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VERIFICAÇÃO COMPONENTE CURRICULAR NÍVEL DATA

TD Língua Portuguesa Médio


_____/_____/_____

ALUNO(A) SÉRIE
2ª Série

FUNÇÕES DA LINGUAGEM
1. (ENEM-PPL 2022 1º dia - Caderno Azul) Trechos do discurso de Ulysses Guimarães na promulgação da
Constituição em 1988

Senhoras e senhores constituintes.


Dois de fevereiro de 1987. Ecoam nesta sala as reivindicações das ruas. A Nação quer mudar. A Nação deve
mudar. A Nação vai mudar. São palavras constantes do discurso de posse como presidente da Assembleia
Nacional Constituinte.
Hoje, 5 de outubro de 1988, no que tange à Constituição, a Nação mudou. A Constituição mudou na sua
elaboração, mudou na definição dos Poderes. Mudou restaurando a federação, mudou quando quer mudar o
homem cidadão. E é só cidadão quem ganha justo e suficiente salário, lê e escreve, mora, tem hospital e remédio,
lazer quando descansa.
A Nação nos mandou executar um serviço. Nós o fizemos com amor, aplicação e sem medo.
A Constituição certamente não é perfeita. Ela própria o confessa ao admitir a reforma. Quanto a ela, discordar,
sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca.
Nós, os legisladores, ampliamos os nossos deveres. Teremos de honrá-los. A Nação repudia a preguiça, a
negligência e a inépcia.
O povo é o superlegislador habilitado a rejeitar pelo referendo os projetos aprovados pelo Parlamento.
Não é a Constituição perfeita, mas será útil, pioneira, desbravadora.
Termino com as palavras com que comecei esta fala.
A Nação quer mudar. A Nação deve mudar. A Nação vai mudar. A Constituição pretende ser a voz, a letra, a
vontade política da sociedade rumo à mudança.
Que a promulgação seja o nosso grito.
Mudar para vencer. Muda, Brasil!

O discurso de Ulysses Guimarães apresenta características de duas funções da linguagem: ora revela a
subjetividade de quem vive um momento histórico, ora busca informar a população sobre a Carta Magna. Essas
duas funções manifestam-se, respectivamente, nos trechos:
a) “São palavras constantes do discurso de posse como presidente da Assembleia Nacional Constituinte.” e “A
Constituição pretende ser a voz, a letra, a vontade política da sociedade rumo à mudança”.
b) “Nós o fizemos com amor, aplicação e sem medo.” e “A Constituição mudou na sua elaboração, mudou na
definição dos Poderes”.
c) “Quando, após tantos anos de lutas e sacrifícios, promulgamos o Estatuto do Homem, da Liberdade e da
Democracia, bradamos por imposição de sua honra.” e “Nós, os legisladores, ampliamos os nossos deveres.
Teremos de honrá-los”.
d) “O povo é o superlegislador habilitado a rejeitar pelo referendo os projetos aprovados pelo Parlamento.” e
“Termino com as palavras com que comecei esta fala”.
e) “Não é a Constituição perfeita, mas será útil, pioneira, desbravadora.” e “Que a promulgação seja o nosso grito”.

