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Todo trimestre e em todo o final de ano, notícias sobre o resultado do PIB brasileiro se

espalham por todos os jornais. Sabemos que ele é um indicador importante para a
economia do país, mas do que ele realmente se trata? Afinal, o que é PIB?

PIB é a sigla para Produto Interno Bruto. Ele é considerado o termômetro da economia:
quanto maior o PIB de um país, maior sua atividade econômica – e por sua vez, quanto
maior a atividade econômica de um país, mais se consome, vende e investe nele.

O mesmo vale para o contrário: quando um PIB é negativo, ele indica que a atividade
econômica daquele país está se encolhendo.

Em 2020, o PIB brasileiro teve uma queda de 4,1%, segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) – o maior recuo desde 1996. No primeiro trimestre de 2021,
ele cresceu 1,2%

Cálculo do PIB
O PIB é calculado a partir da soma de todos os produtos e serviços finais produzidos em um
país. Esse cálculo é feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). O valor
do PIB brasileiro é representado em reais.

Um exemplo usado pelo próprio Instituto para explicar como calcular o PIB considerando
somente os produtos finais é do pão: se um país produz R$100 de trigo, R$200 de farinha
de trigo (feita a partir do trigo) e R$300 de pão, serão considerados R$300 de PIB – pois os
valores anteriores já estão embutidos no valor do pão.

O mesmo vale para qualquer outra categoria de produtos ou serviços. Portanto, não são
considerados os chamados itens e bens “primários e intermediários” para que não seja feita
uma “dupla contagem”.

O que o PIB indica?


O PIB é avaliado a cada trimestre e ao final do ano e seus resultados são comparados com
o trimestre ou ano anterior para avaliar o crescimento econômico e atividade do Brasil.

Em 2018, o PIB foi de R$ 6,8 trilhões. No segundo trimestre de 2019, último valor divulgado,
de R$ 1,8 trilhões – isso representa um crescimento de 1% em relação ao acumulado em
quatro semestres, segundo o IBGE.

Ou seja: se a atividade econômica de um país cai em determinado período, seu PIB


consequentemente apresentará leve queda; o mesmo vale para a situação contrária. E, se
em um ano um país não tiver produzido nada, não terá PIB.

A partir do resultado do PIB, portanto, é possível:


Avaliar o seu desempenho ano a ano e ver como a produtividade do país variou ao longo
deles;
Comparar as economias de diversos países – o PIB do Brasil será diferente do dos Estados
Unidos e da Argentina, por exemplo;
Chegar ao PIB per capita, que nada mais é do que a divisão do PIB pelo número de
habitantes de um país; falaremos mais abaixo sobre ele.
Um detalhe que o próprio IBGE ressalta é de que o PIB é somente um “indicador síntese da
economia”. Ou seja: ele ajuda a compreender a economia de um país, mas não indica
fatores como a qualidade de vida, educação, saúde e distribuição de renda.

Além disso, muito se fala que o PIB representa a “riqueza” de um país, mas isso não é
verdade – ele é meramente um indicador, e não um caixa de dinheiro, como o Tesouro
Nacional.

PIB Nominal e PIB Real


Existem dois “tipos” de PIB: o PIB Nominal e o PIB Real. A diferença é simples:

O PIB Nominal é calculado a partir dos preços e valores de determinado produto ou serviço
no momento em que foram produzidos;
O PIB Real, por sua vez, mede o volume físico de um produto ou serviço – isso significa que
ele não considera a inflação.
Essa distinção é importante pois o efeito da inflação no PIB pode passar uma ideia errada
de crescimento da atividade econômica.

Por exemplo: o PIB de um país, em um ano, é de R$1 trilhão; no ano seguinte, a atividade
econômica se mantém constante (sem queda ou crescimento), mas os preços dos produtos
apresentam alta de 50%.

O PIB Nominal, por analisar os preços no momento da produção, seria de R$ 1,5 trilhão; e o
PIB Real permaneceria constante, de R$ 1 trilhão.

PIB per capita: o que é?


O PIB per capita é, basicamente, a divisão do PIB pelo número de habitantes de um país ou
estado. Mas fique atento: ele leva em conta que todas as pessoas tivessem “partes iguais”,
segundo o IBGE – isto é, distribuição de renda equilibrada.

Teoricamente, quanto maior o PIB por pessoa, maior o acesso a serviços e qualidade de
vida. Sozinho, no entanto, o PIB não indica qualidade de vida ou IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano) – um país com PIB alto e população também grande, por
exemplo, terá um per capita baixo.

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