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04/10/2021 11:12 Funções - parte 2

2.15 Função Exponencial

'Chamamos de função exponencial de base a a função f de R em R que associa a cada x real o número real x
a , sendo a um número real,
a > 0 e a ≠ 1

O domínio da função exponencial f (x ) = a


x
é D (f ) = R .

A imagem da função exponencial f (x ) = a


x
é I m (f ) =]0, ∞[

Com relação ao gráfico da função f (x ) = a


x
podemos afirmar:

1) a curva que a representa está toda acima do eixo das abscissas, pois y = a
x
> 0 para todo x ∈ R ;

2) intercepta o eixo das ordenadas no ponto (0, 1) , pois a0 = 1 para todo a ≠ 0 ;

3) f (x ) = a
x
é crescente se a > 1 e decrescente se 0 < a < 1

As Figuras 2.55 e 2.56 abaixo mostram os dois tipos de gráfico que podemos ter para f :

f (x ) = a
x
com a > 1 f (f ) = a
x
com 0 < a < 1

Figura 2.55: Gráfico de f para a > 1 Figura 2.56: Gráfico de f para 0 < a < 1

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Exemplo 1:Esboce o gráfico da função f (x ) = 2


x

Solução:

f (x ) = 2
x
é uma função exponencial crescente, pois 2 > 0 .

Para construir seu gráfico, montamos uma tabela, atribuímos valores positivos e negativos para x e calculamos o valor da função:

Figura 2.57: Gráfico def

x
Exemplo 2: Esboce o gráfico da função f (x ) = (
1
)
2

Solução:

é uma função exponencial decrescente, pois 0 .


x
1 1
f (x ) = ( ) < < 1
2 2

Para construir seu gráfico, procedemos como no exemplo anterior:

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Figura 2.58: Gráfico def

Exemplo 3: Para analisar o efeito de um remédio no extermínio de determinada bactéria, cientistas fizeram experimentos expondo uma
população dessa bactéria ao remédio e verificando o tempo necessário para o seu extermínio. Ao final, verificou-se que a população de
d
bactérias d dias após a exposição ao remédio poderia ser estimada por meio da função p (d ) = 6000.(
1

4
) . Dois dias após a exposição ao
remédio a população de bactéria reduziu-se a quantos por cento da população inicial? (SOUZA, 2010)

Solução:

Para calcularmos a porcentagem da redução na população de bactérias, precisamos primeiro saber qual a quantidade inicial de bactérias na
população, para isso, basta substituirmos d = 0 na função

0
1
p (0) = 6000.( ) = 6000
4

Agora, calculamos a quantidade de bactérias após 2 dias de exposição ao remédio, para isso, substituímos na função

2
1 1
p (2) = 6000.( ) = 6000. = 375
4 16

Agora, utilizamos regra de três para descobrir a que porcentagem a população de bactérias ficou reduzida

6000 está para 100%

375 está para x %

assim

6000 375
=
100 x

6000x = 37500

x = 6, 25%

Portanto, após 2 dias o número de bactérias reduziu-se a 6,25% da população de bactérias inicial.

Exemplo 4: Considerando as funções x


f (x ) = 2 e g (x ) = x
2
, verifique através do gráfico qual função crescerá mais rapidamente quando x

for grande.

Solução:

Para compararmos as funções f e g devemos construir seus respectivos gráficos no mesmo sistema cartesiano, atribuindo alguns valores

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Figura 2.59. Gráfico das funções x


f (x ) = 2 e g (x ) = x
2
.

Observamos então que para valores de x maiores que 4 o gráfico da função f (x ) = 2x fica acima do gráfico da função g (x ) = x
2
. Para
2 < x < 4 , acontece o contrário, o gráfico de g (x ) = x fica acima do gráfico de f (x ) = 2x .
2

Logo a função exponencial f , para valores de x maiores que 4, cresce mais rapidamente que a função potência g .

Exemplo 5: Dada a função f (x ) x −1


= 3 − 2 , determine:
a) o esboço do gráfico de f (x )

b) o conjunto imagem de f (x )
Solução:
a) Vamos montar a tabela auxiliar para a obtenção de pontos. Lembre-se da necessidade de atribuirmos também valores negativos para x !
Ponto correspondente do plano cartesiano

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Figura 2.60: Representação gráfica da função f x −1


(x ) = 3 − 2

b) Para determinar o conjunto imagem, note que o gráfico está completamente acima da reta y = −2 , logo, podemos dizer que
I m(f ) = {x ∈ R |y > −2}

APLICAÇÃO:
Modelo de Crescimento exponencial: Sempre que existir uma grandeza com valor inicial y0 e que cresça a uma taxa igual a k por unidade de
tempo, então, após um tempo x , medido na mesma unidade de k , o valor dessa grandeza y será dado por: y = y0 (1 + k ) . Quando k > 0 o
x

crescimento é positivo e quando k < 0 o crescimento é negativo (tem um decrescimento).

Reconhecemos que um conjunto de dados tem crescimento exponencial se ao dividirmos o valor da variável dependente yi pelo valor da
variável dependente imediatamente anterior, yi −1 , obtemos uma razão aproximadamente constante. Essa constante é o valor de k no modelo
de crescimento exponencial.

Exemplo 6: (SVIERCOSKI, 2011, p.71). Em geral, se uma substância tem uma meia-vida de h unidades de tempo (anos, horas, etc.), a quantidade
Q da substância depois de t unidades de tempo (a mesma de h ), considerando Q0 a quantidade inicial, é:
t

1
Q = Q0 . ( ) h

Em um método de marcação utiliza-se como indicador o isótopo do potássio k 42 , cuja meia-vida é de 12, 5 horas. Se houver 10, 32g
inicialmente, em quantas horas essa substância atingirá 1g ?

Solução:
Do enunciado, temos:
Q0 = 10, 32 (massa inicial)

h = 12, 5 (tempo para meia-vida)

Q = 1 (massa final)

t =?? (tempo pedido no enunciado)

Substituindo esses valores em: Q = Q0 . (


1

2
)
h
teremos:
t

1 12,5
1 = 10, 32( )
2
t

1 1 12,5
= ( )
10,32 2

Usando as propriedades operatórias dos logaritmos, escrevemos:

t
− ln(10, 32) = (− ln(2))
12,5

ln(10,32)
t = 12, 5.
ln(2)

t = 42, 1h

Portanto, em aproximadamente 42 horas e 6 minutos a substância atingirá 1 g.

Na área ambiental há modelos logísticos de crescimento populacional que usam a exponenciação. Pesquise!!!