2. (ENEM 2020 - 1° dia - Branco) Vou-me embora p’ra Pasárgada foi o poema de mais longa gestação em toda a
minha obra. Vi pela primeira vez esse nome Pasárgada quando tinha os meus dezesseis anos e foi num autor
grego. [...] Esse nome de Pasárgada, que significa “campo dos persas” ou “tesouro dos persas”, suscitou na minha
imaginação uma paisagem fabulosa, um país de delícias, como o de L’invitation au Voyage, de Baudelaire. Mais
de vinte anos depois, quando eu morava só na minha casa da Rua do Curvelo, num momento de fundo desânimo,
da mais aguda sensação de tudo o que eu não tinha feito em minha vida por motivo da doença, saltou-me de
súbito do subconsciente este grito estapafúrdio: “Vou-me embora p’ra Pasárgada!” Senti na redondilha a primeira
célula de um poema, e tentei realizá-lo, mas fracassei. Alguns anos depois, em idênticas circunstâncias de
desalento e tédio, me ocorreu o mesmo desabafo de evasão da “vida besta”. Desta vez o poema saiu sem esforço
como se já estivesse pronto dentro de mim. Gosto desse poema porque vejo nele, em escorço, toda a minha vida;
[...] Não sou arquiteto, como meu pai desejava, não fiz nenhuma casa, mas reconstruí e “não de uma forma
imperfeita neste mundo de aparências”, uma cidade ilustre, que hoje não é mais a Pasárgada de Ciro, e sim a
“minha” Pasárgada.
Reforço SOMA – Acompanhamento Escolar
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Os processos de interação comunicativa preveem a presença ativa de múltiplos elementos da comunicação, entre
os quais se destacam as funções da linguagem. Nesse fragmento, a função da linguagem predominante é a:
a) emotiva, porque o poeta expõe os sentimentos de angústia que o levaram à criação poética.
b) referencial, porque o texto informa sobre a origem do nome empregado em um famoso poema de Bandeira.
c) metalinguística, porque o poeta tece comentários sobre a gênese e o processo de escrita de um de seus
poemas.
d) poética, porque o texto aborda os elementos estéticos de um dos poemas mais conhecidos de Bandeira.
e) apelativa, porque o poeta tenta convencer os leitores sobre sua dificuldade de compor um poema.

3. (UNAMA 2007) “O ditador caiu duma cadeira, os árabes deixaram de vender petróleo, o morto é o melhor amigo
do vivo, as coisas nunca são o que parecem, quando vires um centauro acredita nos teus olhos, se uma rã
escarnecer de ti atravessa o rio. Tudo são objectos. Quase.”

Nessa passagem do conto "O ditador" in Objecto Quase, o escritor português José Saramago valeu-se,
principalmente, das seguintes funções da linguagem:
a) fática e metalinguística.
b) referencial e conativa.
c) poética e fática.
d) emotiva e metalinguística

4. (IBMEC - RJ 2006) Me devolva o Neruda


(que você nem leu)

Quando o Chico Buarque escreveu o verso acima, ainda não tinha o “que você nem leu”. A palavra Neruda -
prêmio Nobel, chileno, de esquerda - era proibida no Brasil. Na sala da Censura Federal o nosso poeta negociou a
proibição. E a música foi liberada quando ele acrescentou o “que você nem leu”, pois ficava parecendo que
ninguém dava bola para o Neruda no Brasil. Como eram burros os censores da ditadura militar! E coloca burro
nisso!!!

Mas a frase me veio à cabeça agora, porque eu gosto demais dela. Imagine a cena. No meio de uma separação,
um dos cônjuges (me desculpe a palavra) me solta esta: me devolva o Neruda que você nem leu! Pense nisso.
Pois eu pensei exatamente nisso quando comecei a escrever esta crônica, que não tem nada a ver com o Chico,
nem com o Neruda e, muito menos, com os militares.

É que eu estou aqui para dizer um tchau. Um tchau breve porque, se me aceitarem - você e o diretor da revista -,
eu volto daqui a dois anos. Vou até ali escrever uma novela na Globo (o patrão vai continuar o mesmo) e depois
eu volto. Esperando que você já tenha lido o Neruda.

Mas aí você vai dizer assim: pó, escrever duas crônicas por mês, fora a novela, o cara não consegue? O que é
uma crônica? Uma página e meia. Portanto, três páginas por mês e o cara me vem com esse papo de Neruda?
Preguiçoso, no mínimo.

Quando faço umas palestras por aí, sempre me perguntam o que é necessário para se tornar um escritor. E eu
sempre respondo: talento e sorte. Entre os 10 e 20 anos, recebia na minha casa O Cruzeiro, Manchete e o jornal
Última Hora. E lá dentro eu lia (me invejem): Paulo Mendes Campos, Rubem Braga, Fernando Sabino, Millôr
Fernandes, Nelson Rodrigues, Stanislaw Ponte Preta, Carlos Heitor Cony. E pensava, adolescentemente: quando
eu crescer, vou ser cronista.

Bem ou mal, consegui meu espaço. E agora, ao pedir de volta o livro chileno, fico pensando em como eu me
sentiria se, um dia, um desses aí acima escrevesse que iria dar um tempo. Eu matava o cara! Isso não se faz com
o leitor (desculpe, minha amiga, não estou me colocando no mesmo nível deles, não!)

