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DIREITO ELEITORAL

 DAS ELEIÇÕES E SISTEMA DAS ELEIÇÕES


ELETRÔNICO DE VOTAÇÃO
ATOS PREPARATÓRIOS À VOTAÇÃO

PROF. FILIPPE LIZARDO

SEÇÕES ELEITORAIS CIRCUNSCRIÇÃO ELEITORAL

1 – CONCEITO Exemplificando:

Seção Eleitoral pode ser conceituada como a menor divisão CIRCUNSCRIÇÃO ELEITORAL ZONAS ELEITORAIS
administrativa da Justiça Eleitoral. O País se divide em As circunscrições eleitorais
circunscrições eleitorais, que dividem-se em Zonas Eleitorais,
Não se trata de órgão dessa Justiça, mas de mero correspondem ao território de que correspondem a uma área
agrupamento de eleitorais, a fim de facilitar a organização das jurisdição de um Tribunal geográfica de competência de 1
eleições. Regional Eleitoral, ou seja, Juiz Eleitoral.
coincidem com divisão
geográfica dos Estados (26
Estados Membros + Distrito
Federal);

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SEÇÕES ELEITORAIS SEÇÕES ELEITORAIS

CE, Art. 117


São organizadas à medida em que forem
Seções Eleitorais Seções Eleitorais
sendo deferidos os pedidos de inscrição,
na CAPITAL nos DEMAIS MUNICÍPIOS
NÃO TERÃO mais de 400 Mínimo: 50 eleitores Mínimo: 50 eleitores
eleitores nas CAPITAIS
As seções Máximo: 400 eleitores Máximo: 300 eleitores
eleitorais, e de 300 nas DEMAIS
LOCALIDADES,

NEM MENOS DE 50 ELEITORES.

HIPÓTESE DE QUANTIDADE ELEITORES INFERIOR AO


SEÇÕES ELEITORAIS MÍNIMO LEGAL

CE, Art. 117, § 2º


Em casos excepcionais,
CE, Art. 117, § 1º 1 - Seções destinadas a eleitores cegos:
devidamente justificados,
O Tribunal
Regional Se em seção destinada
que sejam ultrapassados os este se completará com outros,
PODERÁ aos cegos, o número de
índices previstos neste artigo
AUTORIZAR eleitores não alcançar o AINDA QUE NÃO SEJAM
desde que essa providência mínimo exigido CEGOS.
venha facilitar o exercício do
voto, aproximando o eleitor do
local designado para a votação.

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HIPÓTESE DE QUANTIDADE ELEITORES INFERIOR AO


MÍNIMO LEGAL
DAS SEÇÕES ELEITORAIS

CE, Art. 226 CE, Art. 118

2 - Seções localizadas no exterior:

Os juízes organizarão relação de eleitores de cada


é necessário que na eleitorais seção a qual será remetida aos presidentes
circunscrição sob a jurisdição da das mesas receptoras
Para que se organize Missão Diplomática ou do
uma Seção Eleitoral no Consulado-Geral haja para facilitação do processo de
Exterior votação.
um mínimo de 30
ELEITORES inscritos.

TRE/PIAUÍ – TÉC. JUDICIÁRIO - ÁREA ADM.


FCC - AGO/2009

01. A respeito das Seções Eleitorais, é certo que:

A) cada Seção Eleitoral terá uma Mesa Receptora para cada 300 DAS ELEIÇÕES
eleitores.
B) cada Seção Eleitoral terá no mínimo 300 eleitores.
C) a cada Seção Eleitoral corresponde uma Mesa Receptora de
votos. MESAS RECEPTORAS
D) cada Seção Eleitoral terá no máximo 1.500 eleitores e 5
Mesas Receptoras.
E) não haverá, nas capitais, limite mínimo nem máximo de
eleitores integrantes de cada Seção Eleitoral.

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MESAS RECEPTORAS DE VOTAÇÃO MESAS RECEPTORAS DE VOTAÇÃO

A Mesa Receptora de votos NÃO SE CONFUNDE com o CE, Art. 120 1 presidente,
conceito de Seção Eleitoral, conforme diferencia o art. 119 do 1 primeiro e
CE. Constituem a
1 segundo mesários,
mesa receptora
CE, Art. 119. A cada seção eleitoral corresponde uma mesa (6 Membros) 2 secretários
receptora de votos.
e 1 suplente,
MESA RECEPTORA SEÇÃO ELEITORAL
Pode ser conceituada como Diz respeito a um NOMEADOS PELO JUIZ ELEITORAL 60 DIAS
sendo o conjunto de pessoas, agrupamento de eleitores antes da eleição,
nomeadas pela Justiça Eleitoral, de uma determinada Zona
incumbidas de, no dia da eleição, Eleitoral. em audiência pública, anunciado pelo menos
atenderem aos eleitores de uma com 5 DIAS de antecedência.
Seção Eleitoral nos locais de
votação. Obs. Equiparação dos mesários a funcionários públicos para
finas penais (art. 283 do CE e 327 do CP).

MESAS RECEPTORAS DE VOTAÇÃO PREFERÊNCIA NA NOMEAÇÃO

CE, Art. 120, § 2º


no jornal oficial, ONDE HOUVER,
CE, Art. 120, § 3º
e, não havendo, em cartório, as Entre os eleitores da própria seção,
nomeações que tiver feito,
O juiz eleitoral Os mesários
e INTIMARÁ os mesários através serão e, dentre estes, os DIPLOMADOS EM
mandará publicar
dessa publicação, para constituírem nomeados, DE ESCOLA SUPERIOR,
as mesas no dia e lugares PREFERÊNCIA
os PROFESSORES e os SERVENTUÁRIOS
designados, ÀS 7 HORAS. DA JUSTIÇA.

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RES. TSE 22.098/2003 MESAS RECEPTORAS DE VOTAÇÃO

I - os candidatos e seus parentes ainda que


CE, Art. 120, § 1º
A jurisprudência do TSE admite, em caráter excepcional, que por afinidade, até o 2º grau, inclusive, e
sejam convocados como Mesários eleitores de outras Zonas NÃO PODEM bem assim o cônjuge;
Eleitorais, ser nomeados II - os membros de diretórios de partidos
presidentes e desde que exerça função executiva;
mediante PRÉVIA ANUÊNCIA do Juízo Eleitoral de
mesários:
inscrição do eleitor. III - as autoridades e agentes policiais, bem
Pais como os funcionários no desempenho de
Eleições de 2014 – Mesários (*conforme site do TSE) cargos de confiança do Executivo;

Total: Mesários 2.432.988 IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral.


A B
Mesários voluntários 1.362.045
Mesários convocados 1.070.943 Art. 63 § 2º - Lei 9.504/97
NÃO PODEM ser nomeados presidentes e mesários os
menores de 18 anos.

MESAS RECEPTORAS DE VOTAÇÃO MESÁRIOS - PEDIDOS DE DISPENSA

Lei 9.504/97, Art. 64 CE, Art. 120. § 4º


e que ficarão a livre apreciação do
Os motivos justos que juiz eleitoral,
A participação de parentes em qualquer tiverem os nomeados
grau ou de servidores da mesma repartição SOMENTE poderão ser alegados
para recusar a
É VEDADA pública ou empresa privada nomeação, ATÉ 5 DIAS a contar da nomeação,

na mesma Mesa, Turma ou Junta SALVO se sobrevindos


Eleitoral.
depois desse prazo

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DOS TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAIS IMPUGNAÇÃO À NOMEAÇÃO DOS MESÁRIOS

CE, Art. 120. § 5º CE, Art. 121

Os nomeados que não declararem a existência de qualquer Da nomeação da mesa NO PRAZO DE 2 DIAS,
dos impedimentos referidos no § 1º incorrem na pena receptora QUALQUER
estabelecida pelo Art. 310 do Código Eleitoral. PARTIDO poderá reclamar a contar da audiência,
ao juiz eleitoral, devendo a decisão ser
Art. 310 - Praticar, ou permitir membro da mesa proferida em igual
receptora que seja praticada, qualquer irregularidade prazo.
que determine a anulação de votação:
DETENÇÃO de até 6 meses ou pagamento de multa. Lei 9.504/97 – Art. 63

Qualquer partido
no prazo de 5 DIAS, da
CE, Art. 220
pode reclamar ao nomeação da Mesa Receptora,
É nula a I - quando feita perante Mesa não nomeada
Juiz Eleitoral,
votação: pelo Juiz Eleitoral, ou constituída com ofensa a devendo a decisão ser proferida em 48
letra da lei;
HORAS.

