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NA FISIOTERAPIA
Professor Esp. Klaus Porto Azevedo
REITORIA Prof. Me. Gilmar de Oliveira
DIREÇÃO ADMINISTRATIVA Prof. Me. Renato Valença
DIREÇÃO DE ENSINO PRESENCIAL Prof. Me. Daniel de Lima
DIREÇÃO DE ENSINO EAD Profa. Dra. Giani Andrea Linde Colauto
DIREÇÃO FINANCEIRA Eduardo Luiz Campano Santini
DIREÇÃO FINANCEIRA EAD Guilherme Esquivel
COORDENAÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO Profa. Ma. Luciana Moraes
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE ENSINO Profa. Dra. Nelma Sgarbosa Roman de Araújo
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE PESQUISA Profa. Ma. Luciana Moraes
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE EXTENSÃO Prof. Me. Jeferson de Souza Sá
COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E PROCESSOS Prof. Me. Arthur Rosinski do Nascimento
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA EAD Profa. Ma. Sônia Maria Crivelli Mataruco
COORDENAÇÃO DO DEPTO. DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS Luiz Fernando Freitas
REVISÃO ORTOGRÁFICA E NORMATIVA Beatriz Longen Rohling
Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
Caroline da Silva Marques
Eduardo Alves de Oliveira
Jéssica Eugênio Azevedo
Marcelino Fernando Rodrigues Santos
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Bruna de Lima Ramos
Hugo Batalhoti Morangueira
Vitor Amaral Poltronieri
ESTÚDIO, PRODUÇÃO E EDIÇÃO André Oliveira Vaz
DE VÍDEO Carlos Firmino de Oliveira
Carlos Henrique Moraes dos Anjos
Kauê Berto
Pedro Vinícius de Lima Machado
Thassiane da Silva Jacinto
FICHA CATALOGRÁFICA
2023 by Editora Edufatecie. Copyright do Texto C 2023. Os autores. Copyright C Edição 2023 Editora Edufatecie.
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de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
AUTOR
Professor. Esp. Klaus Porto Azevedo
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APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
Caro aluno, nesta disciplina fascinante, mergulharemos nos complexos mecanismos
de ação e fisiologia dos recursos em eletrotermofototerapia. Vamos explorar como esses
recursos únicos interagem com os sistemas biológicos, cada um com suas peculiaridades
e características distintas.
Na Unidade I, vamos desvendar os mistérios da eletroanalgesia. Vamos entender
as diferentes formas de induzir a redução da dor e os parâmetros físicos envolvidos. Além
disso, vamos explorar como esses métodos interagem com os sistemas biológicos para
proporcionar alívio da dor.
Avançando para a Unidade II, vamos aprender sobre a geração de contrações
musculares eficazes através da estimulação elétrica. Vamos discutir as diferentes estratégias
para restaurar a função muscular, um componente crucial na reabilitação de pacientes com
uma variedade de condições.
Na Unidade III, vamos nos concentrar no Laser e no Ultrassom terapêutico. Vamos
entender como essas ferramentas podem ser usadas para consolidar fraturas e promover
a cicatrização de tecidos moles. Vamos explorar as várias aplicações dessas tecnologias e
como elas podem beneficiar os pacientes.
Finalmente, na Unidade IV, vamos concluir nossa jornada com o estudo das
diferentes formas de trocas de calor. Vamos discutir quando e como aplicar calor superficial
ou profundo pode ser benéfico no tratamento de lesões.
Estou ansioso para embarcar nesta jornada de aprendizado com você! Vamos
juntos descobrir o fascinante mundo da eletrotermofototerapia.
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SUMÁRIO
UNIDADE 1
O Uso Terapêutico de Correntes Elétricas
para Analgesia
UNIDADE 2
O Uso de Correntes Elétricas no Músculo
Esquelético
UNIDADE 3
O Uso do Ultrassom e Laser Terapêutico
UNIDADE 4
Explorando a Eficiência da Terapia por
Ondas Curtas
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Professor Esp. Klaus Porto Azevedo
O USO TERAPÊUTICO
ELÉTRICAS PARA
Objetivos da Aprendizagem
UNIDADE
• Modalidades do TENS.
eletroanalgesia.
