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A estrutura da redação: introdução, desenvolvimento e

conclusão
A estrutura de uma redação dissertativa-argumentativa é composta por
três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. Aprenda como
escrever cada uma delas!
Você já deve saber que a estrutura de uma redação dissertativa-argumentativa é
composta por três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. Mas, você domina a
estrutura de cada parte? Veja quais informações apresentar e qual é a melhor forma de
encadear suas ideias.

A partir de agora, faremos um passo a passo de como estruturar o seu texto e como
conquistar os avaliadores da Redação Enem, do Encceja, e dos vestibulares também.
Aproveite e veja também como fazer a redação do Encceja, para tirar o Diploma do
Ensio Médio em 1 dia.

A estrutura da redação Enem


Você já leu um texto sem introdução e conclusão, apenas com parágrafos de
desenvolvimento? Colocando assim pode parecer estranho, mas esse é um erro bastante
comum que os candidatos cometem.

Para que você não perca pontos valiosos, é importante dominar a estrutura de um texto
dissertativo-argumentativo, o modelo de redação cobrado no Enem, no Encceja e em
vários vestibulares.

Portanto, o modelo de estrutura de redação que sugerimos aqui é de 4 parágrafos: um de


introdução, dois de desenvolvimento e um de conclusão. Tanto a introdução quanto a
conclusão necessitam sempre de apenas um parágrafo. Enquanto isso, o
desenvolvimento tem um número variável de parágrafos.

Não existe nenhuma regra que exija que sua redação tenha 4 parágrafos, mas essa é uma
dica que a gente dá tendo em vista que a maior parte das redações nota mil do Enem
apresentam dois parágrafos de desenvolvimento.
Na imagem abaixo você encontra o esqueleto de uma redação. Em seguida, você
aprenderá como planejar e escrever cada um dos elementos do texto.

A Introdução da Redação
Não é sem razão que o primeiro parágrafo da estrutura de uma redação é chamado
de introdução, pois é nessa parte do texto que você vai expor (apresentar) as principais
questões a serem abordadas no restante do texto. No primeiro parágrafo, o leitor terá
uma dimensão geral do assunto e vai entender as razões pelas quais a discussão do
problema é relevante.

E nessa hora que você deve envolver o leitor e ser criativo o bastante para instigá-lo a
continuar a leitura. Assim, uma boa forma de fazer isso é relacionar o tema a aspectos
pessoais e/ou sociais. Mostre como essa questão pode afetar a vida do leitor ou como ele
está relacionado a ela.

Para que você consiga fazer isso, você pode dividir a sua introdução em 3 partes:
1. contextualização;
2. tema;
3. tese.

1- Contextualização
A contextualização ou assunto é algo mais abrangente do que o tema, mas que está
conectado a ele. Por exemplo: o tema da redação de 2018 foi “a manipulação do usuário
pelo controle de dados na internet”. Nesse caso, o contexto poderia ser sobre meios de
comunicação, redes sociais, internet em geral, privacidade, entre outras possibilidades.

Além disso, o contexto é um bom lugar para você citar algum repertório sociocultural,
como um livro, um filme, uma música, um dado histórico ou estatístico.

2- Tema
Depois de fazer a contextualização, você deve demonstrar como o contexto está ligado
ao tema. Tente não copiar o tema de forma literal. Em vez disso, tente escrever com
suas palavras. Mas não esqueça de que todos os elementos do tema precisam estar
presentes. Utilizando o exemplo anterior, você deve lembrar de mencionar a
“manipulação”, o “controle de dados” e a “internet”.

3- Tese
Em seguida, você não pode esquecer de escrever a sua tese. A tese ou objetivo do texto
é aquilo que você pretende defender ao longo da redação. Essa é uma das partes mais
importantes de toda a sua redação. A fim de definir qual será a sua tese, você pode se
perguntar: “o que eu acho sobre o tema?”. Partindo da sua resposta, você vai conseguir
formular o objetivo do seu seu texto, ou seja, sua tese.

Perguntas na Introdução
Outras perguntas que podem auxiliar na criação da sua tese e, mais à frente, podem
fornecer ideias para os parágrafos de desenvolvimento e para a conclusão:

1. Qual o problema?
2. Por que se trata de um problema?
3. Quais as causas para tal problema?
4. Há alguma solução?
5. Como e por que colocar tal solução em prática?
6. Como essa proposta pode, de fato, resolver o problema?

