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Aula II: Mercado de Trabalho

Da Construção Civil

Disciplina: PLANEJAMENTO E CUSTOS

Professor: Eng. Civil Anderson Sopena Martins


MERCADO IMOBILIÁRIO:
RETROSPECTIVA DE 2016 E
TENDÊNCIAS PARA 2017
MERCADO IMOBILIÁRIO: RETROSPECTIVA DE
2016 E TENDÊNCIAS PARA 2017

No Brasil, os dois últimos anos não foram os melhores para


o mercado imobiliário. Até 2014 o saldo era positivo: em
nove anos, foi registrado um crescimento de quase 800%
em relação ao número de unidades financiadas.
A queda começou em 2015, segundo dados da
Abecip, citados nesta matéria, o país alcançou R$ 75,6
bilhões em financiamentos, registrando uma queda de 33%,
sendo esta somada à queda real no preço dos imóveis.
Em 2016, a inflação medida pelo ICP-S (Índice de Preços ao
Consumidor – Semanal) terminou dezembro em alta de
0,33%, o que fez com o indicador tenha acumulado
6,18% no ano, segundo a FGV (Fundação Getúlio Vargas).
MERCADO IMOBILIÁRIO: RETROSPECTIVA DE
2016 E TENDÊNCIAS PARA 2017

Já para 2017, o mercado tem como expectativa inflação


abaixo de 5%. A boa notícia é que os preços dos imóveis
devem subir menos, e, assim, o brasileiro pode voltar a
investir na aquisição de imóveis.
Com um cenário mais favorável e previsões positivas, o
mercado imobiliário deve ficar aquecido novamente em
2017.
Mas, antes mesmo de começar a fazer planos e
estratégias para o ano novo, vale realizar um balanço de
2016 e ver o que ele trouxe de melhor para o mercado
imobiliário.
Destaques do mercado
imobiliário em 2016
Destaques do mercado imobiliário em 2016

Aumento de vendas de imóveis: no início do segundo


semestre, em agosto, o mercado imobiliário registrou a
primeira alta na venda de imóveis depois de 13 meses
consecutivos de queda. Segundo matéria da Exame, que
apresenta dados da pesquisa realizada pela Associação
Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em
parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (Fipe), foram negociadas 9,271 mil unidades,
indicando um aumento de 1,4% na comparação com as
vendas de agosto de 2015. Ainda em agosto, foram lançadas
4.611 unidades, registrando um aumento de 70% frente ao
volume lançado no mesmo mês de 2015.
Destaques do mercado imobiliário em 2016

Queda nos juros do financiamento ajudam o mercado


imobiliário: após a primeira queda da taxa Selic, em outubro, a Caixa
anunciou, no dia 8 de novembro, conforme matéria da Exame, a
redução dos juros de financiamentos imobiliários de 12,5% ao ano para
12,25%. Além disso, a Caixa passou a oferecer taxas de juros iguais às
cobradas dos servidores públicos para clientes que adquirirem imóveis
novos ou na planta cuja construção tenha sido financiada pelo banco,
caso optem por receber o salário pela Caixa. Neste caso, as taxas de
juros passam de 11,22% ao ano para 9,75% ao ano para imóveis dentro
do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), e de 12,5% ao ano para
10,75% ao ano para imóveis enquadrados no Sistema de Financiamento
Imobiliário (SFI). Além da Caixa, o Santander também diminuiu os
juros do financiamento, no dia 3 de outubro, de 11,3% ao ano para 10,7%
ao ano, para imóveis enquadrados no SFI, impulsionando o fechamento
de novos negócios no mercado imobiliário.
Destaques do mercado imobiliário em 2016

Financiamento independente é alternativa no


mercado imobiliário: com a perspectiva de retomada de
crescimento do mercado imobiliário, grandes grupos retornam
para oferecer o financiamento independente de crédito
imobiliário no Brasil. Como os bancos estão mais exigentes e
restritivos na oferta, o mercado imobiliário está demandando
alternativas de financiamento. Uma delas é a securitização
imobiliária, que permite atender à demanda do investidor. A
Tecnisa já apostou na alternativa e fechou uma operação de 90
milhões com a Ourinvest. O executivo da companhia, Nelson
Campos, acredita que este é um bom momento (para retornar
ao mercado imobiliário), pois, segundo ele, os imóveis
voltaram ao preço de 2008.
Destaques do mercado imobiliário em 2016