IMPUGNAÇÃO À NOMEAÇÃO DOS MESÁRIOS IMPUGNAÇÃO À NOMEAÇÃO DOS MESÁRIOS

CE, Art. 121, § 2º CE, Art. 121, § 2º

Se o vício da constituição da Mesa resultar da Se o vício da constituição da mesa resultar de qualquer das
incompatibilidade prevista no nº I do § 1º do art. 120, e o proibições dos nos II, III e IV, e em virtude de fato
registro do candidato for posterior à nomeação do Mesário, o superveniente, o prazo se contará do ato da nomeação ou
prazo para reclamação será contado da publicação dos nomes eleição.
dos candidatos registrados.
NÃO PODEM ser nomeados presidentes e
NÃO PODEM ser nomeados presidentes e mesários: mesários:
I - os candidatos e seus parentes ainda que por II - os membros de diretórios de partidos desde
afinidade, até o 2º grau, inclusive, e bem assim o que exerça função executiva;
cônjuge; III - as autoridades e agentes policiais, bem como
os funcionários no desempenho de cargos de
confiança do Executivo;
IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral.

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IMPUGNAÇÃO À NOMEAÇÃO DOS MESÁRIOS IMPUGNAÇÃO À NOMEAÇÃO DOS MESÁRIOS

CE, Art. 121, § 1º


caberá recurso para o Tribunal Regional, CE, Art. 121, § 3º
Da decisão do
juiz eleitoral interposto dentro de 3 DIAS, que não houver impugnada a
SOBRE A O partido político composição da mesa receptora, NÃO
IMPUGNAÇÃO devendo, dentro de igual prazo, ser PODERÁ ARGUIR A NULIDADE da
resolvido. votação da Seção respectiva,

sob o fundamento de
Lei 9504/97 Art. 63, § 1º irregularidade na composição
da mesa.
Da decisão do caberá recurso para o Tribunal Regional,
juiz eleitoral
SOBRE A interposto dentro de 3 DIAS,
IMPUGNAÇÃO
devendo ser resolvido em igual prazo.

INSTRUÇÃO PARA OS MESÁRIOS PRESIDENTE DA MESA RECEPTORA

Presidente da Mesa Receptora Responde Pessoalmente pela


CE, Art. 122
Organização e Ordem dos Trabalhos Eleitorais.

deverão instruir os mesários sobre o CE, Art. 139


processo da eleição,
Os juízes Ao presidente da mesa cabe a POLÍCIA DOS
em reuniões para esse fim convocadas com a receptora e ao juiz eleitoral TRABALHOS ELEITORAIS.
necessária antecedência.

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PRESIDENTE DA MESA RECEPTORA PRESIDENTE DA MESA RECEPTORA

I – receber os votos dos eleitores; VI – autenticar, com a sua rubrica, as


CE, Art. 127 CE, Art. 127 cédulas oficiais e numerá-las nos
II – decidir imediatamente todas as termos das instruções do Tribunal
COMPETE ao dificuldades ou dúvidas que ocorrerem; COMPETE ao Superior Eleitoral;
presidente da III – manter a ordem, para o que disporá presidente da
mesa receptora, e, mesa receptora, e, VII – assinar as fórmulas de
de força pública necessária;
em sua falta, a em sua falta, a observações dos Fiscais ou Delegados
quem o substituir: IV – comunicar ao Juiz Eleitoral, que quem o substituir: de partido, sobre as votações;
providenciará imediatamente as
VIII – fiscalizar a distribuição das
ocorrências cuja solução deste
senhas e, verificando que não estão
dependerem;
sendo distribuídas segundo a sua
ordem numérica, recolher as de
V – remeter à Junta Eleitoral todos os
numeração intercalada, acaso retidas,
papéis que tiverem sido utilizados
as quais não se poderão mais distribuir.
durante a recepção dos votos;

PRESIDENTE DA MESA RECEPTORA MESÁRIOS

CE, Art. 123 Substituirão o presidente,


CE, Art. 127
de modo que haja sempre quem responda
COMPETE ao Os mesários pessoalmente pela ordem e regularidade do
presidente da IX – anotar o não-comparecimento do processo eleitoral,
mesa receptora, e, eleitor no verso da folha individual de
em sua falta, a votação. e ASSINARÃO a ata da eleição.
quem o substituir:

CE, Art. 128


I – distribuir aos eleitores as senhas de
entrada previamente rubricadas ou
Compete aos carimbadas segundo a respectiva ordem
SECRETÁRIOS: numérica;
II – LAVRAR a ata da eleição;

III – cumprir as demais obrigações que


lhes forem atribuídas em instruções.
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MESÁRIOS MESÁRIOS

CE, Art. 123, § 2º


CE, Art. 123, § 1º
Assume a Presidência o 1º
Se no dia da eleição o
Mesário
O presidente deve comunicando o impedimento aos Presidente da Mesa NÃO
estar presente ao ato mesários e secretários pelo menos COMPARECER até às NA SUA FALTA OU IMPEDIMENTO
de ABERTURA e de 24 HORAS antes da abertura dos 7:30 Assume o 2º Mesário, um
ENCERRAMENTO da trabalhos, ou imediatamente, se o dos Secretários ou o
eleição, impedimento se der dentro desse suplente.
prazo ou no curso da eleição
CE, Art. 123, § 3º O Presidente da Mesa ou aquele que
assumiu o seu lugar, poderá nomear dentre
Nomeação de os eleitores presentes
SALVO força maior. Mesários AD
HOC A quantidade necessária para completar a
composição da mesa – OBSERVADAS AS
MESMAS HIPÓTESES DE IMPEDIMENTO.

VANTAGENS PARA O MESÁRIO MESÁRIO FALTOSO

Lei 9504/97, Art. 98


Penalidades em razão do não comparecimento:
Os eleitores nomeados para
compor as Mesas Receptoras e os requisitados para
ou Juntas Eleitorais auxiliar seus trabalhos Os mesários, conforme preleciona o Direito Administrativo,
estão incluídos na categoria dos agentes públicos honoríficos,
ou seja, devem cumprir um múnus público obrigatório e SEM
REMUNERAÇÃO, sob pena de responderem por INFRAÇÃO
serão dispensados do serviço, mediante declaração expedida ADMINISTRATIVA e também PENAL.
pela Justiça Eleitoral,

SEM PREJUÍZO do salário, vencimento ou qualquer


outra vantagem, pelo DOBRO dos dias de
convocação.

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INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA

CE, Art. 124 CE, Art. 124, § 1º

que não comparecer no local, em dia e hora Se o arbitramento e pagamento da multa não for requerido
O membro determinados para a realização de eleição, pelo mesário faltoso, a multa será arbitrada e cobrada na forma
da mesa prevista no artigo 367.
receptora sem justa causa apresentada ao juiz eleitoral
ATÉ 30 DIAS APÓS,
CE, Art. 124, § 2º
INCORRERÁ EM MULTA
a pena será de
Se o faltoso for servidor
público ou autárquico, SUSPENSÃO ATÉ 15
DIAS.
de 50% a 1 salário mínimo vigente na Zona Eleitoral, cobrada
mediante selo federal inutilizado no requerimento em que for
solicitado o arbitramento ou através de executivo fiscal.

INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA INFRAÇÃO PENAL

CE, Art. 124, § 3º CE, Art. 344

As penas previstas nesse Se a mesa receptora deixar de Recusar ou abandonar o serviço eleitoral sem justa causa:
artigo serão aplicadas em funcionar por culpa dos
DETENÇÃO ATÉ 2 MESES ou pagamento de 90 a 120
DOBRO faltoso. PENA
dias-multa.

