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HIGIENE E
SEGURANÇA NO
TRABALHO NA
RESTAURAÇÃO
DEFINIÇÕES E CONCEITOS
A AUTORIDADE PARA AS CONDIÇÕES DO TRABALHO (ACT) É O
NOVO ORGANISMO DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL DO ESTADO
RESPONSÁVEL PELA PROMOÇÃO DA MELHORIA DAS CONDIÇÕES
DE TRABALHO E DAS POLÍTICAS DE PREVENÇÃO DOS RISCOS
PROFISSIONAIS E PELO CONTROLO DO CUMPRIMENTO DA
LEGISLAÇÃO RELATIVA À SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO.
HIGIENE NO TRABALHO
CONJUNTO DE METODOLOGIAS NÃO MÉDICAS NECESSÁRIAS À
PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS, TENDO COMO PRINCI-
PAL CAMPO DE ACÇÃO O CONTROLO DA EXPOSIÇÃO A AGENTES
FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS PRESENTES NOS COMPONEN-
TES MATERIAIS DE TRABALHO.
DEFINIÇÕES E CONCEITOS
SAÚDE NO TRABALHO
• ADMISSÃO / INICIAIS.
• PERIÓDICOS.
• OCASIONAIS.
• MECÂNICOS
• QUÍMICOS
2. AVALIAR OS RISCOS
• FACTORES INDIVIDUAIS:
4. O STRESS
LOMBALGIAS - MEDIDAS PREVENTIVAS
LOMBALGIAS - MEDIDAS PREVENTIVAS
LOMBALGIAS - MEDIDAS PREVENTIVAS
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS A OBSERVAR NA MOVIMENTAÇÃO
MANUAL DE CARGAS
LOMBALGIAS - MEDIDAS PREVENTIVAS
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS A OBSERVAR NA MOVIMENTAÇÃO
MANUAL DE CARGAS (CONT.)
LOMBALGIAS - MEDIDAS PREVENTIVAS
POSTURA CORRETA NO ESCRITÓRIO
LOMBALGIAS - MEDIDAS PREVENTIVAS
AGENTES QUÍMICOS
POR AGENTE QUÍMICO ENTENDE-SE QUALQUER ELEMENTO OU
COMPOSTO QUÍMICO, SÓ OU EM MISTURAS, QUER SE APRESENTE
NO SEU ESTADO NATURAL QUER SEJA PRODUZIDO, UTILIZADO OU
LIBERTADO, INCLUSIVAMENTE LIBERTADO COMO RESÍDUO, POR
UMA ACTIVIDADE LABORAL, QUER SEJA OU NÃO PRODUZIDO
INTENCIONALMENTE OU COMERCIALIZADO.
AGENTES QUÍMICOS
OS AGENTES QUÍMICOS PRESENTES NO LOCAL DE TRABALHO
PODEM ORIGINAR RISCOS PARA A SAÚDE OU A SEGURANÇA DOS
TRABALHADORES DEVIDO AOS SEGUINTES FATORES:
REGRAS DE ARMAZENAMENTO
ACTOS COMUNITÁRIOS
Diretiva 2006/15/CE, de 07 de Fevereiro, que estabelece uma segunda lista de valores limite
de exposição profissional indicativos para execução da Diretiva 98/24/CE do Conselho e que
altera as Diretivas 91/322/CEE e 2000/39/CE
LEGISLAÇÃO NACIONAL
ACTOS COMUNITÁRIOS
Diretiva 2006/89/CEE, de 03 de Novembro, que adapta, pela sexta vez, ao progresso técnico
a Diretiva 94/55/CE do Conselho relativa à aproximação das legislações dos Estados-Membros
respeitantes ao transporte rodoviário de mercadorias perigosas
Diretiva 2004/110/CE, de 09 de Dezembro, que adapta, pela sexta vez, ao progresso técnico
a Diretiva 96/49/CE do Conselho relativa à aproximação das legislações dos Estados-Membros
respeitantes ao transporte ferroviário de mercadorias perigosas
Diretiva 2004/89/CE, de 13 de Setembro, que adapta, pela quinta vez, ao progresso técnico
a Diretiva 96/49/CE do Conselho relativa à aproximação das legislações dos Estados-Membros
respeitantes ao transporte ferroviário de mercadorias perigosas
Diretiva 2003/29/CE, de 07 de Abril, que adapta ao progresso técnico, pela quarta vez, a
Diretiva 96/49/CE do Conselho relativa à aproximação das legislações dos Estados- Membros
respeitantes ao transporte ferroviário de mercadorias perigosas
ACTOS COMUNITÁRIOS (CONT.)
