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A HISTÓRIA DA LEGISLAÇÃO PARA SURDOS NO BRASIL: DO

INSTITUTO PARA SURDOS A CRIAÇÃO DE DEPARTAMENTO DE


EDUCAÇÃO ESPECIAL MUNICIPIO NOVA NAZARÉ/MT.

AURELINO SILVA CONCEIÇÃO1

1
Graduado em Letras pela Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT (2012). Pós-graduado em
Gêneros Textuais: questão de análise e interpretação pela UFMT (2013). Graduado em Psicologia pela
UFMT. Especialista em Psicologia em Saúde pelo Conselho Federal de Psicologia (2018). Estudante do
curso de Direito na Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). Pesquisador na área da saúde e
educação. Membro do Grupo de estudos: Alfabetização e letramento: uma reflexão da atividade docente
nos anos iniciais do ensino fundamental.
RESUMO

A proposta deste trabalho é concernentes ao percurso histórico da legislação para surdos


no brasil, desde a instituição do Instituto para Surdos a a implementação da lei de
criação do Departamento de Educação Especial no município de Nova Nazaré/MT.
Desse modo tratamos de efetuar um percurso histórico das pessoas com deficiência,
neste caso, o sujeito surdo. Para tanto faremos algumas considerações sobre o
instituto /para surdos e a Lei Municipal 081/2019. No que tange ao objetivo desta
pesquisa

Objetivamos com este estudo compreender o processo históricos concernente a


legislação para surdos, em especial a fundação do Instituto para Surdos (Instituto Huet),
assim de modo a apresentar considerações e diferencias educação especial e educação
inclusiva. Partimos de uma metodologia com base em uma pesquisa bibliográfica e
descritiva. Os fundamentos teóricos deste estudos fundamenta-se na legislação vigente,
bem como autores que tangem considerações sobre a história da educação dos surdos

Citar os autores.

Por sim, trazemos como reflexão a importância de uma educação inclusiva de modo a
sensibilizar legisladores, gestores e sociedade em geral para compreensão sobre a
diferença entre atendimentos educacional especializado (educação especial) e educação
inclusiva, para assim resinificarmos os saberes pertinentes a educação dos surdos na
atualidade.

Objetivos:

Analisar a legislação sobre os surdos no Brasil;

Reconhecer o Estatudo da pessoa com deficiência como maco legal brasieiro

Diferenciar educação especial e educação inclusiva

Entender o sistema educacional e na concepção de inclusão por parte da sociedade em


geral e, principalmente, dos profissionais escolares.

Este estudo versa incluir a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) a qual é considerada a
língua oficial de expressão da comunidade surda no Brasil. Sendo primeira língua
materna LIBRAS e o ensino de português escrito como segunda língua a cerca disso, este
estudo tem por objetivo discutir a importância da inclusão da LIBRAS como disciplina
obrigatória na educação brasileira. Mas para isso, este estudo utilizou de métodos de
pesquisa com objetivo exploratório, a qual teve como coleta de dados os procedimentos
técnicos bibliográficos, os quais seria, um método de abordagem indutivo. Deste modo,
constatou-se que a Libras é uma língua legalmente reconhecida, e cabe ao contexto
escolar, torná-lo emancipatório, no qual os professores possam compreender e transmitir
este elemento constituinte e identifica tório para os surdos. Tornando-se possível
concluir que ela pode ser universalizada, para os surdos e não surdos, ouvinte não
ouvinte a fim de que o ensino e aprendizagem se derem também por meio da
comunicação e linguagem, atinja um viés igualitário e inclusivo mediante a inclusão da
língua brasileira de sinais como disciplina obrigatória na educação brasileira. Visa
Salamanca, na Espanha, em 1994, com o objetivo de fornecer diretrizes básicas para a
formulação e reforma de políticas e sistemas educacionais de acordo com o movimento
de inclusão social Independente de qualquer limitação, a criança.

Palavras chaves: Legislação, Surdos, Instituto Édouard Huet, Educação Inclusiva,


Nova Nazaré.

