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NA PRÁTICA

"O que os livros não te ensinam"

A R R E F E C I M E N T O

Peço encarecidamente que em hipótese alguma


compartilhe este e-book com amigos e familiares.
Valorize o seu investimento e honre o autor deste livro.

Edição 2 fevereiro 2020


SOBRE O AUTOR
Idealizador do movimento Opala Na Veia, Caio Alexsander é formado
como Técnico em Automobilística, tecnólogo em gestão em negócios
Automotivos, MBA em Gestão estratégica de negócios. Especialista em
restauração automotiva com ênfase em Opalas e Caravans. Vivência de
mais de 15 anos com modelos da década de 70 e 80.

No ano de 2019 comemorou a manutenção do Milésimo Opala/Caravan


Mais de 50 Opalas / Caravans já foram registrados em seu nome
Julho de 2019 contabilizou 10.000 km em viagens com Opala/Caravan
Mais de 500 vídeos publicados na Internet
Setembro de 2019 mais de 150.000 pessoas inscritas no Youtube

Hoje dedica sua vida em transmitir às pessoas o conhecimento adquirido


na vivencia e prática da restauração dos modelos Chevrolet Opala e
Caravan.
SUMÁRIO

4 APRESENTAÇÃO
Conheça o propósito deste
livro

5 FUNÇÃO 8 COMPONENTES
Entenda a essência, qual o De forma detalhada, conheça
propósito de existência do todos os envolvidos no
sistema de arrefecimento processo

31 FUNCIONAMENTO 34 ANÁLISE DAS PEÇAS


Na pratica como eles Saiba identificar quando um
funcionam componente deixa de
funcionar

49 DEFEITOS E SOLUÇÕES 56 O PULO DO GATO


Aprenda a identificar todos os Dicas infalíveis quando o
defeitos do sistema e improvavel aparece
principalmente a soluciona-
los

59 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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I APRESENTAÇÃO

O intuito deste livro é em Vamos estudar as peças e


primeiro momento, dar ao suas funções. Saber o nome
leitor um alicerce uma base técnico, para que serve cada
teórica de como funciona os componente, como ele
sistemas atuantes em seu trabalha em conjunto com
veículo. Em segundo momento, outros sistemas do carro, e
este livro vai além da teoria. principalmente te mostrar com
Agora que nivelamos e temos o exemplos adquiridos na prática
conhecimento de como do que funciona e do que não
funciona cada componente, é funciona.
hora de colocá-lo em pratica,
vamos mostrar na pratica os Por isso, aumente as suas
defeitos mais comuns e expectativas porque vou
presentes na linha opala. O mostrar pra você toda a magia
meu objetivo como professor é e amor que envolve a
ensiná-lo a exercer o raciocínio manutenção deste ícone do
lógico, é ensiná-lo a pensar automobilismo nacional.
como funciona cada
componente dentro do sistema
como um todo. O que está
Amado por muitos,
acontecendo que eu não
odiado por poucos, respeitado
consigo funcionar? O que
por todos.
aconteceu para chegar a esse
ponto? Isso está estranho, por
Chevrolet Opala
onde começar? Este sintoma só
pode ser resolvido dessa
forma. Em suma, quero te
tornar um verdadeiro
especialista quando o assunto
é a mecânica do Chevrolet
Opala.
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II- FUNÇÃO DO SISTEMA

DE ARREFECIMENTO

Sistema: conjunto de elementos intelectualmente organizados


Arrefecimento: perda de calor, queda de temperatura, resfriamento

Perceba que eu não mencionei o fato de resfriar o motor ser


função simplesmente de uma única peça como a maioria das
pessoas pensam, o tão falado Radiador. Aliás, resfriar o motor é
apenas uma das diversas funcionalidades do sistema de
arrefecimento. E é exatamente sobre as suas funções que iremos
tratar neste capítulo.

De acordo com Amaury F. de Almeida - Manual do Chevrolet Opala


13° edição, fevereiro de 1973

“Da energia potencial da gasolina liberada na


combustão, apenas 30% são aproveitados pelo motor
em condições ideais. Cerca de 45% são expelidos sob
a forma de calor pelos gases da combustão e por
irradiação das partes aquecidas do motor, 5% em
perdas por atrito e 20% do calor são dissipados pelo
sistema de arrefecimento, cuja função é manter o
motor dentro dos limites ideais de funcionamento”

No texto acima grifei a expressão: limites ideais de


funcionamento. É ao redor deste termo que giram todos os
mecanismos do sistema de arrefecimento.
Após anos de pesquisa, os cientistas descobriram que existe
uma relação direta entre a temperatura e a performance do
motor. Descobriram que a queima do combustível se dá de forma
mais eficiente sob uma determinada faixa de temperatura.
Os testes mostraram que em baixas temperaturas a explosão
do combustível é ineficiente e gera menor desempenho ao motor.
Em contrapartida, em altas temperaturas a explosão também é
considerada ineficaz. A conclusão dos estudiosos foi que para
cada tipo de combustível existe uma Temperatura ideal de
Funcionamento, ou temperatura ideal de trabalho.

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TEMPERATURA
IDEAL DE FUNCIONAMENTO
É a faixa de temperatura de trabalho em que o motor apresenta melhor desempenho.

Agora você deve


estar se
perguntando:
_ “Mas para o meu motor qual a
temperatura ideal de trabalho? ”

Respondo:
-“ Depende! ... depende de qual o
Combustível
ele está utilizando”

A temperatura ideal de trabalho da GASOLINA se dá entre 76° até 86°


A temperatura ideal de trabalho do ÁLCOOL se dá entre 87° até 92°
.

Observe que na tabela acima, eu não mencionei o ano nem a


quantidade de cilindros. Isso porque a temperatura ideal de trabalho
varia de acordo com o combustível. O motor a álcool precisa de uma
temperatura de trabalho maior do que o motor a gasolina para
funcionar bem. Para se ter uma ideia até a admissão dos veículos a
álcool devem ser aquecidas. (veremos nos próximos capítulos)

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Concluímos então que a função do sistema de


arrefecimento é manter a temperatura ideal de
funcionamento. No entanto, existem duas etapas
na execução desta tarefa.

1° ETAPA:
Fazer com que o motor atinja a
temperatura ideal de
funcionamento o mais rápido
possível.

2° ETAPA:
Impedir que o motor ultrapasse a
temperatura ideal de
funcionamento o chamado
superaquecimento.
Popularmente conhecido como
ferver.

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III – Componentes do Sistema de Arrefecimento
“Não são os grandes planos que dão certo; são os pequenos detalhes”
Stephen Kanitz

Antes de eu despejar o conhecimento adquirido em


prática, no campo de batalha, preciso dar ao leitor uma
base, um alicerce. Vou explicar o nome técnico, como
funciona e para que serve cada um dos componentes
que fazem parte deste sistema. Por isso fique atento e
não menospreze essa etapa. As vezes somente a
definição de um componente pode elucidar os defeitos
mais temidos pelos mecânicos mais experientes.

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1- Nome técnico: Fluido de Arrefecimento
Nome popular: Desconhecido
Função: Circular entre as galerias
do motor. Lubrificar a bamba d’água e válvula termostática.
Evitar a corrosão
dos componentes metálicos. Proteger as mangueiras, absorver o
calor dos
cilindros e perder calor para o meio externo.