Diretiva 87/216/CEE, de 19 de Março, que altera a Diretiva 82/501/CEE relativa aos riscos
de acidentes graves de certas atividades industriais
LEGISLAÇÃO NACIONAL
1) Introdução
O fogo e as explosões estão na origem de grandes danos pessoais e materiais em instalações onde se
desenvolvem atividades económicas. A promoção da segurança contra riscos de incêndio nos
estabelecimentos industriais, comerciais ou de serviços tem como objetivo:
Com vista à satisfação destas exigências devem ser tomadas as precauções necessárias nas instalações
(fabris e administrativas), com o objetivo de:
Existe regulamentação publicada que apoia os intervenientes na sua atividade como, por exemplo, as notas
técnicas do Serviço Nacional de Bombeiros (SNB) e as regras técnicas do Instituto de Seguros de Portugal.
RISCOS DE INCÊNDIO E EXPLOSÃO
2) Natureza do fogo
O fogo é uma reação química de oxidação - redução, acompanhada de libertação de energia em forma de
luz, calor e gases próprios da combustão.
O tetraedro do fogo descreve os quatro fatores necessários para que se inicie e mantenha uma combustão.
Combustível
É o agente redutor, que pode ser oxidado, constituído por qualquer substância susceptível de arder, portanto
capaz de se combinar com um comburente numa reação rápida e exotérmica (que desenvolve calor). Pode
apresentar-se nos três estados:
• Sólido: carvão, madeira, papel, têxteis, metais como o alumínio, magnésio, sódio, potássio, etc.
• Líquido: petróleo, gasolina, álcool, tinta, verniz, etc.
• Gasoso: acetileno, hidrogénio, butano , propano, etc.
Comburente
É o agente oxidante, constituído pelo oxigénio existente no ar, sendo necessário cerca de 16% (a
concentração de oxigénio na atmosfera é de cerca de 21% em volume). Pode ainda ser constituído por uma
mistura de oxigénio com outros gases. O aumento da concentração do oxigénio provoca o aumento da
intensidade da combustão.
RISCOS DE INCÊNDIO E EXPLOSÃO
Esta energia pode ter diversas origens e é fornecida pelos focos de ignição, podendo considerar-se dois
tipos de fornecimento energético:
De origem térmica:
• Utilização de meios de ignição (fósforos, acendedores, pontas de cigarro);
• Geradores de calor (fornos, caldeiras, etc.);
• Raios solares;
• Soldadura.
De origem elétrica:
• Faíscas provocadas por interruptores, motores, etc.;
• Curto-circuitos;
• Eletricidade estática;
• Descargas atmosféricas.
RISCOS DE INCÊNDIO E EXPLOSÃO
De origem mecânica
De origem química:
• Reações exotérmicas
• Substâncias reativas e auto-oxidantes.
Reação em cadeia
Formas de combustão
• Lenta
Ocorre a uma temperatura suficientemente baixa, não chegando a emitir luz (oxidações de metais).
• Viva ou rápida
A que produz emissão de luz (radiação luminosa), e designada de fogo.
Explosão é uma libertação súbita de gás a alta pressão. O gás expande-se dissipando a sua energia de
modo incontrolável através de uma onda de choque. A energia libertada pode assumir a forma de calor, luz,
som e força mecânica, isoladamente ou em conjunto.
RISCOS DE INCÊNDIO E EXPLOSÃO
Chama
É o corpo visível e luminoso da combustão. É uma zona de gases incandescentes no seio dos quais se
produz a reação em cadeia.
Calor
É uma forma de energia libertada pela combustão que pode elevar as temperaturas de outros produtos
combustíveis presentes até à proximidade das temperaturas de inflamação, facilitando a continuação do
incêndio. Provoca ainda queimaduras, desidratação e bloqueio das vias respiratórias bem como a alteração
das propriedades mecânicas de elementos de construção.
Fumo
Gases
De acordo com a NP 1553, os fogos são classificados, em função da natureza do material de combustão
envolvido, em quatro classes:
Classe A Fogos de materiais sólidos, geralmente de natureza orgânica, e que ao arder, normalmente deixam
brasas.
A eletricidade
A eletricidade representa um risco acrescido em relação ao fogo, sobretudo no seu combate, pois não se
podem utilizar determinados agentes extintores numa instalação elétrica sob tensão, como é o caso da água.