1 INTRODUÇÃO

Neste estudo trataremos que a Linguagem é uma capacidade de comunicação


independente de sua aquisição e/ou forma de utilização. Mas que preconiza os
demasiados sistemas de comunicação seja ele complexo, ou que, necessita de parâmetro
que visem instancia específiicas, a qual permeia um estudo destinado a linguística. No
entanto, a proposta de educação bilíngüe para surdos vem sendo amplamente discutida.
Nesta, o sujeito deve adquirir à língua de sinais, como primeira língua, de forma natural
e uma segunda língua, a língua da sociedade ouvinte.

Sabemos que a língua de sinais versa se tratar é uma tipologia da língua natural,
conhecia como “Língua de Sinais Brasileira – Libras”, isto, pois, ela possui estrutura
gramatical própria, além de uma comunidade de falantes nativos e não nativos. Nessa
ordem fazemos reflexões sobre a origem da legislação concernente a língua Brasileira
de Sinais (doravante LIBRAS), bem como dirimir algumas dúvidas e questionamentos
sobre a LIBRAS na atualidade, para tanto reportaremos a implantação da legislação
sobre a temática da LIBRAS/educação inclusiva ou Educação especial em âmbito
nacional estadual e municipal. Contudo nosso foco de pesquisa será a legislação federal,
pois cada estado, assim como cada município pode desenvolver. Além do mais teremos
como intuito analisar uma lei municipal que versa sobre a educação especial ao invés de
tratar da educação inclusiva. Assim sendo teceremos algumas reflexões quanto a esta
legislação municipal.
Como podemos definir inicialmente “a língua de sinais é uma linguagem viso-espacial,
na qual os gestos são traçados no espaço para serem vistos. Ela tem parâmetros
próprios. Assim, algumas características da linguagem oral-como uma dada entonação
ou um questionamento- não são compreensíveis para a pessoa surda” (LIMA, 2006, p.
68).

Pensar a LIBRAS, ou mesmo a história dos surdos, é buscar refazer o percurso traçada
pela educação dos sujeitos surdos no decorrer da história brasileira, nos termos
modernos, principalmente no ano 1856, época em que foi fundado o Instituto para
Surdos no Brasil. Para tanto, faremos uma breve critica a fundação deste instituto a
partir da lei que o criou ate a Declaração de Salamanca (1994). Tais considerações serão
fundamentadas nas considerações de Cabral

A legislação e o processo de criação de leis uma criação social

Nesta acepção nosso estudo tratará sobre a seguinte pergunta: a história da


legislação dos surdos no Brasil. Qual a importância da legislação sobre surdos no
Brasil? Quais as principais dificuldades para implementação da legislação para surdos
na atualidade?

Neste trabalho ao longo de dois/três capítulos trataremos de evidenciar a


educação de surdos no Brasil, trataremos mostrar a lutas dos surdos no Brasil pelo
reconhecimento por meio da legislação e ainda, demonstraremos alguns desafios
enfrentados pela comunidade surda na consolidação das lutas do surdo no Brasil, haja
vista que a LIBRAS na maioria das cidades brasileiras não é ensinada nas escolas da
educação básica (na perspectiva da educação inclusiva).

Capitulo 1 surdos e legislação...

Capitulo 2 “Novas” leis sobre a libras: da criação a implementação da legislação


para os surdos no Brasil ou sobre “Novos surdos, novas leis”

3 Algumas considerações criticas sobre Lei Municipal 081/2019. (a criação do


departamento de educação especial
1 A educação dos surdos no Brasil e a legislação sobre libras: um breve
contextualização histórico-crítica da fundação do Instituto para Surdos-Mudos no
Brasil.

Remontar a história da legislação para surdos no brasil é sinônimo de revisitar a


história da educação de surdos. Para tanto, vale frisarmos o ano de 1856, ano em que foi
criado o Instituto dos Surdos-Mudos, este instituto ou colégio tinha como oficio,
finalidade ofertar a “educação intelectual, moral e religiosa aos surdos de ambos os
sexos”. O instituto fora inaugurado no dia 1º de janeiro de 1856, sendo, portanto uma
instituição de caráter privado, teve seu reconhecimento somente no dia 26 de setembro
do ano acima citado, pois este dia era considerado o dia da “promulgação da lei nº. 939,
por ter esta concedido subvenção anual e pensões aos alunos surdos pobres”. (BRASIL,
1857, p. 70 apud CABRAL, 2016).

