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Fernanda Sousa
Danilo Neves
RESUMO
Introdução: Este estudo demonstra o Acordo de Não Persecução Penal como um
instrumento que visa contribuir para a resolução de conflitos penais, pois é considerado
uma solução alternativa para crimes de menor potencial ofensivo. Objetivos: Objetiva-se,
primordialmente, demonstrar o ANPP como um importante método alternativo na
resolução dos litígios penais. Métodos: A partir de uma metodologia de revisão
bibliográfica, a pesquisa baseia-se em referenciais teóricos que abordam a temática
analisada, utilizando-se também uma abordagem de cunho estatístico, destacando os
resultados obtidos pelas pesquisas realizadas pelo MPF. Resultados: Foi observado que
o ANPP vem se tornando um instrumento pré-processual cada vez mais utilizado no
sistema penal brasileiro, tendo em vista tratar-se de uma ferramenta célere capaz de
resolver os crimes de menor potencial. Conclusão: O ANPP é um instrumento eficiente
que acelera de forma eficiente a resolução dos conflitos penais, bem como assessora o
judiciário brasileiro de forma satisfatória nas demandas excessivos de processos penais.
ABSTRACT
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INTRODUÇÃO
Por essa razão, atualmente o ANPP é previsto no art. 28-A do Código de Processo
Penal (CPP) sendo inserido no ordenamento jurídico processual penal pelas alterações
introduzidas a partir da Lei 13.964/2019 (Pacote Anticrime), que entrou em vigor em 23
de janeiro de 2020. (BRASIL, 2019).
Noutro giro, é sabido que o ANPP faz parte do sistema que comumente
conhecido como justiça consensual negociada, o qual trata-se de um acordo, celebrado
entre as partes presentes no processo penal (MP e acusado), com o objetivo que não
haja a denúncia acusatória, desde que o réu se enquadre nos requisitos do acordo e
cumpra as medidas impostas a ele, com a finalidade de gerar a extinção da punibilidade.
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MÉTODOS
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RESULTADOS
De acordo com o art. 28-A do CPP, o ANPP possui como principais requisitos o
fato de o delito investigado não se tratar de caso de arquivamento; infração penal
cometida sem violência ou grave ameaça; infração com pena mínima inferior a 4 (quatro)
anos; confissão, formal e circunstanciada, da prática da infração penal pelo investigado
ao Ministério Público, na oportunidade do ANPP (ou durante as investigações); acordo
mostra-se necessário e suficiente para a reprovação e prevenção do crime, no caso
concreto. (BRASIL, 1941)
Mais 2 laudas
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10
DISCUSSÃO
Ademais, apesar da previsão e aplicação do ANPP com fundamento nos referidos artigos
e leis, houve inúmeras críticas acerca da constitucionalidade do instituto, principalmente no que diz
respeito a ser competência privativa da União legislar sobre direito processual penal, conforme
prevê a Constituição Federal (art. 22, I) (BRASIL, 1988). Desse modo, o CNMP estaria legislando
sobre matéria processual penal com a edição da Resolução 181 de 07 de agosto de 2017, sendo,
portanto, o ANPP previsto no art. 18 da referida resolução, inconstitucional. (BRASIL, 2017)
de acordo com a Constituição Federal (art. 22, I) compete à União, legislar sobre
direito processual. É evidente que o art. 18 da Resolução n. 181 do CNMP versa
sobre matéria processual, porquanto introduz no ordenamento verdadeira exceção
ao princípio da obrigatoriedade. Se trata de matéria atinente à ação penal, tal
matéria jamais poderia ser objeto de criação por uma Resolução do Conselho
Nacional do Ministério Público, órgão de natureza administrativa.
Processo Penal, o que se deu a partir da edição da lei 13.964/19 (Pacote anticrime).
(BRASIL, 2019)
Noutro giro, vê-se que o Ministério Público, por sua vez, só verá a necessidade de
propor a ANPP se vislumbrar uma vantagem político-criminal para a persecução penal,
segundo explica Rodrigo Leite Ferreira Cabral:
Mais 2 laudas
CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
CUNHA, Rogério Sanches. Manual de Direito Penal: Parte especial (arts. 121 ao
361). 8. ed. Salvador: JusPodium, 2016. 94
BIZZOTO, A.; SILVA, D. F. da. Acordo de não persecução penal. 1. ed. Belo
Horizonte: Dialética Editora, 2020
MASI, Carlo Velho. O acordo de não persecução penal como ferramenta político
criminal de despenalização dos crimes de médio potencial ofensivo. Revista da
Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, ano 11, n. 26, p.
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AVENA, Norberto. Processo penal – 14. ed., rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro:
Método, 2022.
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Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm.
Acesso em: 24 de abril de 2023.
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em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm. Acesso
em: 24 de abril de 2023. BRASIL.
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Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm.
Acesso em: 24 de abril de 2023.
BARROS, Francisco Dirceu Barros; ROMANIUC, Jefson. Constitucionalidade do
acordo de não-persecução penal. 2017. Disponível em:
https://franciscodirceubarros.jusbrasil.com.br/artigos/498143964/constitucionalidade-
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