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os segredos do
mercado imobiliário:
estratégias testadas
e comprovadas para
investidores
Em todo o mundo, o mercado imobiliário sempre foi visto como um dos mais
importantes motores de expansão econômica, em razão da sua capacidade de
absorver mão de obra, mobilizar outros setores e promover o desenvolvimento
urbano.
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No Brasil, a participação do crédito imobiliário como porcentagem do PIB não
chega a atingir 10%, o que mostra que o nosso país tem um amplo espaço para
melhorar a oferta de moradias.
Isso porque a escassez de crédito e a alta demanda por imóveis fazem com que
o setor seja um dos mais seguros e lucrativos para investir e formar um sólido
patrimônio no longo prazo.
Por ser um ativo real gerador de renda, o imóvel oferece segurança e diversificação
de renda, além de grande potencial de valorização com o tempo.
Prova disso é que, na cidade de São Paulo, por exemplo, mesmo com a forte alta
dos juros do último ano, houve um crescimento de 4,9% no número de unidades
residenciais novas comercializadas, o melhor ano da série histórica de vendas
do Secovi-SP.
Esperamos que a leitura deste guia permita que você tenha uma compreensão
mais ampla da importância do real estate em qualquer carteira focada em
renda no longo prazo.
Aproveite a leitura!
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Índice
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02. Limitações do modelo de financiamento
O SFH tinha algumas limitações estruturais, como
restrições quanto ao valor máximo dos imóveis
financiados, o que restringia o acesso a habitações mais
caras, especialmente em regiões de maior demanda.
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O SFH, com suas limitações e direcionamento para
a habitação de interesse social, perdeu parte desse
mercado em expansão.
Dessa forma, no novo modelo, não havia mais dependência direta a uma única
fonte de financiamento, como ocorria com a poupança no SFH. Em paralelo, foi
introduzida a alienação fiduciária, outro aspecto de grande importância para o
setor.
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A alienação fiduciária é um mecanismo jurídico em que um bem,
como um imóvel, é dado como garantia em um contrato de
empréstimo ou financiamento. Sua criação ocorreu no âmbito da
Lei nº 9.514, em 1997, como parte do Sistema de Financiamento
Imobiliário (SFI). Entre as suas inovações, está a possibilidade de o
devedor transferir a propriedade do imóvel ao credor (fiduciário)
como garantia, mantendo-se como possuidor direto do bem.
Em caso de inadimplência, o credor tem o direito de executar a
garantia, possibilitando a retomada do imóvel de forma mais ágil e
simplificada, por meio de procedimento extrajudicial.
◊ De 1978 a 1985, houve uma crise econômica e social, com inflação alta,
endividamento externo e escassez de recursos para o setor imobiliário. O
BNH foi extinto e o SFH passou a ser administrado pela Caixa Econômica
Federal.
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◊ De 1986 a 1994, o mercado imobiliário enfrentou os planos econômicos
que tentaram controlar a inflação, mas que geraram instabilidade e
desconfiança. O SFH entrou em colapso e os financiamentos ficaram
escassos e caros.
O novo marco regulatório foi criado pelo governo brasileiro, a fim de aprimorar o
sistema de financiamento imobiliário e promover maior liquidez e eficiência no
mercado, além de trazer diversas inovações e vantagens para o setor.
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Além dos instrumentos financeiros mencionados, a lei incentivou a concorrência
no setor, permitindo que diferentes instituições financeiras e investidores
participassem do mercado de crédito imobiliário, contribuindo para aumentar a
oferta de financiamentos, de opções mais variadas aos mutuários e de taxas de
juros mais competitivas.
De 2004 até os dias atuais, é possível dizer que o mercado imobiliário viveu um
boom, com o aumento da demanda por imóveis, impulsionada pelo crescimento
econômico, pela expansão do crédito, pela redução dos juros e pela criação de
programas habitacionais como o Minha Casa Minha Vida (MCMV), que depois se
tornou Casa Verde e Amarela (CVA).
Durante esse período, o investidor não poderá resgatar o valor investido sem
perder parte dos rendimentos. Após o vencimento do prazo mínimo, é possível
resgatar o valor investido a qualquer momento, porém, é importante verificar se
a instituição emissora permite essa flexibilidade.
Por ser um investimento em renda fixa a longo prazo, a validade dos títulos de CRI
acontecem, geralmente, de três a cinco anos, podendo chegar a dez anos.
