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CAPACIDADE

DE CARGA
VOLUME 1
Estudo de capacidade de
carga das embarcações e
de usuários no estuário do
rio Formoso, nas praias de
Tamandaré e Sirinhaém
e na ilha de Santo Aleixo
(Pernambuco)

JUNHO/2022
EXPEDIENTE
Secretaria de Meio Ambiente Auxiliar de Pesquisa de Campo
e Sustentabilidade de Alberto da Silva Santos
Pernambuco (SEMAS/PE)
Inamara Mélo • Secretária Colaboradores
Edilson Silva • Secretário Executivo Eduardo Almeida • Analista Ambiental
Samanta Della Bella • Superintendente APA Costa dos Corais/ICMBio
Andrea Olinto • Gerente Política Costeira Lilian Miranda • Analista Ambiental
Luiz Costa Filho • Analista Ambiental APA Costa dos Corais/ICMBio
Sidney Vieira • Analista Ambiental
Revisão de texto
Agência Estadual de Adriane de Oliveira
Meio Ambiente (CPRH/PE)
Djalma Paes • Diretor Presidente Revisão técnica de texto
Janaína Teixeira • Diretora Fabiana Cava
Gleydson Castelo Branco • Chefe UGUC
Joany Deodato • Gestora da APA Design gráfico
de Guadalupe/CPRH Marcelo Barros
Carlos Costa • Gestor substituto
Foto da capa
Projeto TerraMar (GIZ) Studio Lumix/GIZ.
Dörte Segebart • Diretora
Fabiana Cava • Assessora Técnica
Mariana Bitencourt • Assessora de Comunicação
Louise Campos • Estagiária de Comunicação

Equipe Técnica de Consultoria


Itamar Cordeiro • Turismólogo
AGRADECIMENTOS
Josicleda Galvíncio • Matemática
Múcio Banja. • Biólogo
Vanice Selva • Geógrafa (Coordenadora) Equipe técnica de consultoria Zatan
Empresa Monteiros Serviços Ltda.
Técnicas de Pesquisa Auxiliares Empresa Santo Aleixo Tour
Adrielly Souza Silva Empresa Preserve a Natureza Tour
Gabrielly Gregório da Luz Empresa Táxi Boat Nordeste
Regina Gabriela Gomes Fialho Manguezal Ecoturismo

Realização
SUMÁRIO

PÁGINAS
1 INTRODUÇÃO 9
2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 11
3 ASPECTOS METODOLÓGICOS 13
3.1 MÉTODO EMPREGADO NA ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA 13
3.2 MÉTODOS EMPREGADOS PARA OBTENÇÃO DOS DADOS 16
4 DEFINIÇÃO DA CAPACIDADE DE MANEJO 17
5 CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 18
5.1 SUBZONA DO COMPLEXO RECIFAL 18
5.1.1 Estimativa da capacidade de carga para as áreas de circulação de embarcações 19
5.1.2 Estimativa da capacidade de carga para as áreas de piscinas naturais 20
5.1.3 Estimativa da Capacidade de Carga para as áreas de embarque e desembarque 31
5.1.4 Estimativa da capacidade de carga para as áreas de uso recreativo 34
5.2 SUBZONA MAR DE DENTRO 36
5.2.1 Estimativa da capacidade de carga para as áreas de circulação de embarcações 36
5.2.2 Estimativa da capacidade de carga para as áreas de atividades náuticas 37
5.2.3 Estimativa da capacidade de carga para as áreas de embarque e desembarque 39
5.2.4 Estimativa da capacidade de carga para
as áreas de Tejucussu Proteção do Banco de Areia 40
5.2.5 Estimativa da capacidade de carga para as áreas de uso recreativo 42
6 CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA ESTUARINA SANTUÁRIO DO MERO 44
6.1 SUBZONA RIO ARIQUINDÁ 44
6.1.1 Estimativa da capacidade de carga para a área de circulação de embarcações 45
6.1.2 Estimativa da capacidade de carga para as áreas de embarque
e desembarque e de fundeio de embarcações TBC e pesca artesanal 46
6.2 SUBZONA RIO FORMOSO 47
6.2.1 Estimativa da capacidade de carga para a área de circulação de embarcações 48
6.3 SUBZONA RIO DOS PASSOS 49
6.3.1 Estimativa da capacidade de carga para a área de circulação de embarcações 49
6.4 SUBZONA CARNEIROS/ GUADALUPE – FOZ DO RIO FORMOSO 50
6.4.1 Estimativa da capacidade de carga para a área de brinquedos náuticos 51
6.4.2 Estimativa da capacidade de carga para a área de circulação de embarcações 53
6.4.3 Estimativa da capacidade de carga para as áreas de embarque e desembarque 54
6.4.4 Estimativa da capacidade de carga para as áreas de fundeio de embarcações 59
6.4.5 Estimativa da capacidade de carga para as áreas de uso recreativo 60
7 CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA AMBIENTE PRAIAL 63
7.1 SUBZONA PRAIA DA GAMELA/ AVER O MAR 63
7.1.1 Estimativa da capacidade de carga para a
área de estacionamento dos barcos de pesca 64
7.1.2 Estimativa da capacidade de carga para a área de praia 65
7.2 SUBZONA PRAIA DE GUADALUPE 66
7.2.1 Estimativa da capacidade de carga para a área de praia 66
7.3 SUBZONA PRAIA DA ARGILA 67
7.3.1 Estimativa da capacidade de carga para a área de praia 67
7.4 SUBZONA PRAIA DOS CARNEIROS 68
7.4.1 Estimativa da capacidade de carga para a área de praia 68
7.5 SUBZONA PRAIA DA PEDRA E PRAIA DO REDUTO 69
7.5.1 Estimativa da capacidade de carga para a área de praia 70
PÁGINAS
7.6 SUBZONA PRAIA DE TAMANDARÉ 71
7.6.1 Estimativa da capacidade de carga
para a área de estacionamento dos barcos de pesca 71
7.6.2 Estimativa da capacidade de carga para a área de praia 72
8 CAPACIDADE DE CARGA DA ILHA DE SANTO ALEIXO 74
8.1.1 Estimativa da capacidade de carga para a área de praia na ilha de Santo Aleixo 74
8.1.2 Estimativa da capacidade de carga
para a piscina natural da ilha de Santo Aleixo 75
8.1.3 Estimativa da capacidade de carga para a área
de fundeio de embarcações na ilha de Santo Aleixo 75
8.1.4 Estimativa da capacidade de carga para as áreas de embarque e desembarque 76
9 CAPACIDADE DE CARGA DOS PASSEIOS DE BARCO 79
9.1 Estimativa da capacidade de carga para os passeios de barco 79
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS 86
11 REFERÊNCIAS 87

LISTA DE FIGURAS

PÁGINAS
Figura 1 Abrangência do estudo de capacidade de carga 10
Figura 2 Zonas definidas pelo ZATAN 12
Figura 3 Recifes na praia dos Carneiros (piscina Batença) 18
Figura 4 Áreas de circulação de embarcações na subzona do Complexo Recifal 19
Figura 5 Localização das piscinas para banho na subzona do Complexo Recifal (1 de 3) 22
Figura 6 Localização das piscinas para banho na subzona do Complexo Recifal (2 de 3) 22
Figura 7 Localização das piscinas para banho na subzona do Complexo Recifal (3 de 3) 23
Figura 8 Localização das piscinas para mergulho na subzona do Complexo Recifal (1 de 3) 23
Figura 9 Localização das piscinas para mergulho na subzona do Complexo Recifal (2 de 3) 24
Figura 10 Localização das piscinas para mergulho na subzona do Complexo Recifal (3 de 3) 24
Figura 11 Piscina de Gamela/Aver o mar - Banhista 25
Figura 12 Formação comum nas margens da piscina em Aver o Mar - colônias de zoantídeos 25
Figura 13 Populações de Abudefduf saxatilis nas bordas da piscina em Aver o Mar 25
Figura 14 Trânsito de embarcações com banhistas na piscina da Val 4 26
Figura 15 Vista geral da piscina da Val - fundo cascalhoso e formações recifais 26
Figura 16 Prados de macroalgas do gênero Halimeda no platô do recife da piscina da Val 3 26
Figura 17 Atividades de banhistas na piscina da Val 2/ Prainha 27
Figura 19 Visitantes em embarcações particulares na piscina da Val 1 27
Figura 18 Macroalgas pardas, gênero Sargassum, no entorno das piscinas Val 2/ Prainha 27
Figura 20 Prados de macroalgas verdes, do gênero Caulerpa, nas margens da piscina da Val 1 27
Figura 21 Presença de prados de Halodule na porção central da piscina de Pirambu do Norte 28
Figura 22 Fragmentos de material bioclástico de fundo na piscina de Pirambu do Norte 28
Figura 23 Millepora alcicornis e Stegastes fuscus na piscina de Pirambu do Norte 28
Figura 24 Sedimentos de fundo da piscina de Pirambu do Sul,
com fragmentos de corais e algas calcárias 29
Figura 25 Sedimento arenoso da base recifal na piscina de Pirambu do Sul 29
Figura 26 Corais encontrados na piscina de Pirambu do Sul 29
Figura 27 Formações de Millepora alcicornis no fundo da piscina do Forte 1 30
Figura 28 Formações do hidrocoral Millepora alcicornis no fundo da piscina do Forte 2 30
Figura 29 Localização das áreas de embarque e
desembarque na subzona do Complexo Recifal (1 de 4) 32
PÁGINAS
Figura 30 Localização das áreas de embarque e
desembarque na subzona do Complexo Recifal (2 de 4) 32
Figura 31 Localização das áreas de embarque e
desembarque na subzona do Complexo Recifal (3 de 4) 33
Figura 32 Localização das áreas de embarque e
desembarque na subzona do Complexo Recifal (4 de 4) 33
Figura 33 Localização das áreas de uso recreativo na subzona do Complexo Recifal (1 de 2) 35
Figura 34 Localização das áreas de uso recreativo na subzona do Complexo Recifal (2 de 2) 35
Figura 35 Localização das áreas de circulação de embarcações na subzona Mar de Dentro 37
Figura 36 Localização das áreas de atividades náuticas na subzona Mar de Dentro (1 de 2) 38
Figura 37 Localização das áreas de atividades náuticas na subzona Mar de Dentro (2 de 2) 38
Figura 38 Localização das áreas de embarque e desembarque na subzona Mar de Dentro 39
Figura 39 Usuários e embarcações fundeadas nos
bancos de areia de Tejucussu na subzona Mar de Dentro (1 de 2) 40
Figura 40 Usuários e embarcações fundeadas nos
bancos de areia de Tejucussu na subzona Mar de Dentro (2 de 2) 40
Figura 41 Localização das áreas dos bancos de areia
de Tejucussu Proteção do Banco de Areia na subzona Mar de Dentro 41
Figura 42 Localização das áreas de fundeio de embarcações
de Tejucussu Proteção do Banco de Areia na subzona Mar de Dentro 42
Figura 43 Localização da área de uso recreativo da subzona Mar de Dentro 43
Figura 44 Áreas de circulação de embarcações na subzona Rio Ariquindá 45
Figura 45 Áreas de embarque e desembarque e de fundeio
de embarcações de turismo de base comunitária e pesca artesanal 47
Figura 46 Área de circulação de embarcações na subzona Rio Formoso 48
Figura 47 Área de circulação de embarcações na subzona Rio dos Passos 50
Figura 48 Atividades náuticas na A.S. 2.4.1. Prainha - Brinquedos náuticos 51
Figura 49 Usuários na A.S. 2.4.9 Restaurante 1 – Brinquedos náuticos 51
Figura 50 A.S. 2.4.11. Pontal dos Carneiros - Brinquedos náuticos 51
Figura 51 Localização das áreas de brinquedos náuticos na
subzona de Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso 52
Figura 52 Área de circulação de embarcações na
subzona de Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso 53
Figura 53 A.S. 2.4.3 Prainha – Embarque / desembarque de embarcação de turismo 54
Figura 55 A.S. 2.4.8 Restaurante 1 – Embarque / desembarque de embarcação de turismo 54
Figura 54 A.S. 2.4.5 Igrejinha – Embarque/desembarque de embarcação de turismo 54
Figura 56 A.S. 2.4.10 Pontal dos Carneiros – Embarque /
desembarque de embarcação de turismo 54
Figura 57 A.S. 2.4.13 Argila – Embarque / desembarque
de embarcação de turismo do tipo catamarã 55
Figura 59 A.S. 2.4.19 Argila – Embarque / desembarque de embarcação do tipo catamarã 55
Figura 58 A.S. 2.4.15 Argila – Embarque / desembarque de embarcação de turismo miúda 55
Figura 60 A.S. 2.4.21 Píer Mariassu – Embarque/desembarque 55
Figura 61 Localização das áreas de embarque e desembarque
na subzona de Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso (1 de 4) 57
Figura 62 Localização das áreas de embarque e desembarque
na subzona de Carneiros/ Guadalupe - foz do rio Formoso (2 de 4) 57
Figura 63 Localização das áreas de embarque e desembarque
na subzona de Carneiros/Guadalupe - Foz do Rio Formoso (3 de 4) 58
Figura 64 Localização das áreas de embarque e desembarque
na subzona de Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso (4 de 4) 58
PÁGINAS
Figura 65 A.S. 2.4.16 Argila – Fundeio de embarcações exclusiva para trabalhadores locais 59
Figura 66 Localização da área de fundeio de embarcações
na subzona de Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso 60
Figura 67 A.S. 2.4.2 Prainha – Banhistas 60
Figura 68 Usuários na A.S. 2.4.7 Restaurante 1 – Banhistas 60
Figura 69 A.S. 2.4.12 Pontal dos Carneiros – Banhistas 61
Figura 70 Localização das áreas de uso recreativo
na subzona de Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso (1 de 2) 62
Figura 71 Localização das áreas de uso recreativo
na subzona de Carneiros/Guadalupe - Foz do Rio Formoso (2 de 2) 62
Figura 72 Localização da área de estacionamento
de barcos de pesca na subzona Praia da Gamela/ Aver o Mar 64
Figura 73 Localização da praia na subzona Praia da Gamela/ Aver o Mar 65
Figura 74 Localização da praia na subzona Praia de Guadalupe 67
Figura 75 Localização da praia na subzona Praia da Argila 68
Figura 76 Localização da praia na subzona Praia dos Carneiros 69
Figura 77 Localização da praia na subzona Praia da Pedra e Praia do Reduto 70
Figura 78 Localização dos estacionamentos
de barcos de pesca na subzona Praia de Tamandaré 72
Figura 79 Localização da praia na subzona Praia de Tamandaré 73
Figura 80 Praia da ilha de Santo Aleixo 74
Figura 82 Área de fundeio de embarcações na ilha de Santo Aleixo 75
Figura 81 Piscina da ilha de Santo Aleixo 75
Figura 83 Área de fundeio de embarcações na ilha de Santo Aleixo 75
Figura 84 Localização da praia da ilha de Santo Aleixo 77
Figura 85 Localização da piscina natural da ilha de Santo Aleixo 77
Figura 86 Localização do local de fundeio de embarcações da ilha de Santo Aleixo 78
Figura 87 Localização da área de embarque e desembarque na ilha de Santo Aleixo 78
Figura 88 Trajeto do Roteiro 1 81
Figura 89 Trajeto do Roteiro 2 81
Figura 90 Trajeto do Roteiro 3 82
Figura 91 Trajeto do Roteiro 4 82
Figura 92 Trajeto do Roteiro 5 83
Figura 93 Trajeto do Roteiro 6 83
Figura 94 Trajeto do Roteiro 7 84
Figura 95 Trajeto do Roteiro 8 84

