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trabalho certo. Com a tarefa de trazer de volta a lendária Princesa da Lua para
o Príncipe herdeiro de Yamato, Rin fica muito feliz quando a princesa acaba por
ser um Príncipe. Rin é usado para treinar potenciais brinquedos reais para o seu
mestre, mas Midori o confunde. Tanto a metade humana quanto a metade lobo
de Rin querem Midori muito mal, e é um teste supremo para sua vontade superar
o seu desejo pelo brinquedo do futuro do Príncipe.
Capítulo Um
Seu coração se aliviou, era seu amigo que falava, não o seu Príncipe.
Ele tinha estado ao lado de Mori durante todo tempo que poderia se lembrar e
isso os fez praticamente irmãos, se não de sangue, mas de espírito. Eles
treinaram juntos como irmãos desajeitadamente balançando suas katanas de
madeira para o outro, e da mesma forma se tornaram homens balançando seu
aço real no campo de batalha.
— Oh, eu não estou preocupado, velho amigo. Ouvi dizer que ela é
muito sarcástica e arrogante, então tenho certeza que você gostará de quebrá-
la para mim.
Mori levantou sua xícara de saquê para ele e Rin levantou a taça em
resposta, ansioso para embarcar em sua jornada.
A aldeia onde a Princesa da Lua morava era pouco notável, assim como
todas as outras que Rin tinha passado em sua longa jornada. Rostos curiosos e
bronzeados pelo sol espiavam de casas de palha com apenas um quarto
levantadas sobre plataformas de madeira. Havia um poço no centro da aldeia
aninhada entre uma única fileira de casas. Isso era tudo.
Rin não era um homem que assumia a derrota deitado embora. Ele era
o capitão da guarda pessoal do Príncipe, e era um homem e soldado duro. Ele
levava a sua tarefa e missão a sério. Ele traria esta Princesa da Lua, cuja beleza
lhe foi dito que rivalizaria com nenhuma outra, para o seu Príncipe, não
importando o custo, mesmo que isso significasse amarrar a mulher na garupa
de seu cavalo.
Rin soltou um som abafado de surpresa. Ele não era um homem que
se impressionava facilmente, mas a beleza sobrenatural do homem irritado em
sua frente não era nada do que já tinha visto antes.
Midori tinha lábios que não eram nem muito cheios, nem muito finos.
Eles eram exatamente o tipo certo de lábios que Rin queria esmagar com sua
própria boca. Rin imaginou degustar a indignação dos lábios quando sua língua
explorasse o delicioso sabor dele e, finalmente, se insinuasse na garganta de
Midori.
1
Na arquitetura tradicional japonesa os shōji (障子?) são painéis ou portas de correr
estruturados em madeira e preenchidos com papel translúcido.
apenas uma causa perdida. Rin poderia ser um homem duro, mas não estava
em sua natureza tomar um assunto completamente indisposto e sem resposta.
Rin decidiu fazer sua despedida em breve, mas mudou de idéia quando
Midori o encurralou no corredor a caminho da casinha. Pressionando-se
agilmente contra as costas de Rin, Midori começou a moer-se maliciosamente
contra Rin.
Ele soltou um grito quando Rin apertou a pressão sobre seu pau, que
ainda soltava uma série de sêmen.
— Você será bom para ele capitão. Não tendo filhos próprios com minha
esposa e nós o estragamos muito. É hora de ele ter uma mão firme e pesada
para guiá-lo.
Rin não tinha certeza se Hiro entendeu exatamente o que ele pretendia
fazer com o seu filho, mas a confiança do velho o aqueceu.
— Meu pai vai nos ouvir. — Midori avisou, mas assim como os seus
protestos anteriores, era fraco.
— Eu juro.
2
O hakama é uma calça semelhante a uma saia usada por alguns aikidoistas. É uma
peça tradicional do vestuário samurai.
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Shibari (しばり?) é um verbo japonês que significa literalmente amarrar ou ligar e é
usado no Japão para descrever o uso artístico na amarração de objetos ou pacotes.
Foi difícil se concentrar em seu trabalho, especialmente com toda a
linda e maravilhosa pele oferecida para a sua arte. Não ajudava que Midori se
mantivesse em silêncio olhando para ele também, mas Rin era um artista
treinado. Ele só usava a melhor corda e quando ele as usou, ele fazia com que
seus súditos não sentissem a sua textura áspera. Para eles, as cordas sentiam
como seda acariciando intimamente a pele.
Rin disse que usaria sua correia de equitação sobre ele se ele gozasse
sem permissão. Midori pensou que ele estava fazendo piada no início, mas
depois de alguns golpes da tira, ele estava relativamente manso e obediente.
No entanto, ele ainda tinha aquele olhar rebelde no rosto.
Estava na hora.
Eu tenho que lembrar que ele não é para mim. Não importa o quanto
meu lobo o quer como um companheiro, eu não posso. Ele prometido a Mori.
— Por favor... — Midori disse tão baixinho que Rin mal pegou as
palavras.
Rin viu seu belo corpo estremecer quando ele esvaziou seu pênis.
Assistindo a expressão de contentamento de Midori em vez de apreensão quando
viu Rin franzindo o cenho para ele.
