Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
do Campo Lacaniano
Catálogo
2020–2022
Edição Brasileira
A versão brasileira conta com a participação de:
Revisão
Cícero Oliveira
Denise Jalles — FCL-Niterói
Dominique Fingermann — FCL-São Paulo — IF-EPFCL-Brasil
Glaucia Nagem — FCL-São Paulo — IF-EPFCL-Brasil
Roselli Rodela — Fórum Nacional Rede Diagonal Brasil-Aracajú
Diagramação
Sonia Peticov
Adequação da capa
Débora Nagem Ruggero
Internacional dos Fóruns do Campo Lacaniano
Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano
Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano – Brasil (EPFCL-Brasil)
Rua Goethe, 66 – 2º Andar
CEP: 22281-020 – Rio de Janeiro/RJ – Brasil
Tel./fax: (55) 21 2527 6624
fclrj@fcclrio.org.br / www.campolacaniano.com.br
www.champlacanien.net
Sumário
APRESENTAÇÃO 6
Internacional dos Fóruns do Campo Lacaniano
Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 8
Lista alfabética de membros (IF-EPFCL) 9
Lista de zonas da IF-EPFCL 137
Lista nominal dos Fóruns do Campo Lacaniano 138
Décimo catálogo da Internacional dos Fóruns do Campo Lacaniano (IF) e nono da Escola de
Psicanálise dos Fòruns do Campo Lacaniano (EPFCL), este volume materializa o caminho
percorrido desde julho de 1998, data da criação dos Fóruns, seguido da oposição de seus
membros fundadores à política praticada pela associação de que eram até então membros.
Os Fóruns do Campo Lacaniano não são escola mas campo. Não outorgam nenhuma
garantia analítica. Acolhem todos aqueles que de um modo ou outro se sentem concernidos
pela psicanálise orientada pelo ensino de Jacques Lacan e estão interessados no estudo
da psicanálise, suas conexões ou sua aplicação fora do dispositivo analítico. Em particular,
as conexões com as práticas sociais e políticas confrontadas aos sintomas da época e os
laços com outras práticas teóricas (ciências, filosofia, arte, religião etc.) são especialmente
de sua atribuição.
Desde 1999, a Internacional dos Fóruns do Campo Lacaniano é uma federação de
diversos fóruns – distribuídos no mundo com mais de 1900 membros – agrupados em oito
zonas (zona francófona, zona Anglófona, Espanha, Itália, América Latina Norte, América
Latina Sul e Brasil). Uma carta define os princípios gerais. O funcionamento da IF-EPFCL é
assegurado em nível internacional pelo Colégio dos Representantes, que se articula em
nível nacional e regional com os delegados dos Fóruns os quais integram, por sua vez, o
Colegiado dos Delegados.
A Escola Internacional de Psicanálise do Campo Lacaniano foi criada em dezembro de
2001, por votação da assembleia da IFCL, como resultado de um amplo debate sobre o
que deve ser uma Escola de psicanálise orientada pelo ensino de Jacques lacan. Suas
estruturas e finalidades são definidas no texto “Princípios para uma Escola orientada pelos
ensinamentos de Sigmund Freud e de Jacques Lacan”. A Escola de Psicanálise dos Fóruns
do Campo Lacaniano tem como objetivo transmitir a experiência original que constitui
a psicanálise, elaborar o saber, de permitir a formação dos analistas, fundamentar sua
qualificação e garantia. O funcionamento da Escola é assegurado em nível internacional
por dois Colegiados: o Colegiado Internacional de Garantia (CIG) e o Colegiado de
Animação e de Orientação (CAOE)
A Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano outorga uma garantia
cujos títulos foram definidos por Lacan. O título de Analista membro de Escola (A.M.E.)
é outorgado por uma Comissão de Habilitação Internacional sobre proposições das
Comissões locais. O título de Analista de Escola (AE) é outorgado pelos Cartéis do Passe
compostos no seio do Colegiado Internacional de Garantia.
Apresentação 7
ALVES Amanda Freitas Vince Rua Alfredo de Oliveira, 96, apto 101, Califórnia, Nova
José Barreto Parente, 725 apto 404 – CEP 60811160 Iguaçu, Rio de Janeiro, CEP 26220-210
Tel +55 (85) 987153443 Tel +55 21 3767 1130 – 21 99647 6070
E-mail dinhavince@gmail.com E-mail sambrozino@hotmail.com
Félix Robin Ferreira 1928, CP 5000 Córdoba, Argentina Senhora de Nazaré. Natal/RN – Brasil. CEP 59062 – 195;
Tel +54 9 351 292 8243 Consultório: Avenida Antônio Basílio, 3006. Lagoa
E-mail maflorenciaaquino@hotmail.com Center, sala 512. Lagoa Nova. Natal/RN, Brasil. CEP
59056-901
ARACENA PÉREZ Freddy Tel (55 84) 999 858 954
Doctor en filosofía con concentración en Psicología E-mail dgarim@gmail.com
Clínica por la Universidad de Puerto Rico. B.A. en artes
con concentración en Filosofía de la Universidad de ARAÚJO Manuela Viana Seródio
Puerto Rico. Catedrático Auxiliar en el Instituto de Pós graduada em Psicanálise pela UVA
Cooperativismo de la Universidad de Puerto Rico. Práctica Rua Francisco Mendes, 49 Apt. 205, Cabo Frio
privada en Espacio Analítico Tel 22 992792460
P.O. Box 25034, San Juan P.R. 00928 E-mail manuelaserodio@yahoo.com.br
Tel (787) 226 5324
E-mail aracenafreddy@gmail.com ARAÚJO Maria Lúcia
Membro de Escola, AP, Délégué 2020-2022
ARAGÃO Katarina Psicóloga, Especialização em tratamento e escolarização
Membro de Escola, AP de crianças com distúrbios globais de desenvolvimento,
Doutoranda em Psicologia pela USP
Rua Dr. José Calumby, 133. Bairro Suissa. Aracaju-SE Av. Nossa Senhora da Assunção, 840 – Butantã – CEP
Brasil – CEP 49050020 05359-001 – São Paulo – SP
Tel 79 991443403 Tel +55 11 9 9848 9334
E-mail katarinak1110@hotmail.com E-mail araujomalu@uol.com.br
Av. Anízio Azevedo, 675, Sala 101, Centro Médico Luiz Isla Redonda, 42, 28400 Collado de Villalba Madrid,
Cunha. – CEP 49020-240 – Aracaju/SE– Brasil España
Tel (55 79) 99956 6588 Tel (34) 605462312
E-mail carinaandrade@yahoo.com.br E-mail ignacio.arraiza@gmail.com
BARRIOS BRESCIANO Carolina Av. Avenida das Américas, 500, bloco 20, sala 205. Barra
Licenciada en Psicologai, Especialidad en Psicopatologia da Tijuca – Rio de Janeiro-RJ. CEP22640-100
infantojuvenil; Docente FCCL Tel 21 99324 7515
Avda. General Perón,19, 1, Bajo Dcha. 2820 Madrid, E-mail adrianadab@gmail.com
España
Tel (34)686897116 BASTOS Paula
E-mail barriosbresciano.carolina@gmail.com Bacharel em Psicologia, Especialista em Psicologia
Hospitalar Cepsic-USP.
BARROS Tallita Araújo Vieira Rua dos Mundurucus, 822, apt 1002. Bairro Jurunas,
Avenida Virgílio Távora, 1901, sala 204. Ed. Novem Center CEP 66025660, Belem-PA
– Bairro: Meireles. Fortaleza, Ceará. CEP 60170-250 Tel 091988499015
Tel +55 (85) 999257131 E-mail paulafbastos89@gmail.com
E-mail tallita.psican@gmail.com
BATISTA Carolina França
BARTICEVIC Maria Cristina Psicóloga pela Universidade de Brasília (UnB, 2011).
Délégué 2020-2022 Especialista em Clínica Psicanalítica pelo Instituto de
Collegio di Clinica Psicoanalitica Onlus – Roma, Curante Psiquiatria (UFRJ, 2017). Mestre em Psicologia Clínica e
CCP-Sede Clinica Cultura (UnB, 2014). Especialista em Teoria Psicanalítica
Via Aristide Gabelli, 31 – 00135 Roma, Italia (UnB, 2013).
Tel (+39) 392 7144461 Travessa Euricles de Mattos n. 28 CEP 22.240-010 –
E-mail cristinabarticevic@gmail.com Laranjeiras – Rio de Janeiro-RJ – Brasil.
Tel (55 21) 9 96 16 05 67
BARUZZO Irene E-mail carolina.psifb@gmail.com
Membro de Escola, AP
Psicologa, Psicoterapeuta (diploma ICLeS-VE), Consulente BATISTA Daniela
Istituti scolastici prov. BL Psicóloga, Mestre em Psicologia(EFBA), Doutoranda em
Via Feltre, 20 – 32100 Belluno, Italia Psicologia (UFBA)
Tel (39) 346 9523124 Rua professor Francisco da Conceição Menezes, 145.
E-mail irenebaruzzo@libero.it Edf Vila Litório, ap 101. Rio vermelho. CEP 41950-470.
Salvador – Bahia.
BASEGGIO Sandra Tel +55 71 99682 6604
E-mail baseggio.sandra@gmail.com E-mail danielabatista2@gmail.com
Barrio Dalvian – Cerro de la Quebrada 705 – Ciudad Psicóloga (Universidade de Buenos Aires) Mestre e Doutora
Mendoza – 5500 Mendoza, Argentina em Psicologia Clínica (Universidade de São Paulo)
Tel (54) 9 261 5860888 Rua Engenheiro Francisco Azevedo, 822 – Jd. Vera Cruz –
E-mail solebermejo@yahoo.com São Paulo – SP
Tel + 55 11 98208 8239 – 11 3864 1144
BERNARD David E-mail sandra.berta@alumni.usp.br
Membro de Escola, AME, LIPP(2020)
Doctorat de psychopathologie, maître de conférences BERTOLO Elza
à l’université de Rennes II, enseignant au Collège de Psicóloga; Pós-graduação em Psicanálise
clinique psychanalytique de l’Ouest Rua Nair de Castro Cunha, 82/302 Cascatinha – Juiz de
20 rue des Fossés 35000 Rennes, France Fora (MG) CEP : 36033-260
Tel 02 99 63 38 93 Tel (32) 3236 4348 – ( 32) 99921 6292
E-mail dabernard2@yahoo.fr E-mail elbejf@yahoo.com.br
BOTERO GIRALDO Sol Beatriz 14 rue du Pont de Tounis 31000 Toulouse, France
Membro de Escola, Délégué 2020-2022 Tel 05 62 26 70 91 – Fax 05 61 25 54 52
Psicóloga universidad san Buenaventura; Magister E-mail seyroux@aol.com
Universidad de Barcelona en psicoanálisis y clínica
Consultorio calle 4 sur # 43 a 157 consultorio 157 centro BOUSSEYROUX Nicole
ejecutivo Membro de Escola, AME
Tel (57) 3187351198 – (57) 4 3878892 Psychologue, enseignante au Collège de clinique
E-mail solbeatrizbotero@une.net.co psychanalytique du Sud-Ouest
32 place Mage 31000 Toulouse, France
BOTO CRESPO Luis Tel 05 61 25 54 52 – Fax 05 61 25 54 52
Master of Business Administration (MBA); Maîtrise de E-mail seyroux@aol.com
sociologie
Tel (32) 477 558 686 BOUTEILLE Bernard
E-mail botoluis@hotmail.com Maître de conférences honoraire en Sémiotique
2 place Jean Moulin 25000 Besançon, France
BOTTONE Mario Tel 06 61 78 90 56
Membro de Escola, AP E-mail bouteillebernard@wanadoo.fr
Psicologo, Psicoterapeuta – Dirigente Psicologo presso
l’Azienda Ospedaliera Universitaria «Federico II» di BOVAGNET Brigitte
Napoli, Docente Icles (Istituto per la Clinica dei Legami 8 rue Montesquieu – 38230 Eybens, France
Sociali legalm. riconosciuto MIUR) Tel +33 6 80 58 75 35
Via Luigi Settembrini 61 – 80138 Napoli, Italia E-mail brigitte.bovagnet0336@orange.fr
Tel (39) 3334704619 – (39) 08119360436
E-mail bottone.mario@fastwebnet.it BOVE Loredana
Psicoterapeuta
BOUCHER France via Cesare Battisti, 71 Avezzano (Aq), Italia
Membro de Escola Tel (39) 349 5826778
Licenciée en Sociologie, AESS Enseignante E-mail loredanabove@hotmail.com
65, rue Emile Banning 1050 – Bruxelles, Belgique
Tel (32) 2 644 16 22 – (32) 474 745 766 BRACHO GHERSI Joel
E-mail france.boucher@worldonline.be Délégué 2020-2022
Abogado y licenciado en Letras
BOUDIN Isabelle Dirección de trabajo: Articruz, S.A., PH Ofidepósitos, Local
Membro de Escola, AP, Délégué 2020-2022 3, Las Mañanitas, Panamá
D.E.S.S. de psychologie clinique et de psychopathologie, Tel +507 6806 5885 – +507 292 34 88
psychologue clinicienne E-mail joelbrachog@yahoo.com
2bis-4, rue Ernest Prados – Villa Oasis – 13 090 Aix en
Provence, France BRANDÃO Eduardo Ponte
Tel 06 20 34 35 36 – 04 42 91 36 28 rua senador Euzebio 25/402 – Flamengo – CEP 22250-080
E-mail isah.boudin@sfr.fr Tel (21) 99607 6029
E-mail eduardopbrandao@gmail.com
BOURGUELOT Brigitte
Psychologue clinicienne BRASSIER Vanessa
52 rue du Temple – 75004 Paris, France Membro de Escola, AP, Délégué 2020-2022
Tel +33 6 12 77 09 22 Psychologue clinicienne; DESS de psychologie clinique et
E-mail bourguelotbrigitte@gmail.com psychopathologie, doctorat de psychanalyse (Paris VII)
30 rue Boulard – 75014 Paris, France
BOUSQUET-PROTHAIS Nathalie Tel 06 88 02 09 46
65 boulevard Charles Arnould – 51100 Reims, France E-mail vanessabrassier@yahoo.fr
Tel 06 26 01 61 79
E-mail n.bousquet51@orange.fr BRATIS Dionissios
Psychologist – Panteion University of Social and Political
BOUSSEYROUX Michel Sciences, department of Psychology – University of
Membro de Escola, AME Athens Medical School, MSC Molecular and Applied
Médecin psychiatre, enseignant au Collège de clinique Physiology – “Sotiria” General Hospital of Chest Diseases,
psychanalytique du Sud-Ouest Psychiatric Department.
26 Lista alfabética de membros (IF-EPFCL)
Tel (39) 02 45488334 – (39) 339 5709053 Calle 20 No. 20 SUR -44 Medellín Colombia
E-mail franco.bruni@fastwebnet.it Tel (57) (4) 317 2394 – 300 644 6886
E-mail julybueno02@hotmail.com
BRUNIE Bernard
Membro de Escola, AME BUFACCHI Fabrizio
Psychiatre, A.I.H.P Collegio di Clinica Psicoanalitica Onlus – Roma, Curante
9 rue du Rempart Saint-Roch 84000 Avignon, France CCP-Sede Clinica
Tel +33 4 90 85 24 78 Circonvallazione Trionfale – 00195 Roma, Italia
E-mail bernard.brunie@numericable.fr Tel (+39) 06 39749942 – (+39) 338 1726392
E-mail fabrizio.bufacchi@virgilio.it
BRUNIE Marie-Madeleine
9, rue Rempart Saint Roch – 84000 Avignon, France BUHLEA Antonio Mihai
E-mail madbrunie@gmail.com Membre en formation en psychothérapie intégrative
Strada Arhitect Duiliu Marcu Nr. 5 Bl.15 Sc .C ap 10,
BRUNO Raffaele
Membro de Escola Timisoara, Roumanie
Psicologo, Psicoterapeuta (Diploma ICLeS, Istituto Clinica Tel 0040737 794 939
Legami Sociali, quadriennale legalm. riconosciuto MIUR) E-mail antoniobuhlea@yahoo.com
Via Siepe Nuova, 212- 80027 Frattamaggiore (Napoli),
Italia BUISEL QUINTANA María
Tel (39) 320 6115661 Scalabrini Ortiz 3329 4 C, CABA, Argentina
E-mail dr.raffaelebruno@gmail.com Tel 1155707632
E-mail mariabuisel@gmail.com
BRUSA Isabella
Psicologo, Psicoterapeuta (Diploma ICLeS, Istituto Clinica BUK Léa
Legami Sociali, quadriennale legalm. riconosciuto MIUR) DNSEP de l’École Nationale Supérieure d’Arts de Paris-
– Coll. Consultorio Familiare La Casa di Varese. Cergy; DESS Image et Société; Artiste auteur, Art
Via Duca D'Aosta 20, 21100 Varese, Italia thérapeute
Tel (39) 328 3717062 20 rue André Theuriet – 06100 Nice, France
E-mail i.brusa@tiscali.it Tel 07 77 98 21 24 – 04 89 14 63 20
E-mail lea.buk71@gmail.com
BRUSCHI Adriana
Lic. En Psicología BUSNELLI Silvia
Av. de Mayo 1370 Palacio Barolo piso 10 Dto. 262 Membro de Escola, AP
Tel (5411) 4381 3811 – (54911) 15 5 947 6166 Psicologa insegnante Istituto Comprensivo “A. Diaz”,
E-mail adribruschi@gmail.com Meda, Collegio di Clinica Psicoanalitica Onlus –
Roma
BUCCIOL Annalisa Via Vignoni, 11 – 20821 Meda – MB Italia
Membro de Escola, AP Tel (+39) 348 7421327
Psicoterapeuta (diploma ICLeS-VE), Psicologo A. Disabilità
E-mail busnellisilvia@libero.it
Coop. Rochdale
Via Repolle 18, 33080 Porcia (PN) e Via Santa Lucia 42, BUTTINI Matías
35139 Padova, Italia Membro de Escola, AME, Délégué 2020-2022
Tel (39) 349 0516602
Lic. En Psicología.
E-mail annalisa.bucciol80@gmail.com
Concepción Arenal 2741 Timbre B (Consultorio) CABA –
BUENO Marcelo Argentina
Doutor em Estudos da Tradução Tel (+54911) 5 486 2223 – (+5411) 4771 7830
Rua Manoel Inácio de Souza, n. 1064, Bloco B, Sala 4, E-mail matiasbuttini@hotmail.com
Santa Fé – Campo Grande – MS, Brasil. CEP 79021 190
Tel +55 (67) 99191 9929 CABABIÉ Ricardo Benjamín
E-mail mbueno.psicanalise@gmail.com Membro de Escola, AP
Dr. en Psicología Clínica
BUENO RESTREPO Juliana María Juan D. Perón 3772 10º B* Ciudad Autónoma de Buenos
Membro de Escola, AP Aires, Argentina
Psicóloga, Especialista en Psicología Clínica. Énfasis en Tel (5411) 4 982 3769 – (54911) 15 6475 0020
Salud Mental. Magister en Investigación Psicoanalítica. E-mail rcababie@hotmail.com
28 Lista alfabética de membros (IF-EPFCL)
Rua General Rocca 440 sala 124 Tijuca, Rio de Janeiro CHAMOUN-ZINO Sonia
CEP 20521070 Docteure en Psychologie Clinique et Pathologique,
Tel (21) 2568 2207 – (21) 3153 2058 – (21) 995 727228 Consultations en libéral
E-mail georginacerquise@terra.com.br Résidence Abou Hamra, Rue ksara Zahlé, Liban
Tel +961 3 549788
CERRI Annalisa E-mail soniaczino@gmail.com
Membro de Escola, AP
Psicologo, psicoterapeuta (Diploma ICLeS, Istituto Clinica CHAMPROUX Dominique
Legami Sociali, quadriennale legalm. riconosciuto MIUR) Membro de Escola
– Presidente Associazione Contatto ONLUS per le Reti Psychologue clinicienne, C.M.P. enfants de Chaville
Sociali Naturali – Cons. Psicoterapeuta ABA (Ass. studio 4 rue Tolain 75020 Paris, France
e ricerca anoressia, bulimia e disordini alimentari) di Tel 09 83 82 97 91 – 0663 16 93 97
Milano E-mail dchamproux@gmail.com
Via Bellerio, 32 -20161 Milano
Tel (39) 349 5724105 CHANA GONZÁLEZ Virginia
E-mail annalisacerri.contatto@gmail.com Membro de Escola, AP
Psicologa en el CAD. Docente FCCL
CEVASCO Rithée c / Osa Menor, 6 Rivasvaciamadrid, 28529 Madrid, España
Membro de Escola, AME, Délégué 2020-2022
Tel (34) 91 499 15 56 – (34) 647805213
Socióloga, Miembro Centro de Investigación: Psicoanálisis
E-mail chana.gonzalez@hotmail.com
y Sociedad (Barcelona) ex-chercheur au CNRS, co-
responsable des éditions S&P a Barcelone. CHANAL Marie-Pierre
Aragon 233-ler étage, 1-A Barcelone, España – 31, Bd 6 rue des Fossés 63200 Marsat, France
Richard Lenoir, 75011 Paris, France
Tel 04 73 38 26 24
Tel (34) 618 48 06 55 – (34) 93 415 20 72 – (33) 1 48 07
E-mail mp.chanal@hotmail.com
12 31
E-mail ritcev@yahoo.fr CHANDRA Rohini
Délégué 2020-2022
CHACCOUR Elisabeth
Weissgerbergraben 3, Room 109/2 – Regensburg 93047 –
Maîtrise d’enseignement d’histoire, maitrise de
Bavaria – Germany
psychologie clinique
14 place Plô de la Rustan – 81370 Saint Sulpice la Pointe, Tel +49 178 1694913
France E-mail rohinichandra11@gmail.com
Tel 05 63 45 31 54
CHANIAC Régine
E-mail e.chaccour@wanadoo.fr
90 rue du Chemin Vert – Bâtiment Bourgogne – 75011
CHACÓN MORALEDA Montserrat Paris, France
Membro de Escola, AP Tel 06 60 52 70 48 – 01 43 55 73 30
Psicóloga, especialidad en Psicologia Clínica E-mail reginechaniac@gmail.com
Espronceda, 267, 5º – 3ª, Esc. Izq. – 08018 Barcelona,
España CHAPUIS Jorge
Tel (34) 616 95 98 75 – (34) 937 72 03 33 Membro de Escola, AP
E-mail moncham@copc.cat Responsable de las ediciones S&P del Centro d
investigación Psicoanálisis y Sociedad; Designer, Systems
CHAGAS Kassia F. analyst
Graduada em Psicologia Tel +34 933 234 969 – +34 675 601 438
Rua Carmem Miranda, 133, Outeiro, Araruama E-mail chapuis@telefonica.net
Tel 22 998316287
E-mail kassiaf.chagas@hotmail.com CHARLES Christophe
Membro de Escola, CIG(2020-2022)
CHALHOUB Mounir Médecin généraliste
Docteur en Psychologie, Consultations en libéral, Being 120, place Mirabeau 84120 Pertuis, France
L.C.T.C. Centre de psychothérapie et de psychanalyse Tel 04 90 68 02 56 – 06 09 50 90 44
Résidence Razzouk, Zone Blanche, CityRama – Beyrouth, E-mail christophe.charles4@wanadoo.fr
Liban
Tel +961 70 282529 CHATELARD Daniela Scheinkman
E-mail mounir.chalhoub@beinglctc.org Membro de Escola, AP, Délégué 2020-2022
34 Lista alfabética de membros (IF-EPFCL)
Rua João Pedro Tesch, Vila Felipe, CEP 25.635-300 – COPPOLA Angela
Petrópolis-RJ – Brasil Délégué 2020-2022
Tel (55 24) 981 149489 – (55 24) 22425271 Psicologo, Psicoterapeuta (Diploma ICLeS – Istituto per
E-mail condolotatiane@gmail.com la Clinica dei Legami Sociali, quadriennale legalm.
riconosciuto MIUR) – Docente di Filosofia e Scienze
CONNELLY Marina umane (Scuole Secondarie di secondo grado)
BA(Hons), MA, (Doctoral candidate, Harvard Via G. Mameli 17B – 80030 – Roccarainola (Napoli), Italia
University), Member of the Australian Centre for Tel (39) 3393726383
Psychoanalysis. E-mail angelacoppola.6866@icloud.com
48 Park Drive, Parkville, Vic, 3052
Tel +61 4 565 70802 COPPOLA Marzio
E-mail connelly@fas.harvard.edu Membro de Escola
Psicologo, Psicoterapeuta (Diploma di specializzazione
CONRAD Mariel Elizabeth in Psicologia Clinica –Università Federico II di Napoli) –
Docente especializada en educación primaria, Estudiante Formazione Clinica ICLeS (Istituto Clinica Legami Sociali,
de Psicopedagogía Universidad de Girona. quadriennale legalm. Riconosciuto) – Coll. volontario
Narcís Macià Domenech Nro 25 Esc C , Lloret de Mar – presso D.S.M.S. di Scampia – ASL Napoli
CP 17310 – Girona, España Via G. Bonito 29 (Napoli) – Italia
Tel (0034)658969628 Tel (39) 3776774133
E-mail mymconrad@yahoo.com.ar E-mail marziocopp@gmail.com
DOMÍNGUEZ MORENO Alejandro Rua Barbosa de Freitas, 300 apto 1903 – Meireles, CEP 60
Membro de Escola, AP 170 020
Psicólogo Tel (85) 9 9998 3393
Avda. de Kansas City, 30, 708, 41007 Sevilla, España E-mail sandra.lacaniana@gmail.com
Tel (34) 954925329 – (34) 667006651
E-mail aler@cop.es DRACH Marcel
Président d’Esper Ados (accueil de préadolescents par des
DOMINGUEZ Natalia psychanalystes), Maître de conférences à l’université de
Lic. en Psicología (UBA) Paris-Dauphine
Av. Directorio 666 3º C 1424- Ciudad autónoma de 97 rue Monge – 75005 Paris, France
Buenos Aires, Argentina; Consultorios: Alberti 93 4° C. Tel 06 86 17 56 47 – 01 43 36 64 89
Ciudad Autónoma de Buenos Aires; Carlos Gardel 12- E-mail mdrach@camp.org
Lanús Oeste
Tel (5411) 4932 6637 – (54911) 154168 6003
DRAPIER Jean-Pierre
Membro de Escola, AME, CRIF(2020-2022)
E-mail nataliapsi@hotmail.com
Psychiatre, A.I.H.P.R.P.; enseignant au Collège de clinique
DONATO Alessandra Monteiro psychanalytique de Paris
Pedagoga/ Pós graduanda em Psicanálise, Clínica e Cultura 61 rue Féray – 91100 Corbeil-Essonnes, France
Rua Pedro Álvares Cabral 138, sala 221, Nilópolis- Centro- Tel 01 60 88 92 36 – Fax 01 60 88 92 36
RJ – CEP 26525-052 E-mail drapier.jp@gmail.com
Tel +55 21 99384 2206
DU LORIER Pierrette
E-mail amonteirodonato@gmail.com
Membro de Escola, AP
D.E.S.S. de psychologie clinique, maîtrise de philosophie,
DONATO Candelaria
psychologue clinicienne
Via Nicolò V, 9 – 00165 Roma, Italia
5 rue de Lémery 76000 Rouen, France
Tel (+39) 345 9260019
Tel 02 35 07 78 23
E-mail candelariadonato@hotmail.com
E-mail jm.nicolle@wanadoo.fr
DONGHI Alicia DUARTE Lenita Pacheco Lemos
Membro de Escola, AP
Membro de Escola, AP
Lic. en Psicología Psicóloga, Especialista em Psicanálise. Mestre em Pesquisa
Pje. Bollini 2268 Ciudad Autónoma de Bs. As, Argentina e Clínica em Psicanálise
Tel (5411) 48054547 – (54911) 15 4421 0181 Cond. Jardim Ubá, 7 Rua A Quadra C, número 58
E-mail alidonghi@gmail.com Pendotiba – CEP 24320 110 – Niterói / RJ Brasil
Tel (55) 21 2616 1400 – 21 98800 3581
DONMEZ Idil E-mail duartelenita@gmail.com
Etudiante à UFR d’études psychanalytique (Paris 7 Diderot)
65 Rue de Chabrol – 75010 Paris, France DUARTE Lorena Gisel
Tel +33 7 67 34 55 25 Lic. en Psicología
E-mail idildonmez@gmail.com Alvear 2460 – Posadas Misiones, Argentina
Tel +54 3764199112
DORFMAN Eddie E-mail loreduarte.9115@gmail.com
student
4 Lilian Close, N16 0S9, London, England DUBOC-PEROTIN Sophie
Tel 07508896488 – 020 72494877 570 avenue de la mer 11210 Port La Nouvelle, France; 22
E-mail eddorfman2@gmail.com rue Rossini 11100 Narbonne -France
Tel 06 82 88 80 09
DOUIRIN Aurélie E-mail sophieperotin@orange.fr
Master 2 de psychologie clinique et psychopathologie –
psychologue clinicienne DUBOIS Eric
11, rue Jean Escoula – 65200 Bagnères de bigorre, France Membro de Escola, AP
Tel + 33 6 42 61 74 42 25 rue des Brus 81000 Albi, France
E-mail aurelie_douirin@yahoo.fr Tel 05 63 38 66 25 – 06 24 44 55 22
Licenciada en psicología. Especialista em Psicología Clínica, 23 chemin de la Valleyre 1052 le Mont- sur- Lausanne,
docente del Ateneu de clínica psicoanalítica – Catalunya Suisse
(FCCL),Centre d’Atenció a la Petita Infància – Agalma Tel (41) 21 652 07 87 – Fax (41) 21 652 07 87
Mare de Déu del Coll, 44-50, Ático 1ª – 08023 Barcelona, E-mail fpduruz@cheerful.com
España
Tel (34) 607 16 19 47 DUTESCU Michaela
E-mail c.duenas@copc.cat Psicologo, Specializzanda ICLeS, (Istituto Clinica dei Legami
Sociali, quadriennale legalmente riconosciuto MIUR)
DUGUET Claire in tirocinio presso Psicopatologia dell’Età Evolutiva, Pad
Membro de Escola, AP, Délégué 2020-2022 24 dell’ASST Grande Ospedale Metropolitano Niguarda,
D. E. S. S. de Psychologie clinique et psychopathologie, Milano
D.E.A. de psychanalyse Via Solferino 24 – 20121 Milano, Italia
16 avenue des Molières 78470 Saint-Rémy-les-Chevreuse, Tel (39) 3381207987
France E-mail mihaela.dutescu83@gmail.com
Tel 09 51 28 98 84 – 06 88 59 17 94
E-mail claireduguet@free.fr DUTOIT Pascale
Membro de Escola, AP
DUJEANCOURT Yann D.E.S.S. psychologie clinique, psychologue clinicienne
4 rue Piroux – 54000 Nancy, France I.T.E.P. «La Tremblaye» C.H.R.S. «Villa Myriam» à Agneaux
Tel 03 83 36 62 06 (50)
E-mail dr.dujeancourt@gmail.com 78 boulevard Alsace Lorraine 50200 Coutances, France
Tel 02 33 45 12 13 – 06 83 86 87 43
DUMARDE Andressa de Lacerda E-mail pascale.dutoit@wanadoo.fr
Pós graduada em Psicanálise pela UVA
Rua Alfredo Requeijo, Lt. 14, Q. 16, Pte. Dos Leites, EDINGTON Vera Lucia Tourinho
Araruama Psicóloga e mestre em psicologia do desenvolvimento
Tel 22 999647979 pela UFBA, membro-fundadora da Redepião: Estudos e
E-mail andressadumard@gmail.com Pesquisa em Psicanálise e Criança
Rua Altino Serbeto de Barros, no. 173, edf. Atlantis
DUNKER Cristian Ingo Lenz Multiempresarial, sala 1705 – Pituba Salvador, Ba. Brasil
Membro de Escola, AME CEP 41830-492
Livre Docente Tel 71 999710880
Rua Abílio Soares, 932 – Paraíso – 04005-003 – São Paulo E-mail veraedington@hotmail.com
– SP
Tel +55 11 3887 0781 EFFEGEM DE SOUZA Danuza
E-mail chrisdunker@usp.br Graduada em Psicologia (Universidade Federal
Fluminense); CRP: 05/47503; Licenciatura em Língua
DUPERUT Fedra e Literatura de Língua Inglesa (Universidade Federal
Lic. en Psicología do Espírito Santo – UFES); Mestrado em Psicologia,
El Limón 193 – El Bermejo – Guaymallen – 5500 Mendoza, Universidade Federal Fluminense – UFF; Doutorado
Argentina em Psicologia, Universidade Federal Fluminense – UFF
Tel (54) 9 261 3060879 (cursando) – Consultório em Niterói
E-mail fedraduperut@hotmail.com.ar Rua Dr. Paulo Alves, nº 144, apto. 1001, Ingá, Niterói-RJ,
CEP 24210-445, Brasil
DUQUE VERGARA Carolina Tel 2622 4637 – 9198 1862
Psicóloga UCV, mención Clínica Dinámica Docente E-mail danuzaeffegem@ig.com.br
del Postgrado de Psiquiatría del Hospital General
Universitario «Dr. Luis Gómez López», Cátedra: Conceptos EGUILLON Christine
Psicoanalíticos Membro de Escola
Consultorio 224, Piso 2, Torre Cristal, Clínica Razetti, (cab.) 70 rue de Paris 93260 Les Lilas, France
Barquisimeto – Venezuela Tel 01 43 62 73 61 – 06 71 19 59 44
Tel (58) 251 233 69 84 – (58) 416 124 76 75 E-mail christine.eguillon@gmail.com
E-mail carolinaduque12@gmail.com
EICHLER Eric
DURUZ Françoise 1155 Sherman St., Suite 316 Denver, CO 80203, USA
Membro de Escola, AP Tel 510 367 8965
Licence en psychologie de l’UCL E-mail ericeichlerlcsw@gmail.com
48 Lista alfabética de membros (IF-EPFCL)
Ed. Commodoro, apto. 14, Calle Autantepuy, Col. De Bello EXPERTON Silviane
Monte, Caracas – Venezuela M.A. Art therapist Profac certified «d’état» Fine arts teacher,
Tel (58) 02128359329 – (58) 04142859390 lycée Rochambeau
E-mail giespina@gmail.com 4708 Butterworth Place NW, Washington D.C., USA
Tel 202 674 2656
ESTEVÃO Ivan Ramos E-mail lepollexperton@gmail.com
Membro de Escola, AP, Délégué 2020-2022
Psicólogo, Mestre e Doutor em Psicologia Clínica (USP); FABRA SÁNCHEZ Miquel Àngel
Professor da USP Membro de Escola, AP
Tel +55 11 9 9436 1157 Doctor el Ciencias Económicas, Enseñante en FCCL – Valencia
E-mail irestevao@usp.br, ivanre@yahoo.com C/ Reina Na Germana 27, 4ª, 46005 Valencia, España
Tel (34) 96 333 94 75 – (34) 654606610
ESTÉVEZ GONZÁLEZ Francisco E-mail mafabra@gmail.com
Membro de Escola, AME
Doctor en Psicología. Especialista en Psicología Clínica
FALENI Geneviève
Membro de Escola, AP
Centro Salud Mental El Coto. Jefe de Estudios de Salud
D.E.S.S. de psychologie clinique et pathologie,
Mental. Docente FCCL
psychologue, C.M.P.P. de Gourdon
c / Asturias 21, 8º, 33206 Gijón, España 16 rue Molinié Montagne 46300 Gourdon, France
Tel (34) 985 17 04 09 – (34) 670 04 34 34 Tel +33675286560
E-mail f.estevez.glez@gmail.com E-mail genevieve.faleni@wanadoo.fr
ESTÉVEZ ROCA Franc FARÍAS Florencia
Membro de Escola, AP Membro de Escola, AME
Licenciado en Psicología Dra. en Psicología. Docente e Investigador de la Univ. De
C/ Eduard Punset n-um.7.3r 6ª.43840 Salou, España Bs. As. – Enseñante del Colegio Clínico
Tel 629726999 Zeballos 2159. CP: 1643.San Isidro. Prov. de Buenos
E-mail francestevezz@hotmail.com Aires; Paraguay 2894. 2º A . CP 1425. Ciudad Autónoma
de Buenos Aires, Argentina
ESTEVEZ Vicky Tel (5411) 4737 2913 – 4961 2038 – (54911) 15 4027
Membro de Escola, AME 6027
Psychologue clinicienne, D.E.S.S. E-mail florfarias01@gmail.com
53 rue de Chabrol 75010 Paris – 33 rue de l'Ermitage
95320 Saint-Leu-la-Forêt – France FARINA Filippo
Tel 06 74 07 33 59 Attore (Accademia d’Arte Drammatica Paolo Grassi) – Cons.
