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ARTIGO ARTICLE
por esforços repetitivos: estudo de caso
em uma comunidade de mariscadeiras na Ilha de Maré, Bahia
Abstract Non-industrial labor is still widespread Resumo O trabalho artesanal persiste no país,
in Brazil. An appropriate approach ought to con- cuja abordagem deve considerar particularidades
sider different social specificities from those of sal- sociais distintas das relações assalariadas. O obje-
aried-work relations. The scope was to examine tivo foi analisar o processo de trabalho artesanal e
non-industrial work practices, specifically those suas relações com a saúde em uma comunidade de
of extractive shellfishing, and their relation to pescadores artesanais, particularmente nas ativi-
health conditions in a small-scale fishing commu- dades de pesca extrativa de mariscos. Estudar as
nity. It focused on the cadences and time contin- cadências e contingenciamentos de tempo e ou-
gencies, as well as other working conditions, relat- tras condições de trabalho relacionadas ao desen-
ed to the development of ailments such as repeti- volvimento de patologias como lesões por esforços
tive strain injury - RSI. A qualitative-ethnographic repetitivos - LER. Realizou-se um estudo quali-
study was conducted between 2005 and 2007 in a tativo, ou etnográfico, no período de 2005 a 2007,
community of 800 inhabitants, located on Maré em uma comunidade de 800 habitantes, situada
Island in the state of Bahia. In a population con- em Ilha de Maré - Bahia. Foram entrevistados 30
sisting of fishing households, thirty families were pescadores e familiares, observados as atividades
interviewed, observed at work and – in cases of no trabalho e os casos suspeitos de LER encami-
suspected RSI – referred to a specialized health nhados para serviço ambulatorial especializado.
service. The seriousness of the working conditions Evidenciou-se a gravidade das condições de tra-
became evident, especially with respect to RSI. By balho, em particular para enfermidades LER. Em
way of illustration, an average frequency of 10,200 um modo de extração de mariscos, verificou-se a
repetitive movements per hour were verified in frequência média de 10.200 movimentos repetiti-
1
Departamento de Medicina extractive shellfishing, while the official Brazilian vos por hora, enquanto, para a atividade de digi-
Preventiva, Faculdade de
norm (NR17) for a keyboarder establishes a max- tador, a norma oficial estabelece o limite de 8.000
Medicina, Universidade
Federal da Bahia. Av. Reitor imum of 8,000 movements per hour. This suggests toques por hora. Concluiu-se que as mariscadei-
Miguel Calmon s/n, Vale do that women shellfishers ought to be included in ras devem ser incluídas dentre os grupos sociais de
Canela. 40000-000
repetitive strain injury risk groups. riscos que realizam esforços excessivos e repetiti-
Salvador BA. pena@ufba.br
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Departamento de Ciência Key words Small-scale fishing, Health, Work, vos do sistema músculo-esquelético nas ativida-
da Nutrição, Escola de Repetitive Strain Injury (RSI) des do trabalho.
Nutrição, Universidade
Palavras-chave Pescador artesanal, Saúde, Tra-
Federal da Bahia.
3
Escola Bahiana de balho, Lesões por Esforços Repetitivos
Medicina e Saúde Pública.
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Pena PGL et al.
to, são inscrições de uma rica cultura culinária do não trabalho implica na perda da produção
que define as matérias-primas e orienta o modo correspondente. Deixam apenas os domingos à
de extração e preparo. A mariscadeira não se dis- tarde e alguns feriados religiosos para o descan-
tancia do seu objeto de trabalho (contrariamen- so. A exposição aos riscos inicia na infância, quan-
te ao que ocorre nos processos industriais com a do manejam instrumentos de trabalho, cami-
divisão do trabalho)12 e opera todas as fases de nham sob o sol e as intempéries, sobre as pedras
manipulação do produto, sem modificar a sua e os mangues sem qualquer proteção. Os riscos
natureza: coleta e vende com beneficiamento mí- relativos aos fatores externos se acumulam ao
nimo para a conservação, expondo-se à globali- longo da vida laboral e somam-se às condições
dade dos riscos inerentes ao ofício. que repercutem negativamente no seu crescimen-
Na região há vários tipos de peixes e crustáce- to15. O trabalho infanto-juvenil afasta ainda as
os: siri, camarão, caranguejo e “aratu” (Aratu pi- crianças e os adolescentes das atividades escola-
soni) encontrados nos mangues, além do “guaia- res, essenciais para sua formação humana.
