ANÁLISE QUADRA - 05

CENTRO HISTÓRICO SÃO PAULO

1840 - 1930 Contexto histórico

03
Durante segunda metade do século XIX (em especial nas duas últimas décadas) grandes mudanças aconteceram
nas dinâmicas de trabalho e sociais na cidade de São Paulo, assim, a arquitetura foi absorvendo as novas
influências e sendo adaptada conforme as novas demandas legais e sociais. A abolição da escravatura, mudará
a configuração das moradias e dos espaços domésticos que antes eram designados às pessoas escravizadas. A 05

imigração europeia (em especial a italiana) aplicou, o que Carlos Lemos chamaria de partido arquitetônico, ou
seja, o seu saber construir e o repertório estético que possuíam. A industrialização se instalará e começará a
proporcionar novos materiais e formas para as edificações, bem como novos programas para a cidade, como
hospitais, escolas, laboratórios etc. O centro da cidade de São Paulo que por muitas décadas ficou confinado a 06
um triangulo histórico com uma edificação eclesiástica em cada um dos seus vértices, começara a dar espaço
para os bondes e carros em suas ruas e ceder lugar para escritórios, comércio formal e indústrias. 04

Principais ruas da quadra: Rua da Quitanda; Praça Antônio Prado; Rua Quinze de
novembro; Rua do comércio; Largo do café & Rua São Bento Identificação do triângulo histórico de São Identificação de da quadra de estudo
Identificação de lotes por aluno na quadra de mapeamento das evolução construtiva na
Paulo. Mapa Sara Brasil 1930
estudo. principais edificações rua
Mapa Sara Brasil 1930
Mapa Sara Brasil 1930 comerciais do centro de São Bento - 1900-1970

iconografia e caracterização
São Paulo - 1893

Aspectos formais e tipologias arquitetônicas e suas temporalidades e aspectos materiais

Rua São Bento

Rua 15 de Novembro Rua Comércio Praça Antônio Prado Largo do café

Esta rua começou a ser aberta ainda no século XVI para facilitar o
acesso entre o Pátio do Colégio e o Largo da Sé, com o Largo de São
Bento. O seu traçado, bastante tortuoso naquela época, devia-se ao
fato de que ela contornava os vales do antigo “Quintal do Colégio” –
hoje parte da Ladeira General Carneiro. Com registros na
documentação oficial da cidade desde 1668, naquela época este
logradouro era conhecido como Rua de Manoel Paes Linhares, “Rua do
Rosário, Rua da Imperatriz e por fim rua 15 de novembro.
A "Rua do Comércio" é uma das poucas referências dos
antigos "becos" e "travessas" que existiam na São Paulo
colonial. Provavelmente, surgiu no século XVIII, servindo de
ligação entre a antiga "Rua do Rosário" (atual Rua 15 de
Novembro) e a "Rua Álvares Penteado", que na época era
conhecida como "Rua do Comércio".
A Praça era conhecida como Largo do Rosário por
conta da igreja do Rosário dos Homens Pretos, dando
origem a um monumento dedicado ao Zumbi dos
Palmares, primeira na capital. Está praça também
possuí o último relógio público de Nichile, que foi
tombado pelo seu valor histórico no ano de 1922.
Uma das mais antigas de São Paulo. Foi aberta alguns anos depois da
Rodeado por edifícios históricos. Tem esse nome,
fundação da capital paulista (em 25 de janeiro de 1554) e, naquela época,
porque na época dos barões do café o Largo era o
era um simples caminho de terra que ligava a antiga aldeia do cacique
ponto de encontro para compra e venda de café.
Tibiriçá (atual Largo São Bento) até as proximidades da Rua Direita.
Havia a Bolsa do Café, mais tarde incorporada pela
O nome da rua refere-se ao Mosteiro de São Bento, localizado no largo de
Bolsa Mercantil e de Futuros, sendo o café um produto
mesmo nome, sua importância se deu desde quando a mesma nem
agrícola a que mais devem São Paulo e o Brasil, sob o
calçamento tinha, pois era uma das únicas vias completamente retas de
ponto de vista econômico.
São Paulo. Fato esse que colaborou para o comercio local e para o
desenvolvimento da região

Rua XV de Novembro c/ a
Rua da Quitanda. No final,
se nota ausência da Igreja,
demolida e reerguida no
Largo do Paiçandu.
A moderna e agitada rua 15 Postal circulado em 1904,
de Novembro, retratada a Rua 15 de Novembro,
em postal da década de sentido Largo do Rosário
1920. (atual Praça Conselheiro
Antonio Prado).
Vista da rua São Bento do Praça Antônio Prado. São Antiga Praça Antônio 1927 - largo do café 1900 - largo do rosário Rua José Bonifácio na
1902 - são bento
Largo São Bento, a direita Paulo, 1925. Prado em 1940 esquina com a rua São
o Hotel Rebecchino Bento, em direção à rua
Líbero Badaró

LOTE 01 LOTE 02 LOTE 03 LOTE 04 LOTE 05 LOTE 06

Rua do Comércio, 34 Rua do Comércio, 14 Pça. Antônio Prado,33
Durante muitas décadas, o Edifício H. Lara abrigou
escritórios de empresas e profissionais de várias áreas,
contribuindo significativamente para a atividade
comercial e financeira do centro da cidade. Ao longo do
tempo, o edifício passou por restaurações e
modernizações para se adaptar às necessidades
contemporâneas, mas sua fachada histórica foi
preservada para manter sua integridade arquitetônica.
344 São Bento
O lote era o antigo Grand Hotel do Largo do Café e
atualmente se encontra com o seu uso original que
era térreo com comércios e alimentação e os
andares superiores de escritórios.
Rua São Bento, 380, 390
O lote onde hoje existe o antigo Banco São Paulo
ganhou maior importância após 1903 devido ao
alargamento da via São João e a implantação do largo
Antônio Prado.
O Edifício ainda não existia até 1935, o lote abrigava
residências e posteriormente alguns comercios
Praça Antônio Prado
Em comparação dos edifícios do século XIX e XX até
a atualidade podemos notar o edifício que ocupa
agora o banco Santander, que ainda mantém as
características típicas da época e divide lugar em
uma metrópole em crescimento, seu uso na
atualidade dá espaço a instituições privadas como
bancos.

arquivo Arq arquivo Arq 344, Rua São Bento, 1911 (Guilherme Gaensly) Rua São Bento, 380, 390 , 1920 Praça Antônio Prado. São Paulo, 1925.

01 - Anna Vitoria Camargo 42009758, 02 - Beatriz Akemi 42026938, 03 - Gabriela Albuquerque 42081459, 04 - Júlia Maria Pierre 42006082, 05 - Lucas Pacheco 42137500, 06 - Maria Eduarda Aveiro 42025966