1
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INTRODUÇÃO
Olá a todos, futuros fisioterapeutas! Hoje, vamos entrar em um campo empolgante
que nos permitirá explorar um aspecto fundamental do nosso trabalho: a aplicação das
correntes eletroanalgesia no contexto da reabilitação. Preparem-se para embarcar em uma
jornada fascinante que nos levará a compreender como a eletricidade pode ser utilizada de
maneira terapêutica para aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Imagine
a capacidade de aplicar conhecimentos científicos avançados para aliviar o desconforto e
acelerar a recuperação. Hoje, mergulharemos profundamente no mundo das "Correntes
Eletroanalgesia na Fisioterapia", onde aprenderemos a ciência por trás dessa técnica, suas
aplicações clínicas e como ela se encaixa perfeitamente em nosso arsenal terapêutico.
Animados? Então, vamos começar essa jornada de descoberta!
Nossa jornada pelo universo das correntes eletroanalgesia nos levará a desvendar
os princípios fundamentais dessa técnica. Vamos explorar a teoria por trás da estimulação
elétrica como uma ferramenta analgésica e entender como as correntes elétricas podem
influenciar o sistema nervoso, modulando a dor. Investigaremos os diferentes tipos de
correntes utilizados, como a TENS (Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea) e a FES
(Estimulação Elétrica Funcional), compreendendo quando e por que aplicá-las. Além disso,
abordaremos os mecanismos neurofisiológicos envolvidos na resposta analgésica e como
a eletroanalgesia pode ser integrada a outras abordagens terapêuticas. Essa compreensão
profunda nos capacitará a projetar intervenções personalizadas para nossos pacientes,
levando em consideração suas necessidades individuais.
A aplicação das correntes eletroanalgesia na fisioterapia representa uma jornada
emocionante em direção ao domínio de técnicas terapêuticas avançadas. Ao abraçarmos
os princípios científicos por trás dessas correntes elétricas, estaremos equipados para
proporcionar alívio eficaz da dor e melhorar a qualidade de vida daqueles que buscam
nossos cuidados. À medida que mergulhamos nesse tópico, vocês descobrirão como a
eletroanalgesia se integra perfeitamente ao nosso papel como fisioterapeutas, permitindo-
-nos oferecer uma abordagem holística e personalizada à reabilitação. Estou ansioso para
explorar junto com vocês as possibilidades dessa técnica e ver como ela se encaixará em
nosso repertório de tratamentos.
Vamos iniciar essa jornada eletrizante rumo ao conhecimento e habilidades que
moldarão nossas práticas futuras. Vamos começar a explorar as correntes eletroanalgesia
na fisioterapia!
DEFINIÇÕES E PARÂMETROS
FÍSICOS DO TENS
MODALIDADES DO
TENS
A eletroanalgesia com o uso da TENS pode ser feita de diferentes modos, sendo
cada um indicado no melhor momento terapêutico. A seguir, vamos descrever os
principais modos de aplicação do TENS.
• TENS Convencional: Aplicado com a frequência entre 80 e 150 Hz, baixa
intensidade, 60 a 100 μs, estimulando de forma contínua as fibras mielinizadas, de condução
rápida do estímulo. Importante ressaltar que a baixa intensidade não deve provocar
contrações musculares, muito menos sensação desagradável pelo paciente, sendo sempre
ajustada de acordo com a sensibilidade do indivíduo. Nesse tipo de estimulação, a analgesia
é imediata ou já começa a surgir após 10-15 minutos de aplicação, efeito que perdura de 20
a 30 minutos até duas horas, razão pela qual esse método é preferencialmente aplicado no
tratamento de dores agudas, tais como dores inflamatórias, pós-operatórias e miofasciais
agudas; Na TENS convencional, o padrão de emissão de pulsos é, geralmente, contínuo,
embora possa também ser conseguida emitindo os pulsos em “disparos” ou “trens”, e isso
tem sido descrito por alguns autores como TENS pulsada ou TENS burst;
• TENS Acupuntura: Aplicado com baixas frequências, menores que 4 Hz, com
longas durações de pulso, 150 a 200 μs, intensidade em nível motor baixo. De acordo
com Starkey (2001, p. 237), esse modo “estimula a glândula hipófise a liberar substâncias
químicas que estimulam a produção de endorfinas que reduzem a dor”. Isso ocorre porque
a hipófise libera hormônio adrenocorticotrófico e lipotropina, que, por sua vez, liberam
endorfinas que se ligam às fibras Aβ e C, bloqueando a passagem da dor; A estimulação
nesse modo deve provocar contração muscular confortável ao paciente, a duração do tra-
MECANISMOS DE
AÇÃO DO TENS
CONTRAINDICAÇÕES DO TENS
Será que existe diferença na disposição em que colocamos os eletrodos no paciente com dor no
tratamento de Dismenorreia?
