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MECÂNICA DE

MOTOS E
MOTOCICLETAS
CONSERTO PASSO A PASSO

Compreenda quais são as exigências necessárias para se consertar


motos. Antes de fazer o treinamento, precisa ter certeza que sabe no que está
se metendo. Mecânicos de motocicletas precisam saber como consertar,
manter, ajustar e testar todos os componentes de uma moto. O profissional
deve ter conhecimento de todas as partes da mecânica do veículo e ser capaz
de reconhecer e consertar problemas mecânicos.

Comece o seu treinamento com um diploma do colegial. Embora não seja um


pré-requisito, um diploma é um bom alicerce para se construir o restante.
Qualquer treinamento posterior será melhor compreendido depois que tiver
frequentado classes de português, matemática e ciências.

Procure por programas de consertos de motocicletas e workshops em sua


região. Não só faculdades oferecem cursos técnicos nessa área, mas algumas
concessionárias também o fazem. Procure em revistas especializadas por
informações ou pesquise online. O ideal é optar por um treino que abranja
diferentes modelos, a não ser que prefira se especializar em um só.

Consiga um certificado em mecânica de motocicletas. Talvez isso seja uma


exigência no local em que trabalhará. Descubra quais são as exigências; após
o treinamento, consiga o seu certificado.

Opte por um estágio em uma concessionária. Adquirir experiência é uma


excelente maneira de treinar. Quando você trabalha no ambiente no qual
pretende seguir carreira, ganha um conhecimento inestimável. O estágio o
colocará em contato com situações do cotidiano da profissão, e isso não seria
possível em uma sala de aula. É possível conseguir um estágio enquanto
frequenta as aulas teóricas. Dessa forma, poderá praticar o que aprender na
aula diretamente no campo de trabalho.

COMO CONSERTAR O CARBURADOR DA MOTO

Instruções:

Antes de tudo, explicaremos em que consiste um carburador defeituoso da


moto. Referimo-nos a este conceito quando o carburador não realiza bem sua
tarefa, de modo que a mistura de ar e combustível no motor não é a adequada.
Como resultado, podem ocorrer avarias como a moto morrer durante a marcha
ou não dar partida.

Antes de consertar o carburador da moto, localize onde ele está. Para isso,
consulte o manual de seu veículo. Ele costuma ser opaco e de alumínio
prateado. Quando o localizar, faça primeiro a carburação da parte inferior. Para
isso, você deverá mover o parafuso que está na parte inferior do carburador e
que permite regular a entrada de ar.

Já na parte superior do carburador, você encontrará a agulha que permite


carburar as rotações médias. Também devemos trabalhar nesta parte quando
a falta de gasolina for a razão da carburação defeituosa da moto. A agulha tem
várias posições, da mais alta até à mais baixa, normalmente 5, movimente-a
em função de suas necessidades. Permite regular a quantidade de combustível
que entra na mistura do carburador.

Por último, carburaremos a parte mais alta. Você terá de abrir a cuba do
carburador, que contém o chamado flotador em seu interior. Em seu interior há
também os gigles, alguns parafusos com um buraco por onde passa a
gasolina.

Na hora de carburar a moto, você deve ter em conta a zona em que vamos
usá-la, além dos próprios elementos do carburador que permitem regular a
mistura. Isto é, temos de atender aos critérios como altitude, proximidade ao
mar, temperatura, etc.

A vela do motor é o principal indicador do problema que causa a carburação


defeituosa da moto:

Cor marrom claro: a mistura é deficiente, isto é, tem pouco combustível.

Cor marrom claro e preto: a mistura é rica, com muito combustível.

Cor marrom escuro e preto: a mistura também é rica, com muito combustível.

Como você vê, o procedimento de consertar o carburador da moto não é


simples e são exigidos muitos conhecimentos de mecânica para realizá-la. De
modo que se você é um usuário médio, o mais conveniente é ir a um mecânico
de confiança para consertar a carburação defeituosa de sua moto.
COMO LIMPAR O CARBURADOR

Instruções:

Para limpar o carburador da sua moto primeiro estacione em um lugar plano e


desligue-a completamente para evitar deslocamentos inoportunos.

Extraia as tampas onde está todo o funcionamento da moto (bateria, motor,


etc.) e localize o carburador. Ele situa-se na parte traseira do motor e tem uma
forma de coração. Tire fotos ou tire anotações para não se esquecer de que
forma está colocado, pois pode ser que surjam dúvidas na hora de voltar a
montá-lo.

