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Integridade de Equipamentos
MECHANICAL INTEGRITY (MI)

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Integridade de Equipamentos

Quem sou!
Ivan Cerqueira dos Santos
(http://lattes.cnpq.br/0029754039780680)

Engenheiro Mecânico  Engenheiro de Segurança do Trabalho


HSEQ   Proteção contraexplosão (Equipamentos não –
elétricos) // Integridade de Equipamentos e Tubulações Industriais
( Especificação / Projeto / Inspeção em Fabricação / Inspeção em
Operação)   Normalização
Professor convidado para atuar em cursos de pós-graduação e extensão nas áreas de HSEQ e
Segurança de Processos na Faculdade SENAC Rio, Fundação Técnico Educacional Souza
Marques, FUNCEFET, UNIGRANRIO, IPETEC  UCP, PUC Rio (Coordenação Central de
Extensão) e SENAI CETIQT

icsrj@terra.com.br
(21) 98141-7527

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Objetivo
Desenvolver competências que permitam aos profissionais da
área da Segurança de Processos refletir sobre os princípios
aplicáveis à “Integridade de Equipamentos” de forma a “eliminar”
e/ou minimizar os riscos inerentes aos processos das suas
organizações.

Conteúdo Programático

 Introdução

 Especificação e Projeto

 Equipamentos de processo / Tubulações industriais

 Materiais para equipamentos de processo / Tubulações

 Dispositivos de segurança

 Fabricação

 Processos de fabricação (Corte, conformação, soldagem...)

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Conteúdo Programático

 Inspeções e testes (Avaliação da Conformidade)

 Geral

 Descontinuidades / Defeitos

Técnicas de inspeção

 Ensaios destrutivos

 Ensaios não destrutivos - END

 Testes de resistência mecânica

 Testes de estanqueidade

Conteúdo Programático

 Construção e Montagem Industrial (Erection)


 Requisitos gerais
 Completação mecânica (Mechanical completion)

 Operação e manutenção / Avaliação da integridade


 Implantação da avaliação da integridade
 Mecanismos de danos / Falhas
 Ensaios não destrutivos END - Complemento
 Inspeção Baseada em Risco (RBI)
 Fitness for service (FFS)
 Análise de falhas

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Bibliografia
 NR-13 – Caldeiras, Vasos de Pressão, Tubulações Industriais e Tanques Metálicos de Armazenamento
 Resolução ANP 43, de 06/12/2007 // Regulamento Técnico do Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional das Instalações
Marítimas de Perfuração e Produção de Petróleo e Gás Natural (Prática de Gestão 13)
 Norma Técnica CETESB P4.261 - Risco de Acidente de Origem Tecnológica - Método para decisão e termos de referência
 Diretrizes para Segurança de Processos Baseada em Riscos- CCPS (Capitulo 12)
 ASME Boiler and Pressure Vessel Code
 TEMA - Tubular Exchanger Manufacturers Association

 WRC Bulletin 107 - Local Stresses In Spherical And Cylindrical Shells Due To External Loadings
 WRC Bulletin 537 - Precision Equations and Enhanced Diagrams for Local Stresses in Spherical and Cylindrical Shells Due to External
Loadings for Implementation of WRC Bulletin 107
 API Std 650 - Welded Tanks for Oil Storage
 API Std 620 - Design and Construction of Large, Welded, Low-Pressure Storage Tanks
 API Std 653 - Tank Inspection, Repair, Alteration, and Reconstruction
 ASME B31.1 – Power Piping
 ASME B31.3 – Process Piping
 API Std 2000 – Venting Atmospheric and Low-Pressure Storage Tanks: Nonrefrigerated and Refrigerated
 ISO 28300 - Venting of atmospheric and low-pressure storage tanks

Bibliografia
 API RP 520 Part 1 - Sizing, Selection, and Installation of Pressure-relieving Devices - Sizing and Selection
 API RP 520 Part 2 - Sizing, Selection, and Installation of Pressure-relieving Devices - Installation
 API Standard 521 - Pressure-relieving and Depressuring Systems
 API Std 526 - Flanged Steel Pressure Relief Valves
 API Std 527 - Seat Tightness of Pressure Relief Valves
 API RP 580 - Risk-Based Inspection
 API RP 581 - Risk-Based Inspection Methodology
 API 510 - Pressure Vessel Inspection Code: In-Service Inspection, Rating, Repair, and Alteration
 API RP 571 - Damage Mechanisms Affecting Fixed Equipment in the Refining Industry
 API RP 572 - Inspection Practices for Pressure Vessels
 API 570 - Piping Inspection Code: In-Service Inspection, Rating, Repair, and Alteration of Piping Systems
 API 579 / ASME FFS-1 - Fitness-For-Service

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Bibliografia
 Equipamentos Industrias de Processos - Macintyre, Archibald Joseph – LTC
 Vasos de pressão - Pedro Carlos da Silva Telles – LTC
 Tubulações Industriais - Pedro Carlos da Silva Telles – LTC
 Tubulações Industriais/Cálculo - Pedro Carlos da Silva Telles – LTC
 Tabelas e gráficos para projetos de tubulações - Pedro Carlos da Silva Telles – LTC
 Manual para análise de tensões de tubulações industriais – Flexibilidade – José Luiz de França Filho -
LTC
 Operação e Caldeiras - Gerenciamento, Controle e Manutenção - Botelho, Manoel Henrique Campos
 Análise de falhas em equipamentos de processo (Mecanismos de Danos e Casos Práticos) - André da
Silva Pelliccione ... - Ed. Interciência
 Pressure vessel design handbook - Henry H. Bednar
 Guidelines for Mechanical Integrity Systems (CCPS)
 Guidelines for Asset Integrity Management (CCPS);
 Guias de inspeção do IBP (trocadores de calor, caldeiras, vasos de pressão, tubulações e PSV).

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Introdução

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Para pensar!

Acidentes acontecem, porém o potencial dos acidentes causados


pelo homem, assim como, os desastres naturais, tem crescido com
o avanço tecnológico.

As ações e as atividades que envolvem situações de riscos,


exigem o estabelecimento de medidas a fim de garantir padrões
mínimos de segurança, tanto para os colaboradores de uma
determinada organização, para a comunidade e, também, para o
meio ambiente.

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Explosão de Caldeira

https://www.linkedin.com/posts/william-
frank-958880104_nr13-nr12-
inspeaexaeto-ugcPost-
6841785692398338048-0OpT

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CSB Releases Final Report into 2017


Pressure Vessel Explosion at Loy-Lange
Box Company in St. Louis MO - General
News - News | CSB

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RBPS - Risk Based Process Safety Pillar


(Foundational Block) and Element Definitions and
Descriptions (CCPS)

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Element – Asset Integrity and Reliability


A integridade do ativo, é o elemento da RBPS (Risk Based Process Safety –
Segurança de Processos Baseada em Riscos) que ajuda a garantir que o
equipamento seja adequadamente projetado, instalado de acordo com as
especificações e permaneça apto para uso até que seja descomissionado, é
um dos nove elementos do Pilar de Gerenciamento de Risco (Bloco Fundamental).
O elemento de integridade do ativo consiste na implementação sistemática de
atividades, como inspeções e testes necessários para garantir que equipamentos
importantes sejam adequados para a aplicação pretendida, ao longo de sua vida
útil. Especificamente, as atividades de trabalho relacionadas a este elemento se
concentram em: (1) prevenir uma liberação catastrófica de um material perigoso ou
uma liberação repentina de energia e (2) garantir alta disponibilidade (ou
confiabilidade), de equipamentos críticos ou sistemas de utilidade, que impedem
ou mitigam o efeitos deste tipo de eventos.
Referência: CCPS (Center for Chemical Process Safety)

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Element – Asset Integrity and Reliability


Asset integrity, the RBPS (Risk Based Process Safety) element that helps
ensure that equipment is properly designed, installed in accordance with
specifications, and remains fit for use until it is retired, is one of nine
elements in the Managing Risk Pillar (Foundational Block).

The asset integrity element is the systematic implementation of activities,


such as inspections and tests necessary to ensure that important equipment
will be suitable for its intended application throughout its
life. Specifically, work activities related to this element focus on: (1)
preventing a catastrophic release of a hazardous material or a sudden
release of energy and (2) ensuring high availability (or dependability) of
critical safety or utility systems that prevent or mitigate the effects of these
types of events.
Referência: CCPS (Center for Chemical Process Safety)

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Definição
Mechanical Integrity (MI) can be defined as the management of critical process equipment to
ensure it is designed and installed correctly and that it is operated and maintained properly. MI is
1 of the 14 elements included in the OSHA (Occupational Safety and Health Administration)
Process Safety Management standard. MI includes equipment/assets such as pressure vessels,
storage tanks, piping systems, and associated hardware (valves, fittings, etc.), relief devices,
and emergency shutdown/control systems.