Cabe ressaltar ainda que existem diferenças importantes entre o CRI e a LCI,
dois títulos bastante comuns no mercado de capitais. Enquanto as LCIs são
emitidas por instituições financeiras, os CRIs são emitidos por securitizadoras,
que adquirem os créditos imobiliários e os transformam em títulos negociáveis.
Uma das principais diferenças entre LCIs e CRIs está na garantia oferecida.
Enquanto as LCIs possuem a garantia do FGC, os CRIs não contam com essa
proteção.
Assim, ao adquirir cotas de um fundo, o cotista confia seus recursos a uma pessoa
jurídica responsável por gerir esse patrimônio, buscando opções de investimento
e taxas de retorno previstas em seu prospecto.
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Os FIIs integram a classe dos chamados fundos estruturados, que possuem
regras específicas de atuação.
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(LCI). O intuito é obter ganhos por meio da rentabilidade desses
instrumentos.
Crowdfunding imobiliário
O crowdfunding imobiliário é uma modalidade de investimento participativo
regulada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 2017 e, de lá para cá,
sofreu atualizações regulatórias importantes, no sentido de ampliar as fontes de
captação principalmente de pequenos empreendimentos imobiliários
Pode-se dizer que os juros são um dos principais determinantes da demanda por
imóveis. Quando as taxas estão baixas, o custo de financiamento para aquisição
de imóveis é menor, tornando-o acessível para mais famílias. Isso estimula a
demanda por compra de propriedades, impulsionando o mercado.
Por outro lado, quando as taxas de juros estão elevadas, o custo do financiamento
imobiliário também aumenta, pesando mais no bolso das famílias e, portanto,
desincentivando a demanda por imóveis.
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Por outro lado, restrições ou condições desfavoráveis de crédito podem restringir
a capacidade das famílias de adquirir imóveis, impactando negativamente o
mercado.
De fato, existe uma relação direta entre crédito imobiliário e vendas de imóveis.
Com efeito, diversos estudos do Banco Mundial já demonstraram que uma das
características fundamentais dos países desenvolvidos é uma oferta abundante
e acessível de crédito imobiliário à população.
Por fim, o crescimento econômico é outro fator que deve ser citado como possível
influência no mercado imobiliário.
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Um cenário de crescimento econômico estável e saudável está geralmente
associado a um aumento da demanda por imóveis, tanto residenciais quanto
comerciais. O crescimento econômico impulsiona a criação de empregos,
aumentando a renda disponível e estimulando a procura por moradias.
Demografia
A demografia tem uma influência substancial no desenvolvimento do mercado
imobiliário, pois os padrões e as características da população impactam
diretamente a demanda e a oferta de imóveis.
Isso impacta a demanda por imóveis, uma vez que os idosos podem ter
necessidades específicas de moradia, como unidades adaptadas para
acessibilidade e locais com serviços de saúde próximos.
Por outro lado, a migração em direção a outras áreas pode levar a um excesso
de oferta de imóveis em determinadas regiões.
Políticas governamentais
As políticas governamentais são extremamente importantes para o mercado
imobiliário, pois são elas que determinam aspectos como regulamentações
relacionadas à construção, zoneamento, impostos, incentivos fiscais e programas
de habitação.
Por meio delas, o governo define, por exemplo, os tipos de construção permitidos
em determinadas áreas, a altura máxima dos prédios, as áreas destinadas a
espaços verdes e a infraestrutura necessária.
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influência direta no mercado imobiliário, na medida em que visam a proporcionar
acesso a moradias dignas e adequadas para a população, especialmente para
famílias de baixa renda.
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mão de obra e serviços, que são fundamentais para o desenvolvimento de
empreendimentos imobiliários.
Dessa forma, esse índice oferece uma base sólida para os envolvidos no setor
imobiliário gerenciarem seus custos e evitarem surpresas desfavoráveis durante
o andamento de um projeto.
Isso permite uma tomada de decisão mais embasada e ajuda a evitar possíveis
prejuízos financeiros.
Outra relevância do CUB é a sua utilização como referência para a definição dos
valores de locação de imóveis. Esse indicador serve como um parâmetro objetivo
na determinação dos preços de aluguel, fornecendo uma base confiável para
proprietários, locadores e inquilinos.
Taxa Selic
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira e exerce influência direta
sobre os financiamentos imobiliários.
Estabelecida pelo Banco Central, ela tem o poder de afetar as taxas de juros
praticadas pelas instituições financeiras, o que, por sua vez, impacta tanto
a acessibilidade das famílias ao crédito imobiliário quanto a demanda por
financiamentos e, consequentemente, o funcionamento geral do mercado
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imobiliário.