Fonte: DA ROCHA RODRIGUES, A et al. Existe diferença no posicionamento dos eletrodos da TENS no tra-
tamento da dismenorreia primária? Estudo randomizado. Revista Pesquisa em Fisioterapia, v. 11, n. 1, p.
163-172, 2021.
Com este trecho de uma canção de Raul Seixas cabe uma excelente reflexão sobre como a dor do nosso
paciente sempre é real, nós como fisioterapeutas devemos sempre pensar em abraçar a dor do nosso
paciente e confortá-lo dando a ele o entendimento de que sua dor é sim real e que você o entende, este
tipo de atitude fará toda diferença durante sua terapêutica.
Bons estudos!
LIVRO
Título: Eletroterapia de Clayton
Autora: Sheila Kitchen
Ano: 2003
Editora: Manole
Sinopse: Desde a publicação da primeira edição, há mais de 60
anos, o número de fisioterapeutas envolvidos com esse campo
de atuação aumentou significantemente e, ao mesmo tempo,
descobertas científicas auxiliaram o desenvolvimento de toda
uma estrutura na qual a sua eficácia foi embasada. Tópicos im-
portantes nesta edição - textos escritos por pesquisadores e pro-
fissionais experientes; revisão geral dos princípios da medicina
e da biologia que fundamentam a utilização da eletroterapia; as
mais recentes especializações e pesquisas científicas; estímulo
à utilização de critérios adequados, assim como informações
importantes, para aplicação das técnicas fornecidas.
FILME/VÍDEO
Título: Eletroanalgesia TENS
Ano: 2018.
Sinopse: neste vídeo é abordado o método de aplicação básica
para uso seguro da eletroterapia.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Pj-
QpyWlUIE0&t=32s
Plano de Estudos
• Tipos de fibras musculares.
• Eletroestimulação Funcional (FES) e seus parâmetros.
• Colocação dos eletrodos e contraindicações.
• A corrente russa e seus parâmetros.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar parâmetros físicos em correntes
elétricas para fortalecimento.
• Compreender os tipos de correntes elétricas para fortalecimento.
• Estabelecer a importância da estimulação elétrica neuromuscular.
INTRODUÇÃO
E aí, pessoal! Como estão todos? Estou empolgado para embarcar em uma nova
aventura de aprendizado com vocês. Tenho certeza de que vocês já perceberam como a
fisioterapia é um campo incrivelmente dinâmico, onde a ciência e a prática se entrelaçam
para criar uma abordagem holística para o cuidado do corpo humano. E sabe do que
vamos falar desta vez? De algo que vai expandir ainda mais nossos horizontes: "Correntes
Elétricas e a Transformação Muscular". Sim, estamos entrando na emocionante dimensão
onde a eletricidade e os músculos se encontram!
Vocês já imaginaram usar correntes elétricas não apenas para estimular a
atividade muscular, mas para realmente transformar a força e a resistência dos músculos?
Pois é exatamente isso que vamos explorar juntos. Vamos desvendar os segredos por
trás da combinação de pulsos elétricos e movimento humano, entender como isso pode
potencializar a reabilitação e até mesmo otimizar o desempenho esportivo. Nesta unidade,
vamos mergulhar nas teorias e nas aplicações práticas que envolvem essa técnica e, tenho
certeza, vocês vão ficar surpresos com as possibilidades que ela oferece.