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2.16 Função Logarítmica

Dado um número real a (c om a > 0 e a ≠ 1) , chamamos função logarítmica de base a a função de R∗+ em R que se associa a cada x o
número loga (x ) , isto é,


f : R → R
+

x → y = loga (x )

Temos D (f ) = R+

e I m (f ) = R .

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Com relação ao gráfico da função f (x ) = loga (x ) onde a > 0 ea ≠ 1 , podemos afirmar:

1) Está todo à direita do eixo y

2) Intercepta o eixo das abscissas no ponto (1, 0);

3) f (x ) = loga (x ) é crescente se a > 1 e decrescente se 0 < a < 1 ;

4) É simétrico ao gráfico da função g (x ) = a


x
em relação à reta y = x

As Figuras 2.61 e 2.62 abaixo mostram os dois tipos de gráfico que podemos ter para f :

f (x ) = loga (x ) para 0 < a < 1


f (x ) = loga (x ) para a > 1

Figura 2.62: Gráfico de f para


Figura 2.61: Gráfico de f para
a > 1
0 < a < 1

Exemplo 1: Sabendo-se que a magnitude y de um terremoto na escala Richter pode ser expressa pela função y =
2

3
log((
x
−3
, na qual
))
7.10

x representa a energia liberada em quilowatts-hora, pelo terremoto, determine a magnitude de um terremoto que liberar 7.10 kwh de energia. 9

(SOUZA, 2010)

Solução:

A magnitude do terremoto pode ser obtida substituindo-se x na função dada y


9
9 2 7.10 2 12 2
= 7.10 = log( −3
) = log(10 ) = .12 = 8
3 7.10 3 3

Pois, se log(1012 ) = a então 10a = 10


12
e então a = 12 .

Portanto, o terremoto atingiu 8 pontos na escala Richter.

Exemplo 2: Dada a função f (x ) = log3 (x


2
+ 3x − 1) , determine o valor de x para o qual f (x ) = 2 .

Solução:

Primeiramente devemos verificar o domínio desta função, ou seja, a condição de existência do logaritmo

2
x + 3x − 1 > 0

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As raízes da equação de segundo grau x 2 são x1 e x2 , temos então a seguinte situação


−3−√13 −3+√13
+ 3x − 1 = 0 = =
2 2

Portanto, o domínio de f será dado por {x .


−3−√13 −3+√13
∈ R |x < ou x > }
2 2

Agora, resolvemos log3 (x 2 + 3x − 1) = 2 .

Pela iguadade de logaritmo, podemos escrever

2 2
log3 (x + 3x − 1) = log3 (3 )

2 2
(x + 3x − 1) = 3

2
x + 3x − 10 = 0

cujas raízes são x1 = −5 e x2 = 2 .

Como ambos os valores pertencem ao domínio de f calculado acima, concluímos que os possíveis valores de x para que f (x ) = 2 são −5 e 2 .

Exemplo 3: Dada a função f (x ) = log 1 (x ) , determine:


2

a) O domínio da função f (x );
b) o esboço do gráfico.

Solução:
a) Por definição, um logaritmando deve ser sempre positivo. Assim, devemos ter: x > 0 .
Logo, D (f ) = {x ∈ R |x > 0} = R∗+ .

b) Para esboçarmos o gráfico da função, montamos uma tabela na qual atribuímos valores a x que estejam no domínio da função, dando
especial atenção àqueles que estão nas proximidades do zero, por causa do domínio. Analisando tais pontos, podemos inferir melhor o
comportamento da função nas proximidades do zero.

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(* Lembre-se que esses valores são escolhidos por você, estudante!)

Agora, basta representar os pontos tabelados no plano cartesiano e traçar uma curva que passe por eles. A representação gráfica de f (x ) está
na Figura 2.62:

Figura 2.62: Representação Gráfica da função f (x ) = l og 1 (x )


2

Nem sempre as funções logarítmicas ficam à direita do eixo , no plano cartesiano. Isso depende de quem seja o logaritmando, porque é ele
quem determina o domínio da função, quando a base é dada. Veja o exemplo 4.

Exemplo 4: Dada a função f (x ) = l og 2 (x + 2) , determine:


a) O domínio da função f (x );
b) o esboço do gráfico.

Solução:
a) Devemos ter: logaritmando > 0 . Aqui, o logaritmando é dado por x + 2 . Assim, x + 2 > 0 ⇒ x > −2

Logo, D (f ) = {x ∈ R |x > −2}


b) Para esboçar o gráfico,vamos usar o mesmo procedimento do exemplo 3, mas agora, dando especial atenção aos valores maiores que −2
que estão próximos de −2 .

Observação: quando for escolher os valores para atribuir a pense em números tais que x + 2 sejam potências de 2 , para facilitar o cálculo do
logaritmo.

A Figura 2.63 mostra a representação gráfica dessa função f (x ) = log2 (x + 2) .

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Figura 2.63: Representação gráfica da função f (x ) = log2 (x + 2)

Exemplo 5 (UFSCar-SP): A altura média do tronco de certa espécie de árvore, que se destina à produção de madeira, evolui, desde que é
plantada, segundo o seguinte modelo matemático:
h (t ) = 1, 5 + log3 (t + 1)

com h(t ) em metros e t em anos. Se uma dessas árvores foi cortada quando seu tronco atingiu 3,5 m de altura, o tempo (em anos) transcorrido
do momento da plantação até o corte foi de:

a) 9 b) 8 c) 5 d) 4 e) 2

Solução:
O enunciado nos informa queh(t ) = 3, 5 e a altura está relacionada com o tempo segundo a expressão: h (t ) = 1, 5 + log3 (t + 1)

Substituindo h temos:

3, 5 = 1, 5 + log (t + 1)
3

2 = log3 (t + 1)

Aplicando a definição de logaritmo, temos:


t + 1 = 9

logo, t = 8 .
Ou seja, transcorreram 8 anos desde o momento da plantação.

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2.17 Funções Trigonométricas

Para o estudo das funções trigonométricas, vamos relembrar o conceito de Ciclo Trigonométrico.

Definição: Chamamos de Ciclo Trigonométrico toda circunferência orientada, em que:


 o centro é a origem do plano cartesiano;
 o raio é unitário, ou seja, r = 1 ;
 o sentido positivo é o anti-horário (sentido contrário ao movimento dos ponteiros do relógio);
 O ponto A(1, 0) é a origem do ciclo trigonométrico.