E deixo aqui uns versinhos do Neruda para as minhas leitoras de 30 e 40 anos (e para todas):

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Escuchas otras voces en mi voz dolorida


Llanto de viejas bocas, sangre de viejas súplicas,
Amame, compañera. No me abandones. Sigueme,
Sigueme, compañera, en esa ola de angústia.
Pero se van tiñendo con tu amor mis palabras
Todo lo ocupas tú, todo lo ocupas
Voy haciendo de todas un collar infinito
Para tus blancas manos, suaves como las uvas.
Desculpe o mau jeito: tchau!
Relacione os fragmentos abaixo às funções da linguagem predominantes e assinale a alternativa correta.

I - “Imagine a cena”.
II - “Sou um homem de sorte”.
III - “O que é uma crônica? Uma página e meia. Portanto, três páginas por mês e o cara me vem com esse papo
de Neruda?”.
a) Emotiva, poética e metalingüística, respectivamente.
b) Fática, emotiva e metalingüística, respectivamente.
c) Metalingüística, fática e apelativa, respectivamente.
d) Apelativa, emotiva e metalingüística, respectivamente.
e) Poética, fática e apelativa, respectivamente.

5. (PUC – SP 2016) Machado de Assis revela em Memórias Póstumas de Brás Cubas uma linguagem rica em
recursos estilísticos capaz de emprestar ao romance uma fina dimensão estética. Sua obra é repassada pelas
diferentes funções da linguagem. Assim, indique a alternativa que contém trecho em que predomina a função
metalinguística.
a) “Tudo tinha a aparência de uma conspiração das coisas contra o homem: e, conquanto eu estivesse na minha
sala, olhando para a minha chácara, sentado na minha cadeira, ouvindo os meus pássaros, ao pé dos meus livros,
alumiado pelo meu sol, não chegava a curar-me das saudades daquela outra cadeira, que não era minha”.
b) “Fui ter com Virgília; depressa esqueci o Quincas Borba. Virgília era o travesseiro do meu espírito, um
travesseiro mole, tépido, aromático, enfronhado em cambraia e ruxelas”.
c) “Não havia ali a atmosfera somente da águia e do beija-flor; havia também a da lesma e do sapo. Retira, pois, a
expressão, alma sensível, castiga os nervos, limpa os óculos, – que isso às vezes é dos óculos, – e acabemos de
uma vez com esta flor da moita”.
d) “Citando o dito da rainha de Navarra, ocorre-me que entre o nosso povo, quando uma pessoa vê outra pessoa
arrufada, costuma perguntar-lhe: ‘Gentes, quem matou seus cachorrinhos?’ Como se dissesse: ‘– quem lhe levou
os amores, as aventuras secretas, etc.’ Mas este capítulo não é sério”.

6. (ENEM PPL 2014) Há o hipotrélico. O termo é novo, de impensada origem e ainda sem definição que lhe
apanhe em todas as pétalas o significado. Sabe-se, só, que vem do bom português. Para a prática, tome-se
hipotrélico querendo dizer: antipodático, sengraçante imprizido; ou talvez, vicedito: indivíduo pedante, importuno
agudo, falta de respeito para com a opinião alheia. Sob mais que, tratando-se de palavra inventada, e, como
adiante se verá, embirrando o hipotrélico em não tolerar neologismos, começa ele por se negar nominalmente a
própria existência.

Nesse trecho de uma obra de Guimarães Rosa, depreende-se a predominância de uma das funções da
linguagem, identificada como
a) metalinguística, pois o trecho tem como propósito essencial usar a língua portuguesa para explicar a própria
língua, por isso a utilização de vários sinônimos e definições.
b) referencial, pois o trecho tem como principal objetivo discorrer sobre um fato que não diz respeito ao escritor ou
ao leitor, por isso o predomínio da terceira pessoa.
c) fática, pois o trecho apresenta clara tentativa de estabelecimento de conexão com o leitor, por isso o emprego
dos termos “sabe-se lá” e “tome-se hipotrélico”.
d) poética, pois o trecho trata da criação de palavras novas, necessária para textos em prosa, por isso o emprego
de “hipotrélico”.