E-mail vickyestevez@free.fr Progetto ICLe AltraScena (laboratori teatrali in ambito
psichiatrico ed educativo) presso Az.Osp. Istituti Clinici di
ETXEGARAI MAIDAGAN Ricardo Perfezionamento – Coll. Ass. Contatto per Az. Osp. ASST
Membro de Escola, AP Grande Ospedale Metropolitano “Niguarda” Ca’ Granda
Médico Psiquiatra, jefe de sección del Hospital Psiquiátrico di Milano – Laboratori teatrali Play-off per adolescenti
de Zaldivar migranti – Comunità Progetto, ATIR Teatro Milano
Txinbo Kalea 9-1º D. 48170 Zamudio, España Via L. Settembrini, 26 – 20124 Milano, Italia
Tel (34) 944037244 Tel (39) 3394370413
E-mail r_etxegarai@euskalnet.net E-mail filippo.farina@yahoo.it
Rua Belém, 65. Conjunto Castelo Branco. Bairro: Floresta. Viale Trastevere 173, 00153 Roma, Italia
Rio Branco-AC. CEP 69.911-256 Tel (39) 335 7053586
Tel (068) 9281 5553 – (68) 3226 6473 E-mail fabiolapsiche@gmail.com
E-mail psicofabiane@uol.com.br
FOSCACHES Daniel
FONTOVA DONAIRE Aïda Graduação e mestrado em Psicologia; especialista em
Graduada en Psicologia; Màster en Psicologia General educação especial: especialista em avaliação psicológica
Sanitària; Coordinadora i psicòloga de projectes de salut Rua Brasil, 432, sala 04, bairro Monte Castelo. Campo
mental a l’Associació Alba de Tàrrega. Grande/MS. Brasil.
C/Tarragona nº 12, 3r3a. CP 25230 Mollerussa (Lleida), Tel (67) 99244 4753
España E-mail danielfoscaches@gmail.com
Tel 0034 648120130
E-mail afontovadonaire@gmail.com FOURDIN Monique
Master 2 de psychologie, doctorat de sciences de
FONVIEILLE Yannick l’information, D.E.S.S. de communication politique et
D.E.S.S. de psychologie clinique, secteur de pédopsychiatrie sociale, maîtrise de lettres, psychologue clinicienne,
17 rue des Couteliers 31000 Toulouse, France maître de conférences
Tel 05 61 33 00 89 59 chemin d'Antonelle – 13090 Aix-en-Provence, France
E-mail l.y.fonvieille@gmail.com Tel 06 08 16 12 75
E-mail monique.fourdin@dbmail.com
FORASTIERI VILLAMIL Caroline
Doctora en Filosofía con concentración en Psicología FOURRÉ Martine
Clínica, graduada de la Universidad de Puerto Rico. Membro de Escola, AP
Práctica Privada Docteur en psychologie, praticien social, permanente du
PO Box 361577 – San Juan, PR 00936-1577 lieu d’accueil et de soin psychosocial-expérimental
Tel 787 671 4647 13 rue Montenotte 75017 Paris, France; Résidence Vivre
E-mail cforastieri@gmail.com Art Yoff, 460 rue Yoff, BP 29394 Dakar, Sénégal
Tel 01 43 71 92 62 – 00 221 33 820 30 30
FORMENTO Michel-René E-mail fourmar@icloud.com
Membro de Escola, AME
A.I.H.P., Docteur en médecine, psychiatre, P.H. intersecteur FOYENTIN Irène
de pédopsychiatrie des Hautes Pyrénées, Tarbes Membro de Escola, AP
29 rue Brauhauban 65000 Tarbes, France Psychologue clinicienne
Tel 05 62 93 99 22 20 avenue Foch 28400 Nogent-le-Rotrou
E-mail formentomichel@aol.com Tel +33 66062525 – +33 660625255 – +33 237525255
E-mail ieaf@orange.fr
FORMIGONI Maria Claudia
Membro de Escola, AP FRAKES Hannah
Graduação em Psicologia pela PUC-SP; Mestrado em
Psicologia Social pela PUC-SP FRANÇA Valdelice Nascimento
Rua Urussuí, 92 conj.46 – Itaim Bibi – 04542-050 – Mestre em Psicanálise pela UERJ e Doutora em Psicologia
São Paulo-SP Clínica pela UnB. Preceptora do Programa de Residência
Tel +55 11 9 8566 1933 Multiprofissional em Saúde Mental Infanto-juvenil da
E-mail mclaudiaformigoni@gmail.com ESCS/FEPECS/DF. Psicóloga da SES/DF
SHVP, rua 03, cond.92B, casa 54B, Brasília, Brasil
FORTUNA Fabiola Tel (61) 99318 7724
Membro de Escola, AP E-mail valdelicepsicologia@yahoo.com.br
Psicologo, psicoterapeuta – Psicodrammatista – Past
Presidente S.I.Ps.A (Soc. Ital. Psicodramma Analitico) FRANCH DASI Marc
– Membro S.E.P.T. (Socièté d’Etudes de Psychodrame Estudiant de grau de Psicologia (UV)
Thérapeuthique) – Già Dir. di COIRAG (Conf. Ital. C/ Abad Sola nº 75 p. 3, 46701 Gandia (València), España
Psicoterapie di Gruppo,° quadriennale legalm. Tel +34 670224038
riconosciuto ) sede di Roma e docente – Docente E-mail marcfrada@gmail.com
ICLeS (Istituto Clinica Legami Sociali, quadriennale
legalm. riconosciuto ) – Dir. Rivista S.I.Ps.A. “Quaderni FRANCO Fábio Luís Ferreira Nóbrega
di Psicoanalisi e Psicodramma Analitico” – Dir. Centro Doutorado em Filosofia (USP)
Didattico SIPsA di Roma Rua Iquitos, 66 – Vila Madalena – 05444-020 – São Paulo-SP
54 Lista alfabética de membros (IF-EPFCL)
Rua Lourenço Monti, 281 – Jardim Bom Pastor – Docteur en médecine (neuropsychiatrie), A.R.H.P.P.,
18603-501 – Botucatu – SP assistante étrangère de la faculté de médecine de Paris
Tel +55 14 9 9775 4493 (UER Pitié-Salpétrière)
E-mail genigentil@uol.com.br 67A/021, rue Louvrex 4000 Liège, Belgique
Tel (32) 422 338 48 – Fax (32) 422 338 48
GEORGETTI Maria Raquel E-mail claudine.germeau@skynet.be
Psicóloga; Especialização em Teoria e Clínica Psicanalítica
pela Universidade Católica de Petrópolis GEVA Asaf
Rua Marechal Deodoro, 46/sala 401. Petrópolis-RJ, Brasil BSC Computer Science
Tel 55 24 99215 5345 26 Tagore st. Tel Aviv, Israel
E-mail raquelasgeorgetti@gmail.com Tel 050 8890999
E-mail asafge@gmail.com
GEORGIN Isabelle
32 rue de la République – 17300 Rochefort, France GHARIOS Elio
Tel +33 6 07 81 48 48 Master en psychologie
E-mail isabelle.georgin@orange.fr Imm. Joseph Gharios, rue Kfar Kallas, Mastita – Jbeil, Liban
Tel +961 3 159492
GÉRARD Brice E-mail elio.gharios@gmail.com
36 rue Poquelin Molière – 33000 Bordeaux, France
Tel +33 6 32 15 57 13 GHOCH Rowena
E-mail gerard.brice@free.fr Master en psychologie
Tel +961 3 447900
GERASSI Maria Angélica de Souza Dias E-mail ghochrowena@gmail.com
Formação acadêmica e Pós-Graduação: Psicologia e
Pós-Graduação no Núcleo de Estudos de Psicanálise e GIACCHÈ Roberta
Psiquiatria de SP (1977) Membro de Escola
Rua Itapicuru, 613 conjunto 84 – Perdizes – 05006-00 – Collegio di Clinica Psicoanalitica Onlus – Roma,
São Paulo – SP Consultante CCP-Sede Clinica; Medico, Neuropsichiatra
Tel +55 9 8114 4747 infantile, ex dottorato di ricerca all’Università Studi di
E-mail gerassi@uol.com.br Roma “La Sapienza”
Viale della Vittoria, 28 – 60123 Ancona, Italia
GERBASE Jairo Tel (39) 3387735574
Membro de Escola, AME E-mail giacchero@gmail.com
Médico Psiquiatra; Membro do Campo Psicanalítico
Av. Reitor Miguel Calmon, 1210 / 604 – Vale do Canela GIAKOUMAKIS Georgios
(cons), CEP 40110-100 Salvador, BA, Brasil Délégué 2020-2022
Tel (55) 71 9 8784 6588 Hellenic Open University, School of Humanities,
E-mail jgerbase@campopsicanalitico.com.br; Department of Studies in European Civilization
jairogerbase@gmail.com Thyssou 62, 11142, Athens – Greece
Tel 00306947896614
GERBAUDO Renato E-mail geogiak77@yahoo.gr
Membro de Escola, AME
Psicologo e psicoterapeuta, Docente ICLeS (Istituto per la GIANESI Ana Paula Lacorte
Clinica dei Legami Sociali) Membro de Escola, AP
Via Quirino Majorana 171 00152, Roma a, Italia Doutora em Psicologia Clínica (IPUSP)
Tel (39) 340 6658831 Rua Haroldo Gurgel 167 – Instituto de Previdência –
E-mail renatogerbaudo1949@gmail.com 05514-030 – São Paulo – SP; Av. Nove de Julho, 3229
conj.110 – Jardim Paulista – 01407-000 – São Paulo-SP
GERMANOS Camille Tel +55 11 9 9636 8018
Clinical trainee at CFAR in London E-mail anapaulagianesi@yahoo.com.br
9 Cannon place – NW3 1EH, London, U.K.
Tel +44 77 32 41 47 92 GIARDINA Cristiana
E-mail camille.alhassan@gmail.com Psicologo, psicoterapeuta – Formazione Clinica ICLeS
(Istituto Clinica Legami Sociali, quadriennale legalm.
GERMEAU Claudine riconosciuto MIUR) – Cons. psicoterapeuta Consultorio La
Membro de Escola, AP Famiglia, Milano; Cons. Consultorio ICLeS-AltraScena.
60 Lista alfabética de membros (IF-EPFCL)
Via Guerzoni, 48 – 20158 Milano, Italia Tel (57 4) 230 8188 – 300 678 9452
Tel (39) 02 6070511 – (39) 347 3684235 E-mail malenapoe@gmail.com
E-mail giardinacristiana@gmail.com
GIRALDO Macario
GIDDENS Steve Membro de Escola
MA E-mail s.ryan.giddens@gmail.com Ph.D Psychology
2532 N. Glebe Road, Arlington, VA 22207-3525, USA
GIL CHUECA José Luis Tel 703 243 2261
PºJuan XXIII nº 4, 3º dcha. 20016 Donostia – San E-mail macariog1@gmail.com
Sebastían, España
Tel (34) 650164551 GIRARDI Ana Lúcia Franco Nobile
E-mail joeluilitago@gmail.com Doutorado em Linguística Aplicada e Estudos da
Linguagem PUC-SP
GILET-LE BON Stéphanie Rua Flauzina Liberata de Jesus, 744 – 19815-020 – Jardim
Membro de Escola, AME Paulista – Assis – SP
Psychologue clinicienne, enseignante au Collège clinique Tel +55 18 9 9715 2263
psychanalytique de Bourgogne Franche-Comté E-mail algirardi@uol.com.br
39 rue Verrerie 21000 Dijon, France
Tel 03 80 30 50 13 – 06 70 31 72 07 GIROD Marie-Elisabeth
E-mail g.le-bon@wanadoo.fr Master 2 de Psychanalyse; Master 2 de psychologie
Clinique et de la rééducation
GILLI Patrizia 1057 route de Simandre – 71290 Loisy, France
Membro de Escola, AME Tel +33 6 76 35 28 54
Psicologa, Psicoterapeuta, Responsabile sede ICLeS VE, E-mail mariegirod71@gmail.com
Responsabile ICAB (Istit. per la Clinica dell’Anoressia e
Bulimia) VE GIRODOLLE Nicole
Via Cappuccina, 36 – 30170 Mestre-Venezia, Italia Membro de Escola, AP
Tel (39) 3483177705 Formatrice en Sciences humaines cliniques
E-mail gillipatti@gmail.com 39 rue de Lourmel 75015 Paris, France
Tel +33 636 58 71 55
GIMENEZ Andrea Lorena E-mail nicole.girodolle@gmail.com
Membro de Escola, AP
Licenciada en Psicología de la Universidad Nacional de GLENDINNING Sarah
Córdoba; Enseñante del Colegio Clínico Membro de Escola, AP, Délégué 2020-2022
Santiago del Estero 118, Salta, Argentina Licenciada en Español y Francés
Tel +54 9 387 4321231 Plaza de la Constitución, 9, 3º dcha. – 36202 Vigo, España
E-mail andreloregimenez@hotmail.com Tel (34) 635174921
E-mail sarahglend@gmail.com
GIORDANO Paola
Collegio di Clinica Psicoanalitica Onlus – Roma GÓES Carla
Via Aufidena, 4 – 67100 L'Aquila – Italia Psicóloga, mestra em Psicologia do Desenvolvimento pela
Tel (+39) 349 6101949 UFBA
E-mail arch.paolagiordano@gmail.com Av. Anita Garibaldi – Centro Médico Empresarial, Loja 1,
piso T1 – Salvador, BA, Brasil
GIRÁLDEZ RAMALLO Iria Tel +55 (71) 98133 7700
Licenciada en biología E-mail carlamcarvalhogoes@gmail.com
Avenida Elduayen 22 2°C -36380 Gondomar
(Pontevedra), España GÓES DA COSTA PINTO AMARAL Juliana
Tel (34) 605375350 – (34) 986384244 Graduada em Psicologia pela Universidade Federal de
E-mail iriaramallo@gmail.com Pernambuco – UFPE e pós-graduação em Psicologia
Clínica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de
GIRALDO GONZALEZ María Helena Janeiro -PUC RJ
Licenciada en Administración Educativa. Psicóloga Social Av. Deputado Antônio Florêncio de Queiroz, 2491, Torre
con Especialización en Psicología Clínica con Énfasis en 1, ap 2001, Ponta Negra, Natal -RN, CEP 59092 500;
Salud Mental Endereço comercial: Rua Marize Bastier 420, sala 505,
Consultorio privado: carrera 76 No. 48A -08 Lagoa Nova, Natal -RN, CEP 59075 070
Lista alfabética de membros (IF-EPFCL) 61
GUATIMOSIM Bárbara Maria Brandão SEPS 705/905, Bloco A, Ed Santa Cruz, sala 102, Asa Sul –
Membro de Escola Brasília, Brasil
Doutoranda em Estudos literários (UFMG) Tel (61) 999306 3721
Av. Bandeirantes, 599, Aptº.501, Sion-BH, CEP30315000 E-mail anallugfirme@gmail.com
Tel (31) 3223 9493 – (31) 98811 9493
E-mail guatimosim@hotmail.com GUISASOLA YEREGUI Aitor
Membro de Escola
GUEGAN-CASAGRANDE Céline Médico
Membro de Escola Urtzaile kalea 8, 3ºB. 20600 Eibar, España
3 avenue de Bellevue – 93310 Le Pré-Saint-Gervais, Tel (34) 656766324
France; Cabinet: 47 rue Descartes – 75005 Paris E-mail aitor.guisasola@gmail.com
Tel +33 6 73 16 85 16
E-mail ctcasagrande@gmail.com GUITART-PONT Rosa
Membro de Escola, AME
GUELMAN Ana D.E.S.S. de psychopathologie, enseignante au Collège de
Membro de Escola, AP, LIPP(2020) clinique psychanalytique de l’Ouest
Supervisory Clinical Psychologist 10 rue Gustave Charpentier, 35700 Rennes, France
Isaac Stern 1 – 25 Tel Aviv, Israel Tel +33 2 99 36 85 78
Tel (972) 50 401253 E-mail r.guitart@wanadoo.fr
E-mail anaguelman@gmail.com
GURNARI Maria Carmela
GUERRÃO Luciana da Conceição Collegio di Clinica Psicoanalitica Onlus – Roma; Medico
Especialista em Clínica Psicanalítica (IPUB/UFRJ), psichiatra
Psicóloga (Unesa) Piazza S. Paolo alla Regola 34/36 – 00186 – Roma, Italia
Rua Catuípe, 19, Fds, Apto 201, Cosmos, Rio de Janeiro, Tel (+39) 328 3141914
RJ, Cep 23068-030 E-mail carmengurnari@tiscali.it
Tel +55 (21) 98551 2088
E-mail lucianaguerrao@yahoo.com.br GUSTI Delia
Psicomotricista – Formazione Clinica ICLeS (Istituto Clinica
GUEVARA MINA Carlos Legami Sociali, quadriennale legalm. riconosciuto MIUR)
Membro de Escola, AME
– Cons. Consultorio ICLeS-AltraScena
D.E.A. de psychanalyse, doctorat de psychopathologie
Via Fezzan 3/3 20146 Milano, Italia
clinique, psychologue clinicien, association Coquerel
Tel (39) 3383668691
18 rue de la Glacière 75013 Paris, France
E-mail delia.gusti@gmail.com
Tel 06 63 51 24 56
E-mail caral40@hotmail.com GUTIERREZ OLID Mario
Pediatra
GUIDI Alessandro
c / José Iturbi nº 1, 4º 3 29010 Malaga, España
Membro de Escola
Via della Rosa, 5 – 51100 Pistoia, Italia Tel (34) 679 25 88 43
Tel (39) 057 3977406 – 057 3365774 E-mail mgutierrezolid@gmail.com
E-mail info@centropsicoanalitico.it
HAACK Sigrid
GUILHEM Sybille Psicóloga; Graduada em Pintura pela Escola de Belas Artes
Membro de Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Especialista
Médecin psychiatre em Teoria e Clínica Psicanalítica pela Universidade
13 rue de Vaucouleurs 33800 Bordeaux, France Católica de Petrópolis
Tel 05 56 94 52 98 – 06 86 42 83 44 Rua Marechal Deodoro, 79/504 – Centro.
E-mail sybille.guilhem@laposte.net Rio de Janeiro-RJ, Brasil
Tel 55 24 98808 6936
GUILLEN Julio E-mail sigridhaack@gmail.com
51 avenue Mont à Camp – 59160 Lomme, France
Tel +33 6 60 54 92 64 HAAS Marie-Françoise
E-mail jcguillenfr@gmail.com Psychologue
10 rue Jeanne d'Arc 59260 Hellemmes, France
GUIMARÃES Anallú Tel 03 20 34 30 12
Mestre em Filosofia pela UFES E-mail mf@haas59.eu
Lista alfabética de membros (IF-EPFCL) 65
Tel (71) 988713824 – 30343824 48 Clauscen Street, North Fitzroy, Victoria 3068, Australia
E-mail ahfernandes03@gmail.com Tel (61) 394 891 435
E-mail bhubl@iprimus.com.au
HOSCHEIT Nicole
Psychopédagogue HUGHES Silvia Marina
Jacob Catslaan 2 – 2517 KB Den Haag – Pays Bas Lic. En Psicología Universidad Nacional de Córdoba
Tel 0031 61 272 0438 Av. Julio A. Roca 353 5º Piso; Puerto Madryn – Chubut
E-mail nhoscheit@gmail.com Tel 2804577944
E-mail silviamhughes@hotmail.com
HOSU Marcel
Etudiant en philosophie, Université Eberhard Karls HUMMEL Alcione
de Tübingen; participant au Collège de Clinique Psicóloga e Mestre em Psicologia pela Universidade
Psychanalytique de Paris
Federal do Pará
48, rue Păstorului, 400338 Cluj-Napoca, Cluj – Roumanie;
Av. Serzedelo Correa, 895 – Batista Campos – Belém-PA
38 Rue Ribéra, 75016 Paris – France
Tel (91) 3228 2410 – (91) 99155 6599
Tel +40 744627235
E-mail alcionehummelm@gmail.com
E-mail marcelhosu@gmail.com
Cabrera 5778 – (1414) Ciudad Autónoma de Buenos Aires, LÓPEZ CASTRILLON Luz Dora
Argentina Psicóloga, Universidad de Antioquia, Magíster en
Tel (5411) 4779 0270 – (54911) 15 5041 5111 Educación con Énfasis en Convivencia y Proyectos
E-mail gabrielombardi@gmail.com Sociales Universidad Javeriana y Universidad de
Medellín. Docente de cátedra en la Universidad de
LOMBARDI Serena Antioquia. Psicóloga, Fundaciones de carácter social
Psicologo, Psicoterapeuta (Diploma ICLeS, Istituto per Germen de Paz. Psicoorientador Universidad de
la Clinica dei Legami Sociali quadriennale legalm. Antioquia.
riconosciuto MIUR) – Psicoterapeuta c/o Centro Pro Av. 31 No. 65 – 93 interior 065, Bello, Colombia
Juventute Minerva s.r.l (Napoli) Tel (57) 315 658 4993
Piazza Eduardo De Filippo, 24, 80137, Napoli, Italia E-mail luzdoralopez@gmail.com
Tel (39) 3928174369
E-mail serena_lombardi@libero.it
LOPEZ Gonzalo Javier
Membro de Escola, AP
LOMBINO Marcelo Daniel Lic. En Psicología. Magister en Psicoanálisis (UBA)
Licenciado en Psicología Malabia 2188 PB 1. Ciudad Autónoma de Buenos Aires,
Argentina
Juan Jufré 2657 – Mendoza – Argentina
Tel (5411) 4832 6692 – (54911) 15 6297 3643
Tel (54) 9 2612090494
E-mail thymoshomero@yahoo.com.ar
E-mail marcelo_lombino@yahoo.com.ar
LÓPEZ GUERRERO Cielo Katerin
LONGE François Psicóloga Universidad de Nariño; Candidata a Magister
Membro de Escola, AP en Psicoanálisis, subjetividad y cultura – Universidad
Licencié en psychologie, psychologue clinicien Nacional de Colombia
141, rue des Wallons – 4000 Liège, Belgique Tel (57) 312 8639088
Tel (32) 42 25 04 72 – (32) 494 197 531 E-mail cieloka@gmail.com
E-mail longefrancois@yahoo.fr
LOPEZ Leticia
LOPERA LOPERA Ligia Isabel Lic. Psicologia E-mail lcclopezf@gmail.com
Membro de Escola
Psicóloga LOPEZ LIATTO Julieta Magalí
Calle 16 No. 41 – 51 Medellín, Colombia Délégué 2020-2022
Tel (57 4) 584 1306 – 311 628 6940 Psicóloga, Universidad Nacional de Tucumán; Enseñante
E-mail lilopera263@gmail.com Colegio Clínico de la Fundación Foro Psicoanálisis NOA
Francia 2395 – Concepción – Tucumán, Argentina
LOPES Leonardo Assis Tel 0054 381 5302221
Délégué 2020-2022 E-mail julietalopezl@hotmail.com
Doutorando em psicologia social
Av. Casper Líbero, 538 – Apto. 114, Bloco B – LÓPEZ LÓPEZ Ángela María
São Paulo-SP Psicóloga
Calle 80 # 58 – 161 Itagüí, Colombia
Tel +55 11 9 85767024
Tel (57) (4) 2873621 – 3137218408
E-mail leopsico10@hotmail.com
E-mail angela-marcar@hotmail.com
LOPES Vinicius Silva
LÓPEZ Mariana Florencia
Psicólogo pelo Mackenzie, Ator pelo Célia Helena,
Lic. En Psicología
Mestrando em Linguística na USP Santiago del Estero 1556 – Posadas Misiones, Argentina
Tel (11) 97391 0535 Tel +54 3764248723
E-mail silva.vlopes@gmail.com E-mail mariana.lopez91@hotmail.com
LOPEZ Anne LÓPEZ Mariano
Membro de Escola, AME Membro de Escola, AP
Psychologue clinicienne Lic. en Psicología. Magister en Psicoanálisis (UBA). Docente
182 rue Nationale 75013 Paris – 28 rue Bobillot 75013 e Investigador en la Facultad de Psicología de la
Paris, France Universidad de Buenos Aires.
Tel 0673 56 37 80 Rawson 240 PB. D. (Almagro).Ciudad Autónoma de
E-mail annlopez@orange.fr Buenos Aires, Argentina
Lista alfabética de membros (IF-EPFCL) 79
Via Mazzini, 16 Busto Arsizio (VA), Italia Via Alessandro Torlonia, 39 – 00161 Roma, Italia
Tel (39) 3385275071 Tel (39) 06 45472718 – (39) 3471673061
E-mail claudiamaffei@hotmail.it E-mail paola.malquori@gmail.com
5 place Cassaignol, 11100 Narbonne, France MARQUES LETTIERE FULCO Ana Paula
Tel 04 68 65 08 92 – 06 25 69 85 24 Mestre em Pesquisa e Clínica em Psicanalise UERJ
E-mail domimarin@yahoo.fr Rua Dona Mariana 28/301
Tel 21 996247563
MARIN Monica E-mail lettierifulco@hotmail.com
Membro de Escola, AP, Délégué 2020-2022
Lic en Psicología MARQUES Luciana
Austria 2263 5º 11Ciudad Autónoma de Buenos Aires Psicóloga | Doutorado em Psicanálise (UERJ) | Pós-
(1425), Argentina; Antole France 1954, 1 “F”. Lanús Este Doutoranda em Psicanálise (UERJ)
Tel (5411) 4805 7972 – (5411) 58708651 Av. Tim Maia, Nº 7.495, Apto 404, Bl. Geribá Recreio –
E-mail mmarin@psi.uba.ar, mmarinpsiuba@gmail.com Rio de Janeiro-RJ – 22.790-669
Tel 999 657 729
MARINO Adriana E-mail lrmarques@live.com
Graduação em Psicologia (Universidade São Marcos) e em
Filosofia (FFLCH-USP). Especialização em Psicopatologia MARQUES Roberto Propheta
e Saúde Pública (Faculdade de Saúde Pública – USP), Mestrado em Psicologia Clínica (USP)
mestre e doutora em Psicologia (Instituto de Psicologia- Rua Iquitos, 66 – Vila Madalena – 05444-020 – São Paulo-SP
USP). Tel +55 11 9 9999 5550
Av. Nova Cantareira, 3344 conj.1 – Tucuruvi – 02340-000 E-mail betopropheta@gmail.com
– São Paulo-SP
Tel +55 11 9 9593 8541 MARQUET Olivier
E-mail adrianamarino@usp.br D.E.A. de psychanalyse (Paris VIII), psychologue au C.H. de
Vichy, secteur Ouest
MARLIN MENARD Isabelle 31 avenue Thermale 03200 Vichy, France
D.E.S.S. de psychologie clinique, infirmière psychiatrique
Tel 04 70 97 51 63
86 bis rue Emile Cossonneau 93330 Neuilly Sur Marne,
E-mail ol.marquet@orange.fr
France
Tel 01 43 08 44 87 0778245800 MARQUET Serge
E-mail menard.i@free.fr Membro de Escola, AP
D.E.S.S. de psychologie clinique et pathologie
MÁRMOL BAUTISTA Emilio
23 avenue des Pyrénées 11100 Narbonne, France
Membro de Escola
Médico Tel 04 68 42 09 88 – 06 89 52 48 10
c / Alameda de colón 16 P1, 2º, 1-B 29001 Málaga, España E-mail marquet.serge@orange.fr
Tel (34) 650 59 87 40
MARRAZZO Carmine
E-mail marbauster@gmail.com
Membro de Escola, AP
MAROIU Cristina Psicologo – Specializzando ICLeS (Istituto Clinica Legami
Psychologue, assistante de recherche – Université d’Ouest, Sociali, quadriennale legalm. riconosciuto MIUR) – Ph.D.