RISCOS DE INCÊNDIO E EXPLOSÃO
Métodos de extinção
A extinção de um fogo está relacionada com os quatro elementos (tetraedro) que são necessários para que
exista combustão. São quatro os métodos:
• Arrefecimento
O mais utilizado, consistindo em baixar a temperatura do combustível e do meio ambiente, abaixo do seu
ponto de ignição.
• Abafamento
Consiste na alteração da reação química, modificando a libertação dos radicais livres produzidos e libertados
na combustão.
RISCOS DE INCÊNDIO E EXPLOSÃO
Agente extintor é o produto cuja ação, ao ser projetado sobre um fogo, provoca a extinção do mesmo. De
acordo com os métodos de extinção, existem agentes extintores capazes de atuar de acordo com os
mesmos.
Deve ter-se em atenção que alguns dos agentes extintores podem ser incompatíveis com alguns dos
produtos, sub-produtos, materiais ou substâncias utilizadas em determinados processos de fabrico.
Água
Espuma
Resultante de uma combinação de um "espumífero" com a água e o ar, a espuma atua por abafamento,
recobrindo o combustível, isolando-o do oxigénio do ar, permitindo ainda um arrefecimento devido à água.
Dióxido de Carbono
É um gás comprimido que atua por abafamento envolvendo o combustível e diminuindo a concentração
de oxigénio.
São sais inorgânicos finamente pulverizados com componentes básicos diversos. Atuam por inibição,
combinando-se com os radicais livres impedindo a manutenção da combustão. Têm um largo âmbito de
aplicação.
RISCOS DE INCÊNDIO E EXPLOSÃO
• Pó químico seco BC
O componente básico é o bicarbonato de sódio ou potássio. Tem grande eficácia no combate aos fogos
das classes B e C.
Difere do anterior por incorporação de fosfato monoamónico o que lhe confere também eficácia na
presença de fogos da classe A, mantendo-se eficaz em relação aos fogos das classes B e C.
São agentes destinados a combater fogos produzidos por metais. Neste caso o agente extintor, pó na
maioria dos casos, tem que ser escolhido em função da natureza do metal combustível.
Os extintores portáteis constituem o designado meio de primeira intervenção, pela sua rapidez de
utilização.
• Mobilidade
Segundo a sua eficácia determinada por ensaios normalizados. Estes estão definidos pela Norma NP 1589
(1984).
Sistema de impulsão
Extintores de pressão permanente - Estão sempre pressurizados, quer pela tensão do vapor do próprio
agente, quer pela pressão auxiliar conferida por um agente propulsor.
Extintores de pressão não permanente - São pressurizados na altura da utilização, através da ação de um
gás impulsor comprimido no interior de uma garrafa colocada no interior ou exterior do corpo do extintor.
Como já observado, numa indústria existe a probabilidade de fogos dos tipos A, B e C em presença ou não
de tensão elétrica. Assim devem existir os seguintes tipos de extintores:
• Para assegurar uma cobertura geral, aconselha-se 1 extintor de 6Kg para cobrir um raio de 10 metros;
• Devem existir obrigatoriamente em locais de riscos especiais (pintura, soldadura, etc.);
• Qualquer que seja a área, devem existir, no mínimo, 2 extintores;
• Por cada 2500 m2, deve existir um extintor de 50 Kg.
RISCOS DE INCÊNDIO E EXPLOSÃO
• Deve existir um extintor de 6 Kg deste tipo próximo dos equipamentos eletrónicos (diagnóstico, etc.)
pois podem ser aplicados sobre material em tensão, e em caso de incêndio não os danifica, sobretudo
o Halon (atualmente proibido) ou seus alternativos;
• Este tipo de extintor também é aconselhado para as zonas de pintura.