LISTA DE QUADROS
PÁGINAS

Quadro 1 Resultado da capacidade de carga para as áreas


de circulação de embarcações na subzona do Complexo Recifal 19
Quadro 2 Resultado da capacidade de carga para as piscinas naturais e locais de
fundeio de embarcações no entorno das piscinas da subzona do Complexo Recifal 20
Quadro 3 Resultado da capacidade de carga para os locais
de embarque e desembarque na subzona do Complexo Recifal 31
Quadro 4 Resultado da capacidade de carga para as áreas
de uso recreativo na subzona do Complexo Recifal 34
Quadro 5 Resultado da capacidade de carga para as áreas
de circulação de embarcações na subzona do Complexo Mar de Dentro 36
PÁGINAS
Quadro 6 Resultado da capacidade de carga para as
áreas de atividades náuticas na subzona Mar de Dentro 37
Quadro 7 Resultado da capacidade de carga para os locais
de embarque e desembarque na subzona Mar de Dentro 39
Quadro 8 Resultado da capacidade de carga para Tejucussu
Proteção do Banco de Areia na subzona Mar de Dentro 41
Quadro 9 Resultado da capacidade de carga para as
áreas de uso recreativo na subzona Mar de Dentro 42
Quadro 10 Resultado da capacidade de carga para as áreas
de circulação de embarcações na subzona Rio Ariquindá 45
Quadro 11 Resultado da capacidade de carga para as áreas de embarque e desembarque
e de fundeio de embarcações TBC e pesca artesanal na subzona Rio Ariquindá 46
Quadro 12 Resultado da capacidade de carga para as
áreas de circulação de embarcações na subzona Rio Formoso 48
Quadro 13 Resultado da capacidade de carga para as áreas
de circulação de embarcações na subzona Rio dos Passos 49
Quadro 14 Resultado da capacidade de carga para as áreas de brinquedos
náuticos na subzona Carneiros/Guadalupe - Foz do Rio Formoso 52
Quadro 15 Resultado da capacidade de carga para as áreas de circulação
de embarcações na subzona Carneiros/ Guadalupe-Foz do Rio Formoso 53
Quadro 16 Resultado da capacidade de carga para os locais de embarque e
desembarque na subzona Carneiros/ Guadalupe-Foz do Rio Formoso 56
Quadro 17 Resultado da capacidade de carga para as áreas de fundeio
de embarcações na subzona Carneiros/ Guadalupe – Foz do Rio Formoso 59
Quadro 18 Resultado da capacidade de carga para as áreas de uso
recreativo na subzona Carneiros/ Guadalupe – Foz do Rio Formoso 61
Quadro 19 Resultado da capacidade de carga para a área de
estacionamento de barcos de pesca na subzona Gamela/ Aver o Mar 64
Quadro 20 Resultado da capacidade de carga para a
área de praia na subzona Gamela/ Aver o Mar 65
Quadro 21 Resultado da capacidade de carga para a
área de praia na subzona Praia de Guadalupe 66
Quadro 22: Resultado da capacidade de carga para a área de praia na subzona Praia da Argila 68
Quadro 23: Resultado da capacidade de carga para a
área de praia na subzona Praia dos Carneiros 69
Quadro 24 Resultado da capacidade de carga para a
área de praia na subzona Praia da Pedra e Praia do Reduto 70
Quadro 25 Resultado da capacidade de carga para a área
de estacionamento de barcos de pesca na subzona Praia de Tamandaré 71
Quadro 26 Resultado da capacidade de carga para a
área de praia na subzona Praia de Tamandaré 72
Quadro 27 Resultado da capacidade de carga para a ilha de Santo Aleixo 76
Quadro 28 Resultado da capacidade de carga para os passeios de barco 85
1 INTRODUÇÃO

A zona costeira é um dos mais complexos e sensíveis ambientes, apresentando elevada den-
sidade demográfica e alto índice de crescimento das atividades econômicas, de recreação
e turismo e, consequentemente, os problemas delas decorrentes (SEMAS, 2010). Em Per-
nambuco, os 15 municípios costeiros e estuarinos estão compreendidos em uma faixa de187
km. Juntos, apresentam uma população estimada em cerca de 4 milhões de habitantes e
representam 39,55% da população urbana do estado (IBGE, 2021).

É nesse contexto, ao sul do estado, que está localizada a Área de Proteção Ambiental de Gua-
dalupe, criada pelo Decreto Estadual n° 19.635/1997, a qual compreende quatro municípios:
Barreiros, Tamandaré, Rio Formoso e Sirinhaém, sendo os três últimos o foco deste estudo.
Juntos, estes municípios concentram uma população de 66.447 de habitantes (IBGE, 2010).

O governo de Pernambuco vem adotando diversas medidas para garantir a coexistência das
atividades humanas e da conservação ambiental na área em questão. Uma das medidas é
o plano de manejo da APA de Guadalupe (CPRH, 2011), no qual constam as diretrizes para
o uso da unidade de conservação e em que estão estabelecidas as atividades permitidas,
toleradas e proibidas, de acordo com as áreas zoneadas.

O Plano de Manejo da APA de Guadalupe define que ações como mergulho, circulação de em-
barcações e criação de pontos de apoio para pesca artesanal e turismo poderão ocorrer median-
te zoneamento das atividades náuticas. Consta, ainda, do seu subprograma - Ordenamento do
Turismo no Rio Formoso e Área Marinha, a definição do ordenamento do fluxo de embarcações
e de turistas, bem como de áreas de embarque, ancoragem e circulação de embarcações.

Desta forma, visando cumprir o Plano de Manejo da APA de Guadalupe, foi também elabora-
do, em 2019, o Zoneamento Ambiental e Territorial das Atividades Náuticas (ZATAN) na região
do estuário do rio Formoso, que foi fundamental para entender os conflitos e processos exis-
tentes em parte do território desta APA, mais precisamente no estuário do rio Formoso, praia
de Guadalupe, praia da Gamela, praia dos Carneiros e praia de Tamandaré. Este zoneamento
foi construído por pescadores, empresários, pesquisadores, sociedade civil e instituições go-
vernamentais e é uma premissa para o desenvolvimento do estudo de capacidade de carga.

O Zoneamento Ambiental e Territorial das Atividades Náuticas é um instrumento da ges-


tão costeira que a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade – SEMAS - e a Agência
Estadual de Meio Ambiente – CPRH - vêm implementando, por meio da Política Estadual
de Gerenciamento Costeiro de Pernambuco – PEGC, instituída pela Lei n° 14.258/2010, em
consonância com a Lei Federal n° 7661/1988 e regulamentada pelo Decreto n° 5.300/2004,
que determina as responsabilidades dos agentes públicos e as diretrizes gerais para a ocu-
pação da zona costeira em Pernambuco. Representa uma medida importante do estado de
Pernambuco para o alcance de Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

INTRODUÇÃO 9
O Zoneamento Ambiental é um instrumento importante de implementação da Política Na-
cional de Meio Ambiente, especificado no art. 9° da Lei n° 9.638/1981, marco inicial norma-
tivo brasileiro em proteção ambiental. A Lei n° 6938/1981, conhecida como Política Nacional
do Meio Ambiente (PNMA), estabeleceu e enumerou princípios, diretrizes, instrumentos de
efetivação, além de definir conceitos básicos e específicos sobre a tutela do meio ambiente,
tendo sido recepcionada pela atual Carta Magna, ganhando o status de norma geral consti-
tucional (art. 24, inciso VI, § 1° da CF/1988).

Desta forma, a elaboração desse estudo de capacidade de carga de embarcações, assim


como de sua circulação, faz-se necessária a fim de contribuir para a definição de normas para
o ordenamento do turismo náutico na área definida pelo ZATAN e na ilha de Santo Aleixo.
O estudo é uma iniciativa da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do estado
de Pernambuco (SEMAS-PE) e da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), em parceria
com os municípios de Tamandaré, Rio Formoso e Sirinhaém, e conta com o apoio do pro-
jeto Proteção e Gestão Integrada da Biodiversidade Marinha e Costeira (Projeto TerraMar).
É viabilizado pela parceria entre o Ministério do Meio Ambiente, Conservação da Natureza,
Segurança Nuclear e Defesa do Consumidor (BMUV) da Alemanha, no contexto da Iniciativa
Internacional para o Clima (IKI, sigla em inglês), o Ministério do Meio Ambiente (MMA) do
Brasil e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), sendo imple-
mentado pela Deutsche Gesellschaftfür Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.

O objetivo do presente documento é apresentar o estudo de capacidade de carga e um


plano de operacionalização das atividades de turismo náutico e seus indicadores de susten-
tabilidade para a região do estuário do rio Formoso e para a orla marítima dos municípios de
Sirinhaém, Rio Formoso, Tamandaré e para a ilha de Santo Aleixo, no litoral sul de Pernambuco
(Figura_1). Esta área caracteriza-se por intensa atividade de turismo náutico.

Figura 1 - Abrangência do estudo de capacidade de carga

INTRODUÇÃO 10
2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

O espaço do estudo insere-se na Área de Proteção Ambiental de Guadalupe (APAG) e apre-


senta interseção com a Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais (APACC) na porção
da costa oceânica. O território foco do estudo constitui-se pelo ZATAN e pela ilha de Santo
Aleixo. De acordo com o Decreto n° 50.049, de 06 de janeiro de 2021, o ZATAN abrange
a região do estuário do rio Formoso, compreendendo uma porção marítima e outra ter-
restre, nos municípios de Sirinhaém, Rio Formoso e Tamandaré. O ZATAN compreende 3
zonas (marítima, estuarina e ambiente praial) e 12 subzonas, conforme a Figura_2, além das
áreas seletivas. Desta maneira, o estudo de capacidade de carga incluiu as três referidas
zonas e a ilha de Santo Aleixo (as áreas de praia, fundeio de embarcações e piscina natural),
integrantes deste documento.

Destaca-se que o estudo de capacidade de carga detalhou os parâmetros de utilização dos


passeios de barco na área estuarina e os pontos de fundeio de embarcações no entorno das
piscinas naturais.

Das áreas seletivas presentes no ZATAN, 5 delas não foram analisadas pelos seguintes motivos:

• a área do Projeto Praia sem Barreiras


(A.S. 1.1.10) é destinada ao projeto que
integra o programa Turismo Acessível,
da Empresa Pernambucana de Turismo
(EMPETUR) e tem por objetivo garantir
o acesso ao lazer de pessoas com
deficiência e/ou mobilidade reduzida.
Recomenda-se que a determinação
de um limite máximo para que esta
área seja definida esteja em estreita
associação com a entidade responsável
pela gestão do referido espaço;

• a s á re a s To c a d e B a i xo - Zo n a d e
Preservação da Vida Estuarina (ZPVE) do
Santuário do Mero (A.S. 2.1.4), Pedra do
Pipiri/ Margaída - Zona de Preservação
da Vida Estuarina (ZPVE) do Santuário do
Mero (A.S. 2.2.1), Nova Holanda - Zona de
Preservação da Vida Estuarina (ZPVE) do
Santuário do Mero (A.S. 2.2.2) e Guadalupe
- Proteção dos Terraços Marinhos e
Falésias (A.S. 3.2.1) não foram analisadas
por já serem proibidas as atividades de
turismo, lazer, transporte e pesca.

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 11


Figura 2 - Zonas definidas pelo ZATAN

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 12


3 ASPECTOS METODOLÓGICOS

A elaboração deste estudo baseou-se no Decreto n° 50.049, de 06 de janeiro de 2021, do


estado de Pernambuco, o qual aprova o Zoneamento Territorial das Atividades Náuticas do
estuário do rio Formoso (ZATAN), assim como outros documentos relacionados à APA de
Guadalupe (estadual), à APA Costa dos Corais (federal) e ao Parque Natural Municipal do For-
te de Tamandaré (municipal). Ademais, foram consideradas as legislações ambientais vigen-
tes nas três esferas de governo e as pesquisas relacionadas às áreas do complexo estuarino
do rio Formoso, das praias do município de Tamandaré e de parte das praias do município
de Sirinhaém, incluindo a ilha de Santo Aleixo. São áreas com uma biodiversidade singular,
abrangendo uma grande variedade de ecossistemas, como manguezais, recifes de arenitos
e de corais, coroas, ilhas e restingas, com usos recreativos que vão de baixa a elevada densi-
dade de visitação e de tráfego de embarcações.

3.1 MÉTODO EMPREGADO NA ESTIMATIVA


DA CAPACIDADE DE CARGA

O método para estimativa da capacidade de carga empregado neste estudo foi o da


Capacidade de Carga Turística, elaborado por Miguel Cifuentes e seus colaboradores
em 1992 (CIFUENTES et al., 1992) e desenvolvida para a Fundação Neotrópica, uma or-
ganização não governamental da Costa Rica. A metodologia foi concebida para estimar
um limite máximo de pessoas que poderiam utilizar determinado sítio terrestre durante
um período estabelecido, modelo que passou a ser largamente utilizado por agregar os
componentes biológico e social. Nesta metodologia são estabelecidos três níveis suces-
sivos de capacidade de carga: Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade de Carga
Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE).

A Capacidade de Carga Física (CCF) identifica quantos visitantes uma determinada área
pode receber por dia, considerando apenas as características biofísicas da área. Para tanto,
o cálculo considera o tamanho do local, o tempo que o local permanece aberto à visitação, o
tempo demandado para visitar o local e o espaço ocupado por cada visitante.

A CCF é calculada pela fórmula:

CCF = SxT/sxt

na qual:

• S = superfície total da área visitada;


• s = espaço ocupado por cada visitante;
• T = tempo total (em horas/dia) que
a área está disponível a visitação;
• t = tempo necessário para visitar a área;

ASPECTOS METEDODOLÓGICOS 13
Entendendo que a capacidade biofísica do espaço não é suficiente para atestar quantos
visitantes o território pode de fato suportar, a metodologia emprega variáveis relacionadas
às características físicas, sociais, biológicas, de visitação e de manejo do local que precisam
ser consideradas. Neste sentido, são aplicados Fatores de Correção (FC) ao quantitativo de
visitantes identificados no cálculo da Capacidade de Carga Física (CCF) de modo a se obter a
Capacidade de Carga Real (CCR).

Os Fatores de Correção (FC) são calculados pela fórmula:

FC = 1 – (Ml/Mt)

na qual:

• Ml = Magnitude limitante;
• Mt = Magnitude total.

São Fatores de Correção a serem considerados no cálculo da capacidade de carga turística: a


suscetibilidade do solo à erosão, a acessibilidade ao local a ser visitado, os períodos chuvosos,
os períodos de sol intenso, os períodos em que o atrativo fica fechado devido à sua manu-
tenção, os períodos de reprodução e acasalamento de espécies sensíveis, entre outros. Uma
vez calculados todos os Fatores de Correção, a CCR é expressa pela fórmula:

CCR= CCF x FC1 x FC2 x … x FCn

em que:

• CCF = Capacidade de Carga Física;


• FC1 = Fator de Correção da variável 1;
• FC2 = Fator de Correção da variável 2;
• FCn = Fator de Correção da variável “n”.

A última etapa do processo de cálculo a partir do Método de Cifuentes é a estimativa da Capa-


cidade de Carga Efetiva (CCE), a qual incorpora aos cálculos da capacidade de carga turística as
condições operacionais relacionadas com a gestão da área. Concretamente, a CCE é entendida
como o limite máximo de pessoas admissível numa área, considerando-se a capacidade do
órgão gestor para ordenar e manejar estas pessoas. A CCE é obtida relacionando-se a Capaci-
dade de Carga Real (CCR) à Capacidade de Manejo (CM) da área. Esta última, por sua vez, nada
mais é do que a soma das condições que a administração da área protegida necessita para
poder cumprir com suas funções e objetivos (CIFUENTES et al., 1992:11).