MI encompasses the activities necessary to ensure that equipment/assets are designed,


fabricated, installed, operated and maintained in a way that provides the desired
performance in a safe, environmentally protected, and reliable fashion.

In the early 1900s, the need to protect workers and the public from the hazards
of boilers and pressurized equipment became apparent, so the industry began
to develop design standards. After World War II, a number of industry
consensus standards were developed by the National Board Inspection Code.
Referência: API MECHANICAL INTEGRITY: FIXED EQUIPMENT STANDARDS & RECOMMENDED PRACTICES

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Camadas de proteção

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Element – Asset Integrity and Reliability

Operação Especificação
e e
Manutenção Projeto
Integridade

Fabricação
Construção & Montagem

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Visão Geral

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo / Tubulações industriais

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Equipamentos (estáticos) de processo

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Unidades industriais químicas, petroquímicas, óleo e gás, ciências da vida,


siderúrgicas, etc., processam fluidos, em estado líquido ou gasoso, dos
mais diferentes tipos. Desde os pouco agressivos para o ser humano / meio
ambiente, como o ar ou a água, até os perigosos e potencialmente
perigosos como produtos corrosivos, inflamáveis ou tóxicos ou à saúde
humana ou à integridade da natureza.

As variáveis destes processos, como temperatura, pressão e nível,


acrescentam a estes produtos energias de vários tipos que, em caso de
perda do controle do processo causarão a exposição das pessoas ou do
meio ambiente a um risco considerável.

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Camadas de proteção

Equipamento
Estático

Última
Barreira

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

As unidades de processo, sob um ponto de vista macro, apresentam os seguintes ativos


produtivos :
 Equipamentos mecânicos dinâmicos, responsáveis por conferir as energias de movimento
aos fluidos.
 Equipamentos mecânicos estáticos, responsáveis por armazenar, conduzir, conferir
energia térmica e oferecer condições para a realização de reações e trocas físico químicas
necessárias aos processos.
 Instrumentos, responsáveis pelo controle das variáveis do processo.
 Equipamentos elétricos, que participam do processo de distribuição e alimentação de
eletricidade necessária aos equipamentos e instrumentos.

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Principais tipos de equipamentos mecânicos estáticos:

 Vasos de pressão;

 Trocadores de calor;

 Caldeiras;

 Tanques;

 Fornos.

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Vasos de pressão
Os vasos de pressão são todos os equipamentos, não sujeitos a
chamas, destinados ao armazenamento e processamento
(transformações físicas ou químicas) de fluídos (líquidos, gases e
vapores), sob pressão ou sujeitos a vácuo.

Podemos, também, definir os vasos de pressão como sendo todos


os reservatórios, de qualquer tipo, dimensões ou finalidade, não
sujeitos a chama, que contenham qualquer fluido sob pressão
manométrica igual ou superior a 1,02 kgf/cm2 ou submetido a
pressão externa.

Nota: vide, adiante, a definição conforme NR 13.

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Vaso de pressão

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Vaso de pressão

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Vaso de pressão

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Vaso de pressão - Reator

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo
Vaso de pressão com camisa / serpentina

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Vaso de pressão

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Vaso de pressão - Esfera

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Vaso de pressão - Esfera

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Vaso de pressão – Trocador de calor

O trocador de calor é um vaso de pressão onde dois fluidos, com


temperaturas diferentes, trocam calor através de uma interface
metálica. Na indústria de processo, o trocador de calor é
empregado não só para economizar calor, mas também para
atender às necessidades de processamento.
De acordo com o fim a que se destina, este tipo de equipamento
pode ser enquadrado conforme a seguinte classificação geral:
 Aquecimento;
 Resfriamento.

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Vaso de pressão – Trocador de calor

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Vaso de pressão – Trocador de calor

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo
Vaso de pressão – Trocador de calor

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Vaso de pressão – Trocador de calor

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Vaso de pressão – Trocador de calor

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Caldeira
Uma caldeira é o equipamento que tem como função básica
converter energia química proveniente da queima de um combustível
(sólido, líquido ou gasoso) ou da energia elétrica em energia térmica.
Dentro dos limites do conhecimento moderno, o vapor é um fluido
bem econômico e conveniente, tanto para a produção de energia
quanto para a transferência de calor.
Geração de energia elétrica

Aplicações Sanitização / esterilização

Aquecimento / geração de frio

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Caldeira flamatubular horizontal

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Caldeira flamatubular horizontal

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Caldeira flamatubular horizontal

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo
Caldeira flamatubular horizontal

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Caldeira aquatubular

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Caldeira aquatubular

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Caldeira aquatubular

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Caldeira de recuperação

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Tanques

Os tanques são equipamentos estáticos utilizados para o


armazenamento de diversos produtos, sob a forma liquida, que são
utilizados em uma indústria.

Operam, normalmente, na pressão atmosférica podendo, em alguns


casos, operar um pouco acima da mesma (até 1,02 Kgf/cm2)

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Tanques

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo - Normas

As principais normas de projeto de vasos de pressão e seus


respectivos países de origem são:

 BSI PD-5500 – Grã-Bretanha;

 AD Merkblätter – Alemanha;

 EN-13445 - European Standard “Unfired pressure vessels” –


Comunidade Européia

 ASME Boiler and Pressure Vessel Code: Estados Unidos. . .

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo - Normas

The American Society of Mechanical Engineers - ASME


ASME is a not-for-profit membership organization that enables collaboration,
knowledge sharing, career enrichment, and skills development across all
engineering disciplines. Founded in 1880 by a small group of leading
industrialists, ASME has grown through the decades to include more than
120,000 members in over 140 countries around the globe. The membership
includes a wide diversity of technical disciplines who represent all facets of
the technical communities.

O ASME BPVC é o código de projeto mais difundido no Brasil e em grande parte do mundo,
estabelecendo as exigências e recomendações sobre materiais, projeto, cálculo, detalhes de
fabricação, inspeção e teste da maioria dos vasos de pressão e trocadores de calor
utilizados na indústria. O primeiro Boiler and Pressure Vessel Code
(1914 edition) foi publicado em 1915. Possui diversas seções, conforme mostradas a seguir.

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo - Normas

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo - Normas

Section II Materials
Part A — Ferrous Material Specifications
Part B — Nonferrous Material Specifications
Part C — Specifications for Welding Rods, Electrodes, and Filler Metals
Part D — Properties (Customary)
Part D — Properties (Metric)

Section VIII Rules for Construction of Pressure Vessels


Division 1
Division 2 — Alternative Rules
Division 3 — Alternative Rules for Construction of High-
Pressure Vessels

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo - Normas

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo - Normas

ASME Section VIII - Rules for Construction of Pressure Vessels

 A Seção VIII especificamente determina e recomenda materiais, projeto,


fabricação, END (Ensaios Não Destrutivos), inspeção, teste, certificação, e
alívio de pressão de vasos de pressão.

 A Divisão 1 é a mais extensa e cobre a maior parte das aplicações.

 A Divisão 2 aborda materiais, projeto e END, apresentando requisitos mais


exigentes (por ex. certificados de materiais). Permite tensões atuantes mais
elevadas em relação à Divisão 1.

 A Divisão 3 é específica para altíssimas pressões (> 10 000 𝑝𝑠𝑖 = 690 𝑏𝑎𝑟).
Aplicável na área nuclear.

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo - Normas

ASME Section VIII - Rules for Construction of Pressure Vessels

• Exemplo de aplicação Div. 1


 Torres de destilação
 Armazenamento de propano

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo - Normas

ASME Section VIII - Rules for Construction of Pressure Vessels

• Exemplo de aplicação Div. 2

 Vasos com ocupação humana


(Câmara hiperbárica)
 Câmara de descompressão

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo - Normas

ASME Section VIII - Rules for Construction of Pressure Vessels

• Exemplo de aplicação Div. 3

 Vasos de pressão do reator

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo - Normas

Outras normas de projeto para equipamentos estáticos de processo:


 ASME Sec I – Power Boilers
 TEMA - Tubular Exchanger Manufacturers Association
 API Std 650 - Welded Tanks for Oil Storage
 API Std 620 - Design and Construction of Large, Welded, Low-Pressure
Storage Tanks

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

O Projeto de Equipamentos engloba

1. Engenharia de Processo

 Pressão e temperatura de operação;


 Informações sobre os fluídos;
 Formato do equipamento;
 Dimensões gerais e detalhes de peças internas;
 Posição de instalação;
 Indicação básica dos materiais;
 Indicação dos bocais para todos os instrumentos ligados ao equipamento ̸ tubulações conectadas;
 Etc.
Vide folha de dados de processo

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

O Projeto de Equipamentos engloba:

2. Engenharia de Equipamentos

 Pressão e temperatura de projeto;


 Detalhamento dos materiais incluindo isolamento térmico;
 Definição das eficiências de juntas;
 Espessura de parede (preliminar);
 Espessuras de isolamento;
 Definição do tipo de suporte.

