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29/08/2023

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO
VENTILADOR E MODOS VENTILATÓRIOS

Prof.: Diego Oliveira


Especialista em fisioterapia em UTI neonatal e pediátrica
Mestre em cuidados paliativos.
E-mail: oliveiras@Hotmail.com.br
Instagram: @oliverr.dih

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO E CRONOGRAMA


SÁBADO DOMINGO
• Revisão da fisiologia respiratória e Insuficiência respiratória • Monitorização da mecânica respiratória
• Princípios da ventilação mecânica • Drive Pressure

• Características técnicas dos ventiladores Assincronia e Desmame


• Indicações e objetivos da VM
ALMOÇO ALMOÇO
Modos ventilatórios básicos Cuidados com a via aérea
Programação inicial Aerossolterapia
Repercussões cardiopulmonares da pressão positiva Exercício de fixação

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OBJETIVO
o Desenvolver domínio no manejo fisioterapêutico da
ventilação mecânica;

o Compreender e identificar a necessidade do suporte


ventilatório, à escolha do melhor modo ventilatório,
incluindo a monitorização adequada do paciente;

oIntervir em ajustes adequados para correção das


trocas gasosas.

FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA APLICADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA


-Revisão-
FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA APLICADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA

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29/08/2023

O QUE É O SISTEMA RESPIRATÓRIO?

“É o conjunto dos órgãos


responsáveis, basicamente, pela
absorção do gás oxigênio do ar pelo
organismo e da eliminação do gás
carbônico retirado das células”.

Guyton e Hall, 2010.

FUNÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

Hematose
Endócrina
Reserva sanguínea
Defesa imunológica
Filtração de partículas estranhas

Guyton e Hall, 2010.

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ESTRUTURA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

Sobota, 2012.

ESTRUTURA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO


VIAS AÉREAS SUPERIORES

1. NARIZ
2. CAVIDADE NASAL
3. FARINGE
-NASOFARINGE
-OROFARINGE
-LARINGOFARINGE
4. LARINGE
-EPIGLOTE

Sobota, 2012.

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ESTRUTURA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO


VIAS AÉREAS INFERIORES

Sobota, 2012.

ESTRUTURA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO


● VIAS AÉREAS INFERIORES Sistema muco ciliar

Guyton e Hall, 2010.

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UNIDADES RESPIRATÓRIAS
● VIAS AÉREAS INFERIORES

Guyton e Hall, 2010.

UNIDADES RESPIRATÓRIAS
● VIAS AÉREAS INFERIORES

Guyton e Hall, 2010; Harryson, 2007.

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UNIDADES RESPIRATÓRIAS

Guyton e Hall, 2010.

CANAIS INTERCOMUNICANTES

Guyton e Hall, 2010.

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FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA APLICADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA


-Revisão-APLICADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA

DIFUSÃO
Processo que tende a igualar a diferença de concentração de uma substância, pela
migração de moléculas da área de maior concentração para a área de menor
concentração.
 Aréa da membrana alvéolo-capilar (50 a 100m²);

 Espessura da membrana 0,4 um;


LEI DE FICK
CO2 possui maior solubilidade;
Velocidade de troca
Diferença de pressão dos gases;

 CO2 difunde-se cerca de 20 X mais que o O2.

FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA APLICADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA


-Revisão-APLICADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA

VENTILAÇÃO (V): PERFUSÃO (Q): DIFUSÃO


 Renovação de gás  Fluxo sanguíneo PULMONAR:
alveolar da circulação  É a passagem do ar
 Alteração: prejuízo no pulmonar alveolar através da
aporte de O2 e disponível para membrana alvéolo-
eliminação do CO2 a troca gasosa capilar

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FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA APLICADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA


-Revisão-APLICADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA

RELAÇÃO V/Q

Shunt V/Q normal Espaço morto

FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA APLICADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA


-Revisão-APLICADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA

RELAÇÃO V/Q

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ESTRUTURA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO


PULMÃO

Sobota, 2012.

ESTRUTURA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

Sobota, 2012.

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ENVOLTÓRIO PULMONAR
 A pleura é uma dupla membrana serosa, brilhante e
escorregadia, que envolve o pulmão.

Sobota, 2012.

FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA APLICADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA


-Revisão-APLICADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA

CONTROLE DA RESPIRAÇÃO
 Centro respiratório bulbar;
Centros de  Centro apnêustico;
controle central  Centro pneumotáxico.

Sensores Efetores

 Quimiorreceptores centrais;
 Quimiorreceptores périféricos.

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CONTROLE CENTRAL DA RESPIRAÇÃO

Fonte: Guyton, 2013.

CONTROLE CENTRAL DA RESPIRAÇÃO


Controle do equilíbrio ácido base: [H+]

Fonte: Guyton, 2013.

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MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS

Sobota, 2012.

MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS

Fisiologia respiratória West, 2010.

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MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS

Fisiologia respiratória West, 2010.

CINÉTICA DA CAIXA TORÁCICA

Movimento no sentido súperolateral

Fisiologia respiratória West, 2010.

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CINÉTICA DA CAIXA TORÁCICA

Fisiologia respiratória West, 2010.

FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA APLICADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA


-Revisão-APLICADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA

COMPLACÊNCIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

Capacidade que um corpo apresenta para variar o seu volume (forma) quando submetido a
uma certa pressão (força).

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FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA APLICADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA


-Revisão-APLICADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA

RESISTÊNCIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

Impedância imposta pelo sistema respiratório à passagem do fluxo aéreo.

INTERAÇÃO MECÂNICA NOS MOVIMENTOS


RESPIRATÓRIOS

Fisiologia respiratória West, 2010.

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PRESSÕES RESPIRATÓRIAS

Fisiologia respiratória West, 2010.

MECÂNICA PULMONAR
Complacência pulmonar

Fisiologia respiratória West, 2010.

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MECÂNICA PULMONAR

Fisiologia respiratória West, 2010.

MECÂNICA PULMONAR
Complacência pulmonar

Fisiologia respiratória West, 2010.

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MECÂNICA PULMONAR
Curvas de complacência pulmonar

Fisiologia respiratória West, 2010.

VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES

Fonte: Guyton, 2013.

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TIPOS DE INSUFICIÊNCIA
RESPIRATÓRIA AGUDA

Você conhece?

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA


FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA APLICADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA

“Inabilidade do Sistema Respiratório em manter a troca gasosa e


suprir as demandas metabólicas do organismo”.

O2
CO2

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A insuficiência respiratória aguda (IRpA) é definida como a incapacidade do sistema respiratório, desenvolvida
agudamente, em promover adequadamente as trocas gasosas, ou seja, promover oxigenação e eliminação de
gás carbônico.
GA:

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA


FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA APLICADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA

ETIOLOGIA

Fonte: https://xlung.net/manual-de-vm/insuficiencia-respiratoria-aguda

“Rompimento” de algum
desses “elos” 42

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INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA


FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA APLICADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA

CLASSIFICAÇÃO
Acometimento das
estruturas 1) Pulmonar (Parênquima pulmonar, vias aéreas e circulação
do sistema respiratório pulmonar);
2) Extrapulmonar (SNC, neuromusculares, parede torácica e diafragma,
VAS e disfunção cardíaca).

Fisiopatológica
HIPOXÊMICA, TIPO I OU
ALVÉOLO-CAPILAR

HIPERCÁPNICA OU TIPO II

MISTA

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA


IRpA

Hipoxêmica Hipercápnica
Tipo I Tipo II
PaO2 < 60 mmHg PaCo2 > 55 mmHg

Doença pulmonar Edema agudo Doença pulmonar Doença pulmonar Asma Doença
aguda pulmonar aguda crônica neuromuscular

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INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA


FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA APLICADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA

FALHA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO: TROCA GASOSA OU


VENTILAÇÃO

Insuficiência da oxigenação tissular


Falência da homeostase do CO2

Uma das principais causas


de internação e
mortalidade nas UTIs.

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA


FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA APLICADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA

TRATAMENTO

 Reverter e corrigir a hipóxia  MORTE

 Alívio do desconforto respiratório;


Tratamento de suporte
 Oferta de oxigênio adequada aos até que se resolva a
tecidos. causa
subjacente.