No entanto, há decisões recentes TSE entendendo que não é


Lei 4.737/65, Art. 124, § 4º a pena ao membro da mesa cabível a aplicação do crime previsto no art. 344 ao mesário
que abandonar os trabalhos faltoso, uma vez que, quando existe previsão de sanção
Será também aplicada em no decurso da votação administrativa, o direito penal deve ser aplicado apenas
DOBRO residualmente.
sem justa causa apresentada
Assim, como o art. 124 não previu a caracterização de crime
ao juiz ATÉ 3 DIAS após a
eleitoral na hipótese, não há que se falar na aplicação do crime
ocorrência.
do art. 344.

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Anotações
TRE/RN – TÉCNICO JUD. – ÁREA ADM. – FCC - JUL/2005

02. A respeito das mesas receptoras de votos, é correto afirmar:

A) Cabe ao Tribunal Regional Eleitoral a nomeação dos


integrantes das mesas receptoras.
B) As autoridades e os agentes policiais podem ser nomeados
presidentes e mesários.
C) A nomeação dos integrantes das mesas eleitorais poderá
ocorrer até trinta dias antes da eleição.
D) Os diplomados em escola superior, os professores e os
serventuários da Justiça não podem ser nomeados mesários.
E) É constituída por um presidente, um primeiro e um segundo
mesários, dois secretários e um suplente.

FISCALIZAÇÃO PERANTE AS MESAS RECEPTORAS DE VOTOS

CE, Art. 132

QUEM PODE FISCALIZAR A VOTAÇÃO PERANTE AS MESAS


RECEPTORAS???.
FISCALIZAÇÃO PERANTE AS
MESAS RECEPTORAS os candidatos
Pelas a fiscalizar a votação,
registrados,
mesas
os delegados receptoras formular protestos,
serão
e os fiscais dos e fazer impugnações,
admitidos
partidos. INCLUSIVE sobre a
identidade do eleitor,

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DA FISCALIZAÇÃO DAS ELEIÇÕES DELEGADOS E FISCAIS

CE, Art. 131


Lei 9.504/97, Art. 66
2 DELEGADOS em cada
município ou a cada Zona
PODERÃO FISCALIZAR todas as fases do funcionando
Cada partido Eleitoral e
Os partidos e processo de votação 1 de cada
poderá nomear
coligações 2 FISCAIS junto a cada vez.
e apuração das eleições e o processamento
mesa receptora,
eletrônico da totalização dos resultados.

DA FISCALIZAÇÃO DAS ELEIÇÕES DA FISCALIZAÇÃO DAS ELEIÇÕES

Lei 9.504/97 Art. 65, § 1º Vedações à nomeação de Fiscais e Delegados:

para fiscalizar mais de uma Seção CE, Art. 131, § 2º


O fiscal poderá Eleitoral,
ser nomeado A escolha de fiscal e
no mesmo local de votação. por nomeação do juiz
delegado de partido
NÃO PODERÁ RECAIR
eleitoral, já faça parte da
em quem, mesa receptora.
CE, Art. 131, § 7º

O fiscal de cada partido por outro no curso dos


PODERÁ ser substituído trabalhos eleitorais.

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DA FISCALIZAÇÃO DAS ELEIÇÕES DA FISCALIZAÇÃO DAS ELEIÇÕES

Vedações à nomeação de Fiscais e Delegados: Vedações à nomeação de Fiscais e Delegados:

Lei 9.504/97, Art. 65 Lei 9.504/97, Art. 65, § 2º


NÃO PODERÁ recair em
A escolha de fiscais e As credenciais de serão expedidas, EXCLUSIVAMENTE,
delegados, pelos partidos MENOR DE 18 ANOS fiscais e delegados pelos partidos ou coligações.
ou coligações,
ou em quem, por nomeação do
Juiz Eleitoral, já faça parte de Lei 9.504/97, Art. 65, § 3º
Mesa Receptora.
Para efeito do disposto no parágrafo anterior, o presidente do
partido ou o representante da coligação DEVERÁ registrar na
Justiça Eleitoral o nome das pessoas autorizadas a expedir as
credenciais dos fiscais e delegados.

DA FISCALIZAÇÃO DAS ELEIÇÕES TRE/SP – TÉC. JUDICIÁRIO – ÁREA ADM.– FCC – OUT/2006

03. Considere as afirmativas:


Assim, não mais se aplica a disposição do art. 131 do CE.
I. O fiscal não poderá ser nomeado para fiscalizar mais de uma
CE, Art. 131, § 3º Seção Eleitoral no mesmo local de votação.
II. As credenciais de fiscais e delegados só terão validade após
As credenciais expedidas serem visadas pelo Juiz Eleitoral.
DEVERÃO ser visadas pelo
pelos partidos, para os III. Os partidos e coligações poderão fiscalizar todas as fases do
juiz eleitoral.
fiscais, processo de votação e apuração das eleições, bem como o
processamento eletrônico da totalização dos resultados.
Código Eleitoral Art. 131, § 3º Lei nº 9.504/97 Art. 65, § 2º
Está correto o que consta APENAS em:
As credenciais expedidas As credenciais de fiscais e
pelos partidos, para os Fiscais, delegados serão expedidas, A) II.
DEVERÃO ser visadas pelo EXCLUSIVAMENTE, pelos B) III.
Juiz Eleitoral. partidos ou coligações. C) I e II.
D) I e III.
E) II e III.

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LOCAL DE VOTAÇÃO

Locais de votação são as localidades em que funcionam as


Mesas Receptoras de Votos no dia das eleições.

VOTAÇÃO
CE, Art. 135 nos lugares designados pelos juízes
eleitorais
LOCAIS DE VOTAÇÃO Funcionarão as
mesas receptoras
60 DIAS antes da eleição,
publicando-se a designação.

LOCAL DE VOTAÇÃO LOCAL DE VOTAÇÃO

CE, Art. 135, § 2º CE, Art. 135, § 4º CANDIDATO


recorrendo-se aos particulares MEMBRO DO DIRETÓRIO DE
Dar-se-á preferência aos É
se faltarem aqueles em número PARTIDO
EDIFÍCIOS PÚBLICOS, EXPRESSAMENTE
e condições adequadas.
VEDADO DELEGADO DE PARTIDO
uso de propriedade
pertencente a OU AUTORIDADE POLICIAL
CE, Art. 135, § 3º
bem como dos respectivos
A propriedade OBRIGATÓRIA cedida para Pais cônjuges e parentes,
particular será esse fim consanguíneos ou afins, até o 2º
e GRATUITAMENTE
GRAU, inclusive.

A B

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LOCAL DE VOTAÇÃO LOCAL DE VOTAÇÃO

I - quando feita perante mesa não nomeada


CE, Art. 135, § 5º CE, Art. 220 pelo juiz eleitoral, ou constituída com ofensa
em fazenda sítio ou qualquer propriedade
à letra da lei;
rural privada, MESMO EXISTINDO NO
NÃO LOCAL PRÉDIO PÚBLICO, II - quando efetuada em folhas de votação
PODERÃO falsas;
ser incorrendo o juiz nas penas do Art. 312, em É NULA a
localizadas caso de infringência. votação: III - quando realizada em dia, hora, ou local
seções diferentes do designado ou encerrada antes
eleitorais das 17 HORAS;
Art. 312. Violar ou tentar violar o sigilo do
voto. IV - quando preterida formalidade essencial
Pena - DETENÇÃO até 2 anos. do sigilo dos sufrágios.
V - quando a seção eleitoral tiver sido
localizada com infração do disposto nos §§
4º e 5º do art. 135.

IMPUGNAÇÃO AO LOCAL DE VOTAÇÃO LOCAL DE VOTAÇÃO

CE, Art. 135, § 7º CE, Art. 135, § 9º

Da designação dos DENTRO DE 3 DIAS a contar da Esgotados o prazo de


lugares de votação NÃO MAIS PODERÁ ser
publicação, impugnação ou em caso de
poderá QUALQUER alegada, no processo
indeferimento do pedido
PARTIDO reclamar ao devendo a decisão ser proferida eleitoral, a proibição contida
sem interposição de
juiz eleitoral, DENTRO DE 48 HORAS. em seu § 5º.
recurso ao TRE
(Local de votação em
propriedade privada na
CE, Art. 135, § 8º Zona Rural)
Da decisão do caberá recurso para o Tribunal Regional,
juiz eleitoral
interposto DENTRO DE 3 DIAS, devendo
no mesmo prazo, ser resolvido.