Tudo O que Rin tinha que fazer para retribuir o favor era ser leal,
mantenha seu animal em cheque e faça o seu trabalho de maldição. Bastante
simples na teoria, mas na realidade o seu coração continuou a bater
traiçoeiramente contra o seu peito com a visão de Midori lutando contra a sua
arte.
Qualquer que seja o crescente apego que estava começando a ter para
o futuro acompanhante real de seu senhor, tinha que ser morto a qualquer custo.
Esses pensamentos, no entanto, desapareceram imediatamente
quando a boca de Midori se fechou sobre o seu eixo. Rin afundou os dedos em
seus cabelos, gemendo o seu prazer. Ele carinhosamente olhou para Midori. A
forma como os músculos da mandíbula trabalharam e trabalharam enviaram
ondas de apreço e desejo queimando em seu corpo duro e cheio de cicatrizes de
batalhas.
Isso não parou Midori. Talvez pensando que era um desafio, Midori lhe
deu um olhar confiante de arrogância e só levou todo o comprimento duro em
sua garganta, até que seus lábios estavam roçando as bolas de Rin.
Rin gozou, sua respiração áspera e seu coração batendo. Dentro dele,
sua besta também foi bem saciada. Ele também podia vê-lo lamber as patas
com sua língua com satisfação presunçosa. A boca de Midori ainda estava
afixada sobre ele, engolindo tudo dele e não derramando uma gota. O homem
e o animal olharam para Midori possessivos e satisfeitos. Nosso.
— Você disse que isso era o suficiente para o dia? — Midori guinchou.
Rin estava em cima dele puxando os dois braços acima da cabeça. Rin
podia sentir o coração de Midori batendo de forma irregular contra o peito
maravilhosamente magro e pálido, como uma vibração de um pássaro
engaiolado.
Meu, eles pareciam dizer. Todo meu. Todo nosso, seu lobo concordou.
Surpresa atada com... Uma emoção que Rin não podia decifrar. Rin
decidiu colocá-lo de lado por enquanto. Agora não era o momento de confrontar
sentimentos e emoções que ele não queria ou poderia colocar um nome. Seu
menino tinha sido bom, ou pelo menos, tinha sido em seu melhor
comportamento. Era justo que fosse recompensado.
Não era sua intenção chocar o Príncipe da Lua em um novo mundo que
ele logo teria que se acostumar, mas apenas para dar-lhe um gosto dele.
Certamente, Midori parecia responder bem à sua formação.
Rin fez uma pausa em sua tarefa para repreendê-lo. —Você tem que
aprender a ter paciência e uma medida de controle, Midori. Se você reagir de
forma tão aberta assim para alguém...
Quanto tempo fazia que Rin teve alguém para dormir com ele,
simplesmente dormir, ao lado dele na cama?
Este não era o protocolo usual para Rin. Normalmente, ele nunca teria
recompensado os seus submissos no início do jogo e ele normalmente ia deixá-
los para o seu descanso depois de uma sessão. Rin estava relutante em se
separar de Midori embora. Pressionados tão perto um do outro, ele podia ouvir
a vibração animada do coração do outro homem.
Capítulo Três
Por que ele está com pressa? Será que tem algum prazo absurdo para
atender, ou está apenas ansioso para livrar-se de mim?
Ele apertou sua mão na cintura de Rin. Midori tinha medo de que
fosse cair a qualquer segundo do cavalo a galope.
O corpo do outro homem ficou tenso por algum motivo. Ele ficou
tenso com os pequenos toques de Midori tantas vezes que Midori às vezes se
perguntou se ele desagradava Rin. Tendo sido adorado e querido toda a sua vida
por inúmeros senhores e samurais, era realmente uma reação que não conhecia,
e era desconcertante ter alguém realmente olhando para ele com desprezo e
antipatia.
Qualquer que fosse a casa que ele mencionou, Midori não podia vê-
la na paisagem indistinta que foi continuamente bombardeada pelo aguaceiro.
Parecia que Rin possuía sentidos mais aguçados do que a maioria dos homens,
mas, talvez, fosse um produto de seu treinamento militar. Midori se lembrou de
Rin mencionar que ele tinha sido um soldado na guarda do Príncipe desde que
era jovem. Se isso era parte integrante da vida do soldado, Midori não queria
nada disso.
— Como você tem certeza que vão nos ajudar? Estamos encharcados
e somos apenas estranhos para eles. — Midori perguntou enquanto Rin o ajudou
a desmontar.
Uma velha dor familiar pulsava dentro do coração de Midori. Lar. Ele
gostaria muito de abandonar esta jornada tola e ir para casa.
Midori não respondeu. Ele só assistiu Rin correr os dedos sobre sua
mão, em seguida, levantou-a até seus lábios e depois soprou sobre elas. O ar
quente fez cócegas contra a pele de Midori. Por alguma razão, ele corou com o
gesto simples.
Talvez Midori tivesse algo a ver com isso. A forma como ele facilmente
entrou em uma conversa amigável com a família da casa surpreendeu Rin. Havia
também algo sedutor sobre a maneira que se sentavam tão perto uns dos outros
ao redor do fogo. Sentia-se estranhamente íntimo e acolhedor. Com uma
pontada, Rin percebeu que ele nunca tinha experimentado nada como isso
antes. Sentar junto e ter uma refeição com uma família era um conceito estranho
para ele.