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INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA


FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA APLICADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA

ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA

Tratamento
◦ Correção da patologia de base
◦ Oxigenoterapia
◦ VNI
◦ AVM

INTUBAÇÃO + AVM

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PECULIARIDADES DOS
CIRCUITOS DE VENTILADORES

Facilitador: Diego Oliveira

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PASSO A PASSO – MONTAGEM DO VENTILADOR MECÂNICO

1 – Conectar as válvulas de saída de oxigênio e ar comprimido do ventilador


ao manômetro de pressão verde e amarelo da parede, respectivamente.

Regular a pressão entre


3- 4

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PASSO A PASSO – MONTAGEM DO VENTILADOR MECÂNICO

2 – Montar o circuito (kit de traqueia para respirador encontrado na CME)


(ramo inspiratório e expiratório, copo coletor, Y e sensor)

PASSO A PASSO – MONTAGEM DO VENTILADOR MECÂNICO

3 – Conectar a membrana expiratória ao ventilador

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PASSO A PASSO – MONTAGEM DO VENTILADOR MECÂNICO

4 – Conectar o sensor na pressão proximal, o sensor de fluxo e os ramos do


circuito na lateral do ventilador

VENTILADORES MICROPROCESSADOS

• Montagem mais simples;

• Não necessitam de válvulas exalatórias


com membrana e sensores de fluxo
externo.

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PASSO A PASSO – MONTAGEM DO VENTILADOR MECÂNICO

5 – Checar fonte de alimentação de energia, ligar o ventilador na tomada e


iniciar o aparelho.

PASSO A PASSO – MONTAGEM DO VENTILADOR MECÂNICO

6 - Testar e programar o ventilador.

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Sistema de umidificação

Crianças menores de 10kg - Aquoso Crianças maiores de 10kg – HME ou HMEF

Não utilizar filtro HMEF associado a umidificação aquosa.

Proteção da válvula exalatória e emissão de aerossol

Função:

- Barreira microbiana
- Não troca calor
- Não condensa
- Protege o sistema do ventilador

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VENTILAÇÃO MECÂNICAIA
RESÀICA RESÀICA

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VENTILAÇÃO MECÂNICA

“A ventilação mecânica substitui total ou parcialmente a ventilação espontânea e está


indicada na insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada.”

Diretrizes brasileiras de ventilação mecânica – 2013

VENTILAÇÃO MECÂNICA
É um método de suporte para o paciente durante uma enfermidade
aguda ou crônica, que visa manter as trocas gasosas, não
constituindo, nunca, uma terapia curativa.

Utilização de aparelhos que, intermitentemente, insuflam as


vias respiratórias com volumes de ar.

Gradiente de pressão entre as vias


aéreas superiores e o alvéolo.

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VENTILAÇÃO MECÂNICA
OBJETIVOS

Manutenção das Reduzir o


trocas gasosas trabalho
respiratório

Permitir
aplicação de
•Em situações agudas
•Correção da hipoxemia;
terapêuticas de alta demanda
•Acidose respiratória específicas metabólica;
associada à hipercapnia. •Diminuir o consumo de
oxigênio.

Fonte: III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. J Bras Pneumol. 2007

VENTILAÇÃO MECÂNICA
INDICAÇÕES
Reanimação devido a PCR;
Hipoventilação e apneia;
Insuficiência respiratória devido a
doença pulmonar intrínseca e hipoxemia; Incapaz de manter valores
normais
de O2 e CO2 sanguíneos.
Falência mecânica do aparelho respiratório;
Prevenção de complicações respiratórias;
Redução do trabalho muscular respiratório e
fadiga muscular.
Fonte: III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. J Bras Pneumol. 2007

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VENTILAÇÃO MECÂNICA
INDICAÇÕES

Fonte: III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. J Bras Pneumol. 2007

VENTILAÇÃO MECÂNICA
INDICAÇÕES

Parâmetros que podem indicar a necessidade de suporte


ventilatório na pediatria
Parâmetros Normalidade Considerar AVM
Freqüência respiratória Depende da idade > esperado
Dispneia Sem sinais de Presença de
esforço respiratório tiragens e BAN
PaCO2 (mmHg) 35-45 >50
PaO2 (mmHg) (FIO2 = 0,21) >75 <50
P(A-a)O2 (FIO2 = 1,0) 25-80 >350
PaO2/FIO2 >300 <200

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Princípios
FORÇAS QUE ATUAM NA RESPIRAÇÃO ESPONTÂNEA

Pressão
Pressão transpulmonar
Pressão pleural
alveolar • É a diferença de
•É a pressão
•É a pressão encontrada na pressão entre o
encontrada dentro cavidade pleural interior dos alvéolos
dos alvéolos e a superfície do
pulmão

ROCCO, 2009

Princípios

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CICLOS RESPIRATÓRIOS FISIOLÓGICOS

SISTEMA PACIENTE VENTILADOR

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O CICLO RESPIRATÓRIO DURANTE A


VENTILAÇÃO MECÂNICA

Princípios Fases do ciclo respiratório

Momento seguinte
Corresponde à fase ao dofechamento
ciclo em
Fase
que
da em
o que
válvula termina a realiza
ventilador
inspiratória eexpiração
abertura ae
daocorre
insuflação o pulmonar,
válvula disparo (abertura
expiratória, conforme
permitindo da
as
válvula a inspiratória)
propriedades
que elásticasdo
pressão doe ventilador,
resistivas
sistema 1 – Fase inspiratória
doiniciando
sistema nova
Transição
respiratório entrefase inspiratória.
a fase
respiratório.
equilibre-se inspiratória
com a
e a fase expiratória.
pressão expiratória final
determinada
Válvula inspiratória
no ventilador.
aberta.
2 – Ciclagem 4 – Disparo

3 – Fase expiratória

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Fases do ciclo respiratório

A MELHOR FORMA DE CLASSIFICAR OS MODOS BÁSICOS DE


VENTILAÇÃO MECÂNICA TEM POR BASE TRÊS FATORES:
1 - Como é iniciada cada respiração?
Tempo - Modo controlado.
Esforço inspiratório - Modo assistido, sincronizado.
2 - Como é o fluxo de gás controlado durante a entrega da respiração?
Pressão (ventilação controlada por pressão)
Volume (ventilação controlada por volume)
3 - Como é terminada a respiração?
Tempo decorrido (ciclado por tempo)
Termino do fluxo inspiratório (ciclada a fluxo)

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PARÂMETROS DE CONTROLE
 Volume Corrente (VT): mL ou L
 Fluxo (V): L/min
 PEEP: cmH2O
 FiO2: %
 FR: ipm ou rpm
 Pausa Inspiratória: s
 Pressão Limite: cmH2O
 Tempo Inspiratório: s
Tempo de apnéia: s
 Pausa Expiratória: s

PARÂMETROS DE CONTROLE
Fração inspirada de oxigênio (FiO2 )

1. É a concentração inspirada de oxigênio fornecida pelo respirador;


2. Com estabilização do paciente, a FiO2 sempre que possível deve ser reduzida para
um valor menor que 30%, evitando a toxicidade pelo oxigênio.

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PARÂMETROS DE CONTROLE
Frequência de ciclagem:
1. A frequência respiratória inicial costuma ser em torno de 8 - 14 (adultos),
criança de acordo com a faixa etária, devendo ser ajustada posteriormente em função
de dados gasométricos.
2. Deve-se evitar frequências muito altas, para impedir o aparecimento de
PEEP intrínseco e inversão da relação ins:ex.

Pressão Inspiratória:
1. No modo pressóricos manter níveis que proporcionem a manutenção do
volume minuto de 5 – 6 l/min.
2. Deve-se evitar pressões de pico elevadas pelo risco de barotrauma.

VENTILAÇÃO MECÂNICA
FR- Frequência respiratória

• Nº ciclos respiratórios (insp + exp) realizados


em 1 min
• Inicialmente: 8 a 12irpm
• Posteriormente: ajuste de acordo com PaCO2 e
pH desejáveis
• FR mto alta (↑20 irpm) → aprisionamento
aéreo (↓Te) → auto Peep → ↑Palveolar → alts.
hemodinâmicas
• FR mais baixas tendem a ser mais fisiológicas
e favorecem o desmame da VM

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PARÂMETROS DE CONTROLE
Volume Corrente:

Dependera do conhecimento da doença de


base, podendo variar:

1. Pulmões previamente hígidos: 6 – 8 ml/kg


2. SDRA P: 4 – 6 ml/kg

Volumes correntes elevados aumentam as


pressões nas vias aéreas e podem causar
volutrauma.

