Você está na página 1de 4

CASO – CONFLITO DE GÊNERO

Texto da solicitante Amanda (Você é Amanda)


Histórico do Caso:
Rose e Fernando. Ela é dona de uma lanchonete e ele trabalha numa fábrica
de peças automotivas. Eles têm duas filhas; Amanda de 18 e Patrícia de 20
anos.
Amanda cursa Engenharia e Patrícia, Odontologia. Ambas têm um
relacionamento muito bom com os pais, num contexto familiar no qual tudo
procura ser dialogado.
As irmãs sempre foram bem unidas e costumavam estar juntas nas atividades
do dia a dia. Até que Patrícia começara a perceber que Amanda ficara mais
distante nos últimos meses e passava muito tempo na internet, em Instagram e
WhatsApp.
Chegou a pensar que Amanda estaria triste com o término de um namoro com
um rapaz que era elogiado e querido por toda a família. Procurou conversar e
dizer que era importante para ela procurar se socializar mais com pessoas
reais e que, com certeza, ela iria encontrar um rapaz tão legal quanto o
Marcelo. Era só uma questão de tempo.
E, nessa relação de confiança existente entre ambas, Amanda relatou que o
fato é que não estava triste com o término da relação com Marcelo. Estava, em
verdade, vivenciando um relacionamento e bastante apaixonada por Juliana,
uma amiga da faculdade. E que a sua preocupação atual era como assumir
essa relação diante dos pais, pois tinha certeza de que era a pessoa certa para
ela.
Patrícia ficou surpresa com o que ouvira, mas aceitou e compreendeu a
decisão da irmã. O que a levou a encorajar Amanda a falar com a mãe.
Os pais, Rose e Fernando, eram muito unidos e sempre procuravam conversar
antes de decisões que afetavam a família e a vida das filhas. Rose tinha uma
personalidade muito forte, o que costumava levar Fernando a concordar com
as suas decisões.
Ocorre que Amanda sempre compartilhou as suas experiências mais íntimas
com a mãe. Daí por que decidiu contar primeiro para a mãe que não estava
sentindo atração por rapazes e que, na verdade, estava apaixonada por uma
menina. Rose reagiu de modo surpreendente e não aceitou a opção da filha.
Usou de chantagem emocional dizendo que Amanda não teria mais apoio para
nada, nem dela nem do pai.
Com as discussões constantes em casa, Amanda foi morar com os avós, mas
a situação está ficando insustentável e ela terá que abandonar o curso de
engenharia. Foi quando ela própria, com o apoio da sua irmã, buscou uma
Câmara em que atuam mediadores com experiência em mediação familiar.
Situação de Amanda:
A vida psicológica e emocional de Amanda está conturbada. Como ela mesma
confessou, “É muito difícil ter uma mãe que não me aceita do jeito que sou”.
Reclama que não está conseguindo se concentrar em nada. Falta dinheiro para
suas necessidades básicas e o seu futuro profissional está em risco.
Posição de Amanda:
Não voltar a morar com a família e obter recursos para cuidar da sua vida longe
de casa.
Interesse/necessidade de Amanda:
Ser respeitada em sua liberdade de escolha.
Texto da solicitada Rose (você é Rose):
Histórico do Caso:
Rose e Fernando. Ela é dona de uma lanchonete e ele trabalha numa fábrica
de peças automotivas. Eles têm duas filhas; Amanda de 18 anos e Patrícia de
20 anos.
Amanda cursa Engenharia e Patrícia, Odontologia. Ambas têm um
relacionamento muito bom com os pais, num contexto familiar no qual tudo
procura ser dialogado.
As irmãs sempre foram bem unidas e costumavam estar juntas nas atividades
do dia a dia. Até que Patrícia começara a perceber que Amanda ficara mais
distante nos últimos meses e passava muito tempo na internet, em Instagram e
WhatsApp.
Chegou a pensar que Amanda estaria triste com o término de um namoro com
um rapaz que era elogiado e querido por toda a família. Procurou conversar e
dizer que era importante para ela procurar se socializar mais com pessoas
reais e que, com certeza, ela iria encontrar um rapaz tão legal quanto o
Marcelo. Era só uma questão de tempo.
E, nessa relação de confiança existente entre ambas, Amanda relatou que o
fato é que não estava triste com o término da relação com Marcelo. Estava, em
verdade, vivenciando um relacionamento e bastante apaixonada por Juliana,
uma amiga da faculdade. E que a sua preocupação atual era como assumir
essa relação diante dos pais, pois tinha certeza de que era a pessoa certa para
ela.
Patrícia ficou surpresa com o que ouvira, mas aceitou e compreendeu a
decisão da irmã. O que a levou a encorajar Amanda a contar tudo para a mãe.
Os pais, Rose e Fernando, eram muito unidos e sempre procuravam conversar
antes de decisões que afetavam a vida familiar. Rose tinha uma personalidade
muito forte, o que costumava levar Fernando a concordar com as suas
decisões.
Ocorre que Amanda sempre compartilhou as suas experiências mais íntimas
com a mãe. Daí por que decidiu contar primeiro para a mãe que não estava
sentindo atração por rapazes e que, na verdade, estava apaixonada por uma
menina. Rose reagiu de modo surpreendente e não aceitou a opção da filha.
Usou de chantagem emocional dizendo que Amanda não teria mais apoio para
nada, nem dela nem do pai.
Com as discussões constantes em casa, Amanda foi morar com os avós, mas
a situação está ficando insustentável e ela terá que abandonar o curso de
engenharia. Foi quando ela própria, com o apoio da sua irmã, buscou uma
Câmara em que atuam mediadores com experiência em mediação familiar.
Situação de Rose:
Rose mostra-se inconformada com essas mudanças repentinas e Fernando
continua preferindo manter-se distante da situação. Rose também está muito
chateada com a filha Patrícia, pois diz que ela não deve apoiar essa atitude
“irresponsável” da irmã. Diz que tudo isto tirou a paz de uma família unida, que
sempre foi motivo de elogios dos amigos. Está preocupada com a situação de
Amanda.
Posição de Rose:
Demover a sua filha desse equívoco, “que envergonha os seus pais e
constrange os amigos”.
Interesse/necessidade de Rose:
Ter de volta a paz em sua família e aquele ambiente de diálogo na família, com
todos juntos, como sempre foi.

