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DIREITO ELEITORAL
LEI 9.504/97 SISTEMAS ELEITORAIS
 Convenções;
 Coligações; SISTEMA MAJORITÁRIO
 Registro de Candidatura; e
 Debates. SISTEMA PROPORCIONAL

PROF. FILIPPE LIZARDO

SISTEMAS ELEITORAIS SISTEMAS ELEITORAIS

CONCEITO OS SISTEMAS ELEITORAIS PODEM SER:

Conjunto de procedimentos e técnicas voltado para a 1 - MAJORITÁRIO


organização da representação popular e definição da forma
como serão preenchidos os cargos em disputa em Considera-se eleito o candidato que tenha alcançado a maioria
determinado pleito. de votos válidos. A apuração dessa maioria processa-se de
duas formas:
 Majoritário (maioria absoluta/maioria simples);
 Proporcional; A) MAIORIA ABSOLUTA
 Misto/Distrital.
Para se eleger, o candidato deverá alcançar mais da metade do
total dos votos (maioria absoluta), descontados os votos em
branco e os nulos.

Obs.: esse total de votos, descontados os brancos e nulos,


são chamados de votos válidos.

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SISTEMAS ELEITORAIS MPE-SP - PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE-SP – JUL/2011

A) MAIORIA ABSOLUTA
01. Em eleição para Governador de Estado, disputada por quatro
Não alcançada essa maioria, haverá segundo turno entre os
candidatos, nenhum candidato alcançou maioria absoluta de votos, não
dois candidatos mais votados. Contudo, se houver dois
computados os em branco e nulos, no primeiro turno. Foi convocada nova
candidatos empatados em segundo lugar, passa para o
eleição entre o primeiro e o segundo colocados. Ocorre que, antes da
segundo turno O MAIS IDOSO.
realização do segundo turno, o primeiro colocado faleceu e o segundo
CF, Art. 77, § 4º desistiu.
1) morte Nesse caso,
Se, antes de DE
realizado o 2º 2) desistência
CANDIDATO A) o segundo turno será disputado entre os candidatos a Vice-Governador
TURNO, ocorrer 3) ou impedimento legal do primeiro e do segundo colocados.
B) serão convocadas novas eleições, com reabertura de prazo para registro
convocar-se-á, dentre os de candidatos.
remanescentes, O DE MAIOR VOTAÇÃO. C) o segundo turno será disputado entre os dois candidatos remanescentes.
D) será considerado eleito o de maior votação dentre os remanescentes.
Esta regra tem a finalidade de impedir a fraude nas votações, de modo a E) o segundo turno será disputado entre o candidato a Vice-Governador do
impedir que um candidato seja eleito sem a necessária maioria. primeiro colocado e o de maior votação dentre os dois remanescentes.

SISTEMAS ELEITORAIS SISTEMAS ELEITORAIS


A) MAIORIA É muito comum em questões de concurso
A) MAIORIA ABSOLUTA ABSOLUTA público, em vez da utilização do termo
“ELEITORES”, que é o correto, a
Este sistema é empregado nas eleições utilização do termo “HABITANTES”, de
para: modo a confundir os candidatos a
concursos públicos. Cite-se, como
exemplo, um item previsto numa prova da
Presidente da República; Controladoria Geral da União, elaborada
pela ESAF:
Governador de Estado e Distrito Federal;
“Segundo a CF/88, as eleições para Prefeito seguirão as
Prefeito de Municípios com + de 200 mil mesmas regras definidas na Constituição para a eleição
ELEITORES. do Presidente da República, se o município tiver mais de
duzentos mil habitantes”. O item está evidentemente

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SISTEMAS ELEITORAIS

B) MAIORIA RELATIVA

Apura-se o vencedor do certame de forma simples, ou


seja, estará eleito aquele que alcançar maior soma de
votos em um só turno. SISTEMAS ELEITORAIS
É o sistema empregado nas eleições para:
 SENADOR;
SISTEMA PROPORCIONAL
 PREFEITO DE MUNICÍPIO com MENOS DE 200 MIL
ELEITORES.

SISTEMA PROPORCIONAL SISTEMA PROPORCIONAL

SISTEMA PROPORCIONAL SISTEMA PROPORCIONAL

Pode ser de lista aberta ou fechada. Finalidade:


Distribuir o Poder entre as diversas correntes ideológicas
No Brasil adotamos lista ABERTA e PLURINOMINAL, ou existentes em uma sociedade.
seja, o eleitor pode votar na legenda ou no candidato.
No sistema proporcional o voto tem caráter DÚPLICE ou
BINÁRIO.
Deputados Federais
Crítica ao Sistema Proporcional:
Adota-se a modalidade Deputados Estaduais
Candidato “bom de voto” elege outros.
proporcional para:
Deputados Distritais

Vereadores Municipais

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CRÍTICA AO SISTEMA PROPORCIONAL MPE-RR - PROMOTOR DE JUSTIÇA - CESPE – JUN/2008

SISTEMA PROPORCIONAL
02. Conforme as regras brasileiras, o voto
conferido a um candidato é unipessoal e
intransferível, e, por essa razão, não pode
colaborar na eleição de outro candidato.

Caso real*: Enéas Carneiro – Eleições 2002 Deputado Federal


Prona – mais de 1 milhão e 570 mil votos.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Levou para o Congresso mais cinco candidatos de sua legenda com
votação inexpressiva: Amauri Gasques (18.421 votos), Irapuan
Teixeira (673 votos), Ildeu Araújo (382 votos), Elimar Máximo
Damasceno (284 votos) e Vanderlei Assis (275 votos).
* Fonte Tribunal Superior Eleitoral - TSE

CÁLCULO DO QUOCIENTE ELEITORAL, QUOCIENTE


PARTIDÁRIO E MAIOR MÉDIA

SISTEMA PROPORCIONAL

SISTEMAS ELEITORAIS 1 – Apura-se o QUOCIENTE ELEITORAL;

COMO 2 – Após, apura-se o QUOCIENTE


DESCOBRIR PARTIDÁRIO;
CÁLCULO DO QUOCIENTE ELEITORAL, QUAIS SERÃO
QUOCIENTE PARTIDÁRIO E MAIOR MÉDIA OS 3 – Depois, repartem-se as SOBRAS;
CANDIDATOS
ELEITORAIS? 4 – Por fim, os lugares a que cada partido
ou coligação tiver direito serão
preenchidos na ordem da votação nominal
de seus candidatos (Art. 109, § 1º).

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VOTOS VÁLIDOS VOTOS VÁLIDOS

SISTEMA PROPORCIONAL SISTEMA PROPORCIONAL

O ARTIGO 5º da Lei nº 9.504 de 30/09/97 EXPRESSA QUE:


Assim, numa situação hipotética:
 Compareceram 50.037 eleitores;
Lei 9.504/97 Art. 5º  Houve 883 votos em branco;
 Houve 2.832 votos nulos.
Nas eleições PROPORCIONAIS, contam-se como válidos

COMPARECIMENTO 50.037 (-)


apenas os votos dados a candidatos regularmente
inscritos e às legendas partidárias. VOTOS EM BRANCO 883 (-)
VOTOS NULOS 2832 (-)
VOTOS VÁLIDOS 46.322 =

1ª OPERAÇÃO - (QUOCIENTE ELEITORAL - QE) 1ª OPERAÇÃO - (QUOCIENTE ELEITORAL - QE)

dividindo-se o número de votos válidos


NÃO ENTENDEU?
CE, Art. 106 apurados
CALMA! VEJA O EXEMPLO ABAIXO:
DETERMINA-SE O pelo de lugares a preencher em
QUOCIENTE cada circunscrição eleitoral,
ELEITORAL
Continuando e tendo como base o número (46.322) de VOTOS
DESPREZADA a fração SE IGUAL OU VÁLIDOS que nós já sabemos calcular.
INFERIOR A MEIO, EQUIVALENTE A
UM, SE SUPERIOR. Imagine uma divisão de 17 cadeiras no Município onde
votaram 50.037 eleitores.

QE= VOTOS VÁLIDOS : Nº DE CADEIRAS

DESPREZA-SE A FRAÇÃO SE: <= 0,5 . SE SUPERIOR = 1

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1ª OPERAÇÃO - (QUOCIENTE ELEITORAL - QE) 1ª OPERAÇÃO - (QUOCIENTE ELEITORAL - QE)

QUOC.
VOTOS VÁLIDOS Nº DE CADEIRAS ELEITORAL
Mas, professor, eu dividi 46.322
por 17 e deu 2.724,82352941.
Por que arredondamos???

Porque, de acordo com o artigo Art. 106 Do Código


2.724,8 Eleitoral,
46.322 17
QE= VOTOS VÁLIDOS : Nº DE CADEIRAS

Despreza-se a fração se: <= 0,5 . Se superior = 1

QUOCIENTE ELEITORAL 2ª OPERAÇÃO - QUOCIENTE PARTIDÁRIO

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE! Já sabemos o que são votos válidos (VV) e o que é QE


(quociente eleitoral). Falta agora descobrir mais um ponto
importante:
CE, Art. 109, § 2º

SOMENTE poderão concorrer os partidos ou as


à distribuição dos lugares coligações que tiverem
obtido O QUE É QUOCIENTE PARTIDÁRIO?
QUOCIENTE O quociente partidário define o número inicial de vagas que
ELEITORAL. caberá a cada partido ou coligação que tenham alcançado o
quociente eleitoral.

Redação dada pelo art. 4º da Lei nº 13.165/2015.

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QUOCIENTE PARTIDÁRIO QUOCIENTE PARTIDÁRIO

CE, Art. 108


CE, Art. 107 entre os candidatos registrados por
ESTARÃO ELEITOS,
um partido ou coligação
Determina-se para cada partido ou coligação
que tenham obtido votos em
número igual ou superior a
dividindo-se pelo quociente eleitoral o
número de votos válidos dados
10% do quociente eleitoral,
O QUOCIENTE
PARTIDÁRIO, dividindo-se pelo quociente eleitoral o tantos quantos o respectivo quociente partidário indicar, na
número de votos válidos dados ordem da votação nominal que cada um tenha recebido.
dados sob a mesma legenda ou CE, Art. 108, Parágrafo Único
coligação de legendas,
Os lugares não preenchidos em razão da exigência de votação
nominal mínima a que se refere o caput serão distribuídos de
DESPREZADA A FRAÇÃO. acordo com as regras do art. 109.
Redação dada pelo art. 4º da Lei nº 13.165/2015.