Os eixos cartesianos dividem o ciclo trigonométrico em quatro quadrantes. Dizemos que um arco AP , de medida x , com
0 ≤ x ≤ 2π , pertence a um dos quadrantes se a extremidade P do arco estiver em um dos quadrantes. Isto é:

AP ∈ 1º Quadrante se e somente se 0 r ad < x <


π

2
r ad

AP ∈ 2º Quadrante se e somente se π

2
r ad < x < πr ad

AP ∈ 3º Quadrante se e somente se π r ad < x <


2
r ad

AP ∈ 4º Quadrante se e somente se 3π

2
r ad < x < 2π r ad

Função Seno

Seja x um número real. Marcamos o ângulo com medida x radianos na circunferência unitária com centro na origem:

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Figura 2.64: Seno no círculo trigonométrico

Seja P o ponto de interseção do lado terminal do ângulo x , com essa circunferência.

Note que OP P2 é um triângulo retângulo, no qual OP é a hipotenusa, que mede 1, por ser igual ao raio da circunferência.
Por definição, sin(x )
c at et o opos t o ao ang ul o x
=
hi pot enus a

No triângulo OP P2 , o cateto oposto ao ângulo x é o segmento P P2 que possui a mesma medida que o segmento OP1 . A hipotenusa é o
¯
¯¯¯¯¯¯¯
¯ ¯
¯¯¯¯¯¯¯
¯

segmento OP , que, como já dissemos, vale 1. Dessa forma, denominamos s eno de x a medida do segmento OP 1 que é igual a ordenado P 1
¯
¯¯¯¯¯¯ ¯
¯¯¯¯¯¯¯¯
¯

do ponto P em relação ao sistema u0v

Definimos a função seno de x como a função f de R em R que a cada x ∈ R faz corresponder o número real y = sin(x ) .

O domínio da função f (x ) = sin(x ) é R e o conjunto imagem é o intervalo [−1, 1].


A função y = sin(x ) é periódica e seu período é 2π, já que sin(x + 2π) = sin(x) .
Em alguns intervalos sin(x) é crescente e em outros é decrescente. Por exemplo, nos intervalos [0,
π

2
] e [

2
, 2π] sin(x ) é crescente. Já no
intervalo [ 2 ,
π 3π

2
] ela é decrescente.
Na Figura 2.65 temos o gráfico da função f (x ) = sin(x ) , denominado senóide:

Figura 2.65: Senóide

Para traçar o esboço do gráfico de f (x ) = sin(x ) montamos uma tabela usando os valores limites dos quadrantes do ciclo trigonométrico:
, 2π . Esses valores são suficientes porque nos permite conhecer o comportamento da função em uma volta completa no ciclo
π 3π
0, , π,
2 2

trigonométrico. Vamos à tabela que nos auxiliará no esboço do gráfico da função f (x ) = sin(x ) .

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Figura 2.66: Gráfico da função f (x ) = sin(x )

Note que o comportamento da função no intervalo [0, 2π] se repete ao longo do eixo horizontal (verifique isso você mesmo! Use o GeoGebra
(basta digitar na linha de comando y = sin(x ) e teclar enter). Por isso, dizemos que a função seno de x , y = sin(x ), tem período p = 2π
radianos. (2π = 2π − 0) .
Note, ainda, que y para a função y = f (x ) = sin(x ) , oscila entre os números −1 e 1, incluindo-os. Isso nos dá o conjunto imagem: [−1, 1].
De um modo geral, o período da função f (x ) = sin(k x ), k ∈ R∗ é dado por

Período: 2π

k
radianos

Esse procedimento vale sempre que quisermos esboçar o gráfico de uma função seno de x . Agora, se o arco não for apenas x , precisamos
alterar um pouco esse processo. É isso que mostraremos no exemplo 1, a seguir:

Exemplo 1: Dada a função f (x ) = sin(x + π) . Determine:


a) o esboço do gráfico;
b) o conjunto imagem;
c) o período de f .

Solução:
Nessa função, o arco é x + π . Nesse caso, alteramos um pouco o procedimento anterior, para facilitar a obtenção dos pontos a serem
representados no plano cartesiano. Para elaborar a tabela sem muita dificuldade, em vez de atribuirmos valores a x , podemos atribuir os valores
fundamentais (aqueles que separam os quadrantes: 0, π2 , π, 3π
2
, 2π) ao arco e, a partir deles, calcular os correspondentes valores de x e de

y = f (x ) . Com isso, analisamos a função dada em uma volta completa. Veja:

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Figura 2.67: Gráfico da função f (x ) = sin(x + π)

Para essa função:

D (f ) = R

I m (f ) = [−1, 1]

Obs.: os valores de x são obtidos resolvendo a equação expressão do arco = valor dado
Exemplo: para ar c o = 0 , temos: x + π = 0 ⇒ x = −π . E assim sucessivamente...

Exemplo 2: Dada a função f (x ) = 3 + sin(2x −


π
) , determine:
2

a) o esboço do gráfico;
b) o período de f ;
c) o conjunto imagem de f .

Solução:
Vamos montar a tabela auxiliar usando o mesmo procedimento descrito no exemplo 1.

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Figura 2.68. Gráfico da função f (x ) = 3 + sin(2x −


π

2
)

Na Figura 2.68, a parte em vermelho corresponde aos valores tabelados. Note que esse trecho do gráfico repete-se indefinidamente, o que o
torna um período do gráfico. Para calcular sua extensão, fazemos:

P = v al or d e x f i nal − v al or d e x i ni c i al

5π π
P = −
4 4


P = ⇒ P = π rad
4

Para determinar o conjunto imagem, note que os valores representados no gráfico estão sempre entre 2 e 4. Logo, I m (f ) = [2, 4] .

É importante conseguirmos determinar o período e a imagem de uma função trigonométrica sem precisarmos traçar o gráfico. Tente entender o
papel de cada coeficiente, a partir da análise de alguns gráficos.

Dica: Monte uma função no GeoGebra de modo que você consiga variar os coeficientes sem precisar reescrever a função toda. Para isso, faça o
seguinte:
- abra um arquivo novo no GeoGebra (se não tiver o programa, instale-o em seu computador. Está disponível na internet);
- na linha de comando escreva "a = 1"(sem as aspas). Tecle "enter". Na janela de álgebra vai aparecer essa expressão "a = 1". Se a bolinha ao
lado do "a" estiver branca, clique nela. Aparecerá uma linha na janela de visualização. Clique em "a = 1" com o botão direito. Escolha
"propriedades">"Controle Deslizante". Atribua valores mínimos e máximos para "a". Exemplo: mi n = −10, max = 10, i nc r ement o = 1
- insira as demais incógnitas usando o mesmo procedimento: "b = 1", "k = 1". Estabeleça valores mínimos e máximos para cada uma dessas
constantes;
- insira a função. Na linha de comando digite: y=a+b*sen(kx+π ). Tecle enter.
- agora, clique nas bolinhas na janela de visualização para perceber as modificações no gráfico.

