vestidinhos. Logo, é claro ver que, na De Viriato Correia. obra, a educação faz-se imprescindível à formação social do homem. A obra, que é divida em 3 partes, narra a vida de Cazuza, um menino maranhense que sai de uma pequena o Hospitalidade/generosidade vila e muda-se para a São Luís. Durante a descrição da vila onde Ademais, a história é baseada no fator nasceu, que ficava à margem do primordial na vida do meninote: o Itapicuru, no alto da ribanceira; o início dos estudos. menino fala sobre a pobreza e humildade a qual vivenciava, mesmo sendo um personagem de boa O livro tem uma linguagem de condição em relação aos colegas. fácil compreensão. Além de Contudo, mesmo com as condições narrado em primeira pessoa, o simplórias, havia a familiaridade narrador-personagem demonstra entre todos, uma vez que o autor uma descrição repleta de descreve a partilha dos alimentos personificações, neologismo, entre os vizinhos, bem como a sua arcaísmos, uma linguagem bem- casa que era local de hospedagem a humorada e coloquial. Ademais, estranhos sem que houvesse observa-se a metalinguagem no cobrança. começo do texto, já que o autor inicia falando o porquê da denominação do livro. o Denúncia social acerca do ensino desumano da época; São descritas as memórias lúcidas da infância do A princípio, o personagem estava protagonista. Uma visão constantemente entusiasmado para nostálgica. seu primeiro dia de aula. Todavia, a realidade da escola é totalmente diferente, haja vista que o professor – Pontos discutidos na obra: o velho João Ricardo – disciplinava o A representação simbólica seus alunos com castigos físicos e da educação psicológicos, como a palmatória e as orelhas de burro. No início do conto, é evidente a simbologia de entrar para a escola, o O significado da morte; uma vez que o próprio autor deixa Antes de compreender e sentir o luto, claro a importância ao tornasse um Cazuza e seus amigos viam no “homenzinho” e usar calcinhas de velório o sentimento de felicidade, já que era motivo de reunir a vila e Já na parte dois do livro, Cazuza e vinham crianças brincar no quintal. sua família se mudam para a vila de Entretanto, quando Pinguinho, colega Coroatá, em sua nova escola o já adoentado de Cazuza, veio a pequeno se fascina pelos métodos falecer, a criançada perdeu a vontade humanos e pela forma generosa de de brincar e viu de fato a dor de suas professoras, fato que lhe estima perder alguém próximo e querido. a manter os estudos. Na parte 3, quando se muda para São Luís, há a figura de João Câncio, descrito pela o Liberdade; didática e facilidade a qual ensinava e Cazuza aprende a armar arapucas e fazia os alunos compreender. fica fascinado por pegar pássaros. Porém, sua mãe contesta e ensina-lhe o Patriotismo; que jamais deve privar o passarinho de viver em liberdade. Nesse Honorato, amigo do avô de Cazuza, momento, a mãe de Cazuza delimita era um velho que serviu a guerra e uma metáfora a compara-lo com o faz uma confissão ao padre. Na qual pássaro e pergunta-lhe se gostaria de relata ter soltado um prisioneiro do viver preso, apenas tendo comida e exército rival, o padre o parabeniza água em seu quarto. pelo gesto nobre e diz: “- o bom patriotismo é aquele que se pode praticar juntamente com a o A importância da ciência fraternidade. ” como meio para combate a ignorância e o preconceito; o Modernidade; Pata-choca é um personagem que era constantemente castigado pelo Ao se mudar para a capital, Cazuza professor por comer areia e ser fica impressionado com todas as “desleixado. ” Além disso, era novidades de São Luís, diferente da constantemente agredido severamente vila a qual morava, a cidade grande pelo pai. Ao chegar um médico a vila, tinha brinquedos, farmácias e observa a criança e chama ao pai para fábricas. que lhe der remédio para verme, pois o Exaltação do preto; esse era o problema do filho e o que lhe fazia comer terra. O pai O professor João Câncio ao ver os arrependido pede perdão ao filho. alunos rirem, após ele ajudar uma senhora preta, volta-se aos alunos e diz que o Brasil deve muito aos o O papel da escola e dos pretos, por toda sua força braçal que professores no progresso do lhe custaram a liberdade. aluno;