Timisoara in Formazione della persona e mercato del lavoro (Univ.
Aleea Ripensia, nr. 21, 300.584 Timisoara, Roumanie di Bergamo) – Psicologo specialista Unità Operativa
Tel 0040733191025 di Neuropsichiatria dell’Infanzia e dell’Adolescenza
E-mail cristina.maroiu@gmail.com (UONPIA) ASST Monza – Cons. Psicologo Cooperativa
Sociale Aeris (Centro di Psicologia Clinica e Psicoterapia)
MAROTTI Elena di Vimercate – Cons. Consultorio ICLeS-AltraScena.
Psicologo, psicoterapeuta (Diploma ICLeS-VE) Via P. Lomazzo, 19 – 20154 -Milano (MI), Italia
Via Monte Santo – 8 – 36040 Torri di Quartesolo (VI), Italia Tel (39) 338 1175808
Tel (39) 338 8455556 E-mail carmine.marrazzo@gmail.com
E-mail elena.marotti@gmail.com
MARTELL DOMINGO Montserrat
MARQUES Denilson Bezerra AD700 Escaldes – Andorra
Bacharel em Administração (UFPE), Mestrado em Tel +376 682081
Administração (UFPE), Doutorado em Sociologia (UFPE) E-mail montserratlecturas@gmail.com
Rua Professora Anunciada da Rocha Melo, 70, apto. 1501.
Madalena. CEP 50.710-390. Recife/PE, Brasil MARTELLINO Claudia
Tel (+55 81) 3228 8676 – (+55 81) 98707 0846 Collegio di Clinica Psicoanalitica Onlus – Roma
E-mail marquesdb@gmail.com Via A. di Tullio, 26 – 00136 (RM), Italia
Lista alfabética de membros (IF-EPFCL) 83
Rua Professor Coutinho Fróis, 410, apt. 202. Barra da MATTE Fanny
Tijuca. Rio de Janeiro. CEP 22620-360 Membro de Escola, AP
Tel (21) 99624 6065 – (21) 2494 4211 Master 2 de psychologie clinique et psychopathologie,
E-mail gloriajusto@globo.com psychologue clinicienne à l’IEM Rey-Leroux
Le Bouffay – 35470 Bain de Bretagne, France
MARTINS Isabella Costa Tel +33 6 31 31 62 43
Rua Antonele Bezerra, 26 Ap 102, Fortalezza, Brasil E-mail matte.fanny@wanadoo.fr
Tel 85 99991 2339
E-mail isabellacostamartins85@gmail.com MATTEI Josée
Membro de Escola, AP
MARTINS Osvaldo Costa Psychologue, C.M.P.P. / Hôpital de jour
Membro de Escola, AP 28 bd Saint Jacques hall B 75014 Paris, France
Rua Carlos Vasconcelos, 1338, ap. 1201, Meireles, Tel 01 43 36 69 58 – 06 81 27 25 77
CEP 60 115-170 E-mail joseemattei@wanadoo.fr
Tel (85) 98896 9907
E-mail osvaldocosta.mar@gmail.com MATTHAIOU Stamatina
Avocate et étudiante doctorante de la faculté de droit de
MARTINS Renata Sales l’Université d’’Athènes
Mestre em Psicanálise pela UERJ 3 rue Fanarioton, Athènes, Grèce
Av. Alcebíades Sabino dos Santos, 345, sala 112, Jardim Tel +306986249015
Atlântico, Rio das Ostras E-mail stamatinamatthaiou@gmail.com
Tel 22 998599981
E-mail rsmartins.psi@gmail.com MAUÉS Ana Cristina
Psicóloga, especialista em saúde mental pela IBEPEX
MARTINS SIRELLI Nilda Trav. 14 de abril, 1900 apto 303A – Cremação – Belém/PA
Rua Camuirano,142/302 – Botafogo- Rio de Janeiro RJ – Tel (91) 99941 8732
CEP 22270-020 E-mail anacristinamaues@gmail.com
Tel 21 98189 6741 – 22 98857 4031
E-mail nildasirelli@yahoo.com.br MAUFAUGERAT Véronique
Psychologue clinicienne au CHU d’Angers
MATALUNI Biagio 5 square de la porte au chat – 49100 Angers, France
Collegio di Clinica Psicoanalitica Onlus – Roma Tel 06 88 04 51 63
Via dei Monti, 55 – 00063 Campagnano (RM), Italia E-mail veronique.bordelet@free.fr
Tel (39) 06 90154497 – (39) 338 2106010
E-mail mataluni.dott.biagio@tele2.it MAUGARD-REYNAUD Sylvette
9 rue de la Loubatière Montredon 11090 Carcassonne,
MATEO SERRANO Kevin France
Estudiante de grado de psicología Tel 04 68 72 53 36 – 06 88 05 93 32
C/Mollerrussa 14-1º-2ª – 08030 Barcelona E-mail sylmaugard@laposte.net
Tel (34) 630686074
E-mail kevm91@gmail.com MAURIES-WEBER Evelyne
Membro de Escola, AP
MATHELIN Séverine 78 chemin des vignes 65400 Gez, France
Membro de Escola Tel 0608425604
29 rue des favorites – 75015 Paris, France E-mail evelyneweber@orange.fr
Tel 06 60 80 27 39
E-mail severine.mathelin@wanadoo.fr MAURINCOMME Marie
Psychologue clinicienne
MATTALÍA Gladys 40 boulevard Victor Hugo 64500 Saint Jean de Luz, France
Membro de Escola, AME Tel 05 59 26 16 21 – 06 62 61 22 26
Licenciada en Psicología, Universidad Nacional de Tucumán E-mail m.maurincomme@gmail.com
– Enseñante del Colegio Clínico de la Fundación Foro
Psicoanálisis NOA en Salta y Tucumán MAURO DE MELO Ana Rosa
Santiago 641 – San Miguel de Tucumán (4000), Argentina Membro de Escola, AP
Tel 0054 381 4222442 – 3816782491 Médica, Psiquiatra e Psicóloga. Pós-graduada em
E-mail mattaliagladys@gmail.com psicanalise pela Universidade Estácio de Sá (UNESA).
Lista alfabética de membros (IF-EPFCL) 85
psychiatriques, D.U. Criminologie appliquée à l’expertise MELLO E SOUZA Ana Maria Magalhães
mentale (Paris V) et D.U. Psychiatrie légale (Paris XI); Filosofia, Ciências e Letras e Psicologia
Enseignante à l’Université Paris XIII Gildasio Amado, 55 sala 1908
7 rue Marguerite Boucicaut – 75015 Paris, France Tel 21 99384 1267
Tel 01 45 58 24 62 – 06 61 26 64 29 E-mail anammelloesouza88@gmail.com
E-mail medinaolgalucia@gmail.com
MELLO Kátia Sento Sé
MEDRANO DE LA MAZA Rosa María Rua Almirante Baltazar, 189 – apto 701 – São Cristóvão,
Membro de Escola, AP Rio de Janeiro-RJ – CEP 20941-150, Brasil
Psicóloga – C.S.M.A. Horta Guinardó Tel (21) 99341 2134
Roger de Lluria 26 6º 2ª- 08010 Barcelona, España E-mail ksemello@gmail.com
Tel (34) 696463824
E-mail romedrano1@hotmail.com MELLO Robson
Membro de Escola
MEGEVAND Lucía
Psicólogo, mestrando em Psicologia Clínica (UFPR)
Licenciada en Psicóloga de la Universidad Nacional de
Av. Pres. Getúlio Vargas, 3084/1301. Água Verde. Curitiba.
Tucumán
Jujuy 179, Salta, Argentina PR. 80240-041.
Tel +54 9 387 4104622 Tel (41) 99666 2500
E-mail luciamegevand.lm@gmail.com E-mail psicmello@uol.com.br
MENDONÇA Aline Maria Muniz Veras Josep Agramunt i Subiela 69 – 43007 Tarragona, España
Drummond de Tel 34 645465739
Rua Ataulpho Coutinho, 80 – bloco 2, ap. 504 – Barra da E-mail palomamercadal@gmail.com
Tijuca, Rio de Janeiro-RJ – CEP 22793-520, Brasil
Tel 21 99516 1992 MERCURI Valeria
E-mail drummondaline@me.com Membro de Escola, AP, Délégué 2020-2022
Lic. en Psicología (UBA)
MENDONÇA Maria José Carlos Gardel 12, Lanús Oeste CP: 1824, Prov. de Bs. As –
Psicóloga; Mestrado em Teoria da Literatura pela Argentina. Av. Rivadavia 3356 6º 3. (Once)
Universidade Federal de Juiz de Fora Tel (5411) 4243 4087
Rua Vereador José Gasparete, 93/401 Vale do Ipê – Juiz de E-mail licmercuri@gmail.com
Fora (MG) – CEP 36.035 790
Tel (32) 98881 1520 – (32) 3026 5915 MÉRIAN Roger
E-mail zezenzezen@gmail.com Membro de Escola, AME
D.E.S.S. de psychopathologie, maîtrise de philosophie,
MENDOZA Fabiana Trinidad enseignant au Collège de clinique psychanalytique de
Membro de Escola, AP l’Ouest
Licenciada en Psicología 18 rue de la Chalotais 35000 Rennes, France
Prolongación Medrano 2915 Chacras de Coria, Mendoza Tel 06 80 05 29 31 – 02 23 20 29 05
Tel (54) 9 261 6613156 E-mail roger.merian@wanadoo.fr
E-mail fabianamdz@gmail.com
MESA CABRERA Carmen
MENEGUELLI Agnes Maria do Socorro Silva Membro de Escola, AP
Psicóloga; Especialização em Psicanálise; Especialização Psicóloga, especialista en Psicología Clínica
em Psicologia Hospitalar Alt de Pedrell, 29-31 – 08032 Barcelona, España
Rua Tietê, 30/801 São Mateus Juiz de Fora (MG) –
Tel (34) 934 294 480 – 663 638 208
CEP 36025320
E-mail carmenmesacabrera@gmail.com
Tel (32) 988323813 – (32) 32123813
E-mail agnesmeneguelli@hotmail.com MESA DUQUE Clara Cecilia
Membro de Escola, AME, LIPP(2020)
MENÈS Martine
Representante por ALN a la CLGAL. Psicóloga Universidad
Membro de Escola, AME, Délégué 2020-2022
San Buenaventura. Especialista en Psicoanálisis
Diplôme de psychologie clinique (Paris VII) et D.E.S.S. de
psychopathologie (Toulouse), enseignante au Collège de con niños-Universidad de Antioquia. Doctora en
clinique psychanalytique de Paris Filosofía-Universidad Pontifica Bolivariana. Catedrática
7 rue des Écouffes 75004 Paris, France Departamento de Psicoanálisis-Universidad de
Tel 01 42 74 12 95 – 06 12 41 06 31 Antioquia, y Facultad de Psicología-Universidad
E-mail menes.m@sfr.fr Pontificia Bolivariana.
Consultorio: calle 14 N° 48-33, of. 601 Medellín-Colombia
MENGHI Elisa Tel (57) 315 510 1615
Psicologa E-mail claraceciliamesa@gmail.com
Piazza N. Peramezza 1 – 62029 Tolentino (MC), Italia
Tel (39) 338 7944052 METTON Agnès
E-mail eli2412@yahoo.it Membro de Escola, AME
Psychiatre, médecin chef de service à l’hôpital Erasme
MENOTTO Maddalena d’Antony
Psichiatra DSM Aulss 3 Marca Trevigiana 51 rue Dareau 75014 Paris, France
Via Ca’ Savorgnan n. 23 – 30170 Mestre (VE) Tel 01 40 47 09 56 – 06 60 42 22 60
Tel (39) 338 2894104 E-mail agnes.metton@wanadoo.fr
E-mail maddalenamenotto@libero.it
METZGER Clarissa
MERCADAL LÁZARO Paloma Membro de Escola, AP, Délégué 2020-2022
Délégué 2020-2022 Doutora em Psicologia Clínica pelo IP-USP
Graduada en Psicología, Master en Intervención Clínica Rua Girassol, 770 Apto. 82 – Vila Madalena – 05433-001 –
en Psicoanálisis y Psicopatología; Psicóloga en el São Paulo – SP
Servicio para Mujeres en situación de violencia machista Tel +55 11 9 9213 4856
(Safareig) de Lleida E-mail clarissa2007@uol.com.br
88 Lista alfabética de membros (IF-EPFCL)
Rua Dr. Paulo Froes Machado, 88/205 – Nova Iguaçu-RJ, Médico Psiquiatra, Docente en los Colegios Clínicos ACCEP
Brasil e ICLES; Director del IPB (Institut per a la Clínica Psico
Tel 55 21 99189 2349 Social Barcelona)
E-mail pedromoacyr@uol.com.br c / Copérnico 13, 08021 Barcelona, España
Tel (34) 615 745 087 – (34) 936 337 285
MOLA Luis Guilherme Coelho E-mail josep.monseny@gmail.com
Doutor em Psicologia (USP)
Rua Abílio Soares, 932 – Paraíso – 04005-003 – MONTANARO Liliana
São Paulo-SP Psicóloga clínica
Tel +55 11 3887 0781 Francesc Ciurana 8, 6º 3ª – 17002 Girona, España
E-mail lgcoelho@uol.com.br Tel (34) 629683112
E-mail lmontanaro@telefonica.net
MOLINA FERRAGUT Matilde
Membro de Escola, AP MONTEIRO Lucas Cavalcante
Psicóloga – Jefe del Departamento de Orientación IES- Psicólogo CRP15/4722
Xunta de Galicia Rua Dr. José Camelo Jr, QD CI, Rua 44, n 10. – Jardim
Rua da Torre, 100 – 2º – 36165 Pontevedra, España Petrópolis, Maceió AL. – CEP 57080-525
Tel (34) 986874318 – (34) 669748919 Tel +55 (82) 99691 7286
E-mail molinaferragut@gmail.com; E-mail lucascavalcantemonteiro@gmail.com
mmolina@edu.xunta.es
MONTEIRO Luiz Carlos Soares
MONETTI Maria Membro de Escola, AP
Psicologo, Psicoterapeuta (Diploma ICLeS, Istituto Médico clínico
Clinica Legami Sociali, quadriennale legalm. Rua Manoel Valter Bechtlufft nº 351 Correas, Petrópolis,
riconosciuto MIUR) – Laurea filosofia, Laurea RJ, cep 25720211
Psicologia – Cons. Psicoterapeuta in Neuropsichiatria Tel (55 24) 9981 35594
infanzia e adolescenza, Az. Osp. ASST Grande E-mail luizcarlossoaresmonteiro@gmail.com
Ospedale Metropolitano “Niguarda” Ca’ Granda
di Milano, rep. – Consulenza di psicoterapia e MONTEIRO NETTO Giselle Neves
formazione e in cooperative psichiatriche e disabili di Psicóloga. Especialista em Psicologia Hospitalar na Área de
Milano, di Rho e di Varese. Infectologia (INI / FIOCRUZ, 2019).
Via Bezzecca 30 – Varese 21100, Italia Praça Serzedelo Correia, n.15 / sala 601 CEP 22.040-050 –
Tel (39) 3356454374 Copacabana – Rio de Janeiro-RJ – Brasil
E-mail monetti.maria@gmail.com Tel (21) 9 9768 1039
E-mail psignmn@gmail.com
MONGIE Lydia
810 W 2000 N Provo, UT 84604, USA MONTEL Jean Paul
Tel 801 874 9261 Psychologue clinicien
E-mail lcmongie@gmail.com 9 allée Bouan Er – 06400 Cannes, France
Tel 06 70 35 83 14
MONNERAT Regina Helena Tavares E-mail jeanpaul.montel@wanadoo.fr
Pedagogia e Psicologia, com pós-graduação em Psicanálise
e Saúde Mental MONTENEGRO Beatriz
Rua Otávio Carneiro, 143 – Sala 710 – Icaraí – Niterói / RJ – Licenciada en Psicología mención clínica – Psicóloga Clínica
CEP 24230-190 Apto 1-1, Edif."Milvia", Calle 2, La Urbina, Municipio
Tel +55 (21) 2707 7148 – +55 (21) 99623 2200 – Sucre, Caracas – Venezuela
+55 (21) 2612 9006 Tel +58 212 242 76 01
E-mail reginamonnerat@hotmail.com E-mail bmontenegronunez@gmail.com
C / Reina Na Germana 27, 4ª, 46005 Valencia, España OLIVEIRA Tereza Maria Ramos de
Tel (34) 96 333 94 75 Membro de Escola, AP
E-mail benilderebel@hotmail.com Psicóloga, Mestre em Psicanálise, saúde e sociedade
(Universidade Veiga de Almeida)
OCHOA MEJIA Lina Maria Rua Moreira César, 206/402 – Icaraí – CEP 24230-063 –
Membro de Escola, AP Niterói-RJ – Brasil
Psicóloga, Universidad de San Buenaventura. Especialista Tel (55) 21 99972 4951 – 21 3681 0207
en Niños con Énfasis en Psicoanálisis, Universidad de E-mail tmropsi67@gmail.com
Antioquia
Carrera CRA. 41B No. 30B -110 Apto 312, Medellín, OLMEDO CABALLERO Begoña
Colombia Psicóloga clínica
Tel (57) (4) 260 5742 – 232 3668 – 300 610 6616 C/ Eduardo Pondal 37, 4ºB 36003 Pontevedra, España
E-mail linaochoa@une.net.co Tel (34) 699 877 305
E-mail begolmedo@gmail.com
OGUTCEN Ozgur
Psychiatre, Centre psychothérapeutique Ozne psikiatri OLOMBEL Gilles
Matara sok, Rüya apt. 18/4 Cihangir Beyoglu , Istanbul, Terre de Fontenille – Route de Campagne – 24260 Le
Turquie Bugue, France
Tel (90) 5454777036 Tel +33 6 25 26 18 40
E-mail ozgur84@hotmail.com E-mail g.olombel@orange.fr
PACELLI Marco 6 rue Jean Moulin – 09100 Saint Jean du Falga, France
Membro de Escola, AP Tel +33 5 34 02 31 32
Psicologo e psicoterapeuta, docente ICLeS E-mail blandine.pages5@orange.fr
Via della Stazione di S. Pietro, 53 – 00165 Roma, Italia
Tel (39) 347 0032856 PAGLIARULO Irene
E-mail mpacelli66@gmail.com Collegio di Clinica Psicoanalitica Onlus – Traduttrice per il
CCP-Onlus Roma
PACHECO FILHO Raul Albino Via Lugnano in Teverina, 32 – 00181 Roma, Italia
Membro de Escola, AME Tel (+39) 328 7215462
Bacharelado, graduado, mestre e doutor em Psicologia E-mail irene.pagliarulo@gmail.com
Rua Purpurina 131, conjunto 113 – Sumarezinho – 05435-
030 – São Paulo – SP PAILHEZ VINDUAL Guillem
Tel +55 11 3819-9449 – 11 9 9245 4141 Membro de Escola, AP
E-mail raulpachecofilho@uol.com.br Psiquiatra
c/ St. Antoni Maria Claret, 25-27, Bajos 1ª, 08037,
PACHECO Rodrigo Pinto Barcelona, España
Membro de Escola, AP, LIPP(2020), Délégué 2020-2022
Tel (34) 607 40 40 60
Psicólogo formado pela PUC-SP; Mestre pela Faculdade de
E-mail guillempv@gmail.com
Saúde Pública-USP
Rua Harmonia 937, ap. 92 – Sumarezinho – 05435-001-
PAIVA FILHO Francisco
São Paulo – SP
Membro de Escola, Délégué 2020-2022
Tel +55 11 9 8932 0780
Graduação em Enfermagem. Mestrado em Cuidados
E-mail rodrigopintopacheco@hotmail.com
Clínicos em Saúde/Enfermagem. Enfermeiro do CAPSad
PACIARONI Federica de Maracanaú, CE. Professor da Universidade Estadual do
Psicologa, Psicoterapeuta (Diploma ICLeS-MC) Ceará (UECE).
Via Lorenzo D'Alessandro 22 – San Severino Marche (MC), Rua Tenente Moacir Matos, 55, Apto 404b – CEP
Italia 60420750
Tel (39) 328 4646498 Tel (85) 996241883
E-mail federicapaciaroni@hotmail.com E-mail chicopf@yahoo.com.br
Tel (57) (4) 580 1952 – 315 501 0984 PANIS Perrine
E-mail lfprster@gmail.com Psychologue (clinique et psychopathologie) – Fondation
pour l’assistance morale aux détenus – Cap-Iti (centre
PALACIOS FONG Roxana Edith d’accueil post pénitentiaire et d’information aux
Licenciatura en Psicología (USMA); Diplomado en Teorías toxicomanes incarcérés)
Psicoanalíticas (USMA); Maestría en Psicología Clínica Avenue d'Auderghem, 156/10 – 1040 Etterbeek, Belgique
de Niños y Adolescentes (USMA); Máster en Psicoterapia Tel +32 474 666 835
Psicoanalítica (Universidad Complutense de Madrid) E-mail panis.perrine@gmail.com
Reparto Nuevo Panamá, Calle 2, Casa 211-A. Ciudad de
Panamá – Panamá PANOZO Valeria
Tel +507 67913099 Estudiante de Psicología U.N.E.D.
E-mail roxana.palaciosf@gmail.com Cienfuegos 11 , 4to. 8va. Lloret de Mar,C.P. 17310 –
Girona, España
PALLEJÀ DOMINGO Montserrat Tel (0034) 622 64 43 79
Membro de Escola, AME E-mail migapanozo@gmail.com
Docent FCCL-Seminari de Psicoanàlisi de Tarragona;
Psicòloga clínica en Hospital Universitari Santa Maria PANTEIX Liliane
(Lleida) D.E.S.S. de psychopathologie, psychologue
Soler 22 – 1º C. 43001 Tarragona; Rambla Ferran 42, 16 rue Richard Coeur de Lion 47000 Agen, France
1r 1ª 25007 Lleida, España Tel 05 53 95 97 71
Tel +34 977227344 – +34 616245922 E-mail li.panteix@wanadoo.fr
E-mail mpalleja@lacan.cat
PANTOJA Mario
PALUD PEREZ Juan Luis Médico Cirujano. Especialista en psiquiatría
Pediatra Av. Pueyrredón 1445 PB “F” B° Observatorio, Córdoba,
C / Perú 33 29620 Torremolinos ( Málaga), España Argentina
Tel (34) 650 39 38 87 Tel +54 9 351 6105418
E-mail jlpalud@hotmail.com E-mail mariomp26@hotmail.com
PARANHOS AMERICANO Bruna San Martín 54 piso 11 1, Cipolletti, Río Negro, Argentina
Membro de Escola Tel 2995125575
Mestre em Pesquisa e Clínica em Psicanalise UERJ; Pós- E-mail soledadpass@hotmail.com
Graduação em Psicologia Clínica Institucional -Residência
Hospitalar – Hospital Universitário Pedro Ernesto – UERJ PATOUET Jacqueline
– Graduação em Psicologia UFRJ Membro de Escola, AP
Rua Lauro Müller 26/312- Botafogo- Rio de Janeiro-RJ. Maîtrise de lettres
CEP 22290-160 18 allée de Barcelone 31000 Toulouse, France
Tel 21 99424 9444 Tel 05 61 21 78 24
E-mail brunapa@hotmail.com E-mail jmacpat@orange.fr
BP 51 869 Pirae – 98716 Tahiti – Polynésie Française Rua Francisco Rabelo Leite Neto, 990, casa 64, Atalaia,
Tel 00689 28 28 42 – Fax 00689 413511 Aracaju/SE, Brasil – CEP 49037-240, Brasil
E-mail raina.pitoeff@gmail.com Tel (55) 79 98822 2204
E-mail marrpolido@gmail.com
PIVERT Elisabeth
Membro de Escola, AP POLLO Vera
Psychologue clinicienne. Master de psychologie clinique Membro de Escola, AME, LIPP(2020)
«Psychopathologie infanto-juvénile», psychopédagogue, Mestre e Doutora em Psicologia Clínica (PUC-RJ); D.E.A.
doctorat de microbiologie. du Champ Freudien (Paris VIII); professora do curso
29 rue Brissard 92140 Clamart, France de Especialização em Psicologia Clínica da PUC-RJ e
Tel 06 07 33 59 80 do Mestrado em Psicanálise, Saúde e Sociedade da
E-mail elisabeth.pivert@orange.fr Universidade Veiga de Almeida-RJ; psicanalista do
Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente do Hospital
PIZA Luciana Francischetti Universitário Pedro Ernesto / UERJ
Doutora em Pesquisa e Clínica em Psicanálise/UERJ Rua Benjamim Batista, 15 / 101 – Jardim Botânico – Rio de
Rua Gilberto Cardoso 260/1103 – Leblon, Rio de Janeiro. Janeiro, RJ, Brasil
CEP 22.430-070 – CPF: 635.077.731-04 Tel (55) 21 2266 0445
Tel (21) 99424 1232 E-mail verapollo8@gmail.com
E-mail lucianafpiza@gmail.com
POMÈS Jean-Pierre
PLAKAKI Georgia 41 rue Croix Baragnon – 31000 Toulouse, France
Pédopsychiatre d’enfants et adolescents, Formation
Tel 0785959261
Clinique du Champ Lacanien d’Athènes – KELP
E-mail jeanpierrepomes0101@gmail.com
Tsimiski 91, 54623 Thessalonique, Grèce
Tel +30 2310232104 – +30 6945730303 POMMEREAU Aline
E-mail geoplakaki@gmail.com Membro de Escola, AP
D.E.S.S. de psychologie clinique et pathologique (Paris VII),
PLANAS MARINO Evangelina
psychologue
8 rue du Croissant 75002 Paris, France
Tel +33 142580786 61 rue Charlot 75003 Paris, France
E-mail eplanas@free.fr Tel 01 44 61 04 92
E-mail aline.pommereau5@gmail.com
PLAZAOLA REZOLA Mikel
Membro de Escola, AME, CIG(2020-2022) PONCE ULLOA Nathaly
Doctor en Psicología. Profesor Colaborador Universidad del Membro de Escola, AP, CRIF(2020-2022)
País Vasco Licenciada en Psicología, Magister en Estudios de la
José María Salaberría 7,1ª-1ºA. 20010. Donostia-San Mujer; Magister en Educación con especialización en
Sebastián, España Psicopedagogía; Especialista en docencia superior
Tel (34) 943431637 calle Eduardo Maduro Lindo, casa #13, Coco del Mar –
E-mail mplazaolacloud@me.com Ciudad de Panamá
Tel +507 68072940
PLOTHOW Sabrina Vicentin E-mail nathaly.ponce@hotmail.com
Psicóloga. Mestre em Psicologia Escolar e do
Desenvolvento Humano – IP USP PORDOY Eric
Rua Guaraiuva, 630, sl 1.- Brooklin Novo – São Paulo -SP Délégué 2020-2022
Tel +55 11 9 8166 2234 – 11 99433 0219 1 rue de Las Bartouilles – 64110 Gelos, France
E-mail sabrinavplothow@gmail.com Tel +33 6 86 28 88 28
E-mail epordoy@gmail.com
POLI Teresa
Psicologa e psicoterapeuta PORTA MARTÍNEZ Montserrat
Via Aldo Moro 41, Melzo (MI) Licenciada en psicologia
Tel (39) 3393711377 C/ Comarca 34 5è 08700 Igualada (Barcelona), España
E-mail teresapoli.studio@gmail.com Tel 0034 646742538
E-mail mportama@yahoo.es
POLIDO Márcia Regina
Membro de Escola, AP PORTALURI Julieta Carla
Psicóloga Lic. en Psicología
Lista alfabética de membros (IF-EPFCL) 105
Màster en Antropologia de la Medicina; Docent FCCL – Bolivia 3250 – Ciudad Capital – 5500 Mendoza, Argentina
Seminari de Psicoanàlisi de Tarragona; Psicòleg clínic a Tel (54) 9 261 5754006
Hospital Universitari Santa Maria (Lleida) E-mail gabriela.reyesborocci@gmail.com
Soler 22, 1r C 43001 Tarragona; Doctor Riu 7, 1r 25300
Tàrrega (Lleida), España REZENDE COSTA Adriana Ribeiro de
Tel +34 227344 – +34 616244711 Membro de Escola, AP
E-mail mrebollo@lacan.cat Psicóloga, Especialização em Clínica Psicanalítica
Tel (55 24) 9 92 55 57 16
REBOUT Laurence E-mail adrianarezendecosta@gmail.com
20 bd Léon Blum 29200 Brest, France
Tel 02 98 43 96 73 RIASCOS GUERRERO Alejandro
E-mail rebout.laurence@wanadoo.fr Magíster (C) en Psicoanálisis Subjetividad y Cultura
– Universidad Nacional de Colombia; Psicólogo
RECA GARCÍA Natalia – Universidad de Nariño; Docente-Investigador –
Lda. en Psicólogía Corporación Universitaria Minuto de Dios
Pº Alameda de Osuna, 50 Portal R 1ºA 28042 Madrid, Consultorio: Calle 18a No. 25-76 Oficina 201/ B. Centro
España Pasto – Colombia
Tel (34) 676 808 225 Tel (57) 3117303425
E-mail nataliarecagarcia@hotmail.com E-mail alejandro.1rg@gmail.com
Tel +55 (85) 997465720 756 Drummond Street, North Carlton, Victoria 3054,
E-mail samila.dutra@hotmail.com Australia.
Tel 61 3 9349 3462
RODELLA DE OLIVEIRA Roseli Maria E-mail leonardosrodriguez@bigpond.com
Membro de Escola, AME
Psicóloga – Especialização em Psicologia Clínica – Mestre RODRIGUEZ Maria Luisa
em Psicologia Social pela UFS Membro de Escola, AP
Rua Paulo Silva, 135 – Bl 02, Apt 301 – Farolândia – CEP Mestrado em Psicanálise pela Universidade do Estado do
49032-500 – Aracaju, SE, Brasil Rio de Janeiro, Professora Universitária do ABEU Centro
Tel (55) 79 99999 6330 Universitário
E-mail rrodella@gmail.com Praia do Flamengo, 66, Bl. B, Sala 405 – Flamengo –
Rio de Janeiro – CEP 22210-030, Brasil
RODOWICZ-SLUSARCZYK Sara Tel 21 967251835
Membro de Escola, AP, LIPP(2020) E-mail mlrmarialuisarodriguez@gmail.com
Licenciée de l’Académie des Beaux-Arts
Ul. Noskowskiego 6/23 02-746 Warszawa, Pologne RODRIGUEZ Marie-Christine
Tel (48) 601 069 108 D.E.A. en anthropologie culturelle
E-mail sara.rodowicz.slusarczyk@gmail.com 4 rue Bernard Mulé 31400 Toulouse, France
Tel +33 614600189
RODRIGUES Andrea Helena Pereira E-mail rodriguez.mariechris@gmail.com
Membro de Escola, AME
Psicóloga RODRIGUEZ QUERO Àlex
Rua Bento Albuquerque 1210 / 402 – Cocó – CEP 60192- Membro de Escola
055 – Fortaleza, CE, Brasil Psicólogo. CMIJ Fundació Nou Barris.
