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Autores: Paulo Antônio Zawislak, Edi Madalena Fracasso e Luis Felipe Machado
Nascimento
Resumo
A necessidade de adequação das empresas de autopeças gaúchas às novas
tendências competitivas, especialmente com a instalação no RS da GM, da Ford e da
Navistar, impõe um esforço efetivo de capacitação. Para elevar o nível de capacidade
tecnológica das empresas e, consequentemente, a sua competitividade, é necessário
identificar os gargalos tecnológicos cuja eliminação pode ser viabilizada a partir de
projetos cooperativos. O presente artigo descreve uma proposta de metodologia com
vistas à "construção" de uma Plataforma Tecnológica ou seja de uma seqüência de
atividades que culminam num foro de compatibilização entre as demandas
tecnológicas do setor de auto peças, com a oferta tecnológica, isto é, com o potencial
de transferência de conhecimento e de tecnologia das instituições do sistema de
Ciência & Tecnologia contribuirá na indicação de caminhos para a formação de
parcerias entre empresas gaúchas e instituições do sistema de C&T do Estado.
1. INTRODUÇÃO
Palavra em moda nos dias de hoje, a “competitividade” tem sido interpretada das mais
diversas formas. Desde o popular sinônimo para “competição”, até o acadêmico paralelo com
a série de características que uma empresa, um setor ou uma região teriam para enfrentar a tal
competição. No que diz respeito ao que aqui irá se propor, competitividade deverá ser
entendida, de certa forma, como anterior mesmo às duas definições.
Neste sentido, a competitividade, a partir do conceito de Coutinho & Ferraz (1994),
pode ser definida como a capacidade de uma empresa, um setor ou uma região usar, adaptar e
desenvolver tecnologia, bem como formular e implementar estratégias e políticas para
conservar e, sempre que possível, ampliar uma posição de mercado. Está se tratando a
competitividade como uma capacidade e não como um momento (a competição em si), nem
um determinado conjunto específico de vantagens (as características). A noção aqui almejada
é dinâmica, não estática. E, neste sentido, está diretamente ligada a capacidade que um agente
econômico tem de realizar mudanças em seus modos de fazer, seus processos, seus produtos,
suas técnicas gerências, enfim, em suas tecnologias. É a capacidade de inovação e, por isso,
capacidade de enfrentar e resolver problemas que poderiam significar a perda da posição de
mercado, logo, perda de competitividade.
Dito desta forma, a competitividade é função direta dos problemas identificados, das
soluções encaminhadas e das inovações alcançadas. Mais do que isso, a competitividade,
*
O autores agradecem as contribuições de Juliana Lacerda, bolsista de iniciação científica do CNPq, das
mestres em Administração Thaise Graziadio, Rosane Marques e Janaína Ruffoni. na elaboração deste projeto
Agradecem também a participação dos mestrandos Cláudia Pereira, Gabriela Silva, Gustavo Martins, Júlia
Ambros, Maria Aparecida Lima e Ronei Ferigolo.
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enquanto capacidade, será função direta de informações, conhecimento e percepção
disponíveis, seja a partir de avanços da ciência e da tecnologia, seja pela própria experiência
de enfrentar mercados.
O que se tem visto, recentemente, são sinais claros de mudança nos padrões de
competitividade (leia-se: mudança nas capacidades necessárias para ser competitivo). No
Brasil, com a abertura do mercado, as empresas nacionais têm sido obrigadas a alterar
radicalmente sua forma de atuação. Empresas com condições de competir em mercados
globais, têm mantido e até ampliado suas fatias de marcado. Outras, porém, com nítidas
deficiências competitivas, têm enfrentado problemas tecnológicos de difícil solução. A falta
de soluções não só acarreta perda de competitividade destas empresas, como também acaba
por levar o setor industrial do qual fazem parte, a região na qual se localizam, e até o
desempenho do próprio país, para níveis abaixo daqueles considerados competitivos.
Como efetivar esta busca de soluções tecnológicas em um país onde a maior parte dos
setores industriais com vantagens competitivas (siderurgia, metalurgia) são as chamadas
“commodities industriais”, alguns segmentos agro-industriais onde os setores “motores” da
economia (por exemplo, complexo automotivo, bens de consumo não duráveis e grande parte
do complexo agro-industrial) têm nítidas deficiências competitivas e onde os setores difusores
de progresso técnico (bens de capital, eletroeletrônico, alta tecnologia) são minoritários?
