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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre

Contabilidade Geral 1

Contabilidade Geral I
Licenciaturas em Gestão, Economia, Finanças e MAEG

2º Semestre – 2022/2023

1ª AULA
Introdução à contabilidade
Contabilidade financeira e normativo

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Ligação entre a atividade empresarial e a
contabilidade
Fluxo Real Fluxo Monetário
(recursos) (recebimento)

Processo de
transformação
Fornecedores de (consumo de
Clientes
Recursos recursos para
produzir o
output)

Fluxo Monetário Fluxo Real


(pagamento) (mercadorias, produtos, serviços)

Informação
Financeira

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O que é a contabilidade?

 Contabilidade: Sistema de recolha, processamento e relato ou reporte de


informação financeira sobre a empresa.

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Utilizadores da contabilidade

Contabilidade

Contabilidade analítica ou de
Contabilidade geral ou financeira
gestão

Utilizadores externos: Utilizadores internos:

Investidores e Mutuantes, Administradores/Gerentes e Diretores


Fornecedores e outros credores,
Clientes, Concorrentes, Estado, Público
em Geral

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Principais diferenças entre a contabilidade
financeira e a contabilidade de gestão
Contabilidade geral/financeira Contabilidade analítica/de gestão

Obrigatoriedade
É imposta por lei, servindo de suporte ao processo de A lei não obriga à sua existência; são os imperativos de
prestação de contas. gestão que a justificam e justificam o seu desenvolvimento.

Periodicidade
As demonstrações financeiras são publicadas anualmente, Relatórios internos, sendo a frequência de emissão e
havendo situações de exigência semestral e trimestral divulgação definida pela administração da empresa.
(empresas com valores mobiliários cotados em bolsa).

Normalização
Está sujeita à normalização nacional (SNC) ou internacional Não há sujeição a qualquer normalização quer nacional
(IAS/IFRS) quer internacional; no âmbito dos grupos de empresas e
designadamente daquelas cuja actividade está dispersa
geograficamente existe alguma normalização.

Natureza dos dados evidenciados


Os dados evidenciados são geralmente objetivos e Os dados evidenciados apresentam um cunho que em
verificáveis. regra é subjetivo.

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Contabilidade geral ou financeira –
Normalização contabilística

 Internacionalmente → International Accounting Standards Board (IASB) emite as


normas internacionais de contabilidade (IAS/IFRS)

 União Europeia → decide as normas internacionais de contabilidade que


“endossa” e que as empresas cotadas têm de utilizar no relato financeiro

 Portugal → Comissão de Normalização Contabilística emite as normas nacionais


de contabilidade (NCRF)

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Contabilidade geral ou financeira –
Normativo nacional (SNC)

 Comissão de Normalização Contabilística (CNC) elabora e divulga o normativo a


seguir, nomeadamente:
 Estrutura conceptual
 Modelos de demonstrações financeiras
 Códigos de contas
 Normas contabilísticas e de relato financeiro (NCRF)
 Normas interpretativas (NI)
 Norma contabilística e de relato financeiro para pequenas entidades (NCRF-PE)
 Norma contabilística para microentidades (NCRF-ME)
 Normalização contabilística para entidades do setor não lucrativo (NCRF – ESNL)

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Aplicação do referencial contabilístico

 Contas consolidadas de grupos cotados e contas de empresas individuais cotadas:


desde 1 de janeiro de 2005 têm de aplicar obrigatoriamente as Normas Internacionais
de Contabilidade (IAS/IFRS), tal como adotadas na União Europeia

 Todas as outras empresas que não sejam PE, ME, ESNL ou outras situações
especiais (ex: empresas do setor financeiro) podem optar entre as NCRF e as
IAS/IFRS

 As pequenas entidades (PE) podem optar entre as NCRF e as NCRF-PE

 As microentidades (ME) podem optar entre as NCRF, as NCRF-PE e as NCRF-ME

2ª AULA
Estrutura Conceptual
Conceito de património e factos patrimoniais

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Estrutura Conceptual SNC

Aborda os seguintes aspetos:

 Objetivo das demonstrações financeiras

 Pressupostos subjacentes

 Características qualitativas das demonstrações financeiras

 Elementos das demonstrações financeiras (definição, reconhecimento e


mensuração)

 Conceitos de capital e manutenção de capital

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Estrutura Conceptual SNC - Objetivo das
demonstrações financeiras

 Fornecer informação sobre a posição financeira, desempenho financeiro e


alterações da posição financeira úteis para a tomada de decisões económicas.

Demonstração
Demonstração
de Fluxos de
dos Resultados
Caixa
NCRF 1
Balanço e
Demonstração NCRF 2
das Alterações
Anexo
no Capital
Próprio

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Estrutura Conceptual SNC – Pressupostos
subjacentes

Regime de Os efeitos das transações e outros acontecimentos


Acréscimo são reconhecidos e relatados no período em que
(periodização ocorrem independentemente da ocorrência de um
económica) fluxo de caixa (pagamento ou recebimento)

A entidade continuará a operar no futuro previsível e


Continuidade não tem nem a intenção nem a necessidade de
liquidar ou reduzir materialmente a sua atividade

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Estrutura Conceptual SNC – Características
qualitativas das demonstrações financeiras

 Quatro principais características:

 Compreensibilidade

 Relevância

 Fiabilidade

 Comparabilidade

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Estrutura Conceptual SNC – Características
qualitativas das demonstrações financeiras

A informação é percebida pelos


utilizadores com um razoável
Compreensibilidade conhecimento da atividade da empresa e
da contabilidade

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Estrutura Conceptual SNC – Características
qualitativas das demonstrações financeiras

A informação é relevante quando é


Relevância passível de influenciar a tomada de
decisão dos utilizadores

A informação é material quando a sua


Materialidade omissão ou inexatidão influenciarem as
decisões económicas dos utentes

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Estrutura Conceptual SNC – Características
qualitativas das demonstrações financeiras

A informação é isenta de erros materiais e


Fiabilidade
preconceitos

Representação Substância
Neutralidade Prudência Plenitude
fidedigna sobre a forma

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Estrutura Conceptual SNC – Características
qualitativas das demonstrações financeiras

Mensuração consistente nas diferentes


Comparabilidade
entidades e ao longo do tempo

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Conceito financeiro de capital – Capital
próprio ou Património líquido

PASSIVO Obrigações para com


terceiros
Bens e ATIVO
direitos
CAPITAL Obrigações para com os
PRÓPRIO acionistas/sócios

Ativo menos Passivo = Capital Próprio (ou Património Líquido ou Situação


Líquida)

Capital Próprio: “interesse residual nos ativos da entidade depois de


deduzir todos os seus passivos” (Estrutura Conceptual §49 c))

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Património líquido - Exemplo
Elemento patrimonial Valor

Empréstimo bancário 2.500


Dívida a fornecedor 500
Depósito à ordem no banco 1.500
Dívida de cliente 1.000
Computadores 3.000
Mercadorias 2.000

Ativo menos Passivo = Património Líquido


Ativo = 1.500 + 1.000 + 3.000 + 2.000 = 7.500
Passivo = 2.500 + 500 = 3.000

Capital próprio ou Património líquido = 7.500 – 3.000 = 4.500

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Equação fundamental da contabilidade

ATIVO = PASSIVO + CAPITAL PRÓPRIO

 Ativo > Passivo → Capital Próprio > 0


 Ativo = Passivo → Capital Próprio = 0
 Ativo < Passivo → Capital Próprio < 0

No slide anterior a figura ilustra uma situação em que o Património líquido da


empresa tem um valor positivo.