Você deverá perceber que a e b alteram a imagem do gráfico: a promove uma translação vertical e b alonga o gráfico verticalmente; k altera o
período (comprime ou alonga o gráfico horizontalmente). Somar (ou diminuir) uma constante à variável x no arco desloca o gráfico para a
esquerda (ou para a direita).

Exemplo 3: Sabemos que as marés são variações periódicas que podem ser modeladas de acordo com a função h (t ) = m. sin((

31
t )) em que
o coeficiente m determina a variação máxima em relação ao nível médio do mar. De modo geral, a água se espalha por uma grande área e
sobe/desce apenas alguns centímetros, porém existem algumas regiões, como a baía de Fun

dy, no Canadá, em que a diferença entre a maré alta e a maré baixa chega a 18 m na lua cheia.

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Considerando a baía de Fundy no período da lua cheia determine a função que relaciona a altura da maré, em metros, em função do tempo , em
horas e a altura máxima atingida pela maré. (SOUZA, 2010)

Solução:

Se na baía de Fundy, a diferença entre a maré alta e a baixa é de 18 m, então a variação máxima em relação ao nível médio do mar é m =
18

2
= 9

, ou seja, a função é dada por h (t ) = 9. sin(


31
t) .

Para determinar a altura máxima atingida pela maré, basta observarmos que −1 ≤ sin(x ) ≤ 1 , ou seja, o valor máximo da função sin(x ) é 1 ,
logo max i mo h (t ) = 9. sin( 5π
31
t ) = 9.1 = 9 met r os

Exemplo 4: Determine as raízes da função f (x ) = sin(7x ) + sin(5x )

Solução:

Devemos encontrar os valores de x para os quais f (x ) = sin(7x ) + sin(5x ) = 0

Utilizando a seguinte fórmula de transformação em produto

a+b a−b
sin(a) + sin(b) = 2. sin( ). cos( ) = 0
2 2

obtemos

7x +5x 7x −5x
sin(7x ) + sin(5x ) = 2. sin( ). cos( )
2 2

sin(6x ). cos(x )

Desta forma, para f (x ) = 0 temos duas possibilidades:

k(π)
sin(6x ) = 0 ⇒ 6x = k π ⇒ x =
6
{
π
cos(x ) = 0 ⇒ x = + kπ
2

Portanto, as raízes de f (x ) são x =



ou x =
π
+ kπ , para k ∈ z
6 2

Exemplo 5: As funções trigonométricas também são estudadas em Física. O estudo de corrente alternada é um exemplo. Observe o gráfico U x t
abaixo (Figura 2.69), em que U é a diferença de potencial. (XAVIER e BARRETO, 2008, p.300).

Figura 2.69: Gráfico U x t

a) Qual o valor de U quando t = 0 ?


b) Em que instante a diferença de potencial atinge o valor máximo?
c) o meio ciclo corresponde à inversão de polaridade. Em que instante t isso acontece e qual o valor de U ?
d) Em que instante a diferença de potencial atinge o valor mínimo?
e) Quando o ciclo se completa ocorre a inversão de polaridade e se repete outro ciclo. Em que instante t isto ocorre e qual o valor de U ?

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Solução:
a) Para t = 0 , U = 0.
b) O valor máximo de U é atingido quando t =
1

240
s .
c) t =
2

240
s, U = 0

d) t =
3

240
s

e) t =
2

240
s, U = 0

Função cosseno

Seja x um número real. Denominamos cos s eno de x a medida do segmento que é igual a abcissa do ponto P em relação ao sistema
¯
¯¯¯¯¯¯¯¯
¯
OP 2 P2

u0v .

Figura 2.70: Cosseno no círculo trigonométrico

Definimos a função cosseno como a função f de R em R que a cada x ∈ R faz corresponder o número real y = cos(x ) .

O domínio da função cosseno f (x ) = cos(x ) é R e o conjunto imagem é o intervalo [−1, 1].


A função f (x ) = cos(x ) é periódica e seu período é 2π, já que cos(x + 2π) = cos(x ).
Em alguns intervalos cos(x ) é crescente e em outros é decrescente. Por exemplo, nos intervalos [0, π] a função f (x ) = cos(x ) é
decrescente. Já no intervalo [π, 2π] ela é crescente.
Na Figura 2.30 temos o gráfico da função f (x ) = cos(x ), denominado cossenóide:

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04/10/2021 11:12 Funções - parte 2

Figura 2.71: Cossenoide

Para traçar o gráfico da função f (x ) = cos(x ) usamos os mesmos procedimentos descritos para a função f (x ) = sin(x ) .

Exemplo 1: Dada a função f (x ) = 1 − cos(


1

2
x + π) , determine:
a) o esboço do gráfico;
b) o período da função f ;
c) o conjunto imagem de f .

Solução:
a) para o esboço do gráfico, montamos a tabela auxiliar, usando os arcos padrões, como segue:

Agora, basta marcar os pontos no plano cartesiano. A linha em vermelho representa a parte do gráfico referente à tabela. Porém, é importante
lembrar que, como o domínio da função é o conjunto dos números reais, e a tabela contempla pontos da função dentro de uma volta no círculo,
o gráfico não pode se restringir apenas ao trecho em vermelho. O gráfico dessa função está na Figura 2.72.

Figura 2.72: Gráfico da função f (x ) = 1 − cos(


1

2
x + π)

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04/10/2021 11:12 Funções - parte 2

b) Para determinar o período da função, observamos a quantidade de radianos necessária para que a função dê uma volta completa. No gráfico,
isso está representado pelo comprimento horizontal do trecho em vermelho, isto é: Período=P = 2π − (−2π) = 4π rad .
c) Note que o gráfico da função está completamente inserido na faixa de amplitude vertical de [0,2]. Logo, I m (f ) = [0, 2].

Exemplo 2: Ao longo do ano, dias e noites podem ter duração maior ou menor do que 12 horas. A duração do dia em Vitória (ES), por exemplo,
pode ser descrita por uma função do tipo trigonométrica: , em que expressa a quantidade de horas de
2(π)x
h (x ) = 12, 145 + 1, 225. cos( )
365

duração do dia, em função do número de dias passados de 21 de dezembro de 2008. Qual a duração do dia em 19/10/2008? (SOUZA, 2010)

Solução:

A data 19/10/2008 corresponde a 63 dias anteriores a 21/12/2008, então, devemos substituir x = −63 na função h (x ) , assim

2π(−63) −126π
h (−63) = 12, 145 + 1, 225. cos( ) = 12, 145 + 1, 225. cos( ) = 12, 7h
365 365

Utilize uma calculadora para efetuar os cálculos do cosseno!