mum” (siri do mangue: Cardisoma guanhumi); Quando eu tinha 6 anos meu pai morreu, não
moluscos, como: ostras, mexilhões, caramujos, tinha as coisas, minha mãe trazia a gente pra maré
lambretas (molusco bivalve Lucina pectinata), pra poder mariscar. Inclusive eu estudei muito
etc.; cefalópodes, como polvo e lulas. O objeto de pouco, até a terceira série porque não dava pra
trabalho da mariscadeira não é apenas uma cole- gente estudar de manhã cedo por causa da maré...
tânea de mariscos existentes na natureza, mas um Se a gente fosse estudar não dava pra gente comer,
universo de representações subjetivas compreen- não dava pra gente se vestir (Maria, 46 anos).
síveis nas esferas sócio-antropológicas, essencial Esta modalidade de trabalho precoce se dife-
para a construção de sua identidade. rencia das formas que ocorrem nos processos
industriais, principalmente em empresas tercei-
Organização da pesca artesanal do marisco rizadas e na agricultura15. Na pesca artesanal o
trabalho na infância e na adolescência tem uma
O uso de instrumentos simples não condici- consolidação cultural e social. Constitui-se o pe-
ona a divisão técnica do trabalho. Porém, a situ- ríodo de aprendizado dos modos de praticar a
ação familiar e a faixa etária estabelecem a divi- extração do marisco e da pesca. A partir dos doze
são do trabalho. Crianças e adolescentes assu- anos de idade, os meninos são destinados à pes-
mem a condição de aprendizes e não participam ca e as meninas permanecem na mariscagem. Sem
da pesca de alguns mariscos (caranguejo ou ou- disporem de condições sociais como creches e
tras atividades no mangue) em função da exi- escolas integrais, os familiares entendem que o
gência de habilidades e de condições físicas. As trabalho é um lugar seguro para proteger e de-
técnicas ou instrumentos rudimentares utiliza- senvolver a criança: O mangue da praia ajuda a dá
dos são: faca ou facão para a coleta de ostras em força nas pernas das crianças. Muitos começam a
pedras; colher de pau ou alumínio e pequenas caminhar na praia enquanto a mulher trabalha....
enxadas para cavar e/ou raspar a areia na identi- Debaixo do sol. (Conceição, 25 anos).
ficação do marisco; panela de alumínio e/ou lata A organização do trabalho artesanal não se
para armazenamento da coleta e balde para o estrutura na forma de postos de trabalho inte-
transporte do produto. grados, como se costuma verificar nas adminis-
Diversos outros instrumentos de pesca ex- trações de base matricial taylorista/fordista. Es-
trativa são utilizados, como: anzóis (varas e li- tabelece-se por meio da tradição de “métier” ins-
nhas); redes (tarrafas, arrasto etc.) para pesca crita em “habitus”, segundo Bourdieu16, herda-
do camarão; armadilhas como “gererés” ou man- dos do saber familiar, em que a mulher assume o
zuás, utilizados para captura do siri, também papel central. Também, conforme situação em
observado por Pacheco14 em região próxima; análise, a mulher conduz a dinâmica das ativida-
canoas a remo e à vela, “traquete”; “ratoeiras” des cuja organização exige a compreensão da
utilizadas na pesca do guaiamu; bombas (con- noção de autonomia e de tempo natural. Trata-
duta ilegal). A comercialização de alguns maris- se de um modo de vida, em que o conteúdo do
cos exige outras etapas de trabalho como a lim- trabalho não é fragmentado, empobrecido, alie-
peza e o pré-cozimento, sendo estes realizados nado, pois o pescador artesanal domina todo o
na forma clássica de cozinha doméstica com o processo de seu trabalho.
uso de fogareiro à lenha. A questão do gênero é marcante na divisão
Para as mariscadeiras, não há férias, descan- do trabalho de extração de mariscos, realizada
so semanal e feriados remunerados. A decisão principalmente por mulheres e crianças. Verifi-
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abordados neste artigo. Do ponto de vista ergonô- balho na vazante e descanso na enchente (Antônia,
mico, observamos a sobrecarga muscular no pes- 52 anos), pois destes ciclos, seguem todos os ou-
coço, ombros, dorso, membros superiores e re- tros da vida dessas artesãs.
gião lombar, além do excesso rítmico centrado no A maré baixa significa mais espaço de terreno
punho nas atividades repetitivas (Figura 2). Sobre arenoso na praia e no manguezal, ampliando a
as condições de higiene pessoal, estas se configu- possibilidade de encontrar mariscos. O movi-
ram com inscrições da cultura e produzidas em mento cíclico das marés define a jornada de tra-
função da falta de acesso aos serviços de sanea- balho; a tábua de marés mostra as variações di-
mento básico. Como exemplo, muitas vezes as ne- árias em função do ciclo lunar: Sururu? esse nós
cessidades fisiológicas são realizadas no ambiente temos que esperar, depende da maré. Na laje [pe-
natural, típico de áreas isoladas e camponesas. dra ou rocha], as mulheres estão tirando, quando
Todo esse trabalho, para cada mariscadeira, a Maré vaza; o bichinho fica em cima da laje.