Marca recomendada:
AcDelco / Whurt
Funcionamento:
O Fluido de arrefecimento
nada mais é do que uma
mistura entre água destilada
ou desmineralizada e a
adição de 20% de óleo
solúvel (hoje facilmente
encontrada na linha de
aditivos para motores diesel)

Dica ¹ Jamais utilize água da torneira no sistema de arrefecimento. Ela


pode conter cloro, flúor e diversos aditivos indesejáveis que podem
acelerar o processo de oxidação das peças metálicas internas ao seu
motor.

Dica ² Em um recipiente limpo, colete água da chuva. Ela é


naturalmente destilada e desmineralizada. Fique tranquilo porque a
proporcionalidade de toxinas presentes na atmosfera diluídas nessa
água, não significam perigo para o sistema de arrefecimento.

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Dica ³ Os aditivos de arrefecimento modernos contem excelentes
substancias para o tratamento interno ao motor. No entanto uma
dessas substancias é o anticorrosivo. Sua função é combater a
ferrugem. Acontece que se algum componente do sistema está
enferrujado este aditivo irá agredir a peça afim de remover a ferrugem,
o que pode ocasionar furos e vazamentos. Por isso fique atento ao
utilizar os aditivos de arrefecimento dos motores atuais. Possíveis
vazamentos podem ocorrer.

Dica ⁴ Quando realizar uma retífica de motor, ou uma grande


manutenção, troque todos os componentes do sistema de
arrefecimento e utilize aditivos modernos.

Substituição:
Com o sistema frio abra a tampa do radiador. Caso esteja baixo o
nível do fluido complete-o com água até cobrir toda a serpentina
interna do radiador. Afrouxe a abraçadeira da mangueira inferior do
radiador. Desconecte a mangueira e deixe todo o fluido vazar em um
recipiente medidor, pode ser um balde ou galão. A ideia nesta etapa é
medir quantos litros cabem no sistema. Reconecte a mangueira e
aperte a abraçadeira. Chegou a hora de adicionar o nosso óleo
solúvel. Ou o aditivo de arrefecimento da sua preferência. Como
agora você já sabe o volume total do seu sistema fica fácil seguir a
recomendação do fabricante quanto à diluição do produto escolhido.
Funcione o motor e adicione a mistura água desmineralizada +
aditivo através do bocal do radiador. Essa técnica é responsável por
evitar bolsas de ar nas galerias internas ao motor e radiador. A linha
opala não necessita sangria no sistema.

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2 - Nome técnico: Selo
Nome popular: Tampinha
Função: Vedar os furos de fundição do bloco
Marca recomendada: Aço bi cromatizado

4 Cilindros: 6 Cilindros:
2 cabeçote 3 cabeçote
2 bloco 3 bloco
1 traseiro água 1 traseiro água
1 traseiro óleo 1 traseiro óleo

Funcionamento: Para se fabricar o bloco do motor e cabeçote, é


utilizada uma técnica onde o ferro fundido em forma líquida é
despejado em formas de molde. Nestas formas algumas galerias são
feitas com a utilização de areia. Assim que o ferro esfria, passa da
forma liquida para sólida, a areia presente no interior dessas galerias
precisa ser escoada, ela precisa sair. Por isso existem os furos dos selos.
Eles não têm uma função especifica. Literalmente são tampinhas que
vedam os buracos de fundição das peças.

Dica ¹ Existe um kit de selo para competição fabricado em alumínio, sua


resistência à ferrugem é melhor. Além de ajudar na troca de calor.

Substituição: Com o auxílio de uma pequena talhadeira fure uma face


do selo. Use este furo como ponto de alavanca para puxar o selo para
fora. Para instalar o selo recomendo passar cola araldite em suas
laterais. Com uma marreta ou martelo, bata nas laterais do selo até que
o mesmo entre de forma uniforme em sua sede.
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P
PAAG
GEE0
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3 - Nome técnico: Radiador
Nome popular: Desconhecido
Função: Retirar calor do fluido de arrefecimento
Marca recomendada: Original / Valeo

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Funcionamento: Internamente ao radiador existem diversos


dutos metálicos (tubos de irradiação) em um espaço reduzido
que serve para trocas de calor entre o fluido interno circulante
e o meio externo envolvente, no caso o AR, basicamente uma
serpentina. O fluido quente entra pela mangueira superior do
radiador e circula pela serpentina interna ao radiador
perdendo calor para o meio externo. A saída do fluido, agora
em uma temperatura bem mais fria, acontece na parte inferior
do radiador.

Dica ¹ fique atento ao número de serpentinas, popularmente


conhecida como colmeias, que o radiador possui. Quanto mais
colmeias melhor é a troca de calor
Dica ² os radiadores de ferro (originais) apresentam mais
eficiência na troca
de calor do que os paralelos de alumínio
Dica ³ caso for adaptar algum
radiador, confira a posição e a medida das hastes de fixação
laterais. Elas
mudam de posição dependendo do modelo
Substituição: Após drenar o fluido de arrefecimento, remova as
mangueiras, superior, inferior e dreno. Caso o radiador possua hélice
elétrica a mesma deve ser removida. Não existe parafusos na lateral
do radiador. A sua única fixação é através de uma porca na base do
radiador. Para retira-lo do cofre, levante o radiador igualmente dos
dois lados.
Caso o seu novo radiador possua hélice elétrica, aconselho montar
a ventoinha antes de instalar a peça. A ideia é testar se todos os
parafusos e fixações encaixam. Caso seu carro seja 4 cilindros já pode
instalar o radiador porque você tem espaço suficiente. Se for 6
cilindros você já percebeu que ela não vai entrar junto com o radiador.
Por isso primeiro desça o radiador para o cofre. Não prenda em nada.
Depois instale a ventoinha. Agora sim já pode prender tudo de volta
ao seu devido lugar.

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4 - Nome técnico: Bomba d’água
Nome popular: Desconhecido
Função: Circular o fluído de arrefecimento (13 lb por
pol.²)
Marca recomendada: Urba / Indisa
4 e 6 Cilindros SEM ar condicionado: 254000 INDISA
4 e 6 Cilindros COM ar condicionado: SZ2250 URBA
Funcionamento: O movimento de rotação do eixo
virabrequim é transferido através de uma correia para o
eixo da bomba d`água. Na outra extremidade deste eixo,
existe um conjunto de pás. O movimento dessas pás é
responsável por gerar um fluxo constante de água no
interior de todo o sistema de arrefecimento.

Dica ¹ a bomba do 4 é a mesma do 6 cilindros.


Dica ² existem 2 modelos de bomba: Um COM e o outro
SEM ar condicionado. O que muda é a altura do eixo.
Dica ³ não é possível regular a altura das pás, ou trocar o
jogo de reparo, nas bombas atuais.
Dica ⁴ se por algum motivo você precisar remover a
bomba d’água e for reutiliza-la, coloque-a imersa em uma
vasilha com água. Caso ela fique seca por muito tempo, o
seu retentor interno irá ressecar e estragar.
Impossibilitando assim a sua reutilização.

