4.11 Pontal de Carneiros 121 equipamentos
(Carneiros/ Guadalupe – Brinquedos náuticos
– Brinquedos náuticos em simultâneo
Foz do rio Formoso)
Figura 53 - A.S. 2.4.3 Prainha – Embarque / Figura 54 - A.S. 2.4.5 Igrejinha – Embarque/
desembarque de embarcação de turismo desembarque de embarcação de turismo
Figura 55 - A.S. 2.4.8 Restaurante 1 – Embarque Figura 56 - A.S. 2.4.10 Pontal dos Carneiros –
/ desembarque de embarcação de turismo Embarque / desembarque de embarcação de turismo
Figura 59 - A.S. 2.4.19 Argila – Embarque / Figura 60 - A.S. 2.4.21 Píer Mariassu
desembarque de embarcação do tipo catamarã – Embarque/desembarque
Santuário do Mero
A.S. 2.4.3 Prainha – Embarque / 2 embarcações Embarque e
(Carneiros/ Guadalupe –
desembarque de embarcação de turismo em simultâneo desembarque
Foz do Rio Formoso)
Santuário do Mero
A.S. 2.4.5 Igrejinha – Embarque/ 7 embarcações Embarque e
(Carneiros/ Guadalupe -
desembarque de embarcação de turismo em simultâneo desembarque
Foz do Rio Formoso)
Santuário do Mero
A.S. 2.4.8 Restaurante 1 – Embarque / 2 embarcações Embarque e
(Carneiros/ Guadalupe -
desembarque de embarcação de turismo em simultâneo desembarque
Foz do Rio Formoso)
Santuário do Mero
A.S. 2.4.10 Pontal dos Carneiros – Embarque 7 embarcações Embarque e
(Carneiros/ Guadalupe -
/ desembarque de embarcação de turismo em simultâneo desembarque
Foz do Rio Formoso)
Santuário do Mero
A.S. 2.4.13 Argila – Embarque / desembarque Embarque e
1 embarcação (Carneiros/ Guadalupe -
de embarcação de turismo do tipo catamarã desembarque
Foz do Rio Formoso)
Santuário do Mero
A.S. 2.4.15 Argila – Embarque / desembarque 2 Embarcações Embarque e
(Carneiros/ Guadalupe -
de embarcação de turismo miúda em simultâneo desembarque
Foz do Rio Formoso)
Santuário do Mero
A.S. 2.4.17 Argila – Embarque / desembarque 2 embarcações Embarque e
(Carneiros/ Guadalupe -
de embarcação de turismo miúda em simultâneo desembarque
Foz do Rio Formoso)
Santuário do Mero
A.S. 2.4.19 Argila – Embarque / desembarque Embarque e
1 embarcação (Carneiros/Guadalupe -
de embarcação do tipo catamarã desembarque
Foz do Rio Formoso)
Santuário do Mero
A.S. 2.4.20 Guadalupe - Embarque e
1 embarcação (Carneiros/ Guadalupe -
Embarque/ desembarque desembarque
Foz do Rio Formoso)
Santuário do Mero
A.S. 2.4.21 Píer Mariassu – 5 embarcações Embarque e
(Carneiros/ Guadalupe -
Embarque/ desembarque em simultâneo desembarque
Foz do Rio Formoso)
As áreas de uso recreativo da subzona Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso (Figu-
ra_67, Figura_68 e Figura_69) compreende 7 áreas (Figura_71 e Figura_71) e são caracteriza-
das no ZATAN como destinadas a banhistas, podendo ser compartilhadas com atividades da
pesca artesanal as quais não conflitem por espaço nem ofereçam risco de acidente.
Santuário do Mero
A.S. 2.4.2 Prainha – Banhistas 54 usuários em simultâneo (Carneiros/ Guadalupe – Uso recreativo
Foz do Rio Formoso)
Santuário do Mero
A.S. 2.4.4 Igrejinha
770 usuários em simultâneo (Carneiros/ Guadalupe - Uso recreativo
– Banhistas 1
Foz do Rio Formoso)
Santuário do Mero
A.S. 2.4.6 Igrejinha
1273 usuários em simultâneo (Carneiros/ Guadalupe - Uso recreativo
– Banhistas 2
Foz do Rio Formoso)
Santuário do Mero
A.S. 2.4.7 Restaurante
800 usuários em simultâneo (Carneiros/ Guadalupe - Uso recreativo
1 – Banhistas
Foz do Rio Formoso)
Santuário do Mero
A.S. 2.4.12 Pontal dos
622 usuários em simultâneo (Carneiros/ Guadalupe - Uso recreativo
Carneiros – Banhistas
Foz do Rio Formoso)
Santuário do Mero
A.S. 2.4.14 Argila – Banhista 1 10 usuários em simultâneo (Carneiros/ Guadalupe - Uso recreativo
Foz do Rio Formoso)
Santuário do Mero
A.S. 2.4.18 Argila – Banhista 2 9 usuários em simultâneo (Carneiros/ Guadalupe - Uso recreativo
Foz do Rio Formoso)
A zona Ambiente Praial engloba a costa litorânea dos municípios de Sirinhaém, de Taman-
daré e faixas de praia no canal do rio Formoso, do município de Rio Formoso, conforme
delimitação no mapa do Zoneamento Ambiental e Territorial das Atividades Náuticas. Inse-
re-se na zona de atuação da Área de Proteção Ambiental de Guadalupe, da Área de Prote-
ção Ambiental Costa dos Corais e do Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré. Na
porção continental, a zona Ambiente Praial abrange uma faixa de 50 m a partir da linha de
preamar máxima, exceto nas falésias dos terraços marinhos da praia de Guadalupe, onde a
faixa corresponde a 270 m a partir da borda dos terraços, como caracterizado no Plano de
Manejo da APA de Guadalupe.