Fonte: Guyton, 2013.

VENTILAÇÃO MECÂNICA
VT- Volume corrente

• Volume de ar oferecido ao pcte durante a


inspiração
• Pode ser calculado através do peso do pcte: 6 a
8 ml/kg
• Ajustes subsequentes devem ser baseados na
PaCO2
• Volume minuto = FR x VT VT

50 + 0,91 * (Altura - 152,4 cm) HOMEM

45,5 + 0,91 * (Altura - 152,4 cm) MULHER

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VENTILAÇÃO MECÂNICA
Ti- Tempo inspiratório
• É o período de tempo que será enviada a pressão aos pulmões, portanto, o tempo necessário p/ que haja a insuflação de
ar às VA’s VT = Φ x Ti
• Deve ser ajustado conforme a idade: Neonato: 0,5s Pediatria: 0,8s a 1,0s Adulto: 1,0s a 1,2s
• Ti mto curto → hipoventilação → hipercapnia.
• Ti mto longo → hiperventilação → hipocapnia.

Te- Tempo expiratório


• É o tempo utilizado p/ realizar a saída do ar dos pulmões.
• Te= 60 / FR Ti
• Não é definido diretamente no aparelho
• Depende do ajuste do Ti (ou do φ) e da FR
• Te mto ↓→ esvaziamento pulmonar incompleto → aprisionamento
aéreo → autopeep → ↑ pressão alveolar → alterações
hemodinâmicas

VENTILAÇÃO MECÂNICA
I/E- Relação inspiratória e expiratória
• É consequência do ajuste do Ti e Te, sendo mais fisiológico 1:2, 1:3

• Fisiologicamente: inspiração<expiração

• Durante a VM, a I:E dependerá do VT, FR, φ insp e do Ti

• Pctes c/ obstrução do φ expiratório e hiperinsuflação: I:E < 1:3 → ↑ tempo de exalação

• Pctes hipoxêmicos: I:E próximas 1:1 → ↑tempo troca alveolocapilar → ↑ oxigenação

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PARÂMETROS DE CONTROLE
Constante de tempo:
• Tempo necessário para a insuflação ou
desinsuflação dos pulmões.
• Relacionada a força opositora a
exalação, a resistência das vias aéreas.

CONSTANTE DE TEMPO DO SR
(VENTILATÓRIA)
Constante de tempo expiratório (RCexp) determina a velocidade de esvaziamento pulmonar.

IMPORTANTE PARA AJUSTE DO TEMPO


EXPIRATÓRIO e EVITAR AUTO-PEEP

1RCexp é exalado 63% do volume pulmonar


2RCexp é exalado 85%
3RCexp exala-se 95%
4RCexp exala-se 98%
5RCexp exala-se 99%

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CONSTANTE DE TEMPO DO
SR (ventilatória)

Esvaziamento mais longo

Pct X:
1000 Cest x Rwas/1000)

Cest= 40ml/cmH2o  0,04 L/cmH2o


Rwas= 10L/s
1CT = 0,4
CT = Resistência x Complacência 2CT=0,8
3CT=1,2 TEMPO EXPIRATÓRIO
CT = 0,04 X 10 4CT=1,6
CT = 0,4 1CT = 0,4 5CT=2,0 s

RCexp

PARÂMETROS DE CONTROLE
Relação inspiração/ expiração (I/E):

1. A relação I/E usualmente estabelecida no RELAÇÃO (I) INSPIRAÇÃO/ (E) EXPIRAÇÃO

início da ventilação mecânica é maior que 1:2;


2. Em pacientes com obstrução do fluxo
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
expiratório e hiperinsuflação (ex. Asma), podem 4 segundos
ser recomendadas relações I/E maiores (1:3 ou Tempo Total /
Tempo do Ciclo
1:4) para aumentar o tempo expiratório e
reduzir a PEEP intrínseca.

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RELAÇÃO (I) INSPIRAÇÃO/ (E) EXPIRAÇÃO

JANELA DE TEMPO

1 3
1 seg 3 seg

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
4 segundos
Tempo Total / Tempo do Ciclo

Frequência
60 segundos = respiratória 15

RELAÇÃO (I) INSPIRAÇÃO/ (E) EXPIRAÇÃO

JANELA DE TEMPO

1 2
2 seg 4 seg

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
6 segundos
Tempo Total / Tempo do
Ciclo

Frequência
60 segundos = respiratória 10
90

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PARÂMETROS DE CONTROLE
PEEP (pressão positiva expiratória final )
 Recrutamento alveolar;
 Diminui efeito shunt;
 PEEP = 5 cmHO2 – impede colabamento alveolar;
 PEEP > 8 cmHO2 – melhora oxigenação;
 PEEP > 12 cmHO2 – repercussões hemodinâmicas.

VARIÁVEIS DE AJUSTE PARA O VENTILADOR


Linha de base (PEEP ajustada)
 Manutenção da estabilidade alveolar

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PEEP

PEEP
V/Q
V/Q
PEEP
Aumento da PEEP melhora relação V/Q. Aumento
exagerado leva a aumento do “espaço morto”

V/Q Disponível em Google imagens

PEEP
Efeitos benéficos da PEEP: Efeitos indesejáveis da PEEP:
1. Evita o colapso alveolar; 1. Barotrauma (pneumotoráx);
2. Diminui shunt pulmonar e hipoxemia; 2. Fístula broncopleural (aumento);
3. Melhora a troca gasosa alvéolo-capilar; 3. Hipertensão intracraniana (HIC);
4. Melhora oferta de oxigênio para os tecidos ; 4. Rompimento de enfisema pulmonar;
5. Diminui a necessidade de ventilação com 5. Instabilidade Hemodinâmica.
altas FiO2;
6. Redução do trabalho respiratório.

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PARÂMETROS DE CONTROLE
Pressões de vias aéreas:
1. As pressões de platô devem ser mantidas abaixo de
30 cmH2O, para reduzir a possibilidade de
hiperinsuflação alveolar, barotrauma e volutrauma.
2. As pressões de pico devem, preferencialmente, ser
mantidas abaixo de 35 cmH2O.

PARÂMETROS DE CONTROLE
Fluxos inspiratório:

1. Fluxo inspiratório é a velocidade com que a mistura gasosa é administrada pelo


ventilador durante a inspiração - VCV;
2. Influi nas propriedades mecânicas do sistema respiratório (pico pressórico, resistência
das vias aéreas e trabalho respiratório);
3. Estas influências variam conforme o ciclo seja controlado ou assistido.

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VENTILAÇÃO MECÂNICA
Fluxo
• Velocidade com q o gás é administrado pelo ventilador durante a inspiração.
• Na modalidade controlada, determinará:

a) Como a pressão atingirá as VA’s


Baixo Φ → elevação gradual das pressões alveolares → ↓Pinsp nas VA’s , sendo mais fisiológico
Altos Φ → eleva a pressão alveolar rapidamente → ↑Pinsp nas VA’s → Lesa mais os pulmões, porém pode ser eficaz p/ reduzir a hipoxemia
Fluxo

b) A velocidade com que o VT será ofertado


↑φ →↓Ti → ↓I:E
↓φ →↑Ti →↑I:E

40 a 60 l/min é, em geral, suficiente, mantendo-se a Pinsp<40 cmH2O.


Nas modalidades assistidas deve-se considerar também a demanda ventilatória do paciente
Φ insuficiente → desconforto e ↑ trabalho respiratório ao pcte Nesse caso o φ necessitará ser maior, ≈ 60 e 90 l/min Fluxo (cont ...)

