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Outra hipótese muito utilizada para simplificar ainda mais a análise é a de que o ar
tem calores específicos constantes, cujos valores são determinados à temperatura
ambiente (25 °C ou 77 °F).
Quando essa hipótese é utilizada, as hipóteses do padrão a ar são chamadas de
hipóteses do padrão a ar frio. Um ciclo ao qual se aplicam as hipóteses do padrão a
ar frequentemente é chamado de ciclo padrão a ar.
As hipóteses do padrão a ar anteriormente enunciadas permitem uma simplificação
considerável da análise sem desviá-la significativamente dos ciclos reais. Esse
modelo simplificado permite estudar qualitativamente a influência dos principais
parâmetros sobre o desempenho das máquinas reais.
VARIAÇÃO DE ENTROPIA EM UM GÁS IDEAL
2. Equação analítica de Cp0 em função da temperatura, como aquelas indicadas na Tabela A.6
Um processo isentrópico é
um caso particular de um
processo politrópico em que
o expoente é 𝑛 = 𝑘.
Calores específicos variáveis (análise exata)
0 0
𝑃2 0 0
𝑃2
0 = (𝑠𝑇2 −𝑠𝑇1 ) − 𝑅 ln 𝑠𝑇2 = 𝑠𝑇1 + 𝑅 ln
𝑃1 𝑃1
0
𝑠𝑇2 0
𝑠𝑇2
0 0
𝑃2 𝑠𝑇2 −𝑠𝑇1 𝑃2 𝑒𝑅 𝑃𝑟2 = 𝑒𝑅
=𝑒 𝑅 = 𝑃2 𝑃𝑟2
𝑃1 𝑃1 0
𝑠𝑇1 0 = 𝑃𝑟 : pressão relativa
𝑒 𝑅
𝑠𝑇1 𝑃1 𝑠=𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡.
𝑃𝑟1
𝑃𝑟1 = 𝑒𝑅
Para um valor fixo para a temperatura na entrada da turbina (T3), o trabalho líquido por ciclo aumenta com a razão de
pressão, atinge um máximo e, em seguida, começa a diminuir. Assim, deve haver um compromisso entre a razão de pressão
(e consequentemente a eficiência térmica) e o trabalho líquido produzido. Com um menor trabalho realizado por ciclo, um
maior fluxo de massa (portanto, um sistema maior) é necessário para manter a mesma potência, o que pode não ser
econômico. Na maioria dos projetos, a razão de pressão das turbinas a gás varia de cerca de 11 até 16.
𝑝2
𝑟𝑝 =
𝑝1
𝑝2
𝑟𝑝 =
𝑝1
Nas usinas de turbina a gás, a razão entre o trabalho do
compressor e o da turbina, chamada de razão de consumo de
trabalho, é muito alta.
Em geral, mais da metade do trabalho produzido na turbina é
usada para acionar o compressor.
A situação é ainda menos favorável quando as eficiências
isentrópicas do compressor e da turbina são baixas. Esse fato
contrasta com as usinas a vapor, nas quais a razão do consumo
de trabalho é de apenas alguns pontos percentuais. Isso,
porém, não é nenhuma surpresa, pois em usinas a vapor um
líquido é comprimido em vez de um gás, e o trabalho no
escoamento em regime permanente é proporcional ao volume
específico do fluido de trabalho.
Uma usina com alta razão de consumo de trabalho exige uma
turbina maior para fornecer os requisitos adicionais de energia
do compressor. Assim, as turbinas utilizadas nas usinas de
turbina a gás são maiores do que aquelas usadas nas usinas a
vapor com a mesma produção líquida de potência
O ar entra no compressor de um ciclo padrão a ar Brayton (fechado), a 0,1 MPa e 15 °C. A
pressão na seção de descarga do compressor é de 1,0 MPa e a temperatura máxima no
ciclo é 1 100 °C. Determine:
1. A pressão e a temperatura em cada ponto do ciclo.
2. O trabalho no compressor, o trabalho na turbina e o rendimento do ciclo.
Admitiremos, para cada um dos volumes de controle analisado, que o ar se comporte como gás ideal,
que o ar apresente calor específico constante (avaliado a 300 K), que cada processo ocorra em regime
permanente e que as variações de energia cinética e potencial nos processos sejam desprezíveis.
Uma usina a turbina a gás que opera em um
ciclo Brayton ideal tem razão de pressão de 8. A
temperatura do gás é de 300 K na entrada do
compressor e 1.300 K na entrada da turbina.
Utilizando as hipóteses do padrão a ar,
determine
(a) a temperatura do gás nas saídas do
compressor e da turbina,
(b) a razão de consumo de trabalho e
(c) a eficiência térmica.
A variação de calores específicos com a temperatura deve ser considerada
(a) As temperaturas do ar nas saídas do
compressor e da turbina são determinadas pelas
relações isentrópicas: Processo 1-2 (compressão
isentrópica de um gás ideal):
Diferenças entre ciclos de turbinas a gás reais e idealizados