QUOCIENTE ELEITORAL QUOCIENTE PARTIDÁRIO

Imagine que no nosso exemplo os partidos conseguiram a


seguinte votação:
QP = VOTOS PARTIDO / QE
PARTIDO VOTAÇÃO
A 15.992
DESPREZA-SE A FRAÇÃO B 12.811
NESSE CASO C 7.025
D 6.144
E 2.237
F 2.113

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QUOCIENTE
PARTIDOS VOTAÇÃO QUOCIENTE PARTIDÁRIO
ELEITORAL QUOCIENTE ELEITORAL - QE
A 15.992 ÷ 2.725 = 5,8 =5

B 12.811 ÷ 2.725 = 4,7 =4

C 7.025 ÷ 2.725 = 2,5 =2

D 6.144 ÷ 2.725 = 2,2 =2


E 2.237 ÷ 2.725 = 0,8 =0* QE = VOTOS VÁLIDOS ÷ Nº DE CADEIRAS
F 2.113 ÷ 2.725 = 0,7 =0* EXEMPLO PRÁTICO – PRONA ELEIÇÕES 2002:

TOTAL = 13 VOTOS VÁLIDOS 18.000.000


(SOBRAM 4 VAGAS A DISTRIBUIR) (÷)
Nº DE CADEIRAS 70
*Os partidos E e F, que não alcançaram o quociente eleitoral, não
concorrem à distribuição de lugares (Art. 109, § 2º, do Código QUOC. ELEITORAL 257.143 =
Eleitoral). ESTÃO FORA!

QUOCIENTE PARTIDÁRIO - QP QUOCIENTE PARTIDÁRIO - QP

EXEMPLO PRÁTICO:
1 – ENÉAS – 1.573.112 VOTOS
Nº DE VOTOS 2 – AMAURI – 18.421 VOTOS
PARTIDO/COLIGAÇÃO
1.575.000
PRONA 3 – IRAPUAN – 673 VOTOS
(÷) 2002
QUOCIENTE ELEITORAL 257.143 4 – ILDEU – 382 VOTOS

QUOCIENTE PARTIDÁRIO 6,12 = 5 – ELIMAR – 284 VOTOS

6 – VANDERLEI – 275 VOTOS

QUOC. PARTIDÁRIO
(Nº DE CADEIRAS QUE O PARTIDO 6
TERÁ DIREITO) CADEIRAS

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QUOCIENTE
PARTIDOS VOTAÇÃO QUOCIENTE PARTIDÁRIO
QUOCIENTE ELEITORAL ELEITORAL
A 15.992 ÷ 2.725 = 5,8 =5

B 12.811 ÷ 2.725 = 4,7 =4


PROFESSOR, TEMOS UM PROBLEMA:
C 7.025 ÷ 2.725 = 2,5 =2
SE FORAM 17 CADEIRAS E OS
D 6.144 ÷ 2.725 = 2,2 =2
PARTIDOS CONSEGUIRAM 13,
E 2.237 ÷ 2.725 = 0,8 =0*
O QUE FAREMOS COM AS 4 QUE
SOBRARAM? F 2.113 ÷ 2.725 = 0,7 =0*

TOTAL = 13
(SOBRAM 4 VAGAS A DISTRIBUIR)
*Os partidos E e F, que não alcançaram o quociente eleitoral, não
concorrem à distribuição de lugares (Art. 109, § 2º, do Código
Eleitoral). ESTÃO FORA!

QUOCIENTE ELEITORAL CÁLCULO DA MAIOR MÉDIA

A distribuição das sobras, ou método das médias, é a forma CE, Art. 109 com a aplicação dos quocientes
como se distribuem as cadeiras que não puderam ser Os lugares não partidários
preenchidas pelo quociente partidário nas eleições preenchidos
proporcionais brasileiras. e em razão da exigência de votação
nominal mínima a que se refere o art. 108
Portanto, segundo o Glossário do próprio TSE:
I – dividir-se-á o número de votos
MÉDIA: válidos atribuídos a cada partido ou
É o método pelo qual ocorre a distribuição das vagas que não serão distribuídos coligação pelo número de lugares
foram preenchidas pela aferição do quociente partidário dos de acordo com as definido para o partido pelo cálculo do
partidos ou coligações. seguintes regras: quociente partidário do art. 107, mais
um, cabendo ao partido ou coligação
A verificação das médias é também denominada, vulgarmente, que apresentar a maior média um dos
de distribuição das sobras de vagas. lugares a preencher, desde que tenha
Redação dada pelo art. 4º
da Lei nº 13.165/2015.
candidato que atenda à exigência de
votação nominal mínima;

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CÁLCULO DA MAIOR MÉDIA CÁLCULO DA MAIOR MÉDIA

CE, Art. 109 com a aplicação dos quocientes CE, Art. 109, § 1º
Os lugares não partidários
O preenchimento dos lugares com que cada partido ou
preenchidos e em razão da exigência de votação coligação for contemplado far-se-á segundo a ordem de
nominal mínima a que se refere o art. 108 votação recebida por seus candidatos.

II – repetir-se-á a operação para cada CE, Art. 109, § 2º


um dos lugares a preencher;
serão distribuídos SOMENTE poderão concorrer os partidos ou as
de acordo com as III – quando não houver mais partidos à distribuição dos lugares coligações que tiverem
seguintes regras: ou coligações com candidatos que obtido
atendam às duas exigências do inciso I, QUOCIENTE
as cadeiras serão distribuídas aos ELEITORAL.
Redação dada pelo art. 4º partidos que apresentem as maiores
da Lei nº 13.165/2015. médias.
Parágrafos 1º e 2º com redação dada pelo art. 4º da Lei nº 13.165/2015.

CÁLCULO DA MAIOR MÉDIA CÁLCULO DA MAIOR MÉDIA

Assim:
SOBRAS = VOTOS PARTIDO ÷ Nº CADEIRAS DO PARTIDO + 1 Distribuição das sobras de lugares não preenchidos pelo
quociente partidário:
Dividir a votação de cada partido pelo nº de lugares por ele
Essa operação deve ser feita para cada lugar obtidos + 1 (Art. 109, nº I do Código Eleitoral). Ao partido que
remanescente, ou seja, não preenchido com a alcançar a maior média, atribui-se a 1ª sobra.
aplicação do Quociente Partidário.
PARTIDOS VOTAÇÃO LUGARES +1 ÷ MÉDIAS

O partido que obtiver a maior média fica o lugar A 15.992 ÷ 6 (5 + 1) 2.665,3


em disputa. B 12.811 ÷ 5 (4 + 1) 2.562,2
C 7.025 ÷ 3 (2 + 1) 2.341,6
D 6.144 ÷ 3 (2 + 1) 2.048,0

MAIOR MÉDIA 1ª SOBRA

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CÁLCULO DA MAIOR MÉDIA CÁLCULO DA MAIOR MÉDIA

CONSEGUIRAM MAIOR MÉDIA


BEM...O PARTIDO “A” QUE JÁ CONTAVA COM 5 PARTIDOS CONCLUSÃO
PELO QP (1ª SOBRA)
CADEIRAS (QUANDO NÓS FIZEMOS O CÁLCULO DO
QP), AGORA GANHOU MAIS UMA E FICOU COM 6 – POIS A 5 VAGAS MAIS 1 VAGA 6 VAGAS
FOI DELE A MAIOR MÉDIA (1ª SOBRA). B 4 VAGAS 4 VAGAS
C 2 VAGAS 2 VAGAS
PARA NÃO NOS PERDERMOS – VAMOS RESUMIR A D 2 VAGAS 2 VAGAS
ÓPERA:
FORA DA BRIGA
E
NÃO ATINGIRAM QE.
JÁ SABEMOS QUE DAS 17 CADEIRAS:
FORA DA BRIGA
F
NÃO ATINGIRAM QE.

TOTAL 14 VAGAS – AO TODO SÃO 17

CÁLCULO DA MAIOR MÉDIA CÁLCULO DA MAIOR MÉDIA

MORAL DA HISTÓRIA Como há outra sobra, repete-se a divisão. Agora, o partido A,


beneficiado com a 1ª sobra, já conta com 6 lugares,
AINDA nos resta fazer mais contas, pois ainda faltam aumentando o divisor para 7 (6+1) (Art. 109, nº II, do Código
Eleitoral).
3 cadeiras.

PARTIDOS VOTAÇÃO LUGARES +1 ÷ MÉDIAS


DEVEREMOS CONTINUAR COM O PROCESSO ATÉ A
17ª CADEIRA; A 15.992 ÷ 7 (6 + 1) 2.284,5
B 12.811 ÷ 5 (4 + 1) 2.562,2
C 7.025 ÷ 3 (2 + 1) 2.341,6
VAMOS COM FÉ!!! D 6.144 ÷ 3 (2 + 1) 2.048,0

MAIOR MÉDIA 2ª SOBRA

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CÁLCULO DA MAIOR MÉDIA CÁLCULO DA MAIOR MÉDIA

Agora quem se deu bem foi o partido “B” que ficou com 5 Como há outra sobra, repete-se a divisão. Agora, o partido B,
cadeiras – 4 que já possuía e mais uma do critério de maior beneficiado com a 2ª sobra, já conta com 5 lugares,
média (MAIOR MÉDIA 2ª SOBRA). aumentando o divisor para 6 (5+1) (Art. 109, nº II, do Código
Eleitoral).

NÃO PERCAM AS CONTAS: PARTIDOS VOTAÇÃO LUGARES +1 ÷ MÉDIAS


A 15.992 ÷ 7 (6 + 1) 2.284,5
FALTAM DUAS CADEIRAS!
PORTANTO, B 12.811 ÷ 6 (5 + 1) 2.135,1
CONTINUAREMOS NO C 7.025 ÷ 3 (2 + 1) 2.341,6
CRITÉRIO DA MAIOR MÉDIA D 6.144 ÷ 3 (2 + 1) 2.048,0
ATÉ FINALIZAREM AS 17
VAGAS. MAIOR MÉDIA 3ª SOBRA

CÁLCULO DA MAIOR MÉDIA CÁLCULO DA MAIOR MÉDIA

Agora quem se deu bem foi o partido “C” que ficou com 3 Como há outra e ÚLTIMA sobra, repete-se a divisão. Agora, o
cadeiras – 2 que já possuía mais uma do critério de maior partido C, beneficiado com a 3ª sobra, já conta com 3 lugares,
média (MAIOR MÉDIA 3ª SOBRA). aumentando o divisor para 4 (3+1) (Art. 109, nº II, do Código
Eleitoral).

NÃO PERCAM AS CONTAS: PARTIDOS VOTAÇÃO LUGARES +1 ÷ MÉDIAS


A 15.992 ÷ 7 (6 + 1) 2.284,5
FALTA UMA CADEIRA!
PORTANTO, B 12.811 ÷ 6 (5 + 1) 2.135,1
CONTINUAREMOS NO C 7.025 ÷ 4 (3 + 1) 1.756,2
CRITÉRIO DA MAIOR MÉDIA – D 6.144 ÷ 3 (2 + 1) 2.048,0
ATÉ FINALIZAREM AS 17
VAGAS. MAIOR MÉDIA 4ª SOBRA

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CÁLCULO DA MAIOR MÉDIA CÁLCULO DA MAIOR MÉDIA

OBSERVAÇÃO: RESUMO:

No exemplo anterior eliminamos a última sobra.