Desemprego na construção civil ainda é alto: segundo


dados do Sindicato da Construção Civil de São Paulo
(Sinduscon/SP), o setor fechou 441 mil vagas de emprego
formais entre outubro de 2015 e outubro deste ano,
representando uma redução de 14,66%. As maiores quedas
foram registradas em Rondônia (40,5%), no Pará (25,9%) e no
Piauí (21,4%). Em São Paulo foram fechadas 11,3% das vagas
no período de 12 meses. Segundo estimativa projetada pela
economista da FGV, Ana Maria Castelo, em entrevista à
Agência Brasil, 2016 deve fechar com a queda no nível de
emprego em 14,5%, o que resulta em apenas 2,43 milhões de
pessoas trabalhando na área, o mesmo patamar de agosto de
2009.
Destaques do mercado imobiliário em 2016

Queda real no preço dos imóveis: segundo dados


do último boletim do Índice Fipe Zap, o valor médio dos
imóveis subiu abaixo da inflação de janeiro a novembro deste
ano. Considerando a inflação esperada para o período, o preço
médio anunciado do metro quadrado apresentou queda real de
6,25% favorecendo a recuperação do mercado imobiliário.
Todas as cidades brasileiras que compõem o Índice Fipe Zap
registraram variação inferior à inflação esperada nos últimos
doze meses, sendo que no caso de Rio de Janeiro, Niterói,
Distrito Federal e Goiânia houve queda nominal nesse período.
Mercado imobiliário: Inflação, Selic e PIB

Inflação: depois de dois anos de alta nos preços com a inflação


elevada, o Brasil já passou pelo pico e a tendência é de que a inflação
comece a desacelerar. Em 2015, a inflação chegou a 10,7%. Para
2016, economistas já veem a inflação dentro do objetivo. De acordo
com a pesquisa Focus, divulgada em 16 de dezembro, a mediana das
projeções aponta 6,49 % para o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA).
Com os preços subindo menos, logo as famílias terão mais renda e
condições de voltar a investir no mercado imobiliário. A queda
também deve levar à baixa no preço dos imóveis. Afinal, o custo com
materiais e mão de obra reduz, e o preço de novos empreendimentos
também.
Mercado imobiliário: Inflação, Selic e PIB

Selic: a taxa chegou a um dos patamares mais altos já vividos


na Economia brasileira recente. Em 2014, os juros básicos
estavam na casa de 11%. Já em 2015, a taxa Selic chegou a
14,25% e assim permaneceu até outubro deste ano. Neste
período, a alta da Selic foi uma manobra para que a população
consumisse menos, na tentativa de conter a inflação, o que
impactou o mercado imobiliário.
Mercado imobiliário: Inflação, Selic e PIB

PIB: o Produto Interno Bruto é o indicador da economia que


revela se um país está crescendo ou não. Em 2015, o PIB
registrou uma queda de 3,8%, segundo dados publicados em
matéria no G1, tido como o pior resultado nos últimos 25 anos.
Dentre as demais áreas da economia analisadas para o cálculo
do PIB, a indústria teve uma queda de 6,2% influenciada pela
retração de quase 8% do setor de construção.
Segundo dados divulgados em matéria da Agência Brasil, para
2016 a projeção era uma queda de 3%, porém a contração da
economia se confirmou com um percentual ainda maior: 3,5%.
Mercado imobiliário: Inflação, Selic e PIB
Perspectivas do mercado
imobiliário para 2017
Perspectivas do mercado imobiliário para 2017