Procure o tanque de reserva de gasolina. Você encontrará uma alavanca que


pode marcar diversas posições, normalmente ON, OFF e FUEL. Coloque na
posição OFF para evitar pingos de combustível. A seguir, coloque um
recipiente embaixo da alavanca e solte a mangueira. Agora mude o indicador
para ON, e deixe sair aproximadamente um litro de gasolina, que servirá para
limpar as peças.

A seguir, você deve remover o carburador. Para isso, abra todas as conexões:
a mangueira da gasolina, o cabo de eletricidade e do acelerador. Solte as
braçadeiras da entrada e saída de ar. Ao lado de uma caixa de plástico, junto à
bateria, está o filtro de ar, afrouxe seus parafusos. Agora o carburador está
solto e você poderá extraí-lo. É recomendável que tire fotos, para não se
esquecer onde estão as peças ao montá-lo.

Já com o carburador solto, tire a tampa que tiver ajustada com dois parafusos
na parte superior e inferior. Tenha cuidado com ela, e com as peças pequenas
do carburador. Há uma delas realmente pequena e frágil, como uma lapiseira,
que deve tirar e depois voltar a colocar.
Agora você pode começar a limpar o carburador: não use água, só a gasolina
que retiramos no começo e uma escova de dentes usada. Se estiver muito
suja, você também pode comprar um produto específico para a limpeza de
carburadores, à venda em oficinas e lojas de peças de mecânica, e misturá-lo
com a gasolina. Passe os dedos e a escova com gasolina por todas as peças
de metal. A seguir, deixe-as secar sobre um papel, com cuidado para que não
tenha partículas no ar que possam cair sobre elas. Passe um pano úmido nas
peças de plástico e depois seque-as bem com outro pano seco, antes de voltar
a colocá-las.

Use as fotografias e anotações do início como ajuda para voltar a colocar todos
os elementos como estavam antes de começar a limpar o carburador da moto.

O CAPACETE DA MOTO

Instruções:

O principal fator que torna um capacete de moto inválido é uma queda. De


modo que, caso você tenha tido um acidente e tenha tocado com
o capacete no solo ou contra outro veículo, deverá comprar um novo.
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No entanto, não é necessário um grande impacto como o produzido em um


acidente para acabar com a vida útil de seu capacete. Uma simples queda em
casa ou no trabalho pode tornar o seu capacete incapaz de protegê-lo de forma
adequada. De modo que, caso o seu capacete caia no chão de uma altura de
pelo menos 1,5 metros, você deverá trocá-lo.

Em relação a estas considerações, é recomendável não comprar capacetes de


segunda mão porque não tem a garantia de não ter sofrido alguma queda.
Talvez o vendedor não esteja consciente disso, mas pode estar oferecendo um
produto que já não é seguro.

Os capacetes de moto feitos com materiais de resina termoplástica ou de


policarbonato expiram com o passar dos anos. Quando o comprar, consulte na
loja os anos de vida útil. A duração média é de 5 anos.

Nos demais capacetes, o que se deteriora é o interior e, por isso, ao longo do


tempo, deixam de ser tão eficazes. No entanto, neste caso será uma
deterioração que você mesmo poderá comprovar visualmente. Se
o capacete não sofrer nenhum golpe, pode chegar a durar 10 anos, mas em
qualquer hipótese, consulte sempre as recomendações do fabricante.

COMO SABER SE MINHA MOTO ESTÁ BEM CARBURADA

A carburação é um assunto muito complexo que traz dor de cabeça a muitos


motociclistas. Há uma série de sintomas que, ao se repetirem com a passagem
do tempo, podem indicar que há um problema neste aspecto. No entanto, tem
que considerar que questões como a temperatura ou a pressão atmosférica
também incidem na carburação.

Instruções:

Uma moto que está bem carburada não dará arranques e terá uma boa
resposta quando fizer movimentos bruscos como uma forte aceleração ou, pelo
contrário, uma redução de velocidade com o freio do motor. Se a moto
responde corretamente, pode ter a certeza de que não tem nenhum problema
com a carburação.

