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938 Resfriamento da temperatura excessiva no motor: principais problemas e manutenção
07 31 2015 Última atualização 07:46:48 PM GMT PESQUISAR
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Jornal Oficina Brasil


Resfriamento da temperatura excessiva no motor: principais
Avaliação do Reparador
problemas e manutenção
Em breve, na sua oficina
SEX, 13 DE ABRIL DE 2012 16:02  SEÇÃO: TÉCNICAS
Caderno Premium Avaliação do Usuário:  / 16 
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Entrevistas

2 Rodas
No processo de transformação de energia, o motor de
Mercado/Cinau combustão interna ciclo Otto da motocicleta produz calor,
Editorial porém parte desse calor não é aproveitado e é necessário
Evento que, por meio de um sistema de arrefecimento, a
temperatura do motor seja controlada. A alternativa mais
Matéria Exclusiva
viável é a dissipação para o meio ambiente.
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Lançamentos
O motor necessita trabalhar numa faixa de temperatura
Reparador Diesel adequada, no entanto quando os limites são excedidos
Técnicas ocorrem danos generalizados nas peças submetidas à alta
Especial
temperatura.

Em Foco
A variedade de modelos e tamanhos de motocicletas exige
Oficina é um Bom negócio
uma gama de sistemas de arrefecimento capazes de ANTERIOR 3 of 7 PRÓXIMO
Fundo do Baú manter a temperatura dentro dos padrões estabelecidos
Duelo de Forças em seus projetos. Nessa matéria vamos estudar alguns sistemas básicos de arrefecimento e as principais causas de
Chão da Oficina irregularidades no motor.

Tv Oficina Brasil Nos motores modernos os desafios são reduzir emissões e consumo de combustível e em contrapartida produzir potência. Por


isso eles trabalham em alta temperatura na câmara de combustão, consequência da elevada taxa de compressão, além de
Produtos
outras variáveis. Em uma Yamaha YBR 125cc, a taxa está por volta de 10:1. Em uma superbike de 1000cc, supera os 12:1. 
Tecnologia

Enquanto a temperatura do motor apontada no painel da moto varia entre 90°C a 100°C, no motor não é bem assim. De acordo
Guia de Oficinas Brasil com o fabricante Metal Leve, a temperatura produzida no momento da combustão varia entre 1.100°C e 1.600°C, suficiente
O que é o Guia de Oficinas para fundir o pistão, que é basicamente composto de alumínio. 
Brasil

Cadastre sua oficina No funcionamento do motor, após a expansão dos gases na câmara de combustão, além do patamar de temperatura atingido,


ocorrem outros fenômenos como, por exemplo, a pressão interna, que se eleva alterando também a taxa de compressão
dinâmica. Então a pergunta: porque em condições normais de funcionamento do motor as peças não derretem? 

A resposta é simples: o controle da temperatura na câmara de combustão é dado pela entrada da nova mistura ar/combustível,
sendo que a combustão normal ocorrerá em um tempo muito rápido, em milésimos de segundos.

Paralelo ao processo de combustão são relevantes, juntamente com o controle de temperatura, o sistema de arrefecimento do
motor, sistema de lubrificação, lubrificante, o tipo de vela de ignição, qualidade do combustível e etc. Por isso as peças não
derretem.

Para efetuar um diagnóstico preciso é necessário ter em mente quais são os mecanismos de controle de temperatura do motor.

ARREFECIMENTO A AR

Presente na maioria das motocicletas de 50cc a 150cc, a justificativa para a aplicação do sistema é o baixo custo, porém
apresenta como desvantagem a pouca eficiência e somente funciona se a motocicleta estiver em movimento. Motos submetidas
ao trânsito lento das grandes cidades estão sujeitas a falhas no funcionamento, consumo excessivo de óleo, superaquecimento e
danos no motor.

Descrição do sistema: o sistema é composto por aletas de dissipação de temperatura no cabeçote e cilindro.
Funcionamento: é necessário que a motocicleta esteja em movimento para que haja fluxo de ar nas aletas do cilindro e
cabeçote e o controle da temperatura.
Problemas mais comuns: aletas quebradas e excesso de resíduos encravados na superfície, dificultando a refrigeração do
motor.
Manutenção: basicamente, manter limpas as aletas do cilindro e do cabeçote.

AR FORÇADO

Presente na maioria dos scooters e motonetas, estes veículos necessitam do sistema devido a pouca área de ventilação do motor,
comprometida pelo excesso de carenagens. O sistema é infalível, visto que basta ligar a motoneta e o sistema já está

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funcionando.

Descrição do sistema: semelhante ao sistema de ventilação natural, porém conta com a ajuda de um ventilador acoplado ao
volante magnético, uma carcaça ao redor do cilindro para direcionar o ar.