Vide folha de dados de equipamento

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Um bom projeto compreende basicamente:

 Calcular a espessura pelo par PxT mais crítico;

 Analisar as tensões primárias;

 Analisar tensões oriundas da cargas externas;

 Verificar os esforços oriundos de cargas externas – Exemplo cargas em bocais;

 Suportar o equipamento de forma adequada;

 Determinar a PMTA;

 Minimizar tensões resultantes da fabricação;

 Minimizar, em equipamentos isolados, a ocorrência do CUI – Corrosion under insulation.

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Documentação de projeto de um equipamento


Um projeto de equipamentos compõe-se, no caso mais geral, dos documentos abaixo relacionados,
sendo que, em alguns casos especiais, poderão ser necessários outros documentos.

 Folha de dados do equipamento com a definição dos materiais, eficiência de juntas, pressão ̸
temperatura de projeto, requisitos gerais de inspeção, se aplicável, etc;
 Especificação do isolamento térmico – Atenção para o CUI;
 Especificação técnica complementar, se necessário;
 Requisição de materiais;
 Memorial de cálculo (Função do par P x T de projeto ̸ cargas externas), com definição da PMTA,
incluindo o dimensionamento dos suportes;
 Desenho de conjunto ̸ desenho de detalhes com lista de materiais;
 Plano de inspeção e testes.

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Exemplos da documentação de um projeto de equipamentos

 Folha de dados do equipamento;


 Especificação técnica complementar;
 Requisição de materiais;
 Memorial de cálculo;
 Desenho de conjunto ̸ desenho de detalhes com lista de materiais;
 Plano de inspeção e testes.

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Fatores de influência no projeto / seleção de materiais

Condições de serviço – Temperatura e pressão de trabalho. (Consideradas as condições


extremas, mesmo que sejam condições transitórias ou eventuais).
Fluido contido – Natureza e concentração do fluido Impurezas ou contaminantes; pH;
Toxicidade; etc.
Nível de tensões do material – O material deve ter resistência mecânica compatível com a
ordem de grandeza dos esforços presentes. ( pressão do fluido, pesos, ação do vento,
reações de dilatações térmicas, sobrecargas, tensões de fabricação e montagem etc.
Natureza dos esforços mecânicos – Tração; Compressão; Flexão; Esforços estáticos ou
dinâmicos; Choques; Vibrações; Esforços cíclicos, etc.

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Componentes básicos de um vaso de pressão horizontal

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Tipos de tampos

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo
Cálculo da espessura de um corpo cilíndrico conforme ASME SEC VIII Div 1

Simbologia

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Cálculo da espessura de um corpo cilíndrico conforme ASME SEC VIII Div 1

• Eficiência de junta (E)


 Juntas soldadas podem ter resistência
mecânica inferior quando comparada ao
metal de base.
 Por isso, não raro ensaios não destrutivos
(radiografia ou ultrassom) são realizados
para verificar a integridade estrutural das
regiões soldadas
 Caracterizamos a perda de resistência com a
eficiência de junta 𝐸, uma porcentagem que
reduz a tensão admissível nos cálculos
pertinentes.

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Cálculo da espessura de um corpo cilíndrico conforme ASME SEC VIII Div 1

• Eficiência de junta (E)

 A ASME BPVC VIII Div. 1, a norma de vasos


de pressão especifica uma tabela com os
valores a serem usados
 A eficiência depende
 do tipo de junta
 do local (“categoria” de junta)
 da extensão do ensaio (se realizado)

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Cálculo da espessura de um corpo cilíndrico conforme ASME SEC VIII Div 1

• Eficiência de junta (E)

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo
Cálculo da espessura de um corpo cilíndrico conforme ASME SEC VIII Div 1

• Pressão interna (P)


 É a principal carga na maioria dos vasos
de pressão.
 Avalia-se a tensão de membrana
primária na parte considerada para
dimensionar a espessura necessária do
vaso de pressão.
 Fazemos equilíbrio de forças nas seções
para obter as tensões circunferencial 𝝈𝒕 e
longitudinal 𝝈𝒂 .
 Lembramos que as tensões 𝜎 resultam
das forças internas distribuídas pela área
relevante do material.

 Condição do processo.

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Cálculo da espessura de um corpo cilíndrico conforme ASME SEC VIII Div 1

• Tensão admissível (S)


ASME BPVC Section II Part D: Subpart 1

 Valores são tabelados de acordo com material e temperature


 O critério está disponível no Apêndice Obrigatório 1

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo
Cálculo da espessura de um corpo cilíndrico conforme ASME SEC VIII Div 1

• Tensão admissível (S)


ASME BPVC Section II Part D: Subpart 1
 Exemplo: tensão admissível do SA-106 gr. B, tubo sem costura, temperatura de projeto 180°𝐶;
 𝑺 = 𝟏𝟏𝟖 𝑴𝑷𝒂

𝑇 𝑇

𝑆 𝑆
Duas opções (se as tensões fossem diferentes a 150°𝐶 e 200°𝐶):
 Utilizar tensão de maior temperatura
 Interpolar linearmente 𝑆 = 𝑆 + ∗ (𝑇 − 𝑇 )

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Cálculo da espessura de um corpo cilíndrico conforme ASME SEC VIII Div 1

P – Pressão interna

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Cálculo da espessura de um corpo cilíndrico conforme ASME SEC VIII Div 1


Espessura mínima requerida "𝒕"
𝒕 será o maior de (𝑡 , 𝑡 )
Devido à tensão circunferencial 𝑡 = 𝑃𝑅 ⁄ 𝑆𝐸 − 0.6𝑃
Devido à tensão longitudinal 𝑡 = 𝑃𝑅 ⁄ 2𝑆𝐸 + 0.4𝑃
onde
 𝑡 Espessura mínima requerida
 𝑃 Pressão interna de projeto (inclui pressão devido à coluna líquida,
se aplicável)
 𝑅 Raio interno
 𝑆 Tensão admissível do material
 𝐸 Eficiência de junta
Espessura final “T”
𝐓 𝑠𝑒𝑟á 𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝐭 𝑐𝑜𝑚 𝑎 𝑚𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑜𝑠ã𝑜 𝑝𝑟𝑒𝑣𝑖𝑠𝑡𝑎 𝑒𝑚 𝑓𝑢𝑛çã𝑜 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 e
da 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖ção 𝑑𝑒 operação (Fluído e temperatura) corrigida, adicionalmente, para a espessura
comercial da chapa mais próxima.

94

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Cálculo da espessura de um corpo cilíndrico conforme ASME SEC VIII Div 1


Pressão Externa
 Quando a pressão de “fora” é maior do que a de “dentro”
 A Falha (flambagem) costuma ser repentina e pode ser catastrófica.
 Casos comuns
 Vasos com pressão interna menor que 0 𝑏𝑎𝑟 𝑔 (vácuo) Exemplo de vaso encamisado com
 Vasos encamisados pressão externa

95

Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Cálculo da espessura de um corpo cilíndrico conforme ASME SEC VIII Div 1


Pressão Externa

 Cálculo iterativo

 Função do Diâmetro Externo (D0) /


Comprimento (L) / Espessura (t) estimada.

 Atentar para a relação L/D0. Utilizar anel


enrijecedor se necessário.

96

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Cálculo da espessura de um corpo esférico conforme ASME SEC VIII Div 1

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

PMTA - Pressão Máxima de Trabalho Admissível ( (MAWP) conforme ASME SEC VIII Div 1

A pressão máxima admissível é um parâmetro importantíssimo no projeto de um vaso de pressão,


pois determina a verdadeira capacidade do equipamento, em termos de pressão.

É determinada para todos os componentes principais, como casco, tampos, e para todos os
componentes secundários, como flanges, bocais e reforços. Cada um destes componentes tem uma
pressão máxima própria, sendo a PMTA do equipamento a menor destas pressões.

Normalmente as espessuras dos componentes principais (cascos e tampos), que quase


sempre são feitos de chapa, são maiores do que as espessuras requeridas de cálculo,
consequência da padronização comercial de espessuras. Sendo assim, estes componentes
podem suportar uma pressão maior do que a de projeto.

Exceções a este princípio são os flanges não padronizados, como os de interligação entre
componentes principais, tampos planos e os espelhos de trocadores de calor que, por seu alto custo
de fabricação, normalmente tem as espessuras bem próximas a de cálculo.

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Cálculo da PMTA - Pressão Máxima de Trabalho Admissível ( (MAWP) conforme ASME SEC VIII Div 1

A PMTA deve ser determinada para pressão interna ou externa em cada componente,
descontando-se a pressão devida à coluna de líquido correspondente ao componente analisado,
e considerando-se duas condições:

 Equipamento novo e frio, com corrosão zero e tensões admissíveis na temperatura ambiente.
Esta PMTA serve basicamente para determinar a pressão de teste hidrostático ou pneumático
do vaso novo;

 Equipamento corroído e quente, descontando-se a espessura de corrosão e com tensões


admissíveis na temperatura de projeto. Esta PMTA determina as condições de segurança do
equipamento.