A Capacidade de Manejo (CM) de uma área reflete a soma das condições sobre a sua gestão.
É determinada a partir da comparação entre as condições ótimas necessárias à adequada
gestão da área (Capacidade Adequada) e as condições das quais ela efetivamente dispõe

ASPECTOS METEDODOLÓGICOS 14
(Capacidade Instalada). Conforme explica Mitraud (2003:333), a CM é encontrada por meio
da elaboração de duas listagens: uma em que constam todos os recursos humanos, os equi-
pamentos e a infraestrutura necessária ao adequado cumprimento dos objetivos da área em
questão (Capacidade Adequada) e, a seguir, uma listagem contendo os recursos efetivamen-
te disponíveis para tal (Capacidade Instalada). Pela comparação entre o ideal (Capacidade
Adequada) e o que de fato existe (Capacidade Instalada), é estabelecida uma Capacidade de
Manejo para cada item analisado. A Capacidade de Manejo da área em questão será a média
das várias capacidades de manejo.

A Capacidade de Carga Efetiva (CCE) é definida pela fórmula:

CCE = CCR x CM

em que:

• CCR = Capacidade de Carga Real;


• CM = Capacidade de Manejo, em %.

Em síntese, a metodologia da Capacidade de Carga de Cifuentes et al. (1992) pode ser de-
finida da seguinte forma: através de variáveis como avaliação da área disponível, de fatores
relacionados com a visita (tempo de visitação e tempo durante o qual o atrativo permanece
aberto a visitação) e do espaço ocupado por cada visitante, obtém-se a Capacidade de Carga
Física de uma determinada área à qual aplicados Fatores de Correção obtém-se a Capacida-
de de Carga Real a partir de que obtém-se a Capacidade de Carga Efetiva, ao também exa-
minar na equação a disponibilidade de recursos operacionais e infraestrutura (Capacidade de
Manejo). Note-se que cada um dos níveis representa uma capacidade corrigida em relação à
capacidade anterior (SILES, 2003).

A proposta de Cifuentes et al. (1992) teve grande aceitação e receptividade porque conside-
rava tanto a componente biológica quanto a social para definir o limite máximo de visitantes.
Desde que a proposta de Cifuentes et al. (1992) foi popularizada, várias investidas foram
levadas a cabo para mensurar a capacidade de carga de diversos locais de interesse turístico.
Ruschmann et al. (2008) aplicaram a metodologia à praia Brava (SC); Melo et al. (2006) fize-
ram o mesmo para a praia do Seixas (PB), assim como Cordeiro; Körössy; Selva (2012) para a
praia de Tamandaré (PE) e Cordeiro; Körössy; Selva (2013b) para a praia dos Carneiros (PE).

A proposta de Cifuentes et al. (1992), no entanto, não ficou restrita apenas ao ambiente
terrestre. Algumas tentativas foram realizadas para estimar a capacidade de carga recreativa
para embarcações como, por exemplo, a do ICMBio (2008), que adaptou a metodologia para
o caso das embarcações em Fernando de Noronha. Cordeiro, Körössy e Selva (2013a), por
exemplo, utilizaram essa metodologia para determinar a capacidade de carga das embarca-
ções na APA de Guadalupe.

Por capacidade de carga recreativa para embarcações entende-se, tal como PAE (2005), o nú-
mero máximo de barcos de passeio que operam em um corpo d’água sem prejudicar a seguran-
ça pública, a experiência visual, nem sua qualidade ambiental. Em determinadas circunstâncias,
trata-se de um elemento gerencial importante para garantir o uso sustentável do corpo d’água.

ASPECTOS METEDODOLÓGICOS 15
3.2 MÉTODOS EMPREGADOS PARA OBTENÇÃO DOS DADOS
Com o objetivo de levantar dados para elaboração de cálculos, a metodologia utilizada para
a coleta de dados e a geração de quantitativos de embarcações e de pessoas em circula-
ção na área estuarina, nas praias, nas piscinas naturais e na ilha de Santo Aleixo, envolveu:
observações diretas para a contagem de embarcações e de pessoas que procuram os passeios
náuticos nos pontos de embarque/ desembarque, realização de entrevistas e questionários
aplicados a representantes das associações que desenvolvem turismo náutico e a empresas
que oferecem passeios náuticos, visitas às piscinas naturais, à ilha de Santo Aleixo, a todas as
áreas seletivas definidas no ZATAN e a marinas existentes em Tamandaré. Os quantitativos
de embarcações foram complementados com base no cadastro de embarcações fornecido
pela APA de Guadalupe.

Imagens de drones obtidas na área estuarina do rio Formoso foram fundamentais para au-
xiliar na definição de quantitativos e de medidas de embarcações e das áreas de ancoragem.

Foram utilizadas diferentes bases para a representação das áreas estudadas e para os ro-
teiros dos passeios. A base das áreas utilizadas no ZATAN foi indicada a partir de imagens
do Google Earth; imagens do Landsat 5 e Landsat 8, imagens de drone (Mavic 2 Enterprise
Dual) e imagens de fotogrametria área do projeto Pernambuco 3D. Todas essas imagens
foram processadas nos seguintes softwares de geoprocessamento: Erdas Imagine versão
9.3, ArcGis 9.3, QT Model, Pix4D (licença free) e Agilsoft (licença free). Todas as licenças são as
obtidas pelo laboratório de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento do Departamento
de Ciências Geográficas da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE.

ASPECTOS METEDODOLÓGICOS 16
4 DEFINIÇÃO DA CAPACIDADE DE MANEJO

Uma primeira providência para estimativa da capacidade de carga das áreas seletivas que
compõem o ZATAN é identificar a Capacidade de Manejo (CM). A Capacidade de Manejo de
uma área reflete a soma das condições sobre a gestão da mesma. É determinada a partir
da comparação entre as condições ótimas necessárias à adequada gestão da área (Capaci-
dade Adequada) e as condições das quais ela efetivamente dispõe (Capacidade Instalada).
Os fatores a serem considerados para efeito de determinação da Capacidade de Manejo
variam de acordo com as particularidades de gestão de cada área. No caso em tela, foram
considerados os seguintes elementos:

• Postos de fiscalização: são as instalações físicas (postos avançados) da CPRH capazes de


abrigar o corpo técnico responsável pela gestão e fiscalização da área. São equipamentos
indispensáveis à presença e ao adequado funcionamento das atividades da área na medida em
que permitem dar maior agilidade às ações de fiscalização;

• Carros para fiscalização: são os veículos presentes na APA e que servem para o deslocamento
dos técnicos responsáveis pela gestão e fiscalização da área;

• Barcos para fiscalização: refere-se aos veículos necessários para a fiscalização em ambiente
aquático na área da APA. É um elemento fundamental para a adequada gestão da APA na
medida em que passeios de barcos e visitas às piscinas naturais são duas das principais atividades
praticadas pelos visitantes. Os barcos para a fiscalização possibilitam um maior controle sobre o
acesso e também permitem advertir os visitantes quando necessário;

• Pessoal: refere-se ao quantitativo de pessoas responsáveis pela gestão e fiscalização da área.


Esta variável é fundamental uma vez que se torna difícil fiscalizar a área sem o mínimo de corpo
técnico qualificado presente no local;

• Estacionamento: são estruturas relevantes na medida em que possibilitam o ordenamento dos


visitantes. Estacionamentos estruturados evitam que turistas deixem seus veículos em locais
que possam dificultar a circulação dos demais veículos e comprometam a estética do ambiente;

• Píeres: são estruturas que ordenam a visitação uma vez que, devidamente estruturados e
localizados, minimizam os impactos da atividade da visitação.

A Capacidade de Manejo (CM) estimada foi de 32% para a área do estudo, exceto para
a área onde ocorre sobreposição das APAS (que corresponde, para os propósitos deste
estudo, às áreas das piscinas naturais, excluindo-se a piscina de Gamela/ Aver o Mar - Ba-
nhista) cuja CM estimada foi de 65% (vide Anexo 32 do Volume 2 para detalhamento da
metodologia e do procedimento de cálculo).

DEFINIÇÃO DA CAPACIDADE DE MANEJO 17


5 CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA

A Zona Marítima compreende duas subzonas: Complexo Recifal e Mar de Dentro. É a área
próxima à costa que se estende da praia de Gamela, em Sirinhaém, até o píer do CEPENE,
em Tamandaré. É uma área de uso intenso de lazer e recreação caracterizado principalmente
pelos passeios náuticos de embarcações particulares acompanhando a linha de praia e pas-
seios para visitação às piscinas dos recifes para banho e para mergulho. Por ser uma área de
interseção de atuação da APA de Guadalupe (estadual) e da APA Costa dos Corais (federal),
as proibições, a tolerância, os incentivos e as permissões para utilização da subzona e as
normas e os procedimentos administrativos para a autorização da prestação do serviço de
condução de visitantes estão contidas respectivamente no Decreto n° 50.049, de 06 de
janeiro de 2021, do estado de Pernambuco, e na Portaria n° 769, de 10 de dezembro de 2019,
do ICMBio. As orientações de forma estratégica para o manejo da visitação da área estão no
documento Plano de Uso Público da APA Costa dos Corais do ICMBio.

5.1 SUBZONA DO COMPLEXO RECIFAL


A subzona do Complexo Recifal abrange as áreas do complexo recifal próximas à costa, des-
de a praia da Gamela/ Aver o Mar, em Sirinhaém, até o píer do CEPENE, em Tamandaré e está
situada na zona de atuação da APA de Guadalupe e da APA Costa dos Corais.

É uma área que se caracteriza pela formação de recifes de arenito (beachrocks), resultantes
da sedimentação de arenito e cimentação carbonática originária, principalmente de algas
calcárias e de outras origens carbonáticas, e de recifes organogênicos, constituídos por
camadas sobrepostas, resultantes da sedimentação de esqueletos de organismos mari-
nhos ou recifes coralígenos, compostos a partir da sedimentação de arenito e algas calcá-
rias. As descontinuidades dos recifes formaram as chamadas “piscinas naturais”, as quais
representam o principal atrativo turístico e de lazer da Zona Marítima. Atenção especial
deve ser dada à fragilidade e à baixa resiliência dos ambientes recifais para o ordenamento
do seu uso (Figura_3).

Figura 3 - Recifes na praia dos


Carneiros (piscina Batença)

Estão compreendidas,
na subzona do Complexo
Recifal, áreas destinadas a:

• circulação de embarcações;
• embarque e desembarque;
• piscinas naturais (banho);
• piscinas naturais (mergulho);
• uso recreativo.

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 18


5.1.1 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA PARA
AS ÁREAS DE CIRCULAÇÃO DE EMBARCAÇÕES

As áreas de circulação de embarcações da subzona do Complexo Recifal compreendem


5 áreas (Figura_4).

Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade de


Carga Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) para estas áreas podem ser consulta-
dos no Anexo 1 do Volume 2.

A capacidade de carga para as áreas de circulação de embarcações é apresentada no Quadro_1.

Quadro 1 - Resultado da capacidade de carga para as áreas de circulação


de embarcações na subzona do Complexo Recifal

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

1.1 Complexo Recifal 1 248 embarcações Complexo Circulação de


(Gamela/ Aver o Mar - Sirinhaém) em simultâneo Recifal embarcações

1.1 Complexo Recifal 2 5 embarcações Complexo Circulação de


(Carneiros - Tamandaré) em simultâneo Recifal embarcações

1.1 Complexo Recifal 3 4 embarcações Complexo Circulação de


(Campas - Tamandaré) em simultâneo Recifal embarcações

1.1 Complexo Recifal 5 Complexo Circulação de


201 embarcações em simultâneo
(Val/ Pirambu do Sul - Tamandaré) Recifal embarcações

Figura 4 - Áreas de circulação de embarcações na subzona do Complexo Recifal

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 19


5.1.2 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA
PARA AS ÁREAS DE PISCINAS NATURAIS

As áreas de piscinas naturais localizadas na subzona do Complexo Recifal compreendem pisci-


nas de banho (Figura_5, Figura_6 e Figura_7) e piscinas de mergulho (Figura_8, Figura_9 e Figu-
ra_10). Os cálculos da capacidade de carga apontaram para a quantidade adequada de usuários
para estas piscinas, bem como para seus respectivos locais de fundeio de embarcações.

Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade de Carga
Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo 2 do Volume 2.

A A.S. 1.1.1 Piscina Gamela/ Aver o mar - Banhista (Figura_12), conhecida localmente como
Poço Azul, localizada em frente à praia de Gamela, em Sirinhaém, apresenta um fundo pre-
dominantemente de formação arenítica, alternando com presença de formações consolida-
das recifais (Figura_12), com intensa presença macroalgas, predominantemente Ochrophyta
(Sargassum e Dictyopteris), colônias de zoantídeos (Palythoa e Zoanthus), corais como Side-
rastrea stellata e esparsas colônias de Millepora.

A biota local é caracterizada por uma ictiofauna predominante, composta por representantes
dos Pomacentridae (Abudefduf saxatilis), Haemulidae e Scaridae (Figura_13).

A capacidade de carga para as atividades de banho e de mergulho livre e autônomo nas


piscinas naturais do Complexo Recifal, assim como a capacidade de carga para os locais de
fundeio de embarcações no entorno destas piscinas, é apresentada no Quadro_2.