Dica: Uma boa maneira de treinar a introdução dentro do modelo da estrutura


da redação do Enem nos seus textos de treinamento é ler. Ler sempre, pelo menos uma
vez por semana passar os olhos em artigos de jornais e revistas.

Analise como autor utiliza as características desse gênero textual para chamar a atenção
do leitor e instigar a curiosidade para o conteúdo que vem a seguir.
Exemplo de Introdução

“Segundo as ideias do sociólogo Habermas, os meios de comunicação são


fundamentais para a razão comunicativa. Visto isso, é possível mencionar que a
internet é essencial para o desenvolvimento da sociedade. Entretanto, o meio virtual
tem sido utilizado, muitas vezes, para a manipulação do comportamento do usuário,
pelo controle de dados, podendo induzir o indivíduo a compartilhar determinados
assuntos ou a consumir certos produtos.

Isso ocorre devido `falha de políticas públicas efetivas que auxiliem o indivíduo a
“navegar”, de forma correta, na internet, e à ausência de consciência, da grande parte
da população, sobre a importância de saber utilizar adequadamente o meio virtual.
Essa realidade constituiu um desafio a ser resolvido não somente pelos poderes
públicos, mas também por toda a sociedade”.

O que você não deve fazer na Introdução

O principal cuidado que você deve ter ao escrever a introdução do seu texto é não
misturar os assuntos. A pluralidade de ideias deixa o texto poluído e o leitor confuso. E
ainda: não mencione nenhum fato na introdução que não será explorado ao longo do
texto. Foque na sua tese principal.

É recomendável evitar períodos longos no primeiro parágrafo. O espaço para produzir


orações mais longas é o desenvolvimento. E mesmo assim, esse recurso deve ser usado
com bastante critério.

Como fazer o desenvolvimento

Essa parte da estrutura de uma redação pode ser resumida em duas palavras:
argumentação e exemplificação. É aqui que as informações mais polêmicas devem
aparecer.

Nesse espaço, você também pode dar voz a visões opostas sobre o assunto. Tudo o que
foi levantado na introdução deve ser discutido aqui e lembre-se de desenvolver uma
ideia diferente para cada parágrafo.

Mas, como conseguir fazer isso na prática? O primeiro passo é relembrar a tese ou
objetivo que você criou na introdução. Por exemplo: numa redação sobre agrotóxicos,
você pode estabelecer como objetivo mostrar que os agrotóxicos são um retrocesso para
a saúde e para a agricultura.

Então, você deve desmembrar esse objetivo em dois: um para o primeiro parágrafo de
desenvolvimento e outro para o segundo. No caso do exemplo anterior, você poderia
escrever um parágrafo sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde e outro na agricultura.

Se você tiver dificuldades para estabelecer os objetivos dos parágrafos, pode olhar para
sua tese e se perguntar “por que eu acho isso?”. A partir da resposta, você deve formular
duas ideias diferentes e explicar melhor cada uma delas em um parágrafo do
desenvolvimento da redação.
Depois de estabelecidos os objetivos dos parágrafos, você vai precisar de 4 elementos
para construir cada um dos seus parágrafos de desenvolvimento: afirmação, explicação,
exemplificação e conclusão.

Afirmação ou tópico frasal

O primeiro elemento do parágrafo deve ser uma afirmação do seu objetivo. Essa frase
vai dizer o que você vai abordar naquele parágrafo. Por exemplo: “Os agrotóxicos têm
como um de seus prejuízos a relação com a saúde brasileira”.

Explicação

Em seguida, você vai explicar a afirmação. Ou seja, vai explicar como os agrotóxicos
interferem na saúde.

Exemplificação

Também é importante dar exemplos para enriquecer a sua argumentação. É nesse


momento que você deve utilizar o seu repertório sociocultural, citando uma atualidade,
um livro, um filme, uma fala de alguém, um estudo, uma música, etc.

Conclusão

Por fim, é importante concluir o parágrafo e mostrar como a explicação e os exemplos


fizeram você encontrar o seu objetivo. No nosso exemplo, a conclusão deveria mostrar
como a explicação e os exemplos mostraram que agrotóxicos fazem mal à saúde.
Como escrever o desenvolvimento da redação do Enem
Exemplo de parágrafo de desenvolvimento
Veja um exemplo de um parágrafo de desenvolvimento. O trecho abaixo é uma
continuação da introdução apresentada no item anterior.

