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Síntese

Althusser/Marx/Schumpeter/Armen

Zeno Soares Crocetti


UNILA
Os Aparelhos Ideológicos do Estado, Louis Althusser

A questão da reprodução do capital, e o ciclo da reprodução


das condições de produção do sistema capitalista, ou seja, a
renovação dos meios de produção.
Uma formação social que não reproduza as condições de
produção ao mesmo tempo em que esta produzindo, não
sobreviverá.
Toda formação social é resultado de um modo de produção
dominante, (escravista, feudal, capitalista, ?
Os meios de produção neste contexto podem ser materiais
como, por exemplo, instalações fixas, instrumentos de
produção e matérias primas, pois não há produção possível sem
que seja assegurada a reprodução das condições materiais de
produção.
A reprodução da força de trabalho, que fica só no
essencial, ocorre fora da empresa, e tal reprodução é
assegurada ao se dar à força de trabalho, o
proletariado, o meio material de se reproduzir; o
salário que é apenas uma quantia indispensável,
para a reconstituição da força de trabalho do
assalariado, que lhe permite cobrir os gastos com a
alimentação, vestuário, habitação e a criação e
educação, nas quais o proletariado se reproduz.
Como tudo isto é possível, como esta alienação da força
de trabalho não é vista? Graças aos aparelhos
ideológicos do Estado, que podem ser;
(O próprio Estado, a escola, religião, cultura,
família, informação (mídia), O Judiciário, O
Legislativo, etc.).
Os aparelhos ideológicos são manipulados
pelo próprio Estado, que por sua vez se
deixa manipular pelas classes dominantes
(Elite) e a superestrutura (Elite) usa o
Estado como um aparelho repressivo. O
Estado é uma máquina de repressão que
permite as classes dominantes assegurar a
sua dominação sobre a classe operária para
submetê-la ao processo de extorsão da
mais-valia.
Os aparelhos ideológicos utilizados pelo
Estado, ou pelas classes dominantes, para
submeter às classes populares vão desde o;
Exército,
Policia,
Política
Prisões.

Portanto o Estado aparece neste


contexto como uma superestrutura
que influência as infra-estruturas que
dele dependem, no sentido de
propagar as ideologias da classe
dominante.
O aparelho ideológico de Estado.
Funciona predominantemente através da
ideologia que é difundida por tal aparelho, e
só ocasionalmente através da violência. Os
aparelhos de ideologias do Estado se
remetem ao domínio privado, eles estão
aonde o direito burguês exerce seus poderes.
As Igrejas, os Partidos Políticos, os sindicatos,
as famílias, algumas escolas, a maioria dos
jornais, as empresas culturais etc., Todos os
aparelhos são privados. Então os aparelhos
ideológicos do Estado podem não ser apenas
os meios, mas também o lugar da luta de
classes.
O aparelho repressivo do Estado.

Funciona através da violência, quando necessário e


ocasionalmente através da ideologia, até porque ele
necessita da ideologia para sobreviver. Os aparelhos de
repressão do Estado pertencem inteiramente ao
domínio público,
Com relação à escola e a Igreja, que são dois dos
aparelhos ideológicos do Estado, podemos dizer que, a
Igreja foi durante a Idade Média o aparelho que mais
detinha poder e que mais propagava os seus ideais em
função da alienação da massa de trabalho, papel este
que por muitas vezes era compartilhado com a família.
E provavelmente este foi um dos motivos que levou a
uma luta anti-clerical e anti-religiosa durante este
período.
E com a queda da hegemonia do aparelho
ideológico religioso surgiu um novo aparelho
dominante, o aparelho ideológico escolar, que
passará a propagar as ideologias da classe
dominante, juntamente com os outros
aparelhos ideológicos do Estado.
Todos os aparelhos do Estado sejam eles
ideológicos ou repressivos objetivam um
mesmo fim, que é a reprodução das
relações de produção, isto é, reprodução
das relações de exploração capitalista.
Para obter esse fim usam a alienação do
proletariado, seja de forma cultural,
educacional, religiosa ou familiar para buscar os
seus objetivos.
Conclusão
A classe dominante tenta obter um
caráter de alienação do mundo real, ou
seja, fetichisa a classe assalariada.
Agindo assim faz com que aqueles
indivíduos ou sujeito que estão dentro da
ideologia burguesa, agem, pensam como
se estivessem fora dela, mas isto e
apenas mais um caráter desta ideologia,
que prega a negação dela mesma para
conseguir se fixar nos ideais de cada
cidadão alienado.
Acumulação Primitiva do Capital
K. Marx
O capital produz mais-valia e da mais-valia mais capital.

Meios de produção (dinheiro)

Mercadorias
Meios de subsistências.
Força de trabalho (vender o
trabalho)
– Acumulação primitiva: Processo histórico da separação
entre produtor e o meio de produção, ou seja, é a
acumulação de mais valia.
– Expropriação das terras da grande massa popular; dos
meios de subsistências e dos instrumentos de trabalho.
Aonde estão os operários?
– A propriedade comunal da origem é transformada em
propriedade privada capitalista, que se baseia na
exploração do trabalho do indivíduo (terceiro),
ocorrendo uma grande centralização dos meios de
produção, que se converteram na pequena produção
industrial capitalista.