Preparados para essa jornada eletrizante? Então, vamos começar a desvendar os
mistérios das correntes elétricas e sua relação com a transformação muscular!
TIPOS DE FIBRAS
MUSCULARES
O FES (Functional Electrical Stimulation) faz parte das correntes elétricas de baixa
frequência (até 1000Hz), não polarizadas, que são utilizadas com a finalidade de estimular
a contração muscular por meio de um estímulo elétrico.
Nos pacientes que permaneceram muito tempo imobilizados, o FES pode surgir
como um importante aliado para ajudar a retardar e tratar as hipotrofias por desuso, a manter
ou ganhar a amplitude de movimento articular e combater as contraturas, reduzindo assim
o tempo de recuperação funcional do indivíduo. Em condições clínicas como hemiplegia
e lesados medulares, um programa de estimulação elétrica neuromuscular diário pode
ajudar a minimizar a degeneração neuronal e muscular, contribuindo com a facilitação
neuromuscular ou auxiliando no controle da espasticidade. (Liebano, 2021)
● Indicação:
» Facilitação neuromuscular;
» Fortalecimento muscular;
» Ganhar ou manter a amplitude de movimento articular;
» Controlar a espasticidade;
» Como substituição ortótica;
» Subluxação de ombro.
CORRENTE RUSSA E
SEUS PARÂMETROS
Segundo Borges (2006), a corrente russa foi descrita por Kots, por volta de 1977,
como um estimulador muscular elétrico para aumentar o ganho de força, o que evoluiu.
Atualmente, é classificada como uma corrente de média frequência, de 2500 Hz, caracte-
rizada por apresentar uma onda senoidal de frequência de 2500 Hz e batimento de 50 Hz.
Com isso, obtemos trens de pulso (burst) com duração de 10 milissegundos, com intervalos
também de 10 milissegundos.
A corrente russa apresenta várias vantagens em relação à corrente de baixa
frequência. Uma dessas vantagens está relacionada à resistência (impedância) que o
corpo humano oferece à passagem da corrente elétrica. Como a impedância do corpo
é do tipo capacitivo e, em sistemas capacitivos, quanto maior a frequência menor será a
resistência, podemos concluir que uma corrente de média frequência, como é o caso da
corrente russa, diminui-se sensivelmente o desconforto da corrente à qual o paciente está
sendo submetido. Uma outra vantagem devido à diminuição da resistência do corpo é o
grau de profundidade alcançada pela corrente russa, sendo superior às correntes de baixa
frequência.
• Frequência de modulação: é a frequência de ciclos por segundo, ou seja, é
a corrente de baixa frequência dos pulsos;
• Intensidade: normalmente vai de 0 a 150 mA, podendo variar até 200 mA.
Vale a pena ressaltar que a intensidade deve ser ajustada de acordo com o limiar motor do
paciente. É importante que haja contração e não ocorra desconforto ao paciente, pois a dor
em alta intensidade pode inibir a contração muscular;
● Efeitos Fisiológicos:
» Aumento da circulação sanguínea;
» Melhora do retorno venoso;
» Aumento da oxigenação muscular;
» Hipertrofia muscular.
● Indicações:
» Flacidez muscular;
» Fortalecimento/manutenção da força muscular;
» Controle de espasticidade;
» Facilitação neuromuscular;
» Uso na estética.
“O Código de Ética e Deontologia da Fisioterapia, trata dos deveres do fisioterapeuta, no que tange ao
controle ético do exercício de sua profissão, sem prejuízo de todos os direitos e prerrogativas assegurados
pelo ordenamento jurídico.”
O Código de Ética do COFFITO deve ser do conhecimento de todo Fisioterapeuta, onde toda sua atuação
profissional deve ser balizada pelos deveres fundamentais dos fisioterapeutas e suas obrigações e limitações
enquanto profissionais da área de Fisioterapia.” Diante deste texto, é importante ressaltar a realização
de um trabalho sempre pautado dentro de evidências e de estudos publicados, isto traz segurança ao
fisioterapeuta e ao paciente.