Algo em sua voz ou expressão deve ter satisfeito Midori, porque ele
voltou para sua conversa com Hina, a esposa do velho fazendeiro.
O que está feito está feito. Além disso, é um conforto tê-lo ao meu
lado. Eu nunca mostrei, mas encontrava a sua presença reconfortante. — Como
um ajuste perfeito de um quebra-cabeça faltando. — Seu lobo sussurrou.
Rin ignorou sua voz novamente. Frustração aumentou e encheu sua
cabeça. Ele pegou sua tigela e furiosamente levou o arroz a sua boca com os
pauzinhos.
Capítulo Quatro
— Olha Midori, não acho que pode caber nós dois lá dentro. Talvez
possamos revezar.
Midori já estava tirando rapidamente suas roupas. Rin teve que fazer
uma pausa para estudá-lo. Os olhos de Midori estavam fixos com tal
concentração no vapor da água para o banho. Lá fora, eles ainda podiam ouvir
a chuva batendo forte contra o teto e o som ocasional de um trovão. As roupas
secas caíram como flocos indesejados, revelando seu corpo esbelto e a bonita
pele pálida. Mesmo que Rin já o tivesse visto muitas vezes nu, ainda não estava
acostumado com a visão.
Percebendo a maneira que Rin estava olhando para ele, Midori bufou.
— Não gosta do que vê?
— Sua expressão parece a de uma pessoa que quer ser fodida. — Rin
observou, jogando fora a última peça de suas roupas.
— Companheiro quer jogar. — Seu lobo disse e pela primeira vez, ele
concordou. Felizmente ou infelizmente para Midori, Rin nunca recuou de
qualquer desafio, seja no campo ou na sua vida pessoal.
— Será que você pode virar? Não posso alcançar você a partir daqui.
— Você disse que não era sexo, não é? Mas tocar não está
exatamente fora dos limites. — Rin colocou os braços em volta do quadro do
homem mais jovem, passando as mãos suavemente sobre o peito de Midori e
para baixo da água para o resto do corpo.
— Maldito seja, Rin... — Como sempre faltava força ás palavras de
Midori.
— Porque tinha certeza que você não podia se conter. Iria acabar
fodendo-me. — Depois da admissão, Midori já não era capaz de falar.
— Você presume Príncipe da Lua, que sempre gostaria tê-lo? Que sou
uma besta selvagem incapaz de me controlar? — Midori lhe respondeu com um
gemido baixo. — Bem. Você está certo dessa vez. Sou uma besta e tenho o
direito de ter você quando eu quiser.
Midori quase gozou com essas palavras, mas Rin apertou seus dedos
em seu pênis em sinal de advertência. — Ainda não, menino!
Rin inicialmente estava com medo que Midori não pudesse tomar ele
todo, mas o homem menor não se opôs nem uma vez.
Não demorou muito para que Rin gozasse também. Foi um dos ápices
mais satisfatórios que Rin tinha experimentado. Nunca tive relações sexuais com
mais ninguém que fosse tão bom. Nem as meninas que tinha cortejado no
passado ou os inúmeros homens e mulheres que Rin havia treinado para o
Príncipe. Inclinando-se contra as costas de Midori, seu corpo parecia suspirar de
pura satisfação como um animal preguiçoso, um lobo que tinha acabado de
saciar suas compulsões de acasalamento.
Por que estar com Midori era tão diferente? Rin se perguntou. Seu
lobo inesperadamente respondeu e Rin não gostou nem um pouco da resposta
do animal. — Porque o sexo não é apenas luxúria é a reunião de carne. É também
o encontro de almas. Isso é o que significa, finalmente, encontrar o nosso
companheiro.
Capítulo Cinco
— Pensei por muito tempo que você não gostava de mim e que me
via apenas como um trabalho, mas estava errado. Pelo menos espero estar
errado. Diga-me, sou apenas uma tarefa para você, Rin?
Isso não explica por que queria chegar à capital o mais rápido
possível. Midori não expressou seus pensamentos embora. Estragar esta noite
especial não faria nenhum bem a qualquer um dos dois. Quaisquer que fossem
as reservas que Rin tinha não falariam sobre elas para Midori tão cedo. Isso era
bom, no entanto. Midori era paciente e Rin disse que a viagem seria longa.
Esperaria. Tinha esperando por Rin toda a sua vida no fim das contas, mesmo
que só tenha percebido isso recentemente.
— Será que essa sensação ainda te faz bem? — Rin provocou a borda
de seu pescoço com os dentes, enviando tremores no corpo de Midori apenas
com um simples gesto.
Antes de conhecer Rin, ser amarrado e espancado não era algo que
Midori associaria com suas fantasias sexuais. Ele não achava que estar sob a
mão firme e controladora de Rin pudesse ser tão erótico, nem que ele se sentiria
tão livre a cada vez que fazia uma sessão. Midori não conseguia articular seus
pensamentos, mas mesmo que fosse cativo de Rin, nunca se sentiu um
prisioneiro. Submeter-se a Rin não o fazia impotente ou fraco. Dava-lhe o poder,
e fazia dele um indivíduo mais forte e mais confiante dentro e fora do quarto.