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LOCAL DE VOTAÇÃO TRE/SP – TÉC. JUDICIÁRIO – ÁREA ADM.– FCC – OUT/2006

CE, Art. 136 04. Em relação aos locais de votação é correto afirmar:
Deverão ser instaladas
assim como nos estabelecimentos A) Os locais de votação devem ser designados pelo Juiz Eleitoral
seções nas vilas e
de internação coletiva, com antecedência mínima de 50 dias antes da eleição.
povoados,
B) Na escolha dos locais de votação será preferência aos
INCLUSIVE para cegos e nos
edifícios privados, recorrendo-se aos públicos se faltarem
leprosários onde haja, pelo
aqueles em número e condições adequadas.
menos, 50 ELEITORES. C) Não poderão ser localizadas Seções Eleitorais em fazenda,
sítio ou qualquer propriedade rural privada, salvo se a
Voto do Preso Provisório designação recair em prédio público localizado no interior da
propriedade rural privada.
No dia 2 de março de 2010, foi aprovada pelo Plenário do TSE D) A propriedade particular designada para servir como local de
a Resolução nº 23.219, que dispõe sobre a instalação de votação deverá ser obrigatoriamente cedida à Justiça Eleitoral de
seções eleitorais especiais em estabelecimentos penais e de forma gratuita.
internação de adolescentes para viabilizar o voto de presos E) Da decisão do Juiz Eleitoral que decidir impugnação ao local
provisórios e de jovens em medida socioeducativa de de votação caberá recurso ao TRE respectivo no prazo de 48
internação horas.

Anotações

POLÍCIA DOS TRABALHOS


ELEITORAIS

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POLÍCIA DOS TRABALHOS ELEITORAIS POLÍCIA DOS TRABALHOS ELEITORAIS

CE, Art. 139 CE, Art. 140


Presidente de Mesa Receptora os seus membros,
A Polícia dos Trabalhos SOMENTE podem os candidatos,
Eleitorais é exercida permanecer no recinto
e Juiz Eleitoral 1 fiscal,
da mesa receptora
1 delegado de cada partido
e, durante o tempo necessário à
CE, Art. 140 § 2º votação, O ELEITOR.
NENHUMA autoridade estranha a
Mesa poderá nela intervir, sob SALVO O JUIZ
ELEITORAL. Obs.: Possibilidade de ajuda para eleitor com limitação física
qualquer pretexto, (Res. TSE 23.372);
Obs.: Pessoa da confiança do eleitor – não pode estar a
serviço da JE ou de partido/coligação - Registro em Ata.

POLÍCIA DOS TRABALHOS ELEITORAIS POLÍCIA DOS TRABALHOS ELEITORAIS

CE, Art. 140, § 1º que é, durante os trabalhos, a autoridade


Assim, no transcorrer da votação SOMENTE o Juiz Eleitoral e
superior,
o Presidente da Mesa
O presidente
da mesa, fará retirar do recinto ou do edifício quem
não guardar a ordem e compostura devidas eleitores,
e estiver praticando qualquer ato
atentatório da liberdade eleitoral. possuem competência mesários
para dirimir conflitos
entre: e demais pessoas que participam
dos trabalhos eleitorais,
CE, Art. 140, § 2º
sob pretexto algum, em seu devendo zelar pela manutenção da
NENHUMA autoridade
funcionamento, ordem no recinto dos locais de
estranha a mesa
votação.
poderá intervir,
SALVO o juiz eleitoral.

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18

POLÍCIA DOS TRABALHOS ELEITORAIS

CE, Art. 141

conservar-se-á a 100 METROS da seção


eleitoral
A força armada
INÍCIO e TÉRMINO da
e não poderá aproximar-se do lugar da
votação, ou dele penetrar, SEM ORDEM VOTAÇÃO
DO PRESIDENTE DA MESA.

INÍCIO DA VOTAÇÃO INÍCIO DA VOTAÇÃO

CE, Art. 142 CE, Art. 143


o presidente da mesa receptora
No dia marcado para a As 8 HORAS, supridas declarará o presidente
eleição, ÀS 7 HORAS, os mesários as deficiências iniciados os trabalhos,

e os secretários
procedendo-se em seguida à votação, que
COMEÇARÁ PELOS CANDIDATOS E ELEITORES
PRESENTES.
verificarão se no lugar designado estão em ordem o
material remetido pelo juiz e a urna destinada a
recolher os votos, Antes, porém, os mesários deverão colocar em
funcionamento a Urna Eletrônica e emitir a respectiva
bem como se estão presentes os fiscais de partido. “Zerésima”, que é o documento emitido pela própria urna
que indica que até aquele momento não há nenhum voto
computado.

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19

DO SISTEMA ELETRÔNICO DE VOTAÇÃO E DA TOTALIZAÇÃO DOS


VOTOS VOTO EM TRÂNSITO

Lei 9.504/97, Art. 62 CE, Art. 233-A

Aos eleitores em trânsito no território nacional é assegurado o


SOMENTE poderão votar eleitores
direito de votar
cujos nomes estiverem nas respectivas
Nas Seções em
folhas de votação,
que for adotada a Presidente da República,
urna eletrônica, não se aplicando a ressalva a que se para Governador,
refere o art. 148, § 1º, da Lei nº 4.737, de
15 de julho de 1965 - Código Eleitoral. Senador, em urnas especialmente
instaladas nas capitais
Deputado Federal, e nos Municípios com
Deputado Estadual MAIS DE CEM MIL
ELEITORES.
EXCEÇÃO - VOTO EM TRÂNSITO: ELEIÇÕES e Deputado Distrital
PRESIDENCIAIS

Caput com redação dada pelo art. 4º da Lei nº 13.165/2015.

VOTO NO EXTERIOR VOTO NO EXTERIOR

CE, Art. 225 CE, Art. 232

Nas eleições para presidente e vice-presidente da República Todo o processo eleitoral realizado no estrangeiro fica
poderá votar o eleitor que se encontrar no exterior. diretamente subordinado ao Tribunal Regional do Distrito
Federal.
CE, Art. 225, § 1º

Para esse fim serão organizadas seções eleitorais, nas sedes


das Embaixadas e Consulados Gerais.

CE, Art. 226

Para que se organize uma seção eleitoral no exterior é


necessário que na circunscrição sob a jurisdição da Missão
Diplomática ou do Consulado Geral haja um mínimo de 30
ELEITORES INSCRITOS.

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VOTAÇÃO VOTAÇÃO

Lei 9.504/97, Art. 91-A CE, Art. 143, § 2º

A No momento da votação, além da exibição do respectivo Os candidatos,


título, o eleitor deverá apresentar documento de identificação
com foto. Juízes Eleitorais e seus
auxiliares, tem
STF: Decisão Cautelar ADIN 4.467/DF Preferência preferência
na votação: os eleitores idosos, na ordem da
Somente a ausência de exibição de documento oficial
os enfermos votação.
com foto trará obstáculos ao exercício do direito ao voto.
e as mulheres grávidas
Lei 6.996/82, Art. 12, § 2º o eleitor será admitido a votar
Ainda que NÃO desde que seja inscrito na seção,
ESTEJA de posse do conste da lista dos eleitores e
seu título, exiba documento que comprove
sua identidade.

DO SISTEMA ELETRÔNICO DE VOTAÇÃO E DA TOTALIZAÇÃO DOS


VOTOS TÉRMINO DA VOTAÇÃO

CE, Art. 143, § 1º CE, Art. 144


depois dos eleitores que estavam
presentes antes da abertura dos COMEÇARÁ TERMINARÁ
trabalhos O recebimento dos votos O recebimento dos votos
Os mesários e
fiscais devem votar ou após aqueles que se encontravam começará às 8 HORAS. terminará às 17 HORAS.
durante o curso da no recinto da votação quando de seu
votação, encerramento
SALVO o disposto no Art. 153.
(ou seja, depois que tenha
votado o último dos
eleitores que chegaram até
às 17:00).