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Substituição: Após drenar todo o fluido do sistema de
arrefecimento, retire os 4 parafusos que prendem o
copo da bomba. Remova o alternador e por fim retire os
4 parafusos que fixam a bomba junto ao bloco do
motor. Antes de montar a bomba nova, lixe a face do
bloco afim de retirar qualquer vestígio de cola ou da
junta antiga, além de arranhar a face do bloco para
melhor aderência do silicone que será aplicado na nova
junta.

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Dica ¹ preste bem atenção no tamanho dos
parafusos que prendem a bomba. Eles têm
tamanhos diferentes e não podem ser montados
nos lugares errados. Caso isso aconteça um
parafuso poderá furar a camisa do primeiro cilindro.
Dano irreversível.
Dica ² utilize o silicone preto (massa de cárter) nas
duas faces da junta da bomba d’água no momento
da instalação.

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5 - Nome técnico: Termostato
Nome popular: Válvula termostática
Função: Restringir a circulação de água em quanto o motor
estiver frio
Marca recomendada: MTE Thomson
Funcionamento: Localizada acima da bomba d’água, a válvula
termostática em temperatura ambiente, permanece fechada.

Dica ¹ se você mora em uma região muito fria do país. É


imprescindível que o seu motor possua o termostato
instalado. Independentemente de ser movido a álcool ou
gasolina.

Dica ² se você mora em uma região muito quente do país


você pode sim rodar sem a válvula termostática. Mesmo
estando aberta, o corpo do termostato se torna um obstáculo
para a plena circulação de fluido pelo sistema. Por isso a
“desobstrução” do fluxo gera mais benefícios do que atingir a
temperatura ideal de funcionamento mais rápido. Até porque
o clima quente ajuda isso acontecer naturalmente.

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Dica ³ se você mora em uma região central do país, onde existe
a presença de duas estações bem definidas, a minha dica é
testar. Realize o teste de rodar com e depois sem a válvula e veja
qual dos dois funciona melhor para o seu caso. Lembre-se que
veículos movidos a álcool necessitam de uma temperatura mais
alta de trabalho.

Substituição: Com o motor frio, remova a mangueira superior


do radiador. Com o auxílio de uma chave 13mm remova os 2
parafusos da tampa do termostato. Lixe bem tanto a superfície
do bloco quanto a superfície da tampa. No processo de
montagem lembre-se de aplicar silicone preto dos dois lados da
junta.

Dica ¹ se
atente a
posição da
válvula
termostática.
Ela tem lado.
Verifique na
embalagem
do produto.

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6 - Nome técnico: Ventilador / Hélice / Eletro-ventilador
Nome popular: ventoinha
Função: forçar a passagem do ar pelo radiador
Marca recomendada: Original / Valeo
Funcionamento: existem 3 tipos de hélice na linha de montagem
do opala. Evoluindo com o passar do tempo e se aperfeiçoando
até o final da linha em 1992. Vou mostrar os modelos na ordem
cronológica:
1969 – 1979 hélice de metal 407mm diâmetro 4 pás
1980 – 1984 hélice de plástico 360mm diâmetro 5 pás (4 cil. À
partir de 77)
1985 – 1992 eletro ventilador 407mm diâmetro 5 pás
* motores 250-S eram equipados com hélice de metal com 5 pás.
** todos de 81/88 usavam sistema de embreagem
eletromagnética na base da hélice. No entanto esse sistema é
raríssimo nos dias de hoje...

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O funcionamento nos veículos equipados com hélice é bem
simples, existe uma correia ligada ao virabrequim e ao copo da
base da hélice. Com a movimentação do conjunto, as pás da
hélice giram de tal forma a puxar o ar para traz do motor,
forçando o ar presente na frente do radiador a passar por ele.

Já com os modelos de eletro-ventilador, existe um


interruptor térmico, popularmente conhecido como cebolão,
aparafusado na base do radiador. Assim que atinge a
temperatura programada o motor do eletro ventilador é
acionado puxando o ar através do radiador.

Dica ¹ o movimento da hélice NUNCA joga o ar contra o radiador,


ela sempre retira o ar quente do radiador.

Dica ² se ao acionar o seu eletro-ventilador ele esta empurrando


o ar contra o radiador, inverta a posição dos fios do conector.
Assim a hélice irá girar ao contrário e puxara o ar ao invés de
empurrar.

Dica ³ nos modelos de eletro-ventilador você pode “escolher” a


temperatura em que a hélice começará a girar, e o momento que
ela interromperá seu movimento. Existem diversos interruptores
térmicos diferentes. Lembre-se que o veículo movido à etanol,
necessita de uma temperatura mais alta de trabalho.

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Substituição: A troca dos modelos de hélice é bem simples. O
primeiro passo é afrouxar a tensão da correia. Para isso
desregule o alternador. Depois de removida a correia, basta
soltar os 4 parafusos que prender a hélice à sua base. A
montagem não tem segredo, aparafuse os 4 parafusos na hélice
nova e instale a correia. Lembre-se de tencionar novamente a
correia auxiliar.
Nos modelos equipados com eletro-ventilador, solte o
conector na base do motor elétrico e depois remova os 2
parafusos que prendem a carcaça protetora da hélice. Agora
basta puxar para cima. A montagem é o caminho inverso da
desmontagem.

Dica ¹ após instalar o eletro-ventilador, gire com a mão a sua


hélice afim de certificar-se de que a mesma não está travada ou
pegando em alguma parte do radiador.

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7 - Nome técnico: Camisas d’água
Nome popular: Desconhecido
Função: galerias responsáveis por acomodar o fluido de
arrefecimento junto ao motor
Marca recomendada: Original
Funcionamento: as camisas d’água são espaços ocos que
circulam as camisas de cilindro e a câmara de combustão. Sua
função é acomodar o fluido de arrefecimento, afim do mesmo
ficar o mais próximo possível do local onde ocorre a explosão do
combustível garantindo a máxima absorção do calor que irradia
dos cilindros.

Dica ¹ existem produtos próprios para a limpeza do sistema de


arrefecimento que retiram as crostas de ferrugem e “barro” que
se acumulam com o passar do tempo nas galerias. Vale a pena
utiliza-los em uma boa lavagem.

Dica ² é muito comum o parafuso do cabeçote, localizado a baixo


da tampa da válvula termostática trincar a camisa d’água do
primeiro cilindro. Fique de olho nessa região.

A imagem ao lado
mostra a camisa d'água
do primeiro cilindro,
atrás da bomba d'água.
Ela nos mostra qual
estado pode chegar a
interna do motor se
não for cuidada.