NÚMERO DE CADEIRAS OBTIDAS
PARTIDOS
Nos casos em que o número de sobras persistir, prosseguem-
se os cálculos até que todas as vagas sejam distribuídas. PELO QP PELAS SOBRAS TOTAL
A 5 2 7
NESTA ÚLTIMA OPERAÇÃO, O PARTIDO “A” – QUE JÁ
B 4 1 5
CONTAVA COM 5 VAGAS (Conquistadas pelo QP) + 1 de sobras
que ele conseguiu na maior média 1ª sobra e mais 1 da maior C 2 1 3
média da 4ª sobra, FICOU COM 7 CADEIRAS. 5 (QP) + 2 D 2 0 2
(Sobras). E 0 0 0
F 0 0 0
TOTAL 13 4 17

CÁLCULO DA MAIOR MÉDIA CÁLCULO DA MAIOR MÉDIA

CE, Art. 111


ÚLTIMO DETALHE – EMPATE NA MÉDIA
Se NENHUM partido ou ALCANÇAR o quociente
CE, Art. 110
coligação eleitoral,
Em caso de Haver-se-á por eleito o candidato
EMPATE MAIS IDOSO CONSIDERAR-SE-ÃO ELEITOS, até serem
preenchidos todos os lugares, os candidatos mais
votados.
Jurisprudência do TSE:
O art. 110 só se aplica de empate entre os candidatos do
mesmo partido CE, Art. 112
I – os mais votados sob a mesma
Considerar-se-ão legenda e não eleitos efetivos das listas
E como fica em caso de empate na apuração da Média?
SUPLENTES da dos respectivos partidos;
No caso de empate nas médias entre dois ou mais partidos,
representação
prevalecerá o partido ou coligação que OBTEVE A MAIOR
partidária: II – em caso de empate na votação, na
VOTAÇÃO (RESPE 11778/94).
ordem DECRESCENTE da idade.

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ÚLTIMAS OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

CE, Art. 113


NÃO HAVENDO SUPLENTE para
Na ocorrência de vaga,
preenchê-la, DIREITO ELEITORAL
Far-se-á eleição,
LEI 9.504/97
SALVO se faltarem menos de 9 MESES para findar o  Convenções;
período de mandato.
 Coligações;
CF, Art. 56, § 2º
 Registros.
Ocorrendo vaga far-se-á eleição para
e NÃO HAVENDO SUPLENTE preenchê-la

se faltarem MAIS DE 15 MESES para o término do


mandato.

CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS

CONCEITO

No sistema eleitoral brasileiro não se admite a figura da


candidatura avulsa. Assim, para que um candidato possa
concorrer às eleições, é essencial que esteja filiado a um
CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS partido político e que esta filiação, SALVO casos específicos,
tenha sido requerida com antecedência mínima de 6 MESES do
pleito ao qual se pretenda concorrer.

Dessa forma, é necessário que sejam escolhidos, dentre os


filiados das agremiações partidárias, aqueles que concorrerão
ao pleito eleitoral, escolha essa que é feita por meio das
convenções partidárias.

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CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS

Lei 9.504/97 Art. 4º


CONCEITO
Poderá participar das o partido que, ATÉ 1 ANO
eleições A convenção partidária é uma espécie de reunião ou
ANTES DO PLEITO,
assembleia dos filiados a um partido político, fundada em
critérios estatutários e legais, que tem por finalidade a
tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior ESCOLHA DAQUELES QUE DISPUTARÃO AS ELEIÇÕES como
Eleitoral, conforme o disposto em lei, e tenha, ATÉ A candidatos de um determinado partido político, e também a
DATA DA CONVENÇÃO, órgão de direção constituído deliberação acerca da COMPOSIÇÃO DE COLIGAÇÕES com
na circunscrição, de acordo com o respectivo estatuto. outras agremiações partidárias para a disputa do pleito
eleitoral.

CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS

DELEGAÇÃO E ESCOLHA DE CANDIDATOS MODALIDADES

Cabe observar que a Jurisprudência do TSE admite que a As convenções serão estabelecidas de acordo com cada
convenção delegue a deliberação acerca da escolha dos eleição, assim, são admitidas as seguintes modalidades de
candidatos ao órgão de direção do partido político, convenções:
admitindo-se, inclusive, que a deliberação ocorra após o
prazo previsto para realização das convenções, desde Convenção Nacional: para escolha de candidatos a Presidente
e Vice;
que se realize até a data final para registro dos
candidatos perante à Justiça Eleitoral (Respe TSE nº Convenção Estadual: Para escolha dos candidatos nas
26.763 de 21.09.2006). eleições estaduais;

Convenção Municipal: Decidirão acerca da escolha de


candidatos nas eleições estaduais.

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CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS
CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS

REGRAMENTO DAS CONVENÇÕES


REGRAMENTO DAS CONVENÇÕES
As regras para escolha dos candidatos em convenção, tais
como formalidades essenciais, prazos, quórum mínimo, (Cabe ao Poder Judiciário apreciar a legalidade da norma
admissão do voto, etc., devem ser estabelecidas pelo estatuto estatutária, sem interferir na autonomia partidária – Ac. TSE nº
do partido (Art. 7º, caput, da Lei 9.504/97) já que tais assuntos 16.873/2000).
dizem respeito à autonomia partidária, assegurada pelo Art. 17,
§ 1º da CF e Art. 3º da Lei 9.096/95, tratando-se, portanto, de No entanto, via de regra, as matérias interna corporis das
matéria interna corporis. agremiações partidárias, dada sua natureza de pessoa jurídica
É claro que tais dispositivos, em que pese conferirem de direito privado, serão de competência da Justiça Comum,
autonomia aos partidos políticos, não os eximem de cumprir NÃO CABENDO à Justiça Eleitoral, em regra, se manifestar
as regras regentes do processo eleitoral. Assim, caberá ao sobre tais assuntos.
Judiciário se manifestar, quando arguido, acerca da legalidade
da norma estatutária quando esta puder violar os princípios e
regras legalmente estabelecidas, sem que isso implique em
afronta à autonomia dos partidos para disciplinar matéria
interna corporis.

OMISSÕES NO ESTATUTO ANULAÇÃO DA CONVENÇÃO PELO ÓRGÃO NACIONAL DO


PARTIDO

Lei 9.504/97 Art. 7º


Considerando o caráter nacional dos partidos políticos (Art.
As normas para a escolha e substituição dos candidatos e 17, I, da CF), o órgão de direção nacional goza de primazia em
para a formação de coligações serão estabelecidas no relação às convenções inferiores (estadual e municipal).
ESTATUTO do partido, observadas as disposições desta Lei. Assim, se não forem observadas por estas as diretrizes
legitimamente estabelecidas pelo órgão de direção nacional,
Lei 9.504/97 Art. 7º, § 1º quanto à definição das coligações partidárias, poderá esse
órgão anular as deliberações e os atos das convenções
caberá ao ÓRGÃO DE DIREÇÃO
Em caso de OMISSÃO inferiores (Lei 9.504/97Art. 7, § 2º).
NACIONAL DO PARTIDO
do estatuto,
estabelecer as normas a que se
refere este artigo,

publicando-as no Diário Oficial da União ATÉ 180


DIAS antes das eleições.

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17

ANULAÇÃO DA CONVENÇÃO PELO ÓRGÃO NACIONAL DO ANULAÇÃO DA CONVENÇÃO PELO ÓRGÃO NACIONAL DO
PARTIDO PARTIDO

Lei 9.504/97 Art. 7º, § 2º Lei 9.504/97 Art. 7º, § 3º

As ANULAÇÕES de DECORRENTES DE CONVENÇÃO


na deliberação sobre coligações,
Se a convenção deliberações dos PARTIDÁRIA, na condição acima
partidária de nível atos estabelecida,
ÀS DIRETRIZES legitimamente
inferior SE OPUSER, estabelecidas pelo órgão de
direção nacional, nos termos deverão ser comunicadas à Justiça Eleitoral no prazo
do respectivo estatuto,
de 30 DIAS após a data limite para o registro de
candidatos.
PODERÁ esse órgão de direção nacional ANULAR a
deliberação e os atos dela decorrentes.

ANULAÇÃO DA CONVENÇÃO PELO ÓRGÃO NACIONAL DO REALIZAÇÃO DAS CONVENÇÕES


PARTIDO

Lei 9.504/97 Art. 8º


Lei 9.504/97 Art. 7º, § 4º
decorrer a NECESSIDADE DE ANTES DA LEI 13.165/15 DEPOIS DA LEI 13.165/15
Se, DA ANULAÇÃO,
ESCOLHA DE NOVOS CANDIDATOS,
Art. 8º A escolha dos candidatos Art. 8º A escolha dos candidatos
pelos partidos e a deliberação sobre pelos partidos e a deliberação sobre
o pedido de registro deverá ser apresentado à Justiça
coligações deverão ser feitas no coligações deverão ser feitas no
Eleitoral nos 10 DIAS seguintes à deliberação, período de 12 A 30 DE JUNHO do período de 20 DE JULHO A 5 DE
observado o disposto no art. 13. ano em que se realizarem as AGOSTO do ano em que se
eleições, lavrando-se a respectiva realizarem as eleições, lavrando-se
ata em livro aberto, rubricado pela a respectiva ata em livro aberto,
Justiça Eleitoral, publicada em 24 rubricado pela Justiça Eleitoral,
HORAS em qualquer meio de publicada em 24 HORAS em
comunicação. qualquer meio de comunicação.

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18

REALIZAÇÃO DAS CONVENÇÕES REALIZAÇÃO DAS CONVENÇÕES

Lei 9.504/97 Art. 8º, § 2º


Todas as deliberações devem ser registradas em ata, lavrada
em livro aberto e rubricado pela Justiça Eleitoral (Lei 9.504/97,
Para a realização os partidos políticos poderão usar Art. 8º).
das Convenções GRATUITAMENTE prédios públicos,
de escolha de
candidatos, responsabilizando-se por danos
causados com a realização do
evento.

REALIZAÇÃO DAS CONVENÇÕES ESCOLHA DE CANDIDATOS

Lei 9.504/97 Art. 9º


Prévias Partidárias:
Para concorrer às eleições, O CANDIDATO DEVERÁ:
Tratam-se de consultas aos filiados realizadas pelos órgãos de
direção partidária com a finalidade de buscar orientação e fixar DOMICÍLIO ELEITORAL FILIAÇÃO DEFERIDA
diretrizes, INCLUSIVE SOBRE A ESCOLHA DE CANDIDATOS. Possuir domicílio eleitoral na Estar com a filiação deferida
respectiva circunscrição pelo
As prévias não tem o condão de substituir as convenções pelo partido no mínimo 6
partidárias, que devem ser obrigatoriamente realizadas por prazo de, pelo menos, 1 MESES antes da data da
força de disposição legal. ANO antes do pleito. eleição.

