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Assim, internacionalmente, a África do Sul ficou isolada, quando, em 1978 e 1983, inicia-se um
forte bloqueio à África do Sul, o qual pressionava empresários e empreendedores a rejeitarem
qualquer investimento naquele país, bem como proibiu os times esportivos da África do Sul de
participarem em eventos internacionais.
Em consequência, no ano de 1984, algumas reformas foram introduzidas, mas, na realidade, entre
1985 e 1988, eventos de extrema violência contra os povos oprimidos tornam-se corriqueiros, mas
leis de censura impedem a mídia de divulgá-los.
O personagem mais icônico desse regime fora Nelson Mandela (1918-2013), o qual foi considerado
culpado de traição em 1963, sendo condenado a pena de prisão perpétua na Ilha Robben, onde
cumpriu 27 anos de cárcere. Com a abertura política e anistia, foi eleito presidente e conduziu o
processo de redemocratização da África do Sul.
As Leis do Apartheid
O Apartheid na Prática
Fim do Apartheid
A despeito do movimento do Apartheid ter acabado em 1994, quando Nelson Mandela ascendeu ao
cargo de Presidente da África do Sul, problemas como a miséria, a injustiça e a desigualdade ainda
são comuns no país. Após as eleições de Mandela, a população branca, se viu destituída de poderes,
os quais durante quatro décadas esteve concentrado nas mãos da elite branca do país.
Assim, o regime segregacionista do apartheid privilegiou os interesses da minoria branca,
primeiramente dos descendentes de europeus que ocupavam o país; em 2014, completa 20 anos
desde a entrada de Mandela no poder (1994) e o fim do regime do apartheid.
Entretanto, apesar de muitas questões terem sido resolvidas, desde a inclusão dos negros na política,
economia, aumento de programas sociais, diminuição da miséria, a insatisfação da população ainda
persiste diante do contexto atual: péssimas condições de vida, aumento da desigualdade econômica,
social, cultural, e ainda, o desemprego que cresce a cada ano.
Mandela deixou bem claro que a intenção dele, durante toda sua vida, não era de criar um outro
regime segregacionista, separando a minoria branca da maioria negra; a ideia central do líder era
proporcionar uma sociedade igualitária para todas as pessoas, independente do credo, religião, cor,
etc.
Para tanto, estudos apontam que o problema da segregação racial ainda persiste na África do Sul,
onde muitos brancos, com receio de ataques, já resolveram deixar o país, consequência essa gerada
pelo aumento da violência inter-racial; embora a minoria branca ainda domine grande parte da cena
política e econômica do país. É salutar ressaltar que os imigrantes, sobretudo chineses e indianos,
sofreram também com o regime do apartheid, e ainda hoje, lidam com a xenofobia no país.
Guardada as devidas proporções, podemos comparar a herança do Apartheid, que ainda persiste em
diversos locais da África do Sul, tal qual o racismo no Brasil, herdado da época colonial, mediante
um sistema escravista que imperou no país por mais de 300 anos (1530 - 1888) e que continua, até
os dias de hoje, como um reflexo histórico da discriminação racial.