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TÉRMINO DA VOTAÇÃO TRE/PIAUÍ – TÉC. JUD. - ÁREA ADM. – FCC - AGO/2009

CE, Art. 153 05. Após às 17 horas do dia marcado para a eleição só poderão
em voz alta, a entregar à votar
Às 17 HORAS, o presidente
fará entregar as senhas a mesa seus títulos,
A) os eleitores que apresentarem documento que justifique o
todos os eleitores presentes e, atraso.
em seguida, os convidará, para que sejam admitidos
a votar. B) os eleitores que tenham recebido senha e entregue seu título
ao Presidente da Mesa Receptora.
C) os candidatos e os fiscais de partido político.
CE, Art. 153, Parágrafo Único D) as autoridades regularmente constituídas.
E) os que apresentarem dificuldade de locomoção.
na ordem numérica das senhas
A votação
continuará e o título será devolvido ao eleitor, logo que
tenha votado.

Anotações

DIPLOMAÇÃO

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CONCEITO DE DIPLOMAÇÃO CONCEITO DE DIPLOMAÇÃO

DIPLOMAÇÃO DIPLOMAÇÃO

É o ato pelo qual a justiça eleitoral credencia os eleitos e os Tem a finalidade de declarar que todas as formalidades legais
suplentes, habilitando-os a assumir e exercer os respectivos foram respeitadas naquele determinado pleito, estando os
mandatos. (conceito do Professor Joel Cândido). eleitos legitimados para o exercício dos mandatos para os
quais foram escolhidos.

DIPLOMA NÃO É ATO INDIVIDUAL, que se refira a um ou outro candidato,


mas a toda a eleição e seu resultado.
É o documento expedido pela Justiça Eleitoral que,
considerando o resultado das eleições, possibilita que os
candidatos eleitos e suplentes possam tomar posse e exercer A DIPLOMAÇÃO É ATO ÚNICO, NÃO PODE SER FRACIONADO.
seus respectivos mandatos.

CONCEITO DE DIPLOMAÇÃO NATUREZA JURÍDICA DA DIPLOMAÇÃO

DIPLOMAÇÃO NATUREZA JURÍDICA DA DIPLOMAÇÃO

É ato que abrange a todos os eleitos e também os suplentes. É ato jurisdicional típico, ou seja, inexiste diplomação por ato
Porém, não se confunde com a entrega do diploma que é administrativo ou de Corregedoria.
realizada, via de regra, SOMENTE aos candidatos eleitos e
também aos primeiros suplentes, em cerimônia previamente A diplomação reveste-se de caráter meramente
designada para tal fim. DECLARATÓRIO já que não representa a fonte de onde emana
o direito do candidato eleito exercer o mandato, a qual na
Nada impede que um candidato retire seu diploma após a realidade provêm da soberania popular realizada pelos
cerimônia da diplomação, o que poderá fazer, inclusive, por eleitores por meio do exercício do voto.
meio de procurador (Res. TSE 19.766/96).

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TRE/RN - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA- FCC - CONCEITO DE DIPLOMAÇÃO


FEV/2011

06. É certo que a diplomação


A diplomação é também marco a AIME,
A) tem natureza declaratória. importante para o início da
B) tem natureza constitutiva. contagem do prazo de RCD,
C) é ato administrativo. interposição de importantes
D) é ato de Corregedoria Eleitoral. ações eleitorais tais como: Representação do art.
E) tem natureza executiva. 30-A da Lei 9504/97.

DA PRESTAÇÃO DE CONTAS DIPLOMAÇÃO

representar à Justiça Eleitoral, no


Lei 9.504/97, Art. 30-A prazo de 15 DIAS DA DIPLOMAÇÃO, Foro por prerrogativa de
função (art. 53, § 1º da CF);
QUALQUER partido Do mesmo modo a
relatando fatos e indicando provas,
político ou coligação diplomação constitui o
e pedir a abertura de investigação Imunidades formais (art. 53, §
PODERÁ início de prerrogativas e
judicial para apurar condutas em 2º da CF);
vedações conferidas aos
desacordo com as normas desta Lei,
parlamentares, tais como:
relativas à arrecadação e gastos de Vedação ao exercício de
recursos. cargos incompatíveis com a
função parlamentar (art. 54, II
- CF)
Redação dada
pela Lei nº
12.034, de 2009

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24

DOS DEPUTADOS E DOS SENADORES DOS DEPUTADOS E DOS SENADORES

CF, Art. 53 CF, Art. 53, § 2º


opiniões
Os Deputados e civil por DESDE A EXPEDIÇÃO DO NÃO PODERÃO SER PRESOS
Senadores SÃO quaisquer palavras
DIPLOMA, os membros do SALVO em flagrante de crime
INVIOLÁVEIS e penalmente de suas e votos. Congresso Nacional inafiançável

CF, Art. 53, § 1º


Nesse caso, os autos serão para que, pelo voto da
Os Deputados e serão submetidos a julgamento maioria de seus membros,
Senadores, DESDE A
remetidos dentro de 24 HORAS
perante o SUPREMO à Casa respectiva, resolva sobre a prisão.
EXPEDIÇÃO DO
DIPLOMA, TRIBUNAL FEDERAL

DOS DEPUTADOS E DOS SENADORES DOS DEPUTADOS E DOS SENADORES

CF, Art. 54. Os Deputados e Senadores NÃO PODERÃO: CF, Art. 54. Os Deputados e Senadores NÃO PODERÃO:

I - desde a EXPEDIÇÃO DO II - desde a POSSE:


I - desde a EXPEDIÇÃO DO II - desde a POSSE: DIPLOMA:
DIPLOMA:
b) ocupar cargo ou função de
a) firmar ou manter contrato a) ser proprietários, que sejam demissíveis "ad
com pessoa jurídica de direito controladores ou diretores de nutum", nas entidades
público, autarquia, empresa empresa que goze de favor
b) aceitar ou exercer cargo, referidas no inciso I, "a";
pública, sociedade de decorrente de contrato com
função ou emprego
economia mista ou empresa pessoa jurídica de direito c) patrocinar causa em que
remunerado, inclusive os de
concessionária de serviço público, ou nela exercer seja interessada qualquer das
que sejam demissíveis "ad
público, SALVO quando o função remunerada; entidades a que se refere o
nutum", nas entidades
contrato obedecer a cláusulas inciso I, "a";
constantes da alínea anterior;
uniformes;
d) ser titulares de mais de um
cargo OU mandato público
eletivo.

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COMPETÊNCIA PARA DIPLOMAR COMPETÊNCIA PARA DIPLOMAR

DOS DIPLOMAS
é livre para designar a data da diplomação,
Conforme art. 215 do CE a diplomação é ato praticado pelos
ÓRGÃOS COLEGIADOS da Justiça Eleitoral, assim caberá: A observado o prazo limite fixado pelo TSE em
autoridade resolução própria (Calendário Eleitoral),
ÀS JUNTAS competente
AO TSE AOS TRE’S
ELEITORAIS sendo que essa data deve ser divulgada pela
Diplomar os Diplomar os Diplomar candidatos Junta ou Tribunal quando da proclamação
candidatos às candidatos às às eleições dos eleitos.
eleições eleições estaduais municipais (Prefeito /
presidenciais (Governador/Vice e Vice e vereadores).
(Presidente e membros do
Vice); Congresso Nacional;

DIPLOMAÇÃO DIPLOMAÇÃO

CE, Art. 215 Parágrafo Único CE, Art. 218

O Presidente de Junta ou de comunicará imediatamente


1- o nome do candidato, Tribunal que DIPLOMAR a diplomação a autoridade a
MILITAR candidato a cargo que o mesmo estiver
2 - a indicação da legenda sob a qual
eletivo subordinado,
Do diploma concorreu,
deverá constar para os fins do art. 98. (alterado pelo art. 14, § 8º
3 - o cargo para o qual foi eleito ou a sua
classificação como suplente, da CF)

4 - e, FACULTATIVAMENTE, outros dados


a critério do Juiz ou do Tribunal.

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DIPLOMAÇÃO E CANDIDATOS QUE CONCORREM SUB


COMPETÊNCIA PARA DIPLOMAR JÚDICE

CE, Art. 98
Aspecto interessante é o dos candidatos que concorrem
sub judice
I – se contar com menos de 10 anos deve afastar-
se de suas atividades; (14, § 8º da CF);
O militar 1- Candidato sub judice com 2- Candidato sub judice com
alistável é II – se contar com mais de 10 anos de serviço registro DEFERIDO registro INDEFERIDO
elegível, será agregado pela autoridade superior e, se Teve seu registro deferido, Teve seu registro indeferido
atendidas eleito, passará automaticamente no ato da porém dessa decisão houve porém recorreu dessa decisão.
as diplomação para a inatividade; (14, § 8º da CF); recurso do MPE ou de algum
seguintes outro legitimado e que ainda
condições: III – o militar não excluído e que vier a ser eleito, não foi julgado pela instância
será, no ato da diplomação, transferido para a superior.
reserva ou reformado (art. 98, III CE).

