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A luta contra o apartheid na

África do Sul

Em alguns países africanos independentes, os nativos tiveram

de lutar contra a opressão de regimes segregacionistas como o

da Rodésia e o da África do Sul.

No começo do século XX, a África do Sul, país rico em recursos

minerais, era habitada por povos negros, como os bosquímanos,

os xosas e os zulus, e por descendentes de holandeses e ingleses (cerca de 15% da população). Essa
minoria impôs à maioria

negra uma série de leis segregacionistas, em 1911. Diante disso, os

negros, liderados por Pixley Ka, fundaram, no ano seguinte, um

partido político para lutar por seus direitos, o Congresso Nacional

Africano (CNA).

Em 1948, a minoria branca decidiu oficializar o apartheid:

regime segregacionista que obrigava os negros a morar em lugares

separados dos brancos, a frequentar escolas, praias e banheiros só

para negros e a andar constantemente com um passe, de modo

que a polícia pudesse controlar seu deslocamento. Eram proibidos também de possuírem terras em 87%
do território nacional,

apesar de serem muito mais numerosos do que os brancos.

Reagindo a essa situação, o

Congresso Nacional Africano (CNA)

promoveu várias manifestações

contra o governo racista de seu país.

Numa delas, em 1964, o governo

prendeu oito líderes do CNA, entre


eles Nelson Mandela, que foi condenado à prisão perpétua. Nas décadas

seguintes, as lutas pelo fim do racismo

se intensificaram. Em junho de 1976,

milhares de estudantes negros foram

às ruas de Johanesburgo, a maior

cidade do país, em protesto contra

a imposição da língua africâner nas

escolas. A polícia atirou contra as crianças e os jovens que

marchavam vestidos com seus uniformes escolares. Cento e

setenta crianças foram mortas no episódio, que ficou conhecido como Massacre de Soweto.

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