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Factos patrimoniais

 Factos patrimoniais: todos os que têm impacto na composição e/ou no valor do


património
 Os que não têm impacto no património denominam-se extrapatrimoniais

Tipos de Factos
Descrição Exemplo
Patrimoniais

Alteram apenas a
Factos Patrimoniais Compra de mercadorias
composição do
Permutativos (a pp ou a crédito)
património

Factos Patrimoniais Alteram a composição e Consumo de serviço de


Modificativos o valor do património telecomunicações

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Factos patrimoniais modificativos

Factos Patrimoniais
Modificativos

Tipo Aumentativos Diminutivos

Aumentam o valor do Diminuem o valor do


Descrição
património património

Exemplo Venda de mercadorias Consumo de


com lucro eletricidade

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3ª AULA
Demonstrações financeiras: Balanço

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Demonstrações financeiras (NCRF 1)

 Balanço

 Demonstração dos Resultados

 Demonstração dos Fluxos de Caixa (desenvolvida na NCRF 2)

 Demonstração das Alterações no Capital Próprio

 Anexo

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Balanço

 Demonstração financeira que apresenta a posição financeira (patrimonial) de uma


entidade numa determinada data

 É divulgado no mínimo uma vez por ano (geralmente com referência a 31 de


Dezembro) e apresenta o respetivo comparativo

 A informação constante do Balanço é apresentada seguindo o modelo exigido


pela Portaria nº 220/2015, de 24 de julho (Modelos de Demonstrações
Financeiras)

 As pequenas entidades (PE) apresentam um modelo reduzido e as


microentidades (ME) têm modelo próprio

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Balanço – Forma de apresentação

1º membro
Ativo

Formato
vertical

Capital Próprio
2º membro

Passivo

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Balanço – Definição dos elementos
(Estrutura Conceptual)

 Ativo: “recurso controlado pela entidade como resultado de acontecimentos


passados e do qual se espera que fluam para a entidade benefícios económicos
futuros”

 Passivo: “obrigação presente da entidade proveniente de acontecimentos


passados, da liquidação da qual se espera que resulte um exfluxo de recursos da
entidade incorporando benefícios económicos”

 Capital Próprio: “interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzir todos
os seus passivos”.

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Balanço – Apresentação do ativo

 Ativo não corrente: ativos detidos com caráter de continuidade ou permanência


cuja detenção ultrapassa doze meses após a data do Balanço

 Ativo corrente: ativos que se espera que sejam utilizados ou realizados durante o
decurso normal do ciclo operacional da entidade ou até doze meses após a data
do Balanço

 Os Ativos são apresentados fazendo a distinção entre não corrente e corrente, e


por ordem crescente de liquidez

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Balanço – Classificação do ativo

 Ativos fixos tangíveis


 Propriedades de investimento
 Ativos intangíveis
 Investimentos financeiros
 Inventários
 Clientes
 Estado e outros entes públicos
 Outras dívidas a receber
 Acréscimos e Diferimentos
 Caixa e depósitos bancários

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Balanço – Apresentação do capital próprio

 Por ordem de formação histórica dos respetivos valores

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Balanço – Classificação do capital próprio

 Capital subscrito
 Reservas legais
 Outras reservas
 Resultados transitados
 Resultado líquido do período

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Balanço – Apresentação do passivo

 Passivo não corrente: passivos que se espera que sejam liquidados a mais de
doze meses após a data do Balanço.

 Passivo corrente: passivos que se espera que sejam liquidados durante o ciclo
operacional normal da entidade ou num período até doze meses após a data do
Balanço.

 Os Passivos são apresentados fazendo a distinção entre não corrente e corrente,


e por ordem crescente de exigibilidade

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Balanço – Classificação do passivo

 Financiamentos obtidos
 Provisões
 Fornecedores
 Pessoal
 Estado e outros entes públicos
 Acionistas/sócios
 Outras dívidas a pagar
 Acréscimos e Diferimentos

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4ª AULA
Fluxos da empresa
Demonstração dos resultados

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O património e os fluxos da empresa

 O património é afetado pelos fluxos da empresa

Fluxos da empresa

Fluxos Reais Fluxos Monetários

Bens e serviços Contraprestação


dos
bens e serviços

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O património e os fluxos da empresa
Exemplo de venda a crédito de mercadorias a um cliente

Dívida a receber

EMPRESA CLIENTE

Mercadorias
Emissão de fatura

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Fluxos da empresa – Exemplo 1

Exemplo 1: Compra de mercadorias a crédito por 100 u.m.

 Fluxo real: Entrada das mercadorias na empresa

 Não há fluxo monetário pois não há pagamento → mas... numa ótica financeira
(Balanço) ocorre uma Despesa: assunção da obrigação de pagar no valor de 100
u.m., o que implica reconhecer uma obrigação no Balanço

 Efeito no património da empresa → alteração da composição (facto permutativo):


 Ativo: Inventários aumenta 100
Balanço
 Passivo: Fornecedores aumenta 100

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Fluxos da empresa – Exemplo 2

Exemplo 2: Pagamento da fatura do fornecedor no valor de 100 u.m.

 Fluxo real: nenhum

 Há fluxo monetário pois há um pagamento → Numa ótica de tesouraria


(Demonstração dos Fluxos de Caixa) ocorre um Pagamento: saída de dinheiro da
empresa

 Efeito no património da empresa → alteração da composição (facto permutativo):


 Ativo: Caixa e depósitos bancários diminui 100
Balanço
 Passivo: Fornecedores diminui 100

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Fluxos da empresa – Exemplo 3

Exemplo 3: Venda de mercadorias a pronto pagamento por 200 u.m.. As


mercadorias custaram 100 u.m.

 Fluxo real: Saída das mercadorias na empresa e entrega no cliente

 Há fluxo monetário pois há um recebimento → Numa ótica de tesouraria


(Demonstração dos Fluxos de Caixa) ocorre um Recebimento: entrada de dinheiro
na empresa no valor de 200 u.m.

 Numa ótica económica (Demonstração dos Resultados) temos um lucro de 100


u.m. O lucro resulta da diferença entre um Rendimento (vendas de 200 u.m.) e um
Gasto (consumo das mercadorias vendidas de 100 u.m.)

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Fluxos da empresa – Exemplo 3 (cont.)
Exemplo 3: Venda de mercadorias a pronto pagamento por 200 u.m.. As
mercadorias custaram 100 u.m.

 Numa ótica financeira (Balanço) ocorre uma Receita: obtenção do direito a


receber no valor de 200 u.m., o que implica reconhecer um ativo no Balanço

 Efeito no património da empresa → alteração da composição e do valor (facto


modificativo aumentativo):
 Ativo: Caixa e depósitos bancários aumenta 200
Balanço  Ativo: Inventários diminuem 100
 Capital Próprio: Resultado líquido aumenta 100

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Ótica Financeira - Balanço

 Despesa: assunção da obrigação de pagar (reconhecimento da obrigação no


Balanço)

 Receita: obtenção do direito de receber (reconhecimento do direito no Balanço)

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Ótica Económica – Demonstração dos
resultados

 Gastos: diminuições de benefícios económicos resultantes da redução de ativos


ou do aumento de passivos e que provocam uma redução do capital próprio

 Rendimentos: aumentos de benefícios económicos resultantes do aumento de


ativos ou redução de passivos e que provocam um aumento do capital próprio

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Ótica de Tesouraria – Demonstração dos
fluxos de caixa

 Pagamentos: saídas de dinheiro da empresa

 Recebimentos: entradas de dinheiro na empresa

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Demonstração dos Resultados

 Demonstração financeira que tem como objetivo demonstrar o desempenho


económico da sociedade (performance) num dado período de tempo

 É divulgada no mínimo uma vez por ano (geralmente para o período de 1 de


janeiro a 31 de Dezembro) e apresenta o respetivo comparativo

 A informação constante da Demonstração dos Resultados é apresentada


seguindo o modelo exigido pela Portaria nº 220/2015, de 24 de julho (Modelos de
Demonstrações Financeiras)

 As pequenas entidades (PE) apresentam um modelo reduzido e as


microentidades (ME) têm modelo próprio

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Demonstração dos Resultados – Forma de
apresentação

Rendimentos

Formato
vertical Gastos

Resultado líquido do
Balanço período

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Demonstração dos Resultados

 DR por natureza:

 Os gastos são apresentados classificados de acordo


com a sua natureza, independentemente da função Obrigatória
que os suportou

 DR por funções:

 Os gastos são apresentados classificados por função Facultativa

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Demonstração dos Resultados por
naturezas
Vendas e serviços prestados
- Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
- Fornecimentos e serviços externos
- Gastos com o pessoal
- Perdas por imparidade
- Provisões do período
+ Outros rendimentos
- Outros gastos
= Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos (EBITDA)
- Gastos de depreciação e amortização
= Resultado operacional (EBIT)
+ Juros e rendimentos similares obtidos
- Juros e gastos similares suportados
= Resultados antes de impostos (EBT)
- Imposto sobre o rendimento do período
= Resultado líquido do período (EAT)

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5ª AULA
Demonstrações financeiras: Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração
das Alterações no Capital Próprio, Anexo
Interligação entre as demonstrações financeiras

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Demonstração dos Fluxos de Caixa
(NCRF 2)

 Demonstração financeira que tem como objetivo dar a conhecer a origem e o


destino de caixa e seus equivalentes num dado período de tempo

 É divulgada no mínimo uma vez por ano (geralmente para o período de 1 de


janeiro a 31 de Dezembro) e apresenta o respetivo comparativo

 A informação constante da Demonstração dos Fluxos de Caixa é apresentada


seguindo o modelo exigido pela Portaria nº 220/2015, de 24 de julho (Modelos de
Demonstrações Financeiras)

 Não é obrigatório ser apresentada pelas Pequenas Entidades (PE) e


Microentidades (ME)

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Demonstração dos Fluxos de Caixa –
Forma de apresentação

Fluxos de caixa das atividades operacionais

Fluxos de caixa das atividades investimento


Formato
vertical
Fluxos de caixa das atividades financiamento

Variação de caixa e seus equivalentes


Balanço Caixa e seus equivalentes no início do período
Caixa e seus equivalentes no fim do período

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Demonstração das Alterações no Capital
Próprio

 Demonstração financeira que tem como objetivo dar a conhecer os factos que
concorrem para a alteração do capital próprio, dum determinado período de tempo

 É divulgada no mínimo uma vez por ano (geralmente para o período de 1 de


Formato janeiro a 31 de dezembro) e apresenta o respetivo comparativo
matricial
 A informação constante da Demonstração das Alterações no Capital Próprio é
apresentada seguindo o modelo exigido pela Portaria nº 220/2015, de 24 de julho
(Modelos de Demonstrações Financeiras)

 Não é obrigatório ser apresentada pelas Pequenas Entidades (PE) e


Microentidades (ME)

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Anexo

 Demonstração financeira que tem como objetivo apresentar informação


complementar e adicional à apresentada nas outras demonstrações financeiras
(Balanço, Demonstração dos Resultados, Demonstração dos Fluxos de Caixa e
Demonstração das Alterações no Capital Próprio)

 É divulgado no mínimo uma vez por ano, acompanhando as restantes


demonstrações financeiras

 A informação constante do Anexo é apresentada seguindo o modelo exigido pela


Portaria nº 220/2015, de 24 de julho (Modelos de Demonstrações Financeiras)

 As Pequenas Entidades (PE) apresentam um modelo reduzido e as


Microentidades (ME) não apresentam o Anexo sendo apenas exigido que após o
Balanço forneçam alguma informação adicional/complementar

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60
Interligação das demonstrações
financeiras
Capital próprio Resultado
líquido
do período
Demonstração
das alterações Demonstração
no capital próprio dos
resultados

Balanço

Demonstração
Anexo dos
fluxos de caixa

Caixa e seus
Notas equivalentes

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6ª AULA
Método e Processo Contabilístico

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Processo Contabilístico

Documentos Processamento Demonstrações financeiras

Nota de Guia de
Fatura Recibo
encomenda remessa

Nota de débito Nota de crédito Cheque

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Processo Contabilístico

Documentos Processamento Demonstrações financeiras

Razão
Registo por Quadro com
ordem Registo por débitos e
cronológica conta créditos de cada
(data) conta

Diário Balancete

63

Processo Contabilístico
64 Exemplo de venda a crédito de mercadorias a um cliente

 Da fatura (o documento de suporte) retiramos informação sobre:


 Dados do cliente (nome, endereço, NIF)
 Quantidade e preço de venda unitário das mercadorias
 Taxa de IVA aplicada e valor do IVA (em Euros)
 Total da fatura

 Esta informação financeira permite ao contabilista realizar os registos contabilísticos


necessários que irão impactar as demonstrações financeiras da empresa

Documentos Processamento Demonstrações financeiras

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Método Contabilístico

 Todos os factos patrimoniais devem ser registados através de um ou mais


lançamentos no Diário, por ordem cronológica (data)

 Os lançamentos implicam a movimentação de duas (ou mais) contas

 Método das partidas dobradas ou método digráfico:


‒ Sempre que se debita uma conta, há outra(s) que são movimentadas a
crédito pelo mesmo montante e vice-versa
‒ O valor de cada débito (ou débitos) corresponde sempre a um crédito
(ou créditos) de igual valor

 Contas: Conjunto de classes de elementos patrimoniais com características


comuns (homogeneidade e integralidade)

65

66
Contas e o Código de Contas do SNC

Classe 1: Meios financeiros líquidos


Classe 2: Contas a receber e a pagar
Classe 3: Inventários e ativos biológicos
Necessidade de um plano
de contas Classe 4: Investimentos
Código de Contas do SNC Classe 5: Capital, reservas e res. transitados
Classe 6: Gastos
Classe 7: Rendimentos
Classe 8: Resultados

Cada Classe contém várias contas e as


respetivas sub-contas

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Exemplo – Desagregação das Contas da
Classe 1 – Meios financeiros líquidos

 Conta 11 – Caixa

 Conta 12 – Depósitos à Ordem


Portaria n.º
 Conta 13 – Outros Depósitos Bancários 218/2015, de
23 de julho

 Conta 14 – Outros Instrumentos Financeiros


 Conta 141 – Derivados
 Conta 142 – Instrumentos financeiros detidos para negociação
 Conta 143 – Outros ativos e passivos financeiros

67

68
Contas – Forma de movimentação

Débito
Conta Crédito

É INSCREVER É INSCREVER
UMA QUANTIA valor € UMA QUANTIA valor €
NA COLUNA NA COLUNA
DO DÉBITO DO CRÉDITO

DEBITAR CREDITAR
UMA CONTA UMA CONTA

68

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

69
Contas – Saldo de uma conta

Débito
Conta Crédito

valor € valor €

SALDO de uma conta: é necessário comparar o


total do débito (D) com o total do crédito (C)

Saldo é devedor D>C


Saldo é credor D<C
Saldo é nulo D=C

69

70
Contas – Saldo de uma conta - exemplo

Débito
Conta Crédito

100 € 300 €

A conta tem saldo credor (Total Créditos > Total Débitos)

Mas qual o valor do saldo?

O saldo é credor no valor de 200 €, pois esse é o valor que é


necessário inscrever na coluna do débito (coluna com menor
valor) por forma a obter igualdade entre débito e crédito.