Exemplo 3: Determine os valores de x para os quais é definida a função f (x ) = logsin(x ) [cos(2x ) − cos(x )] .

Solução:

Pela definição de logaritmo, temos duas condições a verificar:

1ª condição: 0 < sin(x ) < 1 pois, por definição, a base de um logaritmo deve ser positivo e diferente de 1, e senx é limitado superiormente por 1.

2ª condição: cos(2x ) − cos(x ) > 0 , pois o logaritmando deve ser sempre positivo.

Para a 1ª condição: Para 0 < sin(x ) < 1 devemos ter \(0+\left(2k\right)\pi<\mathrm x<\pi+\left(2\mathrm k\right)\pi\).

Para a 2ª condição:Quanto a cos(2x ) − cos(x ) > 0 , utilizando as fórmulas de arco duplo, obtemos

2 2
cos(2x) = cos (x) − sin (x)

E substituindo sin2 (x) = 1 − cos (x)


2
, teremos cos(2x ) 2
= cos (x ) − (1 − cos (x ))
2
, ou seja, cos(2x ) 2
= 2 cos (x ) − 1

Assim, a inequação referente à 2ª condição torna-se:

2
[2 cos (x) − 1] − cos(x) > 0

2
2 cos (x) − cos(x) − 1 > 0

Que podemos reescrever da forma

1
2 [cos(x) − 1] . [cos(x) + ] > 0
2

Para que este produto seja positivo (maior que zero, como exige a inequação), devemos ter

• [cos(x ) − 1] > 0 e [cos(x ) + 1

2
] > 0 , o que seria impossível, pois acarretaria cos(x ) > 1

ou
• [cos(x ) − 1] <, 0 e [cos(x ) + 1

2
] < 0 , o que implicaria cos(x ) < 1 e cos(x ) < −
1

2
, resultando, portanto, em

1
[cos(x) − 1] > 0 e [cos(x) + ] > 0
2

o que seria impossível, pois acarretaria cos(x) > 1

Ou devemos ter

1
[cos(x) − 1] < 0 e [cos(x) + ] < 0
2

o que implicaria cos(x) < 1 e cos(x) < −


1

2
, resultando portanto em

2π 4π
+ (2k) π < x < + (2k) π
3 3

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04/10/2021 11:12 Funções - parte 2

Das duas condições analisadas,

2π 4π
0 + (2k ) π < x < π + (2k) π e + (2k) π < x < + (2k) π
3 3

Como o domínio da função deve atender todas as restrições, fazendo a interseção dessas soluções parciais, concluímos que

S = {x ∈ R ∣

3
+ (2k ) π < x < π + (2k) π; k ∈ Z} .

Função Tangente

Seja x um número real. A Figura 2.73 representa a tan g ent e do ângulo x em relação ao sistema u0v :

Figura 2.73: Tangente no círculo trigonométrico

Definimos a função tangente como a função f de R − { π2 + k π, k ∈ Z} em R que a cada x ∈ R faz corresponder o número real y = tan(x )

O domínio da função tangente é R − { π2 + k π, k ∈ Z} e o conjunto imagem é o conjunto R.

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O gráfico da função f , é mostrado na Figura 2.74:


(x ) = tan(x )

Figura 2.74: Gráfico da tangente

Exemplo 1: Uma função f é dita periódica se existir um número real p , tal que f (x + p) = f (x ) qualquer que seja o valor de x
pertencente ao domínio de f . Ao menor número real positivo p que verifica esta propriedade chamamos período da função, em outras palavras,
as funções periódicas repetem a curva do seu gráfico em intervalos de amplitude igual à do seu período.

Determine o domínio e o período da função f (x ) = tan(x −


π

4
) .

Solução:

Para facilitar os cálculos, chamaremos \(t=x-\frac{\pi}4\)

Sabemos que o domínio da função tan(t ) é dado por t ≠


π

2
+ kπ então devemos ter

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π π
x − ≠ + kπ
4 2

ou seja


D (f ) = {x ∈ R ∣
∣x ≠ + k π; k ∈ Z}
4

Observando o gráfico da função tangente, visto anteriormente, para tan(t ) descrever um período completo devemos ter −
π

2
< t <
π

2
, ou seja, o
período da função tan(t ) é p =
π

2
− (−
π

2
) = π . Da mesma forma, para a função temos

π π π
− < x − <
2 4 2

π 3π
− < x <
4 4

Então, p =

4
− (−
π

4
) =

4
= π

Exemplo 2: Dada a função f (x ) = tan(x − π) , determine:


a) o domínio da função;
b) o esboço do gráfico;
c) o período da função.

Solução:
a) Para encontrar o domínio da função, usamos a restrição de que o arco não pode estar no mesmo lugar geométrico dos arcos côngruos a
r ad e r ad . Genericamente, devemos ter:
π 3π

2 2

Expressão para o arco ≠ π

2
+ k π, k ∈ Z

Então,

π
x − π ≠ + kπ
2


x ≠ + kπ
2

Logo, D (f ) = {x ∈ R ∣
∣x ≠

+ k π, k ∈ Z} = {x ∈ R ∣
∣x ≠
π
+ k π, k ∈ Z}
2 2

Observe que as duas representações para D(f ) na verdade remetem à mesma. Atribua valores diferentes para k e observe que os pontos fora
do domínio são os mesmos.
Para que serve o domínio mesmo?

b) O domínio serve para descobrirmos pontos que não possuem imagem pela função em análise. Para esse caso, como os pontos de abscissas
da forma x = π + k π, k ∈ Z não estão no domínio, na construção da tabela temos que pensar em valores suficientemente próximos desses
2

valores de x . Para entendermos um pouco melhor, vamos construir uma tabela auxiliar, mas usando os arcos em graus. Como os arcos côngruos
a 90º e 270º não pertencem a D(f ), vamos analisar o comportamento da função f (x ) = tan(x − π) perto desses valores.
Comecemos verificando o comportamento de f (x ) perto de 90º. Observe a tabela:

Observe que, à medida que o valor do arco se aproxima de 90º, através de valores menores que 90º, os valores para f (x ) aumentam
indefinidamente. Nesse caso, dizemos que quando o arco se aproxima de 90°, através de valores menores que 90°, a função tende ao infinito.
Por outro lado, observe que quando valores para o arco se aproximam de 90°, através de valores maiores que 90°, f (x )diminui indefinidamente.
Nesse caso, dizemos que f (x ) tende ao menos infinito, quando o arco se aproxima de 90° através de valores maiores que 90°. Voltaremos a essa
noção com o estudo da teoria de Limites.
Investigue você mesmo o comportamento da função tangente para valores próximos de 270∘ = 3π r ad .
2

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Você já deve ter percebido que para a função tangente não teremos pontos a serem marcados no plano cartesiano da mesma forma que
tínhamos para as funções seno e cosseno. Mesmo assim, podemos ter uma boa ideia do gráfico a partir das análises anteriormente descritas. Na
tabela seguinte 90∘ − ε , com ε > 0 representa um arco próximo de 90°, mas menor que 90°, enquanto 90° +ε representa um arco próximo de
90°, mas maior que 90°. Veja:

Figura 2.75: Gráfico da função f (x ) = tan(x − π)

c) Período: π rad =
π

2
− (−
π

2
) (observe que o gráfico apresentado no intervalo ] − π

2
,
π

2
[ repete-se em todo o domínio da função).