“No contexto relativo à manipulação do comportamento do usuário, pode-se citar que


no século XX, a Escola de Frankfurt já abordava sobre a “ilusão de liberdade do
mundo contemporâneo”, afirmando que as pessoas eram controladas pela “indústria
cultural”, disseminada pelos meios de comunicação de massa. Atualmente, é possível
traçar um paralelo com essa realidade, visto que milhões de pessoas no mundo são
influenciadas e, até mesmo, manipuladas, todos os dias pelo meio virtual, por meio de
sistemas de busca ou de redes sociais, sendo direcionadas a produtos específicos, o que
aumenta, de maneira significativa, o consumismo exacerbado. Isso é intensificado
devido à carência de políticas públicas efetivas que auxiliem o indivíduo a “navegar”
corretamente na internet, explicando-lhe sobre o posicionamento do controle de dados
e ensinando-lhe sobre como ser um consumidor consciente”.

O que não fazer no desenvolvimento


Como os parágrafos de desenvolvimento são mais longos, se você não estiver atento,
corre o risco de repetir informações – o que acarreta na perda de pontos. O mesmo erro
pode ocorrer na ânsia em convencer o leitor sobre os seus argumentos.

Outro cuidado importante é em relação aos exemplos. Eles devem ser bastante
representativos para situar o leitor e estabelecer a comunicação. Imagine que seus
exemplos são uma espécie de pontos luminosos do seu texto. Eles devem ser claros o
bastante para dar ainda mais legitimidade aos seus argumentos dentro da estrutura da
redação.

Como fazer uma conclusão


Se a palavra-chave do desenvolvimento é argumentação, no último parágrafo o termo
que você deve ter em mente é solução. Você levantou uma determinada questão ao
longo do texto, certo? A conclusão é o momento de apresentar as possíveis saídas para o
problema por meio da proposta de intervenção e, assim, finalizar a estrutura da redação
de forma completa.

Quer vídeo da professora Dani ensinando como fazer? Tem também!

O seu parágrafo de conclusão divide-se em três partes: uso de conectivo de conclusão,


retomada do objetivo e proposta de intervenção.

1- Conectivo para conclusão

Primeiramente, você deve lembrar que o parágrafo de conclusão sempre deve iniciar
com um conectivo. Você pode usar “portanto” ou “dessa forma”, por exemplo.
Lembrando que o uso de conectivos sempre ajuda a manter a coesão e a coerência do
seu texto.

2- Retomada do objetivo

Em seguida, você deve retomar os objetivos da sua redação, tanto o que você
estabeleceu na introdução quanto aqueles dos seus parágrafos de desenvolvimento.

3- Proposta de intervenção

Por fim, você deve escrever uma proposta de intervenção. Essa é uma parte muito
importante, pois só a proposta de intervenção já vale 200 pontos da nota da sua redação.

Os corretores da redação não esperam que durante o tempo de prova você encontre uma
solução para o problema tematizado. Eles somente esperam que você exponha alguma
ação que ajude no enfrentamento do problema. Não precisa ser nada inédito, só precisa
ser uma intervenção bem estruturada.

Mas, como fazer uma proposta de intervenção correta e completa? Ela precisa ter 5
elementos:

1. Ação (o que?)
2. Agente (quem?)
3. Efeito (para quê?)
4. Modo (como?)
5. Detalhamento (explicação e exemplos)

Portanto, não é suficiente citar uma intervenção de maneira genérica, sem explicar quem
seria o responsável ou de que forma seria colocada em prática.

Exemplo de conclusão

“Portanto, cabe aos Estados, por meio de leis e de investimentos, com um


planejamento adequado, estabelecer políticas públicas efetivas que auxiliem a
população a “navegar”, de forma correta, na internet, mostrando às pessoas a
relevância existente em utilizar o meio virtual racionalmente, a fim de diminuir, de
maneira considerável, o consumo exacerbado, que é intensificado pela manipulação do
comportamento do usuário pelo controle de dados. Além disso, é de suma importância
que as instituições educacionais promovem, por meio de campanhas de
conscientização, para pais e alunos, discussões engajadas sobre a imprescindibilidade
de saber usar, de maneira cautelosa, a internet, entendendo a relevância de uma
“polarização digital” para a concretização da razão comunicativa, com o intuito de
utilizar o meio virtual para o desenvolvimento pleno da sociedade”.