Como alcançar soluções tecnológicas eficientes se, dado o baixo índice de investimento em
pesquisa e desenvolvimento por parte da indústria e do próprio país, as empresas não têm
estrutura para a inovação?
Neste contexto, a solução dos problemas tecnológicos identificados implica no
fortalecimento de relações entre universidades, centros tecnológicos, demais instituições de
pesquisa científica e tecnológica com as próprias empresas .
Visando adequar a necessidade de desenvolvimento tecnológico com a carência de
recursos é que se insere a noção de rodadas de cooperação.
Em uma clara alusão às já conhecidas “rodadas de negócios”,
As rodadas de cooperação funcionam como um foro de compatibilização da demanda
tecnológica, ou seja, dos problemas tecnológicos, das necessidades de soluções e das
oportunidades de inovação identificadas em determinado setor industrial, com a oferta
tecnológica, isto é, com o potencial efetivo de transferência de conhecimento e tecnologia das
instituições dos sistema de ciência e tecnologia para as empresas de determinado setor.
O objetivo deste artigo é descrever mecanismos para identificar problemas
tecnológicos e possibilidades de inovação, com vistas a estabelecer contratos de cooperação
para o desenvolvimento tecnológico, enfim, mostrar como se constituem tais rodadas de
cooperação, quais são seus elementos, suas etapas e quais resultados potenciais.
O artigo está dividido em cinco partes. Na próxima seção, será discutida a necessidade
de estabelecer contratos de cooperação para ganhar competitividade. A seção 3 aborda
questões relativas ao conteúdo que estará em jogo na relação de troca entre oferta e demanda
tecnológica. Na quarta seção, as rodadas de cooperação serão apresentadas a partir do
mecanismo agregador de informações de demanda e oferta, a plataforma tecnológica. A
última seção será dedicada a uma agenda de trabalhos para a plataforma tecnológica da cadeia
automotiva do Rio Grande do Sul.
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2. COOPERAÇÃO E COMPETITIDADE
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DEMANDA
TECNOLÓGICA
Fora da Rotina
PROBLEMA
Rotina
TECNOLOGIA
Através desta figura fica implícito, ainda, que, para se identificar as demandas
tecnológicas, não basta conhecer a tecnologia em si. É necessário conhecer os problemas que
estão envolvidos com o uso presente da tecnologia em questão. É necessário portanto saber
quais são os problemas existentes.
Toda demanda subentende uma oferta. Essas demandas podem ser supridas de modo
interno, pela própria empresa, constituindo-se em soluções oriundas de projetos próprios de
P&D e engenharia, ou então, supridas por agentes externos. Neste caso, trata-se de resultados
de pesquisas realizadas em institutos de pesquisa, universidades, outras empresas, etc., cujo
resultado é, posteriormente, aplicado à produção.
Em suma, para toda demanda (necessidade de solução de algum problema
tecnológico) haverá uma oferta (forma – interna ou externa - e conteúdo – mais ou menos
complexo - de alcançar a solução).
O que se desprende, porém, da análise do caso brasileiro (ver estudos mais detalhados
como Coutinho & Ferraz, 1994, Ferraz et al., 1996, e ANPEI,1995) é o fato da demanda
tecnológica, salvo algumas exceções, não ser suprida por uma oferta interna. Resta, então, a
oferta externa.
As rodadas de cooperação são, dito de modo simplificado, a oportunidade (estimulada)
de cruzar demanda e oferta tecnológica. Em outras palavras, é o momento onde os problemas
tecnológicos identificados em um setor industrial e suas empresas encontram capacidade de
resposta (soluções e oportunidades de inovação) nas instituições do sistema de ciência e
tecnologia voltadas para tal setor, podendo encaminhar projetos cooperativos.
Porém, a oportunidade de cruzar demanda e oferta, por não ser espontânea, deve ser
precedida de atividades que garantam, no momento certo (assim como o momento onde duas
empresas concorrentes em um mesmo mercado decidem cooperar), o acúmulo suficiente de
informações para subsidiar a relação de troca. Sem estas informações não haverá
possibilidade de ser estabelecido um contrato de cooperação.
As informações necessárias dizem respeito às características gerais dos agentes
(empresas e instituições) e ao levantamento de demandas e ofertas tecnológicas. De um lado,
é necessário proceder ao levantamento de informações relativas ao setor industrial e suas
demandas tecnológicas e, do outro, das instituições de ciência e tecnologia e do seu potencial
de oferta para o setor em questão. Este levantamento de informações deve ser dividido em um
conjunto de atividades (que serão detalhadas na seqüência) e que caracterizam o que o
PADCT (1998) chama de “plataforma tecnológica” de determinada indústria (setor ou cadeia
produtiva).