A PMTA final do equipamento será a menor das pressões máximas de cada componente,
medida no ponto mais alto (topo) do vaso.

Vide exercício complementar no EAD.

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Cálculo da PMTA - Pressão Máxima de Trabalho Admissível ( (MAWP) conforme ASME SEC VIII Div 1

• PMTA (MAWP)
 Pressão que o equipamento realmente suporta (sem
contar pressão devido à coluna líquida).
 Cada componente (casco, tampo, bocais, etc.) tem
uma PMTA.
 É sempre um pouco maior que a pressão de projeto
pois a espessura adotada sempre é um pouco maior
NF QC
que a mínima requerida.
 PMTA novo e frio (NF): equipamento sem corrosão
e tensões admissíveis a temperatura ambiente
 PMTA quente e corroído (QC): equipamento com
corrosão completa e tensões admissíveis a
temperatura de projeto.
 PMTA global do equipamento é a menor PMTA
dentre os componentes.
𝒂𝒎𝒃 𝒑𝒓𝒐𝒋

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Cálculo da pressão de teste hidrostático conforme ASME SEC VIII Div 1


UG-99 STANDARD HYDROSTATIC TEST

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Teste hidrostático conforme ASME SEC VIII Div 1


UG-99 STANDARD HYDROSTATIC TEST

 A norma exige que esse teste seja feito para todos os


vasos.
 A pressão ser aplicada é:
𝑆
𝑃 = 1.3 𝑃𝑀𝑇𝐴 ∗
𝑆
em que
𝑆 é a tensão admissível a temperatura de teste
(geralmente ambiente)

𝑆 a tensão admissível a temperatura de projeto

* A razão 𝑆 /𝑆 deve ser a menor de todos os


componentes submetidos a pressão

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Tanques de armazenamento padrão API

API Std 620 API Std 650

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Tanques de armazenamento padrão API

São equipamentos utilizados para o


armazenamento de petróleo, derivados
de petróleo e outros produtos líquidos.
API Std 620 API Std 650
Material Aço carbono Aço carbono
Posição Acima da superfície Acima da superfície
Fluido Líquido ou gás Líquido
Temperatura < 250°𝐹 (120°𝐶) < 200°𝐹 (93°𝐶)

Pressão < 15 𝑝𝑠𝑖 𝑔 (103 𝑘𝑃𝑎 𝑔) < 2.5 𝑝𝑠𝑖 𝑔 (18 𝑘𝑃𝑎 𝑔)

Nota – Vide outras condições para material / temperatura e pressão no corpo das normas.

104

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Tanques de armazenamento padrão API

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Tanques de armazenamento padrão API


Ligação teto/costado frágil!
Vide API Std 650 item 5.10.2.6

A Ligação teto/costado é considerada frágil se a mesma falhar,


antes das juntas do costado ou do fundo, quando houver uma
pressão acima do limite da pressão de projeto do tanque.

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

Tanques de armazenamento padrão API


Ligação teto/costado frágil!
Vide API Std 650 item 5.10.2.6

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NR-13 CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, TUBULAÇÕES E


TANQUES METÁLICOS DE ARMAZENAMENTO

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

NR-13 CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, TUBULAÇÕES E TANQUES METÁLICOS DE


ARMAZENAMENTO

13.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece requisitos mínimos para


gestão da integridade estrutural de caldeiras a vapor, vasos de pressão, suas
tubulações de interligação e tanques metálicos de armazenamento nos
aspectos relacionados à instalação, inspeção, operação e manutenção, visando à
segurança e à saúde dos trabalhadores.

13.1.2 O empregador é o responsável pela adoção das medidas determinadas


nesta NR.

109

Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

NR-13 CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, TUBULAÇÕES E TANQUES METÁLICOS DE


ARMAZENAMENTO

Empregador

A empresa individual ou coletiva que, assumindo os riscos da atividade


econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços.

Equiparam-se ao empregador as organizações, os profissionais liberais, as


instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem
fins lucrativos, que admitam trabalhadores como empregados.

Conforme Anexo I da NR-01 - DISPOSIÇÕES GERAIS e GERENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAIS

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

13.2 Campo de Aplicação


13.2.1 Esta NR deve ser aplicada aos seguintes equipamentos:

a) caldeiras com pressão de operação superior a 60 kPa (0,61 kgf/cm²);


b) vasos de pressão cujo produto P.V seja superior a 8 (oito), onde P é o módulo da
pressão máxima de operação em kPa e V o seu volume interno em m³;
c) vasos de pressão que contenham fluidos da classe A, especificados na alínea “a”
do subitem 13.5.1.1.1, independente do produto P.V;
d) recipientes móveis com P.V superior a oito, onde P é o módulo da pressão máxima
de operação em kPa, ou com fluidos da classe A, especificados na alínea “a” do
subitem 13.5.1.1.1; ...

111

Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

13.2 Campo de Aplicação


13.2.1 Esta NR deve ser aplicada aos seguintes equipamentos:

e) tubulações que contenham fluidos de classe A ou B, conforme as alíneas “a” e “b” do


subitem 13.5.1.1.1, ligadas a caldeiras ou vasos de pressão abrangidos por esta NR; e
f) tanques metálicos de armazenamento, com diâmetro externo maior do que três
metros, capacidade nominal acima de vinte mil litros, e que contenham fluidos de
classe A ou B, conforme as alíneas “a” e “b” do subitem 13.5.1.1.1 desta NR.

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo
13.5 Vasos de pressão
13.5.1 Disposições Gerais

13.5.1.1 Para os efeitos desta NR, os vasos de pressão devem ser categorizados, com base
na classe do fluido e no grupo de potencial de risco, mediante a aplicação da Tabela 1.
13.5.1.1.1 Os fluidos contidos nos vasos de pressão devem ser classificados conforme
descrito a seguir:
a) classe A:
I - fluidos inflamáveis;
II - fluidos combustíveis com temperatura superior ou igual a duzentos graus Celsius (200 ºC);
III - fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a vinte partes por milhão (20 ppm);
IV - hidrogênio; e
V - acetileno.

b) classe B:
I - fluidos combustíveis com temperatura inferior a duzentos graus Celsius (200 ºC); e
II - fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a vinte partes por milhão (20 ppm).

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Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo
13.5 Vasos de pressão
13.5.1 Disposições Gerais

13.5.1.1 Para os efeitos desta NR, os vasos de pressão devem ser categorizados, com base
na classe do fluido e no grupo de potencial de risco, mediante a aplicação da Tabela 1.
13.5.1.1.1 Os fluidos contidos nos vasos de pressão devem ser classificados conforme
descrito a seguir:
c) classe C:
I - vapor de água;
II - gases asfixiantes simples; e
III - ar comprimido.

d) classe D:
I - outros fluidos não enquadrados nas classes anteriores.

13.5.1.1.2 Quando se tratar de mistura, deve ser considerado, para fins de classificação, o fluido que
apresentar maior risco aos trabalhadores e às instalações, considerando-se sua toxicidade,
inflamabilidade e concentração.

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

NR-13 CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, TUBULAÇÕES E TANQUES METÁLICOS DE


ARMAZENAMENTO

13.5.1.3 Todo vaso de pressão deve ter afixado em seu corpo, em local de fácil acesso e
bem visível, placa de identificação indelével com, no mínimo, as seguintes informações:
a) fabricante;
b) número de identificação;
c) ano de fabricação;
d) pressão máxima de trabalho admissível;
e) código de projeto e ano de edição.