A Jurisprudência do TSE não considera propaganda eleitoral


antecipada a divulgação pelos meios de comunicação do SALVO para Magistrados, Membros dos Tribunais,
Membros do MP e Militares, que possuem prazos
resultado das prévias partidárias (Ac. 20.816/2001). próprias para a filiação.

Caput com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 13.165/2015.

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ESCOLHA DE CANDIDATOS ESCOLHA DE CANDIDATOS – PRAZO DE FILIAÇÃO

Lei 9.504/97 Art. 9º Cabe observar que, nos termos do Art. 20 da Lei 9.096/95, o
estatuto do partido poderá exigir prazo de filiação maior do
ANTES DA LEI 13.165/15 DEPOIS DA LEI 13.165/15 que o mínimo legal para que um filiado possa se candidatar.

Art. 9º Para concorrer às Art. 9º Para concorrer às Lei 9.096/95 Art. 20


eleições, o candidato deverá eleições, o candidato deverá prazos de filiação partidária
É FACULTADO ao partido
possuir domicílio eleitoral na possuir domicílio eleitoral na SUPERIORES aos previstos
político estabelecer, em
respectiva circunscrição pelo respectiva circunscrição pelo nesta Lei,
seu estatuto,
prazo de, pelo menos, um ano prazo de, pelo menos, um ano
antes do pleito e estar com a antes do pleito, e estar com a com vistas à candidatura
filiação deferida pelo partido filiação deferida pelo partido no a cargos eletivos.
no mesmo prazo. mínimo SEIS MESES ANTES
DA DATA DA ELEIÇÃO. OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
Os prazos fixados no estatuto não podem ser alterados no ano
de eleição (Lei 9.096/95 Art. 20, Parágrafo Único).

ESCOLHA DE CANDIDATOS – PRAZO DE FILIAÇÃO ESCOLHA DE CANDIDATOS E “CANDIDATURAS NATAS”

Lei 9.504/97 Art. 9º, Parágrafo Único Deputado Federal,


Lei 9.504/97 Art. 8º, § 1º
Havendo fusão OU após o prazo estipulado no Estadual ou
incorporação de partidos caput, Aos detentores de
Distrital,
mandato de
será considerada, para efeito de filiação partidária, a ou de Vereador,
O STF SUSPENDEU
data de filiação do candidato ao partido de origem. LIMINARMENTE A e aos que tenham exercido esses
EFICÁCIA DESSE cargos em qualquer período da
DISPOSITIVO! legislatura que estiver em curso,
Art. 9º Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir
domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo
menos, um ano antes do pleito, e estar com a filiação deferida pelo é ASSEGURADO o registro de candidatura para o
partido no mínimo 6 MESES antes da data da eleição. mesmo cargo pelo partido a que estejam filiados.

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ESCOLHA DE CANDIDATOS E “CANDIDATURAS NATAS”

Lei 9.504/97 Art. 8º, § 1º

O STF, no julgamento da ADIN nº 2.530-9 (em 24/04/2002),


SUSPENDEU LIMINARMENTE A EFICÁCIA DESSE
DISPOSITIVO, com o fundamento de que a regra da
“candidatura nata” afronta a autonomia partidária, a isonomia COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS
e a livre escolha de seus candidatos, fundamentada em
critérios democráticos. ASPECTOS GERAIS
Assim, com a decisão do STF, ainda que em sede de liminar, o
parlamentar que esteja exercendo o mandato eletivo deverá
submeter seu nome à convenção partidária e disputará em
igualdade com os demais pré-candidatos a sua escolha como
candidato.

COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS

CONCEITO CRIAÇÃO

Coligação partidária é uma relação estabelecida entre partidos Caberá à convenção partidária de cada agremiação deliberar
políticos com a finalidade de atuação conjunta na disputa acerca da criação de coligações (Lei 9.504/97 Art. 8º). No
eleitoral, em função, por exemplo, do número de vagas nas entanto, o TSE já admitiu que o pedido de registro de
eleições proporcionais, do horário eleitoral gratuito e, por que coligação subscrito pelos presidentes de todos os partidos
não, em razão de metas políticas comuns. que a compõe supre eventual omissão da ata de convenção
acerca da aprovação da formação da coligação (Ac. TSE nº
As coligações são criadas apenas para as eleições, possuindo 14.379, de 24.10.1996).
existência temporária, restrita ao período eleitoral e, embora
NÃO SE CONFUNDA com os partidos que a compõe, a
coligação não possui personalidade jurídica própria, sendo
que o TSE reconhece que as coligações possuem
“personalidade jurídica pro tempore” (Ac. TSE 24.531/2004).

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COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS

RELAÇÃO COM A JUSTIÇA ELEITORAL


RELAÇÃO COM A JUSTIÇA ELEITORAL
Às coligações são atribuídas as prerrogativas e obrigações próprias
dos partidos políticos, no que se refere ao processo eleitoral. Cumpre registrar, ainda, que os partidos políticos que optarem
Lei 9.504/97 Art. 6º, § 1º por se coligarem perdem a faculdade de atuar isoladamente no
processo eleitoral.
denominação própria,
requerer registro de candidatura,
A que poderá ser a junção de todas as Assim, CABERÁ impugnar pedido de registro,
COLIGAÇÃO siglas dos partidos que a integram, À COLIGAÇÃO
TERÁ ingressar com representações
sendo a ela atribuídas as prerrogativas e
obrigações de partido político no que se e ações eleitorais.
refere ao processo eleitoral,
A própria lei reconhece que as coligações ostentam
e devendo funcionar como um só partido no
legitimidade ativa e passiva para atuar em qualquer processo
relacionamento com a Justiça Eleitoral e no
relativo às eleições perante à Justiça Eleitoral
trato dos interesses interpartidários.

COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS

Lei 9.504/97 Art. 6º, § 3º Lei 9.504/97 Art. 6º, § 3º

Na FORMAÇÃO DE COLIGAÇÕES, devem ser observadas, Na FORMAÇÃO DE COLIGAÇÕES, devem ser observadas,
ainda, as seguintes normas: ainda, as seguintes normas:

I – na chapa da coligação, podem inscrever-se


III – os partidos integrantes da coligação devem
candidatos filiados a qualquer partido político dela
designar um representante, que terá atribuições
integrante;
equivalentes às de Presidente de partido político, no
trato dos interesses e na representação da coligação,
II – o pedido de registro dos candidatos deve ser no que se refere ao processo eleitoral;
subscrito pelos Presidentes dos partidos coligados,
por seus Delegados, pela maioria dos membros dos
respectivos órgãos executivos de direção ou por
representante da coligação, na forma do inciso III;

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COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS HIPÓTESE DE EXCEÇÃO

Lei 9.504/97 Art. 6º, § 3º Lei 9.504/97 Art. 6º, § 4º


SOMENTE possui legitimidade
Na FORMAÇÃO DE COLIGAÇÕES, devem ser observadas, O partido político
para atuar de forma isolada no
ainda, as seguintes normas: coligado
processo eleitoral

IV – a coligação será representada perante a Justiça quando questionar a validade


Eleitoral pela pessoa designada na forma do inciso III da própria coligação,
ou por Delegados indicados pelos partidos que a
compõem, podendo nomear até:
durante o período compreendido entre a data da convenção e
3 DELEGADOS 4 DELEGADOS 5 DELEGADOS o termo final do prazo para a impugnação do registro de
a) 3 Delegados b) 4 Delegados c) 5 Delegados candidatos.
perante o Juízo perante o Tribunal perante o Tribunal
Eleitoral; Regional Eleitoral; Superior Eleitoral.

REGISTRO NA JUSTIÇA ELEITORAL COLIGAÇÕES – DENOMINAÇÃO

Lei 9.504/97 Art. 6º, § 1º


As coligações devem ser registradas perante à Justiça
Eleitoral, no mesmo órgão responsável pelo registro de denominação própria,
candidatura nas eleições para as quais foram criadas.
A que poderá ser a junção de todas as
Todavia, conforme jurisprudência pacífica do TSE, a existência COLIGAÇÃO siglas dos partidos que a integram,
da coligação tem início a partir do acordo de vontades dos TERÁ
partidos políticos, e não da homologação de seu registro sendo a ela atribuídas as prerrogativas e
perante a Justiça Eleitoral (Ac.-TSE nºs 345/98, 15.529/98, obrigações de partido político no que se
22.107/2004, 5.052/2005 e 25.015/2005). refere ao processo eleitoral,

e devendo funcionar como um só partido no


relacionamento com a Justiça Eleitoral e no
trato dos interesses interpartidários.

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COLIGAÇÕES – DENOMINAÇÃO COLIGAÇÕES – DENOMINAÇÃO

Lei 9.504/97 Art. 6º, § 2º


Lei 9.504/97 Art. 6º, § 1º-A
coincidir,
A denominação da coligação ELEIÇÃO MAJORITÁRIA ELEIÇÃO PROPORCIONAL
NÃO PODERÁ incluir ou
Na propaganda para eleição Na propaganda para eleição
fazer referência a nome ou majoritária, a coligação proporcional, cada partido
número de candidato, usará, OBRIGATORIAMENTE, USARÁ APENAS SUA
sob sua denominação, as LEGENDA sob o nome da
nem conter pedido de voto legendas de todos os coligação.
para partido político. partidos que a integram;

COLIGAÇÕES – REGISTRO DE SEUS CANDIDATOS VERTICALIZAÇÃO DAS COLIGAÇÕES

Antes da EC 52/2006, o TSE aplicava o entendimento de que,


Lei 9.504/97 Art. 6º, § 3º por força do princípio da coerência e considerando o caráter
nacional das agremiações partidárias, os partidos políticos
Na FORMAÇÃO DE COLIGAÇÕES, devem ser observadas, que ajustassem coligações para a eleição de Presidente da
ainda, as seguintes normas: República, não poderiam formar coligações para as eleições
de:
I – na chapa da coligação, podem inscrever-se  Governador,
candidatos filiados a qualquer partido político dela  Senador e
integrante;  Deputados
Com outros partidos políticos que tivessem, isoladamente ou
II – o pedido de registro dos candidatos deve ser em aliança diversa, lançado candidatura própria à eleição
subscrito pelos Presidentes dos partidos coligados, Presidencial (Consulta TSE nº 715 – Res. TSE 21.002).
por seus Delegados, pela maioria dos membros dos O § 1º do art. 17 da CF, com redação conferida pela EC 52/2006,
respectivos órgãos executivos de direção ou por assegura aos partidos políticos autonomia para definição de
representante da coligação, na forma do inciso III; seus critérios de escolha em relação às coligações partidárias,
prevendo ainda o término da verticalização das coligações.
(...)
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24