Dessa forma, juros menores aumentam a procura por imóveis e geram um impulso
no mercado imobiliário como um todo, já que os compradores se beneficiam de
custos mais acessíveis e maior poder de compra.
Por outro lado, quando a Selic está em níveis elevados, significa que o Banco
Central está tentando restringir as condições financeiras para, possivelmente,
desaquecer a demanda e solucionar distorções de preços, como “bolhas” no
sistema imobiliário e outros segmentos da economia.
Isso gera um aumento do custo do crédito, pesando mais no bolso das famílias e
reduzindo sua acessibilidade a imóveis, o que, por sua vez, diminui a demanda por
propriedades e desaquece o mercado, geralmente provocando a desvalorização
das unidades.
Nos momentos em que a Selic está baixa, títulos mais seguros de renda fixa
costumam render menos, o que pode aumentar a atratividade de investimentos
imobiliários, provocando uma valorização das unidades e, portanto, do patrimônio
dos investidores.
No contexto imobiliário, o INPC pode ser utilizado como referência para o reajuste
de aluguéis e contratos de locação, uma vez que reflete a variação dos custos de
vida e o impacto direto nos gastos das famílias.
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Como especialistas avaliam projetos imobiliários?
Apontamos até aqui diversos elementos que têm impacto direto no crescimento
do mercado imobiliário e na avaliação das propriedades, especificamente em
relação ao seu potencial de valorização, como juros, inflação, acesso ao crédito,
políticas governamentais de incentivo e aspectos demográficos.
A análise conjunta desses fatores pode ser bastante desafiadora, sobretudo para
investidores iniciantes, na medida em que o mercado imobiliário, assim como
todos os outros setores da economia, passa por ciclos de expansão e contração,
cada um dos quais com sinais característicos que, muitas vezes, podem passar
despercebidos aos menos experientes.
Rubens Venosa Filho, especialista em real estate na Bloxs, cita alguns fatores que
devem ser levados em consideração pelos investidores, na hora de montar uma
carteira imobiliária sólida e rentável no longo prazo.
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No que se refere à viabilidade legal e regulatória, Ricardo recomenda que os
investidores verifiquem se o projeto está em conformidade com todas as leis e
regulamentações locais, como zonas de uso do solo e restrições de construção.
Vimos ao longo deste guia que o mercado imobiliário tem como característica
fundamental seu aspecto defensivo e gerador de renda, mas a viabilidade e a
atratividade dos empreendimentos dependerá de diversos fatores, como juros,
inflação, acesso ao crédito, entre outros.
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cria uma camada a mais de incerteza quando o assunto é investimento na
economia real.
Além disso, Ricardo Vasconcellos recomenda ter uma reserva de capital para
enfrentar imprevistos ou períodos de baixa liquidez. Isso pode ajudar a cobrir
despesas inesperadas, como reparos emergenciais, e fornecer uma margem de
segurança em caso de problemas financeiros ou flutuações no mercado.
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“Propriedades de médio e alto padrão podem ter maior demanda e
potencial de valorização em determinadas regiões, especialmente
em áreas urbanas e metropolitanas. Considere a demanda de
consumidores de alta renda e a busca por imóveis de qualidade e
localização privilegiada.”
No setor imobiliário, esses projetos envolvem desde operações built to suit até a
aquisição de imóveis em construção abaixo do preço de venda, com potencial
de retorno seja por meio do aluguel das propriedades ou da sua comercialização
após a conclusão das obras.
A Bloxs conta com uma equipe especializada na análise da viabilidade dos mais
variados empreendimentos imobiliários, buscando entender o mercado onde o
estão localizados para identificar o melhor valor de venda do bem acabado.
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Os descontos que os especialistas da Bloxs buscam nos projetos da sua tese
imobiliária variam entre 30% e 50% do valor de venda no futuro.
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Se você quer começar a investir agora em oportunidades do setor de crédito e
imobiliário com maior potencial de retorno e valorização de capital, o seu lugar
é na Bloxs.
Faça seu cadastro agora mesmo em nossa plataforma para saber em primeira
mão quando a próxima oferta do seu setor de interesse será aberta.
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Agradecimentos
Este relatório foi escrito pela equipe de conteúdo da Bloxs, com a ajuda de
Ricardo Vasconcellos e Rubens Venosa Filho, executivos com larga experiência
em estruturação e investimento no segmento de real estate.
Sobre a Bloxs
O Grupo Bloxs é um ecossistema Digital que tem como objetivo simplificar
o acesso do middle market ao mercado de capitais com operações para o
B2C e B2B.
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