70

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

71
Método das Partidas Dobradas ou
Digráfico

Débito Crédito Débito Crédito

€ €

Débito(s) = Crédito(s)

71

72
Método das Partidas Dobradas ou
Digráfico
BALANÇO
Ativo Passivo
D C D C
+ − − +
Capital próprio
D C
− +

ATIVO = PASSIVO + CAPITAL PRÓPRIO

Contas  debitam-se pela extensão inicial e pelas variações aumentativas


Ativo
 creditam-se pelas variações diminutivas

72

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

73
Método das Partidas Dobradas ou
Digráfico
BALANÇO
Ativo Passivo
D C D C
+ − − +
Capital próprio
D C
− +

ATIVO = PASSIVO + CAPITAL PRÓPRIO

Contas  creditam-se pela extensão inicial e pelas variações aumentativas


Passivo
 debitam-se pelas variações diminutivas

73

74
Método das Partidas Dobradas ou
Digráfico
BALANÇO
Ativo Passivo
D C D C
+ − − +
Capital próprio
D C
− +

ATIVO = PASSIVO + CAPITAL PRÓPRIO


Contas  creditam-se pela extensão inicial e pelas variações aumentativas
Capital
Próprio  debitam-se pelas variações diminutivas

74

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

75
Método das Partidas Dobradas ou
Digráfico
BALANÇO
Ativo Passivo
D C D C
+ − − +
Capital próprio
D C
− +

ATIVO = PASSIVO + CAPITAL PRÓPRIO


Resultado líquido
 creditam-se (expressando variações aumentativas do RL)
Contas de
Rendimentos

75

76
Método das Partidas Dobradas ou
Digráfico
BALANÇO
Ativo Passivo
D C D C
+ − − +
Capital próprio
D C
− +

ATIVO = PASSIVO + CAPITAL PRÓPRIO


Resultado líquido
Contas de  debitam-se (expressando variações diminutivas do RL)
Gastos

76

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

77
Lançamentos no Diário

 Elementos do lançamento:

– Data
– Título das contas
– Descrição ou histórico (síntese do facto patrimonial)
– Valores das variações ocorridas nas contas

77

78
Lançamentos

Classificação quanto ao número de contas movimentadas:

Lançamentos Simples Lançamentos Complexos

São movimentadas mais do que 2


Apenas uma conta movimentada a contas:
débito e apenas uma conta • 1 conta a débito e 2 ou mais
movimentada a crédito contas a crédito
• 2 ou mais contas a débito e 1
conta a crédito
• 2 ou mais contas a débito e 2 ou
mais contas a crédito

78

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

79
Lançamento Simples no Diário - Exemplo

Data Descrição Contas Débito Crédito

Dia/mês/ano Pagamento da dívida ao Fornecedores 1.000


Fornecedor no valor de Depósitos à Ordem 1.000
1.000€

79

80
Lançamento Complexo no Diário –
Exemplo envolvendo 3 contas

Data Descrição Contas Débito Crédito

Dia/mês/ano Compra de Ativos Fixos Tangíveis 1.000


equipamento IVA dedutível 230
administrativo a pronto Depósitos à Ordem 1.230
por 1.000€. IVA a 23%.

80

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

7ª AULA
Atividade Operacional
Inventários

81

82
Inventários – Conceito (NCRF 18)

Ativos detidos para venda no decurso ordinário


Mercadorias
da atividade

Produtos Acabados e Ativos detidos no processo de produção para


Produtos em curso venda

Ativos detidos na forma de materiais ou


Matérias-primas e
consumíveis a serem aplicados no processo de
Matérias subsidiárias
produção ou prestação de serviços

82

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

83
Mensuração dos inventários

Mensuração

Mensuração no Mensuração após


reconhecimento reconhecimento

83

84
Mensuração no reconhecimento

Inventários adquiridos Inventários produzidos

Custo de aquisição Custo de produção

Matérias-primas e outros materiais


directos consumidos + Mão-de-obra
Preço de compra + Gastos directa + Custos industriais variáveis
suportados directa ou indirectamente + Custos industriais fixos
para colocar o bem no seu estado necessariamente suportados para o
actual e no local de armazenagem produzir e colocar no estado em que
se encontra e no local de
armazenagem.

84

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

85
Mensuração após reconhecimento

Ao menor entre

Custo de aquisição ou e Valor realizável líquido


produção (VRL)

Preço de venda estimado


- Custos estimados para conclusão
- Custos necessários para efetuar a
venda

85

86
Redução para o valor realizável líquido
(VRL)

A redução para o  Caso o valor realizável líquido seja inferior ao custo de aquisição ou de
VRL faz-se item a produção, estamos perante uma perda por imparidade.
item
Valor
Perda por Valor
= - realizável
imparidade contabilístico
líquido

 A imparidade irá refletir-se num gasto operacional e na redução do valor


dos inventários no balanço.

86

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

87
Redução para o VRL – Exemplo mercadorias

Ano N
Não há perdas por imparidade acumuladas do período anterior (ano N-1)

Descrição Custo de aquisição Valor realizável líquido


Mercadoria A 170.000 190.000
Mercadoria B 40.000 30.000
Há algum ajustamento a fazer ao valor dos inventários?
R: Sim, há uma perda por imparidade de 10.000 na Mercadoria B
Registo contabilístico no Diário:
Contas Débito Crédito
Perdas por imparidade em inventários 10.000
Mercadorias – Perdas por imparidade acumuladas 10.000

87

88
Redução para o VRL – Exemplo mercadorias
(cont.)
Ano N+1
Há perdas por imparidade acumuladas do período anterior (ano N) de 10.000

Descrição Custo de aquisição Valor realizável líquido


Mercadoria A 100.000 120.000
Mercadoria B 20.000 18.000
Há algum ajustamento a fazer ao valor dos inventários?
R: Sim, há uma perda por imparidade de 2.000 na Mercadoria B
Registo contabilístico no Diário (reversão parcial):
Contas Débito Crédito
Mercadorias – Perdas por imparidade acumuladas 8.000
Reversões de perdas por imparidade em inventários 8.000

88

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

89
Fórmulas de custeio das saídas

 O preço de aquisição dos inventários varia ao longo do tempo (os preços


não são estáveis; dependem, entre outros fatores, da oferta e da procura)

 Havendo preços diferentes na “entrada” dos bens na empresa, impõe-se


a adoção de critérios para mensurar as respetivas “saídas”

89

90
Fórmulas de custeio das saídas

Inventários mensurados pelo seu preço real ou


Custo específico
efetivo

Inventários mensurados pelos preços mais antigos,


FIFO ficando, em armazém, inventários mensurados pelos
preços mais recentes.

Inventários mensurados a um preço unitário


Custo médio
determinado pela média ponderada do preço de
ponderado
compra pela quantidade em armazém

90

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

91
FIFO versus Custo médio ponderado
(CMP)

 A escolha entre FIFO e CMP como fórmula de custeio vai afetar o Custo
da Mercadoria Vendida (CMV) e o Resultado Bruto das Vendas (RBV),
considerando que ficam alguns inventários em armazém no final do
período.

 Exemplo: Preços sempre a subir durante todo o ano:


FIFO versus CMP
Vendas líquidas = quer se adote FIFO quer se adote CMP
CMV Menor no FIFO do que adotando o CMP
RBV = Vendas líquidas - CMV Maior no FIFO do que adotando o CMP

91

92
Sistemas de Inventário

Sistemas de Inventário

Obrigatório
para empresas Permanente Intermitente
que não sejam
microentidades

Permite conhecer • As contas de inventários não são


permanentemente movimentadas por cada entrada e saída
os inventários em de inventários.
armazém e apurar os • No final do período, para conhecer o valor
resultados obtidos final em inventários e os resultados
com as vendas. obtidos com as vendas é necessário
realizar uma contagem física dos
inventários e realizar lançamentos de
regularização.

92

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

93
Sistema de Inventário Permanente
Compra de mercadorias

COMPRAS FORNECEDORES / D.ORDEM

1º Registo
Compra

MERCADORIAS COMPRAS

2º Registo
Entrada em armazém

93

94
Sistema de Inventário Permanente
Venda de mercadorias

CLIENTES / D. ORDEM VENDAS


Utilizar a fórmula
de custeio das 1º Registo
saídas adotada
(Custo específico, Venda
FIFO ou CMP)
para cálculo do
valor do Custo
Mercad. Vendida CUSTO MERCAD. VENDIDA MERCADORIAS

2º Registo
Saída de armazém

94

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

95
Sistema de Inventário Intermitente

Compra de mercadorias

COMPRAS FORNECEDORES / D.ORDEM

Compra

Venda de mercadorias

CLIENTES / D. ORDEM VENDAS

Venda

95

96
Sistema de Inventário Intermitente
Regularização no fim do período

No final do período, para determinar o valor final em inventários e os resultados obtidos


com as vendas, é necessário efetuar a contagem física dos inventários de forma a:

 Apurar o Custo da Mercadoria Vendida, e


 Atualizar a conta de Mercadorias de modo a evidenciar o saldo final em armazém.