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4. PLATAFORMA TECNOLÓGICA
“rodadas de cooperação”
INSTITUIÇÕES
CADEIA oferta TECNO-
demanda
PRODUTIVA tecnológica tecnológica CIENTÍFICAS
plataforma tecnológica
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Além de propostas de projetos cooperativos, outras ações podem resultar da prática de instalação de
plataformas, como a promoção de negócios, a criação de associações específicas e/ou de mecanismos
permanentes de informação, etc.
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Num segundo momento, informações básicas, como por exemplo as disponíveis em
cadastros industriais, ajudam a estabelecer um verdadeiro mapa específico do setor: as
empresas, os produtos, as relações de fornecimento, o padrão de agregação de valor.
Só então será realizado o exercício de aprofundamento necessário para estabelecer o
diagnóstico industrial. A partir do conhecimento amplo do setor e do detalhe empresarial é
possível traçar a especificidade do setor. O perfil do setor será levantado a partir de
indicadores, tais como níveis de produtividade, técnicas gerências em vigor, grau de
automação, formação de mão-de-obra, etc. Estes indicadores poderão ser obtidos com visitas
e contatos a uma amostra de empresas, entrevistas com especialistas e representantes do setor
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Fase Atividade Forma de
Realização
A Apresentação e discussão de alguns conceitos (relação entre tecnologia, problema e demanda) para estabelecimento Exposição
de uma “linguagem comum” (ver seção 4.1) moderador
B Cada participante deve responder à seguinte pergunta: “quais são os principais problemas tecnológicos do seu Individual
setor?”. Para responder a pergunta, o participante escreve os problemas em seis cartões (dois para cada nível de
gravidade dos problemas - alto, médio e baixo).
C A partir da elaboração de uma lista de problemas (os cartões são colados em uma superfície à vista de todos), segue- Grande grupo
se o entendimento dos problemas pelo grupo, quando os participantes têm liberdade para alterar ou acrescentar
novos problemas, evitando o debate.
D Agrupamento dos problemas apresentados em “nuvens de problemas”. Grupos de 3
Intervalo
E Descrição de cada “nuvem de problemas” através de uma frase que sintetize os problemas ali contidos. Grupos de 3
F Elaboração do quadro de problemas, onde são distribuídos, em 9 quadrantes, os problemas de acordo com a Grande grupo
governabilidade das empresas do setor (total, parcial ou nula), no que diz respeito a soluções de curto, médio ou
longo prazo.
G Cada participante deve escolher um dos problemas que julgue ser o mais grave e sugerir uma solução. Individual
H Elaboração de um ranking, segundo a urgência de solução. Grande grupo
Encerramento Moderador
Fonte: Zawislak & Dagnino, 1997
Figura 3: Fases e Atividades dos Seminários
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setores. Por outro lado, as novas parcerias abrem um horizonte novo de possibilidades de
pesquisa e futuras interações (Strohaecker, 1996).
De um modo geral, as instituições de pesquisa podem agir no sentido de qualificação,
certificação, estudos de viabilidade, estudo de problemas técnico-gerenciais, desenvolvimento
de produtos e processos, estudos de localização, capacitação de recursos humanos, enfim,
atender às necessidades específicas dos setores produtivo.
Para que tudo isto se torne realidade, baseando-se na busca de permanente satisfação e
qualidade para os dois lados do processo, é necessário proceder a um amplo trabalho de
levantamento do potencial de transferência de conhecimentos de certas instituições para
determinados setores industriais, bem como estabelecer uma forma de apresentar a oferta
existente.
O levantamento da oferta deverá poder disponibilizar um catálogo de oportunidades de
interação e projetos cooperativos. Neste catálogo, deverão estar contidas, além de
informações institucionais, detalhes relativos aos temas de trabalhos, às palavras-chave, à
descrição das técnicas disponíveis, às aplicações e produtos, ao estágio de andamento dos
trabalhos, à equipe técnica e pesquisadores responsáveis.
