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1) RELATÓRIO DA ENTREVISTA
Data da aplicação: 08/03/2019.
Horário de início da aplicação: 18h00.
Horário final da aplicação: 19h16.

a) Relato da entrevista.
Entrevistador: Pedro
Colaborador: Rafael
Nesse momento, nada dá certo na vida: trabalho, estudos, relacionamentos... sente-se
fracassado desde a infância; infância difícil, pobre; sente-se sozinho – sentimento
antigo; filho único, aprendeu a gostar da solitude; teve anemia na infância e
agressividade decorrente dos pais; relação difícil com o pai – falta de carinho; aos 15
anos, houve a primeira separação dos pais e um sentimento de culpa decorreu disso
(cada um queria cria-lo de uma forma); após a separação, diz que o sentimento de
respeito pelo pai acabou apesar de, momentos depois, demonstrar uma ambivalência de
sentimentos ao dizer que apesar da agressividade para com o pai a partir daí, existia ao
mesmo tempo um sentimento de respeito; relação com a mãe continua “ótima”; o
ambiente influenciou esse sentimento de agressividade – contudo, amigos foram a
família que não teve; namorou uma vez, relacionamento no qual até o primeiro ano foi
“ótimo” e, após este período, voltou a abusar do álcool e drogas; ao fim deste, os
relacionamentos seguintes foram apenas “casuais” – diz ter medo de novos
relacionamentos amorosos; reclamações em relação ao desemprego e a falta de
dinheiro; estuda psicologia; diz-se anarquista, crítico do capitalismo, “matéria” mais
difícil do curso como o lidar com os colegas de classe; trabalhou em empresa de ônibus;
trabalhou no aeroporto ajudando na locomoção pessoas com deficiência; atrito com o
supervisor neste emprego; na empresa de ônibus, relacionamento era bom até certo
ponto; teve um ataque de estresse trabalhando nela, foi diagnosticado mas não tomou os
remédios; levou faca ao ambiente para tentar matar colega que o ameaçava; não foi a
primeira vez, pois já esfaqueou outras pessoas em reação a elas; sempre andou armado;
sentimento de impotência relacionado a variados fatores; ouvia muito e guardava tudo,
até explodir; sentimento de agressividade também aparecia em relacionamentos
amorosos; volta a falar do respeito para com o pai; perdeu a avó, ficou “péssimo” pois
eram muito ligados, tendo chegado a morar com ela; sente isso como trauma; daí em

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diante, mudou a forma de pensar e encarar relacionamentos; expectativa atual: formar-


se na faculdade.
Tempo total de realização: 40 minutos.

Entrevistador: Rafael
Colaborador: Pedro
Anotações: Queixa: descontentamento com a vida imposta a si;
“Desnecessário”: coisas que a sociedade o obriga as pessoas a fazerem por status, e
quando para-se para pensar sobre, não são coisas de fato necessárias para manter-se uma
relação com alguém ou algum ambiente;
Relações sociais: algumas, com obrigação de ter para “agradar pessoas de fora”, algo
tido como difícil de ser mudado, “agonizante”, fora do alcance de seu poder para ser
mudado;
Emprego: ambiente muito fechado; atrito com a chefe por a considerar arrogante e
preconceituosa; se acidentou, e queria o afastamento por conta do descontentamento –
ambiente era ruim;
Namorada: 3 meses de namoro – ela terminou; sente-se culpado, dizendo que ela
gostava dele; sentimento morno: não queria namorar na época; ela cobrava atenção, e
começou a o tratar mal; não deu valor por ter ser fácil; término: a pior fase da vida,
voltando a beber e agora mais do que antes; diz que beber faz bem e o ajuda a desabafar
e se relacionar; relacionamento seguinte: menina com o mesmo nome;
Relação com os pais: nesta época, permanecia trancado no quarto, saindo apenas para a
faculdade e para beber; mãe: altos e baixos; não consegue abraçar a família; sente a mãe
carinhosa com o pai enquanto o pai mostra-se grosso com a mãe; doença da mãe: surdez
– não tinha dinheiro para comprar o aparelho auditivo e sofreu com a situação; pai:
nunca foi muito carinhoso; nunca sentiu-se confortável junto ao pai, que “trabalha
muito”;
Relação com o irmão: boa – antes filho único, o irmão desejava “cobrava” da mãe mais
um filho; se considera diferente do irmão, criticando sua espontaneidade e dizendo não
sentir naturalidade nisso; irmão o ajudou a conseguir seu primeiro emprego registrado;
Relação com os locais em que residiu: Curitiba como mãe biológica que o abandonou,
Maringá como namorada e Florianópolis como mãe que o criou;
Tempo total de realização: 36 minutos.