VENTILAÇÃO MECÂNICA
Pinsp - Pressão inspiratória
• Pressão utilizada p/ enviar o gás p/ dentro dos
pulmões
• Utilizada p/ expandir /reexpandir os pulmões
• Relacionada com o VT e deve estar preferencialmente
↓40 cmH2O
• Pinsp muito baixa → hipoventilação
• Pinsp muito alta → hiperventilação → barotrauma e
volutrauma
• Dças que cursam c/ ↑ complacência podem aceitar
níveis de Pinsp mais elevados (ex: obesos, distensão
abdominal, ...)
P
• Asma/DPOC/hipersecreção no TOT podem aumentar
a Pinsp devido ao ↑ Raw VA’s

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VENTILAÇÃO MECÂNICA
Rise Time

PARÂMETROS DE CONTROLE
Sensibilidade:

1. Nos modos assistidos, o paciente deve iniciar um esforço inspiratório inicial para que o
ventilador dispare o ciclo programado;

2. A sensibilidade é considerada como o nível de esforço necessário do paciente para


deflagrar uma nova inspiração assistida pelo ventilador;

3. A sensibilidade inicialmente definida costuma ser de 2 cmH2O (varia: 0,5 a 4 cmH2O);

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PARÂMETROS DE CONTROLE
Sensibilidade:

Disparo = ‘’trigger’’  percepção do esforço inspiratório para iniciar o ciclo ventilatório

 1- Ajuste de sensibilidade: pressão ou fluxo (ciclos assistidos/espontâneos)


Valor de pressão negativa pré-determinada abaixo da linha de base
Ou
Roubo de fluxo de ar da válvula expiratória

 2- Quando insensível considera-se disparo pelo ventilador (ciclo controlado)  Ajuste de tempo

3- Eletrodos para esforço diafragmático em modos ventilatórios avançados


(NEURAL E ATV ELÉTRICA DO DIAFRAGMA)

DISPAROS
JANELA DE TEMPO

DISPARO POR FLUXO

Detecção
do
Fluxo esforço

Sensibilidade
90

60
Fluxo (L/min)

30

-30

-60
DISPARO POR PRESSÃO
Pressão

50 Sensibilidade DISPARO POR TEMPO


Pressão (cmH O)

40
2

30 Detecção
do
20 esforço

10

-10

51
29/08/2023

CICLAGEM

A) Ciclagem a tempo
- tempo prefixado
- limitados a pressão
- PCV
- Pediatria
B) Ciclagem a volume
- volume pré-fixado
- pressão variável
- volume compressivo
C) Ciclagem a pressão
- pressão predeterminada
- volume corrente variável
- Bird Mark 7
D) Ciclagem a fluxo
- fluxo inspiratório cai abaixo de níveis críticos
- PSV
- Ventiladores microprocessdos
- Confortável

CICLAGEM A FLUXO

PICO DE FLUXO INSP

52
29/08/2023

CLASSIFICAÇÃO DOS MODOS VENTILATÓRIOS DE ACORDO COM OS TIPOS DE


DISPARO 03 MODALIDADES

• Controlados: iniciados, controlados e finalizados pelo ventilador.


Disparo a T  sensibilidade é desligada
Ciclagem  T ou V ou P

• Assistidos/controlados: iniciados pelo paciente, controlados e finalizados pelo ventilador.


Disparo misto T + P ou F
Ciclagem  T ou V ou P

• Espontâneos: iniciados pelo paciente que pode respirar


espontaneamente ligado ao ventilador.
PSV ( ofertando P na fase inspiratória)  DISPARO: P ou F

OBS: CPAP  NÃO TEM DISPARO ( mantendo um fluxo contínuo),

CLASSIFICAÇÃO DO CICLO VENTILATÓRIO

CONTROLADO;
ASSISTIDO;
ESPONTÂNEO.

DEFLEXÃO NEGATIVA
Fonte: III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. J Bras Pneumol. 2007
106

53
29/08/2023

VENTILAÇÃO MECÂNICA
CLASSIFICAÇÃO DOS MODOS VENTILATÓRIOS
TIPOS DE DISPARO – 03 MODALIDADES

Em resumo...
DISPARO

TEMPO FLUXO PRESSÃO


• Modo: A/C • Modo: A/C ou PSV • Modo: A/C ou PSV
• Ciclo: controlado • Ciclo: assistido ou • Ciclo: assistido ou
espontâneo (atv. diaf.) espontâneo (atv. diaf.)
• Parâmetro: FR • Parâmetro: Sens Fluxo • Parâmetro: Sens Pressão

CICLAGEM
TEMPO
FLUXO VOLUME
• Modo: A/C -PCV
• Ciclo: A ou C • Modo: PSV • Modo: A/C-VCV
• Parâmetro: TI • Ciclo: espontâneo • Ciclo: A ou C
• Parâmetro: Sens Exp • Parâmetro: VC

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29/08/2023

Disparo Disparo
• Janela de tempo (Ajuste da FR)
Fase expiratória • Deflexão de pressão
• PEEP • Elevação da linha de fluxo
• Edi (neural)

Fases do
Fase
expiratória ciclo Fase
inspiratória
ventilatório
Fase Inspiratória
Ciclagem • Fluxo inspiratório
• Volume Corrente • Pressão inspiratória
• Tempo inspiratório • Rise time
• Sensibilidade expiratória (%fluxo
inspiratório)
Ciclagem
Limite
• Fluxo inspiratório
• Pressão inspiratória

PCV VCV PSV


Disparo
Ciclagem
Controle/limite
Pressão
Volume
Fluxo
Parâmetros ajustáveis

55
29/08/2023

PARÂMETROS VENTILATÓRIOS

Tempo inspiratório Assincronia Pressões

Lactente: 0,55 – 0,65 segundos Corrigida IPAP: < 30 cmH2O

Escolar: 0,60 - 0,75 segundos EPAP: 5 – 8 cmH2O

Adolescente: 0,85 – 1,0 segundos

Parâmetros ventilatórios
FiO2
• Menor FiO2 para SpO2 92-95%

Frequência respiratória
• De acordo com a faixa etária

Volume corrente
• 4-6 ml/kg ou 6-8ml/kg

Fluxo
• 6 a 8 L/min ou >10 a 12

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29/08/2023

INTERAÇÃO CARDIOPULMONAR COM


A VENTILAÇÃO MECÂNICA

INTERAÇÃO CARDIOPULMONAR COM A VENTILAÇÃO MECÂNICA


NO DÉBITO CARDÍACO
PEEP VERSUS HEMODINÂMICA

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29/08/2023

INTERAÇÃO CARDIOPULMONAR COM A VENTILAÇÃO MECÂNICA


NO DÉBITO CARDÍACO
PEEP VERSUS HEMODINÂMICA

INTERAÇÃO CARDIOPULMONAR COM A VENTILAÇÃO MECÂNICA NA LESÃO


PULMONAR INDUZIDA PELA VENTILAÇÃO MECÂNICA

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29/08/2023

MODALIDADES VENTILATÓRIAS

MODALIDADES
1. Controlado
Modo em que o paciente não tem autonomia ventilatória alguma.

2. Assistido
Modo em que o paciente não tem autonomia ventilatória, porém é capaz de
disparar o ventilador mecânico.

3. Espontâneo
Modo em que o paciente tem autonomia ventilatória, mas ainda pode
receber um suporte pressórico, mesmo que seja mínimo.

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29/08/2023

MODOS VENTILATÓRIOS CONVENCIONAIS


TCPL IMV/SMIV
Tipos de suporte ventilatório

Controlado
PCV
Ventilação mecânica Modos convencionais
Assistido-
invasiva Modo Pressórico controlado

PSV Espontâneo

Modo VCV Controlado


volumétrico

TCPL: Ventilação ciclada a tempo e controlada a pressão


IMV: Ventilação mecânica intermitente
PCV: Ventilação controlada a pressão
PSV: Ventilação com pressão de suporte
SIMV: Ventilação mecânica intermitente sincronizada

Ventilação controlada ou assisto-controlada a volume ( VCV)

1. Oferece VC até atingir o volume pré estabelecido;


2. VOLUME CORRENTE fixo;
3. PRESSÃO variável;
4. Volume de ar é cessado assim que o fluxômetro
interno do aparelho detecta quando o volume pré-
estabelecido foi alcançado.;
5. Ela será assistida em resposta ao esforço do paciente
ou controlada caso o paciente não apresente nenhum
esforço respiratório.

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29/08/2023

Ventilação controlada ou assisto-controlada a volume ( VCV)

Vantagens:
Controle do volume corrente;

Desvantagem:
Assincronia entre paciente/ventilador com ventilação ativa;
Ausência de controle sobre as pressões inspiratórias.

Ventilação com pressão controlada (PCV)

1. PRESSÃO fixa;
2. VOLUME CORRENTE variável;
3. Quando a pressão atinge um valor pré-fixado,
interrompe-se a inspiração, independentemente
do tempo inspiratório e do volume de ar enviado
para os pulmões.
4. Volume corrente deve ser monitorizado de
forma continua.