DO REGISTRO DE CANDIDATOS No entanto, nas 2 hipóteses (sub judice registrado ou sub


judice indeferido) a validade e a eficácia dos votos subordinam-se ao
deferimento em instância superior do registro de candidatura, porém,
Lei 9.504/97 Art. 16-A em relação à diplomação é necessário fazer a seguinte
INCLUSIVE utilizar o horário distinção:
eleitoral gratuito no rádio e na
O candidato cujo televisão e 1- Candidato sub judice com 2- Candidato sub judice com
registro esteja sub registro DEFERIDO registro INDEFERIDO
judice poderá efetuar ter seu nome mantido na urna
Poderá ser diplomado e investido Nesse caso a solução é diversa,
todos os atos relativos eletrônica enquanto estiver sob no mandato enquanto a matéria já que no momento do pleito não
à campanha eleitoral, essa condição, não for definitivamente julgada, já se encontrava registrado perante
ficando a validade dos votos a ele que deve prevalecer, para efeito a Justiça Eleitoral (art. 175, § 3º).
atribuídos condicionada ao de diplomação a situação do Dessa forma, nessa situação o
candidato no momento da eleição candidato não poderá ser
deferimento de seu registro por
– Art. 175, § 3º (AC 3291/2009); diplomado, ficando a diplomação
(Incluído pela instância superior. (CONDIÇÃO RESOLUTIVA) e a investidura no mandato
Lei nº 12.034, eletivo subordinado a uma
de 2009) condição suspensiva, qual seja,
de que a decisão indeferiu seu
registro de candidatura seja
revertida pelo órgão ad quem.

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Anotações

DAS NULIDADES DA
VOTAÇÃO

DAS NULIDADES DA VOTAÇÃO DAS NULIDADES DA VOTAÇÃO

No direito processual comum e também no processo eleitoral,


As nulidades da votação estão previstas nos art. 219 e 224 do as nulidades são classificadas em
Código Eleitoral.

Absolutas ou relativas
Na realidade, quando o legislador utilizou o termo “nulidade de
votação” (Cap. VI do CE) referiu-se à expressão invalidade que
é gênero, do qual são espécies nulidade e a anulabilidade. Busca resguardar o interesse público. No
Direito Eleitoral envolve matéria de ordem
constitucional.
Nulidade
absoluta Podem ser conhecidas de ofício pelo Juiz e,
(ato nulo): por jamais, se convalidarem, podem ser
arguidas pelas partes a qualquer tempo,

ou seja, NÃO SE SUJEITA à preclusão


temporal, podendo ser arguida enquanto
perdurar o processo.

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DAS NULIDADES DA VOTAÇÃO NULIDADES – MOMENTO DE ARGUIÇÃO

No direito processual comum e também no processo eleitoral, CE, Art. 223


as nulidades são classificadas em
A nulidade de só poderá ser arguida quando de sua
qualquer ato, prática, não mais podendo ser alegada,
Absolutas ou relativas não decretada
de oficio pela SALVO se a arguição se basear em
Junta, motivo superveniente ou de ordem
Baseia-se em motivos de natureza constitucional.
Nulidade infraconstitucional,
relativa
(ato devendo ser arguida desde logo pela parte a CE, Art. 223, § 1º
anulável): quem interessa, assim que se tornar pública,
SOB PENA DE PRECLUSÃO. Se a nulidade
poderá ser arguida na primeira
ocorrer em fase na
oportunidade que para tanto se
qual NÃO POSSA
apresente.
Assim, a principal diferença entre ambas, no processo ser alegada no ato,
eleitoral, é o momento em que podem ser arguidas.

NULIDADES NULIDADES

CE, Art. 223, § 3º


CE, Art. 223, § 2º
A nulidade de qualquer ato, NÃO PODERÁ ser
Admite-se que, caso deverá ser alegada de imediato,
baseada em motivo de conhecida em recurso
as razões da nulidade assim que se tornar conhecida
ordem constitucional, interposto fora do prazo.
decorram de fato
superveniente, podendo as razões do recurso ser
Perdido o prazo numa fase própria, só em outra que se
aditadas NO PRAZO DE 2 DIAS.
apresentar poderá ser arguida.

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29

IMPOSSIBILIDADE DE CONVALIDAÇÃO – NULIDADE


DAS NULIDADES DA VOTAÇÃO – REGAS DE OURO
ABSOLUTA

Uma vez provada as hipóteses de nulidade o órgão apurador CE, Art. 219
estará obrigado a decretá-la, já que por serem nulidades
absolutas, não podem ser convalidadas, AINDA QUE HAJA
CONSENSO ENTRE AS PARTES. Na o Juiz atenderá sempre aos fins e resultados a
aplicação que ela se dirige,
CE, Art. 220, Parágrafo Único da lei
ABSTENDO-SE de pronunciar nulidades sem
eleitoral
demonstração de prejuízo.
quando o órgão apurador conhecer do
ato ou dos seus efeitos e a encontrar
provada,
A nulidade será CE, Art. 219 Parágrafo Único
pronunciada
NÃO LHE SENDO LÍCITO SUPRI-LA,
A declaração NÃO PODERÁ ser requerida pela parte
de nulidade que lhe deu causa nem a ela aproveitar.
AINDA QUE HAJA
CONSENSO DAS PARTES.

DAS NULIDADES DA VOTAÇÃO DAS NULIDADES DA VOTAÇÃO

CE, Art. 220 CE, Art. 220

I - quando feita perante Mesa NÃO NOMEADA É nula a IV – quando preterida formalidade essencial
pelo Juiz Eleitoral, ou constituída com ofensa votação: do sigilo dos sufrágios;
a letra da lei;
É nula a
II – quando efetuada em folhas de votação
votação:
falsas;
Lei 9.504/97 Art. 61
III – quando realizada em dia, hora, ou local
diferentes do designado ou encerrada ANTES assegurando-lhe o sigilo e
DAS 17 HORAS; A urna eletrônica inviolabilidade,
contabilizará cada
garantida aos partidos políticos,
voto,
coligações e candidatos ampla
fiscalização.

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DAS NULIDADES DA VOTAÇÃO DOS LUGARES DA VOTAÇÃO

CE, Art. 220


CE, Art. 135, § 5º
em fazenda sítio ou qualquer propriedade
É nula a V – quando a Seção Eleitoral tiver sido rural privada, MESMO EXISTINDO NO
votação: localizada com infração do disposto nos §§ 4º NÃO LOCAL PRÉDIO PÚBLICO,
e 5º do art. 135. PODERÃO
ser incorrendo o juiz nas penas do Art. 312, em
localizadas caso de infringência.
candidato, seções
CE, Art. 135 § 4º eleitorais
membro de Diretório de partido, Art. 312. Violar ou tentar violar o sigilo do
É expressamente voto.
Delegado de partido ou autoridade Pena - DETENÇÃO até 2 anos.
VEDADO o uso policial,
de propriedade
pertencente a bem como dos respectivos cônjuges e
parentes, consangüíneos ou afins, ate o
2º GRAU, inclusive.

NULIDADES NULIDADES

Discute-se na doutrina se a nulidade prevista em relação à


Dessa forma, parte da doutrina entende que a nulidade
violação do § 5º do art. 135 não seria uma hipótese de decorrente da inobservância do art. 135, § 5º, trata-se de uma
anulabilidade (nulidade relativa), ao contrário do que previu o
nulidade relativa (anulabilidade), já que se sujeita à preclusão,
código.
em que pese ter sido prevista pelo código como hipótese de
nulidade absoluta.
CE, Art. 135, § 9º

Se não alegada a proibição de a propriedade rural privada ser


designada como local de votação dentro do prazo previsto em
lei (3 DIAS A CONTAR DA PUBLICAÇÃO dos locais de
votação), ou então se não for interposto recurso da decisão do
Juiz Eleitoral que indefira a impugnação, não mais poderá ser
alegado no processo eleitoral tal proibição.