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

NR-13 CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, TUBULAÇÕES E TANQUES METÁLICOS DE ARMAZENAMENTO

13.5.1.5 Todo vaso de pressão deve possuir, no estabelecimento onde estiver instalado, a seguinte
documentação devidamente atualizada:
a) prontuário do vaso de pressão, fornecido pelo fabricante, contendo as seguintes informações:

• I - código de construção e ano de edição;


• II - especificação dos materiais;
• III - procedimentos utilizados na fabricação, montagem e inspeção final;
• IV - metodologia para estabelecimento da PMTA;
• V - conjunto de desenhos e demais dados necessários ao monitoramento da sua vida útil;
• VI - pressão máxima de operação;
• VII - registros da execução do teste hidrostático de fabricação;
• VIII - características funcionais;
• IX - dados dos dispositivos de segurança;
• X - ano de fabricação; e
• XI - categoria do vaso;

117

Especificação e Projeto
Equipamentos (estáticos) de processo

NR-13 CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, TUBULAÇÕES E TANQUES METÁLICOS DE ARMAZENAMENTO

13.5.2 Instalação de vasos de pressão.


13.5.2.1 Todo vaso de pressão deve ser instalado de modo que todos os drenos, respiros, bocas de
visita e indicadores de nível, pressão e temperatura, quando existentes, sejam facilmente acessíveis.
13.5.2.2 Quando os vasos de pressão forem instalados em ambientes fechados, a instalação deve
satisfazer os seguintes requisitos: a) pelo menos duas saídas amplas, permanentemente desobstruídas,
sinalizadas e dispostas em direções distintas; b) acesso fácil e seguro para as atividades de
manutenção, operação e inspeção, sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter
dimensões que impeçam a queda de pessoas; c) ventilação permanente com entradas de ar que não
possam ser bloqueadas; d) iluminação nos termos da legislação vigente; e e) sistema de iluminação de
emergência, exceto para vasos de pressão móveis que não exijam a presença de um operador para seu
funcionamento.
13.5.2.3 Quando o vaso de pressão for instalado em ambiente aberto, a instalação deve satisfazer as
alíneas “a”, “b”, “d” e “e” do subitem 13.5.2.2

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09/03/2023

Tubulações industriais

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Especificação e Projeto
Tubulações industriais

Tubulação são os elementos físicos (formado por tubos, acessórios, instrumentos e válvulas),
utilizados para ligação entre os equipamentos de processo (vasos de pressão, reatores, tanques,
bombas, trocadores de calor, etc.), por onde circulam os fluidos (líquidos, gases, vapores, etc.) em
unidades de processo ou de utilidades.

Assim como nos equipamentos estáticos, as variáveis destes processos, como temperatura, pressão
e vazão, acrescentam aos produtos energias de vários tipos que, em caso de perda do domínio do
processo causarão a exposição das pessoas ou do meio ambiente a um risco considerável.

Cabe destacar o fato de que a equipe de projeto de processo considera a tubulação como sendo um
elemento hidráulico, destinado a escoar ou transportar fluidos, enquanto a equipe de projeto mecânico
considera a tubulação como sendo um elemento estrutural, sujeito a diversas cargas, e transmitindo
outras tantas aos suportes, equipamentos e fundações.

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Tubulações industriais

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Especificação e Projeto
Tubulações industriais

Podemos dizer que para cada tubulação, o resultado do projeto consiste em atingir-se, de uma
forma geral, os seguintes objetivos:
1. Conduzir uma determinada vazão de fluido, entre dois pontos, com uma perda de
carga aceitável;
2. Conseguir um traçado e detalhamento tais que garantam uma flexibilidade suficiente,
de forma que, em qualquer condição de operação, as forças e momentos transmitidos
aos pontos fixos, bem como as tensões internas na tubulação, estejam dentro dos
limites admissíveis;
3. Garantir uma operação segura e confiável, dentro da vida útil esperada;
4. Permitir que todos os trabalhos previsíveis de construção, montagem e manutenção possam
ser feitos com o máximo de facilidade e segurança;
5. Resultar no menor custo de construção, de operação e de manutenção.

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09/03/2023

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Especificação e Projeto
Tubulações industriais

Normas aplicáveis ao projeto de tubulações


 ASME B31.1 – Power Piping: piping typically found in electric power generating stations, in industrial and institutional

plants, geothermal heating systems, and central and district heating and cooling systems

 ASME B31.3 – Process Piping

 ASME B16.5 -Pipe Flanges and Flanged Fittings NPS 1/2 Through NPS 24

 ASME B16.34 -Valves - Flanged, Threaded, and Welding End;

 ASME B16.47 -Large Diameter Steel Flanges NPS 26 Through NPS 60;

 EN 1092_1 - Flanges and their joints – Circular flanges for pipes, valves, fittings and accessories, PN designated

 ASTM

 Etc.

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Tubulações industriais

O Projeto de Tubulações engloba:

1. Engenharia de Processo:

 Cálculo dos diâmetros (depende do traçado devido à perda de carga dos acidentes. Neste caso a
tubulação é tratada como um elemento hidráulico).

2. Engenharia de Tubulações (A tubulação é tratada como elemento mecânico estrutural)

 Cálculo da espessura de parede (independe do traçado);


 Espessuras de isolamento (independe do traçado);
 Vãos máximos entre suportes (independe do traçado);
 Análise de flexibilidade (depende do traçado);
 Cálculo de pesos e reações nos suportes (depende do traçado).

125

Especificação e Projeto
Tubulações industriais

No projeto e na montagem, procura-se:

 Adotar vãos adequados;


 Posicionar válvulas e outras cargas próximas aos suportes;
 Limitar as sobrecargas;
 Prover flexibilidade adequada;
 Guiar e contraventar para manter alinhamento;
 Absorver vibrações por meio de suportes adequados (braçadeiras com elastômero, amortecedores etc);
 Verificar os esforços de atrito ou minimizar seus efeitos adotando suportes deslizantes com teflon (p.
ex.) ou de roletes;
 Minimizar tensões resultantes da montagem;
 Projetar e construir fundações adequadas.

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Tubulações industriais

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Especificação e Projeto
Tubulações industriais

Um bom projeto compreende basicamente:

 Calcular a espessura pelo par PxT mais crítico;

 Elaborar traçado obedecendo a boa técnica;

 Determinar vãos máximos entre suportes para evitar tensões e deflexões elevadas;

 Analisar as tensões primárias;

 Analisar as tensões térmicas (secundárias);

 Verificar esforços nos bocais;

 Suportar adequadamente para evitar vibração excessiva;

 Minimizar, em linhas isoladas, a ocorrência do CUI.

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Tubulações industriais

Documentação de um projeto de tubulações


Um projeto de tubulações compõe-se, no caso mais geral, dos documentos abaixo relacionados, sendo
que, em alguns casos especiais, poderão ser necessários outros documentos.

 Fluxogramas (PFD / P&ID)  Plano de inspeção e testes


 Lista de linhas de Processo / Tubulações  Desenhos ou diagramas de cargas
 Plantas de tubulações  Especificação geral de tubulação
 Desenhos isométricos  Especificações de tubulação
 Desenho de detalhes de tubulações  Especificações de material de tubulação
 Desenhos de suportes de tubulações  Listas de materiais de tubulação
 Plantas de locação dos suportes  Listas de suportes
 Especificação de isolamento térmico  Memórias de cálculos
(Atenção para o CUI)

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Especificação e Projeto
Tubulações industriais

Exemplos de documentos de um projeto de tubulações


 Fluxogramas (PFD / P&ID)
 Lista de linhas de Processo / Tubulações
 Especificação geral de tubulação
 Especificações de tubulação
 Plantas de tubulações
 Desenhos isométricos
 Desenho de detalhes de tubulações
 Plantas de locação dos suportes
 Especificações de material de tubulação
 Listas de materiais de tubulação

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Tubulações industriais

Fatores de influência no projeto / seleção de materiais

Condições de serviço – Temperatura e pressão de trabalho. (Consideradas as condições extremas,


mesmo que sejam condições transitórias ou eventuais).

Fluido conduzido – Natureza e concentração do fluido Impurezas ou contaminantes; pH;


Velocidade; Toxicidade; etc.

Nota: Atentar para a categoria do fluido conforme ASME B31.3 item 300.2 - Definition

Nível de tensões do material – O material deve ter resistência mecânica compatível com a ordem
de grandeza dos esforços presentes. ( pressão do fluido, pesos, ação do vento, reações de
dilatações térmicas, sobrecargas, esforços de montagem etc.

Natureza dos esforços mecânicos – Tração; Compressão; Flexão; Esforços estáticos ou


dinâmicos; Choque s; Vibrações; Esforços cíclicos etc.

131

Especificação e Projeto
Tubulações industriais

Tensões admissíveis

 Dependem da Norma, natureza dos carregamentos, exigências de fabricação, montagem e inspeção;


 Os códigos de projeto estabelecem limites máximos para as tensões atuantes (tensões máximas
admissíveis);
 O código ASME B31.3 estabelece os critérios para determinação das tensões admissíveis para os
diversos grupos de materiais no parágrafo 302.3.2, Basis for Design Stresses;
 Os valores de tensões admissíveis estão estabelecidos na tabela A-1 do anexo A do código ASME
B31.3;
 • São função da temperatura até o limite de cada material;
 • São usadas para tração, compressão e flexão de cargas primárias.