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b) Como entrevistador: impressões sobre o modo como conduziu-se a


entrevista.
Pedro:
A condução da entrevista é algo que requer muita argúcia, por variados motivos;
dificuldades como o contexto situacional do sujeito – com boas chances de ser, ao
menos, delicado –, a possível escassez de informações fornecidas por ele e diversas
outras conjunturas apresentam-se como percalços que podem tornar o caminho até os
dados necessários buscados atribulado. Contudo, quando a comunicação passa a fluir, o
encargo é prazeroso e mantém-se naturalmente. Com isso, concluo sem sombra de
dúvidas que a experiência conquistada, em ambos os casos – por vezes ambos em uma
só situação – é grandiosa.

Rafael:
A condução de uma boa entrevista exige técnica e prática com atenção nas questões do:
afetivo relacional, produtividade, setor socio cultural e o orgânico. O psicólogo precisa
de muito treinamento para captar no discurso e os aspectos até identificar a queixa
latente. Encontramos dificuldade para acompanhar o relato e ao mesmo tempo observar
a linguagem não verbal do entrevistado.

c) Como colaborador: impressões sobre o modo como lidou-se com a


entrevista.
Pedro:
Em minha experiência, ser o entrevistado foi a parte simples; senti-me livre e aberto
para falar sobre todas as minhas queixas e tudo que me incomoda e que não consigo
abrir para pessoas próximas para mim – o que, a meu ver, depende muito também da
habilidade do entrevistador em conduzir a entrevista e deixar o colaborador a vontade.

Rafael:
Em minha experiência, ser entrevistado não foi confortável, devido ao grau de
proximidade com o entrevistador. As queixas foram expostas, mas, houve uma grande
resistência do ego perante a presença do entrevistador, contudo, agregamos um grande

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conhecimento nesta vivência. A experiência da primeira entrevista foi um contato com a


prática do trabalho efetivo do psicólogo que exerceremos em breve na clínica escola.
Como observador: impressões sobre a experiência e quais suas contribuições para
sua formação.
Não houve.

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2) RELATÓRIO DA APLICAÇÃO DO TESTE CASA-ÁRVORE-PESSOA


(HTP)
Data da aplicação: 13/03/2019.
Horário de início da aplicação: 18h00.
Horário final da aplicação: 19h20.

a) Desenhos e inquéritos (Fase Cromática/Acromática).


FASE ACROMÁTICA – 1ª FASE
1º Desenho: CASA
Tempo de latência inicial: 00h00m10s.
Anotações: 2º quadrante – casa em formato triangular/retangular clássica; janela
com grades e porta; telhado detalhado.
Tempo parcial (realização do desenho da casa): 00h01m57s.

Inquérito posterior ao desenho:


1. Quantos andares tem esta casa? (Esta casa tem um andar superior?)
R: Um andar só; casa de pobre.
2. De que esta casa é feita?
R: Concreto.
3. Esta é sua própria casa? De quem ela é?
R: Não; não é de ninguém.
4. Em que casa você estava pensando enquanto estava desenhando?
R: Casa de tapera.
5. Você gostaria que esta casa fosse sua? Por quê?
R: Não, pois é pequena.
6. Se esta casa fosse sua e você pudesse fazer nela o que quisesse, qual quarto você
escolheria para você? Por quê?
R: Só tem um quarto (uma janela).
7. Quem você gostaria que morasse nesta casa com você? Por quê?
R: Ninguém, pois se for para sair de casa, vou morar sozinho.
8. Quando você olha para esta casa, ela parece estar perto ou longe?
R: Longe.