Em seguida, veja os cinco elementos presentes na proposta de intervenção do exemplo:

 Ação: “estabelecer políticas públicas efetivas”.


 Agente: “Estados”.
 Efeito: “a fim de diminuir, de maneira considerável, o consumo exacerbado”.
 Modo: “por meio de leis e de investimentos”.
 Detalhamentos: “que auxiliem a população a ‘navegar’, de forma correta, na
internet, mostrando às pessoas a relevância existente em utilizar o meio virtual
racionalmente”, “que é intensificado pela manipulação do comportamento do
usuário pelo controle de dados”.

Como construir a estrutura de uma redação

Por fim, veja mais esta aula da prof. Dani explicando como se organizar na hora de
planejar a estrutura de uma redação:

Modelo de Redação Enem Nota 1000


Para você mandar bem no texto dissertativo-argumentativo veja agora uma redação nota
1000. É do candidato, ex-aluno da Rede Plataforma SAS:

Marcus Vinícius M. de Oliveira – SAS

No Brasil, o início do processo de educação de surdos remonta ao Segundo Reinado.


No entanto, esse ato não se configurou como inclusivo, já que se caracterizou pelo
estabelecimento de um “apartheid” educacional, ou seja, uma escola exclusiva para tal
público, segregando-o dos que seriam considerados “normais” pela população.

Assim, notam-se desafios ligados à formação educacional das pessoas com dificuldade
auditiva, seja por estereotipação da sociedade civil, seja por passividade
governamental.

Portanto, haja vista que a educação é fundamental para o desenvolvimento


socioeconômico do referido público e, logo, da nação, ela deve ser efetivada aos surdos
pelos agentes adequados, a partir da resolução dos entraves vinculados a ela.

Sob esse viés, pode-se apontar como um empecilho à implementação desse direito,
reconhecido por mecanismos legais, a discriminação enraizada em parte da sociedade,
inclusive dos próprios responsáveis por essas pessoas com limitação.

Isso pode ser explicado segundo o sociólogo Talcot Parsons, o qual diz que a família é
uma máquina que produz personalidades humanas, o que legitima a ideia de que o
preconceito por parte de muitos pais dificulta o acesso à educação pelos surdos.

Tal estereótipo está associado a uma possível invalidez da pessoa com deficiência e é
procrastinado, infelizmente, desde o Período Clássico grego, em que deficientes eram
deixados para morrer por serem tratados como insignificantes, o que dificulta, ainda
hoje, seu pleno desenvolvimento e sua autonomia.

Além do mais, ressalte-se que o Poder Público incrementou o acesso do público


abordado ao sistema educacional brasileiro ao tornar a Libras uma língua secundária
oficial e ao incluí-la, no mínimo, à grade curricular pública. Contudo, devido à falta de
fiscalização e de políticas públicas ostensivas por parte de algumas gestões, isso não é
bem efetivado.

Afinal, dados estatísticos mostram que o número de brasileiros com deficiência


auditiva vem diminuindo tanto em escolas inclusivas – ou bilíngues – como em
exclusivas, a exemplo daquela criada no Segundo Reinado. Essa situação abjeta está
relacionada à inexistência ou à incipiência de professores que dominem a Libras e à
carência de aulas proficientes, inclusivas e proativas, o que deveria ser atenuado por
meio de uma maior gerência do Estado nesse âmbito escolar.

Diante do exposto, cabe às instituições de ensino com proatividade o papel de deliberar


acerca dessa limitação em palestras elucidativas por meio de exemplos em obras
literárias, dados estatísticos e depoimentos de pessoas envolvidas com o tema, para que
a sociedade civil, em especial os pais de surdos, não seja complacente com a cultura de
estereótipos e preconceitos difundida socialmente.

Outrossim, o próprio público deficiente deve alertar a outra parte da população sobre
seus direitos e suas possibilidades no Estado civil a partir da realização de dias de
conscientização na urbe e da divulgação de textos proativos em páginas virtuais, como
“Quebrando Tabu”.

Por fim, ativistas políticos devem realizar mutirões no Ministério ou na Secretaria de


Educação, pressionando os demiurgos indiferentes à problemática abordada, com o
fito de incentivá-los a profissionalizarem adequadamente os professores – para que
todos saibam, no mínimo, o básico em Libras – e a efetivarem o estudo da Língua
Brasileira de Sinais, por meio da disponibilização de verbas e da criação de políticas
públicas convenientes, contrariando a teórica inclusão da primeira escola de surdos
brasileira.