LIVRO
Título: Eletroterapia Aplicada à Reabilitação: Dos Fundamentos
às Evidências
Autor: Richard Eloin Liebano.
Editora: Thieme Revinter.
Sinopse: As formas mais seguras e eficazes do uso da estimulação
elétrica aplicadas à reabilitação. Este livro foi desenvolvido
para servir como guia para estudantes e profissionais da área
da saúde interessados em aprofundar seus conhecimentos
sobre a eletroterapia. Ao longo de 10 capítulos e mais de 160
páginas, apresenta desde as bases físicas dos diferentes tipos
de correntes elétricas utilizadas para reparo tecidual, analgesia
e contração muscular, até as suas evidências científicas mais
atuais. A obra é ricamente ilustrada e conta com a participação
de renomados colaboradores do Brasil e do exterior, que
compartilham suas experiências juntamente com o autor.
Liebano possui mais de 20 anos de experiência docente em
eletroterapia, é bolsista produtividade em pesquisa do CNPq
e lidera um grupo de pesquisa com mais de 120 publicações
internacionais na área.
FILME/VÍDEO
Título: Eletroestimulação Muscular Quadríceps CIRURGIA JOE-
LHO LCA e MENISCO - Fisioterapia Dr. Robson Sitta.
Ano: 2019.
Sinopse: Neste vídeo o fisioterapeuta mostra uma forma de
emprego da estimulação elétrica em um caso real com um
paciente em pós-operatório.
Link do Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=sCZzE-
Pb55ho
O USO DO ULTRASSOM
E LASER TERAPÊUTICO
Plano de Estudos
• Mecanismos de funcionamento do laser terapêutico.
• Efeitos fisiológicos e terapêuticos da utilização do laser terapêutico.
• Mecanismo de funcionamento do ultrassom terapêutico.
• Efeitos terapêuticos e fisiológicos do ultrassom.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar o laser e ultrassom terapêutico.
• Compreender os mecanismos fisiológicos dos recursos físicos.
• Estabelecer a importância do laser e ultrassom terapêutico.
INTRODUÇÃO
A fisioterapia é uma área da saúde que busca promover a recuperação, reabilitação
e melhoria da qualidade de vida de pacientes por meio de diversas técnicas terapêuticas.
Entre essas técnicas, o laser terapêutico e o ultrassom terapêutico têm se destacado como
ferramentas eficazes no tratamento de uma variedade de condições musculoesqueléticas
e neurológicas.
O laser terapêutico utiliza a energia da luz para estimular os tecidos, promovendo
a cicatrização, reduzindo a dor e melhorando a função. Por meio de um mecanismo de
funcionamento baseado na interação da luz com as células, o laser terapêutico possui efeitos
fisiológicos que incluem a estimulação da regeneração tecidual, redução da inflamação,
melhora da circulação sanguínea e alívio da dor. Sua aplicação é amplamente utilizada em
diferentes áreas da fisioterapia, como ortopedia, traumatologia, reumatologia e neurologia.
Por outro lado, o ultrassom terapêutico utiliza ondas sonoras de alta frequência para
promover efeitos terapêuticos nos tecidos. Com base em seus efeitos mecânicos e térmicos,
o ultrassom terapêutico é capaz de aumentar a circulação sanguínea e linfática, aliviar a
dor, reduzir a inflamação, estimular a regeneração tecidual e melhorar a extensibilidade dos
tecidos moles. Essa modalidade é amplamente aplicada na fisioterapia para tratar lesões
musculares, tendinites, processos inflamatórios e facilitar a recuperação após cirurgias.
Tanto o laser terapêutico quanto o ultrassom terapêutico são técnicas seguras, não
invasivas e de fácil aplicação na prática clínica da fisioterapia. Seus benefícios terapêuticos
têm sido amplamente comprovados por estudos científicos, o que tem contribuído para sua
crescente utilização no campo da reabilitação.