DOS PARTIDOS POLÍTICOS

CF, Art. 17, § 1º


1) sua estrutura interna
É assegurada aos
partidos políticos 2) organização e funcionamento
AUTONOMIA* para
definir 3) e para adotar os critérios de escolha
4) e o regime de suas coligações eleitorais
COLIGAÇÕES “EM ESPÉCIE”
1) nacional
Estudo do Art. 6º caput da
sem obrigatoriedade de vinculação
entre as candidaturas em âmbito
2) estadual Lei 9.504/97.
3) Distrital
(Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 52, de 4) ou municipal
2006)

1) de disciplina
DEVENDO SEUS ESTATUTOS
ESTABELECER NORMAS
2) e fidelidade partidária

DAS COLIGAÇÕES DAS COLIGAÇÕES

Lei 9.504/97 Art. 6º Dessa forma, conforme José Jairo Gomes e jurisprudência do
TSE sobre o tema (Consulta 6311 de 2010), três são as
É FACULTADO aos DENTRO DA MESMA
hipóteses cabíveis em razão do que dispõe o caput do Art. 6º
partidos políticos, CIRCUNSCRIÇÃO,
acerca das coligações:

coligações para eleição


1 – COLIGAÇÃO SÓ PARA ELEIÇÃO MAJORITÁRIA:
majoritária, OU PARA
CELEBRAR Os partidos que integram a coligação majoritária poderão
AMBAS,
coligações para eleição disputar isoladamente as eleições proporcionais.
proporcional,
Observação:
Não é admissível, no entanto, a pluralidade de coligações para
podendo, neste último caso (proporcional), formar-se
disputar as eleições majoritárias.
mais de uma coligação para a eleição proporcional
dentre os partidos que integram a coligação para o
pleito majoritário.

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DAS COLIGAÇÕES DAS COLIGAÇÕES

1 – COLIGAÇÃO SÓ PARA ELEIÇÃO MAJORITÁRIA: 2 – COLIGAÇÃO SÓ PARA AS ELEIÇÕES PROPORCIONAIS:

Por exemplo: Cada partido que a integra poderá ou não lançar candidatos
próprios para as eleições majoritárias.
Não podem 5 partidos se coligarem para as eleições de
Governador e, para as eleições ao Senado, se coligarem
3 – COLIGAÇÃO PARA ELEIÇÕES MAJORITÁRIAS E
apenas 3 desses partidos, ou então coligarem-se com outros
PROPORCIONAIS:
partidos. Nessa hipótese, há três possibilidades:
Nesse caso, as agremiações que compõe a COLIGAÇÃO
(1) Ou repetem a mesma coligação; MAJORITÁRIA SOMENTE podem coligar-se entre si para as
(2) Ou então lançam candidatos isolados para o Senado; eleições proporcionais, não podendo se unir a partidos
(3) Ou não lançam candidatos para o Senado. distintos daqueles que compõe a coligação majoritária.

DAS COLIGAÇÕES DAS COLIGAÇÕES

Exemplo:
Eleição Municipal: Município com 8 Partidos. 3 – COLIGAÇÃO PARA ELEIÇÕES MAJORITÁRIAS E
PROPORCIONAIS:
Coligação Coligação 1 – Partidos: A, B, C, D.
Na hipótese, ainda que se admita a ampla abertura conferida
Cargo pela EC 52/2006 aos partidos políticos na definição de suas
Coligação 2 – Partidos: E, F.
Majoritário: coligações, a Lei 9.504/97 adotou parâmetro inafastável de
Candidaturas Isoladas: Partidos G, H.
manter-se fechada a aliança que ampara a coligação à eleição
majoritária, inadmitindo-se que nas eleições proporcionais
1 – Candidaturas Isoladas. sejam realizadas coligações com partidos distintos daqueles
COLIGAÇÃO 1
que compõe a coligação majoritária.
Possibilidades 2 – Repetir a mesma coligação.
para eleições 3 – Coligações entre si: A com B; C com
proporcionais: D; B com D; A, B, C etc.

4 – Coligação : A com F ou C com H (etc.


– ERRADO)

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TRE/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – TRE/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA –
FCC – JAN/2004 FCC – JAN/2004

03. Considere as afirmativas: Nesses casos APENAS:

I. Os Partidos Alfa, Beta, Gama e Delta coligaram-se para Prefeito A) I é válido.


Municipal. Os Partidos Alfa e Beta formaram uma coligação e os B) I e II são válidos.
partidos Gama e Delta formaram outra coligação para Vereador. C) I e III são válidos.
D) II e III são válidos.
II. Os Partidos Alfa, Beta, Gama e Delta coligaram-se para E) III é válido.
Prefeito Municipal. Os Partidos Alfa, Beta e Gama formaram uma
coligação para Vereador. E o Partido Delta resolveu disputar
isoladamente a eleição proporcional.

III. Os Partidos Alfa e Beta coligaram-se para Prefeito Municipal.


Os Partidos Gama e Delta formaram outra coligação para Prefeito
Municipal. Esses quatro Partidos coligaram-se para Vereador.

SOLICITAÇÃO DO REGISTRO DE CANDIDATURA

Após terem sido escolhidos em convenção, os candidatos


devem requerer seu registro à Justiça Eleitoral para que
possam concorrer às eleições.

Na verdade, via de regra, são os Partidos Políticos ou


REGISTRO DE CANDIDATURA - I Coligações que solicitam o registro daqueles que foram
escolhidos em convenção (Lei 9.504/97 Art. 11), cabendo tal
solicitação pelo candidato somente em caso de desídia do
partido ou coligação.

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SOLICITAÇÃO DO REGISTRO DE CANDIDATURA SOLICITAÇÃO DO REGISTRO DE CANDIDATURA

Lei 9.504/97 Art. 11 Lei 9.504/97 Art. 11

Os partidos e SOLICITARÃO à Justiça Eleitoral o


ANTES DA LEI 13.165/15 DEPOIS DA LEI 13.165/15
coligações registro de seus candidatos
Art. 11. Os partidos e Art. 11. Os partidos e
coligações solicitarão à Justiça coligações solicitarão à Justiça
até as 19 HORAS do dia 15 de agosto do ano em que Eleitoral o registro de seus Eleitoral o registro de seus
se realizarem as eleições. candidatos até as dezenove candidatos ATÉ AS 19 HORAS
Caput com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 13.165/2015. horas do dia 5 de julho do ano
em que se realizarem as do dia 15 DE AGOSTO do ano
eleições. em que se realizarem as
eleições.

DATA DAS ELEIÇÕES REGISTRO DE CANDIDATURA

Lei 9.504/97 Art. 1º, Parágrafo Único SOMENTE poderão apresentar candidatos e, portanto,
participar das eleições: (Art. 4º)
I – para Presidente e Vice-Presidente
 Partidos que tenham registrado seus estatutos no TSE há
da República, Governador e Vice-
Serão realizadas pelo menos 1 ano do pleito eleitoral; e
Governador de Estado e do Distrito
simultaneamente Federal, Senador, Deputado Federal,
as eleições:  Que possuam diretório constituído na circunscrição, até a
Deputado Estadual e Deputado
data da convenção, de acordo com seu respectivo estatuto.
Distrital;
II – para Prefeito, Vice-Prefeito e
Vereador. Com a solicitação do registro é instaurado um Processo de
Registro de Candidatura perante o órgão da Justiça Eleitoral,
cuja competência é estabelecida de acordo com o tipo de
1º TURNO: 1º DOMINGO DE OUTUBRO (Art. 1º, CAPUT) eleição.
2º TURNO: ÚLTIMO DOMINGO DE OUTUBRO (Art. 2º, § 1º)

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PROCESSO DE REGISTRO DE CANDIDATURA NATUREZA JURÍDICA DO REGISTRO DE CANDIDATURA

Será no PROCESSO DE REGISTRO DE CANDIDATURA que a A doutrina diverge acerca da natureza jurídica do processo de
Justiça Eleitoral verificará se estão presentes as condições Registro de Candidatura.
previstas na legislação como requisitos para a candidatura.
Para alguns, a natureza é meramente administrativa, já que
Assim, é nessa fase que a Justiça Eleitoral irá aferir se estão não há interesses contrapostos, tratando-se apenas de
presentes as condições de elegibilidade previstos na CF (Art. verificação acerca da presença ou não dos requisitos para
14, § 3º) e também se não recai sob o candidato alguma das homologação da candidatura.
inelegibilidades previstas pela Constituição e pela LC 64/90.
Para outros, sua natureza seria uma mescla de administrativo
com jurisdicional. No entanto, o que importa consignar é que
se reconhece que a Justiça Eleitoral atua de ofício em todas as
questões nele envolvidas.

Anotações
ATUAÇÃO DE OFÍCIO DA J.E. NO REGISTRO DE
CANDIDATURA

Assim, a ausência de impugnação ao registro de candidatura


NÃO IMPEDE que a Justiça Eleitoral aprecie, de ofício, as
inelegibilidades, a presença das condições de elegibilidade e
demais requisitos formais previstos pela legislação.

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NÚMERO DE CANDIDATOS QUE PODEM SER


REGISTRADOS

ELEIÇÕES MAJORITÁRIAS
REGISTRO DE CANDIDATURA – II Nas eleições majoritárias (Presidente e Vice, Governador e
Vice, Senador e Suplentes, Prefeito e Vice), cada partido só
poderá requerer o registro de um candidato para cada um
NÚMERO DE CANDIDATOS QUE PODEM desses cargos.
SER REGISTRADOS
Em relação aos Senadores, poderão ser requeridos o registro
de 1 ou 2 candidatos, de acordo com a alternância de 1/3 e 2/3
prevista no Art. 46 da CF, sendo que, para cada candidato ao
Senado, deverá ser registrado juntamente 2 Suplentes.

NÚMERO DE CANDIDATOS QUE PODEM SER NÚMERO DE CANDIDATOS QUE PODEM SER
REGISTRADOS REGISTRADOS

ELEIÇÕES MAJORITÁRIAS ELEIÇÕES PROPORCIONAIS

Cabe consignar, ainda, em relação às eleições majoritárias, a Lei 9.504/97 Art. 10


previsão de que o registro de candidatos para cada um dos Câmara dos Deputados,
cargos em disputa nesse tipo de eleição será feito em chapa Cada PARTIDO ou
Câmara Legislativa,
única e indivisível, ainda que resulte da indicação de COLIGAÇÃO poderá
candidatos de partidos distintos, por meio de coligação (Art. registrar candidatos para a Assembléias Legislativas e
91 do Código Eleitoral).
Câmaras Municipais,

no total de ATÉ 150% do número de lugares a preencher.


(...)
Caput com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 13.165/2015.