Por outro lado, há um sintoma muito claro de que sua moto não está bem
carburada. Assim, se por circunstâncias da circulação precisa dar uma
aceleração muito forte e vê que sai uma grande quantidade de fumaça
negra pelo cano do escapamento, pode pensar que existe uma falha com a
carburação de sua moto.

Além disso, notará que sua moto se afoga ou inclusive chega a parar depois de
já estar em funcionamento.

O estado da vela da moto também é um bom indicador de que sua moto está
bem carburada. O fato de parecer muito engraxada ou com um aspecto
escurecido, coberta de fuligem, significa que a carburação de sua moto não é a
adequada. Assim, no segundo caso se trataria de uma mistura muito forte,
enquanto o primeiro aponta que há mais óleo que o necessário.

As mudanças da moto também podem confirmar que está bem carburada.


Caso esteja bem ajustada, quando você acelerar seu veículo, as mudanças
subirão rapidamente. Se, pelo contrário, a resposta é lenta, pode-se encontrar
com um problema nesse sentido.

De qualquer forma, na carburação da moto não influencia apenas o estado de


seu veículo, mas também fatores externos como a umidade, a temperatura ou
a pressão atmosférica. Assim, pode ser que a moto não responda corretamente
em condições de temperaturas muito baixas, mas isto é natural que tenha a ver
com o frio e não com que a moto esteja mal carburada.

Já nos motores com sistema de refrigeração líquida, geralmente maiores e/ou


mais sofisticados, o óleo tem um papel levemente menor na tarefa de conter
calor em excesso. Porém, tanto em um tipo de motor quanto em outras trocas
frequentes, respeito à recomendação do fabricante quanto ao tipo de
lubrificante e verificação constante do nível são atitudes fundamentais.
PARA E ANDA FATAL

Um motor cuja vida seja feita de pequenos percursos intercalados por períodos
extensos de parada sofre muito, quase tanto como um cujo dono acelera à
fundo com ele frio. Mesmo se o óleo for novo e de excelente qualidade, é
necessário não só fazer o motor funcionar em marcha lenta até que o
lubrificante circule e alcance todas as partes e atingir uma temperatura
razoável.

O ideal é que o motor funcione sem grandes oscilações de temperatura mas no


dia-a-dia, especialmente em uso urbano, isso é bem difícil. Como não há
termômetro de óleo na grande maioria das motos, vale usar o bom senso: as
rotações devem ser o mais contidas possível nos primeiros três-cinco minutos
de funcionamento de um motor que ficou parado por mais de duas horas. E em
dias frios, este tempo deve ser estendido a até dez minutos antes de acelerar
para valer. Caso seus trajetos sejam sempre curtos, capriche no aquecimento
antes de partir.

A razão desses cuidados com a temperatura tem a ver com a viscosidade do


óleo: quando frio ele é mais denso (ou viscoso, dá no mesmo), e portanto
circula com maior dificuldades pelas entranhas do motor deixando partes
desprotegidas. Já quando a temperatura é alta demais, acontece o oposto. A
perda de viscosidade deixa o óleo “fino” demais e assim ele é incapaz de
formar uma película lubrificante conveniente entre as partes metálicas em
movimento, e não cumpre sua função de limitar atrito e consequente desgaste.
Importante: oscilações muito frequentes e radicais de temperatura são
responsáveis por uma deterioração progressiva na estrutura química do
lubrificante e provoca a perda progressiva da eficácia. Isso exige prestar
atenção não só na quilometragem, que é o dado mais comumente usado para
determinar o momento certo de trocar o óleo, mas também no seu padrão de
uso da motocicleta. O citado para e anda maltrata óleo e motor, e portanto
demanda trocas mais frequentes. Outro problema vem da falta de uso, motos
que ficam muito tempo paradas e cujo óleo perde as características ideais não
pelos extremos de temperatura, mas sim pela oxidação natural que o contato
com a atmosfera ocasiona.

MANUAL DO PROPRIETÁRIO, SEU GURU

De quanto em quanto você deve trocar o óleo do seu motor? Se você não se
enquadra no caso dos cruéis utilizadores da moto fria em trajetos curtos ou na
turma que a usa de vez em nunca, vale seguir o que o manual do fabricante
indica.