Desafio: Investigue a função tangente com o apoio do Software GeoGebra!

Figura 2.76: Lugar Geométrico da tangente no plano cartesiano

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A mesma ideia usada para o gráfico da função tangente, f (x ) = tan(x ) deve ser usada para a função cotangente, f (x ) = cot(x ) .

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2.18 Função Cotangente

Seja x um número real. A Figura 2.77 representa a c o tan g ent e do ângulo x em relação ao sistema u0v :

Figura 2.77: Cotangente no círculo trigonométrico

Definimos a função cotangente de x como a função f de R − {k π, k ∈ Z} em R que a cada x ∈ R faz corresponder o número real
y = cot(x ) .

O domínio da função cotangente é R − {k π, k ∈ Z} e o conjunto imagem é o conjunto R.

O gráfico da função f (x ) = cot(x ) , é mostrado na Figura 2.78:

Figura 2.78: Gráfico da cotangente de x

O gráfico da Figura 2.78 pode ser elaborado usando-se os mesmos procedimentos descritos no Exemplo 2 da seção anterior, analisando-se
com maior cuidado os pontos próximos dos arcos cuja cotangente não existe, isto é, para esboçar o gráfico devemos olhar mais atentamente
para a vizinhança dos pontos da forma x = k π, k ∈ Z.

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Função cossecante

Seja x um número real. A Figura 2.79 representa a cos s ec ant e do ângulo x em relação ao sistema u0v :

Figura 2.79: Cossecante no círculo trigonométrico

Definimos a função cossecante como a função f de R − {k π, k ∈ Z} em R que a cada x ∈ R faz corresponder o número real y .
= csc(x )

O domínio da função cossecante é R − {k π, k ∈ Z} e o conjunto imagem é o conjunto (−∞, 1] ∪ [1, +∞)

O gráfico da função f (x ) = csc(x ) , é mostrado na Figura 2.80:

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Figura 2.80: Gráfico da função: f (x ) = csc(x )

Na Figura 2.80, note, por exemplo, que para valores próximos de x = 0 , mas à direita do zero (isto é, valores que são maiores que zero),
quanto mais próximo de zero o x estiver, a imagem de x , f (x ), assume um valor maior. Nesse caso, dizemos que quando x tende a zero através
de valores maiores que zero, f (x ) tende ao infinito. Ao observarmos valores menores que zero, que estão à esquerda do zero, percebemos que
quanto mais próximo de 0 o valor dado a x estiver, menor será a imagem correspondente. Dizemos, nesse caso, que quando x tende a zero
através de valores menores que zero, a imagem f (x ) tende ao menos infinito.
Quando acontecem casos como o que analisamos para x = 0 na Figura 2.80, dizemos que em x = 0 temos uma assíntota vertical ao gráfico
de f . Com o estudo de limites entenderemos isso melhor!

Exemplo 1: Faça o gráfico e dê o domínio da função f (x ) = csc(3x + π) .


Solução: Inicialmente, lembremos que csc(x ) = 1 . Logo, a função csc(x ) não está definida para valores de x tais que sin(x ) = 0 . Assim,
sin(x )

para determinar o domínio da função, devemos impor a condição de que o arco da função cossecante (nesse exemplo, o arco é 3x + π )
deve ser diferente dos valores x tais que sin(x ) = 0. Em símbolos,

Como k − 1 é uma constante, chamemos c = k − 1 .


Daí, podemos escrever que
π
x ≠ c. , c ∈ Z
3

Logo, D (f ) = {x ∈ R ∣
∣x ≠

3
, c ∈ Z}

Para o gráfico, usamos a mesma ideia para apresentada para o gráfico da função tangente, mas agora para os arcos côngruos a 0 r ad , π rad e
2π r ad , pois esses são os arcos de 1 volta para os quais o valor do seno é zero. Vamos lá:

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Na Figura 2.81 apresentamos o gráfico da função f (x ) = csc(3x + π)

Figura 2.81: Gráfico da função f (x ) = csc(3x + π)

Note que nas abscissas (valores de x ) para as quais não existe f (x ), temos uma assíntota vertical. A linha do gráfico não intercepta essas
assíntotas.

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Função Secante

Seja x um número real. A Figura 2.82 representa a s ec ant e do ângulo x em relação ao sistema u0v :

Figura 2. 82: Secante no círculo trigonométrico

Definimos a função secante de x como a função f de R − {


π

2
+ k π, k ∈ Z} em R que a cada x ∈ R faz corresponder o número real
y = sec(x ).

O domínio da função secante é R − { π2 + k π, k ∈ Z} e o conjunto imagem é o conjunto (−∞, 1] ∪ [1, +∞)

O gráfico da função f (x ) = sec(x ) , é mostrado na Figura 2.83:

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Figura 2.83: Gráfico da secante de x .

Para esboçar o gráfico ou determinar o domínio da função secante, basta proceder de modo análogo ao que foi feito para a função cossecante.
O único detalhe é que, para determinar o domínio, devemos impor a restrição: expressão do arco ≠ π2 + k π, k ∈ Z .

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2.19 Função Inversa

Outro tipo importante de operação que podemos fazer com funções é o cálculo da função inversa, porém, nem todas as funções
admitem inversa! Vejamos a definição:

Deste modo, dizemos que g é a função inversa de f e escrevemos g = f


−1
, como mostra a Figura 2.84.

Figura 2.84: Função composta

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04/10/2021 11:12 Funções - parte 2

Vejamos os exemplos abaixo:

Exemplo 1: Calcule a inversa da função f (x ) = 3x − 6 .