Preços atrativos para investir: ainda que a instabilidade


da Economia brasileira não permita traçar um cenário claro no
mercado imobiliário para 2017, segundo matéria da Exame,
especialistas acreditam que o preço dos imóveis tende a ficar
estável no próximo ano, dada a queda real de 6,25% entre
dezembro de 2015 e dezembro de 2016. Em entrevista à revista
Exame, João da Rocha Lima, professor do Núcleo de Real
State da Poli-USP, afirmou que, “considerando um cenário no
qual a economia comece a se recuperar devagar e a inflação
caia, os preços devem ficar estáveis até voltarem a subir”.
Perspectivas do mercado imobiliário para 2017

Emprego em queda: para 2017, a previsão é que o setor de


construção civil continue a cortar postos de trabalho, mesmo
com a melhora no mercado imobiliário. Em entrevista à
Agência Brasil, a economista da FGV, Ana Maria Castelo,
estima uma queda de 5,5% no nível de emprego. Essa queda é
reflexo de investimentos que estão sendo feitos pelas
construtoras em produtividade, para otimização da mão de
obra.
Perspectivas do mercado imobiliário para 2017

Empresários cautelosos: ainda que alguns índices mais


positivos tenham sido registrados, o último boletim da
sondagem da Confederação Nacional da Indústria (CNI),
divulgado em dezembro, mostra que o Índice de Confiança do
Empresário Industrial (ICEI) teve queda. O ICEI recuou 3,7
pontos na passagem de novembro para dezembro e ficou
abaixo dos 50 pontos, indicando a falta de confiança dos
empresários. Na construção civil, em novembro o ICEI
registrado foi de 51,7, já em dezembro recuou para 48. Ainda
assim, é registrada uma recuperação de confiança, em
comparação a novembro de 2015, quando o índice estava em
36.
Perspectivas do mercado imobiliário para 2017

Consumidores pouco confiantes: em dezembro, o último


boletim do Índice Nacional de Expectativa do Consumidor
(INEC) registrou 100,3 pontos, valor 2,8% inferior ao de
novembro, apresentando o segundo recuo consecutivo. O
índice reverte o crescimento dos quatro meses anteriores: entre
julho e outubro de 2016, o INEC havia crescido 3,4%. Ainda
assim, o índice estava maior do que o registrado em dezembro
de 2015 (4,2% de crescimento), porém 7,8% abaixo de sua
média histórica. A perda de confiança do consumidor é
preocupante, pois deve representar um novo freio ao consumo
das famílias nos primeiros meses de 2017.
Perspectivas do mercado imobiliário para 2017

Retomada da Economia: embora pareça difícil acreditar, com


a desaceleração da inflação, a queda na taxa básica de juros no país e
a perspectiva de aumento do PIB, a política econômica do país acaba
fortalecida e, com isso, a retomada do crescimento do mercado
imobiliário também deve se confirmar em 2017.
Os sinais de melhora da economia representam a esperança
para o mercado imobiliário, já que, aos poucos, os bancos devem
voltar a fazer oferta de financiamento de imóveis para o consumidor.
Como destaca matéria da revista Exame, o mercado imobiliário
depende de como está o cenário no país. Já é possível prever uma
melhora econômica e boas expectativas para o próximo ano, então, a
tendência é que o mercado imobiliário registre melhora em 2017.
AS PREVISÕES PARA A
ECONOMIA E A CONSTRUÇÃO
CIVIL EM 2017
AS PREVISÕES PARA A ECONOMIA E A
CONSTRUÇÃO CIVIL EM 2017

2017 promete melhoras significativas no cenário de


Economia e Construção. No último mês de outubro, por exemplo,
a pesquisa mensal da Confederação Nacional das Indústrias (CNI)
apontou que Atividade da Construção diminuiu em relação a
setembro, acumulando quedas em 3 meses consecutivos.