Como?
• Transferindo o saldo da conta Compras (a crédito) e dar entrada dos inventários
comprados em armazém na conta Mercadorias (a débito)
• Transferindo o saldo da conta Regularização de inventários para Inventários
(entrada ou saída das mercadorias de armazém)
• Reconhecendo o CMV na respetiva conta (a débito) e dar saída dos inventários
vendidos de armazém na conta Mercadorias (a crédito)

96

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

97
Sistema de Inventário Intermitente
Regularização no fim do período

Lançamentos de Regularização

MERCADORIAS COMPRAS

Transferência das
Compras do ano
CUSTO MERCAD. VENDIDA MERCADORIAS

Saída das mercadorias


vendidas de armazém
Nota: Esquema considerando que não houve regularizações de inventários

97

8ª AULA
Atividade Operacional
Inventários
IVA

98

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

99
Cálculo do Resultado Líquido das Vendas
e das Vendas Líquidas

Resultado Custo das


Vendas
bruto das = - mercadorias
líquidas
vendas vendidas

Descontos
Vendas Vendas Devoluções de -
= - comerciais
líquidas brutas clientes
concedidos

99

100
Cálculo do Custo das Mercadorias
Vendidas e das Compras Líquidas

Custo das
Existência Compras Existência Reg. de
mercadorias = + - +/-
inicial líquidas final inventários
vendidas

Descontos
Compras Compras Devoluções a -
= - comerciais
líquidas brutas fornecedores
obtidos

100

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

101
Margem de Venda

Preço de Custo de
= + Margem
venda aquisição

% sobre o preço de venda


ou
% sobre o custo de aquisição

101

102
Margem de Venda - Exemplo

Exemplo: Preço de venda (PV) = 200

 A margem é 50% sobre o preço de venda, qual foi o custo?


PV = Custo + 50% PV
Custo = 0,5 x PV = 0,5 x 200 = 100

 A margem é 60% sobre o preço de compra, qual foi o custo?


PV = Custo + 60% Custo
Custo = PV / 1,6 = 200 / 1,6 = 125

102

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

103
Imposto sobre o valor acrescentado

 Imposto indireto, que incide sobre o consumo

 Imposto plurifásico, pois incide sobre todas as fases do circuito


económico

 Imposto com pagamentos fracionados

 Empresa atua como coletora do imposto

103

104
Imposto sobre o valor acrescentado

Fornecedores Clientes
EMPRESA
Suporta / Deduz Liquida
imposto imposto
(IVA a débito) (IVA a crédito)

104

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

105
Imposto sobre o valor acrescentado

 IVA suportado (reconhecido a débito)


 IVA dedutível (reconhecido a débito)
 IVA liquidado (reconhecido a crédito)
 IVA regularizações (reconhecido a débito ou crédito)
 IVA apuramento (saldo devedor ou saldo credor)
 IVA a pagar (saldo credor)
 IVA a recuperar (saldo devedor)

 IVA reembolsos pedidos


 IVA liquidações oficiosas

105

106
Apuramento do IVA

Esquema geral de apuramento do IVA

IVA liquidado - IVA dedutível ± IVA regularizações = IVA apuramento


• Compras merc, mat-primas; • Erros e omissões;
• Vendas merc e produtos;
• Compras de activos fixos tang.; • Devoluções, descontos e abatimentos;
• Prestações de serviços;
• Compras de out bens e serv; • Anulação de recebimentos antecipados;
• Adiantamentos de clientes;
• Adiantamentos a fornecedores. • Anulação de pagamentos antecipados;
• Créditos incobráveis;
• Roubos, sinistros, etc.
• Outros. Sd Sc

IVA IVA
a recuperar a pagar

106

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

107
Apuramento do IVA – Registos contabilísticos

 Transferir os saldos das contas IVA dedutível, IVA liquidado, IVA


regularizações e IVA a recuperar (se existir) para a conta IVA apuramento

 Apurar o saldo da conta IVA apuramento:


- Se houver saldo devedor → Transferir esse saldo para a conta IVA a recuperar
- Se houver saldo credor → Transferir esse saldo para a conta IVA a pagar

 No final deste processo todas as contas de IVA ficam saldadas com a


exceção da conta IVA a recuperar ou IVA a pagar, consoante o caso.

107

108
Apuramento do IVA – Exemplo

 Apure o montante de IVA a pagar ou a recuperar do Estado:


- IVA dedutível = 100.000€
- IVA liquidado = 200.000€
- IVA regularizações a favor do Estado = 15.000 €

 R: Existe IVA a pagar no valor de (200.000 + 15.000) – 100.000 = 115.000

108

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Contabilidade Geral 1

9ª AULA
Atividade Operacional
Contas a receber e a pagar

109

110
Contas a receber e a pagar

 Clientes
 Fornecedores
 Pessoal
 Estado e Outros Entes Públicos
 Financiamentos obtidos
 Acionistas/Sócios
 Outras contas a receber e a pagar
 Diferimentos
 Provisões

110

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Contabilidade Geral 1

111
Clientes

 Regra geral: mensurados pelo valor a receber

 Em consequência de uma situação concreta de dificuldades financeiras


de um cliente, a empresa deverá avaliar a necessidade de reconhecer
uma perda por imparidade:

Perda por Valor Valor


= -
imparidade contabilístico recuperável

Valor que a empresa estima


vir a receber do cliente

111

112
Clientes

 No caso de existir imparidade, o registo contabilístico a efetuar é de


débito da conta de gastos “Perdas por Imparidade - Em dívidas a receber
- Clientes” e crédito da conta “Clientes - Perdas por Imparidade
Acumuladas”

112

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

113
Provisões

 Provisão é um passivo de tempestividade ou quantia incerta

 Para reconhecer uma provisão, de acordo com a NCRF 21, é necessário


que se cumpram, cumulativamente, 3 condições:
- Haver uma obrigação presente, legal (que deriva da lei ou de um contrato) ou
construtiva (que deriva das ações da entidade que criou uma expetativa válida
perante terceiros de que vai assumir essas responsabilidades), como
resultado de um acontecimento passado
Probabilidade
- Ser provável (é mais provável acontecer do que não acontecer) que um
> 50%
exfluxo de recursos seja necessário para liquidar a obrigação e
- O valor da obrigação poder ser estimado com fiabilidade

113

114
Reconhecimento de uma provisão

Ex: Está a decorrer um processo em tribunal interposto por um antigo


trabalhador da empresa. Os advogados consideram ser provável
(probabilidade de 60%) que a empresa venha a ter de pagar 100.000 €.

PROVISÕES DO PERÍODO PROVISÕES


Processos Judiciais em Curso Processos Judiciais em Curso

100.000 100.000

Estimativa do
valor a pagar

114

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
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115
Reversão de uma provisão

Ex: Um ex-trabalhador da empresa moveu um processo judicial reclamando


uma indemnização de 50.000€. No ano N, a perda foi considerada provável.
Em N+1, e face a novas provas entretanto recolhidas, considerou-se que é
possível mas não provável.

Ano N Ano N + 1
REVERSÕES
PROVISÕES DO PERÍODO PROVISÕES De Provisões PROVISÕES
Processos Judiciais em Curso Processos Judiciais em Curso Processos Judiciais em Curso Processos Judiciais em Curso

50.000 50.000 50.000 50.000

Reversão
Estimativa do
total da
valor a pagar
provisão

115

116
Utilização de uma provisão

Ex: Um ex-trabalhador da empresa moveu um processo judicial reclamando


uma indemnização de 200.000€. No ano N, a perda foi considerada provável.
Em N+1, a empresa é condenada a pagar a indemnização. O advogado da
empresa entendeu não recorrer da decisão.