Solução:
Como já estudamos, podemos reescrever a função da seguinte forma y = 3x − 6

Então, “trocamos a variável x por y e a variável y por x na função f , ou seja


x = 3y − 6

Depois, isolamos a variável y na equação


3y = x + 6

x +6
y =
3

x +6
Portanto, f −1
(x ) =
3
.
Vejamos agora a simetria dos gráficos de f e f −1
em relação à função identidade.

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Figura 2.85: f e sua inversa f



1

Exemplo 2: Calcule a inversa da função f (x ) = x


3
+ 2 .
Solução:
Reescrevemos f em termos de x e y e trocamos as variáveis x ey

3
y = x + 2

3
x = y + 2

Depois isolamos a variável y


3
y = x − 2
3 −−−−
y = √x − 2

3 −−−−
Portanto, f −1
(x ) = √x − 2 .

Graficamente, obtemos

Figura 2.86: f e sua inversa f



1

Exemplo 3: Obtenha, se existir, a inversa da função f (x ) = x


2
+ 3

Solução:
Temos A = D (f ) = R eB = I m (f ) = {y ∈ R | y ≥ 3} , assim f : A → B e para a inversa, deveríamos ter f −1
: B → A .

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Supondo que a inversa exista, calculamos


2
y = x + 3

2
x = y + 3

2
y = x − 3
−−−−
y = ±√x − 3

−−−−
Mas, esboçando os gráficos de y = x
2
+ 3 ey = ±√x − 3 , obtemos

Figura 2.87: f e sua inversa f



1

Uma opção para funções deste tipo é restringirmos o seu domínio, de forma que a função inversa exista.
−−−− −−−−
Vejamos, se esboçarmos apenas y1 = √x − 3 ou apenas y2 = −√x − 3 , então y1 e y2 seriam funções.
−−−−
Logo, se restringirmos o domínio da função f (x ) = x
2
+ 3 para D (f ) = {x ∈ R | x ≥ 0} obtemos a inversa f
−1

1
= √x − 3

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Figura 2.88: f1 e sua inversa f


−1
1

Ou, se restringirmos o domínio da função f (x ) = x


2
+ 3 para D\left(f\right)=\left\{x\in\mathbb{R}\left|x\leq0\right.\right\} obtemos a
inversa f_2^{-1}=\sqrt{x-3}

Figura 2.89: f_2 e sua inversa f_2^{-1}

Exemplo 4: Estudando a viabilidade de uma campanha de vacinação, os técnicos da Secretária da Saúde de um município
verificaram que o custo da vacinação de x por cento da população local era de, aproximadamente, C\left(x\right)=30x+400 milhares
de reais. Obtenha uma expressão que forneça a porcentagem da população vacinada em função do valor gasto pela Secretaria da
Saúde.
Solução:
Neste problema temos C em função de x, queremos inverter esta relação, logo, precisamos encontrar x em função de C. Para isso,
usamos o conceito de função inversa visto anteriormente, obtendo:
\begin{array}{l}C=30x+400\\C-400=30x\\\frac{C-400}{30}=x\end{array}

Portanto, a função x\left(C\right)=\frac{C-400}{30} fornece a porcentagem da população vacinada.

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A função f\left(x\right)=\sin\left(x\right) não é bijetora, porém, ao restringir o domínio da função seno para o intervalo \left[-
\frac{\pi}2,\frac{\pi}2\right] ela se torna bijetora. Essa restrição é chamada de restrição principal e é a seguinte:
\sin\left(x\right):\left[-\frac{\pi}2,\frac{\pi}2\right]\rightarrow\left[-1,1\right]
Portanto, com essa restrição, a função seno admite inversa.

A função inversa do seno é chamada arco-seno, e denotada por f\left(x\right)=\sin^{-1}\left(x\right) onde e


D\left(f\right)=\left[-1,1\right]\;e\;Im\left(f\right)=\left[-\frac{\pi}2,\frac{\pi}2\right].
Assim definimos y=\sin^{-1}\left(x\right)\Rightarrow x=\sin\left(y\right)

Figura 2.90: Gráfico do arco-seno

Na Figura 2.91 a seguir podemos ver os gráficos da função arco-seno e sua inversa:

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Figura 2.91: Gráfico do seno e do arco-seno

A restrição principal do cosseno é a função:


\cos\left(x\right):\left[0,\pi\right]\rightarrow\left[-1,1\right]
que é bijetora. Logo, com essa restrição, a função cosseno admite inversa.

A função inversa do cosseno é chamada arco-cosseno, e denotada por f\left(x\right)=\cos^{-1}\left(x\right) onde


D\left(f\right)=\left[-1,1\right]\;\;e\;\;Im\left(f\right)=\left[0,\pi\right].
Assim definimos y=\cos^{-1}\left(x\right)\Leftrightarrow x=\cos\left(y\right)

Figura 2.92: Gráfico do Arco-cosseno

Na figura a seguir podemos ver os gráficos da função arco-cosseno e sua inversa:

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04/10/2021 11:12 Funções - parte 2

Figura 2.93: Gráficos do cosseno e do arco-cosseno.

Exemplo 1: De acordo com o Exemplo 2 da seção 2.18.2, quanto tempo após o dia o 21 de dezembro de 2008 houve um dia com
duração de 12,84 horas em Vitória (ES)?
Solução:
Vimos que a função h\left(x\right)=12,145+1,225.\cos\left(\frac{2\left(\pi\right)x}{365}\right), expressa a quantidade de horas h de
duração do dia, em função do número x de dias passados de 21/12/2008 em Vitória, assim

\begin{array}{l}12,84=12,145+1,225.\cos\left(\frac{2\left(\pi\right)x}{365}\right)\\12,84-12,145=1,225.\cos\left(\frac{2\left(\pi\right)x}
{365}\right)\\\frac{0,695}{1,225}=\cos\left(\frac{2\left(\pi\right)x}{365}\right)\\0,567=\cos\left(\frac{2\left(\pi\right)x}{365}\right)\end{array}

Utilizando a função inversa Arco-cosseno

\begin{array}{l}\cos^{-1}\left(0,567\right)=\left(\frac{2\left(\pi\right)x}{365}\right)\\55,459=\frac{2.180x}{365}\end{array}
Note que trocamos \pi por 180 para converter o ângulo para graus e utilizamos uma calculadora para calcular o arco-cosseno!

\begin{array}{l}55,459.365=360\mathrm x\\\mathrm x=56,22\end{array}


Portanto, 56 dias após 21/12/2008, em 15/02/2009, a duração do dia foi de 12,84h.