Quadro 2 - Resultado da capacidade de carga para as piscinas naturais e locais de fundeio


de embarcações no entorno das piscinas da subzona do Complexo Recifal

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

252 usuários por dia (sendo Complexo Piscinas naturais


A.S. 1.1.1 Piscina Gamela/ Aver o mar - Banhista
33 usuários em simultâneo) Recifal (banho)

A.S. 1.1.1.f Piscina Gamela/ Complexo Piscinas naturais


4 embarcações em simultâneo
Aver o mar - Banhista (fundeio) Recifal (banho)

A.S. 1.1.16.a Área Seletiva Visitação Turística 87 usuários por dia (sendo 11 Complexo Piscinas naturais
Topless/ Pirambu do Norte - Banhista usuários em simultâneo) Recifal (banho)

A.S. 1.1.16.a.f Área Seletiva Visitação Turística Complexo Piscinas naturais


2 embarcações em simultâneo
Topless/ Pirambu do Norte - Banhista (fundeio) Recifal (banho)

A.S. 1.1.16.b Área Seletiva Visitação Turística Topless/ 84 usuários por dia (sendo Complexo Piscinas naturais
Pirambu do Norte - Atividade de mergulho livre 14 usuários em simultâneo) Recifal (mergulho)

A.S. 1.1.16.b.f Área Seletiva Visitação Turística Topless/ Complexo Piscinas naturais
2 embarcações em simultâneo
Pirambu do Norte - Atividade de mergulho livre (fundeio) Recifal (mergulho)

660 usuários por dia (sendo Complexo Piscinas naturais


A.S. 1.1.17 Piscina – da Val 4 – Banhista
88 usuários em simultâneo) Recifal (banho)

Complexo Piscinas naturais


A.S. 1.1.17.f Piscina – da Val 4 – Banhista (fundeio) 10 embarcações em simultâneo
Recifal (banho)

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 20


Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

A.S. 1.1.18.a Piscina - da Val 3/ Matafome- 61 usuários por dia (sendo 10 Complexo Piscinas naturais
Atividade de mergulho livre (roteiro 1) usuários em simultâneo) Recifal (mergulho)

A.S. 1.1.18.a.f Piscina - da Val 3/ Matafome- Complexo Piscinas naturais


2 embarcações em simultâneo
Atividade de mergulho livre (roteiro 1) (fundeio) Recifal (mergulho)

A.S. 1.1.18.b Piscina - da Val 3/ Matafome- 65 usuários por dia (sendo 11 Complexo Piscinas naturais
Atividade de mergulho livre (roteiro 2) usuários em simultâneo) Recifal (mergulho)

A.S. 1.1.18.b.f Piscina - da Val 3/ Matafome- Complexo Piscinas naturais


2 embarcações em simultâneo
Atividade de mergulho livre (roteiro 2) (fundeio) Recifal (mergulho)

204 usuários por dia (sendo Complexo Piscinas naturais


A.S. 1.1.19 Piscina – da Val 2/ Prainha – Banhista
27 usuários em simultâneo) Recifal (banho)

Complexo Piscinas naturais


A.S. 1.1.19.f Piscina – da Val 2/ Prainha – Banhista (fundeio) 3 embarcações em simultâneo
Recifal (banho)

499 usuários por dia (sendo Complexo Piscinas naturais


A.S. 1.1.20 Piscina - da Val 1 – Banhista
66 usuários em simultâneo) Recifal (banho)

Complexo Piscinas naturais


A.S. 1.1.20.f Piscina - da Val 1 – Banhista (fundeio) 8 embarcações em simultâneo
Recifal (banho)

A.S. 1.1.21.a Piscina - Pirambu do Sul - 105 usuários por dia (sendo Complexo Piscinas naturais
Atividade de mergulho livre 18 usuários em simultâneo) Recifal (mergulho)

A.S. 1.1.21.a.f Piscina - Pirambu do Sul - Complexo Piscinas naturais


2 embarcações em simultâneo
Atividade de mergulho livre (fundeio) Recifal (mergulho)

A.S. 1.1.21.b Piscina - Pirambu do Sul - 174 usuários por dia (sendo Complexo Piscinas naturais
Atividade de mergulho autônomo 29 usuários em simultâneo) Recifal (mergulho)

A.S. 1.1.21.b.f Piscina - Pirambu do Sul - Atividade Complexo Piscinas naturais


4 embarcações em simultâneo
de mergulho autônomo (fundeio) Recifal (mergulho)

A.S. 1.1.22. Três Cabeços - 45 usuários por dia (sendo 7 Complexo Piscinas naturais
Atividade de mergulho livre usuários em simultâneo) Recifal (mergulho)

A.S. 1.1.22.f Três Cabeços - Atividade Complexo Piscinas naturais


1 embarcação
de mergulho livre (fundeio) Recifal (mergulho)

16 usuários por dia (sendo 2 Complexo Piscinas naturais


A.S. 1.1.23.a Piscina do Forte 1 - Banhista (A)
usuários em simultâneo) Recifal (banho)

A.S. 1.1.23.a.f Piscina do Forte 1 - Complexo Piscinas naturais


1 embarcação
Banhista (A) (fundeio) Recifal (banho)

25 usuários por dia (sendo 3 Complexo Piscinas naturais


A.S. 1.1.23.b Piscina do Forte 1 - Banhista (B)
usuários em simultâneo) Recifal (banho)

A.S. 1.1.23.b.f Piscina do Forte 1 - Complexo Piscinas naturais


1 embarcação
Banhista (B) (fundeio) Recifal (banho)

18 usuários por dia (sendo 3 Complexo Piscinas naturais


A.S. 1.1.23.c Piscina do Forte 1 - Banhista (C)
usuários em simultâneo) Recifal (banho)

A.S. 1.1.23.c.f Piscina do Forte 1 - Complexo Piscinas naturais


1 embarcação
Banhista (C) (fundeio) Recifal (banho)

A.S. 1.1.24. Piscina do Forte 2 - 67 usuários por dia (sendo 11 Complexo Piscinas naturais
Atividade de mergulho livre usuários em simultâneo) Recifal (mergulho)

A.S. 1.1.24.f Piscina do Forte 2 - Complexo Piscinas naturais


2 embarcações em simultâneo
Atividade de mergulho livre (fundeio) Recifal (mergulho)

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 21


Figura 5 - Localização das piscinas para banho na subzona do Complexo Recifal (1 de 3)

Figura 6 - Localização das piscinas para banho na subzona do Complexo Recifal (2 de 3)

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 22


Figura 7 - Localização das piscinas para banho na subzona do Complexo Recifal (3 de 3)

Figura 8 - Localização das piscinas para mergulho na subzona do Complexo Recifal (1 de 3)

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 23


Figura 9 - Localização das piscinas para mergulho na subzona do Complexo Recifal (2 de 3)

Figura 10 - Localização das piscinas para mergulho na subzona do Complexo Recifal (3 de 3)

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 24


Figura 11 - Piscina de Gamela/ Figura 12 - Formação comum nas margens
Aver o mar - Banhista da piscina em Aver o Mar - colônias de zoantídeos

Figura 13 - Populações de Abudefduf


saxatilis nas bordas da piscina em Aver o Mar

Por ser uma piscina grande, rasa e de fácil acesso, é muito frequentada por pessoas em suas lan-
chas particulares e por catamarãs e lanchas que realizam passeios náuticos de turismo que partem
da praia da Gamela e da recente estrutura instalada para uso diário de turistas. Os catamarãs,
quando ancoram na piscina, fundeiam na entrada, na porção norte da piscina. As embarcações
particulares passam ao lado dos catamarãs e ancoram por toda a piscina. O tempo de permanência
dos catamarãs é, em média, de 40 minutos, e das embarcações particulares, em média, de 2 horas.

É necessário estabelecer limites de uso das áreas para equilibrá-lo com as condicionantes
ecológicas naturais. Alguns exemplos já foram estudados na região, com pesquisas desen-
volvidas por Fernandes; Tommasi & Lima (2001) e Fernandes et al. (2015) que estudaram as-
pectos ecológicos dos equinodermatas do litoral sul de Pernambuco. Fernandes et al. (2003)
pesquisaram a relação dos ouriços do mar nas regiões impactadas por ações turísticas. Esses
estudos são reforçados pelas pesquisas de Medeiros et al. (2021), que demonstram a neces-
sidade de desenvolver estudos mais detalhados em áreas protegidas.

A A.S. 1.1.17 Piscina – da Val 4 –Banhista é destinada ao uso turístico empresarial ou de base co-
munitária e ao uso recreativo. É predominantemente usada por banhistas que chegam em pas-
seios turísticos, em lanchas que saem da praia de Campas ou da praia de Tamandaré (Figura_14).

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 25


A visitação à piscina é feita para banho. No período de alta estação e nos feriados, a concentra-
ção de embarcações aumenta significativamente e pode alcançar até 20 embarcações. Suas
águas transparentes e areias brancas são os principais atrativos para os visitantes (Figura_15).

Figura 14 - Trânsito de embarcações Figura 15 - Vista geral da piscina da Val -


com banhistas na piscina da Val 4 fundo cascalhoso e formações recifais

A A.S. 1.1.18 Piscina – da Val 3/ Matafome – Atividade de mergulho caracteriza-se pela


predominância de visitantes que a procuram para fazer mergulho livre. Na ocasião de ma-
rés de sizígia, pode comportar banhistas. Como todo complexo de piscinas na parte norte
das formações recifais de Tamandaré, essa piscina apresenta fundo de cascalho que lhe
confere uma coloração de águas cristalinas claras que atraem muito para o banho. As
margens apresentam formações recifais ricas em zoantídeos e peixes donzelas. No platô
da formação recifal, é possível observarem-se algas calcárias em extensas formações da
comunidade fital (Figura_16).

Figura 16 - Prados de macroalgas do gênero


Halimeda no platô do recife da piscina da Val 3

A A.S. 1.1.19 Piscina – da Val 2/ Prainha – Banhista caracteriza-se pela predominância do


uso por banhistas (Figura_17). É destinada ao uso turístico empresarial ou de base comu-
nitária e ao uso recreativo. Nos finais de semana, podem chegar cerca de 40 embarcações.
Com a maré seca, é possível a entrada de um pequeno catamarã às piscinas. Os usuários

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 26


aproveitam as águas rasas e claras para banho e recreação. As suas margens possuem for-
mações recifais com grande quantidade de zoantídeos e macroalgas, predominantemente
Ochrophytas e peixes donzelas (Figura_18).

Figura 17 - Atividades de banhistas Figura 18 - Macroalgas pardas, gênero Sargassum,


na piscina da Val 2/ Prainha no entorno das piscinas Val 2/ Prainha

A A.S. 1.1.20 Piscina - da Val 1 – Banhista é muito procurada por usuários locais e turistas, apre-
sentando muitas embarcações particulares (Figura_19). É normalmente utilizada para banho e
uso turístico de base comunitária. Também é possível observar atividades de pesca artesanal
por usuários locais. Como todo complexo de piscinas na faixa norte de Tamandaré, a piscina
também possui fundo de cascalho e formações recifais em suas margens. No platô do recife, é
possível encontrar comunidades de macroalgas verdes do gênero Caulerpa (Figura_20).

Figura 19 - Visitantes em embarcações Figura 20 - Prados de macroalgas verdes, do


particulares na piscina da Val 1 gênero Caulerpa, nas margens da piscina da Val 1

A A.S. 1.1.16 Piscina - Pirambu do Norte – Banhista possui um tipo de fundo que apresenta
alternância de sedimentos, com presença de prados de fanerógamas marinhas na parte
central da piscina (Figura_21). As bordas alternam a presença de sedimento arenoso e di-
versos fragmentos bioclásticos originados de algas calcárias e fragmentos de hidrocorais e
escleractíneos particulados (Figura_22).

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 27


Figura 21 - Presença de prados de Halodule na Figura 22 - Fragmentos de material bioclástico
porção central da piscina de Pirambu do Norte de fundo na piscina de Pirambu do Norte

A biota local é caracterizada por formações de Millepora (Figura_23) e colônias de Montas-


traea sp. A ictiofauna da região tem predominância de peixes cirurgiões, borboletas, donzelas
e pequenas garoupas no pé das formações recifais. Estudos sobre comunidades da ictio-
fauna na região de Tamandaré foram desenvolvidos por Schawmborn & Ferreira (2002) e
Ferreira; Mello & Reiinhardt (2005). É necessário intensificar estudos de monitoramento com
procedimento remoto, como indica Silveira et al. (2001).

Figura 23 – Millepora alcicornis e Stegastes


fuscus na piscina de Pirambu do Norte

A piscina de Pirambu do Norte, também conhecida como Top Less, está localizada na altura da
porção mais ao norte da praia Pontal do Lira. É uma piscina grande, rasa e de fácil acesso, sendo
bastante frequentada por pessoas em suas lanchas particulares, catamarãs e lanchas de turismo
náutico procedentes da praia próxima. Também é frequentada por visitantes com interesse em
mergulho. O tempo de permanência das pessoas na piscina é de aproximadamente 2 horas. É des-
tinada ao uso turístico empresarial ou de base comunitária, ao uso recreativo e à pesca artesanal.

A A.S. 1.1.21 Piscina - Pirambu do Sul – Atividade de mergulho e a A.S. 1.1.22 Três Cabeços –
Atividade de mergulho apresentam fundo predominante de sedimento arenoso com grãos

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 28


bioclásticos por fragmentação de algas calcárias e partes de corais partidos (Figura_24), com
porções de sedimentos finos nas bases de formações recifais (Figura_25). Há formações ro-
chosas com platô coberto de macroalgas, predominantemente de Ochrophytas.

Figura 24 - Sedimentos de fundo da piscina de Pirambu Figura 25 - Sedimento arenoso da base


do Sul, com fragmentos de corais e algas calcárias recifal na piscina de Pirambu do Sul

Nessa região crescem exuberantes corais que precisam ser protegidos e monitorados. A região
mais profunda apresenta fauna mais preservada e caracteriza-se por grandes colônias de Millepora
e corais verdadeiros como Montastrea, Mussismilia e Siderastrea (Figura_26). Os primeiros estu-
dos sobre assentamentos desses organismos na região foram desenvolvidos por Ferreira & Maida
(1995) e Maida & Ferreira (1995). A ictiofauna no local é exuberante e diversa em cores e tamanhos.

Figura 26 - Corais encontrados na


piscina de Pirambu do Sul

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 29


A A.S. 1.1.23. Piscina do Forte 1 – Banhista está geralmente destinada ao uso turístico de base
comunitária para mergulho e é muito utilizada para a pesca artesanal, conforme a vocação
local, período do ano e dia da semana. Apresenta fundo arenoso com muitas concentrações
de material biogênico de origem coralínea, de macroalgas, de carapaças de crustáceos e de
conchas de moluscos fragmentadas localizadas nas margens, próximo às formações recifais.
Nessa piscina é possível observar muitas formações juvenis de Millepora alcicornis (Figu-
ra_27) e pequenas colônias de Siderastrea stellata e Mussismilia harttii.

Figura 27 - Formações de Millepora


alcicornis no fundo da piscina do Forte 1

A A.S. 1.1.24. Piscina do Forte 2 - Atividade de mergulho apresenta uso com mesmas finalida-
des da piscina do Forte 1. Tem uso turístico de base comunitária para mergulho, comportando
a pesca artesanal, conforme vocação local, período do ano e dia da semana. O fundo segue
o mesmo padrão da piscina do Forte 1, arenoso e com muitas concentrações de material
biogênico. Nessa piscina é possível observar muitas formações juvenis de Millepora alcicornis
(Figura_28) e outros cnidários.

Figura 28 - Formações do hidrocoral Millepora


alcicornis no fundo da piscina do Forte 2

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 30


5.1.3 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA
PARA AS ÁREAS DE EMBARQUE E DESEMBARQUE

Os locais de embarque e desembarque da subzona do Complexo Recifal compreendem


aquelas áreas classificadas no ZATAN como de apoitamento/ abicagem ou embarque/
desembarque (Figura_29, Figura_30, Figura_31 e Figura_32).

Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade


de Carga Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo
3 do Volume 2.

A capacidade de carga para os locais de embarque e desembarque é apresentada no Quadro_3.

Quadro 3 - Resultado da capacidade de carga para os locais de embarque


e desembarque na subzona do Complexo Recifal

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

A.S. 1.1.2 Campas/ Divisa


Carneiros – Embarque/ 2 embarcações em simultâneo Complexo Recifal Embarque e desembarque
desembarque

A.S. 1.1.5 Amendoeira –


2 embarcações em simultâneo Complexo Recifal Embarque e desembarque
Embarque/ desembarque

A.S. 1.1.6 Marina 1 Igrejinha


3 embarcações em simultâneo Complexo Recifal Embarque e desembarque
– Apoitamento/ abicagem

A.S. 1.1.7 Marina 2 Igrejinha


2 embarcações em simultâneo Complexo Recifal Embarque e desembarque
– Apoitamento/ abicagem

A.S. 1.1.8 Jangadeiros


Tamandaré – Embarque/ 3 embarcações em simultâneo Complexo Recifal Embarque e desembarque
desembarque

A.S. 1.1.12 Turismo de base


comunitária - Quiosques
2 embarcações em simultâneo Complexo Recifal Embarque e desembarque
Tamandaré – Embarque/
desembarque

A.S. 1.1.13 Marina


3 - Pontal Maceió – 3 embarcações em simultâneo Complexo Recifal Embarque e desembarque
Apoitamento/ abicagem

A.S. 1.1.14 Forte de Tamandaré


2 embarcações em simultâneo Complexo Recifal Embarque e desembarque
– Embarque/ desembarque

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 31


Figura 29 - Localização das áreas de embarque e desembarque na subzona do Complexo Recifal (1 de 4)

Figura 30 - Localização das áreas de embarque e desembarque na subzona do Complexo Recifal (2 de 4)

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 32


Figura 31 - Localização das áreas de embarque e desembarque na subzona do Complexo Recifal (3 de 4)

Figura 32 - Localização das áreas de embarque e desembarque na subzona do Complexo Recifal (4 de 4)

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 33


5.1.4 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE
CARGA PARA AS ÁREAS DE USO RECREATIVO

As áreas de uso recreativo da subzona do Complexo Recifal correspondem às áreas identi-


ficadas no ZATAN como destinadas a banhistas, podendo ser compartilhadas com ativida-
des da pesca artesanal as quais não conflitem por espaço nem ofereçam risco de acidente
(Figura_33 e Figura_34).

Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacida-


de de Carga Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no
Anexo 4 do Volume 2.

A capacidade de carga para as áreas de uso recreativo é apresentada no Quadro_4.

Quadro 4 - Resultado da capacidade de carga para as


áreas de uso recreativo na subzona do Complexo Recifal

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

A.S. 1.1.3 Campas/ hotel 510 usuários


Complexo Recifal Uso recreativo
– Norte – Banhista em simultâneo

A.S. 1.1.4 Campas/ hotel 247 usuários


Complexo Recifal Uso recreativo
– Sul - Banhista em simultâneo

A.S. 1.1.9 Quiosques 80 usuários


Complexo Recifal Uso recreativo
Tamandaré 1 - Banhista em simultâneo

A.S. 1.1.11 Quiosques 200 usuários


Complexo Recifal Uso recreativo
Tamandaré 2 - Banhista em simultâneo

A.S. 1.1.15 Forte de 26 usuários


Complexo Recifal Uso recreativo
Tamandaré – Banhista em simultâneo

Conforme estabelecido no art. 7°, § 1°, inciso III do Decreto no 50.049/2021, as embarca-
ções de turismo que circulam nesta subzona 1.1 (subzona do Complexo Recifal) deverão
respeitar o limite de até 25 (vinte e cinco) passageiros, exceto para a Área Seletiva A.S. 1.1.1
da piscina Gamela/ Aver o Mar - Banhista.

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 34


Figura 33 - Localização das áreas de uso recreativo na subzona do Complexo Recifal (1 de 2)

Figura 34 - Localização das áreas de uso recreativo na subzona do Complexo Recifal (2 de 2)

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 35


5.2 SUBZONA MAR DE DENTRO
A subzona Mar de Dentro abrange a área de mar próxima à costa, desde a praia de Aver o
Mar, em Sirinhaém, até o píer do CEPENE, em Tamandaré, abrangendo três unidades de con-
servação: APA de Guadalupe (estadual), APA Costa dos Corais (federal) e o Parque Natural
Municipal do Forte de Tamandaré. Caracteriza-se por ser uma área de mar calmo, propícia
para banhos e para passeios náuticos, com embarcações motorizadas que fazem pequenas
paradas nas piscinas naturais formadas nos recifes. Nessa área são praticadas atividades de
recreação como passeio de caiaque, stand up paddle e banana boat. Esta zona é também
muito utilizada por pescadores e pescadoras artesanais.

Estão compreendidas na subzona Mar de Dentro áreas destinadas a:

• circulação de embarcações;
• atividades náuticas;
• embarque e desembarque;
• uso especial;
• uso recreativo;
• pesca artesanal.

5.2.1 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA PARA


AS ÁREAS DE CIRCULAÇÃO DE EMBARCAÇÕES

As áreas de circulação de embarcações da subzona Mar de Dentro compreendem 2 áreas


(Figura_35).

Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacida-


de de Carga Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no
Anexo 5 do Volume 2.

A capacidade de carga para as áreas de circulação de embarcações é apresentada no Quadro_5.

Quadro 5 - Resultado da capacidade de carga para as áreas de circulação


de embarcações na subzona do Complexo Mar de Dentro

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

180 embarcações
1.2 Mar de Dentro 1 Mar de Dentro Circulação de embarcações
em simultâneo

590 embarcações
1.2 Mar de Dentro 2 Mar de Dentro Circulação de embarcações
em simultâneo

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 36


Figura 35 - Localização das áreas de circulação de embarcações na subzona Mar de Dentro

5.2.2 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA


PARA AS ÁREAS DE ATIVIDADES NÁUTICAS
As áreas de atividades náuticas da subzona Mar de Dentro compreendem áreas destinadas
ao embarque e desembarque das atividades náuticas de lazer rebocadas, como banana boat
e disco boat, podendo ser compartilhadas com atividades da pesca artesanal as quais não
conflitem por espaço nem ofereçam risco de acidente. Concretamente, há duas áreas: uma
que serve para embarque/ desembarque, Banana Boat - Quiosque do fusca - Embarque/
desembarque (A.S. 1.2.5) (Figura_36), e outra para a prática da atividade propriamente dita,
Banana Boat - Campas (A.S. 1.2.6) (Figura_37).

Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade de Carga
Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo 6 do Volume 2.

A capacidade de carga para as áreas de atividades náuticas é apresentada no Quadro_6.

Quadro 6 - Resultado da capacidade de carga para as áreas de atividades náuticas na subzona Mar de Dentro

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

A.S. 1.2.5 Banana Boat – Quiosque do 2 embarcações Mar de Atividades


fusca – Embarque/ desembarque em simultâneo Dentro náuticas

7 embarcações Mar de Atividades


A.S. 1.2.6 Banana Boat - Campas
por dia Dentro náuticas

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 37


Figura 36 - Localização das áreas de atividades náuticas na subzona Mar de Dentro (1 de 2)

Figura 37 - Localização das áreas de atividades náuticas na subzona Mar de Dentro (2 de 2)

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 38


5.2.3 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA
PARA AS ÁREAS DE EMBARQUE E DESEMBARQUE

As áreas de embarque e desembarque da subzona Mar de Dentro compreendem aquelas


áreas classificadas no ZATAN como áreas públicas destinadas preferencialmente ao em-
barque/ desembarque de passageiros das embarcações de turismo náutico, podendo ser
compartilhadas com atividades da pesca artesanal as quais não conflitem por espaço nem
ofereçam risco de acidente. É estabelecida ainda a permanência da embarcação na Área Se-
letiva por no máximo 20 minutos (Figura_38).

Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade de Carga
Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo 7 do Volume 2.

A capacidade de carga para os locais de embarque e desembarque é apresentada no Quadro_7.

Quadro 7 - Resultado da capacidade de carga para os locais de embarque e desembarque na subzona Mar de Dentro

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

A.S. 1.2.2 Gamela/ Aver o Mar – 2 embarcações Mar de Embarque e


Embarque/ desembarque em simultâneo Dentro desembarque

A.S. 1.2.3 Gamela/ Aver o mar – Embarque/ Mar de Embarque e


1 embarcação
desembarque de embarcação de turismo Dentro desembarque

Figura 38 - Localização das áreas de embarque e desembarque na subzona Mar de Dentro

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 39


5.2.4 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA PARA
AS ÁREAS DE TEJUCUSSU PROTEÇÃO DO BANCO DE AREIA

A área A.S. 1.2.4 Tejucussu Proteção do Banco de Areia é caracterizada no ZATAN como
uma área que contribui para a manutenção dos terraços marinhos e falésias, paisagem
costeira única no estado de Pernambuco. Por isso, proíbem-se a retirada e a mobiliza-
ção de sedimento, a abertura de canal, além da comercialização de comida e bebida e da
realização de festa náutica no local.

Foram analisadas as capacidades de carga referentes à quantidade de usuários nos ban-


cos de areia e à quantidade de embarcações fundeadas nas proximidades desses bancos
(Figura_39 e Figura_40).

Figura 39 - Usuários e embarcações Figura 40 - Usuários e embarcações


fundeadas nos bancos de areia de Tejucussu fundeadas nos bancos de areia de Tejucussu
na subzona Mar de Dentro (1 de 2) na subzona Mar de Dentro (2 de 2)

Para efeito do cálculo da capacidade de carga na A.S. 1.2.4 Tejucussu Proteção do Banco
de Areia, consideraram-se as áreas efetivamente utilizadas como apoio aos banhistas que
ficam completamente expostas na maré baixa.

O resultado foi a delimitação de 3 (três) áreas de bancos de areia (Figura_41) e 2 (duas) áreas
de fundeio de embarcações (Figura_42).

Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacida-


de de Carga Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no
Anexo 8 do Volume 2.

A capacidade de carga para as áreas dos bancos de areia e dos locais de estacionamento de
embarcações para Tejucussu Proteção do Banco de Areia é apresentada no Quadro_8.

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 40


Quadro 8 - Resultado da capacidade de carga para Tejucussu Proteção do Banco de Areia na subzona Mar de Dentro

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

A.S. 1.2.4.1 Banco de Areia 1 - Tejucussu -


192 usuários em simultâneo Mar de Dentro Uso especial
Sirinhaém Proteção do Banco de Areia

A.S. 1.2.4.2 Banco de Areia 2 - Tejucussu -


35 usuários em simultâneo Mar de Dentro Uso especial
Sirinhaém Proteção do Banco de Areia

A.S. 1.2.4.3 Banco de Areia 3 - Tejucussu -


40 usuários em simultâneo Mar de Dentro Uso especial
Sirinhaém Proteção do Banco de Areia

A.S. 1.2.4.4 Estacionamento 1 - Tejucussu -


8 embarcações em simultâneo Mar de Dentro Uso especial
Sirinhaém Proteção do Banco de Areia

A.S. 1.2.4.5 Estacionamento 2 - Tejucussu -


16 embarcações em simultâneo Mar de Dentro Uso especial
Sirinhaém Proteção do Banco de Areia

Figura 41 - Localização das áreas dos bancos de areia de Tejucussu


Proteção do Banco de Areia na subzona Mar de Dentro

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 41


Figura 42 - Localização das áreas de fundeio de embarcações de Tejucussu
Proteção do Banco de Areia na subzona Mar de Dentro

5.2.5 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA


PARA AS ÁREAS DE USO RECREATIVO

A área de uso recreativo da subzona Mar de Dentro corresponde à A.S. 1.2.1. Gamela/ A Ver o
Mar - Banhista, caracterizada no ZATAN como destinada a banhistas, podendo ser compar-
tilhada com atividades da pesca artesanal as quais não conflitem por espaço nem ofereçam
risco de acidente (Figura_43).

Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capaci-


dade de Carga Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados
no Anexo 9 do Volume 2.

A capacidade de carga para as áreas de uso recreativo é apresentada no Quadro_9.

Quadro 9 - Resultado da capacidade de carga para as áreas de uso recreativo na subzona Mar de Dentro

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

A.S. 1.2.1 Gamela/ 72 usuários Mar


Uso recreativo
Aver o Mar - Banhista em simultâneo de Dentro

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 42


Conforme estabelecido no art. 8°, § 1°, III do Decreto n° 50.049/2021, as embarcações que
circulam na subzona 1.2 (subzona Mar de Dentro) deverão possuir um quantitativo total de
até 80 (oitenta) passageiros mais a tripulação (quando se tratar de embarcações de apoio
ao turismo do tipo catamarã), e um quantitativo total de até 9 (nove) passageiros mais a
tripulação (em se tratando de embarcações miúdas).

Figura 43 - Localização da área de uso recreativo da subzona Mar de Dentro

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA MARÍTIMA 43


6 CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA
ESTUARINA SANTUÁRIO DO MERO

A zona estuarina Santuário do Mero abrange a área estuarina do rio Formoso, inserida nos
municípios de Rio Formoso, Sirinhaém e Tamandaré, conforme delimitação no mapa do Zo-
neamento Ambiental e Territorial das Atividades Náuticas. Localiza-se na zona de atuação da
Área de Proteção Ambiental de Guadalupe - APAG.

É composta por 28 áreas distribuídas nas seguintes subzonas:

• 2.1 subzona rio Ariquindá;

• 2.2 subzona rio Formoso;

• 2.3 subzona rio dos Passos,


das Pedras e Lemenho;

• 2.4 subzona Carneiros/


Guadalupe - Foz do
Rio Formoso.

6.1 SUBZONA RIO ARIQUINDÁ


A subzona Rio Ariquindá contempla o rio Ariquindá, que segue até o canal do rio Formoso.
Está situada no município de Tamandaré e na Área de Proteção Ambiental de Guadalupe.

Estão compreendidas nesta subzona áreas destinadas a:

• circulação de embarcações;

• fundeio de embarcações de
turismo de base comunitária
e pesca artesanal;

• pesca artesanal.

A área A.S. 2.1.4 Toca de Baixo - Zona de Preservação da Vida Estuarina (ZPVE) do Santuá-
rio do Mero é destinada pelo ZATAN à conservação estuarina in situ, à produção e exporta-
ção de biomassa para a pesca local e ao desenvolvimento de pesquisa e educação ambien-
tal. Nesta área é proibida atividade náutica (turismo, lazer, transporte e pesca). Dada, pois,
a inviabilidade da atividade náutica nesta área, não foi realizado cálculo de capacidade de
carga para a mesma.

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA ESTUARINA SANTUÁRIO DO MERO 44


6.1.1 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA PARA
A ÁREA DE CIRCULAÇÃO DE EMBARCAÇÕES

A área de circulação de embarcações da subzona Rio Ariquindá compreende a área do rio


Ariquindá propriamente dito (Figura_44).

Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade de Carga
Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo 10 do Volume 2.

A capacidade de carga para a circulação de embarcações no rio Ariquindá é apresentada no


Quadro_10.

Quadro 10 - Resultado da capacidade de carga para as áreas de


circulação de embarcações na subzona Rio Ariquindá

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

2.1 Subzona 40 embarcações Santuário do Mero Circulação


Rio Ariquindá em simultâneo (rio Ariquindá) de embarcações

Figura 44 - Áreas de circulação de embarcações na subzona Rio Ariquindá

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA ESTUARINA SANTUÁRIO DO MERO 45


6.1.2 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA PARA AS
ÁREAS DE EMBARQUE E DESEMBARQUE E DE FUNDEIO
DE EMBARCAÇÕES TBC E PESCA ARTESANAL

Nas áreas classificadas como embarque e desembarque e de fundeio de embarcações de tu-


rismo de base comunitária e pesca artesanal da subzona Rio Ariquindá (Figura_45), o ZATAN
estipula que o fundeio das embarcações deverá ser realizado na borda da área seletiva, em
local destinado para tal fim.

Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade


de Carga Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo
11 do Volume 2.

A capacidade de carga para os locais de embarque e desembarque e/ou fundeio de em-


barcações de turismo de base comunitária e/ou pesca artesanal na subzona Rio Ariquindá é
apresentada no Quadro_11.

Quadro 11 - Resultado da capacidade de carga para as áreas de embarque e desembarque


e de fundeio de embarcações TBC e pesca artesanal na subzona Rio Ariquindá

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

A.S. 2.1.1 Mangueira - Embarque/ Santuário Fundeio de


7 embarcações
desembarque de embarcação de turismo de do Mero (rio embarcações TBC
em simultâneo
base comunitária e pesca artesanal Ariquindá) e pesca artesanal

A.S. 2.1.2 Amaragi - Embarque/desembarque Santuário Fundeio de


23 embarcações
e fundeio de embarcação de turismo de do Mero (rio embarcações TBC
em simultâneo
base comunitária e pesca artesanal Ariquindá) e pesca artesanal

Santuário Fundeio de
7 embarcações
A.S. 2.1.3 Porto da Folha -apoio à pesca artesanal do Mero (rio embarcações TBC
em simultâneo
Ariquindá) e pesca artesanal

A.S. 1.2.4.4 Estacionamento 1 - Tejucussu - 8 embarcações Uso


Mar de Dentro
Sirinhaém Proteção do Banco de Areia em simultâneo especial

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA ESTUARINA SANTUÁRIO DO MERO 46


Figura 45 - Áreas de embarque e desembarque e de fundeio de embarcações
de turismo de base comunitária e pesca artesanal

6.2 SUBZONA RIO FORMOSO


A subzona Rio Formoso está situada no município de Rio Formoso e contempla o rio Formo-
so, desde as proximidades da sede municipal, até o encontro dos 3 (três) rios (rio Ariquindá,
rio Formoso e rio Mariassu) nas imediações da praia do Reduto.