• estacionamento
de barcos de pesca;
• praia.
Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade de Carga
Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo 19 do Volume 2.
Figura 72 - Localização da área de estacionamento de barcos de pesca na subzona Praia da Gamela/ Aver o Mar
A área de praia da subzona Praia da Gamela/ Aver o Mar corresponde à praia da Gamela/
Aver o Mar propriamente dita, conforme delimitada no ZATAN (Figura_73).
A capacidade de carga para a praia da subzona Gamela/ Aver o Mar é apresentada no Quadro_20.
• praia;
A área A.S. 3.2.1 Guadalupe - Proteção dos Terraços Marinhos e Falésias é destinada pelo
ZATAN à proteção dos terraços marinhos e falésias, onde proíbe-se construções de apoio à
atividade náutica, definitivas ou temporárias, em faixa de 270 m contados a partir da borda
do terraço em direção ao continente, conforme o plano de manejo da APAG. São proibidas
também a construção e a operação de barracas com fim gastronômico. Dada, pois, a invia-
bilidade da atividade náutica nesta área, não foi realizado cálculo de capacidade de carga
para a mesma.
Quadro 21 - Resultado da capacidade de carga para a área de praia na subzona Praia de Guadalupe
Esta subzona é composta apenas pela área da praia da Argila propriamente dita, conforme
delimitada no ZATAN (Figura_75).
3.3 Subzona Praia da Argila 606 usuários em simultâneo Ambiente Praial (praia da Argila) Praia
A capacidade de carga para a praia da subzona Praia dos Carneiros é apresentada no Quadro_23.
Quadro 23: Resultado da capacidade de carga para a área de praia na subzona Praia dos Carneiros
A área de praia da subzona Praia da Pedra e Praia do Reduto corresponde à faixa de praia
propriamente dita conforme delimitada no ZATAN (Figura_77).
A capacidade de carga para a praia da subzona Praia da Pedra e Praia do Reduto é apresen-
tada no Quadro_24.
Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade de Carga
Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo 25 do Volume 2.
Quadro 26 - Resultado da capacidade de carga para a área de praia na subzona Praia de Tamandaré
A praia da ilha de Santo Aleixo (Figura_80) não é abrangida pelo ZATAN. Sendo assim, a área
foi definida (Figura_84) e calculada a partir da análise de imagens de satélite.
A piscina da ilha de Santo Aleixo (Figura_81) não se encontra definida no ZATAN. Sendo as-
sim, esta área foi definida (Figura_85) e calculada a partir da análise de imagens de satélite.
Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade de Carga
Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo 28 do Volume 2.
O local de embarque e desembarque da ilha de Santo Aleixo foi obtido a partir de observação
in loco e compreende um trecho em que ocorrem o embarque e desembarque dos usuários
que visitam a ilha (Figura_87).
As capacidades de carga para as quatro áreas da ilha de Santo Aleixo podem ser conferidas
no Quadro_27.
