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BARRA DO BUGRES – MT
JULHO 2021
GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CÂMPUS UNIVERSITÁRIO DE BARRA DO BUGRES
FACULDADE DE CIENCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
CURSO DE DIREITO
BARRA DO BUGRES – MT
JULHO 2021
1 INTRODUÇÃO
Neste estudo trataremos que a Linguagem é uma capacidade de comunicação
independente de sua aquisição e/ou forma de utilização. Mas que preconiza os demasiados
sistemas de comunicação seja ele complexo, ou que, necessita de parâmetro que visem
instancia específicas, a qual permeia um estudo destinado a linguística. No entanto, a proposta
de educação bilíngue para surdos vem sendo amplamente discutida. Nesta, o sujeito deve
adquirir à língua de sinais, como primeira língua, de forma natural e uma segunda língua, a
língua da sociedade ouvinte, ou seja, a língua portuguesa, enquanto segunda língua.
Sabemos que a língua de sinais versa se tratar é uma tipologia da língua natural,
conhecia como “Língua de Sinais Brasileira – Libras”, isto, pois, ela possui estrutura
gramatical própria, além de uma comunidade de falantes nativos e não nativos. Nessa ordem
fazemos reflexões sobre a origem da legislação concernente a língua Brasileira de Sinais
(doravante LIBRAS), bem como dirimir algumas dúvidas e questionamentos sobre a LIBRAS
na atualidade, para tanto reportaremos a implantação da legislação sobre a temática da
LIBRAS/educação inclusiva ou Educação especial em âmbito nacional estadual e municipal.
Contudo nosso foco de pesquisa será a legislação federal, pois cada estado, assim como cada
município pode desenvolver programas de ensino. Mas como referência a legislação federal.
Além do mais, teremos como intuito analisar uma lei municipal que versa sobre a educação
especial ao invés de tratar da educação inclusiva. Teceremos, também, algumas reflexões
sobre legislação do município de Nova Nazaré, a saber a Lei Complementar nº 081/2019.
Como podemos definir inicialmente “a língua de sinais é uma linguagem viso-
espacial, na qual os gestos são traçados no espaço para serem vistos. Ela tem parâmetros
próprios. Assim, algumas características da linguagem oral-como uma dada entonação ou um
questionamento- não são compreensíveis para a pessoa surda” (LIMA, 2006, p. 68).
Pensar a LIBRAS, ou mesmo a história dos surdos, é buscar refazer o percurso traçada
pela educação dos sujeitos surdos no decorrer da história brasileira, nos termos modernos,
principalmente no ano 1856, época em que foi fundado o Instituto para Surdos no Brasil. Para
tanto, faremos uma breve critica a fundação deste instituto a partir da lei que o criou até a
Declaração de Salamanca (1994). Tais considerações serão fundamentadas nas considerações
de Cabral (2016): auxilio alunos surdos no instituto Huet, dentre outros. E em Nova Nazaré
mediante força de lei municipal busca-se um certo atendimento especializado aos Surdos.
2 OBJETIVO GERAL
Entender o sistema educacional e, na concepção de inclusão por parte da sociedade em
geral e, principalmente, dos profissionais escolares, de modo promover a educação bilíngue.
3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Analisar a legislação sobre os surdos no Brasil;
Reconhecer o Estatuto da pessoa com deficiência como marco legal brasileiro;
Diferenciar educação especial e educação inclusiva;
4 PROBLEMA DE PESQUISA
Nesta acepção nosso estudo tratará sobre a seguinte pergunta: a história da legislação
dos surdos no Brasil. Qual a importância da legislação sobre surdos no Brasil? Quais as
principais dificuldades para implementação da legislação para surdos na atualidade?
5 HIPÓTESE
Qual a importância da legislação sobre surdos no Brasil?
Para Felipe (2006) apud Mori (2015), a Constituição Federal de 1988, nos arts. 205 e
208, bem como a LDBEN – Lei de Diretrizes e Bases da Educação nos arts. 4ª, 58, 59 e 60,
garantem às pessoas surdas o direito de igualdade de oportunidade no processo educacional.
O Movimento Surdo no processo histórico na criação das leis acima citado mostra que
há uma importância na criação de leis para o referido movimento de luta dos surdos, mas não
exclui a importância da reformulação das leis para melhor aplicabilidade.
Por fim, como hipótese conclusiva, podemos verificar que a legislação em âmbito
local requer reconhecimento e melhor debate do legislador no tocante a educação dos Surdos.
6 REFERENCIAL TEÓRICO
De acordo com Thoma e Klein (2010), a mobilizações dos surdos, no final da década
de 90, pode ser lembrado como a época da união e consagração dos movimentos em favor dos
surdos em nosso país. Muitos surdos se mobilizarão em prol do movimento em busca do
reconhecimento da língua de sinais.