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30

REGISTRO DE CANDIDATOS REGISTRO DE CANDIDATOS

ELEIÇÕES PROPORCIONAIS ELEIÇÕES PROPORCIONAIS

Lei 9.504/97 Art. 10 Lei 9.504/97 Art. 10

ANTES DA LEI 13.165/15 DEPOIS DA LEI 13.165/15 ANTES DA LEI 13.165/15 DEPOIS DA LEI 13.165/15

Art. 10. Cada partido poderá Art. 10. Cada partido ou coligação Art. 10. § 1º No caso de coligação Art. 10. Cada partido ou coligação
registrar candidatos para a Câmara poderá registrar candidatos para a para as eleições proporcionais, poderá registrar candidatos para a
dos Deputados, Câmara Legislativa, Câmara dos Deputados, a Câmara independentemente do número de Câmara dos Deputados, a Câmara
Assembleias Legislativas e Legislativa, as Assembleias partidos que a integrem, poderão ser Legislativa, as Assembleias
Câmaras Municipais, até cento e Legislativas e as Câmaras registrados candidatos até o dobro Legislativas e as Câmaras
cinquenta por cento do número de Municipais no total de ATÉ 150% do do número de lugares a preencher. Municipais no total de ATÉ 150% do
lugares a preencher. número de lugares a preencher, número de lugares a preencher,
salvo: salvo:
(...) (...)

REGISTRO DE CANDIDATOS REGISTRO DE CANDIDATOS

ELEIÇÕES PROPORCIONAIS
ELEIÇÕES PROPORCIONAIS
Lei 9.504/97 Art. 10
Lei 9.504/97 Art. 10
ANTES DA LEI 13.165/15 DEPOIS DA LEI 13.165/15
ANTES DA LEI 13.165/15 DEPOIS DA LEI 13.165/15
Art. 10. § 2º Nas unidades da Art. 10, I - Nas unidades da
Federação em que o número de Federação em que o número de Art. 10, II - nos Municípios de
lugares a preencher para a Câmara lugares a preencher para a Câmara ATÉ 100.000 eleitores, nos
dos Deputados NÃO EXCEDER dos Deputados NÃO EXCEDER A quais cada coligação poderá
DE 20, cada partido poderá registrar 12, nas quais CADA PARTIDO OU registrar candidatos no total de
candidatos a Deputado Federal e a COLIGAÇÃO poderá registrar até 200% do número de
Deputado Estadual ou Distrital até o candidatos a Deputado Federal e a lugares a preencher.
dobro das respectivas vagas; Deputado Estadual ou Distrital no
havendo coligação, estes números total de ATÉ 200% das respectivas
poderão ser acrescidos de até MAIS vagas;
50%.

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31

NÚMERO MÍNIMO DE VAGAS POR GÊNERO: NÚMERO MÍNIMO DE VAGAS POR GÊNERO:

Lei 9.504/97 Art. 10, § 4º


Lei 9.504/97 Art. 10, § 3º
EM TODOS OS CÁLCULOS,
Do número de vagas resultante
cada partido ou coligação
das regras previstas neste
preencherá DESPREZADA IGUALADA
artigo,
Será sempre desprezada a Será sempre igualada a
fração, SE INFERIOR A MEIO.
o mínimo de 30% e o máximo de 70% para fração a , SE IGUAL OU 1
candidaturas de cada sexo. SUPERIOR A MEIO.

(< 0,5) (> = 0,5)


Assim, do número total a que um partido ou coligação possa
registrar, NO MÍNIMO 30% deverá ser ocupado por um dos
sexos.

NÚMERO MÍNIMO DE VAGAS POR GÊNERO: VAGAS REMANESCENTES

Lei 9.504/97 Art. 10, § 5º


Lei 9.504/97 Art. 10, § 4º
NÃO INDICAREM o número
No caso de as convenções
Exemplo: máximo de candidatos
para a escolha de candidatos
Partido que pretende registrar 32 candidatos. previsto no caput,

Nº DE CANDIDATOS 30% 70%


os órgãos de direção dos partidos respectivos poderão
32 9,6 = 10 22,4 = 22 preencher as vagas remanescentes

Para o TSE, esses percentuais são aferidos considerando-se


número de candidatos efetivamente lançados pelo partido ATÉ 30 DIAS ANTES DO
político ou coligação (Respe TSE nº 78.432/PA) e, não havendo PLEITO.
número suficiente de um dos sexos na agremiação para
preenchimento do percentuais fixados, NÃO É CABÍVEL que as Trata-se de regra que excepciona a obrigatoriedade de que os
vagas destinadas a um dos sexos sejam complementadas com candidatos sejam escolhidos em convenção partidária.
candidatos do sexo oposto.
Parágrafo 5º com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 13.165/2015.

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32

SOLICITAÇÃO DE REGISTRO DE CANDIDATURA

Lei 9.504/97 Art. 11

Os partidos e SOLICITARÃO à Justiça Eleitoral o


REGISTRO DE CANDIDATURA – III coligações registro de seus candidatos

até as 19 HORAS do dia 15 de agosto do ano em que


FORMALIZAÇÃO DO PEDIDO DE se realizarem as eleições.
REGISTRO Caput com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 13.165/2015.

O pedido deve ser dirigido ao TSE nos casos de eleições


presidenciais e aos Tribunais Regionais Eleitorais, nas
eleições estaduais e ao JUIZ ELEITORAL nas eleições
municipais (Art. 89 do CE).

SOLICITAÇÃO DE REGISTRO DE CANDIDATURA SOLICITAÇÃO DE REGISTRO DE CANDIDATURA

Documentos que devem instruir o pedido:


Requerimento Individual de Candidatura:
Lei 9.504/97 Art. 11, § 1º
Caso o partido ou a coligação não façam a solicitação do
registro de um candidato escolhido em convenção, caberá ao I – cópia da ata a que se refere o art. 8º;
próprio candidato requerê-lo no prazo de 48 HORAS a partir O PEDIDO DE II – autorização do candidato, por escrito;
da publicação da listagem de candidatos pela Justiça Eleitoral. REGISTRO deve
(Art. 11, § 4º - Lei 9.504/97) III – prova de filiação partidária;
ser instruído
com os IV – declaração de bens, assinada pelo
seguintes candidato;
documentos:
V – cópia do título eleitoral ou certidão,
fornecida pelo Cartório Eleitoral, de que o
candidato é eleitor na circunscrição ou
requereu sua inscrição ou transferência
de domicílio no prazo previsto no art. 9º;

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SOLICITAÇÃO DE REGISTRO DE CANDIDATURA SOLICITAÇÃO DE REGISTRO DE CANDIDATURA

Documentos que devem instruir o pedido: Lei 9.504/97 Art. 11, § 3º


Lei 9.504/97 Art. 11, § 1º
Fica DISPENSADA a pelo partido, coligação ou
VI – certidão de quitação eleitoral; apresentação candidato

O PEDIDO DE VII – certidões criminais fornecidas pelos


REGISTRO deve órgãos de distribuição da Justiça Eleitoral, de documentos produzidos a partir de informações
ser instruído Federal e Estadual; detidas pela Justiça Eleitoral, entre eles os indicados
nos incisos III, V e VI do § 1º deste artigo.
com os
VIII – fotografia do candidato, nas
seguintes
dimensões estabelecidas em instrução da
documentos:
Justiça Eleitoral, para efeito do disposto Além destes, a jurisprudência do TSE exige ainda:
no § 1º do art. 59;  Comprovante de escolaridade;
 Prova da desincompatibilização conforme o caso.
IX – propostas defendidas pelo candidato
a Prefeito, a Governador de Estado e a
Presidente da República.

QUITAÇÃO ELEITORAL E MULTA QUITAÇÃO ELEITORAL E MULTA

Observação:
Certidão de quitação Eleitoral: conceito legal de quitação eleitoral Lei 9.504/97 Art. 11, § 8º I – condenados ao pagamento de
introduzido pela Lei 12.034/2009: multa, tenham, até a data da
Para fins de formalização do seu pedido de
a plenitude do gozo dos direitos expedição da certidão registro de candidatura,
Lei 9.504/97 Art. 11, § 7º políticos, comprovado o pagamento ou o
de que trata o § 7º,
o regular exercício do voto, CONSIDERAR-SE-ÃO parcelamento da dívida
A certidão de regularmente cumprido;
quitação eleitoral o atendimento a convocações da QUITES aqueles
abrangerá Justiça Eleitoral para auxiliar os que: II – pagarem a multa que lhes couber
EXCLUSIVAMENTE trabalhos relativos ao pleito, individualmente, excluindo-se
qualquer modalidade de
a inexistência de multas aplicadas,
responsabilidade solidária, mesmo
em caráter definitivo, pela Justiça
quando imposta concomitantemente
Eleitoral e não remitidas,
com outros candidatos e em razão
e a apresentação de contas de do mesmo fato;
campanha eleitoral.
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34

PARCELAMENTO DE MULTAS ELEITORAIS PARCELAMENTO DE MULTAS ELEITORAIS

Lei 9.504/97 Art. 11, § 8º Lei 9.504/97 Art. 11, § 11º

III - o PARCELAMENTO das multas A Justiça Eleitoral no parcelamento a que se refere o


Para fins de eleitorais é direito do cidadão, seja observará, § 8º deste artigo,
expedição da certidão ele eleitor ou candidato, e dos
de que trata o § 7º, partidos políticos, podendo ser as regras de parcelamento previstas na legislação
CONSIDERAR-SE-ÃO
parceladas em até 60 MESES, tributária federal.
QUITES aqueles DESDE QUE não ultrapasse o limite
que:
de 10% de sua renda. Possibilidade de os candidatos se beneficiarem de programas
de parcelamento de Débito Tributário

Ac.-TSE, de 14.5.2013, no REspe nº 30850: o parcelamento da


multa imposta afasta a ausência de quitação eleitoral desde a
data do requerimento, ainda que a definição pela Fazenda
Nacional ocorra após a data limite para a feitura do registro.
Inciso III acrescido pelo art. 3º da Lei nº 12.891/2013.

PARCELAMENTO DE MULTAS ELEITORAIS QUITAÇÃO ELEITORAL E APROVAÇÃO DAS CONTAS DE


CAMPANHA

Lei 9.504/97 Art. 6, § 5º


A certidão de quitação eleitoral abrangerá EXCLUSIVAMENTE
A RESPONSABILIDADE pelo decorrentes de propaganda (...) a apresentação de contas de campanha eleitoral.
pagamento de multas eleitoral

Posicionamentos do TSE sobre o tema:


é SOLIDÁRIA entre os candidatos e os
respectivos partidos, não alcançando outros partidos 1º - Proc. Adm. 594-59.2010 (Consulta): “Não se pode
MESMO QUANDO INTEGRANTES DE UMA MESMA considerar quite com a Justiça Eleitoral o candidato que teve
COLIGAÇÃO. suas contas desaprovadas pelo órgão constitucionalmente
competente.” (03.08.2010).