Tel (55) 85 9994 0161 c / Mallorca 584, 5º, 3ª. 08026 Barcelona, España
E-mail andreahr.fortaleza@gmail.com Tel (34) 932 327 265 – (34) 617 447 410
E-mail alex@pangea.org
RODRIGUES JUNIOR Nilton
Psicólogo; Mestre e Doutor em Antropologia RODRÍGUEZ REYES Anabella
Rua Muiatuca, 108, Apt. 203, Jardim Carioca – Psicóloga
CEP 21.921-680 – Rio de Janeiro-RJ, Brasil Aurelio del Llano 22, 2º B, 33209 Gijon, España
Tel +55 (21) 98012 5254 Tel (34) 637127453
E-mail niltonjunior@globo.com E-mail anabellarodrey@yahoo.es
Mz 5 C 17 Villa Aurora Pasto – Colombia Brígido Terán 983 – C.P.4000 – San Miguel de Tucumán –
Tel (57) 7 29 81 82 – 3007735801 Tucumán, Argentina
E-mail estebanruizmoreno@hotmail.com, E-mail silsahian@hotmail.com
estebanruizmoreno27@gmail.com
SAHIN Ardıl Bayram
RUIZ RUBIO Rebeca Psychiatre, Bakırkoy Mental Health and Neurology Resarch
Licenciada en Psicología y Criminología, Máster General de Hospital, 15th Psychiatry Clinic
Psicología Sanitaria Tel (90) 555 553 99 68
C / Mestre Ramírez 2, Picassent, Valencia, España E-mail ardilbayramsahin@gmail.com
Tel 669649347
SAINT-GEOURS Isabelle
E-mail bekkarr@hotmail.com
Psychologue clinicienne
RUIZ SOLER Teresa 37 rue de la Dalbade – 31000 toulouse, France
Tel +33 6 03 12 16 74
Membro de Escola, AP
E-mail isaintgeours@gmail.com
Licenciada en Filología Hispánica y Catedrática de Lengua
y Literatura Españolas Enseñante en el Colegio CP de SAINTE-ROSE Rémi
Valencia Membro de Escola, AP
C / Guardamar 2, 7º, A, 12100 Grao de Castellón, España Docteur en psychologie, D.E.S.S. psychologie clinique,
Tel (34) 964 06 54 70 psychologue clinicien en Institut de rééducation, chargé
E-mail truizsoler@gmail.com d’enseignement à l’université Toulouse Le Mirail
18 rue de Bernard Mulé 31400 Toulouse, France
RUSPI Elisa Tel 05 61 34 80 14
Psicologo, Specializzanda ICLeS (Istituto per la Clinica dei E-mail r.s.r@free.fr
Legami Sociali, legalm. riconosciuto MIUR)
via privata Luigi Zoja 31 Milano, Italia SAKHI Shahin
Tel 339 2579712 Psychiatrist (M.D.); Private Practice, Clinical Faculty at UCLA
E-mail elisa.ruspi@gmail.com 2100 Sawtelle Blvd., #107. Los Angeles, CA. 90025
Tel (310) 927 2578
RUSSO Roberta Luna da Costa Freire E-mail shahin@ucla.edu
Membro de Escola, AP
Psicóloga; Mestre em Educação SALANI Lavinia
Rua Açucena, 20. Cidade Verde – CEP 59152-030 – Psicologa Specializzanda in Psicoterapia Psicoanalitica
Parnamirim, RN, Brasil; Endereço do consultório: Viale Marx 209, 00137 Roma (RM), Italia
Av. Amintas Barros, 3700. Corporate Tower Center – CTC, Tel (+39) 391 3452659
sala 202, torre B. Lagoa Nova – CEP 59.075-250 – Natal, E-mail laviniasalani@yahoo.it
RN, Brasil
SALAZAR Antonio
Tel (55 84) 9 88 13 83 36
Membro de Escola, AP
E-mail lunacfr@gmail.com Psicólogo, Universidad Nacional de Tucumán; Enseñante
y Coordinador de las Presentaciones de Enfermos del
SAAVEDRA MARTINEZ Iris Colegio Clínico de la Fundación Foro Psicoanálisis NOA
Membro de Escola, AP en el Sanatorio Psiquíatrico San Juan – Tucumán
Nutricionista 12 de Octubre 450 – San Miguel de Tucumán – CP: 4000,
C/República Argentina 19, Atico D 36740 Tomiño Argentina
(Pontevedra)- España Tel 0054 381 5953601 – 3814398762
Tel (34) 699 448 849 E-mail becosalazar@hotmail.com
E-mail iris.saavmart@gmail.com
SALAZAR María José
SADALA Maria da Glória Schwab Lic. En Psicología
Membro de Escola Breas del Golf s/n – La Rioja. CP: 5300, Argentina
Psicóloga e Doutora/UFRJ Tel +54 3804546542
Avenida das Américas, 4801 sala 310 E-mail mj_salazar66@yahoo.com.ar
Tel 33259116 – 999741655
E-mail gloriasadala@gmail.com SALDANHA Claudia
Psicóloga (Universidade Federal da Bahia – UFBA).
SAHIAN Silvia Eugenia Especialista em Psicologia Clínica (Conselho Federal
Estudiante de Psicología de Psicologia – CFP). Especialista em Psicologia Clínica
114 Lista alfabética de membros (IF-EPFCL)
Psicoterapeuta (Diploma ICLeS-VE), docente a contratto C/Industria 118 2º 2ª. 08912. Badalona, España
presso Istituto Universitario Salesiano VE Tel (34) 666 365 657
Via Agostino Gallo 47 – 25020 Poncarale (BS), Italia E-mail lupe-sierra@hotmail.es
Tel (39) 349 4247431
E-mail marzia.sgambelluri@hotmail.it SIERRA LÓPEZ Carmelo
Membro de Escola, AP
SGARBOSSA Marcelo Andrés Psicólogo Clínico
Empresario c/ Cervantes 44, 3º Dcha. Albacete, España
Exequiel Tabarnera 5640 Mendoza, Argentina Tel (34) 967 21 45 07 – (34) 629 52 93 95
Tel (54) 9 261 5161295 E-mail sierracar1@yahoo.es
E-mail marcelosgarbossa@gmail.com
SIGAUD Hélène
SHAH Apurva Membro de Escola
Doctor of Medicine (M.D.); Child Psychiatrist, Hospital D.E.S.S. de psychologie clinique et pathologie, psychologue
Practice clinicienne
40221 Tesoro Lane Palmdale, CA 93551, USA 5 rue Gerhardt – 34000 Montpellier, France
Tel (616) 538 9975 Tel 04 11 65 63 39
E-mail helenesigaud@hotmail.fr
E-mail heenapu@hotmail.com
Via Luigia Sanfelice, 21 – 80129 Napoli, Italia SEPS 707/907 Bl C, lote E, Edifício San Marino, sala 213
Tel (39) 3894679715 Asa Sul, Brasil
E-mail francescatarallo@fastwebnet.it Tel (61) 99272 5005
E-mail flaviatereza@gmail.com
TARRAL MUSCIO Maryse
Psychologue Clinicienne – Psychothérapeute – DESS TERRAL François
psychologie clinique et pathologique Montpellier Membro de Escola, AME
Résidence Primavera – bât C – appt 316 – 356 avenue de Formateur de travailleurs sociaux, enseignant au Collège
Fès – 34080 Montpellier, France de clinique psychanalytique du Sud-Ouest
Tel 06 14 48 20 26 6 rue René Descartes 31270 Cugnaux, France
E-mail maryse.tarral@free.fr Tel 06 84 54 66 72
E-mail fr.terral@free.fr
TAYFUR Sinan
Psychologue, conseiller en orientation scolaire pour les TESTARD-DAVEAU Sabine
prématernels Dess de psychologie clinique et psychopathologie;
Emirsultan Mah. Karadavut Sok. Yildirim / Bursa, Turquie Psychologue clinicienne, Hôpital de jour Dutot (75015)
Tel (90) 541 365 09 85 17 rue de la Croix Neuve – 77850 Hericy, France
E-mail sinantyfr@gmail.com Tel 06 50 13 77 60
E-mail sabine.testard.daveau@gmail.com
TEIXEIRA LOURES José Maurício
Rua Presidente Castelo Branco,26. Centro. Magé. Rio de TEXIER Laurence
Janeiro/ RJ – CEP 25900-127 Membro de Escola, AP
Tel (21) 99969 9288 D.E.S.S. psychologie clinique et psychopathologie,
E-mail mauricio.mauriciotl@gmail.com psychologue C.H.U. Rennes, enseignante au CCPO
10 rue de la Doenna – 35510 Cesson-Sévigné, France
TEIXEIRA Maria Angélia Tel 02 99 83 16 61
Membro de Escola, AME E-mail laurence.texier.pro@sfr.fr
Psicóloga, Doutora em Teoria Psicanalítica pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professora TEZENAS Elisabeth
Associada do Instituto de Psicologia da Universidade DESS en psychologie clinique et psychopathologie
Federal da Bahia – Aposentada 321 rue Georges Clémenceau – 60280 Margny les
Rua Aristides Novis, n. 105, apartamento 502 B, Compiègne, France
Federação. Salvador-BA, Brasil. CEP 40 210 630 Tel +33 6 83 56 78 30
Tel (55 71) 32476585 – (55 71) 999875043 E-mail elisabeth.ts60@gmail.com
E-mail angelia@campopsicanalitico.com.br
THAMER Elisabete
TEJEDOR GIRBÉS Miquel Membro de Escola, AME
Llicenciat en psicologia Psychologue clinicienne, docteur en philosophie
Plaça Sant Miquel 5, 46680 Algemesí (valència), España (université Paris IV Sorbonne)
Tel (34) 626851050 9 rue Montcalm – 75018 Paris, France
E-mail g-psicoleg@hotmail.com Tel 09 54 25 00 63 – 06 76 40 37 79
E-mail ethamer@hotmail.com; elisabete.thamer@gmail.com
TENEUR Marie
Clinique Bethanie – 144 avenue Roul – 33400 Talence THEUX Catherine
Tel 06 61 85 45 21 Membro de Escola, AP
E-mail marieteneur@hotmail.com D.E.S.S. de psychopathologie, enseignante au Collège de
clinique psychanalytique du Sud-Ouest
TERCIC Cecilia 19 rue Labat 47200 Marmande, France
Membro de Escola, AP Tel 05 53 20 87 12 – Fax 05 53 20 87 12 – 06 07 44 92 02
Lic. en Psicología E-mail cath.theux@orange.fr
Consultorio: Lavalle 3643 4° D Ciudad Autónoma de
Buenos Aires, Argentina THÉVENARD Thérèse
Tel (54911) 15 5873 6059 Membro de Escola, AP
E-mail ceciliatercic@gmail.com D.E.S.S. de psychopathologie de l’enfant et de l’adolescent
23 rue Visconti 75006 Paris, France
TEREZA Flávia Tel 01 43 54 39 87 – Fax 01 43 54 39 87 – 06 11 09 13 49
Mestranda em Psicologia Clínica e Cultura UnB E-mail thevenard.therese@gmail.com
126 Lista alfabética de membros (IF-EPFCL)
Arruriaga 12, 3º B. 20570 Bergara. Guipúzcoa, España Tel 0054 381 5272743
Tel (34) 943765313 E-mail ucavajani@hotmail.com
E-mail purkaregi@terra.net
VALADO RODRÍGUEZ Marisol
URKOLA BIDARTE Carmen Psicóloga clínica
Membro de Escola, AP Rua Concello 8, entlo.3 32003 Ourense, España
Psicóloga Tel (34)988375825 – (34) 695 497 916
Ramón y Cajal nº5, 3º izda. 20002. Donostia – E-mail marisolvalador@gmail.com
San Sebastián, España
Tel (34) 656762492 VALAS Patrick
E-mail carmenurkola15@gmail.com Membro de Escola, AME
Médecin, psychiatre
USART Alicia 24 avenue Jean Moulin 75014 Paris, France
Grado en Psicología Universidad de Girona Tel 01 43 35 33 27
C/Luna 8 3ª. 2ª- Lloret de Mar – C.P. 17310 – Girona, E-mail patrick.valas@gmail.com
España
Tel (0034) 636 78 66 85 VALAS Vincent
E-mail aliciausar@gmail.com Ldo. En Filosofía. Doctor en Filosofía, Universidad París I,
Sorbonne, Máster de psicología, especialidad Clínica de
UYSAL VENEMA Tugce la Salud, Universidad Lyon 2
Psychologue Clinicienne Calle Alcántara 36, 4º izquierda – 28006 Madrid, España
Flat 25, Courtleigh, 126 Earls Court Road, London Tel (34) 671 62 03 60
Tel (44) 755 553 63 87 E-mail vincentvalasvalade@gmail.com
E-mail tugce_uysal@windowslive.com
VALDERRAMA LÓPEZ Maria Paula
VAAST Françoise Psicóloga, Universidad Pontificia Bolivariana, Magister en
Psychologue Psicología y Salud Mental, Candidata a Doctor en Ciencias
Sociales UPB. Docente Facultad de Psicología UPB
48 Rue Emile Grand – 81000 Albi, France
Calle 10 No. 42-45, Edificio La Plaza del Poblado,
Tel 05 63 38 48 70
Consultorio 307. Medellín, Colombia
VACCA Manuela Tel (57) (4) 311 8971 – 312 851 9828
Psicologo – Psicoterapeuta(Diploma ICLeS, Istituto Clinica E-mail mariapaulav@gmail.com
Legami Sociali, quadriennale legalm. riconosciuto
VALENTE Claudia Aparecida Lopes
MIUR) – Phd in Scienze del Comportamento e Processi
Psicóloga
di Apprendimento – Assegnista di Ricerca per Borse
Rua 19 de dezembro, 1087, Centro, Irati – PR, Brasil; CEP
di Eccellenza, II Univ. di Napoli – Perfezionamento in
84500-016
Psicodiagnostica. Tel 42 99803 8119
Napoli Centro, Italia E-mail claudiavalente123@hotmail.com
Tel (39) 3395922870
E-mail dr.manuelavacca@libero.it VALETTE Elodie
Délégué 2020-2022
VAISBLAT Vanina Ruth Master 2 Psychanalyse, Université Montpellier 3
Psicóloga, Universidad Nacional de Tucumán; Enseñante 20 rue Foch – 34000 Montpellier, France
Colegio Clínico de la Fundación Foro Psicoanálisis NOA – Tel 06 26 05 51 80
Tucumán E-mail valette.elo@gmail.com
Barrio Feput Mza. “I” casa 30. San Miguel de Tucumán –
Tucumán VALLENTE Newton
Tel 0054 381 4347002 – 381 5676848 Av. Sete de Setembro, 204/1205 – J. Icaraí, Niterói-RJ,
E-mail vanivais@hotmail.com Brasil – CEP 24230-252
Tel 21 99108 5751
VAJANI María Eugenia E-mail newtonvalente@gmail.com
Psicóloga, Universidad Nacional de Tucumán; Enseñante
Colegio Clínico de la Fundación Foro Psicoanálisis NOA VALLET Jean-Luc
sede Tucumán Membro de Escola
Santiago del Estero 1431 – San Miguel de Tucumán – Médecin généraliste
Tucumán – CP: 4000, Argentina 4 square Debussy 78150 Le Chesnay, France
130 Lista alfabética de membros (IF-EPFCL)
Lista de zonas
(IF-EPFCL)
AMÉRICA LATINA NORTE
• COLOMBIA
• PANAMÁ
• PORTO RICO
• VENEZUELA
BRASIL
ZONA ANGLÓFONA
• INGLATERRA
• AUSTRALIA
• ESTADOS UNIDOS
• ISRAEL
• NOVA ZELÂNDIA
ESPANHA
ZONA FRANCÓFONA
• FRANÇA
• BELGICA
ITÁLIA
ZONA PLURILINGUE
• GRECIA
• LÍBANO
• POLÔNIA
• ROUMÊNIA
• TURQUIA
138
Quando há dupla filiação, cada um é mencionado apenas uma vez, em seu fórum principal,
onde paga suas cotização internacionais, vota, delega seu voto para as Assembleias e
pode ser eleito.
SANTOS Vanisa Maria da Gama Moret FIOCHI Paula Ione da Costa Quintemo
SARAIVA Andrea FORMIGONI Maria Claudia, Membro de Escola
SIQUEIRA Suy-Lan FRANCO Fábio Luís Ferreira Nóbrega
STOCCO Vera Mariza, Membro de Escola FURINI Miriam
SZAJDENFISZ Bela Malvina, Membro de Escola GALVÃO Gonçalo Moraes, Membro de Escola
TEIXEIRA LOURES José Maurício GENTIL Geni Maria Lobato
TORRES Luciana Maria Vianna GERASSI Maria Angélica de Souza Dias
TRAVASSOS Julie, Membro de Escola GIANESI Ana Paula Lacorte, Membro de Escola
VALLENTE Newton GIRARDI Ana Lúcia Franco Nobile
GRAMINHA CURY Marina Rachel
EPFCL-BRASIL – FCL SALVADOR GROSMAN Adriana Frankel, Membro de Escola
ALMEIDA Pollyana Silveira de GUARRESCHI Luciana, Membro de Escola
BATISTA Daniela IACONELLI Vera, Membro de Escola
DIAS Francisco Antonio Gomes JATOBÁ Maria Luiza Machado
EDINGTON Vera Lucia Tourinho LOPES Leonardo Assis
FIAMENGHI Célia LOPES Vinicius Silva
FREITAS Ida, Membro de Escola, AME MARINO Adriana
GELMAN Ester Ainda MARQUES Roberto Propheta
GÓES Carla MEIRELLES Carlos Eduardo Frazão
HORTÉLIO FERNANDES Andréa, Membro de Escola, METZGER Clarissa, Membro de Escola
AME MOLA Luis Guilherme Coelho
JATOBÁ Maria Manoella Verde MORETTO Maria Lívia Tourinho
LIMA Andréa MORTAGUA Caroline
NASCIMENTO José Romilson Gomes do MOUNTIAN Ilana
PINHEIRO Sérgio Garrido NAGEM DE SOUZA Glaucia, Membro de Escola, AME
SALDANHA Claudia NAPOLITANI Isabel Parreiras Horta
OLIVEIRA Beatriz, Membro de Escola, AME
EPFCL-BRASIL – FCL SÃO PAULO PACHECO FILHO Raul Albino, Membro de Escola, AME
ABULEAC STEINBERG Samantha, Membro de Escola PACHECO Rodrigo Pinto, Membro de Escola
ALMEIDA Beatriz Helena Martins de, Membro de Escola PADILHA Taoana Aymone
ARAÚJO Maria Lúcia, Membro de Escola PEREIRA Dagoberto
ARMANDO Gisela Giglio PERETI Leonardo Zaneli
ASSADI Tatiana Carvalho, Membro de Escola PESSOA Silvana, Membro de Escola, AME
ATUATI Rafael Fonseca PINHO Miriam Ximenes, Membro de Escola
BARBARÁ Cibele Lope, Membro de Escola PIRES DA SILVA Ana Paula
BERTA Sandra Leticia, Membro de Escola, AME PLOTHOW Sabrina Vicentin
BICALHO Helena Maria Sampaio, Membro de Escola PRADO Carolina Escobar de Almeida
BOHMER Carla Gonçalves PRATES PACHECO Ana Laura, Membro de Escola, AME
BORGES Michele Donizete Ferreira RAMIREZ Heloísa Helena Aragão e, Membro de Escola,
BOSSETTO Sandra, Membro de Escola AME
CARAPETO Isabela Cristina Batista Ledo RAMOS Conrado, Membro de Escola, AME
CARVALHO Maria Célia Delgado de RIBEIRO NASCIMENTO Maria Carolina Theodoro Lima
CARVALHO Susy RONA Paulo Marcos
CARVALHO Juliana Gerken de SALFATIS Daniele Guilhermino, Membro de Escola
CHNAIDERMAN Beatriz Soares SAPORITI Elisabeth, Membro de Escola, AME
COELHO Aline Vieira SILVESTRE Maria Laura Cury
CORSETTO Patrizia SKITNEVSKY FINGER Sheila, Membro de Escola
CUNHA Sandra Tolentino da SOUSA Lucília Maria Abrahão
DIAS Brendali, Membro de Escola SOUZA Juliana Agnes Alves de Mello
DIAS Maruzania Soares, Membro de Escola TORRANO Kizzy Leandrini
DUNKER Cristian Ingo Lenz, Membro de Escola, AME TORRES Ronaldo
ESTEVÃO Ivan Ramos, Membro de Escola VENOSA Viviana Senra
FIGUEIREDO Ingrid VOGELAAR Rita Bícego, Membro de Escola
FINGERMANN Dominique, Membro de Escola, AME, ZACHAREWICZ Fernanda, Membro de Escola
também membro do EPFCL-France
Lista nominal dos Fóruns (IF-EPFCL) 145
Líbano Romênia
MUSI Veronica
ZONA ITÁLIA NERSITA Veronica
ORLANDO Eva, Membro de Escola
EPFCL ITÁLIA – FPL (FÓRUM PSICANALÍTICO PAROLINI Silvia, Membro de Escola
LACANIANO) PELLEGRINI Laura, Membro de Escola
PEPE Valentina
AQUILANO Lucia, Membro de Escola PESSINA Francesco, Membro de Escola
ARRIVABENE Rossana, Membro de Escola PROIETTI Ambra
AZZARITA Marco RANDICH Cecilia, Membro de Escola
BERNAVA Mila, Membro de Escola
RICCA Anna Grazia
BINASCO Mario, Membro de Escola, AME
RUSPI Elisa
BOTTONE Mario, Membro de Escola
SALVATI Tiziana, Membro de Escola
BRUNI Franco, Membro de Escola
SCEPI Annalisa
BRUNO Raffaele, Membro de Escola
SCHISANO Clelia
BRUSA Isabella
SOLCÀ Gabriele, Membro de Escola
CERRI Annalisa, Membro de Escola
TARALLO Francesca, Membro de Escola, AME
CINQUEGRANA Edoardo
TORRESIN Andrea, Membro de Escola
CIOFFI Angelo
VACCA Manuela
CODECA Chiara, Membro de Escola
VIGANÒ Ivan, Membro de Escola
COLLEDANI Martina, Membro de Escola
ZANNIER Leila, Membro de Escola
COLOMBO Valeria, Membro de Escola
ZONTINI Gemma
CONTI Rossella, Membro de Escola
COPPOLA Angela FLAI, FÓRUM LACANIANO NA ITÁLIA
COPPOLA Marzio, Membro de Escola
COSTA Simona, Membro de Escola AIELLO Samuele
COVINI Elena, Membro de Escola ARTIZZU Giulio, Membro de Escola
CREMATO Francesca, Membro de Escola BAGGIO Francesca
CRICELLI Marta, Membro de Escola BARUZZO Irene, Membro de Escola
DE CAPRARIIS Laura, Membro de Escola, AME BLASCOVICH Moreno, Membro de Escola, AME
DEL VECCHIO Ferdinando BOVE Loredana
DOMINGUEZ Maria Claudia, Membro de Escola, AME BUCCIOL Annalisa, Membro de Escola
DUTESCU Michaela CANCELLARO Carmela Emilia
EUSEBIO Carmen, Membro de Escola CAPPELLETTI Jee Yun
FARINA Filippo CARRANO Irene
FEOLA Daniela, Membro de Escola CEOLIN Kety, Membro de Escola
FORTUNA Fabiola, Membro de Escola COLUCCI Mario, Membro de Escola
GABOARDI Rossano, Membro de Escola COSSUTTA Maria Eugenia, Membro de Escola
GALASSI Veronica, Membro de Escola DAL MAS Susan
GAZZOTTI Emanuela DE FELICE Maurizio
GIARDINA Cristiana DE MICO Paola Benedetta
GUSTI Delia DEGLI ESPOSTI Alessandra
IMPARATO Antonia, Membro de Escola, AME FELICIOTTI Piero, Membro de Escola
LEALI Silvana, Membro de Escola FERRARA Domenico, Membro de Escola
LOMBARDI Christian FERRARI Mariasilvia
LOMBARDI Serena FRATINI Irma
MAFFEI Claudia, Membro de Escola FRATINI Laura
MAIOCCHI Maria Teresa, Membro de Escola, AME FURLAN Lara
MALQUORI Paola, Membro de Escola GALLO Antonella, Membro de Escola
MANRIQUE Ana Maria GERBAUDO Renato, Membro de Escola, AME
MARANO Barbara GILLI Patrizia, Membro de Escola, AME
MARRAZZO Carmine, Membro de Escola GOMARASCA Paolo
MARTINELLI Annamaria GRIFO Paola
MEZZACAPO Giorgio, Membro de Escola IOMMI Andrea
MIELE Roberta LAI Tatiana, Membro de Escola
MONETTI Maria LANDINI Manuela, Membro de Escola
MUCIACCIA Vittoria, Membro de Escola LO PRESTI Lara
158 Lista nominal dos Fóruns (IF-EPFCL)
Colégios da IF-EPFCL
Colégios da IF-EPFCL
AMÉRICA LATINA NORTE: 7 delegados • FUNDAÇÃO FÓRUM PSICANÁLISE NOA – ESCOLA DOS
FÓRUNS DO CAMPO LACANIANO: CUDMANI Ernesto,
COLOMBIA
LOBOS María Constanza, LOPEZ LIATTO Julieta Magalí
• FÓRUM DE BOGOTÁ: VELOSA FORERO Jaime
• FÓRUM DE PSICOANÁLISE DO CAMPO LACANIANO DE
PASTO: representante do Fórum de Bogotá BRASIL: 34 delegados
• FÓRUM DE MEDELIM: BOTERO GIRALDO Sol Beatriz,
• FCL ARACAJU: SANTA RITA Marcle Rejane de
GRILLO TRUJILLO María Victoria, ORTIZ CUERVO Amparo
• FCL BELÉM: representante do EPFCL-Brasil – FCL São Paulo
Ester
• FÓRUM DE PEREIRA: HURTADO Yurani • FCL BELO HORIZONTE: FRANCO MILAGRES Andréa
• FCL BRASÍLIA: CHATELARD Daniela Scheinkman
PANAMÁ • FCL CURITIBA: MARIA BALLÃO Clea
• FCL FORTALEZA: PAIVA FILHO Francisco
• FÓRUM DO CAMPO LACANIANO DE PANAMÁ: BRACHO • FCL JOINVILLE: RIOS Cláudia
GHERSI Joel • FCL JUIZ DE FORA: BERSAN Paula Oliveira
• FÓRUM DE VENEZUELA: représenté par le Foro del • FCL MATO GROSSO DO SUL: SIQUEIRA RIBEIRO Tatiana,
Campo Lacaniano de Panamá SOUZA Pricila Pesqueira
• FCL NOVA IGUAÇU: representante do EPFCL-Brasil – FCL
PORTO RICO Rio de Janeiro
• FCL DE PUERTO RICO: AROSEMENA MUÑOZ Silvia • FCL REGIÃO DOS LAGOS: KIBALTCHICHE Lucia Maria
Brandão Valeri de, SILVA Sabrina Celles Cordeiro
• FCL REGIÃO SERRANA: GARCIA Joseane
AMÉRICA LATINA SUL (ARGENTINA): 18 delegados • FCL RIO DE JANEIRO: ALBERTI Sonia, ALMEIDA Consuelo,
• FCL DO NOROESTE DA ARGENTINA: SANTOS Mariel del CHIABI Sandra Machado Mara, MALDONADO TORRES
Rosario Rosana, MARTINS Glória Justo da Silva, PIMENTEL
• FÓRUM ANALÍTICO DO RÍO DA PRATA: BUTTINI Matías, Leonardo Fernandes
CELLERINO Sergio, DAQUINO Mariano, MANTEGAZZA • FCL SALVADOR: PINHEIRO Sérgio Garrido
Rita Ana, MARIN Monica, MERCURI Valeria, PIRILLO • FCL SÃO PAULO: ARAÚJO Maria Lúcia, BOHMER Carla
Patricia Gonçalves, ESTEVÃO Ivan Ramos, GALVÃO Gonçalo
• FÓRUM ANALÍTICO MESOPOTÁMICO DEL CAMPO Moraes, LOPES Leonardo Assis, METZGER Clarissa,
LACANIANO: INSFRAN Nicolas PACHECO Rodrigo Pinto
• FÓRUM MEDITERRÂNEO CÓRDOBA-ARGENTINA: • FCL – DIAGONAL RIO DE JANEIRO: GATTO Clarice
ESCUDERO Maria, YESURON Mariela • FÓRUM NACIONAL REDE DIAGONAL BRASIL: AMOEDO
• FORO NUEVO CUYO DEL CAMPO LACANIANO – Silvia Helena Facó, ARAÚJO Jeanne D’garim Campos
MENDOZA: BERMEJO Soledad, GAGO Maya de, D’ALESSANDRO Rúbia Leira Pessôa, GRILLO Reinaldo
• FÓRUM PATAGÔNICO DO CAMPO LACANIANO: FIORITI Santos, PAMPLONA Graça Maria de Castro, PESSOA
Julieta Anabela Felipe Augusto de Almeida, SANMARTIN Pedro Alvarez
Colégios (IF-EPFCL) 161
LABORATÓRIO INTERNACIONAL
DA POLÍTICA DA PSICANÁLISE DA IF
E DE SUA ESCOLA – LIPP
Um laboratório internacional da política da psicanálise da IF e de sua Escola é encarregado
da reflexão e da pesquisa sobre os objetivos e os meios de nossa Escola nas urgências da
época sobre a base das opções inscritas na Carta da IF em 1999.
Ele é composto por dois membros de cada zona, eleitos sob candidatura: um dentre os
antigos Representantes e antigos dos CIG — excluindo os colegas que recém terminaram
de exercer a função ( ex: com uma eleição em 2020, os membros do CRIF e CIG 2018/2020
não podem ser imediatamente candidatos) e um membro de Escola que não tenha
estado ainda em função nessas instâncias. A metade de seus membros permutam a
cada dois anos.
Esse Laboratório trabalha em contato estreito com o conjunto dos membros. Para fazê-lo,
ele se coloca em contato com as situações diversas da EPFCL através dos responsáveis
dos intercartéis, os delegados e os AME de cada zona. Segundo as necessidades ele
pode também criar estruturas ad hoc de consulta, bem como todos os dispositivos
necessários — carteís, por exemplo — para ter um ponto de vista ajustado às realidades da
base dos Fóruns das diversas zonas.
As questões estudadas e as opiniões emitidas são transmitidas concomitantemente
na rede IF, antes de serem condensadas no Relatório apresentado a cada dois anos na
Assembleia para debate. Mantem-se um Caderno com os problemas tratados, o qual é
transmitido ao Laboratório seguinte.
163
Composição 2020-2022
• Quer enquanto membro da Escola que declarou sustentar a função de analista, caso
em que estão inscritos no Catálogo com a menção A.P. (Analista Praticante).
• Quer enquanto membro da Escola via a Comissão de Garantia do Colegiado
Internacional de Garantia, caso em que a Escola garante que o membro exerce a
psicanálise de acordo com a formação dada pela Escola. Estes estão inscritos no
Catálogo com o título A.M.E. (Analista Membro de Escola).
O título de AE (analista da Escola) é outorgado por três anos àqueles que, tendo se
submetido ao procedimento chamado “do passe”, São julgados por um dos Cartéis do
Passe como aptos a darem seus testemunhos da experiência analítica.
165
AS INSTÂNCIAS DA EPFCL
Colégio de animação e de
orientação da Escola – CAOE
CAOE 2021-2022
• Julieta DE BATTISTA pela América Latina Sul
• Sandre BERTA (secretária) pelo Brasil
• Mikel PLAZAOLA pela Espanha
• Colette SOLER (secretária) pela França
• María de los A. GÓMEZ (ALN) pela América do Norte (Porto Rico)
• Maria Teresa MAIOCCHI pela Itália-FPL
171
OS DISPOSITIVOS DE ESCOLA
A Garantia
EPFCL-França
Fóruns anexados: os Fóruns da Bélgica, os Fóruns da zona Anglofônica (salvo o de Colorado), os da zona
Plurilíngue e o Fórum Práxis Itália.
EPFCL-Espanha-F8
Fóruns anexados: Agrupamento Fórum Opção Escola de Barcelona,
Fórum Psicanalítico da Galícia (FOE-FPG).
ITÁLIA
EPFCL — Itália — FPL
CLEA — Comissão Local Epistêmica e de Acolhimento
Comissão pendente
173
OS TEXTOS FUNDADORES
Pela razão de que toda iniciativa pessoal recolocará seu autor nas condições de crítica
e controle, nas quais todo trabalho a ser empreendido será submetido à Escola.
Isso não implica de forma alguma numa hierarquia de cima para baixo, mas numa
organização circular cujo funcionamento, fácil de programar, se firmará na experiência.
Constituímos três seções, nas quais sustentarei a marcha, com dois colaboradores me
secundando em cada uma.
Seção de psicanálise pura, ou seja, práxis e doutrina da psicanálise propriamente
dita, que é e não é nada além que será estabelecido no seu devido lugar — do que a
psicanálise didática.