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09/03/2023

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Especificação e Projeto
Tubulações industriais

Cálculo da espessura de um tubo conforme ASME B31.3

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Tubulações industriais

Cálculo da espessura de um tubo conforme ASME B31.3

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Especificação e Projeto
Tubulações industriais

Cálculo do vão máximo entre suportes

Peso próprio + Sobrecarga

Cargas que devem ser consideradas

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Tubulações industriais

Cálculo do vão máximo entre suportes


As cargas abaixo devem ser consideradas nesse cálculo:
a) carga distribuída (Q); soma das seguintes cargas:
 peso próprio da tubulação com todos os seus acessórios;
 peso do fluido contido ou peso da água (o que for maior) ;
 peso do isolamento térmico ou de algum outro revestimento interno ou externo ou do sistema de
aquecimento;
 peso de outras tubulações paralelas de pequeno diâmetro, eventualmente suportado pelo tubo.

b) cargas concentradas; soma das seguintes cargas:


sobrecarga adicional (W);
peso somado de válvulas, outros acessórios de tubulação, de derivações não suportadas ou outros, tubos
apoiados existentes no trecho considerado (Q); a sobrecarga adicional de W = 1000 N, aplicada no meio
do vão, deve ser considerada obrigatoriamente em todas as tubulações de aço.

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Especificação e Projeto
Tubulações industriais

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Tubulações industriais

Análise de Flexibilidade de Tubulações


Diferentemente do cálculo de espessuras, o cálculo de flexibilidade é uma verificação, não podendo ser
obtida diretamente;

A tubulação é analisada como estrutura hiperestática (pórtico) submetida a carga de pressão interna,
cargas externas concentradas e distribuídas, dilatação térmica e deslocamentos impostos.

O sistema de tubulação também transmite esforços aos suportes e pontos de fixação que devem ser
avaliados.

139

Especificação e Projeto
Tubulações industriais

Análise de Flexibilidade de Tubulações

 Δ corresponde a dilatação térmica do tubo aquecido até T1 e livre para dilatar;

 Caso a dilatação térmica seja contida ou impedida, no caso de fixação das extremidades do tubo,
surgirão tensões de compressão no tubo.

 A força correspondente será:

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Tubulações industriais

Análise de Flexibilidade de Tubulações

 E : Módulo de elasticidade do material


 Δ : Dilatação térmica linear = e.L, onde “e” é o coeficiente de expansão térmica linear absoluto
 F : Força axial
 A : Área da seção reta do tubo
 Onde K é o coeficiente de rigidez axial do tubo e seu inverso é o coeficiente de flexibilidade.
Ou seja: K = 1/FL

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Especificação e Projeto
Tubulações industriais

Análise de Flexibilidade de Tubulações

Meios de controle da dilatação térmica

 Prover a configuração de um arranjo flexível (flexibilidade própria);

 Utilizar elementos deformáveis em posições adequadas, de modo a absorver os movimentos


devidos à dilatação térmica (juntas de expansão);

 Pré-tensionamento (cold spring), introduzindo esforços a frio que compensem aqueles devidos à
dilatação térmica.

 Prover o sistema de tubulações de meios para absorver as dilatações através de deformações laterais,
ou seja, fazer uso da rigidez à flexão que é consideravelmente menor que a axial (gera tensões
menores e abaixo dos valores máximos admissíveis).

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Tubulações industriais

Análise de Flexibilidade de Tubulações - Alguns Traçados

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Especificação e Projeto
Tubulações industriais

Análise de Flexibilidade de Tubulações - Juntas de dilatação

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09/03/2023

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NR-13 CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, TUBULAÇÕES E


TANQUES METÁLICOS DE ARMAZENAMENTO

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Tubulações industriais

NR-13 CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, TUBULAÇÕES E TANQUES METÁLICOS DE ARMAZENAMENTO

13.1.1 Esta Norma Regulamentadora NR estabelece requisitos mínimos para gestão da integridade estrutural
de caldeiras a vapor, vasos de pressão, suas tubulações de interligação ...

13.6.1.1 As empresas que possuem tubulações e sistemas de tubulações enquadradas nesta NR devem
possuir um programa e um plano de inspeção que considere, no mínimo, as variáveis, condições e
premissas descritas abaixo:
a) os fluidos transportados;
b) a pressão de trabalho;
c) a temperatura de trabalho;
d) os mecanismos de danos previsíveis;
e) as consequências para os trabalhadores, instalações e meio ambiente trazidas por possíveis falhas das
tubulações.

13.6.1.2 As tubulações devem possuir dispositivos de segurança em conformidade com o respectivo código
de construção, observado, quanto à frequência de inspeção e teste, o prazo máximo previsto no item
13.6.2.2 desta NR..

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Especificação e Projeto
Tubulações industriais

NR-13 CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, TUBULAÇÕES E TANQUES METÁLICOS DE ARMAZENAMENTO

13.6.1.4 Todo estabelecimento que possua tubulações deve ter a seguinte documentação
devidamente atualizada:
a) especificações aplicáveis às tubulações ou sistemas, necessárias ao planejamento e à
execução da inspeção;
b) fluxograma de engenharia com a identificação da linha e dos seus acessórios;
c) projeto de alteração ou reparo;
d) relatórios de inspeção de segurança; e
e) certificados de inspeção e teste dos dispositivos de segurança, se aplicável.

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09/03/2023

Materiais para equipamentos de processo / tubulações

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Especificação e Projeto
Materiais para equipamentos de processo / tubulações

Os materiais estruturais têm como funções primárias viabilizar a construção de equipamentos e


tubulações e possibilitar que estes tenham funções de suportar as condições operacionais:
Pressão / Temperatura / Cargas externas

Existe uma vasta gama de materiais que podem ser usados para a construção de equipamentos de
processo, os quais podem ser divididos basicamente em 3 grandes grupos: metais ferrosos, metais não
ferrosos e materiais não metálicos.
Os materiais utilizados, com maior frequência, na indústria de processo são:
 Aço carbono
 Aço liga
 Aços inoxidáveis
 Níquel e suas ligas
 Alumínio
 Titânio

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Especificação e Projeto
Materiais para equipamentos de processo / tubulações

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Especificação e Projeto
Materiais para equipamentos de processo / tubulações

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Especificação e Projeto
Materiais para equipamentos de processo / tubulações

Aços carbonos
Os aços-carbono são os materiais, de uso geral, mais utilizados nas diversas indústrias que
empregam e produzem equipamentos de processo e tubulações, assim como, componentes
estruturais. O carbono entra com proporções que variam, na maioria das vezes, de 0,08 a até 0,25%,
existindo, também, outros elementos.
• Impurezas (em função do seu teor) : P / S / Si / Mn.
• Melhoram as propriedades mecânicas (em função do seu teor): Si / Mn / Ni / Mo / Al / Cu / V

Existem diversos tipos de aço carbono sendo distinguidos pelas suas características e aplicabilidade:

• aços de baixo carbono (até 0,20 % C, até 0,90% Mn, até 0,1% Si em alguns aços);
• aços de médio carbono para temperaturas elevadas (até 0,35 % C, até 1% Mn, até 0,1% Si
em alguns aços);
• aços para baixa temperatura (aprox. 0,23% C, até 1,2% Mn, acalmado em Al ou Si);
• aços carbono de alta resistência;
• aços de qualidade estrutural, destinados primordialmente à construção de estruturas metálicas.

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Especificação e Projeto
Materiais para equipamentos de processo / tubulações

Características dos aços-carbono

• Facilmente encontrados apresentando baixo custo, quando comparados com outros


materiais
• Apresentam-se sob a forma de chapas finas, grossas, fios, arames, tubos e perfis,
entre outras.
• Possuem alta soldabilidade e facilidade de conformação e usinagem.
• Possuem resistência mecânica variando com o processo de obtenção, com o teor de
carbono, com as pequenas adições de elementos de ligas e com os tratamentos
térmicos.
• Possuem módulo de elasticidade alto, na faixa de 200 GPa – Boa resistência
mecânica.
• As tensões residuais causadas por soldagens e processos de fabricação podem ser
aliviadas por tratamentos térmicos...

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Especificação e Projeto
Materiais para equipamentos de processo / tubulações

• Menor resistência à corrosão, na maioria das aplicações, quando comparados aos aços inoxidáveis.
• Têm uma faixa de aplicações sob altas e baixas temperaturas mais restrita que os aços ligas e
inoxidáveis. Faixa de trabalho para comportamento estrutural adequado está entre - 45 °C e 300 °C.

Exemplos de aços-carbono

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Especificação e Projeto
Materiais para equipamentos de processo / tubulações

Aços liga
Os aços-ligas contam com adições deliberadas de elementos tais como o Mn, Si, Cr, Ni, Mo, V, Ti, Al,
Cu, entre outros, para garantir propriedades específicas tais como: capacidade de trabalho a mais altas
ou a mais baixas temperaturas e resistência ao ataque causado pelo meio ou fluido de processo.

Os aços-ligas (AL) podem ser de baixa (B), média (M) e alta liga (A). Nesta classificação se considera a
soma percentual em peso dos elementos de liga: ABL (teor<5%), AML (5<teor<10%), AAL (teor>10%).
Os aços inoxidáveis (AI) são aqueles que têm um teor mínimo de cromo igual 12% e serão
considerados a parte.