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9. Quando você olha para esta casa, você tem a impressão de que ela está acima,
abaixo, ou no mesmo nível que você?
R: Mesmo nível.
10. Em que esta casa faz você lembrar ou pensar?
R: Ceará.
11. Em que mais?
R: Infância.
12. É um tipo de casa feliz, amigável?
R: Sim.
13. O que nela lhe dá essa impressão?
R: O telhado simpático.
14. A maioria das casas é assim? Por que você acha isso?
R: Aqui em São Paulo, não. O padrão muda.
15. Como está o tempo neste desenho? (Período do dia, e do ano, céu,
temperatura.)
R: Não há tempo, só casa.
16. De que tipo de tempo você gosta?
R: Calor.
17. De quem esta casa o faz lembrar? Por quê?
R: Minha avó: parece sua casa no sertão do Ceará.
18. Do que esta casa mais precisa? Por quê?
R: Bolsa família (risos). De pintura, está acromática.
19. Se “isto” fosse uma pessoa em vez de (qualquer objeto desenhado separado da
casa), quem seria?
R: Ninguém.
20. A que parte da casa esta chaminé está ligada?
R: Não tem.
21. Inquérito da planta dos andares. (Desenhe uma planta dos andares com os
nomes. Ex.: que cômodo é representado por cada janela? Quem geralmente está
lá?)
R: O quarto. Um idoso.

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FASE CROMÁTICA – 3ª FASE


2º Desenho: ÁRVORE
Tempo de latência inicial: 00h00m18s.
Anotações: 1º quadrante – desenhou o tronco com o lápis marrom, ligando a ele galhos
e suas raízes; cobrindo-as, vem a grama verde; lápis amarelo escuro é utilizado para
complemento das raízes e da terra; comparou raízes a falo, dizendo que ele é a raíz da
sociedade; marrom volta a compor tronco e verde, suas folhas; “está parecendo uma
mandioca, uma batata”; “toda árvore tem raízes, não sei porque as pessoas desenham
elas sem”; “galhos e tronco podem morrer, raízes jamais”; completa folhas que lembram
as de um coqueiro e finaliza; tronco também é fino, e a árvore parece de fato um
coqueiro.
Tempo parcial (realização do desenho da árvore): 00h04m55s.

Inquérito posterior ao desenho:


22. Que tipo de árvore é esta?
R: Árvore com raíz.
24. Mais ou menos qual a idade dessa árvore?
R: 1 ano (é pequena).
25. Esta árvore está viva?
R: Sim (raízes entrando na terra).
30. Para você esta árvore parece mais um homem ou uma mulher?
R: Homem.
35. Como está o tempo neste desenho? (Período do dia e ano, céu, temperatura.)
R: Calor.
36. Há algum vento soprando? Mostre-me em que direção ele está soprando. Que
tipo de vento é esse?
R: Pra direita. Vento normal.
42. Do que esta árvore mais precisa? Por quê?
R: Água, pois o chão está seco.
44. Se “isto” fosse uma pessoa em vez de (qualquer objeto desenhado separado da
árvore), quem ele poderia ser?

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R: Se a árvore fosse homem, gramado seria mulher pois as raízes estão entrando.

FASE CROMÁTICA – 3ª FASE


3º Desenho: PESSOA
Tempo de latência inicial: 00h00m02s.
Anotações: Traços fortes para composição do rosto, composto pelo tom rosa claro, ou
“cor de pele”; um sorriso é representado junto a um bigode; traços do rosto são
detalhados; o cabelo é arrepiado e grande, assim como a cabeça, que apresenta-se
desproporcional ao restante do corpo, que é por outro lado menos detalhado que a
cabeça; a roupa é colorida: bermuda lilás e camiseta de manga curta azul; o tênis é
preto, e a cor de pele nas partes apresentadas fora das peças de roupa também é azul.
Tempo parcial (realização do desenho da árvore): 00h07m01s.

Inquérito posterior ao desenho:


45. Esta pessoa é um homem ou uma mulher? (Menino ou menina)?
R: Homem (mexicano).
46. Quantos anos ele tem?
R: 40 anos.
47. Quem é ele?
R: Ainda não descobri.
50. O que ele está fazendo? Onde ele está fazendo isso?
R: Parado na imensidão branca.
52. Como ele se sente? Por quê?
R: Assustado e sozinho.
53. Em que a pessoa faz você pensar ou lembrar?
R: Uma pessoa solitária qualquer.
64. Do que esta pessoa mais precisa?
R: Um abraço por conta da posição de seus braços.
66. Se “isto” fosse uma pessoa em vez de (qualquer objeto desenhado separado da
pessoa), quem seria?
R: *Não há nada separado.
67. Que tipo de roupa esta pessoa está vestindo?

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R: Somente uma bermuda rosa e sapatos pretos.