61
29/08/2023

Modalidad
es

Ventilação com pressão controlada (PCV)

Vantagens:
Limita a pressão aplicada aos alvéolos ;
Fluxo variável – melhor sincronismo;
Gera um maior recrutamento alveolar.

Desvantagens:
Volume corrente não é garantido (hipoventilação).

Ventilação com suporte pressórico (PSV)

1. Nível de pressão pré-estabelecida é enviado ao


paciente assim que o ventilador reconhece o
inicio da inspiração espontânea;
2. A frequência e o tempo da inspiração são
determinados pelo paciente;
3. Proporciona boa adaptação do paciente, o qual
através do seu próprio esforço, controla o início
do ciclo, volume corrente, a frequência
respiratória, o fluxo inspiratório e relação I/E.

62
29/08/2023

Ventilação com suporte pressórico (PSV)

4. O volume corrente dependerá da “pressão de suporte” predeterminada;


5. Pressão suporte dependera de resistência e complacência do sistema
respiratório;
6. Modo totalmente assistido:
Pode haver o risco de apnéia caso o estímulo respiratório cesse
Necessidade de monitorização e ajuste de alarmes de maneira a prevenir a
hipoventilação;

***Costuma ser usado no período pré-desmame, onde se reduz a PS gradualmente.

Ventilação com suporte pressórico (PSV)

Vantagens:
1. Auxilia no desmame do ventilador;
2. Melhor sincronismo em pacientes ventilando ativamente.

Desvantagens:
1. Volume corrente não é garantido;
2. Requer atividade respiratória do paciente.

63
29/08/2023

Ventilação ciclado a tempo e limitado a


pressão com fluxo contínuo - TCPL

1. Atende as modalidades A/C e SIMV


para pacientes neonatais
2. A inspiração e expiração ocorrem após
um período de tempo pré determinado.
3. O nível de pressão é pré-determinado.

Ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV)

1. Combina modos A/C com períodos de


ventilação espontânea;
2. Permite ao paciente que ventile em ciclos
espontâneos intercalado com ciclos de
ventilação mandatória, estes últimos,
normalmente em frequências mais baixas e
que funcionam como suporte parcial ao
volume minuto total do paciente;

64
29/08/2023

Ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV)

Vantagens em neonatologia:
1. Melhor sincronismo paciente-ventilador
neonatal;
2. Menor necessidade de sedação;
3. Menor índice de alcalose respiratória;
4. Manutenção da resistência muscular
possibilitada pela respiração
espontânea.

Desvantagens:
1. Não garante o sincronismo
Pode ser ofertado com associação a
2. Ciclos mandatórios podem ocorrer na
modalidade CPAP ou PSV
fase expiratória

COMPLICAÇÕES DA VENTILAÇÃO MECÂNICA


Associadas a intubação endotraqueal:

- Lesões das cordas vocais (disfonia, afonia).


- Traqueomalácia.
- Edema subglótico.
- Estenose subglótica.
- Hiper-reatividade das vias aéreas.
- Deformidades no palato.

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29/08/2023

COMPLICAÇÕES DA VENTILAÇÃO MECÂNICA


Associadas a ventilação mecânica:

- Pneumotórax, pneumomediastino, pneumopericárdio,


pneumoperitônio, enfisema intersticial pulmonar, enfisema
subcutâneo.
- Pneumonia associada a ventilação mecânica.
- Displasia broncopulmonar.
- Hiper-reatividade brônquica.
- Hipertensão pulmonar.
- Diminuição do débito cardíaco.
- Alterações na pressão de perfusão cerebral.

ESTRATÉGIAS DE CORREÇÃO DE DISTÚRBIOS


RESPIRATÓRIOS

66
29/08/2023

ESTRATÉGIAS DE CORREÇÃO DE ACIDOSE RESPIRATÓRIA


Otimizar VCe Evitar
• Aumentar VC • Aumentar tempo
• Aumentar expiratório com inversão
pressão de pico
da R I:E
Suporte
Estratégia Estrátegia Estratégia
ventilatório

• VNI – binível Otimizar VM


• VMI • Aumentar FCL
• Considerar: Nível de
sedação e BNM
• Atenção a Tinsp e a
R I:E
Considerar intervenções medicamentosas e físicas para reverter broncoespasmo e obstrução de VA quando indicado.

ESTRATÉGIAS DE CORREÇÃO DE HIPOXEMIA


Oxigenoterapia VMI
• Baixo fluxo – CNO2 • Instituir de PEEP ideal
• Instituir VC ideal
• Alto fluxo – MNR ou SV • Instituir estratégia protetora
• CNAF • Ajuste da FiO2
• Protocolo de Prono • Recrutamento alveolar
consciente • Protocolo de PRONO

Suporte
Estratégia Estrátegia Estratégia
ventilatório

• Oxigenoterapia
• VNI – CPAP ou VNI
binível • Instituir PEEP ideal
• VMI • Instituir VC ideal
• Ajuste da FiO2

Considerar intervenções medicamentosas e físicas para reverter broncoespasmo e obstrução de VA quando indicado.

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29/08/2023

SIMULADOR DE VENTILAÇÃO MECÂNICA

https://sdvm.ufsc.br/#/sdvm/free

MONITORIZAÇÃO DA MECÂNICA Facilitador: Diego Oliveira

RESPIRATÓRIA

68
29/08/2023

EQUAÇÃO DO MOVIMENTO DE GÁS


Pressão nas VA = Componentes elásticos +
Componentes resistivos

Pressão nas VA = (V/C) + (FxR)

PRESSÃO ALVEOLAR (PALV)


VCV:

Pressão alveolar = V/C

PCV:
Pressão alveolar = ΔP x (1 – e-t/ţ)

69
29/08/2023

PRESSÃO MÉDIA DE PRESSÃO


VIAS AÉREAS
NA VIA AÉREA (PAW)

Pressão medida de forma


proximal à válvula exalatória
(fase inspiratória) e de forma
distal à válvula inspiratória
(fase expiratória)

PRESSÃO DE PLATÔ (PPLAT)


Pva proximal > Palv

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29/08/2023

PRESSÃO DE PLATÔ (PPLAT)


Método alternativo usando a constante de tempo expiratória

MENSURAÇÃO DA MECÂNICA RESPIRATÓRIA

Requisitos para medir a pressão de platô:


Cst= Vc / Pplat - PEEP
1. Ausência de esforço muscular respiratório;
2. Tempo de pausa de pelo menos 2 a 3 Cdin= Vc / Ppico - PEEP
segundos;
3. Ausência de vazamentos tanto na via aérea Rwa= Ppico – Pplat/ Fluxo
artificial.

71
29/08/2023

MENSURAÇÃO DA MECÂNICA RESPIRATÓRIA

• Modo VCV
• VC: 6 mlKg
• Pico de fluxo (PF) = 60 Lpm (1L/s) ou 30 Lpm Cst= Vc / Pplat - PEEP
(0,5L/s)
• Onda de fluxo quadrada Cdin= Vc / Ppico - PEEP
• Pausa Ins ( 2 – 3 s)
• Paciente s/ ativ. Muscul (BNM)
Rwa= Ppico – Pplat/ Fluxo
Reprodutibilidade
Anotar: Ppico, Pplatô, PEEP e auto-PEEP.

PRESSÃO DE PAUSA

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29/08/2023

AUTO-PEEP

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29/08/2023

AUTO PEEP

Pressão alveolar ao final exp. superior à Pva, devido a um


esvaziamento incompleto do sistema respiratório
• Recomendações:
Identificação: curva fluxo x tempo
Medida: pausa ao final da expiração

AUTO PEEP

Avaliação e ajuste!

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29/08/2023

A auto-PEEP, medida pela pausa exp.

AUTO-PEEP

75
29/08/2023

AUTO-PEEP

Aumento do trabalho respiratório;


Diminuição da eficiência muscular respiratória;
Diafragma achatado;
Comprometimento hemodinâmico.
Mechanical Ventilation: State of the Art, 2017

VENTILAÇÃO MECÂNICA - AUTO PEEP

PAUSA EXPIRATÓRIA 80% da Auto-PEEP (Monitorização da mecânica expiratória e


Vte).
Ventilação por pressão de suporte (PSV);
Valor de PS X Auto-Peep (hiperinsuflação e esforços musculares com assincronia ventilatória);
Ajustar sensibilidade expiratória ou % ciclagem em níveis mais elevados (40 – 60%);
Aceleração do fluxo inspiratório (rise time), em valores maior para menor Tins.