Nas subzonas Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso, rio Ariquindá, praia da Gamela/
Aver o Mar, praia da Argila e praia dos Carneiros são oferecidos passeios náuticos aos visi-
tantes da APA de Guadalupe por associações de barqueiros e lancheiros de base comunitária
residentes em Rio Formoso, Tamandaré e Sirinhaém e por restaurantes e empresas de pas-
seio náutico. Os passeios seguem o mesmo padrão. Embora saindo de áreas diferentes do
rio Ariquindá e da praia de Carneiros, os barcos realizam o mesmo percurso com paradas de,
em média, 40 minutos em cada ponto a visitar: praia da Argila em Sirinhaém, banco de areia
Tejucussu na foz do rio Formoso, capela São Benedito na praia dos Carneiros no município
de Tamandaré, e piscina Batença na foz do rio Formoso. Apenas o passeio oferecido por em-
presa de passeio náutico que sai da praia de Gamela faz percurso diferente, embora também
faça parada de 40 minutos em média em cada ponto visitado. Este passeio para na piscina
Poço Azul na praia de Gamela/ Aver o Mar (Sirinhaém) ou na piscina Batença, na praia da
Argila, no banco de areia Tejucussu, na capela São Benedito e no encontro do rio Ariquindá
com o rio Formoso. Com exceção do período das marés de sizígia, as quais se caracterizam
por preamares muito grandes e baixa-mares muito baixas, que ocorrem três dias antes e
um dia depois das luas cheia e nova e representam os melhores períodos para a visitação às
piscinas e ao banco de areia, a visitação a esses lugares acontece em qualquer período de
maré durante o ano todo.
• Roteiro 1 – Embarque – Praia de Gamela / Aver o Mar (Sirinhaém): desse ponto de embarque, saem dois
catamarãs e uma lancha por dia a depender da procura, com mais fluxo nos finais de semana, principalmente
no período de dezembro a fevereiro. O percurso realizado é de aproximadamente 14,62 km, com duração de
4 horas e meia, parando nos pontos de visitação e permanecendo em média 40 minutos em cada um. Os
catamarãs saem do ponto de embarque, margeando a praia de Gamela, e chegam até a piscina Poço Azul
(Gamela/ Aver o Mar), que fica nessa praia. De lá seguem para a praia dos Carneiros, fazendo uma parada
na capela de São Benedito e depois continuam seu percurso até a foz do rio Ariquindá, parando para as
pessoas observarem a praia do Reduto em Rio Formoso. Desse ponto, seguem para a praia da Argila, onde
há uma parada, e continuam até o banco de areia Tejucussu, onde há outra parada. Quando a maré não
possibilita que as embarcações permaneçam na piscina da praia da Gamela, os catamarãs param em frente
ao bar Bora Bora para as pessoas irem até a piscina Batença. Após a última parada, retornam para o ponto
de embarque (Figura_88).
• Roteiro 2 – Embarque – Bar Bora Bora na praia dos Carneiros (Tamandaré): desse ponto de embarque, saem
lanchas e de dois a três catamarãs por dia, nos finais de semana, no período de alta estação ou em mais dias
da semana, a depender da procura. O percurso realizado é de 4,87 km, com duração de aproximadamente 3
• Roteiro 3 – Embarque - Restaurante Mustako na praia dos Carneiros (Tamandaré): desse ponto de
embarque, saem lanchas nos finais de semana, no período de alta estação e durante outros dias da semana,
a depender da procura. O percurso realizado é de 5,69 km e tem duração de aproximadamente 3 horas. As
embarcações permanecem em média 40 minutos em cada ponto de parada. As lanchas saem do ponto
de embarque, margeando a praia na direção do mar, fazendo uma parada na piscina Batença. Em seguida,
dirigem-se para o banco de areia Tejucussu e depois seguem para a capela de São Benedito. Na sequência,
dirigem-se para a praia da Argila e de lá retornam para o ponto de embarque (Figura_90).
• Roteiro 4 – Embarque – Igreja São Benedito na praia dos Carneiros (Tamandaré): desse ponto de embarque,
saem lanchas todos os dias no período de alta estação ou em qualquer período e dias da semana, a
depender da procura. O percurso realizado é de 5,32 km, com duração de aproximadamente 3 horas e pode
ser alterado em função da maré. As embarcações saem do ponto de embarque, margeando a praia dos
Carneiros em direção ao mar, fazendo uma parada na piscina Batença. Depois seguem para o banco de areia
Tejucussu e para a praia da Argila. Permanecem em média 40 minutos em cada um dos pontos de parada.
Após a última parada, retornam para o ponto de embarque (Figura_91).
• Roteiro 5 – Embarque Bar/ Restaurante Sítio da Prainha na praia dos Carneiros (Tamandaré): todos os dias,
saem lanchas e catamarã do Sítio da Prainha, no período de alta estação ou em qualquer período e dias da
semana, a depender da procura. O percurso realizado é de 5,62 km, com duração de aproximadamente 3
horas e pode ser alterado em função da maré. As embarcações saem do ponto de embarque, margeando
a praia dos Carneiros em direção ao mar, fazendo uma parada na capela de São Benedito e depois seguem
para piscina Batença. Então, param no banco de areia Tejucussu e em seguida na praia da Argila. Desse
ponto, retornam para o ponto de origem. Permanecem em média 40 minutos em cada um dos pontos de
parada (Figura_92)
• Roteiro 6 – Embarque localidade de Mangueira – rio Ariquindá (Tamandaré): desse ponto de embarque,
saem apenas pequenos barcos de madeira todos os finais de semana, no período de alta estação, ou
durante a semana, em qualquer período do ano, a depender da procura. O percurso realizado é de 8,97 km,
com duração de aproximadamente 3 horas e pode ter a sequência alterada em função da variação da maré.