Nesta subzona há:

• uma área de circulação de embarcações, que corresponde à área do próprio rio Formoso;

• a A.S. 2.2.1 Pedra da Margaída /Pipiri - Zona de Preservação da Vida Estuarina (ZPVE)
do Santuário do Mero;

• a A.S. 2.2.2 Nova Holanda- Zona de Preservação da Vida Estuarina (ZPVE) do Santuário do Mero.

A A.S. 2.2.1 e a A.S. 2.2.2 são destinadas pelo ZATAN à conservação estuarina in situ, à pro-
dução e exportação de biomassa para a pesca local e ao desenvolvimento de pesquisa e
educação ambiental. Nestas áreas é proibida atividade náutica (turismo, lazer, transporte e
pesca). Dada, pois, a inviabilidade da atividade náutica nestas áreas, não foi realizado cálculo
de sua capacidade de carga.

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA ESTUARINA SANTUÁRIO DO MERO 47


6.2.1 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA PARA
A ÁREA DE CIRCULAÇÃO DE EMBARCAÇÕES

A área de circulação de embarcações da subzona Rio Formoso compreende a área do rio For-
moso propriamente dito (Figura_46). Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade
de Carga Física (CCF), Capacidade de Carga Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE)
podem ser consultados no Anexo 12 do Volume 2.

A capacidade de carga para a circulação de embarcações no rio Formoso é apresentada no


Quadro_12.

Quadro 12 - Resultado da capacidade de carga para as áreas de


circulação de embarcações na subzona Rio Formoso

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

2.2 Subzona 64 embarcações Santuário do Mero Circulação de


Rio Formoso em simultâneo (rio Formoso) embarcações

Figura 46 - Área de circulação de embarcações na subzona Rio Formoso

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA ESTUARINA SANTUÁRIO DO MERO 48


6.3 SUBZONA RIO DOS PASSOS
A subzona Rio dos Passos está situada entre os municípios de Rio Formoso e Sirinhaém e
na Área de Proteção Ambiental de Guadalupe, que contempla também os rios dos Passos,
Rosas, Frade e Fradinho, até o encontro do rio dos Passos com o rio Formoso.

Nesta subzona há:

• uma área de circulação


de embarcações que
corresponde à área do
próprio rio dos Passos.

6.3.1 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA PARA


A ÁREA DE CIRCULAÇÃO DE EMBARCAÇÕES

A área de circulação de embarcações da subzona Rio dos Passos compreende a área do


rio dos Passos propriamente dito (Figura_47). Os detalhes sobre os cálculos referentes às
Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade de Carga Real (CCR) e Capacidade de Carga
Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo 13 do Volume 2.

A capacidade de carga para a circulação de embarcações no rio dos Passos é apresen-


tada no Quadro_13.

Quadro 13 - Resultado da capacidade de carga para as áreas de


circulação de embarcações na subzona Rio dos Passos

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

2.3 Subzona 46 embarcações Santuário do Mero Circulação de


Rio dos Passos em simultâneo (rio dos Passos) embarcações

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA ESTUARINA SANTUÁRIO DO MERO 49


Figura 47 - Área de circulação de embarcações na subzona Rio dos Passos

6.4 SUBZONA CARNEIROS/ GUADALUPE –


FOZ DO RIO FORMOSO

A subzona Carneiros/ Guadalupe – Foz do Rio Formoso está situada na interseção dos mu-
nicípios de Rio Formoso, Sirinhaém e Tamandaré e é compreendida pela Área de Proteção
Ambiental de Guadalupe. Contempla o canal do rio Formoso desde o encontro dos 3 (três)
rios (rio Formoso, Ariquindá e Mariassu) até a foz no Oceano Atlântico.

Estão compreendidas na subzona Carneiros/ Guadalupe – Foz do Rio Formoso áreas seleti-
vas destinadas a:

• brinquedos náuticos;

• circulação de embarcações;

• embarque e desembarque;

• fundeio de embarcações;

• uso recreativo.

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA ESTUARINA SANTUÁRIO DO MERO 50


6.4.1 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA
PARA A ÁREA DE BRINQUEDOS NÁUTICOS

As áreas de brinquedos náuticos da subzona Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso


compreende 3 áreas. Estas áreas (Figura_48, Figura_49, Figura_50) são destinadas pelo ZA-
TAN ao uso de atividades náuticas de lazer não motorizadas, como caiaque e stand up pad-
dle, podendo ser compartilhadas com atividades da pesca artesanal as quais não conflitem
por espaço nem ofereçam risco de acidente (Figura_51).

Figura 48 - Atividades náuticas na A.S. Figura 49 - Usuários na A.S. 2.4.9


2.4.1. Prainha - Brinquedos náuticos Restaurante 1 – Brinquedos náuticos

Figura 50 - A.S. 2.4.11. Pontal dos


Carneiros - Brinquedos náuticos

Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade


de Carga Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo
14 do Volume 2.

A capacidade de carga para as áreas de brinquedos náuticos na subzona Carneiros/ Guada-


lupe - Foz do Rio Formoso é apresentada no Quadro_14.

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA ESTUARINA SANTUÁRIO DO MERO 51


Quadro 14 - Resultado da capacidade de carga para as áreas de brinquedos
náuticos na subzona Carneiros/Guadalupe - Foz do Rio Formoso

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

Santuário do Mero
A.S. 2.4.1 Prainha – 14 equipamentos
(Carneiros/ Guadalupe - Brinquedos náuticos
Brinquedos náuticos em simultâneo
Foz do Rio Formoso)

Santuário do Mero
A.S. 2.4.9 Restaurante 229 equipamentos
(Carneiros/ Guadalupe – Brinquedos náuticos
1 – Brinquedos náuticos em simultâneo
Foz do rio Formoso)

Santuário do Mero
A.S. 2.4.11 Pontal de Carneiros 121 equipamentos
(Carneiros/ Guadalupe – Brinquedos náuticos
– Brinquedos náuticos em simultâneo
Foz do rio Formoso)

Figura 51 - Localização das áreas de brinquedos náuticos na subzona


de Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA ESTUARINA SANTUÁRIO DO MERO 52


6.4.2 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA PARA
A ÁREA DE CIRCULAÇÃO DE EMBARCAÇÕES

A área de circulação de embarcações da subzona Carneiros/ Guadalupe – Foz do Rio Formo-


so compreende a área da foz do rio Formoso (Figura_52).

Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade


de Carga Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo
15 do Volume 2.

A capacidade de carga para a circulação de embarcações em Carneiros/ Guadalupe - Foz do


Rio Formoso é apresentada no Quadro_15.

Quadro 15 - Resultado da capacidade de carga para as áreas de circulação de


embarcações na subzona Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

2.4 Subzona Carneiros/ Santuário do Mero


129 embarcações
Guadalupe - Foz do (Carneiros/ Guadalupe - Circulação de embarcações
em simultâneo
Rio Formoso Foz do Rio Formoso)

Figura 52 - Área de circulação de embarcações na subzona


de Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA ESTUARINA SANTUÁRIO DO MERO 53


6.4.3 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA PARA
AS ÁREAS DE EMBARQUE E DESEMBARQUE

As áreas de embarque e desembarque da subzona Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio


Formoso (Figura_53, Figura_54, Figura_55, Figura_56, Figura_57, Figura_58, Figura_59
e Figura_60) compreendem 10 áreas (Figura_61, Figura_62, Figura_63, Figura_64). São
destinadas pelo ZATAN às embarcações de turismo náutico, podendo ser compartilha-
das com atividades da pesca artesanal as quais não conflitem por espaço nem ofereçam
risco de acidente.

Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade de


Carga Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo 16
do Volume 2. A capacidade de carga para as áreas de embarque e desembarque em Carnei-
ros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso é apresentada no Quadro_16.

Figura 53 - A.S. 2.4.3 Prainha – Embarque / Figura 54 - A.S. 2.4.5 Igrejinha – Embarque/
desembarque de embarcação de turismo desembarque de embarcação de turismo

Figura 55 - A.S. 2.4.8 Restaurante 1 – Embarque Figura 56 - A.S. 2.4.10 Pontal dos Carneiros –
/ desembarque de embarcação de turismo Embarque / desembarque de embarcação de turismo

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA ESTUARINA SANTUÁRIO DO MERO 54


Figura 57 - A.S. 2.4.13 Argila – Embarque / desembarque Figura 58 - A.S. 2.4.15 Argila – Embarque /
de embarcação de turismo do tipo catamarã desembarque de embarcação de turismo miúda

Figura 59 - A.S. 2.4.19 Argila – Embarque / Figura 60 - A.S. 2.4.21 Píer Mariassu
desembarque de embarcação do tipo catamarã – Embarque/desembarque

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA ESTUARINA SANTUÁRIO DO MERO 55


A capacidade de carga para os locais de embarque e desembarque é apresentada
no Quadro_16.

Quadro 16 - Resultado da capacidade de carga para os locais de embarque e


desembarque na subzona Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

Santuário do Mero
A.S. 2.4.3 Prainha – Embarque / 2 embarcações Embarque e
(Carneiros/ Guadalupe –
desembarque de embarcação de turismo em simultâneo desembarque
Foz do Rio Formoso)

Santuário do Mero
A.S. 2.4.5 Igrejinha – Embarque/ 7 embarcações Embarque e
(Carneiros/ Guadalupe -
desembarque de embarcação de turismo em simultâneo desembarque
Foz do Rio Formoso)

Santuário do Mero
A.S. 2.4.8 Restaurante 1 – Embarque / 2 embarcações Embarque e
(Carneiros/ Guadalupe -
desembarque de embarcação de turismo em simultâneo desembarque
Foz do Rio Formoso)

Santuário do Mero
A.S. 2.4.10 Pontal dos Carneiros – Embarque 7 embarcações Embarque e
(Carneiros/ Guadalupe -
/ desembarque de embarcação de turismo em simultâneo desembarque
Foz do Rio Formoso)

Santuário do Mero
A.S. 2.4.13 Argila – Embarque / desembarque Embarque e
1 embarcação (Carneiros/ Guadalupe -
de embarcação de turismo do tipo catamarã desembarque
Foz do Rio Formoso)

Santuário do Mero
A.S. 2.4.15 Argila – Embarque / desembarque 2 Embarcações Embarque e
(Carneiros/ Guadalupe -
de embarcação de turismo miúda em simultâneo desembarque
Foz do Rio Formoso)

Santuário do Mero
A.S. 2.4.17 Argila – Embarque / desembarque 2 embarcações Embarque e
(Carneiros/ Guadalupe -
de embarcação de turismo miúda em simultâneo desembarque
Foz do Rio Formoso)

Santuário do Mero
A.S. 2.4.19 Argila – Embarque / desembarque Embarque e
1 embarcação (Carneiros/Guadalupe -
de embarcação do tipo catamarã desembarque
Foz do Rio Formoso)

Santuário do Mero
A.S. 2.4.20 Guadalupe - Embarque e
1 embarcação (Carneiros/ Guadalupe -
Embarque/ desembarque desembarque
Foz do Rio Formoso)

Santuário do Mero
A.S. 2.4.21 Píer Mariassu – 5 embarcações Embarque e
(Carneiros/ Guadalupe -
Embarque/ desembarque em simultâneo desembarque
Foz do Rio Formoso)

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA ESTUARINA SANTUÁRIO DO MERO 56


Figura 61 - Localização das áreas de embarque e desembarque na subzona
de Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso (1 de 4)

Figura 62 - Localização das áreas de embarque e desembarque na subzona


de Carneiros/ Guadalupe - foz do rio Formoso (2 de 4)

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA ESTUARINA SANTUÁRIO DO MERO 57


Figura 63 - Localização das áreas de embarque e desembarque na subzona
de Carneiros/Guadalupe - Foz do Rio Formoso (3 de 4)

Figura 64 - Localização das áreas de embarque e desembarque na subzona


de Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso (4 de 4)

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA ESTUARINA SANTUÁRIO DO MERO 58


6.4.4 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA PARA
AS ÁREAS DE FUNDEIO DE EMBARCAÇÕES

Na subzona Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso, Figura_65, há apenas uma 1


área definida para fundeio de embarcações (Figura_66). De acordo com o ZATAN, trata-se
de área pública destinada ao fundeio de embarcações miúdas ligadas ao transporte dos
trabalhadores locais.

Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade de


Carga Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo 17
do Volume 2. A capacidade de carga para o fundeio de embarcações em Carneiros/ Guada-
lupe - Foz do Rio Formoso é apresentada no Quadro_17.

Figura 65 - A.S. 2.4.16 Argila – Fundeio de


embarcações exclusiva para trabalhadores locais

Quadro 17 - Resultado da capacidade de carga para as áreas de fundeio de


embarcações na subzona Carneiros/ Guadalupe – Foz do Rio Formoso

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

A.S. 2.4.16 Argila – Fundeio Santuário do Mero


de embarcações exclusiva 1 embarcação (Carneiros/ Guadalupe – Fundeio de embarcações
para trabalhadores locais Foz do Rio Formoso)

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA ESTUARINA SANTUÁRIO DO MERO 59


Figura 66: Localização da área de fundeio de embarcações na subzona
de Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso

6.4.5 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA


PARA AS ÁREAS DE USO RECREATIVO

As áreas de uso recreativo da subzona Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso (Figu-
ra_67, Figura_68 e Figura_69) compreende 7 áreas (Figura_71 e Figura_71) e são caracteriza-
das no ZATAN como destinadas a banhistas, podendo ser compartilhadas com atividades da
pesca artesanal as quais não conflitem por espaço nem ofereçam risco de acidente.

Figura 67 - A.S. 2.4.2 Figura 68 - Usuários na A.S. 2.4.7


Prainha – Banhistas Restaurante 1 – Banhistas

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA ESTUARINA SANTUÁRIO DO MERO 60


Figura 69 - A.S. 2.4.12 Pontal dos
Carneiros – Banhistas

Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade


de Carga Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo
18 do Volume 2.

A capacidade de carga para as áreas de uso recreativo é apresentada no Quadro_18.