— Pensei por muito tempo que você não gostava de mim e que me
via apenas como um trabalho, mas estava errado. Pelo menos espero estar
errado. Eu sou apenas uma tarefa pra você, Rin?
Ele tinha todo o direito de marcar Midori porque pertencia a ele tanto
quanto ele pertencia ao outro homem, mas poderia realmente ser Midori o que
Rin, obviamente, queria que ele fosse? Rin não podia simplesmente entregar-se
a Midori da mesma forma como o Príncipe da Lua sem medo e sem vergonha
fez. De certa forma, era um covarde patético que não poderia lutar ou defender
o que era seu.
Tenho que pensar em Mori. Mori ajudou-me quando ninguém mais fez.
Ele me deu a chance de provar a mim mesmo e subir através das fileiras de seu
exército por meu próprio mérito.
Talvez não fizesse mal só esta noite, Rin pensou. Amanhã tudo
voltaria ao normal. Pelo bem de ambos, tinha que ser assim.
Capítulo Seis
Entretanto o que ele disse era verdade. Após sua carinhosa noite
juntos na casa da família Reisuke, Rin tinha se tornado distante e mais frio a
cada dia que passava. A cada dia se aproximavam cada vez mais do Capitólio.
Midori não sabia por que esse pensamento o enchia de temor. Quanto mais cedo
se separasse do capitão áspero e grosseiro, melhor.
Por kami e os deuses, ele realmente achava que Rin era o seu
Príncipe? Midori sabia que tinha cometido um erro grave, mas uma parte sua
ainda se recusava a desistir.
— Você é surdo ou devo arrastar você para baixo? — A voz dura de Rin
trouxe os pensamentos de Midori de volta ao presente.
Ele quase entrou em pânico quando seu pé deslizou para fora da sela.
A última coisa que queria era que Rin visse seu rosto bater na lama. A mão
calosa de Rin pegou a sua, familiar, forte e estável. Forte, como o próprio homem
frustrante e teimoso. Com o pulso acelerado, Midori soltou um suspiro, mas Rin
apenas o soltou.
— Puxe para baixo suas calças e fique de frente para aquela árvore.
— Rin fez um gesto para a árvore de gingko4 próxima ao lado da estrada.
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Ginkgo biloba, de origem chinesa, é uma árvore considerada um fóssil vivo, pois
existia já no tempo dos dinossauros, há mais de 150 milhões de anos. É símbolo de paz e
longevidade por ter sobrevivido às explosões atômicas no Japão.
Uma vez que soltou as calças e sua bunda nua provou o ar, Midori
definitivamente encarou Rin. O encarar não durou muito tempo, quando viu o
que Rin estava manuseando. A alça de equitação de cerejeira polida brilhava em
suas mãos, ameaçando... Quando Midori imaginou a ponta da alça acariciando
sua carne, ele estremeceu.
Meu menino.
O rosto de Midori começou a esquentar e ele estava feliz por Rin não
poder vê-lo. Quase podia imaginar a expressão impassível e imutável de Rin.
Para Rin, a tarefa humilhante não era diferente de qualquer outra, como escovar
a crina do cavalo ou afiar sua katana com uma pedra de amolar.
Mordendo o lábio, Midori resolveu fazer melhor. Por mais que odiasse
Rin por fazer isso, ele não estava com medo. Sabia que Rin nunca iria machucá-
lo. Cada golpe era calculado, preciso e cuidadoso. Claramente, Rin sabia o que
estava fazendo.
Rin apertou uma mão firme sobre o seu peito e suavemente o afastou
da árvore. Seu pênis ereto sentiu o gosto do ar frio de outono, mas não demorou
muito para que ficasse quente novamente. Atrás dele, Midori pode ouvir Rin
fazer um som de sucção com os dedos. Ele deveria tê-los molhado porque Midori
se contorceu quando sentiu o dedo molhado lubrificar a borda da sua bunda.
Quando estava bom e solto, Midori mal podia respirar. Ele queria que
Rin entrasse dentro dele e não podia esperar o outro homem abaixar as calças.
— Não goze ainda, não até que eu diga. — Rin resmungou atrás dele.
5
Kabuki (歌舞伎, Kabuki) ou cabúqui é uma forma de teatro japonês, conhecida pela
estilização do drama e pela elaborada maquilhagem usada por seus atores.
limitado. Mesmo a contragosto Rin admitiu que sua formação estava quase
completa.
Midori não podia deixar de temer o dia em que o homem que amava
iria entrega-lo a um desconhecido como um presente. Príncipe Mori podia ser o
príncipe herdeiro da Yamato, mas era um estranho. Um estranho que ele não
amava e um estranho que não poderia amá-lo do jeito que ele queria. Não da
maneira como Rin o amava.
Capítulo Sete
Para seu crédito, Midori nunca reclamou. Teria sido mais fácil se o
Príncipe da Lua gritasse com ele ou batesse os punhos contra ele, assim Rin
saberia que Midori o odiava e queria se livrar dele o mais rápido possível.