resulta em uma renda mensal média de apenas Quando ele abre pra nós enxergar melhor, ele fica
R$ 50,00 por mês. Por isso, a miséria social im- estalando. Já o de mangue não. Ele fica debaixo da
põe ritmo intenso de trabalho para gerar mais lama (Mara, 60 anos).
produtos à venda. A jornada típica tem um período aproximado
de seis horas de mariscagem, que equivale ao tem-
O tempo natural, a lua e as marés po da maré baixa. A jornada continua por mais
na relação com o trabalho e na regência seis a oito horas, quando se soma o tempo de des-
do modo de vida do pescador locamento, o período de limpeza, pré-cozimento e
armazenamento do marisco, sendo estes realiza-
A percepção do tempo em relação ao traba- dos nas residências ou áreas comuns na colônia de
lho é uma categoria central na vida do pescador e pescadores. A jornada diária da mariscadeira varia
da mariscadeira. Nesse sentido, conhecer as com- entre 10 a 14 horas. Os valores socioculturais dos
moradores refletem o tempo natural em que as
plexas variações do tempo e suas relações com os
marés influenciam a dinâmica do trabalho e ou-
movimentos das marés é fundamental na orga-
tras atividades do cotidiano: Tudo a gente sente,
nização do trabalho de extração de mariscos, pois
tudo é através da maré. Eu mesmo estou prejudicada
a coleta ocorre nos espaços ampliados pela maré
dessa inflamação [na mão]. Não posso mais traba-
baixa ou vazante, da praia e do mangue. O tempo
lhar, venho mariscar porque não tem jeito. Sinto dor
natural é formado de ciclos solar, lunar e das
de cabeça, devido à maré (Josefa, 45 anos).
marés, influenciado pela cosmologia gravitacio-
Nas entrevistas e no serviço ambulatorial do
nal. A coleta dos mariscos tem nos ciclos das marés
hospital universitário, as mariscadeiras indicavam
a determinação da relação com o tempo no tra-
uma relação causal entre a “condição de lua” e a
balho e com a vida da comunidade. A tábua das
ocorrência de dores nos membros superiores. A
marés representa a orientação para as atividades
convicção de que a lua era causa de dores repre-
relacionais à dinâmica do trabalho. Sobre isso,
sentava um senso comum inscrito nos modelos
uma mariscadeira relata metaforicamente: Tenho
explicativos de doenças10 existentes nas comuni-
a chave da maré, para abrir e para fechar, pois tra-
dades. Tal explicação mitológica ganhou sentido
quando se investigou o modelo científico do ciclo
lunar, das marés e suas relações como o trabalho.
Lua e sol se posicionam de forma variada e
cíclica em relação à Terra e determinam a dinâ-
mica das marés, rios e canais litorâneos. Nas fa-
ses da lua nova e cheia o alinhamento da lua com
o sol proporciona a adição de gravidades sobre a
terra e por isso ocorre maior variação das ma-
rés, conhecidas como “maré-grande”. Contraria-
mente, nas “marés-mortas”, durante os quartos
crescentes e minguantes, não ocorrem adição de
gravidades e resultam em marés de fraca eleva-
ção. Nas luas, nova e cheia há, portanto, um gran-
de acréscimo do espaço de arenoso nas praias e
nas áreas de manguezais, com incremento da fre-
Figura 2. Postura típica e esforço concentrado no quência de mariscos. As populações de pescado-
membro superior, Ilha de Maré, Bahia. res conhecem esses movimentos jornaleiros, se-
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pra pegar maré alta de canoa, botava canoa lá em com o qual convivem. Procuram causas, como
cima e saía de tarde (Maria, 48 anos). visto na explicação sobre a “condição de lua” e,
Sinto uma dor assim, lateja, ficam cansados os no seu esforço investigativo mediado por con-
dois braços. Se tiver fazendo alguma coisa tem que cepções, mitos, valores, e saberes, estabelecem
parar. Até para lavar me incomoda. De noite eu nexos com o trabalho, conforme ilustra o depo-
não consigo nem dormir direito. Eu faço assim com imento seguinte:
minhas mãos [mostra movimentos], não consigo Eu sentia dor, mesmo. Ficava observando que
nem fechar minha mão direito que fica com cãi- a gente só sentia essa dor quando ia mariscar. Por-
bra. Chega de manhã cedo, eu comento que não que, quando eu era menorzinha não sentia essa
consegui dormir de noite com minha mão de cãi- dor. Aí quando eu estava assim com uns 10 anos,
bra, Nilvania, diz que sente também uma dor no que comecei a mariscar, essa dor veio, a toda, no
braço. Uma dor cansada (Dalva, 34 anos). meu braço. Ficava pensando, meu Deus, o que é
Antes eu não entendia. Porque sempre senti essa isso, que dor é essa? Mas a gente não podia ir pra
dor no braço, aí o pessoal dava o nome. Aí, eu disse médico, porque não tem como ir. É muito distante
assim: meu Deus, o que eu sinto nesse braço? O (Francisca, 35 anos).