– Durante o feudalismo os servos da gleba tinham sua


casa, uma área de 4 acres de terra, utilizavam os bens
comunais, onde levavam o gado para pastar, onde
extraiam a madeira, a turfa, etc. a produção feudal era
caracterizada pela partilha do solo entre o maior
número possível de indivíduos. Baseada na pequena
exploração. Com as guerras feudais (cruzadas e outras)
muitas cidades e aldeias foram destruídas para dar
lugar às pastagens, houve um aumento grande do
preço da lã, devido ao grande número de manufaturas
existentes.
– A reforma religiosa a segunda
acumulação primitiva. Houve a segunda
expropriação das massas populares, a
ICAR era dono de uma grande parte do
solo da Inglaterra, que foram doados ou
vendidos aos nobres amigos do rei, onde
os novos proprietários expulsaram os
antigos rendeiros hereditários. Durante o
inicio da revolução Industrial, já não havia
vestígios da propriedade comunal dos
agricultores.
– A revolução Gloriosa levou ao poder nobre se
oportunistas capitalistas que roubaram as terras do
Estado. Onde liberavam os agricultores para o bem da
Indústria. Na Escócia ocorreu uma das maiores
expropriação na Inglaterra, os Celtas, formavam Clãs,
cada um deles proprietários de terras comunal. A rainha
da Inglaterra transformou a propriedade comunal em
privada, gerando conflitos entre os membros dos Clãs.
Onde foram expulsos de suas terras, e forçosamente
empurrados para o litoral. E ordenou a transformação
da agricultura em pastagens, todas as aldeias, casas e
equipamentos foram destruídos e queimados. Os
nativos começaram a viver da pesca em substituição a
agricultura, logo o negócio prosperou, e foram
novamente expropriados, pela segunda vez.
– O roubo dos bens da igreja, a
alienação fraudulenta dos domínios
do estado, a penhora das proprie-
dades comunais, a transformação
por usurpação efetuada sob regime
de terrorismo, das propriedades
feudais e coletivas dos Clãs em
propriedades privadas modernas,
esses foram os suaves métodos da
acumulação primitiva.
– Esse exército de camponeses expropriados se
transformou em ladrões, arruaceiros,
vagabundos, por força das circunstâncias. Isso
levou durante o século XVI a se estabelecer em
toda a Europa uma legislação sanguinária contra
a vagabundagem. Cria-se a pobreza depois
criminaliza. Isso pouco a pouco serviu de
pretexto ao Estado e seus empresários para
criar uma legislação trabalhista permissiva, ou
seja, alongando jornadas de trabalho,
diminuindo os salários, aumento a dependência
do trabalhador, aumentando a acumulação
primitiva, além de superfaturar os preços das
manufaturas.
– Capitalismo Industrial, criam os bancos,
pois os lucros devem ser guardados.
RT (renda trabalho)
RP (renda produto)
RD (renda dinheiro)
Renda diferencial – fertilidade do solo –
inovação tecnológica
Renda de monopólio – moinho d’água, etc.
QUADRO DAS DUALIDADES
1888/1889 1930 1964 1985/2004
Império/República Getúlio Vargas Golpe Militar/Elite Nova República

1ª Dualidade 2ª Dualidade 3ª Dualidade 4ª Dualidade


Brasileira Brasileira Brasileira Brasileira
– Pólo Interno – Pólo Interno – Pólo Interno – Pólo Interno
– Lado (A) Interno – Lado (A) Interno – Lado (A) Interno – Lado (A) Interno
O ESCRAVISMO O FEUDALISMO O FEUDALISMO AGRONEGÓCIOS
– Lado (B) Externo – Lado (B) Externo (Agronegócios) – Lado (B) Externo
O FEUDALISMO CAPITALISMO – Lado (B) Externo CAPITALISMO
1850 – Lei de terras, MERCANTIL CAPITALISMO INDUSTRIAL
pós-guerra do 1930-45: União com o MERCANTIL – Pólo Externo
Paraguai, blo- capital industrial (Semicapitalismo – Lado (A) Interno
queio do acesso substituição das Industrial) CAPITALISMO
as terras. importações e os – Pólo Externo INDUSTRIAL
– Pólo Externo Pecuaristas como – Lado (A) Interno – Lado (B) Externo
– Lado (A) Interno João Pessoa-PB e CAPITALISMO CAPITALISMO
CAPITALISMO o Latifúndio do INDUSTRIAL FINANCEIRO
MERCANTIL Sul. EUA
Português – Pólo Externo – Lado (B) Externo
– Lado (B) Externo – Lado (A) Interno CAPITALISMO
CAPITALISMO CAPITALISMO FINANCEIRO
INDUSTRIAL MERCANTIL EUA
Capital Europeu Capital Europeu
(Inglaterra) – Lado (B) Externo
CAPITALISMO
INDUSTRIAL
EUA

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