Analisando os resultados da pesquisa da CNI, a atividade da


construção estava em baixa no começo de janeiro de 2016 e veio
crescendo levemente até julho. Porém, a atividade do setor voltou a
cair, Agosto, setembro e outubro configuraram queda da atividade da
construção, que permanece um tanto longe de voltar a um cenário de
Economia e Construção Civil otimista.
AS PREVISÕES PARA A ECONOMIA E A
CONSTRUÇÃO CIVIL EM 2017

No gráfico a seguir, podemos entender melhor estes


números: os resultados que estão abaixo de 50 mostram o
pessimismo do setor. Ou seja, durante todo este ano de 2016,
a realidade da Economia e Construção Civil se manteve
negativa. Julho foi o mês mais próximo de um real
crescimento da atividade (o que se dá quando o número do
gráfico está acima de 50).
AS PREVISÕES PARA A ECONOMIA E A
CONSTRUÇÃO CIVIL EM 2017
AS PREVISÕES PARA A ECONOMIA E A
CONSTRUÇÃO CIVIL EM 2017

A situação da carteira de contratos das empresas da


construção retrata bem o cenário do setor. O mercado da
construção recebeu boas notícias, como a retomada dos
investimentos no Minha Casa Minha Vida e a criação do
Cartão Reforma. Porém, todas as boas notícias que
favoreceram o setor não contribuíram para a melhora dos
negócios correntes, o que ainda deve demorar a acontecer.
Se a sua empresa está com menos clientes e obras do que o
esperado para esta época do ano, saiba que não é um caso
isolado! Observe o gráfico a seguir e perceba como aumentou a
proporção das empresas do setor da construção que estão com
menos contratos.
AS PREVISÕES PARA A ECONOMIA E A
CONSTRUÇÃO CIVIL EM 2017
AS PREVISÕES PARA A ECONOMIA E A
CONSTRUÇÃO CIVIL EM 2017

“Na comparação com o ano de 2015, aumentou o número de


empresas reportando uma carteira de contratos abaixo do
normal. Isso significa que a atividade nos próximos meses se
manterá baixa, o que explica o aumento das intenções de
demissão nos próximos três meses”
AS PREVISÕES PARA A ECONOMIA E A
CONSTRUÇÃO CIVIL EM 2017

O índice que mede a intenção de investimento das empresas


de construção também caiu em novembro após acumular alta
de 3,5 pontos nos três meses anteriores. O indicador atingiu
27,3 pontos, 1,5 ponto menor que o observado em outubro e
8,4 pontos inferior à média da série histórica iniciada em
novembro de 2013.
Outra boa notícia é que a taxa de juros, a Selic, que
atualmente é de 13,75% ao ano, deve baixar em 2017.
AS PREVISÕES PARA A ECONOMIA E A
CONSTRUÇÃO CIVIL EM 2017
AS PREVISÕES PARA A ECONOMIA E A
CONSTRUÇÃO CIVIL EM 2017

Nos últimos 25 anos o Brasil viveu algumas grandes crises em:


1992, 2009 e 2015. É interessante notar que duas delas
resultaram em impeachments de presidentes, o que
demonstra como a nossa política pode interferir da atividade
econômica e vice-versa. Um especial do G1 mostra em detalhes
o que aconteceu em cada um destes momentos.
AS PREVISÕES PARA A ECONOMIA E A
CONSTRUÇÃO CIVIL EM 2017

Para 2017, o cenário é muito mais otimista, o mercado


espera uma inflação abaixo da meta, na casa dos 4,8%. O que
isso significa na prática? Com a inflação sob controle, o custo
de vida diminui e os salários ficam menos “achatados”. Isso faz
com que as famílias que estão cortando custos passem a
consumir mais, o que traz ganhos e movimentação para o
mercado.
AS PREVISÕES PARA A ECONOMIA E A
CONSTRUÇÃO CIVIL EM 2017

Os primeiros setores a se recuperarem depois de uma crise


costumam ser o automotivo e o imobiliário. Apesar de não
termos visto uma recuperação significativa em números ainda,
as projeções apontam para que isso aconteça gradativamente.
O consultor econômico aconselha que o melhor momento
para investir é agora, em que o pessimismo domina
quem está desinformado. O pior já passou e a recuperação
deve ser lenta mas progressiva a partir de agora.
AS PREVISÕES PARA A ECONOMIA E A
CONSTRUÇÃO CIVIL EM 2017

E então, está pronto para enxergar a crise de uma


forma mais otimista?
Referência Bibliográfica

 Site e blog sienge


https://www.sienge.com.br/?gclid=CMz0uKSdptICFQ-AkQodCdcG5wa

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