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8 - Nome técnico: Mangueiras
Nome popular: Desconhecido
Função: conduzir o fluido de arrefecimento por todo o sistema
Marca recomendada: Original / Jauh
Funcionamento: Existem dois pontos distintos no sistema de
arrefecimento, o local onde o fluido absorve calor (motor) e o
local onde ele perde o calor (radiador). Para realizar a ligação
entre esses dois pontos utilizamos as mangueiras.
Nos veículos movidos a gasolina existem basicamente 2
mangueiras no sistema. A superior e a Inferior do radiador.
Já nos motores movidos a álcool existem bem mais
mangueiras que compõem o sistema. 2 ramificações são cruciais.
A primeira trata-se de um “T” adicionado à mangueira inferior do
radiador. A função deste “T” é desviar o fluido de arrefecimento
para o coletor de admissão. A ideia é aquecer o tubo para melhor
aproveitamento da explosão do etanol. A segunda ramificação
localizada à base da válvula termostática recebe o fluido que
circulou pela admissão.
Existem alguns modelos de veículos que possuem o opcional
Ar Quente. Para esses modelos existe uma segunda ramificação
junto ao copo da válvula termostática afim de desviar o fluxo do
fluido para dentro do veículo, onde existe um trocador de calor
que irá aquecer o ar para os ocupantes da cabine.

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Dica ¹ fique atento aos veículos que o sistema de ar
quente está ligado. É muito comum, que o trocador de
calor localizado de baixo do tabelie fure. Vazando todo o
fluido dentro de veículo.

Dica ² nos motores 6 cilindros, a mangueira superior do


radiador parece não ter posição de montagem. No
entanto ela possui um lado certo para ser instalada.
Caso ela seja instalada na posição errada, as pás do
alternador irão cortar a mangueira. Por isso verifique a
distância entre a mangueira e o alternador. Caso
estejam muito próximos considere inverter os lados da
mangueira.
Dica ³ nos veículos com aquecimento na admissão é
comum ocorrer vazamento do fluido dentro da
admissão. Fique atento à essa possibilidade.

Dica ⁴ em alguns casos a mangueira inferior do radiador


dos modelos 4 cilindros fecha. Para evitar este problema
existe uma mangueira com uma mola interna. O
problema é que essa mola presente no interior da
mangueira fica em contato direto com o fluido. Por isso
certifique-se que o fluido não contenha ferrugem.

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Substituição: todas as mangueiras são presas por abraçadeiras
metálicas. Para substituição das mangueiras basta afrouxar as
abraçadeiras e desencaixar a mangueira.

Dica ¹ é muito comum a mangueira “colar” na peça a qual ela esta


presa. Para “descola-la” gire a mangueira para um lado depois o
outro em quanto faz força para remove-la.

Dica ² se ainda sim a mangueira não “descolar” introduza uma


chave bem fina entre a mangueira e a peça. Tenha bastante
atenção para não furar ou danificar a mangueira.

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Dica ³ como as mangueiras novas entram com bastante pressão na
hora da montagem, é sempre bom lubrificar as peças para que as
mangueiras entrem com facilidade. Para isso utilize uma fina camada
de óleo solúvel. Caso não tenha o óleo solúvel disponível, pode-se
utilizar um camada bem fininha de graxa amarela.

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9 - Nome técnico: Reservatório
Nome popular: galão
Função: armazenar o fluido de arrefecimento
Marca recomendada: Original / Valeo
Funcionamento: o reservatório é utilizado em 2 momentos. O
primeiro é quando o motor esquenta e o excesso de fluido é
expelido pelo ladrão do radiador e uma mangueira o transporta
até o reservatório. Nos veículos que não possuem esse
reservatório esse fluido é lançado para fora do sistema e existe
uma mangueira que direciona o fluxo até o chão. O segundo
momento em que o reservatório é utilizado, acontece quando
por algum motivo o nível do fluido de arrefecimento abaixa no
radiador. Outra mangueira é responsável por sugar o fluido
armazenado no reservatório. Suprindo assim a necessidade do
sistema.

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O reservatório está presente nos motores:
6 cilindros de 1975 à 1992
4 cilindros de 1985 à 1992

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IV – Funcionamento do Sistema de
Arrefecimento

Agora que você já conhece todos os


componentes do sistema de arrefecimento, fica
fácil descrever o funcionamento de todos as peças
atuando em conjunto para executar a função do
sistema como um todo, manter o motor com a
temperatura ideal de funcionamento.
Vou descrever o funcionamento e o
comportamento do sistema de arrefecimento
utilizando o sistema de hélice.
Peço que imagine o veículo parado e frio
momentos antes de dar a partida no motor.
Sabemos que a válvula termostática esta
fechada. Ou seja o fluído de arrefecimento irá
circular apenas dentro do motor. Não irá circular
por entre as galerias do radiador.
Quando o motor entra em funcionamento, o
eixo virabrequim aciona a correia presa junto à
bomba d`água. O movimento da correia gira o
eixo da bomba que por sua vez movimenta as pàs
imersas na água. Esse movimento gera um fluxo
de água dentro do motor.
Após alguns minutos o fluido já circulou por
todas as camisas d`água, absorvendo a maior
quantidade de calor possível. Gradativamente o
aumento da temperatura vai abrindo o
termostato que lentamente vai liberando o fluxo
de água pelas mangueiras e finalmente chega até
o radiador.

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Com a válvula totalmente aberta, a função do sistema
de arrefeciemento agora não é mais aquecer o motor, e
sim resfriá-lo. O movimento de rotação da hélice é
responsável por “sugar” o ar que se localiza na frente do
radiador, obrigando assim o ar a passar por entre os
tubos de irradiação do radiador removendo energia do
sistema. Esse modelo de sistema de arrefecimento
equipou os veículos de 1969 até 1985.
Parece tudo certo, mas ao passar do tempo observou-
se que muitas coisas poderiam ser melhoradas e
aprimoradas neste modelo. Vou sitar algumas delas.

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Perceba que ao funcionar o motor a hélice era movida pela correia sem ter
necessidade. Ora, o motor acabou de funcionar, está frio, porque eu preciso
de uma hélice girando? Sem contar que existe muita energia de rotação
desperdiçada no movimento dessa hélice. Já parou pra pensar o quanto de
potência perde o motor tendo que girar aquele trambolho de hélice? Se eu
preciso que o motor aumente a sua temperatura e chegue o mais rápido
possível na temperatura ideal de funcionamento não faz sentido ter uma
hélice retirando calor do radiador o tempo todo.Outro ponto à ser observado
é que quando o motor atingia o ponto máximo da temperatura ideal de
funcionamento, não existiam mais recursos para abaixar essa temperatura. A
valvula já estava aberta e a hélice já esta girando, como controlar o excesso
de temperatura? Por esses e outros motivos foi desenvolvido então o sistema
de eletro-ventilador.
Após 1985 todos os veículos passaram a utilizar o sistema de eletro-
ventilador. Agora não existe mais uma helice que gira o tempo todo. Existe
um termostato/interruptor térmico, popularmente conhecido como cebolão,
que ao atingir o ponto máximo da temperatura ideal de funcionamento fecha
contato e aciona o eletro ventilador. Por quanto tempo? O tempo que for
necessário para que a temperatura chegue ao minimo do ideal. Abrindo o
contato do interruptor e desligando o eletr-ventilador.
Genial não? O sistema é tão bacana que essa lógica funciona nos veículos
modernos até os dias de hoje.
A baixo separei um vídeo para mostrar os dois sistemas em funcionamento
na prática!

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V – Análise das peças
Agora que sabemos o nome e a função de cada componente, sabemos
também como eles trabalham juntos e como o sistema funciona em
harmonia, é hora de começar a entender o que pode acontecer de errado.
Como identificar e corrigir um componente defeituoso. Aumente a sua
expectativa que vem chumbo grosso!