O estranho era que Midori não estava bravo com Rin. Mesmo que
tivesse todo o direito de odiar o homem que lhe arrancou de sua casa, brincou
com ele e o atormentava constantemente. O homem detestável que iria
apresentá-lo a outro homem como um objeto sem vontade.
Rin não fez nenhuma dessas coisas. Ele tinha o seu dever e não
poderia trair o seu Príncipe. Não o Príncipe Mori com quem brincou de caçadas
e cresceu. Eles eram inseparáveis e chegaram ao seu primeiro bordel juntos
para a sua primeira vez. Ele jurou proteger e servir Mori para o resto de sua
vida. O Príncipe era um homem bom e faria um dia um bom Imperador.
Ele podia ver o lobo dentro dele olhando para ele com reprovação
clara em seus olhos amarelos. Ele não gostava nem um pouco de sua decisão,
mas, em seguida, o lobo não podia compreender totalmente as complicações do
mundo dos homens.
Ele não olhou para Rin quando falou. Seus enormes olhos de ébano
estavam fixos sobre a série de brilhantes luzes e pináculos do Palácio de Jade
para além deles, que foram além com centenas de lanternas coloridas.
Rin se surpreendeu com o som de sua voz suave. Midori não tinha
falado por um longo tempo, e Rin estava quase com medo que tivesse ficado
mudo. — Você quer dizer, o Príncipe Mori?
— Claro, ele pode ser um bom homem, mas ele só vai pedir sua
prostituta real quando me quiser. Tudo o que sou é uma boa foda no final de um
dia difícil.
Não era justo, mas depois nada no mundo era justo, para começar.
Para Rin especialmente. Rin que era um bastardo nascido de uma bêbada que
se prostituiu para um nobre. Ao contrário do príncipe Mori que nasceu para seus
títulos, Rin teve que esculpir um lugar para fora da esfera de influência de seu
pai. Para diferenciar-se de seus sete irmãos, que eram todos filhos legítimos do
homem que chamou de pai.
Rin sempre lutou e trabalhou duro pelas coisas que queria toda a sua
vida, então por que era difícil lutar por aquilo que ele queria agora?
Em vez das palavras que ele queria dizer, Rin disse: — Não é uma
má oferta. Depois de alguns anos, você estaria liberado de seu contrato e pode
voltar rico para casa.
Algo impulsionou Rin a sair de seu lugar no chão para sentar-se ombro
a ombro com Midori. O Príncipe da Lua parecia tão infinitamente triste que
estava tentado a confortá-lo. Além disso, era apenas uma noite. Certamente,
não lhe custaria dar a Midori pouco de conforto. Faça isso, seu lobo concordou.
Midori nem sequer olhou para ele. Querendo sua atenção, Rin
estendeu a mão e tocou o queixo de Midori puxando-o de modo que ele enfrenta
Rin.
Lá estava ele. Dizendo as palavras que ele não queria ouvir, deitado
nu e exposto à noite. Palavras que poderia facilmente criar fissuras ao longo da
armadura que usava sobre o seu coração. Não era tarde demais, uma voz
interior lhe sussurrou. Rin foi subitamente tomado pelo impulso de pressionar
Midori mais perto dele. Para acariciar suas costas e lhe dizer às palavras que ele
queria e precisava muito ouvir. Ele poderia corrigir tudo isso com uma única
palavra. Apenas uma única palavra.
Sim. Sim, eu quero você para mim. Para proteger, amar e cuidar.
Rin se perguntou se era assim que Midori o olhava o tempo todo, mas
agora suas posições estavam invertidas. Ele estava agora em posição de se
machucar.
O velho Rin teria rido, mas não havia nada engraçado sobre a
situação. Ele não era mais o velho Rin e não havia absolutamente nada
engraçado sobre a maneira que Midori permaneceu firme, respirando com
dificuldade. Como se o esforço de dizer essas palavras estivesse cobrando um
tributo sobre ele.
Dane-se tudo. Ele teve a sua chance. Ele poderia ter dado a volta por
cima. Poderia ter tido Midori aninhado ao lado dele em seu futon esta noite, seu
corpo doce um ajuste perfeito contra o seu próprio.
— Me ajude.
Rin tinha estado superando o seu lado animal por tanto tempo que
demorou alguns minutos para se concentrar e tomar posse dessa parte bestial
de si mesmo que sempre o envergonhou. Não mais. Não se podia obter Midori
de volta. Ele rasgou suas roupas quando pelo o cobriu. Rin cerrou os dentes e
suportou a dor quando ossos e órgãos mudaram.
Midori não sabia o quão longe cavalgou. Ele andava pela noite, guiado
pela luz da lua e seguiu pelo caminho largo de terra por onde ele e Rin haviam
viajado. Era uma estrada simples de terra e tinha certeza de que não teria
nenhum problema.
Não tinha certeza para onde estava indo ou o que ia fazer a seguir.
Tudo o que importava era que estava andando para o mais longe possível do
homem que levou o seu coração, do homem que não o queria.