Livro Como escrever para o Enem


Por fim, confira “Como escrever para o Enem”, obra da Editora Contexto que ensina a
escrever a redação pedida pelo Enem. Quem escreve bem para o Enem está pronto para
prestar qualquer outro vestibular. Aliás, aos poucos, o exame nacional está substituindo
vestibulares em todo o país.

A Estrutura de uma Redação


Parabéns pela revisão que você concluiu. Você aprendeu todos os passos essenciais para
fazer uma boa redação. Com estas dicas da Estrutura de uma Redação, de como elaborar
a introdução, o desenvolvimento e a conclusão você vai conseguir uma excelente
avaliação. Uma nota acima de 700 pontos já é muito boa e vai ajudar você a vencer as
Notas de Corte.

Propostas de redação

Preparamos duas propostas de redação no estilo das Redações do Enem para


você colocar em prática o que aprendeu.

 Proposta 1 – Os desafios da educação a distância no Brasil


 Proposta 2 – Caminhos para combater a obesidade infantil no Brasil

Capriche e, depois de terminar a atividade, entregue para seu/sua professor/a


de português para que ele/a possa revisar e corrigir seu texto, complementando
o que você aprendeu.

O que é o Curso Enem Gratuito

O Curso Enem Gratuito é uma plataforma de estudos de preparação de


estudantes para o Exame Nacional do Ensino Médio.

Como o próprio nome sugere, tudo é disponibilizado sem nenhum custo, sem
pegadinha mesmo!

Basta escolher o Plano de Estudos mais adequado para você, conforme o seu
tempo e disponibilidade, fazer a sua inscrição e acompanhar as aulas.

Você tem acesso a aulas escritas por professores altamente qualificados, de


acordo com os conteúdos mais cobrados nos últimos 10 anos no Enem,
videoaulas para fixar bem cada matéria, simulados para testar o seu
desempenho e ebooks que complementam o seu aprendizado.

10 dicas de filmes e documentários sobre atualidades


para o Enem
Assistir filmes é sempre bom, certo? Melhor ainda quando você pode
aproveitar esses momentos de lazer para aprender sobre atualidades para
o Enem! Confira nossas dicas!

O tema da Redação só é apresentado aos estudantes na hora da prova, por isso


costuma causar grande ansiedade. O único ponto concreto para a preparação
para a prova é a necessidade de construção de repertório diverso, amplo e
crítico. Para isso, nada melhor do que focar em atualidades para o Enem.

Sumário Ocultar
1 1. Nada de novo no front
2 2. Tudo em todo o lugar ao mesmo tempo
3 3. A Baleia
4 4. Não olhe para cima
5 5. Entre Mulheres
6 6. Eu não sou seu negro
7 7. A Onda
8 8. A última floresta
9 9. O milagre na cela 7
10 10. Depois de Lúcia
11 Curso Redação Enem Começando do Zero

Filmes, séries e documentários podem contribuir com esse conhecimento, além


de ser uma forma muito mais relaxante e gostosa de estudar, concorda?

Que tal aproveitar o final de semana para um cineminha em casa? Separamos


uma lista com obras que tratam de temas bastante atuais para te ajudar.
Prepare a pipoca e vem conferir 10 dicas!

Download das provas do Enem

1. Nada de novo no front


Com nove nomeações ao Oscar, o filme alemão é uma adaptação do romance
de Erich Maria Remarque com o mesmo título e narra a jornada de um jovem
chamado Paul Bäumer, que é convocado para servir na linha de frente durante a
Primeira Guerra Mundial.

A empolgação inicial de Paul e seus amigos, que se alistaram voluntariamente


para lutar pela Alemanha e defender valores patrióticos, é rapidamente abalada
pelos horrores da guerra.

A produção cinematográfica apresenta cenas impactantes e traz uma visão


realista da vivência dos soldados nas trincheiras. Um dos aspectos mais
marcantes é o contraste gritante entre a fome, sujeira e desespero, em
contraponto à precariedade e falta de conforto que os cercava, enquanto os
governantes, responsáveis pelas decisões sobre o conflito, desfrutavam de
tranquilidade e futilidades.

Assim, Nada de novo no Front, disponível na plataforma da Netflix, representa


uma valiosa ferramenta para compreender o contexto da Primeira Guerra
Mundial e aprofundar-se no tema. Sua apreciação pode ser benéfica não
apenas para a produção de redações, mas também para o estudo da história
relacionada a esse assunto.