1- Nome técnico: Fluído de Arrefecimento


1.1 Defeito: Ineficiência
Sintoma: ferrugem
Diagnóstico: abra a tampa do radiador e faça a análise visual do fluido.
Caso a coloração esteja alaranjada com cor de ferrugem significa que
existe um processo de oxidação acontecendo dentro do sistema. A
ferrugem atua como cupim e vai corroendo os componentes metálicos.
Resolução: utilize produtos específicos para limpeza do sistema de
arrefecimento. Troque algumas vezes o fluido até que o sistema esteja
totalmente limpo. Somente então adicione novo fluido de arrefecimento ao
sistema. Água desmineralizada + óleo solúvel ou aditivo.

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1.2 Defeito: contaminação
Sintoma: coloração e viscosidade alterados
Diagnóstico: abra a tampa do radiador e mergulhe a ponta do
dedo no fluido. Observe se o fluido se comporta como água e
escorre ou se fica preso e grudado como se fosse um óleo.
Normalmente a coloração e viscosidade deste óleo tem o
aspecto de doce de leite. São indícios de que o óleo do motor
passou para as galerias de água. Este sintoma é de junta do
cabeçote rompida. Normalmente ocorre quando o veículo
sofre um superaquecimento
Resolução: utilize produtos específicos para limpeza do
sistema de arrefecimento. Troque algumas vezes o fluido até
que o sistema esteja totalmente limpo. Somente então
adicione novo fluido de arrefecimento ao sistema. Água
desmineralizada + óleo solúvel ou aditivo.

Dica ¹ fique atento! O


rompimento da junta do
cabeçote e a contaminação do
óleo são a consequência de um
superaquecimento e NÃO o
defeito do sistema de
arrefecimento

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1.3 Defeito: nível baixo
Sintoma: completar constantemente o nível do radiador
Diagnóstico: o maior erro é não saber identificar o nível
máximo e mínimo do fluido de arrefecimento. Se adicionar
fluido para mais, com o veículo quente, irá escapar pela
mangueirinha do ladrão. Se adicionar fluido de menos irá
faltar durante o processo de circulação e o motor
superaquecerá. O nível correto de sistema acontece quando o
fluido cobre as “colmeias” do radiador.
Com o nível correto, leve o veículo para um local onde o
piso está seco, e observe se existe algum tipo de vazamento
de fluido de arrefecimento no chão.

Dica ¹ é normal um veículo de uso constante mensalmente consumir


1L de fluido. Isso acontece porque o sistema não é hermeticamente
isolado. Por isso a água escapa em forma de vapor pelo ladrão do
radiador.

Resolução: identifique de onde parte o vazamento e resolva a questão.

Dica ¹ o fluido pode estar vazando dentro da admissão em veículos em


que a peça tem aquecimento.
Dica ² verifique dentro do carro. Veículos com Ar Quente podem vazar
no trocador de calor.
Dica ³ existe um selo de água atrás do volante do motor pode existir
um vazamento ali.
Dica ⁴ veículos onde a junta da cabeçote é muito velha, a água pode
estar indo para dentro dos cilindros, retire as velas e veja se estão
enferrujadas.

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2- Nome técnico: Selo
2.1 Defeito: furo
Sintoma: vazamento
Diagnóstico: realize uma inspeção visual dos selos do motor
e identifique de onde parte o vazamento.
Resolução: realize a substituição do selo.

Dica ¹ troque todos os selos de uma vez. O custo


de cada selo é muito barato, e você já está com a
mão na massa, troque de uma vez. Sem contar
que se um selo já foi oxidado e furou, a tendência
é que os demais estejam na mesma situação,
quase furando.

Kit selo Motor 4 Cilindros Kit selo Motor 6 Cilindros

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3- Nome técnico: Radiador
3.1 Defeito: furo
Sintoma: superaquecimento por falta de água / vazamento /
água sumindo
Diagnóstico: realize uma inspeção visual das “colmeias” do
radiador afim de encontrar o vazamento. Lembre-se que a
água quando vaza deixa rastros. Outra maneira de identificar
um furo é com o veículo quente você pode escutar o
vazamento de vapor no radiador.
Resolução: remova o radiador e leve-o a um profissional que
avaliará se existe reparo ou não da peça.

Dica ¹ não existe cola para radiador. O reparo consiste em tampar o


furo com solda a frio.
Dica ² um radiador com muitos remendos significa que as paredes
internas estão muito comprometidas pela ferrugem. Substitua a
peça.

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3.2 Defeito: entupimento
Sintoma: superaquecimento / ineficiência / eletro ventilador fica ligado
por muito tempo e não desliga
Diagnóstico: abra a tampa do radiador e com uma lanterna observe as
galerias internas. Se existir alguma “pedrinha” fechando algum furo, é
sinal que existe entupimento do radiador.
Caso todos os outros componentes do sistema tenham sido
verificados e mesmo assim o veículo continua a superaquecer vale a
pena verificar o radiador ele pode sim estar entupido.
Resolução: remova o radiador e envie a um especialista. Ele irá abrir a
peça e com um instrumento parecido com uma escova, desobstruir e
limpar todos os tubos de irradiação e depois fechar o radiador.

Dica ¹ solicite um teste sob pressão para garantir que o radiador foi
bem vedado e o fato de abri-lo não gerou vazamentos.

Dica ² dentro dos radiadores de alumínio existem umas espirais


amarelas popularmente conhecidas como “macarrão” elas podem ser
removidas para melhorar o fluxo de água pela peça.

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3.3 Defeito: aplicação
Sintoma: superaquecimento por ineficiência
Diagnóstico: verifique se o radiador que está instalado no veículo é
condizente ao ano e modelo de aplicação. Infelizmente é muito comum
veículos com o radiador errado. O carro está com o motor 6 cilindros
mas o radiador instalado é de 4 cilindros. Ou então o veículo está com
radiador de alumínio e o correto seria radiador de ferro.
Resolução: tenha a certeza de que o radiador que está sendo usado é o
correto para o ano e modelo daquele veículo.

Dica ¹ fique atento aos veículos que possuem ar condicionado o


radiador deles tende a ser mais largo.

4- Nome técnico: Bomba d’água


4.1 Defeito: barulho
Sintoma: forte ruído partindo da frente do motor.
Diagnóstico: remova a correia da bomba d’água, funcione o veículo e
observe se acabou o barulho. Seja rápido não o funcione sem a correia
por muito tempo. Gire a bomba d’água e tente escutar/sentir o ruído.
Resolução: substitua a bomba d’água

Dica ¹ não tente trocar apenas o rolamento da bomba. Os modelos


atuais não aceitam sacar o eixo.

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4.2 Defeito: vazamento
Sintoma: marca de vazamento na base da bomba / abaixando o nível
do fluido de arrefecimento
Diagnóstico: na base da bomba existe um pequeno furo de dreno. Nele
não pode sair água. Quando o retentor interno à bomba estraga, é por
ali que o fluido escapa.
Resolução: substitua a bomba d’água

Dica ¹ é triste mas é verdade, não tem reparo. Tem que trocar a
bomba toda.
Dica ² fique atento à altura do eixo da bomba nova. As bombas de 4 e
6 cilindros são iguais, mas os veículos com e sem ar condicionado são
diferente.