Ano N Ano N + 1

PROVISÕES DO PERÍODO PROVISÕES PROVISÕES


Processos Judiciais em Curso Processos Judiciais em Curso Depósitos à Ordem Processos Judiciais em Curso

200.000 200.000 200.000 200.000

Estimativa do Utilização da
valor a pagar provisão

116

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Contabilidade Geral 1

117
Passivos e ativos contingentes

 Passivo contingente:
- Uma obrigação possível ou uma obrigação presente em que não é provável que
seja necessário um exfluxo de recursos para liquidar a obrigação ou não é
possível estimar o valor com fiabilidade
- Não é reconhecido no balanço como um passivo
- É divulgado, a menos que seja remota a possibilidade de um exfluxo de recursos

 Ativo contingente:
- Não é reconhecido no balanço como um ativo
- É divulgado quando for provável um influxo de benefícios económicos

117

118
Pessoal - Remunerações

Processamento dos ordenados,


1ª Fase salários e outras remunerações,
dentro mês a que respeitem

Processamento dos encargos


sociais (parte da entidade
2ª Fase empregadora), dentro do mês a
que respeitem

Pagamentos ao pessoal e às
3ª Fase outras entidades

118

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

119
Pessoal – Processamento das Remunerações

Contas Débito Crédito

Salário
Gastos com o pessoal ilíquido
EOEP – retenção IRS Retenção IRS
1ª Fase
EOEP – contribuição TSU Retenção TSU

Outras contas a pagar Outros descontos

Pessoal – remunerações Salário líquido

119

120
Pessoal – Processamento dos Encargos sobre
Remunerações e Pagamento

Contas Débito Crédito


2ª Fase Gastos com o pessoal TSU
EOEP – contribuição TSU TSU

Pessoal – remunerações Salário líquido

3ª Fase EOEP – retenção IRS Retenção IRS


Total dos
EOEP – contribuição TSU TSU
valores de
TSU na
1ª e 2ª fases Outras contas a pagar Outros descontos

Depósitos à ordem Valores a pagar

120

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Contabilidade Geral 1

121
Acréscimos e Diferimentos

Pressuposto do Regime do Acréscimo

Os rendimentos e os gastos são dos períodos reconhecidos


quando obtidos ou incorridos, independentemente do seu
recebimento ou pagamento, devendo incluir-se nas
demonstrações financeiras a que respeitam.

121

122
Diferimentos – Gastos a Reconhecer

 Gastos a Reconhecer:
Regista as despesas ocorridas no período cujo consumo ou utilização se
verificará em períodos seguintes.

Ex: Rendas adiantadas, publicidade adiantada, etc.

Despesa Gasto

31/12/X

122

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Contabilidade Geral 1

123
Diferimentos – Gastos a Reconhecer
Pagamento anual do seguro da viatura da empresa para o período
de 31 maio de X a 31 maio de X+1, no valor de 360 €.

7 meses 5 meses

Ano X
31 maio 1 jan. 31 maio
X X+1 X+1

FORNECIMENTOS E
DEPOSITOS À ORDEM DIFERIMENTOS SERVIÇOS EXTERNOS
Banco X Gastos a reconhecer Seguros
360 150 210

Paga 12 meses
Difere 5 meses Considera 7
360 € para o ano X+1 meses em
Valor = = 30 € por mês (ativo) Gastos no ano X
12 meses

123

124
Diferimentos – Gastos a Reconhecer
Pagamento anual do seguro da viatura da empresa para o período
de 31 maio de X a 31 maio de X+1, no valor de 360 €.

7 meses 5 meses

Ano X+1
31 maio 1 jan. 31 maio
X X+1 X+1

FORNECIMENTOS E
DIFERIMENTOS SERVIÇOS EXTERNOS
Gastos a reconhecer Seguros

150 150

360 € Considera 5 meses


Valor = = 30 € por mês em Gastos no ano
12 meses X+1 e deixa de ter
um ativo

124

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Contabilidade Geral 1

125
Diferimentos – Rendimentos a Reconhecer

 Rendimentos a Reconhecer:
Compreende as receitas obtidas no período mas imputáveis a períodos
seguintes.

Ex: Rendas recebidas adiantadamente, etc.

Receita Rendimento

31/12/X

125

126
Diferimentos – Rendimentos a Reconhecer

Renda recebida em dezembro do ano X, no valor de 500€, relativamente ao


arrendamento de uma loja (renda de janeiro do ano X+1).

Recebimento
Ano X
1 dez. 31 dez. 31 jan.
X X X+1

DIFERIMENTOS DEPOSITOS À ORDEM


Rendimentos a reconhecer Banco X

500 500

Difere 1 mês
de renda para Recebe 1 mês
o ano X+1 de renda
(passivo)

126

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

127
Diferimentos – Rendimentos a Reconhecer

Renda recebida em dezembro do ano X, no valor de 500€, relativamente ao


arrendamento de uma loja (renda de janeiro do ano X+1).

Rendimento
Ano X+1
1 Dez. 31 Dez. 31 Jan.
X X X+1

DIFERIMENTOS OUTROS RENDIMENTOS


Rendimentos a reconhecer Rendimentos suplementares

500 500

Considera 1 mês de
renda em Rendimentos
no ano X+1 e deixa de
ter um passivo

127

128
Acréscimos – Acréscimos de Gastos

 Acréscimos de Gastos:
Gastos imputáveis ao período económico, cujo documento justificativo só
é emitido no período seguinte.

Ex: Consumos de água, energia, telefone do último mês, Remunerações


de férias e subsídio de férias etc..

Gasto Despesa

31/12/X

128

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

129
Acréscimos – Acréscimos de Gastos

Estimativa do valor da fatura de eletricidade do mês de dezembro de X no


valor de 100 €.

Gasto
Ano X
1 dez. 31 dez. 31 jan.
X X X+1

OUTRAS CONTAS A RECEBER E A PAGAR FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS


Devedores e credores por acréscimos Energia e fluidos
Credores por acréscimos de gastos Eletricidade

100 100

Considera o Gasto
no ano X e fica com
um passivo

129

130
Acréscimos – Acréscimos de Gastos

Estimativa do valor da fatura de eletricidade do mês de dezembro de X no


valor de 100 €.

Pagamento
Ano X+1
1 dez. 31 dez. 31 jan.
X X X+1

OUTRAS CONTAS A RECEBER E A PAGAR


Devedores e credores por acréscimos DEPOSITOS À ORDEM
Credores por acréscimos de gastos Banco X

100 100

Deixa de ter
Paga
um passivo

130

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

131
Acréscimos – Acréscimos de Rendimentos

 Acréscimos de Rendimentos:
Rendimentos imputáveis ao período económico em curso, mas cuja
receita apenas ocorrerá no período ou períodos seguintes.

Ex: Rendimento de participações de capital, royalties

Rendimento Receita

31/12/X

131

132
Acréscimos – Acréscimos de Rendimentos

Rendimento de royalties respeitantes a dezembro, mas que apenas serão


recebidos em janeiro, no valor de 200 €.

Rendimento
Ano X
1 dez. 31 dez. 31 jan.
X X X+1

OUTRAS CONTAS A RECEBER E A PAGAR


OUTROS RENDIMENTOS Devedores e credores por acréscimos
Royalties Devedores por acréscimos de rendimentos

200 200

Considera o
Rendimento no ano
X e fica com um
ativo

132

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

133
Acréscimos – Acréscimos de Rendimentos

Rendimento de royalties respeitantes a dezembro, mas que apenas serão


recebidos em janeiro, no valor de 200 €.

Recebimento

Ano X+1 1 dez. 31 dez. 31 jan.


X X X+1

OUTRAS CONTAS A RECEBER E A PAGAR


Devedores e credores por acréscimos
Depósitos à Ordem Devedores por acréscimos de rendimentos

200 200

Deixa de ter
Recebe
um ativo

133

134
Especificidade de juros

Considerando que se utiliza o custo amortizado (NCRF 27) a


contrapartida de juros será a conta inerente ao instrumento financeiro
Ex: Juros postecipados no valor de 60 € correspondentes ao período de 1
de novembro de X a 30 de abril de X+1 de um empréstimo bancário
contraído.

2 meses 4 meses
2 meses
Ano X

1 nov. 1 jan. 1 maio


X X+1 X+1

GASTOS DE FINANCIAMENTO
60 € FINANCIAMENTOS OBTIDOS
Valor = = 10 € por mês Juros Suportados Empréstimo Bancário
6 meses
20 20

134

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

135
Especificidade de juros

Considerando que se utiliza o custo amortizado (NCRF 27) a


contrapartida de juros será a conta inerente ao instrumento financeiro
Ex: Juros postecipados no valor de 60 € correspondentes ao período de 1
de novembro de X a 30 de abril de X+1 de um empréstimo bancário
contraído.