2. Tudo em todo o lugar ao mesmo tempo


O filme mais aclamado pelas indicações ao Oscar 2023 é uma obra imperdível.
Navegando pelo multiverso, diferentes realidades, ficção científica, humor e um
toque de fantasia, a trama revela a vida desafiadora de uma imigrante chinesa,
que se sente sobrecarregada pelas responsabilidades do cotidiano, ao mesmo
tempo que enfrenta dificuldades em seus relacionamentos com o marido, a filha
e o pai.

Entretanto, por trás do enredo intrigante e das cenas surpreendentes, o filme


explora questões profundas, tais como saúde mental, depressão, conflitos
familiares, expectativas e sonhos não realizados, a busca por aceitação e os
preconceitos e desafios enfrentados por imigrantes.

A narrativa proporciona uma reflexão profunda sobre esses temas complexos,


tornando a obra verdadeiramente memorável e perfeita para estudar sobre
atualidades para o Enem.

3. A Baleia

Em “A Baleia”, somos apresentados à história de Charlie, um homem que


enfrenta obesidade mórbida e trava uma difícil batalha contra a compulsão
alimentar. O protagonista é um professor de redação (olha a coincidência!) que
ministra aulas online com a câmera desligada, envergonhado de sua aparência.

Porém, além da evidente questão da obesidade severa do personagem, o filme


nos convida a explorar uma série de outras questões igualmente relevantes e
muito discutidas atualmente, incluindo as causas por trás do ganho excessivo
de peso.

Com temas delicados, como transtornos alimentares, as consequências físicas e


psicológicas da obesidade mórbida, a gordofobia, a religião e a alienação
parental, “A Baleia” convida para uma reflexão profunda acerca de assuntos
impactantes e complexos.

4. Não olhe para cima


Lançado em dezembro de 2021, o filme intitulado “Não olhe para cima” narra a
história de dois astrônomos, que fazem uma descoberta alarmante: um cometa
com potencial para extinguir a vida na Terra.

Apesar da gravidade dessa descoberta, a trama revela um cenário de jogos de


interesses políticos, resultando na ignorância dos alertas sobre os perigos
iminentes do cometa.

Bolsas de Estudo 2023


O filme aborda atualidades para o Enem extremamente pertinentes e relevantes
para a construção de uma argumentação sólida em uma redação, destacando,
principalmente, o tema do negacionismo, mas também a crise climática e o
meio ambiente, as consequências da desvalorização da ciência e o combate às
fake news.

Além disso, no contexto brasileiro, observou-se uma notável discussão sobre a


relação entre a crítica do filme e a realidade política do país.

5. Entre Mulheres
“Entre Mulheres” é um filme inspirado no livro de mesmo nome, escrito por
Miriam Toews, que retrata a vida de mulheres que vivem isoladas em uma
comunidade que segue a religião da Igreja Menonita.

Há dois anos, essas mulheres passam por uma terrível situação: durante a noite,
são drogadas e estupradas por homens da região, sob a justificativa de que
estão sendo punidas por supostos pecados. Após a partida desses homens, elas
têm um prazo de 48 horas para decidir se vão fugir, rebelar-se ou aceitar essa
cruel realidade.

O filme aborda temas como feminismo, machismo, violência sexual, religião,


abuso psicológico e a luta pelos direitos fundamentais, todos tratados com
relevância e profundidade. Os diálogos e reflexões trazidos pelas personagens
são especialmente marcantes e enriquecem a trama.

6. Eu não sou seu negro

A obra cinematográfica aborda a complexa história racial nos Estados Unidos


por meio dos assassinatos de três proeminentes líderes negros: Medgar Evers,
Malcolm X e Martin Luther King, todos falecidos tragicamente antes de
completarem 40 anos, em um período de apenas cinco anos.

Ao longo de 95 minutos, o filme evoca desconforto, dor e empatia pela


população negra americana, cuja contribuição possibilitou o estabelecimento
do “American way of life”, sustentado pela mão de obra de negros a baixo custo
e pelas terras manchadas pelo sangue dos povos indígenas.

A produção apresenta fragmentos da história americana marcada pela


escravidão, pelas leis segregacionistas e pela violência policial que ainda hoje
ceifa muitas vidas. Em contrapartida, retrata a resistência negra, as marchas, o
movimento dos Panteras Negras e o mais recente Black Lives Matter.
Nesse contexto, o filme se enquadra entre as atualidades para o Enem porque
eleva o debate racial, instando os brancos a assumirem a responsabilidade pela
persistente desigualdade e racismo presentes na sociedade.