Diminuir tempo inspiratório e VC

I:E em valores < 1:3 (TE maior)


Ti: 0,8

Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, 2013

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29/08/2023

LOOPS: PRESSÃO X VOLUME

LOOPS: PRESSÃO X VOLUME

77
29/08/2023

LOOPS: PRESSÃO X VOLUME

LOOPS: PRESSÃO X VOLUME

Fluxo inadequado

78
29/08/2023

LOOPS: PRESSÃO X VOLUME

Alargamento da curva

• Apresenta obstrução de VA.


• Aprisionamento de ar

LOOPS: FLUXO X VOLUME

79
29/08/2023

LOOPS: FLUXO X VOLUME

Na doença obstrutiva
• Diminuição no pico do
fluxo expiratório
• Padrão escavado

LOOPS: FLUXO X VOLUME

80
29/08/2023

PRESSÃO DE OCLUSÃO DAS VIAS AÉREAS (PO1)


MONITORIZAÇÃO DA CONTRAÇÃO DIAFRAGMÁTICA

A resposta rápida do centro respiratório aos motoneurônios periféricos é de grande


importância para evitar a fadiga muscular.
Esse estímulo neural pode ser medido pela oclusão das vias aéreas nos primeiros 100
milissegundos da inspiração (P01).
Valores: < 2 cmH2O = Normal  1.6-3.5
< 1.6 superassistência ou overassistance (Em PSV: EI, IRRS<37, FR <12)
> 3.5 subassistência)
Valores: > 15 cmH2O = Grande estimulo respiratório central e traduz fadiga muscular.
Redução da PS, aumenta a P01
Miotrauma e P-SILI: super e subassistência
(NEMER; BARBAS 2011)

SUBASSISTÊNCIA X SUPERASSISTÊNCIA E P0.1

Ajuste dos níveis de pressão de suporte  com valores <


1.6 indicando superassistência e > 3.5 subassistência

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29/08/2023

STRESS INDEX (SI) – CURVA PRESSÃO TEMPO

STRESS INDEX (SI)

82
29/08/2023

STRESS INDEX (SI)


Paciente com SDRA

ÍNDICE DE PRESSÃO MUSCULAR (PMI)


• Avalia o adequado valor da pressão de
suporte e drive pressure em PSV.
• Realizado em Ventiladores que
permitem pausa inspiratória no modo
PSV

• Fórmula: Pressão de platô -


pressão de pico

• Valores de referência:
 Adequado 2 e 6 cmH20
 <2 suporte excessivo;
 >6 subassistência).

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29/08/2023

A PRESSÃO DE DISTENSÃO – DRIVING PRESSURE

Diferença entre a pressão alveolar ao final da inspiração e a PEEP

ΔP= VC/Cst ou P. de pausa – PEEP

Recomendações:
- Monitorizar: SARA
- Manter < 15 cmH2O

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29/08/2023

DRIVING PRESSURE (DP)

DRIVE PRESSURE

O Driving Pressure mostrou-se como um preditor de sobrevida dos


pacientes (RR 1.41; 95% - IC 1.31 a 1.51, p<0.001).

Assim o estudo também demonstrou algo interessante que é a função


da PEEP.

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29/08/2023

DRIVE PRESSURE
Ao olharmos o quadro ao lado
notamos três situações:

Situação A: Notamos que mesmo ao


mantermos a PEEP em níveis iguais
inalterados, mas ocorrendo aumento
do Platô, assim o Driving
Pressure aumentou e vemos um
aumento da mortalidade na mesma
proporção.

DRIVE PRESSURE
Ao olharmos o quadro ao lado
notamos três situações:

Situação B: Notamos que quando


aumentamos a PEEP e o platô aumenta
na mesma proporção, mas mantendo o
Driving Pressure inalterado, a
mortalidade não se altera no
contexto.

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29/08/2023

DRIVE PRESSURE
Ao olharmos o quadro ao lado
notamos três situações:

Situação C: Está situação mostra o efeito


protetor da PEEP, onde quando ocorria
seu aumento a pressão de platô caia,
assim diminuindo o Driving Pressure e
diminuindo a mortalidade na mesma
proporção, possivelmente ocorrendo por
uma melhora da complacência durante o
aumento da PEEP nestes pacientes.

DRIVE PRESSURE
Os valores de Driving Pressure
maiores de 15 cmH20 estão
relacionada com maiores
mortalidades, sendo valores
inferiores com taxas melhores de
sobrevida, sendo o corte ideal
de 13 cmH20.

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29/08/2023

ASSINCRONIA PACIENTE
VENTILADOR

Facilitador: Diego Oliveira

DEFINIÇÃO
É um desacoplamento entre o paciente, em relação a demandas de
tempo, fluxo, volume e/ou pressão de seu sistema respiratório, e
o ventilador, que as oferta durante a ventilação mecânica (VM). É um
fenômeno comum, com taxas de incidência entre 10% e 85%.

Holanda, Marcelo Alcantara, et al. "Patient-ventilator asynchrony." Jornal Brasileiro de Pneumologia 44.4 (2018): 321-333.

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29/08/2023

RISCOS DA ASSINCRONIA
● P-SILI (Patient self-inflicted lung injury);

● LESÃO PULMONAR ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA (LPAV)= lesão induzida em pulmão previamente
anormal;

● LESÃO PULMONAR INDUZIDA PELA VENTILAÇÃO MECÂNICA (LPIV)= lesão induzida em pulmão
previamente normal;

● Aumento do tempo de AVM e internamento hospitalar;

● Aumento da taxa de morbidade e mortalidade.

Holanda, Marcelo Alcantara, et al. "Patient-ventilator asynchrony." Jornal Brasileiro de Pneumologia 44.4 (2018): 321-333.

FATORES RELACIONADOS À OCORRÊNCIA


DAS ASSINCRONIAS
1. Indicação da VM
2. Gravidade da insuficiência respiratória
3. Modos ventilatórios
4. Ajustes dos parâmetros
5. Nível de sedação

Holanda, Marcelo Alcantara, et al. "Patient-ventilator asynchrony." Jornal Brasileiro de Pneumologia 44.4 (2018): 321-333.

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29/08/2023

FATORES RELACIONADOS À DETECÇÃO


DAS ASSINCRONIAS:
1. Tempo de observação
2. Duração dos períodos de observação
3. Momento da VM em que a observação é feita (por exemplo, primeiros
dias e
4. fase de desmame)
5. Método de detecção (por exemplo, avaliação clínica, monitorização das
6. curvas, balão esofágico e detecção da atividade elétrica do diafragma)
7. Definição de assincrônia e de sua significância
Holanda, Marcelo Alcantara, et al. "Patient-ventilator asynchrony." Jornal Brasileiro de Pneumologia 44.4 (2018): 321-333.

SINCRONIA

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29/08/2023

ASSINCRONIAS

Assincronia

Disparo Ciclagem Fluxo

Ineficaz Duplo Disparo Auto Prematura Tardia Insuficiente Excessivo


disparo reverso disparo

ASSINCRONIA DISPARO INEFICAZ


Fatores determinantes: Estratégia de correção
Análise gráfica
Ventilador:
Ventilador:
1. Mal ajuste ou problemas no
mecanismo de sensibilidade. 1. Ajuste/correção de problemas da
sensibilidade (fluxo mais sensível que
2. Tempo inspiratório prolongado. pressão).

Paciente: 2. Reduzir tempo inspiratório por ajustes


em cada modo (VCV, PCV e PSV).
1. Fraqueza muscular respiratória.
Paciente:
2. Depressão do comando neural.
1. Reduzir ou suspender drogas
3. Hiperinsuflação dinâmica (auto- depressoras do comando neural,
PEEP). sedação ou BNM.
2. Minimizar a hiperinsuflação e titular
PEEP externa (valores inferiores a auto-
PEEP), reduzir níveis de PS (modo PSV).

Holanda, Marcelo Alcantara, et al. "Patient-ventilator asynchrony." Jornal Brasileiro de Pneumologia 44.4 (2018): 321-333.

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29/08/2023

ASSINCRONIA DISPARO INEFICAZ

Holanda, Marcelo Alcantara, et al. "Patient-ventilator asynchrony." Jornal Brasileiro de Pneumologia 44.4 (2018): 321-333.