Os problemas urgentes a serem colocados sobre todas as consequências da didática
encontrarão aqui como trilhar uma via por um confronto mantido entre pessoas que
tenham a experiência da didática e candidatos em formação. Sua razão de ser sendo
fundada sobre aquilo que não há por que encobrir: a saber, na necessidade que resulta
das exigências profissionais, cada vez que elas levam o analisado em formação a assumir
uma responsabilidade, por menos analítica que seja.
É no interior desse problema e como um caso particular que deve ser situado aquele da
entrada em supervisão. Prelúdio para definir esse caso com critérios que sejam outros que
a impressão de todos e o preconceito de cada um. Pois se sabe que essa é atualmente sua
única lei, quando a violação da regra implicada na observância de suas formas é permanente.
Desde o início e em todo caso uma supervisão qualificada será assegurada ao praticante
em formação em nossa Escola.
Serão propostos para o estudo assim instaurado os traços pelos quais eu mesmo rompo
com os standards afirmados na prática didática, assim como os efeitos imputados a meu
ensino sobre o curso de minhas análises, quando é o caso de, a título de alunos, meus
analisados assistem a ele. Incluiremos nisso, se for preciso, os únicos impasses a serem
destacados de minha posição em tal Escola, a saber, aqueles que a própria indução a que
visa meu ensino engendraria em seu trabalho.
Esses estudos, cujo ápice é a colocação em questão da rotina estabelecida, serão
recolhidos pela diretoria da seção, que zelará pelos caminhos mais propícios para
sustentar os efeitos de sua solicitação.
Três subseções: Doutrina da psicanálise pura; Crítica interna de sua práxis como
formação; Supervisão dos psicanalistas em formação. Postulo, enfim, como princípio de
doutrina, que essa seção, a primeira, bem como aquela da qual falarei o destino no item 3,
não se deterá em seu recrutamento na qualificação médica, a psicanálise pura não sendo
em si mesma, uma técnica terapêutica.
Seção de psicanálise aplicada, o que quer dizer de terapêutica e de clínica médica.
Serão aí admitidos os grupos médicos, sejam eles compostos ou não de sujeitos
psicanalisados, por pouco que estejam em condição de contribuir para a experiência
psicanalítica; pela crítica de suas indicações nos seus resultados; pela posta a prova dos
termos categóricos e das estruturas que ali introduzi como sustentando em consonância
da práxis freudiana no exame clínico, nas definições nosográficas, na própria posição dos
projetos terapêuticos.
Aqui também temos três subseções: Doutrina do tratamento e de suas variações;
Casuística; Informação psiquiátrica e prospecção médica. Uma diretoria para
autenticar cada trabalho como sendo da Escola, e tal que sua composição exclua todo
conformismo preconcebido.
Os textos de referência de Jacques Lacan 175
NOTA ANEXA
Este ato de fundação toma como nulos hábitos simples. Pareceu, entretanto, deixar
algumas questões em aberto para aqueles a quem esses hábitos ainda regem.
Um guia do usuário, em sete itens, dará aqui as respostas mais solicitadas poder-se-á
supor as perguntas que elas dissipam.
1. Do didata
Um psicanalista é didata, desde que tenha feito uma ou mais psicanálises que se tenham
revelado didáticas.
176 Os textos de referência de Jacques Lacan
É uma habilitação de fato, que sempre se passou assim, na verdade e que não
depende de nada além de um anuário ratificando fatos, sem que tenha, sequer, de se
pretender exaustivo.
O uso do consentimento dos pares tornou-se caduco por ter permitido a introdução
muito recente do que se chama “a lista”, a partir do momento em que uma sociedade
pôde utilizar esta última para fins que desconhecem da maneira mais clara as próprias
condições da análise a ser empreendida, bem como da análise em curso.
Condições cujo essencial é que o analisado seja livre para escolher seu analista.
2. Da candidatura à Escola
Uma coisa é a candidatura a uma Escola, e outra é a qualificação de uma psicanálise didática.
A candidatura à Escola exige uma seleção a ser pautada segundo seus objetivos de
trabalho. Seu encargo será tomado, a princípio, por uma simples comissão de acolhimento
chamada Cardo, isto é, gonzo dito em latim, o que indica seu espírito.
Recordemos que a psicanálise didática só é exigida pela primeira seção da Escola,
embora seja desejável para todas.
3. Da psicanálise didática
A qualificação de uma psicanálise como didática foi praticada até o presente, por uma
seleção na qual, para julgá-la, basta constatar que ela não permitiu articular nenhum de
seus princípios desde que começou a existir.
E nenhum terá mais chance de se destacar no futuro, exceto se romper primeiro com
um uso que se presta à derrisão.
O único princípio certo a formular, ainda mais por ter sido desconhecido, é que a
psicanálise constitui-se como didática pelo querer do sujeito, e que ele deve ser advertido
de que a análise contestará esse querer, na medida mesma da aproximação do desejo
que ele encerra.
não exerce a psicanálise, ou ele é tido como a violar, por seu feito, uma regra de prudência,
quiçá de honestidade. Ao se observar essa regra, o sujeito que ali acaba por falhar em sua
função, não está fora dos limites do que acontece, como sabemos, por outro lado.
A Escola não saberá abstrair-se desse desastroso estado de coisas, em razão mesmo do
trabalho que ela é feita para garantir.
Por isso é que ela assegurará as supervisões que convierem à situação de cada um,
fazendo frente a uma realidade da qual faz parte a concordância do analista.
Inversamente, uma solução insuficiente poderá motivar para ela uma ruptura de contrato.
5. Do engajamento na Escola
Ingressa-se agora na Escola por dois acessos:
• O grupo constituído por escolha mútua segundo o ato de fundação, e que se chamará
cartel, apresenta-se para minha aprovação com o título do trabalho que cada um se
prestar a dar prosseguimento.
• Os indivíduos que quiserem fazer-se conhecer, por qualquer projeto que seja,
encontrarão caminho útil junto a um membro do Cardo: os nomes dos primeiros a
terem aceitado seu encargo, a meu pedido, serão divulgados antes de 20 de julho.
Eu mesmo encaminharia para um deles quem me fizesse demanda.
6. Do estatuto da Escola
Minha direção pessoal é provisória, ainda que prometida por quatro anos.
Eles nos parecem necessários para o deslanchar da Escola.
Se seu estatuto jurídico é desde já o da associação declarada sob a lei de 1901, cremos
dever, primeiramente, fazer aprovar em seu movimento o estatuto interno, que será, num
prazo fixado, proposto ao consenso de todos. Lembremo-nos de que a pior objeção que
se pode fazer às sociedades da forma existente é o esgotamento do trabalho, manifesto
até na qualidade, que elas causam entre os melhores.
O sucesso da Escola se medirá pela publicação de trabalhos que sejam aceitáveis em
seu lugar.
PREÂMBULO
Esta fundação, podemos antes de tudo levantar a questão de sua relação com o ensino
que não deixa sem garantia a decisão de seu ato.
178 Os textos de referência de Jacques Lacan
Estabelecer-se-á que, por mais qualificados que sejam os que estiverem em condições
de ali discutir esse ensino, a Escola não depende dele, nem tampouco o dispensa, já que
ele se desenvolve fora dela.
Se para este ensino, com efeito, a existência de uma audiência que ainda não tomou
sua medida revelou-se no mesmo momento crucial que impôs a Escola, é ainda mais
importante marcar aquilo que os separa.
Escola Freudiana de Paris esse título, mantido em reserva no ato de fundação, anuncia
bem as intenções das quais procedemos, àquele que se ativer a seus termos.
Deixemos de lado o lugar em que se retoma, não sem razão de fazê-lo, com o escudo
de origem, o desafio que ele traz, já por Freud saudado: a Escola a afirma-se antes de
tudo freudiana, pelo que se há uma verdade que sem dúvida se sustenta numa presença
paciente a reiterá-la, mas que, desse efeito, tornou-se consciência como que da área
francesa é que a mensagem freudiana ultrapassa em muito, em sua radicalidade, o uso
que dela fazem os praticantes de obediência anglófona.
Mesmo que se estenda a mão, na França como alhures, a uma prática mitigada pela
invasão de uma psicoterapia associada às necessidades da higiene mental, é fato que
nenhum praticante deixa de mostrar seu incômodo ou sua aversão, até mesmo derrisão
ou horror, à medida que as ocasiões que proporciona a si mesmo de imergir no lugar
aberto em que a prática aqui denunciada assume uma forma imperialista — conformismo
da meta, barbarismo da doutrina, regressão rematada a um psicologismo puro e simples,
tudo isso mal compensado pela promoção de um clericato fácil de caricaturar, mas que, em
sua compunção, é bem o resto que dá testemunho da a formação pela qual a psicanálise
não se dissolve naquilo que propaga.
Essa discordância, que a figuremos pela evidência que surge ao interrogarmos se não
é verdade que, em nossa época, a psicanálise está em toda parte, e os psicanalistas, em
outro lugar.
Pois não é em vão que podemos nos espantar que apenas o nome de Freud, pela
esperança de verdade que conduz, tenha condição de afrontar o nome de Marx, suspeita
esta não dissipada, embora seja patente que o abismo entre eles impreenchível, e que, na
via por Freud entreaberta, poder-se-ia perceber a razão por que fracassa o marxismo em
dar conta de um poder cada vez mais desmesurado e mais louco quanto ao político, se
ainda não entra em jogo um feito de revigoramento de sua contradição.
Que os psicanalistas não estejam em condição de julgar os males em que se banham,
mas que ai se sintam falhando, já é o bastante para explicar que respondam a isso com um
enquistamento do pensamento. Demissão que abre caminho para uma falsa complacência,
portadora, para o beneficiário, dos mesmos efeitos de uma verdadeira: nesse caso, o selo,
que eles aviltam, dos termos de que detêm a guarda, em prol da iniciativa que não é de modo
algum em si, o mote da economia reinante, mas na qual é cômodo o preparo daqueles que
ela emprega, até mesmo nos altos postos orientação psicológica e seus diversos ofícios.
Assim, a psicanálise fica por demais à espera, e os psicanalistas fora do prumo, para que
se possa desembaraçar o suspense em outro lugar que não o próprio ponto em que eles
se desviaram: a saber, na formação de psicanalista. Não, que a Escola não disponha do que
lhe assegura não romper nenhuma continuidade a saber, de psicanalistas irrepreensíveis,
sob qualquer ponto de vista, posto que lhes teria bastado, como aconteceu com o resto
Os textos de referência de Jacques Lacan 179
dos sujeitos formados por Lacan, que renegassem seu ensino para serem conhecidos por
uma certa “Internacional”, e que é notório que eles devem apenas a sua escolha e a seu
discernimento de terem renunciado a esse reconhecimento.
É a Escola que coloca em questão os princípios de uma habilitação patente e do
consentimento daqueles que notoriamente a receberam.
No que ela se verifica mais ainda como freudiana, o termo Escola vindo agora para
nosso exame.
Ele deve ser tomado no sentido em que, em tempos antigos, queria dizer certos lugares
de refúgio, ou bases de operação contra o que já se podia chamar de mal-estar na civilização.
A nos atermos ao mal-estar da psicanálise, a Escola se presta a oferecer seu campo
não somente a um trabalho de crítica: à abertura do fundamento da experiência, ao
questionamento do estilo de vida sobre o qual ela desemboca. Os que se engajam aqui se
sentem sólidos o bastante para enunciar o estado manifesto das coisas: que a psicanálise,
presentemente, nada tem de mais certo para fazer valer em seu ativo do que a produção
de psicanalistas ainda que este balanço pareça deixar a desejar.
Não que aí nos abandonemos a alguma auto-acusação. Estamos conscientes de que
os resultados da psicanálise, mesmo em estado de verdade duvidosa, fazem uma figura
mais digna do que as flutuações da moda e as premissas cegas em que se em tantas
terapêuticas no domínio em que a medicina não parou de se situar quanto a seus critérios
(seriam os da recuperação social isomorfos aos da cura?) e parece até estar recuando
quanto à nosografia: referimo-nos à psiquiatria, transformada numa questão para todos.
É até bastante curioso ver como a psicanálise banca aí o para-raios. Como, sem ela, se
faria alguém ser levado a sério, ali mesmo onde tira o mérito da oposição a ela? De onde
um status quo em que o psicanalista pouco se incomoda com a opinião que fazem de
sua insuficiência.
A psicanálise se distingue, a princípio, entretanto, por dar um acesso à ideia de cura
em seu domínio, a saber: dar aos sintomas seu sentido, dar lugar ao desejo que eles
mascaram, retificar de modo exemplar a apreensão de uma relação privilegiada — ainda
que tivesse sido preciso poder ilustrá-lo com distinções estruturais que exigem as formas
da doença, reconhecê-las nas relações do ser que demanda e que se identifica com essa
demanda e com essa identificação elas mesmas.
Ainda seria preciso que o desejo e a transferência que os animam tivessem provocado
os que deles tenham tido a experiência, até lhes tornar intoleráveis os conceitos que
perpetuam uma construção do homem e de Deus na qual entendimento e vontade se
distinguem de uma pretensa passividade do primeiro modo à arbitrariedade atividade
que ela atribui ao segundo.
A revisão a que conclamam, do pensamento, as conexões com o desejo a que Freud lhe
impõe, parece estar fora dos recursos do psicanalista. Sem dúvida, estes são obscurecidos
pelas precauções que os fazem curvar-se à fraqueza daqueles que ele socorre.
Há um ponto, no entanto, em que o problema do desejo não pode ser eludido: é
quando se trata do próprio psicanalista.
E nada é mais exemplar da pura tagarelice do que a voz corrente a esse respeito:
que é aí que se condiciona a segurança de sua intervenção. Perseguir nos álibis o
desconhecimento que aí se protege com documentos falsos exige o encontro do mais
180 Os textos de referência de Jacques Lacan
válido numa experiência pessoal com aqueles que exigirão que ela seja declarada,
tomando-a por um bem comum.
As próprias autoridades científicas são, aí, reféns de um pacto de carência que faz com
que já não que mais de fora o que se pode esperar uma exigência de controle que estaria
na ordem do dia em todos os outros lugares.
Isso é da conta tão-somente daqueles que, psicanalistas ou não, interessam-se pela
psicanálise em ato.
É para eles que se abre a Escola, para que eles ponham à prova seu interesse, não lhes
sendo proibido elaborar sua lógica.
181
Antes de lê-la assinalo que convém entendê-la com base na leitura, a ser feita ou refeita,
de meu artigo “Situação da psicanálise e formação do psicanalista em 1956” (páginas
461-95 de meus Escritos1). Vai tratar-se de estruturas asseguradas na psicanálise e de
garantir sua efetivação no psicanalista.
Isso é oferecido à nossa Escola, após uma duração suficiente de órgãos esboçados sobre
princípios limitativos. Instituímos o novo apenas no funcionamento. É verdade que daí aparece
a solução para o problema da Sociedade Psicanalítica. A qual se encontra na distinção entre
a hierarquia e o gradus. Irei produzir no início deste ano este passo construtivo:
1
Na edição brasileira, Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1998. (N.E.)
182 Os textos de referência de Jacques Lacan
análise, especialmente na medida em que eles próprios estão investidos nessa tarefa ou,
pelo menos, em vias de resolvê-los.
Esse lugar implica que se queira ocupá-lo: só se pode estar aí por tê-lo demandado de
fato, senão formalmente.
Que a Escola possa garantir a relação do analista com a formação que ela dispensa
está, portanto, estabelecido. Ela pode fazê-lo e o deve, desde então.
É aí que aparece o defeito, a falta de inventividade para exercer um ofício (ou seja,
aquele de que se vangloriam as sociedades existentes), encontrando para isso vias
diferentes, que evitem os inconvenientes (e os danos) do regime dessas sociedades.
A ideia de que a manutenção de um regime semelhante é necessária para regular o
gradus deve ser salientada em seus efeitos de mal-estar. Esse mal-estar não basta para
justificar a manutenção da ideia. E menos ainda seu retorno prático.
Que existe uma regra do gradus, está implicado numa Escola, mais ainda, certamente,
do que numa sociedade. Pois numa sociedade, afinal de contas, não há nenhuma
necessidade disso, já que uma sociedade só tem interesses científicos.
Mas existe um real em jogo na própria formação do psicanalista. Sabemos que as
sociedades existentes fundam-se nesse real.
Partimos também do fato que tem todas as aparências a seu favor, de que Freud as quis
tais como são.
Não menos patente e concebível, para nós é o fato de que esse real provoca seu próprio
desconhecimento, até mesmo produz sua negação sistemática.
Está claro, portanto, que Freud correu o risco de uma certa estagnação. Talvez mais:
que tenha visto nela o único abrigo possível para evitar a extinção da experiência.
Que nos confrontemos com a questão assim formulada não é privilégio meu. É a própria
consequência, digamos ao menos para os analistas da Escola, da escolha que eles fizeram
pela Escola.
Encontram-se nela agrupados por não terem querido, por uma votação, aceitar o que
esta implicaria: a pura e simples sobrevivência de um ensino, o de Lacan.
Qualquer um que seja, lá fora, que continue a dizer que se tratava da formação de
analistas, estará mentindo. Pois bastou que se votasse no sentido desejado pela IPA para
nela obter o ingresso a todo vapor, só faltando receber a ablução, por um breve período de
um designo made in English (o French group não será esquecido). Meus analisados, como
se diz, foram até particularmente bem-vindos por lá, e o seriam ainda, caso o resultado
pudesse ser o de me fazer calar.
Relembra-se isso todos os dias a quem quiser ouvir.
É, portanto, a um grupo para o qual meu ensino foi bastante precioso, quiçá bastante
essencial, para que cada um, deliberando, tenha marcado preferir sua manutenção à
vantagem oferecida sem enxergar adiante, tal como, sem enxergar adiante, interrompi
meu seminário em seguida à referida votação — foi a este grupo em dificuldade de
encontrar uma saída que ofereci a fundação da Escola.
Por essa escolha decisiva para os que aqui estão, marca-se o valor da parada. Pode haver
uma parada que vale para alguns a ponto de lhes ser essencial, e este é o meu ensino.
Se o dito ensino é sem rival para eles, ele o é para todos, como provam os que aqui se
amontoam sem terem pago o preço, ficando suspensa para eles a questão do proveito
que lhes é permitido.
Os textos de referência de Jacques Lacan 183
Sem rival, aqui, não significa uma avaliação, mas um fato: nenhum ensino fala do que
é a psicanálise. Em outros lugares, e de maneira declarada, cuida-se apenas de que ela
seja conforme.
Existe solidariedade entre a pane até mesmo os desvios que mostra a psicanálise e
a hierarquia que nela reina e que designamos, benevolamente hão de nos reconhecer,
como uma cooptação de doutos.
A razão disso é que tal cooptação promove um retorno a um status de infatuação,
conjugando a pregnância narcísica com a astúcia competitiva. Retorno que restaura
reforços do relapso, o qual a psicanálise didática tem por fim de liquidar.
É esse o efeito que reflete sua sombra sobre a prática da psicanálise — cujo término,
objeto e o objetivo mesmo revelam-se inarticuláveis, após pelo menos decorrido meio
século de experiência ininterrupta.
Remediar isso, entre nós, deve se fazer pela constatação da falha que levei em conta,
longe de pensar em encobri-la. Mas para colher nessa falha a articulação que falta. Ela só
faz confirmar o que se encontrará por toda parte e que é sabido desde sempre: que não
basta a evidência de um dever para cumpri-lo. É pelo viés de sua falha que ela pode ser
posta em ação, e o é toda vez que se encontra o meio de utilizá-la.
Para introduzi-los nisso, me apoiarei nos dois momentos da junção do que chamarei
respectivamente neste divertimento, de psicanálise em extensão, ou seja, tudo o que
resume a função de nossa Escola enquanto (de maneira que) ela presente que a psicanálise
no mundo, e psicanálise em intensão, ou seja, a didática, como não fazendo mais do que
preparar operadores para ela.
Esquece-se, com efeito, sua pregnante razão de ser, que é constituir a psicanálise como
uma experiência original, por levá-la até o ponto em que gura a sua finitude, por permitir
o seu a posteriori, efeito de tempo que, como sabemos, lhe é radical.
Esta experiência é essencial para isolá-la da terapêutica, que não distorce a psicanálise
somente por relaxar seu rigor.
Observaria eu, com efeito, que não há nenhuma definição possível da terapêutica
senão a de restabelecimento de um estado primário. Definição, justamente, impossível
de se enunciar na psicanálise.
Quanto ao primum non nocere, não falemos nisso, já que ele é instável por não poder
ser determinado como primum no começo — donde optar por não causar dano! Tentem.
É muito fácil, nestas condições de se creditar a um tratamento qualquer o fato de ele não
haver causado dano a algo. Esse traço forçado só tem interesse por decorrer, sem dúvida,
de um indecidível lógico.
Podemos achar ultrapassados os tempos em que aquilo a que se tratava de não causar
dano era a entidade mórbida. Mas o tempo do médico está mais implicado do que se
acredita nessa revolução — pelo menos, a exigência, tornada mais precária do que torna
médico ou não um ensino. Digressão.
Nossos pontos de junção, onde têm que funcionar nossos órgãos de garantia são
conhecidos: são o começo e o fim da psicanálise, como no xadrez. Por sorte, são
eles os mais exemplares por sua estrutura. Esta sorte deve provir do que chamamos
de encontro.
184 Os textos de referência de Jacques Lacan
No começo da psicanálise está a transferência. Ela ali está graças àquele que
chamaremos no despontar desta proposição, o psicanalisante2. Não temos que dar conta
do que a condiciona. Pelo menos aqui. Ela está ali no começo. Mas o que é?
Fico admirado de que ninguém jamais tenha pensado em me objetar, visto certos termos
de minha doutrina, que a transferência por si só cria uma objeção à intersubjetividade.
Lamento-o, mesmo, visto que nada é mais verdadeiro: ela a refuta, é seu obstáculo. Aliás,
foi para estabelecer o fundo no qual se pudesse perceber o contrário, que promovi desde
o começo, o que implica de intersubjetividade o uso da fala. Esse termo foi, portanto, um
modo como outro qualquer, diria eu, se não se tivesse imposto para mim de circunscrever
o alcance da transferência.
A esse respeito, ali onde precisam justificar seu lote universitário, apoderam-se do
referido termo, suposto, sem dúvida porque eu o usei, como levitador. Mas quem me lê
pode observar a “ressalva” com que ponho em jogo essa referência no que concerne à
concepção da psicanálise. Isso faz parte das concessões educativas às quais tive de me
submeter em razão do contexto de fabuloso ignorantismo em que tive que proferir meus
primeiros seminários.
Pode agora alguém duvidar de que, ao referir ao sujeito do cogito aquilo que nos revela
o inconsciente, de que, ao ter definido a distinção entre o outro imaginário, familiarmente
chamado pequeno outro, do lugar de operação da linguagem, postulado como sendo o
grande Outro, eu indique suficientemente que nenhum sujeito é suponível por outro sujeito,
se este termo tiver que ser tomado pelo lado de Descartes. Que lhe seja preciso Deus, ou
antes, a verdade na qual ele o credita, para que o sujeito venha alojar-se sob a mesma capa
que veste enganosas sombras humanas que Hegel, ao retomá-lo, enuncie a impossibilidade
da coexistência das consciências, na medida em que se trata do sujeito fadado ao saber já
não é isso o bastante para apontar a dificuldade, da qual precisamente nosso impasse, o do
sujeito do inconsciente, oferece a solução para quem sabe constituí-la.
É verdade que nisso, Jean-Paul Sartre, sumamente capaz de perceber que a luta de
morte não é essa solução, já que não se pode destruir um sujeito, e que também ela
é, em Hegel, anteposta ao seu nascimento, profere entre quatro paredes [huit clos] sua
sentença fenomenológica: é o inferno. Mas, como isso é falso, e de maneira que pode
ser legitimada pela estrutura o fenômeno já bem mostra, que o covarde, se não é louco,
pode muito bem se arranjar com o olhar que o fita — essa sentença prova também que o
obscurantismo tem sua mesa posta não apenas nos ágapes da direita.
O sujeito suposto saber é, para nós, o pivô a partir do qual se articula tudo o que
se refere à transferência. Cujos efeitos escapam quando, para apreendê-los, faz-se uma
pinça com o bastante desajeitado pun a se estabelecer da necessidade da repetição à
repetição da necessidade.
Aqui, o levitante da intersubjetividade mostrará sua finura ao indagar: sujeito suposto
por quem, senão por um outro sujeito?
Uma lembrança de Aristóteles, uma pitada das categorias, rogamos, para desenlamear
esse sujeito do subjetivo. Um sujeito supõe nada, ele é suposto. Suposto, ensinamos nós,
pelo significante que o representa para um outro significante.
2
O que comumente se chama psicanalisado, por antecipação.
Os textos de referência de Jacques Lacan 185
Escrevamos como convém o suposto desse sujeito colocando o saber em seu lugar de
adjacência da suposição:
S Sq
s (S1,S2,... Sn)
Essa situação dá conta, inversamente, da aparente comodidade com que se instala, nos
cargos de direção nas sociedades existentes, o que é realmente preciso chamar de zero à
esquerda. Entendam-me: o importante não é a maneira pela qual esses zeros à esquerda
se mobíliam (discurso sobre a bondade?) para quem está de fora, nem a disciplina que
supõe o vazio sustentado no interior (não se trata de burrice), é que esse zero à esquerda
(em relação ao saber) é reconhecido por todo objeto usual, se assim podemos dizer, para
os subordinados, e moeda corrente de sua apreciação pelos Superiores.
A razão disso encontra-se na confusão a respeito do zero, donde se fica num campo
em que ela não está na parada. Não há ninguém que se preocupe, no gradus em ensinar
o que distingue o vazio do nada o que, no entanto, não é a mesma coisa nem o traço
referência para a medida do elemento neutro implicado no grupo lógico, nem tampouco
a nulidade da incompetência, do não-marcado da ingenuidade, de onde muitas coisas
assumiriam seu devido lugar.
É para fazer frente a essa falha que produzi o oito interior e, de modo geral, a topologia
em que o sujeito se sustenta.
O que deve predispor um membro da Escola a semelhantes estudos é a prevalência,
que vocês podem apreender no algoritmo acima produzido, mas que não deixa de persistir
pelo fato de ser ignorada, a prevalência, manifesta onde quer que seja — na psicanálise
em extensão como na psicanálise em intensão —, daquilo que chamarei de saber textual,
para opô-lo à noção referencial que a mascara.
Em todos os objetos que a linguagem propõe não apenas ao saber, mas que inicialmente
coloca ao mundo da realidade, da realidade da exploração inter-humana, não se pode dizer
que o psicanalista seja expert. Isso seria melhor, mas na verdade, não vai muito longe nisso.
O saber textual não era parasita por ter animado uma lógica na qual a nossa encontra
lições para sua surpresa (falo daquela da Idade Média), e não foi às suas expensas que ela
soube fazer frente à relação do sujeito com a Revelação.
Não é pelo fato do valor religioso desta ter se tornado indiferente para nós que seu
efeito na estrutura deve ser negligenciado. A psicanálise tem consistência pelos textos
de Freud, este é um fato irrefutável. Sabemos em que, de Shakespeare a Lewis Carroll, os
textos contribuem para seu gênio e para seus praticantes.
Eis o campo em que se discerne quem admitir em seu estudo. É dele que o sofista
e o talmudista, o propagador de contos e o aedo tiraram a força que, a cada instante,
recuperamos mais ou menos desajeitadamente, para o nosso uso.
Que um Lévi-Strauss, em suas mitológicas, lhe dê seu estatuto científico, é bom para
nos facilitar fazer dele um limiar para nossa seleção.
Recordemos o guia fornecido por meu grafo para a análise e a articulação que dele se
isola do desejo nas instâncias do sujeito.
Isto é para salientar a identidade entre o algoritmo aqui precisado com o que é conotado
em O banquete como o agalma.
Onde está melhor dito que ali faz Alcebíades que as emboscadas do amor da
transferência não têm por fim senão obter aquilo de que ele pensa ser Sócrates o
continente [contenant] ingrato?
Mas, quem sabe melhor do que Sócrates que ele só detém a significação que engendra
por reter esse nada, o que lhe permite remeter Alcebíades ao destinatário presente de
Os textos de referência de Jacques Lacan 187
seu discurso, Agatão (como que por acaso)? Isto é para lhes ensinar que, ao se obcecarem
com o que no discurso do psicanalisante lhes concerne, vocês ainda não chegaram lá.
Mas, será que isso é tudo? Quando aqui o psicanalisante é idêntico ao agalma, a
maravilha a nos deslumbrar, a nós terceiros, como Alcebíades. Não é esta, para nós uma
ocasião de ali vermos isolar-se o puro viés do sujeito como relação livre com o significante,
aquela da qual se isola o desejo do saber como desejo do Outro?
Como todos os casos particulares que fazem o milagre grego, este só nos apresenta fechada
a caixa de Pandora. Aberta, ela é a psicanálise, da qual Alcebíades não tinha necessidade.
Com o que chamei de fim de partida, chegamos ao osso de nossa proposição desta
noite. O término da psicanálise dita superfluamente didática é a passagem, com efeito, do
psicanalisante ao psicanalista.
Nosso objetivo é formular uma equação cuja constante é o agalma.
O desejo do psicanalista é sua enunciação, a qual só saberá operar caso venha ali
na posição do x: desse mesmo x cuja solução entrega ao psicanalisante seu ser e cujo
valor tem notação (-ϕ), hiância que designamos como a função do falo a ser isolada no
complexo de castração, ou (a), por àquilo que a obtura com o objeto que reconhecemos
sob a função aproximada da relação pré-genital. (É ela que o caso de Alcebíades mostra
anular — o que conota a mutilação dos Hermes.)
A estrutura, assim abreviada, permite-lhes fazer uma ideia do que se passa ao termo
da relação da transferência, ou seja, quando o desejo, sendo resolvido que sustentou
em sua operação o psicanalisante, ele não tem mais vontade, no fim, de suspender sua
opção, isto é, o resto que, como determinante de sua divisão, o faz decair de sua fantasia
e o destitui como sujeito.
Não seria esse o grande motus que convém guardarmos entre nós, que, dele tiramos,
psicanalistas, nossa suficiência, enquanto a beatitude se oferece para além do esquecê-lo
nós mesmos?
Não iríamos, ao anunciá-lo, desencorajar os amadores? A destituição subjetiva inscrita
no bilhete de ingresso... não seria isso provocar o horror, a indignação, o pânico ou até o
atentado, em todo caso dar o pretexto para a objeção de princípio?
Somente fazer uma interdição daquilo que se impõe de nosso ser equivale a nos
oferecermos a uma reviravolta do destino que é a maldição. O que é recusado no simbólico,
recordemos o veredicto lacaniano, reaparece no real. No real da ciência que destitui o
sujeito de modo bem diferente em nossa época quando apenas seus partidários mais
eminentes, como um Oppenheimer, se inquietam com isso.
Eis onde nos demitimos daquilo que nos faz responsáveis, ou seja, da posição em que
fixei a psicanálise em sua relação com a ciência, a de extrair a verdade que lhe corresponde
em termos cujo resto de voz nos é alocado.
Com que pretexto abrigamos essa recusa, quando bem se sabe qual despreocupação
protege verdade e sujeitos, todos juntos, e se sabe que, ao prometer aos segundos a
primeira, isso não é quente nem frio àqueles que já estão próximos dela? Falar de
destituição subjetiva jamais deterá o inocente, que não tem outra lei senão seu desejo.
Só temos escolha entre enfrentar a verdade ou ridicularizar nosso saber.
Essa sombra espessa que encobre a junção de que me ocupo aqui, aquela em que o
psicanalisante passa a psicanalista, é ela que nossa Escola pode empenhar-se em dissipar.
Não estou mais longe do que vocês nesta obra que não pode ser conduzida sozinha, já
que a psicanálise constitui o acesso a ela.
188 Os textos de referência de Jacques Lacan
ser do desejo, o que sucede com ele, ao ter vindo ao ser desde o saber, e que se dissolve.”
Sicut palea, como diz Tomás sobre sua obra no fim da vida — como estrume. Assim, o ser
do desejo une-se ao ser do saber para renascer, no que eles se enlaçam, numa tira feita da
borda única em que se inscreve uma única falta, aquela que sustenta o agalma. A paz não
vem selar prontamente essa metamorfose em que o parceiro esvai-se, por não ser mais do
que o saber vão de um ser que se furta.
