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Fundamentos da Eletrotermofototerapia e

Princípios Físicos
Prof. Leonardo Brito
Curso Fisioterapia – Disciplina: Eletrotermofototerapia (ARA0602)
Rio de Janeiro, 2022

Prezado aluno: os slides são apenas para apresentar tópicos da disciplina


Para um aprofundamento você deverá procurar o material didático da Estácio e demais referências na biblioteca
Prof. Leonardo Brito

❖ Fisioterapeuta, Crefito-2/65.064-F
❖ Especialização em Terapia Manual – UCB;
❖ Formação em acupuntura em formato de Especialização acadêmica– ESEHA;
❖ Especialização em Saúde da Família – UFF;
❖ Docente UNESA Nova Iguaçu, Alcântara, Niterói e Norte Shopping;
❖ Supervisor Clinica-escola FisioIguaçu;
❖ Conselheiro do Crefito-2
❖ Presidente da Associação dos Fisioterapeutas do Estado do Rio de Janeiro - AFERJ

leonardo.brito@estacio.br
(21) 99846-4202
leo_brito_oliveira
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DRIVE DA DISCIPLINA

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Procedimento de Ensino Aprendizagem

A disciplina adotará o modelo de sala de aula invertida e aprendizagem baseada em


problemas. O processo de ensino aprendizagem iniciará por meio de uma preleção, que terá
como base uma situação problema previamente definida pelo professor. Serão utilizadas
como estratégias: exposição e discussão de filmes e documentários, estudos de casos que
subsidiarão a análise de problemas, debates estruturados, fóruns de discussão,
brainstormings, jogos e ferramentas digitais que tornarão o aluno protagonista de seu
aprendizado. Ao final da aula, será aplicada uma atividade verificadora de aprendizagem que
poderá ocorrer em ambiente presencial ou virtual. O modelo de aprendizagem prevê ainda a
realização da Atividade Autônoma Aura AAA: duas questões elaboradas para avaliar se os
objetivos estabelecidos, em cada plano de aula, foram alcançados pelos alunos. A Atividade
Autônoma Aura AAA tem natureza diagnóstica e formativa, suas questões são
fundamentadas em uma situação problema, estudada previamente, e cuja resolução permite
aferir o aprendizado do(s) tema/tópicos discutidos na aula.

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Procedimentos Avaliativos

Os procedimentos de avaliação contemplarão competências desenvolvidas durante a


disciplina nos âmbitos presencial e digital. Indicações para procedimentos e critérios de
avaliação:
As avaliações serão presenciais e digitais, alinhadas à carga horária da disciplina,
divididas da seguinte forma:
Avaliação 1 (AV1), Avaliação 2 (AV2), Avalição Digital (AVD) e Avaliação 3 (AV3)

❑ AV1 Contemplará os temas abordados na disciplina até a sua realização e será assim
composta:
Prova individual com valor total de 7 (sete) pontos; Atividades acadêmicas
avaliativas com valor total de 3 (três) pontos.

❑ AV2 Contemplará todos os temas abordados pela disciplina e será composta por uma
prova teórica no formato PNI Prova Nacional Integrada, e será assim composta:
Prova individual com valor total de 8,0 (oito) pontos; Atividades acadêmicas
avaliativas com valor total de 2,0 (dois) pontos.

❑ AVD Avaliação digital do(s) tema(s) / tópico(s) vinculado(s) ao crédito digital no valor
total de 10 (dez) pontos ou AVDs Avaliação digital do(s) tema(s) / tópico(s) vinculado(s)
ao crédito digital no valor total de 10 (dez) pontos. SERÁ APLICADA NO MESMO DIA
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DA AV2.
Procedimentos Avaliativos

❑ AV3 Contemplará todos os temas abordados pela disciplina. Será composta por uma
prova no formato PNI Prova Nacional Integrada, com total de 10 pontos, substituirá
a AV1 ou AV2 e não poderá ser utilizada como prova substituta para a AVD.

❑ Para aprovação na disciplina, o aluno deverá, ainda:


- atingir resultado igual ou superior a 6,0, calculado a partir da média
aritmética entre os graus das avaliações presenciais e digitais, sendo consideradas a
nota da AVD ou AVDs e apenas as duas maiores notas obtidas dentre as três etapas de
avaliação (AV1, AV2 e AV3). A média aritmética obtida será o grau final do aluno na
disciplina;
- Obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo menos, duas das três avaliações
presenciais e em uma das avaliações digitais (AVD ou AVDs);
- frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas.