— É por isso que eu não bati na cara dele. — Seu captor rosnou,
virando a cabeça para um lado para cuspir na estrada. — Dê-me a corda antes
que eu faça mais danos. Este é surpreendentemente feroz, como um cão sem
dono selvagem. Nós vamos conseguir um bom dinheiro com ele. Os compradores
adoram domar escravos lhes batendo até obter a submissão.
Sinto muito, Midori pensou para o pobre animal. Não deveria tê-lo
levado de Rin. Eles provavelmente irão vendê-lo também.
— Eu me pergunto. Será que ele vai gritar como uma mulher quando
eu transar com ele também? — O bandido zombou.
Se ele fosse Rin, bem... Rin iria cortar esses homens para baixo, sem
hesitação, mas Rin estava... Por que ele fugiu de Rin? Ser um brinquedo de foda
para um príncipe de repente parecia mais atraente do que estar à mercê de
homens desconhecidos que significavam perigo.
O príncipe pode ser um estranho, mas ele era um estranho que iria
conceder uma vida de prazer e luxo sobre ele. Midori poderia ser tratado como
um animal de estimação bem cuidado, mas pelo menos estaria protegido.
— É apenas uma amostra. Eu não vou transar com ele muito duro.
Apenas o suficiente para saciar as minhas necessidades. — Disse Shiro,
parecendo despreocupado.
Midori fechou os olhos com força. Isso á foi feito com ele já!
É aquele lobo que ouvi antes. Agora que penso nisso, o estupro parece
ser uma alternativa melhor.
Ele sentiu o seu atacante, mas Midori ainda estava enraizado naquele
ponto embaraçoso com as calças abaixadas. Shiro virou muito lentamente, e
Midori ouviu o som de dentes mortais rasgando a carne.
Shiro virou, mas sua reação foi muito lenta. O som de dentes afiados
mortais facilmente rasgando através da pele e ossos quebrando interromperam
o silêncio da noite. Shiro não morreu tão facilmente quanto os outros dois.
Por que a besta estava tão furiosa? Ele sabia que era errado, mas
Midori sentiu uma lasca de satisfação de ouvir os gritos de morte de Shiro. Além
disso, quantos homens jovens e mulheres que esse bandido sujo não poderia
mais violar?
Ele não sabia por que estava falando com o animal, mas o lobo
definitivamente tinha um olhar de aborrecimento em seu rosto.
Que estranho. Por que esse olhar parece tão familiar? Ele podia
imaginar essa expressão enfurecida em um rosto humano. Se ele tivesse que
escolher um rosto, seria o de Rin.
Estava claramente frente a frente com morte, mas porque o lobo não
me ataca? Por que está só me olhando? Não. Não podia ser!
Midori endureceu quando sentiu Rin se aproximar dele. Rin não falou
enquanto cortou a corda, ou gentilmente levantou suas calças. Com as mãos
trêmulas, Midori tocou as mãos bronzeadas e calejadas de Rin quando
descansaram em sua cintura.
Havia uma urgência na voz de Rin, um aperto que ainda traiu sua
raiva. A raiva não dirigida a Midori, mas a si mesmo. Midori conhecia o homem
bem o suficiente para saber que se culpava pelo o próprio erro tolo de Midori.
Também seria tão previsível e fácil para Rin acreditar que de alguma forma,
Midori estava com medo por aparecer como um lobo.
Midori podia sentir o alívio que tomou o corpo do outro homem, era
palpável. Será que o grande tolo realmente acha que iria rejeitá-lo simplesmente
por ser capaz de se transformar em um lobo?
Seu próprio corpo também ainda estava tremendo de alívio por ter
escapado de um estupro desagradável. Emoções corriam selvagens por ele, e
ficou feliz Rin quando passou os braços firmemente em torno de seu corpo
tremendo. Lentamente, ele começou a se acalmar quando as mãos fortes de Rin
começaram a acariciar suas costas.
— Nunca mais faça isso. Nunca fuja de mim de novo. — Disse Rin,
inclinando o queixo de Midori o forçado a olhar em seus olhos.
Para sua surpresa, Rin começou a rir e Midori olhou para ele,
estupefato. Não achava que já tinha visto Rin rir dessa maneira. Era um riso
despreocupado e profundo.
— Você deveria rir mais vezes, lobo. Você é bonito quando ri. —Midori
sussurrou.
Midori pensou que Rin não só o limpou, mas conseguiu curar qualquer
cicatriz emocional que os bandidos deixaram para trás. Só nos braços de Rin,
Midori poderia esquecer a violação assustadora que quase foi infligida ao seu
corpo.
Pela primeira vez, ele estava com medo de descobrir o seu corpo ao
luar, onde Rin podia ver tudo dele.
Rin rosnou em sua garganta, e seus olhos se estreitaram. Ele
descansou suas mãos quentes e calejadas na cintura de Midori. — Você não é
imundo. Você é perfeito e belo.
Sentindo Rin imprensar uma mão possessiva sobre suas costas enviou
um tremor através dele. O simples contato de carne com carne poderia torná-lo
impotente sob o controle do outro homem, mas Midori tinha que se concentrar.
Ele tinha um trabalho para fazer hoje à noite, um trabalho que iria dizer ao outro
homem o quanto ele o amava.