Quadro 18 - Resultado da capacidade de carga para as áreas de uso recreativo


na subzona Carneiros/ Guadalupe – Foz do Rio Formoso

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

Santuário do Mero
A.S. 2.4.2 Prainha – Banhistas 54 usuários em simultâneo (Carneiros/ Guadalupe – Uso recreativo
Foz do Rio Formoso)

Santuário do Mero
A.S. 2.4.4 Igrejinha
770 usuários em simultâneo (Carneiros/ Guadalupe - Uso recreativo
– Banhistas 1
Foz do Rio Formoso)

Santuário do Mero
A.S. 2.4.6 Igrejinha
1273 usuários em simultâneo (Carneiros/ Guadalupe - Uso recreativo
– Banhistas 2
Foz do Rio Formoso)

Santuário do Mero
A.S. 2.4.7 Restaurante
800 usuários em simultâneo (Carneiros/ Guadalupe - Uso recreativo
1 – Banhistas
Foz do Rio Formoso)

Santuário do Mero
A.S. 2.4.12 Pontal dos
622 usuários em simultâneo (Carneiros/ Guadalupe - Uso recreativo
Carneiros – Banhistas
Foz do Rio Formoso)

Santuário do Mero
A.S. 2.4.14 Argila – Banhista 1 10 usuários em simultâneo (Carneiros/ Guadalupe - Uso recreativo
Foz do Rio Formoso)

Santuário do Mero
A.S. 2.4.18 Argila – Banhista 2 9 usuários em simultâneo (Carneiros/ Guadalupe - Uso recreativo
Foz do Rio Formoso)

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA ESTUARINA SANTUÁRIO DO MERO 61


Figura 70 - Localização das áreas de uso recreativo na subzona de
Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso (1 de 2)

Figura 71 - Localização das áreas de uso recreativo na subzona de


Carneiros/Guadalupe - Foz do Rio Formoso (2 de 2)

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA ESTUARINA SANTUÁRIO DO MERO 62


7 CAPACIDADE DE CARGA DA
ZONA AMBIENTE PRAIAL

A zona Ambiente Praial engloba a costa litorânea dos municípios de Sirinhaém, de Taman-
daré e faixas de praia no canal do rio Formoso, do município de Rio Formoso, conforme
delimitação no mapa do Zoneamento Ambiental e Territorial das Atividades Náuticas. Inse-
re-se na zona de atuação da Área de Proteção Ambiental de Guadalupe, da Área de Prote-
ção Ambiental Costa dos Corais e do Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré. Na
porção continental, a zona Ambiente Praial abrange uma faixa de 50 m a partir da linha de
preamar máxima, exceto nas falésias dos terraços marinhos da praia de Guadalupe, onde a
faixa corresponde a 270 m a partir da borda dos terraços, como caracterizado no Plano de
Manejo da APA de Guadalupe.

É composta por 11 áreas distribuídas entre as seguintes subzonas:

• 3.1 subzona Praia da


Gamela/ Aver o Mar;

• 3.2 subzona Praia de Guadalupe;

• 3.3 subzona Praia da Argila;

• 3.4 subzona Praia dos Carneiros;

• 3.5 subzona Praia da Pedra


e Praia do Reduto;

• 3.6 subzona Praia de Tamandaré.

7.1 SUBZONA PRAIA DA GAMELA/ AVER O MAR


A subzona Praia da Gamela/ Aver o Mar está inserida no município de Sirinhaém e na zona
de atuação da APA de Guadalupe. A subzona tem limite norte com a praia da Gamela/ Aver o
Mar, limite leste com o Oceano Atlântico, limite sul com a praia de Guadalupe e limite oeste
com o continente.

Estão compreendidas nesta subzona áreas destinadas a:

• estacionamento
de barcos de pesca;

• praia.

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA AMBIENTE PRAIAL 63


7.1.1 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA PARA A
ÁREA DE ESTACIONAMENTO DOS BARCOS DE PESCA

Há somente 1 área de estacionamento de barcos de pesca na subzona Praia da Gamela/ Aver


o Mar (Figura_72). Esta área é caracterizada no ZATAN como uma área destinada apenas ao
estacionamento de embarcações de pesca.

Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade de Carga
Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo 19 do Volume 2.

Figura 72 - Localização da área de estacionamento de barcos de pesca na subzona Praia da Gamela/ Aver o Mar

A capacidade de carga para a única área de estacionamento de barcos de pesca da subzona


Gamela/ Aver o Mar é apresentada no Quadro_19.

Quadro 19 - Resultado da capacidade de carga para a área de estacionamento


de barcos de pesca na subzona Gamela/ Aver o Mar

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

A.S. 3.1.1 Gamela/ Aver


16 embarcações Ambiente Praial (praia da Estacionamento de
o Mar - Estacionamento
em simultâneo Gamela/ praia de Aver o Mar) barcos de pesca
de barcos de pesca

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA AMBIENTE PRAIAL 64


7.1.2 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE
DE CARGA PARA A ÁREA DE PRAIA

A área de praia da subzona Praia da Gamela/ Aver o Mar corresponde à praia da Gamela/
Aver o Mar propriamente dita, conforme delimitada no ZATAN (Figura_73).

Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade


de Carga Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo
20 do Volume 2.

A capacidade de carga para a praia da subzona Gamela/ Aver o Mar é apresentada no Quadro_20.

Quadro 20 - Resultado da capacidade de carga para


a área de praia na subzona Gamela/ Aver o Mar

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

3.1 Subzona Praia da Ambiente Praial (praia da


1796 usuários em simultâneo Praia
Gamela/ Aver o Mar Gamela/ praia de Aver o Mar)

Figura 73 - Localização da praia na subzona Praia da Gamela/ Aver o Mar

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA AMBIENTE PRAIAL 65


7.2 SUBZONA PRAIA DE GUADALUPE
A subzona Praia de Guadalupe está inserida no município de Sirinhaém e na zona de atuação
da APA de Guadalupe. A subzona tem limite norte com a praia de Aver o Mar, limite leste com
o Oceano Atlântico, limite sul com a foz do rio Formoso, contemplando a faixa de areia da
margem esquerda desta foz (pontal de Guadalupe) até a praia da Argila (limite oeste).

Estão compreendidas nesta subzona áreas destinadas a:

• praia;

• proteção dos terraços


marinhos e falésias.

A área A.S. 3.2.1 Guadalupe - Proteção dos Terraços Marinhos e Falésias é destinada pelo
ZATAN à proteção dos terraços marinhos e falésias, onde proíbe-se construções de apoio à
atividade náutica, definitivas ou temporárias, em faixa de 270 m contados a partir da borda
do terraço em direção ao continente, conforme o plano de manejo da APAG. São proibidas
também a construção e a operação de barracas com fim gastronômico. Dada, pois, a invia-
bilidade da atividade náutica nesta área, não foi realizado cálculo de capacidade de carga
para a mesma.

7.2.1 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE


DE CARGA PARA A ÁREA DE PRAIA

A área de praia da subzona Praia de Guadalupe corresponde à praia de Guadalupe propria-


mente dita conforme delimitada no ZATAN (Figura_74).

Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade


de Carga Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo
21 do Volume 2.

A capacidade de carga para a praia da subzona Praia de Guadalupe é apresentada no Quadro_21.

Quadro 21 - Resultado da capacidade de carga para a área de praia na subzona Praia de Guadalupe

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

3.1 Subzona Praia da Ambiente Praial (praia da


1796 usuários em simultâneo Praia
Gamela/ Aver o Mar Gamela/ praia de Aver o Mar)

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA AMBIENTE PRAIAL 66


Figura 74 - Localização da praia na subzona Praia de Guadalupe

7.3 SUBZONA PRAIA DA ARGILA


A subzona Praia da Argila está inserida no município de Sirinhaém e na zona de atuação
da APA de Guadalupe. Está localizada na margem norte da foz do rio Formoso. Faz limite a
leste com a subzona praia de Guadalupe, limite sul com o rio Formoso, segue até a foz do rio
Mariassu, no limite oeste, e tem limite norte com o continente (Sirinhaém).

7.3.1 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE


DE CARGA PARA A ÁREA DE PRAIA

Esta subzona é composta apenas pela área da praia da Argila propriamente dita, conforme
delimitada no ZATAN (Figura_75).

Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade


de Carga Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo
22 do Volume 2.

A capacidade de carga para a área de praia da subzona Praia da Argila é apresentada no


Quadro_22.

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA AMBIENTE PRAIAL 67


Quadro 22: Resultado da capacidade de carga para
a área de praia na subzona Praia da Argila

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

3.3 Subzona Praia da Argila 606 usuários em simultâneo Ambiente Praial (praia da Argila) Praia

Figura 75 - Localização da praia na subzona Praia da Argila

7.4 SUBZONA PRAIA DOS CARNEIROS


A subzona Praia dos Carneiros, no município de Tamandaré, corresponde a uma faixa de
praia que abrange uma porção da margem sul da foz do rio Formoso, limitada a oeste com
a foz do rio Ariquindá, ao norte com o canal do rio Formoso, continuada por uma faixa de
orla marítima, limitada a leste com o Oceano Atlântico e ao sul com a praia de Tamandaré.
Situa-se na zona de atuação da APA de Guadalupe e APA Costa dos Corais.

7.4.1 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA PARA A ÁREA DE PRAIA


A área de praia da subzona Praia dos Carneiros corresponde à praia dos Carneiros propria-
mente dita conforme delimitada no ZATAN (Figura_76).

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA AMBIENTE PRAIAL 68


Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade de Carga
Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo 23 do Volume 2.

A capacidade de carga para a praia da subzona Praia dos Carneiros é apresentada no Quadro_23.

Quadro 23: Resultado da capacidade de carga para a área de praia na subzona Praia dos Carneiros

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

3.4 Subzona Praia Ambiente Praial (praia


6298 usuários em simultâneo Praia
dos Carneiros dos Carneiros)

Figura 76 - Localização da praia na subzona Praia dos Carneiros

7.5 SUBZONA PRAIA DA PEDRA E PRAIA DO REDUTO


A subzona Praia da Pedra e Praia do Reduto está inserida no município de Rio Formoso, é
formada por praias estuarinas no canal do rio Formoso e está situada na Área de Proteção
Ambiental de Guadalupe. Tem como limite oeste camboas do rio Formoso, limita-se ao norte
pelo canal do rio Formoso, tem limite leste com o rio Ariquindá, e limita-se ao sul pelo muni-
cípio de Rio Formoso.

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA AMBIENTE PRAIAL 69


7.5.1 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE
DE CARGA PARA A ÁREA DE PRAIA

A área de praia da subzona Praia da Pedra e Praia do Reduto corresponde à faixa de praia
propriamente dita conforme delimitada no ZATAN (Figura_77).

Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade


de Carga Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo
24 do Volume 2.

A capacidade de carga para a praia da subzona Praia da Pedra e Praia do Reduto é apresen-
tada no Quadro_24.

Quadro 24 - Resultado da capacidade de carga para a área de praia


na subzona Praia da Pedra e Praia do Reduto

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

3.5 Subzona Praia da Ambiente Praial (praia da


777 usuários em simultâneo Praia
Pedra e Praia do Reduto Pedra e praia do Reduto)

Figura 77 - Localização da praia na subzona Praia da Pedra e Praia do Reduto

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA AMBIENTE PRAIAL 70


7.6 SUBZONA PRAIA DE TAMANDARÉ
A subzona Praia de Tamandaré está inserida na zona de atuação da APA de Guadalupe, da
APA Costa dos Corais e do Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré. Limita-se ao
norte com a praia dos Carneiros, a leste com o Oceano Atlântico, ao sul com o píer do CEPE-
NE e a oeste com a parte continental do município de Tamandaré.

Estão compreendidas nesta subzona áreas destinadas a:

• estacionamento de barcos de pesca;


• praia.

7.6.1 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA PARA A


ÁREA DE ESTACIONAMENTO DOS BARCOS DE PESCA

Há 4 áreas de estacionamento de barcos de pesca na subzona Praia de Tamandaré (Figu-


ra_78). Esta área é caracterizada no ZATAN como uma área destinada apenas ao estaciona-
mento de embarcações de pesca e das jangadas utilizadas na atividade turística náutica.

Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade de Carga
Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo 25 do Volume 2.

A capacidade de carga para a área de estacionamento de barcos de pesca da subzona Praia


de Tamandaré é apresentada no Quadro_25.

Quadro 25 - Resultado da capacidade de carga para a área de estacionamento


de barcos de pesca na subzona Praia de Tamandaré

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

A.S. 3.6.1 Tamandaré Pesca Ambiente Praial (praia Estacionamento de


22 embarcações em simultâneo
1 - Estacionamento de Tamandaré) barcos de pesca

A.S. 3.6.2 Jangadeiros Ambiente Praial (praia Estacionamento de


21 embarcações em simultâneo
Tamandaré 1 - Estacionamento de Tamandaré) barcos de pesca

A.S. 3.6.3 Jangadeiros Ambiente Praial (praia Estacionamento de


5 embarcações em simultâneo
Tamandaré 2 - Estacionamento de Tamandaré) barcos de pesca

A.S. 3.6.4 Tamandaré Pesca Ambiente Praial (praia Estacionamento de


30 embarcações em simultâneo
2 - Estacionamento de Tamandaré) barcos de pesca

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA AMBIENTE PRAIAL 71


Figura 78 - Localização dos estacionamentos de barcos de pesca na subzona Praia de Tamandaré

7.6.2 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE


DE CARGA PARA A ÁREA DE PRAIA

A área de praia da subzona Praia de Tamandaré corresponde à praia de Tamandaré propria-


mente dita, conforme delimitada no ZATAN (Figura_79).

Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade


de Carga Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo
26 do Volume 2.

A capacidade de carga para a praia da subzona Praia de Tamandaré é apresentada no


Quadro_26.

Quadro 26 - Resultado da capacidade de carga para a área de praia na subzona Praia de Tamandaré

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

3.6 Subzona Praia Ambiente Praial (praia


6948 usuários em simultâneo Praia
de Tamandaré de Tamandaré)

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA AMBIENTE PRAIAL 72


Figura 79 - Localização da praia na subzona Praia de Tamandaré

CAPACIDADE DE CARGA DA ZONA AMBIENTE PRAIAL 73


8 CAPACIDADE DE CARGA DA ILHA DE SANTO ALEIXO

Localizada no extremo norte da porção marinha da APA de Guadalupe, a ilha de Santo


Aleixo, em Sirinhaém, situa-se em mar aberto, distando cerca de 2 km a leste do distrito de
Barra de Sirinhaém, município do mesmo nome. É uma ilha vulcânica cuja superfície é for-
mada por rochas e por vegetação originalmente arbustiva. Na sua porção oeste, apresenta
uma praia plana, de areias claras, e, na porção sul, uma enseada onde se forma uma grande
piscina de água transparente ladeada de rochas. Não há habitantes na ilha, mas ela é utili-
zada por pescadores e pequenos comerciantes que se deslocam de Sirinhaém para lá. É um
local muito procurado para praticar mergulho livre. Nos termos do presente estudo, foram
consideradas quatro áreas: a praia, a piscina natural, a área de fundeio de embarcações, e
a área de embarque e desembarque.

8.1.1 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA PARA


A ÁREA DE PRAIA NA ILHA DE SANTO ALEIXO

A praia da ilha de Santo Aleixo (Figura_80) não é abrangida pelo ZATAN. Sendo assim, a área
foi definida (Figura_84) e calculada a partir da análise de imagens de satélite.

Figura 80 - Praia da ilha de Santo Aleixo

Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade


de Carga Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo
27 do Volume 2.

CAPACIDADE DE CARGA DA ILHA DE SANTO ALEIXO 74


8.1.2 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA PARA A
PISCINA NATURAL DA ILHA DE SANTO ALEIXO

A piscina da ilha de Santo Aleixo (Figura_81) não se encontra definida no ZATAN. Sendo as-
sim, esta área foi definida (Figura_85) e calculada a partir da análise de imagens de satélite.

Figura 81 - Piscina da ilha de Santo Aleixo

Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade de Carga
Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo 28 do Volume 2.

8.1.3 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA PARA A ÁREA DE


FUNDEIO DE EMBARCAÇÕES NA ILHA DE SANTO ALEIXO

A área de fundeio de embarcações da ilha de Santo Aleixo (Figura_82 e Figura_83) não se


encontra definida no ZATAN. Sendo assim, esta área foi definida (Figura_86) e suas dimen-
sões foram calculadas a partir da análise de imagens de satélite.