Nas indústrias que utilizam equipamentos de processos, tais como os vasos de pressão, os aços-ligas
são utilizados quando são necessárias construções soldadas associadas com exigências de maiores
resistências à fluência, à corrosão e condições de trabalho sob altas ou baixas temperaturas.

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Especificação e Projeto
Materiais para equipamentos de processo / tubulações

Aços liga
Os aços de baixa, média e alta liga mais utilizados nestas indústrias têm como elementos de
ligas o molibidênio, o cromo, o níquel e o manganês, que são adicionados de maneira isolada
ou combinada.

Características

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Especificação e Projeto
Materiais para equipamentos de processo / tubulações

Aços liga

Exemplos de aços liga

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Especificação e Projeto
Materiais para equipamentos de processo / tubulações

Aços inoxidáveis
Aços inoxidáveis são ligas de Fe-C-Cr com no mínimo de 10,5% de cromo, que possuem
elevada resistência à corrosão. Além do cromo podem ser adicionados outros elementos
químicos, a fim de melhorar determinadas propriedades do material.

Em geral, os aços inoxidáveis apresentam uma boa resistência à corrosão em meios oxidantes
(que facilitam a formação e a conservação dos filmes passivos). A resistência destes materiais à
corrosão é fraca em meios redutores (que não possibilitam a formação destes filmes ou os
destroem).

Dentre os tipos de aços inoxidáveis produzidos estão os aços inoxidáveis austeníticos,


ferríticos, martensíticos e duplex.

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Especificação e Projeto
Materiais para equipamentos de processo / tubulações

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Especificação e Projeto
Materiais para equipamentos de processo / tubulações

Aços inoxidáveis
 Os aços inoxidáveis austeníticos possuem além do cromo a adição de níquel (FeCrNi, não
magnéticos) , com excelente resistência à corrosão e propriedades mecânicas como elevada
ductilidade, boa soldabilidade, capacidade de ser conformado e tenacidade - Formam a Série 300.

 Os aços inoxidáveis ferríticos (FeCr – magnéticos, não temperáveis), possuem uma boa
resistência à corrosão e mecânica. Esses aços são magnéticos e suas propriedades mecânicas
mais marcantes são: maior dureza e reduzida capacidade de ser conformado e soldado, em
relação aos austeníticos. São mais utilizados para aplicações que não exigem que o material seja
soldado - Formam a Série 400.

 Os aços inoxidáveis martensíticos (FeCr – magnéticos, temperáveis) são fabricados e vendidos


pela indústria siderúrgica no estado recozido, com estrutura ferrítica, baixa dureza e boa
ductilidade.
Após um tratamento térmico de têmpera, terão uma estrutura martensítica sendo muito duros e
pouco dúcteis sendo, nestas condições (temperados), resistentes à corrosão - Formam a Série 400

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Especificação e Projeto
Materiais para equipamentos de processo / tubulações
Aços inoxidáveis

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Especificação e Projeto
Materiais para equipamentos de processo / tubulações

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Especificação e Projeto
Materiais para equipamentos de processo / tubulações

Aços inoxidáveis duplex (AID)

 Os aços inoxidáveis duplex (AID) apresentam duas fases convivendo simultaneamente


na sua microestrutura: austenita + ferrita ou austenita + martensita com percentagens no
entorno de 40 a 60 % de cada fase e adições de nitrogênio.

Os aços inoxidáveis duplex procuram combinar as boas características dos aços


austeníticos e ferríticos ou martensíticos, tais como boa resistência à corrosão, corrosão
sob tensão, tenacidade, resistência mecânica e boa soldabilidade apresentando, no
entanto, dificuldades para a especificação de tratamentos térmicos.

A vantagem dos duplex sobre os austeníticos e os ferríticos é a resistência mecânica e


uma maior resistência à corrosão por cloretos, CO2, H2S e sob tensão.

Os aços duplex são empregados em meios nos quais se exige principalmente resistência
à corrosão intergranular e à corrosão por pites.

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Especificação e Projeto
Materiais para equipamentos de processo / tubulações

Critérios para seleção de materiais


 Fluído (Vide NACE - National Association of Corrosion Engineers International)
 Temperatura
 Pressão
 Espessura final do equipamento

165

Especificação e Projeto
Materiais para equipamentos de processo / tubulações

Principais normas para especificação de materiais

 ASTM - American Society for Testing and Materials

 ASME - American Society of Mechanical Engineers

 DIN - Deutsches Institut Fur Normung / / Werkstoff

 SAE - Society of Automotive Engineers International

 AISI - American Iron and Steel Institute

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Dispositivos de segurança

167

Dispositivos de segurança

168

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Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Função
Proteger os equipamentos de processo e as tubulações contra as possíveis
sobrepressões / vácuo oriundos de um descontrole operacional.

Estes dispositivos de segurança devem evitar que a PMTA calculada para os


equipamentos de processo / tubulações seja ultrapassada.

São a ultima barreira preventiva de proteção.

 Válvula de alívio / Válvula de segurança

 Disco de ruptura

 Dispositivos de alívio de pressão e vácuo

169

Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Válvula de segurança / alívio


Razões para a instalação

Evitar que, durante a operação, a Pressão


Máxima de Trabalho Admissível PMTA,
considerados os requisitos do código de projeto,
seja ultrapassada.

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Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Válvula de alívio / Válvula de segurança

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Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Válvula de segurança (PSV) / alívio (PRV)


São dispositivos automáticos de alívio de pressão sendo obrigatórios em,
caldeiras , vasos de pressão e tubulações conforme apresentado na NR 13

As válvulas de segurança são utilizadas quando o fluido é compressível,


como gases e vapores e que proporcionam uma abertura rápida e
instantânea na pressão de ajuste (POP).

As válvulas de alívio são aplicadas em vasos de pressão ou tubulações que


armazenam ou transportam fluidos incompressíveis (líquidos). Estas
válvulas, internamente, são muito semelhantes às de segurança possuindo
um curso de abertura proporcional ao aumento da pressão do processo.

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Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Válvula de segurança / alívio


Componentes básicos

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Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Válvula de segurança / alívio

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Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança
Válvula de segurança / alívio

Convencional

Balanceada

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Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Válvula de segurança / alívio


Principio de operação
O princípio básico de operação das válvulas de segurança e/ou alívio é que nenhuma força
externa é necessária; elas são auto atuadas. A pressão do processo fornece a força
requerida para abrir a válvula. Desta forma o funcionamento das válvulas de segurança e/ou
alívio do tipo mola sob carga é baseado no equilíbrio de forças entre a pressão do processo
que atua no sentido ascendente (na área efetiva da vedação entre disco e bocal) e a força
descendente exercida pela mola.

176

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Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Válvula de segurança / alívio


Principio de operação

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Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Válvula de segurança / alívio


Principio de operação

178

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Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Válvula de segurança / alívio


Principio de operação

179

Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Válvula de segurança / alívio


Principio de operação

180

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Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Válvula de segurança / alívio


Especificação / Dimensionamento

A especificação / dimensionamento deve ser realizada com base nos seguintes documentos:

 NR 13
 ASME SEC I
 ASME SEC VIII Div 1 Seguir as
 API Std 521 orientações do
 API RP 520 fornecedor
 API Std. 526
 API Std. 527
 API Std. 2000

Vide FD anexa

181

Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Válvula de segurança / alívio


Dimensionamento conforme a API RP 520

182

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Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Válvula de segurança / alívio


Dimensionamento conforme a API RP 520

Vapor Líquidos
W (kg/h) e Q (L/min) são vazões

A = área do orifício

183

Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Válvula de segurança / alívio


Dimensionamento conforme a API RP 520

https://www.linkedin.com/posts/eng-julio-cesar-
lopes_seguranaexa-caldeira-integridade-activity-
6989552569161289730-
6C8K?utm_source=share&utm_medium=member_android

184

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Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Válvula de segurança / alívio


Causas para sobre pressão (conforme API Std 521 - Item 4.4)

185

Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Válvula de segurança / alívio


Causas para sobre pressão (conforme API Std 521 – Item 4.4)
 Saída bloqueada
 Falha de refrigeração ou refluxo (ex.: perda de refluxo em coluna)
 Falha de vazão de absorvente (geralmente gás não absorvido)
 Acúmulo de não condensáveis
 Entrada de material volátil no sistema
 Sobre enchimento
 Falha de controles automáticos
 Aquecimento ou entrada de vapor anormais
 Explosões internas ou surtos de transitórios de pressão
 Reação química
 Expansão hidráulica (aumento do volume líquido por aumento de temperatura)
 Fogo
 Falha na transferência de calor do equipamento
 Falha de utilidade (ex.: água de refrigeração; energia, gás inerte, etc.)
 Ausência de proteção de sobre pressão durante manutenção.