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e) expressiva, pois o trecho tem como meta mostrar a subjetividade do autor, por isso o uso do advérbio de dúvida
“talvez”.
7. (ENEM PPL 2011)
Uma luz na evolução

Dois fósseis descobertos na África do Sul, dotados de inusitada combinação de características arcaicas e
modernas, podem ser ancestrais diretos do homem

Os últimos quinze dias foram excepcionais para o estudo das origens do homem. No fim de março, uma falange
fossilizada encontrada na Sibéria revelou uma espécie inteiramente nova de hominídeo que existia há 50 000
anos. Na semana passada, cientistas da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul, anunciaram uma
descoberta similar. São duas as ossadas bastante completas ― a de um menino de 12 anos e a de uma mulher
de 30 ― encontradas na caverna Malapa, a 40 quilômetros de Johannesburgo. Devido à abundância de fósseis, a
região é conhecida como Berço da Humanidade.

Sabe-se que as funções da linguagem são reconhecidas por meio de recursos utilizados segundo a produção do
autor, que, nesse texto, centra seu objetivo
a) na linguagem utilizada, ao enfatizar a maneira como o texto foi escrito, sua estrutura e organização.
b) em si mesmo, ao enfocar suas emoções e sentimentos diante das descobertas feitas.
c) no leitor do texto, ao tentar convencê-lo a praticar uma ação, após sua leitura.
d) no canal de comunicação utilizado, ao querer certificar-se do entendimento do leitor.
e) no conteúdo da mensagem, ao transmitir uma informação ao leitor.

8. (ENEM 2012)
Desabafo

Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como
disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite.
Seis recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram
ontem. Estou nervoso. Estou zangado.

Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com o predomínio,
entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem predominante é a
emotiva ou expressiva, pois
a) o discurso do enunciador tem como foco o próprio código.
b) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito
c) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem.
d) o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais.
e) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação.

9. (UEMS 2006) Queremos rir


Um mágico trabalhava em um navio. Como o público era diferente a cada semana, ele sempre repetia os
mesmos números. O papagaio do capitão, que assistia a todos os shows, começou a descobrir os truques do
mágico. Durante as apresentações, o papagaio dizia:

– Ele está escondendo as flores debaixo da mesa!


– Ei, por que todas as cartas são ases de espadas?
– Atenção, não olhem para a mesma cartola!
O mágico ficava fulo da vida, mas não podia fazer nada – afinal, o papagaio era do capitão.
Um dia o navio afundou. O mágico se salvou, agarrando-se a um pedaço de madeira. Por um capricho do
destino, viu-se junto do papagaio. Os dois passaram dois dias boiando no mar, olhando-se com desprezo e sem
dizer uma palavra. Finalmente, no terceiro dia o papagaio não se conteve e disse para o mágico:
– O.k., seu safado! Eu desisto! Onde você enfiou a porcaria do navio?

As funções da linguagem que predominam nas frases em destaque no texto são, respectivamente:
a) Referencial e conativa
b) Conativa e referencial

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c) Fática e metalingüística
d) Emotiva e poética
e) Poética e fática.

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Gabarito
1. B
Explicação: ["B"]
2. C
Explicação: A função metalinguística caracteriza-se por ser o código o próprio referente. Isso também se aplica,
no caso das linguagens artísticas, a uma discussão sobre um determinado gênero artístico ou sobre as
especificidades de uma obra em particular. É o que ocorre no texto em questão, em que há a exposição da
gênese do poema, do seu tema e de uma característica formal – redondilha. Observação: A função emotiva
também está presente no texto; porém, além de o foco do texto ser a discussão sobre a gênese de Vou me
embora pr’a Pasárgada, a alternativa A peca por imprecisão ao falar sobre “criação poética”, e não “criação de um
de seus poemas”.
3. B
Explicação: B
4. D
Explicação: D
5. D
Explicação: D
6. A
Explicação: A
7. E
Explicação: E
8. B
Explicação: B
9. A
Explicação: A

INTEPRETAÇÃO DE TEXTO
1. Urgência emocional
Se tudo é para ontem, se a vida engata uma primeira e sai em disparada, se não há mais tempo para
paradas estratégicas, caímos fatalmente no vício de querer que os amores sejam igualmente resolvidos num átimo
de segundo. Temos pressa para ouvir “eu te amo”. Não vemos a hora de que fiquem estabelecidas as regras de
convívio: somos namorados, ficantes, casados, amantes? Urgência emocional. Uma cilada. Associamos diversas
palavras ao AMOR: paixão, romance, sexo, adrenalina, palpitação. Esquecemos, no entanto, da palavra que
viabiliza esse sentimento: “paciência”. Amor sem paciência não vinga. Amor não pode ser mastigado e engolido
com emergência, com fome desesperada. É uma refeição que pode durar uma vida.