Horário de término da aplicação: 19h20.

b) Como aplicador do HTP: impressões sobre o modo como conduziu a


aplicação do teste.
Pedro: Este teste é um pouco mais pragmático, pois as perguntas e orientações já são
programadas e não podem ser espontâneas – o que torna mais fácil sua aplicação, porém
não menos interessante. O trabalho de observação ao sujeito em meio aos desenhos e
respostas também deu-se como uma experiência muito acrescentadora.

c) Como colaborador do HTP: impressões sobre o modo como lidou-se com a


aplicação do teste.
Paulo:
O aplicador deixou-me tranquilo ao apresentar a ação com confiança. Consegui fazer o
desenho bem relaxado, sem maiores preocupações. Percebi que as atividades sendo
preparadas com calma e boa elaboração, os objetivos podem ser atingidos.

Rafael:
O primeiro contato que tive com a aplicação do HTP foi bem interessante, devido a
simplicidade dos desenhos e como eles mostram aspectos conscientes e inconscientes da
personalidade humana. Ao decorrer curso ouvimos falar de alguns desses testes
projetivos, contudo, só consegui uma perspectiva real do teste com a vivência de sua
aplicação. Existe uma grande responsabilidade envolvida no uso desses instrumentos
tão importantes para os psicólogos. Tentei me focar bastante nas expressões faciais e
nos comentários durante a aplicação, e não só me focar na observação do desenho.
Quando invertemos os papéis de aplicador e paciente, sinto que regredi a uma fase da
minha infância onde me expressava muito melhor com os desenhos do que com a
comunicação verbal. A realidade e fantasia são parcelas do psiquismo humano que
consegui constatar no aprendizado com o teste projetivo do HTP.

d) Como observador do HTP: impressões sobre a experiência e quais suas


contribuições para sua formação.

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Não houve.

3) RELATÓRIO DA APLICAÇÃO DO TESTE DE APERCEPÇÃO


TEMÁTICA (TAT)
Data da aplicação: 20/03/2019.
Horário de início da aplicação: 21h00.

a) Relato das histórias e inquéritos realizados.


1ª Prancha (classificação 12H):
Tempo de latência: 00h00m07s.
Título: A Desesperança
Desenvolvimento da estória: “Essa aqui é foda. Esse caboclo aqui, ele tem uma vida
muito ruim, triste, e ele já havia tentado para melhorar a sua vida, então ele partiu para o
misticismo (bateu os dedos na mesa); ele está deitado enquanto (passou a mão direita na
boca) outro cara está impondo a mão contra o seu corpo (coçou a cabeça) para tentar
ajuda-lo através da sua crença.”
Tempo parcial (elaboração da estória): 00h03m22s.

Inquérito posterior a estória:


1. Por que você acredita que ele é um caboclo?
R: É uma maneira de chamar.
2. Por que você acredita que ele tem uma vida muito ruim, triste?
R: Porque ele teve que apelar para o desconhecido, e toda religião é uma fuga.
3. Por que você acredita que o personagem já tinha tentado de tudo?
R: Na minha cabeça ele tentou de tudo, foi a tentativa final.
4. Por que você acredita que o personagem está impondo a mão contra o seu
corpo?
R: É o que a imagem mostra.
5. Você acredita que essa crença do personagem pode salvá-lo?
R: Não.
6. Por que ele precisa de ajuda?
R: Ele não consegue se ajudar sozinho.

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2ª Prancha (classificação 14):


Tempo de latência: 00h00m02s.
Título: Uma Nova Realidade
Desenvolvimento da estória: “Uma pessoa comum... nessa história vou ser sucinto...
foi transportada através de um buraco de minhoca com ajuda de alienígenas com discos
voadores com suas super tecnologias ao multiverso onde todos os seus sonhos eram
realmente possíveis.”
Tempo parcial (elaboração da estória): 00h02m50s.

Inquérito posterior a estória:


1. Por que você acredita que o personagem é uma pessoa comum?
R: Porque a maioria da sociedade é comum, padronizada.
2. Por que o personagem precisou da ajuda de alienígenas?
R: Porque a realidade dele era inevitável, suas utopias de fato nunca iriam se concretizar
através da humanidade.
3. E quais eram as utopias?
R: Um mundo colorido, e justo para todos.
4. Por que você acredita que no multiverso todos os sonhos eram possíveis?
R: Por diversos multiversos existem, davam-se diferentes realidades e ele foi para a
realidade totalmente oposto a que ele vivia.
5. Por que foi transportado por um buraco de minhoca?
R: É o que a física quântica permite.