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4.3 Defeito: ineficiência
Sintoma: veículo começa a superaquecer e não circula o fluido de
arrefecimento
Diagnóstico: abra a tampa do radiador e acelere o motor. Com o
aumento da rotação o fluido deve circular em alta velocidade. A falta de
fluxo pode ser causada por defeito na bomba ou entupimento do
circuito.
Resolução: substitua a bomba d’água

Dica ¹ é um defeito não muito comum, mas as pás da bomba podem se


desprender do eixo. Dessa forma a correia gira a polia, no entanto as
pás não acompanham o seu movimento de rotação. Por isso não gera
fluxo pelo sistema de arrefecimento.

5- Nome técnico: Válvula Termostática


5.1 Defeito: travada aberta
Sintoma: a temperatura demora a subir / a temperatura cai muito na
rodovia
Diagnóstico: remova a tampa da válvula termostática, o primeiro passo
é verificar se o seu veículo tem a peça instalada. Com ela em mãos
verifique se esta fechada. A temperatura ambiente ela deve estar
fechada.
Funcione o veículo frio e monitore a temperatura das duas
mangueiras do radiador. A medida que o veículo esquenta deve existir
uma diferença de temperatura entre as duas mangueiras. Se uma ficar
quente e a outra fria é sinônimo que a válvula está funcionando
perfeitamente. Se a temperatura nas duas mangueiras forem subindo
ao mesmo tempo é sinal de que de fato a sua válvula termostática está
travada aberta.
Resolução: substitua a válvula termostática

Dica ¹ fique atento a diferença de temperatura para veículos álcool e


gasolina

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5.2 Defeito: travada fechada
Sintoma: a temperatura sobe muito rápido e o veículo superaquece
Diagnóstico: funcione o motor com o veículo frio. Monitore a
temperatura nas duas mangueiras do radiador. A temperatura das duas
deve ser diferente até o veículo atingir a temperatura ideal de
funcionamento. Depois disso a temperatura das duas mangueiras deve
ser a mesma. Se mesmo depois de quente existir uma diferença de
temperatura entre uma mangueira e a outra, ou seja, uma está quente e
a outra está fria, é sinal de que a válvula está travada fechada.
Resolução: substitua a válvula termostática

Dica ¹ existe um teste para ver a válvula abrindo. Colocar a válvula


termostática dentro de uma panela com água e leva-la ao fogo. Em
estágio inicial a válvula estará fechada. Mas a medida que a água
esquenta a válvula se abrirá. Atenção a água na panela não deve passar
dos 90C°

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6- Nome técnico: Eletro ventilador
6.1 Defeito: motor queimado
Sintoma: o motor ferve, joga água para fora e o eletro – ventilador não
liga.
Diagnóstico: desconecte a tomada da traseira do motor do eletro-
ventilador. Conecte a ponta de uma extensão de fio nos terminais
positivo e negativo da bateria. Com a outra ponta encoste nos terminais
do motor eletro-ventilador. Se ele não girar significa que o motor está
queimado ou travado. Se ele girar normalmente significa que não esta
chegando energia no motor. Aí o defeito pode ser um mau contato nos
conectores, chicote partido ou interruptor térmico defeituoso
Resolução: existem eletricistas experientes que conseguem reparar
estes pequenos motores. Caso você encontre um de confiança vale o
reparo. Se preferir pode colocar um motorzinho novo.

A foto acima é de um motor elétrico universal, que pode ser adaptado em qualquer eletro ventilador
por um eletricista experiente

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6.2 Defeito: interruptor queimado
Sintoma: o motor ferve, joga água para fora e o eletro – ventilador não
liga.
Diagnóstico: verifique se o motor eletro-ventilador não está queimado.
Com a chave de ignição acionada, desligue os dois terminais do
interruptor térmico e com o auxílio de um fio ligue um conector no
outro. Se o eletro-ventilador ligar é sinal de que o seu interruptor térmico
(cebolão) está estragado.
Resolução: troque o interruptor.

Dica ¹ fique atento, o interruptor térmico do motor a álcool é diferente


do motor a gasolina
Dica ² a corrente elétrica que passa pelo chicote do eletro-ventilador é
bem alta. Por isso lembre-se quanto mais grosso for o fio do conector,
melhor será a transferência de energia e menor será a chance do
conector derreter (defeito muito comum)

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7- Nome técnico: Camisas d’água
7.1 Defeito: trinca
Sintoma: o motor esquenta muito rápido. Fluido de arrefecimento
abaixando o nível. Em alguns casos é um defeito silencioso que você só
irá descobrir no momento da desmontagem.
Diagnóstico: infelizmente o diagnóstico é realizado desmontando o
motor. Retire o cabeçote e faça uma análise visual afim de encontrar
trincas nas peças. Este teste pode ser feito também pela retifica.
Resolução: por se tratar de um defeito muito sério, a resolução deve ser
avaliada por um profissional especialista. Dependendo do local da trinca,
pode haver reparo com o uso de solda e em alguns casos com uma cola
chamada Plasteehl

Dica ¹ vale a pena levar a peça em outros profissionais, ter uma


segunda opinião neste caso, é muito importante.
Dica ² em alguns casos trincas não são percebidas a olho nu, faz-se
necessário o uso de um líquido chamado MagnaFlux, que evidencia as
imperfeições das peças.

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8- Nome técnico: Mangueiras
8.1 Defeito: dilatação
Sintoma: é um defeito silencioso que não altera o funcionamento do
sistema de arrefecimento
Diagnóstico: realize a inspeção das mangueiras e compare o diâmetro
do corpo da mangueira com o diâmetro da abraçadeira metálica.
Quando a mangueira está dilatada o diâmetro do corpo é maior do que o
diâmetro da abraçadeira. Fatalmente em poucos dias, ou em uma
viagem longa, essa mangueira irá estourar.
Resolução: substitua a mangueira

Dica ¹ sei que é de partir o coração substituir uma peça que não
apresenta defeito aparente. Mas com certeza é melhor troca-la quando
pode do que o carro te deixar na mão. Sem contar o perigo que é essa
mangueira estourar com água fervendo.