2 meses 4 meses
4 meses
Ano
X+1
1 nov. 1 jan. 1 maio
X X+1 X+1

GASTOS DE FINANCIAMENTO FINANCIAMENTOS OBTIDOS


60 € Empréstimo Bancário
Valor = = 10 € por mês Juros Suportados
6 meses 40
40

135

136
Especificidade de juros

Considerando que se utiliza o custo amortizado (NCRF 27) a


contrapartida de juros será a conta inerente ao instrumento financeiro
Ex: Juros postecipados no valor de 60 € correspondentes ao período de 1
de novembro de X a 30 de abril de X+1 de um empréstimo bancário
contraído.

2 meses 4 meses
Ano
X+1
1 nov. 1 jan. 1 maio
X X+1 X+1
FINANCIAMENTOS OBTIDOS
60 € Depósitos à Ordem Empréstimo Bancário
Valor = = 10 € por mês
6 meses 60 60

Pagamento
totalidade

136

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

10ª AULA
Atividades de Investimento
Ativos Fixos Tangíveis
Ativos Intangíveis
Depreciações e Amortizações

137

138
Investimentos

Bens detidos em continuidade ou permanência e


que não se destinem a ser vendidos ou transformados no decurso normal
das operações da entidade,
quer sejam de sua propriedade,
quer estejam em regime de locação financeira.

138

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

139
Investimentos - Classificação

 Ativos fixos tangíveis


 Ativos intangíveis
 Propriedades de investimento
 Investimentos em curso
 Investimentos financeiros
 Ativos não correntes detidos para venda

139

140
Ativos fixos tangíveis – Conceito (NCRF 7)

São itens tangíveis (têm existência física) que:

 Sendo utilizados pela empresa, destinam-se ao desenvolvimento da sua


atividade, inclui-se assim as propriedades ocupadas pela empresa, as
unidades fabris e todo o equipamento de apoio à produção,
comercialização ou apoio administrativo

 A empresa controla e permitem obter benefícios económicos no futuro e


cujo valor possa ser mensurado com fiabilidade

 Se espera que sejam usados durante mais do que um período

140

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

141
Mensuração dos ativos fixos tangíveis

Mensuração

Mensuração no Mensuração após


reconhecimento reconhecimento

141

142
Mensuração no reconhecimento

Preço de compra, incluindo os direitos de importação e


os impostos de compra não reembolsáveis, após
dedução dos descontos e abatimentos

Custo do
Custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo na
ativo fixo
localização e condição pretendidas
tangível

Estimativa inicial dos custos de desmantelamento e


remoção

142

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

143
Mensuração após reconhecimento

Custo de aquisição
deduzido das
depreciações
Modelo do Custo
ATIVO FIXO TANGÍVEL

acumuladas e perdas
por imparidade
acumuladas

Justo valor com as


variações ocorridas
Modelo de Revalorização
reconhecidas no
capital próprio

143

144
Ativos intangíveis – Conceito (NCRF 6)

São itens intangíveis (não têm existência física) aqueles que:

 Se destinam ao desenvolvimento da atividade da empresa e cumprem os


seguintes critérios:
- Identificabilidade: O ativo é identificável, ou seja, o ativo é separável e é
proveniente de direitos contratuais ou outros direitos legais
- Controlo: A empresa controla o ativo
- Existência de benefícios futuros: O ativo permite obter benefícios económicos
no futuro e o valor pode ser mensurado com fiabilidade

 Exemplos: patentes, programas de computador, marcas adquiridas

144

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

145
Mensuração dos ativos intangíveis

Mensuração

Mensuração no Mensuração após


reconhecimento reconhecimento

145

146
Mensuração no reconhecimento

Preço de compra, incluindo os direitos de importação e


os impostos de compra não reembolsáveis, após
dedução dos descontos e abatimentos
Custo do
+ ativo
intangível

Custos diretamente atribuíveis à preparação do ativo


para o uso pretendido

146

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

147
Mensuração após reconhecimento

Custo de aquisição
deduzido das
amortizações
Modelo do Custo
acumuladas e perdas
ATIVO INTANGÍVEL

por imparidade
acumuladas

Justo valor com as


variações ocorridas
Modelo de Revalorização
reconhecidas no capital
Apenas se existir mercado próprio
ativo

147

148
Depreciações e Amortizações

 A depreciação/amortização um ativo - tangível ou intangível - corresponde


ao reconhecimento da sua depreciação pelo uso

 A depreciação de um ativo inicia-se a partir do momento em que este


esteja disponível para uso

 A depreciação pode ser calculada em função:

- Do tempo previsto para a sua vida útil ou


- Do desgaste funcional do ativo (medida em unidades que se planeia que o
ativo produza ao longo da vida útil em Kms percorridos, horas de
funcionamento ou outra variável)

148

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

149
Depreciações e Amortizações

Período durante o qual um ativo


Vida Económica pode ser utilizado por uma ou mais
entidades

Período durante o qual a entidade


Vida Útil espera que um ativo esteja
disponível para seu próprio uso

Deve ser revista pelo menos no final de


cada período pois é uma estimativa

149

150
Depreciações e Amortizações

Vida Útil

Finita Indefinida

Deprecia / Amortiza Amortiza


(durante a vida útil) (período máximo de 10 anos)

150

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

151
Depreciações e Amortizações

Custo de um ativo ou outra quantia


Quantia depreciável substituta do custo, menos o seu
valor residual

Quantia estimada que se obteria


correntemente pela alienação do
ativo, após dedução dos custos de
Valor residual
alienação estimados, se o ativo já
tivesse a idade e as condições
esperadas no final da sua vida útil

151

152
Depreciações e Amortizações

Quantia pela qual um ativo –


tangível ou intangível – é
Quantia escriturada ou reconhecido no Balanço, após a
valor contabilístico líquido dedução de qualquer depreciação
/amortização acumulada e de
perdas por imparidade acumuladas

Custo de aquisição – depreciações/amortizações acumuladas


– perdas por imparidade acumuladas

152

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

153
Depreciações e Amortizações

Método da linha reta


(Straight Line Method)

Ca – Vr Qd
Dp= =
n n

Ca – Custo de aquisição do ativo


Vr – Valor residual
Qd – Quantia depreciável: Qd = Ca-Vr
Dp – Depreciação/amortização no período t
n – Número de anos de vida útil

153

154
Depreciações e Amortizações - Exemplo

 Depreciação anual (linha reta) de equipamento básico adquirido no ano N,


sabendo o seguinte:
- Custo de aquisição de 45.000€
- Vida útil de 8 anos
- Valor residual de 5.000€

 Quantia depreciável = (45.000€ – 5.000€) = 40.000€

 Depreciação anual = 40.000€ / 8 = 5.000€

154

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

155
Depreciações e Amortizações - Exemplo

 Registo Contabilístico da depreciação anual (linha reta):

31 de dezembro de N Quantia Escriturada ou Valor


Contabilístico Líquido em
GASTOS DE DEPRECIAÇÃO
E AMORTIZAÇÃO ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS 31 de dezembro de N =
Ativos Fixos Tangíveis Depreciações Acumuladas

5.000
Custo de aquisição –
5.000
depreciações acumuladas =
Valor da
45.000 – 5.000 = 40.000
depreciação
anual

Balanço

155

156
Imparidade de ativos fixos tangíveis e
ativos intangíveis (NCRF 12)

 Considera-se que um ativo se encontra em imparidade quando a sua


quantia escriturada ou valor contabilístico líquido é superior à sua
quantia recuperável.

 Em cada data de relato devemos verificar se existe algum indício de


imparidade relativamente aos ativos fixos tangíveis e aos ativos
intangíveis.