Vale enfatizar as considerações do Rocha (2009):

O novo estabelecimento, de natureza particular mas com


alguma subvenção imperial dentre outras, começa a funcionar
no primeiro dia de janeiro do ano de 1856, nas dependências do
Colégio de M. De Vassimon. O primeiro documento com o
propósito de divulgar a criação do estabelecimento comunica
ser o Collegio de natureza mista, sendo que as meninas
ficariam a cargo de Madame de Vassimon e suas filhas. O
estabelecimento começou a funcionar nas dependências do
Collegio de Vassimon [...]. Vem de longa data a ligação de
Huet com a família Vassimon. No ano de 1845, portanto dez
anos antes de propor a fundação do colégio para surdos, Huet
era proprietário do Collégio Francez Huet para meninos. Esse
colégio funcionou até 1851 na Rua da Ajuda 68. No período
1852/1854, não há registro de atividade escolar de Huet. Outro
dado importante que associa Huet aos Vassimon é a
coincidência das datas de abertura e término das escolas
dirigidas por ambos. O Collégio de Vassimon começa a
funcionar em 1844 e termina em 1861, mesmo ano do
desligamento de Huet com o Instituto de Surdos por ele
fundado. (p. 38, grifos nossos)

Como podemos perceber, Huet visava alguma subvenção 2 do governo, pois como
podemos ver a Lei nº. 939 de 26 de setembro de 1857, foi criada para Fixar despesa e
orçar a receita para o exercício de 1858-1859. Assim, o colégio poderia receber
2
Até o ano de 1908 era considerada a data de fundação do Instituto o dia 1º de Janeiro de 1856. A
mudança deu-se através do artigo 7º do decreto nº. 6.892 de 19 de março de 1908, que transferiu a data de
fundação para a da promulgação da Lei 939 de 26 de setembro de 1857, que, em seu artigo 16, inciso 10,
consta que o Império passa a subvencionar o Instituto: Conceder, desde já ao Instituto dos Surdos-Mudos,
a subvenção annual de 5.000$.000, e mais dez pensões, também annuaes, de 500$000 cada huma, a favor
de outros tantos surdos-mudos pobres, que nos termos do Regulamento interno do mesmo Instituto, foram
aceitos pelo Diretor e Comissão e approvados pelo governo. [...]. (ROCHA, 2009, grifos do autor)
subvenções do Estado. Como se pode ver por décadas Huet dirigiu a escola por ele
fundada e, no instituto para Surdos-mudos não seria diferente, o próprio Huet seria o
mentor dessa educação.

Ali no instituto de surdos-mudos era ensinado dentre outras coisas, segundo Rocha
“Escripta e leitura, Elementos da língua nacional- Grammatica, Noções de religião e
dos deveres sociais – Catecismo, Geographia, Historia do Brasil, Historia sagrada e
profana, Arithmetica, Desenho e Escripturação mercantil.” O curso no instituto durava
seis anos, atendia alunos de ambos os sexo, dos sete aos desesseis anos, sendo os alunos
dirigido pelo homem e por uma mulher. Ainda, convem mensirar que “havia uma
seleção e, consequentemente, trabalho diferenciado para os que não tivessem condições
de serem oralizados. Essa questão foi discutida no relatório de 1871, assinado pelo
então diretor Doutor Tobias Leite, o qual entizava que:

A leitura sobre os lábios e a articulação artificial, que não são


como geralmente se crê entre nós, o ponto objectivo da
educação dos surdos-mudos, e apenas um auxiliar mais ou
menos util conforme a natureza da surdo-mudez e as condições
do alumno, não foram ainda ensinadas n’este Instituto, não só
porque é o único meio de instruir surdosmudos que é
necessario aprender vendo praticar por mestres especiaes,
como porque é tão pequeno o numero que aqui existe de
surdos-mudos accidentaes, únicos que são susceptiveis de
recebê-lo com vantagem... (LEITE APUD ROCHA,
2009, p. 39)