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31

ANULABILIDADE ANULABILIDADE

O art. 221 do CE prevê as hipóteses em que a votação será anulável: O art. 221 do CE prevê as hipóteses em que a votação será anulável:

I – quando houver extravio de documento reputado


essencial;
CE, Art. 221
II – quando for negado ou sofrer restrição o direito III – quando b) eleitor de outra Seção,
CE, Art. 221 de fiscalizar, e o fato constar da ata ou de protesto É anulável a votar, sem as salvo a hipótese do art. 145;
interposto, por escrito, no momento; votação: cautelas do art.
147, § 2º : c) alguém com falsa
É anulável a identidade em lugar do eleitor
votação: a) eleitor excluído por
chamado.
sentença não cumprida por
III – quando
ocasião da remessa das
votar, sem as
folhas individuais de votação
cautelas do art.
a Mesa, desde que haja
147, § 2º :
oportuna reclamação de
partido;

NULIDADES NULIDADES

O art. 222 do CE prevê mais hipóteses em que a votação será anulável: OBSERVAÇÃO:

- Falsidade;
CE, Art. 222
o próprio Código Eleitoral prevê outras
- Fraude; hipóteses de nulidade de votação,
As hipóteses
Também é anulável - Coação; de invalidade
como por exemplo o art. 175, §3º (votos
a votação viciada previstas nos
- Uso dos meios de que trata o art. artigos 221 e atribuídos a candidato inelegível ou não
por:
237 (Abuso de Poder Econômico ou registrado) e também na Lei 9.504/97,
222 NÃO SÃO
de Autoridade em desfavor da EXAUSTIVAS,
liberdade do voto); que em seu art. 16-A condiciona a validade
dos votos atribuídos a candidato que
- Emprego de processo de concorra “sub judice” a deferimento de
propaganda ou de captação de seu registro por órgão superior.
sufrágio vedada por lei.

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NULIDADE QUE ATINJA MAIS DE 50% DOS VOTOS VÁLIDOS TRE/RN - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA- FCC - FEV/2011

07. Cabe à Justiça Eleitoral o conhecimento de qualquer vício no processo


do País para Eleições Presidenciais, eleitoral. Caso um partido político alegue que teve negado ou restringido o seu
direito de fiscalizar, o que ofende norma expressa do Código Eleitoral, cabe à
CE, Art. 224 do Estado para as eleições federais e Justiça Eleitoral:
estaduais A) anular a votação, ainda que não comprovada a existência de prejuízo, uma
Se a nulidade vez que se trata de vício causador de nulidade absoluta.
atingir mais da ou do município, para as eleições
B) instaurar procedimento de apuração para punição dos responsáveis, sem
municipais;
1/2 DOS VOTOS anular a votação, uma vez que o vício narrado não é capaz de gerar tal
Julgar-se-ão prejudicados as demais consequência.
votações C) a qualquer tempo anular a votação, pois, ante a natureza absoluta do vício,
não incide na espécie qualquer modalidade de preclusão.
e o Tribunal marcará dia para nova D) ainda que o requerimento tenha sido realizado por quem deu causa ao
prejuízo, declarar a nulidade da votação ante a natureza absoluta do vício.
eleição no prazo de 20 a 40 dias. E) anular a votação, desde que a anulação tenha sido requerida na primeira
oportunidade possível e tenha sido comprovado efetivo prejuízo, uma vez que
não se trata de vício causador de nulidade absoluta que pudesse ficar a salvo
da preclusão.

NULIDADE QUE ATINJA MAIS DE 50% DOS VOTOS VÁLIDOS NULIDADE QUE ATINJA MAIS DE 50% DOS VOTOS VÁLIDOS

somente se aplica nos casos de Dessa forma, os votos anulados pelo próprio eleitor,
ilicitude assim reconhecidas pela
No entanto, a ainda que atinjam mais DA 1/2 DOS VOTOS de uma
Justiça Eleitoral,
jurisprudência do
TSE é pacífica no determinada eleição não ensejam a sua invalidade.
ou seja, nos por exemplo no
sentido de que a casos previstos caso dos votos
previsão contida pelos artigos 221 anulados em
no art. 224 e 222, ou então
em
hipóteses,
outras
razão de
captação ilícita
de sufrágio.
½ DOS VOTOS
Portanto, os votos invalidados por ilicitude (hipóteses de
votação nula ou anulável) não se confundem com os votos
nulos por manifestação apolítica do eleitor (RESPE TSE
25.585).

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NULIDADES DA VOTAÇÃO NULIDADES DA VOTAÇÃO

A Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código A Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código
Art. 4º Eleitoral, passa a vigorar com as seguintes Art. 4º Eleitoral, passa a vigorar com as seguintes
alterações: alterações:

ANTES DEPOIS ANTES DEPOIS


Art. 224. Art. 224. (...) § 3º A decisão da Art. 224. Art. 224. § 4º A eleição a que se
§ 3º Sem previsão. Justiça Eleitoral que importe o § 3º Sem previsão. refere o § 3º correrá a
indeferimento do registro, a expensas da Justiça Eleitoral e
§ 4º Sem previsão. § 4º Sem previsão.
cassação do diploma ou a perda será:
do mandato de candidato eleito I - indireta, se a vacância do
em pleito majoritário acarreta, cargo ocorrer a menos de seis
após o trânsito em julgado, a meses do final do mandato;
realização de novas eleições, II - direta, nos demais casos.
independentemente do
número de votos anulados.

DO SISTEMA ELETRÔNICO DE VOTAÇÃO E DA TOTALIZAÇÃO DOS


VOTOS

Lei 9.504/97 Art. 59

serão feitas por sistema eletrônico,


SISTEMA ELETRÔNICO DE A votação e a
totalização dos podendo o Tribunal Superior Eleitoral
autorizar, em caráter EXCEPCIONAL, a
VOTAÇÃO votos
aplicação das regras fixadas nos arts. 83
a 89.

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DO SISTEMA ELETRÔNICO DE VOTAÇÃO E DA TOTALIZAÇÃO DOS DO SISTEMA ELETRÔNICO DE VOTAÇÃO E DA TOTALIZAÇÃO DOS
VOTOS VOTOS

Lei 9.504/97 Art. 59, § 2º


Lei 9.504/97 Art. 59, § 1º

devendo o nome e fotografia do Na votação para serão computados para a legenda


A votação eletrônica candidato e o nome do partido ou as eleições partidária os votos em que não seja
será feita no número a legenda partidária aparecer no proporcionais, possível a identificação do candidato,
do candidato ou da painel da urna eletrônica,
legenda partidária, desde que o número identificador
com a expressão designadora do do partido seja digitado de forma
cargo disputado no masculino ou correta.
feminino, conforme o caso.

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VOTOS VOTOS

Lei 9.504/97 Art. 59, § 3º


Lei 9.504/97 Art. 59, § 2º
A urna eletrônica EXIBIRÁ para o eleitor OS PAINÉIS na seguinte
Na votação para serão computados para a legenda ordem:
as eleições partidária os votos em que não seja
proporcionais, possível a identificação do candidato, I - para as eleições de que II - para as eleições de que
trata o inciso I do parágrafo trata o inciso II do parágrafo
desde que o número identificador único do art. 1º: único do art. 1º:
do partido seja digitado de forma
correta. Deputado Federal, Deputado Vereador, Prefeito e Vice-
Estadual ou Distrital, Senador, Prefeito.
Governador e Vice-
Governador de Estado ou do
Distrito Federal, Presidente e
Vice-Presidente da República;

(Redação dada pela Lei nº 12.976, de 2014)

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VOTOS VOTOS

Lei 9.504/97 Art. 59, § 4º Lei 9.504/97 Art. 59, § 6º

a urna eletrônica procederá à


permitam o registro digital de cada Ao final da eleição, assinatura digital do arquivo de
A urna eletrônica voto
votos,
disporá de recursos e a identificação da urna em que foi
que, mediante registrado,
assinatura digital, com aplicação do
de maneira a impedir a substituição
RESGUARDADO o anonimato de votos
registro de horário e
do eleitor.
do arquivo do boletim e a alteração dos registros dos
de urna, termos de início e término da
Lei 9.504/97 Art. 59, § 5º votação.