Partindo de uma visão socio-crítica, e mais ainda uma analise sócio-histórica, vale
considerar que: “várias mobilizações, como passeatas, atos públicos em parlamentos e nas
ruas, articuladas por associações e escolas de surdos marcavam os calendários das escolas e
entidades representativas de surdos, familiares e educadores.” (THOMA; KLEIN. 2010 p.
110). Deste modo vale, teoricamente, “a comunidade surda brasileira, após histórica luta de
mobilização por seus direitos, conseguiu, no Brasil, por meio da Lei nº 10.436, no dia 24 abril
de 2002, o reconhecimento oficial da Libras” (ANDREIS-WITKOSKI, 2015.). Assim, com
mobilização teórico-pragmático, como parte da luta dos Surdos do Brasil e no mundo, a
própria LIBRAS é, portanto, motora, uma língua, assim como outras, em constante
movimento, afinal LIBRAS e Surdos fazem das mãos seus movimentos e sua língua,
evidenciando, portanto, sua cultura e, assim efetivar participação na sociedade (Pereira s/d).
Sobre a lei nº 10.436, no dia 24 abril de 2002:
7 JUSTIFICATIVA
Este estudo versa incluir a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), a qual é considerada
a língua oficial de expressão da comunidade surda no Brasil. Sendo primeira língua materna
dos Surdos a LIBRAS e o ensino de português escrito como segunda língua acerca disso, este
estudo tem por objetivo discutir a importância da inclusão da LIBRAS como disciplina
obrigatória na educação brasileira. Mas para isso, este estudo utilizou de métodos de pesquisa
com objetivo exploratório, a qual teve como coleta de dados os procedimentos técnicos
bibliográficos, os quais seria, um método de abordagem indutivo. Deste modo, constatou-se
que a Libras é uma língua legalmente reconhecida, e cabe ao contexto escolar, torná-lo
emancipatório, no qual os professores possam compreender e transmitir este elemento
constituinte e identifica tório para os surdos. Tornando-se possível concluir que ela pode ser
universalizada, para os surdos e não surdos, ouvinte não ouvinte a fim de que o ensino e
aprendizagem se derem também por meio da comunicação e linguagem, atinja um viés
igualitário e inclusivo mediante a inclusão da língua brasileira de sinais como disciplina
obrigatória na educação brasileira.
8 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Neste trabalho, ao longo de três capítulos trataremos de evidenciar a educação de
surdos no Brasil, trataremos mostrar a lutas dos surdos no Brasil pelo reconhecimento por
meio da legislação e ainda, demonstraremos alguns desafios enfrentados pela comunidade
surda na consolidação das lutas do surdo no Brasil, haja vista que a LIBRAS na maioria das
cidades brasileiras não é ensinada nas escolas da educação básica (na perspectiva da educação
inclusiva e, quiçá como educação bilingue).
Assim o trabalho terá como capítulos os seguintes destaques: Capitulo 1 Surdos e
legislação: sua história, sua cultura e sua língua. Capitulo 2 “Novas” leis sobre a libras: da
criação a implementação da legislação para os surdos no Brasil ou sobre “Novos surdos,
novas leis” e, por fim o Capitulo 3 Algumas considerações críticas sobre Lei Municipal
081/2019 (cria o departamento de educação especial em Nova Nazaré/MT).
Por fim, ressaltamos que neste projeto o percurso é buscar tecer uma análise do atual
cenário, quanto a proposta de elaboração da educação de surdos, pautada numa nova
roupagem, principalmente em âmbito municipal, haja visto que ao longo dos capítulos
exploraremos como está a educação dos surdos até a implementação de uma lei municipal.
Contudo, faz-se necessário referendar e reportar a educação dos surdos em território nacional,
considerando para tanto o percurso histórico das leis nacionais, para assim compreender o
cenário educacional para os Surdos no Brasil e em âmbito municipal.
9 PLANO DE TRABALHO
O trabalho versará sobre três capítulos, o primeiro falará sobre os surdos e a legislação
e sua história, sua cultura e sua língua, que vai trazer uma contextualização geral sobre a
abordagem do tema.
O segundo será sobre as “novas” leis sobre a libras, da criação a implementação da
legislação para os surdos no Brasil, que visa questionar as atuais leis, se são realmente
funcionais quando olhamos para o posicionamento da sociedade.
Por fim o terceiro capítulo visará algumas considerações críticas sobre Lei Municipal
081/2019 que fala sobre a criação do departamento de educação especial.
10 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
Pesquisa do tema
Levantamento
bibliográfico
Coleta de Dados (se
for o caso)
Fichamento
Análise de fontes e
Análise de fontes
Redação do projeto
Revisão e correção
Entrega d Projeto de
pesquisa
Apresentação do
projeto em aula
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FELIPE, Tanya A. Políticas públicas para inserção da LIBRAS na educação de surdos. In:
Revista Espaço. Informativo Técnico Científico do INES. Nº 25/26, JANDEZ./2006.
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1857.
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