3ª Prancha (classificação 20):


Tempo de latência: 00h00m04s.
Título: O Arco-Íris Depois da Chuva
Desenvolvimento da estória: Um partizan descansa serenamente sobre o túmulo de um
fascista que matou diversas pessoas de seu afeto. Ele acredita que cumpriu sua missão
em vida e pode passar o restante dela em paz em meio a natureza.
Tempo parcial (elaboração da estória): 00h03m15s.

Inquérito posterior a estória:

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1. O que essas pessoas significavam para o personagem?


R: A vida dele.
2. Por que você acredita que ele descansa serenamente?
R: Porque ele vingou as pessoas que ele gostava, que tiveram o mesmo fim.
3. Qual era a missão do personagem?
R: Inicialmente era ter uma vida de paz, depois trazer liberdade para o seu povo, vingar
suas pessoas queridas e então descansar em paz.
4. Você acredita que ele cumpriu a missão?
R: Sim.

4ª Prancha (classificação 11):


Tempo de latência: 00h00m03s.
Título: Em Busca da Dignidade
Desenvolvimento da estória: “Atrás da imagem há uma grande caverna, onde esconde-
se um dragão que guarda um tesouro (coçou a orelha). Quatro corvos se apresentam na
entrada da cachoeira; eles são os olhos do dragão, que é cego, e toda manhã os corvos
saem e observam todo o vale enquanto de noite retornam a cachoeira para contar suas
visões ao grande sábio dragão. Um grupo de anões em busca de seu tesouro perdido,
antes roubado por uma fera misteriosa, chega ao local, descobrem a estrada secreta da
caverna, lutam contra o dragão, recuperam o tesouro e adquirem sua sabedoria. Eles
retornam ao seu vale de origem e vivem felizes para sempre.”
Tempo parcial (elaboração da estória): 00h06m02s.

Inquérito sobre a estória:


1. Por que esse dragão se esconde?
R: Talvez ele não tenha encontrado felicidade fora da caverna.
2. O que é esse tesouro?
R: Além dos bens materiais, é a sabedoria, e os anões descobriram que buscavam mais
ela do que os bens.
3. Por que os corvos representam os olhos do dragão?
R: O dragão é um bicho muito grande, que consegue alçar voos muito altos e distantes;
porém, ao perder os olhos, ele perdeu sua liberdade. Para tentar “repor” essa visão do

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mundo, quatro corvos e oito olhos foram necessários – ele tornou-se dependente dos
corvos.
4. Por que você acredita que esse dragão é um sábio?
R: Por causa dos seus longos anos de vida.
5. Qual sabedoria ele detém?
R: Sabedoria da existência.
6. Por que os corvos retornam a noite para essa cachoeira?
R: Porque o dragão prometia a eles segurança, e dizia que sua ausência é uma ameaça
para a vida dos corvos. Os corvos não sabiam que quem dependia de quem, era o dragão
deles e não eles do dragão.
7. Por que a entrada da caverna é secreta?
R: Porque ela esconde algo que não é benéfico para a sociedade na visão de quem a
detém.
8. Quem era a fera misteriosa?
R: O dragão.
9. Por que os anões lutaram por esse tesouro?
R: Porque eles almejavam uma vida mais digna, justa e livre.
10. Por que você acredita que os anões viveram felizes para sempre?
R: Porque eles conseguiram o que almejavam.

5ª Prancha (classificação 10):


Tempo de latência: 00h00m06s.
Título: O Afeto Misterioso
Desenvolvimento da estória: “Vejo um casal... Casal não, homem e mulher próximos.
Ela está com a mão esquerda no tórax dele, tem a sobrancelha fina, olhos fechados,
cabelo claro, e entre o rosto dela e do homem há uma divisão escura (põe a mão sobre a
boca) que separa o corpo dos dois, que faz não permitir mais detalhes; homem com
olhos fechados, sobrancelha não está clara, nem cabelos; na orelha direita dele e na
esquerda dela (coça a cabeça) existem manchas. Sentimento dos dois não está claro
(pára por alguns segundos)... se estão se abraçando por afetividade ou outro
sentimento.”
Tempo parcial (elaboração da estória): 00h06m00s.