Nessa Unidade, exploraremos em detalhes o mecanismo de funcionamento e os
efeitos terapêuticos e fisiológicos tanto do laser terapêutico quanto do ultrassom terapêutico
na fisioterapia. Compreender essas técnicas nos permitirá compreender como elas podem
ser aplicadas de forma eficaz para promover a recuperação e melhorar a qualidade de vida
dos pacientes. Ao longo dos capítulos, abordaremos cada uma dessas modalidades de
forma individualizada, destacando seus princípios de funcionamento, os efeitos terapêuticos
específicos e suas aplicações clínicas.
FUNCIONAMENTO DO
ULTRASSOM TERAPÊUTICO
1. Efeitos mecânicos:
● Micro massagem: As ondas sonoras de alta frequência geradas pelo ultrassom
criam uma vibração mecânica no tecido, resultando em um micro massagem nos
níveis celular e molecular. Esse micro massagem estimula a circulação sanguínea
e linfática, melhorando o suprimento de nutrientes e oxigênio e promovendo a re-
moção de toxinas e metabólitos.
● Cavitação estável: O ultrassom terapêutico também pode causar a formação de
pequenas bolhas de gás dentro dos tecidos. Essas bolhas oscilam devido à pressão
da onda sonora e criam efeitos mecânicos que estimulam o metabolismo celular e
promovem a regeneração tecidual.
EFEITOS TERAPÊUTICOS E
FISIOLÓGICOS DO ULTRASSOM
LIVRO
Título: Eletroterapia Clínica.
Autor: Roger M. Nelson; Karen W. Hayes; Dean P. Currier.
Editora: Manole.
Sinopse: A 3ª edição foi desenvolvida para atender às mudanças
que ocorreram nos cuidados em saúde, e também em resposta
à publicação do guia para a prática do fisioterapeuta (guide to
physical therapist practice), partes I e II, feita pela Associação
Americana de Fisioterapia (American Physical Therapy
Association - APTA). O surgimento do conceito de cuidados
controlados, e sua filosofia associada de contenção de custos,
trouxeram restrições na duração e no tipo de quaisquer
intervenções fisioterápicas. Os tratamentos com eletroterapia
também foram rigidamente examinados e, em alguns casos,
recusados pelas organizações locais e federais de reembolso
de tratamento.
LIVRO
Título: Fotobiomodulação com Laser e LED em Uroginecologia
e Proctologia: Da evidência a Prática Clínica
Autor. Juliana Lenzi; Laura Rezende
Editora: Manole
Sinopse: O uso adequado da fotobiomodulação nas
complicações da região pélvica. Das mesmas autoras do livro
Eletrotermofototerapia em Oncologia, Fotobiomodulação
com Laser e LED em Uroginecologia e Proctologia é o primeiro
livro publicado sobre o tema e tem como objetivo apresentar
o uso adequado da fotobiomodulação nas complicações da
região pélvica. Apresenta os princípios da fotobiomodulação,
sua interação da luz com o tecido biológico e as alterações
histológicas pós-radioterapia. São discutidas as melhores
formas de avaliação para que os parâmetros adequados da
fotobiomodulação sejam escolhidos em complicações como
edema e linfedema genital e de membros inferiores, algias
uroginecológicas, anorretais e pós-operatórias, estenose
vaginal, radiodermite, fibrose radioinduzida, mucosite
vaginal e anal, episiotomia e lacerações perineais, disfunções
sexuais e cicatriciais, síndrome genitourinária e desordens
musculoesqueléticas do complexo lombo-pélvico-quadril.
Ricamente ilustrado e com vários protocolos de tratamento, este
livro é um guia para o profissional utilizar a fotobiomodulação
de forma segura e com resultados positivos na área de Saúde
da Mulher, Saúde Pélvica, Saúde do Homem e Proctologia.
EXPLORANDO A
EFICIÊNCIA DA
TERAPIA POR ONDAS
CURTAS
Professor Esp. Klaus Porto Azevedo
Plano de Estudos
• Mecanismo de funcionamento do ondas curtas;
• Efeitos fisiológicos e terapêuticos do ondas curtas;
• Aplicações Clínicas das Ondas Curtas Terapêuticas;
• Considerações de Segurança e Contraindicações;
• Técnicas de Aplicação das Ondas Curtas Terapêuticas.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar diatermia por ondas curtas e trocas de
calor.