A função inversa da tangente é chamada arco-tangente, e denotada por f\left(x\right)=\tan^{-1}\left(x\right) onde


D\left(f\right)=\mathbb{R}\;\;e\;\;Im\left(f\right)=\left[-\frac{\pi}2,\frac{\pi}2\right] .
Assim definimos =\tan^{-1}\left(x\right)\Leftrightarrow x=\tan\left(y\right)

Figura 2.94: Gráfico da arco-tangente

Na figura a seguir podemos ver os gráficos da função arco-tangente e sua inversa:

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Figura 2.95: Gráficos da tangente e da arco-tangente

Da mesma forma, podemos definir as demais funções trigonométricas inversas:

A função inversa da função f\left(x\right)=\csc\left(x\right) é a função f^{-1}\left(x\right)=arc\csc\left(x\right) tal que


y=arc\csc\left(x\right)\Leftrightarrow x=\csc\left(y\right)
onde D\left(f^{-1}\right)=\rbrack-\infty,1\rbrack\cup\lbrack1,+\infty\lbrack e Im\left(f^{-1}\right)=\left[-\frac{\pi}2,+\frac{\pi}2\right]-\left\
{0\right\}

Figura 2.96: Gráfico da função g\left(x\right)=arc\csc\left(x\right)

A função inversa da função f\left(x\right)=\sec\left(x\right) é a função f^{-1}\left(x\right)=arc\csc\left(x\right) tal que


y=arc\sec\left(x\right)\Leftrightarrow x=\sec\left(y\right)
onde D\left(f^{-1}\right)=\rbrack-\infty,1\rbrack\cup\lbrack1,+\infty\lbrack e Im\left(f^{-1}\right)=\left[0,\pi\right]-\left\{\frac{\pi}2\right\}

Figura 2.97: Gráfico da arco-secante de x

A função inversa da função f\left(x\right)=\sec\left(x\right) é a função f^{-1}\left(x\right)=arc\sec\left(x\right) tal que


y=arc\cot\left(x\right)\Leftrightarrow x=\cot\left(y\right)
onde D\left(f^{-1}\right)=\mathbb{R} e Im\left(f^{-1}\right)=\rbrack0,\pi\lbrack

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Figura 2.98: Gráfico da arco-tangente

As funções trigonométricas inversas são usadas quando queremos descobrir um ângulo a partir do valor da tangente desse ângulo,
ou do cosseno do ângulo. Situações desse tipo são bastante requeridas na Álgebra Linear. Por exemplo:

Exemplo 1: (STEINBRUCH, 1987, p.12) Calcular o ângulo entre os vetores u=\left(-2,-2\right) e v=\left(0,-2\right).
Solução:
o ângulo entre os dois vetores é dado por:
\cos\left(\theta\right)=\frac{u.v}{\left|u\right|.\left|v\right|}
onde
u.v é o produto escalar dos vetores u e v.
\left|u\right| é o módulo do vetor u
\left|v\right|é o módulo do vetor v
Então:
\begin{array}{l}\cos\left(\theta\right)=\frac{u.v}{\left|u\right|.\left|v\right|}=\frac{\left(-2,-2\right).\left(0,-2\right)}
{\sqrt{\left(-2\right)^2+\left(-2\right)^2}.\sqrt{0^2+\left(-2\right)^2}}\\\cos\left(\theta\right)=\frac{0+4}
{\sqrt8\sqrt4}=\frac4{4\sqrt2}\\\cos\left(\theta\right)=\frac{\sqrt2}2\\\theta=arc\cos\left(\frac{\sqrt2}2\right)\\\theta=45^\circ\end{array}

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2.20 Funções Hiperbólicas

As funções hiperbólicas são semelhantes às funções trigonométricas, porém, enquanto os gráficos das funções trigonométricas têm
relação com a elipse, os gráficos das funções hiperbólicas têm relação com a hipérbole.

Entre outras aplicações, as funções hiperbólicas surgem em movimentos vibratórios, dentro de sólidos elásticos, e mais
genericamente, em muitos problemas nos quais a energia mecânica é gradualmente absorvida pelo meio ambiente. Este tipo de
função aparece frequentemente na solução de equações diferenciais, em problemas onde é necessário encontrar a posição de
equilíbrio entre dois corpos, por exemplo.

Definimos a função seno hiperbólico como a função \(\sin h\) de \(\mathbb{R}\) em \(\mathbb{R}\) que a cada \(x\in\mathbb{R}\) faz
corresponder o número real \(y=\frac{e^x-e^{-x}}2\).

O domínio da função seno hiperbólico é \(\mathbb{R}\) e o conjunto imagem é também \(\mathbb{R}\).

Figura 2.99: Gráfico do seno hiperbólico

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Definimos a função cosseno hiperbólico como a função \(\cos h\) de \(\mathbb{R}\) em \(\mathbb{R}\) que a cada \
(x\in\mathbb{R}\) faz corresponder o número real \(y=\frac{e^x+e^{-x}}2\).

O domínio da função cosseno hiperbólico é \(\mathbb{R}\) e o conjunto imagem é o intervalo

Figura 2.100: Gráfico do cosseno hiperbólico

Exemplo 1: Um cabo de telefone é pendurado entre dois postes separados a 20 m, na forma de um tipo de curva chamada
catenária, de equação dada por \(y=-15+20\cos h\left(\frac x{20}\right)\), onde \(x\) e \(y\) são medidos em metros. Calcule a altura \
(y\) do cabo no ponto central entre os dois postes.

Solução:

O ponto central entre os dois postes está localizado em \(x=\frac{20}2=10\) metros, substituindo este valor na função cosseno
hiperbólico obtemos

\(y=-15+20\cos h\left(\frac{10}{20}\right)=-15+20\left(\frac{e^{\displaystyle\frac12}+e^{-
\displaystyle\frac12}}2\right)=-15+10.2,255=7,55\;metros\)

Definimos a função tangente hiperbólica como a função \(\tan h\) de \(\mathbb{R}\) em \(\mathbb{R}\) que a cada \
(x\in\mathbb{R}\) faz corresponder o número real \(y=\frac{e^x-e^x}{e^x+e^{-x}}\).

O domínio da função tangente hiperbólica é \(\mathbb{R}\) e o conjunto imagem é o intervalo \(\rbrack-1,1\lbrack\).

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Figura 2.101: Gráfico da tangente hiperbólica

A partir das funções hiperbólicas definidas acima, podemos definir as demais funções hiperbólicas:

\(\cot h\left(x\right)=\frac{e^x+e^{-x}}{e^x-e^{-x}}\)
\(\textstyle\sec h\left(x\right)=\frac1{\cos h\left(x\right)}=\frac2{e^x+e^{-x}}\)
\(\textstyle\csc h\left(x\right)=\frac1{\sin h\left(x\right)}=\frac2{e^x-e^{-x}}\)

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