pessoal sempre dava o nome que de Bursite. Nunca O nexo entre a enfermidade e o trabalho re-
ouvi falar isso. Levou uma época que eu não maris- presenta uma vertente importante também no
cava porque eu sentia tanta dor no braço. Eu não modelo biomédico e securitário. Nexo este cons-
conseguia nem mariscar mais. Eu ficava com medo, truído por meio da história ocupacional, dos
apavorada, porque ficava pensando que ia perder achados clínicos e da investigação ergonômi-
meu braço de tanta dor (Mirian, 28 anos). ca25,27. O suporte antropológico e o instrumental
Ao analisar a coleta do sururu, os movimen- clínico/ergonômico fundamentam esta condição
tos repetitivos continuam na segunda fase da jor- de risco para LER na pesca artesanal do marisco.
nada, quando a mariscadeira leva o produto da Para as mariscadeiras, a gravidade das LER
pesca para casa, onde realiza limpeza dos maris- só não é maior em função da autogestão, pois ao
cos, pré-cozimento e abertura de cada concha, sentir esgotamento ou cansaço físico, dor, ela
gerando assim uma média de 5.040 movimentos pode interromper o trabalho. Isto, em tese, pro-
repetitivos por hora. Em uma jornada padrão, a tege a mariscadeira de consequências mais gra-
mariscadeira pode alcançar uma média de 75.000 ves, porém sem afastar o risco das LER. Na prá-
movimentos repetitivos. São quantitativamente tica, ela é constrangida a trabalhar mesmo com
comparáveis aos descritos em situações de riscos sintomas de LER ou de outras patologias relaci-
industriais encontrados para as enfermidades da onadas ou não ao trabalho, como relatado aci-
coluna e do tipo LER25-27. Esta situação não con- ma. Esta condição de trabalho, com dor crônica
sidera outros movimentos repetitivos caracterís- se constitui em um modo de vida.
ticos de uma jornada de trabalho doméstica, Movimentos repetitivos semelhantes à extra-
como lavagem de louças e roupa. ção do sururu foram verificados na captura de
A título de comparação, para a atividade de outros mariscos, com pequenas variações de
digitador, a norma oficial brasileira, a NR 17, modos operatórios. Em alguns tipos de maris-
estabelece o limite de 8.000 toques por hora em cagem, não há movimentos repetitivos no extra-
jornadas de 6 horas28. Isto define o limite seguro tivismo, a exemplo da pesca do siri, feita por meio
de 42.000 movimentos repetitivos por dia, por- de armadilha em forma de gaiola, denominada
tanto, significativamente inferior ao identificado “manzuá”; situação que se inverte no momento
nas atividades de extração de mariscos. do preparo culinário desse marisco quando é
Esta é a cadência infernal, o sentido de uma “catado” ou descarnado.
modalidade particular de ritmo intenso obser- Neste processo de trabalho artesanal, o agra-
vado neste processo de trabalho. Situação dis- vo à saúde emerge não da valorização direta do
tinta das cadências infernais cibernéticas que es- capital, mas de forma indireta por meio do baixo
tão associadas às pressões do tempo artificial preço pago pelos comerciantes aos produtos do
simbolizado pelo cronômetro, hierarquias, divi- trabalho. Neste caso, as cadências extenuantes
sões de trabalho, pobrezas de conteúdos, ausên- resultam da miséria, dadas às condições em que
cia de autonomia no trabalho e do controle das as mariscadeiras são constrangidas ao sobretra-
técnicas, dentre outras contidas nos métodos balho para evitar a fome e a marginalização da
taylorista/fordista e sucedâneos. sua família. Por consequência, economizam na
As mariscadeiras constroem um modelo cau- compra de equipamentos de proteção à saúde,
sal da doença10, centrado no fenômeno da dor negligenciam a proteção contra riscos conheci-
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Colaboradores
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