Os técnicos que projetaram seu motor trabalharam duro para garantir o


emprego, fizeram o melhor possível e não iriam de jeito nenhum errar na
recomendação de prazo. Outro aspecto é não inventar moda: siga
EXATAMENTE o que o manual do proprietário recomenda para seu motor com
relação a especificação numérica (5 W 40, por exemplo) e quanto às letrinhas
que seguem tal numeração. Sem cair ao nível do detalhe, basta dizer que os
números se referem à viscosidade em temperatura baixa (número menor) e
temperatura alta (número maior), e as letras indicam a aditivação.

Óleos designados para uso em motores motociclísticos levam em consideração


que na maior parte deles a embreagem é do tipo “em banho de óleo”, e desta
maneira a formulação dos aditivos prevê tal aspecto técnico. O uso de um óleo
com viscosidade igual a recomendada no manual mas com aditivação diferente
(um óleo para motores de automóveis por exemplo) pode causar problemas
sérios no funcionamento da embreagem.

Por ser uma ação simples, trocar de óleo não exige grandes conhecimentos
mecânicos/técnicos, mas apenas atenção. Abaixo as regrinhas básicas para tal
operação que, por ser frequente, pode ser feita por você mesmo:

1. Verifique se você tem a ferramenta de medida adequada para soltar o


chamado “bujão”, nome dado ao parafuso (geralmente de cabeça sextavada)
que está na parte inferior do cárter do motor. Normalmente tal ferramenta
comparece no kit de ferramentas que integra a maioria dos modelos.

2. Informe-se da necessidade ou não de substituir a cada troca a arruela do


referido bujão. Este dado deve constar do manual do proprietário.

3. Solte o bujão tendo o cuidado de colocar sob o cárter um recipiente


destinado a armazenar o óleo usado.

4. Aqueça o motor antes da operação começar. Óleo quente, menos denso,


sairá mais fácil do cárter do motor.

5. Deixe escorrer o óleo por ao menos cinco-dez minutos, lembrando de retirar


a tampa superior por onde entrará o óleo novo. Sem tampa o óleo escorrerá
mais rapidamente.

6. Feche o bujão sem apertá-lo demasiadamente: no manual haverá a


indicação do torque necessário, mas como torquímetro nem todos tem, basta
usar bom senso e não exagerar no aperto, e tampouco deixar o bujão frouxo
demais.

7. Evite meleca munindo-se de um funil para colocar o óleo novo não sem
antes se certificar da quantidade exata, outro dado que constará no manual.

8. Verifique o nível antes de completar a operação. Atualmente há motos com


visores transparentes com marcas do nível máximo e mínimo. Outras motos
tem vareta em cuja ponta há o mesmo. Neste segundo caso o nível se mede
em geral com a vareta desparafusada.

9. O óleo novo deve sempre alcançar o nível máximo mas nunca superá-lo.
Óleo demais é tão nocivo quanto de menos.

10. Após concluir a operação, feche a tampa de abastecimento do óleo e ligue


o motor. Verifique se não há vazamento visível pelo bujão e, se puder, deixe
uma folha de papel debaixo do cárter durante algumas horas. Se o motor
vazar, nem quem seja um pingo, o papel vai te avisar.

11. Informe-se sobre a frequência da troca ou necessidade de limpeza do filtro


de óleo. Algumas motos tem filtros tipo cartucho de papel, que em geral devem
ser substituídos de maneira alternada, troca sim, troca não. Em outras o filtro é
metálico, que demanda limpeza e não substituição. Mais uma vez, consulte sua
majestade, o manual.

12. Habitue-se a verificar o nível. Seja pelo visor, seja pela vareta, esse é um
“vício” que todo motociclista deve ter. O mesmo vale para dar um destino
sustentável ao óleo usado: leve-o a um posto de combustíveis, onde sempre há
tambores para o descarte.
Como dito no início, óleo é relativamente barato, consertar motor bem mais
caro. Trocas frequentes, atenção ao nível e à qualidade e especificação do
óleo são o segredo de um motor saudável, lembrando que é natural que
durante o arco de utilização o nível baixe. Motores novos tendem a consumir
mais óleo por conta dos maiores atritos normais em um motor mais “justinho,”
coisa que tende a se reduzir quando a quilometragem aumentar, se
encarregando de tornar as folgas maiores. Motores muito rodados também
tendem a consumir mais óleo mas por razão opostas, pois folga demais tende
promove queima do óleo, sintoma facilmente reconhecível pela fumaça branca
saindo do escapamento.

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