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REALISMO/NATURALISMO

OBRAS LITERÁRIAS
Realismo e Naturalismo
Contexto Histórico:
A) ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA - 1888
Realismo e Naturalismo
Contexto Histórico:
B) PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA: 1889
Realismo e Naturalismo
Contexto Histórico:
C) PROGRESSO TECNOLÓGICO

Uso de luz elétrica;


Malha ferroviária;
Desenvolvimento do meio urbano;
Realismo e Naturalismo
D) FORMAÇÃO DE DUAS CLASSES SOCIAIS BEM DISTINTAS:

1ª CLASSE: ELITE
2ª CLASSE: PROLETÁRIADO
Realismo e Naturalismo
E) NOVAS CORRENTES CIENTÍFICAS E FILOSÓFICAS:

1. CHARLES DARWIN – EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES


“OS MAIS ADAPTADOS SOBREVIVEM AO MEIO”

2. AUGUSTE COMTE – POSITIVISMO


Pregava que a sociedade deveria ser orientada pela RAZÃO
A sociedade progride se houver ordem “ORDEM E
PROGRESSO”
Realismo e Naturalismo
D) NOVAS CORRENTES CIENTÍFICAS E FILOSÓFICAS:

3. HIPPOLYTE ADOLPHE TAINE – DETERMINISMO


“O HOMEM É FRUTO DO MEIO, DA RAÇA E DO MOMENTO”

4. KARL MARX – Economista Alemão - O poder econômico


(+) economia = maior liberdade = maior poder

(-) economia = menos liberdade = maior submissão


REALISMO
 Personagens
NATURALISMO
 Personagens “doentes”,
heterogêneos: seres movidos pelos instintos, sem
fracos e fortes em livre arbítrio.
embate  Linguagem científica
 Linguagem clássica  Domínio dos instintos
 Domínio da razão  Espelham as camadas
 Retrata e critica a sociais inferiores
burguesia  Reforma da sociedade e do
 Análise da alma humana indivíduo
 É indireto na  É direto na interpretação,
interpretação, deixa que expõe conclusões, cabe ao
o leitor tire suas leitor aceitá-las ou discuti-
conclusões las.

 MACHADO DE ASSIS  ALUÍSIO DE AZEVEDO


MACHADO DE ASSIS

 1839 - 1908
 Epilético, mulato, pobre e gago

 Fundador da ABL
 “Escritor do século”

 Diversos gêneros literários


 Características:
Objetividade, crítica à sociedade,
sondagem psicológica, narrativa não
linear, pessimismo, ironia e humor,
metalinguagem
MEMÓRIAS PÓSTUMAS
DE BRÁS CUBAS
MACHADO DE ASSIS
MACHADO DE ASSIS
• 1839 - 1908
• Epilético, mulato, pobre e gago

• Fundador da ABL
• “Escritor do século”

• Diversos gêneros literários


• Características:
Objetividade, crítica à sociedade, sondagem
psicológica, narrativa não linear, pessimismo,
ironia e humor, metalinguagem
PERSONAGENS
Lista de personagens
Brás Cubas: filho abastado da família Cubas, é o narrador do livro; conta suas memórias, escritas
após a morte, e nessa condição é o responsável pela caracterização de todos os demais
personagens.
Virgília: grande amor de Brás Cubas, sobrinha de ministro, e a quem o pai do protagonista via como
grande possibilidade de acesso, para o filho, ao mundo da política nacional.
Marcela: amor da adolescência de Brás.
Eugênia: a “flor da moita”, nas palavras de Brás, já que era filha de um casal que ele havia flagrado,
quando criança, namorando atrás de uma moita; o protagonista se interessa por ela, mas não se
dispõe a levar adiante um romance, porque a garota era coxa.
Nhã Lo Ló: última possibilidade de casamento para Brás Cubas, moça simples, que morre de febre
amarela aos 19 anos.
Lobo Neves: casa-se com Virgília e tem carreira política sólida, mas sofre o adultério da esposa com
o protagonista.
Quincas Borba: teórico do humanitismo, doutrina à qual Brás Cubas adere, morre demente.
Dona Plácida: representante da classe média, tem uma vida de muito trabalho e sofrimento.
Prudêncio: escravo da infância de Brás Cubas, ganha depois sua alforria.
O defunto autor/narrador
• A infância de Brás Cubas, como a de todo membro da sociedade patriarcal brasileira da época, é
marcada por privilégios e caprichos patrocinados pelos pais. O garoto tinha como “brinquedo”
de estimação o negrinho Prudêncio, que lhe servia de montaria e para maus-tratos em geral. 