Midori lambeu o mamilo esquerdo de Rin. Incentivado pelo gemido
apreciativo do homem maior, ele se mudou para o outro mamilo. Rolou-os
habilmente debaixo da sua língua até que endureceram. Antes que Rin pudesse
agarrar seu cabelo para atrasá-lo, Midori começou a deixar um rastro de beijos
pelo seu peito, abdômen e barriga lisa.
Ele queria que Rin soubesse que cada lambida e beijo significava mais
do que ser grato a Rin por salvá-lo. Elas significavam muito mais. Mais do que
Midori poderia dizer em palavras. Parecia que Rin entendeu, porém, porque
quando Midori deu uma pausa de sua tarefa para dar ao homem um olhar, Rin
lhe lançou um sorriso de aprovação.
Capítulo Nove
Ele não reclamou ou chorou, e Rin desejou que ele fosse mais vocal
sobre seus pensamentos. É verdade que a noite passada havia mudado as
coisas, talvez para melhor. Mas também fez tudo muito mais difícil para Rin. O
próprio animal de Rin o olhou continuamente com desaprovação tranquila. Não
havia mais nada que pudesse fazer depois que deixaram a paisagem selvagem
e entraram nas áreas urbanas povoadas.
Ele deu a Midori uma olhada, que estava logo atrás de Rin. Ele sorriu
para Rin. — Parabéns. Vejo que você conseguiu a sua missão.
Era muito fácil para Rin ler Midori agora, e uma vez que ele percebeu
Midori não estaria mais a seu lado, a dor insuportável em seu coração havia se
transformado em uma ferida irreparável.
— Você deve estar cansado. O Príncipe ordenou que os atendentes
preparassem um quarto e a casa de banho para ambos. Eu acho que ele gostaria
de seu novo acompanhante todo perfumado e enfeitado. — O soldado Jin,
brincou.
Midori não o poupou tal letal expressão fulminante que Rin teve que
sorrir quando Jin hesitou. Rin não estava preocupado com Midori não se
adequando. Seu Príncipe da Lua tinha as matérias e altivez de qualquer nobre.
— Ele não é mais seu. — O lobo o lembrou e a ferida em seu coração pulsava
dolorosamente contra o seu peito. Você preferiu abrir mão dele.
Rin guardou o segredo por mais de 20 anos e ele não estava disposto
a revelá-lo agora. Ele finalmente disse a atendente o observando para que
preparasse o seu banho.
— Por favor... — Midori diria e Rin só iria atendê-lo depois que ele
implorasse e suplicasse para Rin para levá-lo.
Mesmo sem olhar para trás, Rin ainda podia sentir o olhar de
satisfação no rosto de seu Príncipe da Lua. Não. Midori pertencia ao Príncipe
agora. Ele nunca pertenceu a Rin. Seu coração continuou a doer e desejou que
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O hitatare é um manto formal de tribunal de samurai, é uma túnica de linho com
crista projetado para uso diário, foram caracterizados por decotes em forma de V.
a caminhada levasse muito mais tempo para que pudesse saborear a última vez
que andaria com Midori tão livremente.
Rin agradeceu a kami e os deuses que esta era uma reunião privada.
Não achava que poderia estar com mais ninguém tendo seus olhos sobre Midori
quando Mori lhe pedisse para despir-se e apresentar-se. Seu controle sobre sua
besta estava tão desgastado que sabia que rasgaria qualquer um que olhasse
engraçado para Midori sem hesitação.
Olhando para ele, porém, não fez com que Rin se sentisse mais calmo.
Sua besta soltou um grunhido de advertência.
— Capitão Rin! É bom ver você, velho amigo. — Ouviu a voz jovial e
familiar do Príncipe Mori. — Espero que a viagem tenha valido a pena?
Parecia que ele tinha acabado de vir de uma caçada. Mesmo vestido
com seu traje informal preto e branco simples, ele não parecia menos como um
príncipe. Sem jamais confundi-lo com um nobre nascido de sangue real. Estava
lá, em sua postura, gestos, costumes e fala. Ele sentou-se preguiçosamente em
um dos bancos de pedra, com um copo de saquê na mão.
Por kami e os deuses, não vou atacar o homem que é como um irmão
para mim. Ele endureceu-se e empurrou de volta a fera em sua jaula, onde ele
pertencia, mas recusou-se a deixar transparecer.
Ele é o meu presente, Mori, não seu. O que estou fazendo? Eu estou
indo realmente entregar Midori como um cavalo de presente? Ele é diferente dos
inúmeros homens e mulheres que entreguei a Mori antes. Ele pertence a mim.
Tanto sua besta e coração acordaram. Ele deu uma guinada dolorosa
e violenta contra o seu peito, fazendo o que Rin estava apavorada demais para
fazer. Lutando por sua alma gêmea. — Lute pelo nosso companheiro. — Disse o
lobo. — Lute e reivindique o que é nosso por direito!
Quanto tempo que me resta, antes de ser tirado de mim para sempre?
— Rin, o que há de errado com ele? Achei que você o tivesse treinado.
— Ele foi. Ele está bem treinado. O melhor que eu já treinei. — Disse
Rin com a voz embargada o que fez com que Mori olhasse para ele, finalmente.
— Nada há nada de errado com ele. Ele é perfeito.