Tocamos aí na futilidade do termo liquidação com respeito a este furo, onde somente
se resolve a transferência. Só vejo nisso, ao contrário das aparências, a denegação do
desejo do analista.
Pois quem, ao avistar os dois parceiros jogarem com as duas pás de uma tela que gira
em minhas últimas linhas, não pode captar que a transferência nunca foi senão o pivô
dessa própria alternância.
Assim, daquele que recebeu a chave do mundo na fenda da impúbere, o psicanalista
não mais tem que esperar um olhar, mas se vê tornar-se uma voz.
E esse outro que, criança, encontrou seu representante representativo em sua irrupção
através do jornal aberto em que se abrigava o campo de adubação dos pensamentos
de seu genitor, devolve ao psicanalista o efeito de angústia em que ele oscila em sua
própria dejeção.
Assim, o fim da psicanálise guarda em si uma ingenuidade sobre a qual se coloca a questão
de saber se ela deve ser tida como garantia na passagem para o desejo de ser psicanalista.
Donde se poderia esperar, portanto, um testemunho correto sobre aquele que transpõe
esse passe senão de um outro que, como ele, o é ainda, esse passe, a saber, em que está
presente nesse momento o des-ser em que seu psicanalista guarda a essência daquilo
que lhe é passado como um luto, sabendo com isso, como qualquer outro na função de
didata, que também para eles isso passará?
Quem poderia melhor do que esse psicanalisante no passe, aí autenticar o que ele tem
da posição depressiva? Não ventilamos aí nada pelo qual se pudesse se dar ares , se não
estiver no ponto.
É o que lhes proporei, dentro em pouco, como o ofício a ser confiado, no tocante à
demanda do tornar-se analista da Escola, a alguns a quem denominaremos passadores.
Eles terão, cada um deles, sido escolhidos por um analista da Escola, aquele que pode
responder pelo fato de que estejam nesse passe ou que a ele tenham retornado, em
suma, ainda estando ligados ao desenlace de sua experiência pessoal.
É com eles que um psicanalisante, para se fazer autorizar como analista da Escola, falará
de sua análise, e o testemunho que eles saberão colher pelo vivo de seu próprio passado
será daqueles que nenhum júri de habilitação jamais recolhe. A decisão de tal júri seria
esclarecida por isso, portanto, essas testemunhas não sendo é claro juízes.
Inútil indicar que essa proposição implica numa acumulação da experiência, sua coleta
e sua elaboração, uma seriação de sua variedade e uma notação de seus graus.
Que possa surgir liberdades do encerramento de uma experiência, é isso que decorre
da natureza do a posteriori [après-coup] na significância.
De qualquer modo, essa experiência não pode ser eludida. Seus resultados devem
ser comunicados: primeiro à Escola, para as críticas, e, correlativamente, colocados ao
alcance das sociedades que, por mais que nos tenham tornado excluídos, nem por isso
deixam de ser assunto nosso.
190 Os textos de referência de Jacques Lacan
A terceira facticidade, real, bastante real, tão real que o real é mais pudico ao promovê-la do
que a língua, é o que torna dizível o termo campo de concentração, sobre o qual nos parece
que nossos pensadores, ao vagar do humanismo ao terror, não se concentraram o bastante.
Abreviemos dizendo que o que vimos emergir deles, para nosso horror, representou a
reação de precursores em relação ao que irá se desenvolvendo como consequência do
remanejamento dos grupos sociais pela ciência, e, nominalmente, da universalização que
ela ali introduz.
Nosso futuro de mercados comuns encontrará seu equilíbrio numa ampliação cada vez
mais dura dos processos de segregação.
Caberia atribuir a Freud ter querido, visto sua introdução de nascença no modelo secular
desse processo, assegurar a seu grupo o privilégio de insubmersibilidade universal de
que se beneficiam as duas instituições denominadas? Não é impensável.
Como quer que seja, esse recurso não torna mais cômodo para o desejo do psicanalista
situar-se nessa conjuntura.
Recordemos que, se a IPA da Mittleleuropa demonstrou sua pré adaptação a essa
provação não perdendo nos ditos campos um só de seus membros, ela deveu a esse
esforço supremo ver produzir-se, após a guerra, uma corrida, que não deixou de ter sua
parcela de incompetentes (cem psicanalistas medíocres, lembremo-nos), de candidatos
em cujo espírito o motivo de encontrar refúgio para a maré vermelha, fantasia de então,
não estava ausente.
Que a “coexistência”, que bem poderia, também ela, se esclarecer por uma transferência,
não nos faça esquecer um fenômeno que é uma de nossas coordenadas geográficas,
caberia dizer, e cujo alcance é mais mascarado pelas tagarelices sobre o racismo.
O final deste documento precisa o modo como poderia ser introduzido aquilo que só
tende, ao inaugurar uma experiência, a tornar em verdadeiras as garantias buscadas.
Deixamo-las indivisas nas mãos daqueles que as têm por direito adquirido. Não nos
esqueçamos, no entanto, de que eles não são os que mais padeceram com as provações
impostas pelo debate com a organização existente. O que devem o estilo e os desta
organização ao black-out que incidiu sobre a função da psicanálise didática é evidente,
desde que um olhar sobre eles seja permitido: de onde o isolamento do qual ela se
protege de si mesma.
As objeções que encontraram nossa proposição não decorrem, em nossa Escola, de
um temor tão orgânico.
O fato de que elas tenham se exprimido sobre um tema motivado, já mobiliza a
autocrítica. O controle das capacidades não é mais inefável, por requerer mais títulos
mais justos.
É com uma tal provação que a autoridade se faz reconhecer.
Que o público dos técnicos saiba que não se trata de contestá-la, mas de extraí-la
da ficção.
A Escola Freudiana não pode cair no tough sem humor de um psicanalista que
encontrei em minha última viagem aos EUA: “A razão por que jamais atacarei as formas
instituídas”, disse-me ele, “é que elas me asseguram sem problemas uma rotina que
constitui meu conforto”.
192
A imisção, feito meu, de fato desde o ano passado, da função do ato na rede (qualquer que
tenha sido o uso desse termo feito por certas opiniões, por sua vez, expressas, no texto,
digamos, com que se tece meu discurso, a imisção do ato era a pré-condição para que
minha proposição, dita de 9 de outubro, fosse divulgada. Será ela ato? É o que depende
de suas consequências, desde as primeiras a se produzirem.
O círculo aqui presente, por ter recebido dela não somente o endereçamento, mas o aval
foi escolhido por mim na Escola, por nela constituir duas classes. Isso deveria querer dizer
que aqui nos sentimos mais iguais que alhures e, nisso mesmo, eliminar um handcap prático.
Respeitei a aproximação da seleção da qual saíram os AEs e os AMEs, tais como foram
inscritos no anuário de 1965, o mesmo sobre o qual se interroga se ele deve permanecer
como o produto maior da Escola.
Respeitei, não sem razão, o que merecia a experiência de cada um, enquanto avaliada
pelos outros. Uma vez operada essa seleção, toda resposta de classe implica a igualdade
suposta, a equivalência mútua, toda resposta cortês, é claro.
Inútil, pois, que qualquer um que seja, por se acreditar líder nos ensurdeça com
direitos adquiridos por sua “escuta”, com virtudes de sua “supervisão” e com seu gosto
pela clínica, nem que exiba o ar afetado daquele que sabe algo a mais do que qualquer
um de sua classe.
A Sra. X e a Sra.Y merecem, por essas alegações, tanto quanto os Srs. P. eV.
Podemos admitir, contudo, que, visto o modo segundo o qual sempre se operou a
seleção nas sociedades de psicanálise, até mesmo aquele pelo qual nós mesmos fomos
selecionados, uma estruturação mais analítica da experiência prevalece em algumas.
Mas como se distribui essa estruturação que ninguém, que eu saiba, pode pretender,
exceto o personagem que representou a medicina francesa junto à Direção da Internacional
psicanalítica, que seja um dado (ele próprio diz que é um dom!), eis o primeiro ponto
sobre o qual se interrogar. O segundo ponto torna-se, então, produzir classes tais que não
apenas ratifiquem essa distribuição, mas que, ao servir para produzi-la, reproduzam-na.
Eis os tempos que mereceriam subsistir nessa produção mesma, senão a questão da
qualificação analítica pode ser levantada por onde se quiser: e não mais no tocante à
nossa Escola, como nos persuadiriam aqueles que a querem tão propícia ao seu comando
que têm o seu modelo em outro lugar.
Por desejável que seja dispor de uma superfície (que bom seria abalar desde o interior), ela
só tem o alcance de intimidar, não de ordenar. O impróprio não é que um qualquer se atribua
Os textos de referência de Jacques Lacan 193
a superioridade, até mesmo o sublime da escuta, nem que o grupo se garanta com base em
suas margens terapêuticas, mas que enfatuação e prudência tenham função de organização.
Como esperar fazer reconhecer um estatuto legal de uma experiência da qual não se
sabe nem mesmo responder?
Não posso fazer melhor para honrar os non licet que colhi do que introduzir a elusão
tomada por um viés gozado, a partir deste “ser o único” mediante o qual há quem se
atribua o mérito de saudar a mais comum das enfatuações na medicina, nem mesmo
para recobri-lo com o “ser sozinho” que, para o psicanalista, é justamente o passo com
que entra em seu o cio a cada manhã, o que já seria abusivo, mas para, desse ser o único,
justificar a miragem que faz dela o capelo dessa solidão.
Assim funciona o i(a) pelo qual se imaginam o eu e seu narcisismo, a servir de casula
para o objeto a que, do sujeito, faz a miséria. Isso porque o (a), causa do desejo, por
estar à mercê do Outro, (angústia eventual, portanto), veste-se contra fobicamente com a
autonomia do eu, como o faz o bernardo-eremita com uma carapaça qualquer.
Faz-se, então, artifício deliberado de um organon denunciado, e eu me pergunto qual
fraqueza pode inspirar uma homilia tão pouco digna do que está em jogo. O ad hominem
situa-se aí por me fazer entender que me protegem dos outros, ao lhes mostrar que são
iguais a mim, o que permite fazer valer que me protegem de mim mesmo.
Mas, se de fato, estive só para fundar a Escola tal como ao enunciar o seu ato, eu disse
com audácia — “tão só como sempre estive em minha relação com a causa psicanalítica”
ter-me-ei acreditado o único? Eu já não o era desde o momento mesmo em que um só
me seguisse o passo, não por acaso aquele cujas disposições atuais interrogo. Com todos
vocês naquilo que faço sozinho, haveria eu de me pretender estar isolado? Por ser dado
sozinho, o que tem esse passo a ver com o ser o único, que se acredita ser ao segui-
lo? Não me fiei na experiência analítica, isto é, naquilo que me chega de quem com ela
se desembaraçou sozinho? Acreditasse eu ser o único a tê-la; então, para quem falaria?
Antes, é por ter a boca cheia da escuta, a única sendo a sua, o que vez por outra serviria
de mordaça. Não existe homossemia entre o único [le seul] e só [seul]. Minha solidão foi
justamente aquilo a que renunciei ao fundar a Escola. E que tem ela a ver com aquela em
que se sustenta o ato psicanalítico, senão poder dispor de sua relação com esse ato?
Pois se, esta semana, ao voltar a sustentar meu seminário, enunciei sem mais tardar o ato
psicanalítico e os três termos que o interrogam sobre seu fim: visada ideal, encerramento,
aporia de seu relato, acaso não é notável que, das eminências que me recusam aqui a sua
consequência, justamente aquelas cujo hábito, (hábito dos outros), é serem vistas, não
tenha vindo nenhuma? Afinal, se minha proposição lhes gera paixão a ponto de reduzi-
las ao murmúrio, não poderiam elas esperar de uma articulação patente que esta lhes
oferecesse pontos a refutar?
Mas é justamente por não estar eu sozinho ao me inquietar com esse ato que alguns se
furtam àquele que é o único a correr o risco de falar dele.
O que obtive por uma sondagem confirma que se trata de um sintoma, tão
psicanaliticamente determinado quanto exige seu contexto, e que é um ato falho, se o
que o constitui é excluir o próprio relatório3.
3
Assim, ninguém tem qualquer intenção de não vir aqui: é somente por terem, neste horário, consulta com
o dentista.
194 Os textos de referência de Jacques Lacan
Veremos se isso é jeito de levar alguma vantagem ao pavonear-se, nem que seja
devolvendo-me a pergunta: se, por não comparecer ali, a resposta é óbvia. Não querem
dar caução ao ato. Porém o ato não depende da audiência encontrada para a tese, mas
daquilo que em sua proposição, a todos, resta legível na parede, sem que nada se enuncie
em contrário.
Donde vocês foram aqui solicitados a responder a isso, e sem demora. Tomar-se-á essa
pressa por um vício de forma? Não teria eu dito aquilo que se esquece da função lógica
da pressa?
Ela vem da necessidade de um certo número de efetuações que se operam com o
número de participantes para que uma conclusão seja recebida, mas não por conta desse
número, pois tal conclusão depende, em sua própria verdade, dos ascos que constituem
essas efetuações como tempo.
Apliquem minha história dos prisioneiros libertos, postos à prova de justificarem as
marcas que traziam (branca ou preta) para ganharem a liberdade: é justamente por que
alguns sabem que vocês não sairão, não importa o que eles digam, que podem fazer
com que suas saídas sejam uma ameaça, seja qual for a opinião de vocês. O inaudito —
quem haveria de acreditar, a não operação é identificada pela fantasia sadiana que duas
pessoas consideram patente em minha proposição. “Rompeu-se a postura”, diz uma delas,
mas isso é de construção. A outra vem com a clínica.
No entanto, onde estaria o prejuízo, se ele não vai mais longe do que o sofrido
pelo nebuloso personagem da história que, havendo encontrado, das barras de uma
grade tateada passo a passo, uma inicialmente marcada, concluiu: “Safados, eles me
trancafiaram”! Era a grade do Obelisco, e ele tinha para si a praça da Concórdia.
Onde está o dentro, onde está o fora? prisioneiros, na saída, não os do meu apólogo,
formulam-se essa pergunta, ao que parece.
Eu proponho àquele que, sob o efeito de uma névoa igualmente filosófica (antes de
minha proposição), confidenciou-me (talvez apenas sonhasse diante de mim) a fama que
ganharia, em nosso mundinho, por dar a saber que me havia deixado, caso sua vontade
o levasse a tal.
Saiba ele que, nesta provação, saboreio demais esse abandono para pensar nele
quando deploro ter tão pouca gente a quem comunicar as alegrias que me sucedem.
Não vá alguém acreditar que também eu me deixo levar. Simplesmente, me descolo o
bastante de minha proposição para que se saiba que me diverte que sua sutileza escape,
quando deveria reduzir a tensão, mesmo não sendo sutil o que está em jogo. Só tenho
comigo, decididamente, Suficiências carentes, carentes de humor, pelo menos.
[Quem verá, então, que minha proposição é formada a partir do modelo do chiste,
do papel da dritte Person?4] Pois está claro que, se todo ato é apenas uma gura mais ou
menos completa do ato psicanalítico, não há quem domine este último. A proposição não
é um ato em segundo grau, mas nada além do que o ato psicanalítico, que hesita, por já
estar em curso.
4
Isto foi saltado quando da resposta, donde os colchetes em que o enquadro; indico aí a estrutura daquilo
que ninguém ainda percebeu...
Os textos de referência de Jacques Lacan 195
Sempre ponho balizas para que se situem em meu discurso. No limiar deste ano, reluz
aquela que se homologa por não haver Outro do Outro (de fato), nem verdadeiro sobre o
verdadeiro (de direito): também não existe ato do ato, na verdade, impensável.
Minha proposição reside neste ponto do ato, pelo qual se revela que ele nunca tem
tanto sucesso como ao falhar, o que não implica que o erro seja seu equivalente, ou, dito
de outra maneira, possa ser tido como um sucesso.
Minha proposição não ignora que o discernimento que ela invoca, implica, dessa não-
reversibilidade, a captura como dimensão: [outra escansão do tempo lógico, o momento
de falhar só tem sucesso no ato se o instante de passar a ele não for uma passagem ao ato,
por parecer seguir o tempo para compreendê-lo5].
Bem se vê, pelo acolhimento que ela recebeu, que eu não pensei nesse tempo. Apenas
refleti que ela deveria encetá-lo.
Que ela ataque o ato psicanalítico pelo viés com que ele se institui no agente, apenas
o deixa escapar para aqueles que fazem com que a instituição seja o agente do dito ato,
isto é, que separam o ato instituinte do psicanalista do ato psicanalítico.
O que é um tipo de fracasso que em parte alguma é bem-sucedido.
Já o instituinte só se abstrai do ato analítico quando produz nele uma falta, justamente
por ter conseguido pôr o sujeito em causa. É pelo que tem de fracasso, portanto, que
o sucesso chega ao caminho do psicanalisante, quando é o a posteriori do desejo do
psicanalista e das aporias que ele demonstra.
Essas aporias são as que ilustrei há pouco com uma brincadeira mais atual do que
parecia, uma vez que a nebulosidade do herói permite que seria ao escutá-lo, mas só por
surpreendê-lo com o rigor da topologia construída com sua névoa.
Assim o desejo do psicanalista é o lugar de onde se está fora sem nele pensar, mas no
qual encontrar-se é ter saído para valer, ou seja, não ter tomado essa saída senão como
entrada, e não uma qualquer, já que é a via do psicanalisante. Não deixemos passar que
descrever esse lugar num percurso de infinitivos diz o inarticulável do desejo, desejo, no
entanto, articulado apartirdo “sem saída/ sentido extraído6 ”dessesin nitivos,— ou seja, o
impossível com que me basto neste desvio.
Eis onde uma supervisão não seria demais, mesmo se é necessário mais do que isso
para nos ditar a proposição.
É diferente de supervisionar um “caso”: um sujeito (assinalo) ultrapassado por seu ato,
o que não é nada, mas que se ultrapassa seu ato, cria a incapacidade que vemos cobrir
de flores o canteiro dos psicanalistas: [que se manifestará diante do assédio do obsessivo,
por exemplo, cedendo a sua demanda de falo, interpretando-a em termos de coprofagia
e, assim, fixando-a em sua caganeira, para que enfim não se atenda a seu desejo7].
A que tem que responder o desejo do psicanalista? A uma necessidade que só
podemos teorizar como devendo produzir o desejo do sujeito como desejo do Outro, ou
seja, fazer-se causa desse desejo. Mas, para satisfazer essa necessidade, o psicanalista tem
5
Mesma observação de há pouco.
6
“Sens-issue” quer dizer o sentido extraído, tirado , deduzido mas se lê como “sans issue”: sem saída /
impasse NDT
7
Mesma observação de antes. Acrescentamos que isso é motivo para dar outro peso à rede de que se tratava
neste debate.
196 Os textos de referência de Jacques Lacan
que ser tomado tal como é no fato, o que não lhe permite sair-se bem em todos os casos
da demanda, como acabamos de ilustrar.
A correção do desejo do psicanalista, pelo que se diz permanece disposta para uma
retomada do bastão do psicanalisante. Sabemos que isso são palavras ao vento. Digo que
assim continuarão enquanto as necessidades não forem julgadas a partir do ato psicanalítico.
É justamente por isso que minha proposição consiste em interessar-se pelo passe onde
o ato poderia ser apreendido no momento em que se produz.
Não, é claro, por recolocar alguém na berlinda uma vez passado esse tempo: quem
poderia temê-lo? Mas houve quem sentisse atacado o prestígio do galão. Isso permite
avaliar a potência da fantasia de onde surgiram da última vez, fresquinhos para vocês,
os primeiros saltos que lançaram a instituição chamada internacional, antes que ela
transformasse a consolidação.
Isso, para sermos justos, mostra nossa Escola não em tão mau caminho ao consentir
naquilo que alguns querem reduzir à gratuidade dos aforismos, quando se trata dos meus.
Se eles não fossem efetivos, eu não teria conseguido desencavar com uma ordenação
alfabética a posição de estátua que constitui a regra quando se responde a qualquer apelo
à opinião num convento analítico, ou que nele faz do debate científico uma patuscada, e
não se descontrai por nenhuma provação.
Daí, por contraste, esse estilo de ataque, destratando o outro, que assumem as
intervenções, e o alvo em que delas se convertem aqueles que se arriscam a contrariá-las.
Costumes tão desagradáveis para o trabalho quanto repreensíveis em relação à ideia, por
mais simplista que se a queira, de uma comunidade de Escola.
Se aderir a esta quer dizer alguma coisa, não será para que se acrescente à cortesia,
que afirmei ligar mais estritamente as classes, a confraternidade em toda prática em que
elas se unem.
Ora, era sensível que o ato psicanalítico, ao solicitar a opinião aos mais sábios, viesse a
traduzir-se numa nota de acerbo mau humor, para que o tom se elevasse à medida que a
escusa inevitavelmente fosse desaparecendo.
Pois se, ao ouvi-los, é notório que mais fundo se quer entrar antes que querer sair,
como, salvo se for ultrapassado, não se fiar em sua estrutura?
Para tanto, bastaria, penso eu, uma rede mais séria para circunscrevê-la. Vejam como
faço questão dessas palavras que querem me imputar maldosas8.
Aposto que eles me favorecerão, se eu lhes conservar meus favores.
Não estou falando do reviramento que prometem a meus aforismos. Eu julgava essa
palavra destinada a levar mais longe o espírito daquele que não hesita em rebaixar assim
seu emprego.
Enquanto isso, foi justamente por admitir a garantia que ela credita dever à sua
rede, tomada no sentido de seus pupilos a título de didática, que, de pronto e ao voltar
formalmente ao assunto, alguém a quem renderemos homenagem pelo lugar que ela
soube assumir no meio psiquiátrico em nome da Escola declarou ter de se opor a qualquer
consequência resultante de minha proposição. A argumentação que se seguiu foi uma
tomada de partido que saiu dali: com base em que ela considera decidido que a didática
8
(Ver algumas linhas abaixo)!
Os textos de referência de Jacques Lacan 197
não poderá deixar de ser afetada? Sim, mas por que no pior sentido? Ainda não sabemos
nada a esse respeito.
Não vejo nenhum inconveniente em que a coisa que, da rede, se intitula como o
patronato do didata para sua claque, quando esta se compraz com isso, seja proposta à
atenção por menos que uma suspeita de razão prometa um sucesso; mas consultem sua
denúncia corajosa no International Journal, isso lhes dirá muito sobre o que pode provir
dessa coragem.
Precisamente, parecia-me que minha proposição não denunciava a rede, mas, em sua
mais minuciosa disposição, interpunha-se a ela. Donde me espanta menos ver que haja
quem se alarme com a tentação que ela oferece aos virtuosos da contra-rede. O que
me barrava essa visão? Sem dúvida era eu me recusar a me surpreender com o fato de
que minha rede não me estrangulasse. Devo deter-me a discutir uma expressão como
a “transferência plena” em seu uso buliçoso. Ela me faz rir porque cada um sabe que o
golpe baixo mais usual é sempre dar mostras da própria capacidade num campo onde os
interesses não são mais comedidos do que alhures.
Mesmo não estando por dentro, fica-se impressionado ao perceber, em um dado libelo
para formar opinião e difundido previamente, que minha rede seria mais perigosa do que
as outras por tecer sua teia todas as letras — da rua de Lille à rua d’Ulm9. E daí?
Não creio no mau gosto de uma alusão à minha rede familiar. Falemos de meu naco
d’Oulm (isso lembra Lewis Carroll) e de seus Cahiers para l’Analyse.
Será que proponho instalar meu naco d’Oulm no seio dos A Es? E por que não, se porventura
um naco d’Oulm se fizesse analisar? Mas, tomada nesse sentido, minha rede, afirmo, não tem
ninguém que tenha entrado nessas leiras ou esteja aguardando para ser admitido.
Mas a rede de que se trata é para mim de outra trama, por representar a expansão do
ato psicanalítico.
Meu discurso, por haver retido sujeitos que não são preparados para isso pela experiência
da qual ele se autoriza, prova que aguenta a tarefa de induzir esses sujeitos ao se constituir
por suas exigências lógicas. O que sugere que aqueles que têm a dita experiência, nada
perderiam em se formar nestas exigências que dele se depreendem, para restabelecê-la
em sua “escuta”, em seu olhar clínico e, por que não, em suas supervisões.
Que elas possam servir em outros campos, não as torna mais indignas de serem escutadas.
Pois a experiência do clínico, assim como a escuta do psicanalista, não tem que estar
tão assegurada de seu eixo que não possa se socorrer dos referenciais estruturais que,
desse eixo, fazem leitura. Eles não serão demais para transmitir essa leitura, quem sabe
para modificá-la, ou pelo menos para interpretá-la.
Não lhes farei a ofensa de alegar os benefícios que a Escola extrai de um sucesso que
há muito consegui afastar de meu trabalho e que, vindo, não o afeta. Isso me faz lembrar
um conhecido palhaço chamado peru (em inglês) de quem precisei suportar, em julho
de 1962, as propostas sujas, antes que uma comissão de inquérito da qual ele era o
intermediário pusesse em ação seu capanga. No dia previsto para o veredicto, combinado
desde o início da negociação, ele saldou sua dívida para com meu ensino, então com mais
9
De meu consultório profissional à École Normale Supérieure onde meu seminário se realizava nessa época
e era escutado por uma geração.
198 Os textos de referência de Jacques Lacan
É o bando que se comprometeu com o primeiro número de Scilicet, cuja publicação logo seria objeto
10
de curiosas manobras, cujo escândalo, para alguns, deve-se apenas à sua divulgação. Nesta data de 6 de
dezembro, ela ainda estar por ser lançada.
Os textos de referência de Jacques Lacan 199
É concebível, de outro modo, que me seja preciso fazer emergir o passe (cuja existência
ninguém me contesta)? Isso, por meio de duplicá-lo com o suspense que introduz seu
questionamento para fins de exame. É dessa precariedade que espero que se sustente
meu analista da Escola.
Em suma, é a ele que entrego a Escola, ou seja, entre outros, o encargo, primeiro, de
detectar como os “analistas” têm tão-somente uma produção estagnante — sem saída
teórica afora minha tentativa de reanimá-la —, na qual seria preciso tirar a medida da
regressão conceitual, ou até da involução imaginária, a ser tomada no sentido orgânico —
(menopausa, por que não? E por que nunca se viu a invenção de um jovem na psicanálise?)
Só proponho essa tarefa para que ela produza reflexão (quero dizer, que tenha
repercussão) quanto ao que há de mais abusivo em confiá-la ao psicossociólogo, até ao
estudo do mercado, iniciativa da qual vocês não se aperceberam (ou então como semblante,
funcionou bem) quando ela foi provida de sua égide por um psicanalista professor.
Mas observem que quando alguém demanda uma psicanálise para proceder sem
dúvida, é essa a doutrina de vocês, naquilo que há de confuso em seu desejo de ser
analista, é essa mesma procissão que, por sucumbir de direito ao golpe da unidade da
psicologia, vem sucumbir de fato.
Eis porque é de outro lugar, do ato psicanalítico somente, que é preciso situar o que
articulo sobre o “desejo do psicanalista”, que nada tem a ver com o desejo de ser psicanalista.
E, se nem sequer se sabe dizer, sem afundar no lodaçal que vai do ”pessoal” ao
“didático”, o que é uma psicanálise que introduza a seu próprio ato, como esperar que
se elimine esse handcap feita para prolongar seu circuito, que consiste em que em parte
alguma o ato psicanalítico se distinga da condição profissional que o encobre?
Caberá esperar que exista o emprego de meu não-analista para sustentar essa distinção
de modo que, ao se demandar uma psicanálise (uma primeira, um dia) como didática sem
que o que esteja em jogo seja uma ordem estabelecida, sobrevenha alguma coisa de uma
ordem que perca sua finalidade a cada instante?
Mas a demanda desse emprego já é uma retroação do ato psicanalítico, ou seja, ela
parte dele.
Que uma associação profissional não possa satisfazer essa demanda, produzir esta
última tem o resultado de forçar a primeira a declará-lo. Trata-se, então, de saber se é
possível responder a ela de outro lugar, de um Escola, por exemplo.
Talvez isso fosse razão para alguém demandar uma análise a um analista-membro-da...
Escola, sem o quê, em nome de que poderia ela ser esperada? Em nome da livre iniciativa?
Que montemos, pois, outra loja!
O risco assumido, em suma, na demanda que só se articula por advir o analista, deve
ser tal que, objetivamente, aquele que só responde a ela por se responsabilizar por ela,
isto é, ao ser o analista, já não tenha a preocupação de dever frustrá-la, pois já tem um
bocado de trabalho para gratificá-la ao fazer com que aconteça algo melhor do que o que
ele consegue fazer nesse momento.
Forma de escuta, modalidade de clínica, tipo de supervisão, talvez mais sustentadora
em seu objeto presente por visá-lo mais em seu desejo do que em sua demanda.
O “desejo do psicanalista”, eis o ponto absoluto de onde se triangula a atenção para
aquilo que, por ser esperado, não tem que ser adiado para amanhã.
200 Os textos de referência de Jacques Lacan
Mas dizê-lo como eu fiz, introduz a dimensão em que o analista depende de seu ato,
balizando-se pelo falacioso daquilo que o satisfaz, assegurando-se, através dele, de não
ser aquilo que ali se faz.
É nesse sentido que o atributo do não-psicanalista é o garante da psicanálise, e que eu
desejo de fato os não-analistas, que pelo menos se distingam dos psicanalistas de agora,
daqueles que pagam por seu status com o esquecimento do ato que o funda.
Para os que me seguem nesta via, mas lastimariam não ter uma qualificação
tranquilizadora, forneço, como havia prometido, a outra via que não me deixar: que
me ultrapasse em meu discurso, até tornarem-no obsoleto. Saberei enfim que ele
não foi em vão.
Por ora, tenho que suportar estranhas melodias. Eis a fábula do candidato, posta em
circulação, que sela o contrato com seu psicanalista: — “Você pega leve que eu te dou
cavalinho. Tão forte quanto esperto (quem sabe um desses normalistas, da École Normale,
que desnormalizariam uma sociedade inteira com essas coisas afetadas que eles têm todo o
gosto de cozinhar em fogo brando durante seus anos de preguiça), ninguém sabe, ninguém
viu, eu os enrolo e você passa de fininho: analista da Escola, de acordo com a proposição.”
Mirífico! Minha proposição, só por ter gerado esse ratinho, já se torna ela mesma um
roedor. Pergunto: esses cúmplices, que outra coisa poderão fazer, a partir aí, senão uma
psicanálise em que nenhuma palavra poderá se furtar ao toque do verídico, em que toda
tapeação, por ser gratuita, não leva a nada? Em suma, uma psicanálise sem meandros.
Sem os meandros que constituem o curso de toda e qualquer psicanálise, posto que
mentira alguma escapa ao pendor da verdade. Mas, o que isso quer dizer quanto ao
contrato imaginado, se ele não muda nada? Que ele é fútil, ou melhor, que mesmo quando
ninguém fareja nada, ele é tácito.
Pois afinal, não está o psicanalista sempre à mercê do psicanalisante, ainda mais que
o psicanalisante de nada pode poupá-lo quando ele tropeça como psicanalista, e menos
ainda se ele não tropeça? Pelo menos, é isso o que nos ensina a experiência.
O que ele não pode poupar-lhe é o des-ser com que ele é afetado como termo a
ser atribuído a cada psicanálise, e que me espanta reencontrar em tantas bocas desde
minha proposição, atribuído àquele que inflige o golpe por estar, no passe, conotado tão-
somente por uma destituição subjetiva: o psicanalisante.
Para falar da destituição subjetiva sem trair o segredo da lábia ao passador, ou seja,
aquilo cujas formas em uso até agora já fazem imaginar sua medida — eu a abordarei no
outro lugar.
Aquilo de que se trata é de fazer ouvir que não é ela que faz des-ser, antes ser,
singularmente e forte. Para ter uma ideia disso, imaginem a mobilização da guerra moderna,
tal como esta intervém para um homem da belle époque. Isso se encontra no futurista que
nela lê sua poesia, ou no publicitário que faz de tudo para aumentar a tiragem. Mas, no
que concerne ao efeito de ser, aborda-se melhor o assunto em Jean Paulhan. O Guerreiro
aplicado é a destituição subjetiva em sua salubridade.