Funcionamento: durante o  funcionamento do motor, o ventilador aspira ar fresco e força a circulação nas aletas do cabeçote
e cilindro.

Problemas mais comuns: ventilador com pá quebrada, obstrução nas áreas de circulação de ar, aletas do cilindro e
cabeçote quebradas e excesso de resíduos encravados na superfície.

Manutenção: manter as passagens do ar desobstruídas, substituição de peças quebradas, e a limpeza das aletas do cilindro e
cabeçote.

AR E RADIADOR DE ÓLEO

Presente na maioria das motocicletas de 250cc a 300cc, também é um sistema de baixo custo, porém apresenta como
desvantagem a pouca eficiência, pois só funciona se a motocicleta estiver em movimento.

Motos submetidas ao trânsito lento das grandes cidades estão sujeitas a falhas no funcionamento, consumo excessivo do óleo,
superaquecimento e danos no motor. O radiador de óleo auxiliar consegue baixar a temperatura em cerca de 30°C.

Descrição do sistema: o sistema é composto de radiador de óleo, aletas de dissipação de temperatura no cabeçote e cilindro.

Funcionamento: é necessário que a motocicleta esteja em movimento para que o fluxo de ar flua no radiador, nas aletas do
cilindro e cabeçote, e para que também controle a temperatura.

Problemas mais comuns: obstrução nas áreas de circulação de ar, do radiador de óleo, aletas do cilindro e cabeçote.
Cabeçote e cilindro com aletas quebradas. Vazamentos no radiador.

Manutenção: manter as passagens do ar desobstruídas, substituir peças danificadas. Recomenda­se uma atenção especial no
radiador de óleo quanto à limpeza. Devido à sua fragilidade, nunca direcionar um jato d’água de alta pressão na peça.

ARREFECIMENTO A ÁGUA

É o sistema mais eficiente, porém o mais caro e complexo. No Brasil está presente em todas as faixas, desde um scooter de 110
cc até uma motocicleta de alta cilindrada. Pela sua eficiência, colabora para o desenvolvimento de motores de altas potências.

Descrição do sistema: na construção do cilindro, cabeçote e carcaça de motor há galerias para a passagem do líquido de
arrefecimento. É composto por radiador, tampa do radiador, ventilador, reservatório de expansão, tubulações, bomba d’água,
interruptor ou sensor de temperatura, termostato e líquido de arrefecimento.

Descrição do sistema: para cada modelo de motocicleta há uma especificação de composição do líquido de arrefecimento,
como a proporção da mistura e volume.

Funcionamento: a bomba faz a água circular a fim de controlar a temperatura do motor, porém inicialmente a circulação é
limitada pelo termostato para que facilite o aquecimento inicial. Num determinado valor, o termostato libera a passagem
máxima de fluido para otimizar o controle do arrefecimento. O funcionamento do sistema é monitorado pelo sensor ou
interruptor, que mede a temperatura no radiador ou no cilindro e aciona o ventilador caso haja excesso e o desliga quando o
valor padrão é estabelecido. O líquido está confinado em um sistema pressurizado para elevar o seu ponto de ebulição.

Se a pressão subir a valores prejudiciais ao sistema, a tampa do radiador abre uma passagem para que o excesso expandido flua
para o reservatório de expansão. Quando a pressão é reestabelecida, o líquido volta ao radiador pela válvula de controle da
tampa e assim segue o processo.

No radiador, o fluido volta à temperatura normal de funcionamento e recircula pelas partes quentes do motor, controlando a
temperatura.

Causas de problemas mais comuns: Motor ferve ­ pane no funcionamento do ventilador, ar no circuito, pane no
interruptor do ventilador do radiador, proporção da mistura do líquido de arrefecimento inadequada, volume do líquido abaixo
do especificado, válvula termostática com defeito, obstrução nas galerias e tubulações de passagens do líquido, bomba d’água
defeituosa, falha na tampa do radiador, falha na pressurização do líquido de arrefecimento, área do radiador danificada.

Vazamento/consumo do líquido de arrefecimento ­ falha nas braçadeiras e presilhas das mangueiras, falhas nas tubulações ou
reservatório de expansão, falhas no selo mecânico da bomba, vedação da tampa do radiador, radiador furado, juntas do motor
deterioradas, trinca no cilindro ou cabeçote.

Manutenção: de acordo com o manual do fabricante, substituir o líquido de arrefecimento no intervalo recomendado, lavar as
galerias e passagens do líquido, testar sensor de temperatura ou interruptor. Avaliar as seguintes peças: radiador, tampa,
tubulações, reservatório de expansão, funcionamento da bomba d’água, trocar as juntas e indicador de temperatura localizado
no painel da moto.

http://www.oficinabrasil.com.br/duas­rodas/1953­resfriamento­da­temperatura­excessiva­no­motor­principais­problemas­e­manutencao­ 2/3

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