Seu amigo de longa data o estudou, sem falar por um longo tempo.
Tudo o que ele viu, Rin não sabia, mas isso não parecia ser bom. Seu longo e
condenável silêncio perturbava profundamente Rin. Mori era um jovem falante
em particular, mas ele poderia ser um líder militar frio e eficiente quando
necessário. Essa foi a razão pela qual venceu todos os seus sete irmãos para o
trono.
Então seu olhar caiu sobre Midori, frio e calculista. Era um olhar que
Rin reconhecia. Mori usava aquele olhar quando condenou criminosos de guerra
para os blocos de execução. Rin também sabia que Mori nunca levaria bem
qualquer pessoa que desejasse levar dele o que pensava que era seu por direito.
Afinal, ele era futuro governante da Yamato. Assim, em teoria, todos os seres
vivos e não-vivos que vivessem e existissem sob o seu território, eram seus por
direito.
Capítulo Dez
Ele preferia matar Mori agora a sofrer por Midori ser ferido. Rin ainda
não podia esquecer a raiva em brasa que sentiu quando cheirou o medo de
Midori, ou o doce sabor desses bandidos quando os rasgou em pedaços. Rin
sabia que mataria de novo se a vida de Midori fosse ameaçada.
— Você quer pedir o que é meu por direito? Você quer demais,
capitão. Podemos ter crescido juntos como meninos, Rin, mas nunca se esqueça
de que eu sou um príncipe e você é apenas um soldado. — Cada palavra que
caiu dos lábios de Mori era como um golpe.
Rin sempre soube que nunca quis estar nas más graças de Mori, e
sabia que era imprudente fazê-lo agora, mas já era tarde demais para recuar.
Rin deveria ter parado agora, deveria ter se desculpado e pedido o perdão do
Príncipe, mas nem uma polegada dele queria. Ele serviu a vida toda. Tinha sido
casado com o dever.
Não, assustado por ele. O cheiro do medo dele era tão forte que quase
esmagou Rin e convocou os impulsos de proteção de sua besta. Midori estava
realmente com medo, mais medo de Mori do que do homem que tentou estuprá-
lo.
— Por favor, Alteza. Se você tiver que punir alguém, me puna. Exile
a mim, me torture e tire a minha vida, se desejar. Eu o amo. — A voz
estrangulada de Rin tornou-se firme com determinação.
Ele podia sentir Midori tremendo ao lado dele, então estendeu a mão
para segurar a sua. Poderia ser a última vez que sentiria o toque suave do seu
Príncipe da Lua. — Eu o amo! Então, se os nossos anos de amizade não
significam nada...
— Maldição dos deuses, Rin. Você está falando sério, não é? — O tom
de descrença absoluta de Mori fez Rin olhar para ele, esperançoso. Nenhum traço
de raiva foi deixado no rosto do príncipe.
Ele está chorando, por que não estou surpreso? Ainda assim, as
lágrimas de Midori tinham o seu apelo.
Rin sentiu Midori empurrar para fora a cabeça de seu ombro, sem
dúvida gritante. Rin empurrou-o de volta. Mori pode ser misericordioso e seu
amigo, mas ele ainda era o seu Príncipe.
Deve ser coisa de Midori. Talvez seja isso que companheiros são.
— Para onde vamos agora? — Midori perguntou quando eles
tropeçaram de volta para o estábulo.
Ele teria Midori usando outro daqueles Hakamas apenas para saborear
a expressão indignada e chocada de Midori e ouvir o som do tecido caro
rasgando. Depois disso, Rin iria levá-lo para os banhos... Embora uma grande
banheira de imersão cortasse o efeito. Talvez pudesse substituir a que tinha em
sua casa por uma muito menor, que não deixaria um centímetro de espaço entre
eles.
— Meu lobo selvagem. — disse Midori com tanto carinho que suas
palavras o fizeram se sentir bem. Rin estava feliz por ser o lobo selvagem do
Príncipe da Lua.
Midori bufou. — Sexo é tudo que você pensa você grande lobo. Tem
estado escrito em todo o seu rosto, desde que me viu nesta hakama.
— Rasgar...? Não se atreva, Rin. É tão bonito e deve ter custado uma
fortuna. — Rin quase podia vê-lo fazendo beicinho atrás dele. — Eu duvido que
você possa me comprar essas roupas caras também. Quanto ganha um soldado
de qualquer maneira?
— É pouco?
— Vinte, Midori.
— Vinte o quê?
Com isso Rin passou pelos portões do palácio e para a cidade. Rin
sentiu Midori inclinar sua cabeça contra ele. O outro homem ainda teve a ousadia
de pressionar o nariz como um animal de estimação mimado até a nuca de seu
pescoço para cheirá-lo.
Oh, o seu Príncipe da Lua estava atrasado para uma aula, Rin pensou
com diversão. Ele olhou para frente para a formação de Midori novamente. —
Sessenta então.
Rin teve que sorrir para isso. — Você pode estar certo.
— Sim?
Era estranho que Rin sentiu uma onda de orgulho por essas palavras?
Ele nunca se arrependeria de escolher o seu coração sobre o seu dever. Nunca
mais.
Fim