• Compreender os tipos de diatermia por ondas curtas e trocas de
calor.
• Estabelecer a importância da diatermia por ondas curtas e trocas
de calor.
INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
Olá, queridos alunos! Preparem-se para explorar uma das tecnologias mais
empolgantes e versáteis no campo da fisioterapia: o aparelho de ondas curtas. Nesta unidade,
mergulharemos profundamente nessa fascinante forma de eletroterapia que utiliza ondas
eletromagnéticas para aliviar dores, promover a cicatrização e restaurar a funcionalidade. À
medida que desvendamos os mistérios por trás desse aparelho, vocês serão envolvidos em
um mundo de aplicações clínicas que vão desde a ortopedia até a reabilitação neurológica.
Vamos explorar como as ondas curtas podem penetrar nos tecidos, estimulando respostas
benéficas e levando o tratamento fisioterapêutico a um nível totalmente novo.
Nesta jornada pelo mundo das ondas curtas, começaremos explorando os princípios
fundamentais dessa modalidade. Vamos entender como as ondas eletromagnéticas
são geradas e como sua frequência e intensidade podem ser ajustadas para atender a
diferentes objetivos terapêuticos. Discutiremos os mecanismos pelos quais as ondas curtas
penetram os tecidos, aquecendo-os profundamente e promovendo o fluxo sanguíneo, o que
é essencial para a regeneração celular. Ao longo do caminho, abordaremos as indicações e
contra-indicações do uso das ondas curtas, garantindo uma aplicação segura e eficaz em
diversos cenários clínicos.
Ao final desta unidade, vocês estarão prontos para incorporar o conhecimento sobre
aparelhos de ondas curtas em sua prática clínica. As habilidades que vocês adquirirão
permitirão que ofereçam tratamentos mais abrangentes e eficazes aos seus pacientes.
Lembrem-se de que o aparelho de ondas curtas não é apenas uma ferramenta técnica, mas
sim um meio de impulsionar a recuperação e o bem-estar dos indivíduos sob seus cuidados.
Sigam adiante com entusiasmo e determinação, pois o domínio dessa modalidade abrirá
portas para uma abordagem terapêutica mais avançada e completa. Estou animado para
acompanhá-los nessa jornada de descoberta e aprendizado. Vamos explorar os fascinantes
benefícios do aparelho de ondas curtas juntos!
Bons estudos!
FUNCIONAMENTO DO ONDAS
CURTAS
CONSIDERAÇÕES DE SEGURANÇA
E CONTRAINDICAÇÕES
Embora a terapia por ondas curtas terapêuticas seja geralmente segura e bem
tolerada, existem algumas considerações de segurança e contraindicações importantes a
serem levadas em consideração antes de iniciar o tratamento. É fundamental garantir que
o benefício do uso das ondas curtas supere qualquer risco potencial.
1. Gravidez: Mulheres grávidas devem evitar a terapia por ondas curtas,
especialmente na região abdominal ou pélvica, devido ao risco potencial de efeitos adversos
no feto. É importante garantir a segurança tanto para a mãe quanto para o bebê durante a
gestação, portanto, outras formas de terapia devem ser consideradas nesse período.
2. Implantes Metálicos: A presença de implantes metálicos, como placas,
parafusos ou próteses, na área de tratamento pode interferir na distribuição das ondas
curtas e causar desconforto ou danos aos tecidos. É essencial que os pacientes informem ao
terapeuta sobre qualquer implante metálico antes do tratamento, para que sejam tomadas
as devidas precauções ou consideradas alternativas terapêuticas.
3. Sensibilidade à Temperatura: Pacientes com sensibilidade extrema ao calor
podem ter dificuldades em tolerar a terapia por ondas curtas, uma vez que a ação térmica
pode causar desconforto ou queimaduras. Nesses casos, outras modalidades de tratamento
que não envolvam o aumento da temperatura podem ser mais adequadas.