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Inquérito sobre a estória:


1. Em que ambiente você crê que eles estão?
R: Acredito que em um local escuro.
2. Por que você crê que o sentimento não é claro?
R: Pela expressão facial dos dois. Não é nada objetivo.
3. Sobre o que você acredita que eles estavam conversando, caso estejam?
R: Há apenas aproximação, que mostra que estão ligados por sentimentos.
4. O que representa essa mancha escura?
R: A cor escura não tem como passar pra ele sensações através do sentido, pois
atrapalha a aproximação dos dois.

6ª Prancha (classificação 12H):


Tempo de latência: 00h00m04s.
Título: Luz Divina
Desenvolvimento da estória: “Me parece que um rapaz está doente e... numa cama
estreita, trajando roupas antigas – camisa curta e gravata; homem branco, deitado de
bruços, cabelo claro; parede escura contrastando e o rapaz doente; há outro homem,
com o joelho apoiado sobre a cama, encurvado ao rapaz, trajando paletó que parece
antigo; está colocando a mão sobre o rapaz, e parece que está fazendo uma oração. Na
silhueta desse homem, parte superior direita, há um reflexo que quebra a cor escura da
parede.”
Tempo parcial (elaboração da estória): 00h02m32s.

Inquérito sobre a estória:


1. Qual é a doença do rapaz?
R: Não sei.
2. Qual o grau de proximidade entre os dois?
R: Não sei.
3. De onde parte o reflexo citado?
R: Da cabeça de quem pintou (risos).
4. Em que local eles estão?
R: Talvez um quarto.
5. Qual a classe social dos dois homens?

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R: Me parecem pessoas mais pobres, de classes mais baixas.

b) Como aplicador do TAT: impressões sobre o modo como conduziu a


aplicação do teste.
Rafael:
Em minha experiência como aplicador, o aspecto mais interessante e complexo foi a
formulação do inquérito no intuito de quebrar as defesas do ego. Percebi que coordenar
a escuta da história e a transcrição da mesma para o papel, exige uma grande atenção
nos detalhes representativos.

c) Como colaborador do TAT: impressões sobre o modo como lidou-se com a


aplicação do teste.
Paulo:
Foi-me apresentado diversas pranchas, onde pude descrever o que observei nas mesmas.
Durante o teste pude ficar à vontade e narrar com calma a minha percepção em relação
às mesmas. Após a minha narrativa da impressão que tive nas histórias, foi-me feito
perguntas sobre a percepção que tive em cada história. Durante o teste me senti à
vontade, pois o entrevistador me passou segurança pois demonstrou saber o que estava
fazendo.

Pedro:
A dificuldade em criar uma história com base na realidade é mais difícil do que eu
imaginava, então busquei algo em que estou mais ligado durante parte do tempo: a
ficção. As histórias mostram-se assustadoramente projetivas e eu busquei também evitar
este fator. Foi importante para mostrar-me o quão real e eficaz esse teste pode ser.

d) Como observador do TAT: impressões sobre a experiência e quais suas


contribuições para sua formação.
Não houve.

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4) IMPRESSÕES GERAIS SOBRE A DISCIPLINA


Paulo:
A disciplina prepara bem o aluno a desenvolver testes psicológicos, dando uma boa
base teórica e oportunidade prática no laboratório.

Pedro:
A disciplina teórico-prática de Entrevistas e Testes Psicológicos foi um dos
primeiros contatos práticos que tivemos no curso, trazendo grande experiência,
injetando ânimo e confirmando cada dia mais que escolhemos uma área muito
interessante de atuação. Testes como o HTP e TAT mostraram-se, em prática,
tremendamente eficazes em relação a projeção de sentimentos ou até mesmo a fuga
deles, e confirmaram-se, para nós, como instrumentos de grande importância para a
área, assim como diversos outros testes apresentados durante o semestre.

Rafael:
A disciplina teórico-prática de Entrevistas e Testes Psicológicos foi o contato direto
com prática clínica, conhecemos a clínica escola da universidade e tivemos algumas
experiências marcantes no aprendizado. Estamos nos preparando para uma nova
fase do curso onde iremos assumir um papel de muita responsabilidade, lidaremos
diretamente com os pacientes e colocaremos em prática todos os conhecimentos
adquiridos no decorrer do curso. A disciplina superou as expectativas e ampliou a
percepção sobre a importância dos testes no trabalho do psicólogo.

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