ASSINCRONIA DISPARO DUPLO DISPARO

Análise gráfica Fatores determinantes: Estratégia de correção


Ventilador: 1. Aumentar o tempo
inspiratório (VCV ou PCV) ou
1. Tempo inspiratório muito reduzir o limiar de
curto em relação ao percentual de fluxo para
tempo neural. ciclagem (PSV).
2. Volume corrente baixo 2. Sedação profunda e/ou
em modo VCV. BNM na fase precoce de
SDRA grave.
3. Modos com possibilidade de
variação do volume
corrente, como PCV.
Holanda, Marcelo Alcantara, et al. "Patient-ventilator asynchrony." Jornal Brasileiro de Pneumologia 44.4 (2018): 321-333.

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ASSINCRONIA DISPARO REVERSO

Análise gráfica Fatores determinantes: Estratégia de correção


1. Esforço muscular 1. Reduzir sedação,
decorrente de insuflação BNM na fase
mecânica. precoce de SDRA
grave.

Holanda, Marcelo Alcantara, et al. "Patient-ventilator asynchrony." Jornal Brasileiro de Pneumologia 44.4 (2018): 321-333.

ASSINCRONIA DISPARO DUPLO DISPARO


E DISPARO REVERSO

Holanda, Marcelo Alcantara, et al. "Patient-ventilator asynchrony." Jornal Brasileiro de Pneumologia 44.4 (2018): 321-333.

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29/08/2023

ASSINCRONIA AUTO-DISPARO

Análise gráfica Fatores determinantes: Estratégia de correção


Ventilador: Ventilador:
1. Sensibilidade “excessiva”.
1. Otimização do ajuste de
2. Vazamento no sistema. sensibilidade.
3. Condensado no circuito do 2. Correção de vazamentos.
ventilador Remoção de
condensados. 3. Remoção de condensados.
Paciente:
Paciente:
1. Transmissão de oscilações
de pressão e/ou fluxo por 1. Otimização do ajuste de
batimentos cardíacos. sensibilidade.
Holanda, Marcelo Alcantara, et al. "Patient-ventilator asynchrony." Jornal Brasileiro de Pneumologia 44.4 (2018): 321-333.

ASSINCRONIA AUTO-DISPARO

Holanda, Marcelo Alcantara, et al. "Patient-ventilator asynchrony." Jornal Brasileiro de Pneumologia 44.4 (2018): 321-333.

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29/08/2023

ASSINCRONIA CICLAGEM PREMATURA

Análise gráfica Fatores determinantes: Estratégia de correção


Ventilador: Ventilador:
1. Tempo inspiratório muito 1. Em VCV, diminuir o fluxo
curto em relação ao do inspiratório e/ou aumentar o
paciente. volume corrente.
2. Em PCV, aumentar o tempo
Paciente: inspiratório.
1. Mecânica respiratória de Paciente:
padrão restritivo no
modo PSV, como na 1. Em PSV, reduzir o percentual
fibrose pulmonar. do critério de ciclagem e/ou
aumentar a PS.
Holanda, Marcelo Alcantara, et al. "Patient-ventilator asynchrony." Jornal Brasileiro de Pneumologia 44.4 (2018): 321-333.

ASSINCRONIA CICLAGEM PREMATURA

Holanda, Marcelo Alcantara, et al. "Patient-ventilator asynchrony." Jornal Brasileiro de Pneumologia 44.4 (2018): 321-333.

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29/08/2023

ASSINCRONIA CICLAGEM TARDIA

Análise gráfica Fatores determinantes: Estratégia de correção


Ventilador: Ventilador:
1. Tempo inspiratório muito 1. Em VCV, aumentar o fluxo
longo em relação ao do inspiratório.
paciente. 2. Em PCV, reduzir o tempo
inspiratório.
Paciente
Paciente:
Mecânica respiratória
obstrutiva no modo PSV, 1. Em PSV, aumentar o percentual
como na DPOC. do critério de ciclagem e/ou
reduzir a PS e/ou reduzir o
tempo de subida (rise time).
Holanda, Marcelo Alcantara, et al. "Patient-ventilator asynchrony." Jornal Brasileiro de Pneumologia 44.4 (2018): 321-333.

ASSINCRONIA FLUXO INSUFICIENTE

Análise gráfica Fatores determinantes: Estratégia de correção


Ventilador: Ventilador:
1. Em VCV, ajuste de fluxo
muito baixo. 1. Em VCV, aumentar o fluxo
inspiratório ou mudar para
2. Em PCV e PSV, pressão PCV e PSV (fluxo livre).
aplicada muito baixa,
tempo de subida longo. Paciente:
Paciente: 1. Reduzir estímulo do
comando neural e
1. Excesso de demanda demanda metabólica:
ventilatória, comando controlar febre, dor,
neural elevado. acidose metabólica e
ansiedade.
Holanda, Marcelo Alcantara, et al. "Patient-ventilator asynchrony." Jornal Brasileiro de Pneumologia 44.4 (2018): 321-333.

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ASSINCRONIA FLUXO INSUFICIENTE

Holanda, Marcelo Alcantara, et al. "Patient-ventilator asynchrony." Jornal Brasileiro de Pneumologia 44.4 (2018): 321-333.

ASSINCRONIA FLUXO EXCESSIVO

Análise gráfica Fatores determinantes: Estratégia de correção


Ventilador: 1. Em VCV, reduzir o
1. Em VCV, ajuste de fluxo fluxo inspiratório.
muito alto. 2. Em PCV e PSV,
2. Em PCV e PSV, pressão reduzir a pressão
aplicada muito alta, aplicada, reduzir o
tempo de subida muito tempo de subida
alta, tempo de subida (rise time).
muito curta (overshoot).

Holanda, Marcelo Alcantara, et al. "Patient-ventilator asynchrony." Jornal Brasileiro de Pneumologia 44.4 (2018): 321-333.

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ASSINCRONIA FLUXO EXCESSIVO

Holanda, Marcelo Alcantara, et al. "Patient-ventilator asynchrony." Jornal Brasileiro de Pneumologia 44.4 (2018): 321-333.

CUIDADOS A COM VIA


AÉREA ARTIFICIAL

Facilitador: Diego Oliveira

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VIA AÉREA ARTIFICIAL


O que é uma via aérea artificial ?
Tubo que Evitar
Inserção por via permita a complicações
nasal, oral ou passagem dos relacionadas a
transtraqueal gases respiração.
respiratórios

 COMPLICAÇÕES: Agudas (situação emergencial) ou Crônica.

TIPOS DE VIAS AÉREAS ARTIFICIAIS:


TUBOS ENDOTRAQUEAIS
Cloreto de polivinil, náilon ou silicone (permanência maior)
 MATERIAL
Tubos de borracha (anestesia-reutilizável);

Sexo;
 TAMANHOS Idade;
Tamanho;
Particularidades do paciente.

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TIPOS DE VIAS AÉREAS ARTIFICIAIS:


TUBOS ENDOTRAQUEAIS
 COMPONENTES do TUDO ENDOTRAQUEAL Balonete piloto
com válvula
unidirecional
Balonete
(Cuff)

Marcador em
Cm
Corpo do tubo

Diâmetro interno
Adaptador universal (15 mm)
em mm

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TIPOS DE VIAS AÉREAS ARTIFICIAIS:


TUBOS ENDOTRAQUEAIS
 Administração de medicamentos sem a interrupção da VM;

 Entrada lateral adicional para aspiração subglótica  Qual a importância ?

TUBO ENDOTRAQUEAL DUPLO


COMBITUBE

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MÁSCARA LARÍNGEA
Tubo flexível com uma máscara inflável na sua porção distal;
Fácil inserção;
Quando utilizada ?

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TIPOS DE VIAS AÉREAS ARTIFICIAIS:


CÂNULA DE TRAQUEOSTOMIA
Necessita de intervenção cirúrgica;

Obstrução de VA
INDICAÇÕES Inabilidade do
paciente de garantir
limpeza ou
proteção de vias
aéreas
Facilitar desmame.
Suporte ventilatório prolongado.