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08/08/2022

03/10 – 07/10 01/10

05/11 08/11 -14/11


05/05 e 23/05

AV2 / AVD

28/11-03/12

09/12/2022
AV2 / AVDS
QUAL O OBJETIVO DO USO DA
ELETROFOTOTERMOTERAPIA?

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O que é Eletrotermofototerapia?

• Baseia-se na ação fisiológica de agentes elétricos,


eletromagnéticos, eletrofísicos e térmicos sobre os tecidos
biológicos.
• “Tratamento ou avaliação usando uma das várias
modalidades, incluindo estímulo elétrico, ultrassom, métodos
de aquecimento e resfriamento, diatermia por onda curtas e
radiação eletromagnética com infravermelho e terapias de luz
incluindo Laser e ultravioleta” (Robertson, 2009)
APRESENTAÇÃO DISCIPLINA

OBJETIVOS:
❑ Identificar os meios de transmissão de energia entre os agentes físicos e o
corpo humano, baseando-se nos conceitos físico fisiológicos básicos, para
auxiliar na compreensão da interação destes recursos terapêuticos com o
corpo humano.
❑ Empregar os diversos recursos eletrotermofototerapêuticos, baseado nos
conceitos físicos, para a correta indicação e aplicação em cada disfunção ou
patologia.
❑ Desenvolver conceitos teórico práticos da aplicabilidade dos recursos
eletrotermofototerapia fundamentado pelos conceitos básicos das disfunções
do corpo humano, para estabelecer o raciocínio clínico.
❑ Construir o raciocínio clínico, através do conhecimento dos efeitos
fisiológicos proporcionados pela eletrotermofototerapia, para escolher e
aplicar o recurso terapêutico mais adequado ao programa de reabilitação do
paciente.
❑ 7
Temas de Aprendizagem:

1. ELETROTERMOFOTOTERAPIA
1.1 INTRODUÇÃO À ELETROTERMOFOTOTERAPIA E AGENTES FÍSICOS

2. TERMOTERAPIA
2.1 TERMOTERAPIA: INTRODUÇÃO E CONCEITOS
2.2 HIPERTERMOTERAPIA
2.3 HIPOTERMOTERAPIA
2.4 ULTRASSOM TERAPÊUTICO
3. BIOFOTOTERAPIA (CRÉDITO DIGITAL)
3.1 BIOFOTOTERAPIA: INTRODUÇÃO E CONCEITOS
3.2 BIOFOTOTERAPIA: LASER
3.3 BIOFOTOTERAPIA: LASER, LUZ INTENSA PULSADA (LIP) E DIODO
EMISSOR DE LUZ (LED)
4. CORRENTES ELÉTRICAS TERAPÊUTICAS
4.1 CORRENTES ELÉTRICAS TERAPÊUTICAS: INTRODUÇÃO E
CONCEITOS
4.2 CORRENTES ELÉTRICAS TERAPÊUTICAS: CORRENTES DE BAIXA
FREQUÊNCIA
4.3 CORRENTES ELÉTRICAS TERAPÊUTICAS: CORRENTES DE MÉDIA
FREQUÊNCIA
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Indicação da Eletrotermofototerapia

➢ Controle de dores agudas e crônicas;


➢ Redução de edemas;
➢ Redução de contraturas articulares;
➢ Inibição de espasmos musculares;
➢ Minimização de atrofia por desuso;
➢ Reeducação muscular;
➢ Consolidação de fraturas;
➢ Fortalecimento muscular;
➢ Cicatrização de lesões abertas e fechadas.