É conveniente observarmos que, apesar de buscar a educação dos surdos nesta época, o
instituto tem uma forte vertente voltada para oralização do surdo. Este debate é ainda
hoje prevalece, pois temos na presença do Dr. Tobias Leite ampliação no alcance do
debate acerca da educação de surdos (Rocha, 2009). Tem-se portanto, os debates
linguisticos operacionalizas quando se trata da educação de surdos daquela época no
sentido de buscar estratégias de oralização.
Vale ressaltar que:

Pelo decreto n. 5.435, de 15 de outubro de 1873, o Instituto dos


Surdos-Mudos teve um novo regulamento aprovado, que
vigorou até a República. Além do diretor, o instituto contava
em sua estrutura com capelão, dois professores de linguagem
escrita, um de linguagem articulada e leitura dos lábios, um de
matemática, geografia e história do Brasil, um de desenho, um
médico, um escriturário e agente, roupeiro e despenseiro, um
inspetor para cada turma de 25 alunos, um mestre de ginástica
e serventes. Haveria um repetidor para cada cadeira de
linguagem escrita e um para a cadeira de matemática, de
geografia e história. Os alunos poderiam frequentar o curso no
regime de internato ou externato, limitado a 100 o número dos
primeiros. O governo imperial poderia mandar admitir até 30
alunos como pensionistas gratuitos, já os mantidos pelas
províncias eram considerados contribuintes. (CABRAL, 2016)

Temos portanto, nesta época uma educação limitada, pois era ofertada em instituições
privadas, as quais eram subvencionadas pelo governo (sic). Isto é uma educação
privada, paga única e exclusivamente pelos cofres públicos. Além disso, convém
afirmar que uma parcela significativa da população surda ficava de fora deste instituto,
que por sua vez, era de admissão exclusiva da parcela abastada que possuíam filhos ou
parentes surdos, os quais requeriam uma educação formal.

Entretanto, com o passar do tempo a reivindicação por uma educação universal fez-se
necessária. Assim somente na década de 1990, mais especificamente no ano de 1994,
durante a Conferência Mundial de Educação Especial, reafirmou-se – o compromisso
para com a Educação para Todos – “reconhecendo a necessidade e urgência [..] de
educação para as crianças, jovens e adultos com necessidades educacionais especiais
dentro do sistema regular de ensino [] Estrutura de Ação em Educação Especial, [...]
cujas provisões e recomendações ao governo e organizações sejam guiados”
(DECLARAÇÃO DE SALAMANCA , 1994).

Contudo é sabido que sua fundação deveu-se a um francês chamado E. Huet3, [..]

3
Segundo Rocha (2009), os dados biográficos de Huet ainda são imprecisos. Nesse estudo apresento alguns dados até
então desconhecidos de sua biografia. Um deles se reporta ao ano de 1840, quando era monitor da terceira classe do
Instituto dos Surdos-Mudos de Paris. Nesse ano, organiza duas listas com a finalidade de levantar recursos para erigir
um monumento em homenagem ao abade L’Pée na igreja de Saint Roch em Paris. Na lista relativa aos alunos do
Instituto de Paris, organizada somente pelo primeiro nome, há dois de nome Edouard. Um doa a quantia de oito
francos e o outro doa um franco. É possível que um dos dois seja Huet. Há controvérsias acerca de seu primeiro
nome, em algumas descrições aparece como Ernest e em outras como Eduard. Sua assinatura não contribui para
resolver a questão na medida em que sempre assina E. Huet. Quanto a sua chegada ao Brasil, os registros são
contraditórios. O outro dado novo que esse estudo traz é o registro de funcionamento do Collégio Francez, de sua
propriedade no período de 1845/1851, no Rio de Janeiro. Em dezembro de 1861, após conflitos administrativos com
o Marques de Abrantes, negocia sua saída da direção da Instituição mediante o pagamento de uma indenização pelo
patrimônio material do Instituto e, também, o recebimento de uma pensão anual como reconhecimento de ter sido o
fundador da primeira escola para surdos no Brasil. Seu destino é incerto após deixar o Instituto. Alguns registros
indicam que seis anos depois estava fundando uma instituição semelhante no México.
2 “Novas” leis sobre a libras: da criação a implementação da legislação para
os surdos no Brasil ou sobre “Novos surdos, novas leis”