8.2 Defeito: contração


Sintoma: o fluido de arrefecimento para de circular. Os sintomas são
semelhantes ao de radiador entupido.
Diagnóstico: abra a tampa do radiador e acelere o motor. Observe se
existe fluxo de fluido no radiador. Quando você acelera, aumenta a
velocidade de rotação da bomba e por sua vez, a velocidade com que a
água circula pelo radiador. Caso no momento da aceleração a água não
aumente a vazão, verifique se a mangueira está amassada. Isso acontece
com mangueiras de baixa qualidade ou com defeito de fabricação.
Resolução: substitua a mangueira

Dica ¹ existe uma mangueira no mercado que possui uma mola interna.
A função da mola é justamente impedir que a mangueira “murche”

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9- Nome técnico: Reservatório
9.1 Defeito: não suga a água
Sintoma: o nível do sistema de arrefecimento abaixa no radiador, mas o
reservatório permanece cheio.
Diagnóstico: para que o radiador consiga sugar o fluido do reservatório,
é extremamente importante que não existam entradas de ar entre a
tampa e o reservatório. Nem entre a tampa e as mangueiras.
Resolução: substitua a tampa do reservatório e certifique-se de que não
existam entradas de ar entre as peças

Dica ¹ Como o
reservatório muda de
acordo com o ano
atente-se para substituir
a tampa para o sistema
correto do carro

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VI – Defeitos e Soluções

Já temos o conhecimento de quais são os


componentes do sistema, como eles trabalham e
qual a sua função. Sabemos também
diagnosticar se a peça está desempenhando
corretamente o seu papel ou se está defeituosa.
Agora iremos junto aprender a pensar. Aprender
a utilizar o raciocínio passo a passo para
solucionar qualquer defeito no sistema de
arrefecimento.
Antes de começarmos a elaborar alguns
cenários para aplicar o nosso conteúdo, preciso
lhe informar sobre uma lei. A lei que rege a
dinâmica de raciocínio de qualquer sistema
mecânico. A chamada LEI DO MENOR ESFORÇO.
Calma aí meu amigo. Nós não somos
preguiçosos. Desculpe se houve uma má
interpretação. Mas a questão é que durante a
resolução de um defeito, iremos partir para
diversas linhas de raciocínio, e em alguns casos,
teremos que testar cada hipótese. Por isso é
importante verificar as coisas mais simples
primeiro do que as mais complexas que
demandam mais tempo e esforço. Retirar um
cabeçote por exemplo.
É preciso agir como um detetive ao investigar
um defeito. E ficar atento à cada pista deixada
para traz. Assim que um veículo apresenta algum
problema no sistema de arrefecimento é
importante fazer a pergunta certa para encontrar
quem é o vilão da história.

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Veículo superaquecendo: 1° passo: Desligue o motor. Se ele
Acredite se quiser, mas a realmente estiver em
primeira pergunta que deve superaquecimento não queremos que
ser feita é: Como sei que meu o motor seja danificado.
veículo está superaquecendo?
A resposta mais comum é que 2° passo: Fumaça é um forte indício de
o ponteiro do marcador de superaquecimento. Por isso fique
temperatura atingiu o atento antes de abrir o capô. É comum
vermelho no painel. E essa é que as mangueiras estourem e saia
uma boa resposta! vapor e água fervendo para tudo
quanto é lado. E é claro ninguém quer
No entanto não
se queimar.
podemos confiar única e
exclusivamente na 3° passo: abra o capô lentamente e
informação do mostrador verifique se o radiador está jogando
do painel. Existem água para fora. Em forma líquida ou
sintomas no em forma gasosa. Caso isso aconteça
configura um superaquecimento
funcionamento do motor
legítimo.
que comprovam que a
temperatura ultrapassou o 4° passo: o calor é transmitido através
nível ideal de de irradiação, ondas infravermelhas.
funcionamento. Por isso você vai perceber nitidamente
Para verificar a que o cofre do motor está mais quente
do que o normal. Com muito cuidado,
autenticidade do
coloque a mão na mangueira superior
superaquecimento, siga os e aperte-a você irá perceber que ela
passos a baixo. está inchada e extremamente quente.

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5° passo: fique em silencio e tente escutar a água em ebulição. Ao
chegar a 100C° a água começa a ferver e este processo tem SOM
conhecido e específico. Tente escutar o SOM de óleo fritando na
frigideira. Acontece que na maioria dos superaquecimentos, as
juntas das tampas laterais e de válvulas começam a vazar óleo. E o
óleo fervendo também tem aquele som estralado específico.
6° passo: vazamentos de óleo e cheiro de óleo queimado pode
acontecer. É comum em estágios mais avançados de
superaquecimento, as juntas derreterem, deixando passagem livre
para o óleo vazar por todo o motor.
A presença de qualquer um destes sintomas indica que realmente
o sistema de arrefecimento enfrenta um superaquecimento.

Dica ¹ caso o marcador do painel não esteja funcionando, coloque-


o para funcionar imediatamente. O primeiro teste para saber se ele
está funcionando é bem simples: Com o motor frio, gire a chave de
ignição somente para acender o painel, e não dê a partida.
Desconecte o fio do sensor de temperatura (localizado no cabeçote
próximo ao carburador) realize o aterramento deste fio. Para
aterra-lo basta encostar o fio do sensor no cabeçote.
Imediatamente o marcador do painel deverá ir para a posição
máxima de temperatura. Caso isso ocorra, sabemos que o ponteiro
está funcionando e que o chicote elétrico está transmitindo a
informação correta até o painel.

Dica ² existe um filamento interno ao sensor de temperatura que é


responsável por informar a temperatura do fluido de
arrefecimento. Por isso nunca permita que o eixo onde a porca é
roscada no sensor gire junto com a porquinha que segura o fio. Se
acontecer de a barra de rosca girar junto com a porca, certamente o
filamento foi rompido e a informação não será correta. Substitua o
sensor.

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Mas e se o veículo estiver em movimento, como saber se o sistema está
em superaquecimento?
Quando o motor
superaquece o óleo
do cárter perde
viscosidade, ou seja,
ele fica menos viscoso
mais “fino”. Por isso
ele começa a não
exercer algumas de
suas funções e a
primeira delas é não
carregar os tuchos.
Por isso o primeiro
A foto acima é de um relato nosso de superaquecimento, caso tenha
sintoma é PERDA DE interesse clique aqui para assistir
POTÊNCIA.

Isso acontece porque os tuchos são responsáveis por abrir as


válvulas. Como o óleo está mais fino e com pouca pressão, os tuchos
começam cada vez mais a abrir menos as válvulas do cabeçote. Os
tuchos não carregados começam a fazer barulho diferente, o motor
começa a BATER VÁLVULA ou popularmente conhecido como GRILAR.
O terceiro e último sintoma é o CHEIRO dentro do veículo. O aumento
da temperatura com certeza irá exalar um odor de óleo queimado
dentro do carro. Esse sintoma é inconfundível. É importante que
percebendo qualquer um destes sintomas você deve desligar o veículo
imediatamente.

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Para que o veículo entre em superaquecimento, algum componente do
sistema parou de funcionar e causou o desequilíbrio. A nossa função é
descobrir qual deles interrompeu o ciclo de arrefecimento.

1- Verificar o nível do fluido de arrefecimento, um sistema sem fluido


não é capaz de refrigerar. Caso não possua fluido no sistema, verifique
por onde ele está vazando e solucione o problema. Se não encontrar
nada, troque a tampa do radiador. A água pode estar escapando em
forma de gás. Funcione o veículo e veja se o ciclo de arrefecimento voltou
a funcionar normalmente. Caso contrário siga para a próxima etapa.

2- Abra a tampa do radiador. Vamos testar se o fluido está circulando


pelo sistema. Funcione o veículo, espere a válvula termostática abrir caso
possua, e observe se ao acelerar existe fluxo de água dentro do radiador.
Se não existir fluxo temos 2 possíveis causas a primeira é que a bomba
d’água parou de funcionar e não gera pressão de água. A segunda é que
existe uma obstrução no sistema. Uma mangueira fechada por exemplo.
Estando tudo ok, siga para a próxima verificação.