Nesse texto de opinião, as marcas linguísticas revelam uma situação distensa e de pouca formalidade, o que se
evidencia pelo(a):
a) impessoalização ao longo do texto, como em: “se não há mais tempo”.
b) construção de uma atmosfera de urgência, em palavras como: “pressa”.
c) repetição de uma determinada estrutura sintática, como em: “Se tudo é para ontem”.
d) ênfase no emprego da hipérbole, como em: “uma refeição que pode durar uma vida”.
e) emprego de metáforas, como em: “a vida engata uma primeira e sai em disparada”.

2.

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Os dois textos abordam a temática de animais de rua, porém, em relação ao Texto I, o Texto II
a) problematiza a necessidade de adoção de animais sem lar.
b) valida a troca afetiva entre os pets adotados e seus donos.
c) reforça a importância da campanha de adoção de animais.
d) exalta a natureza amigável de cães e de gatos.
e) promove a campanha de adoção de animais.

3.

Para convencer o público-alvo sobre a necessidade de um trânsito mais seguro, essa peça publicitária apela para
o(a):
a) sentimento de culpa provocado no condutor causador de acidentes.
b) dano psicológico causado nas vítimas da violência nas estradas.
c) importância do monitoramento do trânsito pelas autoridades competentes.
d) necessidade de punição a motoristas alcoolizados envolvidos em acidentes.
e) sofrimento decorrente da perda de entes queridos em acidentes automobilísticos.

4.
Papos
— Me disseram...
— Disseram-me.
— Hein?
— O correto é “disseram-me”. Não “me disseram”.
— Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é “digo-te”?
— O quê?
— Digo-te que você...
— O “te” e o “você” não combinam.
— Lhe digo?
— Também não. O que você ia me dizer?
— Que você está sendo grosseiro, pedante e chato. [...]
— Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. Falo como bem entender. Mais uma correção e eu...
— O quê?
— O mato.
— Que mato?
— Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu bem? Pois esqueça-o e para-te. Pronome no lugar certo é
elitismo!
— Se você prefere falar errado...
— Falo como todo mundo fala. O importante é me entenderem. Ou entenderem-me?

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Nesse texto, o uso da norma-padrão defendido por um dos personagens torna-se inadequado em razão do(a):
a) falta de compreensão causada pelo choque entre gerações.
b) contexto de comunicação em que a conversa se dá.
c) grau de polidez distinto entre os interlocutores.
d) diferença de escolaridade entre os falantes.
e) nível social dos participantes da situação.

5.

Considerando-se a função social dos posts, essa imagem evidencia a apropriação de outro gênero com o objetivo
de:
a) promover o uso adequado de campanhas publicitárias do governo.
b) divulgar o projeto sobre transparência da administração pública.
c) responsabilizar o cidadão pelo controle dos gastos públicos.
d) delegar a gestão de projetos de lei ao contribuinte.
e) assegurar a fiscalização dos gastos públicos.

6. Mas seu olhar verde, inconfundível, impressionante, iluminava com sua luz misteriosa as sombrias arcadas
superciliares, que pareciam queimadas por ela, dizia logo a sua origem cruzada e decantada através das misérias
e dos orgulhos de homens de aventura, contadores de histórias fantásticas, e de mulheres caladas e sofredoras,
que acompanhavam os maridos e amantes através das matas intermináveis, expostas às febres, às feras, às
cobras do sertão indecifrável, ameaçador e sem fim, que elas percorriam com a ambição única de um “pouso”
onde pudessem viver, por alguns dias, a vida ilusória de família e de lar, sempre no encalço dos homens,
enfebrados pela procura do ouro e do diamante.

Ao descrever os olhos de Maria Santa, o narrador estabelece correlações que refletem a:


a) caracterização da personagem como mestiça.
b construção do enredo de conquistas da família.
c relação conflituosa das mulheres e seus maridos.
d nostalgia do desejo de viver como os antepassados.
e) marca de antigos sofrimentos no fluxo de consciência.

7.