• Os extintores devem ser inspecionados com a frequência que as circunstâncias imponham, devendo
contudo sê-lo pelo menos mensalmente;
• Ao inspecionar-se um extintor, deve ter-se em consideração que o extintor deve estar no local designado;
• Acesso ao extintor não deve estar obstruído e este deve estar bem visível;
• Rótulo do extintor deve estar visível e as instruções nele impressas perfeitamente legíveis e em língua
portuguesa;
• Quando uma inspeção revelar que houve violação ou que o extintor está danificado, com fugas, com carga
superior ou inferior à normal ou que apresente indícios visíveis de corrosão, o extintor deve ser submetido
a medidas de manutenção adequadas;
• Deve existir um registo permanentemente atualizado que contenha as datas das inspeções, as iniciais de
quem as fez e todas as indicações das medidas corretivas necessárias
• Os extintores devem ser submetidos a medidas de manutenção sempre que uma inspeção o indique
explicitamente ou, pelo menos, uma vez por ano;
RISCOS DE INCÊNDIO E EXPLOSÃO
• Os extintores retirados de serviço para manutenção ou recarga devem ser substituídos por outros, de
reserva, do mesmo tipo e com a mesma eficácia;
• Cada extintor deve possuir uma etiqueta, bem segura, que indique o mês e o ano em que foi feita a
manutenção, identifique a pessoa ou entidade responsável que a fez e que assegure que a recarga foi
efetuada;
• Todos os extintores devem ser recarregados após usados, quando indicado por uma inspecção ou
aquando da manutenção;
A designada rede de incêndios armada (RIA), porque está em pressão, é a seguir aos extintores outro meio
de primeira intervenção. Alguns dos elementos fundamentais a ter em conta para o bom desempenho da
RIA, são:
Abastecimento de água
Uma rede geral de incêndios, entre outros componentes, é formada essencialmente por:
• uma agulheta;
• um lanço de mangueira com uniões;
• uma chave de manobra;
• um difusor (facultativo).
RISCOS DE INCÊNDIO E EXPLOSÃO
Embora os edifícios possam estar protegidos por sistemas de deteção, alarme e até mesmo de extinção de
incêndios, deverá durante a elaboração do projeto de cada edifício ser conferida especial atenção à função
para a qual o edifício é projetado, ao grau de risco existente, aos ocupantes possíveis do edifício e, a partir
destes dados, escolher os materiais de construção, dimensionar as vias de evacuação e protegê-las, ajustar
as portas e escadas.
A estabilidade ao fogo dos elementos estruturais deve ser suficiente para suportar a intensidade e duração
de um incêndio de máxima gravidade previsível.
• Estável ao fogo (EF) quando a m elemento de construção se pede que tenha uma função de suporte
(resistência mecânica);
RISCOS DE INCÊNDIO E EXPLOSÃO
Pára Chamas (PC) quando se pretende que esse elemento garanta as funções de estabilidade e
estanquidade (resistência mecânica + estanquidade aos gases e chamas + ausência de emissão de ases e
chamas pelo lado não exposto);
Corta Fogo (CF) quando se pretende que esse elemento garanta as funções de estabilidade, estanquidade
e isolamento térmico, aplica-se a estes dois últimos casos o fator tempo (totalidade dos anteriores +
isolamento térmico).
O comportamento ao fogo dos elementos estruturais deve ser adequado para assegurar, em caso de
incêndio, a estabilidade do conjunto durante um período de tempo considerado suficiente, em função dos
riscos existentes. Deve ter sobretudo:
Compartimentação corta-fogo
A compartimentação deve ser especialmente aplicada, em locais onde o risco é mais elevado (cozinhas,
casa das caldeiras, lavandarias, postos de transformação, locais onde a numero de pessoas é elevado),
podendo ser feita, através de paredes ou portas resistentes ao fogo;
Meios de evacuação
Todos os edifícios devem possuir meios de circulação e saídas suplementares par situações de emer-
gência. Estes meios devem ser suficientemente seguros e adequados ao risco e estarem desimpedidos;
Sinalização
A sinalização é uma parte fundamental na conceção de meios de, evacuação e esta poderá ser luminosa,
através de placas indicativas e sinais acústicos.
RISCOS DE INCÊNDIO E EXPLOSÃO
Sistemas de ventilação
As tomadas de ar novo, devem ser colocadas a uma distância suficientemente afastada de condutas de
fumos e de aberturas que comuniquem com locais suscetíveis de risco particular de incêndio, de modo a
evitar a poluição do ar e a propagação de incêndio. As condutas de ar devem ser- de material incombustível
(MO).
Sistema de desenfumagem
As unidades devem possuir um sistema automático ou manual de abertura. de janelas no tecto das
instalações para, em caso de incêndio, permitir a saída dos fumos resultantes da inflamação do material.
O êxito da luta com contra o fogo reside fundamentalmente na velocidade de atuação em várias frentes.
Assim, os meios de detetar o fogo no seu início revestem-se de grande importância. O objetivo principal de
um sistema de deteção automática (SADI) é:
A deteção automática baseia-se nas manifestações de fumo, calor, chamas e gases de combustão.
Sprinklers
Um dos métodos automáticos de controlo do fogo mais utilizados em instalações fixas, é o sistema de
sprinklers ou chuveiros, cujo "fusível" responde a temperaturas determinadas.