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Legislação Coffito

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Legislação Coffito

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Legislação Coffito

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Legislação Coffito

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Resolução Coffito 8/1978

Art. 3º Constituem atos privativos do fisioterapeuta prescrever, ministrar e


supervisionar terapia física, que objetive preservar, manter, desenvolver ou restaurar
a integridade de órgão, sistema ou função do corpo humano, por meio de:
I - ação, isolada ou concomitante, de agente termoterápico ou crioterápico,
hidroterápico, aeroterápico, fototerápico, eletroterápico ou sonidoterápico,
determinando:
a) o objetivo da terapia e a programação para atingí-lo;
b) a fonte geradora do agente terapêutico, com a indicação de particularidades na
utilização da mesma, quando for o caso;
c) a região do corpo do cliente a ser submetida à ação do agente terapêutico;
d) a dosagem da frequência do número de sessões terapêuticas, com a indicação do
período de tempo de duração de cada uma; e
e) a técnica a ser utilizada; e

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Histórico da Eletrotermofototerapia

• Gregos: casa de banho no tratamento de doenças musculoesqueléticas e respiratórias (água e


calor)

• Romanos e gregos: piscinas de água quente e fria;

• 130 a.C. Peixe torpedo usado para analgesia ( 50 a 80 volts = 200Hz)

• 43 a.C., Scribonius Largus, Médico do imperador romano Claudio, descreveu com


detalhes o uso do peixe elétrico para tratar GOTA e dores de cabeça.
Histórico da Eletrotermofototerapia

• Luigi Galvani, 1781 – investigação do uso da eletricidade para contração muscular

• Alexander Von Humboldt, 1797, publicou os seus estudos sobre


a eletricidade animal. Concluiu que toda contração muscular é
precedida de uma descarga de nervos para os músculos.

• Luz solar já foi utilizada para tratar tuberculose e doenças ósseas


Histórico da Eletrotermofototerapia

• Michael Faraday (1791-1867) – A Era das correntes farádicas na eletromedicina.

• Guillaume Duchenne (1861) utilizou a corrente farádica para tratar eletroestimulação


muscular.
Onde estávamos: Onde estamos:

✓ Infravermelho ✓ Ondas curtas pulsátil por indução


✓ Calor superficial ✓ Tecaterapia
✓ Eletroestimulação passiva ✓ Terapia por ondas de choque
✓ Aplicação isolada ✓ Contração por indução
✓ Ultrassom
✓ Associação com cinesioterapia
✓ laserterapia

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O que são agentes físicos?

Na Física: tipo genérico de energia, como radiação


eletromagnética, som, calor, frio...

Energia e materiais aplicados aos pacientes para


auxiliar na recuperação de lesões.
Categorias de agentes físicos

- Aquecimento profundo e superficial


❖Agentes térmicos
- Esfriamento

- Compressão
❖Agentes mecânicos - Água
- Ultrasônico

- Estimulação
❖Agentes eletromagnéticos
- Aquecimento

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Energia Elétrica

Corrente elétrica: movimento de partículas carregadas


através de um condutor em resposta a um campo elétrico
aplicado.
Energia Elétrica

Eletróns desorganizados = movimento caótico

Eletróns organizados em uma direção

CORRENTE ELÉTRICA = CIRCUITO ELÉTRICO


Energia Elétrica
Energia Elétrica

• Fonte geradora de corrente = Volt (V) = voltagem

Potencial elétrico mais Potencial elétrico mais


Fluxo elétrons
alto 2,0 V baixo 0,0 V
Energia Elétrica

Tensão elétrica
127v
220v A quantidade de elétrons
que passa pelo condutor é
determinada pela
Amperagem (Ampèr = A)

Tensão elétrica
10v

As correntes usadas em aplicações eletroterapêuticas são muito


pequenas e são geralmente mensuradas em miliàmperes (mA) ou
microampères.
Energia Elétrica

Ampére: é o fluxo total de cargas através da área por unidade de tempo

Amperagem = Intensidade da Corrente


Correntes eletro-terapêuticas
Correntes eletro-terapêuticas

Fonte (ddp)
Cabo condutor

Eletrodos (transmissor)

Modulador
Polaridade dos eletrodos

Cor preta: Cátodo (+)= atrai íons e


moléculas de carga negativas

Cor vermelha: Ânodo (-) = atrai íons e


moléculas de carga positiva
Entendendo os tipos de ondas e tipos de corrente

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Entendendo os tipos de ondas e tipos de corrente

✓Corrente Contínua (CC) ou Polarizada: monofásica, contínua, ou seja o


fluxo unidirecional de elétrons em direção ao polo positivo.
- usada para fins terapêuticos e diagnóstico.
Ex: Corrente Galvânica, Farádica e Diadinâmica de Bernad