Ou ainda, imaginem-me em 1961, sabendo que eu servi aos meus colegas para que
retornassem à Internacional, ao preço de meu ensino que dela seria proscrito. Prossegui
no entanto esse ensino, — eu, ao preço de me ocupar exclusivamente dele, sem sequer me
opor ao trabalho de separarem dele o meu auditório.
Os textos de referência de Jacques Lacan 201
11
Cf. de 1956, no. IV/V, p.386-8. Artigo que introduzi em 29 de novembro de 1967 para indicar como o
autor só destaca o objeto privilegiado de sua experiência, ao qualificá-lo de falso self, e exclui sua manobra
da função analítica, tal como situada por ele. Ora, ele apenas articula esse objeto pelo processo primário,
tomado de Freud. Descubro ali o lapso do ato analítico.
202 Os textos de referência de Jacques Lacan
Já disse o bastante, penso eu, para que se entenda de que não se trata, em absoluto,
de analisar o desejo do psicanalista. Nem sequer ousaremos falar de seu lugar cristalino
antes havermos articulado o que é exigido pela demanda do neurótico, a qual indica o
ponto a partir do qual ele não é articulável.
Ora, a demanda do neurótico é, muito precisamente, o que condiciona o porte
profissional, os trejeitos sociais com que atualmente se forja a imagem do psicanalista.
Que ele favorece nesse status a debulha dos complexos identificatórios não há dúvida,
mas tem seu limite, e esta, em troca, faz a opacidade. Tal é, desenhado pela pena do próprio
Freud, o famoso narcisismo da pequena diferença, embora perfeitamente analisável ao
relacioná-lo com a função que o objeto (a) ocupa no desejo do analista.
O psicanalista, como dizem, bem quer ser a merda, mas não sempre a mesma.
É interpretável, sob a condição de que ele se aperceba que ser a merda é verdadeiramente
o que ele quer, desde que se torna testa-de-ferro do sujeito-suposto-saber.
O que importa, portanto, não é esta ou aquela merda. E também não é qualquer uma.
É que ele apreenda que essa merda não é dele, nem tampouco da árvore que ela recobre
no abençoado país dos pássaros: como também só ouro, não faz o Eldorado.
O pássaro de Vênus é cagão. A verdade nos chega, no entanto, em patas de pomba,
como já se percebeu. O que não é razão para que o psicanalista se tome pela estátua do
Marechal Ney. Não, diz a árvore! Diz não por ser menos rígida e fazer o pássaro descobrir
que ele permanece por demais sujeito de uma economia movida pela ideia da Providência.
Vejam que sou capaz de adotar o tom da moda quando estamos entre nós. Peguei um
pouco de cada um dos que manifestaram suas opiniões, deixando de fora o mau humor, e
atrevo-me a dizer pois vocês o verão com o tempo, isso se decanta como o eco do “Lobo,
você está aí?”
E concluamos. Minha proposição só teria mudado um fio de cabelo na demanda da análise
com fins de formação. Esse cabelo teria bastado, desde que se conhecesse sua prática.
Ela permitia um controle não inconcepto de suas consequências. Não contestava
nenhuma posição estabelecida. A ela se opõem aqueles que seriam chamados a seu
exercício. Não posso impô-lo a vocês. Fina como um fio de cabelo, ela não terá que se
medir pela amplidão da aurora.
Bastará que ela a anuncie.
...............................................................
Interrompo aqui este fragmento, já não havendo interesse nas disposições práticas
com que ele se encerra neste 1º de outubro de 1970. Que se saiba, no entanto, que, por
não ter sido lido, ele foi dito de outra maneira, aliás, como testemunha a versão gravada,
se a seguirmos linha a linha. Aqueles que, por terem sido solicitados a fazê-lo, receberam-
na, poderão, de sua sintaxe falada, apreciar a inflexão.
Esta se faz mais paciente quanto mais vivo é o ponto que está em jogo.
O passe, ou seja, aquilo cuja existência ninguém me contesta, ainda que na véspera
fosse desconhecida no batalhão a patente que acabo de conferir-lhe, o passe é o ponto
em que por haver chegado ao fim de sua psicanálise, o lugar que o psicanalista ocupara
em seu percurso, alguém dá este passo para ocupá-lo. Entendam bem: para nele operar
como quem o ocupa, embora, dessa operação, não saiba nada, senão a que, em sua
experiência, ela reduziu o ocupante. O que revela que, ao aplaudir que eu assinale assim
Os textos de referência de Jacques Lacan 203
essa virada, nem por isso se está deixando de objetar à disposição mais próxima que
daí se extrai, ou seja, que se ofereça a quem a quiser a possibilidade de testemunhar, ao
preço de deixar a seus cuidados o consequente esclarecer?
Evidentemente, tocamos aí na distância que tira de mim sua dimensão, distância do
mundo que separa o fulano em quem se investe, ou que se investe, pouco importa, mas
que produz a substância de uma qualificação: formação, habilitação, apelação de origem
mais ou menos controlada, é tudo a mesma coisa, é hábito, ou talvez habitus, desde que
o fulano o vista —, que separa o fulano, dizia eu, do sujeito que só chega aí pela divisão
primeira resultante de que um significante só o representa para outro significante, e que
essa divisão, ele a experimenta ao reconhecer que o outro significante — o Ur, na origem
(no começo lógico) — é recalcado. Mediante o que, se o expuséssemos (o que não seria o
caso, pois, diz-nos Freud, ele é o umbigo do inconsciente), seria de seu representante que
ele perderia o prumo — o que deixaria a representação da qual ele imagina ser a câmara
escura, embora seja apenas seu caleidoscópio, numa grande barafunda, por ali encontrar
muito mal os efeitos de simetria com que se garantem sua direita e sua esquerda, seus
direitos e seus erros, recolocando-o sentado no colo do Eterno.
Um sujeito assim não é dado por uma intuição que proporcione felicidade ao sustentar
a definição de Lacan.
Mas o extremismo desta demarca implicações com que se enfeita a rotina da
qualificação tradicional, as necessidades que resultam da divisão do sujeito: do sujeito
tal como elaborado em virtude do inconsciente, isto é, do hic, o qual — é preciso que eu
lembre — fala melhor do que aquele por ser estruturado como uma linguagem etc.?
Esse sujeito só desperta quando, para cada um no mundo, o negócio torna-se outra
coisa que ser o fruto da evolução que, da vida, dá ao dito mundo um conhecimento: sim,
um coconhesenso (connerie-sens) com o qual esse mundo pode dormir sossegado.
Tal sujeito se constrói com toda a experiência analítica, quando Lacan tenta, por sua álgebra,
preservá-lo da miragem de ser Um: pela demanda e pelo desejo que situa como instituídos
pelo Outro, e pela barra que volta por ser o próprio Outro, por fazer com que a divisão do
sujeito se simbolize pelo S/ barrado, o qual, desde então sujeito a afetos imprevisíveis, a um
desejo inarticulável de seu lugar, se faz uma causa (como diríamos: faz-se uma razão ou seja
se resigna), se faz uma causa com o mais-gozar, do qual, no entanto, ao situá-lo pelo objeto
a, Lacan demonstra o desejo articulado, e muito bem, mas do lugar do Outro.
Tudo isso se sustenta não com meia dúzia de palavras, mas com um discurso sobre o
qual é preciso notar que ele foi inicialmente confidencial, e que sua passagem ao público
em nada permitia um outro farol de mesmo disfarce no marxismo, que se deixasse dizer
que o Outro de Lacan é Deus posto como terceiro entre o homem e a mulher. Isso para
dar o tom do que Lacan encontra à guisa de apoio fora de sua experiência.
Não obstante, ocorre que um movimento chamado estruturalismo, patente ao denunciar
o atraso em relação a seu discurso, e uma crise — refiro-me àquela na qual a Universidade e
o marxismo ficam reduzidos a navegar não tornem despropositado estimar que o discurso
de Lacan nele se confirme, ainda mais por faltar, ali, a profissão psicanalítica.
Daí, esse fragmento adquire valor por apontar, primeiro, de onde se fomentava uma
proposição: o tempo do ato, do qual nenhuma temporização era admissível já que nisso
reside seu tamponamento.
Seria divertido pontuar esse tempo através do obstáculo que ele manifesta. O de uma
“Diretoria” consultada, que vê a coisa com bons olhos por dela ainda se sentir juíza, não sem
204 Os textos de referência de Jacques Lacan
que nisso se distinga um certo fervor a seguir a flecha antes de tomar a direção do vento, mas
já claramente uma certa frieza ao sentir o que aqui apenas pode extinguir sua propaganda.
Contudo, da plateia maior, embora restrita, da qual, prudente, convoco a opinião,
eleva-se um tremor entre aqueles para os quais isto é o estabelecido, que a questão
que eu levantei permaneça velada para ficar à mercê deles. Acaso não mostrei, à minha
maneira de saída discreta, com minha “situação da psicanálise em 1956”, que eu sabia que
uma sátira não muda nada?
Como seria preciso que mudem aqueles cujo exercício da proposição depende, a
título da nomeação de passadores, pela coleta do depoimento deles, pela sanção de seus
frutos, prevalecendo o seu non licet sobre os licet que compõem, no entanto, sejam quais
forem os que-madmodum, uma maioria tão inútil quanto esmagadora.
Tocamos aí o que se obtém, entretanto, por não termos contemporizado. E não é somente
que, trilhada pela emoção de maio com a qual se agitam até as associações psicanalíticas,
caberia dizer, até mesmo os estudantes de medicina que sabemos tomarem seu tempo
para lá chegar, minha proposição seria facilmente aprovada um ano e meio depois.
Ao entregar, tão-somente ao ouvido capaz de restabelecer-lhes a distância, os temas, o tom
cujos motivos se entregam, vez por outra, das opiniões que solicitei de ofício, minha resposta
deixa, do avatar que me cabe por destino, uma marca própria, não digo para um progresso
— não aspiro a nada dessa ordem, como se sabe —, mas para um movimento necessário.
O que posso denunciar concernente ao acesso à função de psicanalista, da função da
influência em sua abordagem, da afetação social em seu gradus, da ignorância qualificada
pelos que são designados para responder por ela, não é nada perante a recusa em
conhecer que, do sistema, faz bloco.
Pois basta abrir o jornal oficial com que a associação dá a seus atos um alcance
internacional para nele encontrar, literalmente descrito, tanto ou mais do que aquilo que
posso dizer. Alguém me sugeriu, ao reler a prova de meu texto, que eu esclarecesse o
número a que faz referência do International Journal. Não me darei a esse trabalho: que
abram o último publicado. Encontrarão, que seja por um título, o anúncio com esse exato
termo, da irreverência que serve de cortejo à formação do psicanalista: veremos aí que se
trata, realmente, de fazer dela uma bandeira. É que, ao não atiçar nenhuma proposta de ir
adiante nesses impasses, todas as formas de coragem — foi isso que dei a entender acima
— são permitidas.
O mesmo a dizer, ainda que somente a partir de maio de 1968, dos debates
mimeografados que me chegam do Instituto Psicanalítico de Paris.
Diferentemente da Escola onde se produz minha proposição, desses lugares não me vem
nenhum eco de que alguém esteja se demitindo, nem mesmo que isso esteja em questão.
Quanto a mim, eu nada forcei. Tive apenas que não tomar partido contra minha
proposição para que ela mesma me retornasse do floor, devo dizer, sob fórmulas mais
ou menos bem inspiradas, para que a mais segura se impusesse de longe à preferência
dos votantes, e para que a Escola pudesse vir à luz aliviada de seus impedidores, sem que
estes tivessem que se queixar na ocasião, nem do soldo retirado de seus serviços, nem da
aura preservada por sua cotação.
Releio notas que me censuram por essa saída, tomando a perda que suporto com isso
como sinal de uma falta de sabedoria. Seria ela maior do que meu discurso demonstra de
sua necessidade?
Os textos de referência de Jacques Lacan 205
Sei do curioso ódio12 dos que outrora foram impedidos de saber o que eu digo, o que é
preciso reconhecer aí de transferência. Ou seja, além daquilo que se impõe de meu saber,
o que supõem em mim, tenham o que tiverem.
Como a ambivalência, para falar como os que acreditam que amor e ódio têm um suporte
comum, não seria mais viva em um sujeito dividido por eu o pressionar com o ato analítico?
Oportunidade de dizer porque, durante muito tempo, só pude atribuir a histórias o fato
espantoso, a tomá-lo por seu viés nacional, que meu discurso fosse rejeitado justamente
por aqueles a quem deveria interessar o fato de que, sem ele, a psicanálise na França seria
como é na Itália, ou na Áustria, onde quer que se vá pesar o que se sabe de Freud!
A anedota está na importância a ser dada ao amor: mas, como então, aquilo de que,
no particular, cada um faz sua regra, pode prestar-se a essa inflação no universal? Que
o amor seja apenas encontro, isto é, puro acaso (cômico, diria eu), é o que não posso
desconhecer naqueles que vieram comigo. E é também o que lhes deixa suas chances,
em todos os sentidos e de todas as maneiras. Eu não diria o mesmo dos que contra mim
foram prevenidos — que eles tenham merecido sê-lo não modifica nada.
Mas, ainda assim, isso me lava, aos olhos dos sábios, de todas as inclinações quanto à
série de que sou o pivô, mas não o pólo.
Pois o episódio daqueles que se podia crer que, não por acaso, ficariam comigo,
permite palpar que meu discurso em nada aplaca o horror do ato psicanalítico.
Por quê? Porque este é o ato, ou melhor, este seria, que não suporta o semblante.
Eis por que a psicanálise é, em nossa época, o exemplo de um respeito tão paradoxal
que ultrapassa a imaginação, por incidir sobre uma disciplina que só se produz pelo
semblante. É que, a tal ponto ele é nu aqui, que tremem os semblantes mediante os quais
subsiste religião, magia, devoção, tudo o que se dissimula da economia do gozo.
Somente a psicanálise descortina o que funda essa economia no intolerável: é o gozo
que eu digo.
Mas, ao descortiná-lo, ao mesmo tempo ela o fecha e se alinha com o semblante, mas a
um semblante tão impudente que intimida tudo aquilo que no mundo o atenua.
Direi eu que não se acredita no que se faz? Isso seria desconhecer que a crença é
sempre o semblante em ato. Um dia, um de meus alunos disse ótimas coisas a esse
respeito: acreditamos não crer naquilo que professamos fingir, mas é um erro, pois basta
um nadinha — que aconteça, por exemplo, aquilo que se anuncia — para percebermos que
acreditamos e que, por acreditarmos, isso dá muito medo.
O psicanalista não quer acreditar no inconsciente para se recrutar.
Para onde iria ele, se percebesse que crê, ao se recrutar, em semblantes de crença?
O inconsciente, ele, não faz semblante. E o desejo do Outro não é um querer “meia-boca”.
12
Acreditem: no caso com que o ilustro em Scilicet I, isso foi recolocado dentro do mesmo espírito, isto
é, numa carta na qual nos perguntamos por onde tomá-la, se pelo irrepreensível de seu envio ou pela
confiança nela me é dada. Digo: o sentimento de minha realidade está conforme a ideia que fazemos da
norma do lado em questão, e que denunciarei nestes termos: a realidade é aquilo em que nos apoiamos
para continuarmos a sonhar.
206
Nota italiana13
Tal como se apresenta, o grupo italiano tem a seu favor o fato de ser trípode.
Isso pode ser suficiente para fazer com que se sentem nele.
Para assentar o discurso psicanalítico, está na hora de colocá-lo a prova: o uso decidirá
de seu equilíbrio.
Que ele pense — “com seus pés” — é o que está ao alcance do ser falante desde quando
ele começou a vagir.
Faremos bem ainda de tomar como estabelecido, no ponto presente, que o voto contra
ou a favor é o que decide a preponderância do pensamento caso os pés marquem tempos
de discórdia.
Eu lhes sugiro partir daquilo que eu tive de reformular em outro grupo, nomeadamente
a E.F.P.
O analista dito da Escola, A.E., doravante recruta-se ali por se submeter à provação dita
do passe, à qual, no entanto, nada o obriga, pois ao lado disso a Escola delega a alguns,
que não se oferecem para isso: o título de analista membro da Escola, AME.
O grupo italiano, se quiser me ouvir, se limitará a nomear os que nele postularem sua
entrada segundo o princípio do passe, assumindo o risco de que não o haja.
Esse princípio é o seguinte; é o que eu disse nos seguintes termos.
O analista só se autoriza por si mesmo, isso é óbvio. Pouco lhe importa uma garantia
que a minha Escolha lhe dê, sob a sigla irônica de AME. Não é com isso que ele opera.
O grupo italiano não está em condições de fornecer esta garantia.
O que ele tem a velar é que ao se autorizar por si próprio, haja apenas o analista.
Pois minha tese inauguradora, por romper com a prática através da qual, pretensas
Sociedades fazem do analista uma agregação, nem por isso implica que qualquer um
seja analista.
Pois, por aquilo que ela enuncia, é do analista de que se trata. Ela supõe que haja
analista.
Autorizar-se não é auto-ri(tuali)zar. Pois já afirmei em outra parte que é do não-todo que
emerge o analista. Não-todo ser ao falar pode se autorizar para fazer um analista. A prova
é que a análise é ali necessária, ainda que não seja suficiente.
Só o analista, ou seja, não qualquer um, pode autorizar-se por si mesmo.
Esta carta de Jacques Lacan foi dirigida, em abril de 1974, a três psicanalistas italianos: Verdiglione, Contri
13
Há analista, agora é fato: mas é fato por eles funcionarem. Essa função torna apenas
provável a ex-sistência do analista. Probabilidade suficiente para garantir que exista algum:
que as chances sejam grandes para cada um, são insuficientes para todos.
No entanto, se fosse conveniente que apenas os analistas funcionassem; tomá-lo por
objetivo seria digno da trípode italiana.
É preciso para isso (é de onde resulta que eu tenha esperado para trilhar essa via), é
preciso para tanto levar em conta o real, ou seja, aquilo que advém de nossa experiência
do saber.
Há saber no real. Embora este não seja o analista mas, o científico que precisa alojá-lo.
O analista aloja um outro saber em outro lugar, mas este tem que levar em conta o saber
no real. O científico produz o saber, do semblante de se fazer sujeito deste. Condição
necessária, mas não suficiente. Se ele não seduz o mestre lhe velando o fato de que está
ali sua ruína, esse saber permanecerá enterrado como o foi por vinte séculos em que a
ciência se acreditou sujeito, mas somente por uma dissertação mais ou menos eloquente.
Só volto a esse ponto demasiadamente conhecido, para lembrar que a análise depende
disso, mas que para ele, da mesma forma, isso não é suficiente.
Seria preciso que um clamor se juntasse a isso, de uma pretensa humanidade para a
qual esse saber não foi feito já que ela não o deseja.
Só há analista na medida em que esse desejo lhe advier, ou seja, que desde já, e por
isso mesmo, ele seja o rebotalho da dita (humanidade).
Digo desde já: está aí a condição pela qual por qualquer lado de suas aventuras, o
analista deve portar a marca. Cabe a seus congêneres “saber” encontrá-la.
Salta aos olhos que isso suponha um outro saber elaborado a priori, do qual o saber
científico deu o modelo e do qual ele tem a responsabilidade. É justamente aquela que
lhe imputo, por ter transmitido unicamente aos rebotalhos da douta ignorância, um desejo
inédito, o qual se trata de verificar para fazer o analista. Seja lá o que for que a ciência deva
à estrutura histérica, o romance de Freud, é seu amor com a verdade. Ou seja, o modelo do
qual o analista, se há um, represente a queda, o rebotalho, como disse, mas não qualquer
um. Acreditar que a ciência seja verdadeira sob o pretexto de que ela é transmissível
(matematicamente) é uma ideia delirante que cada um de seus passos recusa ao repelir
para os velhos tempos uma primeira formulação. Não há, por isso, nenhum progresso que
seja notável por não se conhecer suas consequências. Existe apenas a descoberta de um
saber no real. Ordem que não tem nada a ver com aquela imaginada antes da ciência, mas
à qual razão alguma assegura que seja um feliz acaso (bon-heur).
Se o analista se criva do rebotalho de que falei, é por ter um vislumbre de que a
humanidade se situa pelo feliz acaso [bon-heur] (é nisso que ela se deleita: para ela só há
feliz acaso [bon-heur]), e é nisso que ele deve ter cingido a causa de seu horror; do seu
próprio, destacado daquele dos outros, horror de saber.
Aí então ele sabe ser um rebotalho. É isso que a análise deve tê-lo feito pelo menos
sentir. Se ele não é levado ao entusiasmo, ele pode até ter tido análise, mas não há chance
de analista. É o que meu “passe”, novinho em folha, ilustra frequentemente: seja porque
os passadores se desonram por deixar a coisa incerta, na falta do que o caso cai sob o
golpe da recusa delicada de sua candidatura.
Isso terá um outro alcance no grupo italiano, se ele me seguir neste tema, pois na Escola
de Paris, não há disputa para tanto. O analista se autorizando por si mesmo, sua falta passa
208 Os textos de referência de Jacques Lacan
aos passadores e a sessão continua para felicidade [bon-heur] geral, no entanto com um
matiz de depressão.
O que o grupo italiano ganharia ao me seguir, é um pouco mais de seriedade do que
consegui por minha prudência. É preciso que para isso ele assuma um risco.
Articulo agora as coisas para aqueles que me ouvem.
Existe o objeto (a). Ele ex-siste agora por eu o haver construído. Suponho que se
conheçam as suas quatro substâncias episódicas, que se saiba para o que ele serve: é por
envelopar-se com a pulsão pela qual cada um se visa no âmago; e só chega lá com um
tiro que erra o alvo.
Isso dá suporte às realizações das mais efetivas, também às realidades mais cativantes.
Se isso é o fruto da análise, reenviem o tal sujeito a seus queridos estudos. Ele enfeitará
com algum bibelô suplementar, o patrimônio que é suposto deixar Deus de bom humor.
Que se goste de acreditar nisso, ou que isso revolte, o preço é o mesmo para a arvore
genealógica de onde subsiste o inconsciente.
O fulano e o sicrano se alternam aí sem problemas.
Que ele não se autorize a ser analista, pois não terá jamais tempo de contribuir para o
saber, sem o qual não tem chance de que a análise continue a ter crédito no mercado, ou
seja, que o grupo italiano não esteja fadado à extinção.
O saber em jogo; eu emiti o princípio dele como um ponto ideal ao qual tudo leva a
supor quando se tem o sentido da épura; é que não há relação sexual. Entendo por relação
aquilo que possa se transpor numa escrita. Inútil tentar a partir daí, me dirão alguns, mas
certamente não vocês. Porém, quanto a seus candidatos, será mais um para ser reprovado
por não ter chance nenhuma de contribuir ao saber sem o qual, vocês se extinguirão.
Sem tentar essa relação de escrevê-la, não há, com efeito, meio de chegar a isso que
ao mesmo tempo eu atestava a sua inexistência, proposta como um objetivo pelo qual a
psicanálise se igualaria à ciência. A saber, demonstrar que essa relação é impossível de
se escrever, seja que é nisso que ela não seja afirmável, nem tampouco refutável a título
da verdade.
O que tem como consequência que não há verdade que se possa dizer toda, nem
mesmo essa, já que esta não se diz isso nem mais nem menos. A verdade não serve para
nada, senão para criar esse lugar onde se denuncia esse saber.
Mas esse saber não é pouco, pois o que se trata, é de que acessando o real, ele o
determina tanto quanto o saber da ciência. Naturalmente esse saber não é todo pronto,
pois é preciso inventá-lo.
Nem mais nem menos, nem descobri-lo, já que a verdade não está lá mais do que
a lenha para o fogo, eu digo mesmo: a verdade tal qual ela proceda da baba...quice
(ortogra a a comentar, não é da bobagem).
O saber designado do inconsciente para Freud é o que cria o húmus humano por
sua perenidade de uma geração a outra, e agora que foi inventariado, sabe-se que isso
dá provas de uma desmedida falta de imaginação. Só podemos ouvi-lo sob o benefício
deste inventário: seja deixando em suspenso a imaginação que ali é curta e pondo à
contribuição o simbólico e o real que o imaginário enlaça (é por isso que não podemos
largá-lo), e tentar a partir deles que, apesar de tudo, deram suas provas ao saber; aumentar
os recursos graças aos quais venhamos a prescindir dessa relação incômoda para fazer o
amor mais digno do que a profusão da tagarelice que ele constitui até hoje — sicut palea,
Os textos de referência de Jacques Lacan 209
dizia São Thomas encerrando sua vida de monge. Encontrem para mim um analista desse
feitio, que se instale sobre outra coisa que não sobre um organon esboçado.
Concluo: o papel dos passadores é a própria trípode que sustentará até segunda
ordem já que o grupo tem só três pés.
Tudo deve girar em torno dos escritos a serem publicados.
210
A tradução “histoeria” busca reunir “história” e “histeria”, o que Lacan obtém ao grafar histoire, com o y de
14
hystérie. (N.E.)
Os textos de referência de Jacques Lacan 211
Que hierarquia poderia confirmar-lhe ser analista, aporto-lhe esse carimbo? O que me
dizia um Cht é que eu o era, nato. Repudio esse certificado: não sou um poeta, mas um
poema. E que se escreve, apesar de ter jeito de ser sujeito.
Persiste a questão do que pode levar alguém, sobretudo depois de uma análise, a se
historisterizar [hystoriser] de si mesmo.
Não pode ser seu próprio movimento, já que sobre o analista ele está muito bem
informado, agora que, como se costuma dizer, liquidou sua transferência-para. Como
pode ocorrer-lhe a ideia de tomar lugar nessa função?
Em outras palavras, haverá casos em que outra razão leve alguém a ser analista senão
o estabelecer-se, isto é, receber o que é correntemente chamado de grana, para suprir as
necessidades dos que estão sob seu encargo, na primeira fila dos quais encontra-se ele
mesmo — segundo a moral judaica (aquela em que Freud se deteve nesse caso)?
Há que admitir que a questão (a questão de uma outra razão) é exigível para sustentar
o status de uma profissão recém-surgida na histoéria. Histoeria que não dizemos eterna,
porque seu aetas só é sério quando se refere ao número real, isto é, ao serial do limite.
Por que, sendo assim, não submeter essa profissão à prova da verdade com que sonha
a chamada função inconsciente, na qual ela fuxica? A miragem da verdade, da qual só se
pode esperar a mentira (é a isso que se chama resistência, em termos polidos), não tem
outro limite senão a satisfação que marca o fim da análise.
Posto que dar essa satisfação é a urgência que a análise preside, interroguemos como
pode alguém se dedicar a satisfazer esses casos de urgência. Aí está um aspecto singular
do amor ao próximo salientado pela tradição judaica. Mesmo interpretando-o de maneira
cristã, ou seja, como um c...gar-e- andar [jean-f...trerie] helênico, o que se apresenta ao
analista é algo diferente do próximo: é a indiscriminação de uma demanda que nada tem
a ver com o encontro (com uma pessoa de Samaria, apropriada para ditar o dever crístico).
A oferta é anterior à solicitação de uma urgência que não se tem certeza de satisfazer,
exceto depois de pesá-la.
Donde eu haver designado por passe essa verificação da historisterização da análise,
abstendo-me de impor esse passe a todos, porque não há todos no caso, mas esparsos
disparatados. Deixei-o à disposição daqueles que se arriscam a testemunhar da melhor
maneira possível sobre a verdade mentirosa.
Eu o fiz por haver produzido a única ideia concebível do objeto, a da causa do desejo,
isto é, daquilo que falta.
A falta da falta constitui o real, que só sai assim, como tampão. Tampão que é sustentado
pelo termo impossível, do qual o pouco que sabemos, em matéria de real, mostra a
antinomia com qualquer verossimilhança.
Só falarei de Joyce, onde me encontro este ano, para dizer que ele é a mais simples
consequência de uma recusa, que não poderia ser mais mental, de uma psicanálise,
donde resultou que em sua obra ele a ilustra. Mas até agora só fiz aflorar isso, em vista de
meu embaraço quanto à arte, na qual Freud bebia, não sem infortúnio.
Assinalo que, como sempre, os casos de urgência me atrapalhavam enquanto eu
escrevia isto.
Mas escrevo, na medida em que creio dever fazê-lo, para ficar a par desses casos, fazer
com eles par.
Paris, neste 17 de maio de 1976
212
marxismo naquilo que ele lhe restitui de sangue novo... de um sentido renovado. Por que
não a psicanálise, quando ela se volta para o sentido.
Não digo isso por uma zombaria vã. A estabilidade da religião vem de que o sentido
é sempre religioso. De onde minha obstinação em minha via de matemas — que nada
impede, mas testemunha do que seria necessário para, o analista, colocá-lo ao passo de
sua função.
Se eu ‘pai-severo’ [père-sevère / persevera], é que a experiência feita chama a contra-
experiência que compense.
Não tenho necessidade de muita gente. E há gente de quem não tenho necessidade.
Eu os largo aí para que eles me mostrem o que sabem fazer, além de me estorvar e
desperdiçar um ensino no qual tudo é pesado.
Aqueles que admitirei comigo fazem melhor? Ao menos poderão prevalecer-se de que
eu lhes dê uma chance.
O diretório da E.F.P., tal como eu o compus, despachará as pendências dos afazeres
ditos correntes, até que uma Assembleia extraordinária, a ser a última, convocada em
tempo devido conformemente à lei, proceda a uma devolução de seus bens, que os
tesoureiros terão estimado, René Bailly e Solange Faladé.
Jacques LACAN Guitrancourt, neste 5 de Janeiro de 1980
214
A Internacional dos Fóruns do Campo Lacaniano (IFCL) tem como objetivo federar as
atividades dos Fóruns do Campo Lacaniano (FCL) cuja iniciativa foi lançada em Barcelona,
em julho de 1998, e desenvolver entre eles novos laços de trabalho.
Esses Fóruns encontram sua origem longínqua na dissolução em 1980 da Escola de
Lacan, a EFP. Eles são oriundos da corrente que nessa data, na França, optou por uma nova
Escola, a Escola da Causa Freudiana. Ela se estendeu em seguida à Argentina, Austrália,
Bélgica, Brasil, Colômbia, Espanha, Israel, Itália, Venezuela etc. Após a crise de 1998, os
fóruns tentam uma contra-experiência. Nascidos de uma oposição ao abuso do Um na
psicanálise, eles visam a uma alternativa institucional orientada pelos ensinamentos de
Sigmund Freud e Jacques Lacan.
A Assembleia da IF, reunida em 16 de dezembro de 2001 em Paris, proclamou a criação
da Escola da IF, Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano (EPFCL), conforme
o que estava previsto em sua Carta de 1999.
Por esse fato, a IF se intitula doravante IF-EPFCL.
Em todo lugar onde houver dispositivos de Escola, sejam epistêmicos ou de Garantia,
a intitulação do conjunto Fórum-Escola passa a ser: Escola de Psicanálise dos Fóruns do
Campo Lacaniano (EPFCL) de X. Seja: EPFCL-França, EPFCL-Espanha, FFCL-F9 ou EPFCL
Espanha-FOE-Galícia, Málaga, EPFCL-Itália, EPFCL-Brasil, EPFCL-AL-Norte, et EPFCL-AL-Sul
216 Os textos estatutários da IF-EPFCL
B. Objetivo
O objetivo principal dos Fóruns, enunciado anteriormente, se desdobra em três eixos: a
crítica, a articulação com os outros discursos, a polarização em direção a uma Escola de
psicanálise:
Uma Escola é feita para sustentar essa contingência dando-lhe o apoio de uma
comunidade animada pela transferência de trabalho. Através das análises, das supervisões,
do trabalho pessoal sobre os textos, da elaboração com vários nos cartéis, da experiência
de transmissão do passe, essa comunidade se esforça para fazer circular e submeter ao
controle o saber que a experiência deposita e sem o qual não há ato analítico.
Os Fóruns não são Escola, mas eles participam da manutenção desses objetivos da
Escola. Eles se dão como objetivo preparar um retorno à Escola que Lacan quis, no
contexto das necessidades do nosso tempo.