4. Neoplasias: O uso das ondas curtas terapêuticas em áreas com suspeita
ou diagnóstico de tumores malignos deve ser evitado. Embora não haja evidências claras
de que as ondas curtas causem o desenvolvimento de câncer, a segurança nesses casos
ainda não está estabelecida. Recomenda-se consultar um médico especialista antes de
iniciar o tratamento em pacientes com histórico de neoplasias.
Origem Histórica: As ondas curtas terapêuticas foram desenvolvidas pela primeira vez na década de 1920
pelo engenheiro francês René Théry. Ele percebeu que a alta frequência das ondas curtas poderia penetrar
profundamente nos tecidos, proporcionando benefícios terapêuticos.
Diferença entre Ondas Curtas e Micro-ondas: Embora as ondas curtas terapêuticas e as micro-ondas com-
partilhem características semelhantes, como a capacidade de penetrar nos tecidos, elas têm frequências
diferentes. As ondas curtas terapêuticas operam na faixa de frequência de 27 a 29 MHz, enquanto as mi-
cro-ondas têm frequência em torno de 2450 MHz.
Utilização Militar: As ondas curtas terapêuticas foram inicialmente utilizadas para fins militares durante a
Segunda Guerra Mundial. Eram usadas para o tratamento de ferimentos em soldados, acelerando a cica-
trização e aliviando a dor.
Aquecimento Seletivo: Uma característica interessante das ondas curtas terapêuticas é sua capacidade de
aquecer seletivamente os tecidos. Isso ocorre porque certos tecidos, como músculos e vasos sanguíneos,
têm maior condutividade elétrica do que outros, como a gordura. Portanto, a energia das ondas curtas
tende a ser absorvida em maior quantidade por esses tecidos condutores.
Tratamento Não Invasivo: As ondas curtas terapêuticas oferecem uma opção de tratamento não invasivo
para uma ampla variedade de condições. Isso significa que os pacientes podem se beneficiar dos efeitos
terapêuticos sem a necessidade de procedimentos cirúrgicos ou invasivos.
Efeito Analgésico: Além de seu efeito terapêutico principal, as ondas curtas terapêuticas também possuem
propriedades analgésicas. O aquecimento profundo dos tecidos e a estimulação das terminações nervosas
ajudam a reduzir a dor, proporcionando alívio aos pacientes.
Complementaridade com Outras Modalidades de Tratamento: As ondas curtas terapêuticas são frequen-
temente utilizadas em conjunto com outras modalidades de tratamento, como exercícios de reabilitação,
terapia manual e modalidades de eletroterapia. Essa combinação pode potencializar os resultados tera-
pêuticos e acelerar a recuperação.
VÍDEO
Título: Ondas Curtas | Perca o medo de usar e aprenda a con-
figurá-lo corretamente
Ano: 2020.
Sinopse: Nesse vídeo aula você irá encontrar informações bas-
tante relevantes sobre o ONDAS CURTAS:
- Definição
- Fisiologia
- Indicações e contraindicações
- Cuidados com o paciente e com o equipamento
- Formas de aplicação
- Passo a passo para configurar
O objetivo desse vídeo é que você tenha o entendimento de
base, e a partir de agora busque mais conhecimento para apri-
morar e tenha mais sucesso na reabilitação
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=rhHGefDK-
vaM
65
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AHMED, M. S; SHAKOOR, M. A; KHAN, A. A. Evaluation of the effects of shortwave
diathermy in patients with chronic low back pain. Bangladesh Medical Research
Council Bulletin, v. 35, n. 1, p. 18-20, 2009.
ARTIOLI, D. P. et al. O uso da corrente polarizada na Fisioterapia. Rev Bras Clin Med, v.
9, n. 6, p. 428-31, 2011.
BORGES, F. S.; EVANGELISTA, A.; MARCHI, A. Corrente russa. Borges FS. Dermato-
-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006.
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KITCHEN, S; PARTRIDGE, C. Review of shortwave diathermy continuous and pulsed
patters. Physiotherapy, v. 78, n. 4, p. 243-252, 1992.
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