186

93
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Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Válvula de segurança / alívio


Definição da taxa de descarga / alivio
(Vide o API Std 521)

As taxas de descarga/alívio de líquidos ou vapores usadas como critérios de especificação dos


sistemas de proteção são estabelecidas pela energia líquida de entrada nos sistemas.
As duas formas, mais comuns, de entrada energia são:

 Entrada de calor, com elevação da pressão através de vaporização ou expansão


térmica;
 Entrada de pressão direta a partir de fontes de maior pressão.

?
187

Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Válvula de segurança / alívio

Instalação

Veja API RP 520 Part 2

188

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Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Válvula de segurança / alívio

Instalação

Veja API RP 520 Part 2

189

Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Válvula de segurança / alívio

Instalação

Veja API RP 520 Part 2

190

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Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Válvula de segurança / alívio

Instalação

Veja API RP 520 Part 2

191

Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Three-Way Changeover Valve – Shutle Type

192

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Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Disco de ruptura
O que são os Discos de Ruptura?
 São dispositivos de segurança contra sobrepressão que não retornam ao seu estado
original após uso .
 Utilizados como medida de segurança redundante ou na proteção de uma PVS (Fluidos
muito corrosivos / Reduzir manutenção (limpeza, calibração) .
 Dispositivos de segurança que não apresentam partes móveis.

193

Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Disco de ruptura
Como utilizar?

https://chemicalengineeringworld.com/rupture-disks-function/

194

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Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Disco de ruptura
Dimensionamento

1. Método do Coeficiente de descarga


 Conforme ISO 4126-7
 Conforme API RP 520 - Parte 1
2. Método da capacidade combinada (disco à montante da PSV)
 Conforme EN ISO 4126-3
3. Método da Resistência de Fluxo (Cálculo indireto da capacidade – Vide Crane Technical
Paper Nr. 410)
Nota: Veja https://www.craneco.com/
4. API RP 520

195

Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Disco de ruptura
Instalação

Veja API RP 520 Part 1 e Part 2

196

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Disco de ruptura
Instalação

Veja API RP 520 Part 1 e Part 2

197

Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Disco de ruptura
Instalação

198

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Disco de ruptura
Instalação

199

Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Disco de ruptura

200

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Dispositivos de alívio de pressão e vácuo


Tanques fechados contendo produtos líquidos, devem ter uma abertura através da qual a
pressão acumulada possa ser liberada, para que o mesmo não rompa.
Da mesma forma, o vácuo deve ser compensado quando o tanque é drenado, para que não
imploda.
Sobrepressões inadmissíveis e sobrepressões negativas (vácuo) poderão ocorrer, devido a
procedimentos de carga e descarga, processos de limpeza à vapor, inertização e efeitos
térmicos.

201

Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança
Dispositivos de alívio de pressão e vácuo
Principio de funcionamento
As válvulas de alívio de pressão e vácuo têm obturadores calibrados por peso ou por mola. Quando há excesso de
pressão no tanque, o obturador de pressão, guiado no corpo, é levantado, liberando assim o fluxo para a atmosfera
(figura 3a), até a pressão cair abaixo da pressão de ajuste. Em seguida, a válvula fecha novamente. O lado do vácuo
da válvula é firmemente vedado pela carga adicional da sobrepressão. Quando há vácuo no tanque, a sobrepressão
da atmosfera empurra / levanta o obturador de vácuo e o tanque é ventilado (figura 3b).

http://www.directindustry.com/pt/prod/protego-braunschweiger-flammenfilter-gmbh/product-16012-2048103.html

202

101
09/03/2023

Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Dispositivos de alívio de pressão e vácuo


Bases para o dimensionamento
Tanques de armazenamento e vasos ao ar livre estão expostos a condições climáticas, tais como
aquecimento e arrefecimento (o tanque deve ser capaz de “respirar”). Estas influências devem
ser consideradas adicionalmente às vazões de enchimento e esvaziamento e do suprimento de
gás inerte. Elas podem ser calculadas com boa aproximação. A pressão de abertura da válvula
não deve exceder a pressão máxima de trabalho admissível do tanque.

Normas aplicáveis ao dimensionamento.

 EN ISO 28300 - Petroleum, petrochemical and natural gas industries -Venting of atmospheric and low-
pressure storage tanks

 TRbF 20 Technische Regeln für brennbare Flüssigkeiten

 API STD 2000 - Venting Atmospheric and LowPressure Storage Tanks, Nonrefrigerated and Refrigerated

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Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Dispositivos de alívio de pressão e vácuo


Atenção
Os documentos, relacionados a seguir, mencionam a necessidade da instalação destes
dispositivos:

 NR 20 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E


COMBUSTÍVEIS

 RESOLUÇÃO ANP Nº 52, DE 2.12.2015 - DOU 3.12.2015

 ABNT NBR 17505 - Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis

204

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Dispositivos de alívio de pressão e vácuo

https://www.linkedin.com/po
sts/activity-
6949648399453335552-
Atenção npEk?utm_source=linkedin_
share&utm_medium=androi
d_app

205

Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Dispositivos de alívio de pressão e vácuo

“Nesta sexta-feira, 3 de fevereiro, um tanque de


armazenamento da REDUC sofreu grande deformação
aparentemente provocada por uma implosão decorrente da
formação de vácuo em seu interior. O acidente aconteceu
no TQ-515, que armazenava asfalto com temperatura de
até 140°C, durante uma forte chuva que atingiu a Refinaria
e ocasionou grave comprometimento do equipamento, com
Atenção perda de contenção de produto vazado, mas contido pelo
dique. Não houve relatos sobre feridos até o momento.”

Origem: https://sindipetrocaxias.org.br/grave-ocorrencia-de-seguranca-de-processo-na-reduc-2 / -
Acesso em 09/02/2023.

206

103
09/03/2023

NR-13 CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, TUBULAÇÕES E


TANQUES METÁLICOS DE ARMAZENAMENTO

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Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança
NR-13 CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, TUBULAÇÕES E TANQUES METÁLICOS DE ARMAZENAMENTO

13.4.1.2 As caldeiras devem ser dotadas dos seguintes itens:


a) válvula de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou inferior à Pressão Máxima de Trabalho
Admissível - PMTA, respeitados os requisitos do código de construção relativos a aberturas escalonadas e
tolerâncias de pressão de ajuste.
13.5.1.2 Os vasos de pressão devem ser dotados dos seguintes itens:
a) válvula de segurança ou outro dispositivo de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou
inferior à PMTA, instalado diretamente no vaso ou no sistema que o inclui, considerados os requisitos do código de
construção relativos a aberturas escalonadas e tolerâncias de pressão de ajuste.
13.5.1.2.1 Os sistemas intrinsicamente protegidos, concebidos e mantidos em conformidade com o respectivo
código de construção, podem prescindir do disposto no subitem 13.5.1.2, alínea “a” ou “b”, mediante parecer
técnico emitido por PLH.
13.6.1.2 As tubulações devem possuir dispositivos de segurança em conformidade com o respectivo código de
construção, observado, quanto à frequência de inspeção e teste, o prazo máximo previsto no item 13.6.2.2 desta NR.
13.7.2.1 Os tanques devem possuir dispositivos de segurança contra sobrepressão e vácuo, conforme os critérios
do código de construção utilizado, ou em atendimento às recomendações de estudo de análises de cenários de
falhas.
Vide demais requisitos na NR 13

208

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09/03/2023

Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

NR-13 CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, TUBULAÇÕES E TANQUES METÁLICOS DE ARMAZENAMENTO

13.3.1 As seguintes situações constituem condição de grave e iminente risco:


a) operação de equipamentos abrangidos por esta NR sem os dispositivos de segurança previstos nos subitens
13.4.1.2 “a”, 13.5.1.2 “a”, 13.6.1.2 e 13.7.2.1;
b) atraso na inspeção de segurança periódica de caldeiras;
c) ausência ou bloqueio de dispositivos de segurança, sem a devida justificativa técnica, baseada em códigos,
normas ou procedimentos formais de operação do equipamento;
d) ausência ou indisponibilidade operacional de dispositivo de controle do nível de água
na caldeira;
e) operação de equipamento enquadrado nesta NR, cujo relatório de inspeção ateste a
sua inaptidão operacional; ou
f) operação de caldeira em desacordo com o disposto no item 13.4.3.3 desta NR.

28.2 EMBARGO OU INTERDIÇÃO.


28.2.1 Quando o agente da inspeção do trabalho constatar situação de grave e iminente risco à saúde e/ou integridade física do
trabalhador, com base em critérios técnicos, deverá propor de imediato à autoridade regional competente a interdição do
estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou o embargo parcial ou total da obra, determinando as medidas
que deverão ser adotadas para a correção das situações de risco. (Alterado pela Portaria n.º 7, de 05 de outubro de 1992).

209

Especificação e Projeto
Dispositivos de segurança

Teste de acumulação de uma válvula de segurança de caldeira

https://www.youtube.com/watch?v=F0QGNmNnot0

210

105
09/03/2023

Integridade de Equipamentos

Obrigado!

FIM

1/3

211

106

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