Orientações sobre o caso.

 Realização de audiência pré-processual de mediação.


 Partes: Amanda, Rose, Patrícia, mediador e co-mediador e advogado-
advogado é representante de Amanda.
 Aplicabilidade em audiência pré-processual na câmara de mediação UNIVS
 Deve-se analisar a situação dos princípios informadores da mediação.
 Analisar do mesmo modo a articulação de todos perante a
audiência/sessão.
 Vale ressaltar que as partes já estão cadastradas e estão aguardando a
audiência/sessão, devendo ser feito o pregão e abertura da audiência
 No final da audiência deve haver a confecção de um acordo de mediação
decorrente da audiência/sessão, indicando que houve acordo.
 Roteiro: O mediador deve declarar aberta a audiência/sessão,
recepcionando as partes, informando o momento adequado em que cada
uma delas deve ter para se comunicar e argumentar, não podendo
interromper a outra parte em momento algum. O mediador deve observar a
animosidade das partes e tentar conter os ânimos. Devendo o mediador
informar as partes o quão importante é o procedimento da mediação na
resolução do conflito.
 As partes não querem fazer qualquer tipo de acordo dificultando ao máximo
a resolução do conflito. No final da audiência/sessão, as partes aceitarão o
acordo.
 O Co- mediador deve fazer intervenção com autorização do mediador,
sempre no sentido de ajudar na resolução do conflito (o mediador
apresentará o co- mediador)
 O conflito aqui está num patamar de difícil resolução, por isso é necessário
tratá-lo com o devido cuidado.
 As partes declararão a não possibilidade de presença de estagiários em
sala de audiência.
 O co-mediador fará a advertência sobre a condutas inadequadas na
audiência.
Patrícia deve ajudar a irmã.
 Caso as partes não aceitem, o mediador deve dispensá-los. No caso em
tela as partes vão aceitar a presença.
 Primeiro a falar: Mediador
 Segundo: a parte demandante (Amanda)
 Terceiro: a parte demandada (Rose e o marido)
 Quarto: o Co-mediador ajuda e faz colocações importantes sobre a
mediação, destacando os princípios.
 Quinto: O mediador conversa com as partes e tenta levar para elas que o
acordo e a mediação são importantes para essa resolução.
 Sexto: Acordo ( Deve constar no acordo o tempo de início e término da
audiência/sessão, local da sessão e data em que foi realizada, qualifica as
partes, informa o que ocorreu na sessão e o objeto principal, ou seja, o
conflito que foi exposto, deixa consignado no termo o espaço para as partes
assinarem).
 Sétimo: O mediador declarará a audiência/ sessão encerrada
Oitavo: Amanda busca a consenso.
 A equipe deverá manter postura adequada frente a audiência.
 A não observação dos tópicos gerará descontos de até 0,2 décimos na nota
individual ou da equipe.

Observações finais.
1) A turma deve chegar em um acordo quanto aos respectivos personagens do
caso e me repassar com antecedência.
2) Atividade parcial 3 do módulo AV1 – equivalente a 2,5.

Você também pode gostar