2º - RESPE 4423-63.2010: “A desaprovação das contas não


acarreta falta de quitação eleitoral” (28.09.2010)

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ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE E


INELEGIBILIDADE:

No momento da análise da solicitação do registro de


candidatura é que a Justiça Eleitoral verifica se estão
presentes todas as condições de elegibilidade e também
verifica se não há a incidência de alguma das hipóteses de REGISTRO DE CANDIDATURA – IV
inelegibilidade que impeçam que o cidadão exerça sua
capacidade eleitoral passiva.
AFERIÇÃO DOS REQUISITOS PARA CANDIDATURA

DO REGISTRO DE CANDIDATOS DO REGISTRO DE CANDIDATOS

Lei 9.504/97 Art. 11, § 10º POR EXEMPLO

As condições de
devem ser aferidas no A filiação partidária, cujo prazo mínimo de 6 MESES deve
momento da formalização existir no dia das eleições.
elegibilidade e as causas
do pedido de registro da
de inelegibilidade E mais ainda: Idade Mínima
candidatura,
Lei 9.504/97 Art. 11, § 2º
RESSALVADAS as alterações, fáticas OU
jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a constitucionalmente estabelecida como
A idade mínima
inelegibilidade. condição de elegibilidade
é verificada tendo por referência
CUIDADO: a DATA DA POSSE,
Tais condições devem ser aferidas no momento da solicitação SALVO quando fixada em 18 ANOS, hipótese em que
do registro, porém, não significa que elas devem estar será aferida na data-limite para o pedido de registro.
presentes necessariamente neste momento.
Parágrafo 2º com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 13.165/2015.

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ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE E


INELEGIBILIDADE

Lei 9.504/97 Art. 11, § 10º


devem ser aferidas no
As condições de
momento da formalização
elegibilidade e as causas
do pedido de registro da
de inelegibilidade
candidatura,
IDENTIFICAÇÃO DO CANDIDATO
RESSALVADAS as alterações, fáticas OU
jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a
inelegibilidade.

A parte final do § 10 ressalva, ainda, a possibilidade da


ocorrência da ELEGIBILIDADE SUPERVENIENTE, em razão de
alteração de situação fática ou jurídica.

IDENTIFICAÇÃO DO CANDIDATO IDENTIFICAÇÃO DO CANDIDATO

A identificação do candidato perante o eleitor é feita de forma A identificação do candidato perante o eleitor é feita de forma
nominal e numeral. nominal e numeral.

VARIAÇÕES NOMINAIS VARIAÇÕES NOMINAIS

além de seu nome completo,


Lei 9.504/97 Art. 12 Lei 9.504/97 Art. 12 DESDE QUE não se estabeleça
as variações nominais com que dúvida quanto à sua identidade,
O candidato às eleições deseja ser registrado, ATÉ O O candidato às eleições
não atente contra o pudor e não
proporcionais INDICARÁ, proporcionais INDICARÁ,
no pedido de registro, MÁXIMO DE 3 OPÇÕES, no pedido de registro,
seja ridículo ou irreverente,

que poderão ser o prenome, mencionando em que ordem de


sobrenome, cognome, nome preferência deseja registrar-se.
abreviado, apelido ou nome pelo
qual é mais conhecido,

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VARIAÇÃO NOMINAL IDENTIFICAÇÃO DO CANDIDATO

Lei 9.504/97 Art. 12, § 2º Lei 9.504/97 Art. 12, § 3º

A Justiça Eleitoral prova de que é conhecido por todo pedido de variação de nome
A Justiça Eleitoral
poderá exigir do determinada opção de nome por coincidente
INDEFERIRÁ
candidato ele indicado,
com nome de candidato a
quando seu uso puder ELEIÇÃO MAJORITÁRIA,
confundir o eleitor.

para candidato que esteja exercendo mandato


eletivo ou

SALVO o tenha exercido nos últimos 4 ANOS,


ou que, nesse mesmo prazo, tenha concorrido
em eleição com o nome coincidente.

OCORRÊNCIA DE HOMONÍMIA OCORRÊNCIA DE HOMONÍMIA

Lei 9.504/97 Art. 12, § 1º Lei 9.504/97 Art. 12, § 1º

I – havendo dúvida, poderá exigir do III – ao candidato que, pela sua vida
Verificada a candidato prova de que é conhecido por Verificada a política, social ou profissional, seja
OCORRÊNCIA dada opção de nome, indicada no pedido OCORRÊNCIA identificado por um dado nome que tenha
DE de registro; DE indicado, será deferido o registro com
HOMONÍMIA, a HOMONÍMIA, a esse nome, observado o disposto na
II – ao candidato que, na data máxima
Justiça Eleitoral Justiça Eleitoral parte final do inciso anterior;
prevista para o registro, esteja exercendo
procederá mandato eletivo ou o tenha exercido nos procederá
atendendo ao últimos 4 ANOS, ou que nesse mesmo atendendo ao IV – tratando-se de candidatos cuja
seguinte: prazo se tenha candidatado com um dos seguinte: homonímia não se resolva pelas regras
nomes que indicou, dos dois incisos anteriores, a Justiça
Eleitoral deverá notificá-los para que, em
será deferido o seu uso no registro, dois dias, cheguem a acordo sobre os
ficando outros candidatos respectivos nomes a serem usados;
IMPEDIDOS de fazer propaganda
com esse mesmo nome;

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OCORRÊNCIA DE HOMONÍMIA IDENTIFICAÇÃO NUMÉRICA DOS CANDIDATOS.

Lei 9.504/97 Art. 12, § 1º


I – os candidatos aos cargos
Verificada a Lei 9.504/97 Art. 15 majoritários concorrerão com o
OCORRÊNCIA V – não havendo acordo no caso do número identificador do partido ao
DE inciso anterior, a Justiça Eleitoral A IDENTIFICAÇÃO qual estiverem filiados;
HOMONÍMIA, a registrará cada candidato com o nome e NUMÉRICA dos
candidatos se dará II – os candidatos à Câmara dos
Justiça Eleitoral sobrenome constantes do pedido de
mediante a Deputados concorrerão com o
procederá registro, observada a ordem de
observação dos número do partido ao qual
atendendo ao preferência ali definida.
seguintes estiverem filiados, acrescido de 2
seguinte:
CRITÉRIOS: algarismos à direita;
No entanto, é cabível nessa hipótese a aplicação da Súmula 4 III – os candidatos às Assembleias
TSE, que prevê o seguinte: Legislativas e à Câmara Distrital
“Não havendo preferência entre candidatos que pretendam o concorrerão com o número do
registro da mesma variação nominal, defere-se o do que 1º o partido ao qual estiverem filiados
tenha requerido”. acrescido de 3 algarismos à direita;

IDENTIFICAÇÃO NUMÉRICA DOS CANDIDATOS. IDENTIFICAÇÃO NUMÉRICA DOS CANDIDATOS.

Lei 9.504/97 Art. 15 QUADRO COMPARATIVO – ARTIGO 15, LEI 9.504/97


A IDENTIFICAÇÃO CANDIDATO À ELEIÇÃO CANDIDATO ÀS ELEIÇÕES
NUMÉRICA dos IV – o Tribunal Superior Eleitoral MAJORITÁRIA: PROPORCIONAIS:
candidatos se dará baixará resolução sobre a
Concorre com o número do Deputado Federal: número do
mediante a numeração dos candidatos
partido ao qual estejam filiados, partido + 2 ALGARISMOS À
observação dos concorrentes às eleições
ainda que integrante de uma DIREITA.
seguintes municipais.
coligação (Res.-TSE nos
CRITÉRIOS: 21.728/2004). Deputado Estadual / Distrital:
número do partido + 3
ALGARISMOS À DIREITA.

Eleições Municipais: Caberá ao


TSE definir as regras em relação à
numeração.

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39

IDENTIFICAÇÃO NUMÉRICA DOS CANDIDATOS.

Lei 9.504/97 Art. 15, § 1º

AOS PARTIDOS AOS CANDIDATOS


Aos partidos fica assegurado Aos candidatos, nesta
o direito de MANTER OS hipótese, o direito de manter
NÚMEROS ATRIBUÍDOS À os números que lhes foram SUBSTITUIÇÃO DE CANDIDATOS
SUA LEGENDA na eleição atribuídos na eleição anterior
anterior. PARA O MESMO CARGO.

Os candidatos que sejam integrantes de coligação, tanto para


cargos majoritários quanto proporcionais, concorrerão com o
nº do partido, acrescido do número que lhes couber conforme
o caso.

SUBSTITUIÇÃO DE CANDIDATOS CANCELAMENTO DE REGISTRO

Lei 9.504/97 Art. 13 Lei 9.504/97 Art. 14


1 – For considerado inelegível,
em processo que seja assegurado
É FACULTADO ao 2 – Renunciar após o prazo final do Os candidatos que
ampla defesa
partido ou coligação registro, forem EXPULSOS
substituir candidato DO PARTIDO,
e observância das regras
que 3 – Falecer após o prazo final do estatutárias,
registro,
terão seu registro de
4 – Tiver seu registro indeferido ou candidatura CANCELADOS
cancelado. pela Justiça Eleitoral, após
solicitação do partido.

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40

SUBSTITUIÇÃO DE CANDIDATOS SUBSTITUIÇÃO DE CANDIDATOS

Lei 9.504/97 Art. 13, § 1º Lei 9.504/97 Art. 13, § 3º

far-se-á na forma estabelecida no Tanto nas eleições a substituição só se efetivará se o


A escolha do majoritárias como novo pedido for apresentado ATÉ
estatuto do partido a que pertencer o
substituto
substituído, nas proporcionais, 20 DIAS antes do pleito,

e o REGISTRO deverá ser requerido até 10


DIAS EXCETO em caso de falecimento de candidato,
contados do fato ou da notificação do partido da quando a substituição poderá ser efetivada após
decisão judicial que deu origem à substituição. esse prazo.

SUBSTITUIÇÃO DE CANDIDATO NAS ELEIÇÕES SUBSTITUIÇÃO DE CANDIDATO NAS ELEIÇÕES


MAJORITÁRIAS: MAJORITÁRIAS

Lei 9.504/97 Art. 13, § 2º


Se a substituição ocorrer após o período de preparação das se o candidato for de
urnas, não será possível que o nome do candidato substituto Nas eleições majoritárias,
coligação,
conste da urna, mantendo-se, nesse caso o nome e a foto do
candidato que foi substituído.
fazer-se por decisão da maioria absoluta
A dos órgãos executivos de direção dos
Nessa hipótese, o ideal é que seja dada ampla publicação de
SUBSTITUIÇÃO partidos coligados,
tal fato nos meios de comunicação, de maneira que os
eleitores tenham amplo conhecimento de tal situação. DEVERÁ
podendo o substituto ser filiado a
qualquer partido dela integrante,

DESDE QUE o partido ao qual


pertencia o substituído renuncie
ao direito de preferência.