TQT
Transitória
Permanente

CÂNULA DE TRAQUEOSTOMIA
COMPONENTES; Placa externa
Adaptador universal (15 mm)

Corpo do tubo
Balonete piloto
com válvula
unidirecional
Balonete
(Cuff)

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CÂNULA DE TRAQUEOSTOMIA
Metálica e plástica
(com e sem balonete).
TIPOS
Fenestrada (Shiley)

TAMANHOS (2,5 mm – 10 mm)

REGULÁVEL

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TOT E TQT DE ASPIRAÇÃO SUB-GLÓTICA - SUPRACUFF

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VÁLVULA DE FONAÇÃO

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FIXAÇÃO E POSICIONAMENTO DA VAA


Movimento do tubo é considerado a maior causa de
trauma da via aérea;
Flexão  Move a ponta distal do tubo em direção a carina.
Extensão  Move o tubo em direção à glote.
Fixação de maneira inadequada  Extubação não
planejada.

POSICIONAMENTO E FIXAÇÃO (TUBO


ENDOTRAQUEAL)
 Altura do tubo  Numeração deve estar entre os dentes (centrado na órbita oral);
H  22 – 24cm
M  21 – 22cm.
 Tubo deve ficar 3 a 4 CM ACIMA DA CARINA (Segunda costela anteriormente);

 Radiografia de tórax Toma-se como referência o segundo espaço intercostal


posterior ou o ângulo de Louis.
AUSCULTA SIMÉTRICA

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POSICIONAMENTO E FIXAÇÃO (TUBO


ENDOTRAQUEAL)
Fita adesiva (esparadrapo)
Métodos de fixação Cadarços

Tecido com velcro

Maior risco de úlceras por pressão.


Menos encontrado
Dificuldade de higiene oral
Reposicionamento periódico do tubo

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POSICIONAMENTO E FIXAÇÃO (CÂNULA DE


TRAQUEOSTOMIA)
Fixada com fitas de algodão (cobertas por gazes e encapadas
com micropore) Aumentar a área de compressão;

**O sistema de fixação deve-se permitir que os Minimizar possibilidade de


traumatismo e desconforto para o
cordões fiquem suficientemente frouxos (passar
paciente.
facilmente 1 dedo sob o mesmo).

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POSICIONAMENTO E FIXAÇÃO (CÂNULA DE


TRAQUEOSTOMIA)
Posicionamento correto da cânula  confirmado pela radiografia
torácica.
4 cm acima da carina ou no nível da terceira vértebra torácica:
- Ao analisar uma radiografia para
verificar o posicionamento da
Essa cânula,
posiçãodeve-se
irá minimizar
checara achance do
posição
tuboda se mover.
cabeça e do pescoço.
- Uma radiografia em perfil é
IMPORTANTE
necessária paraLEMBRAR
avaliar se a
porção final da cânula está
posicionada
Flexão do pescoçoconcentricamente
 cânula em direçãoàa
carina;
traqueia.
Extensão do pescoço  cânula em direção a
laringe

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POSICIONAMENTO DO CIRCUITO DO RESPIRADOR


Permitir conforto para a movimentação do paciente

Sem que haja tração ou que a água do condensado retorne para dentro
do tubo.
** ATENÇÃO AOS PACIENTES AGITADOS!!

PRESSÃO DE CUFF
O que é CUFF ?

Selar a via aérea (ocupar espaço entre o tubo e traqueia)


FUNÇÃO Impedir a aspiração de secreção e conteúdo gástrico

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GERENCIAMENTO DA PRESSÃO DE CUFF


Baixa pressão
• Broncoaspiração
• Pneumonia associada a ventilação
mecânica
• Escape aéreo
• Assincronia paciente ventilador
Alta pressão
• Estenose subglótica
• Traqueomalácia
• Fístula traqueoesofágica
Valores recomendados: 25 – 30 mmHg

Consenso Brasileiro de ventilação mecânica, 2015.

GERENCIAMENTO DA PRESSÃO DE CUFF

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PRESSÃO DE CUFF
 Manutenção da pressão abaixo da pressão de perfusão capilar da mucosa traqueal
(20 a 30 cmH2O);

 Pressões dos vasos linfáticos (5mmHg), Vênulas (15mmHg) e arteríolas (30mmHg) da traqueia.
COMO EVITAR ESSAS LESÕES ?

• Isquemia
ALTA tecidual
(fístula
PRESSÃO traqueoesofágic
a);
• Traqueomalá
cia.

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UMIDIFICAÇÃO DURANTE A VENTILAÇÃO MECÂNICA


Respiração fisiológica  Ar inspirado aquecido a 37° e saturado de vapor d’água.
Durante o suporte ventilatório invasivo  Mecanismos naturais de aquecimento e
umidificação são suprimidos.

COMPLICAÇÕES

PODENDO CAUSAR:
-Obstrução da VA;
Ressecamento da Diminuição da atividade
- Infecção; Aumento da viscosidade
Mucosa. Ciliar. - Atelectasia; Do muco.
- E necrose do epitélio respiratório.

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UMIDIFICAÇÃO DURANTE A VENTILAÇÃO MECÂNICA


Ativa, por meio de umidificadores aquecidos
Tarefas de umidificação (UA);

Passivamente por meio de trocadores de


Calor e umidade (HME – Heat and
mouisture exchangers).

UMIDIFICADORES AQUECIDOS
Princípio básico  Fazer passar o gás seco e frio através de uma
câmara preenchida parcialmente com água aquecida.

Através de evaporação, o vapor d’água é misturado ao gás

Elevando sua temperatura e umidade


A temperatura do No momento que Parte do débito total
umidificador deve ser chega ao paciente, a do umidificador
ajustada num nível sua temperatura cai a transformou-se em
mais elevado (50°) 37° condensado no ramo
inspiratório.

MÉTODO PARA ELIMINAR O RESFRIAMENTO DO CIRCUITO

Resistência elétrica interna (fio aquecido)

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TROCADORES DE
CALOR E UMIDADE (HME)
Dispositivos colocados entre o tubo endotraqueal e o conector em “Y” do circuito do
ventilador;
Umidificadores de ação passiva;
Recuperam 70% do calor e umidade expirados;
Período de troca (24h);
Como funcionam ?

TROCADORES DE
CALOR E UMIDADE (HME)
Higroscópicos;
Categorias Hidrofóbicos;
Mistos
Higroscópicos:
Material com baixa condutividade térmica,
Impregnados com sal higroscópico;
Menor volume interno;
Menor resistência.
Hidrofóbicos:
Área de superfície aumentada (várias dobraduras);
Impede a passagem de água para o meio externo;
Funciona como filtro de bactérias;
Responsabilizados por oclusão do tubo endotraqueal.

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CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS DO HME


Presença abundante de secreção
espessa e hemática;

 Durante tratamento com


aerosol;

 Pacientes com grande volume


minuto (>10L/min).

 Pacientes com temperatura


corporal menor que 32°;

TROCADORES DE
CALOR E UMIDADE (HME) PARA TQT

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QUAL UTILIZAR ?

UA X HME
** Quando bem utilizados garantem ótimo aquecimento
e umidificação;
** Mais recomendado;

Apresenta algumas desvantagens: - Alternativa mais barata;


Custo; - Sem as desvantagens da UA;
Condensação do vapor d’água no circuito de ventilação;
- Simplificação do circuito;
Potencial de contaminação bacteriana; - Reduz o trabalho da equipe;
Necessita de fornecimento de energia e suprimento de- água.
Alguns possuem papel de filtro
microbiológico.
USO INCORRETO  Aquecimento e umidificação excessiva ou insuficiente.

AEROSSOLTERAPIA NA UTI

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APARELHOS
GERADORES
DE AEROSSÓIS

Nebulizadores a
Jato e Ultrassônicos

Nebulímetros
Nebulímetros dosimetrados/
liofilizados
Pressurizados

FATORES QUE INFLUENCIAM A PRODUÇÃO


E O APROVEITAMENTO DO AEROSSOL
Fluxo do 6 – 10L/min
equipamento
4-5 ml de
Volume de solução solução
60%

Temperatura da Depende do
solução nebulizador

Tempo
10-15min

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AEROSSOLTERAPIA EM VENTILAÇÃO MECÂNICA


AVM: MDI x NEBULIZADORES

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AEROPUFF

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REFERÊNCIAS

Acessem pelo código QR ou link:

https://www.dropbox.com/scl/fo/qmuwsct6ejtald4oip6l9/h
?rlkey=uyfune7gv2fxapn8td6ndlv0f&dl=0

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OBRIGADO!
Prof.: Diego Oliveira
Especialista em fisioterapia em UTI neonatal e pediátrica
Mestre em cuidados paliativos.
E-mail: oliveiras@Hotmail.com.br
Instagram: @oliverr.dih

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