Efeitos fisiológicos:
x - Hiperemia local
- Vasodilatação local
-
- Elevação temperatura local
- Elevação metabolismo
- Otimização circulação
sanguínea
- Analgesia
Entendendo os tipos de ondas e tipos de corrente

✓Corrente Bifásica ou Alternada (CA) ou despolarizadas: fluxo contínuo de


elétrons é bidirecional, mudando-se constantemente ou invertendo a
polaridade.
Ex: TENS, Interferencial, Corrente Russa

Efeitos fisiológicos:
- Ação sobre os nervos
produz contração
muscular
- Aumenta o tônus
muscular e a
excitabilidade
Entendendo os tipos de ondas e tipos de corrente

✓Corrente pulsada: fluxo unidirecional ou bidirecional de partículas


carregadas que é interrompido por um período finito.

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Formato das Ondas

As correntes elétricas possuem aspecto sinusoidal, retangular, quadrada ou


espiculada(triangular), dente de serra

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Características descritivas de formas de onda de corrente pulsada e alternada

Característica Designações comuns


Número de fases Monofásica
Bifásica
Trifásica
Polifásica
Simetria da fase Simétrica
Assimétrica
Equilíbrio da carga da fase Equilibrada
Desequilibrada

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Tipos de Frequência de Ondas e corrente:

- Baixa Frequência: até 200Hz


ex: Galvânica, farádica, diadinâmica de Bernard, TENS, FES

- Média Frequência: 1.000Hz até 5.000 Hz


ex: Interferencial, corrente russa

- Alta Frequência: 10.000Hz até 100.000Hz


ex: ultrassom ,ondas curtas, microondas

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Tecidos e Impedância elétrica

❖ O quanto mais água tem o tecido, melhor a sua propriedade de conduzir a


corrente elétrica

Pouco condutores Condutores médios Bons condutores


Osso Pele úmida Sangue
Gordura Tendões Linfa
Pele seca Fáscias grossas Líquidos corporais
Pêlos Cartilagens Músculos
Unhas - Viscerais
- - Tecido nervoso

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Tecidos e Impedância elétrica

O que devo fazer para reduzir a impedância da pele?

Retirar o excesso de pelo do local;


Melhore o aporte sanguíneo anteriormente utilizando
modalidades como a massoterapia ou recursos de
hipertermoterapia;
Umedeça a pele;
Dê preferência para os eletroestimuladores com média
frequência (Russa ou Interferencial)

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Reparo Tecidual

❖ Inflamação: é uma reação do organismo a uma infecção ou agente estranho ou


lesão.

❖ Regeneração (Formação tecido de granulação): Proliferação de células tecidos


para substituir estruturas perdidas quando há pouca lesão do estroma.

❖ Cicatrização: é o processo pelo qual um tecido lesado é substituído por um


tecido conjuntivo vascularizado, numa tentativa de corrigir e não efetivamente
recuperar a função.

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Capacidade de Regeneração do tecido
❖ Células / Tecidos Lábeis: Divisão contínua. Células possuem a capacidade de se
proliferar por toda a vida, substituindo as que estão velhas ou destruídas.
ex: epitélio; hematopoiético; medula óssea
❖ Células / Tecidos estáveis: tecido em repouso mas que muda quando recebe um
determinado estímulo. A proliferação dessas células é particularmente importante na
cura de feridas.
ex: fibroblastos
❖ Células / Tecidos Permanentes: Não se dividem. Funções específicas como proteção,
suporte, armazenamento e condução.
ex: nervoso, musculo estriado

REGENERAÇÃO CICATRIZAÇÃO
Tecidos Lábeis e estáveis Tecidos permanentes
Lesão de dimensão pequena Lesão de dimensão grande
Alteração pouco significativa na Prejuízo na função do órgão ou
função tecidual tecido
Tecido de granulação mais
proeminente
Teoria da Contração da ferida / 45
Tração da ferida (miofibroblastos)
Fatores que influenciam no reparo tecidual

Locais Sistêmicos
- Infecção - Tabagismo
- Características da lesão - Etilismo
- Estresse mecânico - Diabetes Mellitus
- Neoplasias
- Desnutrição
- Idade

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Itens para a prescrição dos recursos eletrotermofototerapêuticos

• Objetivos
• Tratamento proposto
• Agente / recurso
• Local a ser aplicado
• Dosimetria
• Técnicas de aplicação
• Orientações aos pacientes

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