156

© Equipa de Contabilidade Geral 1 78


ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

157
Imparidade de ativos fixos tangíveis e
ativos intangíveis (NCRF 12)

 Esquematicamente:

Perda por Valor Valor


= -
imparidade contabilístico recuperável

Maior entre:
Valor de Venda Líquido e Valor de Uso

 O registo contabilístico a efetuar é de débito da conta de gastos “Perdas


por Imparidade - em Ativos Fixos Tangíveis / Ativos Intangíveis” e crédito
da conta “Ativos Fixos Tangíveis / Ativos Intangíveis - Perdas por
Imparidade Acumuladas”

157

158
Alienação de ativos fixos tangíveis e ativos
intangíveis
 Quando um ativo fixo tangível / ativo intangível é vendido existe,
frequentemente, uma diferença entre o valor de venda e a quantia escriturada
ou valor contabilístico líquido do ativo. Pode acontecer uma de três situações:
- Valor de venda > Valor contabilístico líquido = Ganho
- Valor de venda = Valor contabilístico líquido = Não há nem ganho nem perda
- Valor de venda < Valor contabilístico líquido = Perda

 A venda tem ainda como consequência o desreconhecimento do valor


contabilístico líquido do ativo no balanço, refletido em duas contas:
- Ativos Fixos Tangíveis / Ativos Intangíveis
- Depreciações / Amortizações Acumuladas

158

© Equipa de Contabilidade Geral 1 79


ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

11ª AULA
Instrumentos Financeiros
Investimentos Financeiros
Atividades de Financiamento: Financiamentos Obtidos e Capital Próprio

159

160
Investimentos Financeiros

 Ativos financeiros que não integrem a Classe 1 (Meios Financeiros


Líquidos, onde se incluem os instrumentos financeiros detidos para
negociação).

 Exemplos de investimentos financeiros:


- Investimentos em outras empresas com objetivos estratégicos (como
subsidiárias, associadas, empreendimentos conjuntos)
- Investimentos em obrigações de outras empresas detidas numa ótica de longo
prazo

160

© Equipa de Contabilidade Geral 1 80


ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

161
Instrumentos Financeiros

 Aplicações em instrumentos financeiros, que não sejam caixa ou


depósitos bancários, que sejam mensurados ao justo valor, e cujas
alterações ao justo valor sejam reconhecidas na Demonstração de
Resultados.

161

162
Instrumentos Financeiros – Mensuração no
Reconhecimento

 Preço de compra.

 Os custos de transação não são de incluir na mensuração no


reconhecimento, sendo reconhecidos como gastos.

162

© Equipa de Contabilidade Geral 1 81


ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

163
Instrumentos Financeiros – Mensuração
após Reconhecimento

 Justo valor

 Variações do justo valor reconhecidas como:

- Ganhos por aumentos de justo valor ou


- Perdas por reduções de justo valor.

163

164
Atividades de Financiamento

As empresas podem financiar-se com recurso a emissão de:

 Dívida Passivo (financeiro)

 Instrumentos de capital próprio Capital Próprio

164

© Equipa de Contabilidade Geral 1 82


ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

165
Passivo Financeiro e Instrumento de
Capital Próprio

 Passivo Financeiro: obrigação, resultante de um acordo celebrado, de


entregar dinheiro ou outro ativo financeiro a uma outra entidade.

 Instrumento de Capital Próprio: Qualquer contrato que evidencie um


interesse residual nos ativos de uma entidade após dedução de todos os
seus passivos.

165

166
Financiamentos Obtidos

 Registam-se nesta rubrica todos os financiamentos obtidos que não


sejam resultantes de compras a crédito ou por impostos

 A origem do financiamento pode provir de:


- Instituições de crédito e sociedades financeiras
- Mercado de valores mobiliários
- Participantes de capital
- Subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos
- Outros financiadores

166

© Equipa de Contabilidade Geral 1 83


ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

167 Capital subscrito

 No balanço, na rubrica “Capital subscrito” do capital próprio, deve ser


evidenciada a totalidade do capital subscrito, independentemente de o
mesmo ter sido, ou não, realizado.

 O capital subscrito mas não realizado deve ser reconhecido no Balanço,


no ativo, na rubrica “Capital subscrito e não realizado”.

 Todas as despesas suportadas com o aumento de capital subscrito


abatem-se, diretamente, ao capital próprio.

167

168 Capital subscrito

 Nas sociedades anónimas o capital é representado por ações. Quanto a


estas podemos distinguir três conceitos:

- Valor nominal da ação: é a quantia (montante) inscrita no título


- Valor contabilístico da ação: é o quociente entre o capital próprio e o número
de ações emitidas:
Capital Próprio
nº de ações

- Valor de mercado da ação: valor que indica o montante por que cada ação
poderá ser transacionada. No caso de empresas cotadas em Bolsa, o valor de
mercado é facilmente verificável pela sua cotação

168

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

12ª AULA
Apuramento de Resultados
Apresentação das Demonstrações Financeiras

169

170
Apuramento de resultados

Balancete de
Verificação
Lançamentos de
Regularização
• Demonstração resultados
• Demonstração fluxos de caixa
Balancete
• Anexo
Retificado

Lançamentos de
Apuramento de
Resultados • Balanço
Balancete de
Encerramento • Demonstração alterações capital
próprio

170

© Equipa de Contabilidade Geral 1 85


ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

171
Apuramento de resultados

 Consiste na determinação do resultado líquido do período, enquanto


medida de desempenho (performance) da gestão

 Para se determinar o resultado das operações realizadas em determinado


período, tem de se comparar os rendimentos com os gastos

171

172
Apuramento de resultados

As contas de rendimentos e gastos são subsidiárias de resultados

Rendimentos Gastos
Vendas
Resultado líquido do período

CMVMC
Dividendos antecipados

Prestações de serviços
FSEs
Resultados

Variações nos inventários


Trabalhos para a própria entidade Gastos com o pessoal

Subsídios à exploração Gastos de depreciação e amortização


Perdas por imparidade
Reversões
Ganhos por aumentos de justo valor Perdas por reduções de justo valor

Outros rendimentos Provisões do período

Juros, dividendos e outros Outros gastos


rendimentos similares Gastos de financiamento

172

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

173
Apuramento de resultados
Passo 1: Apuramento do Resultado Antes de Impostos
Os saldos das contas de Gastos (classe 6) e os saldos das contas
de Rendimentos (classe 7) são transferidos para uma subconta de
Resultados (classe 8).

Classe 8

Classe 6 Classe 7

… …

173

174
Apuramento de resultados

Gastos Rendimentos
811-Resultado antes de impostos
61-CMVMC 71-Vendas

62-FSE 72-Prestações de serviços

… …
68-Outros gastos 78-Outros rendimentos

69-G.de financiamento 79-Juros, dividendos e outros


rendimentos similares

174

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ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

175
Apuramento de resultados

Passo 2: Estimativa de IRC


A quantia estimada de IRC é inscrita na subconta 812-Imposto
sobre o rendimento do período. Trata-se da quantia de imposto
que recai sobre o RAI, considerando o resultado contabilístico
corrigido para efeitos fiscais.

812 Imposto sobre o


24 EOEP rendimento do período

175

176
Apuramento de resultados
Passo 3: Apuramento do Resultado Líquido
Os saldos das subcontas 811-RAI e 812-IRC são transferidos
para a subconta 818-Resultado líquido. A transferência do RAI
será realizada a crédito da conta 818 caso o RAI seja positivo
ou a débito da conta 818 caso o RAI seja negativo.

818-Resultado líquido 811 Resultado


811 Resultado
antes de impostos antes de impostos

812 Imposto sobre o


rendimento do período

176

© Equipa de Contabilidade Geral 1 88


ISEG – Universidade de Lisboa 2022/2023 – 2º semestre
Contabilidade Geral 1

177
Apuramento de resultados

Depois de efetuados os lançamentos de apuramento dos

resultados, o Balancete Final (de Encerramento) evidencia as

contas de rendimentos, gastos e resultados (com exceção da

conta do resultado líquido do período) saldadas.

177

Contabilidade Geral I
Licenciaturas em Gestão, Economia, Finanças e MAEG

2º Semestre – 2022/2023

178

© Equipa de Contabilidade Geral 1 89

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