• Na juventude do protagonista, as benesses ficam por conta dos gastos com uma cortesã, ou
prostituta de luxo, chamada Marcela, a quem Brás dedica a célebre frase: “Marcela amou-me
durante quinze meses e onze contos de réis”

• Apaixonado por Marcela, Brás Cubas gasta enormes recursos da família com festas, presentes e
toda sorte de frivolidades. Seu pai, para dar um basta à situação, toma a resolução mais comum
para as classes ricas da época: manda o filho para a Europa estudar leis e garantir o título de
bacharel em Coimbra.
• Brás Cubas, no entanto, segue contrariado para a universidade. Marcela não vai, como
combinara, despedir-se dele, e a viagem começa triste e lúgubre.
RESUMEX LEGALZEX
• Em Coimbra, a vida não se altera muito. Com o • A ambição, dado que fosse águia, quebrou
diploma nas mãos e total inaptidão para o trabalho, nessa ocasião o ovo, e desvendou a pupila
Brás Cubas retorna ao Brasil e segue sua fulva e penetrante. Adeus, amores! adeus,
existência parasitária, gozando dos privilégios dos Marcela! dias de delírio, joias sem preço, vida
bem-nascidos do país. sem regímen, adeus! Cá me vou às fadigas e à
glória; deixo-vos com as calcinhas da primeira
Capítulo XX  Bacharelo-me
idade. E foi assim que desembarquei em Lisboa
• Um grande futuro! Enquanto esta palavra me batia e segui para Coimbra. A Universidade
no ouvido, devolvia eu os olhos, ao longe, no esperava-me com as suas matérias árduas;
horizonte misterioso e vago. Uma ideia expelia estudei-as muito mediocremente, e nem por
outra, a ambição desmontava Marcela. Grande isso perdi o grau de bacharel; deram-mo com a
futuro? Talvez naturalista, literato, arqueólogo, solenidade do estilo, após os anos da lei; uma
banqueiro, político ou até bispo, -- bispo que bela festa que me encheu de orgulho e de
fosse,-- uma vez que fosse um cargo, uma saudades, -- principalmente de saudades. Tinha
preeminência, uma grande reputação, uma posição eu conquistado em Coimbra uma grande
superior. nomeada de folião;
• era um acadêmico estroina, superficial,
tumultuário e petulante, dado às
aventuras, fazendo romantismo prático e
liberalismo teórico, vivendo na pura fé
dos olhos pretos e das constituições • Em certo momento da narrativa, Brás
escritas. No dia em que a Universidade Cubas tem seu segundo e mais
me atestou, em pergaminho, uma ciência duradouro amor. Enamora-se de Virgília,
que eu estava longe de trazer arraigada parente de um ministro da corte,
no cérebro, confesso que me achei de aconselhado pelo pai, que via no
algum modo logrado, ainda que casamento com ela um futuro político. No
orgulhoso. Explico-me: o diploma era entanto, ela acaba se casando com Lobo
uma carta de alforria; se me dava a Neves, que arrebata do protagonista não
liberdade, dava-me a responsabilidade. apenas a noiva como também a
Guardei-o, deixei as margens do candidatura a deputado que o pai
Mondego, e vim por ali fora assaz preparava.
desconsolado, mas sentindo já uns
ímpetos, uma curiosidade, um desejo de
acotovelar os outros, de influir, de gozar,
de viver, -- de prolongar a Universidade
pela vida adiante...
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É
CASA DE PENSÃO DE ALUÍSIO AZEVEDO

• “Casa de Pensão”, do autor brasileiro • A narrativa contada no livro é de


Aluísio Azevedo, foi originalmente
publicado em 1877, teria sido um fato muito próxima do que
romance inspirado em um caso policial aconteceu na vida real e faz
 que aconteceu no Rio de Janeiro, e
que ficou conhecido como “Questão
questão de analisar as
Capistrano”. O caso envolveu dois influências que o meio tem
jovens os quais eram  estudantes da sobre os indivíduos, o que era
Escola Politécnica, e que antes da
tragédia, eram grandes e inseparáveis uma premissa das bases do
amigos: João Capistrano da Cunha e realismo, movimento literário ao
Antônio Alexandre Pereira.
qual pertenceu o autor.
ENREDO
• A história começa contando sobre • Acontece que na pensão havia uma
Amâncio da Silva Bastos e Vasconcelos série de problemas: muitos
que é um rapaz rico da província do hóspedes e a promiscuidade
Maranhão que parte para a corte do Rio generalizada.  Além disso, havia a
para estudar e se encaminhar na vida. falsa moralidade imposta pelos
Logo que chega à cidade, ele vai morar na proprietários. Naquele ambiente de
casa do senhor Campos, amigo de seu pai, horrores e excessos, Amélia se
no entanto, o rapaz logo recebe um torna amante de Amâncio e,
convite de João Coqueiro para morar em quando este anuncia que precisa
sua pensão. Coqueiro e sua esposa, regressar para casa, uma vez que
Madame Brizard, estavam de olho no
seu pai havia morrido, ele é
dinheiro de Amâncio e, por isso, o
tratavam com total devoção e planejavam
ameaçado por Coqueiro que
casá-lo com Amélia, irmã de Coqueiro. ordena que antes ele se case com
Amélia.
ENREDO
• O caso acaba se tornando muito famoso, e
• Amâncio então planeja sua logo o rapaz consegue provar a sua inocência
fuga, e como Coqueiro suspeita, em diversas acusações. Amâncio comemora a
liberdade assim como outros que atiravam
acaba denunciando o rapaz à flores e cantavam para o estudante.
polícia por ter tirado a Inconformado com a decisão da justiça, João
virgindade da jovem. Ele acaba Coqueiro pega o revólver do pai para se
sendo absolvido, embora haja matar, mas desiste e acaba assassinando
Amâncio no hotel em que estava, enquanto
várias calúnias contra o rapaz. dormia de barriga para cima, Após o crime, é
preso por um policial. A mãe de Amâncio
chega à cidade no meio de todo aquele
alvoroço e vê em uma vitrine o retrato do
filho morto na mesa do necrotério.

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