3- Observe se a hélice está muito longe do radiador. Ela deve ficar


próxima ao radiador para conseguir puxar o ar por entre suas “colmeias”.
Nos veículos com eletro-ventilador verifique se o mesmo está sendo
acionado no momento correto. Verifique também se o sentido de rotação
da hélice está empurrando o ar pelo radiador ao invés de puxa-lo para
traz do carro. Qualquer desacordo com o sistema padrão corrija o
problema e realize novo teste. Persistindo o problema, siga para a
próxima etapa.

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4- Agora é hora de testar a eficiência do nosso radiador. A forma mais
fácil de fazer isso é colocando um radiador de outro carro que sabemos
que funciona normalmente. Se você não possui outro radiador ou um
amigo para te emprestar um, não tem jeito vai ter que retirar e mandar
verificar a eficiência com um especialista. Realize novos testes e garanta
que o defeito foi solucionado. Caso persista siga para a próxima etapa.

5- Independente de estar funcionando ou não, retire a válvula


termostática e faça o teste sem ela. O corpo do termostato já é
responsável por causar uma grande obstrução no sistema. Caso seu
veículo já esteja sem válvula siga para a verificação seguinte.

6- Verifique se o escapamento está entupido. Estando tudo OK, confira


se o carro está no ponto de ignição correto. Aproveite e por desencargo
de consciência remova a grade frontal do veículo. Existe um modelo de
grade paralela que impede o ar de entrar pelo cofre do motor.

Dica ¹ evite de colocar obstruções para a entrada de ar na frente do


radiador. Faróis de milha por exemplo.

Em alguns casos os faróis de milha e outros


acessórios são colocados atrás da grade,
obstruindo ainda mais a passagem de ar
para o radiador.

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7- As coisas estão começando a ficar sérias. Tem fluido no sistema. O
fluxo de água é constante e não tem obstruções no sistema. A hélice está
forçando o ar pelo radiador. O radiador novo garante a eficiência na troca
de calor. Então agora sabemos que existe “alguém” colocando mais calor
do que o nosso sistema consegue retirar da água. Vamos ter de remover o
cabeçote para verificar o estado da junta. Envie o cabeçote para a retífica e
verifique se a altura dele está Standard (primeira altura) em seguida
realize o teste de trinca e por último o empeno da peça. Caso empenado
execute a plaina da superfície e monte uma junta nova.

Dica ¹ aproveite este momento sem o cabeçote e solicite que a retifica


faça a medição do diâmetro interno do cilindro. Se o mesmo necessitar
de retífica, você encontrou o defeito que estava procurando. Acontece
que quando as paredes do bloco, camisas d`água, ficam finas a
quantidade de calor transmitido ao fluido é maior do que o sistema foi
projetado para suportar. Por isso o superaquecimento. Realize a retífica
do motor.

Dica ² motores com pistão de 1mm (última medida) tendem a trabalhar


com a temperatura bem mais alta que motores Standard (primeira
medida).

Se mesmo assim o veículo continuar a apresentar os sintomas de


superaquecimento volte a primeira etapa e verifique qual dos itens
seguintes não foram verificados corretamente.

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VII – O pulo do gato

Agora vou dar dicas que funcionam na pratica e que podem melhorar e
muito o seu sistema de arrefecimento.

1- Melhore o fluxo do fluido de arrefecimento


Esse é um detalhe que pode fazer toda diferença na eficiência de
circulação de todo o sistema. Existem galerias nas câmaras d’água que
atravessam do bloco para o cabeçote afim de refrigerar diretamente a
câmara de combustão no cabeçote e as camisas de cilindro no bloco.
Acontece que todos os modelos de juntas de cabeçote que são
comercializadas nos dias de hoje, tem o diâmetro dos furos MENORES do
que os diâmetros originais. Obstruindo assim o fluxo do fluido pelas
galerias.
Para corrigir este defeito é muito simples. Basta alargar os furos por
onde passa a água na junta do cabeçote. Você pode utilizar uma broca
com uma furadeira para aumentar o diâmetro e deixar na medida exata
das galerias do bloco.

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2- Melhore a eficiência da hélice
Para garantir um melhor empuxo do ar pela a hélice você pode
aumentar o tamanho da hélice (atenção para não colidir com nenhuma
mangueira) ou aumentar o número de pás. Quanto mais pás, maior o
empuxo.
Existe também uma hélice que diminui a sua largura a medida que a
rotação aumenta. Diminuindo a resistência do ar e conferindo melhor
desempenho ao motor.

3- Aumente a rotação da hélice


As hélices são aparafusadas em pequenos copos metálicos. Em torno
deste copo existe um sulco por onde passa a correia responsável por dar
movimento ao conjunto.
Usando o mesmo raciocínio de uma catraca de marchas de uma
bicicleta, se aumentarmos o diâmetro da engrenagem motora
(virabrequim) iremos aumentar a velocidade da engrenagem motriz
(bomba d`água) o inverso também é verdadeiro. Se diminuirmos o
diâmetro do copo da engrenagem da bomba maior será a sua velocidade
de rotação e por isso maior empuxo sobre o ar.

4- Motores potentes
Existe uma infinidade de motores de eletro-ventiladores de veículos
modernos que possuem uma velocidade de RPM muito maior do que os
originais do opala. Verifique com o especialista em radiadores mais
próximos qual o motor melhor se adapta ao seu radiador.

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5- 100% aditivado
Hoje no mercado, existem alguns aditivos que têm menor calor
específico do que a água. Ou seja, eles esquentam mais rápido e resfriam
mais rápido. Por isso os veículos de competição não utilizam água no
sistema de arrefecimento, eles utilizam 100% de aditivo no sistema.

6- Recurso técnico
Em algumas visitas ao nordeste do país, local onde as temperaturas são
altíssimas, conversei com diversos opaleiros. E por lá existe uma “receita”
infalível para evitar o superaquecimento. Eles descobriram que quando se
coloca os dois modelos de sistemas de arrefecimento, a hélice mecânica e
o eletro ventilador, para trabalharem em conjunto, o resultado é
excepcional. O fenômeno acontece porque a quantidade de Ar empurrada
pelos tubos trocadores de calor do radiador é muito grande! Lá eles
utilizam a hélice mecânica a traz do radiador e o eletro ventilador na
frente do radiador. Mas atenção os fios são ligados de forma invertida. Ao
invés de puxar o ar, o eletro ventilador ira empurrar o ar contra o
radiador. Pode parecer uma gambiarra, mas o fato é que la tem
funcionado bastante e acaba que a adaptação não fica aparente e acaba
passando desapercebida aos olhos menos atentos.

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VIII – Considerações finais

Agradeço pela oportunidade que você me confiou de trazer um


conteúdo de tamanha qualidade e riquíssimo em detalhes para você.

O conhecimento é construído em conjunto. Por isso caso perceba que


falta alguma informação, ou que algo ficou confuso, peço que me envie
um e-mail, e terei o maior prazer em te ouvir e melhorar ainda mais o
nosso material.

Peço encarecidamente que em hipótese alguma compartilhe este e-


book com amigos e familiares. Valorize o seu investimento e honre o autor
deste livro.

CAIO ALEXSANDER,
(31)988608195
doutoropala@gmail.com

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