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SUBSTITUIÇÃO DE CANDIDATO NAS ELEIÇÕES SUBSTITUIÇÃO DE CANDIDATO NAS ELEIÇÕES


MAJORITÁRIAS MAJORITÁRIAS

Lei 9.504/97 Art. 2, § 2º


Eleições Majoritárias e substituição após o 2º Turno:
Nos termos do art. 77, § 4º da CF e art. 2º, § 2º da Lei 9504/97, 1) morte
não é cabível a substituição após a realização do primeiro Se, antes de DE
turno: realizado o 2º 2) desistência
CANDIDATO
TURNO, ocorrer 3) ou impedimento legal
CF, Art. 77, § 4º
convocar-se-á, dentre
1) morte O DE MAIOR VOTAÇÃO.
Se, antes de DE os remanescentes,
realizado o 2º 2) desistência
CANDIDATO
TURNO, ocorrer 3) ou impedimento legal Lei 9.504/97 Art. 2, § 3º
remanescer em segundo lugar
Se, na hipótese dos
mais de um candidato com a
convocar-se-á, dentre os parágrafos anteriores,
O DE MAIOR VOTAÇÃO. mesma votação,
remanescentes,
qualificar-se-á o MAIS IDOSO.

SUBSTITUIÇÃO DE CANDIDATO NAS ELEIÇÕES SUBSTITUIÇÃO DE CANDIDATO NAS ELEIÇÕES


MAJORITÁRIAS PROPORCIONAIS

O TSE, no entanto, entende que a aplicação do art. 77, § 4º da Cabe observar, que no caso de eleições proporcionais, a
CF é apenas para as hipóteses de morte, desistência ou substituição também deverá observar os percentuais do art.
qualquer outro impedimento do candidato titular. 10, § 3º.

Assim, caso tais hipóteses recaiam sob o candidato a vice, não Lei 9.504/97 Art. 10, § 3º
há óbice para a sua substituição, ainda que após o 1º Turno
(Ac. TSE nº 20.141/98 e Ac. TSE 14.340/94). Do número de vagas resultante
cada partido ou coligação
das regras previstas neste
preencherá
artigo,

o mínimo de 30% e o máximo de 70% para


candidaturas de cada sexo.

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42

PRAZO PARA DECISÃO DOS PROCESSOS DE


REGISTRO DO CANDIDATO

Lei 9.504/97 Art. 16, § 1º ATÉ 20 DIAS ANTES da data


das eleições,

PRAZO PARA JULGAMENTO


Até a data prevista no todos os pedidos de registro de
PEDIDO DE REGISTRO caput, candidatos,

INCLUSIVE os impugnados
e os respectivos recursos,

devem estar julgados pelas instâncias ordinárias, e


publicadas as decisões a eles relativas.
Parágrafo 1º com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 13.165/2015.

PRIORIDADE DOS PROCESSOS DE REGISTRO

Lei 9.504/97 Art. 16, § 2º


devendo a Justiça Eleitoral
Os processos de registro
adotar as providências
de candidaturas TERÃO
PRIORIDADE sobre
necessárias para o VALIDADE DOS VOTOS
cumprimento do prazo
quaisquer outros,
previsto no § 1º (ATÉ 20 DIAS
ANTES da data das eleições),
CANDIDATO SUB JUDICE
INCLUSIVE com a realização de sessões extraordinárias e
a convocação dos juízes suplentes pelos Tribunais, sem
prejuízo da eventual aplicação do disposto no art. 97 e de
representação ao Conselho Nacional de Justiça.

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43

CANDIDATOS SUB JUDICE CANDIDATO CONCORRENDO SUB JUDICE

Aspecto interessante é o dos candidatos que concorrem sub Lei 9.504/97 Art. 16-A
judice: PODERÁ efetuar todos os
O candidato cujo registro
atos relativos à campanha
REGISTRO DEFERIDO REGISTRO INDEFERIDO esteja sub judice
eleitoral,
1 - Candidato sub judice com 2 - Candidato sub judice com
registro DEFERIDO: registro INDEFERIDO: utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e
na televisão
Teve seu registro deferido, Teve seu registro indeferido, INCLUSIVE
porém, dessa decisão, houve porém, recorreu dessa e ter seu nome mantido na urna eletrônica
recurso do MPE ou de algum decisão. enquanto estiver sob essa condição,
outro legitimado e que ainda
não foi julgado pela instância ficando a validade dos votos a ele atribuídos
superior. condicionada ao deferimento de seu registro POR
INSTÂNCIA SUPERIOR.

CANDIDATO CONCORRENDO SUB JUDICE CANDIDATO CONCORRENDO SUB JUDICE

CÔMPUTO DOS VOTOS PARA OS PARTIDOS - CANDIDATOS


Lei 9.504/97 Art. 16-A, Parágrafo Único
COM REGISTRO INDEFERIDO
O CÔMPUTO, para o respectivo partido ou coligação,
ENTENDIMENTOS DOS TSE

DOS VOTOS atribuídos ao candidato cujo registro esteja 1- Antes da Lei 12.034/2009
sub judice no dia da eleição fica condicionado ao Aplicação do art. 175, § 3º e § 4º do Código Eleitoral:
deferimento do registro do candidato.
CE, Art. 175, § 3º

para todos os efeitos,


Serão NULOS,
os votos dados a candidatos
inelegíveis ou não registrados.

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44

CANDIDATO CONCORRENDO SUB JUDICE CANDIDATO CONCORRENDO SUB JUDICE

CE, Art. 175, § 4º


Assim:
quando a decisão de inelegibilidade ou REGISTRO DEFERIDO REGISTRO INDEFERIDO
O disposto no de cancelamento de registro for
parágrafo proferida a) Votos atribuídos a b) Votos atribuídos a
anterior NÃO SE candidatos com registro candidato sub judice que
APLICA após a realização da eleição a DEFERIDO no dia da eleição, estivesse com registro
que concorreu o candidato mas que posteriormente INDEFERIDO no dia das
alcançado pela sentença, fossem indeferidos: eleições:
Os votos nessa hipótese Nulos para todos os efeitos
seriam conferidos ao Partido (não vai para o partido),
caso em que os votos serão contados para o partido
Político (Art. 175, § 4º - CE). SALVO na hipótese de
pelo qual tiver sido feito o seu registro.
deferimento posterior pelos
Tribunais; (Art. 175, § 3º - CE)

CANDIDATO CONCORRENDO SUB JUDICE CANDIDATO CONCORRENDO SUB JUDICE

Entendimentos dos TSE: Lei 9.504/97 Art. 16-A


Após a Lei 12.034/2009 (entendimento atual – MS 4034-63/AP – PODERÁ efetuar todos os
15.12.2010 e Mandado de Segurança nº 4.223-41/RO, em O candidato cujo registro
atos relativos à campanha
30.6.2011). esteja sub judice
eleitoral,

O Art. 16-A, Parágrafo Único, revogou o Art. 175, e § 4º do


utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e
Código Eleitoral – Se houver o indeferimento do registro
na televisão
posteriormente às eleições pelo TSE, os votos serão nulos INCLUSIVE
para todos os efeitos (não serão computados para a legenda). e ter seu nome mantido na urna eletrônica
enquanto estiver sob essa condição,
O cômputo, para o respectivo partido ou coligação, dos votos
atribuídos ao candidato, cujo registro esteja sub judice no dia ficando a validade dos votos a ele atribuídos
da eleição, fica condicionado ao deferimento do registro do condicionada ao deferimento de seu registro POR
candidato. INSTÂNCIA SUPERIOR.

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45

CANDIDATO CONCORRENDO SUB JUDICE DEBATES

Lei 9.504/97 Art. 46


Lei 9.504/97 Art. 16-A, Parágrafo Único
é FACULTADA a transmissão
INDEPENDENTEMENTE da
O CÔMPUTO, para o respectivo partido ou coligação, por emissora de rádio ou
veiculação de propaganda
televisão de debates sobre as
eleitoral gratuita no
eleições majoritária ou
DOS VOTOS atribuídos ao candidato cujo registro esteja horário definido nesta Lei,
proporcional,
sub judice no dia da eleição fica condicionado ao
deferimento do registro do candidato. ASSEGURADA a participação de candidatos
dos partidos com representação superior a 9
DEPUTADOS,
SENDO
e FACULTADA a dos demais, observado o
seguinte:
Caput com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 13.165/2015.

DEBATES DEBATES

Lei 9.504/97 Art. 46


Lei 9.504/97 Art. 46 a) em conjunto, estando
presentes todos os III – os debates deverão ser parte de programação previamente
I – nas eleições majoritárias, candidatos a um mesmo estabelecida e divulgada pela emissora, fazendo-se mediante
a apresentação dos debates cargo eletivo; sorteio a escolha do dia e da ordem de fala de cada candidato,
poderá ser feita:
b) em grupos, estando SALVO se celebrado acordo em outro sentido entre os
partidos e coligações interessados.
presentes, no mínimo, 3
CANDIDATOS;
Lei 9.504/97 Art. 46, § 1º

II – nas eleições proporcionais, os debates deverão ser Será admitida a sem a presença de candidato de
organizados de modo que assegurem a presença de número realização de debate algum partido,
equivalente de candidatos de todos os partidos e coligações a DESDE QUE o veículo de comunicação responsável
um mesmo cargo eletivo, PODENDO DESDOBRAR-SE EM comprove havê-lo convidado com a antecedência
MAIS DE UM DIA; mínima de 72 HORAS da realização do debate.

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46

DEBATES DEBATES

Lei 9.504/97 Art. 46, § 2º


Lei 9.504/97 Art. 46, § 5º
de um mesmo candidato a eleição
É VEDADA a presença
proporcional Para os debates que se realizarem serão consideradas
no primeiro turno das eleições, APROVADAS as regras,
em mais de um debate da
mesma emissora. INCLUSIVE as que definam o número de participantes,
Lei 9.504/97 Art. 46, § 3º que obtiverem a concordância de pelo menos 2/3 dos
candidatos aptos, no caso de eleição majoritária, e de
O descumprimento do disposto neste artigo sujeita a empresa
pelo menos 2/3 dos partidos ou coligações com
infratora às penalidades previstas no art. 56.
candidatos aptos, no caso de eleição proporcional.
Lei 9.504/97 Art. 46, § 4º

O debate será realizado segundo as regras estabelecidas em


acordo celebrado entre os partidos políticos e a pessoa
jurídica interessada na realização do evento, dando-se ciência
Parágrafo 5º com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 13.165/2015.
à Justiça Eleitoral.

Anotações Anotações

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