Reforço SOMA – Acompanhamento Escolar


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A articulação entre os elementos verbais e os não verbais do texto tem como propósito desencadear a:
a) identificação de distinções entre mulheres e homens.
b) revisão de representações estereotipadas de gênero.
c) adoção de medidas preventivas de combate ao sexismo.
d) ratificação de comportamentos femininos e masculinos.
e) retomada de opiniões a respeito da diversidade dos papéis sociais.

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
1. (ENEM PPL 2011) Foi sempre um gaúcho quebralhão, e despilchado sempre, por ser muito de mãos abertas.
Se numa mesa de primeira ganhava uma ponchada de balastracas, reunia a gurizada da casa, fazia pi! pi! pi!
como pra galinhas e semeava as moedas, rindo-se do formigueiro que a miuçada formava, catando as pratas no
terreiro. Gostava de sentar um laçaço num cachorro, mas desses laçaços de apanhar da palheta à virilha, e
puxado a valer, tanto que o bicho que o tomava, de tanto sentir dor, e lombeando-se, depois de disparar um pouco
é que gritava, num caim! caim! caim! de desespero.

A língua falada no Brasil apresenta vasta diversidade, que se manifesta de acordo com o lugar, a faixa etária, a
classe social, entre outros elementos. No fragmento do texto literário, a variação linguística destaca-se:
a) por inovar na organização das estruturas sintáticas.
b) pelo uso de vocabulário marcadamente regionalista.
c) por distinguir, no diálogo, a origem social dos falantes.
d) por adotar uma grafia típica do padrão culto, na escrita.
e) pelo entrelaçamento de falas de crianças e adultos.

2. (UNEMAT 2011) As mariposa


As mariposa quando chega o frio
Fica dando vorta em vorta da lâmpida pra si
isquentá
Elas roda, roda, roda, dispois se senta
Em cima do prato da lâmpida pra descansá
[...]

Levando em conta o processo da variação linguística, assinale a alternativa correta.

a) Os “erros de concordância” nos permitem dizer que o narrador faz uso de uma variedade errada da língua.
b) A troca das vogais “e” por “i” em casos como isquentá, si e discansá ocorrem porque as pessoas falam sempre
de forma errada.
c) O texto explora uma variedade da língua diferente da padrão ou culta.
d) O vocábulo vorta é um exemplo grosseiro de erro de ortografia.
e) Do ponto de vista da norma padrão ou culta, não há erro de concordância no título do texto.

3. (ENEM PPL 2010) Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o
sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que
todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical.
Reforço SOMA – Acompanhamento Escolar
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Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do
que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que
um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então,
até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au
ou eu de todos os terminais em al ou el – carnav au, Raqu eu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo
só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo . 09 maio 1998 (fragmento adaptado).

Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de
diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se:

a) na fonologia.
b) no uso do léxico.
c) no grau de formalidade.
d) na organização sintática.
e) na estruturação morfológica.

4. (ENEM 2011) Motivadas ou não historicamente, normas prestigiadas ou estigmatizadas pela comunidade
sobrepõem-se ao longo do território, seja numa relação de oposição, seja de complementaridade, sem, contudo,
anular a interseção de usos que configuram uma norma nacional distinta da do português europeu. Ao focalizar
essa questão, que opõe não só as normas do português de Portugal às normas do português brasileiro, mas
também as chamadas normas cultas locais às populares ou vernáculas, deve-se insistir na ideia de que essas
normas se consolidaram em diferentes momentos da nossa história e que só a partir do século XVII se pode
começar a pensar na bifurcação das variantes continentais, ora em consequência de mudanças ocorridas no
Brasil, ora em Portugal, ora, ainda, em ambos os territórios.

O português do Brasil não é uma língua uniforme. A variação linguística é um fenômeno natural, ao qual todas as
línguas estão sujeitas. Ao considerar as variedades linguísticas, o texto mostra que as normas podem ser
aprovadas ou condenadas socialmente, chamando a atenção do leitor para a:

a) desconsideração da existência das normas populares pelos falantes da norma culta.


b) difusão do português de Portugal em todas as regiões do Brasil só a partir do século XVIII.
c) existência de usos da língua que caracterizam uma norma nacional do Brasil, distinta da de Portugal.
d) inexistência de normas cultas locais e populares ou vernáculas em um determinado país.
e) necessidade

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