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Graduado em Letras pela Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT (2012). Pós-graduado em
Gêneros Textuais: questão de análise e interpretação pela UFMT (2013). Graduado em Psicologia pela
UFMT. Especialista em Psicologia em Saúde pelo Conselho Federal de Psicologia (2018). Estudante do
curso de Direito na Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). Pesquisador na área da saúde e
educação. Membro do Grupo de estudos: Alfabetização e letramento: uma reflexão da atividade docente
nos anos iniciais do ensino fundamental.
RESUMO
Citar os autores.
Por sim, trazemos como reflexão a importância de uma educação inclusiva de modo a
sensibilizar legisladores, gestores e sociedade em geral para compreensão sobre a
diferença entre atendimentos educacional especializado (educação especial) e educação
inclusiva, para assim resinificarmos os saberes pertinentes a educação dos surdos na
atualidade.
Objetivos:
Este estudo versa incluir a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) a qual é considerada a
língua oficial de expressão da comunidade surda no Brasil. Sendo primeira língua
materna LIBRAS e o ensino de português escrito como segunda língua a cerca disso, este
estudo tem por objetivo discutir a importância da inclusão da LIBRAS como disciplina
obrigatória na educação brasileira. Mas para isso, este estudo utilizou de métodos de
pesquisa com objetivo exploratório, a qual teve como coleta de dados os procedimentos
técnicos bibliográficos, os quais seria, um método de abordagem indutivo. Deste modo,
constatou-se que a Libras é uma língua legalmente reconhecida, e cabe ao contexto
escolar, torná-lo emancipatório, no qual os professores possam compreender e transmitir
este elemento constituinte e identifica tório para os surdos. Tornando-se possível
concluir que ela pode ser universalizada, para os surdos e não surdos, ouvinte não
ouvinte a fim de que o ensino e aprendizagem se derem também por meio da
comunicação e linguagem, atinja um viés igualitário e inclusivo mediante a inclusão da
língua brasileira de sinais como disciplina obrigatória na educação brasileira. Visa
Salamanca, na Espanha, em 1994, com o objetivo de fornecer diretrizes básicas para a
formulação e reforma de políticas e sistemas educacionais de acordo com o movimento
de inclusão social Independente de qualquer limitação, a criança.
1 INTRODUÇÃO
Sabemos que a língua de sinais versa se tratar é uma tipologia da língua natural,
conhecia como “Língua de Sinais Brasileira – Libras”, isto, pois, ela possui estrutura
gramatical própria, além de uma comunidade de falantes nativos e não nativos. Nessa
ordem fazemos reflexões sobre a origem da legislação concernente a língua Brasileira
de Sinais (doravante LIBRAS), bem como dirimir algumas dúvidas e questionamentos
sobre a LIBRAS na atualidade, para tanto reportaremos a implantação da legislação
sobre a temática da LIBRAS/educação inclusiva ou Educação especial em âmbito
nacional estadual e municipal. Contudo nosso foco de pesquisa será a legislação federal,
pois cada estado, assim como cada município pode desenvolver. Além do mais teremos
como intuito analisar uma lei municipal que versa sobre a educação especial ao invés de
tratar da educação inclusiva. Assim sendo teceremos algumas reflexões quanto a esta
legislação municipal.
Como podemos definir inicialmente “a língua de sinais é uma linguagem viso-espacial,
na qual os gestos são traçados no espaço para serem vistos. Ela tem parâmetros
próprios. Assim, algumas características da linguagem oral-como uma dada entonação
ou um questionamento- não são compreensíveis para a pessoa surda” (LIMA, 2006, p.
68).
Pensar a LIBRAS, ou mesmo a história dos surdos, é buscar refazer o percurso traçada
pela educação dos sujeitos surdos no decorrer da história brasileira, nos termos
modernos, principalmente no ano 1856, época em que foi fundado o Instituto para
Surdos no Brasil. Para tanto, faremos uma breve critica a fundação deste instituto a
partir da lei que o criou ate a Declaração de Salamanca (1994). Tais considerações serão
fundamentadas nas considerações de Cabral
Como podemos perceber, Huet visava alguma subvenção 2 do governo, pois como
podemos ver a Lei nº. 939 de 26 de setembro de 1857, foi criada para Fixar despesa e
orçar a receita para o exercício de 1858-1859. Assim, o colégio poderia receber
2
Até o ano de 1908 era considerada a data de fundação do Instituto o dia 1º de Janeiro de 1856. A
mudança deu-se através do artigo 7º do decreto nº. 6.892 de 19 de março de 1908, que transferiu a data de
fundação para a da promulgação da Lei 939 de 26 de setembro de 1857, que, em seu artigo 16, inciso 10,
consta que o Império passa a subvencionar o Instituto: Conceder, desde já ao Instituto dos Surdos-Mudos,
a subvenção annual de 5.000$.000, e mais dez pensões, também annuaes, de 500$000 cada huma, a favor
de outros tantos surdos-mudos pobres, que nos termos do Regulamento interno do mesmo Instituto, foram
aceitos pelo Diretor e Comissão e approvados pelo governo. [...]. (ROCHA, 2009, grifos do autor)
subvenções do Estado. Como se pode ver por décadas Huet dirigiu a escola por ele
fundada e, no instituto para Surdos-mudos não seria diferente, o próprio Huet seria o
mentor dessa educação.