Figura 82 - Área de fundeio de Figura 83 - Área de fundeio de


embarcações na ilha de Santo Aleixo embarcações na ilha de Santo Aleixo

CAPACIDADE DE CARGA DA ILHA DE SANTO ALEIXO 75


Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacida-
de de Carga Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no
Anexo 29 do Volume 2.

8.1.4 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA PARA


AS ÁREAS DE EMBARQUE E DESEMBARQUE

O local de embarque e desembarque da ilha de Santo Aleixo foi obtido a partir de observação
in loco e compreende um trecho em que ocorrem o embarque e desembarque dos usuários
que visitam a ilha (Figura_87).

Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade


de Carga Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo
30 do Volume 2.

As capacidades de carga para as quatro áreas da ilha de Santo Aleixo podem ser conferidas
no Quadro_27.

Quadro 27 - Resultado da capacidade de carga para a ilha de Santo Aleixo

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

A.S. 4.1 Ilha de Santo 438 usuários por dia (sendo


Ilha de Santo Aleixo Praia
Aleixo - Praia 364 usuários em simultâneo)

A.S. 4.2 Ilha de Santo 309 usuários por dia (sendo


Ilha de Santo Aleixo Piscinas naturais (banho)
Aleixo - Piscina 34 usuários em simultâneo)

A.S. 4.3 Ilha de Santo Aleixo


17 embarcações em simultâneo Ilha de Santo Aleixo Fundeio de embarcações
- Fundeio de embarcações

A.S. 4.4 Ilha de Santo Aleixo


2 embarcações em simultâneo Ilha de Santo Aleixo Embarque e desembarque
- Embarque e desembarque

CAPACIDADE DE CARGA DA ILHA DE SANTO ALEIXO 76


Figura 84 - Localização da praia da ilha de Santo Aleixo

Figura 85: Localização da piscina natural da ilha de Santo Aleixo

CAPACIDADE DE CARGA DA ILHA DE SANTO ALEIXO 77


Figura 86 - Localização do local de fundeio de embarcações da ilha de Santo Aleixo

Figura 87 - Localização da área de embarque e desembarque na ilha de Santo Aleixo

CAPACIDADE DE CARGA DA ILHA DE SANTO ALEIXO 78


9 CAPACIDADE DE CARGA DOS PASSEIOS DE BARCO

9.1 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA


PARA OS PASSEIOS DE BARCO

Nas subzonas Carneiros/ Guadalupe - Foz do Rio Formoso, rio Ariquindá, praia da Gamela/
Aver o Mar, praia da Argila e praia dos Carneiros são oferecidos passeios náuticos aos visi-
tantes da APA de Guadalupe por associações de barqueiros e lancheiros de base comunitária
residentes em Rio Formoso, Tamandaré e Sirinhaém e por restaurantes e empresas de pas-
seio náutico. Os passeios seguem o mesmo padrão. Embora saindo de áreas diferentes do
rio Ariquindá e da praia de Carneiros, os barcos realizam o mesmo percurso com paradas de,
em média, 40 minutos em cada ponto a visitar: praia da Argila em Sirinhaém, banco de areia
Tejucussu na foz do rio Formoso, capela São Benedito na praia dos Carneiros no município
de Tamandaré, e piscina Batença na foz do rio Formoso. Apenas o passeio oferecido por em-
presa de passeio náutico que sai da praia de Gamela faz percurso diferente, embora também
faça parada de 40 minutos em média em cada ponto visitado. Este passeio para na piscina
Poço Azul na praia de Gamela/ Aver o Mar (Sirinhaém) ou na piscina Batença, na praia da
Argila, no banco de areia Tejucussu, na capela São Benedito e no encontro do rio Ariquindá
com o rio Formoso. Com exceção do período das marés de sizígia, as quais se caracterizam
por preamares muito grandes e baixa-mares muito baixas, que ocorrem três dias antes e
um dia depois das luas cheia e nova e representam os melhores períodos para a visitação às
piscinas e ao banco de areia, a visitação a esses lugares acontece em qualquer período de
maré durante o ano todo.

De acordo com o Cadastro de Condutores de Embarcações Turísticas - APA de Guadalupe


(2021), há um total de 209 embarcações cadastradas de turismo náutico (17 catamarãs e 192
lanchas, barcos de madeira e jangadas) circulando na área compreendida pelas subzonas.
Informações provenientes de operadores de embarcações coletados entre dezembro/2020
e janeiro/2021 apresentaram contabilizados 22 catamarãs em circulação que, juntamente
com os barcos e lanchas, realizam os seguintes roteiros:

• Roteiro 1 – Embarque – Praia de Gamela / Aver o Mar (Sirinhaém): desse ponto de embarque, saem dois
catamarãs e uma lancha por dia a depender da procura, com mais fluxo nos finais de semana, principalmente
no período de dezembro a fevereiro. O percurso realizado é de aproximadamente 14,62 km, com duração de
4 horas e meia, parando nos pontos de visitação e permanecendo em média 40 minutos em cada um. Os
catamarãs saem do ponto de embarque, margeando a praia de Gamela, e chegam até a piscina Poço Azul
(Gamela/ Aver o Mar), que fica nessa praia. De lá seguem para a praia dos Carneiros, fazendo uma parada
na capela de São Benedito e depois continuam seu percurso até a foz do rio Ariquindá, parando para as
pessoas observarem a praia do Reduto em Rio Formoso. Desse ponto, seguem para a praia da Argila, onde
há uma parada, e continuam até o banco de areia Tejucussu, onde há outra parada. Quando a maré não
possibilita que as embarcações permaneçam na piscina da praia da Gamela, os catamarãs param em frente
ao bar Bora Bora para as pessoas irem até a piscina Batença. Após a última parada, retornam para o ponto
de embarque (Figura_88).

• Roteiro 2 – Embarque – Bar Bora Bora na praia dos Carneiros (Tamandaré): desse ponto de embarque, saem
lanchas e de dois a três catamarãs por dia, nos finais de semana, no período de alta estação ou em mais dias
da semana, a depender da procura. O percurso realizado é de 4,87 km, com duração de aproximadamente 3

CAPACIDADE DE CARGA DOS PASSEIOS DE BARCO 79


horas. As embarcações saem do ponto de embarque e fazem uma parada na capela de São Benedito. Depois
seguem até a praia da Argila para, em seguida, pararem no banco de areia Tejucussu de onde voltam ao
ponto de embarque. Em cada um dos pontos de parada, a embarcação permanece em média 40 minutos.
Devido à maré, a sequência das paradas do roteiro pode ser alterada. Após a última parada, o catamarã
retorna para o ponto de embarque (Figura_89).

• Roteiro 3 – Embarque - Restaurante Mustako na praia dos Carneiros (Tamandaré): desse ponto de
embarque, saem lanchas nos finais de semana, no período de alta estação e durante outros dias da semana,
a depender da procura. O percurso realizado é de 5,69 km e tem duração de aproximadamente 3 horas. As
embarcações permanecem em média 40 minutos em cada ponto de parada. As lanchas saem do ponto
de embarque, margeando a praia na direção do mar, fazendo uma parada na piscina Batença. Em seguida,
dirigem-se para o banco de areia Tejucussu e depois seguem para a capela de São Benedito. Na sequência,
dirigem-se para a praia da Argila e de lá retornam para o ponto de embarque (Figura_90).

• Roteiro 4 – Embarque – Igreja São Benedito na praia dos Carneiros (Tamandaré): desse ponto de embarque,
saem lanchas todos os dias no período de alta estação ou em qualquer período e dias da semana, a
depender da procura. O percurso realizado é de 5,32 km, com duração de aproximadamente 3 horas e pode
ser alterado em função da maré. As embarcações saem do ponto de embarque, margeando a praia dos
Carneiros em direção ao mar, fazendo uma parada na piscina Batença. Depois seguem para o banco de areia
Tejucussu e para a praia da Argila. Permanecem em média 40 minutos em cada um dos pontos de parada.
Após a última parada, retornam para o ponto de embarque (Figura_91).

• Roteiro 5 – Embarque Bar/ Restaurante Sítio da Prainha na praia dos Carneiros (Tamandaré): todos os dias,
saem lanchas e catamarã do Sítio da Prainha, no período de alta estação ou em qualquer período e dias da
semana, a depender da procura. O percurso realizado é de 5,62 km, com duração de aproximadamente 3
horas e pode ser alterado em função da maré. As embarcações saem do ponto de embarque, margeando
a praia dos Carneiros em direção ao mar, fazendo uma parada na capela de São Benedito e depois seguem
para piscina Batença. Então, param no banco de areia Tejucussu e em seguida na praia da Argila. Desse
ponto, retornam para o ponto de origem. Permanecem em média 40 minutos em cada um dos pontos de
parada (Figura_92)

• Roteiro 6 – Embarque localidade de Mangueira – rio Ariquindá (Tamandaré): desse ponto de embarque,
saem apenas pequenos barcos de madeira todos os finais de semana, no período de alta estação, ou
durante a semana, em qualquer período do ano, a depender da procura. O percurso realizado é de 8,97 km,
com duração de aproximadamente 3 horas e pode ter a sequência alterada em função da variação da maré.
As embarcações saem do ponto de embarque e vão para a praia da Argila. De lá, seguem para o banco de
areia Tejucussu e depois para a piscina Batença. Da piscina vão para a capela de São Benedito, onde fazem a
última parada e retornam para o ponto de embarque. Permanecem em média 40 minutos em cada um dos
pontos de parada (Figura_93).

• Roteiro 7 – Embarque Assentamento Amaragi - rio Ariquindá (Tamandaré): desse ponto de embarque, saem
de dois a três catamarãs e lanchas por dia, nos finais de semana, no período de alta estação, a depender da
procura. O percurso realizado é de aproximadamente 9,67 km, com duração de aproximadamente 3 horas,
permanecendo em média 40 minutos em cada ponto de parada. As embarcações navegam pelo canal do
rio Ariquindá até atingirem o rio Formoso, fazendo uma parada na praia da Argila. Daí seguem para o banco
de areia Tejucussu. Do banco de areia, vão até a piscina Batença, de onde continuam seu percurso até a
capela de São Benedito. Após parada na capela, retornam para o ponto de embarque (Figura_94).

• Roteiro 8 – Embarque porto Lamarão da Peça - rio Ariquindá (Tamandaré): desse porto Lamarão, como
é mais conhecido pelos pescadores saem dois catamarãs e duas lanchas por dia, nos finais de semana e
feriados, no período de alta estação, a depender da procura. De todos os passeios, esse, que parte desse
local, é o mais longo, pela distância entre os pontos de parada. O percurso realizado é de 17,4 km, com
duração de aproximadamente 3 horas e meia. O porto está localizado entre as marinas do Rio e marina
dos Carneiros, no final da rua 2 de Novembro, em Tamandaré. Os catamarãs saem do ponto de embarque
pelo rio Ariquindá, chegando ao rio Formoso e indo para a praia da Argila, onde fazem a primeira parada.
Na sequência, seguem para o banco de areia Tejucussu. Do banco de areia, vão até a piscina Batença e daí
continuam até a capela São Benedito para a última parada. Após a última parada, retornam para o ponto de
embarque (Figura_95).

CAPACIDADE DE CARGA DOS PASSEIOS DE BARCO 80


Figura 88 - Trajeto do Roteiro 1

Figura 89 - Trajeto do Roteiro 2

CAPACIDADE DE CARGA DOS PASSEIOS DE BARCO 81


Figura 90 - Trajeto do Roteiro 3

Figura 91 - Trajeto do Roteiro 4

CAPACIDADE DE CARGA DOS PASSEIOS DE BARCO 82


Figura 92 - Trajeto do Roteiro 5

Figura 93 - Trajeto do Roteiro 6

CAPACIDADE DE CARGA DOS PASSEIOS DE BARCO 83


Figura 94 - Trajeto do Roteiro 7

Figura 95 - Trajeto do Roteiro 8

CAPACIDADE DE CARGA DOS PASSEIOS DE BARCO 84


Os detalhes sobre os cálculos referentes às Capacidade de Carga Física (CCF), Capacidade
de Carga Real (CCR) e Capacidade de Carga Efetiva (CCE) podem ser consultados no Anexo
31 do Volume 2.

A capacidade de carga para os passeios de barco pode ser conferida no Quadro_28.

Quadro 28 - Resultado da capacidade de carga para os passeios de barco

Área Capacidade de Carga Subzona Tipo de uso

Roteiro 1 – Embarque –
Praia de Gamela / Aver 24 embarcações por dia Passeio de barco (Catamarã) Turismo náutico
o Mar (Sirinhaém)

Roteiro 2 – Embarque – Bar


Passeio de barco
Bora Bora na praia dos 12 embarcações por dia Turismo náutico
(Lancha e catamarã)
Carneiros (Tamandaré)

Roteiro 3 – Embarque -
Restaurante Mustako na praia 14 embarcações por dia Passeio de barco (Lancha) Turismo náutico
dos Carneiros (Tamandaré)

Roteiro 4 – Embarque – Igreja


São Benedito na praia dos 13 embarcações por dia Passeio de barco (Lancha) Turismo náutico
Carneiros (Tamandaré)

Roteiro 5 – Embarque
Bar/ Restaurante Sítio Passeio de barco
14 embarcações por dia Turismo náutico
da Prainha na praia dos (Lancha e catamarã)
Carneiros (Tamandaré)

Roteiro 6 – Embarque
localidade de Mangueira – rio 76 embarcações por dia Passeio de barco (Barcos) Turismo náutico
Ariquindá (Tamandaré)

Roteiro 7 – Embarque
Passeio de barco
assentamento Amaragi - rio 24 embarcações por dia Turismo náutico
(Lancha e catamarã)
Ariquindá (Tamandaré)

Roteiro 8 – Embarque
Passeio de barco
porto Lamarão da Peça - rio 37 embarcações por dia Turismo náutico
(Lancha e catamarã)
Ariquindá (Tamandaré)

CAPACIDADE DE CARGA DOS PASSEIOS DE BARCO 85


10 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados apresentados neste estudo devem ser vistos com cautela, no sentido de que
não é o mero atendimento ao limite máximo recomendado que irá assegurar a conservação
dos recursos naturais. Isto porque o comportamento dos usuários é tão importante quanto
a quantidade deles. Neste sentido, pode ocorrer de uma quantidade menor de pessoas com
comportamento inadequado causar um impacto mais significativo do que uma quantidade
maior de pessoas com comportamento responsável e respeitoso. Isto chama a atenção para
a necessidade incontornável de se aliar as estratégias de definição de um limite máximo de
usuários a ações de educação ambiental.

Diante da situação de pandemia causada pelo coronavírus COVID-19, convém levar em con-
sideração as medidas propostas pela Instância de Governança da Região Turística Histórica,
dos Arrecifes e Manguezais (IGRAM) que possui atuação no litoral sul de Pernambuco de
modo que a retomada das atividades náuticas possa ser feita com a devida cautela. No que
se refere especificamente à capacidade de carga das embarcações, cabe citar as recomenda-
ções do Protocolo para prevenção e controle da COVID-19 (Portal Sul Consórcio, 2020) para:

• restringir o número de passageiros a 35% da capacidade certificada


da embarcação, em se tratando de embarcações do tipo catamarã,
considerando o Decreto n° 50.049/2021, que estabelece o limite máximo
de 80 passageiros;

• restringir a quantidade de pessoas a no máximo 60% da capacidade


da embarcação, desde que sejam turistas da mesma família, quando se
tratar de embarcações do tipo lanchas, barcos e jangadas, considerando o
Decreto n° 50.049/2021, que estabelece o limite máximo de 9 passageiros.

CONSIDERAÇÕES FINAIS 86
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REFERÊNCIAS 90

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