Caberá à Justiça a chave de segurança


Eleitoral definir e a identificação da urna eletrônica de
que trata o § 4o.

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VOTOS VOTOS

Lei 9.504/97 Art. 66


Lei 9.504/97 Art. 66, § 2º
Os partidos e coligações poderão fiscalizar todas as fases do Uma vez concluídos os
processo de votação e apuração das eleições e o até 20 DIAS antes das
programas a que se refere o §
processamento eletrônico da totalização dos resultados. 1º, serão eles apresentados, eleições, nas dependências
para análise, aos do Tribunal Superior
Lei 9.504/97 Art. 66, § 1º
representantes credenciados Eleitoral, na forma de
Todos os programas de desenvolvidos por ele ou sob programas-fonte e de
dos partidos políticos e
computador de propriedade sua encomenda, utilizados programas executáveis,
coligações,
nas urnas eletrônicas para os
do Tribunal Superior
processos de votação,
Eleitoral, apuração e totalização, INCLUSIVE os sistemas aplicativo e de segurança e as
bibliotecas especiais, sendo que as chaves eletrônicas
poderão ter suas fases de especificação e de privadas e senhas eletrônicas de acesso manter-se-ão
desenvolvimento acompanhadas por técnicos indicados no sigilo da Justiça Eleitoral. Após a apresentação e
pelos partidos políticos, Ordem dos Advogados do conferência, serão lacradas cópias dos programas-fonte
Brasil e Ministério Público, até seis meses antes das e dos programas compilados.
eleições.
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VOTOS VOTOS

Lei 9.504/97 Art. 66, § 3º Lei 9.504/97 Art. 66, § 5º


será feita em sessão pública, com
a contar da data da A carga ou preparação prévia convocação dos fiscais
No prazo de 5 DIAS apresentação referida no § 2º, das urnas eletrônicas dos partidos e coligações para a
assistirem e procederem aos atos
o partido político e a coligação PODERÃO de fiscalização,
APRESENTAR impugnação fundamentada à Justiça
Eleitoral. INCLUSIVE para verificarem se os programas
carregados nas urnas são idênticos aos que foram
lacrados na sessão referida no § 2º deste artigo, após
Lei 9.504/97 Art. 66, § 4º
o que as urnas serão lacradas.
Havendo a necessidade de qualquer alteração nos programas,
após a apresentação de que trata o § 3º, dar-se-á
conhecimento do fato aos representantes dos partidos
políticos e das coligações, para que sejam novamente
analisados e lacrados.

DO SISTEMA ELETRÔNICO DE VOTAÇÃO E DA TOTALIZAÇÃO DOS DO SISTEMA ELETRÔNICO DE VOTAÇÃO E DA TOTALIZAÇÃO DOS
VOTOS VOTOS

Lei 9.504/97 Art. 66, § 6º Lei 9.504/97 Art. 66, § 7º

No dia da eleição, será auditoria de verificação do Os partidos PODERÃO CONSTITUIR sistema próprio
realizada, POR funcionamento das urnas concorrentes de fiscalização, apuração e totalização dos
AMOSTRAGEM, eletrônicas, ao pleito resultados contratando,
INCLUSIVE, empresas de auditoria de sistemas, que,
através de votação paralela, na presença dos fiscais credenciadas junto à Justiça Eleitoral, receberão,
dos partidos e coligações, nos moldes fixados em previamente, os programas de computador e os
resolução do Tribunal Superior Eleitoral. mesmos dados alimentadores do sistema oficial de
apuração e totalização.
(Incluído pela Lei nº 10.408, de 2002)

Lei 9.504/97 Art. 59, § 7º

O Tribunal Superior Eleitoral colocará à disposição dos


eleitores urnas eletrônicas destinadas a treinamento.

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DO SISTEMA ELETRÔNICO DE VOTAÇÃO E DA TOTALIZAÇÃO DOS DO SISTEMA ELETRÔNICO DE VOTAÇÃO E DA TOTALIZAÇÃO DOS
VOTOS VOTOS

Lei 9.504/97 Art. 59-A Lei 13.165/15 Art. 12

No processo de a urna imprimirá o registro de cada Até a primeira eleição geral subsequente à aprovação desta
votação eletrônica, voto, Lei, será implantado o processo de votação eletrônica com
impressão do registro do voto a que se refere o art. 59-A da Lei
que será depositado, de forma automática e SEM no 9.504, de 30 de setembro de 1997.
CONTATO MANUAL do eleitor, em local previamente
lacrado.

Lei 9.504/97 Art. 59-A, Parágrafo Único

O processo de votação não será concluído até que o eleitor


confirme a correspondência entre o teor de seu voto e o
registro impresso e exibido pela urna eletrônica.

Caput e parágrafo único acrescidos pelo art. 2º da Lei nº 13.165/2015.

DO SISTEMA ELETRÔNICO DE VOTAÇÃO E DA TOTALIZAÇÃO DOS DO SISTEMA ELETRÔNICO DE VOTAÇÃO E DA TOTALIZAÇÃO DOS
VOTOS VOTOS

Lei 9.504/97 Art. 60 Lei 9.504/97 Art. 62

No sistema eletrônico de considerar-se-á VOTO DE Nas Seções em que SOMENTE poderão votar eleitores
votação LEGENDA for adotada a urna cujos nomes estiverem nas
eletrônica, respectivas folhas de votação,
quando o eleitor assinalar o número do partido no
momento de votar para determinado cargo e somente não se aplicando a ressalva a que se refere o art. 148,
para este será computado. § 1º, da Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 – Código
Eleitoral.
Lei 9.504/97 Art. 61

A urna eletrônica assegurando-lhe o sigilo e Lei 9.504/97 Art. 62, Parágrafo Único
contabilizará cada voto, inviolabilidade,
O Tribunal Superior Eleitoral disciplinará a hipótese de falha
garantida aos partidos políticos, coligações e na urna eletrônica que prejudique o regular processo de
candidatos ampla fiscalização. votação.

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DO SISTEMA ELETRÔNICO DE VOTAÇÃO E DA TOTALIZAÇÃO DOS VOTOS DO SISTEMA ELETRÔNICO DE VOTAÇÃO E DA TOTALIZAÇÃO DOS VOTOS

Art. 145, Parágrafo único. Com as cautelas constantes do art. 147, § 2º,
V – os candidatos a Governador, Vice-Governador, Senador, Deputado
PODERÃO AINDA VOTAR FORA DA RESPECTIVA SEÇÃO:
Federal e Estadual, em qualquer Seção do Estado de que sejam eleitores,
I – o Juiz Eleitoral, em qualquer Seção da Zona sob sua jurisdição, salvo em
nas eleições de âmbito nacional e estadual;
eleições municipais, nas quais poderá votar em qualquer Seção do
VI – os Prefeitos, Vice-Prefeitos e Vereadores, em qualquer Seção de
Município em que for eleitor;
Município que representarem, desde que eleitores do Estado, sendo que,
II – o Presidente da República, o qual poderá votar em qualquer Seção
no caso de eleições municipais, nelas somente poderão votar se inscritos
Eleitoral do País, nas eleições presidenciais; em qualquer Seção do Estado
no Município;
em que for eleitor nas eleições para Governador, Vice-Governador, Senador,
VII – os candidatos a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador, em qualquer
Deputado Federal e Estadual; em qualquer Seção do Município em que
Seção de Município, desde que dele sejam eleitores;
estiver inscrito, nas eleições para Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador;
VIII – os militares, removidos ou transferidos dentro do período de 6 meses
III – os candidatos à Presidência da República, em qualquer Seção Eleitoral
antes do pleito, poderão votar nas eleições para Presidente e Vice-
do País, nas eleições presidenciais, e, em qualquer Seção do Estado em
Presidente da República na localidade em que estiverem servindo;
que forem eleitores, nas eleições de âmbito estadual;
IX – os policiais militares em serviço.
IV – os Governadores, Vice-Governadores, Senadores, Deputados Federais
e Estaduais, em qualquer Seção do Estado, nas eleições de âmbito nacional
e estadual; em qualquer Seção do Município de que sejam eleitores, nas
eleições municipais;

Anotações Anotações

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