Ali no instituto de surdos-mudos era ensinado dentre outras coisas, segundo Rocha
“Escripta e leitura, Elementos da língua nacional- Grammatica, Noções de religião e
dos deveres sociais – Catecismo, Geographia, Historia do Brasil, Historia sagrada e
profana, Arithmetica, Desenho e Escripturação mercantil.” O curso no instituto durava
seis anos, atendia alunos de ambos os sexo, dos sete aos desesseis anos, sendo os alunos
dirigido pelo homem e por uma mulher. Ainda, convem mensirar que “havia uma
seleção e, consequentemente, trabalho diferenciado para os que não tivessem condições
de serem oralizados. Essa questão foi discutida no relatório de 1871, assinado pelo
então diretor Doutor Tobias Leite, o qual entizava que:
É conveniente observarmos que, apesar de buscar a educação dos surdos nesta época, o
instituto tem uma forte vertente voltada para oralização do surdo. Este debate é ainda
hoje prevalece, pois temos na presença do Dr. Tobias Leite ampliação no alcance do
debate acerca da educação de surdos (Rocha, 2009). Tem-se portanto, os debates
linguisticos operacionalizas quando se trata da educação de surdos daquela época no
sentido de buscar estratégias de oralização.
Vale ressaltar que:
Temos portanto, nesta época uma educação limitada, pois era ofertada em instituições
privadas, as quais eram subvencionadas pelo governo (sic). Isto é uma educação
privada, paga única e exclusivamente pelos cofres públicos. Além disso, convém
afirmar que uma parcela significativa da população surda ficava de fora deste instituto,
que por sua vez, era de admissão exclusiva da parcela abastada que possuíam filhos ou
parentes surdos, os quais requeriam uma educação formal.
Entretanto, com o passar do tempo a reivindicação por uma educação universal fez-se
necessária. Assim somente na década de 1990, mais especificamente no ano de 1994,
durante a Conferência Mundial de Educação Especial, reafirmou-se – o compromisso
para com a Educação para Todos – “reconhecendo a necessidade e urgência [..] de
educação para as crianças, jovens e adultos com necessidades educacionais especiais
dentro do sistema regular de ensino [] Estrutura de Ação em Educação Especial, [...]
cujas provisões e recomendações ao governo e organizações sejam guiados”
(DECLARAÇÃO DE SALAMANCA , 1994).
Contudo é sabido que sua fundação deveu-se a um francês chamado E. Huet3, [..]
3
Segundo Rocha (2009), os dados biográficos de Huet ainda são imprecisos. Nesse estudo apresento alguns dados até
então desconhecidos de sua biografia. Um deles se reporta ao ano de 1840, quando era monitor da terceira classe do
Instituto dos Surdos-Mudos de Paris. Nesse ano, organiza duas listas com a finalidade de levantar recursos para erigir
um monumento em homenagem ao abade L’Pée na igreja de Saint Roch em Paris. Na lista relativa aos alunos do
Instituto de Paris, organizada somente pelo primeiro nome, há dois de nome Edouard. Um doa a quantia de oito
francos e o outro doa um franco. É possível que um dos dois seja Huet. Há controvérsias acerca de seu primeiro
nome, em algumas descrições aparece como Ernest e em outras como Eduard. Sua assinatura não contribui para
resolver a questão na medida em que sempre assina E. Huet. Quanto a sua chegada ao Brasil, os registros são
contraditórios. O outro dado novo que esse estudo traz é o registro de funcionamento do Collégio Francez, de sua
propriedade no período de 1845/1851, no Rio de Janeiro. Em dezembro de 1861, após conflitos administrativos com
o Marques de Abrantes, negocia sua saída da direção da Instituição mediante o pagamento de uma indenização pelo
patrimônio material do Instituto e, também, o recebimento de uma pensão anual como reconhecimento de ter sido o
fundador da primeira escola para surdos no Brasil. Seu destino é incerto após deixar o Instituto. Alguns registros
indicam que seis anos depois estava fundando uma instituição semelhante no México.
2 “Novas” leis sobre a libras: da criação a implementação da legislação para
os surdos no Brasil ou sobre “Novos surdos, novas leis”
Desde a Fundação do instituto pra surdos no Brasil, outros dois decretos foram
significativos nos tempos do império a saber: Decreto n. 4.046, de 19 de dezembro de
1867, que por sua vez Aprovou o “Regulamento Provisório do Instituto dos Surdos-
Mudos” e o Decreto n. 5.435, de 15 de outubro de 1873, o qual tratou de possibilitar
uma “nova organização ao Instituto dos Surdos-Mudos”. Tais atos regulatórios, podem
ser considerados marcos regulatórios na história do instituto de surdos. Ambos
regulamentos tratavam dentre outras coisas, desde que quem seria o diretor do instituto,
passando por quem seriam seus empregados, formas de ingresso dos professores,
número de alunos, valores das mensalidades, premiações exames, ensino profissional
até a finalização dos regulamentos a “tabela de vencimentos dos empregados do
Instituto dos Surdos-Mudos”.
Como podemos ver a partir da criação do Instituto de Surdos-Mudos que uma vertente
de educação imperou e ainda insiste em operar-se a ser implementada em plano teórico-
prático nos termos previstos no art. 58 da LEI Nº 12.796/2013, ou seja, passou a existir
a famosa educação especial assim a educação especial é entendida como: “a modalidade
de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para
educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades
ou superdotação” (BRASIL, 2012, grifos nossos). Assim como podemos notar ao longo
da historia da legislação brasileira, a educação inclusiva não se atentou que o deficiente
circula para além dos muros da “escola para deficientes” (APE’s, institutos dentre
outros, Pestalozzis).
Para vencer tais empecilhos a uma escola para todos em 2015, a partida de Lei Nº
13.146 determina dentre outras:
4. CONCLUSÃO
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
______. Lei Nº. 7.853, de 24 de outubro de 1989. Dispõe sobre o apoio às pessoas
portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - Corde, institui a tutela jurisdicional de
interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério
Público, define crimes, e dá outras providências. Brasília: Ministério da Educação.
Secretaria de Educação Especial, 1989. Disponível
em:http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/LEIS/L7853.htm.