As embarcações saem do ponto de embarque e vão para a praia da Argila. De lá, seguem para o banco de
areia Tejucussu e depois para a piscina Batença. Da piscina vão para a capela de São Benedito, onde fazem a
última parada e retornam para o ponto de embarque. Permanecem em média 40 minutos em cada um dos
pontos de parada (Figura_93).
• Roteiro 7 – Embarque Assentamento Amaragi - rio Ariquindá (Tamandaré): desse ponto de embarque, saem
de dois a três catamarãs e lanchas por dia, nos finais de semana, no período de alta estação, a depender da
procura. O percurso realizado é de aproximadamente 9,67 km, com duração de aproximadamente 3 horas,
permanecendo em média 40 minutos em cada ponto de parada. As embarcações navegam pelo canal do
rio Ariquindá até atingirem o rio Formoso, fazendo uma parada na praia da Argila. Daí seguem para o banco
de areia Tejucussu. Do banco de areia, vão até a piscina Batença, de onde continuam seu percurso até a
capela de São Benedito. Após parada na capela, retornam para o ponto de embarque (Figura_94).
• Roteiro 8 – Embarque porto Lamarão da Peça - rio Ariquindá (Tamandaré): desse porto Lamarão, como
é mais conhecido pelos pescadores saem dois catamarãs e duas lanchas por dia, nos finais de semana e
feriados, no período de alta estação, a depender da procura. De todos os passeios, esse, que parte desse
local, é o mais longo, pela distância entre os pontos de parada. O percurso realizado é de 17,4 km, com
duração de aproximadamente 3 horas e meia. O porto está localizado entre as marinas do Rio e marina
dos Carneiros, no final da rua 2 de Novembro, em Tamandaré. Os catamarãs saem do ponto de embarque
pelo rio Ariquindá, chegando ao rio Formoso e indo para a praia da Argila, onde fazem a primeira parada.
Na sequência, seguem para o banco de areia Tejucussu. Do banco de areia, vão até a piscina Batença e daí
continuam até a capela São Benedito para a última parada. Após a última parada, retornam para o ponto de
embarque (Figura_95).
Roteiro 1 – Embarque –
Praia de Gamela / Aver 24 embarcações por dia Passeio de barco (Catamarã) Turismo náutico
o Mar (Sirinhaém)
Roteiro 3 – Embarque -
Restaurante Mustako na praia 14 embarcações por dia Passeio de barco (Lancha) Turismo náutico
dos Carneiros (Tamandaré)
Roteiro 5 – Embarque
Bar/ Restaurante Sítio Passeio de barco
14 embarcações por dia Turismo náutico
da Prainha na praia dos (Lancha e catamarã)
Carneiros (Tamandaré)
Roteiro 6 – Embarque
localidade de Mangueira – rio 76 embarcações por dia Passeio de barco (Barcos) Turismo náutico
Ariquindá (Tamandaré)
Roteiro 7 – Embarque
Passeio de barco
assentamento Amaragi - rio 24 embarcações por dia Turismo náutico
(Lancha e catamarã)
Ariquindá (Tamandaré)
Roteiro 8 – Embarque
Passeio de barco
porto Lamarão da Peça - rio 37 embarcações por dia Turismo náutico
(Lancha e catamarã)
Ariquindá (Tamandaré)
Os resultados apresentados neste estudo devem ser vistos com cautela, no sentido de que
não é o mero atendimento ao limite máximo recomendado que irá assegurar a conservação
dos recursos naturais. Isto porque o comportamento dos usuários é tão importante quanto
a quantidade deles. Neste sentido, pode ocorrer de uma quantidade menor de pessoas com
comportamento inadequado causar um impacto mais significativo do que uma quantidade
maior de pessoas com comportamento responsável e respeitoso. Isto chama a atenção para
a necessidade incontornável de se aliar as estratégias de definição de um limite máximo de
usuários a ações de educação ambiental.
Diante da situação de pandemia causada pelo coronavírus COVID-19, convém levar em con-
sideração as medidas propostas pela Instância de Governança da Região Turística Histórica,
dos Arrecifes e Manguezais (IGRAM) que possui atuação no litoral sul de Pernambuco de
modo que a retomada das atividades náuticas possa ser feita com a devida cautela. No que
se refere especificamente à capacidade de carga das embarcações, cabe citar as recomenda-
ções do Protocolo para prevenção e controle da COVID-19 (Portal Sul Consórcio, 2020) para:
CONSIDERAÇÕES FINAIS 86
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