Fase Atividade
A Apresentação
B Apresentação Demandas dos Segmentos da Cadeia
C Apresentação Ofertas das Instituições do Sistema de C&T
D Formação de grupos de trabalho (GTs: representantes empresas e representantes instituições)
E GTs para encontros e estabelecimento de potenciais parcerias ("Rodadas de Cooperação")
F Encerramento: apresentação de resultados dos GTs e "Rodadas de Cooperação":
• estabelecimento de um "Termo de Referência" com visão sinóptica dos principais
problemas da cadeia
• encaminhamento de propostas de projetos cooperativos
• encaminhamento de propostas de soluções a problemas setoriais
Figura 4: “Rodadas de Cooperação” - Roteiro de Atividades
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS: UMA AGENDA PARA A PLATAFORMA DA
CADEIA AUTOMOTIVA DO RIO GRANDE DO SUL
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Figura 5: CONFIGURAÇÃO BÁSICA DA CADEIA AUTOMOTIVA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
MONTADORAS
Fonte: A partir de FIERGS (1998) por Gustavo Muller Martins e Júlia Ortiz Ambros.
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Uma série de estudos (Calandro, 1995; Zawislak, 1996b; Zawislak et al., 1997;
Marques, 1997), porém, apresentam a cadeia automotiva gaúcha como sendo caracterizada
por baixo conteúdo tecnológico, restringindo-se sua capacidade tecnológica à “tropicalização”
de processos importados. Além disto, ela tem sido altamente dependente de relações
cooperativas com outras empresas 2.
Este conjunto de informações reforça a urgência de ações de desenvolvimento
tecnológico. Estas ações iniciam-se pela constatação de que o Estado possui vantagens, entre
elas, instituições de C&T que dispõem de ofertas tecnológicas, por vezes, subutilizadas,
quando não desconhecidas pelo setor. É neste sentido, então, que identifica-se já a
importância da relação de cooperação como estratégia competitiva para o setor: como uma
forma de elevar a baixa capacidade tecnológica existente.
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Tanto GM, como Ford, irão adotar no estado o “consórcio modular”, baseado na íntima cooperação entre a
empresa montadora e seus fornecedores que passam a estar instalados na própria fábrica. A GM já anunciou seus
onze consorciados, sem uma presença gaúcha sequer. A Ford, que deverá anunciar em breve seus parceiros,
garante que não haverá privilégios e que o “critério será a competitividade da empresa” (Gazeta Mercantil RS,
29/04/98, p.1).
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O conjunto destas atividades deverá dar, além do detalhe dos gargalos de cada segmento,
uma visão geral da demanda tecnológica da cadeia. O conjunto destas informações deve ser
integrado ao diagnóstico da cadeia, formando uma base completa.
A atividade de levantamento da oferta tecnológica de instituições de C&T ligadas à
cadeia automotiva deverá inciar por um cadastramento das instituições, para, só então
estabelecer vinculos viáveis entre instituções e empresas.
Este objetivo será atingido a partir das seguintes metas:
• consultar empresários do setor para determinação de fatores-chave de oferta;
• Identificar potencial de transferência de tecnologia (oferta tecnológica) de
instituições de pesquisa a partir de cadastros de oportunidade de interação
univesidade-empresa, lista de Grupos de Pesquisa, livros de pesquisa de
universidades, banco de dados da Rede Metrológica, informações junto organismos
diversos (Projeto Porto Alegre Tecnópole - Tecnópole a Domicílio, SEBRAE,
SENAI) e centros tecnológicos (CETEMP, Mecatrônica, CNTL);
• consolidar lista das Instituições do Sistema de C&T que realizam pesquisas e
trabalhos ligados aos diversos segmentos da cadeia automotiva;
• visitar instituições do sistema de ciência e tecnológica do Rio Grande do Sul;
• entrevistar pessoas-chave das organizações (pesquisadores, responsáveis por grupos
de pesquisa e coordenadores de núcleos, etc) para levantamento de informações
sobre a oferta tecnológica relativa à cadeia automotiva;
• processar informações e elaborar cadastro das instituições identificadas.
As Rodadas de Cooperação devem realizadas através de seminário “Plataforma
Tecnológica da Cadeia Automotiva do RS”, foro para apresentação das demandas e ofertas e
encaminhamento de projetos cooperativos ("rodadas de cooperação"). Esta é, em linhas
gerais, a metodologia proposta para a “construção” de plataforma para o setor automotivo. A
expectativa é que com a aplicação desta metodologia com grau de economia de tempo e de
recursos seja possível encaminhar a solução dos principais problemas tecnológicos de setores
industriais.
6. BIBLIOGRAFIA
12
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Metropolitana de Porto Alegre. Porto Alegre, Programa de Pós-Graduação em
Administração/UFRGS, dissertação de mestrado.
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ZILBER, Silvia N. “A relação entre montadoras e pequenas empresas de autopeças”. Inova,
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