A Escola é regida pelo texto dos “Princípios diretivos para uma Escola orientada pelos
ensinamentos de Sigmund Freud e de Jacques Lacan”, atualizado ao longo dos anos,
através do voto de todos os membros da Escola.
Os textos estatutários da IF-EPFCL 217
C. Funcionamento
Os Fóruns compostos de um mínimo de dez membros têm, e podem ter formas diversas:
associações ou federações, nacionais ou locais dotadas de estruturas, quer tenham ou
não status jurídico e que admitiram membros que pagam uma cotização.
Quer tenham ou não status jurídico, os Fóruns funcionam segundo a regra democrática. Os
responsáveis pelas instâncias são eleitos, por votação secreta, para uma gestão com duração
máxima de dois anos, aplicando-se a regra de permutação a todos os cargos de gestão.
Nesse sentido, as escolhas necessárias se decidem caso a caso, cada Fórum dotando-
se de instâncias e de todos os meios necessários à realização de seus fins: comissões,
cartéis, debates, colóquios, encontros, boletins de informação, publicações etc.
Os Fóruns funcionam, portanto, de acordo com o princípio da iniciativa que só o
princípio de solidariedade eventualmente limita. O princípio de iniciativa compreende-se
facilmente: ele zela para que o funcionamento burocrático não sufoque as ideias
novas e nem se constitua como obstáculo aos empreendimentos inesperados desde
que compatíveis com as finalidades dos Fóruns. O princípio de solidariedade lembra,
sobretudo, que em um conjunto ligado por um projeto comum, os atos de um — quer
se trate de um membro ou de todo um Fórum — comprometem o conjunto dos outros
por suas consequências. Ele convida, então, ao entendimento em todos os níveis e à
responsabilidade de cada um.
A IF não exerce sobre o funcionamento dos Fóruns nenhuma função de direção.
• Engajar uma formação em cartéis, nossos órgãos de base e, além de sua eventual
formação pessoal, seguir as atividades mais amplas da Zona.
218 Os textos estatutários da IF-EPFCL
Durante esses dois anos, as atividades dos Fóruns em formação podem ser anunciadas
na rede local da Zona, com o título “Fórum em formação de...” a fim de que elas sejam
conhecidas progressivamente por sua Zona e por seu Representante.
Cada Representante registra essas diversas atividades, as transmitem ao conjunto de
seu CRIF que, por sua vez, transmite ao CRIF seguinte, o qual, ao termo dos dois anos,
pode apresentar à Assembleia a demanda de integração desse Fórum na IF.
A. Finalidades
A IF é uma estrutura de representação e de coesão do conjunto constituído pelos Fóruns.
Ela não dispõe de nenhum poder de decisão sobre a gestão interna dos Fóruns que a
compõem.
Seu objetivo é, portanto, sustentar as conexões, tanto nacionais como internacionais,
entre os diversos Fóruns do Campo Lacaniano no mundo, criar todos os meios suscetíveis
de favorecer os intercâmbios, a circulação das informações e as publicações apropriadas
para consolidar a rede dos laços epistêmicos que constituem uma comunidade de trabalho.
B. Administração
A IF funciona segundo o princípio de uma direção colegiada. Ela compreende duas
instâncias que permutam de dois em dois anos e cujos membros não são imediatamente
reelegíveis para a mesma função.
• Um Colegiado de Representantes das grandes zonas linguístico-geográficas (CRIF);
• Um Colegiado de Delegados dos Fóruns (CD);
A essas quatro instâncias se junta a partir de 2020 uma instância suplementar cuja
permutação da metade de seus membros é feita a cada dois anos;
• Um “Laboratório Internacional da Política da Psicanálise da IF e de sua Escola”.
Os textos estatutários da IF-EPFCL 219
Qualquer que seja a data de eleição de um novo Delegado, este deixará suas funções
ao mesmo tempo que os demais delegados com dois anos de mandato, de acordo com
o princípio de permutação.
Todas as modificações serão imediatamente comunicadas ao CRIF pelo Fórum em
questão. O CRIF estabelece a lista de eleitores. Ele informará o responsável pela atualização
do banco de dados sobre quaisquer alterações. As alterações serão suspensas 90 dias
antes das Assembleias e até o seu encerramento.
Um Fórum com menos de dez membros, para ser representado na Assembleia, pode
se associar a outros Fóruns, seja a outro Fórum com menos de 10 membros para ter um
delegado em comum; seja a um Fórum que já tenha um delegado ao qual ele poderá
transmitir suas opiniões, com o qual ele poderá debater e que poderá representá-lo
na Assembleia.
Onde existir uma dupla estrutura, Associação nacional e Fóruns locais admitindo
membros que pagam uma cotização, o país escolhe se ele quer ser representado na
IF-EPFCL pelos Delegados dos Fóruns locais ou pelos da Associação nacional. Onde
houver somente uma Associação nacional, lhe caberá zelar, na medida do possível, para
que os diversos lugares de implantação sejam representados no Colegiado dos Delegados,
levando em consideração o fato de que os Delegados se comprometam a estar presentes
na Assembleia, o que implicará para eles em periódicas viagens transatlânticas.
Os dispositivos relativos ao funcionamento dos dois Colegiados poderão ser precisados
em um regimento interno, elaborado respectivamente por cada um dos Colegiados, que
o submeterá à Assembleia.
Eleição do laboratório
Ele é eleito segundo as seguintes disposições, homólogas àquelas fixadas para os
Representantes: “A renovação dos Representantes e dos Delegados ocorre de dois em
dois anos depois do Encontro Internacional. Cabe ao CRIF abrir o período eleitoral. Este
se estenderá por, no máximo, dois meses. Cada Fórum escolhe a modalidade da eleição,
ela poderá ser feita em reunião dos membros ou, conforme o caso, por correspondência.
Mas em todos os lugares, a votação se faz mediante candidatura, em escrutínio secreto,
e somente podem votar os membros devidamente inscritos em um Fórum e em dia com
suas cotizações do ano em curso e do ano precedente. Todos os membros dos Fóruns
podem ser candidatos. As candidaturas devem ser conhecidas 15 dias antes da eleição. ”
“A contagem dos votos nas duas eleições é pública. Para os Fóruns que podem se
reunir, ela se faz ao final da votação. Para os que votam por correspondência, a contagem
dos votos se faz na presença das instâncias do Fórum, uma semana após a data de
encerramento da votação. Os eleitos o são por maioria simples.
Os resultados são transmitidos ao Colegiado dos Representantes que se encarrega
de divulgá-los através da lista IF-EPFCL e por intermédio dos Delegados. O certificado
dos resultados menciona a lista nominal dos membros inscritos no Fórum, em dia com as
cotizações do ano em curso e do ano precedente, o número de votantes e a distribuição
dos votos recebidos por cada candidato. ”
A Assembleia
Composição da Assembleia
A assembleia compreende: os membros da IF-EPFCL, os enviados dos Fóruns em formação
e os membros individuais a título transitório.
Os textos estatutários da IF-EPFCL 223
Função da Assembleia
A Assembleia zela pela manutenção dos objetivos próprios aos Fóruns, e toma todas
as medidas capazes de favorecerem o espírito de debate e de discussão. Ela decide as
orientações e as ações pertinentes à IF-EPCL.
A Assembleia da IF se reúne de dois em dois anos por ocasião dos Encontros
Internacionais.
Quinze dias antes das Assembleias, com base nas discussões que tiveram lugar e das
opiniões recolhidos, o CRIF, o LIPP e o CAOE estabelecem e divulgam, respectivamente,
as pautas das Assembleias da IF e da Escola.
O Colegiado dos Representantes pode consultar a Assembleia dos votantes por correio
eletrônico quando julgá-lo necessário, ou então quando um terço dos membros dessa
assembleia o solicitar.
Todo ano, no mês de junho, ele submete à Assembleia as candidaturas de novos Fóruns.
Se um membro da Assembleia dos votantes estiver impedido de participar, ele pode
dar sua procuração a outro membro desta Assembleia. Cada membro só pode dispor de
duas procurações.
Um Secretário da Assembleia, designado no momento, é encarregado de redigir o
relatório dos debates que deve ser divulgado aos membros da rede da IF-EPFCL, por
e-mail, pelos Representantes e pelos Delegados, em seus Fóruns.
Paralelamente, o conjunto dos debates é gravado para arquivo, ficando os áudios
disponíveis. O texto das decisões votadas pela Assembleia é redigido no local, relido à
Assembleia para ratificação e registrado tal qual na ata da Assembleia.
A Assembleia ouve o relatório do Colegiado dos Representantes e dos Colegiados
internacionais da Escola, decide sobre as demandas de admissão, fixa o valor das
cotizações, acorda frequência, data, lugar e tema dos Encontros internacionais dos Fóruns,
debate e em seguida decide a política da revista e as ações a serem empreendidas e se
pronuncia sobre todas as questões da pauta.
As votações se fazem habitualmente erguendo-se a mão. Entretanto, quando se
tratar de pessoas, ou se a Assembleia decidir de outra maneira, se passará ao voto em
escrutínio secreto.
Quando a maioria se abstém (50% mais um voto), a medida prevista será adiada. Neste
limite, a votação é feita por maioria simples quando se trata de responder por sim ou
não, ou quando se deve pronunciar somente entre duas escolhas. Quando há mais de
duas escolhas, 3, 4 ou mais, realiza-se uma primeira votação para cada uma das escolhas
possíveis, em seguida as duas escolhas mais votadas serão submetidas à votação para
desempate por maioria simples.
A IF não intervém na política interna dos Fóruns. A Assembleia é soberana para todos
os casos de exceção.
224 Os textos estatutários da IF-EPFCL
AS PUBLICAÇÕES
1. Heteridade
A revista da IF e da EPFCL, está sob a responsabilidade do CRIF. Ela é publicada em versão
eletrônica, retomando as contribuições dos Encontros internacionais que poderão, em
seguida, ser eventualmente publicadas em versão impressa nas diversas revistas das zonas.
2. O Catálogo
Ele é publicado de dois em dois anos, logo após a Assembleia Geral e as eleições das
novas instâncias internacionais, nas línguas da IF-EPFCL sob a responsabilidade do
CRIF, em versão PDF. Será impresso ao menos 2 ou 3 exemplares para as bibliotecas.
A versão PDF dispõe de uma opção de impressão que permite obter um exemplar em
papel. Cada zona decide o número de exemplares em papel que imprimirá em função da
demanda de seus membros. Os custos serão deduzidos da parte local das cotizações da
IF. As mudanças são comunicadas ao representante da zona que informa ao responsável
pela base de dados dos membros. Somente os membros dos Fóruns em dia com suas
cotizações da IF-EPFCL, nos últimos dois anos, aparecem no Catálogo PDF.
A versão PDF pode ser consultada no site internacional. Um mecanismo de busca
fornece acesso online as informações da base de dados. A consulta está disponível
somente para os membros da IF.
Composição
Os textos de referência:
• Carta da IF
• Os textos fundadores de Jacques Lacan mencionados nos “Princípios”;
• Os “Princípios para uma Escola orientada pelos ensinamentos de Sigmund Freud e
Jacques Lacan”.
As instâncias:
• Lista dos membros dos Colegiados internacionais.
3. Os arquivos
• Documentos de arquivos: A Carta. Os “Princípios”. Os catálogos. Os relatórios das
Assembleias da IF. Qualquer outro documento significativo.
• Locais: Os arquivos são mantidos na sede das associações nacionais, onde existirem.
Na falta destas, na residência do Representante da zona linguística que os mantém à
disposição de cada Fórum.
RECURSOS DA IF E DA ESCOLA
Os recursos são constituídos pelas cotizações dos membros dos Fóruns que têm
Delegados, por doações, vendas de brochuras e todos os recursos não interditados pela
lei. O valor das cotizações da IF é fixado pela Assembleia dos votantes.
O CRIF decide como utilizar os fundos em nível internacional (publicações, site, viagem
etc.). Designa em seu interior um tesoureiro internacional, o qual apresenta seu balancete
na ocasião da Assembleia. Cada Representante administra as cotizações da sua zona.
O montante das cotizações de Escola para os membros, os AME e os AE é fixado em
cada dispositivo de Escola, de acordo com as situações locais. Este montante se aplica ao
conjunto de seus membros. Os membros da Escola de Fóruns agregados a um dispositivo
contribuem somente com a cotização internacional.
As cotizações da Escola são recolhidas no Fórum onde os membros da Escola estão
inscritos e são usadas para organizar as atividades de Escola.
Ver regimento financeiro, em Anexo.
EVOLUÇÃO
Caberá à Assembleia introduzir ao longo do tempo, no texto da Carta, as modificações
que lhe parecerem necessárias em função das indicações dos Fóruns transmitidas pelos
Delegados.
DISSOLUÇÃO
Se um terço dos membros da Assembleia o solicitar, a questão da dissolução é colocada
na pauta da Assembleia. Ela pode ser deliberada pela maioria dos votos.
226 Os textos estatutários da IF-EPFCL
ANEXO I
REGIMENTO DAS FINANÇAS DA IF-EPFCL
ANEXO II
Pertencimento a diferentes Fóruns
Para ser membro da IF, é preciso estar inscrito em um Fórum. Cada membro da IF pode,
se ele o deseja, se inscrever em mais de um Fórum em função de seus laços de trabalho,
mas ele deve ter um Fórum principal.
Este é necessário ao estabelecimento de todas as nossas listas: para o Catálogo, o
pagamento das cotizações internacionais, a verificação dos votos nas Assembleias, a
elegibilidade, etc.
Um membro inscrito em vários Fóruns paga as cotizações locais de cada um destes
Fóruns e a ou as cotizações internacionais somente uma vez, no Fórum principal.
A rede internacional
A rede internacional da IF divulga as informações concernentes aos acontecimentos que
acontecem na IF:
Proposta suplementar: uma conta Twitter da IF onde cada Fórum possa divulgar imagens
e textos quando quiser. Para fazê-lo, cada membro e fórum que o segue é convidado a
se inscrever na conta da IF (na qual ele mesmo se inscreve, nas contas de membros e de
fóruns). As informações postadas pelos fóruns e seus membros no que concerne suas
atividades são retwitados ao conjunto dos inscritos na conta IF. Nenhuma sobrecarga de
caixa de mail, cada um se conecta ao Twitter quando desejar.
229
ANEXO III
A ESCOLHA DA DATA DO ENCONTRO INTERNACIONAL
As instâncias responsáveis de cada zona se pronunciam antes da Assembleia sobre
o período do Encontro Internacional que seria propício para sua zona, segundo o
acontecimento esteja a seu encargo ou não, precisando os critérios: em função das férias,
da assistência possível, do preço das viagens, da atividade universitária, etc — porque
todos esses critérios não tem o mesmo peso. Eles difundem essas proposições na lista,
e pode-se começar a debater, se necessário, para em seguida decidir na assembleia a
interseção mais favorável entre os diversos períodos que foram propostos.
I. A IF E SUA ESCOLA
A IF, Federação das Associações dos Fóruns do Campo Lacaniano, cria sua Escola.
II. DENOMINAÇÃO
A Escola será denominada: Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano (EPFCL).
Em cada lugar onde houver dispositivos de Escola, sejam eles epistêmicos ou da Garantia,
a denominação do conjunto Fórum-Escola passa a ser: Escola de Psicanálise dos Fóruns do
Campo Lacaniano (EPFCL) de X. Ou seja: EPFCL-França, EPFCL-Espanha-FFCL ou EPFCL-
Espanha-FOE-FPG, EPFCL-Itália-FPL, EPFCL-Brasil, EPFCL-AL-Norte e EPFCL-AL-Sul.
V. O STATUS DA ESCOLA
A Escola não é uma associação jurídica, seu status legal depende das associações dos
Fóruns nas quais está implantada. Ela não tem, portanto, uma direção associativa, mas
instâncias de funcionamento internacionais e locais, ajustadas às suas finalidades. Em
Os textos estatutários da IF-EPFCL 231
cada lugar, os estatutos das associações jurídicas dos Fóruns mencionam sua referência
à IF, a existência da Escola de Psicanálise, suas finalidades, assim como seus dispositivos
locais de funcionamento, ou, na falta destes, os dispositivos de Escola aos quais o Fórum
está referido.
VI. OS MEMBROS
1. Aqueles que querem se engajar na Escola na Escola dirigem sua demanda a uma
comissão de acolhimento seguindo as condições do art. XIII dos presentes Princípios
Diretivos.
2. As admissões dos membros da Escola são decididas pela comissão de acolhimento
em função, sobretudo, da participação efetiva nas atividades da Escola e na
“experiência da Escola” em um cartel.
VIII. OS TÍTULOS
A garantia é outorgada em nível internacional pelo Colegiado Internacional da Garantia.
IX. A GARANTIA
A garantia é outorgada em nível internacional pelo Colegiado Internacional da Garantia.
1. Definição e funções
a. O Colegiado Internacional da Garantia é composto por 17 membros, eleitos localmente
em cada dispositivo, mediante candidatura, para um período de dois anos e por todos
os membros da Escola do dispositivo em dia com suas cotizações (Fórum, IF e Escola)
tanto no ano em curso quanto no ano precedente.
b. Os AE são nomeados para um período de três anos por um dos cartéis do passe.
Esses cartéis são plurinacionais e se compõem por dois anos no interior do Colegiado
Internacional da Garantia segundo modalidades que serão definidas pelo Colegiado e
consignadas em seu regimento interno.
c. O título de AME é outorgado, mediante proposta local, por uma comissão de habilitação
de 7 membros no máximo, de 5 no mínimo, escolhidos pelo Colegiado Internacional
da Garantia entre seus membros.
eleição, os membros devem estar em dia com suas cotizações (Fórum, IF e Escola) tanto
no ano em curso quanto no ano precedente. A repartição se faz proporcionalmente ao
número de membros de Escola de cada dispositivo. Nenhum dispositivo pode dispor,
sozinho, de um número de membros superior ou igual à metade do Colegiado. São
eleitos os candidatos de cada lista que tenham obtido o maior número de votos. Em
caso de empate entre dois candidatos, recorre-se ao sorteio.
b. Os elegíveis: são elegíveis os AE, os AME, os passadores que forem membros da Escola
e que testemunharam nos últimos dois anos.
c. O Colegiado elege em seu interior, para o período de seu funcionamento, dois
secretários encarregados de fazer o registro das demandas de passe, das propostas
de AME recebidas e das decisões tomadas pelos cartéis do passe e pela comissão de
habilitação. Ele redige seu regimento interno.
d. Modalidade de custeios para os membros do Colegiado Internacional da Garantia
Dado o montante dos custos financeiros para os membros do CIG, são reembolsados,
a todos os seus membros, todas as despesas de viagem: passagens de avião ou de trem,
despesas de estadia (até no máximo 100 € por noite) e de refeições (dentro do limite de
30 € por dia), quando o CIG se reunir fora de todos os encontros internacionais e/ou das
jornadas nacionais.
Quando o CIG se reunir paralelamente aos Encontros de Escola, sejam eles quais forem,
são reembolsados a todos os seus membros o custo de hospedagem e de refeições
ocasionais pelo(s) dia(s) adicionais in loco.
Dada a amplitude das tarefas administrativas, o CIG pode ter direito a um tempo de
secretaria, cujo custo financeiro será assumido, na medida do possível, pela tesouraria
internacional.
X. A INSTÂNCIA EPISTÊMICA
1. Composição
A dimensão epistêmica da Escola é sustentada por um Colegiado de Animação e de
Orientação da Escola (CAOE).
O Colegiado é composto por quatro pessoas, os dois secretários do CIG, mais duas
outras pessoas escolhidas por eles entre os membros do CIG pertencentes a uma outra
zona. A esses quatro será preciso associar um membro escolhido por cada um dos outros
dispositivos de Escola, encarregado de garantir a ligação e de colaborar com o CAOE
para as atividades que serão propostas.
2. Funções
Esse Colegiado tem por missão animar o debate de Escola em nível internacional. Esse
Colegiado está encarregado de coordenar as atividades e/ou os temas dos Seminários de
Os textos estatutários da IF-EPFCL 233
Escola, de inicia-los ali onde ainda não acontecem, de prever as Jornadas, em suma, de
fazer existir o trabalho de Escola em nível internacional.
O volume preparatório dos Encontros internacionais será substituído pelas “Preliminares”
ao tema do Encontro. Elas serão divulgadas eletronicamente durante os dois anos que
precedem o Encontro, pela equipe de organização do Encontro.
Ele contribui para a escolha do tema dos Encontros, em comum acordo com o CRIF e
o CIG.
Realiza, eletronicamente, o Boletim internacional da Escola, intitulado Wunsch. Este
tem por missão apresentar a agenda das atividades de Escola, mas sobretudo divulgar
regularmente os trabalhos produzidos nos seminários de Escola.
Eleição do Laboratório
Ele é eleito segundo as seguintes disposições, homóloga às que estabelece a Carta para
os Representantes: “Ele é composto por dois membros por zona, eleitos sob candidatura:
um membro entre os antigos Representantes e antigos membros do CIG — excluindo
os colegas que saem. (Exemplo: com uma eleição em 2020, os membros do CRIF e
do CIG 2018/2020 não são imediatamente candidatos) e um membro de Escola que
ainda não esteve em função nessas instâncias”. A renovação da metade dos membros
do Laboratório se faz a cada dois anos, após o Encontro Internacional. O CRIF abre o
período das eleições. Este se estende, no máximo, por dois messes. Cada Fórum escolhe
as modalidades de eleição que pode ser feita, conforme o caso, reunindo os membros
234 Os textos estatutários da IF-EPFCL
1.1 CIG
• 8 membros para o Dispositivo da França e anexados:
Sidi Askofaré, Nicolas Bendrihen, Cathy Barnier, Christophe Charles, Marie-José
Latour, Sophie Rolland Manas, Colette Soler, Bernard Toboul
• 4 membros para o Dispositivo da Espanha:
Ana Alonso, Mikel Plazaola, Manel Rebollo, Trinidad Sánchez Biezma
• 5 membros para Dispositivo da América:
Julieta De Battista (ALS), Sandra Berta (Brasil), María de los A. Gómez (ALN), Fernando
Martínez (ALS), Beatriz Oliveira (Brasil).
O TRABALHO DO CIG
Os cartéis do passe. Eles decidem sobre os passes e são compostos no interior do CIG
a cada caso, de acordo com os passes terminados a serem estudados, e em função das
compatibilidades linguísticas e das incompatibilidades analíticas.
Os 17 membros do CIG se reúnem periodicamente como já o fazem sobre o tema dos
passes, depois dos cartéis do passe se pronunciarem, para elaborar sobre os problemas
cruciais da psicanálise em intensão, sobretudo aqueles que se apresentam nos passes
escutados. Essa nova disposição tem como objetivo uma melhor colocação em comum.
Assegurar-se-ão de informar sobre seus debates e avaliar essa nova fórmula de trabalho
ao final do seu mandato.
FRANÇA
• Comissão de Acolhimento e de Garantia (CAG) para a admissão de membros e a
garantia (passe e AME): Anne Marie Combres, Marie Noëlle Jacob Duvernet, Didier
Grais (Secretário), François Lespinasse, Colette Sepel.
ESPANHA
• Comissão de admissão e de Garantia – CAG – DEL F9 (FFCLE): Dolors Camos
(informes de la garantía), Camila Vidal (Secretariado do passe), Rithée Cevasco
(demandas de entrada como membro de escola)
AMÉRICA LATINA
• Comissão Local de Garantia da América Latina (CLGAL)
• ALN-ALS-Brasil (secretariado del pase) Maria Vitória Bittencourt (Brasil), Dominique
Fingermann (Brasil), Leonardo Leibson (ALS), Beatriz Helena Maya (ALN)
o testemunho ele deve informar o (ou a) secretário(a). Um passante pode, se ele assim o
julgar, recusar um passador e sortear outro nome.
O secretariado do CIG decide com os membros do CIG sobre a composição dos cartéis
para diferentes passes tendo em conta as línguas e as incompatibilidades. É conveniente
evitar a presença no cartel: do analista do passante, de seu supervisor atual, eventualmente
de um analisante atual do mesmo analista, e também, por vezes, de pessoas próximas.
2.4 Os passadores
Os AME da EPFCL, podem designar passadores como é previsto no texto dos “Princípios”.
Eles o fazem, no momento que lhes parece oportuno, junto ao secretariado do passe do
dispositivo local de Escola (DEL) a que pertencem ou a um outro, no caso no dispositivo
local de Escola (DEL) onde o passador vive, fala a língua e exerce sua atividade principal.
Os secretariados do passe fazem com que seus passantes sorteiem seus passadores a
partir de uma lista de passadores, incluindo aqueles passadores que não tenham ainda
nenhum passe em andamento ou, na falta de quem o tenha menos. Os passadores
devem necessariamente ser da mesma língua do passante, ou de uma língua que o
passante fale. Se um dispositivo apresenta poucos passadores, o secretariado do DEL
concernido poderá incluir passadores designados de um outro dispositivo local subscrito
à estas condições.
Os textos estatutários da IF-EPFCL 239
O mandato do passador é limitado a dois passes. Se dois anos desde sua designação
um passador não tenha sido sorteado, o AME que o designou é informado e pode ou não
renovar esta designação.
É necessário que os secretariados do passe se assegurem que o passante que sorteou
seus passadores esteja pronto para começar seu testemunho sem demora, e que eles
velem para que o testemunho não se prolongue demais.
Composição da Comissão
No segundo ano de seu mandato, o CIG compõe em seu seio a Comissão Internacional de
Designação (Agrément) dos AME. Sua composição respeita uma certa proporcionalidade
em relação ao número de membros de Escola em cada zona. A lista dos novos AME é
publicada em Junho/Julho deste segundo ano.
Funcionamento
No começo de sua função, o CIG faz um chamado às comissões locais, as tarefas que
lhes incumbe quanto aos critérios e ao recolhimento de informações sobre os AME
possíveis, especialmente nas zonas anexadas a um dispositivo. As comissões locais para a
garantia transmitem, dentro do prazo estabelecido pelo CIG, as proposições de AME que
consideram quer devem ser examinadas pela Comissão de designação internacional (CAI).
não pode ser uma obrigação. É a Comissão que julgará se, em tal ou tal caso, ela pode
ser oporturna.
1.1 CIG
8 membros para o Dispositivo da França e anexados: Sidi Askofaré, Nicolas Bendrihen,
Cathy Barnier, Christophe Charles, Marie-José Latour, Sophie Rolland Manas, Colette Soler,
Bernard Toboul
4 membros para o Dispositivo da Espanha: Ana Alonso, Mikel Plazaola, Manel Rebollo,
Trinidad Sánchez Biezma
5 membros para Dispositivo da América: Julieta De Battista (ALS), Sandra Berta (Brasil),
María de los A. Gómez (ALN), Fernando Martínez (ALS), Beatriz Oliveira (Brasil).
Julieta De Battista (ALS), Sandra Berta (Brasil). María de los A. Gómez (ALN), Maria-Teresa
Maiocchi ((Itália - FPL), Mikel Plazaola (España), Colette Soler (Europa).
1
1.4 O TRABALHO DO CIG
1. Os cartéis do passe. Eles decidem sobre os passes e são compostos no interior do CIG a
cada caso, de acordo com os passes terminados a serem estudados, e em função das
compatibilidades linguísticas e das incompatibilidades analíticas.
2. Os 17 membros do CIG se reúnem periodicamente como já o fazem sobre o tema dos passes,
depois dos cartéis do passe se pronunciarem, para elaborar sobre os problemas cruciais da
psicanálise em intensão, sobretudo aqueles que se apresentam nos passes escutados. Essa nova
disposição tem como objetivo uma melhor colocação em comum. Assegurar-se-ão de informar
sobre seus debates e avaliar essa nova fórmula de trabalho ao final do seu mandato.
As demandas de passe são recebidas localmente pelos secretariados locais do passe que
estabelecem, além disso, a lista dos passadores. Esta lista é revisada e atualizada regularmente
pelos próprios secretariados. O candidato é recebido por um membro do Secretariado do passe
local, o qual informa ao seu secretariado que acolhe ou declina a demanda. Neste último caso e se
necessário, pode ocorrer uma segunda entrevista. O secretário transmite a resposta de seu
2
secretariado ao candidato e o faz eventualmente sortear os passadores. Ele orienta ao passante
que, tão logo termine o testemunho, ele deve informar o (ou a) secretário(a). Um passante pode,
se ele assim o julgar, recusar um passador e sortear outro nome.
- A lista dos passes efetivamente em andamento depois da(s) entrevista(s) dos candidatos com
um ou mais membro(s) do secretariado, com o nome dos dois passadores e a ficha do passante
que receberam do secretariado, preenchida com todas as informações necessárias para a
composição de um cartel do passe.
O secretariado do CIG decide com os membros do CIG sobre a composição dos cartéis para
diferentes passes tendo em conta as línguas e as incompatibilidades. É conveniente evitar a
presença no cartel: do analista do passante, do analista de um passador, de seu supervisor atual,
eventualmente de um analisante atual do mesmo analista, e pessoas muito próximas, por
exemplo, devido a participação em um cartel.
O secretariado do CIG (composto dos dois secretários do CIG) vela pela gestão do Caderno de
todas essas etapas. A versão em papel desse Caderno dos Passes é transmitida de CIG em CIG.
2.4. Os passadores
Os AME da EPFCL podem designar passadores como é previsto no texto dos “Princípios”. Eles
o fazem, no momento que lhes parece oportuno, através do secretariado do passe do dispositivo
local de Escola (DEL) a que pertencem ou de um outro dispositivo onde o passador vive, fala a
língua e exerce sua atividade principal
Os secretariados do passe fazem com que os passantes sorteiem seus passadores a partir de uma
lista de passadores. Esta lista é elaborada levando-se em conta as incompatibilidades –
3
relacionadas aos possíveis riscos de viés transferencial – tais como passadores de um mesmo
analista, passadores em supervisão ou em análise com o analista do passante, passador em cartel
com o passante ou com os analista e supervisor do passante. Também se dá preferência
imperativamente aos passadores que não estejam ainda em nenhum passe em andamento ou, na
falta, de quem o tenha menos. Os passadores devem necessariamente falar a mesma língua do
passante, ou uma língua que o passante fale, mas não necessariamente de seu lugar.
O mandato do passador é limitado a dois anos ou a três passes. Se dois anos após sua designação
um passador não tenha sido sorteado, o AME que o designou pode ou não renovar esta
designação se for necessário para o funcionamento do dispositivo local devido à falta de
passadores.
É necessário que os secretariados do passe se assegurem de que o passante que sorteou seus
passadores esteja pronto para começar seu testemunho sem demora e velem para que o
testemunho não se prolongue indefinidamente.
Composição da Comissão
No segundo ano de seu mandato, o CIG compõe em seu seio a Comissão Internacional de
Designação (Agrément) dos AME. Sua composição respeita uma certa proporcionalidade em
relação ao número de membros de Escola em cada zona. A lista dos novos AME é publicada em
junho/julho deste segundo ano.
Funcionamento
No começo de sua função, o CIG lembra às comissões locais as tarefas que lhes incumbe quanto
aos critérios e ao recolhimento de informações sobre os AME possíveis, especialmente nos
Fóruns anexados a um dispositivo. As comissões locais para a garantia transmitem, dentro do
prazo estabelecido pelo CIG, as proposições de AME que consideram que devem ser examinadas
pela Comissão de designação internacional (CAI)
4
Dado que nossa Escola possui dispositivos internacionais, a dimensão internacional não pode ser
ignorada. Esta dimensão internacional deve ser apresentada na primeira entrevista afim de que o
candidato tenho conhecimento antes da segunda entrevista. Os trabalhos publicados na
sequência das Jornadas, inter-cartéis, etc são um fator objetivo da implicação do candidato a se
levar em conta. A consulta ao analista ou ao supervisor não pode ser uma obrigação. É a
Comissão que julgará se, em tal ou tal caso, ela pode ser oportuna.
C) Condições de admissão como membro dos membros anexados ao dispositivo França: a
condição geral para admitir um membro de Escola pertencente a um dispositivo anexado é que
se conheça suficientemente sua formação analítica. Nesta base, o CAG, evidentemente, tem
respostas adaptadas a cada caso. Além disso, se um desses candidatos fez o passe e não foi
nomeado AE, o cartel do passe que escutou seu testemunho pode, eventualmente, propor sua
admissão como membro de Escola.