Desde a Fundação do instituto pra surdos no Brasil, outros dois decretos foram
significativos nos tempos do império a saber: Decreto n. 4.046, de 19 de dezembro de
1867, que por sua vez Aprovou o “Regulamento Provisório do Instituto dos Surdos-
Mudos” e o Decreto n. 5.435, de 15 de outubro de 1873, o qual tratou de possibilitar
uma “nova organização ao Instituto dos Surdos-Mudos”. Tais atos regulatórios, podem
ser considerados marcos regulatórios na história do instituto de surdos. Ambos
regulamentos tratavam dentre outras coisas, desde que quem seria o diretor do instituto,
passando por quem seriam seus empregados, formas de ingresso dos professores,
número de alunos, valores das mensalidades, premiações exames, ensino profissional
até a finalização dos regulamentos a “tabela de vencimentos dos empregados do
Instituto dos Surdos-Mudos”.

Como podemos ver a partir da criação do Instituto de Surdos-Mudos que uma vertente
de educação imperou e ainda insiste em operar-se a ser implementada em plano teórico-
prático nos termos previstos no art. 58 da LEI Nº 12.796/2013, ou seja, passou a existir
a famosa educação especial assim a educação especial é entendida como: “a modalidade
de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para
educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades
ou superdotação” (BRASIL, 2012, grifos nossos). Assim como podemos notar ao longo
da historia da legislação brasileira, a educação inclusiva não se atentou que o deficiente
circula para além dos muros da “escola para deficientes” (APE’s, institutos dentre
outros, Pestalozzis).

Para vencer tais empecilhos a uma escola para todos em 2015, a partida de Lei Nº
13.146 determina dentre outras:

Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver,


implementar, incentivar, acompanhar e avaliar:
I - sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades, bem
como o aprendizado ao longo de toda a vida;
II - aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a garantir condições
de acesso, permanência, participação e aprendizagem, por meio da oferta de
serviços e de recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras e
promovam a inclusão plena;
III - projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional
especializado, assim como os demais serviços e adaptações razoáveis, para
atender às características dos estudantes com deficiência e garantir o seu
pleno acesso ao currículo em condições de igualdade, promovendo a
conquista e o exercício de sua autonomia;
IV - oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na
modalidade escrita da língua portuguesa como segunda língua, em escolas e
classes bilíngues e em escolas inclusivas;
V - adoção de medidas individualizadas e coletivas em ambientes que
maximizem o desenvolvimento acadêmico e social dos estudantes com
deficiência, favorecendo o acesso, a permanência, a participação e a
aprendizagem em instituições de ensino;
VI - pesquisas voltadas para o desenvolvimento de novos métodos e técnicas
pedagógicas, de materiais didáticos, de equipamentos e de recursos de
tecnologia assistiva;
VII - planejamento de estudo de caso, de elaboração de plano de atendimento
educacional especializado, de organização de recursos e serviços de
acessibilidade e de disponibilização e usabilidade pedagógica de recursos de
tecnologia assistiva;
VIII - participação dos estudantes com deficiência e de suas famílias nas
diversas instâncias de atuação da comunidade escolar;
IX - adoção de medidas de apoio que favoreçam o desenvolvimento dos
aspectos linguísticos, culturais, vocacionais e profissionais, levando-se em
conta o talento, a criatividade, as habilidades e os interesses do estudante com
deficiência;
X - adoção de práticas pedagógicas inclusivas pelos programas de formação
inicial e continuada de professores e oferta de formação continuada para o
atendimento educacional especializado;
XI - formação e disponibilização de professores para o atendimento
educacional especializado, de tradutores e intérpretes da Libras, de guias
intérpretes e de profissionais de apoio;
XII - oferta de ensino da Libras, do Sistema Braille e de uso de recursos de
tecnologia assistiva, de forma a ampliar habilidades funcionais dos
estudantes, promovendo sua autonomia e participação;
XIII - acesso à educação superior e à educação profissional e tecnológica em
igualdade de oportunidades e condições com as demais pessoas;
XIV - inclusão em conteúdos curriculares, em cursos de nível superior e de
educação profissional técnica e tecnológica, de temas relacionados à pessoa
com deficiência nos respectivos campos de conhecimento;
XV - acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de condições, a jogos e
a atividades recreativas, esportivas e de lazer, no sistema escolar;
XVI - acessibilidade para todos os estudantes, trabalhadores da educação e
demais integrantes da comunidade escolar às edificações, aos ambientes e às
atividades concernentes a todas as modalidades, etapas e níveis de ensino;
XVII - oferta de profissionais de apoio escolar;
XVIII - articulação intersetorial na implementação de políticas públicas.
§ 1º Às instituições privadas, de qualquer nível e modalidade de ensino,
aplica-se obrigatoriamente o disposto nos incisos I, II, III, V, VII, VIII, IX,
X, XI, XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII e XVIII do caput deste artigo, sendo
vedada a cobrança de valores adicionais de qualquer natureza em suas
mensalidades, anuidades e matrículas no cumprimento dessas determinações.
§ 2º Na disponibilização de tradutores e intérpretes da Libras a que se refere
o inciso XI do caput deste artigo, deve-se observar o seguinte:
I - os tradutores e intérpretes da Libras atuantes na educação básica devem,
no mínimo, possuir ensino médio completo e certificado de proficiência na
Libras; (Vigência)
II - os tradutores e intérpretes da Libras, quando direcionados à tarefa de
interpretar nas salas de aula dos cursos de graduação e pós-graduação, devem
possuir nível superior, com habilitação, prioritariamente, em Tradução e
Interpretação em Libras. (Vigência)
O Estatuto da Pessoa com Deficiência constitui uma marco legal pra educação pública no
Brasil, bem como uma campo desafiador para educandos e profissionais da educação, haja visto
que a escola tem que lidar uma diversidade e pluralidade crescente de alunos que possuem
alguma deficiência. Contudo é reconhecível que a educação inclusiva representa,
principalmente para a comunidade surda uma conquista

Diferenciar educação especial e educação inclusiva citar autores da area

Partindo das considerações da escola inclusiva quanto da educação especial é necessário


pensar uma educação que de fato seja para todos, para tanto como sabemos no
desenvolver deste estudo tão reconhecimento de uma educação pra as pessoas com
deficiência não pode ser implementada sem que haja o conhecimento da legislação
pertinente ao deficientes, neste estudo entendido como o surdo e muito menos sem
reconhecermos a legislação sobre a libras.

4. CONCLUSÃO

A língua brasileira de sinais (Libras) é oficialmente reconhecida por meio de


expressão legal da comunidade surda brasileira e, portanto, é uma língua natural. A qual
se deve reafirmar a universalidade perante o contexto da legislação. Pois desta maneira,
torna-se possível amparar as lacunas aparentes no contexto educacional e social da
inclusão da Libra, e dos seus usuários, nos espaços escolares.
Após a análise desse estudo foi possível concluir que essa língua, legalmente
reconhecido, cabe ao contexto escolar, torná-lo emancipatório, no qual os professores
possam compreender e transmitir este elemento constituinte identifica tório para os
surdos, que pode ser disseminado para os não surdos. A fim de que um ensino e
aprendizagem, por meio da comunicação e linguagem, atinja um viés igualitário e
inclusivo mediante a inclusão da língua brasileira de sinais como disciplina obrigatória
na educação brasileira. Vivemos em uma sociedade na qual a língua oral é imperativa

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Brasília: Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial,1999. Disponível
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______. Lei Nº. 7.853, de 24 de outubro de 1989. Dispõe sobre o apoio às pessoas
portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - Corde, institui a tutela jurisdicional de
interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério
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Secretaria de Educação Especial, 1989. Disponível
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