7. A Onda

“A Onda” (Die Welle, em alemão) é um filme alemão de drama e thriller lançado


em 2008 e dirigido por Dennis Gansel. A trama é uma adaptação do livro de
mesmo nome escrito pelo norte-americano Todd Strasser.

O enredo foi inspirado em eventos reais envolvendo o professor Ron Jones, que
conduziu uma experiência social com seus alunos do ensino médio para
apresentar a realidade e as implicações de um regime fascista.

Através de uma mudança radical nas regras e dinâmicas da sala de aula, Rainer
Wenger estabelece um sistema ditatorial no qual ele detém poder absoluto. O
movimento começa a se propagar, resultando em consequências cada vez mais
violentas.

Dessa forma, a obra aborda os perigos do nazismo e do fascismo, e mostra de


maneira clara como as pessoas podem ser educadas e doutrinadas para o
totalitarismo, mesmo aquelas que se julgam imunes.

8. A última floresta
A etnia Yanomami é um dos maiores povos indígenas isolados da América do
Sul e vive há milhares de anos na floresta amazônica. Eles preservam suas
tradições e crenças, mas, infelizmente, palavras como helicóptero, espoleta,
pólvora e tuberculose, incorporadas ao seu vocabulário, evidenciam o
desconfortável impacto da presença de garimpeiros ilegais em seu território.

O documentário “A Última Floresta” narra a batalha do líder Yanomami, Davi


Kopenawa, em defesa de seu povo contra a exploração ilegal de minerais.

A descoberta de jazidas de ouro no território Yanomami já deixou profundas


marcas na comunidade, com um impacto devastador entre 1986 e 1990,
levando à morte de aproximadamente 1.800 nativos (equivalente a 20% da
população) devido a doenças e conflitos provocados por 45 mil garimpeiros
que invadiram suas terras.

Em 2019, com a eleição presidencial de Jair Bolsonaro, que prometeu abrir a


Amazônia para exploração mineral em áreas indígenas, mais de 20 mil
garimpeiros retornaram para invadir o território, desmatando, contaminando
rios com mercúrio e disseminando a covid-19 nas aldeias.

O garimpo ilegal nessa região vai além da destruição do povo Yanomami,


afetando também o meio ambiente, contaminando recursos hídricos essenciais
e devastando a floresta.

9. O milagre na cela 7
“Milagre na Cela 7” é um filme turco de 2019 dirigido por Mehmet Ada Öztekin
e adaptado de uma produção sul-coreana de mesmo nome.

O longa se passa na década de 80, na Turquia, e aborda de forma sensível e


profunda a vivência de pessoas com deficiência, contando a história de Memo,
um homem com deficiência intelectual que é injustamente preso e acusado de
um assassinato que não cometeu.

A trama é cativante e emocionante do começo ao fim, levando o público a


refletir sobre temas impactantes como injustiça, inocência, capacitismo
(discriminação de pessoas com deficiência), falhas no sistema prisional, bem
como as complexidades da maldade e da bondade humanas.

10. Depois de Lúcia

Nos últimos anos, a violência e humilhação no ambiente escolar têm sido


amplamente exploradas e estudadas, gerando alertas, denúncias e, infelizmente,
também banalização.
“Depois de Lúcia” aborda os temas do bullying, do machismo e da misoginia
com uma profundidade e eloquência surpreendentes. Michel Franco trabalha
com não atores e extrai do filme uma crueldade quase documental, preocupado
com os alarmantes índices de violência em seu país, o México.

A história narra a vida de Roberto e sua filha adolescente, Alejandra, que se


mudam de cidade em busca de uma nova vida após a morte da mãe, Lúcia, que
nunca é mostrada no filme, mas cuja ausência acentua a dor da perda.

Tudo piora quando Alejandra passa a sofrer bullying na escola devido ao


vazamento de um vídeo íntimo. O machismo tem um papel decisivo na história
e as ofensas são sempre de cunho sexual.

A maior parte das situações de abuso ocorrem no ambiente escolar, com uma
série de provocações e xingamentos que evolui para agressões físicas e sexuais.

E então, gostou das indicações para estudar atualidades para o Enem? Então
aproveite mais uma dica incrível para se dar bem na Redação!

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